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Controlou rádio* c trans- mi*, or.i, dc televisão, intcr- ceptou cartas c lelccramn*., controlou os telefones. En- flm, foi instaurado, de fato, o estado de sitio, com a au- pressão dc todos os direitos e garantias constitucionais. Além dc tudo isso, que le- cou o., direitos dos cidadãos o grupo gotpi_ta também é responsável p*>r ter levado o país às hordas da guerra ei- vil, por tentar impor à na- çào uma ditadura terrorista, por levar a intranqüilidade a todos os lares, por desor- Ranlzar a vida econômica, acarretando sofrimentos e prejuízos _cm conta e Irre- cuperaveis. Foi. na verdade, um crime de lesa-pátrla. Não é po-sivcl que tào cl-moronos crime1! fioucm Impunes, Se se condena a qusnt, íurt-ndo um simples objeto, prejudica a apenas uma pessoa, como deixar sem punição aos que prati- «•am ao mesmo tempo uma férle dc gravíssimos crimes contra o pais inteiro? Denys, Kcck, Moss, Cor- deiro de Çarlas, Lacerda e todos os demais responsáveis pelos atentados contra a Constituição e nosso povo devem sofrer as conseqüên- cias de seus atos criminosos. Xâo podem ficar Impunes. E doa severamente como tam- bém apeados dos postos e cargos que ocupam, de ma- neira a qne não tenham condições de repetir o que fizeram. Mesmo porque eles sáo reincidentes. _________________F^^^H_____! __£_*>____ Ul- ____!H__^____. * fl __r _lBK -^^___ _P___a_L' Mm_____b.. -*£_!kI_______________ mmrmmWtf^- mmm\mt%* '*-'; '<T_P,aJ mmmmI***;_____ U__________________________________________________________lMr*t *^flj -.-_? mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm)-- mmHl ** ' ¦ :imm\mm\ ' 0_M_H_i ¦ ¦¦ M , —~- mmWs - ____. í __l^'i'-____l .. - ^1¦ ¦*.''____¦' .W 9¦ •; *"** __!___ ^^**_S_____I¦ n_w'.¦^_B -_-__L . _^M___P^^^^*PB_______8___&_re ^ .v- ::'-*¦¦•¦ ¦_! .»¦.''* «fl____1^' ^^^B______á_É^__&^^i!i______ ______ .___^___________________________Bsv?. *f %.______ _^^____r^fls__a____l%^HH__¥-^l-_-^__Efl__! ?w_H K_r *- PIEl| Bf9H ____f_|-_____ _____P-____|__________¦' _Jáw^_A________|_____________¦ +___i 9________B_pr^-í ____! ______!_H*'t__i \W *mmmWy"*'ffiÊ'mmmmmWmmWW- _____! mmmmW mmmW^ *_>\^fl_______________________________________________________________________¦__¦ t ------------------ ____F_____r^' ^__i BB ____u_r* ¦______-_-__!_-_-R_r -_---! 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E também o povo carioca, de modo ge. ral, não se deixou enganar. Tanto que, apesar du es. candalosa propaganda feita. o candidato lanterneiro conseguiu engambcLr um terço do eleitorado da Gua- nabara. Mas, agora, depois de alguns meses no governo do Estado e, principalmente, em virtude de nia conduta frente aos últimos aconte- cimento.s politicos até os ce- gos podem ver a realidade. O jornalista; que se fan- taslava de defensor das li. herdades; teve a máscara arrancada. Voltou-se com fúria selvagem contru a li. herdade de imprensa. Impôs, abusiva e criminosamente, em plena vigência da Cons. titu.tliio Federal, a mais vio. lenta censura à imprensa M:.ndou beleguins para as redações. Impediu que edi. ções circulassem. Seqüestrou edições nas bancas. Prendeu, arbitrariamente, jornalistas. E idênticas ilegalidades pia- t.lcou contra trabalhadores do rádio e da televisão. A t;;is desatinos chegou, que profissionais da imprensa resolveram expulsá-lo do seu meio. E' indigno de usar o nome de jornalista. Mais ainda do que isso. Os pro. prl.tãiios de jornal, em duas' reuniõe s, consideraram- -no um traidor, um transiu, ga, e pediram sua expulsão da Sociedade Interamé.iqana de Imprensa. O negocista da rua do Lavradio, da indecorosa tro- PELA LIBERTAÇÃO DE FRAGMON BORGES Autoridades civis e militares, uma vez derrotado o golpe, tentam agora descartar-se da responsabilidade pe- Ias medidas arbitrárias praticadas contra a imprensa. E enquanto se explicam, inclusive em entrevistas à imprensa, mantém presas várias pessoas, em 'diferentes presídios, recusando-se a cumprir as ordens de habeas- -corpus impetradas em favor dos presos. É este o caso, entre outros, do redator-chefe de NO- VOS RUMOS, Fragmon Borges. Preso em sua casa mais de uma semana, foi mantido durante vários dias em lugar Ignorado. A policia recusou-se a cumprir a ordem de habr.as-corpus que o beneficiava. Soubemos que teriam procurado justificar perante o Presidente da ABI a sua recusa pelo fato de o jornalista haver resistido a medida ilegal e arbitrária da policia. Era um direito que lhe assistia diante da arbitrariedade. O qué não podemos, nem nós, nem a nossa Associação de Imprensa, é nos confor,marmos com a cínica alegação da autoridade. Exigimos a libertação do nosso companheiro ilegal- mente encarcerado. Uma das funções da ABI é alias esta mesma: zelar pela liberdade de imprensa. E a prisão de um jornalista constitui um brutal cerceamento a esta li- herdade, além de uma ani/.ça a todos os jornalistas. Que a ABI cumpra, portanto, o seu dever, como soube cum- prir honrosamente tantrs vezes em situação semelhan- tes. Que nos ajude a recuperar a liberdade do valente jornalista da imprensa democrática c antigolpista que é Fragmon Borges. ca de terrenos, mostrou também, para os que não o conheciam devidamente, seu caráter de inimigo do povo e da democ. a- cia. A lei, para êle, de nada vale, a nào ser para exploração demagógica. Pra- ticou as maiores violências, arbitrariedades e ciimes. Foram feitas centenas de prisões ilegais. Tentou es- magar o movimento opera- rio. Mandou espancar o po- vo nas ruas. Interditou or- ganizações estudantis e operárias. Procurou, enfim, implantar na Guanabara um regime de terror fascis- ta, tentando sufocar a fer- ro e fqgo todas as manlfes- tações populares. Agindo, sempre, como agente provocador, sei viu de instrumento para a re- núncia de Jânio Quadros, êle que havia levado Var- gas ao suicídio. E tudo íèz para que o sr. João Gou- lart fosse impedido de as- sumir a Presidência da Re- pública, instaurando-se no pais uma ditadura militar terrorista, a serviço dos in- terêsses do imperialismo norte-ameiícano. A verdade ficoujnuito cia- ra para nosso povo, de mo- do particular para o povo carioca. Carlos Lacerda c um inimigo declarado. Sua impostura a ninguém mais engana. E' responsável por crimes que o tornam ¦ lndig- no de exercer a função de governador do Estado. Sua permanência à fiente do governo, aiéin de constituir uma decepção para os que nele acreditaram, constitui também uma afronta ao conjunto da população. Não fracassou apenas como ad- ministrador, icvelando sua incapacidade em resolver os mais elementares problemas da cidade. Nem se mostrou apenas um corrupto, nego- ciando com os bicheiros. Apareceu, claramente, para todos, com sua verdadeira lace de agente do golpismo, de lacaio do Imperialismo, de inimigo do povo. Não pode, por isso tudo, ficar impune. Deve ser impedido de continuar à frente do governo. Deve ser punido pelos ciimes que praticou. Conselho de Telecomunicações: MENTIRA A, SERVIÇO DO GOLPE Em seu desespero sem ro. médio, o grupo fascista de Lacerda, os antigos iantor. neiros, lançam mã0 de todos os recursos, mesmo os mais ignóbeis, para confundir os incautos. Não importa que sejam mentiras e calúnias torpes o mal arquitetadas. De posse ainda tle órgãos dc aparelho do Estado, pas. saram, depois de derrotados em sua infame (rama gol. pista, u difundir noticias ab. solutamento falsas para es. palhar a confusão entre a opinião pública. Uma das invenciònices mais grosseiras do bando la- cerdista foi a de que Luis Carlos Prestos estaria co. mandando a Brigada Mili. lar do Rio Grande do Sul. (Conclui na 3' página) Posse de Jango é Vitória do Povo! A pou* do ar. Joào Goulart na Pre.id.ii.lii ltr|niblii-M. apó» mais dr uma semana de len- sao e lula, constitui uma importante vitória du povo brasileiro e uma fragorosa derrota do bando colplxta que, rasgando aírontosamente a Consti* tulção, tentou impedir a ascensão do sr. Goulart ao posto que por direito lhe cabe. Logo no dia seguinte à renúncia do sr. J&niu Quadros, e depois de "autoritar" o sr. Ranieri Mas. tili a instalar-se formalmente no Palácio do Pin- nalto, o marechal Odilio Denys, falando em nome lambem dos ministros da Marinha e da ..rroiniu* tica Ifeck e Moss declarou que as Forças Ar- madas "vetavam" a posse do sr. Joáo Goulart. Era o golpe, uma vet que a Constituição estabelece com toda a clareia que, nos casos de impedimento do presidente, o poder passa para as mãos do vice- •presidente. . •Vetando" a posse do sr. Goulart, os três mi- nistros militares, com o apoio de Cordeiro dc Fa- rias, Carlos Lacerda e alguns outros inimigos do povo, pretendiam barrar o processo democrático em curso no pais e implantar uma ditadura que anulasse os passos progressistas dados pelo sr. Já- nio Quadros no terreno da politica exterior, es- magasse o movimento nacionalista, operário e po- pular no pais e pusesse em prática, com mão de ferro, a politica ditada pelos monopólios norte- •americanos através do Departamento de Estado e da Embaixada norte-americana. Convinha-lhes, naturalmente, revestir a ditadura com uma a na- rêneia "civil" e "legal". Dai fazerem do sr. Maz_fi li um caricato testa-de-ferro. que nada tinha a fa- ser além de bater a emproada cabeça e enviar ultimatos ao Congresso. E nos últimos dias, nem isso: transferindo-se para a Guanabara, os ministros militares largaram o sr. Mazzili em Brasília, como um bagaço imprestável, e aqui mesmo tudo decidiram sem dar-lhe a menor atenção. Imaginavam os cabecilhas do bando golpista que o crime seria consumado sem maiores dificul- dades, não passando de mais um "pronunciamen- to" diante do qual a nação se curvaria. Erraram no cálculo, porém, menõ-pretando o avanço da consciência democrática e patriótica do povo bra- sileiro. Pensavam, certamente, que todos c-apitu- latiam, como havia capitulado o sr. Jânio Qua- dros.i A reação ao golpe nio ae fés esperar. Em pou- eu horas apenas converteu-se no maior e mais q»_-asi-ifiiH__-ag res saíram às ruas protestando energicamente con- tra o golpe e exigindo a posse imediata dc Jango. Em alguns Estados, sobretudo na Guanabara, cujo govêmo era o "núcleo civil" do golpe, tiveram as massas que lutar contra os fuzis e as bombas da policia, mas em nenhum momento abando- nando o campo de batalha. Os trabalhadores e os estudantes pronunciaram-se imediatamente con- tra o atentado i Constituição, indo inclusive à greve, embora fossem invadidas e interditadas as sedes de suas principais entidades, especialmente no Rio. O Congresso Nacional, fortalecido com o apoio da opinião pública, decidiu resistir ao golpe, exigindo o respeito à vontade popular e rechaçan- do o vergonhoso pedido de "impedimento" para o sr. João Goulart. Por sua vez, os mais dignos re- presentantes das forças armadas, a começar pelo marechal Teixeira Lott, denunciaram vigorosamen- te o crime e apelaram à resistência do povo. Os partidos políticos, cm geral, tomaram posição a favor da legalidade. Através da palavra de Pres— tes, os comunistas advertiram a nação e exorta- ram à unidade e à luta de todos os partidos e de- mocratas. Foi no Rio Grande do Sul, porém, que essa resistência assumiu as suas formas mais altas. O governador Leonel Brizola, com o apoio maciço do povo gaúcho, empunhou a bandeira da Cons- tituição, disposto a fazê-la cumprir até com a fôr- ça das armas. O general Machado Lopes, brioso comandante do III Exército, e toda a oficialidade e a tropa dessa unidade, assim como o comando e a tropa da 5." Zona Aérea, puseram-se ao lado do governador Brizola, repelindo a infame maqui- nação golpista. Os chefes do golpe, dispostos a esmagar essa resistência, que crescia a cada hora, implantaram o terror fascista no país. Sem que fosse decretado o estado de sítio, pisotearam brutalmente todas as liberdades asseguradas pela Carta Magna, im- plantando a censura sobre a imprensa, o rádio c a televisão, reprimindo selvagemente as manifes- tações populares, interditando a UNE e inúmeros sindicatos, realizando prisões em massa dc civis e militares, assaltando residências e sedes dc or- ganizações o que se verificou sobretudo no Rio, cujo abjeto governo prestou-se ao papel do mais vil lacaio dos chefes militares do golpe. Mas o terror serviu para mostrar ao povo o que seria a ditadura que os golpistas queriam "legalizar". E a resistência, longe de arrefecer, era a cada dia e a cada hora mais enérgica c resoluta. Os sinistros conspiradores sentiam o terreno fu- gir-lhe aos pés e se não chegaram a desenca- dear a guerra civil foi porque tinham a certeza, a partir de certo momento, de que esse caminho os levaria a uma derrota esmagadora e definitiva. Se desde o inicio os golpistas constituíam um reduzido grupo de uitra-reacionários, cada dia que !""**.» «M fraqueia w toroavu mato evidente. KrpudiadoH pela unanimidwde do povo, repelidoN jwla maioria dentro das força» poUtiras e do Par- lamento e encontrando a viril oposição no seio dos comandos militares e das tropas, a camarilha Ias. Hsta viu-se isolada. Seus dias ou melhor, sua» nora* estavam contados. Foi nesse instante que surgiu, sob o falso pretexto de uma "saida hon- ri°? Pf/" f* F_,r.a* Arm****" - qut. na reali- onde. nao obedeciam às ordens dos violadores da Constituição a fórmula conciliatório de uma emenda à Constituição instituindo o parlamenta- rismo no Brasil e. desse modo, diminuindo sen- sivclmente. as atribuições do presidente da Repú- Mico. Coube a iniciativa dessa fórmula aos gru- pos mais reacionários dos partidos politicos majo- ritarios. temerosos de que a luta pela aplicação ntegral e imediata da Constituição levasse a uma influência maior das forças populares de vanguar* da a uma "revolução social", como disseram algum comentaristas politicos. O parlamentarismo seria a "solução honrosa". Dc qualquer sorte, entretanto, o fato é que a posse do sr. João Goulart e o fracasso dos pia- nos de implantação de uma ditadura terrorista constituem uma derrota esmagadora do grupelho militar reacionário, que se julgava em condições de impor ao pais a sua vontade que ê, de fato, a vontade dos monopólios norte-americanos. Os che- fes desse bando diziam, arrogantemente, que em nenhuma hipótese o sr. Goulart assumiria a pre- Mdencia e que. ao contrário, seria preso se desem- barcasse em qualquer ponto do território nacio- nal. Através de sucessivos comunicados, cada qual cm termos mais grosseiros e insolentes, insistiam cm proclamar o "veto" à posse de Jango, por ser considerado "perigoso agente do comunismo inter- nacional". Apesar das limitações resultantes da emenda parlamentarista, aprovada a toque de caixa e em flagrante desrespeito à vontade expressa pelo povo, não nas urnas de 1960 como agora, nos ruas e nos quartéis, o bando fascista sofreu inapeiável derrota. Embora'emendada à última hora, pre- valeceu afinal a Constituição. Não está excluída, entretanto, a possibilidade de novas tentativas de golpe, tal é a obstinação reacionária e entreguista da quadrilha de crimi- nosos até então encastelada em postos-chave do governo. Quaisquer que sejam, porém, oa seus fre- neticos esperneio* encontrará pela frente a invtn- tW-_Wlí__í_l_Nr.al_ belas páginardé nm historia de luta pela liberdade. O sr. João Goulart assume a presidência da Republica levando para esse alto posto os compro* missos que tem com o povo brasileiro, contraídos em sua campanha eleitoral, no programa de seu Partido e nas jornadas gloriosas dessas duas se- manas. O presidente da República é o fiador de uma politica externa independente e progressista e de uma orientação interna capaz de imprimir um sentido nacionalista às soluções para os angustian- tes problemas da nação e do povo. Esses terão de ser os rumos seguidos pelo futuro Conselho de Minis- tros onde devem estar aqueles líderes que, por suas corajosas e claras atitudes em defesa da Cons- tituição, foram consagrados pelo povo nesse gran- dioso plebiscito que foi a luta contra o golpe. O povo brasileiro não admitiria que, depois da vi- tória sôbrc a camarilha golpista Denys-Ileck-Moss- -Cordciro-Lacerda, fosse o governo entregue a ho- _mens como Clemente Mariani o executor das ordens do-FMI _-^___*.u_.Junici Magalhães, que no auge da crise teve o dcsplantc dc saudar no ma- rcchal Denys um porta-voz reconhecido das Fôr- ças Armadas. Brizola, Sérgio Magalhães, Auro Moura Andrade, Machado Lopes, Teixeira Lott, Almino Afonso, Mauro Borges estes, sim, são alguns dos lideres civis c militares que galvani- zaram a opinião nacional e se impuseram ao seu respeito e à sua admiração. O futuro Conselho de Ministros refletirá fielmente os desejos e as ten- dências majoritárias do pais se homens como aquê- les forem chamados para compor os seus qua- dros. Eles c que podem falar cm nome do povo, porque foram eles os eleitos nesses difíceis dias de luta. O povo brasileiro tem justos motivos para fes- tejar na posse do sr. João Goulart uma vitória do seu bom combate pela democracia e contra o gol- ge. Certamente que as massas estarão nas ruas tle todo o pais para festejar êsse triunfo contra a reação e a ditadura. Mas também para dizer que exigem do novo governo afastados e exem- plarmentc punidos os cabecilhas do golpe uma firme política independente e progressista, dc res- peito às liberdades c aos direitos dos trabalhado- res e do povo. Uma tarefa especial cabe, nesse sentido, ao bravo povo carioca: a de expulsar do governo da Guanabara, como criminoso sem perdão, ò execra- vel tiranete Carlos Lacerda. A Assembléia da Gua- nabara náo tem outro caminho senão a aprova- ção rápida do "impeachment" contra êsse vil mas- sacrador das liberdades. Depois de inflingir aos golpistas uma esma- gadora derrota, o povo brasileiro festeja o seu triunfo, mas não Aandona as trincheiras da luta pela Constituição, pela democracia e pela inde- pendência nacional. Povo é Quem Paga os Desatinos do Golpistas: Emissão Agrava Crise? TEXTO NA

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A população da Cluannba-ra • de diversas outros Es-tado» sofreu as maiores vlo-lAnclaa . arbitrartedadrs.Mtiiurri* « civis, operários,estudantes, intelectuais ío-ram atirados à prts&o. Apolicia invadiu domicílios eaedes de entidades sindicaise estudantis, Interditando-•aa. Ocupou redaçâes dejornais, estabeleceu a cen-Mira. prendeu jornalista»,apreendeu edições Inteiras.Controlou rádio* c trans-mi*, or.i, dc televisão, intcr-ceptou cartas c lelccramn*.,controlou os telefones. En-flm, foi instaurado, de fato,o estado de sitio, com a au-pressão dc todos os direitose garantias constitucionais.

Além dc tudo isso, que le-cou o., direitos dos cidadãoso grupo gotpi_ta também éresponsável p*>r ter levado opaís às hordas da guerra ei-vil, por tentar impor à na-çào uma ditadura terrorista,por levar a intranqüilidadea todos os lares, por desor-Ranlzar a vida econômica,acarretando sofrimentos eprejuízos _cm conta e Irre-cuperaveis. Foi. na verdade,um crime de lesa-pátrla.

Não é po-sivcl que tàocl-moronos crime1! fioucmImpunes, Se se condena aqusnt, íurt-ndo um simplesobjeto, prejudica a apenasuma pessoa, como deixarsem punição aos que prati-«•am ao mesmo tempo umaférle dc gravíssimos crimescontra o pais inteiro?

Denys, Kcck, Moss, Cor-deiro de Çarlas, Lacerda etodos os demais responsáveispelos atentados contra aConstituição e nosso povodevem sofrer as conseqüên-cias de seus atos criminosos.Xâo podem ficar Impunes. Edoa severamente como tam-bém apeados dos postos ecargos que ocupam, de ma-neira a qne não tenhamcondições de repetir o quefizeram. Mesmo porque elesjá sáo reincidentes.

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fe*j»ICAO KX-r«A

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ANO III Rio de Janeiro, 4 de setembro de 1961 N' 134

8 TRUSOR LICERDfl E INDIGNO DECONTINÜM " FüENTE DO G.VERNO

A crise politica que o paisatravessa serviu para mos.irar, em corpo inteiro,.quemê o renegado Carlos Laccr.d.i. Certo que nós, comunis.Ias, nunca nos enganamosom relação a esse sub.ho.mem. Sabíamos muito bemquem ele é. Seu passado deindignidade não permitianenhuma dúvida. E tambémo povo carioca, de modo ge.ral, não se deixou enganar.Tanto que, apesar du es.candalosa propaganda feita.o candidato lanterneiro sóconseguiu engambcLr umterço do eleitorado da Gua-nabara.

Mas, já agora, depois dealguns meses no governo doEstado e, principalmente,em virtude de nia condutafrente aos últimos aconte-cimento.s politicos até os ce-gos podem ver a realidade.O jornalista; que se fan-taslava de defensor das li.herdades; teve a máscara

arrancada. Voltou-se comfúria selvagem contru a li.herdade de imprensa. Impôs,abusiva e criminosamente,em plena vigência da Cons.titu.tliio Federal, a mais vio.lenta censura à imprensaM:.ndou beleguins para asredações. Impediu que edi.ções circulassem. Seqüestrouedições nas bancas. Prendeu,arbitrariamente, jornalistas.E idênticas ilegalidades pia-t.lcou contra trabalhadoresdo rádio e da televisão. At;;is desatinos chegou, queprofissionais da imprensaresolveram expulsá-lo doseu meio. E' indigno de usaro nome de jornalista. Maisainda do que isso. Os pro.prl.tãiios de jornal, em duas'reuniõe s, consideraram--no um traidor, um transiu,ga, e pediram sua expulsãoda Sociedade Interamé.iqanade Imprensa.

O negocista da rua doLavradio, da indecorosa tro-

PELA LIBERTAÇÃODE FRAGMON BORGES

Autoridades civis e militares, uma vez derrotado ogolpe, tentam agora descartar-se da responsabilidade pe-Ias medidas arbitrárias praticadas contra a imprensa.E enquanto se explicam, inclusive em entrevistas àimprensa, mantém presas várias pessoas, em 'diferentespresídios, recusando-se a cumprir as ordens de habeas--corpus impetradas em favor dos presos.

É este o caso, entre outros, do redator-chefe de NO-VOS RUMOS, Fragmon Borges. Preso em sua casa hámais de uma semana, foi mantido durante vários dias emlugar Ignorado. A policia recusou-se a cumprir a ordemde habr.as-corpus que o beneficiava.

Soubemos que teriam procurado justificar perante oPresidente da ABI a sua recusa pelo fato de o jornalistahaver resistido a medida ilegal e arbitrária da policia.Era um direito que lhe assistia diante da arbitrariedade.O qué não podemos, nem nós, nem a nossa Associação deImprensa, é nos confor,marmos com a cínica alegação daautoridade.

Exigimos a libertação do nosso companheiro ilegal-mente encarcerado. Uma das funções da ABI é alias estamesma: zelar pela liberdade de imprensa. E a prisão deum jornalista constitui um brutal cerceamento a esta li-herdade, além de uma ani/.ça a todos os jornalistas. Quea ABI cumpra, portanto, o seu dever, como soube cum-prir honrosamente tantrs vezes em situação semelhan-tes. Que nos ajude a recuperar a liberdade do valentejornalista da imprensa democrática c antigolpista que éFragmon Borges.

ca de terrenos, mostroutambém, para os que nãoo conheciam devidamente,seu caráter de inimigodo povo e da democ. a-cia. A lei, para êle, denada vale, a nào ser paraexploração demagógica. Pra-ticou as maiores violências,arbitrariedades e ciimes.Foram feitas centenas deprisões ilegais. Tentou es-magar o movimento opera-rio. Mandou espancar o po-vo nas ruas. Interditou or-ganizações estudantis eoperárias. Procurou, enfim,implantar na Guanabaraum regime de terror fascis-ta, tentando sufocar a fer-ro e fqgo todas as manlfes-tações populares.

Agindo, sempre, comoagente provocador, sei viude instrumento para a re-núncia de Jânio Quadros,êle que já havia levado Var-gas ao suicídio. E tudo íèzpara que o sr. João Gou-lart fosse impedido de as-sumir a Presidência da Re-pública, instaurando-se nopais uma ditadura militarterrorista, a serviço dos in-

terêsses do imperialismonorte-ameiícano.

A verdade ficoujnuito cia-ra para nosso povo, de mo-do particular para o povocarioca. Carlos Lacerda cum inimigo declarado. Suaimpostura a ninguém maisengana. E' responsável porcrimes que o tornam ¦ lndig-no de exercer a função degovernador do Estado. Suapermanência à fiente dogoverno, aiéin de constituiruma decepção para os quenele acreditaram, constituitambém uma afronta aoconjunto da população. Nãofracassou apenas como ad-ministrador, icvelando suaincapacidade em resolver osmais elementares problemasda cidade. Nem se mostrouapenas um corrupto, nego-ciando com os bicheiros.Apareceu, claramente, paratodos, com sua verdadeiralace de agente do golpismo,de lacaio do Imperialismo,de inimigo do povo. Nãopode, por isso tudo, ficarimpune. Deve ser impedidode continuar à frente dogoverno. Deve ser punidopelos ciimes que praticou.

Conselho de Telecomunicações:MENTIRA A, SERVIÇO DO GOLPEEm seu desespero sem ro.

médio, o grupo fascista deLacerda, os antigos iantor.neiros, lançam mã0 de todosos recursos, mesmo os maisignóbeis, para confundir osincautos. Não importa quesejam mentiras e calúniastorpes o mal arquitetadas.De posse ainda tle órgãosdc aparelho do Estado, pas.saram, depois de derrotados

em sua infame (rama gol.pista, u difundir noticias ab.solutamento falsas para es.palhar a confusão entre aopinião pública.

Uma das invenciònicesmais grosseiras do bando la-cerdista foi a de que LuisCarlos Prestos estaria co.mandando a Brigada Mili.lar do Rio Grande do Sul.(Conclui na 3' página)

Posse de Jangoé Vitória do Povo!

A pou* do ar. Joào Goulart na Pre.id.ii.liid« ltr|niblii-M. apó» mais dr uma semana de len-sao e lula, constitui uma importante vitória dupovo brasileiro e uma fragorosa derrota do bandocolplxta que, rasgando aírontosamente a Consti*tulção, tentou impedir a ascensão do sr. Goulartao posto que por direito lhe cabe.

Logo no dia seguinte à renúncia do sr. J&niuQuadros, e depois de "autoritar" o sr. Ranieri Mas.tili a instalar-se formalmente no Palácio do Pin-nalto, o marechal Odilio Denys, falando em nomelambem dos ministros da Marinha e da ..rroiniu*tica — Ifeck e Moss — declarou que as Forças Ar-madas "vetavam" a posse do sr. Joáo Goulart. Erao golpe, uma vet que a Constituição estabelececom toda a clareia que, nos casos de impedimentodo presidente, o poder passa para as mãos do vice-•presidente.

. •Vetando" a posse do sr. Goulart, os três mi-nistros militares, com o apoio de Cordeiro dc Fa-rias, Carlos Lacerda e alguns outros inimigos dopovo, pretendiam barrar o processo democráticoem curso no pais e implantar uma ditadura queanulasse os passos progressistas dados pelo sr. Já-nio Quadros no terreno da politica exterior, es-magasse o movimento nacionalista, operário e po-pular no pais e pusesse em prática, com mão deferro, a politica ditada pelos monopólios norte-•americanos através do Departamento de Estadoe da Embaixada norte-americana. Convinha-lhes,naturalmente, revestir a ditadura com uma a na-rêneia "civil" e "legal". Dai fazerem do sr. Maz_fili um caricato testa-de-ferro. que nada tinha a fa-ser além de bater a emproada cabeça e enviarultimatos ao Congresso. E já nos últimos dias,nem isso: transferindo-se para a Guanabara,os ministros militares largaram o sr. Mazzili emBrasília, como um bagaço já imprestável, e aquimesmo tudo decidiram sem dar-lhe a menoratenção.

Imaginavam os cabecilhas do bando golpistaque o crime seria consumado sem maiores dificul-dades, não passando de mais um "pronunciamen-to" diante do qual a nação se curvaria. Erraramno cálculo, porém, menõ-pretando o avanço daconsciência democrática e patriótica do povo bra-sileiro. Pensavam, certamente, que todos c-apitu-latiam, como havia capitulado o sr. Jânio Qua-dros. i

A reação ao golpe nio ae fés esperar. Em pou-eu horas apenas converteu-se no maior e maisq»_-asi-ifiiH__-agres saíram às ruas protestando energicamente con-tra o golpe e exigindo a posse imediata dc Jango.Em alguns Estados, sobretudo na Guanabara, cujogovêmo era o "núcleo civil" do golpe, tiveram asmassas que lutar contra os fuzis e as bombasda policia, mas em nenhum momento abando-nando o campo de batalha. Os trabalhadores e osestudantes pronunciaram-se imediatamente con-tra o atentado i Constituição, indo inclusive àgreve, embora fossem invadidas e interditadas assedes de suas principais entidades, especialmenteno Rio. O Congresso Nacional, fortalecido com oapoio da opinião pública, decidiu resistir ao golpe,exigindo o respeito à vontade popular e rechaçan-do o vergonhoso pedido de "impedimento" para osr. João Goulart. Por sua vez, os mais dignos re-presentantes das forças armadas, a começar pelomarechal Teixeira Lott, denunciaram vigorosamen-te o crime e apelaram à resistência do povo. Ospartidos políticos, cm geral, tomaram posição afavor da legalidade. Através da palavra de Pres—tes, os comunistas advertiram a nação e exorta-ram à unidade e à luta de todos os partidos e de-mocratas.

Foi no Rio Grande do Sul, porém, que essaresistência assumiu as suas formas mais altas. Ogovernador Leonel Brizola, com o apoio maciçodo povo gaúcho, empunhou a bandeira da Cons-tituição, disposto a fazê-la cumprir até com a fôr-ça das armas. O general Machado Lopes, briosocomandante do III Exército, e toda a oficialidadee a tropa dessa unidade, assim como o comandoe a tropa da 5." Zona Aérea, puseram-se ao ladodo governador Brizola, repelindo a infame maqui-nação golpista.

Os chefes do golpe, dispostos a esmagar essaresistência, que crescia a cada hora, implantaramo terror fascista no país. Sem que fosse decretadoo estado de sítio, pisotearam brutalmente todasas liberdades asseguradas pela Carta Magna, im-plantando a censura sobre a imprensa, o rádio ca televisão, reprimindo selvagemente as manifes-tações populares, interditando a UNE e inúmerossindicatos, realizando prisões em massa dc civise militares, assaltando residências e sedes dc or-ganizações — o que se verificou sobretudo no Rio,cujo abjeto governo prestou-se ao papel do maisvil lacaio dos chefes militares do golpe.

Mas o terror só serviu para mostrar ao povoo que seria a ditadura que os golpistas queriam"legalizar". E a resistência, longe de arrefecer, eraa cada dia e a cada hora mais enérgica c resoluta.Os sinistros conspiradores sentiam o terreno fu-gir-lhe aos pés — e se não chegaram a desenca-dear a guerra civil foi porque tinham a certeza, apartir de certo momento, de que esse caminho oslevaria a uma derrota esmagadora e definitiva.

Se desde o inicio os golpistas constituíam umreduzido grupo de uitra-reacionários, cada dia que

!""**.» «M fraqueia w toroavu mato evidente.KrpudiadoH pela unanimidwde do povo, repelidoNjwla maioria dentro das força» poUtiras e do Par-lamento e encontrando a viril oposição no seio doscomandos militares e das tropas, a camarilha Ias.Hsta viu-se isolada. Seus dias — ou melhor, sua»nora* — estavam contados. Foi nesse instante quesurgiu, sob o falso pretexto de uma "saida hon-ri°? Pf/" f* F_,r.a* Arm****" - qut. na reali-onde. já nao obedeciam às ordens dos violadoresda Constituição — a fórmula conciliatório de umaemenda à Constituição instituindo o parlamenta-rismo no Brasil e. desse modo, diminuindo sen-sivclmente. as atribuições do presidente da Repú-Mico. Coube a iniciativa dessa fórmula aos gru-pos mais reacionários dos partidos politicos majo-ritarios. temerosos de que a luta pela aplicaçãontegral e imediata da Constituição levasse a umainfluência maior das forças populares de vanguar*da — a uma "revolução social", como disseramalgum comentaristas politicos. O parlamentarismoseria a "solução honrosa".

Dc qualquer sorte, entretanto, o fato é quea posse do sr. João Goulart e o fracasso dos pia-nos de implantação de uma ditadura terroristaconstituem uma derrota esmagadora do grupelhomilitar reacionário, que se julgava em condiçõesde impor ao pais a sua vontade que ê, de fato, avontade dos monopólios norte-americanos. Os che-fes desse bando diziam, arrogantemente, que emnenhuma hipótese o sr. Goulart assumiria a pre-Mdencia e que. ao contrário, seria preso se desem-barcasse em qualquer ponto do território nacio-nal. Através de sucessivos comunicados, cada qualcm termos mais grosseiros e insolentes, insistiamcm proclamar o "veto" à posse de Jango, por serconsiderado "perigoso agente do comunismo inter-nacional".Apesar das limitações resultantes da emenda

parlamentarista, aprovada a toque de caixa e emflagrante desrespeito à vontade expressa pelo povo,não só nas urnas de 1960 como agora, nos ruase nos quartéis, o bando fascista sofreu inapeiávelderrota. Embora'emendada à última hora, pre-valeceu afinal a Constituição.Não está excluída, entretanto, a possibilidadede novas tentativas de golpe, tal é a obstinaçãoreacionária e entreguista da quadrilha de crimi-nosos até então encastelada em postos-chave do

governo. Quaisquer que sejam, porém, oa seus fre-neticos esperneio* encontrará pela frente a invtn-tW-_Wlí__í_l_Nr.al_ belas páginardé nmhistoria de luta pela liberdade.

O sr. João Goulart assume a presidência daRepublica levando para esse alto posto os compro*missos que tem com o povo brasileiro, contraídosem sua campanha eleitoral, no programa de seuPartido e nas jornadas gloriosas dessas duas se-manas. O presidente da República é o fiador deuma politica externa independente e progressistae de uma orientação interna capaz de imprimir umsentido nacionalista às soluções para os angustian-tes problemas da nação e do povo. Esses terão de seros rumos seguidos pelo futuro Conselho de Minis-tros — onde devem estar aqueles líderes que, porsuas corajosas e claras atitudes em defesa da Cons-tituição, foram consagrados pelo povo nesse gran-dioso plebiscito que foi a luta contra o golpe. Opovo brasileiro não admitiria que, depois da vi-tória sôbrc a camarilha golpista Denys-Ileck-Moss--Cordciro-Lacerda, fosse o governo entregue a ho-

_mens como Clemente Mariani — o executor dasordens do-FMI _-^___*.u_.Junici Magalhães, que noauge da crise teve o dcsplantc dc saudar no ma-rcchal Denys um porta-voz reconhecido das Fôr-ças Armadas. Brizola, Sérgio Magalhães, AuroMoura Andrade, Machado Lopes, Teixeira Lott,Almino Afonso, Mauro Borges — estes, sim, sãoalguns dos lideres civis c militares que galvani-zaram a opinião nacional e se impuseram ao seurespeito e à sua admiração. O futuro Conselho deMinistros refletirá fielmente os desejos e as ten-dências majoritárias do pais se homens como aquê-les forem chamados para compor os seus qua-dros. Eles c que podem falar cm nome do povo,porque foram eles os eleitos nesses difíceis dias deluta.

O povo brasileiro tem justos motivos para fes-tejar na posse do sr. João Goulart uma vitória doseu bom combate pela democracia e contra o gol-ge. Certamente que as massas estarão nas ruastle todo o pais para festejar êsse triunfo contraa reação e a ditadura. Mas também para dizerque exigem do novo governo — afastados e exem-plarmentc punidos os cabecilhas do golpe — umafirme política independente e progressista, dc res-peito às liberdades c aos direitos dos trabalhado-res e do povo.

Uma tarefa especial cabe, nesse sentido, aobravo povo carioca: a de expulsar do governo daGuanabara, como criminoso sem perdão, ò execra-vel tiranete Carlos Lacerda. A Assembléia da Gua-nabara náo tem outro caminho senão a aprova-ção rápida do "impeachment" contra êsse vil mas-sacrador das liberdades.

Depois de inflingir aos golpistas uma esma-gadora derrota, o povo brasileiro festeja o seutriunfo, mas não Aandona as trincheiras da lutapela Constituição, pela democracia e pela inde-pendência nacional.

Povo é Quem Paga os Desatinos doGolpistas: Emissão Agrava Crise?TEXTO NA

Page 2: Para Os Golpistas U é Vitória do Povo! - marxists.org no Rio, onde o pau- ... condições de repetir o que fizeram. Mesmo porque eles ... sei viu de instrumento para a re-

» * • •

*- ? NOVOS RUMOS Me dt Jontifo, 4 dt ••ftmbro dt I96i --

Greve Geral na GuanabaraPela Posse de João Goulart

--Coiii-iameitM» lt*4»»* o*uausluadore* e muremst.»- atividade», declarando.•ie em ereve de epoto asr ; .»• da legalidade ate ep - . «oluçeo ".- situaçãorxilttira**. A este ehamamen*i .!':.;¦ no manifesto de17 sindicato» e ffdrraç»'*-* detrabalhadores do Rstado daOufiwbara lido ne A-ucm-bleia legislativa pelo depti*tado Himdea Corrêa, toda a«•* .--»* operaria carioca »ematendendo, num .rc*cenduque provocara a paralUarâototal da cidade se ante* dl*>«o n»o tomar posse, a***--enradas tód.» a- perro-ea-Cvai que a Cmutttuic&oeu-iícre ao pre.idente da Re-pJ-bUea. o sr J<úa GoulartO manifesto dos dirigentes••indicai», depois de observar<j-ie "tu iCrçaa golpista*. re-p:t-;entadas t-eln» ministrosmilitares e pelo eovernadorda Ouanabara tentam emd- -¦¦¦ tro rasgar e Consti-

tmçjko'•'. rttrante que u i>> ¦leiartado tudo fere "para«iue ae|e rr-tpeiUMlo o vere.dito das uriu*. empouadoo preetdeiite ]>•&¦> Goulart,e para qur •=•- maixenha in-tarla e Cuiuittuicâo da Re-publica. • u¦"•¦¦ cumprimentointegral de iodos m u.*$tfsillvos rkta amrarado porartimanhas de reforma* eoutras medida." "As tredl-coei de liberdade e firmriado povo brasileiro — dU ou*tro trecho do manifesto —chão multo bem represen-tadas nes elitudes patrtotl.nt do Conirrwo. da tro-prensa democrattee. do ao-vernador Leonel Orizole edo III Kxérclio. Mtio pre-«entes ne oportuna pruda-maçào do Marechal Utt enoa pronunciamento do» cs-tudantrs. trabalhador»-* eIntelectuais, nunca tendohavido tâo grande unidadeem tomo de uma posiçãopolítica". A deflaaraçáo da

Jo está nos bancos, o revisto «ESTUDOSSOCIAIS» n 10, que apresenta nesle númeroos seguintes trabalhos:

EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO —(de Hugo Regis dos Reis)

OFICIO DE ESCRITOR — (Rui de Pina)PASSADO E PRESENTE DA LITERATURA TCHECA

— (Zdenek Hampejs)PROBLEMAS DO PLANEJAMENTO DA ECONO

MIA BAIANA — (Armando de Alcântara)CUBA: O ENCONTRO DE DUAS CORRENTE1*

REVOLUCIONÁRIAS — (Almir Matos)EXISTENCIALISMO E MARXISMO —

(Adam Schoff)A BIBLIOTECA DO PADRE JOÃO RIBEIRO

— II. Borges)QUILOMBOS (III) — (Miguel Cosia Filho)

"ESTUDOS SOCIAIS"Rua São José, 50 — sala 502

Rio de Janeiro — GB

gtrtr nainouca pele intu*rabilidade da CoMtitukãoe peta unetiidura de Jen-¦o ne i>r<-»iitíiit-i» da Repu-'•-: a e ouiiuita pur. entreoutros, ditigemea ->lndirauda» »etuinte» categoriasferroviário-, baiieerlos. eati-vadore*. írafiíu». portua-!¦-¦¦• metalúrgico*, aera*»*-rios, aeroneuies, marinhei*ros. têxteis, alfaiate», *apa-tetro*. hoteleinM. rodovia»nau. trabalhadores ne In*dústria de petróleo e pm»frssore».

PAUlAMfNIARISMO. NAO'

Na Jtcxta-l«-int. diruirine*.sindicais da orla marítimalançaram aos Iraballiadorrse ao povo o seguinte manl*festo:

Os dirigentes sindical**i'ii.i'.a-¦<•« deste 'manifestoconclamam o* trabalhado-res, estudante», intclecluat».rnftm. todo o povo a publi-car mensagens ao Congre-t-»o Nacional incentivando-oa repudiar, com u mesmovigor que o fc<* quau-to ao "Impeachmeut". qual-que» emenda a Constituiçãonesta hora difícil que nosaaPatrin atravessa em conse-quéncia da» atividades deconhecido grupo golpista,que se utiliza de um pobrelouco para criar entraves auma política independenuc patriótica.

Nào c admissível que se'ir tenda, neste momento,at o icglme parla-

* o que seria ca-,. * aos golpistas,niii.i <i«o conchavoque so u ¦ interessa, pois•¦-ta nao c situação para amudança de regime.

Ao mesmo tempo, deve-mos todos exigir do presi-dente constitucional, sr. JoáoGoulart, que não transljaquanto ao cumprimento dacarta Magna nem deixe deconfiar nos forças progres-slstas da Naçào.

Para que apressemos uderrota dos inimigos da Pa-

Iria, r íitvciíaíi.i ui.r '..;.•>0» Irlolr» dr llal.alho :t..:'..|i«iA!i»»d.k» Cumpieendrndoessa ne**e*eidade, je aat*rem os breco* no •«¦«••'« ma-ntlmo, ot poriuanos, estiva-dare*. conferoittcti de cerea« ttãCmtt», traiuportes daUuanabara. iratetio do Uovdllraiileiro, trafeto da Cia.Nacional de Navegação Co»teira, Cie. Comercio e Ne-vrtcaçjU». fkrvlçt»» Marítimosc a üi u y t « n n Hldráuli-ca. operarlor navat» • outro*. i necess .rio que o mo-viu.c«to m estrudã tmedie-tamente a t«Vle MarinhaMerrente e trabalhadores deterra e ar. ele que a <'•«••Mulçao se|a cumprida coma posse do presidente com-tltuclotul, quando, então, ooperariado voltara e atlvl-dade apda o tusenllmentodos dirigente» sindicais quedefendem a legalidade.

TUDO PELA LEOAL1DA-DE DEMOCRÁTICA. 8EMQUALQUER CONCILIAÇÃOCOM OS TRAIDORES DOBRASIL!

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.tfíffiqrej de íiíburboioi aguardam nas lllat a rer de seguirem paro o$ .*e«t tara. em cominhôt* t oulroí meioi ittwupvrte. Menos nos frens da Leopoldina, porque a Leopoldina parou na luta contra o golpismo.

Trabalhadores da GuanabaraEm Greve Contra o GolpeDerrotam Terror Lacerdista

De todos os pontos doterritório brasileiro chegamnoticias da tomada de po-nição dos trabalhadores que,aliados aos estudantes, aos

Greve Nacional Dos Estudantes De Pé:Batalha Legalista Vai Áté o Fim *

A «greve da legalidade ?decretada pela União Nacio.nal dos Estudantes em defe.aa da intocabilidade da nos.aa Carta Magna e pela possedo presidente Goulart prós.segue com absoluto êxito cmtodo o pais. tendo agoraalingido a cem por cento oÍndice de paralisação dasaulas nos estabelecimentosdo ensino de nível superior.De Porto Alegre, capital 'Ialegalidade, a diretoria daUNE comanda a parede: ede todas as 'capitais bra«ilei-ras as organizações filiadasà entidade máxima dos uni.vèrsltâriOB lançam procla.mao*k's eondtando o povo aresistir às tentativas de im-plantação de emendas queviriam diminuir a exiensândos poderes que o povo. porsua vontade soberana, con.fiou an presidente da Repú-blica, e abriu um preceden-ie para a degola das conquis-tas democráticas que ;t po.pulação. depois de muitaslutas, conseguiu ver expros.sas na Constituição.

WAP ALERTA

O Diretório Acadêmico daEscola Brasileira de Admi.nístraçfio Pública, da. Fun-dáçjãò Getúlio Vargas, fezdivulgar sábarlo n seguintemanifesto, assinado, além dadiretoria por mais de 400alunos daquela casa rle ensi.no: .Os alunos da EscolaBrasileira de AdministrarãoPública, pm greve geral pe.la legalidade desde o dia 2í)de agosto último, e que seencontram em assembléiageral permanente, vêm depúblico manifestar inteirorepúdio àqueles que nestemomenio tentam alterar aConstituição Federal, fa/en.do aprovar a emenda parla-meritàrista, Chamam a atou-ção da imprensa, dos intelec.tuais, operários e estudantes

contra mais esta manobradas forças da reação. Se talemenda fór aprovada, o sr.João Goulart, a quem cabeconstltucionalmente o man.dato, não passará de merafigura decorativa nas mãosdos prepotentes e dos usur.padorem.

PUC INTEIRA í PELACARTA MAGNA

Os alunos da PontifíciaUniversidade Católica do Riode Janeiro também estão nalinha de frenlo do combatepela preservação do regimedemocrático. Os acadêmicosdas seguintes unidades dauniversidade da Gávea de.ram a público manifestosrechaçando os argumentosque impediriam a posse dosr. Joáo Goulart e declaran.do.se contrários à emendaparlamentarista oil a qual-quer outra niodificar.fio dotexto constitucional vigente:Faculdade de Filosofia. Fa.cuidado de Serviço Social,instituto de Física, EscolaPolitécnica. Escola de Sócio,logla Política. Faculdade deDireito. Escola de Biblioteco.nomia o Documentação eFaculdade de Filosofia San.ta Úrsula,

Sábado o ontem diversasnutras organizai.-õc.s éstudan-tis reafirmaram a posi.ção da mocidade estúdios;',de inarredável vigília dianteila Constituição ameaçadapelas forcas golpistas querepresentam os Interessesanti. nacionais. Registramosproclamações das seguintesentidades: Associação CristãAcadêmica ique congregatodos os estudantes, ovange-listas da Guanabara), Juven.tudo Democrática Cristã. Di.retório Contrai dos Esludan.tes de Agronomia do Brasil

i órgão máximo de coorde.nação dos estudantes deagronomia de todo o pais),Diretório Acadêmico da Fa.culdad*1 Nacional de Cion.cias Econômicas.

NA ENE LEGALIDADE£ LUZ

Na fachada da Escola Na.cional de Engenharia os es_.tudantes colocaram váriasfaixas e um letreiro himi.noso com a palavra Leçali.da«le. Em assembléia geralpermanente, os estudantesde engenharia estão semprepreparandp novos cartazes ofaixas com dizeres de apoioao governador Brizola, aoIII Exército e a todas asforças do movimento lega.li.sta. Na parte superior dotradicional prédio do Largode São Francisco os jovensinstalaram potente serviçoalto-falantes que retransmi-tem para os populares quese aglomeram no Largo asirradiações da «Cadeia daLegalidade».

O PEDRO IIEM GREVE

Subindo já a algumas con.tonas dc milhares o númerode estudantes de grau mé.

dio em greve em todo o pais,a parede dos secundarisiasveio ganhar característicasdc força das mais impor-tantos na luta pela perma.nénein da legalidade consti.tuclonal com a adesão aomovimento dos alunos do co.légio Pedro II, o maior cs.tabclocimenlo de ensino se.eundário do Brasil. Os jo-vens colegiais anunciaram asua decisão em manifesto doseguinte teor: <Nosso cole.gio, como padrão tle ensino,moral e do civismo, nâo pn.derla de forma alguma fi-car ausente, comodista eomisso. Os alunos resolve,ram, em virtude dos últimosacontecimentos decretargreve geral, solidarizando.secom os demais estudantesbrasileiros, em sinal de re.pulsa o tle protesto à inter.dição da UNE ás forças ma-leriais que pretendem im-nedir o cumprimento da or.dom constitucional e às ar.hilrariodades contra sindi.calos, inclusive o de profes.sores».

intelectuais e a outras t-a-madas populares, respon-deram dc pronto a Investi-da do grupo golpl-ita, reali-zando grandes manifesta-çóes. pronunciando-se atra-ves dos seus órgãos dc cias-se e se declarando em gre-ve. No Estado da Guanabaraprincipalmente, onde do-mina cm toda a sua fnrla eódio ao povo a policia deLacerda, os trabalhadoresestào utilizando, cada vezcom maior amplitude, a ar-ma dá greve para imporuma derrota fragorosa aogolpismo. Param as ferro-vias. cessa o movimento nosportos, ficam às moscas osarmazéns abarrotados docais. silenciam os estalei-ros — e assim se vai avo-lumando a onda de reaçãodos trabalhadores aos quepretende-n obstar o desen-volvimonto dâ-^ democraciacm nossa Pátria Ai vão osfatos.

LEOPOLDINA

Continuam de braços cru-zados os bravos ferroviáriosda Leopoldina. em defesa dalegalidade, pela posse ime-diata de João Goulart naPresidência da República.

Não se deixando intiml-dar pelos arreganhos da po-Hcia de Lacerda, aliada aosmilitares fascistas que pre-tendem implantar a ditadu-ra em nossa Pátria, os tra-baihadores da Leopoldinaestão dando demonstraçãodc grande combatividade ecoragem, c se dispõem a sóvoltar ao trabalho, fazendocircular novamente os trens,

depois de empossado o sr.João Goulart.

O transporte da popula-çao da Guanabara para ossubúrbios da Leopoldina vi-nha sendo realizado por ca-minliões do Departamentodc Estradas de Rodagem doEstado, de forma bastanteprecária, a tal ponto que, apedido do Diretor do Servi-ço de Transito, o Sindicatodas Empresas dc Transpor-tes de Passageiros teve ne-ccssldade de colocar à suadisposição cinqüenta ônibuscom aquela finalidade.

Em face da decretação dagreve geral pela FederaçãoNacional dos Ferroviários,aguarda-se a paralisação, aqualquer momento, de tó-das as ferrovias.

O PORTO PAROU

Revelando, sua firmo dis-posição de defesa da Cuns-tituiçào e de respeito à von-tade popular, com a possede João Goulart, deflagra-ram também greve total ostrabalhadores do Porto doRio de Janeiro, compreen-dendo portuários, arruma-dores, estivadores, mariti-mos, ferroviários, conferen-tes ' e vigias portuários.Acham-se paralisados, emconseqüência, todos os ser-viços de carga e descarga denavios e os de armazena-mento. Trinta e oito arma-zens, abarrotados de gene-ros, estão sob a vigilância deguardas portuários e fuzilei-ros navais, em todas as ho-ras do dia e da noite. Con-quanto ordeiro e pacifico, omovimento dos trabalhado-

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Enquanto os estivadores, conjcrenles e outros trabalhado-res do cais cruzam os braços como protesto contra as ten-tatívàs de implantação da ditadura militar fascista nopais, ficam us moscas os armazena do- Porlo. abarrotadosde yèncrus. Os rjrevislas sabem (jtc as eventuais dijwul-

dades que venha a sofrer a população cm conseqüênciada paralisação do Porto serão amplamente compensadaspela eliminação do golpismo em nossa<,pãtria, o que so serápossível mediante medidas vigt rosas de defesa da demo-crucia e de respeito a vontade popular, como a que estãutomando.

res do Porto esta revelandoo alto grau de compreensãodos grevistas, que demons-Iram, com sua atitude, a de-cisão de uão permitir o des-respeito à Constituição e aImplantação de uma dita-dura militar-fa.sci-.ta emnosso pais, apesar da osten-siva presença, no cais doPorto, da policia dc Lacerdaquê tenta inutilmente obrl-gá-Ios a suspender a greve.

Considerando que "traba-lhar agora é ajudar a forta-lecer as hostes golpistas, éconsolidar a miséria relnan-te em nosso pais e prepa-rar uma pátria dc sofrlmcn-tos e privações para os nos-sos filhos, uma pátria semliberdade", a Diretoria daFederação Nacional dos Es-tivadores recomendou aosseus filiados a paralisaçãodc suas atividades em todo opais, a exemplo do que jafizeram os estivadores doporto do Rio.

Enquanto isso, o sr. MarioBrandt, Superintendente doCais, distribuiu patético ape-io aos portuários: que re-gressem ao trabalho, "paranão causar confusão nemmal-entendidos". Os por-tuários resolveram nào to-mar conhecimento do apeloe a greve prossegue com en-lusiasmo; firmeza e altograu de combatividade.

TRABALHADORES NO MAR

Inicialmcntee limitada aalguns setores, extendeu-.seagora a todo o pais a gre-ve dos trabalhadores tiomar, abrangendo cerca cietrezentos mil marítimos, queatenderam, assim, á vibran-te proclamacào dos lideresda classe em defesa daConstituição e pela posseimediata do presidente JoãoOoulart."Quando as forças maisreacionárias se movimen-tam no sentido de sufocara nossa Carta Magna, im-pedindo por todos os meiose modos a posse do presi-dente constltucionalmenteeleito, dr, João Goulart, —diz a proclamaçáo — con-clamamos todos os compa-nheiros para que unidos de-tendamos a legalidade de-mocrática e a nossa Consti-tuição" "Na certeza de queunidos iremos desarmar asmais fortes concepções in-dividuais, é que a classe la-

—boriosa-—que—representámos-decidiu DECRETAR GREVEGERAL em defesa da sobe-rania popular e da posse dopresidente eleito, dr. JoãoGoulart. Não temos a me-nor dúvida de que vence-remos mais essa luta e queos criminosos desse atenta-do, muito em breve, serãodenunciados ao povo parao devido castigo".

O importante documentoé assinado pelos presidentesdas seguintes entidades quecongregam os trabalhado-res do mar em todo o ter-ritório brasileiro: Sindicatodos Mestres df! Pequena Ca-botagem. Sindicato Nacio-nal dos Contramestres, Ma-rinheiros, Moços e Reni?.rio-res em Transportes Mariti-mos, Sindicato Nacional dosFogulstas e Carvoeiros daMarinha Mercante, Sindi-cato Nacional dos Taifeiros,Culinários o Paniflcadorcsda Marinha Mercante eSindicato dos Pré ticos Ar-rais e Mestres de Cabo'(i-cem do -?io de Janeiro eSau Paulo.

OFICIAIS DE NÁUTICA"Que os Oficiais dc Nau-

tica. práticos da Costa Nor-te. dos Portos. Lagoas e Ba-cia Amazônica paralisemimediatamente suas ativida-des. onde estiverem" — diso sr. Serapião do Nascimen-to. Presidente do SindicatoNacional dos Oficiais daNáutica, em manifesto aclasse. Justifica a medidacom a necessidade de deíe-sa da Constituição, conside-,rando que a nossa CartaMagna está sendo violenta-da e que não existem ga-rantias sindicais ou civis.Atendendo à convocação deseu sindicato, os Oficiais doNáutica somente deverão re-tornar às suas atividades de-pois de normalizada a situa-ção.

ESTADO DO RIOVárias cidades do interior

fluminense paralisaram in-teiramente suas atividades,como protesto contra a vio-laçáo das garantias consti-tucionals e contra as tenta-tivas de implantação de ro-Kime ditatorial fascista emnossa Pátria Impedlndo-sea posse do sr João Goulartna presidência da Repúbll-ea. Prefeitos municipais, cã-maras legislativas o outrasautoridades do interior flu-minense vêm-se pronun-ciando energicamente emdefesa das liberdades asse-guradas em nossa CartaMagna e contra o golpismo.

PARAM AS BARCAS

O transporte Rio-Niteról,que já vinha sendo feitomuito precariamente, estácaminhando para colapsototal, em virtude da grevegeral decreta pelo pessoaldas barcas, que demonstram,assim, o seu vigoroso pro-testo contra o golpe paraimpedir a posse do Presi-dente João Goulart e con-tra a supressão das garan-tias constitucionais.

As estações de embarquede passageiros em Niteróio no Rio estão sendo forte-mente policiadas por tropasdo Exército. O cais da Pra-ca XV está ocupado por tro-pas de Fuzileiros Navais. ¦

^lOYÜlRUMOS

tllretorMino Alvei

Dlretnt- ExecutivoOrlandu Bnmfim .lúntor

Reilator Chefe¦"r.iKnvm BorgesHei ente

Cuttemhorg CavalcantiR.ecJtíÇ&.o: At Riu Rrnnrn•*.-.". 11" anrinr R/.IÍIJ — T>1:

4-i.r.mGeríllélU! \t Uio Branco

3»*, S» nnilnr R/fHl.--.«rn usai nr. s. paui.o¦tua 15 ile Viivemhrci. **S,

S" üiwlnr - S/S?*Tel: 87. «til

Enii"Ti*í*n ip|nç»i--ft firo:«NOVOSnPMOS»

ASSINATURASAnual CrS 500,0.(1Semestral > 2Vi,ooTrlmesti-Hl 130.00.Numero avulsn .. » 10.00^«roTii Hirasario > 1B.00

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Page 3: Para Os Golpistas U é Vitória do Povo! - marxists.org no Rio, onde o pau- ... condições de repetir o que fizeram. Mesmo porque eles ... sei viu de instrumento para a re-

Rio de Janeiro, 4 do setembro de 1961 NOVOS RUMOS 3 -

Povo é Quem Paia os DesatinosDos Golpistas: Emissão do30 Bilhões Agrava a Crise No PaisCertamente è impossível

rontabilisar t» pesados pre*: . .- » rauuido* a economianacional pelo* aventureiro*que uiili-aram a* arma* dar• >• ¦>» para tatUfaier seu*Hpetites golpistas e reaclo*siarioa. Todavia, alftun* f • •'•.- jà mostram o quanto se*ra acrescido o sofrimento«as ma**a* *populares e. emgeral, da economia do pai»,mesmo depois que a contei*

... ia democrática imponha.. derrota decisiva aoa mlll-tare* golpista*.

Asatm, em apenas oitodia», a contar daquele emque ae verificou o afasta-mento do u. Jánlo Quadro*do Poder, foram emitido*nada menos de 30 bilhões decruzeiros, segundo declara-ções do sr. Clemente Maria*ni. Por que foram feitasrmlsaoea tão fantástica*?Por que, em apenaa oitodias o papel-moeda em clr-i-ulaçáo passou de poucomal* de 230 bilhar* parucerca de 270 bilhões de cru-:-.:¦¦•¦'¦ Que conseqüênciasacarretara êste fato para o,»¦¦-.-.. e em especial para o*trabalhadores c todos ot quevivem de salários?

REACAO EM CADEIALogo que *c delineou o ra-

rater dc profundidade da-rrise política centenas dcmilhares de dcposltautes.mii todo o Brasil, acorreramtos bancos a fim de retirarlinhetro. Uns. para ter con-dgo moeda corrente, a fimle satisfazer suas neccssl-tades individuais e domes-Ira* de consumo: outros,'orno e o caso das empre-•as. em geral para ter dl-ihelro cm caixa a fim dcitender às suas necessida-les e compromissos espe-Ificos.Esta verdadeira corrida

«'•/ eom que a caixa dos bali.os se rcduzlsr.e considera-cimente. Assim, quando..pos os feriados bancáriosle 28 e 28 do mês passado.• governo determinou abertura dos bancos, êstesiveram que retirar dos seuslepo.sitos no Banco doBrasil vultosas somas paraitender, por sua vez, à so-licitação doa seus depoti-tantes. E, de tal maneira foigrande a procura de dinhel-ro que as autoridades vol-taram a determinar o fe-rnamento dos bancos, t

rlaro que apenas Uto nioresolve a sltuaeao. Comefeito, tào centena*, senãomilhares aa empresas queno Rio e em Sáo Paulo,principalmente, deixam drpagar os aalarlo* ao* seusopararloa e empregado*,«ob a alegação, verdadeiraou falsa, de que não dlt*nòem do numerário paraUso. em decorrência da *u«*pensão do funcionamentodos bancos. A situação éainda mala séria por coin*ddlr a crise com o encerra*mento de um mês e prln-ciplo de outro, dias rm queoa comiiromlAioa sáo cousl*derãvelmente maiores.GASTOS MIUTAIES

Por certo, o* 30 bilhões decruseiros emitidos até mea-doa da «emana passada náose destinaram apenas aosfins antes mencionados.Uma grande pai te dele* eposteriores cmMsõcs feitas,mas de montante desconhe-ctdo, deMiiiuram.se a alcn-der a castos público* — ne-ceasldadea do Tesouro Na.cional. No momento, essasnecessidades são em primei-ro lugar, aa relacionadascom despesas militares. A*rnliados e salda* de navio*de guerra, o* deslocamentosde tropa* e petrcrhos milita.ras estão custando a Naçãorios de dinheiro. Scráo bi-lhões de cruzeiros que osministérios militares vêmexigindo do Tesouro Nado-nal. para aplicá-los em finsque. além de criminosos, sáoabsolutamente improdutivos,do ponto de vista econó-mico. Esses bilhões de cru-zeiros, ademais, são em par-te considerável, fornecidosIrregularmente. Ignorando asnormas do Código dc Con-tabilidade da União, semqualquer autorização lcgís-lativa. o que torna aindamaior o delito dos ministro*militares.

E' sabido que a Id daquantidade de dinheiio ne-cessário á circulação estabe-lece que quanto maior é avelocidade com que a moedacircule tanto menor é aquantidade de dinheiro quese faz necessária. E quantomenor fór a velocidade, Un-to maior., será a quantidadenecessária.

Qu se passa neste momen.to. em decorrência da cri-se?

Em face da incerteza no

FALECEU EM MOSCOUWILLIAM Z. FOSTER

Faleceu a 1.° de setem-bro, em Moscou, o conheci-do dirigente comunista nor-te-americano William Z.Foster. Havia poucos meses,em fevereiro dêste ano, olíder operário marxistacompletaria 80 anos de ida-de.

Foster chegou a Moscou hápouco tempo, a fim de tra-tar-se de uma afecção car-diaca de que vinha sofrendohá muito. Desde há algunsanos, na impossibilidade deefetuar um tratamento ade-quado em seu pais, Fostertentara viajar para a UniãoSoviética. Foi impossibili-tado dc fazê-lo pelas au-loridades policiais e judi-ciárias americanas, que lherecusaram o necessário vis-to de saída. Só a muitocusto, depois de um grandemovimento de opinião pú-blica, o conseguiu.

Os últimos anos da vidade Foster foram dc perse-guições constantes pelostribunais norte- america-nos. Submeteram-no a di-versos processos por sua.atividade na direção do Par-tido Comunista. Essas per-seguições aumentaram du-rante a histeria macartista,quando vários lideres co-munistas americanos forampresos e submetidos a pro-cessos.

XXXWilliam Z. Foster era fi-

lho de um imigrante irian-dês que chegou—aos lista-"dos Unidos três anos depoisdc terminada a guerra civil,James Foster. William nas-ceu a 21 de fevereiro de1881, no mesmo ano em queera fundada a FederaçãoAmericana do Trabalho.Sem recursos, desde muitojovem teve que trabalharcomo operário. Primeiro, naindústria madeireira, depois,como embarcadiço. Conhe-ceu, então, a bordo de na-vios mercantes, a África, aAustrália, a América do Sul.Lia muito, já então. Massua educação politica seiniciou em Portland, noOregon, durante uma é*>o-ca cm que ai viveu, tra-balhando em ocupações di-versas, inclusive na cons-trução civil, em viaa-fér-reas, na agricultura. Asidéias socialista* estavamnas discussões dos jovens.E Fo*ter conheceu então oManifesto Comunista, Tra-balho assalariado e Capi-tal. Salário. Preço e Lucroe. finalmente, O Capital, de

Marx. Mais tarde, aproxi-mou-se dos socialistas, atra-vés da seção do Partido So-ciaiista que funcionava emPortland. Ampliou seus oo-nhecimentos teóricos, lendoe estudando Paul Lafargue,Plekhánov, Kautsky. A re-.veluçáo russa de 1905 veiocontribuir decisivamente pa-ra mostrar o quanto asidéias socialistas estavamperto da realidade prática.Derrotada embora essa re-voluçáo, ela foi um passo àfrente no movimento sócia-lista mundial. E Foster com-provou o quanto os socialis-tas americanos, reformistas,estavam longe do que deve-ria ser um partido autênti-camente revolucionário.

Mas William Z. Fosterainda deveria percorrer umlongo caminho até a funda-ção do Partido Comunista.Êsse caminho foi de lutasconstantes: lutas operárias,lutas pelas liberdades civis,lutas anti-racistas, lutas pe-Ia unificação das organiza-ções operárias. De todaselas. durante sua longa vi-da, Foster participou ativa-mente, sempre à frente dosmais destacados combaten-tes do proletariado ameri-cano.

Sua longa vida está in-timamente ligada, sem ummomento de repouso, a tô-das a* heróicas e denoda-das lutas travadas neste sé-culo nelo punha«*" *** y>mve*r-revolucionário* americanosque enfrentaram a maispoderosa burguesia que co-nhece a história do capi-talismo, no vais que final-mente se transformou nocentro da reação mundial edo imoerialismo, seu últimobaluarte. ;

As -rrandes lutas dos tra-balhadores americanos fixe-ram de Foster um lHer emi-nente Aa classe operária.Possuem também inestim»-vel valor seu* trabalhos teó-ri"os. generttiixando a exn*>-r'ència do heróico Parttdor.omiin.sta do* Estados Uni-dos e do movimento owrá-rio. entre o* quais se des-laçam: Fsbôeo de HistóriaPolítica das Américas. His-t.órla do Partido Comunistados Kstados Unidos. O po-vn negro na história amo-ri cana, História das TrêsInternacionais, e, flnstme.n-te, «*u «IHmo livro. Esbôcod» História do MovimentoTrabalhista M,,T,dlnl. e«*'-Indo noando do seu "lã."aiiversário.

futuro, toda* at petaoa» eenpréta* que puderam fa*«Mo miraram dos banco*os recursos que possuíamdepositado* nele* para te*lo*a mio. Com i»*o. bilhões decruzeiro* daquele* definido*como -em poder do público".acham*se entetourados, fo*ia de circulação. Por outraparte, os consumidores ai*t-ratii teu* habito* de con.

umo e patiarn a fazer com*pra* rm massa de deter ni-nada* mercadoria* — noia-damente gênero» allmenturios, enquanto deixam decomprar outros artigos, oureduzem tais compras demaneira considerável. A es*tmtura do consumo sofrei..~iiin. uma grande deforma*çáo. A Id da oferta e dapior ura, ao lado da espe-culaçáo. atuam no sentidoda elevação dos preços dosgênero* alimentício* e ar-tlgo* estendais, fazendocom que se incorpore a clr-culaçáo uma quantidade dedinheiro maior do que a queseria necessária, cm condi-çôc* dr normalidade.

f.v.r o quadro dc agora,quando começam a escasse-ar certos gêneros, como oaçúcar. Todavia, a situaçãotornar-sc-á mais grave aln-o... isto e. os preços subirãoainda mais, quando èsses bi-lhões que ainda eslào ente-.•¦ourada-, vierem somar-seaos bilhões emitido». E selevarmos rm conta qui* a*emissões presentes minei-dem com uma certa dimi-nuíçãn da produção, prlncl-palmcnte devida aos abalosna Indústria c nas transpor-tes, verificaremos que asperspectivas .«.Io ainda mais.sombrias. N.*io 6 difícil. OS.sim, prognosticar que os ira.balhadores cujo nível ricvida já vinha caindo em con.seqüência da carestla dosúltimos meses — terão quelutar por aumentos dc sa-brios para sustcntar-sr e àssuas famílias.

A tradição da administra-cão brasileira não é de moi-de a fazer crer que o govér-no venha a adotar medidasno sentido dc retirar da cir-culaçáo esses bilhões dc cru-zeiros emitidos. Pelo contra-rio, no passado o comum emrelação às..e**üss,Qes_.é. quecias se Incorporaram defini-tlvamente ao melo circulan-te. E isto significará um au-mento considerável dos pre-ços.

Por fim. a decisão de ta*bado do presidente do Han*ro do Brasil, sobre o regi*mr de funcionamento dosbanco* hoje, amanhã e de*pois <só abrirão para co*branca de títulos e para vi-*ar eheque*: não farto qual-quer pagamento em dlnhei-!<>> mostra que a* autorldt*de* la.fndaria. querem fa-zer frente à situação que *ee*boça arravlstlma, mas atra-vés de medldaa que recairioprincipalmente contra o po-vo, contra as massas traba-lhadoraa.

No que se refere an no*,so principal produto de et.portaçáo e nossa principalfniiie de divina*, o café. a.<••.... doa golpistas leve pé*.*imo efeito. Aa*lm a cotarãodo café caiu nesle* dis»em aproximadamente umrent de dólar por libra /peto,o que eqüivale a m»!* de 1ilólnr e "W cent* por saca.•'uanu. aos embarque* parai, exielor. que poderir.m terailngldo índices recorde* nomê* de agAito ficaramnquém do possível, em fareda sliuaçflo nos transportr*i>noi porto*.

A «.cito do* militares gol.piMa* foi também «eguida!¦¦>!¦ uma nova deavalorlzaçioexterna do cruzeiro, que pa*.sou de rêrca de 270 cruzei,ros por dólar, oara nié 312rruzdro*. no último ril» emque houve operacoc* carnbl.rt!*, K *«* o mercado livre decâmbio nAo continuar sus.penso, é certo romo dol* edois s.i.1 quatro, que o dólaratingirá proporções inaurii.t-s, varando a barreira rins•100 ou mesmo dos ."*00 cru-ze-lros no mercado livre.

Nesta circunstância, im.j.õo.se que o Congresso Na.donal adote medldaa deemrrgênda no sentido dealiviar a situação econômicado povo. entre a* ouals *mais urgente é. talvez, aconcessão dc umi moratóriaa todos os inquilinos, dils-latido p°r vinte dias ou maisn prazo para pagamento riosaluguéis, cujo vencimento,-limite ri lei fixa para o dia10 de cada mê*.

Quanto à recuperação dasituaoio econômica. du-ramente atingida pelos gol.pista*. nSo «é dará antes devário* meses, supondo queo oais nossa entrar aeoranum período dc normalida.de.

ESTUDANTES APLAUDEMP0SICA0 DE NOVOS RUMOS

Os estudantes da KscoU Brasileira de AdministraçãoPública, da Fundação GctAlio Vargas, ein assembléia g'-ral permanente desde o dia 29 dc agosto último, envia-ram a NOVOS RUMOS a seguinte moção dr louvor pelaiwsiçâo assumida por êsié semanário rm face Ua graveconjuntura que o país atravessa:

«Os alunos da Kscola Brasileira ue Administração Pú-blica que se encontram em greve desde o dia 29 de-agós-to. ate que sejam respeitados os dispositivo-, constitui-lo-liais, e que su m-liam rm assembléia geral permanente.aprovaram moção de louvor a Novos Rumos, pela ma-neira patriótica com qur Ke vem portando nistes diasiliticeis pitra a Nação, sobrei tido resistindo à censura He-galimuite imposta na Guanabara pelo sr. Cariou l-accrda.Por outro lado, fs/emos apelo a esse órgão para que não('• lenda qualquer um didii dr melo termo, ora em dis-missão nu Congresso, mas tão somente a sobrevivênciada nossa Carla Magna. *«*m nenhuma reforma de. últi-um librar/.

A moção está assinada pelo acadêmico Ignáclo Siquel-r», presidente da assembléia geral permanente.

MENTIRA A SERVIÇO DO.(Cnncrn*«o í/.i /' pàytiM)

Auioria e responsabilidadepeia mentira - rogistrc.se

o Conselho Nacional do,Telecomunicações, Trata-sefie um órgão ao quul estãoafetos importantes atribui,ções e que, portanto, nâo pu.ce continuar nus maus cieum mentiroso o intrigante,como se revelou o oficial Ia.eorelista que o dirige atual,mon le. "

Mas êste não íoi um chüii.Joriulto-..ü--irrt-sTiriT'CoiisellioNacional de Telecomunica-ções divulgou outra mentiraIgualmente grosseira: queFidel Castro oferecera tro-pas e armas ao governadorLeonel Brizola.

Trala.se de ilnfòrivuições»que se desmentem por simesmas, tão pouca Intellgch.cia revelam us jjuç as ospa-Iharh. Todo o Brasil sabeque c o povo brasileiro emconjunto que sr pronunc apolo respeito à Constltuiçáíie pela posse tio sr. JoãoGoulart. Que não é neeessá.r'u ajuda externa para portermo à mazorca cio grupe,lho militar que se levantoueóhtr.i a Constituição e eòív.tra a posse dn substitutoeleito do sr. Jânio Quadros.De norte a sul do pais. er.gueram.se patriotas, nas fór.cas armadas c no seio cio po.vo-, decididos a salvaguardara.s liberdades democráticas,que o grupo fascista de Lá.corda violentou criminosa,mente no Estado (ia Guana.h.ir;i e que ficaram amea.çadas rio \y is inteiro.

A propósito dessa onda de

mentiras espalhadas peioConselho Nacional de Telc.comunicações, o «Jornal riuBrasil», depois dc dizer queestas notícias são falsas,acrescenta uma informa.auv;i!iosa: Pelo menos foi u(|.tte apuramos com a.s agen-cias noticiosas Internado.nais. cujos servItMs assina-mos e que. ;.o ter conheci.mento da informarão veicu.lada pelo Conselho de Telc-coniuni.enc.6es, pu.scram.se,

Tmóiiatamentc. cm contBCtocom suas matrizes. Fossasngênci:'.s (... I não ednsegui-ínm captar qualquer comu-ilicação rle Havana em que riPrlmeiro-Mlnistro cubano tt-vesse prometido apoiar ma.ieri:ilmente o governador doRio Grande do Sul. Tal pri-vlléglo coube aos repórteresrio coronel.aviador, homensile muita imaginação e ciepomo critério, aos quais nãopo-loria. em hipótese alguma,ser confiada urna '. ilssãoflessíi natureza numa horarle crise .

Nem em qualquer hora.dizemos nós. Esses fundo.nários são pagos pelo povo,com o dinheiro do povo. pa.ra servi-lo."e não para ten.lar confundi-lo com menti,ras. Sâo. por seus atos, pas.sivels de punição,- ainda quesejam mandados por seuschefetes em desespero.

Mas. sobretudo, é nece^á-rio que a opinião pública fi.ou» alerta ante as noticiasfalsas espalhadas pbr umórfjfio ofic'-'l a serviço de In.lerè^srs rio Lacerda e seusasseclas.

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Brizola: Jango HojeBrasília para

emPosse

"Atenção, presdentr pro-vlsórlo Ranieri Mazztlli. Opresidente constitucional, sr.João Goulat t, chegaráamanhã às 12 horas a Bra-silia. Espero que o sr. este-ja no aeroporto para rece-bé-lo. So não estiver, é por-que o marechal Ocnys nãoo deixou ii" — fazendo im-portanto comunicação aopovo brasileiro, entre a*quais esta ao "presidenteprovisório" da República, ogovernador da legalidade,Leonel Brizzola, denunciouontem, mais uma vez. atta-vés da Rede de Emissorasda Lecalidade. as inaídiosasmanobras dos ministros roI-pistas contra a democracia,a forma como foi votada a

i niènrlà parlamentarista noCongresso e anunciou a via-fiem do presidente JoãoGoulart á Capital cia Reptt-blica, onde devei a cie.sem-barcar às 12 horas.

A mensagem do governa-dor gaúcho, lida as 13 lio-ras e retransmitida diver-sas vezes pela Rede cia Le-saudade, constitui um li-belo contra os ministros ml-litaics que, em seu deses-pêro tentam ainda lançar opuís á guerra civil, c aumesmo tempo unia elenún-cin contra a forma como foivotada pelo Congresso aemenda parlamentarista.Em seu ptonunciamenlo,através do qual toda a Na-ção brasileira tomou cunhe-cimento cia viagem, hoje.cio presidente João Goulartpara Brasília, o governadorgaúcho também chama aatenção cio povo biasilèlropara que se mantenha v.'gi-lantc e firme na defesa cialegalidade democrática econstitucional ainda amea-caria pelos ministros golpis-tas, assim como acompanheminuciosamente todos osdetalhes da viagem do pre-siderite constitucional aBrasília, o seu desembarquena capital Federal o os acon-tecimentos oue a êle se su-cederão. A Rècle da Legali-riacle. segundo afirmou o go-veinaclor Brizzola. tránsmi-tlrá todos os detalhes cioacontecimento.

O apelo feito pelo chefedo executivo ççaúcho. segun-do suas próprias palavras,an povo brasileiro, tem umrVojetlvo: fazer com que to-do o Brasil saiba, imediata-mente, se alguma violênciafoi cometida contra o pre-sldehte João Goulart porocasião cio seu desembar-que em Brasília.DECEPÇÃO

Assinalando estar expri-mindo sua opinião pessoalsobre a questão, o gover-nador Brizola verberou compalavras canclentes a posi-ção do Congresso votando aemenda parlamentarista.

"Foi uma decepção, povobrasileiro. — afirmou. Apro-varam a emenda parlamen-tarista longe do povo e semo conhecimento do povo. Adecisão — no meu modo dcentender — é nâo apenasinoportuna mas amoral,embora esteja revestida delegalidade. 2 amoral porquetiveram que reformar nspressas o R.iRiniento Internoliara poder vota-la".

Em sua mensagem o che-fe do executivo gaúcho tam-bém a.s.'-iiialoii que a quês-tão da legitimidade amplae profunda da emenda aln.dn e uma questão a ser exa-niinada. Indiciai que a mes-ma havia .s!do aprovarianuma situação de anormall-riacle. cie estado cie sitio c!efato. e qur a própria Cnns-tjluição vrcla alterações nuseu texto em situações deanormalidade no pais.

"Embora o estado cie si-tio hão tenha sido votadona Câmara — declarou o go-vernador — existe. No Riocie Janeiro campeia o maisviolento regime policlales-co. com prisões ilegais e een-sura".

"O Congresso sal onxova-lhado afirmou ainda osr. Leonel Brizzola, acres,remando* Volou na caladaria noile, surdo nus apelosque se faziam, mesmo àqilC.les de adiamento cie IS ho.ras. 1 semana. 1 mês. Os mi-nistros exigiram o remédiomesmo â custa do prestigioe rio respeito dó Parlamen.lo .

Afirmando que o sr. JoãoGoulart é agora o presicien-te constitucional poVsuces-são legitima que lhe foi ou-torgada pelo voto direto, ecom atribuições definidas eespecificas, o governadorBrizola declarou que aemenda aprovada Impunhagrandes restrições a estasatribuições.

PARLAMENTARISMOESPÚRIO

Manifestando sua discor-clância frontal'com a for-ma pela qual foi votada aemenda, sem uma consultaao povo, "o plebiscito rioqual tiveram medo", o sr.Leonel Brizola acrescentouque a mesma Instituía um"Parlamentarismo espúrio,uma salada e mais um ar-ranio para atender às con-venièncias de grupos" quepoderia levar aos que hu-milharam o povo. causarama intranqüilidade do país rda familia brasileira a con-tinuarem ainda ministros.

Em relaçã" aos três ml-nistros militares que plane-jaram c executaram o pia-nn golpista dc conturbar aNação c instalar a ditadii-ra. o governador eaúcho *ez

denúncias sérias. Acusou-asde pretenderem "tutelar opovo como feitores e impora sua vontade", de utiliza-rem para isso o poder arma-do e policial dc que dis-põem."Foi assim — afirmou —que o Congresso decidiu, nasescavações dc Brasília, rmmenos de 24 horas, a refor-ma institucional".

A POSIÇÃO DE JANGO"A posição de João Gou-

lart - declarou mais — éclara c Inequívoca. Suagrande preocupação c a paz,o bem estar e a tranquili-li.uic cia familia brasileira...Trá ao extremo sacrifício ouá luta mais extrema paraevitar o caos".

Afirmou ainda n gover-nador que mantém o sr.João Goulart uma posição"clr respeito, cm principioa todas a.s cicci.sões legití-mas do Congresso Nacio-nal".

Posição. adiantem, "cierespeito e acatamento cien-tro cios princípios ria honrae cia dignidade. Não da sua,m-s ria do posto que exer-ee".HOJE EM BRASÍLIA

Anunciou cm seguiria queo presidente viajara hojepaia Brasília, devendo alichegar às 12 horas, emcompanhia cie grenrie mi-mero cie jornalistas. O ge-neral Machado Lopes, o In-dito general ria legalidade,comunicou ainda o gover-nador Brizzola, dfereceu-separa acompanhar o presl-ciente da República cm suaviagem. "E é provável quecie o faça" — acrescentou.

O presidente João Gou-lart, reafirmou ainda o go-vernador gaúcho, mantémem principio "uma posiçãode acatamento e respeitoa.j decisões rio Congresso, doqual foi presidente até hãurmeo. Mas. a emenda espe-eifica. que em principio -ele respeita como decisãocio Congresso, só a examl-nnrá em Brasília","Viajara sem nenhumagarantia — prosseguiu. F'uiconvocado pelo presidenteriu Senado. Atiro cie MouraAndrade, para a solenidadee atendera a mesma.''REVELAÇÃO

Falando a respeito rias gn.rantlas que terá o presicien.le para sua viagem a Bra.silia. o governador Brizzolafez uma grave revelação: osenador Auro cie Moura An.drade. em conversa telefóni.ca. lho havia declarado ni'cnão poriia oferecei- nenlut.ma garantia ao sr. JoãoGoulart.

Após essa revelação o sr.Leonel Brizzola dirigiu amensagem ao sr. Mazzilli:

I) nj.-e.sirJfílUo "i'-isjlln'-i,in;i|

chegará às 12 horas, dr. Ma-*»zilli. Eu espero que V. Kxcu»,esteja no aeroporto esperan*(lo.u. So não estiver, è po*)|que o marechal Denys nttSdeixou».

Mensagem sóbre a ehcgawda cio presidente à capitalfederal lambem foram cliri.giclas pelo governador Briz»zola. durante ò discurso, aoapresidentes do .Senado e da("amara Federal e ao pre-sidente e membros rio Siupremo Tribunal FederalAfirmou o governador queutilizava esse recurso par»enviar as mensagens tendoem vista o fato de que to.dos os meios de comunica-ção entre o Rio Grande d»Sul c Brasília estão sob con.tróle ria censura ou entãointerrompidos.

cSerá qne João Goulartserá présò? Receberá uranovo veto'.' E uma questãoC|i;c amanhã saberemos. —riisse o governador, acres,coutando: A Réilo cia Erga.lidade estará presente. Man.lenhani.se atentes ás onriaaria cadeia. A viagem e •desembarque1 cio presidenteserão transmitidos. Se ao sr..lii.ui Goulart fór imposta ai.suma violência ou const ran.gimento, todo o povo brasi.leiro saberá. Então estarábem claro que a decisão rio

i ngresso Instituindo o par.Inmontarismo estará nula.Atentos, pois brasileiros! *COMUNICAÇÃOSENSACIONAL

líuaiiilo concluía o --eu dis..urso. o governador Brizzolarecebeu rias autoridades mi.,litares uma comunicação im.portanto, que logo passoudivulgar a todo o povo bra.sileiro: O .Minas Gorais omais .sete belonaves so en.

¦ iniram nas proximidadescie Florianópolis.-.

Após Isso o governadorBrizzola fé/, um apelo aosoficiais e marinheiros paraquo não so submetessem aqualquer ordem bélica rios

três ministros prepotentesque enxovalham a liberdadec atropelam o regime . rxtl|f?confraternizassem com opovo nas\cidaclcs onde cie.«.embarcassem.

Nfo cila 7, marinheiros <*oficiais, aqui ha Legal.CapiCapital da Legalidadei. rea.llzaremos um desfile riasnossas gloriosas Forças Ar.marias. Queremo-los parti.cipanrio dele com a via han-ria maravilhosa e ^eus gar.hneos homens- — exclamouo governador, que concluiudirigindo uma mensagem atorios us brasileiros rie Bra.silia. aos candangos prlncl.palmentp. para que tribtt.lassem an presidente JoãoGoulart a hnmonaçfim que o)presidente ri'' '''¦'

Page 4: Para Os Golpistas U é Vitória do Povo! - marxists.org no Rio, onde o pau- ... condições de repetir o que fizeram. Mesmo porque eles ... sei viu de instrumento para a re-

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ímpeto Legalista e Resistência Democrática Ocupam As Ruas De São Paulo" *» '-I*4W"Íi*if f\.'" >ílij»£í»l "" 1 IJ^eSH' ***?'' •* t . » .* '" "f^^aaal

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A lula pclti legalidade epela garantiu das liberda-des democráticas, represai-iadas neste momento pelamestidura do sr Joáo Gou-

larl no cargo de presidenteda Repúbltca. empolgoutambém o poro paulista. Apopulação da capital ban-detrante. a juventude a

frente, tem permanecido,nestes dias de transe que opais conhece em rlgiliaconstante à Carta Magna,saindo amiúde às ruas pa-

ra manifestar, em concen-trações, comidos e passea-tas. o seu repúdio às com-piratas ditatoriais e a suadisposição de combater até

o fim para assegurar a con-tmuldade das conquistas dc-mocraticas e populares ins-erltas na Constituição. Anmanifestações operárias, que

a Interdição de sindicatosnão tém impedido: os vi-bratttes pronunciamentos es-tudantis (o tradicional lar-go do S. Francisco reviveu

seus grandes »¦*"¦ •-*.¦•.•••que o circo militar ás facul-dades não tém obviada: rea-firmam a consciência antl-•golpista e o amadurcclmen-

lo democrático no Estado. Aslargas artérias pauil*h.:n«do estreitas para conter oímpeto tegallUa (fatal da

..*.*• ..V "ti-.ii, .1..-.-. .

III Exército Foi Exemplo:Resistência DemocráticaEmpolga Forças ArmadasOs aluais acontecimentos

lolíticos vieram demonstrar

§os

generais golpistascontam mais. como no

ado, com a adesão in-liclonal das forças ar-

kadas em suas aventurasjontra os interesses nacio-Sais.

Desde as primeiras horas"ra deflagração da atual cri-p política, ficou patentelua os chefes da consplratulontra a Constituição e con-pa a posse de João Goulartlão tinham a seu lado apaloria das tropas. E dai oiecuo, as medidas táticas^ue passaram a adotar, pre-

[endo uma explosão genera-

rada no pais inteiro.A catCRÓrica afirmação do

Ín exército, sob o comando

o general José MachadoLopes, de que estava pron-t»i ;i defender a Constitui-ç.10 e garantir a posse dolegitimo Presidente da Re-pú ííiea, que devia suceder aoPresidente renunciata-rio desorientou os golpistase pós abaixo seus planos cri-nilriosos contra o pais.

A partir de então, viramDenys, Orun Moss, Silvio

.Heck c Cordeiro de Fariaque era inflrme o terrenoem que pisavam. Embora,como Informou um jornalcarioca, antes, o Ministro daGuerra acreditasse que comtrês telefones controlava oBrasil...

PRISÕES EM MASSA

Ainda nos postos de co-mando, os Ministros milita-res passaram à adoção demedidas extremas. Efetua-ram a prisão de centenas deoficiais, tanto do Exércitocomo da Marinha e da Ac-ronáutlca. Presídios milita-res, fortalezas e navios deguerra se transformaramem cárceres de patriotasque não compactuavam coma mazorca da clique golpis-ta. Dois dias depois de iui-ciada a crise, a imprensa dl-vulgava estarem presos eincomunicáveis no navio--transporte "Custódio Joséde Melo" diversos oficiaisaviadores, oficiais da Mari-nha e do Exército.

NOVOS

O T BC CONTRA OGOLPE

A Io de tetembro, um fa-to novo vinha trazer maiordesalento aos golpistas. Osoficiais do 2* Batalhão deCaçadores, sediado em SãoVicente, declararam-que nãofaltariam ao*JUttftíiènte*sole-ne prestado como oficiais:respeitar a Constituição daRepública. Assim, nSo esta.vam dispostos a marcharcontra seus Irmãos do Sul,contra as tropas do III Exér.cito. como lhes havia sidoordenado.

Naquele mesmo dia ocoronel Creso Coutlnho daCosta, comandante 'do IIBC, distribuía à imprensaum comunicado em que serecusava o batalhão a aca.lar a ordem de marchar ru-mo ao sul.

Deve-se assinalar que adecisão do 2" BC íoi toma.ria pela unanimidade rie suaoficialidade.

PRESO O COMANDANTEDA BASE AÉTEA DEBELÉM

A 2 de setembro a impren-sa noticiava que o coman-riante da Base Aérea de Be-lém, coronel Fausto Gerp,havia tornado público suaadesão à causa constitucio.nal, pela posse do presiden.te Goulart.

Informava.se mais tarde

que o coronel Fausto Gerpíõra príso por ordem do ro.mandante da I Zona Aérea

A SITUAÇÃO NAMARINHA

De Porto Alegre Informa.-se que o contra.almiranteEduardo Seco declarara nãoser verdade que a Marinha,cm sua totalidade esteja como Ministro Denys, acentuan.do que inúmeros oficiais emesmo altas patentes apó-iam a legalidade.

VOLANTES DA FAB

O grupo golpista, numatenativa de quebrar a uni-dade das tropas do III Exér-cito, anunciou a demoblliza-ção de oficiais e sub-oficiaisdaquele exército. Logo dc-pois, aviões da FAB lança-vam sóbre Porto Alegre coutras cidades volantesanunciando a desmobiliza-ção.

A manobra, porém, nãosurtiu efeito algu.m.

O general Machado Lopes,através da Rede Nacionalda Legalidade, declarava,em boletim oficial, que aanunciada desmobjlizaçãotinha caráter meramentepsicológico. Na prática, nãose efetuaria.

O boletim do comando doIII Exército acrescentavaque é "ótimo o moral datropa, que não se deixa em-

OS TRÊS PORTAVOZESDA CLIQUE GOLPISTA

Cycia u.i* com as suas particularidades, três

jonia o da reação destacaram-se nestes dias como'nota:-: dissonantes na imprensa brasileira: "O Glo-bo" e "Tribuna da Imprensa", no Rio, e "O Estadode Sãc: Paulo", na capital bandeirante.

Foi um teste magnífico. Enquanto toda aimprense conservadora apoiava irrestritamente acausa da legalidade constitucional, batendo-se pe-la pesse do presidente Goulart, aqueles três diáriosrealizaram um autêntico streep-tease perante anação: licaram inconfundivelmente ao lado doimperialismo americano e seus lacaios golpistas.

Sru^ editoriais, suas informações mentirosasp '••¦ítJenciosas, muitas vezes, como as que divul-

gávcir cm nome do Conselho de Telecomunica-

çõ'-"* fr-.-mavar." o pólo oposto ao da opinião pú-bi'.-**i i* i-ional. Vieram confirmar, neste momen-to. qu* êl-s defendem interesses absolutamentecontiário.* aos interesses nacionais.

É sintomático que todos três (um deles; éclaro, é o próprio jornal de Lacerda !) ficaramao lado do malogrado governador da Guanabara,esse mesmo governador que não governa e quemanda censurar jornais, apreender suas edições,•-.ssãltar suas redações e oficinas, prender jorna-listas. São, portanto, além de tudo, jornais ini-migos da liberdade de imprensa.

Mas, em sua atitude asquerosa, isto é umdetalhe, porquanto se colocaram a favor da ex-tinçãr da própria legalidade democrática, a fa-vor de uma ditadura, que seria uma ditadurasangrenta, de tipo fascista, a que planejavamimplantar no país os golpistas chefiados pelostréí* ministros militares. E precisamente essascloacas da imprensa deveriam ser os seus porta-vozes. A derrota também lhes cabe, pois a vitó-ria é do povo.

balr pelas manobras golpis-tas".MEDIDAS DE VIGILÂNCIA

Ante a situação aindagrave que permanece com aintransigência dos chefesgolpistas, o comando do IIIExército adotou várias me-dldas de segurança, obje-tlvando o completo sigilodas operações relacionadascom o deslocamento dastropas.

Sabe-se, porém, que pon-tos estratégicos nas frontei-ras com São Paulo foram.jupados pelo III Exército,assim como as estradas evias de acesso em direçãoao sui.ALEGAÇÃO FALSA

Em comentário, ontem, "O: stado de São Paulo" eseie-via, num elogio aos minis-tros militares golpistas: "Emqualquer outro pais, nómea-damente da América Latina,o perfeito entendimento dastrês Armas conferiria ime-dlatamente aos reupectivosministios autoridade bas-tante para sufocarem aqualquer preço as insubor-dinações de um Exército".

Em primeiro lugar, o.s In-subordinados eram os ml-nlstros militares, que se le-vantaram contra a Cqnstt-tuiçâo da República que ha-viam jurado defender e res-peitar.

Em segundo lugar, a pró-pria inércia a que se viramforçados os ministros mill-tares, depois da atitude dlg-na do III Exército, era oreconhecimento tácito deque não contavam com oapoio das Forças Armadaspara sua crimniosa aven-tura golpista. Foi por Isso, enão por serem "bonzinhos",que eles meteram a violano saco e trataram de ne-gociar uma conciliação, de-pois que foram detidos emsua fúria contra a legall-dade democrática.

Finalmente, as Forças Ar-madas como era de preverjá de há bastante tempo,comungaram com os senti-mentos democráticos do po-vo brasileiro e infligiramuma derrota esmagadora aogrupo de generais ultra-rea-cionários e seus apanigua-dos. \

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..' *^^ii,V-5ãipr<y .;, -77*7 ¦*-¦::-¦¦ ¦//BZ-:

UNVigDa

e c o m eManeia IConstitui****

a DefesaA União Nacional dos Es-

tudantes, em Nota Oficialde sua diretoria, divulgadaontem, reafirma a sua posl-ção de vigilância na defesada Integridade da Constl-tulção e repele, enérgica-mente, qualquer soluçãoarranjada fora dos quadrosconstitucionais,

Diz a nota: "A Constitui-ção brasileira, que os estu-dantes com seu sangue aju-daram a ser criada há al-guns anos, não será desres-peitada! Desde as primeirashoras da crise a União Na-cional dos Estudantes temestado alerta e ativa nu de-fesa da Democracia e doRegime. Fecharam nossasede, perseguem nossos li-deres, dissolvem nossas ma-nifestações à força. Mas osestudantes hão de resistir.O povo brasileiro, nestahora de decisão, não podetitubear indeciso entre amanutenção da legalidade ea imposição da força. Nãopodemos aceitar qualquerespécie de golpe e exigimosque seja cumprida à riscaa letra da Constituição.Conclamamos o povo, e par-tlcularmente os estudantes,a que se mantenham vlgi-lantes. Infelizmente, cerca-da, perseguida, fechada, aUNE nem sempre tem po-dido furar a censura e o po-licialismo que domina o Es-tado da Guanabara. Mas,não cederemos. A Constitui-ção deve ser defendida. Povo

e Estudantes do Brasil, per-maneçamos unidos pelaConstituição e unidos pelaLegalidade"

DESINTERDIÇÃO DA SEDEO professor Hermes Lima,

catedrático e ex-diretor daFaculdade Nacional de Di-reito, impetrou, junto aoTribunal de Justiça do Esta-do da Guanabara, habeas--corpus em favor da desin-terdição do prédio que ser-ve de sede à UNE, ocupadoarbitrária e ilegalmentepela polícia de Lacerda des-de a madrugada do dia 27de agosto. A medida judicialrequerida pelo professorHermes Lima é extensiva àgarantia de liberdade paraos diretores, da União Na-cional dos Estudantes, que apartir do assalto praticadopelos policiais comandadospor Ardovino à "Casa daResistência ' Democrática",vêm sendo perseguidos pe-Ias forças policiais do golpe,estando ocultos.

JUSTIFICATIVA

O recurso do professorHermes Lima está acompa-nhado da seguinte justifica-tiva:"1.° A referida socieda,-de é o órgão máximo dos es-tudantes das Escolas Supe-rlores do Brasil, reconheci-da oficialmente. No entan-to, no dia 27 dc agosto fin-

do, a sua sede foi ocupadapor Forças Policiais do Es-tado e, nessa situação con-tinua até agora, interdita-do o edifício, onde não podeentrar nenhum dos seus di-retores ou nenhum dos seusassociadas. O fato é públi-co e notório, largamente no-ticiado pela imprensa e vi-sivel por quem quer que lhepasse à porta.

2.° Além da matcrialida-de do fato acima aludido,sucede que. seriamenteameaçados de prisão, os di-retores da entidade foramobrigados a se ocultarem,achando-se, assim, dupla-mente impedidos de exercero mandato que lhes foi con-ferido,

3.° A responsabilidade doseventos cabe ao governadordo Estado, a cujas ordensse acham as Forças Poli-ciais ocupantes da sede,mesmo porque não se com-preenderia que medidas tãotemerárias e prolongadasfossem praticadas sem co-nhecimento e aprovação dochefe do Executivo Esta-dual.

4.° Não estando o paisem estado de sitio, nemsuspensas as garantias cons-titueionais, o.s mencionadosfatos, a interdição da sedee a ameaça de prisão, ca-racterizam flagrante abusodo poder e contundente

violação da ConstituiçãoEstadual que no seu art. 53,Impõe ao Estado assegurar,pela lei e atos administra-tivos de seus agentes, nãosó os direitos e garantiasindividuais expressamentemencionados na Constitui-ção Federal, mas tambéma de quaisquer outros decor-rentes do regime e dos prin-•ípios que ela adota.

, Nessas condições, pede o'impetrante, na sua quali-dade de advogado e profes-sor da Faculdade Nacionalde Direito da Universidadedo Brasil, que, solicitadasinformações ao Exmo. sr.governador do Estado, sejajulgado o feito com a maiorurgência possível, a fim defazer cessar a coação, demaneira que os diretores daUnião Nacional dos Estu-dantes possam entrar 11-vremente na sua sede e delasaírem, sem qualquer cons-tfanglmento, por ser da maisestrita justiça".

AINDA FECHADALogo após a entrada noTribunal do pedido de ha-

beas-corpus, as tropas esta-cionadas na frente do pré-dio da UNE foram retira-das. Permanece, entretanto,lacrada a porta da entra-da do edifício e o.s diretorasda entidade continuam soba ameaça de iminente en-carceramento.