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ESCOLA E.B.2,3 PADRE ALBERTO NETO RIO DE MOURO 1

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RIO DE MOURO

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INDICE1. CAPA

2. ÌNDICE

3. INTRODUÇÃO

4. A VIDA QUOTIDIANA NO SÉC. XIII

5. A VIDA QUOTIDIANA NOS SENHORIOS

6. A VIDA QUOTIDIANA NOS SENHORIOS (CONT.)

7. A VIDA QUOTIDIANA NOS MOSTEIROS

8. A VIDA QUOTIDIANA NOS CONCELHOS

9. A VIDA QUOTIDIANA NOS CONCELHOS (CONT.)

10. A VIDA QUOTIDIANA NA CORTE

11. CONCLUSÃO

12. BIBLIOGRAFIA

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Desde a morte de D. Afonso Henriques, em 1185, até meio do século

XIII, os reis portugueses continuaram a combater os mouros e a alargar o

território para sul. Esta luta foi feita de avanços e recuos. Só em 1249, no

reinado de D. Afonso III, se deu a expulsão definitiva dos mouros, com a

conquista do Algarve.

As fronteiras de Portugal só ficaram definidas e os conflitos resolvidos em

1297, pelo Tratado de Alcanises feito entre D. Dinis, rei de Portugal e D.

Fernando rei de Leão e Castela.

O ambiente de guerra em que Portugal se formou influenciou a organização da sociedade

portuguesa.

À medida que reconquistavam terras aos mouros, os nossos primeiros reis encontravam muitas

povoações abandonadas e muitas terras devastadas.

Como recompensa pela ajuda prestada na guerra, e para as povoar, defender e fazer cultivar, os

reis doavam terras aos nobres e às ordens religiosas. Formaram-se assim grandes senhorios onde o

povo trabalhava.

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A população portuguesa no séc. XIII era constituída por três grupos sociais:

NOBREZA: Grupo privilegiado que possuía terras,

não pagava impostos, recebia impostos e aplicava a

justiça nas suas terras. A sua principal atividade era

Guerra. Em tempo de paz, os Nobres participavam

em caçadas e torneios, para estarem bem preparados

para a guerra. E ainda ajudava a administrar o reino.

CLERO: Grupo privilegiado que possuía terras, não pagava impostos,

recebia impostos e aplicava a justiça nas suas terras. A sua principal

atividade era prestar serviço religioso (rezar, cânticos religiosos, ler a

bíblia, etc…). Dedicavam-se também à cópia de livros; ao ensino; à

assistência aos pobres aos doentes e peregrinos… Ajudava o rei na

administração do reino. Ocupava-se, ainda, nos trabalhos dos campos e

nas oficinas dos mosteiros.

POVO: Grupo social mais numeroso, não

privilegiado que trabalhava nas terras do

rei, da nobreza e do clero e que ainda

tinham que pagar impostos. Grupo social

sem direitos, só tinha obrigações…

A sua principal atividade era a agricultura. Mas também tinha outras ocupações, tais

como: Criação de gado (pecuária), pesca, salicultura, artesanato e o comércio…

Todos os grupos sociais deviam ao rei fidelidade, obediência e auxílio.

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Vida quotidiana nos senhorios

As terras senhoriais, ou senhorios, pertenciam aos senhores nobres que viviam numa casa

senhorial situada na parte mais alta. À sua volta distribuíam-se campos cultivados, a floresta, o

moinho e as casas dos camponeses que trabalhavam as terras.

Nestas terras era o nobre que aplicava a justiça, recrutava homens para o seu exército e recebia

impostos de todos os que lá trabalhavam. Em troca, tinha como obrigação proteger as pessoas que

estavam na sua dependência.

Atividades dos nobres:

Em tempo de guerra: combatiam;

Em tempo de paz: praticavam a caça, a equitação e exercícios desportivos ( torneios) que

os preparavam para a guerra.

Distrações:

À noite entretinham-se com jogos de sala, como o

xadrez e dados, com os saltimbancos, que faziam

proezas, e com os jograis, que tocavam e cantavam.

Casa senhorial:

O salão era o aposento mais importante e era onde o

nobre dava as suas ordens, recebia os hóspedes e onde se serviam as refeições;

O mobiliário existente na casa era uma mesa, arcas para guardar a roupa e outros objetos

domésticos, poucas cadeiras e bancos chamados escanos;

Para a iluminação durante a noite utilizavam-se lamparinas de azeite ou tochas e velas de

cera e sebo, do mesmo modo, para aquecer o ambiente, acendiam a lareira.

Para tornar as casas mais confortáveis, colocavam tapetes e almofadas no chão e

tapeçarias nas paredes.

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Alimentação dos nobres:

Faziam normalmente duas refeições, onde predominava a carne, pão de trigo, vinho, queijo e

um pouco de fruta.

Por outro lado, os camponeses tinham uma vida

muito dura e difícil. Trabalhavam seis dias por

semana nos campos dos senhores nobres e ainda

tinham que lhes pagar impostos (carne, leite, ovos)

pois só assim garantiam proteção.

Atividades dos camponeses: Trabalhar nos campos.

Distrações dos camponeses:

Ida à missa, procissões e romarias, casamentos, batizados…

Casa do camponês:

Telhado de colmo, paredes de madeira ou pedra,

quase sem aberturas e chão em terra batida;

Tinha só uma divisão e havia pouca mobília;

Dormiam num recanto coberto de molhos de palha.

Alimentação dos camponeses:

Baseava-se em pão negro, feito de mistura de cereais ou castanha, acompanhado por cebolas,

alhos ou toucinho. Apenas nos dias festivos havia queijo, ovos e bocados de carne.

Vida quotidiana nos mosteiros

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Tal como a nobreza, o clero era um grupo social privilegiado.

Tinha grandes propriedades que lhe tinham sido doadas pelo rei e não pagava impostos.

Tal como a nobreza, exercia a justiça e cobrava impostos a quem vivia nas suas terras.

O clero dividia-se em dois:

Clero secular: padres, bispos e cónegos que

viviam junto da população nas aldeias ou cidades;

Clero regular: frades (ou monges) e freiras que

viviam nos mosteiros ou conventos.

A vida no mosteiro era dirigida pelo abade ou abadessa. Os

monges dedicavam a sua vida a Deus e ao serviço religioso, meditavam, rezavam e cantavam

cânticos religiosos.

Para além do serviço religioso, os monges também se dedicavam ao ensino. Durante muito tempo,

o clero foi a única ordem social a saber ler e escrever.

Fundaram-se algumas escolas junto aos mosteiros, os monges

eram os professores e os alunos eram os futuros monges.

Existiam ainda os monges copistas que dedicavam-se a copiar

os livros mais importantes e ilustravam o texto com pinturas

chamadas iluminuras.

Todos os mosteiros tinham enfermarias onde os doentes eram

recolhidos e tratados pelos monges. Era também dada

assistência aos peregrinos que se dirigiam aos santuários para cumprir promessas ou para rezar.

O clero dedicava-se também a agricultura. Produzia tudo o que precisava. Era desta forma

auto-suficiente.

Alimentação dos clérigos:

A principal refeição era tomada em comum e em silêncio, no refeitório: sopa, pão, um pouco de

carne ou peixe nos dias de abstinência.

Vida quotidiana nos concelhos

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Um concelho era uma povoação que tinha recebido foral ou carta de foral. A carta de foral era

um documento onde estavam descritos os direitos e os deveres dos moradores do concelho para

com o senhor (dono) da terra.

Os moradores de um concelho tinham mais regalias.

Eram donos de algumas terras;

Só pagavam os impostos exigidos no foral.

Existia ainda uma assembleia de homens-bons, formada

pelos homens mais ricos e respeitados do concelho, que

resolvia os principais problemas do concelho. Elegiam juízes

entre si para aplicar a justiça e os mordomos que cobravam os

impostos.

Os concelhos eram formados por uma povoação mais

desenvolvida (a vila) e por localidades rurais à sua volta (o

termo).

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Muitos dos concelhos foram criados pelo rei mas houve alguns também criados por grandes

senhores da nobreza e pelo clero nos seus senhorios e surgiram da necessidade de garantir o

povoamento e a defesa das terras conquistadas aos mouros e para desenvolver as atividades

económicas.

Principais atividades:

Agricultura, pastorícia, pesca: camponeses e pescadores;

Artesanato: havia

pequenas oficinas onde

os artesãos executavam

trabalhos à mão

(manufatura), utilizando

técnicas e instrumentos

muito rudimentares;

Comércio: os camponeses e os artesãos reuniam-se para vender os seus produtos

dando origem aos mercados e mais tarde às feiras (maiores que os mercados e com

maior abundância e variedade de produtos).

A criação de feiras contribuiu para o desenvolvimento do comércio interno, isto é, troca e venda

de produtos dentro do país. No entanto, nesta altura Portugal também comercializava com outros

países – comércio externo.

O comércio externo contribuiu para o desenvolvimento

das cidades situadas no litoral e contribuiu também para

o aparecimento de um novo grupo social: a burguesia.

Os burgueses eram homens do povo, mercadores e

artesãos, que enriqueceram com o comércio externo.

Vida quotidiana na corte

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O rei vivia na corte com a sua família, conselheiros e altos funcionários.

Como chefe supremo do país, competia-lhe: fazer as leis; aplicar a justiça (só o rei podia aplicar a

pena de morte) cunhar moeda; comanda o exército; fazer as leis; administrar o reino; aplicar a

justiça maior…

Em caso de decisões importantes, como declarar a guerra ou lançar novos impostos, o rei

convocava as cortes, uma reunião de representantes da nobreza, do clero e

dos concelhos (estes apenas a partir do reinado de D. Afonso III).

As cortes tinham uma função consultiva, isto é, o rei ouvia a sua opinião

mas não era obrigado a segui-la.

A cultura

D. Dinis foi um dos reis que mais se preocupou com a cultura. Criou:

O Estudo Geral (1290, em Lisboa), futura Universidade

Tornou o Português língua oficial do reino (substituindo o latim). Assim todos os

documentos passaram a ser redigidos em português.

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Eu adorei fazer este trabalho, pois gosto de saber o que se passou no passado…

A disciplina de História Geografia De Portugal é interessantíssima,

pois assim ficamos a conhecer fatos muito marcantes

na história de Portugal.

Eu estou a adorar falar desta matéria do século XIII,

porque desta forma adquiri conhecimentos que não tinha, fiquei a saber

como viviam as várias classes sociais, com todos os seus direitos e deveres!...

A que atividades económicas se dedicavam e os aspetos culturais, etc…

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