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MATRIZ SINTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E ENTIDADES CONSULTADAS ABRIL 2018 COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO DA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO PARA A ESTRATÉGIA 2030 ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ANEXO 1

PARA A ESTRATÉGIA 2030 DA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO · A estratégia para pensar o financiamento î ì ï ì: não continuar a financiar ^rotinas _ mas sim medidas que façam

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MATRIZ SINTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E ENTIDADES CONSULTADAS

ABRIL 2018

COMISSÃO DE COORDENAÇÃO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL DE LISBOA E VALE DO TEJO

DA REGIÃO DE LISBOA E VALE DO TEJO

PARA A ESTRATÉGIA 2030

ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS

MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS

ANEXO 1

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MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS

tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Soluções de atendimento integradas

Alargar a utilização de serviços públicos à camada populacional

que não tem formação adequada ou adquirir os equipamentos

necessários para a utilização das tecnologias digitais.

Manutenção do canal presencial (através de Lojas de Cidadão), bem como o atendimento mediado (através de Espaços

Cidadão) dispersos geograficamente, como canais alternativos às soluções de atendimento eletrónico existentes.

Reforço da segurança nos canais

eletrónicos de atendimento

Garantir de forma fidedigna que o serviço foi prestado ao

cidadão que se identificou e que é realmente quem disse ser.

Mecanismos seguros de autenticação e assinatura. Soluções multifatoriais que poderão passar no médio prazo por

soluções que obtenham, por exemplo, dados biométricos, devendo ser preparados cenários nessa perspetiva.

Interoperabilidade de sistemas e de dados

Formas de comunicação expeditas, seguras e

eficientes dos dados para uma prestação de serviços cada vez

mais cómoda e por uma única voz.

Permitir que determinados dados possam ser recolhidos, independentemente da fonte, para que o serviço possa ser

concluído com sucesso.

Dados abertos e transparência Permitir análises multidisciplinares e fidedignas para a conceção

de novas e melhores políticas públicas.Promoção de formas de adesão à disponibilização de informação de caráter público.

Notificações eletrónicas e sistemas

públicos de utilização transversal

Promoção da adesão do cidadão ao Serviço Público de

Notificações Eletrónicas.

Adaptações e desenvolvimentos vários quer ao nível dos sistemas, quer das infraestruturas,

necessários à integração respetiva, promoção à adesão e trabalhos preparatórios necessários.

Além do Serviço Público de Notificações Eletrónicas existem também plataformas cuja utilização

transversal por parte da Administração Pública (nos seus diversos níveis) evitam a redundância de

investimentos pelo que deve continuar a promover-se a sua utilização. Referimo-nos diretamente à

Plataforma de Interoperabilidade da Administração Pública, nas suas três vertentes: a Plataforma de

Pagamentos da Administração Pública, a Plataforma de Integração e a Plataforma de SMS.

Serviços Públicos Serviços públicos universais, acessíveis e de qualidade

Desenvolver políticas públicas (educação, saúde, habitação, cultura, etc.) com vista a assegurar

serviços públicos universais, acessíveis e de qualidade de forma a aumentar a coesão, promover a

igualdade e combater as desigualdades sociais;

Investir na modernização das infraestruturas e equipamentos públicos com o objectivo de

melhorar a prestação dos serviços aos cidadãos;

Reforçar os serviços públicos, nomeadamente reabrindo serviços encerrados nos últimos anos;

Investir num sistema de transportes públicos à escala regional/metropolitana com qualidade,

articulação e preços acessíveis.

Investir na formação profissional dos trabalhadores, em especial dos menos qualificados.

CGTP-IN

âmbito

TRANSVERSAL

RLVT

Agência para a

Modernização

Administrativa

Mais e melhor serviço

ao cidadão

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MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS

tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

A prioridade estratégica tem que ter a palavra

INTEGRAÇÃO. Esta é a questão estratégica

fundamental do setor da Saúde.

INTEGRAÇÃO das populações que cá estão - num

momento em que estamos a acolher mais pessoas,

se não se fizer integração, haverá novamente um

defluxo considerável. Mas a integração em Lisboa

tem, em primeiro lugar, prioridades afectas à

saúde na integração das populações que já cá

estão: jovens, adultos e idosos, sendo que o

problema dos idosos é de mais dificil resolução em

Lisboa do que noutras regiões por razões históricas

(enquanto que nas outras cidades as misericórdias

fizeram acolhimento, em Lisboa não havia

misericórdias). Os problemas de integração em

Lisboa situam-se no acolhimento dos idosos e nos

locais onde a população cresceu mais depressa

(Sintra, Amadora, etc) que hoje têm uma

dificuldade imensa no sector da saúde. É

fundamental a definição de prioridades e a clareza

na definição dessas prioridades.

INTEGRAÇÃO dos Imigrantes e desempregados - se

porventura o país crescesse a 3%, seria necessário

não os 400 mil imigrantes que temos mas 1 milhão

e 100 mil imigrantes e esses imigrantes virão para

Lisboa. Juntamente com a imigração, aparece o

desemprego.

INTEGRAÇÃO dos Turistas - A cidade não está

preparada para receber tantos turistas em termos

de saúde. Embora exista baixo risco de epidemia,

há grandes exigências em termos de cuidados de

saúde.

Em conclusão: Se quisermos pensar a cidade nos

seus aspectos mais progressivos e entusiásticos,

teremos uma cidade cheia de jovens criativos

(engenheiros, inventores, empresários,

tecnologistas, etc). Mas em tremos de saúde a

cidade não está preparara para acolher esta

clientela com baixos riscos epidemiológicos mas

com altíssimas exigências na qualidade do seu

atendimento. É necessário construir uma cidade

em que na área da saúde, o papel central seja a

integração.

António Correia

de Campos

tema:

PESSOASSaúde

Comentários:

O próximo trabalho no âmbito estratégico terá de distingir a coroa circular à volta de Lisboa em termos de indicadores de saúde. As coroas circulares têm depressões nos locais de maior população (Mafra, Amadora, Oeiras e até Cascais tem depressões nos

indicadores.) Será necessário ter no futuro trabalho indicadores mais finos em termos de saúde para melhor comparação com outras regiões.

Resposta à questão da sub-representação dos temas de saúde nos nossos problemas (atacam-se problemas de serviços e de equipamentos mas não de saúde propriamente ditos): os prolemas de saúde vão surgir e os transportes, o desemprego, a habitação,

geram óbvios problemas de saúde, mas é necessário saber explicar isso para se conseguir obter apoio dos fundos nessas matérias. É necessário encontrar um nexo de causalidade entre um esforço de investimento novo e aquilo que se espera atingir. A

exigência dos fundos 2030 será muito superior do que foi até aqui: haverá menos fundos de coesão (ou não haverá de todo) e serão mais escrutinados. Cada investimento terá de ser justificado em função dos resultados em que ele se traduza, para os fins do

desenvolvimento e da coesão. Será necessário talvez lançar um concurso entre empresas ou serviços ou universidades que possam ajudar os decisores a tomar decisões nesta matéria.

Os objectivos para a saúde de LVT são os mesmo que os grandes objetivos estratégicos da Região, relacionados com o acolhimento (emprego, educação, integração ou exclusão, turismo e

saúde - cada um destes sectores tem implicações directas na saúde).

Problemas/objectivos que têm de ser considerados:

- Acolhimento (já referido);

- Acessibilidades: o acolhimento pressupõe acessibilidades, que inclui não apenas as estradas mas também o aeroporto e as pontes. A questão das acessibilidades tem implicações directas

na saúde: a comutação de casa para trabalho e vice versa traz uma carga enorme para os trabalhadores que têm de desenvolver estratégias para colocação dos seus filhos ou perto de casa

ou perto do local de trabalho;

- Habitação: enorme prioridade. Em Lisboa, a poupança média das famílias vai toda para a habitação com, se possível, colocação no alojamento local ou a arrendar. É uma distorção do

investimento que leva a não cuidar da questão importante da habitação;

- Pertença: a centralização da saúde depende da capacidade e conhecimento dos políticos (quanto mais ignorantes os políticos e administradores forem, mais centralistas e desconfiados

serão relativamente à gestão eficiente dos orçamentos por parte dos municípios). Quanto a isto se associa um desmantelamento da administração pública (destruição das unidades

formativas como o INA, falta de formação, partidarização da administração, etc), o problema agrava-se;

- Recursos Humanos: temos os melhores enfermeiros do mundo, com qualificações de ensino superior e por isso têm emprego garantido lá fora porque são notoriamente superiores;

- Formação permanente dos activos: é um dos aspectos / carências mais importantes no sector da saúde.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Autonomia e Qualidade de VidaPromover e potenciar a autonomia, a participação e a qualidade

de vida das pessoas com deficiência.

Promover campanhas de sensibilização sobre o valor acrescentado da inclusão das pessoas com deficiência,

nomeadamente no que diz respeito à inclusão no mercado de trabalho;

Estimular campanhas de sensibilização e formação de técnicos e de toda a sociedade para uma abordagem à deficiência

na perspetiva dos direitos humanos;

Promover a vida independente das pessoas com deficiência através da execução da medida Modelo de Apoio à Vida

Independente (MAVI) - Assistência Pessoal em conformidade com o enquadramento legal nacional (Decreto-Lei n.º

129/2017, de 9 de outubro);

Otimizar recursos e parcerias entre os serviços da administração pública, a sociedade civil, as ONGPD e as pessoas com

deficiência, com vista a que todos sejam convocados para o desenvolvimento de uma cidadania ativa, com aumento da

qualidade vida em todos os domínios (como qualquer cidadão) e com crescimento da inclusão social.

Instituto Nacional

para a

Reabilitação

Bem-estar e envelhecimento ativo e saudável

Medicina preventiva, personalizada e participativa

Turismo de saúde / saúde transacionável

(prestação de cuidados)

E-health / saúde digital

Apoio ao envelhecimento da população e a forma

como a Saúde responde a este fenómeno

Adequação da resposta dos serviços às doenças

crónicas e mortalidade

Atualização tecnológica

Internacionalização (turismo de saúde,

expatriados)

Joaquim Cunha

Mais desenvolvimento económico e social;

Maior volume de negócios;

Mais exportações;

Mais emprego qualificado;

Mais saúde.

Assumir a saúde como motor de desenvolvimento económico e social;

Mais prevenção, value-based health care e co-responsabilização do doente;

Na investigação, maior orientação estratégica e de mercado (inserção de doutorados nas empresas);

Maior atractividade de talento e de investimento (sobretudo investimento direto estrangeiro).

Comentários:

Além da visão tradicional da Saúde (tratar, cuidar) temos que começar a olhar para a saúde enquanto motor de desenvolvimento;

No âmbito das agendas temáticas que a FCT está a preparar, no âmbito da reflexão interna no health cluster há uma tendência para uma convergência em 5 pontos: Promoção do envelhecimento ativo e saudável, Medicina personalizada e Biomarcadores,

Farmacologia, medicamento e terapias avançadas, Saúde digital e tecnologias médicas, Avaliação das tecnologias e intervenções em saúde e rápido acesso à inovação.

Saúdetema:

PESSOAS

Artur Vaz

Francisco Ventura

Ramos

Comentários:

Todas estas medidas são comuns tanto para a saúde como para a área da assistência social e cuidados continuados

Centros de referência europeus centralizados em LisboaDescentralização de competências (apoio a atividades que tenham participação dos municípios. Por exemplo próximo POR poderia

ter linha de financiamento para apoio ao envolvimento dos municípios nas atividades públicas de saúde);

Sistemas de informação (bases de dados, digital, partilha, integração sistemas) e e-health;

Apostar/fortalecer/investir em Oncologia, Cardiologia (2 principais causas de morte) e Transplantação (capacidade instaladab que

importa potenciar);

Modelo de saúde assente numa oferta pública de cuidados de saúde em que oferta privada seja complementar;

Setor da Saúde na RLVT deveria assumir-se como sector de referência europeia (ganhar posição de destaque à escala europeia). Para

tal deverá:

* apostar em ciências de referência;

* integrar redes de referência europeias;

* ter centros de referência e excelência tecnológica localizados em Lisboa.

Municípios envolvidos na saúde

Sistemas de informação

Comentários:

Na RLVT temos o melhor (especialização, tecnologia, investigação, RH) e o pior do país (maior concentração de população sem médico família, hospitais públicos mais degradados, etc).

A oferta privada é de volume considerável e de muito boa qualidade.

A saúde é um elemento fundamental e motor da economia.

A estratégia para pensar o financiamento 2030: não continuar a financiar “rotinas” mas sim medidas que façam a diferença.

A Região tem problemas básicos sérios. Não basta olhar apenas para a cobertura básica de cuidados, é preciso olhar também para os setores de ponta.

Falta dinâmica, inovação organizacional ao setor da saúde. A gestão centralizada por vezes faz com que se olhe com os mesmos olhos para realidades diferentes. Há que mudar esta atitude.

Dotar a região de profissões com formação adequada (terão de haver

novos profissionais de saúde: os médicos terão de fazer cedências a

outras classes como os enfermeiros). Terá de se assistir à preparação

para novas funções. Alteração de competências na cadeia de valor;

Disponibilização de equipamento de saúde acessíveis, em condições

para prestar serviços de qualidade;

Garantir acesso a cuidados de saúde com qualidade centrados nas

necessidades dos doentes;

Aumentar a autonomia dos doentes e famílias no tratamento e na

gestão da doença;

Garantir uma arquitetura do SNS racional, mais acessível

Necessidade de renovação de hospitais (Santa Maria, IPO, Egas Moniz, etc…);

Reforçar dos cuidados continuados de saúde ao domicílio;

Capacitação na área dos cuidados primários (não faz sentido as pessoas dirigirem-se aos centros de saúde se lá não têm o

equipamento necessário ao tratamento);

Renovação dos equipamentos;

Desenvolvimento da medicina personalizada (renovação nos meios terapêuticos);

Equipamentos de tele-medicina e rastreio direto;

Criação de data centers (necessários para trabalhar os big data);

Recrutamento e formação de analistas de dados;

Criação de centros de especialização/simulação e formação de profissionais de cuidados de saúde.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Reduzir a morte permatura da população relacionada com a

poluição do ar e reduzir custos de tratamentos de saúde

resultantes do impacte do ruido

Reduzir custos de tratamentos de saude resultantes do impacte

do ruido e da poluição do ar

Melhorar a qualidade das prescrições de tratamentos,

medicamentos e meios complementares de diagnóstico

Promover a educação e a literacia em saúde para que tenhamos

cidadãos mais saudáveis e doentes mais participativos na

tomada de decisão

Promover a investigação clínica enquanto instrumento de

melhoria da qualidade assistencial e institucional

Concretizar o Principio da equidade na saudeMelhorar a saude publica e o acesso à mesma sem

descriminação

Medicina gratuita para os mais carenciados; Maior proximidade dos centros rurais com deslocalização dos centros de

saúde para zonas mais pobres e carenciadas que não tem acesso, nem mobilidade; Vulgarização da Telemedicina;

cuidados primários garantidos para zonas isoladas, através de gratuitidade de transportes;

Apostar na medicina de alta tecnologia e na

medicina alternativa

Aplicação da robotica à medicina; Reforçar a investigação, o

desenvolvimento tecnológico e a inovação (incrementar medida

existente)

Abertura de universidades específicas para o efeito e incentivo aos jovens para esta nova realidade com incentivos à

formação especializada e avançada;

Promover a medicina de precisãoTornar Lisboa uma referência internacional em Medicina de

Precisão

Concretização dos módulos do projeto "Lisboa uma referência internacional em Medicina de Precisão" apresentado no

âmbito do GT saúde da RIS3 de Lisboa.

Promover o apoio domiciliário e os serviços continuados

Apoio a familias e a cuidadores familiares de idosos, sobretudo na sua capacidade de manter o emprego

Ampliar e melhorar a rede de cuidados continuados e paliativos face ao envelhecimento populacional

Promover acordos com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e outras instituições de Solidariedade Social

Desenvolvimento do e-health

Adaptação dos sitemas de saúde para o aumento e tipo de procura (melhor eficiência de recursos através de medicinas

preventivas e de gestão de doenças crónicas, que forneçam aos indivíduos as ferramentas de serem co-responsáveis pela

sua saúde).

Capitalização das oportunidades oferecidas pelas novas tecnologias.

Modernização/Fortalecer o SNS

Incentivos aos médicos em regime de exclusividade nos hospitais públicos

Apetrechar os hospitais públicos com novos equipamentos de acordo com as necessidades detetadas

Aumentar nº de médicos de familia nos centros de saúde

Aumentar nº de enfermeiros no SNS

Diminuir os tempos de espera para consultas e cirurgias nos hospitais públicos

Dotar as UCSF de meios de rastreio gratuito

Promover estilos de vida saudáveis Dotar as UCSF de meios para consultas de Nutrição gratuitas

Conhecer melhor os impactes do ruido e

qualidade do ar na saúde das populações

Elaborar estudos de diagnóstico, com divulgação alargada e envolvimento da sociedade civil e da Academia na definição

das medidas adequadas

Implementar projetos com o objetivo de disponibilização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica da área

respiratória nos cuidados de saúde primários

Promover a vigilância epidemiológica das Doenças Respiratórias de forma a mapear a magnitude, monitorizar a sua

tendência e analisar os seus determinantes

Criação de grupo de trabalho interdisciplinar (MA e MS entre outros) para articulação de politicas

Promover mais e melhor saúde

Saúde CCDR LVTtema:

PESSOAS

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Investigação fundamental nas Ciências da

Vida, como alicerce para o desenvolvimento

de um Cluster de Saúde

Desenvolver a RLVT como uma referência Europeia na área da

investigação nas Ciências da Vida e Tecnologias associadas

A investigação fundamental nas Ciências da Vida é absolutamente essencial para os avanços na área da Saúde.

Importantes avanços no diagnóstico e na terapia têm a sua origem na compreensão dos processos biológicos a níveis

cada vez mais detalhados. O processo de translação do conhecimento básico para o campo clínico é cada vez mais

rápido, vindo os avanços de áreas muitas vezes inesperadas. Por exemplo, o CRISPR/Cas que é um “sistema imune” de

bactérias, está a abrir perspectivas inimagináveis à edição genética, com o potencial de actuar em inúmeras terapias. Por

essa razão é necessário cada vez mais investir em investigação fundamental, como suporte da translação. A RLVT é a

região do país com maior concentração de centros de investigação fundamental em Ciências da Vida de grande

qualidade e com múltiplas valências, pelo que reúne condições essenciais, nomeadamente a nível de massa crítica, para

se desenvolver como uma referência nacional e internacional e servir como pólo atractor de mão de obra qualificada.

Ações:

Financiamento de projectos de investigação em áreas com impacto no sector da Saúde.

Apoio a programas doutorais fortes em Ciências da Vida com grande impacto no sector da Saúde, nomeadamente pela

incorporação de algumas valências mais clínicas e incorporando profissionais de Saúde como estudantes e Docentes.

Apoio a programas de requipamento em Ciências da Vida.

A investigação de translação com impactos no sector da Saúde, é outra das áreas que deve ser apoiada e desenvolvida.

Este tipo de investigação apresenta desafios particulares pois, enquanto na investigação fundamental Portugal tem, em

diferentes escalas, competências para desenvolver o sector, a investigação de translação exige uma interpelação entre as

instituições de saúde e as instituições de investigação. O maior desafio é colocar os profissionais de ambos os tipos de

instituições a comunicarem eficientemente, desenvolvendo capacidades de comunicação e espaços para esta se

desenvolver. No entanto os ganhos podem ser enormes, quer na melhoria da vida das populações, como na criação de

valor para a sociedade. No aspecto da criação de valor, urge criar e desenvolver cada vez mais a indústria ligada ao

sector, seja na componente de diagnóstico (serviços e criação de Devices) seja no desenvolvimento de terapias,

normalmente fármacos e biofármacos.

Ações:

Promover os estágios de clínicos em laboratórios de investigação, suportando reduções das suas obrigações no sistema

nacional de saúde.

Promover Doutoramentos laboratoriais para profissionais de Saúde em Unidades de investigação. Em part-time.

Promover a criação de consórcios entre clínicos e laboratórios de investigação, com vista a abordagens integradas de

temas estratégicos.

Promover programas de formação na interface entre a investigação em Ciências da Vida, o sector da Saúde e outras

disciplinas. Exemplos poderão ser programas de formação em inovação e empreendedorismo em Saúde para

investigadores, competências de investigação para profissionais de saúde, liderança em ciência e tecnologia para

investigadores, gestão de ética em investigação clínica para investigadores e médicos, etc.

Promover Projectos de investigação e transferência de conhecimento para instituições de investigação, em colaboração

com empresas, hospitais, e outros actores importantes para a Sector da Saúde. Os Programas de Actividades Conjuntas

(PAC) são um bom exemplo.

Promover projectos de capacitação das instituições de I&D para a captação de fundos internacionais e participação em

consórcios na área da Saúde.

Promover a capacitação para a transferência de tecnologia das instituições de I&D, suportando as equipas nas

instituições a adquirir valências para a criação de valor em Saúde.

Tornar a RLVT como uma região de referência para a inter-

relação entre as instituições de investigação e os actores do

sector da Saúde, sejam eles as unidades de saúde que

contribuem para o bem-estar das populações, seja a indústria de

saúde, cujos retornos poderão ter alto valor acrescentado.

Saúde ITQB - NOVAtema:

PESSOAS

Investigação de translação em Ciências da

Vida e em Ciências Clínicas, como factor para

o aumento de competências e melhoria dos

cuidados de saúde em Portugal, assim como

para a criação de valor no sector da Saúde

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

tema:

PESSOASARS LVTSaúde

A capacitação dos sistemas de saúde para promoverem explicitamente a atividade física junto da população deve ser

realizada por intermédio da ação direta dos profissionais nos cuidados de saúde e deve estar coordenada com a

disponibilização de meios para a concretização da atividade física, de forma equitativa e sem encargos acrescidos para as

populações, sobretudo as mais desfavorecidas. O aumento de equipamentos para o funcionamento das Academias de

Mobilidade nas USF da AML projeta um conjunto de intervenções multicomponente (treino de equilíbrio e força, uso de

auxiliares de marcha e outros) para a população idosa e para cidadãos em situação de pré-obesidade, hipertensos e

diabéticos.

Interessa também aumentar a capacidade resolutiva das USF e a confiança dos utentes nos cuidados de saúde primários.

Pretende-se por isso desenvolver na AML, as seguintes áreas:

1. Tratamento do Pé Diabético: aquisição de equipamentos de prevenção e tratamento, sobretudo para os ACES da

Península de Setúbal.

2. Saúde oral: aumentar a capacidade de abordagem promotora e preventiva da saúde oral em todos os ACES da AML.

3. Cardiologia nos Cuidados de Saúde Primários: alargar o “Projecto-Piloto - MCDTs da Cardiologia nos Cuidados de Saúde

Primários” (atualmente em dois ACES) aos restantes ACES da AML.

3. Promover a segurança e a qualidade dos cuidados prestados

em casa dos doentes

A sobre utilização dos serviços de urgência gera ineficiências procedimentais, bem como constrangimentos ao nível da

organização, da gestão dos circuitos e dos recursos humanos, criando entropias na eficiência e qualidade da prestação

dos cuidados, nas expectativas dos utilizadores, e na satisfação de todos os intervenientes.

Nesta medida os hospitais e Centros Hospitalares da AML têm vindo a desenvolver iniciativas com base em equipas de

profissionais de saúde pertencentes aos cuidados de saúde primários e aos hospitais que seguem doentes selecionados

de modo a tornar menos frequente a procura de cuidados em urgência e os seus consequentes internamentos.

Numa outra vertente concomitante, coube ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, ser o primeiro hospital em Portugal a

ter uma unidade de hospitalização domiciliária, um modelo usado em vários países e que traz vantagens importantes:

evitar infeções hospitalares multirresistentes, reduzir os custos de internamento, manter a socialização evitando o

isolamento social dos doentes e manutenção de um ambiente familiar e de cuidados à medida do doente.

Num ano de funcionamento, já passaram pela experiência de internamento no domicílio mais de 260 doentes, com uma

média de internamento de oito dias, mais curta do que a média do internamento no hospital.

A equipa multidisciplinar define e propõe o plano terapêutico individualizado, para que o doente fique em sua casa sem

necessidade de internamento hospitalar. Em função desse plano são destacados os especialistas que melhor podem

acompanhar o caso e disponibilizados os equipamentos e ajudas técnicas necessários.

A sustentabilidade destes projetos depende da capacidade de mobilidade das equipas e da utilização de equipamentos

de telemonitorização que permita uma comunicação célere e a monitorização a distância de parâmetros vitais que

permitam acompanhar permanentemente os doentes.

Aumentar a cobertura da população por

médico de família

Reforçar empenhadamente a promoção da

saúde e a prevenção da doença

Desenvolver a integração de cuidados de

saúde e a inovação

Adquirir equipamentos de diagnóstico para o

Hospital Lisboa Ocidental

Renovar o equipamento dos restantes

hospitais da AML

1. Construção e requalificação de instalações utilizadas para a

prestação de Cuidados Primários de Saúde

O aumento do índice de envelhecimento da população, a cronicidade e as alterações epidemiológicas em geral são

alguns dos fatores que irão agravar as necessidades de saúde na Região, na próxima década. Estas alterações exigem

uma resposta ajustada aos problemas de saúde predominantes, baseada num modelo de bem-estar da pessoa.

Neste âmbito, os cuidados de saúde primários são o ponto de referência do futuro sistema regional de saúde,

promovendo a prevenção e o controlo das doenças crónicas, nomeadamente da diabetes, das doenças cardiovasculares,

controlo da hipertensão, da DPOC, pela capacidade de ensino e influência na adoção de estilos de vida e

comportamentos saudáveis, tendo por pressuposto essencial, a sustentabilidade do Sistema de Saúde.

Neste âmbito, importa superar as fragilidades que a oferta de cuidados de saúde primários denota, nomeadamente ao

nível das construções que estão a ser utilizadas para o atendimento e consulta, assim como alargando a resposta de

proximidade junto das populações com menor acessibilidade.

Neste contexto pretende-se promover a criação e requalificação de espaços, aumentando o número de indivíduos

servidos por unidades de saúde familiar e criando condições para uma melhor prestação de serviços a pessoas com

maior longevidade e fragilidades associadas.

2. Equipar os Centros de Saúde com respostas promotoras de

saúde pela prática do exercício físico e adequadas a

necessidades específicas de utentes com doenças crónicas

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

ARS LVT

Existem necessidades de investimento em equipamento de diagnóstico de elevada tecnologia e na requalificação de

blocos operatórios e unidades de cuidados especiais, nos hospitais da AML para dar resposta a necessidades de

diagnóstico e tratamento, nomeadamente na oncologia, nas doenças cardiovasculares e noutras áreas onde se

encontram já reconhecidos Centros de Referência (CRe).

No âmbito da requalificação da oferta de cuidados hospitalares na AML encontra-se prevista a criação de dois novos

Centros Hospitalares, o Centro Hospitalar Prof. Fernando Fonseca (HFF) e o Centro Hospitalar Garcia de Orta (CHGO),

através da construção de dois novos hospitais de proximidade (Sintra e Seixal) e sua integração no HFF e HGO

respetivamente.

Estes dois hospitais de proximidade, vocacionados para o ambulatório de alta resolução, serão dotados de meios

complementares de diagnóstico e terapêutica diferenciados, permitindo melhorar significativamente os tempos de

resposta para a realização de exames (e o diagnóstico atempado da doença) internalizando atos que atualmente são

requisitados pelos Cuidados de Saúde Primários e pelos hospitais e realizados em entidades externas.

5. Equipamento médico para hospitais da AML

Criar um programa de capacitação para os funcionários de hotelaria nas escolas com o objetivo de oferecer e promover

uma alimentação saudável aos jovens

Criar parcerias com escolas com o objetivo de desenvolver programas conjuntos que promovam um estilo de vida

saudável, através da alimentação e desporto

Organizar eventos regionais com parceiros locais com o objetivo de promover e dar a conhecer à população as soluções

disponíveis para garantir um estilo de vida saudável

Criar programas desportivos com jovens e entidades sem fins lucrativos que desenvolvam ações na área do desporto

com o objetivo de trabalhar a inclusão social local e a igualdade de género. Consequentemente, desenvolver um

conjunto de competências transversais nos jovens e em simultâneo promover uma vida ativa

Criar uma rede de parceiros locais (público, privado e sem fins lucrativos) que desenvolvam ações que promovam um

estilo de vida saudável juntos dos jovens, para que possam desenvolver programas conjuntos» Implementação do

Programa Nacional de Desporto para Todos (PNdpt), programa que tem como missão promover e dinamizar

globalmente a prática de atividades físicas e desportivas, assim como os estilos de vida saudáveis, de forma transversal,

em toda as áreas da sociedade e acessível a todos os cidadãos.

Promoção e realização da Semana Europeia do Desporto - #Beactive

Continuação da implementação do Programa Cuida-te, programa do IPDJ, com diversas entidades parceiras e que tem

como fim trabalhar na área da saúde juvenil e na promoção dos estilos de vida saudáveis, promovendo a aquisição de

competências. Este programa prevê várias medidas de atuação, sendo de destacar as unidades móveis, o Teatro Debate

e os gabinetes de saúde juvenil, espaços de atendimento gratuitos, de aconselhamento, anónimos e confidenciais, nas

áreas da sexualidade, consumos nocivos, nutrição e exercício físico

Implementação de um programa de apoio à beneficiação/construção de espaços de prática desportiva de proximidade

em territórios urbanos e rurais.

Estes espaços deverão ser abertos, diversificados e integradores inter-geracionais, com valências estruturados para os

vários segmentos da população.

Implementação de uma rede regional de organização de actividades desportivas “Torneios Abertos”, nas quais sejam os

jovens os responsáveis pela organização

Reduzir a taxa de obesidade infantil

Aumentar a taxa de jovens que faz desporto com regularidade

Promover a inclusão social através do desporto

Promover a igualdade de género através do desporto

Promover a importância da alimentação saudável junto dos

jovens

Oferecer soluções desportivas e de alimentação saudável junto

dos jovens

Promover projetos e práticas que contribuam para o bem-estar

dos jovens e o desenvolvimento de estilos de vida saudáveis

Promoção do aumento de espaços de prática desportiva de

proximidade, quer ao nível urbano de grande e pequena

densidade populacional quer ao nível rural.

Promoção da prática desportiva aberta junto da população

jovem e juvenil, e aumento da participação dos jovens no

dirigismo do tecido associativo de Base

Promover um estilo de vida saudável através

do desporto e alimentação, acessível a todos

Aumentar a cobertura da população por

médico de família

Reforçar empenhadamente a promoção da

saúde e a prevenção da doença

Desenvolver a integração de cuidados de

saúde e a inovação

Adquirir equipamentos de diagnóstico para o

Hospital Lisboa Ociden

Saúdetema:

PESSOAS

IPDJ

4. Equipamento médico do HLO

O HLO irá substituir a maior parte da oferta de cuidados de saúde atualmente assegurada pelo Centro Hospitalar de

Lisboa Central (CHLC, EPE), instituição que tem características muito próprias, com custos de contexto muito elevados,

decorrentes do facto de desenvolver atividade em seis hospitais diferentes, dispersos pela cidade de Lisboa.

Para além dos ganhos de eficiência que serão obtidos pela concentração da atividade num único complexo hospitalar, o

HLO disporá de especialidades atualmente não existentes no CHLC (medicina nuclear e radioterapia), o que possibilitará a

internalização no Serviço Nacional de Saúde (SNS) de atos atualmente realizada noutras entidades.

O HLO será totalmente informatizado e disporá de equipamento tecnologicamente avançado. No equipamento

necessário para o funcionamento do HLO inclui-se Equipamento Geral, Equipamento Clínico, Equipamentos Médicos e

Equipamento Médico Pesado. Sob a designação Equipamento Médico agrupam-se todos os elementos necessários para o

diagnóstico e para o tratamento dos doentes, incluindo equipamento para bloco operatório e recobro e cuidados

especiais (cuidados intensivos, cuidados intermédios, e outras unidades de cuidados especiais) que constituem o núcleo

base de qualquer plano de equipamento, pela sua quantidade, pela sua complexidade e/ou pelo seu custo, em

Equipamento Médico Pesado, estão incluídos equipamentos da área de radiologia (TAC, RM), radiologia de intervenção,

hemodinâmica, medicina nuclear e radioterapia.

Está prevista a transferência de equipamento do atual CHLC para o HLO, nomeadamente algum equipamento de alta

tecnologia adquirido recentemente, no entanto face ao elevado montante global de investimento público que se estima

necessário para equipar o HLO, deverá ser prevista uma verba, de montante não inferior a 50 milhões de euros para

aquisição de Equipamentos Médicos e Equipamento Médico Pesado.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Acessibilidade e Design Universal

Contempla as preocupações referentes à promoção da

acessibilidade nos seus vários domínios, bem como à adoção do

design universal.

Remover obstáculos e barreiras em equipamentos e infraestruturas de acesso público, tanto no que concerne aos

obstáculos físicos como no que concerne aos obstáculos de acesso à informação e comunicação;

Facilitar a mobilidade nos diversos ambientes/contextos, designadamente nos transportes terrestres e marítimos,

cultura, via pública, entre outros.

Modernização Administrativa e Sistemas de

Informação

Modernização dos serviços de forma a garantir um atendimento

e acompanhamento adequados às necessidades das pessoas

com deficiência, incluindo a disponibilização de informação

acessível.

Promover a acessibilidade à informação e à comunicação, disponibilizando informação em suportes acessíveis (braille,

audiodescrição, língua gestual portuguesa, leitura fácil, etc);

Capacitar, de forma transversal, profissionais da Administração Pública através da realização de ações de formação

genéricas sobre a Deficiência e a Multidiscriminação, bem como temáticas específicas, designadamente intervenção

precoce, educação, empregabilidade, acesso à cultura, lazer, atividade física e desporto, de modo a garantir um

atendimento adequado às caraterísticas e necessidades das pessoas com deficiência.

Comentários:

Inclusão social não é uma ideia nova para a estratégia dos países e da UE.

- Esta discussão ressurge após um período de abandono das políticas de inclusão social decorrente da crise financeira. Esse abandono constituiu uma estratégia errada que veio agravar os problemas pré-existentes;

- É uma discussão necessária para a RLVT mas o sucesso das medidas só será possível com reforço da articulação entre políticas nacionais e europeias;

- As questões da inclusão social não são separáveis do problema do crescimento e desenvolvimento económico.

QUESTÃO: qual a relação entre a estratégia PT2030 com o Pilar Europeu dos Direitos Sociais? Vai haver articulação?

O combate à pobreza, desigualdades e exclusão social deveria ser um dos objetos centrais da estratégia nacional 2030.

Inclusão Socialtema:

PESSOAS

Instituto Nacional

para a

Reabilitação

Combate à pobreza e desigualdades sociais (a

RLVT tem os maiores níveis de desigualdade a

nível nacional: apesar dos níveis de

rendimento familiar superiores à média

nacional e taxa de pobreza inferiores à média

nacional, persistem bolsas de pobreza muito

intensas que não são de fácil identificação).Carlos Farinha

Rodrigues

Definição de uma Estratégia regional de inclusão social e de

combate à pobreza que:

- Tenha objectivos claros e metas verificáveis;

- Articule políticas públicas e sociais, setoriais, regionais e

nacionais;

- Tenha em consideração novos riscos: a precariedade, a

ausência de perspectivas futuras para os jovens, etc. podem

colocar em causa a coesão social.

Avaliação de situações de probreza e exclusão social na região;

Criação de um sistema próprio à RLVT de informações sobre as condições na região e no impacto das políticas públicas;

Quebra do "muro" existente entre a estratégia da pobreza e a realidade. Tem de haver aproximação entre quem faz a

estratégia e quem lida com ela no dia-a-dia;

Incluir medidas transversais. Ainda que a população pobre seja a destinatária directa dessa estratégia, esta terá de

contemplar medidas não apenas para esta franja da população. Será necessário proceder à análise dos efeitos e das

implicações das outras políticas na exclusão social e na pobreza, à semelhança do que já se faz relativamente ao défice,

como por exemplo transportes/acessibilidade, acesso a serviços e equipamentos públicos (educação, etc);

Redução da pobreza infantil

Este é um problema grave e com repercussões sérias no futuro. A resolução deste problema implica abordagens

multidimensionais porque será necessário ir além da simples resolução da escassez de produtos e bens. É necessário

vontade política. São necessárias medidas diferentes dimensões: medidas de apoio à famíla em que a criança ou jovem

está inserido, aumento do número de creches municipais, melhoria do nível educativo, melhoria das condições de saúde,

etc;

Criação de quadro harmonizado de aplicação das medidas de política pública que não se resuma à atribuição de subsídios

e contemple também um sistema de inserção na sociedade. Esse sistema tem de existir a nível local e não central. É

fundamental que as políticas que tenham por base a atribuição de subsídios tenham acompanhamento para que esses

subsídios sejam transformados em motores de integração social;

Necessidade de agregação de vários tipos de ação: educativa, saúde, integração no mercado de trabalho, combate ao

abandono escolar, formação de adultos, etc.: as políticas sociais são necessárias para combater a pobreza mas não são

suficientes (a medida mais perversa das políticas de austeridade no que se refere à inclusão social foi o abandono da

formação de adultos). As regiões e autarquias podem e devem ter um papel fundamental neste campo;

Política de educação de adultos. É necessário retomar o que foi feito há anos. O processo deve ser contínuo;

Uma estratégia de combate à pobreza implica a participação das pessoas destinatárias desta estratégia e uma capacidade

de articulação entre as diferentes entidades envolvidas. Implica a procura de consensos alargados e a participação das

autarquias, instituições de solidariedade social, etc;

Criação de um roadmap com a definição de um conjunto de indicadores que monitorizem as propostas a aprovar.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Redução significativa dos contrastes e das

desigualdades sociais

Redução da pobreza (com indicadores claros e monitorizáveis).

As medidas políticas podem ter efeitos na redução de contrastes

e na desigualdade;

Promoção da coesão interna e combate à segregação

Educação de adultos (mesmo nos tempos aúreos das Novas Oportunidades, houve um segmento que ficou de fora: a

população analfabeta), nomeadamente das populações em situação de pobreza e exclusão que na maior parte dos casos

nem sequer têm acesso à educação básica;

Investimento forte na economia social e nas empresas sociais (única hipótese no mercado de trabalho para alguns

segmentos de população mais frágeis - deficientes, população marginalizada, desempregada, etc.);

Retomar a lógica do desenvolvimento de base comunitária e numa abordagem territorial de combate à pobreza.

Caractísticas da intervenção territorial: para cada problema, é necessário fazer um diagnóstico e ter em conta a sua

multidimensionalidade e a articulação entre os diferentes organismos públicos, privados e sociedade civil. Também é

necessário ter em conta a escala do problema e ter a participação e envolvimento da comunidade.

Assegurar a oferta de habitação digna

Promover a igualdade de oportunidades no acesso

e participação no mercado de trabalho

Assegurar a igualdade de oportunidades no acesso

aos serviços sociais de interesse geral

Combate à vulnerabilidade dos consumidores

de energia e à pobreza energética

Papel mais ativo dos consumidores e comunidades de energia;

Proteção de consumidores vulneráveis e combate à pobreza

energética;

Reforço dos direitos dos consumidores no domínio da contagem

e faturação da energia térmica.

Dinamizar ações de minimização da vulnerabilidade dos consumidores, através do apoio a

ações de informação aos consumidores com vista à redução da iliteracia energética e ao apoio a uma

decisão informada sobre o comercializador da energia;

Promover o combate à pobreza energética através do apoio a projetos de beneficiação do parque

habitacional em zonas carenciadas, tendo em vista a melhoria do conforto térmico e a projetos

de informação e sensibilização com incidência em medidas de redução da pobreza energética.

ADENE

Comentários:

Formas de intervenção:

- mais liderança e coordenação local

- capacitação e acompanhamento das organizações locais e mais aprendizagem entre pares

- maior valorização do conhecimento dos atores locais

- maior integração das diversas políticas setoriais

- maior monitorização e conhecimento da realidade territorial

Comentários:

A estratégia deverá centrar-se na AML que é onde se concentram os maiores e mais graves problemas de pobreza e exclusão do país. O que é um contrasenso, pois trata-se da região mais rica.

"Não há oasis económicos em desertos sociais".

Eliminar as situações de habitação precária com especial prioridade

para as áreas de risco;

Promover a qualificação física e a integração socio-territorial dos

espaços de habitação social, em especial nas zonas identificadas no

ponto anterior;

Criar dinâmicas de manutenção do parque habitacional;

Criar condições que promovam e facilitem o acesso e participação dos

jovens ao mercado de trabalho;

Promover a aprendizagem ao longo da vida e permitir a adaptação das

pessoas às novas exigências do mercado de trabalho;

Assegurar igualdade oportunidades no acesso aos serviços sociais de

interesse geral;

Aumentar a capacidade de oferta de serviços de educação e de

acolhimento na primeira infância a preços comportáveis e de boa

qualidade;

'- Aumentar a capacidade de oferta dos cuidados de longa duração

(idosos).

tema:

PESSOAS

Luís Capucha

Sérgio Barroso

Inclusão Social

Realojamento;

Estratégias longo prazo & programas desenvolvimento comunitário multisetoriais que promovam qualificação física e inclusão das

comunidades;

Mobilização de novos instrumentos para a reabilitação do parque habitacional privado;

Combate abandono e insucesso escolar através de apoio escolar, mobilização da comunidade/família/escola. Conceitos de

continuação e integração;

Facilitação da transição para a vida ativa através de: formação contínua, reorientação formativa para áreas com maior

empregabilidade, experienciar a integração na vida ativa;

Promover a formação ao longo da vida inclusiva e de qualidade, assegurar participação no mercado de trabalho da população

deficiente, promover maior igualdade oportunidades mulheres/homens no mercado trabalho;

Aumento do nº de creches é fundamental;

Aumentar a capacidade de oferta de cuidados continuados integrados e novas formas de prestação do serviço, como por exemplo

prestação de cuidados ao domicílio e apoio às famílias ou cuidadores.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Promover respostas inovadoras e integradas

de inclusão social

Desenvolver operações integradas de desenvolvimento urbano e comunitário em bairros com grande vulnerabilidade

social, que contenham projectos inovadores, com impacte estrutural e de capacitação dos indivíduos e das suas

associações, com forte participação dos actores locais e centrados na durabilidade dos resultados e dos efeitos

Conferir prioridade aos bairros com grande vulnerabilidade social na modernização e reforço da oferta de equipamentos

e serviços de proximidade, mormente nos domínios do ensino, da saúde, do apoio social, do desporto e da cultura

Criar condições físicas e organizacionais para que os estabelecimentos de ensino, do pré-escolar ao secundário,

localizados em bairros com maior vulnerabilidade social, possam dinamizar projectos que promovam a diversidade

cultural, o desporto e a info-inclusão

Apoiar as organizações locais para que estas possam contribuir para a capacitação dos indivíduos e das famílias, para a

dinamização socio-cultural e para a promoção de uma cidadania participada

Alargar a oferta de equipamentos de apoio aos imigrantes

Promover a criação de novos espaços de lazer

e cultura para a população idosa;

Aumento da qualidade de vida em complementaridade com o

aumento da esperança de vida; Minimizar o impacto da solidão e

do abandono nas camadas mais idosas

Criação de espaços complementares de jovens e seniores para partilha de costumes (mais velhos) e de ensinamentos

(mais novos), com melhoria da saúde mental dos idosos

Maior empregabilidade em substituição de subsídios; criação de hortas urbanas com garantia de retorno para a

sustentabilidade das famílias; Mudança de uso e atribuição de espaços públicos devolutos com a respectiva regeneração;

Promover a Igualdade de oportunidades a todos os níveis

(acesso ao mercado de trabalho, a serviços, etc) nomeadamente

em termos de: género, idade, condições económico-financeiras,

etc

Dotar todas as estações de Metropolitano de elevador até à superfície

Renovação/substituição (progressiva) das frotas de autocarros urbanos e suburbanos para veículos com função

"kneeling " (rebaixamento)

Ações de dinamização económica local e de apoio à empregabilidade de grupos vulneráveis

Combate à pobreza

Ações/medidas de redução da pobreza infantil e dos jovens, ao nível do sistema educacional, de saúde e de integração

social

Complemento de solidariedade para crianças e jovens em situação de pobreza

Combate ao abandono escolar, garantia de acesso universal a cuidados de saude, formação de adultos, etc

Maior empregabilidade em substituição de subsídios

Criação de hortas urbanas com garantia de retorno para a sustentabilidade das famílias

Promover uma melhor vida activa no trabalho e no lazer

Politica de apoio a reformados e de manutenção de atividades profissionais e de lazer;

Adaptação das condições de trabalho (design dos equipamentos, promoção e garantir de acesso às novas tecnologias)

Adaptação de políticas de recursos humanos e práticas de trabalho; Manutenção de aquisição de competências ao longo

da vida; Manutenção de formação específica em competências tecnológicas.

Promover a inclusão social reforçando a

coesão territorial e combatendo as

desigualdades e a pobreza

Inclusão Socialtema:

PESSOASCCDR LVT

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Desenvolver programas em parceria com o IEFP que vão ao encontro das necessidades destes jovens;

Desenvolver um programa de capacitação adaptado a estes jovens e que responda aos objetivos mencionados,

envolvendo os três setores económicos (privado, público e sem fins lucrativos);

Criar uma rede de parceiros locais que trabalhem em conjunto para proporcionar soluções e oportunidades a estes

jovens;

Criar um programa de capacitação destinado aos encarregados de educação destes jovens

Aplicação das metodologias e conceitos da educação não formal (ENF), assumindo um papel preponderante na adesão

das novas gerações a modelos de participação e de aquisição de conhecimentos, nas vertentes do saber-ser, saber-fazer,

saber-estar;

Desenvolver projetos transdisciplinares que contribuam para o próprio percurso de qualificação e para a formação dos

jovens como indivíduos e cidadãos, associando a estes projetos uma dimensão de responsabilidade social e de interação

com o meio;

Incluir metodologias de educação não formal nas formações de competências transversais administrados pelo IEFP, IPSS

e outros atores que operam no terreno neste âmbito, financiados por fundos públicos. Metodologias ativas e

empoderadoras que colocam a pessoa numa situação onde reflete de forma crítica sobre a sua vida e possíveis

alterações. Utilização do Passe Jovem ou de outros instrumentos disponíveis, para iniciar processo de reconhecimento e

validação das aprendizagens desenvolvidas por jovens até aos 18 anos nos processos educativos não formais;

Implementar programas que promovam e apoiem as atividades formativas junto da população jovem das entidades e

dos profissionais com intervenção na área da juventude, privilegiando a educação não-formal, constituindo exemplo o

Programa Formar +;

Implementar projetos de proximidade que apoiem a construção de projetos de vida baseados na formação ao longo da

vida. A capacitação com base em metodologias feministas de empoderamento, é fundamental para a inclusão de jovens

mulheres de minorias étnicas e de comunidades com perspetivas particularmente patriarcais. Possuir/aplicar uma

perspetiva substantiva de igualdade de género e o mainstreaming de género nas atividades formativas de competências

transversais e de empreendedorismo;

Para uma estratégia de inclusão das raparigas ciganas no sistema de educação formal (bem como os rapazes), no sentido

de prevenir o abandono, é fundamental colocar mediadoras interculturais escolares nas escolas nos territórios com

população cigana. No sentido de promover a aceitação deste percurso considerado alternativo pela comunidade, é

necessário investir (no âmbito de atividades extracurriculares adaptadas ou projetos de proximidade) na aproximação

daquelas famílias à escola e combater o medo e preconceito, por um lado, que as famílias ciganas sentem para com a

escola e, por outro lado, que a comunidade escolar sente para com as famílias ciganas;

Incentivar ao reforço de vagas disponíveis em creches e em jardins de infância (como, por exemplo, no município do

Seixal), de modo a criar condições para que as jovens mães ciganas com idades compreendidas entre os 15 e os 30 anos

se focalizem em projetos de vida fora de casa e que os seus filhos tenham acesso e passem pelo processo de socialização

e de integração na escola e na comunidade;

Fazer campanhas de sensibilização junto das comunidades escolares e de jovens do ensino secundário, de forma a

combater o racismo institucional nas escolas, que conduz os jovens afrodescendentes e descendentes de imigrantes

habitualmente a cursos profissionais, quando reúnem condições de acesso ao ensino superior;

Implementar uma estratégia de educação sexual compreensiva e contínua sempre com linguagem e conteúdo adaptado

à idade, abordando temas como relações não violentas e igualitárias, diversidade em termos de orientação sexual e

identidade de género etc, temas que são fundamentais para uma vida afetiva e sexual saudável e igualitária. A

abordagem do trabalho entre pares nesta área é especialmente eficaz, podendo o Projeto de prevenção da violência no

namoro ‘Namorar com Fair Play’ (ação de voluntariado integrada no Programa ‘Agora Nós’) ter um impacto muito

positivo;

Reforço na divulgação e implementação de programas de voluntariado, quer a nível nacional, quer europeu (através, por

exemplo, do Corpo Europeu de Solidariedade), que se traduzam numa forma de aquisição de competências e de

benefício de pessoas e da comunidade;

Promover ações relacionadas com a experiências de participação democrática, constituindo exemplos o Programa

Parlamento dos Jovens (iniciativa conjunta da Assembleia da República, do IPDJ, Ministério da Educação e outros

parceiros), o Concurso Euroscola e o Orçamento Participativo Jovem Portugal;

Criar condições para facilitar a mobilidade urbana na margem sul (exemplo), proporcionando melhor e maior oferta de

transporte, a preços mais acessíveis e que corresponda às necessidades existentes. A rede atual e a sua forma de

funcionamento cria entraves aos jovens em geral de aceder a oportunidades de emprego/ocupação e outras;

Criar ou rentabilizar espaços (infraestruturas) já existentes que possam ser utilizados para atividades direcionadas para a

juventude, contribuindo para a sustentabilidade das associações juvenis, nomeadamente as de vulnerabilidade acrescida.

Desenvolver programas para jovens de

contextos vulneráveis, nomeadamente jovens

de bairros sociais e com baixa escolaridade

Inclusão Socialtema:

PESSOAS

Reduzir o abandono escolar em contextos vulneráveis;

Capacitar os encarregados de educação para a importância do

apoio que podem dar aos jovens para não abandonarem a

escola;

Capacitar os jovens para uma atitude empreendedora, incluindo

em todos os percursos de educação/formação conteúdos que

visem o desenvolvimento de capacidades para o

empreendedorismo e outros;

Desconstruir crenças e preconceitos muitas vezes enraizados nos

jovens de contextos mais vulneráveis;

Capacitar os jovens de competências transversais que potenciem

a empregabilidade, constituindo-se como elementos de

mudança e de desenvolvimento nas organizações que venham a

integrar;

Articular uma rede de parceiros públicos, privados e sem fins

lucrativos que proporcionem oportunidades de formação e de

emprego a estes jovens;

Aumentar os níveis de auto-motivação dos jovens de contextos

vulneráveis;

Promover projetos educativos nas comunidades, envolvendo o

movimento associativo; Reforçar e valorizar o papel das

organizações de juventude enquanto estruturas essenciais de

promoção da cidadania, no desenvolvimento de competências e

na inclusão social, garantindo a participação dos jovens nos

processos de decisão relativamente às áreas/projetos que lhes

dizem respeito;

Valorizar as aprendizagens adquiridas em contextos formais e

não formais, através de maior rigor no desenvolvimento de

processos de validação de competências;

Promover práticas inclusivas na escola, valorizando a educação

para os direitos humanos, a interculturalidade e combatendo as

formas de discriminação e de violência;

Potenciar a educação para a cidadania, como fator de mudança

e de empoderamento das comunidades; promover a reflexão

sobre práticas e experiências de participação cívica, que

contribuam para o reforço dos valores fundamentais, da defesa

do ambiente e do voluntariado;

Articular uma rede de parceiros que proporcionem

oportunidades de acessibilidade/mobilidade e de infraestruturas

direcionadas para a juventude;

IPDJ

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Rejuvenescimento da População

Valorização do potencial humano em todos os

escalões etários - o grande problema é não

aproveitar o potencial dos escalões etários mais

jovens não os educando, não os valorizando.

Tentar resolver o problema demográfico apenas

pelo aumento da taxa de natalidade e pela

emigração é insuficiente: a valorização do

potencial humano passa por valorizar os que já cá

estão (através da saúde, capacidade profissional,

etc.). A ideia é criar emigrantes cá dentro,

prolongando a vida saudável e activa das pessoas

Definição de uma política migratória

complementar às duas prioridades estratégicas

anteriores (não confundindo refugiados e

emigrantes) - valorização dos imigrantes e

"segurar" os potenciais emigrantes através da sua

valorização e da oferta de mais e melhores

serviços (saúde, educação, etc)

Aumentar a natalidade

Aumentar as taxas de cobertura da população em jardins de infância e creches públicas, acima da meta de 75% em 2030,

definida pelo Conselho Europeu de Barcelona, com acesso gratuito.

Tornar a frequência escolar obrigatória totalmente gratuita, incluindo o material didático necessário.

Aumentar o nível de empregabilidade de jovens.

Promover a conciliação entre a vida familiar e profissional.

Possibilitar a dedução integral em sede de IRS (sem limite) das despesas médicas e medicamentosas com filhos menores.

Aumentar o índice de confiança dos jovens; Criação e novas formas de incentivos à natalidade; Garantir maior

empregabilidade jovem; dar incentivos a famílias com mais de 1 filho, com direito a ficarem em casa sem perda de

emprego; incentivo à deslocalização de famílias com criação de emprego descentralizado (fora das zonas urbanas;

incentivo à agricultura familiar e sustentável; permitir o teletrabalho; Criação de creches a preços acessíveis nos locais de

trabalho;

Fixação de população jovem

Integração e capacitação dos imigrantes

Incentivos à atração e fixação da população jovem estudante estrangeira

Incentivos à atração de população jovem estrangeira qualificada

Incentivos à fixação de jovens diplomados

Incentivos à população jovem em geral (habitação, emprego, acesso a serviços, ...)

Envelhecimento ativoIncentivos ao prolongamento da vida ativa;

envolvimento em atividades valorizadoras da experiência pessoal e profissional

Atração e fixação de novos residentes

Dinamização de campanhas de promoção de Portugal enquanto país de acolhimento;

apoiar a criação e dinamização de projectos inovadores promovidos por associações de imigrantes que favoreçam a

integração no mercado de emprego, a interculturalidade e a diversidade.

Integração de população em situação de exclusão do mercado

de trabalho

Inclusão de ativos em situação de marginalidade / exclusão;

Promover, em bairros com grande vulnerabilidade social, projectos inovadores de dinamização do emprego e do

empreendedorismo, recorrendo a acções específicas de qualificação profissional, e de apoio técnico e financeiro

(microcrédito) à criação de microempresas

MigraçãoApoiar os cidadãos provenientes de regiões

em guerra

Implementar a vigilância marítima e terrestre, bem como nas

operações humanitárias de salvamento;Gestão das fronteiras externas partilhada

Plano Estratégico Regional de Sustentabilidade Demográfica. É preciso saber o que queremos fazer, ter os diferentes

agentes (desde municípios a entidades do Estado e sociedade civil) e o que é possível;

Programas Municipais integrados de apoio à natalidade e maternidade/paternidade;

Programas Municipais de imigração - atração de imigrantes (através de feiras de emigração);

Promover o Urbanismo centrado nas pessoas, orientado para a juventude e infância: creches, jardins de infância e

escolas devem estar em zonas centrais, também por uma questão "simbólica" (no centro social da cidade);

Promover um grande programa para a AML para recuperar/resgatar os habitantes dos bairros marginalizados. É preciso

resgatar as crianças e jovens para a cidadania, com mais e melhores equipamentos/cuidados (os novos emigrantes são

essas pessoas, provenientes de bairros de bairros não estruturados, não inseridos na comunidade mas com uma grande

vantagem: falam a mesma língua e têm a mesma cultura);

Promover um grande projeto com os mesmos objetivos para as áreas de baixa densidade. Nessas localidades o retorno é

menos evidente do que na AML (que tem um grande potencial demográfico de juventude marginalizada) devido ao

esforço necessário para resgatar estas populações.

Comentários:

Rejuvenescimento da população é a grande prioridade para 2030. Palavra chave é INTEGRAÇÃO.

O aumento da natalidade e imigração enquanto fatores de rejuvenescimento da população são muito difíceis de conseguir.

É necessária uma política migratória complementar. Não podemos ficar à espera que os refugiados se transformem em imigrantes. Esta política deve ser complementar das outras duas prioridades (Rejuvenescimento e Valorização).

O domínio de intervenção das autarquias deve ser essencialmente na esfera social.

Os habitantes dos bairros marginalizados são os “novos imigrantes” com grandes vantagens face aos estrangeiros: já conhecem a língua, a sua integração é mais fácil.

tema:

PESSOAS

Sustentabilidade

Demográfica &

Migração

CCDR LVT

Inverter a tendência demográfica regressiva

Alargamento da população ativa

Jorge Gaspar

O primeiro e grande objetivo será o enriquecimento do país. "As

gentes são o novo ouro". É preciso mais gente, mais qualificada e

com mais e melhor saúde;

Incremento da taxa de natalidade;

Aumento da oferta pública de Creches e Jardins de Infância

mormente por iniciativa municipal. Um dos domínios das

autarquias deve ser o social;

Melhorar a qualidade do enquadramento da natalidade e da 1ª

infância. A diminuição da taxa de mortalidade infantil foi muito

importante. Só falta cuidar das crianças;

Prolongar a vida ativa dos cidadãos (não é dilatar a idade da

reforma, mas torná-los mais ativos após essa etapa);

Atração de imigrantes mais jovens com melhores qualificações e

melhor facilidade de integração;

Reforço das comunidades locais e da identidade local (maior

coesão pela identificação territorial das populações nos bairros,

freguesias, etc).

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MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS

tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

As Cidades como laboratórios de

conhecimento

Criar comunidades sustentáveis em cidades criativas, com base

no modelo do relacionamento humano.

Criar espaços urbanos de trocas de pequena e média escala, com serviços de proximidade ao invés de modelos de grande

escala dependentes de sistemas de complexidade pouco flexíveis às mudanças.

Para que esses modelos se possam efetivar é necessário um modelo de planeamento com base na partilha de recursos,

onde os poderes públicos colocam à disposição da comunidade um conjunto de serviços, que devem ser usados por

todos de acordo com as necessidades. As cidades criativas de inovação são cidades onde os poderes públicos

desenvolvem uma economia que privilegia a gestão do bem-comum, que inverta as economias de posse e de

propriedade que caracterizou o século XX. É necessário criar alternativas sociais, com base em relações pacíficas, com

respeito pela dignidade humana, e ações de promoção da solidariedade e da equidade, e, do ponto de vista ambiental,

de uma alternativa urbana que passa por um outro modo de relação com a natureza com base na compreensão dos seus

limites e na sua biodiversidade.

Universidade

Lusófona

Segurança de pessoas e bens Prevenção de crimes através do design ambiental.

Envolvimento da PSP no quadro da construção e implementação urbanística, considerando a cada vez maior necessidade

de envolvimento da mesma em pareceres de segurança devido ao impacto que muitas construções, aberturas de

estabelecimentos e outros tipos de edificação (como são exemplo os pavilhões e outros complexos desportivos, as

estações ferroviárias, os interfaces transportes, etc.) podem ter na segurança, mobilidade e qualidade de vida dos

cidadãos em geral e dos utilizadores em particular.

PSP Comando

Metropolitano

Lisboa

Território

Desenvolvimento equilibrado do território com acção orientada

para a supressão das assimetrias e desigualdades dentro da

região.

CGTP-IN

Reforçar e qualificar a capacidade polarizadora da LVT enquanto

Grande Arco Metropolitano de Lisboa

Aumentar a atracção internacional de Lisboa

Reforçar as funções nas aglomerações urbanas estruturadoras

Contrariar a tendência de alastramento da urbanizaçãoRe-orientar as procuras urbanas para a reabilitação de áreas urbanas existentes

Reforçar e diversificar a oferta de áreas infra-estruturadas para actividades económicas

Racionalizar e nuclear a edificação nas áreas rurais

Consolidar e valorizar os aglomerados rurais

Contrariar a edificação dispersa

Promover um povoamento rural nucleado e estruturado

Criação de um ambiente de open data Infraestrutura de dados abertos de Lisboa e Vale do Tejo

Infraestrutura de dados abertos: directório, ponto único de acesso aos dados. Cada entidade gestora de dados mantem

a posse e a gestão desses dados para garantir a sua actualização constante. Num ambiente open data, os dados públicos

estão disponíveis (são passíveis de ser utilizados de forma automática em processos de tomada de decisão - dados em

formato machine readable, que possam ser usados sem qualquer custo por entidades públicas e privadas e respeitando

as questões de privacidade e segurança).

Inteligência colectiva activa e passiva: os cidadãos estão disponíveis para dar informação e participar (inteligência

colectiva activa) e integração de dados que estão a ser capturados e não estão a ser utilizados (inteligência colectiva

passiva).

tema:

TERRITÓRIO

Sistema urbano

Aposta num modelo territorial de

desenvolvimento que se aproxime dos

princípios da cidade compacta (maior

aposta na multi funcionalidade enquanto

oferta conjunta de localizações de

residência, trabalho e serviços, maior

importância atribuída à reabilitação e

qualificação dos espaços construídos

existentes, contenção do crescimento

urbano extensivo, etc.) e da polinucleação

(complementaridade interna, emergência

de novas centralidades, organização mais

sistémica)

CCDR LVT

Territórios

InteligentesMiguel Castro

Neto

Comentários:

Vive-se numa realidade em que tudo dá origem a silos de informação que, por não estar ligada ou partilhada, não cria valor. Daí a necessidade de uma aposta efetiva de transparência e dados abertos. Só com uma visão partilhada e

integrada será possível evoluir para um território inteligente. Uma região inteligente não resolve os problemas de forma sectorial; resolve-os de forma holística e integrada, alterando a forma como se gere e planeia o território.

O verdadeiro desafio é conseguir gerir as questões urbanas (mobilidade, iluminação pública, etc) cruzando a informação de várias áreas. Partindo-se desta ideia - plataforma comum e partilha de dados - altera-se a forma de planear

e gerir o território.

Benefícios de um ambiente open data:

- maior transparência;

- maior envolvimento dos cidadãos;

- melhores serviços (mais eficientes);

- alanvancagem de novos modelos de desenvolvimento económico.

Há iniciativas relevantes em Portugal neste âmbito: o portal dados abertos de Lisboa, o portal dados abertos de Cascais, o portal de dados abertos do governo. Há também um portal de dados abertos europeu.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Descarbonização da Economia

Mobilidade Inteligente (enquanto inclusiva e sustentável), tendo

em vista o aumento da quota dos transportes públicos nas

deslocações pendulares, particularmente na AML. Para isso, é

preciso torná-los mais atrativos e eficientes

Dotar todas as estações de Metropolitano de elevador até à superfície

Renovação/substituição (progressiva) das frotas de autocarros urbanos e suburbanos para veículos com função

"kneeling "

Reservar uma cabine/acesso às portagens na Ponte 25 de Abril, nas horas de ponta, para veículos elétricos (ligeiros e

motociclos)

Entidade Metropolitana de gestão da Mobilidade, independente dos municípios e dos operadores

Ações efetivas de restrição ao estacionamento nas cidades, incluindo sensibilização dos organismos públicos a não

oferecerem lugares de estacionamento

Capacitação do processo de decisão Melhorar o conhecimento sobre o território Plataforma única de acesso aberto de dados sobre a região (análises estatísticas, metabolismo de fluxos, etc)

Potenciar a competitividade das redes urbanas Fortelecer o papel das cidades médias, com base no seu potencial endógeno e na diversificação da sua base económica

Projetar externamente a região a partir da faixa atlânticaAproveitar o potencial geográfico e económico da região e valorizar e explorar as potencialidades do território

Promover a atratividade do território

Criação de redes para atração de investimento e capital humano

Apoio à internacionalização das empresas

Apoios a clusters de I&DT

Incentivo à captação de novos talentos

Desígnio: Região de Lisboa, a mais

inovadora e autêntica da Europa.

- Inovadora: a inovação é a articulação de

conhecimentos e cultura, daí que a

plataforma giratória e o cadilho de

culturas que é Lisboa dão condições

excecionais para a inovação. É por essa

razão que Lisboa é tão atrativa - é uma

cidade diferenciada e cosmopolita. Em

termos de inteligência, a nossa identidade

cultural e herança histórica são críticas

para fazer a diferença.

- Autêntica: temos identidade e

património cultural, humano,

gatronómico, social. Nesse campo somos

riquíssimos.

Cidadãos "inteligentes" (combate à info-exclusão). É o cidadão inteligente que faz o território inteligente, é o território

inteligente que faz a região competitiva e é a região competitiva que torna o país viável;

Segurança informática;

Criação de standards e normas: é necessária uma infraestrutura digital para o país.Portugal tem a dimensão ideal para

ser um caso de sucesso na criação de um território inteligente;

Projecto agregador de Portugal face ao mundo: Portugal e a língua portuguesa têm de se constituir como referencial

(elemento de território inteligente);

Regeneração: regulação económica e moderação do mercado com oferta pública de arrendamento a preços controlados

e instrumentos de regulação económica eficazes, mesmo ao nível das normas de construção;

Ultrapassar o formalismo patológico e chegar à materialidade benévola. Atualmente, a lei é maioritariamente uma força

de bloqueio, um fim em si mesmo, abandonando a sua função de instrumento para o desenvolvimento. É necessário o

regresso do bom-senso através de uma mudança cultural.

A organização do país na ótica da competitividade para com o exterior e não entre as regiões não é na ótica de rivalidade com Espanha. É na ótica de ligação com a Europa e com o mundo. As fronteiras, com a digitalização, são

irrelevantes. Felizmente, somos um país atrativo. A questão demográfica não será uma tragédia para Portugal porque Portugal vai ser um país de acolhimento e conhecimento (cultura, clima, segurança).

A regeneração vai além da reabilitação. E vai até à ruralidade, onde são necessárias poíticas de ruralidade, de baixa densidade. Isso implica investir nas redes de telecomunicações, porque é fácil convencer pessoas a deslocalizarem-

se para o interior, onde há boa qualidade de vida, desde que haja também boas redes de telecomunicações. É necesária uma remodelação do mercado, com políticas públicas de oferta de arrendamento e instrumentos de

regulação económica eficazes.

Territórios

Inteligentes

Reabilitação dos centros históricos: são a zona mais relevante para regeneração em termos de eficiência e custos de transporte (infraestruturas estão feitas e são zonas de aglomerações de população). Abandoram-se os centros

históricos porque durante 30 anos os fundos comunitários financiaram sobretudo a expansão urbana. Mas agora terá de haver abate de infraestruturas e construção em áreas não sustentáveis. O desafio agora é fazer com que a

reabilitação e regeneração não se limite a Lisboa e Porto e se expanda para todo o território e o instrumento para tal é o alojamento local (que terá de ser facilitado, e não bloqueado pelo estado: se se começarem a introduzir

quotas, o que acontece é a sovietização do mercado: a quota passará a valer mais do que o próprio ativo). A via é a regulação económica e moderação do mercado com oferta pública de arrendamento a preços controlados (em vez

de impor quotas ou estabelecer obrigações adicionais). Se se matar o arrendamento local em Lisboa, mata-se no resto do país: é necessário ter instrumentos de regulação económica eficazes, mesmo ao nível das normas de

construção.

O que acontece se tivermos territórios não inteligentes e se não existir regeneração urbana?

- se não se tiver territórios inteligentes, ou seja, cidadãos inteligentes e estruturas governativas eficientes, tem-se uma ausência de estado. Hoje, num contexto de concorrência global, todos concorrem com todos. Se não tivermos

inteligência (educação), o estado desaparece. O movimento atual de digitalização económica é um movimento de desintermediação; se o intermediário (estado) não se adaptar, desaparece. No modelo anterior o estado era

intermediário quando era necessário ter a decisão pública. Hoje, se o estado não se adapta e não toma as medidas essenciais para tornar o setor privado mais competitivo e mais capaz, desaparece;

- sem regeneração urbana efetiva, as cidades implodem, não têm centro. Sem política de agregação e eficiência ao nível do centro, passamos a ser meros satélites.

tema:

TERRITÓRIO

CCDR LVT

Competitividade dos territórios

Territórios

Inteligentes e

Regeneração Urbana

Carlos Lobo

Comentários:

Territórios inteligentes e regeneração urbana porque não há nada mais inteligente do que a regeneração nem nada mais regenerativo do que a inteligência. Falar de território inteligente é falar da diferenciação, da vertente cultural.

A identidade atual passa pela regeneração, reabilitação e regeneração rural.

No conceito de smart city, não é a cidade que é inteligente, é a região. A cidade é o centro da região: há uma cidade-estado e uma região que se lhe agrega.

Lisboa não é capital da região de Lisboa. É capital da região Portugal, que é uma região média à escala europeia. Todas as regiões portuguesas necessitam de um pólo agregador sólido, que é região de Lisboa, que vai até ao Porto.

Criaram-se fronteiras internas que não fazem sentido.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Contração das tendências pesadas

promotoras do modelo urbano extensivo

Reajustar a dimensão das áreas urbanas ainda não ocupadas à

procura;

Aposta no crescimento para dentro (integração de áreas

abandonadas);

Promover modelos de ocupação eficiente dos recursos.

Regeneração dos aglomerados urbanos na

prossecução da sustentabilidade

A intervenção pública tem de ser balizada pela defesa da função

colectiva e social na cidade - sem isso não haverá possibilidade

de equidade e de sociedades inclusivas;

Alargar as ações de regeneração a toda a cidade (centros

históricos, áreas consolidadas, áreas urbanas recentes - muitas

delas já nascem envelhecidas);

Centrar as intervenções valorizando os conceitos associados à

sustentabilidade (densificação, policentrismo, mobilidade

eficiente, etc.);

Assumir discriminação positiva para a qualificação de áreas

sombra (áreas tradicionalmente secundarizadas tais como

territórios próximos dos limites administrativos dos concelhos

que são sempre áreas mais esquecidas do ponto de vista urbano,

áreas de génese ilegal que ainda estão longe de serem

reconvertidas, bairros sociais, ...);

Promover a identidade urbana como âncora da cultura do

território: internalizar no cidadão a exigência e co-

responsabilidade;

Apoio e incremento dos sistemas alimentares de proximidade.

Integração da habitação como uma

componente central e política urbana

Enquadramento da habitação no desenvolvimento estratégico

de cada município;

Retomar o princípio de fazer a cidade com habitação. Nas

últimas décadas só se tem construído edifícios, não se tem feito

cidades;

Acautelar a vulnerabilidade da função habitacional que está

sujeita à captura por usos com maior rentabilidade (alojamento

local);

Necessidade de promover a diversificação da oferta habitacional

para diferentes segmentos da procura : jovens, idosos, etc.;

Integrar a intervenção pública no mercado do arrendamento

acessível.

Qualificação Urbana dos Centros Cívicos e Históricos

Promover a dinamização funcional dos centros históricos e cívicos através da definição e implementação de uma

estratégia integrada que consolide estes espaços como âncoras do desenvolvimento do Turismo Cultural da LVT

Promover a revitalização das funções residenciais nos centros históricos e cívicos, dinamizando operações de renovação

e de reabilitação do edificado e estimulando o mercado de arrendamento

Desenvolver operações de reabilitação urbana nos centros históricos e cívicos da LVT dirigidas à reabilitação do edificado

e à qualificação das infra-estruturas, dos equipamentos e dos espaços verdes e de utilização colectiva

Promover a aquisição e a reabilitação de alojamentos nos centros históricos e cívicos de forma a integrarem bolsas de

arrendamento público de âmbito municipal destinadas a jovens, estudantes estrangeiros e a agregados familiares

socialmente desfavorecidos e a respostas de emergência para situações pontuais de carência económica

Reconversão de vazios urbanos

Mapeamento dos vazios urbanos: áreas industriais abandonadas, áreas sem uso ou com usus obsoletos, enquanto

espaços potenciais de crescimento e/ou reconversão funcional

Incentivos à discriminação positiva de investimentos em vazios urbanos

tema:

TERRITÓRIO

Regeneração urbana e

habitação

São necessárias mudanças estruturais:

a) nos processos de planeamento: valoriza-se muito a elaboração do plano mas pouco a implementação deste. Por outro

lado, a morosidade na elaboração dos planos entra em contradição com as dinâmicas da própria cidade. Os resultados

têm de ser mensuráveis logo, naturalmente, é necessário associar objetivos a ações e metas calendarizáveis e

monitorizáveis. A monitorização continua a ser prática residual da Administração Pública (AP) a todos os níveis. Os dados

não são tratados.

b) nos instrumento de planeamento: os instrumentos são pouco eficientes face às dinâmicas instaladas. O PDM não tem

escala ajustada à gestão urbana, da regeneração urbana. Há instrumentos previstos para a execução, mas têm aplicação

residual: programação operativa, periquação, direito de preferência, etc. Seria interessante averiguarmos qual a

dimensão da aplicação, qual o efeito uma vez aplicado. Também seria necessário a territorialização das políticas em

função das necessidades efetivas dos vários territórios e vez de "martelar" as orientações superiores.

c) na atuação da Administração Pública: deve ser balizada com a preocupação central de "fazer acontecer" as mudanças

no território no sentido da qualificação. A AP é fundamental para salvaguardar a equidade e a coesão territorial e deve

também ter uma intervençao e atitude exemplar e pedagógica. Os processos devem ser marcados pela transparência e

cumprimento dos timings. Outro ponto fundamental é a cooperação entre entidades públicas, por exemplo na área da

reabilitação urbana entre câmaras, conservatórias, finanças, etc., cooperação que não existe. É necessária também a

gestão tradicional casuística e burocrática dos processos, que se apoia na receção, verificação de conformidade e na

aprovação ou rejeição dos processos. Este método está ultrapassado quando se lida com atores económicos exigentes,

muito pró-ativos, com grande capacidade técnica e que rapidamente conseguem ultrapassar as limitações da

administração.

É necessário uma gestão pró-ativa, partilhada, com a mobilização dos intervenientes no desenho das soluções,

construção de compromissos, construção de prioridades e atuação por antecipação perante sinais de mudança. Isso faz-

se com reforço do urbanismo operacional e monitorização sobre os próprios instrumentos e a sua aplicabilidade e

resultados.

Margarida Pereira

Comentários:

Quatro pressupostos de partida para a reflexão:

- dependência do investimento público relativamente aos fundos estruturais; - declínio demográfico, que vai afectar todo o país; - ocupação urbana extensível e fragmentada e degradação do consolidado (primiero ciscunscrito ao

centro histórico mas actualmente também no consolidado recente). A crise veio pôr a nu outras realidade com as quais temos tido dificuldade em lidar: áreas urbanas com capacidade de edificabilidade muito superior às

necessidades, fragmentos urbanos na periferia sem vivência urbana, sub-utilização massiva de equipamentos e infraestruturas com custos brutais; declínio de áreas consolidadas pontualmente contrariadas por intervenções

públicas; - a habitação, direito constitucional, nunca foi prioridade do Estado. Hoje, o modelo adoptado levou a dificuldades sérias de acesso à habitação por parte da população mais vulnerável.

O grande desafio para a terceira década deste século é uma administração de terceira geração apostada em premiar o bom desempenho quer da própria administração, quer dos vários atores do território.

Regeneração Urbana Requalificação das Cidades CCDR LVT

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Promoção de alterações estruturais nos edifícios policiais de modo a torná-los mais sustentáveis e “amigos do

ambiente”;

Implementar um conjunto de alterações comportamentais nos polícias/funcionários através de campanhas de

sensibilização dirigidas a este grupo-alvo de modo a incrementar boas práticas e redução de comportamentos de risco

ambiental.

PSP Comando

Metropolitano

Lisboa

Renovação custo-eficiente;

Automatização de edifícios e sistemas de controlo;

Infraestrutura para «e-mobilidade»;

Indicador de inteligência para avaliar maturidade tecnológica do

edifício;

Ligação financiamento público para a renovação e certificados

de desempenho energético.

Promover o aumento da eficiência energética na reabilitação do edificado, utilizando como

métrica a classe energética obtida na certificação energética de edifícios e procurando que os

edifícios atinjam classificação “A” ou “A+” após intervenção;

Assegurar que as intervenções realizadas sobre componentes específicas dos edifícios, como

janelas, paredes, coberturas, elevadores, etc. tenham como referência as melhores classificações

da respetiva etiqueta de desempenho energético europeia ou voluntária, conforme aplicável;

Adotar o padrão NZEB (Nearly Zero Energy Building) como requisito para a construção de

novos edifícios e promover a utilização do mesmo nas grandes intervenções sobre edifícios

existentes;

Dotar os edifícios de equipamentos que facilitem a gestão da procura de energia e a

implementação de soluções para a utilização inteligente de energia.

Requerer a infraestruturação para o carregamento de veículos elétricos dos novos edifícios e

dos edifícios objeto de grande intervenção.

ADENE

Habitação como instrumento de desenvolvimento integrado dos territórios:

- planos estratégicos com sentido, foco e que incorporem uma diversidade de soluções;

- maior cooperação uns com os outros e não uns contra os outros;

- capacitação de massa crítica e competências (não se pode pedir o envolvimento da administração local nestas matérias

se não existir massa crítica e competência por parte dos atores).

Habitação como instrumento de desenvolvimento económico e responsabilidade societária:

- promoção e procuras em regime de mix social com viabilidade social, económica e financeira;

- responsabilidade societal associada a tudo o que é promoção ou gestão do quadro público (acessibilidades,

condicionantes de mobilidade, questões ambientais, etc.) e a estabilidade de um quadro estratégico, fiscal, de incentivos

e investimentos públicos ou privados.

Acessibilidade da habitação:

- eliminação dos "complicómetros" administrativos e pre-conceitos . Pensar de forma integrada o desenvolvimento do

país e território implica pensar em toda a habitação e não apenas na habitação social;

- inter-operabilidade entre ofertas e mercados. A dificuldade em gerir o território advem do facto de se lidar com

mercados segmentados (habitação classe alta, turistas, etc) e é por essa razão que existem imensas carências ao mesmo

tempo que se tem um parque habitacional em parte vazio;

- acesso à informação por parte da procura: apesar de ser um bem estrutural, não há informação disponível e apoio para

lidar com as questões da habitação.

tema:

TERRITÓRIOHabitação

Melhorar o desempenho energético dos

edifícios

Habitação de acesso universal e segurança

no acesso a uma habitação adequada às

necessidades

Habitação como instrumento de

desenvolvimento integrado dos territórios

Habitação tido como ativo e como

instrumento de desenvolvimento

económico e responsabilidade societária.

Construir maior segurança no acesso universal a uma habitação

adequada às necessidades.

Desafios para os providers:

- assegurar que a arquitetura das operações (técnica, financeira,

ambiental) de adaptabilidade e reabilitação dos ativos existentes

é feita de forma rentável mas também com atenção aos valores

atuais;

- assegurar equilíbrios resistentes à volatilidade dos mercados e

decisões políticas no que diz respeito aos financiamentos,

recusos e rentabilidades;

- assumir o parque habitacional como um ativo de interesse

societal. Isso significa que público e privados terão de olhar para

esse ativo como algo que tem responsabilidade de contribuir

para uma maior coesão social e territorial e desenvolvimento

económico.

Desafio para os decisores e políticos: integração territorial das

soluções.

Sentido estratégico para um desenvolvimento integrado. A

estratégia deve reunir-nos num sentido para a ação, que deve

ser claro para reunir vontades e permitir que cada um encontre

o seu papel.

Fazer acontecer as coisas em tempo útil.

Maria João Freitas

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Eliminar os alojamentos não clássicos

1. Revitalizar os processos de realojamento das populações residentes em alojamentos precários, privilegiando

modalidade de alojamento que potenciem a integração social, aproveitem o parque habitacional disponível e promovam

a revitalização demográfica de áreas em perda e envelhecidas

2. Realojar as famílias residentes em alojamentos não clássicos, privilegiando a ocupação de alojamentos familiares

vagos, utilizando o leque de instrumentos de oferta de habitação a custos controlados

3. Adoptar mecanismos de fiscalização e de resposta rápida relativamente ao aparecimento e recrudescência de focos de

Barracas

Regenerar de forma integrada os bairros de habitação social

1. Definir uma estratégia de regeneração urbana para cada um dos grandes conjuntos de habitação social que considere

a sua requalificação física, a revitalização económica e a qualificação social, promovendo uma maior diversidade

socioeconómica da população residente de forma a que estes espaços se constituam efectivamente como plataformas de

inclusão

2. Desenvolver uma gestão mais eficaz e participada do parque público, monitorizando as formas de ocupação e a

adequação dos alojamentos às especificidades dos agregados, assegurando uma cobrança efectiva das rendas,

responsabilizando os inquilinos em matéria de conservação do locado e dos espaços comuns dos edifícios

3. Promover a monitorização contínua do edificado público degradado, de modo a definir e ajustar com celeridade os

mecanismos de conservação do parque habitacional

4. Desenvolver programas estratégicos integrados de parceria técnica e financeira entre o IHRU e as Câmaras Municipais

para a reabilitação de grandes conjuntos de habitação pública

Investir na reabilitação urbana em detrimento da construção

nova para habitação

1. Promover a reabilitação do parque habitacional em coerência com os diferentes instrumentos de ordenamento e de

planeamento municipal e com a política social dos municípios, estimulando a regeneração e a revitalização dos espaços

urbanos consolidados

2. Promover a monitorização contínua do edificado privado degradado, de modo a definir e ajustar com celeridade os

mecanismos de reabilitação do parque habitacional

3. Desenvolver operações de reabilitação urbana nas áreas de reabilitação prioritária identificadas

4. Incentivar a reabilitação do parque habitacional privado, utilizando os vários programas e mecanismos financeiros

previstos na legislação, de âmbito nacional, nomeadamente o Jessica

5. Promover a dinamização do arrendamento urbano, estimulando a reabilitação de alojamentos, em especial os

devolutos, para arrendamento

6. Desenvolver mecanismos de gestão articulada do parque habitacional privado e dos programas públicos, utilizando a

oferta disponível como resposta ao arrendamento com apoio público

Dinamização e Diversificação da Oferta de Habitação a Custos

Controlados

1. Prever, no âmbito dos PMOT, a adopção de mecanismos de contrapartida que permitam o acesso ao mercado de

habitação por parte de grupos com menor solvência.

2. Promover a elaboração de Programas Locais de Habitação para todos os municípios , identificando as necessidades

habitacionais no concelho, estabelecendo objectivos de médio prazo e definindo as formas de actuação articulada dos

diversos instrumentos de política

3. Promover a criação de bolsas de alojamento público municipal para arrendamento / aquisição, preferencialmente

através da aquisição de imóveis devolutos disponíveis no mercado, e a sua reabilitação

4. Promover, em parceria, a criação de novos estímulos – financeiros, fiscais, organizacionais e de capital de confiança –

dirigidos aos proprietários que pretendam colocar fracções no mercado de arrendamento social

Reabilitação do parque habitacional

Combate ao abandono dos centros urbanos, recuperação de

imóveis abandonados e combate à especulação imobiliária,

permitindo que jovens e famílias menos favorecidas tenham

acesso a habitação no centro das cidades

Através da recuperação e colocação no mercado a preços controlados, de imóveis devolutos pertencentes à

administração central, regional ou local.

Promover habitação acessível e adequadaGarantir acesso universal à habitação

Preparar a habitação para o envelhecimento da população

Incentivos à oferta de habitação no centro da cidade a preços acessíveis (arrendamento e venda)

Política de habitação com regras que assegurem as necessidades ao longo da vida.

tema:

TERRITÓRIOHabitação

Melhorar as condições e acesso à

habitação

CCDR LVT

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Políticas urbanas orientadas para a qualificação ambiental.Aposta efetiva na concentração urbana, contrariando o movimento de expansão, enquanto instrumento de racionalidade

na utilização dos recursos e de melhores condições para acesso a serviços públicos.

Redução da vulnerabilidade aos riscos sísmicos e às alterações

climáticas (adaptação) no que se refere à subida do nível do mar,

cheias e abastecimento de água.

Intervenção das entidades públicas no plano das infraestruturas e da regulação (instrumentos de ordenamento do

território e meios de fiscalização).

Reforço de soluções de mobilidade sustentável.

Alternativas menos capital intensivas e com menores impactos em termos de financiamento. Aposta nos serviços “on

demand ” no transporte coletivo para determinadas funções e territórios (urbanos e suburbanos), complementarmente

ao investimento em novos parques de estacionamento junto dos corredores de acesso a Lisboa configura-se como uma

tipologia de solução a ser promovida.

Criação de instrumentos de política de desenvolvimento regional ao nível económico, com um plano de ação que possa

compreender ações que no campo dos incentivos financeiros possam prever, por exemplo:

(i) Criação de planos estratégicos inspirados na estrutura "DLBC" orientados para a promoção da inovação e

desenvolvimento científico-tecnológico diretamente ligados aos PCT para estimular a incubação, apoiar pequenos

investimentos das empresas em I&D e inovação e qualificar os recursos humanos;

(ii) Criação de avisos de concursos específicos para empresas localizadas nos PCT da região;

(iii) Atribuir majoração na avaliação dos projetos das empresas localizadas nos PCT da região.

Ao nível fiscal: ação concertada ao nível dos encargos diretos sobre a atividade da empresa no que ao IRC, IVA e

Segurança Social diz respeito, bem como uma política de suporte à criação e manutenção de emprego com uma política

específica ao nível do IRS dos funcionários dessas empresas instaladas nos PCT da região.

Qualificar para ampliar a capacidade de resposta:

(i) Criação de condições para apoiar a qualificação das empresas instaladas nos PCT e dos seus quadros em temas

específicos, de modo a ampliar a capacidade de resposta e antecipar;

(ii) Qualificação das infraestruturas atuais.

"Contrato Programa" suportado numa estratégia e respetivo plano de ação, desenvolvidos, geridos e monitorizados

pelos Parques.

Reduzir as desigualdades entre os países e regiões mais ricos e

mais pobres; Reduzir o abismo entre Norte e Sul;Criar projectos transnacionais que garantam a sustentabilidade

Apostar na internacionalização da AML

através da (re) qualificação das funções

desempenhadas à escala nacional, ibérica,

europeia e mundial, construindo

vantagens competitivas duradouras

através de escolhas pragmáticas e

especializadas

Aumentar a sua capacidade de gerar e atrair actividades de

maior valor acrescentado, geradoras de melhor inserção na rede

das Metrópoles europeias

Fumentar a conectividade internacional, a disponibilidade e a atracção de recursos humanos qualificados e criativos e a

existência de um clima de negócios atractivo à escala mundial

Melhorar as ligações supraregionais e

internacionaisReforçar a conectividade interna e externa

Consolidação das infraestruturas chave da conectividade internacional da Região – portos, aeroportos, plataformas

logísticas, telecomunicações e modos de transporte terrestre

Sinergias Urbano-Rurais

Promover uma estratégia global e integrada para os espaços rurais, que valorize e incentive sinergias multi-sectoriais, no

quadro de uma civilização pós-carbono, e que atenda aos desafios da produção alimentar e às soluções de proximidade

face aos mercados consumidores.

Maior valorização dos recursos endógenos Distinguir projectos e propostas de inovação com a respectiva aplicabilidade em casos concretos

tema:

TERRITÓRIO

Competitividade

Internacional

Promoção da Competitividade do

TerritórioAPA

(i) Criar condições de atração e fixação de investimento;

(ii) Estimular a interação entre o sistema de I&I e as empresas;

(iii) Qualificar para ampliar a capacidade de resposta. Promover a competitividade e coesão no

Território da RLVT

Os recursos endógenos enquanto

elementos valorizadores e diferenciadores

dos vários "Territórios"

TAGUSVALLEY

CCDR LVT

Competitividade

Internacional (deve

articular com o

Sistema Urbano)

Competitividade dos

territórios

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Premiar quem é mais competente e mais qualificado em vez de penalizar quem é menos competente e menos

qualificado.

Relativamente à especialização: a nossa especialização contrasta com a de todos os outros países europeus. Temos um

conjunto significativo de recursos afectos a actividades que recuam (não aumentam geração de valor nem emprego).

Portugal é o país da UE com maior especialização em mercados que não crescem. Temos demografia e especialização

regressiva e internacionalização insuficiente e curta no espaço europeu.

O governo português tem a responsabilidade de abrir um debate na europa sobre o facto da utilização dos fundos

estruturais acabar por colocar as empresas europeias a competir entre si, em vez de melhorar a competitividade extra-

comunitária.

Tem de ser feito um combate pela actualização das regras que permitem incentivar a competitividade não-custo. É

preciso ter o sistema organizado não para comprar máquinas, mas para aumentar a investigação, inovação, qualidade,

segurança, diferenciação, etc. As regras estão enviezadas do ponto de vista do estímulo ao capital intangível. Temos

margem de manobra para fazer muito melhor à escala nacional e temos de promover um combate à escala europeia

para favorecer a lógica do capital humano e capitalização intangível.

A ideia de que as desigualdades em Portugal são enormes e que a diferença entre Lisboa e as outras regiões é abissal, é uma ideia errada.

É em Lisboa que se ganha ou se perde a convergência da economia portuguesa. Penalizar Lisboa é uma erro e irá penalizar todo o país.

Não se converge nivelando por baixo.

tema:

TERRITÓRIOCompetitividade

Competitividade baseada na criação de valor e na conquista de mercado (competitividade não-custo).

Portugal não tem um problema de competitividade-custo, onde melhorou. O problema é de

competititvidade não-custo, naquilo que as empresas acrescentam àquilo que adquiriram. A competitividade

aumenta pelo aumento da qualidade dos bens e serviços e da qualificação das pessoas que trabalham.

Internacionalização mais equilibrada e mais activa.

Coesão baseada no ganho de riqueza.

Reforma dos fundos de coesão que necessitam de melhorar a relação entre regiões e resolver o problema

das convergências nacionais relativamente às convergências regionais: reforçar a interação entre as regiões

mais desenvolvidas e as menos desenvolvidas, promovendo a inovação dos investimentos estratégicos em

inovação, I&D, ciência, educação, e nas infraestruturas.

Territorialização das políticas públicas: a territorialização das políticas públicas não se faz apenas pela disputa

pelo orçamento dos fundos estruturais e afectação às regiões. A territorialização tem que se basear em fazer

em cada território o que faz sentido fazer nesse território, e não fazer o mesmo em todos (valorização da

diferenciação nas modalidades de vida, capacidades produtivas, etc).

Augusto Mateus

Comentários:

A longevidade de Portugal como país da coesão e convergência pode-se explicar por uma racionalidade de factores externos à política comunitária de coesão e convergência:

- A coesão territorial não pode ser pensada num sistema fechado, tendo em conta apenas as regiões portuguesas, sob o risco de sub-desenvolver a região mais desenvolvida. Hoje, o choque do alargamento da UE está ganho:

reduziu-se claramente a diferença entre os países;

- Na convergência sigma (dimensão da variação da dispersão na distribuição do rendimento per capita na UE, países e regiões) verifica-se um fenómeno, aprofundado pela crise, de convergência à escala nacional e divergência à

escala regional (mais forte ao nível das NUTIII do que ao nível das NUTII). A Europa evolui com coesão territorial ao nível das economias nacionais e sem coesão territorial ao nível das regiões, o que significa que existem modelos de

desenvolvimento que permitem que um país convirja mercê apenas do desempenho de uma ou duas regiões desse país. Este é o desafio actual: as diferentes formas de convergência na UE;

- É necessário comparar o que é comparável: comparar regiões com níveis de desenvolvimento muito diferentes entre si não faz sentido. Cada região tem que ser comparada, não com a média das outras regiões, mas sim com o

"clube" de regiões com convergência similar à escala europeia (recursos endógenos, funções na coesão interna, etc. ). Dessa análise conclui-se que que a região portuguesa que teve pior desempenho entre 2000 e 2015

relativamente ao seu clube de convergência foi Lisboa, que perdeu 12 pontos. Todas as outras regiões portuguesas tiveram um bom desempenho. Em conclusão, não se pode pensar em competitividade e coesão escúrias

(competitividade não baseada na criação de valor e na conquista de mercado, apenas na redução de custos e coesão baseada na perda de população e não por ganho de riqueza).

As políticas e escolhas que têm sido feitas no caso português, a nossa desmesurada preocupação pela dispersão dos fundos ou o desajustado afastamento da selectividade e concentração de recursos, têm conduzido a desvalorizar

drasticamente o que é o contributo daquilo que tem mais capacidade de gerar riqueza e investimento, qualificação, etc, para trabalhar para um país mais competitivo, mais forte e mais coeso;

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Os objetivos e as prioridades estratégicas passam pela

compreensão do estado da economia portuguesa, que se

encontra num processo de transição com três áreas críticas para

ação:

- aumento cumulativo da produtividade-valor: é necessário

trocar o primado do "mais" pelo primado do "melhor". Os

principais problemas da economia portuguesa são sobretudo de

posicionamento nas cadeias de valor que fazem sentido na

resposta à procura das empresas e consumidores;

- desenvolvimento de novos fatores competitivos no terreno da

competitividade não-custo. É necessário combinar de forma

específica os processos de inovação e diferenciação indutores de

maior valor acrescentado reconhecendo que importa alargar e

sistematizar organicamente um vasto conjunto de iniciativas

colaborativas de adoção, adaptação e desenvolvimento

tecnológico utilizando o conhecimento, a cultura e a criatividade

para produzir bens e serviços transacionáveis e diferenciados;

- necessidade de intensificar uma atividade participativa na

globalização: é necessário afetar prioritariamente os recursos às

atividades de bens e serviços transacionáveis com a redução do

conteúdo importado das exportações e um aumento da

capacidade nacional de satisfação da procura interna,

reconhecendo que a reorientação da economia portuguesa para

fora tem que ser feita a partir de dentro, ou seja, constitui uma

prioridade decisiva a reorientação da economia portuguesa para

fora para favorecer as suas condições de crescimento a prazo e

exige uma mudança na afetação dos recursos.

tema:

TERRITÓRIOCompetitividade

Lisboa: capital e motor do

desenvolvimento do país.

A promoção do reforço da competitividade e internacionalização deve ser entendida como:

- um esforço de natureza global;

- capaz de combinar múltiplos esforços concretos e diversificados, nomeadamente intensificar o ritmo da inovação e da

diferenciação suportada na tecnologia, criatividade, melhoria da posição ocupada nas cadeias de valor, nos modelos de

negócio, nos principais setores de especialização atuais da economia portuguesa que já possuem uma base exportadora

relevante, na valorização económica e gestão integrada das fileiras de produção e das cadeias de valor baseadas em

recursos endógenos e em ativos específicos localizáveis e não transferíveis como o turismo, agro-indústrias, indústrias

florestais, atividades associadas ao mar, indústrias culturais, atividades criativas. A estratégia deverá ser montada a partir

da nossa especificidade.

Aumento dos níveis de seletividade e concentração na afetação dos recursos disponibilizados pelas políticas públicas

para reduzir a dispersão de meios e garantir aproximação aos níveis críticos de eficácia das ações e dos investimentos.

Revisão da articulação entre os diferentes fundos estruturais disponibilizados a Portugal, que permitam consolidar o

caminho iniciado, e abrir um novo caminho de convergência onde o contributo da região mais desenvolvida do país

possa ser alanvancado quer pela utilização dos fundos em projetos destinados a servir objetivos conjuntos de

competitividade internacional com impactos setorais e territoriais alargados quer pelo significativo reforço de projetos

conjuntos ou coletivos aceleradores da mobilização do conhecimento e da tecnologia.

Paulo Madruga

Comentários:

O país converge quando Lisboa converge. Lisboa tem de se afirmar pelo reforço da sua competitividade e da internacionalização da sua economia. Lisboa é capital europeia, com passado, região com património, recursos e paisagem

singular. Mas o discurso de que o facto de Lisboa funcionar é bom para as outras regiões do país e de que o desenvolvimento das outras regiões é fundamental para Lisboa, é um discurso difícil. Daí que é necessário ter em atenção

opções estratégicas como as do PNPOT, onde se assume que as metrólopes e as cidades são motores da internacionalização de igual modo, sem distinção entre elas, sem hierarquia. Essa prioridade vai limitar o país na sua estratégia

de internacionalização. O PNPOT não faz esta distinção porque parte de um mapa das exportações que não contempla os serviços, pelo que não dá a verdadeira imagem do país). Ora é preciso afirmar Lisboa no contexto europeu e

isso será bom para a Guarda, para os Açores, etc. É necessário assumir a hierarquia dos centros urbanos e fomentar a complementariedade entre eles.

É ao nível da implementação que se encontra a maior dificuldade no processo de desenvolvimento efetivo dos atores relevantes. A segunda dificuldade resulta do modelo de organização do estado português. Na sua atual forma,

esta organização conduziu a uma muito insuficiente valorização da estratégia e a uma dispersão das intervenções e investimentos demasiado genéricos, semelhante, numa lógica de satisfação de procuras sociais, onde a rivalidade

territorial se expressou em níveis de base sem dimensão crítica suficientes (municípios) ou em níveis de avaliação eleitoral sem as estruturas correspondentes de planeamento (distritos). É necessária uma alteração organizacional

profunda da Administração Pública portuguesa, central e local. É necessário que o papel dos presidentes das CCDR sejam valorizados e reconhecidos na sua capacidade de iniciativa e articulação de atores e muito menos enquanto

gestores de programas operacionais regionais.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Expansão da capacidade do Aeroporto

Lisboa e utilização civil da BA6, no

Montijo, como forma de solucionar o

problema da capacidade aeroportuária da

região de Lisboa

O forte crescimento de tráfego verificado no Aeroporto de

Lisboa coloca hoje a operação do aeroporto no limite da sua

capacidade aeroportuária para um nível de qualidade de serviço

não degradado.

A proposta tem como objetivo o aumento da competitividade do

Aeroporto Humberto Delgado como hu (pelo que se encontra

centrada na criação de condições para que as companhias aéreas

possam crescer de forma sustentável, o que é particularmente

crítico para a TAP, cujo plano prevê o desenvolvimento de

conexões de longa distância (América e Ásia, por exemplo)), bem

como a utilização da BA 6, em alternativa à construção de um

aeroporto de substituição, com menores custos de construção e

menores impactes ambientais, sendo também mais célere a sua

concretização.

(i) uma avaliação de capacidade das infraestruturas existentes (vias de acesso, parques de estacionamento, terminais de

passageiros, stands de aeronaves e sistema de pistas), com identificação de estrangulamentos e/ou limitações; (ii) uma

comparação entre a capacidade existente e o tráfego previsto nas peak hours , com identificação da natureza, localização

e calendário dos futuros estrangulamentos, (iii) um calendário com as datas de esgotamento das infraestruturas

existentes e, consequentemente, com a data de abertura das novas infraestruturas (ou de outras soluções de aumento

de capacidade), e (iv) uma descrição funcional dos futuros requisitos das instalações : procura anual, tipo de tráfego,

dimensão recomendada e custo estimado.

Em resultado destas avaliações foi apresentada uma opção de Plano Diretor e de design do Terminal que responde à

procura estimada durante o período da concessão, até 48 movimentos/hora.

Relativamente ao aeroporto do Montijo pretende-se o desenvolvimento da operação ponto a ponto, assente no

desenvolvimento de uma solução económica e eficiente para as companhias que desenvolvem este tipo de operação, em

particular as companhias low cost.

ANA Aeroportos

Portugal

Conformar as infraestruturas e sistemas da RLVT integrados na

RTE-T com os requisitos da EU aplicáveis.

Criação de interligações adequadas entre as diversas infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias e

aeroportuárias, para passageiros e mercadorias, centros de consolidação logística e de distribuição e via navegável do

Tejo;

Resolução de constrangimentos de capacidade e conclusão das ligações em falta aos elementos estruturantes da rede de

infraestruturas da RLVT, em particular das instalações portuárias e logísticas inseridas ou que gravitam em torno dos

portos de Lisboas e de Setúbal, ao corredor atlântico RTE-T, com destaque para os corredores multimodais entre Leixões-

Lisboa-Sines e Lisboa/Setúbal/Sines-Caia.

Reforçar a resiliência das infraestruturas de transportes aos

efeitos das alterações climáticas.

Reforço da resiliência aos efeitos das alterações climáticas, incluindo fenómenos meteorológicos extremos, no

dimensionamento de novas infraestruturas de transportes, bem como avaliar e adaptar as infraestruturas existentes

nesse contexto.

tema:

TERRITÓRIO

Competitividade

Existem quatro tensões que obrigam a escolhas:

- Dimensão: Lisboa é demasiadamente grande para o país mas pequena demais em termos internacionais.

Como tal não se pode olhar para o crescimento da RLVT centrando-nos apenas na ideia de que Lisboa é

demasiadamente grande para Portugal;

É necessário perceber quais os dilemas que existem, assumir uma posição e optar por uma solução para os ultrapassar e,

estando os dilemas identificados e as opções estratégicas tomadas, tudo tem de ser operacionalizado e dar lugar a um

quadro que permita formas de actuação, colaboração, decisão e concretização, em consonância com aquilo que é

necessário fazer.

Proposta concreta: Programa Nacional de Cooperação InterRegional. Muitos do projectos e formas de governança multi-

escala e multi-nível esbarram com a compartimentação rígida do modo como os fundos estruturais estão alocadas às

várias CCDRs. O programa de cooperação interregional iria beneficiar esta ideia de região urbana funcional. Este

programa está fora dos programas operacionais regionais, logo não se trata de aumentar a competitividade entre PO

regionais mas sim de aumentar a cooperação interregional com verbas afectas para este objectivo, prioridades claras e

funcionando numa base contratual. Há projetos que pela sua natureza têm de ser interregionais. Só um programa

nacional de cooperação interregional, assente em objetivos predefinidos e em relações contratuais poderá aumentar a

necessária confiança sobre a qual será possível construir soluções de governança multi-nível quer de multi-escala para

regiões urbanas que, sendo funcionais não podem ter nem nunca terão uma delimitação politico-administrativa.

João Ferrão

- Alternância: existem entre alturas em que Lisboa cresce à custa do país e outras em que é Lisboa que

cresce e que, nesse processo, beneficia Portugal inteiro. O crescimento de Lisboa de dentro para fora não é

desejável porque aumenta a assimetria territorial mas também porque já não é possível - Lisboa já não pode

crescer tendo por base os recursos internos;

- Delimitação: existe uma incoerência entre o que é a delimitação politico-adminitrativa e a delimitação

funcional. Lisboa é hoje uma região urbana funcional que não tem fronteiras claras. Inclui Leiria, Abrantes,

Alcobaça, Évora e Sines. Existe no terreno uma região urbano-funcional que vai para lá da RLVT;

- Governança: do ponto de vista da convergência regional, as falhas de governança têm muita relevância. A

governança tem de ser multi-nível (desde a UE até à freguesia) e multi-escala (espaços de referência dos

atores privados, cidadãos, universidades, ONGs que não coincidem com o mapa rígido da governança multi-

nível com hierarqui predefinida). A falha de governança tem de ser vista em si e no sentido em que são

necessárias governanças multi-nível e multi-escala articuladas entre si. Uma lógica de governança que

assente exclusivamente numa visão multi-nível abafa e contraria a lógica de uma governança multi-escala

dos outros atores que têm outros espaços de referência.

Uma RLVT com futuro tem que ser uma região urbana funcional, a crescer a partir de fora e tendo por base

processos de governanção quer multi-nível quer multi-escala. Se não se aceitar que a RLVT tem de ser vista

num contexto mais amplo de região urbana funcional, e de que a região tem de crescer de fora para dentro,

estar-se-á a perder várias oportunidades. Se não percebermos que é preciso desenvolver vários processos de

governança eficientes multi-nível e multi-escala, que têm de ser articulados, outras oportunidades serão

perdidas.

Mobilidade e Logística

Maximizar a conectividade da RLVTAutoridade

Mobilidade

Transportes

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Assegurar a navegabilidade do Tejo na máxima extensão.

Intervir no sentido da melhoria da navegabilidade do Tejo, na máxima extensão possível, enquanto tecnicamente viável e

económico-financeiramente sustentável, em especial até às instalações industriais e logísticas acessíveis por via fluvial, e

por outro lado equacionarem-se mecanismos que potenciem a utilização da navegação fluvial, concorrendo para os

objetivos de desempenho ambiental e eficiência energética, mas garantindo integralmente um paradigma de

concorrência não falseada entre as diversas soluções de transporte.

Autoridade

Mobilidade

Transportes

Garantir uma elevada competitividade do sistema logístico e

portuário da RLVT.

Colmatando limitações em termos de acessos flúvio-marítimos e rodoferroviários e em especial no segmento da carga

contentorizada, aproveitando, de forma racional, as potencialidades decorrentes da navegabilidade do rio Tejo, bem

como a coordenação estratégica entre os portos de Lisboa a Setúbal e em alinhamento com a Estratégia para o aumento

da competitividade da rede de portos comerciais do continente - Horizonte 2026.

Autoridade

Mobilidade

Transportes

Estimular a procura e reforçar a oferta e desempenho ambiental

dos serviços públicos de transporte de passageiros.

Extensão da rede de metro e de metro ligeiro de superfície, bem como da modernização da rede ferroviária urbana e

suburbana da RLVT e ainda da rede de elétricos urbanos da cidade de Lisboa;

Promoção de ações coordenadas destinadas a melhorar a qualidade, segurança, imagem e incentivo ao uso do

transporte público;

Reconversão das frotas de transportes públicos de passageiros no sentido de assegurar uma adequada resposta,

garantindo fiabilidade e pontualidade dos serviços prestados, bem como condições sustentáveis de exploração (técnicas

e económico-financeiras) e alcançar uma redução significativa das emissões de gases nocivos para o ambiente, em

particular de carbono;

Intervenção em alguns acessos rodoviários radiais de alta capacidade em Lisboa, ou a outros urbanos que o justifiquem,

num contexto da introdução de vias reservadas a transportes públicos;

Promoção da participação da indústria em projetos que pela sua natureza e dimensão justifiquem soluções de

mobilidade, em especial no contexto da preparação dos instrumentos de gestão territorial.

Autoridade

Mobilidade

Transportes

Autoridade

Mobilidade

Transportes

Alternativas menos capital intensivas e com menores impactos em termos de financiamento. Aposta nos serviços “on

demand ” no transporte coletivo para determinadas funções e territórios (urbanos e suburbanos), complementarmente

ao investimento em novos parques de estacionamento junto dos corredores de acesso a Lisboa configura-se como uma

tipologia de solução a ser promovida.

APA

Fomentar a constante atualização das aptidões e competências

dos profissionais do ecossistema da mobilidade e dos

transportes

Promovendo a realização e incentivando a participação periódica em ações de formação profissional e reciclagem de

conhecimentos nestes domínios;

Mantendo uma interlocução contínua com os sistemas de ensino e formação profissional no sentido da constante

atualização das ofertas formativas e dos respetivos curricula, aos vários níveis de ensino.

Autoridade

Mobilidade

Transportes

Reforçar a integração em redes internacionais de conhecimentos

e dinamização de plataformas de aceleração tecnológica.

Reforço da integração em redes internacionais de conhecimento, a par da dinamização de plataformas de conhecimento,

a par da dinamização de plataformas de aceleração tecnológica e do fortalecimento da investigação, desenvolvimento e

inovação nas áreas da mobilidade e dos transportes e das atividades conexas, em especial nas áreas dos ITS e da

economia do mar, alicerçadas na importante e reconhecida massa crítica existente na RLVT, em especial dos principais

polos universitários e centros de investigação do país;

Promover a RLVT junto das empresas multinacionais com o propósito de serem criados centros de engenharia dessas

empresas, que combinam a prestação de serviços aos mercados doméstico e externo, a par da fixação de competências

de ponta na região e território nacional.

Autoridade

Mobilidade

Transportes

Eficiência energética na frota automóvel Criação de um plano de ação de incremento de mais viaturas elétricas.

Segurança rodoviáriaEnvolvimento pleno da PSP na definição da implementação das estruturas viárias, considerando o impacto na mobilidade

e sinistralidade rodoviárias.

tema:

TERRITÓRIO

Otimizar as potencialidades do Rio Tejo

Dinamizar soluções de mobilidade

sustentável e reforço da digitalização do

ecossistema da mobilidade e dos

transportes

Promover soluções inovadoras de mobilidade sustentáveis e

suportadas pelas tecnologias digitais e sistemas inteligentes de

transportes (ITS)

Melhorar a empregabilidade e as

competências das pessoas em matéria de

mobilidade e transportes

PSP Comando

Metropolitano

Lisboa

Mobilidade e Logística

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

tema:

TERRITÓRIOMobilidade e Logística

Portugal como Referência Europeia

Atlântica nas Cadeias Logísticas

Internacionais como um Hub de Negócios

Eficiente, Inteligente e Sustentável.

Desenvolver o Conceito de Porto Inteligente (SmartPort) para a

Simplificação e Modernização do Setor

Adequar Infraestruturas e Equipamentos ao aumento da

dimensão dos navios

Garantir Padrões de Elevada Eficiência, nas vertentes de

operação, de ambiente, de energia e de segurança

Aumentar a Conetividade Marítima, Fluvial e Terrestre alargando

a rede marítima internacional e desenvolvendo ligações

eficientes ao seu hinterland

Promover/Incentivar a Intermodalidade

Promovera Imagem dos Portos de Portugal associada à Inovação

e tecnologia

Promover a eficiência da mão de obra portuária

Potenciar Negócios e Atividades conexas/transversais ao setor

portuário

Promover a Cooperação com as Comunidades Portuárias,

Logísticas e Stakeholders Nacionais e Internacionais

Valorizar o Know How Nacional (Formação, Ciência, I&D e

Tecnologia) para inovação e modernização do setor

Porto de Lisboa - Principais investimentos:

Aumento da Eficiência do Terminal de Alcântara

Novo Terminal do Barreiro

Melhoria da Navegabilidade do Estuário do Tejo até Castanheira do Ribatejo

Nova Lancha de Pilotagem

Porto de Setúbal - Principais investimentos:

Melhoria das Acessibilidades Marítimas

Melhoria do Acesso Ferroviário

Reorganização de Acessos aos Terminais e Portaria

Nova Lancha de Pilotagem

Principais investimentos transversais:

Implementação da Janela Única Portuária III/Janela Única Logística

Implementação da Fatura Única Portuária

Modernização do Sistema VTS (Vessel Traffic Service)

Implementação do Conceito Legal de Porto Seco

Criação das Plataformas de Aceleração Tecnológica dos Portos

Infraestruturas Marítimo Portuárias - Abastecimento de Gás Natural Liquefeito

APL

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estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Segurança rodoviária: Mesmo antes da automação, é hoje possível, através dos mecanismos de apoio avançado ao condutor, criar

processos que alertem ou impeçam de fazer grandes erros. Hoje em dia, tudo num veículo é controlável porque tudo é eletrónico: é

preciso que decidamos se queremos ou não cumprir os objetivos a que nos propusemos.

Mobilidade partilhada: são necessárias soluções de alternância modal tais como Mobility as a Service (a partir de um só tarifário,

cada pessoa tem acesso a várias ofertas de transporte, bicicleta, metropolitano, uber, etc). Para tal é necessário:

- partilha de dados. A dificuldade é encontrar um acordo entre todas as entidades envolvidas, empresas e autoridades, sobre onde

estão os limites para a partilha de dados;

- estimular o serviço de taxis partilhados: os interesses da cidades têm de ser postos acima dos interesses corporativos (empresas

públicas de transportes públicas).

- serviços de mini-bus e micro-bus ;

- substituição gradual dos autocarros regulares por estes serviços.

Qualidade do ar e emissões:

- redução da presença do diesel:

a) informação sobre problemas de saúde relacionados;

b) discriminação regulatória ou fiscal;

c) instalação acelerada de postos de recargas elétricas;

d) proibição de venda.

- Promover soluções de mobilidade partilhada (uso intensivo, renovação tecnológica acelerada);

- Promover a mobilidade ativa a pé ou a bicicleta, tirando partido do espaço libertado pelo estacionamento e aumentando a

incidência dos serviços de proximidade;

- Combate ao congestionamento:

a) combate ao uso do transporte individual através do controlo do estacionamento e redução da oferta;

b) logística urbana através de conectividade (soluções de afetação em tempo real da procura do veículo que faz a distribuição e dos

espaços de carga e descarga em cada quarteirão).

Infraestruturas: se se conseguir cumprir as metas acima, poderemos não precisar de mais nenhuma infraestrutura de capacidade,

apenas de conectividade. As infraestruturas terão de estar alinhadas com as políticas de desenvolvimento e transportes.

tema:

TERRITÓRIOMobilidade e Logística

Acesso universal das pessoas aos serviços,

ao emprego, à socialização

Eficiência

Segurança

Ecologia

Segurança rodoviária: redução de 50% de mortes e feridos

graves até 2020;

Acesso equitativo para todos: redução de 50% do rácio entre os

10% de população melhor servida e os 90% de população pior

servida em termos de transportes públicos;

Qualidade do ar: redução de 50% das particulas e concentrações

de óxido de azoto e redução de 25% das emissões de CO2;

Eficiência económica: redução de 50% das perdas de tempo

devido ao congestionamento.

José Manuel

ViegasComentários:

Vetores no sistema da mobilidade (será necessário fazer uma intervenção coordenada para tirar partido dessas forças):

- conectividade digital;

- electricidade de fontes de energia renováveis;

- veículos elétricos;

- mobilidade partilhada;

- veiculos automáticos.

Mudanças de paradigma:

- mudança do motor de combustão para motor elétrico (a Toyota anunciou que a partir do fim de 2018 não produzirá nem mais um veiculo com motor a diesel; a Volvo disse que a partir de 2020 todos os seus carros terão motor

elétrico);

- passagem da fase do planemanento dos transportes para a fase de despacho de serviços de transportes;

- passagem da posse do veículo ao serviço;

- do condutor humano ao robot (redução de preços, melhoria da segurança).

O desafio consiste na nosssa capacidade de, através de orientaçãos dadas pelo governo e em parceria com a sociedade civil, fazer uma mobilização coerente destes instrumentos, em respeito aos compromisso internacionais que

assumimos. É uma desafio de coerência.

Mobilidade partilhada: fez-se um estudo de aplicação da mobilidade partilhada em Lisboa com dois conceitos: taxis partilhados (conceito ilegal atualmente) porta-a-porta e um serviço de taxi-bus (pequenos autocarros lançados a

pedido, que servem as pessoas esquina a esquina com 20 minutos de pré-aviso). Manteve-se o metropolitano e a marcha a pé, e eliminaram-se carros e autocarros partilhados (cenário limite) .

O estudo mostrou que, com a aplicação das soluções preconizadas obter-se-ia:

- um sistema muito fácil de usar, sem transbordo, com serviço direto e preços muito baixos graças à boa ocupação;

- o serviço de taxi partilhado custaria 1/3 do custo atual e o do taxi-bus custaria 28% do que custa hoje o transporte coletivo;

- as emissões e congestionamento reduziriam 35% (congestionamento tornar-se-ia inexistente);

- o espaço de estacionamento reduziria 95% (libertaria quatro km2 em área de passeio);

- em termos de acessibilidade, como não haveria transbordos, obter-se-ia uma área de cobertura de acesso enorme e igual em todas as direções . Atualmente, em Lisboa, o cidadão 10% mais bem servido em termos de acesso a

emprego tem 17 vezes mais empregos acessíveis do que o cidadão 10% menos bem servido. Isto é uma vergonha em termos de justiça e equidade. Com a solução simulada, o rácio é de 1,8.

Lisboa não tem transportes públicos decentes: só quem não tem transbordo e mora perto das linhas de caminho de ferro é que não necessita de carro. É necessário perceber que o transporte público em Portugal não é

suficientemente atraente para que quem tem mais dinheiro deixe de andar de automóvel. Uma cidade grande não pode ter sistemas de transportes públicos com linhas rígidas quando pelo menos 1/3 das deslocações obrigam a

um transbordo. Com a nova solução preconizada pelo estudo efetuado (solução com nível similar de conforto que o carro mas com ocupação superior) já se poderiam aplicar medidas restritivas do automóvel.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Acessibilidade equitativa

Pretende suprir carências de acessibilidade, aumentando a

equidade de oportunidades no acesso aos sistemas de

transporte.

Mobilidade sustentável

Procura impulsionar o progresso sustentável da mobilidade e

dos transportes, promovendo a aceleração tecnológica, a

descarbonização e eficiência no transporte de pessoas e bens.

Conetividade alargada

Alargar a conetividade externa, potenciando e distribuindo

territorialmente as oportunidades criadas pelo posicionamento

geográfico do país.

Infraestruturas resilientes

Preservar e rentabilizar as redes existentes, assegurando

adequados níveis de funcionalidade, desempenho e segurança e

introduzindo flexibilidade e resiliência para fazer face a

incertezas.

Vencer o desafio do neutralidade

carbónica

Redução da emissão de gases com efeitos de estufa associada

aos transportes.

Vias de transporte público em sítio próprio;

Aquisição e renovação de veículos de transporte público;

Desenvolvimento e hardware de bilhética nacional;

Vias de transporte de modos suaves;

Sensibilização e promoção da utilização do transporte público;

Sistemas integrados de informação ao passageiro;

Gares intermodais de transporte.

Metropolitano de

Lisboa, E.P.E.

Melhorar a articulação das politicas, planeamento e gestão da

mobilidade

Elaborar e implementar instrumentos de planeamento e gestão da mobilidade que assegure a actuação conjugada entre

os diversos níveis da administração pública e a prossecução de princípios de eficiência, sustentabilidade e equidade

Suportar a mobilidade intra-regional numa rede de transportes

públicos que seja eficiente, inovadora e segura

Reforçar o modo ferroviário, a rede de transportes públicos em sitio próprio e desenvolver soluçõe sde mobilidade a

territórios de baixa densidade

Promover a atratividade do Transporte público

Desenvolver a integração intra e intermodal do ponto de vista: físico (actuando nas interfaces e na adaptação dos

veículos), lógico (ao nível dos horários / operação / sistemas de informação ao público) e tarifário (implementando um

sistema integrado de bilhética e de tarifário)

Melhorar as condições de circulação de operação e exploração dos transportes públicos e o seu desempenho ambiental

Desenvolver e promover a imagem de qualidade e segurança do transporte público

Desincentivar o uso de automóvel privado

Promover uma gestão da mobilidade que vise a transferência modal do automóvel privado para o TP e modos suaves,

que actuando em complementaridade com as medidas criadoras de alternativas de qualidade, exerça um maior controle

sobre a utilização de transporte individual, recorrendo ao criterioso dimensionamento do espaço público afecto à

circulação e estacionamento, à imposição de restrições de acesso em determinadas zonas ou horários com base em

critérios ambientais ou de incompatibilidade de funções, e à utilização do preço como instrumento de gestão da procura

Melhorar a eficiência global do sistema através da transferência de verbas do TI para o TC e modos suaves

Incrementar as redes de transporte autónomas (Uber); abertura ao emprego deslocalizado (Via VPN/redes de banda

larga; flexibilidade de horários; utilização de transportes eléctricos de alta velocidade e poupança energia, com

corredores próprios; implementação de uma taxa obrigatória de transportes públicos com a respectiva redução dos

custos de transportes.

Mapeamento dos locais e horas de maior convergencia e duplicar a resposta às necessidades (usabilidade vs necessidade

= sustentabilidade)

Soluções intermédias e inovadoras de mobilidade

Promover soluções inovadoras de transporte com vista à flexibilização da operação / exploração dos modos tradicionais

de TP (seja autocarro ou táxi) e a uma melhor adaptação da oferta a uma procura com padrões de deslocação mais

voláteis no espaço e no tempo, como por exemplo soluções de transporte a pedido, mini-autocarros expressos, taxis

colectivos ou partilhados, etc.

Promover soluções inovadoras de transporte com vista à optimização da utilização mais racional do TI, seja pela via do

incremento das taxas de ocupação ou da partilha da sua utilização de que são exemplos os sistemas de carpooling ou de

car-sharing

Tirar partido das tecnologias de informação e comunicação no sentido de reduzir as necessidades de deslocação,

incentivando o desenvolvimento do tele-trabalho, tele-serviços e tele-comércio, e de melhorar a informação disponivel

em tempo real com vista a fundamentar a procura de caminhos e alternalivas de viagem mais adequadas

Infraestruturas

Portugal

CCDR LVT

tema:

TERRITÓRIOMobilidade e Logística

Reforçar a conectividade regional, diminuir

os tempos de distância e potenciar uma

mobilidade mais sustentável

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Melhorar a rede de interfaces de transporte e estações

multimodais

Melhorar as condições de funcionamento e de adução às interfaces, seja ao nível da dotação de espaços próprios de

Park&Ride que promovam a transferência do TI para TP, seja por via do desenvolvimento da intermodalidade /

integração com outros modos de TP, nomeadamente de dimensão intermédia, para viabilizar serviços de rebatimento

directos e mais rápidos

Garantir a eficiência nos transbordos, assegurando a minimização dos tempos de ligação pedonal entre modos e

promover a acessibilidade e integração dos modos suaves na cadeia de viagem, disponibilizando estacionamentos para

bicicletas seguros e protegidos das condições atmosféricas adversas

Aumentar a eficiência energética nos transportes Incentivos à renovação das frotas de transporte coletivo e de serviço de táxi

Criar condições de navegabilidade do rio Tejo com interfaces (portos) junto a áreas industriais e de logistica

Incluir nos PMOT abordagens e estratégias de mobilidade, numa perspetiva de sustentabilidade

Adoção de planos de mobilidade urbana sustentável

Melhoria da acessibilidade para pessoas com mobilidade condicionada

Tornar os transportes mais ecológicos, incluindo a promoção da investigação e demonstração para veículos com

emissões mais baixas ou nulas, o estudo sobre os aspetos urbanos da internalização dos custos externos e o intercâmbio

de informações sobre regimes de tarifação urbana

Criação do Observatório Regional da Mobilidade

Implementação de parques de estacionamento gratuitos para portadores de passe (transporte público)

Melhorar o sistema de bilhética

Otimização da mobilidade urbana, com ações nos domínios do transporte urbano de mercadorias e utilização dos

sistemas de transporte inteligentes (ITS) em prol da mobilidade urbana

Incrementar a Rede de Transportes

Público

Mais transporte Público e mais eficiente e verdadeiramente

alternativo

Aumentar a rede de metro com ligação às redes de transporte ferroviário para interligar todos os municípios da RLVT

(utilizando o estudo dos movimentos pendulares, salvaguardando as períferias)

Promover a transição para a ferroviaDescongestionamento das estradas e autoestradas e redução da

emissão de GEE

Através do incentivo ao transporte de mercadorias pela ferrovia. Presentemente mais de 50% do transporte de

mercadorias de longo curso é efetuada na rodovia, com impactos negativos no ambiente nomeadamente pela emissão

de GEE

Promover a mobilidade elétrica Incentivos fiscais à aquisição de veículos elétricos

Ampliar a rede pública de carregamento de veículos elétricos

Promover a utilização de energias alternativas menos poluentes

nos transportes

Reservar uma cabine/acesso às portagens na Ponte 25 de Abril, nas horas de ponta, para veículos movidos a energias

alternativas (ligeiros e motociclos)

Incentivos fiscais à aquisição e circulação de veículos movidos a energias alternativas

Mobilidade Inteligente (enquanto inclusiva e sustentável), tendo

em vista o aumento da quota dos transportes públicos nas

deslocações pendulares, particularmente na AML. Para isso, é

preciso torná-los mais atrativos e eficientes

Dotar todas as estações de Metropolitano de elevador até à superfície

Renovação/substituição (progressiva) das frotas de autocarros urbanos e suburbanos para veículos com função

"kneeling "

Entidade Metropolitana de gestão da Mobilidade, independente dos municípios e dos operadores

Ações efetivas de restrição ao estacionamento nas cidades, incluindo sensibilização dos organismos públicos a não

oferecerem lugares de estacionamento

Fomentar a utilização de transporte público em detrimento do transporte individual

Melhoria da oferta de transportes públicos coletivos e do seu funcionamento em rede

Promover a descarbonização da economia

Desenvolvimento de sistemas de mobilidade sustentável e de logística inteligente, aliados à promoção de territórios e

urbes mais eficientes, condições essenciais para o combate às alterações climáticas.

Muito relevante é o desenvolvimento do território, que se quer competitivo externamente e coeso internamente. A linha

do Oeste e o IC11 são factores críticos para o sucesso da coesão territorial do OESTE e, consequentemente, o seu

desenvolvimento.

CIM Oeste

Dotar de maior sustentabilidade a

mobilidade inter-regional, regional e

urbana

Reduzir a poluição

Incrementar a economia

Diminuir o transporte individual e rodoviário

Melhorar a qualidade de vida das populações

Incrementar a rede de mobilidade pesada

Promover a descarbonização dos

transportes

Reforçar a conectividade regional, diminuir

os tempos de distância e potenciar uma

mobilidade mais sustentável

CCDR LVT

Mobilidade e Logísticatema:

TERRITÓRIO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Património Cultural e sustentabilidade Definir uma política sustentável para a gestão, conservação e valorização do Património Cultural.

Património Cultural e coesão territorial

Criação ou desenvolvimento de redes e rotas patrimoniais devidamente certificadas, condição para beneficiar de um

enquadramento de financiamento do Estado/EU, nomeadamente:

- Linhas Defensivas de Torres;

- Rota das Catedrais (com expressão territorial no âmbito da DRLVT / Santarém; Lisboa; Setúbal);

- Caminho de Santiago;

- Territórios de Cister;

- Territórios industriais – da primeira à segunda revolução industrial – Lisboa (do Terreiro do Paço a Vila Franca de Xira) /

CUF / Seixal / Setúbal;

- Património cultural da costa – fortes, fortins, faróis, capelas, outros;

Qualificar para uma economia sustentável

Qualificar os Museus e Monumentos Nacionais e os museus da Rede Portuguesa de Museus, nas diferentes componentes

– edifícios, coleções, reservas, acessibilidades e Público (sites, percursos, sinalética, etc.), mapeando carências e

assinalando prioridades numa articulação com os centros de investigação das Universidades, procurando responder à

redução de consumos de energia e a intervenções sustentáveis (usos de materiais). Elaborar um Programa de eficiência

energética e ambiental dos museus e monumentos.

Património Cultural e tecnologias

Desmaterializar procedimentos administrativos, numa clara preocupação em tornar mais eficaz e eficiente a

disponibilização de serviços prestados na área do Património Cultural, e incluir a participação dos cidadãos,

desenvolvendo sistemas de informação que detenham uma expressão global do património nas suas várias dimensões –

imóvel, móvel e imaterial, bem como desenvolver a interoperabilidade entre sistemas de informação de outros

organismos.

Compreensão das raízes e a ligação dessas

raízes à realidade contemporânea

Valorização da educação da ciência e da cultura.

Necessidade da qualificação como educação e formação ao

longo da vida.

Mais investimento nas pessoas.

Investimento na alfabetização das mulheres (o filho ou filha de uma mulher alfabetizada não será analfabeto). A

aprendizagem e o triângulo educação-ciência-cultura são fatores fundamentais, pelo que o investimento deve ser feito

neste triângulo. A capacidade de aprender é o que distingue uma sociedade evoluída de uma atrasada. A Noruega

erradicou o analfabetismo através da medida de proibição de casamento de mulheres analfabetas. Em duas gerações, a

Noruega passou de uma taxa de 80% de analfabetos para 0%. Daí que, falar de desenvolvimento e território, a aposta na

educação é crucial. E a cultura é a emanação da aprendizagem.

Guilhereme

Oliveira Martins

Salvaguarda e Valorização do Património

Histórico-Cultural construído

Assumir o património histórico-cultural como vector decisivo para o aumento da competitividade e para o seu

desenvolvimento sustentável

Desenvolver a capacidade de acção e de intervenção, quer da Administração Central quer da Administração Local, na

área patrimonial, mediante um conhecimento aprofundado, sistemático e estruturado dos diferentes elementos em

causa

Aumentar a intervenção e pró-actividade das autarquias no âmbito das políticas culturais, gerando articulações e

relações de proximidade com os agentes culturais e, simultaneamente, diversificando e aumentando as fontes e meios

de apoio financeiro à cultura

Assumir a relevância do património arqueológico, nomeadamente na sua dimensão de maior fragilidade (enquanto

“recurso territorial por identificar/conhecer”), preconizando medidas diferenciadas de estudo, caracterização e

salvaguarda

Definir uma estratégia regional para a conservação dos valores patrimoniais classificados da LVT

Salvaguarda e Valorização do Património

Imaterial

Promover o conhecimento, a recolha e a documentação de práticas e expressões culturais tradicionais e estabelecer um

arquivo multimédia de património imaterial oriundo da LVT, permitindo o acesso, o estudo e a divulgação destes

conteúdos

Valorizar, em termos de investimento público, os vários domínios do património imaterial, como as tradições e

expressões orais, a língua, as artes do espectáculo, as práticas sociais, rituais e eventos festivos, os conhecimentos e

práticas relacionados com a natureza e as aptidões ligadas ao artesanato tradicional e às actividades de manutenção,

reparação e construção de embarcações tradicionais do Tejo

Estimular junto das novas gerações o reconhecimento do sentido de pertença identitária conferido pelo imaginário

colectivo, possibilitando a (re)descoberta de valores tradicionais de artes e ofícios e a possibilidade da sua apropriação e

reinvenção , bem como a promoção e valorização do seu elevado potencial artístico, turístico e educativo

Reconhecer o potencial económico de uma eficaz estratégia de reinterpretação dos traços da memória colectiva em

produtos de consumo com design e funcionalidade contemporâneos

Investir no desenvolvimento cultural da população

Promover actividades culturais de pequena e grande escala

Valorizar a memória colectiva e o património cultural tendo em

conta as diferentes culturas

Proteger e promover o património

edificado, natural e imaterial

Conscencializar para preservar

Valorizar o património

Ações de divulgação e sensibilização dirigidas às escolas

Ações de monitorização do estado do património visitável e aferição do impacto gerado pelo turismo

Ações de prevenção de desgaste e proteção do património.

tema:

TERRITÓRIO

Cultura

Apoiar os equipamentos e estruturas já existentes, valorizando o

património cultural na RLVT;

Assegurar a salvaguarda do Património Cultural em contextos

económicos, sociais e ambientais em permanente mutação,

como o caso da RLVT, essencialmente na área Metropolitana de

Lisboa;

Valorizar a dimensão económica inerente ao Património

Cultural;

Potenciar o desenvolvimento e a coesão do território integrando

o Património Cultural;

Incrementar o conhecimento, a fruição e a responsabilização dos

cidadãos para o Património Cultural;

Fomentar a criação de redes do Património Cultural.

DG Patrimonio

Cultural

Cultura CCDR LVT

Valorizar o património e promover a

criação artística e cultural

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Paisagem Valorização da paisagem

1. Sensibilizar e envolver a sociedade civil, as organizações privadas e as autoridades públicas para o valor da paisagem, o

seu papel e as suas transformações

2. Incrementar o conhecimento e políticas de gestão, protecção e ordenamento da paisagem

3. Preservar as paisagens portadoras de valores culturais associados à exploração de recursos do solo e do mar e

salvaguardar o património arquitectónico rural

4. Contrariar a fragmentação das unidades culturais e das estruturas ou áreas de elevado interesse agrícola e paisagístico,

tais como: unidades compartimentadas com sebes ou muros tradicionais, em pedra seca, acidentes naturais; culturas em

socalcos; vales abertos e encaixados com elevada qualidade visual; margens de linhas de água, barragem e albufeiras, e

faixas ripícolas, etc

5. Melhorar a qualidade paisagística no interior dos sistemas com funções de recreio e de enquadramento paisagístico

6. Acautelar o adequado enquadramento paisagístico das construções em espaço rural

Promover a oferta de equipamentos e serviços de proximidade e

a equidade no seu acesso

1. Reforçar a oferta de equipamentos e serviços sociais de proximidade dirigidos ao apoio aos idosos, conferindo

prioridade às áreas demograficamente mais envelhecidas, bem como a pessoas portadoras de deficiência

2. Reforçar a oferta de equipamentos sociais de proximidade dirigidos ao apoio à infância e juventude, conferindo

prioridade aos territórios pior servidos e com maior dinâmica demográfica

3. Reforçar a oferta pública de equipamentos e serviços de Cuidados Primários e Continuados, tendo em atenção o perfil

de contextos epidemiológicos locais e a mobilidade por transportes públicos ao alcance dos potenciais utentes, prevendo

a hipótese de introdução de unidades móveis de saúde em contextos de urbanização dispersa e de baixa densidade, ou

ainda em áreas demograficamente envelhecidas e/ou com problemas sociais e de saúde específicos (T.P, SIDA, p.ex.)

4. Promover a multifuncionalidade e a polivalência dos equipamentos com especial enfoque para os educativos,

procurando que compatibilizem a sua função principal de ensino dos jovens, com a promoção da aprendizagem ao longo

da vida e as actividades comunitárias

Promoção de uma Cidade / aglomerado urbano Potenciadora de

Vida Activa e Saudável

1. Disponibilizar equipamentos que garantam a satisfação das procuras actuais e futuras de prática desportiva formal e

informal, vector fundamental para o incremento da qualidade de vida e promoção da saúde das populações

2. Modernizar os espaços desportivos formais existentes, bem como reforçar a oferta, privilegiando a sua

multifuncionalidade e uma maior abertura às populações locais através do estabelecimento de parcerias público-privado.

3. Promover a ampliação da oferta de equipamentos desportivos para a prática informal e de proximidade, que

respondam às carências conhecidas e evidenciadas nos estudos de caracterização e programação municipal a realizar,

mormente circuitos de jogging, circuitos de manutenção, ciclovias, polidesportivos ao ar livre

4. Programar a criação de áreas verdes vocacionadas para o recreio e desporto informal, concedendo especial prioridade

às áreas urbanas densas e pior servidas, articulando estes investimentos com o objectivo de valorização funcional da

Rede Ecológica Metropolitana

5. Enquadrar e ordenar, de uma forma global e integrada, a oferta de equipamentos desportivos especiais, fomentando a

sua articulação com a valorização da paisagem, do ambiente e do turismo

Promover a oferta de serviços de

proximidade

Promover a Igualdade de oportunidades a todos os níveis

(acesso ao mercado de trabalho, a serviços, etc) nomeadamente

em termos de: género, idade, condições económico-financeiras,

etc

Identificação das necessidades de serviços de proximidade

Apoio à criação de serviços de proximidade diferenciados para a valorização do capital cultural e social, promoção da

igualdade e do combate ao abandono e insucesso escolar

tema:

TERRITÓRIOCCDR LVT

Serviços de

Proximidade

Estimular a vida de proximidade

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MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS

tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Redução da vulnerabilidade aos riscos sísmicos.Intervenção das entidades públicas no plano das infraestruturas e da regulação (instrumentos de ordenamento do

território e meios de fiscalização). APA

Promover a resiliência e prevenção de

riscos

Promover a instalação e criação de espécies autóctones (animais

e vegetais), promovendo variedades melhor adaptadas às

condições edafoclimáticas, e prevendo-se mais resistentes a

pragas e doenças, o que permitirá uma menor utilização de

produtos fitofármacos ou com fins profiláticos.

Incrementar o desempenho em bancos de germoplasma animal e vegetal;

Melhorar a capacidade de replantio ou repovoamento, motivado, ou não, por causas naturais;

Promover a diversidade das culturas a utilizar, contrariando a monocultura, incrementando a resiliência dos ecossistemas

às alterações climáticas;

Promovendo o uso múltiplo dos espaços, integrando a produção animal com a produção agrícola e/ou florestal;

Realização de campanhas de divulgação de boas práticas agrícolas;

Propostas de criação de incentivos financeiros aos modos de produção biológica/integrado;

Propostas de criação de incentivos à produção de produtos DOP;

Manter os incentivos à detenção de animais de espécies autóctones de animais, da região em causa.

DGAV

Risco sísmico:

• Obrigatoriedade de reforço anti-sísmico nos processos reabilitação urbana

• Reforço estrutural dos edifícios estratégicos: hospitais, centros saúde, quarteis bombeiros, escolas

• Definição de áreas de socorro e de reagrupamento em situação de catástrofe, e salvaguarda das acessibilidades aos

espaços seguros

Subida nívels do mar/erosão costeira:

• Identificação da faixa litoral que será potencialmente afetada com:

- interdição de novas construções

- programação da retirada e relocalização de infraestruturas vitais

Cheias/Inundações:

• Identificação dos forçadores responsáveis pelos riscos hidro-geomorfológicos em cada concelho (constrangimentos

físicos do território,vulnerabilidade territorial, exposição, clima)

• Definição de zonas non aedificandi nas áreas sujeitas a cheias e movimentos de massa de vertentes

• Implementação de sistema de alerta para cjeias rápidas e movimentos de massa de vertentes

Incêndios rurais/florestais:

• Promover a gestão dos espaços florestais na perspetiva da redução do risco, principalmente zonas protegidas e de

interface urbano-rural

Dotar entidades decisoras de ferramentas que permitam tomada de decisão política bem informada:

• Atualização da cartografia de risco (suscetibilidade / perigosidade / exposição / vulnerabilidade)

• Harmonização da cartografia e das metodologias de elaboração de cartografia de risco

tema:

SUSTENTABILID

ADE

RISCOS Redução do risco e incremento da

resiliência do território regional

Gestão e governação de riscos (sustentada

na melhor informação científica e técnica e

orientada para uma análise custo-

benefício)

Reduzir as perdas humanas e de bens, por redução da

perigosidade, da exposição e/ou da vulnerabilidade

Dotar as entidades decisoras de ferramentas e documentos

científicos e técnicos que permitam a tomada de decisão política

bem informada

José Luís Zêzere

Comentários:

Problemas & dificuldades da gestão de riscos:

- fraca visibilidade da boa gestão

- legislar ao sabor dos riscos (ex: incêndios. Pressão de legislar e decidir na consequência imediata da catástrofe)

- inconsistência conceptual e terminológica

Riscos RLVT:

- Sismos, Subida do nível do mar (erosão costeira, intrusão salina, inundações estuarinas), Cheias/Inundações e movimentos de massa em vertentes, Incêndios rurais/florestais

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

1. Delimitar e cartografar as áreas sujeitas a inundação (distinguindo as provocadas por cheia progressiva e por cheia

rápida), incluindo as zonas ameaçadas pelo mar, as áreas sujeitas ao perigo de instabilidade de vertentes e as áreas

sujeitas aos perigos de erosão litoral e de inundação por tsunami, regulamentando as interdições e condicionantes aos

diferentes usos e actividades.

2. Efectuar o zonamento da susceptibilidade sísmica, incorporando os efeitos de sítio e considerando: (i) zonas potenciais

de instabilidade de vertentes; (ii) solos brandos, incluindo aluviões e aterros, capazes de alterar as características do

movimento sísmico; (iii) zonas adjacentes às falhas activas com potencial para a ocorrência de deformações

permanentes; e (iv) zonas susceptíveis à ocorrência de liquefacção

3. Identificar os locais de instabilidade de vertentes responsáveis por situações de risco declarado em áreas urbanas

consolidadas ou em consolidação e definir as medidas para a sua estabilização

4. Atender aos efeitos das alterações climáticas sobre os fenómenos extremos, nomeadamente secas, cheias e

inundações, em situações de efeito conjugado

5. Identificar e cartografar edifícios de armazenamento ou processamento de substâncias perigosas (voláteis, inflamáveis

ou explosivas, tóxicas ou reactivas em contacto com a água), gasodutos e oleodutos, vias que permitam a circulação de

veículos de transporte de resíduos perigosos, respectivas faixas e condições de segurança.

6. Identificar e cartografar os cones de aproximação às pistas do NAL, as servidões militares, terrestres, aeronáuticas e

radioeléctricas, e restringir a construção de novo edificado nessas áreas, excepto aquele que se revele imprescindível à

actividade aeroportuária

7. Efectuar a identificação das actividades poluentes do solo e a inventariação dos locais contaminados ou sujeitos a

contaminação, através das análises químicas adequadas e determinar as concentrações das substâncias presentes no

solo de acordo com a legislação em vigor

1. Delimitar as áreas de risco de erosão hídrica dos solos e as áreas de instabilidade de vertentes

2. Evitar a erosão do solo através do fomento de espaços florestais ou silvestres, com a instalação de espécies adaptadas

à estação, promovendo a rápida cobertura do solo, com mobilização mínima, adoptando uma estrutura irregular, com

uma densidade superior à dos povoamentos em produção

3. Promover a recuperação dos solos degradados mediante o fomento dos fenómenos conducentes à formação de solo,

através da utilização de espécies pioneiras, técnicas conducentes à mobilização mínima dos solos e utilização preferencial

de espécies autóctones, com especial atenção à sua regeneração natural

1. Implementar uma cultura de prevenção do risco, sustentada na informação, conhecimento e preparação da

população, no que respeita aos riscos que afectam o território, com uma forte aposta na educação nos primeiros níveis

de escolaridade

2. Promover, nas áreas de susceptibilidade sísmica elevada, estudos de avaliação do estado de segurança estrutural anti-

sísmica de estruturas e infra-estruturas vitais e dos edifícios dos centros urbanos antigos, e implementar medidas de

reforço estrutural

3. Avaliar as situações de ocupação da zona costeira desconformes com a legislação aplicável, repondo a respectiva

legalidade, e definir uma faixa litoral de protecção progressivamente livre de construções fixas

1. Articular os planos de emergência e socorro com os sistemas de alerta, nomeadamente no que respeita às estratégias

de evacuação das populações

2. Articular os planos municipais de emergência com as opções de planeamento municipal do território

3. Fomentar a cooperação institucional entre as instituições públicas, com vista à implementação de sistemas de alerta

para situações meteorológicas e hidrológicas adversas

Mitigação dos riscos associados a

fenómenos sísmicos

Apoiar intervenções de reforço antí-sísmico em edifícios

estratégicos

Lisboa é uma Região com forte risco símico por se situar no encontro das placas EuroAsiática e Africana.

Efetuar uma identificação dos edifícios considerados estratégicos (eg. hospitais, centros de saúde, quartéis de bombeiros,

escolas) numa situação de sísmo de grande intensidade que ocorra na RLVT e avaliar as suas condições resistência à ação

sísmica verificando quais desses não possuem resistência sísmica.

Apoiar intervenções no sentido de criar resistência sísmica nos edifícios considerados estratégicos.

Crescimento SustentávelCriação de cultura e mecanismos de autoproteção e resiliência

para os riscos naturais

Programas de educação junto das populações para criar cultura e mecanismos de autoproteção e resiliência, orientando

o esforço para os riscos mais prováveis de cada território existente dentro da Região LVT (Exemplo: Mafra - incêndios

florestais, Odivelas - inundações, entre outros exemplos).

Criação de infraestruturas e equipamentos de autoproteção e resiliências adequadas às características de cada território.

Reabilitação de meios naturais de autoproteção e resiliência a riscos naturais.

GNR Comando

Territorial

Lisboa

Evitar e mitigar a exposição aos riscos

naturais, tecnológicos e ambientais

Implementar ações que visem evitar e mitigar os factores que

atentam contra a segurança de pessoas e bens e os valores

ambientais em risco, considerando especialmente as

preocupações relacionadas com as alterações climáticas.

CCDR LVT

RISCOStema:

SUSTENTABILID

ADE

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Balanço de carbono neutro em 2050

Diminuir o nº de veículos que circulam na cidade

Diminuir a velocidade de circulação

(ao diminuirmos estes 2 parâmetros os níveis de Ruído e de Emissões diminuem simultaneamente)

Definição, ao nível municipal, de Roteiros de neutralidade carbónica

Prevenir os efeitos das cheias rápidas - adaptação

Criar espaço para a água; áreas de retenção;

Reduzir a impermeabilização do solo para permitir a drenagem natural;

Colocação de infraestruturas em níveis mais elevados;

Desocupação das áreas mais baixas e potencialmente inundáveis.

Prevenir os efeitos das cheias rápidas - mitigação

Edifícios e infraestruturas flutuantes;

Infraestruturas que possam ser temporariamente inundadas sem qualquer risco (ocupação de caves e de pisos térreos

por usos não sensíveis);

Adaptação ao aumento da temperatura e redução do efeito de

ilha de calor

Alteração do desenho da cidade: arrefecimento pelos espaços verdes e corredores de ventilação;

Alteração do desenho dos edifícios: arrefecimento passivo pelo isolamento, ensombramento, ventilação natural;

Alteração da matriz energética;

Alteração de comportamentos: trabalhar em horas mais frescas, mantermo-nos em lugares frescos, beber mais água,

desacelerar a atividade física.

Escassez de água e seca

Redução da procura através de eletrodomésticos eficientes;

Reutilização da água;

Definir comportamentos de poupança de água;

Alteração das produções agrícolas utilizando menos água.

Incentivar o uso do transporte público, apoiando financeiramente os passes sociais por forma a que o custo do

transporte público seja verdadeiramente competitivo (em média 50% abaixo do valor atual) face ao transporte privado, o

que atualmente não acontece, desincentivando a alteração de hábitos. Este custo que o estado teria com a

comparticipação dos passes sociais seria compensado do lado da receita com a aplicação de uma taxa no valor dos

combustíveis fósseis, gasóleo e gasolina (valor a definir com base em cálculos a realizar), medida que teria ainda o efeito

do desincentivo na utilização de viatura privada movida a combustíveis fósseis, pelo aumento do seu custo.

Promover a mobilidade elétrica pelo incremento da aquisição de carro elétrico. Enquanto o custo de aquisição de viatura

elétrica não for significativamente inferior ao custo de aquisição de viatura movida a combustíveis fósseis a mudança não

será efetiva. Presentemente os custos de utilização só são verdadeiramente competitivos para uma utilização intensa da

viatura, o que não acontece com a maioria dos automobilistas. Nos veículos elétricos importa resolver a questão dos

custos associados à bateria dos veículos, a ainda baixa autonomia da maioria dos modelos disponíveis e o aumento do

número de postos de carregamento disponíveis. A diferenciação dos impostos (IUC, IVA, etc.) que incidem sobre estes

dois tipos de veículos também deverá ser usada.

Criação de incentivos/penalizações para que as transportadoras, públicas e privadas, eliminem das respetivas frotas os

veículos movidos a combustíveis fósseis. Impôr metas robustas para que as grandes transportadoras como a Carris ou a

Lisboa Transportes e os táxis p.ex., convertam as respetivas frotas.

Criar clima de confiança no mercado da economia de baixo

carbono para geração de investimento

Instrumentos legais para metas a cumprir com politicas publicas que favoreçam e permitam a escolha, pelo sector

privado, da opção que mais lhe convém, de entre as várias tecnologias de baixo carbono.

Aumento do investimento em I&D para colocar Portugal no pelotão da frente nas energias renováveis (paineis solares);

Aumentar a capacidade de decisão e autonomia dos municípios, permitindo-lhes fazer planeamento urbano mais

eficiente.

Aumento da resiliência da região às alterações climáticas Assegurar condições de resiliência das infraestruturas críticas conferindo-lhes maior resistência a fenómenos extremos

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Ar / Ruído Francisco Ferreira

Comentários:

A qualidade do ar é a principal causa ambiental responsável por uma mortalidade antecipada à escala mundial e por elevada taxa de morbilidade (nº de dias que pessoas ficam em casa devido a doenças respiratórias).

Estima-se que na Europa o ruído seja responsável por cerca de 10.000 mortes prematuras por ano. O Ruído também está associado aos transportes rodoviários. Na RLVT há municípios que ainda não têm carta de ruído.

A questão do tráfego rodoviário é fundamental, em especial nos centros urbanos: a mobilidade é responsável por 1/4 das emissões, da qual 96% é rodoviária.

A questão da mobilidade é crucial no horizonte 2030 em termos de qualidade do ar e ruído. Daí que qualquer cenário que tracemos terá que ter um grande enfoque nas questões da mobilidade.

A meta do governo é chegarmos a 2050 c/ balanço de carbono neutro. Compromisso assumido por António Costa na conferência clima Marrakeche. Roteiro de neutralidade carbónica, no qual as cidades têm papel extremamente

importante, nomeadamente da AML

A questão da mobilidade é fundamental. É preciso regular o "acesso fácil" do carro na cidade. É importante traduzir a nível de custos, não só de saúde mas também a nível de bem-estar e produtividade.

T1 - tarifas T2 - taxas T3 - transferência (de fundos)

Alterações Climáticas Mitigação e adaptação CCDR LVT

Redução das emissões de CO2

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Energia e Alterações ClimáticasSubstituição das fontes de energia com origem em combustíveis

fósseis por fontes de energia renovável

Criação de estruturas de testes de Energias Renováveis;

Criação de zonas de Emissão Zero;

Substituição e melhoria dos Sistemas de Combustão (aquecimento/arrefecimento de águas);

Criação de apoios para investimentos em edifícios de última geração, auto-sustentáveis;

Criação de infraestruturas para carregamento de veículos elétricos;

Criação de uma ligação, ferroviária aérea (??) urbana em linha dupla, entre as linhas de Cascais e de Sintra, passando por

Oeiras.

TAGUSPARK

Descarbonização da sociedade nas suas

múltiplas vertentes (produção industrial, setor

transportador, setor residencial)

Redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030,

com vista a combater as alterações climáticas, no quadro das

políticas da UE nesta matéria, nomeadamente a meta europeia

de redução de 40 % das suas emissões de GEE até 2030, válido

para todos os setores económicos, incluindo o setor

transportador , com reduções nos setores abrangidos pelo

Comércio Europeu de Licenças de Emissão (CELE) de 43% face a

2005 e de 30% nos restantes setores, bem como uma meta de

27% de utilização de energias renováveis.

Implementação plena do Plano Nacional para Promoção das Biorrefinarias (PNPM)- Horizonte 2030, consagrado na RCM

nº 163/2017 de 31 de outubro.

O PNPB possui o âmbito de apresentar uma estratégia com o Horizonte 2030 para promover todas as tipologias de

biorrefinarias avançadas, em território nacional, a partir de biomassas, até aqui, não valorizadas, residuais ou com pouco

valor económico, como por exemplo, as biomassas residuais agrícolas e florestais.

Em Portugal, o sucesso deste PNPB dependerá, em larga medida, da utilização de tecnologias avançadas («technology -

push ») que usem biomassas residuais que não entrem em competição com a cadeia alimentar (humana e animal) e de

que ocasionalmente ocorra interesse do lado da procura(«demand -push »).

Pretende -se que o desenvolvimento de biorrefinarias avançadas que utilizem recursos endógenos nacionais de forma

sustentável gerem novas cadeias de valor em torno da biomassa, na chamada bioeconomia e na economia circular.

A coesão territorial e a valorização do território são pontos centrais neste PNPB, contribuindo para reduzir o fosso de

implantação de indústrias de base tecnológica entre o litoral e o interior e dinamizando o emprego qualificado e não -

qualificado.

O PNPB tem ainda como principal visão contribuir para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030,

com vista a combater as alterações climáticas, no quadro das políticas da UE nesta matéria, nomeadamente a meta

europeia de redução de 40 % das suas emissões de GEE até 2030, válido para todos os setores económicos, incluindo o

setor transportador.

O PNPB prevê um potencial de disponibilidade considerável de biomassas residuais (florestal, agrícola, agroindustrial,

etc.), bem como biomassas de origem natural (matos e incultos) que podem ser valorizadas em biorrefinarias, com

benefícios de ordem ambiental, económica e social. Para o efeito, identifica as principais categorias de biomassa residual

por NUTS II disponíveis para biorrefinarias.

LNEG

Redução da vulnerabilidade às alterações climáticas (adaptação)

no que se refere à subida do nível do mar, cheias e

abastecimento de água.

Intervenção das entidades públicas no plano das infraestruturas e da regulação (instrumentos de ordenamento do

território e meios de fiscalização).APA

Vencer o desafio do neutralidade

carbónica

Redução da emissão de gases com efeitos de estufa associada

aos transportes.

Vias de transporte público em sítio próprio;

Aquisição e renovação de veículos de transporte público;

Desenvolvimento e hardware de bilhética nacional;

Vias de transporte de modos suaves;

Sensibilização e promoção da utilização do transporte público;

Sistemas integrados de informação ao passageiro;

Gares intermodais de transporte.

Metropolitano de

Lisboa, E.P.E.

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Alterações Climáticas

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Educação nas escolas e formação nas

empresas, na administração central

regional e local sobre a problemática das

alterações climáticas/adaptação

Tecnologia e inovação

Investimento

Construir uma Macro Região competitiva,

tecnológica e mais limpa

Redesenhar as políticas públicas para atrair investimento e gerar

rendimento;

Mapear e desenvolver a diversidade de recursos incluindo a ZEE;

Ligar a Região ao Mar e à Europa;

Exportar mais bens, serviços e conhecimento a uma escala

global;

Potenciar a rede Transeuropeia de transportes;

Apostar na virtualização dos serviços e da indústria, na

robotização e na inteligência artificial, para aumentar a eficiência

das cadeias industriais e reduzir os custos

Desenvolver um novo modelo de acesso e redistribuição de

recursos;

Fazer funcionar a interconetividade: ligar as redes energéticas,

redes comerciais, cadeias de valor, plataformas logísticas,

portos.

Transformar Lisboa numa cidade ícone do

século XXI

Lisboa Espaço Geoeconómico integrado c/ base nos clusters

tecnológicos existentes: eletrónica, TIC, Biologia, Ciências da

saúde, Indústria Farmacêutica, Energias renováveis, Recursos

marinhos;

Aumentar o sistema de transportes públicos, mobilidade

elétrica, resolução de congestionamentos;

Mapear todas as redes de inovação e estimular os clusters

tecnológicos, como a eletrónica, as energias renováveis, as TIC;

Apostar na internet da energia e nas redes inteligentes;

Promover a competitividade nos diversos segmentos do setor da

energia com mecanismos funcionais de mercado;

Valorizar a localização estratégica para promover produtos e

operações globais;

Desenvolver projetos-laboratório: Lisboa cidade dos carros

autónomos; Lisboa cidade da Economia circular; Lisboa cidade

modelo da gestão integrada da energia, água e resíduos; Lisboa

cidade da sustentabilidade; Lisboa cidade conectada global

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Alterações ClimáticasFilipe Duarte

Santos

Comentários:

Na Região é preciso ter atenção especial para 3 riscos:

- Fontes de abastecimento de água (impacto dos fogos é muito expressivo por causa dos contaminantes)

- Eventos meteorológicos extremos (ondas de calor, inundações, secas, temporais de extrema intensidade)

- Subida do nível do mar.

É preciso Agir mais do que Reagir

Energia

Um novo quadro mental: Fazer em vez de falar, Pensar em vez de tentar, Menos retórica política e mais visão integrada

Redesenhar as políticas públicas:

• "Design-mechanisms" para fazer funcionar o mercado

• Revisitar as políticas públicas de energia, transportes, resíduos e eficiência energética para fazê-las funcionar

articuladamente

Integrar as redes de inovação: Dar consistência e integração ao Ecossistema da inovação e libertar a capacidade das

empresas e centros tecnológicos

Desenhar o Paradigma da conectividade: Portos, Plataformas logísticas, Redes comerciais, Redes energéticas, Cadeias de

valor

Mapear os recursos em todas as dimensões: Recursos naturais, Recursos energéticos, Redes de Inovação, Promover a

fertilização cruzada

António Costa e

Silva

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Mudar o paradigma da energia alinhado c/

a transformação da matriz energética

Desenvolver a economia circular;

Transformar lixo em recursos;

Integrar as cadeias energéticas com a gestão da água e dos

resíduos;

Eletrificar a frota nas cidades, gaseificar o restante parque

automóvel;

Diminuir o consumo de carvão e aumentar o consumo de gás e

energias renováveis;

Fazer funcionar os mercados da energia, abrir a competição, não

proteger os incumbentes;

Reinventar os modelos de negócio, acesso, distribuição e

comercialização de energia;

Foco na internet da energia + consumo inteligente + revolução

dos Negawatts + eficiência energética + blockchain

Substituição das fontes de energia com origem em combustíveis

fósseis por fontes de energia renovável

Criação de estruturas de testes de Energias Renováveis;

Criação de zonas de Emissão Zero;

Substituição e melhoria dos Sistemas de Combustão (Aquecimento/Arrefecimento de Águas);

Criação de apoios para investimos em edifícios de última geração, auto-sustentáveis;

Criação de infraestruturas para carregamento de veículos elétricos;

Criação de uma ligação, ferroviária área urbana em linha dupla, entre as linhas de Cascais e de Sintra, passando por

Oeiras.

TAGUSPARK

Promover a produção descentralizada de energia renovável.

Através do apoio a projetos de sensibilização, formação e desenvolvimento de sistemas de produção e/ou

armazenamento de energia renovável para autoconsumo, por consumidores individuais ou comunidades de energia

renovável.

ADENE

Exploração do potencial endógeno renovável

1. Prosseguir a tendência em curso de aproveitamento do potencial eólico endógeno, minimizando os impactos

paisagístico e ambiental

2. Aumentar a produção de electricidade com base solar fotovoltaica e na eólica

3. Explorar o potencial disponível, ao longo de toda a costa atlântica da região, de energia das ondas

4. Aproveitar a exploração do potencial endógeno da Região para potenciar a criação de emprego e a inovação

tecnológica associada à exploração destes recursos renováveis

Reduzir a dependência de fontes energéticas fósseis

Assegurar a promoção de políticas de mobilidade mais sustentáveis que visem uma melhor utilização de cada modo e a

transferência modal do TI para o TP, modos suaves, mobilidade elétrica e mobilidade partilhada contribuindo para a

redução do consumo de energia, assim como das emissões, associados à mobilidade.

Reduzir a dependência energética do exterior, aumentando a

segurança do aprovisionamento

A penetração da micro-geração de energia (solar térmica, solar fotovoltaica, micro-eólica), contribuirá para a diminuição

do consumo e emissões associadas à utilização de energia fóssil, assim como para o aumento da eficiência no transporte

e distribuição de energia eléctrica.

Valorização energética da biomassa

1. Promover a valorização energética de resíduos florestais garantindo métodos e critérios de recolha que garantam a

sustentabilidade e a preservação da biodiversidade

2. Promover o reaproveitamento energético dos resíduos orgânicos resultantes da recolha de RSU e das actividades

ligadas à pecuária intensiva e do tratamento de águas residuais, garantindo a reciclagem da grande quantidade de

resíduos orgânicos e a melhoria das condições ambientais e sanitárias dos pontos de recolha e tratamento

Energia e Alterações Climáticas

Investir na sustentabilidade energética

como alavanca da inovação e

competitividade

CCDR LVT

Um novo quadro mental: Fazer em vez de falar, Pensar em vez de tentar, Menos retórica política e mais visão integrada

Redesenhar as políticas públicas:

• "Design-mechanisms" para fazer funcionar o mercado

• Revisitar as políticas públicas de energia, transportes, resíduos e eficiência energética para fazê-las funcionar

articuladamente

Integrar as redes de inovação: Dar consistência e integração ao Ecossistema da inovação e libertar a capacidade das

empresas e centros tecnológicos

Desenhar o Paradigma da conectividade: Portos, Plataformas logísticas, Redes comerciais, Redes energéticas, Cadeias de

valor

Mapear os recursos em todas as dimensões: Recursos naturais, Recursos energéticos, Redes de Inovação, Promover a

fertilização cruzada

tema:

SUSTENTABILID

ADE

António Costa e

Silva

Comentários:

Os países que vão vencer são os que vão conseguir inserir-se nas grandes redes mundiais (energéticas, comerciais, marítimas, redes do fluxo do conhecimento, da tecnologia, das finanças).

É necessário contrariar a tendência que coloca Portugal como país periférico. Portugal é um país central, se souber aproveitar a sua localização estratégica no centro do Atlântico. É preciso saber inserir o país e a RLVT nessas redes. É

preciso saber aproveitar as condições estratégicas da Região enquanto motor do país.

Centralidade na Bacia Atlântica (ZEE é um problema: Portugal não sabe o que fazer com ela. Corredor atlântico RTE, interligação rede gasodutos. Península Ibérica podia ser uma das grandes portas de entrada na europa de gás

natural dos EUA através do Porto de Sines)

Segurança energética = sustentabilidade ambiental + segurança no abastecimento + estabilidade e competitividade dos preços.

REGIÃO LISBOA E VALE DO TEJO: Fator crítico - Mapear e desenvolver os recursos incluindo as Redes de Inovação; Organização - O desenvolvimento constrói-se com capacidade de Organização e Criação

Essencial - Mudar o quadro mental, organizar e fazer funcionar os projetos

REDES DE INOVAÇÃO - ATORES: Universidades, Institutos Politécnicos e Centros de Investigação + Laboratórios do estado e Centros Tecnológicos + Centros de I&D de empresas multinacionais + Autarquias e Parques Tecnológicos +

Centros de I&D e Engenharia + Empresas e Setores produtivos

Energia

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Investir na sustentabilidade energética

como alavanca da inovação e

competitividade

Aumentar da eficiência na utilização de energia, com particular

ênfase nos edifícios residenciais, de serviços e públicos, assim

como na rede de iluminação pública

1. Generalizar a utilização de painéis solares térmicos para aquecimento de águas sanitárias, e para efeitos de

climatização quando possível

2. Aumentar a produção própria de energia nos edifícios, através da microgeração de energia eólica e/ou solar, conforme

as condições específicas de cada local

4. Promover a renovação da edificação existente, com vista à diminuição do consumo de energia (aumento de eficiência).

5. Promover a autoprodução e a eficiência energética em empreendimentos turísticos e equipamentos de

entretenimento, associando ao destino da LVT a imagem de “destino verde”

6. Reforçar o investimento na rede de iluminação pública de forma a aumentar a sua eficiência energética

7. Estimular a adopção de práticas arquitectónicas adequadas ao clima, de forma a diminuir as necessidades de dispêndio

de energia para fins de climatização

8. Alterar o paradigma actual de fornecimento de energia eléctrica, para que este preveja também a capacidade de gerir

a procura, permitindo distribuir os consumos ao longo dos ciclos diários, diminuir os custos da infra-estrutura de

produção e fornecimento, diminuindo os consumos totais, os preços, e aumentando a competitividade dos agentes

económicos

9. Preparar a rede eléctrica para a necessidade de transportar grandes quantidades de energia ao longo de grandes

distâncias, para fazer face à volatilidade das fontes renováveis

Promover a utilização doméstica de energia com origem na

energia solar

Um dos países da Europa e do mundo com maior número de horas de exposição solar deve utilizar melhor este recurso

disponível. O uso de paineis solares para produção de energia para aquecimento das casas, águas ou iluminação é ainda

pouco expressivo. Deverão ser evidenciadas e divulgadas as vantagens económicas da utilização deste recurso junto da

população, perceber onde estão e resolver os entraves existentes a uma generalização do uso de paineis solares para

produção de energia elétrica para uso doméstico. Deverá ser criada a obrigatoriedade das novas habitações satisfazerem

uma parte das suas necessidades energéticas com recurso a energias renováveis.

Reduzir da dependência energética / aumento da quota das

energias renováveis na produção/consumo global

Renovação/substituição (progressiva) das frotas de autocarros urbanos e suburbanos para veículos elétricos

Substituição das frotas da Administração Pública para veículos elétricos

Incentivos à instalação de equipamento para produção/uso de fontes alternativas de energia e

distribuição/comercialização da produção excedente

Investimento em I&D no âmbito das energias renováveis: Política pública de incentivo à utilização de energias renováveis

nos sectores chave da economia.

Crescimento Sustentável

Promover a sustentabilidade dos privados das empresas e do

setor público por forma a reduzir a dependência energética de

energias menos ecológicas

Sendo a GNR uma instituição pública apresentou apenas as medidas que devem atingir o setor público para que se

cumpra o objetivo:

Apoiar projetos de modernização de meios, infraestruturas e procedimentos que visem a criação de eficiência energética

e ambiental dos serviços públicos.

GNR Comando

Territorial

Lisboa

Garantia de cumprimento dos parâmetros

consagrados na Diretiva Europeia da Água

91/271/CE em relação às águas

descarregadas nos ecossistemas naturais

Desenvolvimento de biorrefinarias avançadas que utilizem

recursos endógenos nacionais de forma sustentável e que gerem

novas cadeias de valor em torno da biomassa, na chamada

Bioeconomia.

Contribuição da Biomassa até 2020, nos termos do PNAER-2020

(revisto em 10 de abril de 2013), com 93% do total das Fontes de

Energia Renovável (FER) para o aquecimento/arrefecimento e

com 87% (como biocombustíveis) para o setor dos transportes.

Embora com um contributo menos significativo no contexto das

diferentes FER, a biomassa contribuirá ainda para a meta

nacional dos 49,6% de eletricidade renovável através das

centrais de cogeração (CHP) ou de centrais dedicadas que

utilizam biomassa.

Projeto estratégico de mapeamento da Biomassa nacional (CONVERTE) (Webpage: http://converte.lneg.pt/ )

Constituem objetivos do CONVERTE:

- Realizar ações de prospeção e estudos que permitam identificar, localizar ou perspetivar, quantificar e caraterizar

diferentes recursos de biomassas endógenas pouco exploradas ou ainda inexploradas em Portugal, a saber:

1. Fração orgânica de resíduos biodegradáveis produzidos em ambiente urbano;

2. Fração orgânica de resíduos e subprodutos produzidos em contexto industrial; e

3. Culturas energéticas.

Avaliar o potencial de aplicação das FER endógenas, no caso em concreto da Biomassa para aplicações em Energia:

eletricidade, calor, biocombustíveis (líquidos e gasosos) e vetores energéticos;

O projeto CONVERTE vai de encontro às necessidades que se levantam para o cumprimento das metas nacionais,

contribuindo com uma correta avaliação do potencial de aplicação das FER endógenas, em particular da biomassa, quer

residual (produzida em ambiente urbano e em contexto industrial) quer de culturas energéticas, para aplicações em

energia. Ao mesmo tempo, será feita uma análise a tecnologias de conversão com graus de maturidade distintos e

respetivos produtos energéticos, avaliando a sustentabilidade da cadeia de valor para as soluções preconizadas, por

forma a garantir o cumprimento da legislação nacional e europeia. A recolha e tratamento de dados na RLVT serão

fundamentais para o desenvolvimento desta região.

LNEG

Educação ambiental

Criação de mecanismos que permitam desenvolver projetos de educação ambiental através de sinergias entre as

instituições com responsabilidade ambiental, e com base numa análise prévia dos problemas e dos grupos-alvos das

campanhas de sensibilização a adoptar.

PSP Comando

Metropolitano

Lisboa

tema:

SUSTENTABILID

ADE

CCDR LVT

Promover a utilização de energias

renováveis

Valorização dos

Recursos

Energia

36 de 75

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Exploração sustentável de recursos e

outputs dos sistemas produtivos

Assegurar as condições para a diminuição da dependência

energética;

Inovação nos sistemas produtivos;

Produção e armazenamento de energias renováveis.

Implementação de diferentes metodologias de encaminhamento, tratamento e destino final de efluentes pecuários, para

além do tratamento e descarga nas massas de água ou aplicação no solo;

Ações de divulgação dirigidas a produtores pecuários no âmbito do NREAP e a valorizadores, no respeito das regras

previstas no Reg. (CE) 1069/2009;

Proposta de previsão de financiamento para execução de projetos de instalação de unidades autónomas ou anexas a

explorações pecuárias com processo NREAP que tenha merecido parecer favorável da DRAPLVT.

DGAV

Princípio da Partilha de Recursos pelos

municipios da RLVT (extensivo a Portugal e

à Europa)

Economia colaborativa e Partilha de conhecimento ; Resolução

conjunta de problemas que afectam áreas confluentes,

nomeadamente escassez de água, incêndios florestais e outras

catástrofes naturais; redução de custos; beneficios para os

cidadãos, empresas e instituições públicas; Sustentabilidade

social e económica.

Obrigatoriedade de funcionamento com objectivos partilhados ao nível de conjuntos de municipios que apresentem

questões/problemáticas idênticas (só financiável com a aplicação do princípio); Legislação correspondente que obrigue a

este tipo de funcionamento quando necessário vs entidade reguladora; ex: Transporte de passageiros; Utilização

Recional dos recursos;

CCDR LVT

Valorizar e explorar as potencialidades do

território de forma sustentável

Utilização do potencial de produção de energias renováveis,

reduzindo a dependência energética.

Desenvolvimento do potencial agrícola ou na prioridade à

floresta, enquanto grande recurso que urge proteger e explorar.

Assumir a Economia Circular como o novo paradigma a

consolidar enquanto modelo de desenvolvimento. Realce à

dimensão da biomassa enquanto pilar estruturante.

No que se refere ao potencial agroalimentar deve ser realçada a necessidade do 2030 aflorar a capacitação gestionária, assim como,

a sua escala enquanto resposta aos desafios da competitividade. A sua especialização em nichos emergentes deve também ser alvo

de atenção, em particular dimensões relacionadas com novos padrões de consumo.

O mar, que representa um recurso estratégico ainda inexplorado, contém um enorme potencial económico que deve ser

aproveitado, assegurando a sustentabilidade ambiental dos modos de exploração.

CIM Oeste

Crescimento Sustentável Melhorar a educação ambientalDar continuidade e aumentar os programas de educação ambiental existentes.

Criar programas de educação ambiental que sejam alargados a publico alvo a idades não escolares (pela a urgência e diminuir

drasticamente as agressões ao ambiente devemos também apostar na mudança de culturas de estratos mais velhos da população).

GNR Comando

Territorial

Lisboa

Reduzir a incidência e impacto dos riscos (Pragas e doenças,

Fogos Florestais, Alterações climáticas)

Melhorar a produtividade

Economia circular

Transferência de conhecimento e tecnologia para o setor (investigação estruturada c/ base na cooperação horizontal)

Centros de competência (plataformas onde se juntam indústria, produção e investigação) que desenvolvam agendas de

investigação

Prevenção da ocorrência e mitigação dos efeitos dos incêndios

florestais

Promover a limpeza de terrenos florestais

Plantar especies florestais de combustão lenta

Criação de centrais de biomassa

Os incêndios florestais são um flagelo nacional com impactos a diferentes níveis. A limpeza da floresta, com a retirada do

terreno de material combustível que potencia a ocorrência e a intensidade dos incêndios contribui para a mitigação

deste flagelo. A criação de centrais de biomassa onde esses materiais resultantes da limpeza da floresta possam ser

destruídos e rentabilizados através da produção de energia permitirá encontrar um destino útil para esses materiais,

contribuindo para ajudar a pagar os custos da limpeza. O custo da produção de energia através das centrais de biomassa

deve ter em conta a fatura paga anualmente pelo país no que é destruído pelo fogo, nos meios para o cambater e nas

vidas humanas perdidas.

Reforçar o potencial económico da floresta Repovoamento florestal com espécies autóctones, adequadas às condições edafo-climáticas do território

Valorização dos

Recursos

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Floresta

Nuno Canada

Comentários:

Desafios dos ecossistemas florestais no séc. XXI:

- Promover a sustentabilidade e a produção de matéria prima

- Melhorar a consciência da sociedade relativa às questões ambientais

- Adequar o uso múltiplo das florestas com a atividade produtiva

- Manter e melhorar a qualidade dos produtos florestais

- Valorizar os produtos e economia circular

Na RLVT na área da floresta há capacidade instalada com concentração de massa crítica altamente qualificada com capacidade para responder agendas de investigação; pode-se transformar capacidade instalada num centro

fundamental de âmbito nacional para responder a todos os desafios que se colocam ao setor.

Proteção da Floresta CCDR LVT

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Tratamento de resíduos e efluentes de

acordo com a legislação nacional e

comunitária, com a sua posterior

reutilização e valorização no âmbito da

economia circular

Diminuição do risco de incêndio florestal, considerando-o como

um mecanismo de planeamento e organização do potencial da

biomassa existente.

No âmbito da implementação da medida de acompanhamento 4.2 do PNPB (RCM nº 163/2017 de 31 de outubro) está

prevista a criação de uma Plataforma Nacional para Biomassa que reunirá entidades públicas e privadas, representativas

dos diferentes atores intervenientes na fileira da biomassa, com vista a promover a partilha e articulação de

conhecimento, capacidades, recursos e competências no apoio à tomada de decisão política. Esta Plataforma será

responsável pela discussão e preparação das propostas dos Planos de Ação Anuais do PNPB. No âmbito da Plataforma

deverá a RLVT possuir os meios para financiamento de entidades privadas e públicas que queiram integrar a Plataforma

bem como promover estudos dentro da Região sobre disponibilidades locais de biomassa – diferentes tipologias -,

análises técnico-economicas, e estabelecimento de incentivos à promoção de mercados locais de biomassa.

LNEG

Políticas urbanas orientadas para a qualificação ambiental.

Adoção de modelos eficientes de utilização dos recursos e convergentes com os princípios da economia circular

(resíduos; água; energia; materiais de construção) em projetos inovadores de reabilitação e regeneração urbanas, com

impacto na valorização do território, via diferenciação e inovação, e efeito demonstrativo.

Estas ações beneficiam da massa crítica em termos de concentração de recursos humanos qualificados e instituições de

I&D&I na Região, podendo ser atrativas para IDE e indutoras de novas exportações.

Sinergias com diferentes instrumentos de política, como os Clusters de Competitividade, designadamente do Cluster AEC -

Arquitetura, Engenharia e Construção (Economia) e as Agendas Temáticas de Investigação e Inovação, designadamente a

Agenda Ciência Urbana e Cidades para o Futuro e a Agenda da Economia Circular (Investigação e Inovação).

APA

Agendas regionais para a Economia circular

Mapeamento dos recursos

Mudança comportamental

Incentivar consumo circular

Incentivar a mudança de paradigma

Incentivar negócios e empresas com tendência

circular

Papel das cidades muito importante na disponibilização de centros de reutilização;

Economia colaborativa e apoio social muito importantes (apostar na área da manutenção/reparação);

Induzir mudanças comportamentais ao nível da mobilidade;

Incentivar a reutilização de águas residuais;

Apoiar atividades do tipo mercados biológicos e quintas urbanas

Ana Sofia Vaz

Conhecer os fluxos de materiais dos setores;

Avaliar sinergias empresariais, promovendo estratégias de negócio entre entidades que colaboram no uso eficiente dos

recursos de modo a melhorar o seu desempenho económico conjunto, com consequências positivas para o sistema

natural;

Dotar as Zonas Empresariais Responsáveis das infraestruturas necessárias;

Divulgar projetos piloto e sensibilizar a industria, o comércio, os serviços e a sociedade civil para este novo paradigma;

Formação de Gestores das Empresas.

Adoção de processos de produção mais limpa, limitando a utilização de substâncias tóxicas;

Promover a eficiência energética e de materiais;

Identificar novas utilizações para subprodutos.

Desenvolvimento de formas de distribuição conjunta, isto é, organização de serviços de logística para partilha de redes

de distribuição, escolhas mais sustentavés de modos de transporte, bem como preocupações com a utilização de

materiais recicláveis e redução do sobre-embalamento.

Conceção/design de produtos e serviços projetados para vários ciclos de vida, economicamente viáveis e ecologicamente

eficientes. Desenho ou redesenho de produtos de conceção mais duradoura e utilizando menos recursos.

Dinamização de redes de retoma, reuso, remanufactura ou reciclagem. Foco no upcycling (“reutilização criativa”,

processo de reconversão de resíduos em novos materiais ou produtos de maior valor acrescentado) ou no downcycling

(processo de reconversão de resíduos em novos materiais ou produtos de menor qualidade/funcionalidade reduzida).

CCDR LVT

Economia Circulartema:

SUSTENTABILID

ADE

Consolidar a transição de uma economia

linear para uma economia circular, gerindo

recursos de modo a preservar o seu valor e

utilidade pelo maior tempo possível e

aumentando a produtividade dos recursos,

preservando o capital natural bem como o

capital financeiro das empresas

Redução da extração de recursos naturais

Transformação de resíduos em produto

Criação de novos negócios, emprego e valorização da industria e

serviços

Estimular o conhecimento e o investimento empresarial em

matéria de I&D

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Promover a circularidade da utilização dos

recursosAumentar a percentagem de recursos reciclados e reutilizados

Incentivar a sociedade civil na recolha e deposição de bens recicláveis através da criação de um sistema de recompensa

do cidadão pela deposição/entrega de materiais para reciclagem, bem como pela adoção de boas práticas ambientais (p.

ex.poupança de água)

Campanhas de sensibilização nas escolas

"Na construção de bases de partilha e da reutilização (produtos e materiais) na esfera do consumidor e das novas

empresas estará o fator decisivo para uma política pública que pretende acelerar a transição para uma economia

circular.

...

A este nível, a adoção do perfil do consumidor como instrumento de “adesão” a comportamentos circulares pode ser

decisivo, por exemplo, com uma abordagem de “gaming” directo.

Por exemplo, não poderá um cidadão obter créditos pela separação de lixo, por favorecer a reutilização de

eletrodomésticos, por reduzir o consumo da água e o desperdício alimentar, por participar nas decisões da freguesia, e

por exercer trabalho voluntário, e por isso, ter uma recompensa direta com a redução significativa da taxa de RSU na sua

fartura da água? E não poderá esse comportamento traduzir-se num ID circular com registo do seu perfil com múltiplas

vantagens numa sociedade em transição?

Esta abordagem, que incide no utilizador (consumidor), é determinante para concretizar a adesão à economia circular

(porque muda comportamentos) e para avaliação do seu impacto (porque produz dados). " In Parecer sobre RCM PAEC"

Valorização e valoração económica dos serviços associados aos

ecossistemas

Desenvolvimento de metodologia de valoração económica dos serviços de ecossistemas

Integração dos serviços de ecossistemas nas políticas e instrumentos de ordenamento do território

Campanhas de informação/sensibilização para o papel dos ecossistemas no âmbito da redução/controlo dos riscos bem

como no âmbito do aumento da produtividade e criação de "saúde"

Promover o comportamento "verde" das instituiçõesAções de divulgação/sensibilização para adoção de práticas que previlegiem soluções "amigas do ambiente",

nomeadamente a nível da contratação pública verde

Promover a inovação no processo produtivo, no sentido de

reduzir a necessidade de materiais, de reaproveitar, e da

inovação no produto

Apoios às empresas que promovam a economia circular, relacionada com novas utilizações de materiais e reciclagem

Incentivo ao design de processos e respectiva produção e utilização inteligente de recusos

Incentivo ao prolongamento da vida útil de produtos e dos seus componentes

Concretizar a Estrutura Ecológica Regional e promover a sua valorização (por exemplo através da identificação e

divulgação de percursos pedestres)

Desenvolver e aprofundar o conhecimento dos valores naturais, identificando a biodiversidade, especialmente as

espécies e habitats protegidos, os recursos hídricos, as áreas agrícolas, florestais e silvestres, os solos e as paisagens

notáveis fundamentais para a concretização da EER nos PMOT

Salvaguardar os valores naturais e paisagísticos com maior expressão na RLVT através da EER, englobando as áreas do

Sistema Nacional de Áreas Classificadas e outras com importância regional e local para a conservação da natureza e

biodiversidade

Aumentar os espaços verdes e de utilização colectiva Dinamização e qualificação de espaços verdes de proximidade, indispensáveis para a qualidade de vida dos habitantes,

coesão social e para a competitividade urbana.

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Economia Circular

CCDR LVT

Apoiar a transição para uma economia

circular

Implementação do Plano de Ação para a Economia Circular

BiodiversidadeGarantir o funcionamento da Estrutura

Ecológica Regional (ERPVA e REM)

Preservar a Biodiversidade

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Garantir a quantidade e qualidade da água contida nos

aquíferos das Bacias hidrográficas do Tejo/Sado e das ribeiras do

Oeste

1. Promover a utilização sustentável dos recursos hídricos subterrâneos, evitando atingir situações de sobre-exploração e

beneficiando as actividades económicas, nomeadamente a indústria, o turismo e a agricultura

2. Promover a recuperação e preservação dos recursos hídricos subterrâneos que sejam utilizados para o abastecimento

de água para consumo humano, garantindo a protecção da qualidade e quantidade das origens de água

3. Assegurar o funcionamento de sistemas de monitorização adequados às exigências da Lei da Água, permitindo o

conhecimento contínuo da evolução do estado quantitativo dos recursos hídricos subterrâneos, bem como da evolução

do seu estado químico

Regeneração ambiental dos solos contaminados

Elaborar um inventário dos locais onde existem solos contaminados por substâncias perigosas quando a respectiva

concentração represente um risco grave para a saúde humana ou para o ambiente

Reabilitar os locais contaminados, de acordo com uma estratégia de prioridades

Diminuir a pressão sobre as frentes marítima e estuarina

1. Promover a protecção e valorização das águas do estuário e a sua gestão integrada com as águas interiores e costeiras

confinantes

2. Promover a protecção e valorização dos sistemas ecológicos de especial relevância para o funcionamento e

produtividade dos sistemas estuarinos, nomeadamente as áreas de sapal, os bancos de vasa e as áreas de maternidade

(nursery) de espécies piscícolas, com valor comercial ou ecológico

3. Potenciar e valorizar a diversidade e complementaridade dos usos associados ao estuário e frentes estuarinas,

compatibilizando o desenvolvimento das actividades económicas, nomeadamente portuárias, industriais, turísticas, de

transporte e de pesca, com as funções de defesa nacional e as funções de protecção dos valores naturais e as actividades

de recreio e lazer, tendo em conta a capacidade de carga do meio

4. Acautelar a salvaguarda de pessoas, de valores naturais e de bens face ao risco de ocorrência de acidentes de poluição

e subida do nível médio das águas do mar

5. Reforçar a consciência cívica e envolver os agentes locais nos processos de decisão relacionados com a gestão dos

estuários e ocupação das orlas estuarinas

6. Promover o conhecimento científico e técnico, sua sistematização e divulgação pública

Preservar e valorizar os Cursos de água e zonas hímidas

1. Promover o uso sustentável do solo na bacia hidrográfica prevenindo problemas decorrentes da impermeabilização do

solo, do agravamento de cheias, do aumento da erosão e do transporte de sedimentos para os cursos de água e

garantindo a salvaguarda de pessoas e bens

2. Garantir as condições necessárias à conservação dos valores naturais e da biodiversidade dos ecossistemas aquáticos e

ribeirinhos

3. Reforçar a consciência cívica e envolver os agentes locais na limpeza e recuperação das linhas de água

4. Potenciar os usos recreativos e de lazer das linhas de água, dos seus leitos e margens, e leitos de cheia,

compatibilizando-os com as suas funções ecológicas e hidráulicas

Gestão integrada do litoral

1. Promover a gestão integrada da zona costeira da AML, entendida como um processo dinâmico, contínuo e interactivo

que contemple a coordenação e a harmonização dos valores ambientais, paisagísticos, económicos e sociais, dando

cumprimento à Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona Costeira, assumindo-se a zona costeira como um

bem litoral.

2. Intensificar as medidas de prevenção do risco e protecção da zona costeira, com prioridade para as acções que visem a

minimização dos factores que atentam contra a segurança de pessoas e bens, ou contra os valores ambientais essenciais

em risco, tendo em conta as alterações climáticas

3. Garantir que qualquer actuação nesta área de elevada sensibilidade ecológica e ambiental tenha como objectivo

fundamental a preservação e defesa dos valores ambientais e o equilíbrio dinâmico dos sistemas

CCDR LVTtema:

SUSTENTABILID

ADE

BiodiversidadeGarantir o funcionamento dos sistemas

naturais

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Ciclo urbano da água Garantir a maior eficiência dos sistemas públicos de águas.

Adoção de modelos integrados de gestão das várias atividades que, na área de Lisboa e zonas geográficas conexas,

encontra expressão na criação de um sistema integrado de abastecimento de água e saneamento em baixa, cuja gestão e

exploração é equacionada pela EPAL nos termos que assegurem o envolvimento e a concordância dos municípios

eventualmente interessados.

Quantidade e qualidade das massas de

água

Criação de plataformas comuns de soluções de adaptação às

alterações climáticas.

Perdas de águaContinuidade de um forte investimento no combate às perdas

no circuito de distribuição.

Infraestruturas Reabilitação das infraestruturas existentes, nomeadamente das

suas linhas adutoras estratégicas.

Quer pela dimensão dos trabalhos em causa, quer pela importância que estas linhas adutoras detêm no sistema da EPAL,

sobressaem as previsíveis intervenções nas seguintes infraestruturas:

Reabilitação do Aqueduto Tejo (com um uso ininterrupto a caminho dos 80 anos!);

Reabilitação do Sistema de Castelo do Bode (embora apresentando “apenas” cerca de 30 anos de existência, a sua

preponderância no funcionamento de todo o sistema é de tal modo elevada que se justifica a sua permanente

manutenção, procurando minimizar os riscos de avaria);

Reabilitação e/ou criação de alternativas ao Aqueduto Alviela, infraestrutura com 140 anos de existência e, até por isso

mesmo, com uma importância acrescida no que diz respeito ao abastecimento municipal, derivado do seu percurso ao

longo do tempo;

Registe-se que essa tarefa de recuperação já teve início em várias infraestruturas de grande significância, salientando-se:

Os troços mais críticos do adutor Vila Franca de Xira-Telheiras;

Troço final do Adutor de Castelo do Bode;

Estação de captação de Valada;

ETA de Vale da Pedra (obra em curso).

Recursos hídricos e usos da Água

Serviços de águas (abastecimento e

saneamento)

Água e clima

Água e cidades

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Água

EPAL

Priorizar uso eficiente da água e proteger as reservas estratégicas nacionais (oferta)

Gerir procura de água e aumento da eficiência do seu uso (procura)

Melhorar a governança dos recursos hídricos (infraestruturas e tecnologias não são suficientes para política eficaz de água)

Articular política da água c/ outras políticas relacionadas (ex: agricultura, uso do solo e energia)

Designar autoridades competentes para a gestão de cada uma das bacias hidrográficas

Reforçar a cooperação transfronteiriça na gestão recursos hídricos

Recarregar aquíferos depauperados

Divulgar informação e adotar procedimentos de consulta pública

Jaime Melo Batista

Investir infraestruturação e gestão mais eficiente

Aumentar resiliência destes serviços face às alterações climáticas

Combinar soluções tecnológicas mais avançadas c/ soluções de menor custo

Introduzir a gestão patrimonial

Completar os sistemas de drenagem e de tratamento de águas residuais dom´sticas, industriais e agropecuárias

Intensificar a regulamentação preventiva de poluentes perigosos

Assegurar o acesso de toda a população a estes serviços, mesmo à economicamente mais carenciada

Sinalizar as alterações climáticas como grande ameaça para o setor da água

Priorizar a adaptação às alterações climáticas e a gestão do risco e incerteza

Implementar medidas de adaptação às alterações climáticas, envolvendo os diversos atores, nomeadamente on níveis de governação nacionais, regionais e locais, nomeadamente nas

bacias internacionais

Readaptar o enquadramento legal e regulatório

Canalização de financiamento significativo para a adaptação às alterações climáticas

Priorizar a introdução gradual da economia circular no ciclo urbano da água

Aumentar a reutilização segura das águas residuais (no quadro da economia circular)

Forte liderança política, envolvimento das partes interessadas

Monitorização

Planeamento abrangente e coerente (água + outras agendas setoriais)

Explorar e partilhar os benefícios das mais valias da economia circular

Promover a apresndizagem colaborativa entre cidades

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Água e ecossistemas

Água e financiamento

Capacitação no setor da água

Gestão dos recursos hídricos mais

eficiente, assegurando a resolução plena

das exigências de qualidade e do sistema

de abastecimento, passando do paradigma

da cobertura ao ciclo da eficiência.

Redução da quantidade de água captada

1. Fomentar as soluções intermunicipais de gestão e manutenção da rede de captação, reserva, recolha e distribuição de

água e garantir a sua coordenação com as políticas de desenvolvimento regional, garantindo economias de escala e

ganhos de produtividade e eficiência do serviço

2. Promover a renovação das redes existentes e a implementação de sistemas de monitorização de perdas nos troços

novos ou renovados

3. Desenvolver soluções de aproveitamento de águas pluviais e de águas residuais tratadas para consumo

1. Garantir a cobertura universal do abastecimento de água, de drenagem e tratamento de águas residuais e sua

rejeição, a fiabilidade e a qualidade do serviço, adequando as infra-estruturas e equipamentos às necessidades e às

especificidades locais

2. Fomentar a cooperação intermunicipal nas soluções de gestão e manutenção da rede de captação, reserva, recolha e

distribuição de água, e assegurar a sua coordenação com as políticas de desenvolvimento regional, garantindo

economias de escala e ganhos de produtividade e eficiência do serviço

3. Promover a internalização dos custos ambientais na prestação dos serviços de captação e distribuição de água e

tratamento de águas residuais de modo a garantir a eficiente exploração dos recursos

Recirculação (reduzir o consumo, reutilizar

e reciclar)Promover o uso sustentável da água

Melhoria do desempenho dos sistemas de recuperação

Investimento em tecnologia de reaproveitamento de aguas residuais

Investimento em tecnologias de conversão de água não potável (salgada) em potável

Investimento em I&DT tendo em vista a diminuição do consumo de água

Gestão do recurso água

Mitigação dos efeitos das secas

Travar a subida da cunha salina e atenuar a dependência em

relação às afluências de Espanha

Aumento da capacidade de armazenamento de água

Melhoria de eficiência na utilização da água

Criar na região Oeste uma nova rede infraestruturas de armazenamento de água que permitam dar a devida resposta à

crescente necessidade de água para agricultura que ali é praticada

Fundamental aumentar a capacidade de armazenamento de água na RLVT e promover uma melhor regularização dos

caudais na bacia do Tejo, de modo a garantir as condições necessárias ao desenvolvimento das diversas atividades

económicas e ao bem-estar das populações, no processo de adaptação à nova condição climática

CAP

Priorizar a gestão e recuperação dos ecossistemas hídricos

Ponderar renaturalização dos ecossistemas hídricos

Controlar a poluição difusa resultante da agricultura

Reativar zonas de cheia e reconectar zonas húmidas aos corpos de água para proteção contra cheias, regularização de caudais e restabelecimento de ecossistemas

Restaurar a conetividade dos rios para permitir a migração de espécies piscícolas

Manter regime hidrodinâmico e sedimentar natural adequado através da minimização de barreiras físicas

Potenciar novos serviços de ecossistemas

Jaime Melo Batista

Mobilizar recursos financeiros especialmente para inovação

Introduzir infraestruturas verdes/azuis

Melhorar a aplicação do princípio da recuperação de custos

Melhorar os ganhos de eficiência nos serviços de águas

Financiar a renovação de ativos / necessidade de aumentar progressivamente as tarifas

Utilizar os FEEI prioritariamente para melhoria da qualidade e gestão dos recursos (e não para novas infraestruturas)

Financiar o desenvolvimento de instrumentos estatísticos e de monitorização

Há conhecimento, mas não há capacidade de o passar para o nível dos decisores políticos, para a indústria, para o cidadão, e até mesmo entre profissionais do setor.

Comentários:

Ter em atenção quadro de referência internacional, nomeadamente objetivos de DS, entre outros.

É preciso garantir a prestação dos serviços água e saneamento às comunidades migrantes/temporárias. Para isso a tarifa social é muito importante.

É preciso que as preocupações sejam:

- transmitidas aos Decisores (e aqui a CCDR-LVT tem papel fundamental)

- interiorizadas pelos profissionais da água

- o setor privado deve ser incentivado a promover o empreendedorismo e desenvolver novos produtos e serviços

- divulgadas pelos cidadãos

Águatema:

SUSTENTABILID

ADE

CCDR LVTCobertura e Eficiência das Redes de Distribuição de Água e de Drenagem e Tratamento de Águas Residuais

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Criação de um Centro de

Empreendedorismo do Mar

Lisboa, enquanto capital Atlântica, conseguir afirmar-se no

contexto europeu e internacional como possuindo um cluster de

excelência não só de raiz nacional mas, pelas condições que

oferece, capaz de atrair ideias e negócios à escala internacional

e, com eles, investimento externo que acredite num cluster

concebido e desenhado de raiz para a economia do mar.

Através da criação de :

Uma estrutura de suporte e gestão em rede;

Um programa anual de atualização e formação profissional nas áreas da economia e ciências do mar, em estreita

articulação com os centros universitários da região de Lisboa;

Um programa de apoio à criação e desenvolvimento de negócios;

uma infraestrutura de incubação empresarial concebida de raiz para as necessidades específicas das startups na área da

economia do mar.

mare startup -

Jose guerreiro

Criação de zonas de teste para a utilização da Energia das Marés;

Centro de estudos de Transportes Marítimos de Carga;

Centro de controlo de Atividades Marítimas Ilegais (em conjunto com a Escola de Formação da NATO);

Observatório de Maremotos e Tsunamis.

Criação de parcerias com Territórios Atlânticos (Açores e Madeira) que contribuam para a Economia do Mar, e criação de

Redes de Empreendedores de 2ª Geração com as regiões interiores.

Promoção da economia do mar através do

cluster do mar da Região (que tarda em

afirmar-se)

Na lógica do que poderia/deveria ser uma visão da Plataforma

Atlântica de Lisboa, deve expandir-se nas dimensões regional,

nacional e global, estimulando e promovendo a economia do

mar.

Aproveitar as oportunidades dos serviços do offshore;

Know-how adquirido e a adquirir;

Serviços e indústrias ditas emergentes;

Aceder aos recursos naturais do mar profundo - conhecimento, exploração e preservação;

Legislação de suporte ao ordenamento e gestão do espaço marítimo e à monitorização ambiental;

Ensino e formação profissional para o mar (deve ser considerado prioridade estratégica)

Promoção da cidade de Lisboa como

cidade portuária, verde e inteligente

Constituição de plataforma-chave "Plataforma Atlântica de Lisboa" para o planeamento e investimento, promoção da

economia do mar e sua progressiva descarbonização, desenvolvimento do transporte multi-modal;

Estabelecimento em toda a ZEE portuguesa de uma Área de Emissões Controlada.

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Mar

Cidade portuária inteligente com um cluster do mar mobilizado para a ação, com conceito de mobilidade, com acesso à energia e à sua eficiência na utilização e descarbonização, com visão sobre melhoria da qualidade do ar que

respiramos, e com democratização do acesso dos seus cidadãos à zonas ribeirinhas e à água, e no usufruto, por estes, de um espaço de lazer coexistindo com renovadas actividades socio-económicas que vão do desporto escolar aos

grandes eventos náuticos desportivos e culturais, ou dos roteiros náuticos de turísmo local ao turismo científico.

A Plataforma Atlântica de Lisboa, deve contribuir para que a Região de Lisboa seja uma área metropolitana-portuária verde e inteligente que possa promover o comércio internacional; criar valor acrescentado através dos seus

serviços e indústrias locais; criar emprego especializado; ser utilizador priviligiado da investigação e inovação local; ser líder na mitigação e adaptação às alterações climáticas; e ser garante da qualidade do ar local, do ordenamento

do seu território e da preservação do seu ecossistema.

Economia do Mar TAGUSPARK

Economia do Mar

Reforçar as atividades económicas e tradicionais marítimas:

pesca, aquacultura, transporte marítimo, portos e indústria

naval;

Promover as atividades económicas emergentes: biotecnologia

azul, energias renováveis do mar, recursos estratégicos do

oceano profundo;

Maximizar a centralidade geoestratégica atlântica do Espaço

Marítimo Português.

Diversificar e aumentar a matriz de valor da economia do mar

portuguesa para geração de emprego altamente qualificado e

oportunidades de alto retorno de investimento.

Encorajar a inovaçao e modernização na indústria (formação,

I&D, e tecnologia)

Usar os portos como aceleradores tecnológicos das novas indústrias avançadas do mar, integrando-as na cadeia de valor

da economia global:

Criação do Campus do Mar Lisboa (criação de plataformas de aceleração tecnológica nos portos para criação de novos

negócios nas indústrias avançadas da economia do mar e novas competências);

Transformação do sistema portuário nacional numa área de serviço para navios a GNL e num hub de transhipment

internacional e regional de GNL;

Criação de condições para o abastecimento de GNL marítimo até 2026.

Metas:

Aumento em 50% das receitas e do grau de especialização da indústria naval.

Aumento em 50% das receitas geradas pelas atividades transversais.

DGPM

João Fonseca

RibeiroComentários:

Sublinha importância dos trabalhos anteriores aos quais pouco tem a acrescentar. Não se trata de definir uma nova estratégia mas sim de aperfeiçoar a visão que temos, que pouco tem a alterar. No essencial, os sub-temas

estratégicos relacionados com o mar e referidos na Estratégia Lisboa 2020 e na Estratégia Regional de especialização Inteligente (RIS3), bem como nos trabalhos anteirores relacionados com a “Plataforma Atlântica de Lisboa”

mantêm-se válidos.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Promover as energias renováveis marinhas Produção de Energia a partir das das ondas do mar

A instalação de infraestruturas capazes de gerar este tipo de energia identicas às existentes e reforço da capacidade das

existentes (ex: "Central da Aguçadoura" na Póvoa do Varzim e Central de Ondas na Ilha do Pico - Produção de energia

electrica através de sistema de"coluna de água oscilante";

Valorização e aproveitamento dos recursos do Mar

Promover a aquacultura nos estuários do Tejo e do Sado

Desenvolver a área da biotecnologia marinha

Desenvolver projetos piloto de novas tecnologias das energias renováveis offshore (energia eólica, das ondas e das

marés)

Promover a investigação e o desenvolvimento na área da engenharia para a exploração do fundo mar

Explorar novos recursos e novas aplicações

Apostar na investigação, inovação e tecnologia marinha

Promover o desenvolvimento de projetos piloto sobre as novas tecnologias das energias renováveis offshore

Proteção dos recursos do mar

Desenvolver sistemas de monitorização do espaço marítimo, quer de embarcações, quer de derrames

Recolha de detritos

Instalação de dispositivos fixos ou móveis destinados a proteger a fauna e flora marinhas

Conversão dos sistemas de aquicultura tradicionais para sistemas de aquicultura biológica

Promover o turismo náutico e na náutica de recreio

1. Garantir as condições básicas para afirmar Lisboa como porto de rotação de navios de cruzeiros, e Lisboa e Setúbal

como destinos “cruise and stay”, articulando essa actividade portuária com a estruturação das actividades concorrentes

2. Aproveitar as frentes ribeirinhas para actividades de turismo náutico (navegação de recreio, desportos náuticos e

marítimo-turístico), em articulação com a estruturação das actividades concorrentes, potenciando uma utilização

sustentável dos estuários do Tejo e do Sado, da frente atlântica e do espaço marítimo adjacente

'Desenvolver estruturas adequadas de apoio à prática de atividades náuticas desportivas para as quais a região tem

condições de excelência mundialmente reconhecidas, como por exemplo a prática de surf

Desenvolver e promover o turismo náutico e as atividades náuticas nos estuários do Tejo e do Sado

Promover o cluster do mar na Região

Projeto de promoção do empreendedorismo azul - capacitar empreendedores e promover a criação de empresas na

fileira da economia azul;

Projeto de sensibilização e capacitação para o empreendedorismo azul, nas autarquias litorais;

Criação de mecanismos facilitadores de acesso a capital de risco, promovendo a articulação institucional com a banca e

capitais de investimento;

Programa de apoio à criação e desenvolvimento de negócios, incluindo um programa de fomento à internacionalização

para empreendedores, com o objetivo de aquisição de conhecimentos para gerir negócios, junto de empreendedores

experientes, em empresas de acolhimento num outro país participante no programa, um programa de apoio ao registo

de patentes na região;

Capacitar para o mar - Sensibilização ambiental para o mar (literacia);

Projeto de documentários espécies marinhas - Educação ambiental;

Projeto de promoção consumo aquacultura - Educação ambiental;

Projeto de dinamização passeios turísticos em alto mar sobre técnicas de pesca desportiva e industrial.

Promover o acesso persistente ao mar (Operar e Treinar)

Programa anual de atualização e formação profissional nas áreas da economia e ciências do mar, em estreita articulação

com os centros universitários da região de Lisboa. Essa formação terá também uma componente descentralizada ao nível

das autarquias da região LVT, incluindo a formação para o empreendedorismo no mar;

Desenvolvimento de sistemas de aquacultura em mar aberto.

Aquicultura

Objetivo 1: disseminar conhecimentos na aquicultura.

Objetivo 2: Criação de novas áreas inshore de aptidão para a

aquicultura.

Projeto 1: Criação de centro de competências em aquicultura, com o fim de disseminar conhecimentos, nomeadamente

através de criação de projetos demonstrativos e levantamento/zonamento de potencialidades locais. Enfase em práticas

sustentáveis e aquicultura biológica.

Projeto 2: Levantamento das zonas inshore com potencial para a produção aquícola, e sistematização das intervenções

necessárias à sua disponibilização ao setor (intervenções estruturais e de descontaminação).

DRAP LVT

Martema:

SUSTENTABILID

ADE

CCDR LVT

Reforçar o potencial económico

estratégico da Economia do Mar

Plataforma Atlântica de Lisboa

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Valorização do pescado

Objetivo 1: reconhecer o peixe português como o melhor do

mundo.

Objetivo 2: acrescentar valor ao produto através da conservação,

transformação e diversificação.

Objetivo 3: Valorização culinária de espécies subvalorizadas.

Objetivo 4 promover o consumo de peixe.

Projeto 1: Reforço da investigação cientificamente fundamentadora deste tipo de afirmações

Projeto 2: Investigação de recolha e sistematização das melhores práticas inovadoras a nível mundial, bem como sua

divulgação

Projeto 3: Fundação Nacional do Pescado para investigar e divulgar a dietética e valorização culinária de espécies

subvalorizadas, em cooperação com Fundación Alicia

Projeto: Criação da Academia do Pescado com o fim de formar o consumidor, através da disponibilização de formação e

atribuição, ao formando, de vários graus de conhecimento na matéria.

DRAP LVT

Racionalização das capturas no mar

RACIONALIZAÇÃO DAS CAPTURAS NO MAR

Objetivo 1: Divulgação de tecnologias de deteção e de captura,

eficiência energética e segurança no mar.

Objetivo 2: Diminuição das capturas indesejadas.

Objetivo 3: Identificação das causas exatas das diminuições do

stock para cada uma das espécies mais importantes.

Projeto 1: Criação de embarcações modelo, para cada tipo de arte de pesca

Projeto 2: Investigação em tecnologias de deteção remota das espécies existentes nos cardumes, possibilitando o

controlo das capturas por instituições públicas

Projeto 3: Investigações nas espécies mais importantes

DRAP LVT

Promover as instâncias da rede para a investigação do mar

Criaçao de uma estrutura de suporte e gestão em rede de articulação e integração das iniciativas a desenvolver no

âmbito do empreendedorismo e inovação empresarial nos setores da aquicultura, ecologia e controle da qualidade do

meio marinho, biotecnologia marinha e recursos minerais e energéticos em meio marinho;

Espaço físico autónomo, com capacidade de instalação de start up’s na área do Mar, de Centros de I&DT, de

experimentação pré-comercial e teste de novas tecnologias, desenvolvendo ou facilitando acesso a infraestruturas

adequadas a cada caso;

Programa de divulgação, promoção e captação de investimento estrangeiro para o desenvolvimento de tecnologias

marítimas e de clientes potenciais para os serviços e utilização das capacidades instaladas no desenvolvimento de

tecnologias marítimas;

Promover as instâncias da rede para o desenvolvimento de

conceitos, a experimentação e o ensaio orientadas para o meio

marinho, os portos e a indústria das plataformas marítimas

Laboratório de ensaios de tecnologias marítimas

Laboratório de simulação de modelos de operações marítimas em realidade virtual

Laboratório de ensaios de materiais compósitos

Laboratório de segurança e manutibilidade de sistemas submarinos

Laboratório de Socioeconomia do Mar de Lisboa

Laboratório de observação e monitorização de treansporte marítimo

Laboratório de monitorização e modelação da agitação marítima

Laboratório de motores, energia e ambiente

Laboratório Subsea

Projeto de otimização energética da zona portuária e de atividades e estruturas relacionadas

Portugal como Referência Europeia

Atlântica nas Cadeias Logísticas

Internacionais como um Hub de Negócios

Eficiente, Inteligente e Sustentável.

Desenvolver o Conceito de Porto Inteligente (SmartPort) para a

Simplificação e Modernização do Setor

Adequar Infraestruturas e Equipamentos ao aumento da

dimensão dos navios

Garantir Padrões de Elevada Eficiência, nas vertentes de

operação, de ambiente, de energia e de segurança

Aumentar a Conetividade Marítima, Fluvial e Terrestre alargando

a rede marítima internacional e desenvolvendo ligações

eficientes ao seu hinterland

Promover/Incentivar a Intermodalidade

Promovera Imagem dos Portos de Portugal associada à Inovação

e tecnologia

Promover a eficiência da mão de obra portuária

Potenciar Negócios e Atividades conexas/transversais ao setor

portuário

Promover a Cooperação com as Comunidades Portuárias,

Logísticas e Stakeholders Nacionais e Internacionais

Valorizar o Know How Nacional (Formação, Ciência, I&D e

Tecnologia) para inovação e modernização do setor

Porto de Lisboa - Principais investimentos:

Aumento da Eficiência do Terminal de Alcântara

Novo Terminal do Barreiro

Melhoria da Navegabilidade do Estuário do Tejo até Castanheira do Ribatejo

Nova Lancha de Pilotagem

Porto de Setúbal - Principais investimentos:

Melhoria das Acessibilidades Marítimas

Melhoria do Acesso Ferroviário

Reorganização de Acessos aos Terminais e Portaria

Nova Lancha de Pilotagem

Principais investimentos transversais:

Implementação da Janela Única Portuária III/Janela Única Logística

Implementação da Fatura Única Portuária

Modernização do Sistema VTS (Vessel Traffic Service)

Implementação do Conceito Legal de Porto Seco

Criação das Plataformas de Aceleração Tecnológica dos Portos

Infraestruturas Marítimo Portuárias - Abastecimento de Gás Natural Liquefeito

APL

CCDR LVT

Martema:

SUSTENTABILID

ADE

Plataforma Atlântica de Lisboa

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Melhorar o sistema de governação

Garantir a manutenção da RMQA;

Melhorar os modelos de previsão;

Elaborar Planos SOS.

Melhoria da qualidade e quantidade da informação relativa às

emissões atmosféricas e qualidade do ar ambiente

Desenvolvimento de orientações metodológicas para a elaboração de Inventários de Emissões Atmosféricas à escala

regional/local;

Implementação de um sistema de informação ambiental incorporando os resultados de autocontrolo das emissões

de poluentes para o ar;

Adaptação dos sistemas de informação da Qualidade do Ar (atual QualAr) alargando o seu âmbito a novas fontes de

dados e a novas exigências decorrentes do e-Reporting;

Melhoria do sistema previsão da qualidade do ar, nomeadamente ao nível de inclusão de mais poluentes e de maior

detalhe da informação espacial;

Promover a eficácia da disseminação da informação sobre a qualidade do ar através de novas tecnologias de informação.

Adequação/Otimização da rede de monitorização da qualidade

do ar

Renovação de equipamentos de monitorização, em linha com os requisitos de controlo e garantia de qualidade;

Implementação de procedimentos de Controlo e Garantia de Qualidade (QA/QC - Quality Assurance/Quality Control ) na

rede de monitorização de qualidade do ar da RLVT;

Avaliação da composição química de material particulado (source apportionment ), incluindo a quantificação dos níveis

de carbono negro.

Gestão Sustentável da Mobilidade Regional e Urbana do

Transporte de Passageiros (*relação com o tema Mobilidade)

Alargamento e fiscalização da Zonas de Emissão Reduzidas (ZER);

Criação de Vias de Alta Ocupação na entrada de Lisboa;

Elaboração e implementação de Planos de mobilidade e transportes (PMT) pelos municípios com mais de 50.000

habitantes ou que sejam capitais de distrito;

Promoção de Planos de Mobilidade de empresas e polos geradores e atractores de deslocações e Planos de mobilidade

escolar;

Promoção do uso do transporte público - desincentivo ao transporte individual e melhoria do transporte coletivo em

meio; urbano (otimização da gestão de estacionamento; alargamento de políticas de bilhética multimodais; alargamento

de sistemas de transporte complementar, p.ex. park & ride junto a interfaces de TC);

Dinamização de iniciativas de mobilidade partilhada como o car sharing , bikesharing e car pooling;

Redução da idade média das frotas de veículos pesados de transporte público de passageiros;

Divulgação informação sobre opções de mobilidade;

Promoção da adoção de veículos elétricos ou de veículos híbridos nas frotas de táxi;

Promoção da aquisição de veículos elétricos na Administração Pública;

Promoção do veículo elétrico na micrologística urbana.

Gestão sustentável do transporte de mercadoriasRedução da idade média da frota de veículos rodoviários de transporte de mercadorias e estabelecimento de limite de

idade

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Ar

Melhorar a qualidade do ar na RLVT

nomeadamento no que se refere ao NO2 e

PM10, garantindo o cumprimento dos

valores limite da Diretiva Europeia e

legislação Nacional e reduzindo custos na

saúde (*relação com o tema saúde)

CCDR LVT

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Garantir a qualidade do ambiente sonoro

1. Garantir a articulação das opções de planeamento municipal

com a avaliação e acções de correcção das características da

componente acústica do ambiente

2. Preservar as características da componente acústica do

ambiente e prevenir a proximidade de fontes ruidosas a usos de

carácter sensível

3. Corrigir a qualidade do ambiente sonoro das zonas sensíveis e

mistas que estejam em violação aos valores limites aplicáveis

Melhorar a qualidade de vida das

populações, diminuindo riscos para a

saude física e mental das populações

Desenvolver a investigação e a engenharia de materiais de

construção

Otimizar a componente Ruído na ótica do Planemanto do

Território

Melhorar o planeamento dos territórios, garantindo o princípio base da integração da componente acústica nos IGT

municipais e a adequada distribuição dos usos do solo atendendo às fontes sonoras existentes e previstas, da seguinte

forma:

Os estudos de caracterização e diagnóstico dos IGT municipais devem integrar uma caracterização do ambiente acústico

de referência, atualizada e representativa da realidade representada, sobre a qual deverá ser apresentado um

diagnóstico que permita enquadrar e apoiar a fase de elaboração da proposta. Para tal, deverá ser garantida uma estreita

articulação multi e inter disciplinar que deve incluir não só as diversas equipas responsáveis pela elaboração do IGT como

também todas as entidades responsáveis pela gestão do ruído ambiente;

Na proposta deve ser privilegiado o afastamento dos usos sensíveis às fontes sonoras, justificando as opções tomadas.

Importa garantir a coerência e articulação entre os diversos instrumentos de gestão de ruído ambiente do município,

designadamente o Plano Municipal de Redução de Ruído, os Mapas Estratégicos e os Planos de Ação da Aglomeração e

das Grandes Infraestruturas de Transporte. Para tal, deverá ser garantida uma estreita articulação multi e inter disciplinar

que deve incluir não só as diversas equipas responsáveis pela elaboração do IGT como também todas as entidades

responsáveis pela gestão do ruído ambiente do município.

tema:

SUSTENTABILID

ADE

Ruído CCDR LVT

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Crescimento SustentávelMelhorar fiscalização e supervisão na exploração dos recursos e

na gestão dos resíduos e passivos ambientais

Aquisição de meios e a interoperabilidade entre as diversas entidades que fiscalização e supervisionam as ações que

conduzem à qualidade no tratamento dos resíduos e na redução dos passivos ambientais.

GNR Comando

Territorial

Lisboa

Promover acordos voluntários com sectores prioritários no sentido de fomentar a produção mais limpa e a conceção

sustentável de produtos

Promover a comunicação/sensibilização para a prevenção da produção de resíduos

Promover compras no sector público com critérios de sustentabilidade que previnam a produção de resíduos e

fomentem a reutilização

Incentivar a proximidade da rede de recolha ao utilizador e a separação seletiva

Potenciar sinergias de recolha e tratamento de resíduos numa lógica de complementaridade

Promover a autossuficiência e a competitividade do sector dos resíduos

Estabelecer e implementar um programa de ação para promover a procura de materiais passíveis de valorização

Robustecer os sistemas de gestão de fluxos específicos, numa ótica de criação de sinergias e avaliação da aplicação da

RAP a fluxos emergentes

Promover o estabelecimento de novas áreas industriais desenvolvidas numa ótica de simbiose industrial, com planos de

racionalização de materiais e energia e a reabilitação de áreas industriais existentes

Reforçar e apoiar as atividades de comunicação/ sensibilização desenvolvidas pelos operadores de gestão e pelas

entidades gestoras de fluxos específicos

Promover a implementação de sistemas de gestão ambiental, de qualidade e de higiene e segurança no trabalho

Disseminar informação sobre boas práticas em sectores-chave produtores de resíduos

Fomentar o envolvimento dos cidadãos e dos agentes no processo de tomada de decisão

Promover a educação ambiental junto dos cidadãos e das empresas

Desenvolver e atualizar numa base regular um sistema regional de indicadores sobre resíduos e fluxos de materiais e sua

disponibilização pública

Incentivar e apoiar a investigação e desenvolvimento no sector

Resíduostema:

SUSTENTABILID

ADE

Cumprimento da diretiva resíduos e do

Plano Nacional de Gestão de Resíduos (as

metas encontram-se em revisão, sendo

que a certeza é de que serão mais

exigentes)

Promover a eficiência da utilização de recursos naturais na

economia, através da promoção de padrões de produção e

consumo responsáveis, da prevenção da produção de resíduos e

da redução da extração dos recursos materiais e energéticos e

do reaproveitamento dos materiais utilizados e valorizados no

ciclo de vida dos produtos

Prevenir ou reduzir os impactes adversos decorrentes da

produção e gestão de resíduos, através do aumento de eficiência

dos processos e tecnologias envolvidas na gestão de resíduos,

numa lógica de ciclo de vida, evitando-se a transferência de

impactes entre fases do ciclo de vida dos produtos/materiais,

nomeadamente através da adoção de critérios que conjuguem a

exequibilidade técnica e a viabilidade económica com a proteção

da saúde e do ambiente

Promover uma continuada redução do impacte ambiental

associado às atividades de gestão de resíduos, nomeadamente:

Limitar a perigosidade dos resíduos produzidos (prevenção

qualitativa) pela redução da quantidade de substâncias perigosas

utilizadas nos produtos que dão origem a esses resíduos (através

do ecodesign)

Facilitar e promover a reciclagem dos produtos em fim de vida

através da aposta na vertente do ecodesign «Design for

Recycling»

Limitar o transporte de resíduos e evitar que estes sejam

eliminados ou valorizados longe dos seus locais de produção

(desde que existam soluções adequadas ou ambientalmente

mais favoráveis para o efeito)

Através da inovação tecnológica, com a introdução de

tecnologias mais eficientes de tratamento

CCDR LVT

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MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS

tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Redes e Mercados ExternosDinamizar a região, promovendo a divulgação nacional e

internacional dos serviços e bens produzidos localmente com

impacto externo.

Criação de Redes de Empreendedores de 2ª Geração com as regiões interiores;

Com o número crescente de startups tecnológicas com potencial de crescimento e internacionalização, criar incentivos

para a captação e retenção das mesmas;

Melhorar as condições de financiamento das empresas, apoios fiscais e financeiros, facilitando acesso a capital de risco,

com investimento qualificado, e incentivos à internacionalização.

TAGUSPARK

Sustentabilidade de pequenos negócios na

área do empreendedorismo e do

empreendedorismo social, e que possam

ser de relevância para a sua continuidade

no mercado

Santa Casa M

Lisboa

Empresas

Empresas

Inovação

Indústria 4.0

Comentários:

Mira Amaral

Três preocupações fundamentais da CIP: financiamento às empresas, sistema fiscal para a competitividade e infraestruturas logísticas para a competitividade.

Financiamento às empresas: no financiamento às empresas importa chamar a atenção para um erro concetual que consiste em pensar que o sistema financeiro se reduz ao sistema bancário. O sistema financeiro é mais do que o

sistema bancário. Infelizmente, em Portugal e na Europa, o financiamento às empresas está muito dependente do sistema bancário. Isto gera problemas nos casos em que as empresas são economicamente viáveis mas encontram-

se em dificuldades financeiras, casos comuns em start-ups. O sistema bancário não vai resolver o problema do financiamento a essas empresas porque a banca trabalha através de crédito, que não resolve o problema de uma

empresa já endividada.

O estado deveria recuperar essas empresas através de injeção de capital. São necessárias políticas públicas para recuperação de interesses economicamente viáveis mas financeiramente em dificuldade. As políticas públicas do lado

da economia têm de ter a ambição de pegar numa pequena empresa e ajudá-la a ser média. E de pegar numa média e ajudá-la a ser grande. Este é um problema de escala e dimensão que afeta a produtividade geral do país. O

único instrumento de política pública que funciona são os sistemas de garantia mútua (PME's tornam-se sócias das sociedades de garantia mútua e a sociedade de garantia mútua dá o aval para cobrir 50% do risco do projecto junto

da banca).

Sistema fiscal para a competitividade: o estado cria os impostos e é também quem cria a despesa, financiada por esses impostos. Portugal tem um problema comercial de despesa pública, apesar do défice estar em melhores

condições fruto do crescimento económico e taxas de juro do BCE. Os exercício de fiscalidade estão sempre condicionados pelo nível de despesa pública e de défice existente. A competitividade fiscal, numa pequena economia

aberta como a nossa, tem de ser vista em termos mundiais. Portugal deveria ter um sistema fiscal que conciliasse a equidade no plano interno com a competitividade no plano externo.

Infraestruturas logísticas para a competitividade: 70% das nossas exportações seguem por modo rodoviário. Mas os espanhois estão a fazer uma rede de bitola europeia para se ligarem à rede francesa. As nossas expostações por via

rodoviária vão ser prejudicadas, pelo que recomenda-se que as nossas exportações passem a circular por modo ferroviário e marítimo. Isto implica ferrovias modernas que nos liguem à Europa para transportar mercadorias, não

apenas TGV's. Teriam de ser linhas mistas que levassem pessoas durante o dia e mercadorias durante a noite.

As tecnologias são a integração entre o mundo físico e o mundo digital através dos sistemas de produção ciberfísicos.

Na investigação gasta-se dinheiro (investe-se) para criar conhecimento. Em 2011 apenas 2,1% dos doutorados portugueses estavam em empresas, o que é largamente insuficiente para as necessidades do país. É necessário colocar

mais doutorados nas empresas e aumentar o número de doutorados em engenharia e tecnologia. Só quando a investigação é seguida por um processo de inovação empresarial é que se promove a competitividade das empresas

através da criação de vantagens competitivas e criação de valor. As PME's não têm de fazer investigação - têm de fazer inovação. Na inovação empresarial ainda somos infra-europeus. O programa Interface tem relevância neste

assunto: Lisboa tem concentração de capacidades em ciência e tecnologia e terá também spill-overs para o resto do país. Beneficiar as outras regiões penalizando Lisboa é um erro.

O próximo quadro comunitário de apoio não pode esquecer a inovação empresarial.

Principais aplicações da indústria 4.0:

- gestão digital da performance;

- manutenção preditiva e preventiva (em vez de manutenção estatística, que permite otimizar o ciclo de vida dos produtos).

Características da indústria 4.0:

- inexistência de setores ou profissões imutáveis (necessidade de educar os jovens com competências transversais - skills de empregabilidade);

- necessidade de competências e aptidões para o futuro;

- formação de engenheiros e quadros técnicos que combinem as competências técnicas com as soft skills.

É necessário reindustrializar: aderir ao modelo de conhecimento, injetando conhecimento e engenheiros nas empresas. Três dimensões da revolução industrial:

- tecnológica;

- social (obriga a formação profissional contínua, potenciada pelas plataformas de e-learning);

- empresarial.

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Indústria 4.0 Promover a Indústria 4.0

Reforçar o papel da Indústria 4.0 na economia regional

Digitalização da economia, através da Indústria 4.0 (fábricas

inteligentes)

Incentivos às empresas no âmbito da Indústria 4.0

Potenciar o cluster da indústria automóvel e suas componentes

Desenvolvimento de novos modelos de cooperação entre o

sistema científico e as empresas

Aumentar as exportações nacionais e regionais

Incentivos às empresas que promovam a cooperação com as instituições do Sistema Científico Nacional e Regional

Apoios às empresas que promovam o emprego científico

Incentivos à internacionalização das empresas

Apoio à competitividade das empresas

Melhoria das infraestruturas utilizadas pelas empresas (Disponibilização de infraestruturas físicas e digitais modernas,

eficientes e inteligentes);

Redução dos custos de transporte para permitir acesso a mais mercado (clientes e fornecedores) e atração de

investimento.

Simplificação de processos administrativos.

Agroalimentar e

Segurança Alimentar

Apoiar e consolidar o combate ao

desperdício alimentar

Criação de grupo de trabalho com vários stakeholders, que

inclua elementos da Ordem dos Nutricionistas, que permitam

criar regras para conceber refeições balanceadas e seguras, em

doses adaptadas às refeições dos consumidores.

Ações de divulgação dirigidas à sociedade civil

Eventual criação de taxa de desperdício – sugere-se estudo e verificação da aplicação noutros países. DGAV

Segurança alimentar

Alterações climáticas

Energia

Recursos (água e solo)

Redução dos desperdícios (economia

circular)

Auto-aprovisionamento: redução do gap entre produção real e

produção potencial, mantendo a sustentabilidade.

Economia Circular.

Modelo colaborativo (formação, investigação e inovação,

serviços).

Abordagens integradas das cadeias de valor (maior foco na cadeia de valor).

Aproximação da produção ao consumidor (B2C): eliminação de intermediários, maior envolvimento das empresas.

Incorporação de conhecimento e tecnologia :

- agricultura de precisão (utilização eficiente dos recursos, investimento na retenção da água e armazenamento);

- incorporação das energias renováveis;

- diagnóstico e prevenção de doenças;

- alterações climáticas: melhoramento genético na produção agrícola (produtos que se adequam às necessidades).

Mais investigação aplicada e inovação.

Estima-se que cerca de 40% dos alimentos produzidos não são consumidos.

A proposta vai no sentido do incremento de campanhas com vista à redução do desperdício de alimentos junto dos

agentes que participam na cadeia alimentar. Um dos maiores centros de desperdício alimentar encontra-se na

restauração. Existem já alguns exemplos de boas práticas no combate ao desperdício alimentar por parte de alguns

agentes que atuam no âmbito da restauração, tais como redução das doses servidas ou encaminhamento das sobras de

alimentos confecionados para os mais desfavorecidos. Estes exemplos devem ser divulgados e todos os agentes que

operam na restauração devem ser incentivados a adotar estas práticas.

A comercialização de produtos alimentares, quer em estado puro como processados, é normalmente efetuada com

recurso a embalagens de materiais não biodegradáveis. O desenvolvimento de soluções alternativas, passando por

embalagens solúveis ou até comestíveis, contribuirá para redução do desperdício de embalagens verificado.

Também na ótica alimentar, a redução do desperdício deve ser promovida. Esta redução pode ser conseguida através de

programas de educação cívica que ensinem de forma prática a aplicação do princípio dos 4 R: Reduzir, Reutilizar,

Restaurar e Reciclar.

Agroalimentar e

Segurança Alimentar

Aumento da disponibilidade em alimentos

saudáveis, seguros e sustentáveisCCDR LVT

Tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

João Paulo Ribeiro

Lima

Agroalimentar e

Segurança Alimentar

Promover a redução de desperdício alimentar e derivados

Há novos hábitos alimentares devido à mobilidade social (aumento da classe média, aumento da pressão da produção de carne), urbanização e envelhecimento demográfico. A qualidade alimentar já não é só vista como

necessidade básica: é agora uma questão de nutrição e alimentação que promova a saúde.

Portugal produz muito conhecimento. O problema é a transformação dessa conhecimento em negócio. A parceria (financiamento, I&D, qualificação de RH) tem de estar focada no cliente, neste caso agricultor e consumidor. Lisboa

tem RH qualificados, capital de risco disponível, presença em centros de investigação, cultura de risk-taking, e empresas focadas nas necessidades dos clientes, bases do modele interativo de inovação agrária.

Lisboa pode ser diferenciadora, pode ser líder em produção de conhecimento. Portugal é um país pequeno com muita diversidade, e qualidade dos nossos produtos e Lisboa pode ter um papel fundamental na promoção dos nossos

produtos.

CCDR LVT

EmpresasCompetitividade e internacionalização das

empresas

Comentários:

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Promover o desenvolvimento e a comercialização de novos

produtos alimentares com dimensão competitiva e valor

acrescentado

O consórcio AGRO-TECH foi criado por despacho conjunto dos Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da

Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural, com o intuito de promover a investigação e desenvolvimento

experimental de áreas como Agricultura e Floresta, Saúde Animal e Sanidade Vegetal e Tecnologia e Inovação para a

Bioeconomia.

A sede do consórcio (campus AGRO-TECH) é localizada em Oeiras, num terreno que alberga para além dos participantes

no consórcio (INIAV, iBET e ITQB Nova) outras entidades relevantes no sector, nomeadamente a DGAV e Universidade de

Lisboa, sendo ainda local de produção de vinho generoso, o vinho de Carcavelos.

Dada a sua dimensão e localização, o campus constitui-se como local privilegiado para o desenvolvimento de um polo de

incubação de empresas quer na área de investigação científica como na de desenvolvimento de ações comerciais na área

de agroindustrial e florestal.

De forma concreta, o desenvolvimento de investigação na área da saúde (alimentar e dela derivada), bem como

parcerias com agentes do sistema não científico que permitam a melhoria na tecnologia de processo (alimentar e

embalagem), podem ser vias a percorrer para materializar o potencial científico já existente no campus.

Na área do empreendedorismo pode ser concebido um programa que permita o estabelecimento de novas entidades,

albergando-as num contexto empresarial (disponibilizando escritórios para o funcionamento das empresas) bem como

Estímular as empresas eco-eficientes e sistemas de produção

com maior potencial em alimentos saudáveis, seguros e

sustentáveis

Lisboa é cada vez mais um ponto de acesso à Europa, estando estabelecido, por mérito próprio, como centro turístico de

excelência. Desta forma, a cidade estabelece-se como uma montra para os produtos nacionais, podendo em particular

salientar os produtos da região.

Não sendo um conceito novo, mesmo dentro da cidade de Lisboa, tem, contudo, sido explorado diretamente por marcas,

notoriamente as que possuem maior capacidade de investimento.

O estabelecimento de sala de demonstração (showroom) de produtos agrícolas e florestais de pendor alimentar ou

outros (vestuário e acessórios de origem animal e vegetal de origem/manufatura certificada da região da AML), sem

acepção de marcas, potenciará o conhecimento dos produtos regionais ao reunir, numa única sala produtos, sabores e

saberes variados. Permitirá também o acesso de pequenos produtores, sem capacidade de exposição individualizada a

uma maior exposição.

Desenvolver rotas agroalimentares com transportes públicos

A região da AML deve apresentar, à semelhança de outras capitais europeias, um centro turístico visitável, na sua

maioria, através de um serviço de transportes públicos.

Existindo na região locais específicos com ligação à indústria agroalimentar, às florestas e ao mar, podem ser desenhadas

rotas de transportes públicos que permitam o acesso às zonas específicas, tais como as rotas de vinho, zonas de

produção de queijo ou visitas a pequenos produtores ou transformadores e artesãos locais.

O estabelecimento das rotas permite a ligação ao turismo regional, diminuído a utilização de transporte individuais

reduzindo os problemas ambientais daí resultantes. As rotas podem passar pelo ou ter como sede o local do showroom,

permitindo a interligação com o projeto âncora anterior.

Desenvolver programas de apoio a hortas urbanas

As hortas urbanas possibilitam, para além da inerente produção agrícola, a existência de um local, no meio dos centros

urbanos, no qual os beneficiários podem relaxar através da realização de uma atividade diferente da usual. Assim, um

programa que estimule, em conciliação com as Câmaras Municipais, a atribuição de espaços para hortas urbanas será

promotor, não só de uma produção que permita uma eventual autossuficiência de determinados grupos alimentares,

mas também da saúde mental e física dos intervenientes.

Desenvolver plataforma com presença online e física para apoio

à distribuição de produtos locais

O crescimento de negócios locais fica por muitas vezes limitado pela menor capacidade de distribuição dos produtores

ou até pela falta de conhecimento do eventual público interessado da existência de determinado produtor.

Com o desenvolvimento de uma plataforma será possível dar a conhecer os produtos e produtores, promovendo o

comércio local, ora por deslocação dos utilizadores ora através pelo desenvolvimento de uma rede de distribuição,

passando eventualmente pelo showroom.

Promover a qualidade dos produtos alimentares e lançamento

de novos conceitos de alimentação mais saudável

No ambiente atual em que a população pretende ter uma consciência social mais elevada e que por outro lado pretende

aceder a experiencias novas e diferentes, a gastronomia pode ter um lugar de destaque.

A instituição de um prémio para os restaurantes da AML que cozinhem com produtos exclusivamente locais ou para o

melhor prato elaborado com recurso a esses produtos, promoverá não só o turismo gastronómico, para os residentes e

estrangeiros, mas funcionará também como montra dos produtos e de formas de confeção que incentivem a utilização

dos produtos em ambiente familiar.

Pode inclusive, ser feita a ligação deste projeto âncora ao anterior, criando um segundo prémio para o melhor prato com

produtos aproveitados de pratos anteriores, promovendo uma prática clássica em Portugal.

CCDR LVTAumento da disponibilidade em alimentos

saudáveis, seguros e sustentáveis

Agroalimentar e

Segurança Alimentar

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Exploração sustentável das explorações

pecuárias

Regularizar a situação de registo e licenciamento das

explorações pecuárias ativas, localizadas nesta área territorial.

Identificar todas as explorações pecuárias no ativo, por freguesia, por concelho, que não apresentem a situação de

registo e licenciamento regularizada (NREAP);

Promover a construção de cronograma de ação, com a colaboração de todas as entidades com competência na matéria

(art. 9.º NREAP) para efetiva decisão sobre autorização de funcionamento das explorações e respetivo n.º de animais

autorizado a deter em cada local;

Calendarização de reuniões com a DRAPLVT identificando todas as situações ativas sem licenciamento;

Identificar com a colaboração dos municípios e da APA, as situações de impossibilidade de deferimento;

Encontrar decisões de destino adequado para os animais detidos em cada um das situações, que respeite as condições

de saúde, segurança e bem-estar dos animais.

DGAV

Promover a Agricultura de Precisão como meio de aumentar a

eficiência na produção agrícola

Os princípios da agricultura de precisão têm por base uma utilização intensiva da tecnologia no sentido da minimização

dos recursos utilizados para a maximização da produção agrícola. As quantidades de fatores colocados no terreno (água,

adubos, pesticidas, etc. ) é calculada por forma a não serem utilizadas maiores ou menores quantidades que as

efetivamente necessárias para maximizar a produção nas condições existentes em cada parcela de terreno. Deve haver

um incremento na divulgação destes princípios e criados incentivos para que os produtores (agricultores) adotem

tecnologias de produção com base na agricultura de precisão.

Promover a Agricultura de Conservação como forma de proteger

o solo da erosão e melhorar a sua fertilidade

Adoção de práticas agricolas no âmbito da Agricultura de Conservação.

A agricultura de conservação (AC) é um sistema agrícola que utiliza um conjunto de técnicas agrícolas que têm como

função proteger o solo da erosão, melhorar a fertilidade do solo, aumentar a sua rentabilidade, contribuindo para a

proteção do meio ambiente, melhorando deste modo a sustentabilidade social.

Promover o aumento do consumo de produtos endógenos

portugueses e de produtos de agricultura biológica.

Políticas de incentivo à agricultura biológica;

Medidas de consciencialização da população para produtos endógenos portugueses;

Obrigatoriedade dos produtos produzidos em Portugal serem comercializados com a designação: "Origem Portugal".

Apostar no desenvolvimento rural competitivo Medidas de apoio à inovação no setor agrícola;

Valorização do regadio

Produção Organizada

Apoiar os produtores: o carácter próprio, a natureza específica e

a superação intrínseca

Manter os apoios financeiros: os mecanismos de apoio a

iniciativas produtivas nos últimos períodos de programação; a

adaptação aos modelos estabelecidos; o aproveitamento

máximo dos mesmos apoios e a boa aplicabilidade dos apoios.

Incentivar o associativismo moderno: o modo como foi

implementado, o modo como foi considerado, o modo como foi

desenvolvido, o modo como foi apoiado e o modo como

conseguiu Mundo.

Apoiar/incentivar estruturas de eficiência coletiva (Organizações

de Organizações)

Promover o consumo em Portugal

Continuar a estimular os investimentos neste tipo de estruturas (mais dimensão, mais capacidade de armazenamento,

mais capacidade de processamento e mais capacidade de industrializar) para dar resposta também aos investimentos

significativos nas explorações agrícolas e na produção em crescimento.

DRAP LVT

CCDR LVTPromover uma agricultura sustentável e

competitiva

Agricultura

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Agroindústria e Agropecuária

Objetivo 1: Redução de custos de contexto e ambientais

associados a uma rede de transportes fortemente assente no

transporte rodoviário.

Objetivo 2: Renovação do parque de máquinas agrícola

extremamente envelhecido.

Objetivo 3: Apoiar as Empresas agrícolas sujeitas à aplicação de

medidas de controlo/erradicação obrigatórias ao abrigo da

legislação nacional de controlo fitossanitário de organismos

quarentenários.

Objetivo 4: Promover o planeamento, o processamento, a

concentração e a organização da produção para garantir o

escoamento da produção a preços justos, a produção de

conhecimento e as oportunidades para dinamizar novas

gerações.

Objetivo 5: Internacionalização/Abertura de novos mercados aos

produtos hortofrutícolas.

Projeto 1: Modernização do eixo ferroviário Linha Ferroviária do Oeste (Sintra/Figueira da Foz) que reúne

potencialidades inigualáveis como fator de desenvolvimento económico e social da região do Oeste, sendo um elemento

estruturante dos sistemas de mobilidade e logística, quer da Área Metropolitana de Lisboa quer das regiões do Oeste e

do Centro, com impactos muito relevantes e positivos no plano económico, social e ambiental.

Projeto 2: Criação de linhas de financiamento para a renovação do parque de máquinas, por oposição ao abate dos

equipamentos antigos extremamente poluentes e pouco eficientes, bem como deficitários em termos de equipamentos

de segurança passiva e ativa.

Projeto 3: Criação de um mecanismo financeiro compensatório para as empresas que tenham de aplicar medidas de

controlo obrigatórias previstas na Legislação Nacional/Europeia para a matéria em questão.

Projeto 4: Criação de um mecanismo financeiro compensatório para os ganhos de dimensão com estruturas associadas.

Projeto 5 : Criação de linhas de financiamento para fileiras que decidam avançar para negociações de programas de

abertura de mercados de países terceiros para os seus produtos e que prevejam nos planos de trabalho acordados,

períodos de acompanhamento prolongados e permanência de técnicos dessas Autoridades externas no nosso País para

acompanhamento dos sistemas produtivos e controlo na expedição do produto.

DRAP LVT

Zona Vulnerável e Estruturação Fundiária

Objetivo 1: adequar atividades em Zona Vulnerável

Objetivo 2: conferir dimensão crítica às parcelas rurais para

garantir a sua sustentabilidade e reduzir a desertificação de

determinadas povoações.

Projeto 1: concluir atualização do parcelário integral das ZV; Projeto: nas ZV georreferenciar as unidades relevantes

existentes, da agroindústria, da pecuária da agricultura

Projeto 2: atualização cadastral das parcelas de ínfima dimensão e muito frequentemente abandonadas ou plantadas

sem ordenamento autónomo possível por espécies como o eucalipto ou pinheiro, contígua e sucessivamente,

frequentemente propriedade indivisa de familiares falecidos, dados os custos envolvidos na transmissão da

propriedade… não vale a pena povoar lugarejos que não têm viabilidade nenhuma!

DRAP LVT

Capacidade de resposta à crescente

procura pela AML (resposta às

necessidades de transporte aéreo).

Reforço do número de movimentos por hora negociando capacidade (aeroporto de Tires) até 2022 (ano de inauguração

do novo aeroporto). 95% das pessoas que visitam esta região, fazem-no por via aérea. Estamos a perder cerca de 2

milhões de passageiros que poderíamos estar a receber, por incapacidade da infraestrutura aeroportuária. Em termos de

efeitos económicos e sociais, estima-se que, por cada um milhão de passageiros perdidos, perdem-se 1.000 postos de

trabalho.

Reforço dos motivos de interesse da

região.

Desenvolver iniciativas para prolongar a estadia média, propiciando ao turista um conjunto de experiências. Neste

campo, a ação pública é essencial. No segmento de centros de congressos, por exemplo, há défice de infraestruturas que

acolham grandes eventos.

Alargar a área geográfica de

implementação do setor à AML

Quer a capacidade instalada, que o número de turistas estão concentrados no interior da cidade de Lisboa. É

fundamental perceber as dinâmicas e democratizar o acesso a esta atividade económica. O projecto da linha do Tejo, de

revitalização das infraestruturas da Lisnave, poderia ser uma forma de dar resposta a este dilema.

Dignificação dos recursos humanos na

área do turismo

É necessário resolver os défices existentes nesta área, construindo planos de carreira e pagando melhor. No que é

responsabilidade pública, importa o reforço da capacidade formativa e co-financiamento das atividades formativas.

Turismo Bernardo Trindade

Agricultura

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Expansão da capacidade do Aeroporto

Lisboa e utilização civil da BA6, no

Montijo, como forma de solucionar o

problema da capacidade aeroportuária da

região de Lisboa

O forte crescimento de tráfego verificado no Aeroporto de

Lisboa coloca hoje a operação do aeroporto no limite da sua

capacidade aeroportuária para um nível de qualidade de serviço

não degradado. A proposta tem como objetivo o aumento da

competitividade do Aeroporto Humberto Delgado como hub

( pelo que se encontra centrada na criação de condições para

que as companhias aéreas possam crescer de forma sustentável,

o que é particularmente crítico para a TAP, cujo plano prevê o

desenvolvimento de conexões de longa distância (América e

Ásia, por exemplo)), bem como a utilização da BA 6, em

alternativa à construção de um aeroporto de substituição, com

menores custos de construção e menores impactes ambientais,

sendo também mais célere a sua concretização.

(i) uma avaliação de capacidade das infraestruturas existentes (vias de acesso, parques de estacionamento, terminais de

passageiros, stands de aeronaves e sistema de pistas), com identificação de estrangulamentos e/ou limitações; (ii) uma

comparação entre a capacidade existente e o tráfego previsto nas peak hours , com identificação da natureza, localização

e calendário dos futuros estrangulamentos, (iii) um calendário com as datas de esgotamento das infraestruturas

existentes e, consequentemente, com a data de abertura das novas infraestruturas (ou de outras soluções de aumento

de capacidade), e (iv) uma descrição funcional dos futuros requisitos das instalações: procura anual, tipo de tráfego,

dimensão recomendada e custo estimado.

Em resultado destas avaliações foi apresentada uma opção de Plano Diretor e de design do Terminal que responde à

procura estimada durante o período da concessão, até 48 movimentos/hora.

Relativamente ao aeroporto do Montijo pretende-se o desenvolvimento da operação ponto a ponto, assente no

desenvolvimento de uma solução económica e eficiente para as companhias que desenvolvem este tipo de operação, em

particular as companhias low cost.

ANA Aeroportos

Portugal

Reforçar a internacionalização do destino

Reforçar a complementaridade do Oeste e Vale do Tejo com a

região polarizada por Lisboa, desenvolvendo e complementando

produtos turísticos e de lazer de qualidade e muito diversificados

(recursos patrimoniais, culturais, naturais, paisagísticos e

antropológicos)

Investir na formação e capacitação das pessoas, com vista à qualificação dos serviços prestados a visitantes e turistas

Apostar no crescimento do turismo de qualidade

Apostar na qualificação dos RH ligados ao turismo com recurso à formação avançada nas escolas de hotelaria e turismo

Melhorar as infraestruturas aeroportuárias existentes e promover a adaptação base aérea do Montijo para as

companhias low cost

Incremento do turismo de cruzeiros

Desenvolver o turismo naútico de recreio

Reforçar / dinamizar o turismo religioso

Reforçar a Região como destino privilegiado para o turismo de negócios, turismo cultural, turismo desportivo, turismo da

natureza

Promover o turismo sustentável

Politicas públicas de incentivo ao turismo sustentável (incentivo financeiro ou fiscal para empresas que comercializem

serviços ou bens com reduzida pegada ecológica, implementação de "eco-labels", introdução de quotas, etc.)

Prevenir e mitigar impactos negativos devidos a um eventual excesso de turistas.

Potenciar os concelhos de pequena e

média dimensão, numa lógica de rede,

com base no potencial endógeno e na

diversificação da base económica

Otimização a cadeia de valor do turismo

Desenvolvimento de plataformas digitais, maximizando o potencial de experiência, desportivo, gastronómico, saúde,

vinho ou histórico, numa lógica de rede, com aproveitamento de sinergias entre todas estas dimensões.

Capacitar a região para conhecer e comunicar com aqueles que a visitam é essencial, numa lógica de big data, de forma a

suportar o processo de decisão de políticas públicas e fornecer informação aos potenciais investidores de eventuais

oportunidades de investimento e, assim, de criação de valor e emprego.

CIM Oeste

Consolidar a região como destino turistico

de excelência

CCDR LVT

Turismo

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Melhorar as condições de mobilidade no

território com uma aposta decisiva nos

transportes colectivos e nas soluções de

transporte partilhado

Elevar a qualidade de vida dos residentes;

Reduzir a utilização do transporte individual;

Reduzir as emissões de CO2;

Melhorar a qualidade da experiência do turista;

Coesão territorial.

Ferrovia:

Reabilitar a linha do Estoril / Cascais;

Reabilitar a linha de Sintra e a ligação à linha do Oeste.

Marítimo:

Investir nas ligações marítimas com a margem Sul (adquirir novos meios e reabilitar os existentes) – Almada, Seixal,

Barreiro e Montijo (esta última essencial face à prevista concessão do novo aeroporto).

Metropolitano:

Investir em mais equipamento circulante para aumentar a oferta e a respectiva qualidade;

Prosseguir a expansão da rede actual.

Transportes Terrestres:

Carris - retomar o plano de investimentos, adequando a oferta á procura e considerando os novos fluxos turísticos nesse

planeamento;

Reavaliar a oferta dos transportes terrestres regionais, combinando a mesma com os demais meios de transporte –

ferrovia e marítimo – criando uma rede metropolitana de transportes. Criar condições para a renovação da frota

(eléctrica /gaz – reduzindo as emissões de CO2);

Apoiar as plataformas e soluções de transporte partilhado.

Transporte Aéreo:

Acelerar os instrumentos estratégicos e operacionais e dar início à construção do novo aeroporto na Região de Lisboa

(Montijo) ainda no presente período de Programação Financeira (até 2020);

Concluir e dar início até 2021 à exploração do novo aeroporto na Região de Lisboa (Montijo). O presente objetivo de

conclusão para 2022 afigura-se demasiado tardio e muito nefasto para o turismo nacional.

Travar o crescente abandono da cidade de

Lisboa pelos residentes locais, em

particular o seu centro histórico,

disponibilizando condições no plano da

qualidade de vida – habitação a preços

acessíveis – atraindo residentes nacionais

em particular os jovens

Elevar a qualidade de vida e a coesão social e inverter a

tendência demográfica.

Criação de sistemas de apoio financeiro fiscal que permita aos jovens sair de casa dos pais, viver próximo dos locais de

trabalho potenciando todas as sinergias da família – os custos sociais e económicos da pulverização geográfica das

famílias se e quando quantificados justificariam este investimento.

A demografia atual exige também um incentivo à constituição de famílias que passa pela disponibilidade de habitação a

preços acessíveis para os jovens e classe média – não se trata de habitação social.

Apoiar programas de digitalização do

Território, das empresas e dos serviços

públicos

Elevar a qualidade da experiência do território, promover o

ambiente, a inovação, a criatividade e a diferenciação.

Conectividade e integração / coesão - wifi free nas localidades e nos transportes colectivos;

Redes de monitorização dos fluxos dos residentes e turistas;

Automação e digitalização de venda da bilhética dos transportes e atrações turísticas, desmaterialização da bilhética;

Sinalética digital, comunicação digital;

Adoção de soluções de realidade aumentada para melhorar a experiência dos turistas na visita ao território incluindo as

atrações turísticas, entre outras, no âmbito de um processo de Smart Territory .

Apoiar processos de certificação da

Região, das cidades e localidades no plano

da Qualidade de Vida e respectivas ações

de qualificação nesse plano.

Certificar o destino e promover a coesão. Promover boas práticas, com base em sistemas internacionais de certificação já testados.

Reavaliar toda a realidade da regulação Racionalizar os mecanismos e instrumentos de regulação.

Racionalização do número de reguladores e criação de sinergias;

Redução da carga regulatória excessiva sobre as empresas que se traduz numa menor competitividade das mesmas e em

custos acrescidos para os cidadãos e para a economia do País.

Apoiar projectos de qualificação do

Património Histórico, Ambiental, Cultural e

Social para um usufruto dos residentes e

turistas.

Qualificar o património;

Promover a competitividade;

Elevar a qualidade de vida dos residentes.

Criação de sistemas de incentivo financeiro e fiscal de apoio à recuperação e qualificação do património cultural;

Promoção da articulação entre atores;

Elaboração de programa articulado de oferta e usufruto do património.

Segurança dos cidadãos turistas

Implementação de projecto de apoio à PSP para uma melhor prestação de serviço policial visando o grupo-alvo dos

turistas (meios, formação, campanhas de prevenção, etc.), sendo este um pilar estratégico para o turismo e demais

efeitos económicos associados.

PSP Comando

Metropolitano

Lisboa

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

Confederaçao

Turismo Portugues

Turismo

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Qualificação, Formação e EmpregoPromover o empreendedorismo em setores inovadores e com

potencial de crescimento.

Subsídios a contratação de doutorados e mestrados de áreas de I&D;

Linha de apoio à criação de empresas por doutorados;

Criação da Bolsa de Consultoria de Negócio.

TAGUSPARK

Emprego e trabalho

Considerar o emprego e o trabalho como prioridades

estratégicas para o desenvolvimento do

país e da região.

Apoiar projectos de investimento que visem a criação de emprego estável e com direitos, o que

implica apoiar apenas a contratação permanente, a manutenção do nível de emprego alcançado e

ter como condição a criação líquida de emprego no caso das empresas já existentes;

Condicionar os apoios públicos às empresas e organizações ao cumprimento das obrigações

legais e contratuais, nomeadamente as relacionadas com os direitos dos trabalhadores;

Aumentar a formação e qualificação profissional dos portugueses - em especial dos menos

qualificados e dos desempregados de longa duração - incluindo formação de reconversão e

formação em profissões de sectores de ponta;

Reforçar a capacidade inspectiva da Autoridade para as Condições de Trabalho.

CGTP-IN

Prioridades nacionais de combate ao

fenómeno do desemprego e das baixas

qualificações da população portuguesa.

Implementação dos instrumentos de política pública nacionais

no âmbito do emprego e formação profissional.

Os principais instrumentos de política pública no âmbito da formação profissional preconizados pelo IEFP, I.P. são: os

Cursos de Aprendizagem, os cursos de Educação e Formação de Adultos, os cursos Vida Ativa, com destaque para os

cursos Qualifica +, os cursos de Especialização Tecnológica e os Centros Qualifica, que enformam a estratégia nacional

para a qualificação dos adultos (Programa Qualifica) e contribuem para a estratégia nacional para a qualificação dos

jovens e para a redução dos níveis de abandono precoce.

Os principais instrumentos de política pública no âmbito da promoção do emprego preconizados pelo IEFP, I.P. são: os

Estágios Profissionais, o Contrato-Emprego e os Contratos-Emprego Inserção, que constituem uma componente central

dos sistemas de proteção social modernos, contribuindo para a prevenção e redução do desemprego, para a promoção

do emprego e, em concreto, do emprego de qualidade, e para o aumento da empregabilidade dos ativos.

IEFP

Promover a sustentabilidade e a qualidade do emprego e apoiar

a mobilidade laboral

Criar nichos de empresas com funcionamento on-line e horários flutuantes; Promover a abertura das instituições

publicas a soluções de maior empregabilidade com recurso às novas tecnologias (teletrabalho; streaming ; VPN; APP;

etc., (sem obrigatoriedade de deslocação ao emprego);

Obrigatoriedade das empresas e instituições aumentarem o emprego jovem em 1/4 do efectivo; Redução do tempo das

comissões de serviço para 4 anos com geração de mudança e ideias inovadoras; e integração de jovens em equipas de

criação de projectos inovadores para a sociedade.

Promover emprego qualificado

Diminuir o desemprego de jovens

Diminuir o desemprego de longa duração

Promover estágios profissionais nas empresas

Reconversão dos desempregados para novas competências

Elaborar programas municipais de Integração de população em risco

Elaborar uma estratégia de combate à pobreza para a RLVT

Criação de condições para maior empregabilidade da população

ativa

Políticas ativas de emprego (adequação das necessidades do mercado à oferta formativa; criação de condições e

programas para empregabilidade de pessoas que fizeram pausa na carreira mas querem voltar à vida activa);

Políticas de incentivo à formação de adultos e de combate ao abandono escolar.

Qualificação.

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

CCDR LVTMelhor e mais emprego

Emprego

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Posicionar a região como uma plataforma

global de prestação de serviços, de

localização de atividades industriais

inovadoras com capacidade de atrair

operadores globais de 1º plano. Produz-se

muito conhecimento e a única forma de

reter os talentos é tornarmo-nos numa

plataforma atraente para os melhores

operadores globais. A matéria prima mais

escassa no mundo para esses operadores

são os talentos: para atrair operadores

globais para serviços sofisticados e

inovadores é necessário ter um eco-

sistema que gere inovação,

empreendedorismo, diferença e

variedade.

Organizar um eixo Lisboa - Regiões

Autónomas ao serviço da atração de

atividades ligadas ao conhecimento e

aproveitando o oceano e do espaço

exterior, explorando a configuração

arquipelágica do território nacional.

Desenvolver o património histórico da

região valorizando os ativos patrimoniais

que permitem ler a atual globalização à luz

da presença portuguesa no espaço asiático

e atlântico, criando uma narrativa

distintiva que torne a região mais atrativa

e criativa.

Modernizar a base industrial e os serviços Garantir uma excelente conectividade digital, no meio empresarial e particularmente nos pólos de excelência da AML.

Aposta em plataformas digitaisFixação de centros de serviços partilhados de empresas multinacionais

Investir na logística de transformação

Tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

Potenciar a inovação e diferenciação,

associadas ao desenvolvimento de

aplicações com utilização intensiva das TIC

CCDR LVT

José Felix Ribeiro

Manter polos de conhecimento de qualidade, inseridos em redes

internacionais e colaborando com operadores globais, capazes

de atrair estudantes internacionais em número muito mais

significativo.

Adquirir competências distintivas em inteligência artificial e

robótica que permitam aumentar a produtividade nos serviços e

na indústria e compensar a quebra de crescimento e o

envelhecimento da população local.

Assegurar um funcionamento da região em termos de

comunicações e acesso ao ciberespaço, mobilidade e

conectividade internacional que assegure competitividade.

Renovar o sistema financeiro, reforçando o papel do mercado de capitais e a internacionalização das operações,

nomeadamente no capital de risco.

Conseguir assegurar uma maior coesão social, combinando o esforço das famílias e a atuação do mercado e a

intervenção supletiva mas pertinente do Estado.

Definir uma estratégia de parcerias internacionais com quatro ou cinco das regiões mundiais mais prósperas e

inovadoras.

Comentários:

Serviços de Elevado

Valor Acrescentado

Inovação

Lisboa tem uma liderança e tem raios que vão até Évora, Sines, Leiria, etc. Mas não tem um eixo para as Regiões Autónomas, que são porta aberta para o oceano profundo e o espaço.

Lisboa tem que construir um capital simbólico que junte a maior modernidade com o maior respeito pelo património histórico. Lisboa não aproveita o património histórico.

As funções de um região é o que lhe dão competitividade e emprego. Mas o que torna atrativa uma região é o modo como ela funciona. Temos de ir buscar o que há de mais moderno no mundo, fazê-lo com quem está a fazê-lo e

aplicá-lo cá. Os veiculos já foram ultrapassados pelos drones, que são desta gereção porque são eletricos, leves, em fibra de carbono e capazes de se movimentar sozinhos. Os alemães estão, naturalmente, a tentar salvar o que os

distingue, que é o setor automóvel, mas nós deveríamos era preocuparmo-nos com o futuro.

A globalização é um arquipélago de metrópoles. É necessário ter uma estratégia de relacionamento com o exterior.

Serviços de elevado

valor acrescentado

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Dinâmicas regionais de eficiência coletiva,

afirmando o turismo enquanto rede

alargada de iniciativas e negócios de

natureza transversal a toda a economia.

Promoção de condições favoráveis à

tecnologia 4.0 e à economia colaborativa.

Assegurar impacto universal.

Garantir empregos qualificados e alternativos.

Articular as especificidades da estratégia regional com a

nacional.

Promoção de elementos anímicos diversificados e de qualidade.

Envolvimento de empresas de referência como brokers e facilitadores de dinâmicas coletivas.

Promoção de projetos de ação coletivos.

Conhecimento e

InovaçãoInovação e Conhecimento

Auxílio à diminuição das barreiras à entrada de empresa jovens

nos Concursos Públicos;

Política pública na aposta de atração de investimento quer

nacional quer internacional;

Melhorar o perfil da especialização da economia por via da

inovação do produto e processos a nível internacional.

Os Parques de C&T deverão criar medidas e apoiar as iniciativas de criação de empresas, promovendo a captação de

investimentos e fazendo um acompanhamento das empresas, quer na sua relação com a administração central e local,

quer na promoção ao acesso a informações úteis.

Criação da figura do Gestor de Inovação;

Criação de uma base de partilha de Conhecimento (Open Innovation),

Criação de uma rede de Busca de Soluções;

Incentivos a empresas com projetos de I&D com sucesso, para que possam replicar os mesmos em parques de C&T;

Criação de um projeto piloto para aumentar a segurança e contribuir para a certificação europeia de veículos de

condução autónoma de passageiros e de carga;

Investimento em infraestruturas de investigação científica e tecnológica, inseridas no Roteiro Nacional de Infraestruturas

de Interesse Estratégico, nas seguintes componentes: Infraestruturas físicas, equipamentos e outros recursos científicos

(arquivos e bases de dados científicos).

TAGUSPARK

Paradigma económico 2030:

- mutação permamente dos quadros de referência;

- globalização anula distâncias e dilata a base concorrencial;

- competitividade na inovação e sustentabilidade;

- inovação assento no modelo de negócio;

- dimensão competitiva glogal;

- modelo de negócio integrado e partilhado.

A atividade turística é complexa, estratégica, múltipla e transversal à economia. É de base territorial e envolve diferentes atividades. O empresário turístico não é dono de todas as atividades e componentes dos produtos e serviços

envolvidas no seu negócio.

É um modelo de negócio:

- partilhado;

- criador de riqueza;

- atividade arrastadora plurisetorial;

- integrador de políticas;

- em contínuo crescimento;

- de pessoas para pessoas;

- sem hipótese de erro;

- com competitividade em direto.

Jaime Andrez

Em termos de procura, as tendências são:

- abandono de produtos simples e avanço para a diversificação de preferências;

- diversificação das experiências, interesses e gostos (personalização das experiências);

- alteração no tipo de turismo (séniores, estudantes, ...);

- produto com grande potencial de parceirias:

- alteração de empregos (uns empregos irão ser eliminados mas outros serão criados);

- aposta em produtos de alta qualidade para evitar a volatilidade da procura.

o produto turístico é compósito, gerado através de vários produtos combinados à medida de cada consumidor.

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

Inovação

Indústria 4.0

Comentários:

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Sistema produtivo

Modernizar o sistema produtivo, substituir e fazer a transição de

um modelo económico

baseado na competitividade-preço para um modelo sustentado

na qualidade do emprego.

Desenvolver e modernizar o sector produtivo, através dum plano estratégico de

desenvolvimento, que explore os recursos endógenos e apoie a especialização produtiva em

sectores de alto valor acrescentado embora sem descurar os sectores mais tradicionais;

Assegurar a transição energética, promover a economia circular e desenvolver as respostas

relacionadas com a mudança climática;

Apoiar o desenvolvimento de um setor de empresas de bens transacionáveis, para substituir

importações e aumentar as exportações;

Investir na investigação fundamental e aplicada sob direção do Estado e atendendo às áreas

identificadas no plano estratégico de desenvolvimento;

Desenvolver programas de apoio à integração de trabalhadores qualificados nas empresas,

baseados em levantamentos de necessidades junto das mesmas e através da contratação sem

termo.

CGTP-IN

Apoiar e consolidar o combate ao

desperdício alimentar

Criação de grupo de trabalho com vários stakeholders, que

inclua elementos da Ordem dos Nutricionistas, que permitam

criar regras para conceber refeições balanceadas e seguras, em

doses adaptadas às refeições dos consumidores

Ações de divulgação dirigidas à sociedade civil

Eventual criação de taxa de desperdício – sugere-se estudo e verificação da aplicação noutros países

Inovação nos serviços Desenvolvimento de redes de atendimento integrado.

Fomentar a criação de polos de atendimento de utente MADRP

1.ª fase de implementação poderia ter início nos locais em que os serviços partilham instalações;

Criação de balcão único;

Criação de plataforma web integrada de atendimento;

Criação/implementação de central telefónica digital de atendimento direcionado.

Transformação digital;

Melhorar a eficiência e focalização das políticas existentes;

Aumentar o envolvimento dos stakeholders.

Desmaterialização do procedimento administrativo:

Habilitação de estabelecimentos para exportação;

Aprovação de atividades;

Monitorização de resultados observados;

Cumprimento e execução.

Criação de plataforma eletrónica no âmbito do Plano de Ação Nacional para a Redução do Uso de Antibióticos nos

Animais, que permita a monitorização da aplicação de AB nos animais detidos nas explorações pecuárias.

Esta plataforma vem na sequência da criação da prescrição eletrónica já prevista e que será implementada a breve

trecho. Esta informação deverá ser monitorizada por marca de exploração, de modo a precaver a segurança da carne,

leite e ovos.

Prevê a interoperabilidade das bases de dados existentes e o envolvimento dos stakeholders (DGAV, OMV, DGS, ARSLVT,

FPAS, ANABLE, ANEB, FEPASA, IACA).

Inovação no capital humano

Formação avançada;

Formação técnica especializada de nível superior;

Dotar os colaboradores de competências digitais adequadas às diferentes valências/atribuições da DGAV;

Adaptação às plataformas digitais.

Fixar e expandir as actividades intensivas

em conhecimento e criatividade

Potenciar as capacidades instaladas de ensino superior,

investigação e inovação tecnológica

1. Promover a cooperação internacional e nacional entre centros de investigação, e a sua abertura à participação das

empresas interessadas

2. Apostar no desenvolvimento de pólos que potenciem efeitos de localização e agregação para atracção de empresas de

base científica e tecnológica

3. Apoiar a inovação, diferenciação e especialização produtiva da economia regional, considerando a sua capacidade

competitiva

4. Promover o sector universitário de base tecnológica e a transferência de tecnologia para o sector industrial e a

articulação e melhoria da relação entre empresas e universidades

CCDR LVT

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃODGAV

Inovação no setor público

Conhecimento e

Inovação

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Cooperação no domínio espacial, polos de

alta tecnologia e a conclusão de

plataformas regionais em matéria de

energia

Criação de grandes polos de investigação cientifica e tecnologica;

Pesquisa e Inovação tecnologica.

Incentivos à deslocalização e criação em espaços devolutos;

Criação de polos tipo "silicon-valley";

Atribuição de bolsas de investigação.

Desenvolver a base científica e tecnológica

regional Promover o desenvolvimento tecnológico da Região

Permitir que os centros/instituições de interface, que apoiam a inovação das empresas (ex. ISQ), possam acelerar ainda

mais o seu trabalho de transferência de tecnologia para as empresas, possam desenvolver mais projetos de inovação mas

principalmente possam desenvolver projetos de inovação em áreas mais avançadas

Apoiar a transferência de tecnologia inovadora entre as universidades e centros de investigação e as empresas

Promover inovação nas empresas Inovação de produtos e processos

Incentivo à produção de conhecimento e à sua transferência para a sociedade (empresas, processos de produção, etc)

Apoios à inovação no setor empresarial

Estimulo da inovação através da criação de sinergias e redes colaborativas entre empresas, centros de investigação e

parques tecnológicos.

Modernização dos sectores tradicionais

Promover a transformação da economia

por via da digitalização e na incorporação

do conhecimento nas empresas

Inovação empresarial, inovação no capital humano e inovação e

qualificação das instituições

Os resultados da I&D aplicados no contexto do reforço da ligação entre o mundo empresarial e científico, no apoio ao

empreendedorismo e na internacionalização da economia.

Os atores administrativos devem ter um papel importante na parceria com o mundo empresarial, descentralizando para

as autarquias, com a utilização da CIM, a responsabilidade que o AICEP tem no desenho e implementação das políticas

públicas neste domínio.

Apoio à formação avançada, à formação técnica especializada de nível superior, à incorporação do conhecimento na

atividade das empresas, dirigindo as prioridades às novas especializações da economia.

Apoiar a inovação e qualificação das CIM e das autarquias, promovendo a simplificação da relação do Estado com os

cidadãos e as empresas, com um constante processo de simplex, tornando o Estado eficiente e amigo do investimento e

dos cidadãos, criando espaços físicos e digitais capacitados para responder e informar os investidores que procuram

informações e soluções para os seus negócios e investimentos. Envolver as autarquias e as CIM com os agentes

económicos na prossecução de modelos participativos que permitam criar ecossistemas amigos da economia e das

pessoas.

Apostar em estratégias de serviços às empresas é também um caminho a desenvolver. Conhecer as cadeias de valor

globais e influenciar a captação destes importantes serviços de valor acrescentado deve também ser um caminho a

desenvolver para criar valor, criar emprego e promover a competitividade.

CIM Oeste

CCDR LVT

Inovação

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Necessidade de ter sincronização de

políticas públicas entre o que é financiado

pelo orçamento de estado, pelos fundos

estruturais em Portugal e o financiamento

Horizonte 2020, tendo em linha de conta

novas dimensões de intervenção, uma das

quais a defesa (em termos de políticas

públicas de investigação e ciência e

tecnologia na Europa, vamos ter uma nova

realidade nos próximos anos que é a

introdução de um grande programa de

investigação e defesa. É uma realidade a

que a Europa não está habituada). Lisboa

já tem alguma experiência neste campo

por via das colaborações com entidades

norte-americanas.

A próxima geração de políticas tem de considerar:

- Plataformas com “massa crítica” e não estratégias “paroquiais”;

- Espaços de “Liberdade/Criação/Co-criação”;

- Papel das Universidades como estruturas sistémicas;

- Fertilização cruzada Universidade-Sociedade;

- Papel da Sociedade Civil (user innovation co-design);

- Estratégias de internacionalização (conhecimento &

tecnologias);

- Mecanismos de financiamento / capitalização.

Rogério Gaspar

A vantagem competitiva que hoje temos na área da saúde e dos cuidados e serviços de saúde, é o processamento de dados: Portugal tem a única rede de farmácias completamente integrada do ponto de vista tecnológico da

Europa.

Quando se discute todas as agendas de forma integrada, é necessário ter em conta uma comunidade que tem de ser envolvida no processo de co-decisão e co-construção destes programas, que são os cidadãos. Olhar para o

sistema de saúde centrado no doente é algo que menoriza o doente, deve-se ter no centro do sistema de saúde o cidadão. E isto também se aplica à construção de políticas públicas na área do conhecimento das ciências e

tecnologias.

A ligação entre políticas públicas nacionais, financiadas pelo orçamento de estado, e as políticas públicas contratualizadas com a UE através dos fundos estruturais ou a política de incentivo à competição dos grupos de investigação e

inovação em Portugal, em programas europeus, deveria ter uma sincronização do lado das políticas públicas.

É necessário olhar para as regiões como realidades político-funcionais e não regiões administrativas. Em Portugal não faz sentido falar de litoral e de interior porque a distância entre eles em termos europeus é ridícula.

A ligação entre universidades e empresas é feita muito mal e tem que ser melhor. Mas para isso têm de existir mecanismos de estímulo corretos. Essa responsabilidade está mais do lado das universidades do que do lado das

empresas.

Uma das discussões essenciais na Europa - e que é fundamental para analisar o quadro da região de Lisboa - hoje, consiste na questão das open sciences e das suas aplicações e nos grandes programas orientados em função de

missões: alterações climáticas, oceanos limpos e bem-estar e saúde / economia cinzenta. Portugal é um país que, nos próximos anos passará de um nível de 25% de dependência da população idosa para 70% de dependência. Por

isso, quando se fala de nova geração de conhecimento, novas tecnologias, essa realidade não pode ser esquecida, sobretudo para uma região como a de Lisboa.

O setor farmacêutico contribui para as exportações com mais valor acrescentado do que alguns setores tradicionais como o vinho, apesar de não sermos conhecidos internacionalmente por isso. É necessário olhar para os setores

disruptivos da economia digital, mas também para a realidade do tecido empresarial português e para a necessidade de apoiar outros setores. Cerca de 80% da capacidade de produção da indústria farmacêutica em Portugal está

em Lisboa. Se essas empresas não fizerem a transformação tecnológica nos próximos cinco anos, elas vão desaparecer.

Fertilização cruzada de tecnologias: tecnologias que estão a chegar rapidamente à realidade, por exemplo na engenharia de tecidos e na medicina regenerativa. Esta tem que ser uma das prioridades para a região de Lisboa.

As universidades em Portugal deveriam ter a liberdade que outras universidades têm, como na Bélgica, em que se permite que as universidades de Lisboa e Porto possam ter pólos espalhados pelo país. Se é o efeito de

desmultiplicação que se pretende, essa será a solução. E não forçar os jovens talentos que saem das escolas secundárias a ir para escolas superiores que não são as melhores do país.

Conhecimento

Novas Tecnologias

Comentários:

Verifica-se o peso excessivo do financiamento via H2020 naquilo que é o financiamento total do sistema científico e tecnológico. Em Portugal esta variável tem peso negativo por força do não investimento do lado do orçamento de

estado em políticas de investigação científica e tecnológica. O PT2030 tem de ser visto como saco de fundos, mas também como a definição de uma agenda de políticas públicas em parceria com o setor privado.

Nas áreas da colaboração internacional e colaboração inter-áreas científicas e tecnológicas, Lisboa está em posição de vantagem competitiva relativamente à ligação de diferentes áreas do conhecimento, como está em posição de

vantagem competitiva relativamente às parcerias globais.

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Formar e atrair talentos, transformando

Lisboa num polo de empresas de alto valor

acrescentado

Promover Lisboa como um polo de Ciência

e Tecnologia

Aumentar o número de doutorados per capita

Aumentar o número de doutorados nas empresas

Investir na formação doutoral

Investir na interação Universidade-Empresa

Investir em novas empresas de base tecnológica

Valorização do capital humano

Formar RH qualificados para atender às necessidades do

mercado de trabalho

Requalificar RH para atender às mudanças no mercado de

trabalho

Elaborar e implementar planos de formação de acordo com as necessidades do mercado

Investir na formação das pessoas ao longo da vida

Atração e retenção Responder às necessidades do mercado de trabalho em RH

Atender às mudanças no mercado de trabalho

Criação de redes de parcerias fortes para atração de investimento e capital humano.

Políticas de apoio a empresas que tenham por missão resolver desafios regionais com os recursos da região (promoção

da especificidade da região);

Politicas de apoio a empresários sediados na região.

Qualificação, Formação e EmpregoPromover o empreendedorismo em setores inovadores e com

potencial de crescimento.

Subsídios a contratação de doutorados e mestrados de áreas de I&D;

Linha de apoio à criação de empresas por doutorados;

Criação da Bolsa de Consultoria de Negócio.

TAGUSPARK

Formação na área das TIC e do

conhecimento na área da inovação social,

nomeadamente para o crescimento de

novos negócios nestas áreas, para uma

contribuição mais generalizada na geração

de impacto social nas comunidades

Requalificação profissional de adultos em

áreas de maior carência

Aumentar a diversidade e melhorar a

qualidade / atualidade da formação técnica de

nível superior. Incrementar o reforço de

competências técnológicas e digitais dos

Recursos Humanos das empresas.

Rever o conteúdo programático dos cursos de nível superior

adequando-os melhor às necessidades das empresas.

Auscultar as empresas e suas necessidades ao nível da qualificação de RH. Estabelecer um número minimo obrigatório de

trabalhadores por empresa que, anualmente, devem receber formação de natureza ténológica/digital. Estabelecer um n.º minimo

obrigatório de vagas, em cursos de idêntica natureza, em Instituções de ensino superior públicas destinadas à qualificação de RH no

ativo nas àreas referidas.

Melhorar o sucesso escolar no ensino básico e secundárioAções de prevenção e redução do abandono escolar

Projetos educativos de âmbito municipal

Reforçar a igualdade no acesso ao ensino pré-escolar, básico e

secundárioProgranas de apoio aos alunos com necessidades educativas especiais

CCDR LVT

Paulo Ferrão

CCDR LVT

Qualificação

Comentários:

Combate ao abandono e insucesso escolar

Santa Casa M

Lisboa

O apoio à ciência em Portugal é feito quase exclusivamente pelo Estado. Em termos de números de doutorados, Portugal tem evoluído positivamente, mas ainda tem muito caminho para andar. Há três décadas, quase todos os

doutorados eram absorvidos pelo ensino superior. Hoje as empresas empregam cada vez mais doutorados, apesar de ainda não ser em número desejado.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) está preocupada relativamente às áreas onde forma e nas quais financia as pessoas. Pela primeira vez na história da FCT, este ano, vai haver um painel que vai avaliar, no financiamento

aos doutoramentos, a bondade da trajetória da divisão do financiamento, de forma a evitar trajetórias de derivas inconsistentes.

A FCT lançou agendas temáticas, que pretendem juntar a comunidade científica e as empresas, para analisar o ponto em que cada temática se encontra, e decidir para onde se quer ir e como fazer para lá chegar.

Em geral, compensa em termos de salário ter uma formação superior. No entanto, em Portugal, nos últimos anos, o salário dos diplomados baixou. Isso demonstra o afastamento e incapacidade por parte das empresas

relativamente ao aproveitamento das qualificação dos seus recursos. É importante haver ação pública para promover a atração e qualificação destes recursos porque são eles que permitem alavancar o valor acrescentado.

Nenhuma região avança se não tiver concentração de talentos. Lisboa tem de apostar na qualificação e formação de talentos, ser mais inovadora, atrair empresas de alto valor acrescentado baseadas nesses talentos, promover a

ligação das universidades às empresas.

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

Ensino

Qualificação

Capital Humano

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Infraestruturas SMART

Proporcionar espaços que proporcionem um ambiente e

oportunidades de aprendizagem contínua

Proporcionar espaços que estimulem a criatividade, inovação, co-

construção e colaboração

Criar espaços onde os jovens possam encontrar programas de

formação

Criar um espaço para jovens empreendedores onde possam

encontrar soluções customizadas para os seus desafios e

necessidades

Capacitar jovens empreendedores de competências transversais

fundamentais para o sucesso dos seus negócios

Capacitar jovens empreendedores de competências para

garantir a sustentabilidade dos seus projetos (económica, social

e ambiental)

Desenvolver programas com os jovens com o objetivo de

encontrar soluções para desafios nacionais e/ou internacionais

alinhados com os SDGs

Combater a info-exclusão d@s jovens marginalizad@s, a qual se

vai agravando ao longo dos anos: jovens em situação de pobreza

e exclusão social que não têm smartphone e PC.

Criar um espaço com diferentes ambientes que estimulem a criatividade, inovação, colaboração e co-construção. Este

espaço para além da inovação nas instalações físicas deverá ter vários programas destinados a empreendedores e não

empreendedores que desenvolvam competências fundamentais para o futuro do mercado de trabalho, as competências

2020 mencionadas pelo World Economic Forum.

Sessões de coaching

Sessões de mentoria para os empreendedores

Organizar um hackathon alinhado com os SDGs

Organizar talks com empreendedores e outros testemunhos inspiracionais

Ser um espaço que promova a saúde, bem-estar e equilíbrio proporcionando uma alimentação saudável, yoga,

meditação, sala de relaxamento, entre outras soluções

Investir no acesso a smartphones e a inclusão da criação de apps nas matérias de TIC na escola (bem como IEFP)» uma

mais valia em termos de inclusão com efeito imediato no presente, bem como no projeto de vida d@s jovens (As apps

funcionam como efeito multiplicador no sentido da criação de soluções práticas adaptadas para a vida de jovens de

públicos muito específicos)

Promover o Dia do jovem e a educação

não formal

Facilitar a proximidade entre os jovens, as associações e os

serviços

Aumentar o conhecimento dos projetos e programas que se

realizam no âmbito das áreas estratégicas do IPDJ

Permitir o conhecimento das Associações e do trabalho efetuado

pelas mesmas

Enriquecer os planos curriculares dos jovens em situação escolar

no âmbito da Educação não formal

Realização de ações dinâmicas pelos serviços do IPDJ, Lojas Ponto Já e Associações Juvenis;

Ações de Team Building; Palestras organizadas por participantes ou ex-participantes dos projetos e programas;

Realização de uma pequena “Feira da Juventude”, na qual fossem evidenciadas todas as ofertas deste serviço.

Realização de ações em conjunto de promoção dos serviços interessados; Realização de visitas programadas a cada um

dos serviços ou espaços, decididos previamente.

Ações de Team Building; Planificação de um dia num dos serviços e/ou associação e desenvolvimento do trabalho de um

funcionário, pelos próprios jovens.

Alterar o actual sistema de ensino com acesso a novas formas de

aprendizagem criativa; adequação da valorização do capital

humano com correspondencia à capacidade e experiencia

pessoal e profissional

Implementação do uso da INTERNET de banda larga e de quadros interactivos em todas as escolas do interior;

abordagens de estudo em grupos de trabalho que permitam a rapidez na criação de ideias (Brainstorming)

Valorização da experiencia profissinal em complementaridade da

qualificação por niveis de ensino (Mestrado, licenciatura e outro

tipo de escolaridade) como forma de incentivar os jovens e

profissionais na sua capacidade de inovar

Testes práticos, avaliação do desempenho; prémios de incentivo à qualidade; implementação de certificação; partilha de

Boas Práticas

Criação de incentivos para a utilização das Universidades

sénioresCriação de espaços de ensino especial alternativo para seniores com aprendizagem do uso das novas tecnologias

Alargar a rede de acesso à INTERNET de alta velocidade nas

zonas rurais

Qualificação para novas competências, preparando as gerações mais novas para as novas exigências do mercado de

trabalho e os adultos para o processo de modernização e digitalização da economia.CIM Oeste

Melhorar as qualificações da população, preprando-a para o processo de modernização e digitalização da economia.

Combater o abandono escolar e promover o sucesso escolar.

Ensino

Qualificação

Promover a aquisição de competências ao

longo da vida, com formas modernas e

alternativas aos estabelecimentos de

ensino atuais

CCDR LVT

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

IPDJ

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Promover excelente conectividade digital

Assegurar a cobertura extensiva em infra-estruturas de fibra

ótica e serviços competitivos, inovadores e internacionalizados,

de forma a garantir a competitividade internacional

(particularmente dos Parques de Ciência e Tecnologia, Parques

Empresariais, Pólos Logísticos e Pólos Universitários).

Apostar na excelência e no investimento

em novos projetos a nível da UE a favor da

descarbonização e da digitalização

Interoperabilidade; desenvolvimento da economia local.ex: modelo em escala real de uma unidade de biorrefinaria para a produção de substitutos do petróleo, convertendo os

resíduos da silvicultura e da agricultura no Centro de IDT da BLC3 em Lagares da Beira, Oliveira do Hospital, Portugal;

Transformação digital na Administração

PúblicaServiços públicos mais eficientes Implementação de plataformas digitais inovadoras

Modernização e digitalização da economia Políticas públicas de suporte à emergência de novas tecnologiasRegulação ágil e flexível (para permitir interações tecnológicas e aplicações inovadoras)

Políticas de incentivos facilitadoras da inovação

Assegurar o desenvolvimento da base

científica e tecnológica de âmbito nacional

e regional

Apoiar projetos de investigação, nomeadamente na área da

saúde

Apoios/Incentivos à I&DT às empresas, institutos de investigação, universidades

Atribuição/concessão de prémios e de bolsas para investigação

Colaboração com as instituições formativas (ensino básico, secundário e superior ).

Colocação do dinheiro na componente do orçamento de estado que potencie diretamente a criação e desenvolvimento

dos recursos humanos. Os mecanismos existentes de financiamento de empresas em colaboração com a universidade

não são tão eficientes como deveriam provavelmente ser, pelo desconhecimento pelas empresas do valor que as

universidades podem trazer para o seu negócio para integrarem as universidades no processo produtivo.

Financiamento direto do desenvolvimento, criação e registo de proteção de propriedade intelectual de colaboração

entre empresas e universidades. Isso poderia ser feito através do financiamento de projetos que têm como deliverable a

criação de patentes. Pouquíssima propriedade intelectual foi gerada pelos investimentos que foram feitos ao longo da

Estímulo de projetos de formação ao longo da vida nas universidades para pessoas nas empresas (formação ao longo da

vida).

Criação de condições para que as empresas se estabeleçam em Portugal. Temos de conseguir ter uma resposta rápida

quando uma empresa de grande dimensão quer vir instalar-se em Portugal, não esbanjando a oportunidade com

mecanismos muito pesados, tempos de resolução e decisão muito demorados.

Programas que atraiam e fixem em Lisboa profissionais competentes (engenheiros de software, web designers,

programadores, pessoas que consigam ligar necessidades da economia em soluções digitais). Para colmatar as

necessidades de procura de trabalho daqui a 20 anos, é necessário apostar na natalidade e atrair talento internacional.

Temos de aproveitar a visibilidade internacional que Portugal e Lisboa tem para atrair profissionais que decidam viver cá.

Na West Coast dos EUA vivem 12 milhões de pessoas e ninguém nunca falou em reduzir o número de alunos das universidades da Bay Area para o interior. A concentração de alunos nos grandes centros (Lisboa e Porto) é essencial

para a criação de valor acrescentado. A proposta do governo que defende a redução de 5% das vagas das seis instituições públicas de Lisboa e Porto, não é uma boa ideia.

Arlindo Oliveira

CCDR LVT

Ensino

Novas Tecnologias

Investimento nos recursos humanos Estímulo da formação de recursos humanos.

Comentários:

As cinco empresas mais valiosas do mundo (Amazon, Google, Microsoft, Apple, Facebook) valiam mais de 500 000 milhões USD (dezembro 2017) e todas lidam com informação. É mais valioso ter dados e trabalhá-los do que

produzir bens. Qualquer sector da economia que não valorize os dados está a desperdiçar parte do seu valor e a colocar-se em risco de não vir a ter futuro. A Inteligência artificial (IA) é um conjunto de técnicas que permitirá automatizar um grande número de processos produtivos baseados no conhecimento. As terceira e quarta revolução industriais substituiram muita da capacidade

de processamento de informação e é necessário ter consciência disto porque obriga a cada vez mais investir no conhecimento e nas capacidades das pessoas em lidar com ele, para ser atores eficazes numa sociedade em que o

conhecimento é cada vez mais importante. Juntamente com a IA vêm outras tecnologias (realidade virtual, realidade aumentada, biotecnologia,...). A IA potencia estas tecnologias mas não se confunde com elas. A convergência

destas tecnologias vai provocar uma alteração tão profunda da sociedade, que potencialmente, o modelo social atual de pleno emprego, em que a esmagadora maioria da população em idade ativa tem emprego, poderá sofrer As limitações que têm existido na distribuição de fundos na região de Lisboa e Vale do Tejo têm colocado as universidades da RLVT em desvantagem competitiva face às universidade fora desta região, em Portugal e noutros países.

Várias universidade estrangeiras de renome investiram mais de 1 000 milhões de euros em novas instalações, enquanto que o Instituto Superior Técnico (IST), por exemplo, tem tido pouquíssima capacidade de investimento (3

milhões de euros). O IMT, universidade da dimensão do IST tem um orçamento de 3 000 milhões de USD, 25 vezes superior à do IST. É necessária uma estratégia que permita reforçar esta capacidade de atuação das nossas

universidades.

Novas Tecnologias

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

4 áreas fundamentais:

Temos que ter as bases / condições:

- Criação de uma sociedade do conhecimento, que valorize e produza conhecimento: a obrigatoriedade de um conjunto

de instituições em acomodarem o conhecimento produzido em doutorados ao longo das décadas é um mecanismo

errado porque obriga, nomeadamente nas instituições públicas, a acomodar na forma defensiva e sem ter a ligação à

criação de valor económico, as pessoas;

- Qualificação dos Recursos Humanos: capacidade de adptação dos recursos a uma dinâmica cada vez mais rápida;

- Qualificação das instituições: problema de qualidade do estado e da função pública.

Depois temos que criar condições para que das condições se garanta o resultado, através da inovação empresarial.Sobre a Sociedade de conhecimento: tem sido feito um reforço da base de conhecimento científico da economia e

sociedade portuguesas mas persistem dificuldades na capacidade de transferência de conhecimento do SCTN. É

necessário valorizar or projetos científicos que têm critério de valor económico associado, reforçando-os através da

capacidade das empresas em acomodarem os investigadores. Mas não há incentivos para o fazerem. Mas se for possível

reduzir o custo do capital por via do financiamento pela lógica do que o investigador faz na universidade, já se

conseguiria bons resultados. E há bons exemplos disso, fora de Lisboa, em que se subsidia de forma inteligente:

externalizam-se partes do processo em que o financiamento público tem níveis mais elevados, reduzindo-se o custo de

desenvolvimento por essa via e assim conseguindo-se produzir em Portugal o que de outra forma seria impossível. As

universidades do Minho e de Aveiro são as mais amigas da indústria porque, por exemplo no caso do Minho, a

universidade funciona, e bem, como barriga de aluguer de empresas.

Sobre a qualificação de recursos humanos:

Combate ao abandono e insucesso escolar e desenvolvimento de competências de base;

Alinhamento da qualificação inicial dos jovens com as novas especializações económicas, dando particular atenção às

competências digitais;

Formação contínua e a aprendizagem ao longo da vida;

Reconversão de ativos e resposta às necessidades de mercado de trabalho;

Aumento do número de jovens a frequentar o ensino superior e promoção do sucesso/conclusão deste nível de ensino;

Promoção da formação avançada de recursos humanos nos domínios e áreas alinhados com as novas especializações

económicas e as necessidades do mercado de trabalho.

Sobre a inovação empresarial:

Conhecimento - reforço das condições (e vontade) de incorporação de conhecimento na atividade produtiva;

Transformação estrutural;

Qualificação e dimensionamento empresarial;

Estímulo à produção de bens e serviços que potencie o aproveitamento das oportunidades de mercado criadas pela

dinamização do investimento público e privado, sobretudo em novos domínios emergentes.

Não é necessário inventar a roda… temos já muito trabalho feito em cada uma das áreas e longa experiência. Temos que

ser (mais) eficazes … os recursos são escassos e temos que os usar da forma mais eficiente possível .

Como fazer de forma eficaz a ligação entre conhecimento e produção? Não há um único modelo? Têm de ser dadas

respostas diferenciadas – one size does not fit all . Existem vários atores, vários estádios de afirmação, varias

necessidades – como responder a essas necessidades com instrumentos flexíveis? Responder a varias necessidades não

quer dizer se tem que “ir a todas” - políticas públicas envolvem escolhas. As abordagens de crescimento inteligente

implicam atender às características de cada economia regional – place based approach.

As políticas publicas têm de garantir o alinhamento de incentivos – sob pena de gerarem nados mortos. Tem de atingir o

fim a que se propõe utilizando os instrumentos da melhor maneira possível. Se calhar, a melhor maneira de manter a

produção de conhecimento entre a universidade do Minho e a Bosch é financiando a universidade do Minho e não a

Bosch. Isto tem que ser feito mais vezes e em Lisboa. Mas é difícil alterar o mapa de auxílios do estado. A administração

pública tem de ser menos fiscal e mais parceira.

Lisboa: Portugal sem Lisboa não existe no mapa. A única forma de atrair alguma coisa para Portugal é através de Lisboa,

que tem massa crítica, recursos, dimensão, etc. Lisboa tem efeito spill-over para todo o país.

Vitor Escária

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

Qualificação

Inovação

Promover um crescimento sustentado e

sustentável da economia portuguesa

alicerçado nas qualificações, no

conhecimento e na inovação

Garantir que temos empresas que reagem ao que é procurado.

Desafios:

- consolidar a internacionalização da economia portuguesa;

- continuar a melhorar as condições de financiamento das PME :

temos empresas que ganham concursos mas depois os bancos

portugueses não conseguem entregar uma carta de crédito que

seja aceite internacionalmente e que permita a essas empresas

expandirem-se internacionalmente;

- valorização da incorporação do conhecimento na atividade

económica.

Hoje conseguimos ter a Mercedes a querer instalar-se cá porque já temos boas condições para lhe oferecer. O que não temos ainda é a quantidade de recursos necessários e a flexibilidade de resposta para conseguir atrair estes

elementos que são aqueles que alteram a distribuição.

Mas Portugal fez um bom caminho porque já tem muita gente qualificada apesar de ainda ser uma pequena parte da população. A exiguidade de recursos humanos já estar a ser sentida: já perdemos muitos projetos por causa disso

- não apenas por falta de recursos altamente qualificados; não se construiu uma fábrica de conserva de atum em Viana do Castelo porque não se encontraram 500 mulheres para irem para lá trabalhar. É um problema de exiguidade

de recusos em que a questão das migrações e da sustentabilidade demográfica pode ser condicionante do nosso desenvolvimento futuro.

É necessário, em termos prospetivos, estar preparados para acomodar os efeitos das alterações climáticas, da indústria 4.0, da economia circular, etc. Temos de ter programas de política pública para acomodar e explorar essas

oportunidades sob pena de ficar arredados do processo de desenvolvimento.

Comentários:

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Fixar e expandir as actividades intensivas

em conhecimento e criatividade

Atrair talentos criativos e artísticos de todo o mundo

Renovar o tecido industrial associado ao conhecimento,

inovação e cultura

1. Assumir a cultura como vector decisivo para o aumento da competitividade da LVT e para garantir o seu

desenvolvimento sustentável

2. Afirmar na AML um cluster centrado nas actividades criativas e culturais, propiciador da emergência de um ambiente

criativo 4T (Tecnologia, Tolerância, Talento, Território)

3. Incrementar significativamente as actividades criativas na cidade de Lisboa, aproveitando/potenciando a proximidade

a inúmeras estruturas orientadas para a cultura

4. Apostar no desenvolvimento de projectos inovadores das classes criativas, em articulação com outras iniciativas

culturais, de valorização do património edificado e de promoção turística da RLVT

5. Aproveitar e dinamizar espaços e equipamentos desactivados (armazéns, fábricas, edifícios devolutos,…) que

potenciem a criação de pólos culturais alternativos que se assumam como potenciais âncoras turísticas municipais

6. Promover a RLVT como território exportador de bens e serviços nas actividades criativas e como pólo de atracção de

“mão-de-obra” de classes criativas nesta vertente, enfatizando a componente cultural de Portugal, a sua história e as

suas relações atlânticas

Incentivar a economia local através de

micro e pequenas-empresasCriação de emprego Desenvolver pequenas economias de recurso; desenvolver o mercado local;

Comentários:

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

João Vasconcelos

A indústria 4.0 é uma revolução em todos os setores. Mesmo as indústrias tradicionais, que poderão manter-se tradicionais, vão vender de maneira diferente, os fornecedores vão ser diferentes, os clientes vão ser diferentes. Por

enquanto só 1% das coisas à nossa volta é que estão ligadas à internet, mas isso vai mudar, ainda estamos só no início. E, como tal, temos de saber se nos vamos preparar para essa economia com o que já sabemos ou não.

De 2000 a 2017 o crescimento médio em Portugal foi 0,27. Os próximos 20 anos não podem ser iguais. O quadro comunitário de apoio alterou pouco isto. O próximo terá de ser diferente. Terá de investir na industria 4.0 mas em

Lisboa não há muito onde investir nessa área. O que Lisboa tem de muito bom é a capacidade de criação de modelos de negócio a partir das novas tecnologias.

O futuro vai ser de regiões. E esta região tem tudo o que é necessário para ser líder nesta quarta revolução industrial. Pela primiera vez há uma revolução que consiste na junção de muitas tecnologias e que não depende só de um

fator tecnológico, contrariamente a todas as outras revoluções industriais. Pela primiera vez na história da Humanidade, o único momento em que é possível a Portugal ter uma empresa numa revolução industrial é agora, no digital.

É a primeira vez na economia em que a localização, dimensão, e a ausência de recursos naturais relevantes não são impeditivos de fazermos parte. Temos infra estrutura tecnológica, universidades, geração mais qualificada de

sempre. Para uma empresa da quarta revolução indústrial o mais importante não é o conhecimento - é a qualidade de vida dos seus recursos humanos. Portugal tem, por isso, tudo para atrair essas empresas, que desenvolvem

conhecimento. O problema é que nós não estamos preparados para isso: não há um 2020 para isso. As políticas públicas estão focadas em quem tem stock, máquinas. A Farfetch tem um plano de investimento para Portugal de 120

milhões e nenhuma parte desse montante é elegível aos fundos comunitários. A Uniplaces investiu em Lisboa 14 milhões de euros e também não teve acesso aos fundos. O 2020 foi feito só para empresas como a Coca-Cola e a

Pfizer e não para empresas como a Netflix, que cresceu exponencialmente nos últimos 10 anos. Há muitas apps a funcionar em Portugal que movem milhões de euros mas que são ilegais à luz da lei portuguesa por falta de regulação

(fintech startups). E neste momento, tudo isto está a passar nós e nós não estamos a participar. O digital é a razão principal pela qual metade das empresas da Fortune 500 desapareceram desde 2000. No mapa das empresas

unicórnio (com menos de três anos e que valem mais de um bilião) e no mundo digital, a Europa nem aparece. A Alemanha é o país mais atrasado no digital e é ela que manda em Bruxelas. Mas o digital é a única maneira que

Portugal tem para sair dos 0,27 de crescimento, por isso é que é uma oportunidade única e histórica para nós. Shenzhem é uma capital da Ásia que duplicou o PIB em 20 anos porque apostou no digital. Shenzhen é hoje muito mais

relevante para a inovação tecnológica do que Silicon Valley e Portugal tem ótima relação com eles. Uma das maiores empresas da China fez o seu primeiro investimento estrangeiro em Portugal. Lisboa tem que liderar isto porque é

uma fonte de alunos, de know-how, de ciência.

As lojas não vão desaparecer, mas vão mudar. Começa-se a dar muito mais valor ao que é feito à mão e não à máquina. E isso é ótimo para Portugal. Porque a tecnologia não é tudo. O tecido indústrial português (não as

multinacionais em Portugal) não deveria fazer o caminho da indústria 4.0 e sim o da manufatura. Cada vez se valoriza mais o exclusivo feito à mão, personalizado. Sempre que se introduz tecnologia, robots, algoritmos ou softwares,

o que está a ser produzido perde valor. Todos os produtos de alto valor (luxo, gastronomia, vinho, turismo) são feitos à mão. Isso é ótimo para nós. Finalmente se está a atribuir valor ao que é feito por humanos. Todas as indústrias

que vão crescer vendem robots, mas em Portugal as que vão crescer não são essas. As que vão crescer são as que vão apostar nos setores que vão crescer graças à introdução de tecnologia. A resposta de Portugal à Indústria 4.0

pode deveria ser ter uma Bosch portuguesa; deveria ser a cultura, a história, a tradição, a gastronomia, o vinho, o sentimento, a maneira como recebemos os turistas, etc. É nisso que temos de nos focar.

Digital

Indústrias Criativas

CCDR LVTIndústrias Criativas

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MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS

tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Compromisso com a sustentabilidade e a coesão territorial

• Preservar o território e o património

• Transformar a Região Oeste num destino para visitar, mas

também para investir e viver

• Assegurar que a atividade turística gera um impacto positivo

nas populações residentes

Crescimento da Oferta Turística (Estadia Curta e Longa Duração)

• Aumentar a procura turística na região: número de dormidas

• Aumentar a receita proveniente do Turismo (em escala

superior às dormidas)

• Promover as escapadinhas de 1 e 2 dias na região em

consonância com a proximidade a Lisboa

Dinamização da Oferta Turística (Experiências)

• Assegurar a Oferta de Experiências associadas aos activos da

região

• Alargar a Oferta Turística a todo o ano, com dinamização da

oferta para os mercados externos, mas também para o mercado

interno

• Aumentar o número de turistas que visita a região pelas

Experiências

Especialização e Posicionamento do Turismo da Região (Ativos e

Tendências)

• Assegurar uma “imagem de marca” para a região

• Promover essa imagem no mercado interno e mercados

externos, nomeadamente mercado de proximidade

• Assegurar a satisfação e o envolvimento dos residentes

• Contrariar o impacto ambiental e territorial dos incêndios

anuais na Região

Valorização e Qualificação das Pessoas

• Promover a certificação e formação dos RH

• Fortalecer parcerias com entidades estratégicas na área da

Formação e do Turismo, como a Escola Superior de Turismo e

de Tecnologia do Mar

• Garantir a satisfação e a excelência nos serviços e alojamentos

de Hospitalidade (Hotéis e Restaurantes)

Água

Eleger o projeto tejo com ligação para o oeste como a maior

prioridade para a próxima década

Considerar-se a água como um recurso de origem coletiva para o

oeste

Abandonar a ideia das captações individuais

Ver a água como fonte de riqueza económica, riqueza social e

riqueza ambiental

Defender este projeto como uma fonte de vida para as gerações

futuras do oeste sequeiro

Projeto Tejo Elizete Jardim

Turismo como eixo estratégico de

desenvolvimento e dinamização do

território

Diferenciar o Turismo da Região Oeste pelos seus grandes ativos:

1. História, Cultura e Identidade

2. Gastronomia e Enoturismo

3. Turismo Ativo: Desporto de Mar e Natureza

4. Turismo de Saúde e Bem-estar

5. Turismo Religioso

6. Atividades artísticas e culturais

7. Hospitalidade

8. Fixação e Investimento na Região

Reforçar a posição da Região no turismo do País

Internacionalizar a Região do Oeste

Envolvimento e trabalho concertado com entidades locais e regionais

Conservação e preservação do Património (Infraestruturas e Tradições)

Promoção do Património Natural e Cultural

Atrair investimento e garantir uma oferta turística adequada (quantidade e qualidade), capaz de gerar reconhecimento

no mercado

Promoção do conhecimento e da partilha de informação e boas práticas

Posicionar o turismo como fator de competitividade para a economia da Região

Carlos Silva Neves

tema:

Agroalimentar e

Turismo

(CIM OESTE)

Turismo

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Organizações de

Produtores

Considerar e avaliar a importância das Organizações de

Produtores na economia regional de influencia

Considerar a sua dimensão e importância nacional e

internacional

Considerar o contributo para o emprego e a economia nacional

Considerar a sua dinâmica no conhecimento e na transferência

das tecnologias

Os investimentos realizados no planeamento, no

processamento, na concentração e na organização, na

comercialização, na produção de conhecimento e no

proporcionar e dinamizar novas gerações

Disponibilizar apoios e incentivos para a agricultura moderna, organizada e competitiva. Para além da manutenção dos

programas de financiamento aos investimentos, que têm permitido intervir no planeamento, no processamento, na

concentração, na comercialização, na produção de conhecimento e no incentivo às novas gerações, é imperativo:

- garantir o financiamento de estruturas de eficiência coletiva

- incrementar o consumo nacional das frutas e dos legumes e também do vinho

- garantir as especificidades regionais

- renovar o parque de máquinas nas explorações individuais

Ambiente e

competitividade

(ENEAPAI - Estratégia

Nacional para os

Efluentes

Agropecuários e

Agroindustriais)

Cumprimento do normativo ambiental e demais legislação

sectorial

Constituição de uma estrutura de missão

Promoção de soluções de encaminhamento de efluentes e de

modelos de gestão eficientes

Envolvimento dos municípios e das entidades gestoras regionais

do setor da água

Envolvimento dos municípios e das entidades gestoras regionais

do setor da água

Identificação das áreas passíveis de valorização agrícola, bem como daquelas em que essa prática está condicionada ou

mesmo interdita

Quantificação e caracterização dos efluentes/ matérias fertilizantes produzidos em cada região, pelo menos quanto à

respetiva composição em azoto e fósforo

Quantificação das necessidades nutritivas das culturas agrícolas e florestais a instalar nas áreas em que a valorização

agrícola é admitida ou condicionada

Encaminhamento dos efluentes/ matérias fertilizantes para valorização agrícola, função das culturas e das áreas

disponíveis

Encaminhamento das quantidades remanescentes dos efluentes/ matérias fertilizantes para outras regiões e/ ou

unidades de valorização/ tratamento/ destino final

Água

Aumentar a área de rega no Ribatejo,

Oeste e Setúbal, resolver problemas atuais

do rio, criar novas valências

Combate à desertificação agrícola

Abandono da utilização das águas subterrâneas

Controlo da intrusão salina

Redução dos prejuízos das cheias

Controlo da Poluição

Restabelecimento da navegabilidade no Tejo

Recuperação da Piscicultura

Desenvolvimento do Turismo

Produção de Hidro-eletricidade

Expansão da área regada

Projeto Tejo – Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo, Oeste e Setúbal Manuel Campilho

Produzir mais com menos

Promover parcerias entre ciência (controlo de pragas e doenças), empresas (pensar em disponibilizar verba para

investigação), setor público.

Mais tecnologia na rega, variedades adaptadas às regiões, maior aproximação entre produção e investigação,

Investir no incremento do valor dos produtos

Seletividade nos apoios à produção (garantia de escoamento do produto, culturas adaptadas às condições

edafoclimáticas da Região)

Aumentar a produtividadeIdentificar os solos próprios para cada variedade (e vice-versa)

Promover a colaboração com/entre organizações de produtores

Produção inteligenteApostar na formação/qualificação contínua dos produtores (incluindo os que não estão organizados)

Investimento em TIC

Organizações mais eficazes

(O Oeste não precisa de mais organizações, precisa é que as que

existem se juntem para terem dimensão)

Organizações com maiores dimensões, fortes para reagir mais rapidamente aos problemas e entrar mais rapidamente no

mercado

Capacitar as organizações de produtores

Apoios financeiros c/ majorações (apoios diferenciados para produtores organizados)

Circuitos curtos de comercialização

Regular/regulamentar os circuitos curtos de comercialização

(muito importantes na região onde há grande número de pequenos produtores em part-time que não estão associados,

criando por vezes alguma concorrência desleal)

Internacionalização

Promover a presença em mais mercados

Promover a celebração de mais protocolos sanitários e fitossanitários (exportação)

Maior aposta na Promoção (que geralmente é vista como um custo e não como investimento)

Apostar em novos produtos

Investir em seguros para as colheitas

Domingos dos

Santos

Comentários:

A estratégia apresentada é transversal e não apenas para a Região Oeste. É preciso apostar em novos produtos e noutras áreas que também têm importância para os agricultores, como a dos seguros agrícolas e de colheita e dos

mecanismos de financiamento privado.

Para fazer acontecer a estratégia apresentada "é necessário que as políticas públicas sejam objetivas, tenham objetivos, não se alterem de acordo com os ciclos políticos e sejam avaliadas periodicamente."

Elizete Jardim

Agricultura/

Fruticultura

tema:

Agroalimentar e

Turismo

(CIM OESTE)

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Promoção Tirar partido das vantagens da associação produção vinho/turismo (enoturismo) permitindo promover toda a Região

ConhecimentoPromover o trabalho conjunto entre Universidades, Politécnicos, INIAV, outros institutos e que o resultado

(conhecimento/investigação) seja colocado à disposição e utilizado pelos produtores

Organização da produção Apoios mais selectivos: ter em consideração aspetos como por exemplo a organização da produção, as castas produzidas

Mecanismos de gestão de criseDesenvolver mecanismos/estratégias que permitam respondem em tempo útil a questões como: Se há embargo à

importação de vinho, o que fazer? Como escoar a produção excedente?

SaúdeCampanhas de sensibilização por parte dos produtore assumindo que há aspectos negativos para a saúde no consumo de

vinho, divulgando simultaneamente os benefícios do consumo moderado e os malefícios do consumo excessivo

Com menor custo:

maior dimensão da propriedade;

mais mecanização;

mais conhecimento;

mais tecnologia;

maior produtividade da mão-de-obra (questão social e económica).

Com maior qualidade e sabor:

maior monitorização dos fatores de produção;

maior racionalização;

maior utilização de insetos polinizadores;

melhor gestão da água;

melhor gestão do solo;

melhor gestão das culturas.

De forma mais responsável:

maior controlo de resíduos nos produtos;

maior recurso ao equilíbrio biológico das pragas, doenças, vírus e bactérias;

maior alternância de culturas (rotações);

recorrer a cultivares menos sensíveis a agentes externos;

maior aposta no melhoramento genético / adaptação de cultivares às condições nacionais.

Respeitando o meio ambiente:

reduzir a utilização de produtos químicos não específicos;

reduzir a poluição da água e solos;

promover o equilíbrio entre as culturas e a envolvente da zona de produção (biodiversidade);

promover a utilização de insetos polinizadores e a formação de sementes.

Combatendo as alterações climáticas:

apoiar / incentivar o estudo e melhoramento genético de espécies / cultivares autóctones (caso pera ‘Rocha’);

apoiar / incentivar estudos de produtos / técnicas anti escaldão de frutos;

apoiar / incentivar estudos de stress hídrico e de sistemas de rega nas principais culturas da região;

apoiar a criação de pequenas barragens em zonas florestais.

com menor custo;

com maior qualidade e sabor;

de forma mais responsável;

respeitando o meio ambiente;

fazendo face ás alterações climáticas.

Produzir maior quantidade alimentos por

hectare;Rui Maia Sousa

(INIAV)

Luís Aniceto

Aspetos estratégicos para vinha no Oeste

para 2030:

Promoção

Conhecimento

Organização da produção

Utilização de mecanismos de gestão de

crise

Vitivinicultura

Agricultura/

Fruticultura

tema:

Agroalimentar e

Turismo

(CIM OESTE)

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

VitiviniculturaManter o peso do setor vitivinícola na

região

Produzir em larga escala

Preservar as produções muito caraterísticas (nichos)

Proteger as Denominações de Origem com grande tradição e

prestígio (Vinhos de Colares, Carcavelos e Bucelas, e Aguardente

da Lourinhã)

Preservar e valorizar os recursos genéticos endógenos

Adaptabilidade cultural

Viticultura de precisão:

Utilização de meios que atuam ao nível da fisiologia da planta, na mecanização das operações culturais

e na gestão da exploração agrícola.

Que permitam reduzir os custos de energia, reduzir o consumo de água e reduzir os desperdícios

Segurança alimentar e efeitos nutracêuticos:

estudo de compostos do vinho (endógenos ou exógenos) com efeitos nocivos ou benéficos para o consumidor

estudo da origem destes compostos no vinho

Qualidade e autenticidade

Desenvolvimento de metodologias para controlo da origem dos produtos vínicos:

controlo analítico da autenticidade do vinho

marcadores que identifiquem a origem

desenho de novos produtos vitivinícolas

aguardentes vínicas da Lourinhã

aproveitamento das graínhas

Redimensionamento das parcelas / explorações agrícolas

Financiamento dirigido

Mitigar os efeitos das ações climáticas

Eiras Dias

(INIAV)

Agroalimentar

Segurança alimentar

Alterações climéticas

Energia

Recursos (Água e solo)

Redução dos desperdícios

Transformar conhecimento em negócio

Maior foco na criação de valor

Mais investigação aplicada e Inovação

Maior envolvimento das empresas

Inovação na agricultura

Ecossistemas de Inovação:

Presença de Centros de Investigação

Recursos humanos altamente qualificados

Capital de risco disponível

Cultura de empreendorismo – “risk-taking”

Empresas focadas nas necessidades do cliente

João Lima

(INIAV)

tema:

Agroalimentar e

Turismo

(CIM OESTE)

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MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS

tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Confederação

Portuguesa da

Construção e do

Imobiliário

Reconhecemos a importância dada pelo Governo, em especial pelo Senhor Ministro do Trabalho, à sustentabilidade demográfica. Definindo-a como um prioridade nacional no próximo quadro financeiro da União Europeia, apontou

a necessidade de mobilização de "toda a sociedade" e "o mais largo consenso possível".

Este consenso tem de assentar nas mais diversas dimensões desde o mercado de trabalho, às políticas migratórias, às políticas de apoio à família até ao desenvolvimento dos investimentos na rede dos equipamentos sociais.

Tal como tem sido afirmado, o nosso País, enfrenta, neste momento um processo designado por “dupla evolução demográfica”, marcado por fenómenos como a queda da natalidade, associada a uma natural tendência de

estrutural e civilizacional para o aumento da esperança de vida, a que se juntam alterações significativas nos fluxos migratórios. É conhecido que Portugal, num curto espaço de tempo, passou de um País que atraía imigrantes, para

um País que fornecedor de emigrantes, cada vez mais qualificados.

Trata-se de uma realidade plenamente confirmada pelas projeções a longo prazo, nomeadamente da Comissão Europeia, que apontam de forma dramática, para uma queda da população esperada no espaço de algumas décadas

que atinge, em alguns cenários, alguns milhões de habitantes de diferença.

As consequências poderão ser extremamente penalizadoras para o nosso País, exigindo-se, por isso, o estabelecimento de estratégias que possam combater / inverter esta tendência. Portugal, assente na diversidade das suas

regiões – bem espelhada no potencial que é evidenciado pela Região de Lisboa e Vale do Tejo – tem de dar resposta a este desafio.

Neste contexto, qual poderá ser o papel das migrações? Qual o saldo migratório necessário para contrariar tais tendências demográficas? Como poderão as migrações responder às necessidades futuras do mercado de trabalho, no

total e por níveis de qualificação? Qual será o impacto das migrações no sistema da Segurança Social, em particular no subsistema de pensões de velhice?”

São questões que de uma forma pragmática evidenciam os desafios aos quais há que corresponder, pelo que se, por um lado o país se deve manter aberto à imigração, deverá poder captar os cidadãos nacionais, apresentando-se

territorial, económica e socialmente competitivo, promovendo a inovação, o empreendedorismo e a qualificação de recursos.

Por fim, de realçar que este é um desafio que tem de ser perspetivado à escala nacional, corringimdo assimetrias que muito prejudicam territórios de baixa densidade.

Pessoas – Sustentabilidade demográfica,

Migração, Saúde e Inclusão Social

Sustentabilidade – Alterações

climáticas, Energia, valorização dos

Recursos, Florestas, Economia Circular,

Biodiversidade, Água, Ar, Ruído e Riscos

Território – Territórios inteligentes,

Competitividade dos territórios,

Mobilidade e Logística, Regeneração

Urbana, Cultura, Habitação e Serviços

de Proximidade

A fileira da Construção e do Imobiliário é prioritária na agenda do desenvolvimento sustentável. Não só engloba as três vertentes da sustentabilidade, como tem, em cada uma delas, uma relevância muito expressiva. Conjuga as

condicionantes económicas, o desempenho ambiental e a equidade social. Estas dimensões estão presentes nos projetos e intervenções que promove, com um impacto direto na qualidade de vida das populações.

Desempenho energético, gestão eficaz dos recursos, produção e utilização de eco-materiais na construção e reabilitação de infraestruturas e de edifícios, são desafios impostos pela transição para uma economia de baixo carbono,

que necessariamente determinaram ajustamentos em toda a fileira da construção e do imobiliário. A Comissão Europeia traçou ambiciosos objetivos neste domínio e vê no nosso Setor um instrumento imprescindível para os

alcançar. É fundamental para a obtenção do objetivo de longo prazo da UE em matéria de redução em 80%-85% das emissões de gases com efeito de estufa. O sector terá de contribuir com uma redução de cerca de 40% a 50% em

2030 e de cerca de 90% em 2050. O produto da Construção e Imobiliário passou a ter uma abordagem económica, social e ambiental que vai para além do momento do investimento. Esta é uma preocupação que agora recai sobre

todo o seu ciclo de vida, à qual as empresas estão a corresponder plenamente.

Porém, exige-se a adequação de normas legais. Veja-se o caso dos eco-materiais e materiais reciclados, cuja introdução e reutilização na construção tem vindo a ser feita de uma forma relativamente lenta, pois está dependente do

processo de normalização, que decorre a um ritmo mais demorado do que seria desejado.

Qualidade de vida, otimização de recursos naturais, eficiência tecnológica, ambiental e mobilidade, são aspetos que terão de ser considerados no pensamento e desenvolvimento atual das “novas” cidades. Está em causa, uma

economia local orientada por e para objetivos concretos, uma gestão e organização integrada, uma rede tecnológica inovadora e modelos de governança conhecedores das realidades locais com respostas rápidas e adequadas aos

problemas e desafios que se colocam nos espaços urbanos.

Ou seja, têm de ser espaços dinâmicos, abertos, com capacidade de adaptação a contextos em permanente mudança, que, mediante um planeamento estratégico e a combinação de investimento público e privado, contribuam

decisivamente para o sucesso e a qualidade de vida dos seus cidadãos. Neste contexto, estamos perante uma oportunidade única. Dada a dinâmica que o mercado imobiliário está a conhecer, este é o momento certo para dar

dimensão às “cidades inteligentes”, desencadeando um verdadeiro processo de “Reabilitação Urbana Inteligente e Sustentável”. Ou seja, está em causa muito mais do que a recuperação física do nosso património construído. A

sustentabilidade, a eficiência energética, a boa Gestão do Espaço Urbano e do Sistemas de Mobilidade, energia, água, resíduos e a incorporação de Tecnologias que permitem reduzir Custos de Contexto e, inclusivamente, fomentar

o empreendedorismo, a inovação e a participação cívica.

Este é o momento para potenciar a competitividade e a produtividade territorial. É unânime reconhecer que a Europa e, em particular, Portugal, depende fortemente das cidades, no âmbito das quais as empresas podem tirar

partido das economias urbanas e das redes de ligação aos mercados mundiais. Este é um desafio para o presente que deverá combinar a visão pretendida pela “Nova Geração de Políticas de Habitação” e as prioridades a concretizar

no novo ciclo de programação dos Fundos Comunitários, no debate que está a ser feito para o período pós 2020.

A definição de uma “Nova Geração de Políticas de Habitação”, reflete um debate que é essencial para que se possam reunir os necessários consensos em torno de um domínio estratégico fundamental para o País. Mais do que uma

“Nova geração de Políticas da Habitação”, esta é, verdadeiramente, uma nova oportunidade para gerar políticas de habitação adequadas à nossa realidade económica e social. E, por isso, trata-se de uma matéria na qual toda a

sociedade se deve empenhar. Este é o momento certo para implementar uma estratégia capaz de conciliar a necessidade de maior coesão social e territorial, com temas como as cidades inteligentes, a sustentabilidade e a criação de

emprego. Não podemos criar entraves a atividades económicas muito relevantes, como o turismo e o comércio, nem ignorar a fiscalidade do imobiliário, que penaliza investidores, empresas e famílias.

Depois de o Governo ter repetidamente afirmado – e materializado na sua orgânica – a importância da Habitação, é essencial a definição de uma política estratégica, que assuma o espaço urbano nas suas múltiplas dimensões, como

polo de crescimento e centro mobilizador do conhecimento, da ciência, da cultura e do lazer, sem descurar as questões de natureza social. Esta é uma questão transversal e intemporal que exige uma resposta suficientemente

ampla, assumindo a importância que lhe é devida, enquanto tema central do debate social e político.

A Regeneração e Reabilitação Urbanas, constituem uma oportunidade única para dar resposta a estas questões. Face a esta situação é necessário pensar como atrair mais e melhor investimento para as nossas cidades e, em

particular, para a Reabilitação Urbana e ganhar uma escala nacional. Apesar dos resultados positivos conseguidos, em especial, em certos espaços urbanos como é o caso de Lisboa, a verdade é que não temos conseguido gerir de

forma adequadas as oportunidades que a atual conjuntura tem proporcionado. Porém, é necessário assegurar a estabilidade e a credibilidade do nosso sistema fiscal, num contexto em que Portugal compete com outros países

europeus.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Confederação

Portuguesa da

Construção e do

Imobiliário

Conclusões

Produção, Qualificação e Inovação –

Empresas, Industria 4.0, Agricultura,

Agroalimentar e Segurança Alimentar,

Turismo, Indústrias Criativas, Emprego,

Capital Humano, Serviços de Elevado

Valor Acrescentado, Conhecimento,

Inovação, Qualificação, Ensino, Novas

Técnologias e Digital

As estruturas extremamente burocratizadas de funcionamento dos serviços da administração pública, constituem um factor paralisante das diversas actividades económicas e representam um custo oculto acrescido para os

investidores. Neste sentido, o excesso de legislação e de regulamentação constitui, não raras vezes, um factor gerador de interpretações contraditórias e ambíguas, situação que se reconduz ao ambiente propício para a propagação

da burocracia dos serviços que tendem, por vezes sem intenção, a dificultar a tramitação dos processos, pelas dificuldades que as referidas contradições e incertezas lhes colocam.

É por isso que o País exige um outro modelo no relacionamento entre a Administração Pública, seja ela Central ou Local, e os cidadãos.

Um País que se quer moderno e desenvolvido não pode continuar a funcionar ao ritmo actual. Os investidores e as empresas não podem continuar a ter de esperar anos ou mesmo décadas por decisões para os projectos que se

propõem desenvolver.

Desta forma, é necessário definir as regras e, depois, agilizar os processos para que as decisões sejam tomadas com rigor mas em tempo útil. Em especial, o licenciamento municipal e o ordenamento do território têm de poder ser

instrumentos ao serviço do desenvolvimento, assegurando a qualidade, a coerência e a sustentabilidade desse mesmo desenvolvimento.

Estas áreas terão de ser objecto da uma intervenção simplificadora, assente na capacidade de, sobretudo ao nível municipal, uniformizar regras, procedimentos e, sobretudo, as exigências que são feitas. Esta é, na verdade, uma das

maiores dificuldades que tem sido apontada pelas empresas no relacionamento com as entidades licenciadoras.

A era digital na Construção, para além de todos os processos associados à desmaterialização, à afirmação do “Big Data”, da “Internet of Things”, da realidade virtual, é, sobretudo, uma era de interação, ou seja, as pessoas, além de

meras recetoras de dados e informações, contribuem, também elas, para os resultados, ao apresentarem novas ideias e ao propor novas ações. Esta é a nova realidade da nossa Construção e, em particular, da Reabilitação Urbana

Inteligente e Sustentável, que resulta de um “novo” tecido empresarial especialmente vocacionado para dar resposta a exigências de qualidade e de inovação alinhada com as exigências de modernidade.

A colaboração entre escolas, universidades, centros de formação profissional e as empresas é chave para alcançar o sucesso nesta área.

Para concretizar estratégias de sucesso, é fundamental atrair o talento adequado, potenciar a formação, a aprendizagem e a qualificação dos recursos humanos. As políticas públicas, nesta área, para além de não corresponderem às

necessidades das empresas, não souberam antecipar a evolução do mercado. O que se passa no Setor da Construção e do Imobiliário, constitui um bom exemplo desta realidade, designadamente com a diminuição do número de

técnicos e profissionais que se previa saírem das nossas escolas e centros de formação profissional e a crescente procura de profissionais portugueses por parte de empresas nacionais e estrangeiras.

Estamos não só a falar de técnicos com anos de experiência acumulada mas, também, de jovens licenciados, cujo valor é imediatamente reconhecido por parte de grandes operadores internacionais. A grave crise que o Setor

enfrentou teve por consequência a diminuição da procura, seja ao nível dos cursos de ensino superior na área da engenharia, bem como de soluções formativas, adaptadas às novas realidades e técnicas construtivas.

De uma forma genérica conclui-se:

portuguesas serem ultrapassadas por empresas de outros países, seja no mercado interno, seja nos mercados externos.

de forma transversal. Devem ser os centros de formação profissional que os devem atribuir e reconhecer (qualificando também os que pela experiencia já detêm a competência).

de encontro às necessidades atuais de formação de cada Setor.

De uma forma sintética (no que se refere à área de intervenção da CPCI) consideramos essencial a definição de uma Estratégia para a Região de Lisboa e Vale do Tejo que tenha em consideração:

• Promoção do Investimento

• Qualificação: educação e formação

• Consolidação e Revitalização do Tecido Empresarial

• Competitividade fiscal

• Inovação e empreendedorismo

• Internacionalização

• Infraestruturas logísticas (“Dotar Portugal de infraestruturas logísticas competitivas”)

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

FCT

José Bonfim

Formas de atingir os referidos objetivos:

Para que Portugal possa atingir a meta de 3% de despesas em I&D face ao PIB em 2030 (com um peso relativo de 1/3 do setor público e de 2/3 do setor privado) importa desenvolver um esforço intensivo que implicará o acréscimo significativo de recursos humanos qualificados no setor público e

particularmente no setor privado. É também esperado que a prioridade estratégica que propomos para a RLVT, centrada na qualificação e atração de recursos humanos altamente qualificados, contribuía certamente para este objetivo nacional bem como para o posicionamento da região como polo

de excelência a nível europeu.

As atividades de Ciência e Tecnologia, pela sua própria natureza, tendem a assumir um espaço que tende a ultrapassar fronteiras territoriais delimitadas. Assim, sem prejuízo de a Estratégia em causa procurar responder a problemas específicos da região em matéria de Ciência e Tecnologia, e que

estejam identificados como críticos pela região, somos de parecer que os investimentos em C&T a realizar na região devem ter em conta desejavelmente os seus impactos e “externalidades” noutras regiões e em diferentes setores, para além de fronteiras regionais que se possam revelar artificiais

face à natureza dos projetos a implementar.

O facto de a região LVT acomodar uma massa crítica considerável (à escala do país) de recursos humanos, infraestruturas e equipamentos em várias áreas científicas e tecnológicas recomenda que a região não deixe de estar envolvida em projetos com incidência em outras regiões e, por outro lado,

deva ser parte ativa de iniciativas com liderança de outras regiões, procurando uma otimização de recursos a nível nacional.

A produção de conhecimento científico e tecnológico faz-se crescentemente em rede, no quadro de um paradigma de inovação aberta que se afirma como dominante.

Nesse sentido, sugerimos que, sempre que adequado, sejam introduzidos critérios de valoração para projetos que apresentem no seu plano de implementação formas de articulação com promotores em outras regiões.

Perspetiva da FCT sobre Estratégia 2030 para a Região Lisboa e Vale do Tejo

Prioridades estratégicas e objetivos

Uma prioridade estratégica, de natureza transversal, que se impõe a nível nacional e concomitantemente com a necessidade de acompanhamento a nível regional, centra-se no desafio muito relevante de aumentar muito significativamente o investimento em I&D de modo a que o país pudesse

atingir a meta de 3% face ao PIB em 2030.

A Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) considera que a qualificação e atração de recursos humanos deverá constituir uma aposta relevante e significativa para a região de Lisboa e Vale do Tejo de forma a contribuir para tornar a região num polo com acrescida capacidade de atração científica

e tecnológica a nível europeu e global, num quadro de uma estratégia da região centrada em maximizar o valor acrescentado e impacto das atividades a nível económico, científico e cultural.

A região de LVT apresenta potencial para se aproximar do modelo das regiões mais inovadoras no espaço europeu e global, com intensa vida cultural e caraterizadas por desenvolverem atividades de alto valor acrescentado e possuírem um elevado potencial científico, nomeadamente a nível de

recursos humanos altamente qualificados, onde a existência de uma elevada concentração de doutorados tende a ser determinante.

O referido potencial de recursos humanos altamente qualificados será um fator crítico para propiciar a inserção mais intensa dos atores em ciência, tecnologia e inovação em redes internacionais que desempenham papel essencial e liderante na competição existente no espaço europeu e global.

Neste contexto, refira-se, por exemplo, a relevância do desenvolvimento de competências na região a nível de tecnologias “emergentes” de natureza transversal (como o conjunto das tecnologias digitais entre outras). Reconhecendo que já existe um volume razoável de recursos altamente

qualificados a este nível, é manifesto que a região precisa de evoluir para a constituição de massas críticas a esse nível de modo a densificar a inserção em redes internacionais acima mencionadas.

Embora se tenha vindo a assistir a uma evolução positiva no esforço de formação avançada em Portugal ao longo das últimas décadas, nomeadamente a nível de novos doutoramentos, a região LVT (para além do país) continua a apresentar insuficiência de recursos humanos com os perfis de

qualificação capazes de preencher necessidades em certas áreas, nomeadamente naquelas que estão próximas de tecnologias, serviços e setores de atividade intensivos em conhecimento (algumas dos quais emergentes e que constituem uma oportunidade para Portugal na próxima década).

Em certas áreas a existência de massas críticas em recursos humanos altamente qualificados em territórios pertinentes, dotados igualmente das necessárias infraestruturas, constitui um elemento chave para que uma região como a LVT possa atingir o estatuto de região avançada em termos de

conhecimento e desenvolvimento tecnológico.

É inquestionável que a competitividade internacional da região LVT (bem como naturalmente do país) será criticamente beneficiada pelo reforço da capacidade científica e tecnológica instalada, considerando não só as infraestruturas e equipamento disponíveis mas, de forma crítica, o stock de

recursos humanos altamente qualificados conforme acima indicado.

A FCT não pretende indicar áreas prioritárias em detrimento de outras para a região de Lisboa e Vale do Tejo, mas chama a atenção que está a prosseguir um esforço significativo de elaboração de Agendas Temáticas de Investigação e Inovação nos temas seguintes:

o Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade

o Arquitetura Portuguesa

o Ciência Urbana e Cidades para o Futuro

o Cultura e Património Cultural

o Economia Circular

o Espaço e Observação da Terra

o Inclusão e Cidadania

o Indústria e Manufatura

o Mar

o Saúde, Investigação Clínica e de Translação

o Sistemas Ciberfísicos e formas avançadas de computação e Comunicação

o Sistemas Sustentáveis de Energia

o Trabalho, Robotização e Qualificação para o Emprego em Portugal

o Turismo, Hospitalidade e Gestão do Lazer

Estas Agendas pretendem identificar desafios e objetivos para cada uma das áreas temáticas em jogo, numa perspetiva de médio e longo prazo (onde o ano de 2030 surge como referência indicativa) bem como as questões de investigação e inovação futuras que sejam identificadas como possuindo

potencial para se tornarem crescentemente relevantes nesse quadro.

Cada Agenda está a ser discutida e elaborada por um elevado número de peritos indicados por unidades de investigação, empresas e entidades de referência em vários setores de atividade. Cada Agenda deverá proporcionar uma visão do que se configura como tendências de evolução da respetiva

área temática em jogo nas vertentes de investigação e de inovação em Portugal e tendo naturalmente em consideração o contexto internacional e o estado da arte.

Estas Agendas começarão a ter em breve versões preliminares que irão ser discutidas em workshops públicos e prevê-se que um número significativo das mesmas esteja disponível em Julho de 2018, quando do evento CIENCIA 2018 a organizar pelo MCTES-FCT.

A FCT tem a expectativa de que as Agendas Temáticas acima indicadas (e outras que se possam vir a desenvolver) venham a constituir fonte de inspiração a diversos níveis, nacional, regional e institucional, com vista à focalização de esforços em torno de desafios e questões de investigação e

inovação que contribuam igualmente para o desenvolvimento dos territórios.

Em anexo, encontram-se, a título de exemplo, a indicação de focalização temática de várias Agendas e a menção a desafios e objetivos que pretendem endereçar, alguns dos quais poderão naturalmente ser de interesse para a região LVT.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

ANACOM

Ainda ao nível concelhio, no final de 2017, não estavam ainda credenciadas no Sistema de Informação de Infraestruturas Aptas (doravante, SIIA) cinco Câmaras Municipais pertencentes à RLVT e que, em consequência, não têm acesso às infraestruturas aptas disponibilizadas pelos operadores e nem

aos anúncios de obra do respetivo município. Adicionalmente, sugere-se que a própria CCDR LVT se credencie no SIIA, para facilitar o futuro acompanhamento de estratégias de desenvolvimento regional que assentem ou dependam em infraestruturas aptas ao alojamento de redes de comunicações

eletrónicas.

Informação ao nível da freguesia

Considerada a informação disponível por freguesia (a mais recente, reportada ao 2º trimestre de 2017) sobre a cobertura e penetração das RAV fixas para as 355 freguesias que integram a RLVT, conclui-se que, em mais de metade dessas freguesias, a cobertura das RAV fixas é já superior a 50% e

em uma em cada quatro freguesias a penetração também é superior a 50%.Especificamente sobre a taxa de cobertura, releva-se que em 102 freguesias esta era quase nula, podendo estas freguesias, nestes casos, serem candidatas a programas especiais de promoção da oferta no quadro de prioridades estratégicas que essa Região venha a estabelecer (eventualmente com

apoio de fundos públicos) visando a redução das assimetrias que se verificam no seu seio, em matéria de acesso às RAV.

No tocante à adesão (medida pelas taxas de penetração) às RAV, esta é inferior a 1% em 113 freguesias, também em resultado de uma fraca cobertura verificada nas mesmas, pelo que em casos de potenciais programas de promoção da procura deste tipo de tecnologia, se poderiam vir a considerar

estas freguesias, bem como as 84 freguesias com taxa de penetração até 25%.

Ainda sobre as RAV fixas, dez dos 52 concelhos pertencem à lista de concelhos abrangidos pelo concurso de implementação das NGA nas áreas rurais pertencem à RLVT, quatro com obrigação de passagem de RAV fixa pela DSTelecom Norte e seis com obrigação de passagem de RAV fixa pela

Fibroglobal.

2. Desenvolvimento das comunicações móveis

Relativamente ao desenvolvimento das comunicações móveis, destaca-se que a preparação da introdução do 5G em Portugal deverá ter em conta os desenvolvimentos a nível comunitário, nomeadamente o 5G Action Plan . Adicionalmente, na sequência dos objetivos de conectividade gigabit

propostos pela Comissão Europeia (CE) - Commission communication "Towards a European Gigabit Society” - o 5G irá ser uma das tecnologias que servirá para cumprir esses objetivos. Na sequência do exposto, deverá ser avaliado em que medida a Agenda Portugal Digital deverá ser atualizada,

com o objetivo de acomodar o 5G, assim como os novos objetivos de banda larga de conectividade gigabit.

Parque

Tecnológico de

Óbidos

Miguel Silvestre

"Registando o elevado interesse da coesão territorial, social e económica para o desenvolvimento equilibrado do país, apresentam-se seguidamente algumas perspetivas associadas ao sector das comunicações que a CCDR LVT poderá considerar úteis na definição global da Estratégia 2030."

1. Cobertura e adesão às redes de alta velocidade (RAV)

Informação ao nível concelhio

De acordo com os dados ao nível dos concelhos de Portugal mais recentes (3º trimestre de 2017), disponibilizados pelos prestadores de serviços de comunicações eletrónicas, a RLVT tem, em termos médios, uma maior cobertura e adesão às RAV (fixas e móveis) , face à restante área do país .

Em especial, destaca-se que:

• Na RLVT, a taxa de penetração dos clientes residenciais com banda larga fixa (BLF) nos alojamentos familiares clássicos é superior em 19 pontos percentuais à média verificada para Portugal sem a RLVT.

• Se considerados somente os clientes RAV (fixas e móveis), a taxa de penetração dos alojamentos clássicos na RLVT é superior em 23 pontos percentuais à média verificada para Portugal sem a RLVT.

• A taxa de cobertura de RAV (fixa e móvel) nos alojamentos clássicos na RLVT é superior em 45 pontos percentuais à verificada no resto do país.

Acresce que a proporção de acessos (cobertura e penetração) na RLTV, face ao total de Portugal, é maior do que a proporção de famílias nessa região, no total de famílias em Portugal. Ou seja, 36% das famílias em Portugal residem na RLVT, o que compara com mais de metade (53%) dos acessos

(cobertura) de RAV (fixa e móvel) em Portugal localizados na RLVT e com quase metade (48%) dos clientes com RAV (fixas e móveis) associados a esta região.

"Os pontos apresentados estão direcionados para a região oeste e não tanto para RLVT porque nos parece que é importante esta visão própria e o seu posterior enquadramento numa visão mais abrangente. O Parque Tecnológico de Óbidos enquanto entidade tem todo o interesse em contribuir

futuramente de forma mais sistematizada e abrindo os contributos às empresas e outras entidades com quem tem parcerias e que possam ser relevantes para o processo."

1 Clarificação administrativa: A região (?) ou a CIM Oeste não deveria continuar neste limbo administrativo que a reparta entre fundos comunitários na Região Centro e no planeamento, ordenamento, agricultura, etc, na Região LVT. É uma situação que chega a ser inusitada e que na verdade só

afasta os atores do território que se vêem forçados a interpretar duas estratégias e a vender o seu projeto a duas entidades diferentes.

2 Urbano e Rural: O magnetismo de Lisboa não está a ser estruturado de forma consistente quando se perspetiva o desenvolvimento do território. O excesso de centralismo do Estado, a natural tendência do Mundo para os grandes centros urbanos, estão a promover o esvaziamento de

competências do território e a concentrá-los na cidade. É imperativo dar força a entidades do Oeste como projetos e espaços de apoio ao empreendedorismo como o Parque Tecnológico de Óbidos (integrando-os até nas estratégias da capital se for esse o caso), nos poucos centros de investigação

científica do território, nas instituições de ensino superior.

3 Uma aposta clara na Ciência e na Investigação e Desenvolvimento: É incrível que a região com a agricultura mais desenvolvida do país (Oeste) não tenha uma entidade ou um lab de uma Universidade! O trabalho de recuperação do COTHN é muito importante, mas não chega. No Parque

Tecnológico estamos nos últimos anos a reunir parceiros para que possamos criar um projeto de I&D para a digitalização e automação da gestão e produção agrícola. Devia ser uma prioridade da região ser o território do país de agricultura inteligente e sustentável. O Parque Tecnológico está

também a criar um eTourism Lab porque acreditamos que esta região e Óbidos, em particular, tem tudo para ser uma referência mundial em modelos de gestão turística. Temos condições ímpares para aplicar tecnologias para recolha e análise de dados (biga data).

4 Talento: é preocupante a inexistência de uma estratégia para o Talento que vá para além da realidade da capital. O futuro da região vai centrar-se nesta matéria. Há cada vez mais gente consciente desta realidade e a verdade é que projetos como o Parque Tecnológico, quando conjugados com a

fileira do Surf por exemplo, criam uma dinâmica muito particular. No entanto, existem duas questões urgentes a resolver:

- Housing: não existem soluções de residência flexíveis para jovens trabalhadores. Nós em Óbidos temos projetos que não podemos desenvolver porque o Parque Tecnológico foi sujeito a condições abstrusas quando da sua aprovação pela CCDR LVT. Está-nos vedada a possibilidade a evolução para

um conceito de Campus pelo PDM.

- Mobilidade: É impossível ter uma vida autónoma nesta região sem um automóvel. É urgente, imperativo, alterar esta realidade. No Parque temos perdido investimento, colaboradores, por isto. E o que nos preocupa é que não vejo grandes alterações no cenário futuro.

5 Digitalização e Automação: Entre Lisboa e Leiria este é um tema quase invisível e inaudível. É fundamental que a região se assuma como uma referência. Nós queremos participar nesse processo. Parece-nos absolutamente crítico que possamos ser a primeira região do país a estudar o impacto

deste processo ao nível do emprego. Não compreendo como em tantos estudos encomendados por tantas entidades, isso não pareça ser prioritário. Quantos empregos vão ser perdidos e quantos vão ser criados com a transformação digital em curso?

6 Afirmação tecnológica: a região (fora de Lisboa) promove tecnologias e soluções que não têm qualquer visibilidade per si. E deveriam ter. Há que dar espaço ao que acontece no território e há que visitar os projetos sem que seja necessário o convite oficial. A região fora de Lisboa é mais que

agricultura e turismo. É importante posicionar a região como um potencial hotspot de inovação.

7 Formação/treino/masterclass/workshops: Seja qual for o nome é importante que os temas críticos do nosso desenvolvimento sejam insistentemente trabalhados junto de técnicos da administração pública (toda ela), empresários, estudantes e trabalhadores. É fundamental que consigamos

queimar algumas etapas e possamos recuperar tempo face a outros territórios. Falar de Digitalização não pode em 2018 ser um tema estranho para tanta gente. No terreno avançamos em processos muito lentos de evangelização. Falta mais compromisso!

8 Ambição: a região é consecutivamente travada no que concerne a modelos de desenvolvimento mais ousados, quer seja na produção de aquacultura ou bivalves, em projetos de inovação tecnológica e industrial. Os documentos devem ser mais ambiciosos e não apenas normativos. Se

ambientalmente não queremos aquacultura intensiva então os documentos devem referir que a nossa aposta deve ser em produções pequenas e de grande qualidade (o caminho que acredito), em sistemas de cogestão de pescas (já existem exemplos que devem ser replicados), a valorização do

emprego azul (a regeneração do emprego do mar é um desafio crítico e nós temos parcerias que querem participar nesse processo). O mesmo com a agricultura, menos produção intensiva e mais marketing intensivo e novas fileiras que acrescentem valor.

9 Autonomia e Responsabilização: A legislação em Portugal é claustrofóbica, bem como o sistema fiscal. É impossível aos agentes do território avançarem mais depressa e melhor com um sistema tão inflexível e incongruente. Há que simplificar os instrumentos burocráticos aos empreendedores e

cidadãos. A digitalização de serviços é fundamental, mas é preciso ir mesmo ao coração do sistema e mudar filosofias de funcionamento. Não é possível continuar a ter partes do território que têm duas, três entidades a quem tem de se apresentar projetos ou solicitar pareceres. Criem-se agências,

comissões, taskforces, qualquer coisa que termine com esta viciação do sistema. É o Estado que deve ir ao encontro do cidadão e não ao contrário.

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tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Tendo em atenção as especificidades das RA, a solução deverá envolver todas as interligações integradas num “anel CAM”. Refira-se estar prevista uma nova ligação entre a Madeira e o Continente, através do cabo Ellalink. Contudo, no que diz respeito à ligação entre os Açores e o Continente, bem

como entre os Açores e a Madeira, não existe, para já, qualquer previsão de novas ligações.

Será assim necessária uma solução que seja implementada e que esteja operacional no início da próxima década (prevê-se que o tempo que medeia entre a tomada de decisão para construção e a entrada em operação de um sistema de cabo submarino será no mínimo de dois a três anos).

Confirmando-se que um menor interesse comercial poderia limitar a captação de investimentos privados, a interligação entre as RA e o Continente poderá apelar a investimentos públicos, por forma a alcançar uma solução que ofereça qualidade de serviço a preços tais que possam permitir aos

cidadãos do Continente e das RA interligarem-se em condições semelhantes às do Continente ou dentro de cada RA, sem se recorrer a trânsitos internacionais, via terceiros países.

ANACOM

Por outro lado, tem-se vindo a constatar uma tendência crescente, principalmente entre os jovens, no acesso a conteúdos televisivos através de plataformas não lineares (e.g., OTT, TV catch-up), muitas vezes por meio de outros dispositivos que não o televisor tradicional (e.g., smartphones,

tabletes).

As mudanças nos hábitos de visualização não conduzem, por si só, ao fim da TDT, mas colocam a questão de esta continuar ou não a ser uma plataforma relevante para a prestação de serviços de televisão a longo prazo, nomeadamente a partir de 2030.

Assim, poderá fazer sentido ponderar, na RLVT, a possibilidade de utilização de meios alternativos à plataforma terrestre, para assegurar o acesso da população, a partir de 2030, aos serviços de programas televisivos de acesso não condicionado livre, incluindo o serviço público de televisão.

4. Acesso a meios de transmissão internacional e CAM

No acesso a meios de transmissão internacional e no triângulo Continente-Açores-Madeira (CAM), o sector é caracterizado pela presença de várias redes de comunicações eletrónicas fixas, incluindo sistemas em cabo submarino. Estes sistemas, detidos na base de consórcios de operadores ou por

entidades privadas, dão suporte, quer à interligação internacional, quer à interligação entre o Continente e as Regiões Autónomas (RA).

No Continente, na RLVT, existem três estações de amarração de cabos submarinos, em Carcavelos (PT-ALTICE), no Seixal (TATA) e em Sesimbra (PT-ALTICE). Atualmente, amarram no país nove sistemas internacionais nas estações atrás referidas. A interligação no triângulo CAM é assegurada em

exclusividade por sistemas em cabo submarino que do lado do Continente amarram na estação de Carcavelos.

A infraestrutura de comunicações que interliga um país aos restantes é crítica para o seu desenvolvimento económico e social. Portugal tem um leque diversificado de acessos internacionais que operam em paralelo, beneficiando de uma posição geoestratégica privilegiada, sendo um nó relevante

na rede de cabos submarinos internacionais e oferecendo a operadores de vários continentes a interligação de trânsito entre sistemas internacionais que amarram em Portugal.

Os investimentos em conetividade internacional são indispensáveis para que Portugal continue a usufruir de um acesso internacional autónomo, diversificado e competitivo. Para os serviços de comunicação eletrónica (excetuando a radiodifusão de TV, que deverá continuar a dar preferência à via

satélite), os cabos submarinos asseguram e deverão continuar a assegurar muito perto da totalidade da capacidade de transmissão entre continentes e até mesmo entre países do mesmo continente (com exceção da situação de interligação entre países vizinhos).

Confrontamo-nos hoje com novas necessidades de interligação fortemente consumidoras de capacidade de transmissão nos sistemas submarinos, sendo exemplos o tráfego potenciado por acessos e backup de armazenamento de dados (Data Centres, computação em nuvem, etc.) e tráfego

associado à IoT (Internet das coisas) e M2M (máquina-a-máquina). A estas necessidades deverão ser adicionadas outras que são igualmente consumidoras de capacidade de transmissão internacional e que estão normalmente relacionadas com projetos científicos, interligação entre centros de

investigação, assim como entre redes universitárias.

É expectável que novos cabos submarinos sejam estabelecidos a um ritmo mais acelerado, até porque os atuais sistemas óticos poderão vir a ser considerados obsoletos, quer em termos tecnológicos, quer em termos comerciais, mais cedo do que se esperava há anos. Para que o país aproveite a

sua posição geoestratégica, deverá desenvolver uma estratégia de amarração de novos cabos submarinos (no Continente e nas RA), já que a mesma poderá potenciar o aparecimento de outras oportunidades de negócios associados às comunicações eletrónicas e não só.

A amarração em Portugal de novos sistemas com tecnologia de ponta e com capacidades muito superiores às atuais pode abrir oportunidades para a localização em Portugal de interventores da indústria de conteúdos e de armazenamento de dado, para além de dar resposta:

• à criação de centros de investigação e à sua interligação internacional;

• à interligação de redes científicas;

• à implantação em Portugal de novas indústrias ligadas a novas tecnologias;

• ao desenvolvimento de negócios dos operadores (atuais e novos) e de novos fornecedores de conteúdos.

No final da próxima década, dos atuais nove sistemas internacionais que amarram em Portugal, só quatro no máximo é que ainda poderão estar ao serviço, sendo que estes poderão estar tecnologicamente obsoletos nessa altura ou apresentar limitações em termos de velocidade de transmissão

caso não sofram modernizações tecnológicas.

No seguimento de uma situação observada nas principais rotas internacionais, é expectável que na próxima década se verifique que os sistemas submarinos internacionais sejam na sua maioria detidos pelos operadores comummente apelidados de OTT (Over The Top), sendo exemplo a Google, o

Facebook, a Amazon ou a Microsoft.

A partir de 2024-2025, o mais tardar, prevê-se que as atuais interligações em fibra ótica das RA ao Continente (ramos domésticos dos cabos submarinos internacionais ATLANTIS-2 e COLUMBUS-3) chegarão ao fim da sua vida útil. Será necessário nessa altura ter alternativas via cabo submarino já em

operação. A solução poderá passar pela implementação de um novo anel em fibra ótica que interligue, em triangulação, as RA e o Continente (vértices do triângulo no Continente, na Madeira e nos Açores), já que, sendo fundamentais as interligações entre a Madeira e o Continente e entre os

Açores e o Continente, a interligação entre a Madeira e os Açores também continuará a ser fundamental, nomeadamente por motivos de securização das primeiras interligações (restauro do tráfego em caso de falha de uma das interligações da RA ao Continente).

Assim, tendo em vista os três objetivos de conetividade gigabit propostos pela (CE):

(i) “All main socio-economic drivers should have access to gigabit connectivity: schools, business parks, universities, research centres, hospitals, etc.”;

(ii) “All urban areas and major roads and railways should have uninterrupted 5G coverage; 5G should be commercially available in at least one major city in each EU Member State by 2020;” e

(iii) “All European households, rural or urban, should have access to connectivity offering a download speed of at least 100 Mbps, upgradable to gigabit speed.”,

e no âmbito da atualização da Agenda Portugal Digital, estes objetivos poderão desempenhar um papel importante no desenvolvimento da RLVT.

3. Evolução da televisão digital terrestre (TDT)

Quanto à TDT, a Decisão do Parlamento e do Conselho Decisão (UE) 2017/899, com base no “Relatório Lamy” para a CE, estabelece no seu artigo 4º que os Estados-Membros devem assegurar até 2030 a sub-faixa 470-694 MHz para a sua radiodifusão. Contudo, e apenas de acordo com o referido

relatório, a situação deverá ser de novo analisada em 2025. Importa, neste contexto, ter em consideração o atual panorama relativamente à forma como se vê televisão em Portugal, quais os meios preferenciais e perspetivar as tendências futuras, nomeadamente face ao período temporal aqui em

causa.

Com efeito, o acesso a serviços de programas televisivos é feito maioritariamente através de televisão por subscrição (e.g., cabo, IPTV), sendo que a penetração da TDT tem vindo, paulatinamente, a diminuir, destacando-se igualmente a tendência na aquisição de televisores com ecrãs de grande

dimensão e imagem de melhor qualidade (e.g., HD, UHD), que necessariamente exigem uma maior largura de banda, não assegurada pela atual rede de TDT.

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MATRIZ SÍNTESE DOS CONTRIBUTOS DOS ORADORES E DAS ENTIDADES CONSULTADAS - Recebidos após 27-04-2018

tema subtemaquais as prioridades

estratégicas 2030quais os objectivos para cada uma dessas prioridades

quais as formas de

atingir esses objectivosEntidade

Acessibilidades

Garantir a competitividade das acessibilidades ao destino e promover a mobilidade dentro do território. Visão ET27: destino inclusivo, aberto e ligado ao mundo (ODS16).

Inovação

Estimular a inovação e empreendedorismo. Visão ET27: destino inovador e empreendedor (ODS9).

Sustentabilidade

Assegurar a preservação e a valorização económica sustentável do património cultural e natural e da identidade local, enquanto ativo estratégico, bem como a compatibilização desta atividade com a permanência da comunidade local. Visão ET27:

conservar e valorizar o património, em que se inscreve, naturalmente, o combate à mudança climática e aos seus impactos (ODS16).

Turismo de

Portugal

tema:

PRODUÇÃO

QUALIFICAÇÃO

E INOVAÇÃO

A proposta do Turismo de Portugal tem como mote «liderar o turismo do futuro» e assume a seguinte visão:

«Afirmar o turismo como hub para o desenvolvimento económico, social e ambiental em todo o território, posicionando Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do mundo».

Neste contexto, os contributos apresentados têm como referência a Estratégia Turismo 2027 (ET27) enquanto documento estratégico nacional para o turismo, o qual identifica alguns desafios que encontram consonância com os objetivos de

Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável definida pela Organização das Nações Unidas, sendo relevante a sua ponderação no contexto da preparação da Estratégia 2030 RLVT, no que respeita aos seguintes

desafios:

Pessoas

Promover o emprego, a qualificação e valorização das pessoas e o aumento dos rendimentos dos profissionais do turismo. Visão ET27: valorizar o trabalho e o talento (ODS8).

Coesão

Alargar a atividade turística a todo o território e promover o turismo como fator de coesão social. Visão ET27: promover um turismo ao longo de todo o território e todo o ano, promovendo um crescimento económico sustentado, inclusivo, produtivo e de

pleno emprego e reduzindo desigualdades regionais (ODS8 e 10).

Turismo todo o ano

Alargar a atividade turística a todo o ano, de forma a que o turismo seja sustentável. Visão ET27: promover um turismo ao longo de todo o território e todo o ano, promovendo um crescimento económico sustentado, inclusivo, produtivo e de pleno

emprego e reduzindo desigualdades regionais (ODS8 e 10).

Turismo

• Conservar, valorizar e promover o usufruto do património histórico-cultural e identitário assente em padrões de sustentabilidade.

• Promover o diálogo com as populações locais tendo em vista a encontrar soluções que vão ao encontro das necessidades dos residentes e atenuem potenciais impactes negativos nas comunidades locais, incluindo,

nomeadamente, atividades para a proteção da identidade/autenticidade (cultura de aldeia/bairro) – especialmente aplicável aos bairros históricos da cidade de Lisboa.

• Afirmar Lisboa como um destino multicultural e de forte vocação internacional.

• Promover a afirmação de Lisbon South Bay, também como uma das centralidades para investimento e desenvolvimento de atividades turísticas.

• Estruturar redes de oferta para desconcentrar a procura na região LVT.

• Desenvolver ações de regeneração urbana, assegurando-se a preservação de índices mínimos de «vivência de bairro/aldeia».

• Dragagem dos canais do rio tejo que consubstanciam pontos de interesse turístico para potenciar o aproveitamento dos mesmos, designadamente no segmento do birdwatching e do turismo de natureza.

• Desenvolver o enoturismo na região LVT, promovendo as rotas vínicas e a gastronomia regional.

• Qualificar e promover os principais spots de surf da região.

• Estruturar ofertas turísticas no Estuário do Sado e no Parque Natural da Arrábida, nomeadamente, no âmbito do turismo náutico e de natureza, respetivamente.

• Potenciar o turismo equestre e a imagem do Cavalo Lusitano através da divulgação deste segmento no contexto de uma oferta regional integrada.

• Promover a qualificação de Recursos Humanos em Turismo, proporcionando ofertas formativas adaptadas às necessidades das empresas do turismo.

• Criação de um Campus de formação especializada em Turismo no Estoril.

• Posicionar Lisboa como hub da Europa para os países da América – Norte e Sul – e homeport de cruzeiros.

• Investir na acessibilidade aérea no quadro de uma estratégia de longo prazo para o Aeroporto de Lisboa com vista à manutenção das atuais quotas de mercado.

• Desenvolver medidas legislativas para regulamentar a navegação turística nas margens do rio Tejo.

• Promover a mobilidade sustentável na região.

• Promover o «turismo para todos» numa ótica inclusiva que acolha os diferentes mercados/segmentos turísticos.

• Fomentar a cooperação entre stakeholders para promoção integrada junto das portas de entrada de turistas na região, apresentando um rede de oferta integrada da região.

• Criar estações náuticas que permitam a valorização do turismo náutico (potenciais) – Lisboa, Barreiro, Seixal, Sesimbra, Setúbal.

• Consolidar a região como um destino de congressos e eventos culturais e desportivos de âmbito internacional.

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