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ARAUTO | Sexta-feira, 29 de março de 2019 03 Para esses idosos, xô baixo-astral FOTO ARAUTO Eles procuram um lugar para lazer, para jogar conver- sa fora, se entreter. E o Centro de Convivência do Idoso, em Vera Cruz, é, há muitos anos, um desses espaços. São atividades de segunda a quinta-feira, que contemplam um público de aproximada- mente 100 pessoas. Tem coral da terceira idade, trabalhos manuais, jogos de carta e bingo, além dos tradicionais bailes, realizados uma vez por mês em diferentes lo- cais. Conforme a presidente do Grupo da Terceira Idade Alegria de Viver, Madalena Frantz, são momentos como esse que fazem os idosos es- pairecerem, se alegrarem. “É para se integrar. Muitos não têm atividades em casa e vem aqui apenas para conversar. Trazem alguma coisa para comer, um chimarrão. É uma companhia”, resume. Ana Maria Heck tem 91 anos. Mora no Centro de Vera Cruz e não costuma perder um jogo de bingo. Na tarde de quarta-feira está sempre junto com as amigas. E diz ser pé-quente. “Às vezes ganho, às vezes perco. Mas hoje eu tô bem”, sorri a aposentada, feliz com a integração que a atividade proporciona. “É muito bom. Se eu posso con- vidar mais pessoas, eu convi- do. Quero ver isso aqui cheio de gente”, arremata a vera- ATIVIDADES AOS IDOSOS Além das atividades junto ao Centro de Convivência do Idoso, nos fundos da Emater, em Vera Cruz, o Município dispõe de oficinas e serviços. Secretaria de Cultura e Turismo Oficina de música, de informática e de dança; biblioteca pública, para empréstimo de livros Secretaria de Saúde Atividade semanal, às segundas-feiras, com grupo de caminhada e ginástica de fortalecimento muscular, às 8 horas; grupo de reeducação alimentar com inscrição prévia; grupo de saúde do homem, encontros semanais, sextas-feiras, às 15 horas; grupo de tabagistas; grupo Dormir e Sonhar (foco na melhora da qualidade do sono); meditação guiada, segundas-feiras, às 10 horas; auriculoterapia por agendamento; cristal terapia por agendamento; atendimento às famílias com alguma situação de saúde que envolva o idoso; atendimentos individuais via encaminhamentos pela equipe do NASF/ AB, hoje composta por assistente social, farmacêutica, nutricionista, psicóloga e profissional de educação física; equipe de Redução de Danos (álcool e outras drogas); Secretaria de Desenvolvimento Social Encaminha Benefício de Prestação Continuada – BPC (para idosos com mais de 65 anos sem período contribu- tivo ¼ salário mínimo de renda familiar); festa mensais dos idosos (próxima festa no dia 14 de maio, na Comu- nidade Luterana Paz, da Esquina Koelzer); hidroginástica recreativa; No CRAS, grupo de Convivência (mensalmen- te); e no Creas, intervenção e acompanhamento das situações de violação de direitos. FOTO PORTAL ARAUTO MEIOS DIGITAIS ENTRE CRIANÇAS E JOVENS Os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil tem cerca de 116 milhões de pessoas conectadas à internet, o equiva- lente a 64,7% da população com idade acima de 10 anos. O celular é o dispositivo mais usado, com aplicativos de mensa- gem ou bate-papo. Ao todo, 94,6% dos internautas utilizam o telefone móvel. Esta influência atinge cada vez mais os jovens e até as crianças. E para falar sobre o assunto, o Arauto Saúde desta semana recebeu a neuropsicopedagoga Márcia Gewehr. Conforme ela, todos são influenciados. “É inerente ao nosso jeito de ser, existem gatilhos mentais que fazem que sigamos o que os outros fazem. Por exemplo, quando vão em um determinado local, eu também vou fazer isso, nem sempre é só no meio digital. O que todos fazem, dá a impressão de que é o correto”, diz. Sobre a influência do digital nas instituições de ensino, ela relata que esses meios têm que ser usados, explorados. “É positivo, mas devem ser usados com moderação, controle e supervisão, tanto pela família como pela escola e pela socie- dade, pois a criança tem um entendimento de que tudo que é no meio digital, é verdade. Somos um ser social que atuamos através da influência dos outros. Se somos influenciados de- mais pela mídia, entramos em um isolamento e não se faz a parte colaborativa. É preciso pensar o tempo, por exemplo, uma criança de menos de dois anos deve ser exposta a essas interações no máximo 40 minutos”, comenta. Regras A neuropsicopedagoga lembra que os pais devem impor limites às crianças e aos jovens. “Criança tem que ter regras, aprender a esperar, ter controle emocional, não ser impulsivo e aprender brincando, através do lúdico”, observa. Distúrbio psíquico Márcia ressalta que é possível identificar distúrbios psí- quicos quando a criança é influenciada por algo. “Pensar na saúde mental é pensar se há excesso de isolamento, dificul- dades na fala ou fala pouco, dorme pouco, problemas na alimentação com distúrbios como a obesidade. Estes sinais ficam visíveis e já são sinais de depressão. Os pais devem ficar de olho no que o filho é exposto, em caso de jogos, perceber se são violentos. E tentar também resgatar a in- fância, colocar estas crianças para brincar.” OFERECIMENTO cruzense, que assim como as demais idosas, dizem adorar jogar bingo. O atentar aos números e a marcação corre- ta nas cartelas ainda trazem outros benefícios, como o de manter a mente sempre ativa. A mulherada que joga que o diga. Com elas, xô bai- xo-astral.

Para esses idosos, xô baixo-astral - Sizingadmv2.sizing.com.br/projetos/arauto/images/PagMat/... · companhia”, resume. Ana Maria Heck tem 91 anos. Mora no Centro de Vera Cruz

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Page 1: Para esses idosos, xô baixo-astral - Sizingadmv2.sizing.com.br/projetos/arauto/images/PagMat/... · companhia”, resume. Ana Maria Heck tem 91 anos. Mora no Centro de Vera Cruz

ARAUTO | Sexta-feira, 29 de março de 2019 03

Para esses idosos,xô baixo-astral

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Eles procuram um lugar para lazer, para jogar conver-sa fora, se entreter. E o Centro de Convivência do Idoso, em Vera Cruz, é, há muitos anos, um desses espaços. São atividades de segunda a quinta-feira, que contemplam um público de aproximada-mente 100 pessoas. Tem coral da terceira idade, trabalhos manuais, jogos de carta e bingo, além dos tradicionais bailes, realizados uma vez por mês em diferentes lo-cais. Conforme a presidente do Grupo da Terceira Idade Alegria de Viver, Madalena Frantz, são momentos como esse que fazem os idosos es-pairecerem, se alegrarem. “É para se integrar. Muitos não têm atividades em casa e vem aqui apenas para conversar. Trazem alguma coisa para comer, um chimarrão. É uma companhia”, resume.

Ana Maria Heck tem 91 anos. Mora no Centro de Vera Cruz e não costuma perder um jogo de bingo. Na tarde de quarta-feira está sempre junto com as amigas. E diz ser pé-quente. “Às vezes ganho, às vezes perco. Mas hoje eu tô bem”, sorri a aposentada, feliz com a integração que a atividade proporciona. “É muito bom. Se eu posso con-vidar mais pessoas, eu convi-do. Quero ver isso aqui cheio de gente”, arremata a vera-

ATIVIDADES AOS IDOSOS

Além das atividades junto ao Centro de Convivência do Idoso, nos fundos da Emater, em Vera Cruz, o Município dispõe de oficinas e serviços.

Secretaria de Cultura e TurismoOficina de música, de informática e de dança; biblioteca pública, para empréstimo de livros

Secretaria de SaúdeAtividade semanal, às segundas-feiras, com grupo de caminhada e ginástica de fortalecimento muscular, às 8 horas; grupo de reeducação alimentar com inscrição prévia; grupo de saúde do homem, encontros semanais, sextas-feiras, às 15 horas; grupo de tabagistas; grupo Dormir e Sonhar (foco na melhora da qualidade do sono); meditação guiada, segundas-feiras, às 10 horas; auriculoterapia por agendamento; cristal terapia por agendamento; atendimento às famílias com alguma situação de saúde que envolva o idoso; atendimentos individuais via encaminhamentos pela equipe do NASF/AB, hoje composta por assistente social, farmacêutica, nutricionista, psicóloga e profissional de educação física; equipe de Redução de Danos (álcool e outras drogas);

Secretaria de Desenvolvimento SocialEncaminha Benefício de Prestação Continuada – BPC (para idosos com mais de 65 anos sem período contribu-tivo ¼ salário mínimo de renda familiar); festa mensais dos idosos (próxima festa no dia 14 de maio, na Comu-nidade Luterana Paz, da Esquina Koelzer); hidroginástica recreativa; No CRAS, grupo de Convivência (mensalmen-te); e no Creas, intervenção e acompanhamento das situações de violação de direitos.

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MEIOS DIGITAIS ENTRE CRIANÇAS E JOVENSOs últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Brasil tem cerca de 116 milhões de pessoas conectadas à internet, o equiva-lente a 64,7% da população com idade acima de 10 anos. O celular é o dispositivo mais usado, com aplicativos de mensa-gem ou bate-papo. Ao todo, 94,6% dos internautas utilizam o telefone móvel. Esta influência atinge cada vez mais os jovens e até as crianças. E para falar sobre o assunto, o Arauto Saúde desta semana recebeu a neuropsicopedagoga Márcia Gewehr.

Conforme ela, todos são influenciados. “É inerente ao nosso jeito de ser, existem gatilhos mentais que fazem que sigamos o que os outros fazem. Por exemplo, quando vão em um determinado local, eu também vou fazer isso, nem sempre é só no meio digital. O que todos fazem, dá a impressão de que é o correto”, diz.

Sobre a influência do digital nas instituições de ensino, ela relata que esses meios têm que ser usados, explorados. “É positivo, mas devem ser usados com moderação, controle e supervisão, tanto pela família como pela escola e pela socie-dade, pois a criança tem um entendimento de que tudo que é no meio digital, é verdade. Somos um ser social que atuamos através da influência dos outros. Se somos influenciados de-mais pela mídia, entramos em um isolamento e não se faz a parte colaborativa. É preciso pensar o tempo, por exemplo, uma criança de menos de dois anos deve ser exposta a essas interações no máximo 40 minutos”, comenta.

RegrasA neuropsicopedagoga lembra que os pais devem impor

limites às crianças e aos jovens. “Criança tem que ter regras, aprender a esperar, ter controle emocional, não ser impulsivo e aprender brincando, através do lúdico”, observa.

Distúrbio psíquicoMárcia ressalta que é possível identificar distúrbios psí-

quicos quando a criança é influenciada por algo. “Pensar na saúde mental é pensar se há excesso de isolamento, dificul-dades na fala ou fala pouco, dorme pouco, problemas na alimentação com distúrbios como a obesidade. Estes sinais ficam visíveis e já são sinais de depressão. Os pais devem ficar de olho no que o filho é exposto, em caso de jogos, perceber se são violentos. E tentar também resgatar a in-fância, colocar estas crianças para brincar.”

OFERECIMENTO

cruzense, que assim como as demais idosas, dizem adorar jogar bingo. O atentar aos números e a marcação corre-ta nas cartelas ainda trazem

outros benefícios, como o de manter a mente sempre ativa. A mulherada que joga que o diga. Com elas, xô bai-xo-astral.