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Paralisia das pregas vocais Por Douglas Jivago Pregas ou cordas vocais Conhecidas popularmente como cordas vocais, as pregas vocais são estruturas musculares presentes na laringe e responsáveis, em conjunto com outros órgãos e estruturas, por funções como fonação e proteção das vias aéreas. Existem duas pregas vocais ditas verdadeiras e duas falsas. Neste estudo vamos nos deter a explorar a função das pregas verdadeiras. Funcionamento das pregas vocais Tais estruturas tem funcionamento durante a fala, canto, como também enquanto não produzimos voz. Enquanto inspiramos as pregas vocais se afastam uma da outra para que o ar inspirado possa passar para o restante do percurso respiratório. A produção da voz acontece no retorno desse ar. Quando os estímulos nervosos transferem a informação de produção de som para as pregas vocais, estas se fecham, enquanto o ar volta dos pulmões. Quando a coluna de ar passa pelas pregas vocais fechadas, provoca nelas vibração. Esse movimento vibratório proporciona a “fabricação” do som vocal. Quando não existe a necessidade de produzir som, as pregas ficam relaxadas e separadas uma da outra. A paralisia As pregas vocais movimentam-se pela ação dos músculos laríngeos, controlados pelo nervo laríngeo recorrente ou nervo vago. A paralisia de prega vocal ocorre quando uma ou as duas pregas vocais, por alguma agressão ao nervo vago, encontra(m)-se sem mobilidade. Quando a paralisia é de apenas uma prega vocal, denomina-se “paralisia unilateral”. Quando o problema encontra-se nas duas pregas, chamamos “paralisia bilateral de prega vocal”. Portanto, se uma ou as duas pregas vocais encontram-se paralisadas, tanto a fonação quanto a respiração será afetada. Sintomas Os sintomas são básicos:

Paralisia Das Pregas Vocais

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Page 1: Paralisia Das Pregas Vocais

Paralisia das pregas vocais

Por Douglas Jivago

Pregas ou cordas vocais

Conhecidas popularmente como cordas vocais, as pregas vocais são estruturas musculares presentes na laringe e responsáveis, em conjunto com outros órgãos e estruturas, por funções como fonação e proteção das vias aéreas. Existem duas pregas vocais ditas verdadeiras e duas falsas. Neste estudo vamos nos deter a explorar a função das pregas verdadeiras.

Funcionamento das pregas vocais

Tais estruturas tem funcionamento durante a fala, canto, como também enquanto não produzimos voz. Enquanto inspiramos as pregas vocais se afastam uma da outra para que o ar inspirado possa passar para o restante do percurso respiratório. A produção da voz acontece no retorno desse ar.

Quando os estímulos nervosos transferem a informação de produção de som para as pregas vocais, estas se fecham, enquanto o ar volta dos pulmões. Quando a coluna de ar passa pelas pregas vocais fechadas, provoca nelas vibração. Esse movimento vibratório proporciona a “fabricação” do som vocal. Quando não existe a necessidade de produzir som, as pregas ficam relaxadas e separadas uma da outra.

A paralisia

As pregas vocais movimentam-se pela ação dos músculos laríngeos, controlados pelo nervo laríngeo recorrente ou nervo vago. A paralisia de prega vocal ocorre quando uma ou as duas pregas vocais, por alguma agressão ao nervo vago, encontra(m)-se sem mobilidade.

Quando a paralisia é de apenas uma prega vocal, denomina-se “paralisia unilateral”. Quando o problema encontra-se nas duas pregas, chamamos “paralisia bilateral de prega vocal”. Portanto, se uma ou as duas pregas vocais encontram-se paralisadas, tanto a fonação quanto a respiração será afetada.

Sintomas

Os sintomas são básicos:

Rouquidão ou voz bitonal (voz parecida com um gargarejo); Dificuldade de respirar (o que pode indicar uma paralisia bilateral); Engasgo pode ocorrer em alguns casos.

Suspeita e detecção

Quando o paciente encontra-se em quadro de rouquidão prolongada (mais de duas semanas), já deve procurar auxílio médico, pois pode tratar-se de paralisia de prega vocal ou de uma série de outros problemas.

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O otorrinolaringologista, por meio do exame chamado laringoscopia, detecta a presença ou não da paralisia de prega vocal. Tal exame é por meio de imagem direta da laringe e serve para investigar uma série de outros males da laringe e faringe.

Causas

Pode ocorrer por uma série de problemas como infecções no nervo vago, tumores (malignos e benignos) que estejam comprimindo o nervo responsável pela mobilidade das pregas vocais, ou por outro tipo de compressão do nervo.

Tratamento

A principal busca é pela descoberta da causa. Depois de feita a descoberta, empenha-se no tratamento específico. Indica-se tratamento a base de fonoterapia, principalmente nos casos de paralisia unilateral, com o intuito de “acostumar” a prega vocal sadia a adaptar-se a uma aproximação maior da prega acometida. Em alguns casos ocorrer à reversão natural do quando, em outros não. Indica-se ainda, tratamento cirúrgico a base de injeções de teflon na prega vocal doente para aproximá-la mais do centro da laringe, o que facilita a vibração das duas pregas.

Em caso de paralisia bilateral, o intuito é facilitar a respiração do paciente, pois, como já explicamos, nesses casos, as pregas vocais não se separam para a passagem do ar até os pulmões. Por vezes, é necessário realizar traqueostomia (uma abertura no pescoço, diretamente na traquéia para que o ar possa passar pelas vias aéreas).

Fonte:

http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=202

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Rouquidão e outros problemas das cordas vocais

Neste artigo:

- Introdução

- Rouquidão

- Tratamento

"A voz é o som que resulta da vibração das pregas vocais e de todas as estruturas do chamado aparelho fonador. A laringe é como se fosse um pequeno tubo que comunica a cavidade oral com a traquéia, levando o ar até os pulmões. Ela contém as pregas vocais e, quando o ar sai dos pulmões, ele vibra essas pregas, que se movimentam reduzindo ou aumentando a passagem do ar, produzindo sons que se amplificam no percurso até a boca."

Introdução

As pregas vocais podem ser acometidas por várias doenças, incluindo o câncer de laringe, a rouquidão funcional, os nódulos e os pólipos. Alguns desses problemas resultam de uso excessivo da voz, sendo completamente revertidos após descanso vocal. Abordaremos nesse texto os problemas mais comuns. Abaixo, uma lista dos principais agentes que afetam a voz:

• Álcool;

• Uso de drogas: ressecam a laringe, prejudicando a voz;

• Cigarro: a fumaça quente irrita e agride a mucosa da laringe. Provoca tosse crônica (que dura mais que três semanas) e pigarro;

• Alergias;

• Alimentação;

• Hábitos vocais inadequados: pigarrear, tossir com esforço;

• Poluição do ar;

• Ar condicionado: reduz a umidade do ar, ressecando a laringe.

Rouquidão

A rouquidão ou disfonia é um problema bastante comum na população, sendo definida como qualquer alteração no caráter da voz. É a falta de clareza do som. Na grande maioria das vezes, é um problema transitório, associado a infecções da laringe. A rouquidão pode ser classificada como aguda (curta duração) ou crônica (15 dias ou mais).

As causas de rouquidão podem ser divididas em dois grandes grupos:

1. Funcionais

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Nesse grupo, a rouquidão é causada pelo próprio uso da voz, não sendo encontrada nenhuma doença das cordas vocais. São dois os mecanismos responsáveis:

• Uso incorreto da voz: pode ocorrer devido à imitação de outros padrões de voz, que não o do próprio indivíduo; em casos de indivíduos que usam intensamente a voz (como os cantores), mas que não tomam os cuidados adequados.

• Inadaptações fônicas: ocorre devido à falta de adaptação do aparelho fonador à produção da fala. Essas inadaptações podem ser anatômicas, como malformações da laringe, o que dificulta a produção dos sons; ou funcionais, como alterações das relações fala/respiração, fala/deglutição.

2. Orgânicas

Ocorre quando encontramos alguma alteração anatômica das pregas vocais.

Existem vários tipos:

• Nódulos, pólipos: são tumores benignos das cordas vocais, e podem se originar do mau uso da voz.

• Cistos: são tumores também benignos, que contém líquido no seu interior (são como "bolsas de líquido").

• Edema de Reinke: é o inchaço das cordas vocais, que ocorre devido ao tabagismo (fumo). Esse inchaço prejudica a movimentação das pregas vocais. É a principal causa de voz rouca e grave em mulheres fumantes.

• Papilomas: são tumores vegetantes (com aspecto semelhante ao de "couve-flor"). Eles causam rouquidão importante.

• Paralisia das pregas vocais: ocorre quando há uma lesão dos nervos que comandam as pregas. Existem várias causas: cardíacas, tumores de outros locais próximos, após cirurgias na região.

Existem outras causas também comuns, como o refluxo gastresofágico (há passagem de secreção ácida do estômago para o esôfago, que pode alcançar a laringe e irritar as pregas vocais); gripes e resfriados; após esforço vocal intenso (após shows, jogos de futebol).

Entre os casos de rouquidão aguda, a causa mais comum é a laringite aguda, ou seja, inflamação aguda da mucosa da laringe devido a infecções por vírus ou bactérias. Nesses casos, a rouquidão pode aparecer sozinha ou se acompanhar de outros sintomas, como tosse, coriza ("nariz escorrendo"). Geralmente surge após uma gripe ou resfriado, não requerendo tratamento e desaparecendo espontaneamente.

Toda pessoa com quadro de rouquidão que dure mais de 10-15 dias deve procurar um médico para avaliação detalhada. A maioria das causas agudas (laringite aguda) resolve-se antes de 10 dias, e não requer maiores preocupações. Já a rouquidão crônica, duradoura, demanda atenção especial.

Tratamento

O especialista responsável é o otorrinolaringologista, e ele é capaz de fazer exames que permitem a visualização das pregas vocais. Com isso, ele consegue identificar a presença de lesões que podem ser responsáveis pela rouquidão. O tratamento vai, então, depender do tipo de causa.

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Nos casos funcionais, o principal tratamento é a chamada fonoterapia. O paciente aprende como usar a fala de maneira mais equilibrada e adequada. Isso é conseguido pela realização de exercícios específicos, orientados por profissional capacitado, o fonoaudiólogo.

O tratamento dos nódulos pode ser feito com a fonoterapia, mas em alguns casos é necessária a realização de cirurgia para sua retirada. Os pólipos são retirados com cirurgia, seguida de fonoterapia no pós-operatório. Os cistos recebem o mesmo tratamento dos pólipos. O edema de Reinke é tratado com a interrupção do tabagismo (o que é indicado sempre, para todos os pacientes com rouquidão), e também fonoterapia.

Os papilomas são tratados com cirurgia, porém a possibilidade de recidiva é grande. A paralisia de pregas vocais é tratada com fonoterapia.

Alguns cuidados para ter uma voz saudável:

• Evite o tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas;

• Consumo moderado de café;

• Não praticar a automedicação. Alguns medicamentos podem agredir a laringe;

• Beba bastante líquido durante o dia, pelo menos 2 litros;

• Evite passar grande parte do tempo em ambientes poluídos;

• Evite gritar e alterar seu padrão de voz.

Copyright © 2006 Bibliomed, Inc. 05 de janeiro de 2006.

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Pólipos nas Pregas Vocais

Os pólipos nas pregas vocais são formações não cancerosas localizadas sobre as pregas vocais que se desenvolvem devido ao uso abusivo da voz, a reações alérgicas crônicas que afetam a laringe ou à inalação crônica de irritantes (p.ex., gases industriais ou fumaça de cigarro). Os sintomas incluem a rouquidão crônica e uma voz entrecortada.

O diagnóstico é estabelecido através do exame das pregas vocais com um espelho e da realização de uma biópsia (coleta de uma pequena amostra de tecido para exame microscópico) para o médico certificar-se de que não se trata de um câncer.

O cirurgião remove o pólipo para restaurar a voz normal do indivíduo. A causa subjacente é identificada e tratada para prevenir a recorrência de pólipos. Quando a causa é ou uso abusivo da voz, a fonoterapia pode ser necessária.

Problemas das Pregas Vocais

Quando relaxadas, as pregas vocais normalmente formam uma abertura em forma de V para a traquéia, através da qual o ar pode passar livremente. Durante a fala e a deglutição, as pregas vocais se fecham. Colocando um espelho no interior da boca do paciente, o médico pode observar as pregas vocais e verificar a presença de problemas (p.ex., pólipos, nódulos, úlceras de contato e paralisia) que afetam a voz. A paralisia pode afetar uma prega vocal (unilateral) ou ambas (bilateral).

Nódulos nas Pregas Vocais

Os nódulos nas pregas vocais (nódulos do cantor) são formações não cancerosas similares a cicatrizes localizadas sobre as pregas vocais. Eles são semelhantes aos pólipos das pregas vocais, porém mais firmes, e não desaparecem com o repouso.

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Os nódulos das pregas vocais são causados pelo uso abusivo crônico da voz (p.ex., gritar repetidamente ou cantar de modo vigoroso). O médico realiza uma biópsia para certificar-se que não se trata de um câncer. Normalmente, os nódulos das pregas vocais em crianças desaparecem somente com a fonoterapia. Nos adultos, eles devem ser removidos cirurgicamente. O único modo de se prevenir a formação de outros nódulos é a interrupção do uso abusivo da voz.

Úlceras de Contato

As úlceras de contato são lesões em carne viva localizadas na membrana mucosa que reveste as cartilagens às quais estão unidas as pregas vocais. As úlceras de contato geralmente são causadas pelo uso abusivo da voz com a fala forçada, sobretudo quando o indivíduo começa o seu discurso. Essas úlceras são tipicamente observadas em pregadores, representantes de vendas e advogados. O fumo, a tosse persistente e o refluxo ácido do estômago também podem causar úlceras de contato.

Os sintomas incluem uma dor leve durante a fala ou a deglutição e graus variados de rouquidão. Ocasionalmente, é realizada a remoção de uma pequena amostra de tecido que será examinada ao microscópio para se certificar que não se trata de um câncer. O indivíduo deve fazer repouso da voz (falando o mínimo possível) durante pelo menos seis semanas para que as úlceras cicatrizem. Para evitar recorrências, os indivíduos que apresentam úlceras de contato devem reconhecer as limitações de sua voz e aprender como ajustar as suas atividades vocais. A fonoterapia pode ser útil. Quando radiografias revelam a presença de refluxo ácido, o tratamento inclui o uso de medicamentos antiácidos ou antiulcerosos (bloqueadores da histamina), o não consumo de alimentos 2 horas antes de se deitar e a manutenção da cabeça elevada durante o sono.

Paralisia das Pregas Vocais

A paralisia das pregas vocais é a incapacidade de movimentar os músculos que controlam as pregas vocais. A paralisia das pregas vocais pode ser decorrente de distúrbios cerebrais (p.ex., tumores cerebrais, acidentes vasculares cerebrais e doenças desmielinizantes) ou de lesão dos nervos que inervam a laringe. A lesão nervosa pode ser causada por tumores, por uma lesão ou por uma infecção viral dos nervos ou por neurotoxinas (substâncias que envenenam ou destróem o tecido nervoso), como o chumbo ou as toxinas produzidas na difteria.

Sintomas e Diagnóstico

A paralisia das pregas vocais pode afetar a fala, a respiração e a deglutição. A paralisia pode permitir a aspiração de alimentos e líquidos para a traquéia e os pulmões. Quando apenas uma prega vocal estiver paralisada (paralisia unilateral), a voz torna-se rouca e entrecortada. Normalmente, não ocorre obstrução das vias aéreas, pois a prega vocal normal no outro lado abre o suficiente. Quando as duas pregas vocais estão paralisadas (paralisia bilateral), a voz torna-se fraca, mas continua soando normal. Contudo, o espaço entre as pregas paralisadas é muito pequeno e a via respiratória é inadequada. Por essa razão, mesmo um exercício moderado produz dificuldade respiratória e um som áspero e agudo a cada respiração.

O médico tenta descobrir a causa da paralisia. Uma endoscopia (exame direto do interior de um órgão com o auxílio de um tubo de visualização) da laringe, dos brônquios ou do esôfago pode ser realizada. Também pode ser necessária a realização de uma tomografia computadorizada (TC) da cabeça, do pescoço, do tórax e da glândula tireóide e de radiografias do esôfago.

Tratamento

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Para a paralisia unilateral, a injeção de Teflon na prega paralisada faz com que ela se aproxime mais da linha média, de modo que a outra prega vocal pode entrar em contato com ela e, conseqüentemente, ambas protegem a via aérea durante a deglutição e melhoram a fala. Na paralisia bilateral, é difícil manter a via aérea adequadamente aberta. O médico pode realizar uma traqueostomia (cirurgia para criar uma abertura na traquéia através do pescoço) para permitir que o ar chegue aos pulmões sem passar pelas pregas vocais. O orifício da traqueostomia pode ficar permanentemente aberto ou pode ser utilizado apenas durante infecções das vias aéreas superiores. A aritenoidectomia (cirurgia na qual as pregas vocais ficam separadas de forma permanente) amplia a via aérea, mas pode piorar a qualidade da voz.