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*' "'7 ' ' '^'•¦¦y , V •) >>^'Y ^m*^. ç/A ¦/ e««t yy €AJyp^4 Aamo B ífciazil Blio dr Janeiro 18SS Maio 1 M. í* A SSION ATURAS PÁRA 0 INTERIORE EXTEJUOR Sem ostro . . . 6}t{000 Os Srs. Agentes do Cor- reiode todas as localidades aceitam àssignaturas. ESCRIPTORIO RUA DA CARIOCA 120 2.° andar. #IÍIÍ Sfêllfilliiil REFORMADOR Rogamos ás pessoas que desejarem assignar o Reformador, queiram uti- lisar-se do direito que lhes confere o Regulamento dos Correios do Império, approvádo pelo Decreto n. 3443, re- mettendo aos Srs. Agentes apenas o nome, residência e 6$200, sem outra despeza, nem incommodo para o As- signante, em vista do Art. 114 das Instrucções daquelle Regulamento. « Art. 114. Servirão os Agentes de intermediários para a assignatura de periódicos, com tanto que lhes seja adiantainente paga a importância das àssignaturas em dinheiro, de que de- vem passar recibo, e a commissão de 2 u/0 em sellos que elles devem pôr no officioemque, com declaração do valor fizerem remessa desse dinheiro ás res- pectivas Administrações ou ás com que estiverem em relação directa, para que assigtíem os periódicos ou transmitam -e importância das àssignaturas a quaesquer outras em cujas cidades elles se publiquem. Os recibos das typogTaphias serão passados aos Agentes. As Administrações tomarão nota do numero de àssignaturas per- tencentes a cada Agencia, para físca- lisarem a pontual expedição dos perio- dicos. 1883—Maio—1. £*—^ -rcfREJA LIVRE' '' ~- ' Diversos escriptosexistem, tratando dessa questão, e emquanto uns que- rem a Igreja Livre no Estado Livre, outros desejam a Igreja Livre e o Es- tado Livre. Por nossa parte, trataremos de de- monstrar que a formula : —A Igreja livre e o Estado, melhor prehencherá a elevada missão d-i Religião. A outra formula : A Igreja livre no Estado livre, indica claramente que se deseja no estado, uma Igreja livre ; porém adoptada oficialmente. 8 BWHBBBíTaM O QUARTO DA AVO' ou A felicidade na familia POR Mella. MONNIOT Orduno-vos que vos amois mutuamento. (Éviso. S. João, XV, 12). TRADUZIDO POR U. G. II A CHEGADA ... (Conliuuaçiio) ²Ouvisteismcutio, mãe? Mathilde não gosta senão de reuniões, elle o afiança. Pòdereis pois receber visitas, dar bailes, concertos ; que sei eu, do que se passa era Pariz ? ²Quero tornar Mathilde feliz, cara lilha, porém, não será cora festas que o conse- guirei. O prazer não é a felicidade; tu o sabes, tu que nunca tivestes distração ul- guma e que entretanto não te queixas da tua sorte..., Eliza pouzou seus lábios com amor so- bre a mão de sua avó. Embora alguns sacerdotes tenham apresentado alguns argumentos em defesa dessa formula, esses argu- mentos não podem prevalecer diante do que vamos apresentar. A Igreja livre no Estado livre in- dica o consórcio do poder espiritual e do poder civil, uma somma de direitos e de deveres mútuos. Ainda que ao Governo do Estado, esses direitos, sejam limitados, é in- negavel que elle pode, querendo, no gozo desses direitos, prejudicar a Igreja. Por exemplo, em virtude da alli- anca, a Igreja tem o direito de exigir que o Estado a sustente : porém o Go- verno tem o direito de escolher e querer para bispo, um homem com as suas idéas ou inactivo, em lugar de um sacerdote illustrado e activo, capaz de fazer grande propaganda religiosa, e neste caso ella é prejudicada. Não aceressentamos que a Igreja tem o direito de exigir que a façam respeitar porque esse direito é reco- nhecido até nas outras seitas reli- glosas. Portanto á Igreja não convém essa alliança concedendo ao Estado direitos e deveres, arma poderosa-de que o Governo pode abusar para tolher a acção da Igreja : salvo si ao Estado não fosse concedido direito algum e deveres, e neste caso, não teríamos a igreja do estado livre ; mas, o es- tado da igreja livre. Por muitos argumentos deduz-se que para a Igreja Catholiea Aposto- lica Romana no Brazil é melhor a segunda formula:—A Igreja livre e o Estado livre. * * Como amigos da Religião Catho- lica, pelos benefícios que tem pres- ²Sim, eu sou feliz, dis?e ella, e isso é que me fazia suppor que Mathilde e Fanny o seriam também. ²As condições em que nos chegam tuas primas, são bem diflerentes daquellas em que estás collocada, minha querida. Nunca conlieceste outros gozos além dos da ter- nura do coração eda paz d'alma : estes são os primeiros bens e os únicos reaes; mas tuas primas o ignoram ainda : dai-lhes pois tempo para aprendel-o. Elias viveram até agora com outros desejos, outros pensa- mentos que não os nossos; não podem de repente sentir e gozar á teu modo. ²Tendes razão, mãe, dis1 i Eliza; e se eu pensasse que o tempo bastava para isso, me resignaria mais facilmente; po- rém, se ellas continuarem a ter saudades de Pariz, se não se habituarem nem cora Baz... nem comnosco, que fazer? ²Então seriamos forçados a conforma- mo-nos em o que não f)õdessemos mudar. Mas quando se toma a si um encargo, e esse encargo é um dever, não se deve de ante- mão dizer que não se terá bom êxito, deve- se buscar meios para conseguil-o. Desde amanhã mostra-te para com tuas primas boa e afiectuosa como és habitualmente. Pareceu-me que não lhes testemunbavas bastante tuas ternas disposições a seu respeito. ²Foi porque me senti tão intimidada diante de Mathilde! disse Kliza, corando; e depois tinha o coração tão oppresso... tado, quando secundada por sacer- dotes que bem comprehendem a sua missão, vamos apresentar o argu- mento de que se servem os seus ad- versarios para combatel-a : « Si a Religião Catholiea é verda- deíra ainda que não tenha o prestigio da autoridade civil, resistirá a todos os ataques ; e si é falsa, tombará por terra, mesmo dispondo do apoio offi- ciai. « Si a religião catholiea está na verdade, o poder de Deus—a força da verdade a sustentará, ?*inda que não seja uma relegião oficial; e si está no erro, calará mesmo dos braços do es- tado. Si a Religião Catholiea tem certeza de estar na verdade, sabe que sus- tentando-se sem auxilio do poder civil o triumpho de sua missão será mais explendido a sua grandeza mais fir- mada ; e si tem consciência de não se poder sustentar sem o auxilio desse poder, reconhece que não possue a verdade, obra de fé, e pode desde considerar-se moribunda, porque cada dia perderá mais terreno. « Portanto a Igreja erra, pedindo o auxilio e a protecção oficial, que --s^^-.para-demonatnar que «e-consK dera uma Religião artificial do Es- tado, porém esse artificio pôde apenas sustentar-se algum tempo ; mas sue- cumbirá afinal, e o prestigio da autori- dade civil terá servido apenas para tornar mais...saliente a sua queda. » Eis abi o argumento de que se ser- vem os adversários , e para que não continuem a manejar essa arma, con- vidamos o illustrado clero a meditar nas condições em que se acha a igreja, com o apoio do Estado. Meditem que depois de realisada a ²Sim, minha filha, pensa menos em ti e mais em tuas primas e attingirás mais facilmente o fim a que te propões. Não penses em tuas decepçõese pezares, mesmo no abandono tão proinpto do quarto que lhes preparaste com tanta sollicitude. Com- preende suas saudades e opezar de chegar a uma cidade estranha. ²Mãe, vós a habitaes ! ²Ellas não podem ainda ter por mim a atfeição que me darão talvez mais tarde, não sabem ainda quanto estremeço os fi- lhos de meu fiiho : não conhecem *a minha Eliza.... Occupemo-nos primeiramente em provar-lhes nossa ternura, e quanto ao que nos diz respeito, não os apressemos, não nos empacientemos : esperemos a hora de Deus! Eliza estava reanimada: o pensamento de um dever a cumprir dava-lhe forças. Agradeceu a sua avó,beijou-a ainda; de- pois, com o coração menos opresso, voltou á sua cella e orou por suas primas aos pés do crucifixo consolador. III ELIZA, D0N7S. DE CAZA No dia seguinte ao despertar Eliza en- controu como um pezo acabrunhador, a tristeza e o desalento que tinham suecedido tão depressa as suas esperanças. Mas aprece susteve-ae lembrou-lhe suas boas resoluções. PUBLICAÇÕES NAS SUCÇÕES LIVRES Por linha . . #100 As àssignaturas do Re- formador terminam em Ju- nho e Dezembro. ESCRIPTORIO RUA DA CARIOCA 120 2." andar. separação da Igreja do estado, ella poderá dizer : Eu não sou uma Igreja oficial cons- titucionalmente ; sou muito mais, sou a Religião moralmente official, porque fui adoptada expontaneamente pelos brazileiros, aos quaes procuro dar a felicidade eterna. E' melhor não ser uma religião of- ficial e ser aceita expontaneamente pelos homens, de que ser a religião do Estado e não dos subditos, isto é é melhor não ser a religião do Es- tado, mas ser a religião dos Brazi- leiros. EXPEDIENTE Aos distinetos cavalheiros que por indicação, ou por o terem solicitado, foram incluídos na lista dos assigman- tes e que estão em debito, pedimos a bondade de mandarem satisfazer as suas àssignaturas, para não soffrerem interrupção na remessa desta folha. * * Sr. J. F. V. (Arêas). Recebemos a importância que nos (jínviou. Agra- decemds o~ concurso qülTprestou á idea humanitária. Sr. G. P. (Campinas).—O recibo da assignatura, remettemos-lhe junto ao presente numero. Quanto ao seu ob- sequio nos confessamos gratos. * * Sr. J. C. L. (Áreas).— Recebemos, o donativo que nos remetteu por in- termedio do Sr. J. F. V., agrade- cemos. ²Nós os temos em nossa casa, disse ella a si mesmo, essas primas que eu es- peravá com tanta impaciência! Não devo ficar aqui a lastimar-me, por que não são o que eu pensava; devo trabalhar. Vovó tem razão, como sempre, aconselhando-me. Ella tomou para assumpto da meditação que costumava fazer todas as manhãs o éx- em pio do Divino Salvador entre seus disci- pulos. ²Quantos delles, pensou a piedosa me- nina, encontrou que correspondecem ao seu araor e consolassem seu coração! En- tretanto continuava a serbemfasejó e mise- ricordioso para todos: dava, sem nada es- perar.... E eu, que nada sou, que nada mereço, quero que minha afíeicâo seja comprehendida, recompensada e que se me retribua o pouco que faço! Não, não proce- derei assim; cumprirei meu dever, porvós só, meu Deus e não me considereis senão o que quizerdes. Eliza dirígio-se ao quarto de sua avó, que encontrou ainda na cama, com o que as- sustou-se, porque esse não era o costume da Sra. Valbrum. ²Estaes doente, querida mãe ? pergun- tou com interesse. Estaes abrazando ! ²Não será nada, cara filha, eu o espero; resfriei-me hontem á noite e creio que cons- tipei-me estou impossibilitada de levantar- me, porque tenho muita febre. , (Continua). , /'¦; \ ( •7 .. - -' '

#IÍIÍ Sfêllfilliiilmemoria.bn.br/pdf/830127/per830127_1883_00009.pdf · àssignaturas em dinheiro, de que de-vem passar recibo, ... a elevada missão d-i Religião. A outra formula

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€AJyp^4Aamo B ífciazil — Blio dr Janeiro — 18SS — Maio — 1 M. í*

A SSION ATURAS

PÁRA 0 INTERIORE EXTEJUOR

Sem ostro . . . 6}t{000

Os Srs. Agentes do Cor-reiode todas as localidadesaceitam àssignaturas.

ESCRIPTORIO •

RUA DA CARIOCA 1202.° andar. #IÍIÍ SfêllfilliiilREFORMADOR

Rogamos ás pessoas que desejaremassignar o Reformador, queiram uti-lisar-se do direito que lhes confere oRegulamento dos Correios do Império,approvádo pelo Decreto n. 3443, re-mettendo aos Srs. Agentes apenas onome, residência e 6$200, sem outradespeza, nem incommodo para o As-signante, em vista do Art. 114 dasInstrucções daquelle Regulamento.

« Art. 114. Servirão os Agentes deintermediários para a assignatura deperiódicos, com tanto que lhes sejaadiantainente paga a importância dasàssignaturas em dinheiro, de que de-vem passar recibo, e a commissão de2 u/0 em sellos que elles devem pôr noofficioemque, com declaração do valorfizerem remessa desse dinheiro ás res-pectivas Administrações ou ás com queestiverem em relação directa, para queassigtíem os periódicos ou transmitam-e importância das àssignaturas aquaesquer outras em cujas cidadeselles se publiquem. Os recibos dastypogTaphias serão passados aosAgentes. As Administrações tomarãonota do numero de àssignaturas per-tencentes a cada Agencia, para físca-lisarem a pontual expedição dos perio-dicos.

1883—Maio—1.£*—^ -rcfREJA LIVRE'

'' ~- '

Diversos escriptosexistem, tratandodessa questão, e emquanto uns que-rem a Igreja Livre no Estado Livre,outros desejam a Igreja Livre e o Es-tado Livre.

Por nossa parte, trataremos de de-monstrar que a formula : —A Igrejalivre e o Estado, melhor prehencheráa elevada missão d-i Religião.

A outra formula : — A Igreja livreno Estado livre, indica claramenteque se deseja no estado, uma Igrejalivre ; porém adoptada oficialmente.

8 BWHBBBíTaM

O QUARTO DA AVO'ou

A felicidade na familiaPOR

Mella. MONNIOT

Orduno-vos que vos amoismutuamento.

(Éviso. S. João, XV, 12).

TRADUZIDO POR U. G.

IIA CHEGADA

'¦ ... (Conliuuaçiio)

Ouvisteismcutio, mãe? Mathilde nãogosta senão de reuniões, elle o afiança.Pòdereis pois receber visitas, dar bailes,concertos ; que sei eu, do que se passa eraPariz ?

Quero tornar Mathilde feliz, cara lilha,porém, não será cora festas que o conse-guirei. O prazer não é a felicidade; tu osabes, tu que nunca tivestes distração ul-guma e que entretanto não te queixas datua sorte... ,

Eliza pouzou seus lábios com amor so-bre a mão de sua avó.

Embora alguns sacerdotes tenhamapresentado alguns argumentos emdefesa dessa formula, esses argu-mentos não podem prevalecer diantedo que vamos apresentar.

A Igreja livre no Estado livre in-dica o consórcio do poder espiritual edo poder civil, uma somma de direitose de deveres mútuos.

Ainda que ao Governo do Estado,esses direitos, sejam limitados, é in-negavel que elle pode, querendo, nogozo desses direitos, prejudicar aIgreja.

Por exemplo, em virtude da alli-anca, a Igreja tem o direito de exigirque o Estado a sustente : porém o Go-verno tem o direito de escolher e quererpara bispo, um homem com as suasidéas ou inactivo, em lugar de umsacerdote illustrado e activo, capazde fazer grande propaganda religiosa,e neste caso ella é prejudicada.

Não aceressentamos que a Igrejatem o direito de exigir que a façamrespeitar porque esse direito é reco-nhecido até nas outras seitas reli-glosas.

Portanto á Igreja não convém essaalliança concedendo ao Estado direitose deveres, arma poderosa-de que oGoverno pode abusar para tolher aacção da Igreja : salvo si ao Estadonão fosse concedido direito algum esó deveres, e neste caso, não teríamosa igreja do estado livre ; mas, o es-tado da igreja livre.

Por muitos argumentos deduz-seque para a Igreja Catholiea Aposto-lica Romana no Brazil é melhor asegunda formula:—A Igreja livre e oEstado livre.

* *Como amigos da Religião Catho-

lica, pelos benefícios que tem pres-

Sim, eu sou feliz, dis?e ella, e isso éque me fazia suppor que Mathilde e Fannyo seriam também.

As condições em que nos chegam tuasprimas, são bem diflerentes daquellas emque estás collocada, minha querida. Nuncaconlieceste outros gozos além dos da ter-nura do coração eda paz d'alma : estes sãoos primeiros bens e os únicos reaes; mastuas primas o ignoram ainda : dai-lhes poistempo para aprendel-o. Elias viveram atéagora com outros desejos, outros pensa-mentos que não os nossos; não podem derepente sentir e gozar á teu modo.

Tendes razão, mãe, dis1 i Eliza; e seeu pensasse que só o tempo bastava paraisso, me resignaria mais facilmente; po-rém, se ellas continuarem a ter saudadesde Pariz, se não se habituarem nem coraBaz... nem comnosco, que fazer?

Então seriamos forçados a conforma-mo-nos em o que não f)õdessemos mudar.Mas quando se toma a si um encargo, e esseencargo é um dever, não se deve de ante-mão dizer que não se terá bom êxito, deve-se buscar meios para conseguil-o. Desdeamanhã mostra-te para com tuas primasboa e afiectuosa como és habitualmente.Pareceu-me que não lhes testemunbavasbastante tuas ternas disposições a seurespeito.

Foi porque me senti tão intimidadadiante de Mathilde! disse Kliza, corando;e depois tinha o coração tão oppresso...

tado, quando secundada por sacer-dotes que bem comprehendem a suamissão, vamos apresentar o argu-mento de que se servem os seus ad-versarios para combatel-a :

« Si a Religião Catholiea é verda-deíra ainda que não tenha o prestigioda autoridade civil, resistirá a todosos ataques ; e si é falsa, tombará porterra, mesmo dispondo do apoio offi-ciai.

« Si a religião catholiea está naverdade, o poder de Deus—a força daverdade a sustentará, ?*inda que nãoseja uma relegião oficial; e si está noerro, calará mesmo dos braços do es-tado.

Si a Religião Catholiea tem certezade estar na verdade, sabe que sus-tentando-se sem auxilio do poder civilo triumpho de sua missão será maisexplendido a sua grandeza mais fir-mada ; e si tem consciência de nãose poder sustentar sem o auxilio dessepoder, reconhece que não possue averdade, obra de má fé, e pode desdejá considerar-se moribunda, porquecada dia perderá mais terreno.

« Portanto a Igreja erra, pedindo oauxilio e a protecção oficial, que só

--s^^-.para-demonatnar que «e-consKdera uma Religião artificial do Es-tado, porém esse artificio pôde apenassustentar-se algum tempo ; mas sue-cumbirá afinal, e o prestigio da autori-dade civil terá servido apenas paratornar mais...saliente a sua queda. »

Eis abi o argumento de que se ser-vem os adversários , e para que nãocontinuem a manejar essa arma, con-vidamos o illustrado clero a meditarnas condições em que se acha a igreja,com o apoio do Estado.

Meditem que depois de realisada a

Sim, minha filha, pensa menos em tie mais em tuas primas e attingirás maisfacilmente o fim a que te propões. Nãopenses em tuas decepçõese pezares, mesmono abandono tão proinpto do quarto quelhes preparaste com tanta sollicitude. Com-preende suas saudades e opezar de chegara uma cidade estranha.

Mãe, vós a habitaes !Ellas não podem ainda ter por mim a

atfeição que me darão talvez mais tarde,não sabem ainda quanto estremeço os fi-lhos de meu fiiho : não conhecem

*a minha

Eliza.... Occupemo-nos primeiramente emprovar-lhes nossa ternura, e quanto ao quenos diz respeito, não os apressemos, nãonos empacientemos : esperemos a hora deDeus!

Eliza estava reanimada: o pensamentode um dever a cumprir dava-lhe forças.

Agradeceu a sua avó,beijou-a ainda; de-pois, com o coração menos opresso, voltouá sua cella e orou por suas primas aos pésdo crucifixo consolador.

IIIELIZA, D0N7S. DE CAZA

No dia seguinte ao despertar Eliza en-controu como um pezo acabrunhador, atristeza e o desalento que tinham suecedidotão depressa as suas esperanças.

Mas aprece susteve-ae lembrou-lhe suasboas resoluções.

PUBLICAÇÕESNAS SUCÇÕES LIVRES

Por linha . . #100As àssignaturas do Re-

formador terminam em Ju-nho e Dezembro.

ESCRIPTORIO

RUA DA CARIOCA 1202." andar.

separação da Igreja do estado, ellapoderá dizer :

Eu não sou uma Igreja oficial cons-titucionalmente ; sou muito mais, soua Religião moralmente official, porquefui adoptada expontaneamente pelosbrazileiros, aos quaes procuro dar afelicidade eterna.

E' melhor não ser uma religião of-ficial e ser aceita expontaneamentepelos homens, de que ser a religiãodo Estado e não dos subditos, isto éé melhor não ser a religião do Es-tado, mas ser a religião dos Brazi-leiros.

EXPEDIENTE

Aos distinetos cavalheiros que porindicação, ou por o terem solicitado,foram incluídos na lista dos assigman-tes e que estão em debito, pedimos abondade de mandarem satisfazer assuas àssignaturas, para não soffrereminterrupção na remessa desta folha.

* *

Sr. J. F. V. (Arêas). — Recebemosa importância que nos (jínviou. Agra-decemds o~ concurso qülTprestou á ideahumanitária.

Sr. G. P. (Campinas).—O recibo daassignatura, remettemos-lhe junto aopresente numero. Quanto ao seu ob-sequio nos confessamos gratos.

* *

Sr. J. C. L. (Áreas).— Recebemos,o donativo que nos remetteu por in-termedio do Sr. J. F. V., agrade-cemos.

Nós os temos em nossa casa, disseella a si mesmo, essas primas que eu es-peravá com tanta impaciência! Não devoficar aqui a lastimar-me, por que não sãoo que eu pensava; devo trabalhar. Vovótem razão, como sempre, aconselhando-me.Ella tomou para assumpto da meditaçãoque costumava fazer todas as manhãs o éx-em pio do Divino Salvador entre seus disci-pulos.

Quantos delles, pensou a piedosa me-nina, encontrou que correspondecem aoseu araor e consolassem seu coração! En-tretanto continuava a serbemfasejó e mise-ricordioso para todos: dava, sem nada es-perar.... E eu, que nada sou, que nadamereço, quero que minha afíeicâo sejacomprehendida, recompensada e que se meretribua o pouco que faço! Não, não proce-derei assim; cumprirei meu dever, porvóssó, meu Deus e não me considereis senãoo que quizerdes.

Eliza dirígio-se ao quarto de sua avó, queencontrou ainda na cama, com o que as-sustou-se, porque esse não era o costumeda Sra. Valbrum.

Estaes doente, querida mãe ? pergun-tou com interesse. Estaes abrazando !Não será nada, cara filha, eu o espero;resfriei-me hontem á noite e creio que cons-tipei-me estou impossibilitada de levantar-me, porque tenho muita febre.

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ni^m mosa plantasinha que, a despeito de ( Grupos deu provas das vantajens que

Proferido pelo Sr. Cario:: Joaquim de,de Lima e Ciruc, representante dosGrupos Spirítas do Município Neutroe Província do Rio de Janeiro, nasessão magna, commemorativa ao 14"anniversario da desencarnação deAllan-Kardec, realisada na EscolaMunicipal de S. José, cm 31 deMarço do corrente anno.

Sr. Presidente, minhas senhoras e

meus senhores.Fazem hoje 14 annos que partio de

entre os vivos,materialmente fallando,aquelle que, para os intolerantes e

fanáticos, fora um reprobo; segundoos Materialistas, um visionário, umlouco; segundo os homens de boa fé/êanimo despreconcebido, um philoso-pho moralista, illustrado, conscien-cios d e humanitário, e segundo osSpirítas, um Mestre, um enviado deDeus, um missionário do progressomoral.

Pois bem, é a este grande vulto queainda hoje observa, auxilia e nos amano mundo das causas, o espiritual, quevenho fallar, ou antes, saudal-o emnome dosGrupos e Sociedades Spirítasdo Município Neutro e Província doRio de Janeiro. y '

Quizera, Senhores, possuir- á intel-ligencia, illustração e verbosidade deum Victor Hugo, dermn Lamartine oude um Cícero para dignamente tratarde um assumpto tão transcendente,

para pôr em alto relevo os feitos me-ritorios, humanitários, os perseveran-

'tp.s esforços -3 inexcedivel. actividade

que empregou Allan-Kardec na con-fecção da scientifica e regeneradoradoutrina Spiríta • doutrina cònsoladora

que tem por base Deus e a immorta-lidade da alma, por fim a perfeição ea felicidade eterna do ser consciente e

perfectivel, chamado, na terra — ho-mem; quizera, emfim, estar na alturade corresponder dignamente á espec-tativa da illustre e muito digna Com-missão directora encarregada destatão justa homenagem tributada aAllan-Kardec.

Ainda mais : quizera merecer a dis-tincta honra que me faz este illustradoe respeitável auditório dignando-sebenevolamente prestar-me attenção.

Serei breve.Quando os povos, levados pela am-

bicão, orgulho e fanatismo, se esface-lavam reciprocamente, sem moral esem crença, veio Jesus de Nazareth

pôr um dique a essa torrente impetuosae destruidora, ensinando-lhes a seremirmãos, tolerantes resignados e cari-dosos; porém sua lei era por demaisbranda e suave, embora clara e per-soasiva, para conter instantaneamentea marcha virtiginosa das paixões de-senfreadas, da tyrania indomita, doorgulho, do egoísmo e interesses sor-didosl....

Era preciso, para a semente germi-nar, crescer e dar sazonados fructos,

que outros enviados apparecessem,encarregados de regar, proteger edarnovo e mais forte vigor a tenra e mi-

todos os elementos contrários, crescia,e crescia sempre porque era a sementeda verdade eterna que é iudistructivel

porque, vem de Deus 1

frerece o conhecimento desta sciencia

pois manifestou-se com lucidez poucovulgar,

s

Vós conheceís a historia desses va-rões illustres e superiores que, detempos a tempos, têm surgido em dif-ferentes paizes, e feito, pelos seus en-sinos e exemplos, a humanidadeavan-

çar na estrada do progresso ; são essesos continuadores da missão divina,quevinham exemplificar os ensinamen-tos do Christo, convidando aosaíflictose humildes a abrigarem-se á sombrabenéfica e vivificadora da já frondosaarvore do Christianísmo 1...

E Allan-Kardec foi o ultimo e o

mais feliz dos missionários diviuos,depois do Martyr do Golgotha ; ellemereceu, por seu amor ao bem, e de-dicação á causa santa da regeneraçãodeste infeliz planeta, ser o escolhido

para dar testemunho patente, scien-tifíco das, então, incomprehensívehverdades figuradas e parabólicas ensi-nadas pelo Divino Mestre!...

Sim, o, Spiritismo nãoé só uma dou-trina.ebnsoladora e uma philosophiaracional e transcendente, é tambemuma sciencia de observação.

E é por isso, que os Grupos e Socie-dades Spirítas me enviaram aquimestedia duplamente memorável para osSpirítas, para dizer o motivo da pre-sente reunião.

Mestre.— Acceita as flores d'alma

que te enviam os teus discípulos efracos irmãos da terra , inspira-nosesses sentimentos nobres e puros quetanto te caractensaram, quando con-vivias comnosco na gleba material;dai-nos a coragem, a resignação e afé, para imitar-te, seguindo firmes ocaminho rectò que nos conduz á per-feição e a Deus!

sE vós, Senhores da Gommissãó dos

festejos, permitti que vos felicite pelaidéa feliz, e esforços que empregastesna realisaçâo de um pensamento tão

justo quão glorioso, o de tributar aoFundador da Doutrina Spiríta amor e

gratidão e applicando o producto da es-

pontaneidade dos Spiríta;, e Cavalhei-ros que se dignaram vir honrar vossafesta, a emancipação do canceroso ele-mento servíl do Município Neutro.

A vós Exrns. Senhores e Senhoras

que tãocomplacentemente me ouviste,eualma

No dia 24 do mesmo mez realisou-seuma sessão commemorativa a sua pas-sagem que foi extraordinariamenteconcorrida na qual se manifestou acon-

selhando e animando aos parentes e

affeiçoados a perseverarem na praticada moral Christã e no estudo da scien-

cia Spiríta.— (O)

Desencarnou na cidade de Campos,

no dia 19 do próximo passado o Sr.

Manoel José Domingues Paula, avó do

nosso distinctq collega, Redactor do

Sexto Districto, o Spiríta Sr. João Al-

ves de Souza Barreto Machado.O finado era filho do reino de Por-

tugal e contava 61 annos de idade.lo'

SECÇÃO ECLÉTICA

vos agradeço do intimo de minha

Deixou o envoltório carnal no dia 18do mez próximo passado a distinctaSpirita D. Eulalia Francisca DiasFortes com 23 annos de idade.

Vivendo no seio de sua familia a

qual aceita a Sciencia Spiríta teve afelicidade de conhecer, estudar e pra-ticar o Spiritismo.

Possuindo as mediunidades : da Psy-chophonia, Psychographia e da Pneu-mhydroscopia, soube aproveital-a emimportantes trabalhos de que temosconhecimento.

Tendo-se manifestado no mesmo diade sua desencarnação em diversos

O SpiritiMano

(Conclusão)

E' pelo fructo que se conhece a ar-

vore, Christo o disse ; é por seus fruc-tos que vamos comparar o Spiritismo,ou Christianísmo com o Catholicismo.

Dizeis que aquelle não é novo, queelle vem dos começos da humanidadee teve origem no velho Oriente ; é umaverdade.

Estudae-o, porém, desde o seu co-meço até hoje, vede se elle deixou ras-tos de sangue em sua passagem, se

procurou desunir os homens, e se mar-cou as etapas de sua marcha pelo nosso

planeta, levantando fogueiras e in-ventando as horríveis torturas doSanto Officio.

Admittindo mesmo que algumadepto do Spiritismo, succumbindonaluta,tevesse enlouquecido ou procu-rado no suicídio um allivio aos soffri-mentos terrenos,contra os ensinamen-tos dessa santa doutrina ; dizei-me

qual a sciencia, qual a religião quenão tem concorrido com o seu con-tingente para augmentr o numerodesses infelizes?

Não pôde concorrer para o suicídioa doutrina que ensina : que a vidaterrena é uma provação escolhida pelopróprio espirito e necessária para oseu avanço, e que aquelle que corta ofio de sua existência tem de recome-eal-a em condições peiores.

O Spiritismo ensina o amor, a fra-ternidade, a tolerância, a paciência,a humildade e a resignação; são bonsfructos, a arvore não pôde ser má.

Agora vós.Nunca menos que alguém que mais

os respeite, curvamo-nos reverentesante os vultos memorandos dos santosvarões dos primeiros tempos do chris-tianismo, mas esses, verdadeiros disci-

pulos dos Apóstolos, eram Christãos enão Catholicos Romanos.

Ningmem mais que nós venera amemória do Bispo Epiphanio e doerimita Severiuo, que, no século quintoda éra vulgar, votaram-se com abne-

gação e caridade evangélicas, á mis-

são de alliviar os solVritnentos dos in-felizes captivos.

Os heróicos frades que, enviados

pelo Papa Gregorio-o-Grande,levarama luz do Evangelho ás incultas flores-tasdaGran-Bretanha e da Allemanha,os Antônio dePadua, Francisco de As-sis, Vicente de Paula, e outros tantosmissionários sublimes, anjos do amore caridade, são dignos da veneração erespeito dos homens todos.

Porém, quão poucos são elles imi-tados em nossos dias, pela turba im-mensa dos qne só procuram fazer dareligião um instrumento para a con-

quista das posições e das riquezas!Derramando o Christianismo pela

Europa, era um impossível que todosos seus chefes se curvassem submissosaos pés do Bispo de Roma.

Os Bispos gozavam todos de igualpoder, e só prestavam obediência aosmetropolitanos e aos concilios.

Assim chegou-se ao século quinto,-aos tempos da grande invasão; e nadesordem que seguio-se, esses chefeslocaes da religião conquistaram umpoder absoluto, tyrannico e vexatóriosobre o Clero inferior.

A sede de riquezas e a ambição demando os nivelavam com a feroz aris-tocracia gerreira de então.

Desses excessos nasceu a fraqueza,no meio de uma sociedade onde só do-minava o direito do mais forte ; e aIgreja ia dissolver-se no século deci-mo, quando o papado salvou-a, con-centrando em suas mãos todo o poderdo Catholicismo.

E' então que começa a religião queprofessaes.

Assim chamado a educar os barba-ros, o Catholicismo acreditou que esseestado anormal devia durar sempre eque, por isso, lhe competia, por di-reito divino, dominar indefinidamenteas intelligeucias. 4

L;dando com bárbaros dominadospelas mais violentas paixões, foi-lhenecessário fallar-lhes aos sentidos,ameaçal-os pelo terror.

Esse estado de cousas passou, osfilhos dos bárbaros ganharam a luzprecisa, para destinguir nos vossosensinos o que vem de Christo, do quefoi fructo da necessidade desses tem-

pos que já vão tão longe.Como o relâmpago que rasga as nu-

vens, se mostrando com extraordináriarapidez do Oriente ao Occidente, o so-pro divino ateia em todas as nações odesejo de detervos, na marcha verti-ginosa que vos ia levar á perdição.

Estudae, vede que exemplos vivifi-cantes estaes dando áquelles que porespirito de quietismo ainda nos se-guem.

Se um dia um dos vossos, no cum-priinento de sua missão, dirig'e-se aum cárcere e, com consolos, dá umaesmola aos infelizes que ahi vivemprivados de sua liberdade, no dia se-guiute vós lhe estampais o nome emvossa folha, para que os homens ohonrem, collocando-o assim nas con-dições daquelle de quem Jesus disse :

IIEFORIIIDOII — i8«3 «Baio 1 3Umpim

Já recebeu sua paga na Terra—pre-

ferio os bens dos homens aos bens deDeus. »

Quando aqui chegou a noticia de

que, nos últimos momentos de suavida terrena, Littré, sentindo e:n suaalma um vácuo que a sciencia mate-rlaliSrlI não podia cumular, pedira oconsolo da religião e fora ajudado porum padre catholico, era de esperar

que vossa alegria fosse grande, não

pelo triumpho, todo mundano, ahiobtido, mas por verdes que essa almadescrente buscava approximar-se deseu Creador.

Do intimo da alma de todos oschristãos devia, no segredo da precesubir um hymno do graças ao Senhordos mundos.

Ter-se-ia dado isso?O que dirieis se, do alto da tribuna

sagrada, no templo, um dos vossos

procurasse então lançar o ridiculo so-bre esse morto illustre, dizendo, comar de chufa, que elle tinha comidohóstia?

Ter-se-ia dado isso?Dizei-o vós.Não ha um só numero do vosso or-

gão nesta Corte em que não lanceis oinsulto e o escarneo, sobre todosaquelles que não querem seguir osabsurdos com que desfiguraes a reli-

gião de Christo.Ainda no dia 23 de Março ultimo,

na Quinta-Feira-Santa, vos esque-cendo das lições do Mestre Divino,atiraste um insulto á face do cadáverdeGainbetta; ao mesmo tempo em queda tribuna sagrada, um outro dosvossos repellia com impropérios as/'li-

midas' ovelhas que procuravam o redildo Senhor. .

Estudando a vossa marcha, os dog-mas caducos com que tentais deter ocaminhar do progresso, neste século•em que a philosophia libert,ou-se com-

pletamente da vossa novoenta theolo-

gia, ninguém pôde deixar de reco-nhecer que vós sois os maiores inimi-

gos do Christianismo, o Ante-Christode que tanto fallais.

Se o Spiritismo, como bem dizeis,vem dos começos da humanidade, eainda vive, é que elle tem um fundode verdade sublime que a maldadedos phariseus antigos e modernos não

poude e não poderá destruir.Formaes um triste juizo da nossa

sociedade, quando tentaes intimidrl-adizendo-lhe, como se faz com ascrianças :

« Ahi vem o bixo, o Spiritismo é odiabo, fugi delle. »

Si. articulista do Apóstolo, a socie-dade hodierna não ore em vossas accu-sações, uma vez que não venhamacompanhadas de provas.

A razão impera erepelle vossas pretenções.

Combateis ainda a reencarnação porque, dizeis, não sabendo o homem quenome teve em suas precedentes incar-nações, não pode reparar o que nel-Ias fez.

Nisto se mostra a Previdência doPae Celestial, sempre solícito em pro-mover o bem de seus filhos*

O conhecimento do nome que tive- vmos em outra encarnação, era desne-cessario e, mesmo, prejudicial ao nossoprogresso nesta.

Suppuuhamos que um indivíduo,Pedro, tenha sido na encarnação pás-sada um homem excessivamente or-gulhoso; reencarnando-se, seu espi-rito traz o germen do orgulho que,em sua nova existência, elle tem decombater.

Todos os meios lhe são fornecidospara que elle triumphe na luta ; elleescolhe a familia, a sociedade, o cen-tro onde possa, em seus primeiros an-nos, beber princípios salutares, quelhe façam recordar o.s conhecimentosde que elle dispunha na erraticidade,quando se resolveu a tomar um novocorpo ; pela consciência a vóz de seuguia o incita, o anima, o louva ou ocondemna, fazendo-lhe assim lem-brar-se do contracto que fez no esTpaço.

Do que serviria a esse indivíduo co-nhecer o nome com que viveu naTerra, se não é esse nome, mas simseus vícios que elle vem combater ?

Esse Espirito foi na outra encarna-ção o Sr. Orgulho.

Estudae vossas más inclinações, esabereis o porque cahistes eo que ten-des a fazer.

E' pois desnecessário que o homemsaiba o nome que teve em sua outraencarnação.

Suppuuhamos agora que, perverso,o indivíduo que chamou-sePedro, tenhafeito todo mal a um outro, Paulo, queinjustamente otenha privado dos bensda íortmla s depois ainda lhe arran-cado a vida, reduzindo á extrema pe-nuria sua familia; que, arrepeadido ecom o fim de reparar, Pedro se venhaencarnar de novo, no mesmo centroem que já vivera ; se os filhos dePaulo souberem quem elle tinha sido,não poderiam tentar vingar os manesde seu pae, impedindo assim que Pe-dro reparasse suas faltas?ao passo que,se elle prestar importantes serviçosaos filhos de sua antiga victima, nãopoderá acontecer que, quando todoselles se achem no espaço, livres dacarne, a gratidão pelos benefícios pres-tados por ultimo faça esquecer o ódio,filho das antigas offensas ?

Essa ignorância dos nomes que ti-vemos nas encarnações passadas, éuma medida necessária e de grandeutilidade para o nosso progresso; éum meio para que se estabeleça entreos homens o amor e a fraternidade.

Um orgulhoso potentado de outr'ora,encarnado actualmente em um miseroescravo, poderá ter resignação nossoffrimentos da vida presente, se neilase lembrar do que foi no passado ?

Era terrível a luta, e esse infelizsuecumbiria, por certo.

Quantos, sabendo o que foram te-riam a coragem de arrojar-se á novaluta?

Em desespero de causa, atiraes-nosa aceusação de materialistas e amantesdos gozos sensuaes.

Repellimos completamente essa as-

133 rção ; para nós o corpo é um simplesvestido que o espirito abandona quan-do elle já não lhe pôde servir.

Já vos dissemos, em outro ponto,que não concordamos comvosco nacrença de consistir a felicidade naopulencia mergulhada na voluptuosi-dade.

Para nós a vida futura, a vida doespirito no espaço, é toda de activi-dade e estudo, é toda de progressomoral e intellectual, até que, perigri-nando atravéz dos mundos sem contaque povoam o espaço infinito, elle a-tinja a perfeição.

Vede, pois, que a idéia que forma-mos da vida eterna, é muito mais ra-cional e desejável que a da inactivi-dade sem fim a que quereis condemnaras pobres almas.

Com muito sal ouvi, uma vez, dizeruma pessoa educada nos ensinos ca-tholicos :

« Eu prefiro as agitações do infernoao aborrecimento de uma vida eternapassada a ajudar missa. »

Tocae o rebate, chamae ás armasvossos combatentes; os raios de luzque o Spiritismo dardeja, hão de es-clarecer a mente dos homens, dissi-pando as nuvens negras com que ten-tais occultal-o a .mas vistas.

Christo o disse :« Nada ha de oecuito que não deva

ser descoberto, nada de secreto quenão deva ser conhecido. »

Tudo progride; tudo caminha paraa perfeição; acompanhae esse movi-mento, que, só assim, cumprireis umamissão que merecerá as bênçãos doííòs'su13*íeador~' •

Atirae para longe esses ouropeis,esse luxo de culto externo que herdas-tes do paganismo, erguei bem ai to acruz santa dos Christãos dos primeirostempos, e sereis então verdadeiros dis-cipulos do Christo e guias da huma-nidade nos caminhos por elle indi-cados.

Si, desenvolvendo o nosso pensa-mento neste longo arrasoado, escapou-nos alguma expressão que, mesmo de

leve, vos possa offender, não trepida-

mos em pedir-vos perdão, diante de

Deus e.dos homens.Procuramos discutir princípios, e

não chocar personalidades.Fiieq.

O passamento do nossa irmiI». Eulalia lVaneisea For-tes, «. ti* de Abril de 1883.

Spirítas 1 Ante a tumW que acaba de

receber osdespojos raortaes-,daquella

que chamou-se, na Terra, Eulalia

Francisca Fortes, elevemos, contrictos,

nosso pensamento ao Senhor dos mun-

dos, implorando-lhe forças para cura-

primos nossa tarefa e podermos, no

dia em que deixarmos o envolucro

terreno, ir, satisfeitos com a nossa

consciência, juntarmo-nos, no espaço,

aos nossos companheiros de labor.

Durou a sua provação cerca de 22

annos, e nesse longo período mostrou-

se sempre filha obediente, amante e

respeitosa, amiga sincera e devotada,sempre solicita em soecorrer aos infe-lizes e, forte com esses sentimentoselevados de uma alma chistã, teve aresignação calma no seu longo e dolo-roso soffrimento, do qual, muitas ve-zes, se esquecia para dirigir palavrasde consolo e animação, aos que rodea-vam seu leito de dor.Spiríta convicta e médium desenvol-

vido, foi um trabalhador infatigavelda santa vinha, que, terminando a suatarefa, foi receber no céo o prêmio dosjustos.

De entre os factos de mediunidade,mais importantes de sua vida, não po-demos deixar de citar o de haver ella,aos 15 annos de idade, prophetisadoque morreria aos 22.

Irmã, aceita os votos sinceros deteus irmãos da Terra que contam que,com o consentimento do bom Pae, vi-rás auxilial-os, para, progredindo,fazel-os progredir.

Unidos á tua familia terrena, nós tesaudámos por terdes chegado ao termofeliz da missão que acabas de cumprir.

Um Christão.

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EVLAL14 FOETKS

O que é o Spiritismo

Intruducção ao conhecimento do mundoinvisível pela manifestação dos espi-ritos contendo o resumo dos princípiosda doutrina spiríta e a resposta ásprincipaes objecções.

ALLAN-KARDECSr» caridade »i« ia salração.

CAPITULO I

PEQUENA CONFERÊNCIA SPIRÍTA

1." DIALOGO

O CRITICO

( Continuação)

Visitante.-- Entretanto só a expe-riencia é que pôde convencer, ainda

que não deva haver a principio, mais

que curiosidade.Se não trabalhares senão em pre-

sença de pessoas convencidas, permittidizer-vos que pregaes a convertidos.

Allan-Kardec— Uma cousa é estarconvencido, e outra estar disposto aconvencer-se ; é a estes últimos queme dirijo, enão aquelles, que julgamhumilhar sua razão vindo ouvir o4 queelles chamam chimera.

D'esses não me preoecupo absoluta-meníe»

?-'

V

REFORMADOR — 1888 Maio 1

Quanto aos que dizem ter desejo sin-cero de esclarecer-se, a maneira dé

proval-a, é mostrar perseverança;esses se fazem conhecer por outrossignaes que não pelo desejo de vêruma ou duas experiências estes que-rem trabalhar seriamente.

A convicção não se fôrma senão como tempo, por uma serie de observaçõesfeitas com ura cuidado particular.

Os phenomenos Spiritas differem es-sencialmente daquelles que apresen-tam nossas sciencias exactas : não se

produzem á vontade ; é mister appre-hendel-os de passagem ; é vendo muitoe por muito tempo que se descobre umcem numero de. provas que escapam á

primeira vista, sobre tudo quando nãose está familiarisado com as condiçõesem que pode encontral-as, e aindamais quando nisso entra espirito de

prevenção.Para o observador assiduo e reflec-

tido ; as provas abundam : para elle,uma palavra, um facto insignificantena apparencia pôde ser um raio deluz, uma confirmação ; para o obser-vador superficial passageiro curioso

• nada valem : eis a razão porque nãome presto a experiências sem resul-tado provável.

V.— Mas emfim para tudo é neces-sario um principio.

O noviço que é uma taboa rasa, quenada tem visto, mas que quer escla^-recer-se, como poderá fazel-o se lhenão proporcionaes os meios? y^

y_4A£"._Faco grande digafença entre

o incrédulo por ip-tfrancia e o incre-rlnjí

'' -lando vp''o emalguém disposições favoráveis, nadame custa esclarecel-as ; mas ha pessoasem quem o desejo de instruir-se éapenos uma falsa aparência: com estesperde-se o tempo; porque se nãoacham immediatamente o que fingem

procurar, e o que talvez lhes pezariaachar Jo pouco que vêem é insuffici-ente para distruirem suas prevenções ;elles o julgam mal e fazem delle ob-

jecto de mofa que é inútil fornecer-lhes, àquelle que deseja instruir-sedirei:

« Não se pôde fazer um curso despiritisrno experimental como se fazum curso de physica e chimica, vistocomo não se pôde á vontade produziros phenomenos pois as intelligencías

que são delles agentes illudem muitasvezes todas as nossas previsões.

« Os que podeis vêr accidental-mente, não apresentando nenhum en-cadeamento nenhuma ligação neces-saria, seriam pouco intellegiveis paravós.

« Instrui-vos primeiro pela theoria,lede e meditai as obras que tratamdessa sciencia, nellas aprendereis os

piincipios, encontrareis a discripçãode todos os phenomenos, comprehen-dereis sua possibilidade pela expli-cação dada e pela narração de umsem numero de factos expontâneosde que podem ter sido testemunha in-consciente e que vos voltarão á me-moria; ficareis a par de todas as dif-ficuldades que podem apresentar-se, e

formareis assim uma primeira con-vicção moral.

« Então, quando se apresentaremcircumstancias de verdes ou operardes

por vós mesmos, comprehendereis

qualquer que seja a ordem em quese produzam os factos porque nadavos será extranho. »

Eis, Senhores, o que aconselho a

toda a pessoa que diz querer instruir-se, e pela sua resposta é fácil ver se

ha nella outra cousa além da curió-sidade.

(Continua).

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DECLARAÇÕESSociedade Acadêmica Ocus

Claristo e CaridadeDe ordem da Directoria comimmica-

mos aos Srs. Sócios que o Centro, erasessão preparatória da Academia Spi-ríta, deliberon o seguinte:

Tendo a Sociedade Acadêmica, desde que se dedicou á propaganda, em28 de Agosto de 1880 cread© Gruposna Capital do Império e nas Provin-cias, e incumbindo a esses Gruposcontinuar na senda traçada nesse ter-reno da propaganda; determina quea Commissão Confraternisadora sus-penda as suas sessões de propag

'da ;devendo freqüentar as Sociedades eGrupos existentes, animando-o; coma sua presença,conselhos e exemplos;convindo que se esforce principal-mente para constituir-se um centrocomposto unicamente dos Represen-tantes das Sociedades e Grupos.

Com. Confratemisa dora.

Reaaovadoi*Communicamos aos Srs. assignim-

tes do " Renovador,,, que tendo appa-recido na arena jornalística o Refor-mador e devendo convergir todas asforças para este jornal fica suspensa apublicação .daquelle órgão, e "og»-mos aos que pagaram adiantadaraenteum semestre o favor de nos comrau-nicar se querem ser reembolsados ouque lhes seja enviado pra substituiçãoeste novo propagandista.

A decisão dos Srs. Assignantes podenos ser reinettida por intermédio dail lustrada redacção do "Reformador,"á rua da carioca n. 120, que se prestaa esse obséquio.

Rio de Janeiro. 1883 Fevereiro 28.Pela Redacção do "Renovador,

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El Critério — Hespanha.Annalli dello Spiritisrno in Itália—italia. , •

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La Revelacion—ITepanha.O Religio Journal, philo.sophical,

—Estados Unidos.The Theosophist—Indiü.O Spitual Nots, jornal hebedomadal

—Inglaterra.Le Devoir, jornal das reformas so-

ciaes—França.Le Mensager—Bélgica.The Spiritualist, jornal das scien-

ias psychologicas—Inglaterra.Mindant Matter—Philadelphia.The Banner of Light— Massachus-

setts.Psychische Studien — Allemanha.El Spiritista—Hespanha.Revista Spiritista—: Bracellona.The Médium and Daybreak — In-

glaterra.La Illustracion Espirita — México.The Harbinger—Austrália.La Revista Espiritista — Monte-

vidéo.Le Monteur de ia FéderationBelge,

—Bélgica.La Fraternidad—Hespanha.La Discussion—México.La Luz de Sion — Estados-Unidos.Revista da Sociedade Spiríta Cons-

tança—Buenos-Ayres.A Imparcialidade—Portugal.La Religion Laique—França.Up. de GreiíiTOT^íí.Alla.i)^?-- A,União e Crença—Brazil.Aurora—Brazil.Viannense—Brazil.Echo Bragantino—Brazil.La Razon, jornal da Sociedade Spi-

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