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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ ANA BRUNA DE S.O. SALLES PARALISIA CEREBRAL INFANTOJUVENIL E SEU IMPACTO NA DINÂMICA FAMILIAR CURITIBA 2012

PARALISIA CEREBRAL INFANTOJUVENIL E SEU IMPACTO … · lesão localizada no córtex cerebral, a atáxica surgindo em decorrência de lesão cerebelar e por fim a coreoatetósica consequente

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

ANA BRUNA DE S.O. SALLES

PARALISIA CEREBRAL INFANTOJUVENIL E SEU IMPACTO

NA DINÂMICA FAMILIAR

CURITIBA

2012

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ANA BRUNA DE S. O. SALLES

PARALISIA CEREBRAL INFANTOJUVENIL E SEU IMPACTO

NA DINÂMICA FAMILIAR

Trabalho de conclusão de curso Pós- graduação

em Terapia Intensiva, da Universidade Tuiuti

do Paraná, como pré-requisito à conclusão para

a obtenção do título de especialista em terapia

intensiva.Orientador : Dra. Maria Cristina

Paganini

CURITIBA

2012

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1 INTRODUÇÃO

A paralisia cerebral (PC) pode ser definida segundo Camargoset al (2009),

como um conjunto de desordens posturais causadoras de limitações da atividade

estando esta, relacionada a distúrbios não progressivos que ocorreram durante o

desenvolvimento do cérebro. Pode-se ainda dizer que,a PC é definida como a

incapacidade física mais prevalente na infância, com acometimento de duas

crianças para cada mil nascimentos.

Rebel et al (2010) a descrevem como sendo uma sequela de uma agressão

encefalopática, caracterizada, essencialmente, pelo persistente transtorno,

variável, do tônus, do movimento e da postura, que se apresenta no início da

infância mas que se relaciona ao período de maturação do sistema nervoso

central (SNC).

A manifestação da patologia pode ocorrer durante os períodos que

antecedem, acompanham ou sucedem o nascimento. Sendo assim, como agentes

etiológicos podem ser relacionados, dentre outros, as alterações circulatórias

maternas, infecções maternas, eclampsia, descolamento prematuro de placenta,

baixo pesodo recém-nato, prematuridade, asfixias, síndromes epilépticas e

traumatismos crânio-encefálico. (CARVALHO, 2010)

O diagnóstico em geral é estabelecido de forma clínica, não apresentando

dificuldades, porém enquanto as capacidades motoras ainda não se

desenvolveram, tal como ocorre com os recém-nascidos, a identificação e

determinação dos distúrbios da motricidade exigem maior observação.

Assim,neste período é possível observar retardo no desenvolvimento

neuropsicomotor em menor ou maior intensidade, que pode estar acompanhado

as alterações do tônus muscular e a presença de reflexos primitivos.

Apenas 0,5% das crianças diagnosticadas com PC até os doze meses de

vida(2,5 para cada 1000), não permanecem com o mesmo diagnóstico aos sete

anos, mesmo assim o processo de diagnose precoce deve ser estimulado. A

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realização do exame físico também auxiliará na determinação da extensão dos

problemas motores e sua qualidade, e consequente a essa determinação a

classificação da patologia. (REBEL et al, 2010)

A classificação da PC se baseia nos distúrbios do tônus muscular,

gravidade do quadro clínico e anatomia do comprometimento. De acordo com

Baroneza (2006) existem três distintas forma de PC: espástica, resultante de uma

lesão localizada no córtex cerebral, a atáxica surgindo em decorrência de lesão

cerebelar e por fim a coreoatetósica consequente da lesão dos núcleos basais.

Dentre elas a mais frequente é a espástica, que por sua vez pode ser subdividida

em outros três diferentes tipos neurológicos, que são a hemiplegia, diplegia e

tetraplegia, entre elas a mais prevalente a hemiplegia, que se caracteriza pela

espasticidade em um dos lados do corpo.

Em termos estatísticos, estima-se que 10% da população mundial

apresente algum tipo de deficiência. Dentre estes, de 2 a 3% apresentam

deficiência mental, o que se faz afirmar que a PC está entre as principais afecções

neurológicas que acarretam retardo mental(BARONEZA, 2006).

Segundo estudo realizado por Zanini (2009) observouque na Turquia a

prevalência de PC ocorre de 4,4 para cada 1.000 nativivos. Este valor pode ser

considerado elevado se comparados aos obtidos em países como EUA, Austrália,

Finlândia, Suécia, Inglaterra e Noruega, que apresentaram índices inferiores. No

entanto, o valor apresentado pela Turquia torna-se inferior quando comparado

aos índices obtidos em países subdesenvolvidos, tal como o Brasil, que por sua

vez apresenta índice superior a 4,4/1000. Outro importante dado está relacionado

ao da taxa de incidência, que é inversamente proporcional á idade da mãe, ou

seja, a doença se torna mais prevalente à medida que a mãe se apresenta mais

jovem. Este achado pode, também, ser relacionado ao índice de prematuridade,

que por sua vez, está presente em 25% dos casos de PC. (REBEL, 2010)

Neste sentido, por se tratar de condição crônica, uma vez que as sequelas

podem ser sentidas e vividas desde o nascimento até a senilidade, a sua

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ocorrência pode modificar, não somente, as condições de vida do doente, mas

trazer uma sobrecarga e modificações para toda a família. (SARI et al, 2008).

Segundo Petean e Murata (2000), o impacto do diagnóstico de paralisia cerebral

é tão grande que vem a comprometer a aceitação do filho, o estabelecimento do

vínculo, entendimento das informações referentes ao diagnóstico, percepção das

mudanças do dia-dia, tornando necessária a retomada do equilíbrio por meio de

um longo processo. Assim, configura-se o grande desafio que a PC representa, ao

alterar o equilíbrio familiar, ideia esta que vem ao encontro da declaração de

Freitas et al (2012). Estes autores afirmam que as mudanças decorrentes da

chegada de um filho com necessidades especiais, imputamá família momentos

de transição no ciclo de vida familiar, alterando o equilíbrio desse circulo,

podendo gerar conflitos dentro desse subsistema.

Neste sentido, outro aspecto da vivência familiar que pode sofrer

alterações é a qualidade de vida (QV) de cada membro, bem como do conjunto

deles. Podemos entender QV como um conceito que reflete as condições de vida

almejadas por uma pessoa em relação ao lar, saúde, trabalho, comunidade e bem-

estar. Desta maneira, podemos afirmar que a QVé de cunho subjetivo, e que se

baseiana percepção que cada um tem acercadas experiências da vida, incluindo as

características pessoais, condição social e percepção dos outros.

Podemos assim concluir que a qualidade de vida está diretamente

relacionada á percepção que o individuo tem de seu papel e importância dentro

do seu contexto, que reflete seus desejos e aspirações em relação ao seu meio.

(VASCONCELOS, 2010).

Carvalho et al ( 2010) ao tratarem de QV afirmam que este termo pode

assumir vários significados, estando estes, relacionados à forma com que cada

individuo vive, sente e compreende seu cotidiano. Por sua vez, os elementos que

compreendem a avaliação da QV estão ligados aos aspectos culturais, de classe

social, históricos, condições materiais e não materiais bem como condições de

saúde e individual ou comunitária.

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Frente a esse contexto acredita-se ser de grande importância econtribuição

científica a realização de umestudoacerca do impacto da paralisia cerebral na

dinâmica da familiar.

2OBJETIVO

Avaliar o impacto da paralisia cerebral infanto-juvenil na dinâmica

familiar.

3METODOLOGIA

Para construção desse estudo foi escolhida a revisão bibliográfica, através

de artigos científicos publicados entre os anos de 2000 a 2012, visto um número

mais evidente de literaturas durante esse período, bem como se buscou por

estudos mais atualizados.

O levantamento se deu por meio das publicações dos últimos doze (12)

anos nas bases de dados no “Scientific Eletronic Library Online” (Scielo) e

“`Literatuta Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde”` (Lilacs)

utilizando como unitermos/descritores: “paralisia cerebral”, agregadas aos

termos“família”, “adolescência” e “qualidade de vida”, a opção por estas fontes

como banco de dados justifica-se pelo grande conhecimento por parte do

profissionais de saúde e estudantes, ser de fácil acesso e conter rico e atualizado

conteúdo. A seleção dos estudos obedeceu aos seguintes critérios de inclusão:

abordagem de questões pertinentes á paralisia cerebral e seu impacto na dinâmica

familiar, PC na infância e adolescência. Foram excluídos os estudos repetidos, de

cunho estritamente patológico ou que não se relacionavam a PC no contexto

familiar e/ou infanto-juvenil, eoutros foram aindaexcetuados por não

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aduziremdisponibilidade de seus textos na integra ou apresentarem dificuldades

em seu acesso.

A seguir será ilustrada graficamente a forma de seleção:

Deste levantamento foram obtidos um total 520 artigos, desta soma

encontrada, foram excluídos os estudos não relacionados e/ou compatíveis ao

tema e objetivo, bem como os repetidos, tendo em vista, que alguns artigos se

encontravam disponíveis em ambas as bases de dados, os que se apresentaram

em língua estrangeira, os que não possuíam texto na sua integralidade e por fim

os que expuseram data de publicação inferior à desejada, além dos critérios

anteriormente mencionados.Desta forma dentre estes foram selecionados

dezenove (19) estudos no total, sendo que doze (12) foram extraídos do Scielo e

sete (07) da Lilacs.

Neste testudo o levantamento bibliográfico se deu com o fim de analisar

criticamente as principais propriedades que cada artigo traz, bem como a relação

estabelecida entre eles, de forma a melhor compreender o impacto da PC na

dinâmica familiar.

SCIELO LILACS

Selecionados: 12 Selecionados: 07

TOTAL: 520 Encontrados: 377 Encontrados: 143

Total selecionado:

19

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Cada artigo passou por exaustiva leitura, para que então as principais

partes e citações fossem selecionadas e separadas, servindo desta forma com base

e fonte de conhecimento para a construção deste artigo.

4 DISCUSSÃO

4.1A Paralisia Cerebral em Seu Contexto Geral

A paralisia cerebral (PC) é definida como um distúrbio da função motora

causado por lesões no sistema nervoso central (CNC), que podem ter ocorrido

nos períodos pré, peri ou pós- natal. (PENTEAN e MURATA, 2000).

Muito antes de se haver uma definição final acerca da patologia, a mesma

era referida como patologia que afetava crianças, sendo denominada de maneira

diferente ao longo dos anos. Primeiramente, como: “Síndrome de Little‟‟, mais

diante Freud a definiu como uma consequente desordem cerebral, e só então

finalmente, ocorreu o surgimento do termo que conhecemos até hoje. (SILVA et

al, 2010)

Sua etiologia é multifatorial, podendo ocorrer por diversos fatores, que são

divididos em pré, peri e pós natais, conforme Silva et al (2010) dentre os mais

incidentes estão a ruptura prematuro da placenta, acidentes vasculares, síndromes

epiléticas, síndrome da angustia respiratória, e prematuridade. De acordo com

Zaniniet al (2009), os fatores que antecedem o nascimento são em sua maioria de

ordem genética, podemos encontrar ainda as infecções maternas, por

citomegalovírus, rubéola e toxoplasmose, uso de medicações, abuso de álcool e

drogas ilícitas, traumatismos abdominais severos, gestações múltiplas. Estes

últimos fatores poderiam ser prevenidos se associados á melhoria da saúde

materna. Dentre os fatores Perinatais, período este compreendido entre a

vigésima semana de gestação até o vigésimo oitavo (28) dia de vida, podemos

citar a asfixia severa ao nascimento, acidente vascular cerebral isquêmico e

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epilepsia. Já para classificarmos como fator pós-natal, ou seja, após vinte e oito

dias de vida, este precisa ser resultante de um evento que cause prejuízo cerebral

e que não esteja associado aos períodos anteriores da gestação, dentre estes

podemos citar traumatismos e acidentes cerebrovasculares,mencionamos ainda o

estudo realizado por Baronezaet al (2006) que revela o parto normal como fator

de risco para presença de retardo mental por asfixia perinatal, o que por sua vez

traz como uma de suas sequelas o estabelecimento da PC. Mais uma vez

observamos a oportunidade de prevenção destes agentes etiológicos. Silveira e

Procianoy (2005) reiteram esse conceito ao afirmar que as estratégias preventivas

envolvem os cuidados pré-natais e perinatais, com intuito de diminuir as taxas de

nascimentos prematuros bem como proporcionar sobrevida com qualidade.

A classificação da PC acontece baseada na avaliação da qualidade do

tônus muscular, da expressão e perfil motor apresentados, bem como na região

do cérebro que foi acometida e sua gravidade. Esta, a gravidade, por sua vez está

condicionada a extensão da lesão, já o tipo de alteração motora pode ser definido

de acordo com a localização da disfunção ocorrida. O diagnóstico de PC em

geral envolve retardo e atraso motor, existência de reflexos primitivos e reflexos

anormais, ausência de reflexos protetores, associação de deficiências múltiplas

tais como auditiva ou visual, podemos ainda perceber alterações emocionais,

psiquiátricas e da comunicação, estas últimas podem decorrentes do difícil

estabelecimento de um vínculo e convivência social e família. (SILVA et al,

2010)

Segundo Matos e Lobo (2008), a PC é considerada a doença física

neurológica congênita mais comum, mesmo assim suas estimativas não são

precisas, os estudos revelam que devem existir de aproximadamente seis casos de

PC para cada mil crianças nascidas vivas, embora não seja uma patologia

progressiva, suas sequelas relacionadas às estruturas ósseas e musculares podem

sofrer alterações ao longo da vida, estudos referem o surgimento de deficiências

como fraqueza e deformidade muscular, deformações ortopédicas, diminuição da

flexibilidade e degeneração articular. (PENTEAN E MURATA, 2010). Dado

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esse que deve ser observado, levando em consideração que as mudanças

ocorridas nas últimas cinco décadas, nos mostram que a expectativa de vida

desses sujeitos tem aumentados, podendo a chegar a uma sobrevivência

semelhante a da população em geral, desde que recebam cuidados específicos e

necessários e não haja comorbidades importantes. (MAGRE, REIS E MORAIS

2010)Rebel et al (2010) complementam o exposto acima afirmando que o

prognóstico de PC pode ser alterado de forma positiva a medida que se oferece

tratamento adequado, ao enfermo e família.

Já em outro estudo realizado porDantas et al (2010) contrapõe esse

resultado afirmando que cuidar de uma criança com PC, se torna uma experiência

difícil tendo em vista, que a doença possui um prognóstico reservado, e conforme

sua gravidade e tipo de lesão haverá uma baixa expectativa de vida.

Segundo (Vasconcelos, 2010) a evolução da medicina tem propiciado o

prolongamento da vida, possibilitando melhora das comorbidades crônicas

decorrentes da enfermidade. Contudo somente o prolongamento da vida não se

torna suficiente, pois este não assegura a qualidade de vida, visto que estamos

frente a uma patologia que compromete a saúde coletiva, demandando assim o

estabelecimento de ferramentas direcionadas a promoção da saúde, e não

somente da manutenção dela. Baronezaet al (2006) em seu estudoafirmam que no

Brasil existe escassez de políticas públicas resolutivas que objetivem melhoria e

qualidade de vida. Camargos et al (2009) discorrem em seu estudo que a QV em

crianças com PC, é muito difícil de ser mensurada, devido a difícil interpretação

de suas expressões, por apresentarem comprometimento cognitivamente e da

comunicação impossibilitando uma adequada e profunda interpretação e

compreensão de seus sentimentos, ações e percepções .

O estudo realizado por Freitas (2012) vem complementar a ideia acima,

quando refere que identificar as características gerais de uma criança com PC,

torna-se uma dura tarefa por não se encontrar comportamentos semelhantes entre

crianças distintas, embora apresentem a mesma enfermidade. Percebemos então

a importância de compreender e aceitar a individualidade inserida na

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coletividade.O mesmo estudo ressalta ainda que as características que cada

componente do grupo familiar apresenta, compõe, em parte, a dinâmica a

estrutura e o funcionamento da família.

Como já mencionamos anteriormente e podemos entender por meio deste

estudo que vários fatores interferem na qualidade de vida, assim como na

compreensão do universo de uma pessoa acometida por paralisia cerebral e de

seus familiares.

No entanto, outro cenário ainda não adequadamente explorado, mas de

grande influencia e importância,é o meioextrafamiliar, que pode ser

compreendido por familiares extensivos, vizinhos, professores, amigos próprios

ou da família, dentre outros, que como um todo representam a sociedade, e é em

meio a estes que encontramos diversos comportamentos, que permeiam desde o

preconceito ao afeto verdadeiro. (DANTAS et al, 2010)

Segundo Dantas et al(2010) as pessoas possuem sua própria concepção,

conhecimento, conceitos e formação sociocultural acerca de algo, e quando se

trata do conceito de deficiência, a sociedade pode se mostrar relutante ou

deficiente em conviver com as diferenças, apresentando comportamentos que

evitem contato próximo e de sensibilidade. Assim, muitas vezes o deficiente

pode gerar sentimentos nas pessoas,de forma a despertar o preconceito

eestereótipos a cerca da patologia, podendo sentir-se incomodados, com

manifestação de sentimentos contraditórios como compaixão e repudio. Silva et

al (2010) descrevem o preconceito como um comportamento individual, mas que

não se restringe ao individuo, tendo em vista que se trata de um comportamento

social, podendo aguçar efeitos limitantes, desagradáveis e constrangedores.

O preconceito ganha ainda mais visibilidade se atrelado à ideia de

normalidade ou anormalidade, muitas vezes imposta pela sociedade às pessoas

que apresentam algum tipo de limitação e diferença, sejam elas físicas, mentais,

psicológicas ou do comportamento. Todo esse conjunto, pode se apresentar como

um difícil obstáculo para o estabelecimento do convívio social, posto que para a

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família signifiquea vivência de situações constrangedoras, limitadoras do

convívio em coletividade que exigem enfrentamento e superação, bem como

equilíbrio emocional e físico. Para a sociedade, por outro lado, muitas vezes pode

representar uma situação incomodativa e em parte constrangedora, levando em

consideração que a mesma vê o enfermo como uma pessoa frágil, debilitada e

que demanda necessidades e cuidados especiais. Esta situação resulta, muitas

vezes, na sensação de impotência e incapacidade, limitando mais ainda a

aproximação e vínculo, podendo resultar em isolamento e reclusão.

Assim, a falta de informação e conceitos previamente estipulados, gerados

por esta situação, impedem que o caminho da descoberta e do conhecimento

sejam percorridos, para que assim, não só a família e profissionais de saúde, mas

também a sociedade atuem como contribuintes para o processo de inserção social

da pessoa com PC.

4.2 Paralisia Cerebral e a Adolescência

Apesar dese tratar de um diagnóstico estabelecido ainda no início na

infância, basicamente nos primeiros 12 meses de vida, suas manifestações e

sequelas podem ser vividas, também,do decorrer da adolescência. Neste

momento algumas alterações do quadro já ocorreram em virtude do

desenvolvimento e crescimento natural do organismo, assim como dos recursos

empregados no decorrer dos anos e de acordo, com o acesso de cada família a

estes, no intuito de melhorar a qualidade de vida bem como atenuar as sequelas e

comorbidades consequentes da patologia.

A adolescência equivale a uma fase de transferência da infância para a

idade adulta, sendo possível observar mudanças físicas, sociais e psicológicas.

Naturalmente, no decorrer desse processo ocorrem momentos marcantes que

caracterizam essa transição. O adolescente vivencia uma nova realidade,

buscando, achar um meio de definir o seu papel no circulo social em que se

insere. Nessa nova fase de transição da infância para idade adulta, novas relações

interpessoais são vividas e instituídas. Neste momento, temos ainda morte da

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criança para o nascimento do ser adulto, importantes para a construção e

consolidação da sua identidade e papel social. (BRETAS et al 2008)

Diante desse novo contexto, em que se inserem tantas mudanças, segundo

Matos e Lobo (2008), esses jovens são confrontados com muitas circunstâncias

para as quais não estão preparados, em particular os adolescentes com PC

enfrentam desafios maiores ainda, acrescidos dos obstáculos e particularidades

impostas pela doença. Nesses indivíduos, portadores de doença crônica,

observamos limitações e dificuldades associadas a áreas muito importantes ao

desenvolvimento social, profissional e concepção da própria imagem física, isso

tudo por sua vez, pode interferir no seu autoconhecimento. Os estudos revelam

que adolescentes com doença crônica apresentam maior risco para o

desenvolvimento de problemas emocionais e comportamentais.

Frente a isto, pode-se afirmar que, os jovens com PC, além das barreiras já

estabelecidas pela própria patologia e pelo momento que vivenciam a

adolescência, precisam ainda superar o contexto formado pela associação de

ambas as situações. Este momento torna-se um difícil caminho a ser percorrido,

tendo em vista que, quase nunca pessoas com PC apresentam capacidade física,

emocional e intelectual plenas para encarar e sobrepujar os obstáculos a sua

frente.

É justamente, neste momento que podemos perceber a importância da

atuação de forma ativa e significativa da família e dos profissionais de saúde, não

somente para o estabelecimento da saúde e bem estar, mas também para a

formação de caráter e do individuo. Características formadoras do caráter

singular do individuo, assim como sua aceitação própria e inserção no meio em

que vive. Segundo Silva et al (2010) a reestruturação da família pode se tornar

mais fácil a medida que, juntos, os pais e profissionais de saúde adotam

estratégias para o enfrentamento da situação.

4.3 Paralisia Cerebralno Âmbito Familiar e Seu Impacto na Dinâmica da

Família / Cuidados de Enfermagem

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O nascimento de um novo membro da família traz consigo diversas

mudanças no contexto familiar, configurado pela transição dos personagens

homem e mulher para pai e mãe, a partir deste momento torna-se comum a

idealização das características físicas e intelectuais do filho (a) que em breve

chegará, em geralmente espera-se por uma criança saudável e com capacidade

física preservada, idealiza-se ainda momentos futuros como o estabelecimento de

uma carreira profissional, projetando assim no novo bebe suas aspirações e

ideais. (JUDILITA, 2010 apud FIAMENGHI, 2007).

Por se tratar de um quadro não progressivo, podemos considerar a PC não

como uma doença, mas como uma condição (Silva et al, 2010 ), que muitas em

seu amplo cenário acaba por se manifestar não somente na vida do portador, mas

também na vida de todos os que o cercam, para alguns de uma forma mais suave,

já para outros se apresenta com tal intensidade de forma a gerar mudanças

profundas e irreversíveis, em geral é nesse momento que se configura o papel

exercido pela mãe.

Segundo Milbrath (2009),ao comunicar um diagnóstico é essencialuma

abordagem interativa entre a famíliae o comunicador,em virtude dessa situação

demandar sensibilidade, tato, compreensão, destreza, empatia e solidariedade. A

orientação aos pais deve permear o diagnóstico, o prognóstico, o tratamento a ser

realizado, onde, quando, a quem procurar por atendimento. Para que as

informações recebidas possam ser válidas e efetivas, é preciso que sejam

primeiramente compreendidas. Cabendo ainda ao profissional de saúde preparar

a família para tal adaptação, com o intuito garantir à criança o cuidado adequado

as suas necessidades especiais. Numa situação de comunicado de diagnóstico.

Uma abordagem adequada do diagnóstico da criança aos pais pode facilitar o

processo de aceitação e adaptação, ao recém-nascido e a suas necessidades

especiais.

Navarauskas et al (2012) nos traz o conceito de família como sendo um

arranjo constituído por relações interdependentes, e não somente a união de seu

integrantes, tendo em vista que quando um membro passa por modificações os

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outros sofrem consequências. Conceito este que vem corroborar a ideia trazida

pelo estudo de Dantas (2010) afirmando que quandoum integrante da família

adoece, o mesmo processo se estende aos demais familiares, ou seja, a família

como um todo também adoece, trazendo uma nova realidade para todo o ciclo

familiar, gerando inicialmente uma desestruturação.

Muitas vezes essa família passa por diversas fazes em resposta a

confirmação da patologia, configurando o período pós-diagnóstico, que em geral

trata-se de um momento crítico e determinante, no início as famílias não

apresentam uma compreensão da PC em sua amplitude, sentem receio a cerca de

seu papel não sabendo como desenvolve-lo, sentem-se despreparadas para tal

condição. Posteriormente ao impacto causado pela confirmação do diagnóstico,

os pais tendem a se organizar psicologicamente, ganhando gradativamente

confiança e aceitação, estabelecendo o vínculo familiar.O ambiente familiar é

fator contribuinte para o desenvolvimento de uma criança, independentemente de

ser deficiente ou não,sendo necessário e indispensável esse processo de

reestruturação, e assim juntos enfrentarem as adversidades geradas pela

deficiência.

Manter o equilíbrio do conjunto familiar configura difícil tarefa para os

pais, em especial para as mães, que muitas vezes, ao se confrontarem com a

responsabilidade de cuidar de uma criança com necessidades especiais, acabam

por renunciar, de forma altruísta na maioria das vezes, outros papéis, deixando de

trabalhar e estudar, dentre outras atividades, para dedicar-se interinamente ao

cuidado. (SILVA, 2010).

De acordo com o estudo de Petean eMurata (2000), essa sobrecarga

damãe, acontece em virtude das expectativas culturais exercidas sobre o gênero,

ou seja, culturalmente já é esperado que a prestação dos cuidados ao deficiente

fiqueao encargo da mulher, bem como cuidados com a casa, situação essa que

pode tornar-se desencadeadora de estresse, afetar o estabelecimento de sua

relação com o meio social ou até mesmo levá-la ao isolamento, dados esses que

veem ao encontro do resultado do estudo realizado por Soares et al (2009) que

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nos revela que as atividades de rotineiras domésticas realizadas durante a

semana, são executadas principalmente pelas mães , podendo também contar

com a ajuda ofertada pelos filhos, essas atividades incluem o preparar as

refeições, cuidados com o vestuário epromover a limpeza e arrumação do lar.

Conforme estudo realizado por Silva (2010), as cuidadoras quando

estressadas, sobrecarregadas ou desgastadas, podem manifestar problemas de

saúde, traduzidos por meio de cansaço, impotência e irritabilidade, dentre outros.

Contudo para algumas cuidadoras, prestar esse cuidado configura-se como uma

miscelânea de sofrimento e renuncia, mas, acima de tudo, como devoção, que

pode ser recompensado pelos ganhos e reabilitação apresentados pelo filho.

O estudo realizado por Navarauscka (2010) revela outra perspectiva de um

dos integrantes da família, a do irmão primogênito quando se defronta com o

nascimento de mais um componente da família, desta vez acompanhado de

necessidades especiais, demandando mais atenção.

Os pais diante desta situação e da necessidade de adaptação ao novo filho

que chegam de forma a atender ás suas necessidades, por muitas vezes, alteram o

seu relacionamento com o(s) outro (s) filho(s), e acabam por negligencia-lo(s),

exercendo sobre ele maior cobrança quanto a conquistas e sucesso pessoal, de

forma a „„compensar o fracasso ‟‟ do irmão deficiente. Comportamento este que

podem imprimir ao irmão mais velho sentimentos de culpa, desvantagem por

imaginar que o caçula disfruta de privilégios e exacerbo de atenção dos pais.

Desta formapodemos concluir que é de extrema importância o compartilhamento

da atenção, para que o desenvolvimento do irmão mais velho não seja também

prejudicado.

Outro importante personagem ainda não contemplado, mas desta vez

inserido no contexto extrafamiliar,entra em cena,sendo este o profissional de

saúde que exerce papel importante, devendo ser sensível, porém esclarecedor.

Deacordo com Silva et al (2010) o enfermeiro exerce sua participação

esclarecendo dúvidas a cerca dos possíveis problemas consequentes da

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deficiência, orientando os pais quanto aos procedimentos e acompanhamentos

necessários, auxiliando-os a buscar resolutividade para as adversidades

encontradas. Os profissionais influenciam a resolução destas adversidades, tendo

em vista que os pais depositam confiançae esperança, inclusive de cura, nos

profissionais de saúde. Desta maneira, torna-se importantea não utilização do

termo cura por parte destes, sabendo-se que mesmo não sendo uma patologia

progressiva não há possibilidade de cura, mas sim tratamento para melhoria das

condições clínicas.

MILBRATH (2009) afirma ainda que a enfermeira pode auxiliar a família,

fornecendo apoio e informações com base em seus conhecimentos técnico-

científicos vinculando-os com sua experiência profissional. Desta forma a

enfermeira auxilia na diminuição da ansiedade dos pais por meio da

explanaçãodos procedimentos, tratamentos, condições de saúde da criança e os

cuidados a serem dispensados.

Vasconcelos (2010)emseu estudo discorre acerca do contínuo

acompanhamento do profissional de saúde no processo de tratamento e

reabilitação da criança com PC, e de como este influencia na QV. À medida que

promove manutenção da saúde e reabilitação, auxiliaem sua reinserção no meio

social. Ressalta ainda que os profissionais devem desenvolver mecanismos

educativos com o intuito de propiciar melhoria da QV e promoção da saúde, não

esquecendo a importante tarefa de orientação dos pais para tais práticas.

5CONSIDERAÇÕES FINAIS

Compreender e avaliar o impacto causado pelo diagnóstico da paralisia

cerebral infanto-juvenil na dinâmica familiar configurou-se como interessante

estudo a ser construído, e em parte uma árdua tarefa por ser constituída de um

amplo universo composto por diversas interfaces e integrantes, visto que ao

mesmo tempo em que encontramos famílias constituídas pelos pais e um único

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filho, temos também as que apresentam maior número de componentes, esta

apresentando por sua vez caráter individualizado intercalado á coletividade.

O estudo da literatura selecionada propiciou a melhor compreensão do

nicho familiar e o impacto que o referido diagnóstico pode causar, tanto no

aspecto individual como coletivo.

Ficou evidente que a confirmação do diagnóstico interfere no equilíbrio do

sistema familiar, independentemente do número de seus integrantes,

apresentando-se como objeto de adaptação e superação, por meio da aceitação do

diagnóstico, busca por acompanhamento de saúde que visem a reabilitação e

manutenção da saúde, bem como do equilíbrio familiar. Evidenciou-se ainda que

dentre os integrantes familiares, em geral a mãe mostrou-se mais afetada,

apresentando não só sobrecarga física, mas também emocional, que por sua vez a

torna mais propensa ao surgimento de doenças.

Foi possível ainda observar que a PC no universo juvenil, possui grande

influência podendo ser fator desencadeante de doenças e distúrbios

comportamentais, interferindo muitas vezes no estabelecimento do convívio e

relações sociais, fazendo com que o enfermo muitas vezes limite-se ao convívio

com a família, em seu micro ambiente, e profissionais de saúde.

Também se mostrou notório a escassez de estudos que contemplem o

âmbito da paralisia na fase da adolescência, bem como os que abordem a

percepção dos integrantes da família de forma individualizada.Comprometendo e

dificultando em parte a real compreensão das dimensões da PC tanto na fase

juvenil, quanto no entendimento dos demais componentes do complexo familiar.

Assim, podemos concluir que a PC influencia e interfere grandemente na

dinâmica familiar, que em geral lança mão de diversas ferramentas para superar

as mudanças e adversidades consequentes da enfermidade, adaptando-se desta

forma ao novo contexto a que se depara. E neste momento o profissional de

saúde, em especial o enfermeiro, aparece como importante adjuvante nesse

processo, responsabilizando-se muitas vezes pelo entendimento, aceitação e

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adaptação da família ás necessidades apresentada pela criança. Trabalho esse que

pode se estender por muitos anos, e que ao longo destes sofre alterações, devendo

tornar-se cada vez mais individualizado e amplo, de forma a suprir a

necessidades e carências não somente da criança/ adolescente, mas da família

como um todo.

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