Para Naomi son Acerca Da Magia

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  • 8/9/2019 Para Naomi son Acerca Da Magia

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    Para Naomi Mitchison (draft)

    [Acerca da Magia]

    Receio que tenha sido muito casual acerca da magia e especialmente do uso da palavra; apesar deGaladriel, e outros, mostrarem pela crtica do uso mortal da palavra, que o conceito volta da palavrano , de todo, casual. Mas uma questo demasiado grande, e difcil, e uma histria que, como vocdiz e bem, largamente acerca de motivos (escolhas, tentaes, etc.) e as intenes de usar a que seencontra no mundo, dificilmente poderia ser carregada com uma averiguao pseudo-filosfica! A minhainteno no envolver-me num debate para discutir se a magia de, alguma forma, real ou se mesmo possvel existir no mundo. Mas suponho que, para o objectivo da histria, alguns poderiam dizerque existe uma distino latente como a que antes foi chamada distino entre magia e goeteia (1).Galadriel fala das artimanhas do Inimigo. Mas magia pode ser, era, tida como boa, e goeteia era tidacomo m. Nenhuma delas nesta histria, boa ou m, e esta classificao depende do motivo ou doobjectivo do uso. Ambos os lados usam os dois tipos, mas com diferentes motivos. O mau motivosupremo a dominao dos outros seres. As operaes do inimigo no so, de forma alguma, todasgoetic, mas magia que produz efeitos reais no mundo fsico. Mas a sua magia, ele usa para destruirtanto pessoas como coisas e a sua goetia para aterrorizar e subjugar. Os Elfos e Gandalf tambm usammagia (poucas vezes): a magia, produzindo efeitos reais (como fogo num pedao de lenha hmida) paraobjectivos especficos e benficos. Os efeitos goetic so inteiramente artsticos e no tm como objectivoenganar: eles nunca enganam os Elfos (mas podem enganar ou confundir Homens desatentos) pois adiferena, para eles, to clara como para ns a diferena entre fico, pintura, escultura, e vida.Ambos os lados vivem, geralmente, de um modo usual. O Inimigo, ou aqueles que se tornam como ele,viram-se para a maquinaria - com efeitos destrutivos e malficos porque os mgicos, que setornaram principalmente preocupados em usar a magia para o seu prprio poder fariam (e fazem) omesmo. O motivo bsico para a magia - separado de qualquer considerao filosfica acerca de comofuncionaria - a prontido: rapidez, reduo de trabalho, e tambm reduo (quase a ponto dedesaparecer) do conflito entre ideia, ou desejo, e resultado, ou efeito. Mas a magia pode no ser fcil deexecutar e, de qualquer forma, se voc comandar um vasto nmero de escravos ou maquinaria (muitasvezes a mesma coisa mas dissimulada), pode ser to rpido, ou suficientemente rpido movermontanhas, devastar florestas, ou construir pirmides com estes meios. claro que depois entra outrofactor, um factor moral ou patolgico: os tiranos deixam de ter noo das coisas, tornam-se cruis, egostam de destruir, magoar e corromper. Sem dvida que seria possvel defender a introduo demoinhos mais eficientes por Lotho; mas no o uso que Sharkey e o amarelento lhes deram.De qualquer forma, uma diferena no uso da magia nesta histria que ela no para ser tomada comlore e feitios; mas um poder inerente que os Homens e afins no possuam. Os poderes curativosde Aragorn podem ser considerados mgicos ou, pelo menos, uma combinao de magia e farmcia eprocedimentos hipnticos. Mas (em teoria) manifestada por Hobbits que tm poucas noes defilosofia e cincia; no entanto Aragorn no um simples Homem, mas um parente dos filhos deLuthien (2).

    1. Do grego goetia; a forma inglesa Goety definida no O.E.D. como bruxaria ou magia que consiste nainvocao e uso de espritos malignos; necromancia.2. Aps o ltimo pargrafo, Tolkien escreveu: Mas os Numenorianos usaram feitios no fabrico deespadas?'