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f .'AM .AV <m ASSIGNATURA ANNUAL Brazil 6$000 pagamento adiantado PÜBLICá-SE NOS DIAS 1 E 15 DE CADA MEZ PMRIOOICO EVttLÜCIOlíISTA ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO SPIRITA BRAZILEIRA ASSIGNATURA ANNUAL Extrangeiro 7$000 PAOAMEHTO ÀDIAflTADO PUBLICA-SE NOS DIAS 1 E 16 Dl CADA MEZ ¦* Tod. w^pnto** deve ser dirigida a PKMSO BICHAKD - Bua do BHWio % <*. in;io 3LV mW* Z*m l> . i i*»^*^Q>* —i'^n Brasil Rio Janeiro 18»» ietembo 1 rffiwnr-^nwe ^s^McagBsgagHaBaBSBsa^^^ssag.gegfafflaa^agesgassssasg sse M. 348 agentes do <reformador» ^ ressurreição da Amaíoicas—O Sr. Bernardo Rodrigues de Almeida, em Manao», rua José Paraná- gua n. 2. Pabá—O Sr. Recaredo Laudegario da luva Prego, em Belém, rua Conselheiro Jofto Alfredo n. 16. Cbará—O Sr. Demetrio de Castro Me- neaea, na Fortaleza, rua 24 Maio n. 242. Rio Gka-,de do Nortk—O Sr. Fortu- nato Rufino Aranha, no Natal, rua 18 da Maio n. 51. Pabahyba—O Sr. Emiliano Rodrigues Pereira, na capital, rua da Viraçao n. 27. Pernambuco—O Sr. Theodomiro Du- arte, no Recife, rua Primeiro de Março n. 7. O.Sr. Joaquim Pessoa de Mendonoa, em Goyana.' Alagoas—O Sr. João Nunes dos Santo», em Penedo, rua da Penha n. 80. Skrgipe—O Sr. C, Campos, em Araca- jü, rua Aurora n. 7. Bahia—O Sr. Manoel Ferreira Villas Boas, em S. Salvador, rua de Santa Bar- bara n. 114. O Sr. Francisco Xavier Vieira Gomes, na Cachoeira. Rio de Jakeibo—O Sr. LinV Baptista Coelho, em Petropolis, rua 15 de Novena- bro n. 50. O Sr. Luiz Lopes da Silva, em Friburgo. O Sr. Júlio Feydit, em Campos, rua Vis- conde do Rio Branco n. 36. O r. Maximiano Gomes dos Santos, em Apparecida. O -r. Mariano Rebello da Silva, em Pu- reza. O Sr. Ignacio Cândido dos Passos COr- te», em S: Fidelis. O Sr. Jofto Antônio Eacar, em Canta- gallo. Minas Gkkajss—O tír. Modoatiuo Ar- juuide, eui Ouro Preto. O Sr. jüeocleciauo Vieira, eiu Uberaba. O Sr. Tüumax José Silva, em Vargi- mua. 0*Sr. José Monteiro da Silva Júnior, em Sacramento. O Sr. Cicsro CamOes, em Barbacena. ri. Paulo—O Sr. Antônio (ionyalves da léilva Batuira, ua capital, rua du indepwn- dencia n. 4. O Sr. Benedicto José de Souza Júnior, em bantosj rua General Câmara u. 120. O Sr. Jofto Manoel Malheiros, ua Fran- ea, rua do Conumoioio n. 16. O Sr. Joaquim de Carvalho Leme, em Quaratiugueta. O Sr. Jofto Baptista de Camargo, em Piracicaba. Pakajsá—O Br. Jofto Moaes Pereira Go- me», em Paranaguá. O 8r. Autouio Simplioio da Silva, ua Lapa. Sawta Catharina O Sr. Joaquim Autouio tí. Thiago, em S. Fraucisco. Rio Grande do Sul—O Sr. Carlos Pa- reto, em Porto Alegre, rua Ramiro Bar- ' oellOH u. 281. O Sr. José Gabriel Teixeira, ao Rio Pardo. Matxo Grosso—O Sr. Flario Cresceu- elo de Mattos, em Cuyabá. Portugal e seus Domínio» O Sr. Ciaudino Netto, no Porto, raa Cerpo da guarda a. 80, 2.» andar' carne A igreja romana, adstricta á lettra, ensina que, no fim do mundo, os corpos com que viveram os homens se reuni- rão aos espiritos que os animaram, re- stabelecendo-se, desfarte o homem que morreu. Esta interpretação da resurreição da carne é de todo em todo insubsistente, por que vai de encontro aos dictames da sciencia, que é revelação divina conio a religião; não podem portanto, jamais, as duas estar em desaceordo. I Uma auxilia a outra, sendo a sciencia a confirmação experimental das verda- des religiosas, e sendo a religião o pha- rol que esclarece os abysmos teuebro- sos da sciencia. Na revelação religiosa «nsontra o homem a luz para devassar os segredos da natureza, que é o fim de toda a sciencia, e na revelação scientifica, bem estudada, bem experimentada, eu- contra a confirmação, podemos dizer, material das verdades religiosas. Sempre que houver desaceordo entre as duas, ficai certos : é que não com- prehendestes bem, é que falsa é vossa interpretação ou vossa observação. Jfi é exactamente isto que se no caso da resurreição da carne. sua interpretação, A igreja, coi está em completo antagonismo com o íácto verificado pela sciencia, que não adraiite tal modo de resurreição, im* possível. Qual das duas estará com a verdade ? Vejamos. O corpo humano, aggregado de ele- mentos materiaee, obedece necessária- mente à lei da matéria, á decomposi- ção. A su» decomposição dá-se, a nossos olhos, pela putrefacção, que é o pro- cesso natural de desaggregação dos elementos materiaes componentes dos corpos organizados. Por aquelle processo, vemos, no fim de certo tempo, o corpo reduzido a ossos, e no fim de maior tempo, os os- sos reduzidos a pó, a nada. O que é feito dos elementos que «onititaira» aquelle corpo? Desfiie- ram-se «ffecti vãmente no nada ? Não ; porque o nada não existe, e tudo o que é, será eternamente, embora sob novas o variadissimas formas. Áquelles elementos, dil-o a revela- ção scientifica, de pleno accordo com a religiosa, vão ao turbilhão universal (fluido cósmico), donde sahiram para fazer parte do eorpo que se decom- poz, e desse turbilhão, apurados e mo- dificados pelos processos naturaes, vol- vem a fazer parte de novos seres, que emanam do fluido universal, fonte ori- ginal de tudo o que foi, é e ha de ser, no universo creado. Sendo assim, como diz a sciencia, a religião, e acceita de boa vontade nos- sa razão ; como resuscitarem os corpos com os elementos que os constituíram, se esses elementos são partes compo- nentés de outros corpos, de outros sere^? ___.. x .. .. Seria preciso haver uma deslocação geral uma desordem completa, uma des- truição dos seres vivos, para a resur- reição da carne dos seres mortos; e isto, que vai de encontro á ordem e á harmonia universaes, que seria um tes- temunho contra a omnisciencia, é o que seria fatalmente, se verdadeiro fosse o ensino romano. E, pois, pela prova do absurdo, se evidencia que a verdade uão está com a igreja romana. Mas o que é a resurreição da carne ? Uma linguagem symbolica, para expri- mir uma lei aiuda incomprehensivel: a lei das reincarnações, pela qual o espirito não reveste a carne morta, mas uma carne nova, embora destina- da ao mesmo lim da primeira. O espirito resurgiu na carne, toman- do novamente um corpo, e figurada- mente qualificou-se o faete de resurrei- ção da carne. A igreja romana, interpretando se- gundo a lettra, guia a humanidade & um absurdo que deroga ae sabias leis do Creador. O spiritismo, interpretando em es- pirito e verdade, guia a humanidade ao conhecimento da verdadeira lei, da lei que exalta a omnisciencia, flrmando-se na sciencia e na revelação da revela- ção, perfeitamente accessiveis á nossa razão. Ahi está e «ae é reearreieáe da 0 spiritismo prohibido carne. Ao Diário do Povo, de S. Paulo, es- creveu o padre Passalacqua, pedindo que publicasse a prohibição de Roma : de publicar, ler ou conservar livros em que se ensine e louve a evocação dos espiritos. O que pretenderia o padre com aquelle pedido ? Quem não sabe que Roma repelle o spiritismo, como o réo repelle a todos os que aceusam suas faltas ? E, porque Roma condemna o spiri- tismo, o spiritismo está condemnado ? Jesus também foi condemnado pela Roma de seu tempo ; mas não deixou por isso de ser a verdade, a luz, o amor, a caridade, a incarnação do pen- samento de Deus. Embora os padres proclamem a in- fallibilidade da sua Roma, só os parvos ignorantes acreditam n'ella; porque infallivel Deus. Portanto, se Rorna prohibe o spiri- tismo, e se este. é ama revelação, pro- mettida por N. S. -Fesus Christo, como se uo Evangrib ¦ de S. João e de S. Matheus, evident mente Roma, ou o clero catholico. se collocahoje nas con- dições do sacer I >cio hebreu. Como conbecer-se que o spiritismo é a revelação prométtida pelo Christo ? Pelo fructo, ensinou Elle, se co- nhece a arvore, porque de arvore boa não pode vir fructo mau, nem de arvore fructo bom. A Examine-se desapaixonadamente sem fanatismo e sem preconceitos, exa- mine-se, n'estas condições, a doutrina spirita, e veja-se se ha n'ella alguma coisa que leve, ainda que ligeiramen- te, a attribuil-a a uma arvore de qualidade. Amor e caridad", eis o fundamento moral da nova revelação, cujos concei- tos e preceitos giram em torno de tão sagrado lemma. Pode, pois, ser tal doutrina obra de inimigo da humanidade ? Não, nunca ; um amigo pode dar ao homem o dulcissimo mel que gera e fortalece em sua alma áquelles divinos senti- mentos, fora dos quaes não ha salva- ção. E, pois que elles são palpavelmente divinos, e a humanidade espera a pro- messa de uma nova revelação, promes- sa feita pelo próprio Jesus, o que ra- cionalmente se deve concluir ? os fanáticos ignorantes, os imitadores do sacerdócio heereu, do /

PAOAMEHTO ÀDIAflTADO pagamento adiantado ÓRGÃO DA ...memoria.bn.br/pdf/830127/per830127_1897_00348.pdf · da natureza, que é o fim de ... está em completo antagonismo com o íácto

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ASSIGNATURA ANNUAL

Brazil 6$000pagamento adiantado

PÜBLICá-SE NOS DIAS 1 E 15 DECADA MEZ

PMRIOOICO EVttLÜCIOlíISTA

ÓRGÃO DA FEDERAÇÃO SPIRITA BRAZILEIRA

ASSIGNATURA ANNUALExtrangeiro 7$000

PAOAMEHTO ÀDIAflTADO

PUBLICA-SE NOS DIAS 1 E 16 DlCADA MEZ

¦*

Tod. w^pnto** deve ser dirigida a PKMSO BICHAKD - Bua do BHWio % <*.

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Brasil — Rio d© Janeiro — 18»» — ietembo 1

rffiwnr-^nwe ^s^McagBsgagHaBaBSBsa^^^ssag sè .gegfafflaa^agesgassssasg sseM. 348

agentes do <reformador» ^ ressurreição daAmaíoicas—O Sr. Bernardo Rodrigues

de Almeida, em Manao», rua José Paraná-gua n. 2.

Pabá—O Sr. Recaredo Laudegario daluva Prego, em Belém, rua ConselheiroJofto Alfredo n. 16.

Cbará—O Sr. Demetrio de Castro Me-neaea, na Fortaleza, rua 24 d» Maio n.242.

Rio Gka-,de do Nortk—O Sr. Fortu-nato Rufino Aranha, no Natal, rua 18 daMaio n. 51.

Pabahyba—O Sr. Emiliano RodriguesPereira, na capital, rua da Viraçao n. 27.

Pernambuco—O Sr. Theodomiro Du-arte, no Recife, rua Primeiro de Marçon. 7.

O.Sr. Joaquim Pessoa de Mendonoa, emGoyana. '

Alagoas—O Sr. João Nunes dos Santo»,em Penedo, rua da Penha n. 80.

Skrgipe—O Sr. C, Campos, em Araca-jü, rua Aurora n. 7.

Bahia—O Sr. Manoel Ferreira VillasBoas, em S. Salvador, rua de Santa Bar-bara n. 114.

O Sr. Francisco Xavier Vieira Gomes,na Cachoeira.

Rio de Jakeibo—O Sr. LinV BaptistaCoelho, em Petropolis, rua 15 de Novena-bro n. 50.

O Sr. Luiz Lopes da Silva, em Friburgo.O Sr. Júlio Feydit, em Campos, rua Vis-

conde do Rio Branco n. 36.O r. Maximiano Gomes dos Santos, em

Apparecida.O -r. Mariano Rebello da Silva, em Pu-

reza.O Sr. Ignacio Cândido dos Passos COr-

te», em S: Fidelis.O Sr. Jofto Antônio Eacar, em Canta-

gallo.Minas Gkkajss—O tír. Modoatiuo Ar-

juuide, eui Ouro Preto.

O Sr. jüeocleciauo Vieira, eiu Uberaba.

O Sr. Tüumax José d» Silva, em Vargi-mua.

0*Sr. José Monteiro da Silva Júnior, emSacramento.

O Sr. Cicsro CamOes, em Barbacena.

ri. Paulo—O Sr. Antônio (ionyalves daléilva Batuira, ua capital, rua du indepwn-dencia n. 4.

O Sr. Benedicto José de Souza Júnior,em bantosj rua General Câmara u. 120.

O Sr. Jofto Manoel Malheiros, ua Fran-ea, rua do Conumoioio n. 16.

O Sr. Joaquim de Carvalho Leme, emQuaratiugueta.

O Sr. Jofto Baptista de Camargo, emPiracicaba.

Pakajsá—O Br. Jofto Moaes Pereira Go-me», em Paranaguá.

O 8r. Autouio Simplioio da Silva, uaLapa.

Sawta Catharina — O Sr. JoaquimAutouio tí. Thiago, em S. Fraucisco.

Rio Grande do Sul—O Sr. Carlos Pa-reto, em Porto Alegre, rua Ramiro Bar-' oellOH u. 281.

O Sr. José Gabriel Teixeira, ao RioPardo. •

Matxo Grosso—O Sr. Flario Cresceu-elo de Mattos, em Cuyabá.

Portugal e seus Domínio» — O Sr.Ciaudino Netto, no Porto, raa Cerpo daguarda a. 80, 2.» andar'

carne

A igreja romana, adstricta á lettra,ensina que, no fim do mundo, os corposcom que viveram os homens se reuni-rão aos espiritos que os animaram, re-stabelecendo-se, desfarte o homem quemorreu.

Esta interpretação da resurreição dacarne é de todo em todo insubsistente,por que vai de encontro aos dictamesda sciencia, que é revelação divinaconio a religião; não podem portanto,jamais, as duas estar em desaceordo. IUma auxilia a outra, sendo a scienciaa confirmação experimental das verda-des religiosas, e sendo a religião o pha-rol que esclarece os abysmos teuebro-sos da sciencia.

Na revelação religiosa «nsontra ohomem a luz para devassar os segredosda natureza, que é o fim de toda asciencia, e na revelação scientifica,bem estudada, bem experimentada, eu-contra a confirmação, podemos dizer,material das verdades religiosas.

Sempre que houver desaceordo entreas duas, ficai certos : é que não com-

prehendestes bem, é que falsa é vossainterpretação ou vossa observação.

Jfi é exactamente isto que se dá nocaso da resurreição da carne.

sua interpretação,A igreja, coiestá em completo antagonismo com o

íácto verificado pela sciencia, que não

adraiite tal modo de resurreição, im*

possível.Qual das duas estará com a verdade ?

Vejamos.O corpo humano, aggregado de ele-

mentos materiaee, obedece necessária-mente à lei da matéria, á decomposi-

ção.A su» decomposição dá-se, a nossos

olhos, pela putrefacção, que é o pro-cesso natural de desaggregação dos

elementos materiaes componentes dos

corpos organizados.

Por aquelle processo, vemos, no fim

de certo tempo, o corpo reduzido a

ossos, e no fim de maior tempo, os os-

sos reduzidos a pó, a nada.

O que é feito dos elementos que«onititaira» aquelle corpo? Desfiie-

ram-se «ffecti vãmente no nada ? Não ;porque o nada não existe, e tudo o queé, será eternamente, embora sob novaso variadissimas formas.

Áquelles elementos, dil-o a revela-

ção scientifica, de pleno accordo com areligiosa, vão ao turbilhão universal

(fluido cósmico), donde sahiram parafazer parte do eorpo que se decom-

poz, e desse turbilhão, apurados e mo-dificados pelos processos naturaes, vol-vem a fazer parte de novos seres, queemanam do fluido universal, fonte ori-

ginal de tudo o que foi, é e ha de ser,no universo creado.

Sendo assim, como diz a sciencia, areligião, e acceita de boa vontade nos-sa razão ; como resuscitarem os corposcom os elementos que os constituíram,se esses elementos já são partes compo-nentés de outros corpos, de outrossere^? ___. . x .. ..

Seria preciso haver uma deslocação

geral uma desordem completa, uma des-truição dos seres vivos, para a resur-reição da carne dos seres mortos; eisto, que vai de encontro á ordem e áharmonia universaes, que seria um tes-temunho contra a omnisciencia, é o

que seria fatalmente, se verdadeirofosse o ensino romano.

E, pois, pela prova do absurdo, seevidencia que a verdade uão está coma igreja romana.

Mas o que é a resurreição da carne ?Uma linguagem symbolica, para expri-mir uma lei aiuda incomprehensivel:a lei das reincarnações, pela qual oespirito não reveste a carne morta,mas uma carne nova, embora destina-da ao mesmo lim da primeira.

O espirito resurgiu na carne, toman-do novamente um corpo, e figurada-mente qualificou-se o faete de resurrei-

ção da carne.A igreja romana, interpretando se-

gundo a lettra, guia a humanidade &um absurdo que deroga ae sabias leisdo Creador.

O spiritismo, interpretando em es-

pirito e verdade, guia a humanidade aoconhecimento da verdadeira lei, da lei

que exalta a omnisciencia, flrmando-sena sciencia e na revelação da revela-

ção, perfeitamente accessiveis á nossarazão.

Ahi está e «ae é reearreieáe da

0 spiritismo prohibido

carne.

Ao Diário do Povo, de S. Paulo, es-creveu o padre Passalacqua, pedindoque publicasse a prohibição de Roma :de publicar, ler ou conservar livros em

que se ensine e louve a evocação dosespiritos.

O que pretenderia o padre com aquelle

pedido ?Quem não sabe que Roma repelle o

spiritismo, como o réo repelle a todosos que aceusam suas faltas ?

E, porque Roma condemna o spiri-tismo, o spiritismo está condemnado ?

Jesus também foi condemnado pelaRoma de seu tempo ; mas não deixou

por isso de ser a verdade, a luz, oamor, a caridade, a incarnação do pen-samento de Deus.

Embora os padres proclamem a in-fallibilidade da sua Roma, só os parvosignorantes acreditam n'ella; porqueinfallivel só Deus.

Portanto, se Rorna prohibe o spiri-tismo, e se este. é ama revelação, pro-mettida por N. S. -Fesus Christo, comose lê uo Evangrib ¦ de S. João e de S.Matheus, evident mente Roma, ou oclero catholico. se collocahoje nas con-dições do sacer I >cio hebreu.

Como conbecer-se que o spiritismo éa revelação prométtida pelo Christo ?

Pelo fructo, ensinou Elle, se co-nhece a arvore, porque de arvore boanão pode vir fructo mau, nem de arvoremá fructo bom. A

Examine-se desapaixonadamente semfanatismo e sem preconceitos, exa-mine-se, n'estas condições, a doutrinaspirita, e veja-se se ha n'ella algumacoisa que leve, ainda que ligeiramen-te, a attribuil-a a uma arvore de má

qualidade.Amor e caridad", eis o fundamento

moral da nova revelação, cujos concei-tos e preceitos giram em torno de tãosagrado lemma.

Pode, pois, ser tal doutrina obra deinimigo da humanidade ? Não, nunca ;bó um amigo pode dar ao homem odulcissimo mel que gera e fortaleceem sua alma áquelles divinos senti-mentos, fora dos quaes não ha salva-

ção.E, pois que elles são palpavelmente

divinos, e a humanidade espera a pro-messa de uma nova revelação, promes-sa feita pelo próprio Jesus, o que ra-cionalmente se deve concluir ?

Só os fanáticos ignorantes, só osimitadores do sacerdócio heereu, do

/

pii mhi iiii'iwgijaw]«i[»iiiiwi iiiitjMiiiinmmmmmmiimmpr

tempo de Jesus, não concluirão : o spi-ritismo é a revelação prometi ida porN. S. Jesus Christo, para explicaraquellas verdades que Elle, em vistado atràzo da humanidade, não poudeensinar, o para restabelecer o que, emseu santo nome, foi deslocado e deliu-

pado.Se, pois, o spiritismo, que assombra

o clero catholico porque faz a luz so-bre seus erros e iniquidades. é obra do

promettido Espirito da Verdade, o queimporta que a igreja romana o prohi-ba?

Infelizes os que o prohibem, porqueterão a sorte dos sacerdotes e dos pha-riseus !

Felizes os que o abraçarem, a des-

peito da prohibição, porque esses des-

prezam o pharisaismo e se abraçam coma Cruz da Redempção.

Entre Jesus e o papa, escolham li-vremeute, como já escolheram entreJesus e Caiphás.Mi» ii iMiiM-iwrTnvrrriTii atamaMMMauuBMMiaiBaimBMÊBM

NOTICIAS

a&&fc,«.mMAAMWtó — l&ttf— «•t»tfflS>r» t

Não se trata de um collega novo,pcis que já se acha no seu 21" anuo deexistência, mas de um novo collega quepela pnmeira vez, nos dá o prazer deuma visita, a qual — esperamos — sereproduzirá com assiduidade a que, pornossa vez, corresponderemos pontual-meute. —E' o Mòmtenr spirite & ma-gnétique, que se publica em Bruxel-ias, 100 rue de Mérode, Saiia Gilles,e cuja assignatura annual custa, parao exirangeiro, 3.50 francos.

Para que os leitores formem umaidéa d'esta interessante publicação,cuja leitura ihes recommendamos viva-mente, aqui damos o summario do n? 5que temos a vista :

1.—O phenomeno spirita.—2. OSr. Wiliiam Crookes. — 3. SociedadeEspiritualista de Pruxellas, B. M.—4. U que é a vida, Joseph de Kro-nheim.—5. Uma vidente.—ti. Tribunado Magnetismo, Dr. C. — 7. A sombri-nha verde ou o enguiço,—tí. A uniãospirita kardecista de Catalunha. — 9.Bibliographia. — 10. Boletim dos sum-manos.

Agora trata-se de ir mais longe. Eo boletim de que nos òccupamòs esteu-de-se longamente sobre o assumpto,como terão os leitores oceasião de apre-ciar no nosso próximo numero, em queo publicaremos na integra.

A outra noticia, á que também entãodaremos publicidade, é a da desincar-nação do celebre curador alsaeianoFrancis Schlatter, do qual já nos temosoecupado n'estas coluumas, «orno d'issoestarão lembrados os nossos confrades.

Chegada á ultima hora essa noticia,não a podemos dar no presente nume-ro, tanto mais que é extensa e exigeespaço de que não dispomos hoje.

A falta de espaço com que luetamosobriga-uos a adiar para o nosso proxi-mo numero duas publicações muito in-teressantes. E' uma dellas o supplemen-to do «Boletim da Federação SpiritaUniversal» que, no caracter de circu-lar, nos foi dirigido e oecupa-se doCongresso Spirita que se deve reunirem Paris, em 1900, por oceasião daexposição universal que alli se eiiee-tuará n'essa epocha, o qual tratará deassentar sobre bases indiscutíveis estasduas verdades fundamentaes da nossadoutrina:

As vidas suecessivas ; eA existência de Deus.Como devem saber os leitores, a reu-

nião de um congresso idêntico, n'aquel-Ia mesma capital, por oceasião da ex-posição de Idd9, teve por fim assentar,de igual modo, como verdades definiti-vãmente estabelecidas para todos osspiritas os seguintes princípios:

A existência e immortalidade daalma ;

O conhecimento do corpo espiritual,ou perispirito ; e

A communicação entre a humanidadeterrestre e a humanidade deaincarna-i%.

Terminamos hoje, como se verá euioutro logar da nossa folha, a publica-ção do livro do Sr. Valentiu Tournier,O spiritismo ante a razão, que ha lougotempo vimos publicando e de cuja tra-ducção encarregara-se um dos nossoscollegas, que procurou dar á sua tare-lá um desempenho, na medida de suasforças, tào completo quanto possível.

Assignalamos, todavia, o facto, uáopara exaiçar o mento do trabalho donosso companheiro, que o tem na justaconta e d'isso uáo se preoecupa abso-lutamente, mas para chamar a atteu-ção dos leitores sobre as conclusões aque chega o nosso confrade Sr. Vaien-tin Tournier, no remate do seu livro,coiiclu&ões com as quaes sentimos nãonos podermos conformar.

Reproduzimos litteraimeuie e na iu-tegra o capitulo tinal do relendo livro,o ii:jíuü^ ouinj^vituuij um dovoi' «iumen

tar de lealdade a que uos julganioa opri-

gados. JNao renunciamos, todavia, comisso ao direito de livre exame e ue cri-uca, direito que nos propomos exercer,sem que, porem, cogitemos de abrirn'estas columuas uma discussão acercado assumpto, aliás dü incontestáveltranscendência.

iNo nosso próximo numero pubiicare-mos um artigo em apoio do nosso modode ver acerca da creação ou da eterui-dade dos espíritos, tratadas 11'esse ca-

pitulo de que hoje nos oecupamos, eemprazanios ate ia os nossos kitores,attenta a íinposbiuindade de o lazer nopresente numero pela carência absoiu-ta de espaço.

Au nosso confrade, auetor do livroem questão, se porventura ine chega-reui estas imnas, uao parecera decertoextranha esta nossa resolução, aiudaque o nao iosse senão no ponto ue vistada antigüidade do citado livro, queveiu a luz ha muitos annos já. E' pos-si vel mesmo que o seu auetor não pen-se hoje do mesmo modo. Isso, porem,é coisa que apenas lhe diz respeitopessoalmeute.

U nosso dever, reproduzindo hojeidéas emittidas üa alguns iustrus, dasquaes discordamos mas cuja mtegrida-de lealmente respeitamos, e oppur-lheso nosso modo de ver, para que o nossosilencio não seja levado á couta de umasolidariedade que repudiamos.

Dahi a necessidade do uosso proxi-mo artigo.

uma nova, colúmna destinada a susten-tar a magestosà cupola do edifício danova fé, (Pesse edifício em cuja con-strueção, toda de luz e de consoladorasverdades, não cessam de colloborar oselevados espiritos do Senhor,que de con-tiiiuo nos assistem com a sua generosadedicação á obra commum do bem edo alevantamento da pobre humanidadedecahida, em que andamos empenha-dos.

A fundação do uovo grupo spirita Fé,JAsperunça e Caridaite, que se destinaao estudo do spi ritismo na sua mais altaaspiração, o que importa—a interpreta-ção do Evangelho em espirito e verda-de, tem a significação de mais umtriumpho obtido sobre os erros e asobscuras vaciliações do passado pelanova revelação, que se propõe o verda-deiro reinado de Jesus na terra, pelaextineção de todos os ódios, pelo arre-fecimento de todas as paixões mesqui-nhas que infelicitam o homem, pela pro-clamação do amor e da fraternidadeentre todas as creaturas de Deus, 11'uniapalavra, pela única e possível felicida-de na terra—a pratica da lei divinaensinada, e exemplificada do alto doColgotha aspemmo. pelo cordeiro im-maculado.

Oxalá os uovos obreiros da santa cru.zada, inspirando-se ir esses ensinos etendo por broquei esse monumento qnefoi a obra do nosso Mestre em sua ulti-ma gloriosa existência na terra, possamlevar a feliz termo a obra que acabamde encetar e que não será isenta deásperas difficuldades, nem extreme desacrifiejos, mas que, se os souberemelles supportar de conformidade com ospreceitos da elevada moral de que seconstituem apóstolos, ser-lhes-ha fontede inexgotaveis consolações.

O Sr. Léon Denis, falando dos pro-gressos do spiritismo e do dever quetemos de propagar esta consoladoradoutrina, diz :

« E' necessário vulgarizar as nossasidéas pela palavra, e a melhor forma éo improviso. Tudo que obtém êxito, oé por uma iuspiração mental que, vin-do directamente ao coração, transpor-ta-se ao pensamento do ouviute, • põeo orador era eommunieação intima eomeste.

Examinai e comparai a situaçãoactual do spiritismo com a que eraha dez ou vinte annos. Lede as suas re-vistas e periódicos ; uma coisa nasced'essas apreciações : é a idéa do pro-gresso que penetra em toda parte. Nemtodos estão dispostos a acolhel-o; porema hostilidade diminuiu, a attenção sedespertou, e os sábios investigadores,os homens de iniciativa se acercam deuós. Actualmente não se mofa de quemexpõe em publico a doutrina spirita.Ha aiuda muitos refractarios e incre-dulos, mas a maior parte já escuta cominteresse».

E' uma verdade incontestável o quediz o syrapathico auetor da notávelobra Depois da morte. Que procuremseguir os seus conselhos, na medidadas suas forças, todos os que se sentemeom uma parcella de responsabilidadena ditfusáo d'estes uovos e sautosideaes.

Na cidade de S. Salvador de Camposacabam cie ser lançados oh alicwxw dt

Na primeira quinzena de outubrode 1896 celebraram os Srs. de Rochas,Maxwell, Gramont e Watteville, 110-vas sessões de experiência com o me-dium Eusapia Paladino.

Por diversas vezes produziram-se ospheuomenos seguintes :

1?—movimentos sem contacto;2'.'—formação de mãos fluidicas que

se podiam ver e tocar durante algunssegundos.

Os experimeutadores affirmam, domodo mais absoluto, que tão seguros es-tão de todos esses factos, como de qual-quer outro que possa ser percebido pe-los sentidos ; que, entretanto, o que ob-servaram não lhes permitte decidir seas mãos íluidicas pertencem ao corpo as-trai de Eusapia e são dirigidas pelo seuespirito, ou se a matéria astral emana-da do médium toma forma e movimentosob a acção de uma intelligencia inde-pendente, segundo affirma Eusapiaquaudo em estado de transe.

Essa intelligencia seria a de JohuKing.

Quem será essa entidade enigmática(pie, ha cincoeuta annos, intervém nosphenomenos de materialização, sob onome de John King, e que se apresen-tà, ora como rei dos elementares, oracomo uni inglez, um hindu ou umegypeio ?

Eis o que esses sábios agora procirram conhecer.

O Sr.de Rochas foi director da Esco-Ia Polytechnica de Paris, e ultima-mente publicou uma obra tratandod'esses phenomenos : ExtériorisaUond* Ia motrióité.

O Sr. Grrahan, conta o Borderland,natural do Canadá, dirigia uma impor-tante estação comrnercial da Compa-nhia da Bahia de Hudson, no rioYukon. Uma noite deram-lhe aviso deque a estação estava encantada ou visi-tada pelo demônio. Para lá dirigiu-seelle, mas nada uotou de anormal.

Ao apagar as luzes, viu então emuma das portas do estabelecimento doisolhos muito brilhates. Sem., perder acalma, elle tomou de um cacete e des-carregou tremendo golpe 11'aquella di-recção. O golpe feriu o vácuo. Começa-ram então as manifestações de umaactuação formidável. Os cães, uivan-do, vinham aterrados agachar-se juntoa elle;ruidos extraordinários se fizeramouvir em vários pontos da casa, imitan-do principalmente o trabalho do car-pinteiro. Se embaicava, era uo propiiobarco que se faziam ouvir furiosas mai-tellad.is, le eusurdecei.

Um mestiço, chamado Luii, quasienlouqueceu de medo vendo o visitanteintangível, e morreu dias após.

Aiuua depois um iuceudio acciden-tal destruiu a estação,que íoi i econstrui-da sem que o hospede exiranho abando-uasse a sua obra.

No fim de quatroanttos o cocheiio doSr. tírahan, que uão po lia t.derar o talimportune, viu-o e d'elle ouviu o s«3-guinte:

—Eucanlei leu amo ddraute algunsannos sem nada eouseguii d'elle. Vou-me embora.

Tudo terminou.

No Rebusca S. Petersburgo,conta oSr. Joseph de Krouhelm o seguinte:

Um joveu negociante huugaio, estan-do de passagem em Frosciaui, districtode Wilna, foi convidado por uma lami-Üa, composta de quatro indivíduos, parapernoitar em casa d'elles. A' noite se ishospedes assassm iram-u'o e fizeram dtí-sappirteei todos os vestígios do crime.

laja o facip sendo esque/ido, quau-do os crim nosoí se apresentaram á jus-tiça, declarando que vinham impedidospelo espirito de sua vicimn, que uãolhes dava um momento de tréguas.

O mesmo Sr. Joseph de KiyuhelD,no-tavel propagandiutado 8piriÜBmo,contn

*.',

»BF€l«MAl*#*fe«-*SfMf~- fleiembro I 8' 5íi!=r t£s

no Éfrw de Arena, de São José, CostaRica, como se fez a sua conversão aospiritisrno.

« Ha oito annos, diz elle, desempe-nhavaas.para mim bem gratas,funcçõésde paslor da igreja auglicana de Kan-gerao Fiat, Victoria ( Austrália).

O spiritisrno fazia muitos proselytosna minha freguezia e vários membrosdas congregações ^eclesiásticas meaconselharam que procura-se evitar oseu desenvolvimento.

Respondi-lhes que não me era possi-vel ir combater aquillo que eu não co-nhecia, manifestando em publico a mi-nha ignorância e presumpção, sem pro-balidade de convencer alguém. Pro-metti estudar a nova doutrina, paracombatel-a, se ella buscasse afastarseus adeptos da seuda do dever.

Teclarei-lhes mais que se seus ensi-nos, o que eu não cria, fossem confor-mes com a razão e a justiça, eu abra-çal-a-hia, sem contemplação de espéciealguma.

Não tiro orgulho d'isso, creio que só-mente cumpri o meu dever ; e julgoque assim deviam fazel-o todos os quese apresentara combatendo o spiritisrno.Assisti á uma primeira sessão em Gru-soe Guily, a duas milhas da minhaigreja, e testemunhei factos que me

Meu bispo, monsenhor Pierry, excel-lente homem, mas da antiga escolaevangélica, foi chamado a intervir eassim o fez.

Transigir com as minhas convicçõesera-me impossível. O mandato sácerdo-tal me foi retirado ; tive de abandonara igreja, dedicaiido-ine seriamente ápropaganda do spiritisrno.»

FACTOS

encheram de estupefai ção. Uma foiçaintelligente, invisível, respondeu a to-das as minhas perguntas, de um modoque só eu podia fazel-o.

Perguntei como se chamava o filhomais velho de rainha cunhada.—Gui;lherme, me foi respondido. Eu, porem,jurava que o menino chamavi-se Ma-thens. O invisível declarou que eu es-tava enganado ; e de (acto verifiqueique era elle quem tinha acertado. Nãoera possível que ahi tivesse havidouma leitura de pensimento, nem quefosse uma força inintelligente que merespondia.

Couvenci-me logo de que se tratava deum facto serio e digno de estudo ; re-corri a alguns amigos e formámos umgrupo, onde factos importantíssimos sederam logo.

Converti-me ao spiritisrno por üifini-tas e in ecusaveis provas.

Raymundo de Vasconcellos Menezes,muito conhecido no commercio d'estacapital, tinha uma demanda com oscondôminos de uma fazenda, na Serra-ria, de que comprara algumas partes.

No andamento da causa, falleceuRaymundo. pela ruptura de um aneu-risma interno, sem nada poder disporsobre seus negócios.

O advogado, o illustrado doutor Ra-tisbona, mandou pedir á viuva, que seachava na fazenda, um papel muitoimportante e urgente ; mas a distiuctasenhora não sabia onde poderia encon-tral-o.

Em afflicção visto depender d'aquel-le papel o triumpho de sua causa, levouo dia a procural-o, sem descobril-o,entre os papeis do marido.

A' noite, dormindo, viu o marido,que lhe disse : o papel que procurasestá na Corte, em poder do nosso com-padre Torres a quem dei para guardar.

Torres, negociante de café á rua deS. Bento, muito conhecido e conside-rado negociante da nossa praça, so-nhou, á mesma noite, com Raymundo,que lhe pediu pôr á mão o papel, poisno dia seguinte seria procurado pelamulher.

da manhã, e elle, de manhã bem cedo,foi dar busca a seus papeis, para pôr ámão o do compadre.

Poucas horas depois d'esse trabalho,appareceu-lhe a viuva, aquém recebeucom estas palavras :

—Já sei que vem á procnia de umpapel que o compadre me confiou.

—E' isto ; mas como sabe ?—Porque esta noite sonhei com elle

a me dizer : Antoniüha virá pedir-lheo papel que lhe confiei; tenha-o ámão.

Os dois olharara-se admirados doque lhes havia suecedido ; e depois dealmoçar com a familia Torres, D. Au-tonia ou Antoninha, comi) era conheci-da em familia, retirou-se com o papele sem saber explicar aquellas coisas.

Torres e Antoninha já são mortos ;porem quem escreve estas linhas ou-viu da própria senhora o que ahi ficaexposto.

Expliquem os sábios, que não admit-tem a existência do ser humano depoisda morte, expliquem os da igreja romana, que não admittem a communi-cação dos mortos com os vivos, a revê-lação de Raymundo, morto, á sua mu-lher, viva, do paradeiro do papei,revelação que foi plenamente confir-mada pela existência do papel on Utora indicado.

O spiritisrno não é uma fábula !

sií 27

Um e outro, a viuva e Torres, em-bora não acreditassem no sonho quetiveram, ficaram impressionados; demodo que ella tomou o primeiro trem

a—BBBPM—¦uufgm

IIUIUAIIIMSIIIIPOR

XXVII

A' vou do saleb, espécie de tribuno dopovo e seu advogado, çi;e.&çftu recente eu-tre os venusiuos, devida & luz que espa-lhara o príncipe sobre os direitos do uo-mem, ate eniao bestiücado ;

A' voz do saieb, prometteudo explicaçãoao priueipe do facto horrendo, que o traun-formou em fera, todos se reammuram e opróprio priueipe se acalmou, deixaudo ca-hir o braço prestes a brandir o ferro.

—Nfto ha em todo este povo, diasw osaleb, um coraçfto que nao te ame, pnnci-pe, coluo a flor dos campos auiu o orvalüoda noite. Teu deBappareeimeuto foi a de-solaç&o de ioda a gente; que já te devia aconaciencia de si, e que esperava de timais do que a vida, esperava a liuerdade.Na geral consternação, sem poder expn-car tao inaudito facto, dois homens d'esUicidade : Jaor e Bani

—Us numa cruéis inimigos ! bradou opriueipe.

—Ninguém o sabia, e por isso todosacreditaram uo que ora vemos ter sidoembuste seu.

—O que disseram ? ü que disseram es-tfus miseráveis aos quaes, pelas cinzas deminha mulher, jurei arrancar pela* costas

—Disseram que teu pae, premeditandoreduzir-nos ao antigo estado de aviltamen-to, te havia mandado assassinar, e enter-rar o corpo onde ninguém ó pudesse des-cobrir; que tiuba-te poupado do suppii-cio em publico, por temor uni levante damassa poputar, e que recorrera ao assas-sinato, por julgar mipossivel que se Jhealinuuisse qualquer mal, depois da cie-meneia cuiu que iralou-le ; mas que ellesencarregados da execução, se recusaram,lenuo entretanto a scieneia do üanmadoplano. (Jalcuiu, principe, a intensidade denossa dòr e a fúria das paixúes que se des-encadearam em nos&us almas, diante detal revelação que nos tirava a esperançade meihotes dias, por tua perda, e que nosameaçava de voltarmos ao que foramòàantes de Li, uido por obra de teu pae. Aconsciência que nos deste de sermos ho-meus, revoltou-se, em cada um de nós,contra o monstro que assassinou seu pro-pno filho—o bem amado do povo, parareduzir este á condição de besta de carga.iáetu plano, por um movimento esponta-ueo, correram todos, todos, á praça, ondeos dois enganadores, simulando a maiscouscienciosa seriedade, bradaram, comoindignados : quereis deixar impune amor-te do vobso bem ainauo, d'esse priueipe,que era a aurora de vossa felicidade V Cj,ue-ruis que seu assassino tripudie, victoriosa-mente, calcando aos pes os direitos queeiie vos concedeu V t^uereis voltar a escra-vos, depois ue lerdes sondado cum aiiber-Uade l—l^ui eu quem fatou por todos, pei-guiiUindo-mes : o que lazer V E enes res-ponderam: correr a casa do assassino,esinagai-o, e depois escolher para vossochefe quem vos tenha salvado da ígnomi-nia e seja capaz de sustentar a obra douosso príncipe.—Como o estampido medo-niio de trovão que abre espaço a horrorosatempestade, a massa humana aili reunidaproroiupeu em brados: Jaor seja nossochefe ; Jaor nos guie á vingauça do uossoamado príncipe, a «dvacao dos nouoa »a-

BIBUOGRAPHIAFiictí»» spiritas obsei vaãos \ or

W. Crookes e outros sábios, 1 volumede 104 paginas in 8?, por Oscar d'Ar-gonnel. Rio de Janeiio, typugrapiiaMo.eira Maxiniino, Chagas &ÇM897.

Tal é o titulo e taes são as indic t-ções da obra de cujo apparecimento d ;-mos noticia na nossa ultimn ediçã•>,obra que se nos afigura destinada a ser

rapidamente ei gotada.tal o valor trans-cindente d<» seu conteúdo, que se repor-ta aos mais extraordinários factos s\i-litasque já firam observados n'esiesúltimos tempo < e que são dignos de p ra-deraçâo por todos aquelles que não fa-zem da mesquinha romma de scieneiaadquirida até hoj; por um:t parte dahumanidade, cia',a de obstinada resis-

1 encia aludo o que oceorre fora daacanhada espia ra do seu restrictocaitt-po de acção até agora explorado.

Fj, externand»!-nos d'es*? modo, nãotemos em mira deu- Imii- o cabedal ledese tbeitas e d<~ constatações scienü-ficas, quer no oeruno da phenoraenob-gia pr.iprifj Mente dita, quri no da fixa-ção ?.as his respectivas, que têm abso •-vido a7cuv!dade laboriosa,incontesta-vel-rei .te f ..muda,de tantos espíritos deelite me 1 mi felicitado a" hunvmidadcom o frucíò l'e-ses labores. Não. Os1 ermch'8 m3 e*ta tem fruido, c trao re-átíttántc das c »i quistas obtidas sobre od :scon'iecido e da projecção de luz so-1 re a uoite da ignorância por íantas '

geíações de sábios—se assim nos pode-mos exprimir;—têm pleno ju< á nessaadmiração, quando uão á nossa grati-dão, e fora insano recusar a taes cora-josa ; dedicações o tribut) de reconhe-cimento devido ao merecimento de taestrabalhadores e á grandeza de sua obra.

A propriedade; porem, das nosss<expressões resulta do ponto de vista emque nos collocamos, considerando ascieneia humana.que é o alpha da scian-cia cosmogonica, em relação com amagnitude infinita d'esta ultima, eu-j is linhas geraes mal se esb içam pira

i s que penetram corajosamente noinexplorado terreno da nova psycholo-;>iã, qne encerra tão surprêhendentesmaravilhas e rasga novos e deslumbramtes horizontes ao espirito humano.

Dirigim< -n >s a todos os que possuemsuficiente critério para se não acre-

ditarem de posse da ultima palavra dascieneia, e são - usceptivéis de admittir

i àcceitar uòvas .erdades provadas eincontestáveis. Gcncitamol-òs aoeslu-dodlesse-? i.vh-éii mi nos extraordinaiiosque tém ultimaiiiântepieoccupadò o es-

irito de vultos da maior respeitabílirilade ihtellectn ti no terreno d'essamesma scieneia, rs quaes têm ti Io agrandeza morai li os constatar e affir-

grados direitos de homens. E, sem hesita-çao mas com a sanha de animaes sedentos,correram todos, todos, em segui mento deJaor, atC aqui, onde o perverso, depois deabatido teu pae, o esquartejou, assim comoestás vendo, e tomou as insígnias dè cbe-fe. tíe tivesses chegado dez minutos maiscedo, ter-se-hia descoberto o embuste, eevitado tao grande mal.

—ii bibandido? ü que efeito d'elle?ltoubou-me a mulher amada e cortou bar-baramentè a vida ao amado pae !

Um ruido, coiiip de tropel de grandenumero de cavallèírosj fez-se ouvir daparte de fora do recinto, e brados de mal-tliçftò e de ameaças encheram o espaço.

A multidão, que enchia o palácio dochefe, arrancou em disparada para o sitiodonde lhe vinha aqueile rumor, inclusive6 príncipe, que presentiu alguma coisa degrave rio que se passava lá fora.

Lá fora, era terrível a lueta e a vozeriaentre um grande numero de homens, fu-liotios, e dois desgraçados que se batiam,ena defesa, supplicando e pedindo perdãoe misericórdia.

Os que vieram ver o que aquillo era, re-conhecendo oa dois perseguido» pela mas-sa popular, atiraram-se a elles, nao paradefendel-os, mas para esmagal-os.

O grito geral era : esquartejal-os, comoelles esquartejaram o chefe !

Quando o príncipe chegou ao logar époz os olhos nelles,, tudo estava consuin-inado: eram dois cadáveres.

Jaor e Rant, os auetores de todos os seussoürimentos indescriptiveis, tinham pagocom a vida suas perversidades !

ü moço aproximou-se dos dois cadave-res, e cruzando os braços, deixou, em so-laços, escapar-lhe dos lanios estas pala-vias :

—Envenenastes minha existência, rou-bastes-me oa dois corações que me faziamas delicias da vida, planejastes assumir opoder para me esmagardee ; mu uadacomeguietes, porqu* ha um poder qne r«»

gula as coisas d'este mundo, e esse poderí e manifesta pela justiça. Eu jurei vmgar.- morte da minha adorada mulher, e agora:; do meu idolatrado pae ; mas outro,- fi-/eram, por mim, a obra da minha ving in-ça, e.. confesso minha fraqueza, tenüopena d-' vossas misérias.

—Vês, meu rilho, disse-me Bartholoiueudos Mariyres, vês como a fuga do teu per-seguidor e a influência do teu anjo daguarda te trouxeram aos teus sentimentosnaturaes? Aqueile furioso de ha pouco,sedento de vingança feroz, deixa cahiruma lagrima de compaixão sobre os cada-veies de seus algoz«s ! O negregado espi-r t >, fugindo á tua angélica protectora, foia 'tuar sobre aquelles dois desgraçados,para induzil-os a representarem o horren-do papel, contando que, por ahi, te leva-ria á rüina rriorál e á material : moral,pel t perversidade á que te atirarias, ma-teria1, pala enth.-onizaçâo do teu inimigo,que valer-se-hua do poder para esmagar-te! O mal, porem, jamais prevaleoeráconti o bem, que já era em germen emteu et :a^âo, e o plano infernal esboroou-secomo .st-ls vendo !

—DiUf, então, foi quem determinou oque se deu : aqueile t uiguinolento deste-cho?

—Deis nflo deterinin i o mal, meu filho,em caso ilguin ; mas tan bem náo permitteque a lei da eterna justiç. seja calcada emcaso alg.:m. Alei está po aa e sempre emacçáb, e •> L.alha de ser 'mudo e o bemtriutriphante. Como se far'6, coisa é com-paravel á tr. nspiraçao da água atravezdos corpo • porosos. O livre i rbitrio repre-senta o grande papel n'esta questão. i)ize-me: se u;.i himeui fôr coi demnado amorrer n'u i circo de feras, pi de alguémsuppôr que i sentença seja burlada? Noemlanto n c se designa a fera que o ha

de matar. O que viste foi o cun pritnentoda sentença divina em um circo de feraahumanas.

{Continua)

1

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HI2F,#»MA.S>,4aKi I ¦aswa- Qe.t-emb.po

mar ao mesmo femro a impotência dasciencia humana actual para Os definir eexplicar dentro dos seus moldes estreitose incompletos.

Porque os factos ahi estão, O livrode que nos oceupamos encerra-lhes adescripção minuciosa e eloquente nasua evidencia positiva ; e, ohsèi vadosnas mais rigorosas condições de escru-pulo e com as maiores cautelas, demodo a ser evitada toda fraude e o me-ner embuste, esses factos merecem pie-na fé, attestados e referendados pelaauctoridade imparcial dos saus obaer-vadores.

«Quanto ao livro, propriamente erarelação ao trabalho qu»-para sua con-fecção se impo/, o nosso confrade, cujamodéstia o occultou sob o pseudonymqOscar tfArgonnel, já traduzindo de jor-naes inglezes a narrativa de taes factos,já distribuindo iutelligentemente asmatérias que constituem o livro, só te-mos que dispensar a este louvores paioserviço que acaba de prestar á causaspirit , concorrendo para o seu patri-monio com esse contigente de uão pe-quena valia.

A traducção não será em rigor umaobra primorosa e pecs:i, ao contrario,muitas vezes por ser demasiado litte-ral. Está, entretanto, cuidada com ai-gura esmero e é suficientemente clarapara que os que não estão familiariza-dos com a língua ingleza se reputemfelizes por se lhe proporcionar ensejode conhecer, mediante esse processointelligentemente applicado, os factosestupendos que constituem o objecto doreferido livro.

Uma nova edição, cuidadosamenterevista, fará desapparecer esses deíei-tos alem de alguns erros deievisãuqueescaparam n'essa primeira euição.

Reconiraendamos novamente a todosa leitura d'essa obra, inicio de uma se-rie de outras de mais fôlego que o nos-so confrade se propõe verter para anossa língua, assim o produeto d'essaedição lhe proporcione meios de as pu-blicar, intuitos justíssimos e louváveisa que o publico não deve recusar osjeu concurse indirecto a facilmenteprestavel.

isso exprimir que elle não o fez sahir j melhor a acção de um corpo sobre oude nada, que elle o não creòu absoluta-mente. Ex nihilo nihil, nada de nada,dizia a antigüidade e diz ainda amaioria dos modernos pensadores. Istouos pareça irreplicavel.

Qual é o mais claro argumento, omais terminante, o mais irresistível, omais pupular dos qua emprega o espi-ritualismo para demonstrar a eterui-dade de Deus ? K' «ata :—ae Deus nãofosse eterno, aeria preeisa qua o nadao tivesse produzido, o qua impliau eon-tradiecão, porque o nada, nada sendo,nada poda produzir.

Melhor uão seria possível raoioeinar.Mas se o nada não poude por si mesmoproduzir Deus, porqua nada á, manosainda pouda produzir o muudo sob aacção da vontade divina, porque não èmanos necessário existir para podarsoffrer uma aação do que para produ-zil-a. Fica-se aurprehendide de que ospartidários da «reação não vejam quaesta consaquancia á forçosa.

E' verdade qua alies procuram sub-trahir-se a isto pretendendo que á porsimples modo de talar que Daus creuuo mundo da nada ; da faatu isto sfgm-fica que ella o craou unicamente porqueo quiz. O mundo teria, portanto, saiu-do da vontade da Daus a nâo do nada.

tro, posto que vejamos a cada instanteos éffeitos cTisso.

Um tal Deus e, pois, impossível ; aentretanto o mundVexiste.

O mundo pode, portanto, existir semDeus.

E aqui está como a doutrina dacreação, depois da nos ter aonduaido aopantheismo agora nos conduz ao atheis-mo, systema cuja impossibilidade ha-vemos igualmente demonstrado, pro-vando a necessidade de uma intelli-gencia reguladora do universo.

Em resumo, a creação é um systemaque não podaríamos admittir : — 1?,porque nos deixa ua mais completaineerteza acerca dos uns derradeiros denassa alma ; e 2?, porque tende, emdefinitiva, quer ao pantheismo, querao atheismo.

Força nos á, portante, reconhecerque os seres continuamente variantesem seus estados, suas formas, suas ma-nifestações, no fundo são eternos. Sóas formas, os phenomenos, as apparen-cias nascem, se desenvolvem e mor-rem ; as realidades persistem sempreas mesmas.

0 SPiBITíáiflü ANTE A Um

POR

Valeu lia Touruier

Mas quem nâo percebe então qua nãoevitam assim a (Jharybdes do •* mhdosenão para cahir ua acyüa üo pautüeis-mo? Porque, emuin, qua diherençapode haver entre um mundo que Deuspensa ou sonha a um mundo que DeusqUer ?—a única evidentemente è que,uo primeiro caso. esse mundo é umaemanação, um modo, uma ut*terminaçãodo seu pensamento, e, no segundo, umaemanação, um modo, uuta determina-ção üa sua vontade. Mas a vontade naosa distingue mais do ser do que o pen-sameuto ; uão ha no universo peusa-inentos e vontades, mas positivamenteseres que pensam e que querem. Deus,pois, pense ou queira, e sempre Jüeus,unicamente Deus, a o mundo não tem,n'um caso, mais existência real üo quenu outro. D'est'arta, o systema uacreação nao a outro, am denmtiva, se-nao esse pantheismo idealista du qualtemus demunstrado a completa íalsida-de, a carência absoluta ua consisten-cia, pela simples aJürmação ua nussaexistência independente a da da mun-do.

SEGUNDA PARTE

As doutra mas

X

(Coxiclusfio)

Passamos agora ao exame do syste-ma.

E, antes de tudo, comecemos por for-mar uma idéa clara e exacta das pala-vras que empregamos. E! talvez pornão o haver feito que os metaphysicostêm, em todos os tempos, dado á luzsystemas da ama tão impenetrável obs-caridade.

O que é o nada ? Nada. Por conse»guinte, dizer que o nada existe é umeontra-aenso, uma contradicção ; ódizer, na realidade, justamente o con-trario do que, na apparencia, se diz,porque no fundo é dizer que nada exis-te. Accrescentar que se pode tirar, quese pode fazer sahir uma coisa do nada,é um outro contra-senso, uma outracontradicção ; é afürmar que não sepode tirar, que não se pode fazer sa-hir essa coisa de nada. Não se pode,pois, dizer qne Deus fez sahir do nadap mwado, a menos que ae queira com

Uma ouira consideração, nãu menospouerusa du que a que pur nós acaba de 'ser expusta, resaita, contra u systemada craaçau, da maneira por qua os sauspartidarjus cumprahauuem Deu*.

Para alies Deus ó um ser simples,indivisível, uma personalidade, umamonada sem corpo, a a monada supre-ma. E' único, perfeitamente único, pornatureza.

Pois bem -, a lógica nos impõe, comoconclusau inevitável, qua um Deus as-sim concebido não só e impotente paracrear o mundo mas até nem pude che-gar a conhecer-se, nem nieaauo a viver;e o ser—nada de carta philusuphia an-tiga.

Todo aonhecimantu nãu a uma dis-tineção 'r1 E como distinguir-sa quandosa existe só e nada ha fora da si 'i Todavida, mesmo a mais rudimentar, uãosuppóe a sensação ?£u que e a sansa-ção senão uma impressau percebida,sentida ? E como perceber uma im-pressão se nada pode agir sobre nós '<

Entenda-se bem que u palavra im-pressão deva ser aqui tuniada no senti-do de acção de um ser sobre uutru, se-jam esses seres intelligencias puras oucorpos. Pouco importa que nao com-prehendamos a nação HKnproca de doíaseres sii»niea; íao eomprehende-mos

A eternidade dos seres não se com-prehende, mas impõe-se á razão pelaimpossibilidade de admittir que seja deoutro modu, pelo absurdo flagrante daidéa contraria : a eternidade ultrapas-sa a razão ; a creação a offeude. Que-rer ir mais longe é expor-se a contra-hir a vertigem e cahir na extravagan-cia. E' necessário esperar, para com-prehender as verdades primarias, quea razão, desenvolvendo-se, dè á luz umafaculdade a ella superior, como ellaprópria é superior á intelligencia, daqual nasceu ; por ora é preciso noscontentarmos com o saber que essas-verdades ^existem. São provavelmente-muito simples, e não nos faita parapercebel-as senão a faculdade de queacabamos de falar, absolutamente comoa vista falta ao cego para perceber ascores e o ouvido ao surdo para distin-guir os sons.

De resto, incorremos n'isso a res-peito de muitas coisas ; só o habito fazcom que de tal nos nãu apercebamos.A vontade move os membros—sabe-mol-o ; cunipreliendemos, porem, comose dá isto ? Sem duvida pelu contactó.Mas comprehendemos esse contactó ?E assim muitas outras verdades.

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A Lüvina Epopea, pelo Dr. Bit-tencourt Sampaio, brochura.(1.200 grms) íSOOS

O Homem Atravéz dou Mundossolução do problema religioso,por José Balsamo, broch. (200grms.) a*oae

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Historia dos Povos da Anti-quidade sob o ponto de vistaspirita, pelo Mareahal EwertonQuadros, brochura (750 grms). 4*000

Os Astros, estudos da Creaçfto,pelo Marechal Ewerton <£ua-dros, brochura (200 grms)

Dialagos Spiritas, brochura,(150 grms.)

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O Papa Leão xm e o Breve Do-lEmus In ter adia, por Fran-cinco Frio, brochura (200 grms).

La Casa Embrüjada, por Luadei Alma, brochura (lbu grms.)

,,El_Nino Exposito, por Luz deiAlma, Brochura (lõu grms.) 1SU00

ReveláçOes de Alem Tumudo,üisiorra verídica de um espirito,peio Dr. Anuiu ae Vaxeuncellos,urocDura com gravuras (45Ugrms.j 10SU0W

Íf'ACTOS biURlTAS OBSERVADOSPOR (JiiUOKlib E OUTROS SÁBIOS,brochura, (2uo grms) SSUüQ

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Pduradidade dos mundos ha-ditados, por O. Flammarion,encadernado (000 grms) (j*ÜQÜ

Uranjla, por G. Flam,niarion, en-cadernado (400 grms) 3*000

Está eoncluida a nosia obra. JNáonos restaria, se quizessemos oüerecerao leitor um systema completo, senãumostrar as conseqüências que, na nos-sa opiuiãu, decorrem iugicamente do

principie da eternidade dus seres e,necessariamente, lavam a resolver afurmidavel questãu da natureza deDeus. Mas, uumu uo começo o disse-mus, o nosso exclusivo lim, escrevendoesta brochura, foi provar que o spiri-tismo, em todas as suas affirmações,está em perfeita conformidade com osdados da razão.

O leitor julgará se o attingimos.Eiií

Lumen, por U. Flammarion, en-cadernado (00U grms) õsooe

Vende-se na Federação Spirita Brazi-letra, rua da Alfândega n.u 342, 2.° andar :

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Typographia do Bbiokacabob