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Pará pai d'égua (doctor comunicação)

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A CULTURAque nos ALIMENTA

Ano

01

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Pará Pai D’Égua

REDAÇÃOEdição, Direção de Arte e projeto gráfico eDiagramação: William BorgesCOLABORARAM NESTA EDIÇÃOAna Maria Rocha (texto)Narjara Larissa (texto)FOTOGRAFIASAna Maria Rocha Narjara Larissa

Realização:

doctor comunicação

Sumário

03 GRUPO FOLCLORICO MAIS ANTIGO DE BELÉM COMPLETA 44 ANOS06 BÚFALO É O SIMBOLO DO MARAJÓ08 O Ver- o - peso e suas erveiras12 Os sabores do pará14 O Círio de Nazaré é declarado patri-mônio cultural da humanidade16 Carimbó: Um dos patromônios cul-turais paraense18 O maravilhoso teatro da paz

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O Grupo de Tradições Folclórico Moara, é um grupo sem fins lucrativos que foi constituído por estudantes, pro-fessores e intelectuais que tinham como objetivo pesquisar a cultura popular e desenvolver atividades pedagógicas e culturais do folclore paraense. É o gru-po mais antigo do estado do Pará, há 40 anos coordenado pelo artista plásti-co e arte educador Oseas Ribeiro. O Grupo Moara tem como símbolo o Caboclo tocando o Curimbó em cima da Vitória Régia que representa os mi-tos e as lendas Amazônicas e o Cocar que representa a cultura indígena.

Texto:Ana Maria RochaFoto: Ana Maria Rocha

A palavra Moara em tupi quer dizer liberdade, a liberdade usada para expressar os valores culturais através das músicas e danças do folclore Ama-zônico. Influenciado pelas culturas indígenas e negras, o Grupo de Tradições Folclóricas Moara é um dos mais importantes e tradicionais grupos de preservação da cultura Paraense. Além do resgate e preservação da cultura Paraense através de suas danças e músicas, o grupo busca desenvolver atra-vés de suas atividades, um trabalho social com os jovens e idosos portadores de Alzheimer. As danças apresentadas pelo grupo resultam de uma extensa pesquisa da cultura material e imate-rial, aliada a uma pratica musical e a todo um con-texto histórico, o que resulta uma fusão de ritmos, com uma sonoridade vibrante, que mostra o Pará e suas características marcantes: a religiosidade do povo, lendas, mitos e costumes.

GRUPO FOLCLORICO MAIS ANTIGO DE BELÉM COMPLETA 44 ANOS

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Texto;Ana Maria RochaFoto: Ana Maria Rocha

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AIlha do Marajó é o maior arquipélago Fluvial do planeta está entre os mais importantes cenários ecológicos do Brasil, possuindo exube-rantes riquezas naturais espalhadas nos cerca de 50 mil quilômetros quadrados da principal ilha, o Marajó.O búfalo é o símbolo do Marajó e fazem parte das lendas Marajoara. Dizem que os animais asiáti-cos chegaram no século 19. Mas vieram de uma maneira inusitada. Um navio que ia para a Guiana Francesa teria naufragado ali perto. Os destemidos búfalos nadaram até a ilha pantanosa e dali não saíram o clima de temperatura e umidade altas, ajudou os animais a se adaptarem, o que possibili-tou sua grande reprodução. .

A Ilha é conhecida pela exploração bubalina, que está bastante consorciada com a presença de áreas de matas virgens ao lado do cultivo de plantas fru-tíferas, entre as quais de coqueiros, cupuaçuzeiros, pupunheiras e mangueiras. Os búfalos são animais queridos entre os morado-res da Ilha do Marajó. são uma presença marcante na vida dos marajoaras, eles desempenham o papel de vacas, cavalos e até de animal de estimação. É a base da economia marajoara, a começar pela culi-nária. Toda a carne, leite e derivados vêm deles. Os animais também são utilizados para trabalhos de tração, em fazendas, pois são muito fortes, poden-do chegar a mais de 1 tonelada. Pastam livremen-te pela Ilha e até servem como viatura para uma espécie de polícia montada. Servem também como táxi e, no carnaval, puxam carroças equipadas com potentes caixas de som, numa curiosa mistura de carro de boi com trio elétrico. A passarela do sam-ba em Soure, por sinal, foi batizada de Bufódromo, numa homenagem ao animal-símbolo da ilha.

búfalo é o simbolo do marajó

Texto:Ana Maria RochaFoto: Ana Maria Rocha

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O Ver-o-Peso e suas Erveiras

Texto;Narjara LarissaFoto: Narjara Larissa

Em Belém do Pará encontra-se a maior feira ao ar livre da America latina que fica localiza-da as margens da baia do Guajará, o mercado faz parte de um complexo arquitetônico e paisagístico que compreende uma área de 35 mil metros qua-drados. Ao longo do tempo, o Ver-o-Peso sofreu várias modificações visando se adaptar as necessidades e gostos da Belle Époque, portanto, o complexo do Ver-o-Peso constitui-se de um importante patri-mônio edificado, situado no centro histórico de Belém. Ao chegar no mercado não há como deixar de passar na barraca da conhecida erveira Beth Cheirosinha a qual tem os preparados para tudo e os mais procurados são: Chega-te a mim, cho-ra nos meus pés, pega e não me larga, faz querer quem não me quer etc.

Beth Cheirosa já é a terceira geração da família nos negócios de loções, ervas e perfumes. Mas o que faz do Ver-o-Peso um lugar muito es-pecial, não é apenas o patrimônio material expres-so em sua arquitetura exemplar. Numa tradição bicentenária, todos os anos em outubro, o cortejo de mais de um milhão de pessoas em homena-gem a Virgem de Nazaré tem no mercado um de seus pontos altos, de vívida demonstração de fé e paixão popular: um ”carnaval devoto”. Dentro do mercado de ferro, há um altar dedicado a Nossa Senhora de Nazaré onde é ponto de passagem dos feirantes da feira do Ver-o-Peso.

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Os Sabores do Pará

Aculinária paraense é a mais genuinamen-te brasileira, por ter influência indígena, a qual emprega a mandioca, alimento de fácil cultivo e rico em amido. Dentro os pratos preferidos dos paraenses estão à maniçoba, o tacacá, o açaí entre outros. Em seguida vem o Tacacá de origem indíge-na, é um mingau quase líquido, servido em cuias pelas tacacazeiras, ele é composto pelo famoso tucupi um caldo amarelo extraído da mandioca e fervido durante uma semana. O tacacá também é servido com a goma de tapioca, retirado do tucupi. Outro ingrediente é o jambú, uma erva típica da região norte e o camarão seco, esses são os acompanhamentos do tacacá. A maniçoba é uma dos pratos da culinária paraense de origem indígena. Seu preparo é através das folhas de mandioca, a qual é moída e cozida por aproximadamente uma semana (7 dias) para que se retire o ácido venenoso. É acres-cida de carne de porco, carne bovina entre outro ingredientes defumados e salgados, ela é servida acompanhada de arroz branco, farinha de man-dioca e pimenta.

Ao chegar a Belém do Pará os turistas se encan-tam com a sensação de tomar o tacacá, pois dizem que seus ingredientes são afrodisíacos pelo fato de ter uma folha(jambú) que da a sensação de tremor na língua. O Famoso Açaí Paraense (também chamado de juçara, açaí branco, entre outros) é uma palmeira que produz o fruto de cor roxa muito utilizado na fabricação de sucos, polpas, etc. Ele é consumido tradicionalmente pelos para-enses com farinha de mandioca ou tapioca, geral-mente, gelado. Muitos preferem fazer um pirão pra comer com peixe frito, camarão ou até mesmo os que preferem o suco com ou sem açúcar.

Texto;Narjara LarissaFoto: Narjara Larissa

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Círio de Nazaré É declarado Patrimônio Cultural da Humanidade

A festa do Círio de Nazaré, em homenagem à Virgem de Nazaré, que congrega milhares de fiéis todos os anos em Belém do Pará, agora também é Patrimônio da Humanidade. A Oitava Reunião Anual do Comitê Intergovernamental para a Sal-vaguarda do Patrimônio Imaterial, da Unesco, aprovou no dia 4 de dezembro de 2013, a inclusão do evento na Lista Representativa do Patrimônio Cultural da Humanidade. Agora, o Brasil possui quatro bens imateriais inscritos. Também são Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade o Samba de Roda do Recôncavo Baiano, Arte Ku-siwa - Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi e o Frevo: expressão artística do carnaval de Recife.

Tradição A procissão do Círio de Nazaré é realizada em Belém do Pará há 221 anos, desde o ano de 1793. A grande romaria é realizada no segundo domin-go de outubro, mas a Quadra Nazarena, como é chamada o período que reúne as comemorações relacionadas à festividade, começa no mês de agos-to e vai até duas semanas após o Círio. A festividade é centrada na devoção à Nossa Senhora de Nazaré. Segundo a tradição popular, a imagem da Virgem Maria teria sido encontrada pelo pescador Plácido há mais de 200 anos, no mesmo local onde atualmente está a Basílica de Nazaré A festividade do Círio é considerada uma das maiores concentrações religiosas do mundo, e foi o primeiro bem cultural inscrito pelo Instituto no Livro de Registro das Celebrações como Patri-mônio Cultural do Brasil.

Texto;Narjara LarissaFoto: Narjara Larissa

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Carimbó: Um dos patrimônios culturais Paraense.

Texto;Narjara LarissaFoto: Narjara Larissa

A mais extraordinária manifestação de cria-tividade artística do povo paraense foi criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um senso artístico invulgar, che-gando a ser considerados, nas tribos, como verda-deiros semi-deuses. Inicialmente, segundo tudo indica, a “Dança do Carimbó” era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os escravos africanos tomaram contato com essa ma-nifestação artística dos Tupinambás começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que , de monótono, passou a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano. Por isso contagiava até mesmo os colonizado-res portugueses que, pelo interesse de conseguir mão de obra para os mais diversos trabalhos, não somente estimulavam essas manifestações, como também, excepcionalmente, faziam questão de participar, acrescentando traços da expressão cor-poral característica das danças portuguesas.

Não é à toa que a “Dança do Carimbó” apresenta, em certas passagens, alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas, como os dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente. Mais do que um gênero musical paraense, o carimbo é uma das manifestações mais representativas da cultura amazônica. O carimbo é tocado até hoje com um tam-bor no chão e o musico sentado em cima para batucar, a sua forma de dançar é com os pés arrastando e a postura arqueada e o rebolado, a vestimenta dos grupos de carimbo vária de acordo com a região do Pará em que o ritmo está presente. Suas letras são sempre compostas por versos curtos que falam do dia a dia do pescador e do lavrador, do seu trabalho e seus amores e sua preocupação com o meio ambiente.

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O maravilhoso Teatro daPaz

Não tem como vir a Belém e não apreciar o maravilhoso Teatro da Paz, monumento histó-rico que foi fundado em 15 de fevereiro de 1878 durante o ciclo da borracha, quando ocorreu um grande crescimento econômico na região. Com uma arquitetura Neoclássica, o teatro começou a ser construído em julho de 1869. Inaugurado como Nossa Senhora da Paz, teve seu nome redu-zido para Teatro da Paz dois dias depois da inau-guração.

Inspirado no Teatro Scala, uma das mais famosas casas de ópera do mundo (em Milão, na Itália), o Theatro da Paz foi construído com o dinheiro ad-vindo do Ciclo da Borracha e batizado em alusão ao fim da Guerra do Paraguai, em 1870. Desta-cam-se, na decoração, materiais e objetos trazidos da Europa, como o lustre e as estátuas de bronze francesas, o piso de pedras portuguesas e a escada-ria em mármore italiano. Tem visitas guiadas, de hora em hora.O Teatro da Paz fica localizado em Belém-Pa, na rua da Paz, sem número, na Praça da Republica, no bairro da Campina.

Texto;Narjara LarissaFoto: Narjara Larissa

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