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ATITUDE PROFESSOR 1 PARA COMEÇAR Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel Quando se olha o título desta página, poderia perguntar: o que Je- remias, Lamentações, Ezequiel e Daniel teriam em comum? Numa pri- meira impressão, não muita coisa. Mas o essencial os uniu e os fez partes importantes da Escritura Sagrada. São, sem exceção, obras nascidas para comunicar a vontade de Deus para seus filhos. E mais, apesar de nem todos os seus escritores usarem este título, tornaram-se conhecidas como obras proféticas. Mas o que seria um profeta no período do Antigo Testamento? Era alguem que se sentia vocacionado por Deus para ser o seu porta-voz diante do povo, da lideranca, do governo. O sacerdote, ao contrário, era alguém separado dentre o povo para representá-lo diante de Deus. O profeta se relaciona com Deus pela palavra; o sacerdote, pelo sacrifício. Isso significa que o profeta estava mais perto das alegrias e tristezas do povo do que o próprio sacerdote do templo. Neste sentido, estudá-los é mergulhar num universo de dores e espe- ranças, descritas com muita profundidade e convicção. Convido cada professor a fazer deste trimestre de estudo sobre os profetas um trimestre diferencial na sua vida e na vida dos alunos. Uma boa aula. Os planos de aula desta revista foram produzidos pela pedagoga Elizete Bittencourt Miranda. Natural de Belo Horizonte, MG, é membro da Igreja Batista de Neves, São Gonçalo, RJ.

PARA COMEÇAR Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel · Lição 13 – As visões de Daniel ..... 46 Atitude Professor é uma ... proféticas vão de Isaías a Malaquias. Durante

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ATITUDE PROFESSOR 1

PARA COMEÇAR

Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel

Quando se olha o título desta página, poderia perguntar: o que Je-remias, Lamentações, Ezequiel e Daniel teriam em comum? Numa pri-meira impressão, não muita coisa. Mas o essencial os uniu e os fez partes importantes da Escritura Sagrada. São, sem exceção, obras nascidas para comunicar a vontade de Deus para seus fi lhos. E mais, apesar de nem todos os seus escritores usarem este título, tornaram-se conhecidas como obras proféticas.

Mas o que seria um profeta no período do Antigo Testamento? Era alguem que se sentia vocacionado por Deus para ser o seu porta-voz diante do povo, da lideranca, do governo. O sacerdote, ao contrário, era alguém separado dentre o povo para representá-lo diante de Deus. O profeta se relaciona com Deus pela palavra; o sacerdote, pelo sacrifício.

Isso signifi ca que o profeta estava mais perto das alegrias e tristezas do povo do que o próprio sacerdote do templo.

Neste sentido, estudá-los é mergulhar num universo de dores e espe-ranças, descritas com muita profundidade e convicção.

Convido cada professor a fazer deste trimestre de estudo sobre os profetas um trimestre diferencial na sua vida e na vida dos alunos.

Uma boa aula.

Os planos de aula desta revista foram produzidos pela pedagoga Elizete Bittencourt Miranda. Natural de Belo Horizonte, MG, é membro da Igreja Batista de Neves, São Gonçalo, RJ.

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ATITUDE PROFESSOR2

Literatura Batista

Ano CIX – NO 436

ISSN 1984-8382

SUMÁRIO

Para começar ............................................................... 1

Pauta musical ............................................................... 3

Tema do trimestre ........................................................ 4

Lição 1 – Judá e Jerusalém – Tristes quadros ........10

Lição 2 – Lições na ofi cina do oleiro ......................13

Lição 3 – O cativeiro e a sua causa .........................16

Lição 4 – A visão do futuro .......................................19

Lição 5 – O destino de outras nações .....................22

Lição 6 – O porquê das lamentações ......................25

Lição 7 – O chamado para uma difícil obra ............28

Lição 8 – A responsabilidade é pessoal ..................31

Lição 9 – Panorama das nações em volta ..............34

Lição 10 – Profetas e pastores infi éis ......................37

Lição 11 – A visão da restauração ...........................40

Lição 12 – A história de um jovem e seus amigos .43

Lição 13 – As visões de Daniel .................................46

Atitude Professor é uma revista de orien-tações didáticas para professores de jovens na Escola Bíblica Dominical seguindo a matriz curricular da edição do aluno

Copyright © 2015 da Convicção EditoraTodos os direitos reservados

Proibida a reprodução deste texto total ou parcial por quaisquer meios (mecânicos, ele-trônicos, fotográfi cos, gravação, estocagem em banco de dados etc.), a não ser em breves citações, com explícita informação da fonte

Publicado com autorizaçãopor Convicção EditoraCNPJ (MF): 08.714.454/0001-36

EndereçosCaixa Postal, 13333 – CEP: 20270-972 Rio de Ja nei ro, RJ Telegráfi co – BATISTASEletrônico – [email protected]

EditorSócrates Oliveira de Souza

Coordenação EditorialSolange Cardoso de Abreu d’Almeida (RP/16897)

RedaçãoValtair Afonso Miranda

Produção EditorialOliverartelucas

Produção e DistribuiçãoConvicção EditoraTel.: (21) 2157-5567Rua José Higino, 416 – Prédio 16 – Sala 110 Andar – Tijuca – Rio de Janeiro, RJCEP [email protected]

Para começar

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ATITUDE PROFESSOR 3

PAUTA MUSICAL

O segredo do viver7.7.7.7. – 7.7.7.7.

Tich� eldHenry Maxwell Wright (1849-1931) John J. Richardson (1816-1879)

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ATITUDE PROFESSOR4

Tema do Trimestre

Retorno à profeciaValtair Miranda

Rio de Janeiro, RJ

mado dessa forma (At 3.20). Mas ser profeta e escrever uma profecia são duas coisas diferentes. Nem todos os profetas conhecidos escreveram li-vros. E alguns textos proféticos foram escritos por profetas anônimos cujos nomes não chegaram até nós.

É por isso que, mesmo com profe-tas estando por trás de boa parte da li-teratura do Antigo Testamento (Pen-tateuco, os livros históricos ou sapien-ciais), as obras formal e estritamente proféticas vão de Isaías a Malaquias.

Durante a leitura dos profetas, mais do que com qualquer outra obra da Escritura, percebemos o abismo entre a maneira de Deus agir e a nossa. O fato de a Bíblia ser um livro sobre

O leitor cuidadoso percebe facil-mente que a obra de um profeta é bem diferente de uma epístola do Novo Testamento, de um Evangelho ou de um livro como Levítico. A diferença se deve, entre outras coisas, ao gênero literário defi nido pelo autor para es-crever sua mensagem. Ler um profeta da mesma forma como se lê uma epís-tola pode levar a resultados perigosos.

A Bíblia é um livro profético por excelência. As Escrituras Sagradas foram escritas por profetas ou cons-tituem o resultado de suas pregações. Abraão foi profeta (Gn 20.7). Moi-sés foi o maior profeta de Israel (Dt 18.15,18; 34.10). Samuel recebeu a incumbência de um profeta (1Sm 3.20) e também Davi, o poeta, é cha-

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ATITUDE PROFESSOR 5

Deus coloca-a numa posição sem par. Deus, que é infi nito, não pode ser ple-namente compreendido pelo que é fi nito.

A profecia típica é uma espécie de interpretação do próprio tempo com o fi m de exortar. Não tem necessária relação com o futuro, mas, para atin-gir determinados objetivos, faz, por vezes, predições ou reinterpretações do passado. Mas mesmo quando o profeta fala do passado ou do futuro, seus pés estão fi rmemente plantados no seu presente, já que é ele que quer alterar.

Os profetas-escritores surgiram de-pois da divisão de Israel em dois pe-quenos reinos, o Reino do Norte e do Sul. A intenção de suas obras é se opor à situação deprimente à sua volta. Suas mensagens tinham uma intensa crítica social. Eles criticaram o Estado, a reli-gião e o próprio povo por estarem na situação de miséria e não buscarem a ajuda de Deus. Na verdade, suas pala-vras apontavam que a situação era re-sultado do afastamento de Deus.

É verdade que a profecia já corria há muito tempo no meio do povo, como movimentos breves e localiza-dos. A tarefa essencial desses homens e mulheres era falar em nome de Deus para seus próprios contemporâneos.

A base da mensagem dos profetas se encontrava constantemente na lei. Não tinham a intenção de originar

palavras novas, mas de atualizar a pa-lavra já conhecida do povo, mas não necessariamente cumprida ou pratica-da. Os profetas eram peritos em inter-pretação. Interpretavam sua realidade histórica, os textos bíblicos e proje-tavam isso para o futuro por meio de advertências ou promessas.

Neste sentido, mais do qualquer outra porção da Escritura, uma boa compreensão das profecias depende da consciência do seu contexto ori-ginal. As profecias mais difíceis de interpretar são justamente as mensa-gens de contextos indeterminados. Esse cuidado especial deve ser tomado para que não forcemos os textos a di-zer aquilo que eles nunca intentaram dizer.

Os profetas insistentemente bus-cavam a restauração do povo com Deus. Eles lembram seguidas vezes do pacto que há entre Deus e Israel.

O conceito bíblico de pacto, en-contrado tanto no Antigo como no Novo Testamento, designa o relacio-namento gracioso de Deus com a hu-manidade pecaminosa e frágil.

É Deus que inicia o relaciona-mento. É ele também que inaugura o relacionamento e garante o cumpri-mento. Se dependesse das pessoas, os pactos seriam nulos e vazios.

Por isso, profetas foram levantados por Deus para lembrar, para ensinar,

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Atitude PROFESSOR6

para aplicar e atualizar o pacto que Deus fizera com o povo.

Jeremias

Jeremias foi um profeta do Rei-no do Sul, Judá, capacitado por uma enorme percepção histórica e literá-ria. Suas palavras eram precisas e difi-cilmente passavam em branco. Cora-joso, dirigiu-se aos reis, aos líderes e ao povo em geral.

Talvez a vida e a obra de Jeremias sejam o que mais facilmente pode ser datado entre os profetas. Ele próprio dá detalhes que nos ajudam a situá-lo com tranquilidade. Ele é descendente de uma família sacerdotal, nascido em Anatote, perto de Jerusalém. Seu nas-cimento deve ter-se dado em meados do século VII a.C.

O livro de Jeremias é uma coletânea de mensagens do profeta, pregadas du-rante seus muitos anos de ministério. Não estão necessariamente ordenadas por data de pregação, mas podem ser situadas com relativa facilidade.

Jeremias era um profeta autêntico, crendo ter sido separado por Deus desde o ventre da mãe. Quando uma criança crescia com desejos espirituais diferentes do desejo da maioria, era possível que ali estivesse um indivíduo separado por Deus para transmitir sua Palavra ao povo. Ele desejava a pre-sença de Deus mais do que a maioria

das pessoas, desejava agradar a Deus e ouvir sua voz, desejava a santidade, a justiça, odiava a prática da iniquidade e do pecado. Ele era um profeta autên-tico.

Jeremias se via preparado por Deus para receber sua vontade e transmitir para o povo. É preciso imaginar que este processo levou anos. Deus pre-parou cada detalhe da vida do profeta para que ele, em algum momento de sua vida, recebesse uma porção de sua revelação e, levado pelo Espírito divi-no, proclamasse essa mesma revelação.

Jesus, mais tarde, dirá que um pro-feta é um discriminado em sua própria terra (Mt 13.57). Isto resume bem a vida de Jeremias. Sua tarefa era das mais ingratas, porque tentava ajudar gente que não queria sua ajuda.

O motivo disso é que ele raramen-te dizia o que o povo queria ouvir. Em vez disso, dizia o que precisava ser dito, o que Deus mandava. Palavras de exortação em vez de elogio. Pala-vras duras em vez de expressões doces.

Lamentações

Apesar do livro de Lamentações ser anônimo, e não possuir uma men-ção de quem o escreveu, é atribuído tradicionalmente a Jeremias. Ele re-presenta o choro do povo, mais até do que o de um indivíduo. Seu autor se

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Atitude PROFESSOR 7

revela um grande poeta, emocionado pelos acontecimentos que se abateram sobre Jerusalém e o povo de Judá.

Pela maneira límpida e passional como descreve a desgraça de Jerusa-lém, o livro de Lamentações parece es-tar muito próximo dos eventos que re-laciona. Provavelmente, então, surgiu pouco depois da queda de Judá debai-xo das forças de Nabucodonosor, em 586 a.C. Era um tempo de dores e de muito sofrimento.

Ezequiel

Ezequiel era um sacerdote que nasceu em Judá e foi levado junto com outros exilados para a Babilônia. Os dados que ele revela no livro per-mitem ver o reinado de Josias como época do seu nascimento. Isso faz com que ele seja contemporâneo de Jeremias e tenha vivenciado os reina-dos de Jeoacaz, Jeoaquim, Joaquim e Zedequias, anteriores ao exílio.

O ano era 586 a.C. A cidade de Davi estava pegando fogo. O templo não existia mais – seus tesouros esta-vam nas mãos dos babilônios. Pouca coisa na história desse povo acostuma-do a levar golpes marcou tanto quan-to esta derrota para os babilônios. Foi um acontecimento tão marcante que serve para dividir a história do Antigo Testamento em antes do exílio e de-pois do exílio babilônico.

A derrota não veio de um golpe só. Nabucodonosor fez várias outras investidas dolorosas. Por fim, veio a conquista final, com a destruição de Jerusalém e do templo.

Os camponeses, gente simples, fo-ram deixados em paz para cultivar a terra. A partir desse momento, então, os judeus estarão divididos entre os que foram para o exílio e os que fica-ram na terra. Cada grupo não deixou de buscar, a seu modo, a Deus. Cada grupo tinha seus profetas.

Ezequiel é um dos que foram para o exílio. Forçado a viver longe de sua terra, precisa buscar em Deus mensagens para novos tempos e novas realidades. Ele pre-ga suas mensagens na primeira parte do exílio, algo em torno de 593-571 a.C.

Daniel

Quem dá o nome ao livro é Da-niel, um jovem levado por Nabucodo-nosor para a Babilônia em 605 a.C., pouco antes da destruição completa de Jerusalém. Numa nova terra, este jovem ascenderá social e politicamen-te, fazendo parte do governo de vários reis, até cerca de 536 a.C.

O livro é tradicionalmente data-do para o período contemporâneo ao personagem que vive e narra suas his-tórias, ou seja, durante o exílio babilô-nico, algo em torno de 586-536 a.C.

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PARA REFLEXÃO DO PROFESSOR

APRENDENDO SANTIDADE COM DANIEL

(Dn 1.1-21)

Pr. Mãnu MezabarbaIgreja Batista em Guaranhuns, Vila Velha – ES

Um primeiro princípio parece estar no próprio nome do personagem prin-cipal do livro. Nos tempos bíblicos, o nome de alguém estava ligado à suas características pessoais. Essas caracte-rísticas podiam ser físicas, emocionais ou espirituais. É muito interessante o fato do nome do profeta ser Daniel, que signifi ca: Deus é (meu) Juiz. Ou seja, o Juízo de Deus estava o tempo inteiro na cabeça daquele (ainda) jo-vem. Seu nome o lembrava desse fato o tempo inteiro. Imagine por um mo-mento que todas as vezes que alguém o chamava pelo nome, ele se lembrava de que Deus é juiz. Se o mesmo acon-tecesse com você, isso mudaria alguma coisa no seu comportamento? Muda-ria seus pensamentos? Suas atitudes? Não sei ao certo se isso funcionaria conosco, mas com Daniel parece ter surtido efeito. Sua busca por santidade parece ser um esforço contínuo para es-tar bem diante daquele que era Deus e Juiz de sua vida.

A carne é fraca! É o que sempre exclamamos quando perdemos a san-tidade. Sim, infelizmente essa tem sido nossa realidade em muitos mo-mentos. Há um tempo atrás, atendi um jovem que estava em crise por ocasião do término de seu namo-ro. Ele estava muito triste, bem “pra baixo”. Daí, no decorrer da conversa, ele me disse a razão do término: “Ela quis ‘passar do ponto’ comigo. Mas eu não aceitei.” Ou seja, ele perdeu o namoro para não perder a santida-de. Histórias como esta, infelizmen-te, têm sido cada vez mais raras em nosso meio. Mas, por quê? Qual se-ria, então, a difi culdade de se manter a santidade para com Deus? Seria o conselho de Pedro impossível de se praticar? (1Pe 1.15,16).

Tomando o início do livro de Da-niel como base, quero levantar alguns princípios que podem nos ajudar na busca por santidade.

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Em segundo lugar, o primeiro ver-sículo do livro nos mostra uma dura realidade: perdas, danos e prejuízos. Jerusalém foi sitiada (destruída). Mui-ta gente perdeu tudo, inclusive a vida! Imagine-se sendo o Daniel. Um jovem, com a vida inteira pela frente. Um jo-vem, crente, servo de Deus, obediente a seus pais, com muitos amigos e um futuro promissor em Israel. E de re-pente: ele perdeu TUDO! Perdeu, in-clusive, sua dignidade, pois foi levado cativo (preso) para uma terra distante, com outra língua, outra cultura, outros costumes e outros deuses. O que você faria numa situação dessa? Algumas pessoas têm encontrado em suas crises, perdas, danos, ou prejuízos uma des-culpa para a perda da santidade. A ideia é sempre a mesma: perdi a santidade porque a situação em que me encontrei era propensa pra isso. Ou, só fi z “isso” por causa “daquilo” que me aconteceu. Aprendo, até aqui, com Daniel que devemos nos manter santos, fi rmes, e constantes apesar das circunstâncias e adversidades. A exemplo de Jó e Paulo, que mesmo perdendo tudo, jamais per-deram sua Fé!

Em terceiro lugar, vemos no versí-culo 2 que Daniel foi levado para um lugar chamado Terra de Sinar. Naque-le tempo, pertencia ao império babi-lônico. Sinar, em Hebraico, é “Terra dos Rios”. Isso me sugere uma metá-fora. Quando estamos dentro de um rio, não necessariamente o rio precisa estar dentro de nós. Não importa o

lugar onde estamos, não é necessário que sejamos infl uenciados pelo “cur-so do rio”. Não precisamos beber das águas sujas que nos cercam. Se não tem jeito de sair do rio, que pelo me-nos ele não entre nós. A exemplo de José, ainda que sejamos levados para lugares diferentes, com outras crenças e costumes, que não sejamos infl uen-ciados. Antes, infl uenciaremos com as nossas crenças e práticas.

Em quarto lugar, vemos no ver-sículo 5 que foi feito uma oferta para Daniel e seus amigos. Eles eram de uma linhagem diferenciada (v. 3,4), mas ainda assim, com a “mesa posta” diante deles, eles decidiram NÃO se contami-nar com aquelas “iguarias”. Muitas ve-zes, as coisas diante de nós são iguarias. Mas nisso mora um perigo. Ninguém é tentado com propostas que não sejam belas aos olhos ou doce ao paladar. A tentação chega até nós vestida com be-las cores, mas carrega o veneno no seu interior. Aprendamos com Daniel que não podemos sair consumindo tudo que se coloca diante de nós.

Tome uma decisão! Faça como Daniel (verso 8), que resolveu não perder sua santidade para com Deus. Aqueles que não se contaminaram fi caram melhores que os demais. No momento da provação/tentação pa-rece que estamos fi cando para trás. Porém, depois da aprovação celestial, experimentaremos as melhores coisas que Deus tem pra nós!

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ATITUDE PROFESSOR10

Judá e Jerusalém - Tristes quadros

Plano de aula 1SUGESTÕES DIDÁTICAS

EBD

I. O PREPARO

Objetivos

• Entender como foi o chamado do profeta Jeremias.

• Entender que Deus por causa da sua onisciência, nos conhece antes mesmo de existirmos.

• Reconhecer que o Senhor pre-para homens e mulheres para exercer seu ministério de reconciliação de vi-das ainda hoje.

Recursos didático-pedagógicos

• Quadro-negro e giz;

• Folhas de ofício ou A4, canetas ou lápis para os grupos;

• Pequeno objeto para desenvol-ver a dinâmica de grupo do momento de aquecimento (um sapato ou agen-da ou relógio etc.).

Metodologia

• Papel ofício comum ou papel A4 e dar para os grupos participarem do desenvolvimento da aula. Não se es-quecer de levar canetas ou lápis.

• A aula será realizada por meio da exposição oral do professor e divi-são em pequenos grupos.

• O professor precisa ser bastante objetivo durante a transmissão do as-sunto para abordar a lição do aluno.

II. A AULA

1. Oração

Este é um momento indispensável na aula, pois desenvolve a aproximação e a comunhão entre todos. Começar precisamente no horário com duas ou mais orações. Antes, porém, é interes-sante pedir que os jovens façam alguns pedidos pessoais e agradecimentos.

Texto bíblico – Jeremias 1 • Texto áureo – Jeremias 1.5

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do texto proposto. Logo depois discu-tirão em classe as aplicações e conclu-sões destes textos: (1) “As palavras de Jeremias” (1.1-3); (2) “A palavra do Senhor” (1.4-10); (3) “A garantia do Senhor” (1.11-12); (4) “A força do Se-nhor” (1.13-19). Usar o quadro-negro para anotar algumas lições importan-tes retiradas deste primeiro momento da lição. Incentivar a participação dos alunos que deverão utilizar suas Bíblias durante a exposição dos tópicos.

Utilizar os tópicos abaixo para orientar a discussão do restante da li-ção:

Um líder conhecido por Deus:

• Ser conhecido por Deus é o mesmo que ser escolhido por ele;

• Deus nos conhece e nos revela a verdade sobre a nossa existência quan-do nos usa na sua obra;

• Devemos ter consciência de que vivemos dentro de um plano divino e fazemos parte da história que Deus escreve;

• Todas as respostas sobre nós mes-mos encontramos em Deus.

Um líder consagrado por Deus:

• Jeremias foi separado por Deus para uma tarefa específi ca que Deus queria realizar com o seu povo;

• Jeremias foi preparado para rea-lizar essa tarefa;

2. Aquecimento

Todos devem estar posicionados em círculo de forma que possam se ver. O organizador da dinâmica deve ter em mãos um objeto pequeno e di-recionado a todos. Ele deve começar a história dizendo: Isto é um... (exem-plo: sapato). Em seguida, deve passar o objeto à pessoa ao seu lado que de-verá acrescentar mais uma palavra à história sempre repetindo tudo o que já foi dito (exemplo: isto é um sapato bonito...), e assim sucessivamente até que alguém erre a ordem da história pagando, então, uma prenda à escolha do grupo. Criam-se muitas histórias, que promovem a integração do grupo.

3. Desenvolvimento

Ler a passagem bíblica de Jeremias 1 com a sua turma. Pedir que cada um leia um versículo em sua Bíblia. Esta dinâmica de leitura serve para destacar as diferenças entre as versões bíblicas que existirem na sala. Pedir para que eles apontem as diferenças e façam os destaques à medida que elas forem aparecendo.

Logo depois o professor irá dividir a turma em quatro grupos. Pedir para que os grupos, em separado, façam uma análise dos três primeiros blocos do texto “comentando o texto bíblico” da revista do aluno. Cada grupo rece-berá uma folha de papel e anotará as aplicações e conclusões que retiraram

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ATITUDE PROFESSOR12

• A missão espiritual daqueles que são consagrados por Deus os leva a en-frentar desafi os diversos tanto morais quanto espirituais;

• Jeremias descobriu e entendeu o plano de Deus do qual ele fazia parte.

Um líder constituído por Deus:

• Jeremias foi dado ao mundo de sua época para transmitir a mensagem de Deus;

• Essa era sua principal função na história, dirigida pelo próprio Deus;

• A mensagem que Jeremias traria ao povo era uma mensagem de julga-mento pelo afastamento de seu Deus;

• Dura era a tarefa do profeta, pois ele sabia que o povo não se arre-penderia e sofreria as consequências dos seus atos rebeldes;

• Mesmo assim, o profeta Jeremias teve esperanças quanto ao arrependi-mento do povo de Israel.

4. Conclusão e aplicação

Enfatizar para a turma que Deus dirige a nossa história. Sempre foi as-sim e sempre será. Ele não deixa a his-tória do mundo sem curso. Ele sabe o que faz. Deus está até hoje preparan-do homens e mulheres. Estes são os profetas dos nossos dias. São homens e mulheres separados para transmiti-rem a mensagem salvadora de Cristo aos corações perdidos.

Encerrar a aula com agradecimen-tos e oração. Agradecer os visitantes e alunos pela participação no estudo. Incentivar o estudo da lição duran-te a semana. Pedir que anotem suas dúvidas a respeito da lição para que possam discuti-las, se possível, no pró-ximo domingo. Pedir para fazerem as leituras diárias durante a semana.

pArA o profEssor

– Você se considera um tipo de profeta de Deus da atualidade?

– O trabalho que você desenvolve na sua classe pode realmente mudar a vida daqueles alunos mais distantes do convívio cristão ou daqueles que não se interessam por um trabalho mais específi co na grande obra que Deus quer realizar por meio de suas vidas?

– A vida de uma pessoa como Je-remias pode trazer a nossa mente uma refl exão sobre dons e ministérios. Ele foi convocado para uma difícil missão. Em diversos momentos, ele reclama da dureza do seu ofício profético. Mesmo assim, ele o exerceu por várias décadas, justamente porque entendia que, ape-sar de não ser agradável, era aquilo que ele deveria realmente fazer. Do outro lado, ele conseguiu isso porque Deus o capacitou. Deus não entrega um ofício para alguém sem lhe dar a capacidade necessária para exercê-lo. Você tam-bém foi capacitado por Deus para uma obra especial na sua igreja.

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ATITUDE PROFESSOR 13

Plano de aula 2SUGESTÕES DIDÁTICAS

EBD

•FolhasdepapelofícioouA4,ca-netas ou lápis para os grupos;

•Caixinhacomtampaeumespelhopara o momento de dinâmica de grupo.

MetodologiaA aula de hoje será realizada por

exposição oral feita pelo professor e pela divisão em pequenos grupos. Este método favorece a aproximação dos alunos. Dividir os grupos de for-ma que a cada nova experiência os alu-nos formem grupos com aqueles que ainda não formaram.

O professor precisa ser bastante objetivo durante a transmissão do as-sunto e abordar todos os tópicos da lição do aluno. Pedir a participação de todos durante a aula.

É muito importante que o profes-sor incentive a aproximação dos alu-nos entre si e também por parte dele. O momento de aquecimento e de ora-ção são boas oportunidades para isso.

Lições na ofi cina do oleiro

I. O PREPARO

Objetivos

• Entender como foi difícil para o profeta Jeremias exercer seu chamado.

• Entender que Deus sabe como dirigir a história, mesmo parecendo a nós que ela está sem controle.

• Reconhecer que, como na épo-ca de Jeremias, ainda hoje existem aqueles falsos profetas que distorcem a verdade e pregam exatamente o contrário daquilo que Deus manda. É nessa hora que devemos ter discer-nimento para escolhermos o certo e seguirmos a vontade de Deus, que é perfeita.

Recursos didático-pedagógicos

•Manteremsuasaladeaulasemprepapel e canetas para serem utilizados du-rante a aula quando for preciso.

•Quadro-negroegiz;

Texto bíblico – Jeremias 11 a 20 • Texto áureo – Jeremias 18.6

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Atitude PROFESSOR14

II. A AULA

1. Oração

O professor deverá começar pre-cisamente no horário com algumas orações. A divisão em duplas é muito eficaz. Esse é um momento indispen-sável na aula, pois desenvolve a aproxi-mação e a comunhão entre todos. An-tes, porém, é interessante pedir que os jovens façam alguns pedidos pessoais e agradecimentos.

2. Aquecimento

Em uma caixinha com tampa deve ser fixado um espelho na tampa pelo lado de dentro. As pessoas do grupo devem se sentar em círculo. O profes-sor deve explicar que dentro da caixa tem a foto de uma pessoa muito im-portante (enfatizar). Ele deve falar da pessoa que está vendo e depois passar para a pessoa mais próxima e pedir que fale sobre a pessoa da foto. Não se deve deixar claro que a pessoa impor-tante é ela própria. Ao final, o profes-sor deve provocar para que as pessoas digam como se sentiram falando da pessoa importante que estava na foto. Incentiva os alunos a falarem sobre si.

3. Desenvolvimento

Ler a passagem bíblica de Jeremias 12 com a sua turma. Pedir que cada um leia um versículo em sua Bíblia.

Esta dinâmica de leitura serve para destacar as diferenças entre as versões bíblicas que existirem na sala. Favore-ce a participação de todos, inclusive, dos mais tímidos durante a aula.

Logo após o momento de leitura do texto bíblico, o professor irá dividir a turma em três pequenos grupos. Pe-dir que os grupos, em separado, façam uma análise dos três primeiros blocos do texto “comentando o texto bíblico” da revista do aluno. Se sua turma for pequena, dividi-la da melhor forma possível. Cada grupo receberá uma folha de papel e anotará as aplicações e conclusões que retiraram do texto proposto. Logo depois discutirão em classe as aplicações e conclusões des-tes tópicos: (1) a fragilidade humana; (2) a soberania de Deus; (3) a miseri-córdia de Deus. Usar o quadro-negro para anotar algumas lições importan-tes retiradas deste primeiro momento da lição. Incentivar a participação dos alunos que deverão utilizar suas Bíblias durante a exposição dos tópicos.

Utilizar os tópicos indicados para orientar a discussão do restante da aula.

A prosperidade dos ímpios:

• Jeremias questiona a Deus sobre alguns assuntos;

• Apesar de reconhecer que Deus é justo e sua justiça não falha, ele tem uma dúvida sobre a prosperidade dos ímpios;

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• Jeremias reconhece que é o pró-prio Deus quem dá prosperidade àque-les que o perseguem;

• Assim, ele está reconhecendo a soberania de Deus que dirige a histó-ria como quer.

A justiça de Deus:

• Deus conhece o coração puro de Jeremias e sabia do seu sofrimento;

• Jeremias ora a Deus e pede por justiça;

• Os ímpios declaravam que Jere-mias estava errado, pois Deus não lhes faria o mal que o profeta estava pre-gando;

• Os falsos profetas estavam debo-chando de Jeremias e do próprio Deus.

A resposta de Deus a Jeremias:

• Deus espera que Jeremias seja confiante em sua soberania;

• Deus nos conhece e espera que, com confiança na sua fidelidade, ven-çamos as dificuldades;

• O profeta enfrentaria problemas de todos os lados, inclusive, de seus próprios parentes.

A justificativa de Deus:

• Deus declarou a Jeremias a sua intenção de entregar o povo de Israel na mão dos seus inimigos;

• A justiça divina seria aplicada ao povo e mesmo que fosse o povo esco-lhido. Deus deixa claro as suas inten-ções com relação ao que faria;

• Jeremias aprendeu que a justiça divina ultrapassa a humana. Não po-demos compreender os desígnios de Deus.

A misericórdia de Deus:

• Apesar de toda a rebeldia de is-rael, ele ainda é o povo escolhido por Deus;

• O juízo de Deus não é defini-tivo. Israel ainda se tornaria povo de Deus novamente;

• O castigo aplicado ensinará quem é o seu Senhor;

• Aqueles que não reconhecem a Deus como Senhor serão condena-dos.

4. Conclusão e aplicação

Encerrar a aula com agradecimen-tos e oração. Agradecer os visitantes e alunos pela participação no estudo. Incentivar o estudo da lição duran-te a semana. Pedir que anotem suas dúvidas a respeito da lição para que possam discuti-las, se possível, no próximo domingo com os demais. Pedir para fazerem as leituras diárias sugeridas na revista do aluno durante a semana.

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Plano de aula 3SUGESTÕES DIDÁTICAS

EBD

Texto bíblico – Jeremias 26.1-24 • Texto áureo – Jeremias 26.12-15

I. O PREPARO

Objetivos

• Compreender que um profeta precisa dizer tudo quanto o Senhor mandar.

• Compreender que nem tudo o que dizemos aos outros soa bem. A mensagem de salvação é também mensagem de juízo.

• Reconhecer que somos todos profetas de Deus nesse mundo per-dido.

Recursos didático-pedagógicos

• Quadro-negro e giz;

• Papel e canetas;

• Quebra-cabeça simples, peda-ços de papel coloridos e canetas.

Metodologia

A aula de hoje usará o método da análise de temas em duplas de alunos

ou trios. O professor fará a exposição oral com a participação de todos os alunos presentes. A cada domingo o professor precisa incentivar a partici-pação geral para desenvolver nos alu-nos de sua classe a desinibição. Quan-do aqueles que forem mais tímidos perceberem que não é tão complicado dar uma opinião ou expor uma ideia, se tornarão alunos ativos e participan-tes como os demais.

II. A AULA

1. Oração

Separar os primeiros minutos da aula para este momento de oração. Co-meçar precisamente no horário com quem estiver presente; o momento de hoje pode ser feito em duplas de ora-ção. Antes, porém, é interessante pedir que os jovens façam alguns pedidos pessoais e agradecimentos ao seu com-panheiro de oração. Isso, com certeza, favorecerá a aproximação deles.

O cativeiro e a sua causa

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2. Aquecimento

Dois grupos formam um círculo, com os componentes intercalados (ex. um do amarelo, outro do azul e assim em diante até terminar o círculo), para tanto, usar os papéis coloridos. Cada componente deve escrever em seu pe-daço de papel uma qualidade própria (usando apenas uma palavra) e entregar para o participante do lado direito, sen-do este o componente do grupo oposto, que deverá fazer mímica para que o seu grupo descubra a qualidade do partici-pante ao lado (grupo oposto). Quando o grupo acerta a qualidade, logo o outro componente do mesmo grupo anterior que estava fazendo a mímica começa a fazer também a sua e assim sucessiva-mente. Enquanto isso o líder do grupo oposto está dentro do círculo montan-do um quebra-cabeça, quando ele ter-minar, o tempo acaba. O outro grupo terá oportunidade de fazer as mímicas. Ganha o grupo que descobriu mais qua-lidades do grupo oposto.

3. Desenvolvimento

Ler as passagens bíblicas de Jere-mias 7 e 26 com os alunos (selecionar alguns versículos). Proceder a leitura da forma mais dinâmica que conseguir.

Depois o professor irá dividir a turma em pequenos grupos de dois alunos. Pedir que os grupos façam uma análise do texto que iremos pro-por a seguir. Cada pequeno grupo re-

ceberá uma folha de papel e anotará as aplicações e conclusões que retira-ram do texto proposto. Logo depois, discutirão com o grupo maior as apli-cações e conclusões que tiverem en-contrado no texto. Cada grupo rece-berá instruções sobre seu assunto. Os grupos deverão se basear nos textos bíblicos propostos para realizar sua pesquisa.

Grupo 1 – Não omita uma só palavra (Jr 26.1,2)

• Este episódio aconteceu durante o princípio do reinado de Jeoiaquim, rei que não seguia os caminhos do Se-nhor;

• Jeremias fala ao povo na porta do templo como ordenou o Senhor no capítulo 7;

• O Senhor manda que ele diga tudo quanto ele ordenou e que não se esqueça de nenhuma palavra.

Grupo 2 – Talvez eles escutem (Jr 26.3-6)

• Se o povo ouvisse a voz de Deus e mudasse sua conduta, ele não os des-truiria;

• Mas se continuassem com as suas obras, seu castigo seria terrível;

• Deus promete que lhes daria o mesmo destino que deu aos seus an-tepassados no tempo do santuário de Siló.

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Grupo 3 – Fidelidade pode gerar oposição (Jr 26.7-9)

• Jeremias recebe a ameaça de morte por parte de todo o povo e dos sacerdotes e profetas da época;

• Ele foi considerado um réu por pregar contra o próprio templo, a casa de Deus;

• Entretanto, Jeremias foi fi el a Deus dizendo tudo o que ele lhe or-denara.

Grupo 4 – A acusação contra Jeremias (Jr 26.10,11)

• Os líderes de Judá se juntaram e vieram da casa do rei à casa do Senhor a fi m de julgar Jeremias;

• Estes eram representantes do rei em algumas causas, pois o próprio rei não tinha condições de julgar todas as questões do reino;

• Os julgadores de Jeremias o con-sideraram réu de morte por profetizar contra a cidade e o templo.

Grupo 5 – A defesa de Jeremias (Jr 26.12-15)

• Jeremias se defendeu dizendo que as suas palavras procediam do próprio Deus;

• Jeremias, diante do tribunal, confi rma a mensagem dita por Deus ao povo. Se eles não se convertessem, o Senhor os destruiria;

• Ele entregou sua vida nas mãos daqueles líderes, mas declarou que se eles o matassem, seu sangue seria re-querido de suas mãos por Deus.

Grupo 6 – A absolvição de Jeremias (Jr 26.16)

• O povo, juntamente com líde-res, reconhece que Jeremias é ino-cente;

• Suas palavras são as palavras do próprio Deus;

• Aparentemente, o povo parece arrependido e pronto a voltar do seu mau caminho, mas a narrativa conti-nua.

Grupo 7 – Um profeta pode ter uma audiência temente a Deus (Jr 26.17-19)

• Os líderes parecem se arrepen-der do veredito;

• Ainda o consideravam um traidor;

• Lembraram do profeta Miqueias, que pregou uma mensagem parecida com a de Jeremias.

4. Conclusão e aplicação

Encerrar a aula com agradecimen-tos e oração. Agradecer os visitantes e alunos pela participação no estudo. Incentivar o estudo da lição durante a semana. Pedir para fazerem as leituras diárias durante a semana.

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