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PARANÁ - diaadiaeducacao.pr.gov.br · Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo. Não o mime em demasia, rodeie-o de amor. Não o mande estudar, prepare-lhe

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PARANÁGOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

FICHA PARA CATÁLOGOPRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título Escola e família: Uma possível relação de ensino e aprendizagem

Autor MARIA DE LOURDES DE OLIVEIRA

Escola de Atuação Col.Estadual Pedro II- Ens. Fundamental, Médio e Profissional

Município da escola Umuarama

Núcleo Regional de Educação Umuarama

Orientador Profª. Drª. Terezinha Oliveira

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá

Disciplina/Área (entrada no PDE) Pedagogia

Produção Didático-pedagógica Material didático

Relação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

O assunto será inerente a todas as disciplinas .

Público Alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Pais de alunos – 5ª e 6ª séries ( tarde)

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

Colégio Estadual Pedro II – Ensino Fundamental, Médio e Profissional

Av Duque de Caxias, 5910 – Umuarama – Paraná

Apresentação:

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação

Este Projeto de intervenção pedagógica terá como tema a relação Escola e Família: Uma possível relação de ensino e aprendizagem terá como público alvo os pais de alunos das 5ª

deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

séries e 6ª séries do Ensino Fundamental, do período da tarde do Colégio Estadual Pedro II, do município de Umuarama .O objetivo é refletir sobre a realidade escolar enfocando a relação entre a participação da família e a aprendizagem. Assim, contribuir-se-á com reflexões que possam favorecer a participação dos pais junto ao ambiente escolar, com a intenção de gerar maior compromisso com a aprendizagem e o desenvolvimento escolar do seu filho. Entende-se que a participação dos pais poderá, também, interferir na ação do profissional da educação, pois existirá um vínculo maior entre aqueles que cuidam da educação da criança.

Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Ensino. Família. Instituição Escolar. Virtudes. Clássicos.

ESCOLA E FAMÍLIA:UMA POSSÍVEL RELAÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Material Didático

Produção Didático Pedagógica apresentada no Programa de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação do Paraná em parceria com a Universidade Estadual de Maringá

Professora PDE: Maria de Lourdes de OliveiraProfessora Orientadora: Profª. Drª. Terezinha Oliveira

UMUARAMA – PR2010

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOUNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOEDUCACIONAL - PDE

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO..............................................................................................3 2 REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE FAMÍLIA..........................................5 3 PARTICIPAÇÃO E INTERAÇÃO: UM DIREITO?.............................................8 4 EDUCAÇÃO EM CENA?................................................................................10 5 EDUCAÇÃO E DISCIPLINA: PARCEIROS OU ANTAGÔNICOS? ..............12 6 A IMPORTÂNCIA DA REGRA NO PROCESSO EDUCATIVO.......................15 7 VIRTUDES E HÁBITOS: OLHARES SOBRE A AMBIÊNCIA ESCOLAR.....20 8 CONCLUSÃO...................................................................................................23 9 REFERÊNCIAS................................................................................................25

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ESCOLA E FAMÍLIA: uma possível relação de ensino e aprendizagem

Autor: Maria de Lourdes de Oliveira1

Orientador: Terezinha Oliveira2

Mensagem à família

Na educação de nossos filhosTodo exagero é negativo.Responda-lhe, não o instrua.Proteja-o, não o cubra.Ajude-o, não o substitua.Abrigue-o, não o esconda.Ame-o, não o idolatre.Acompanhe-o, não o leve.Mostre-lhe o perigo, não o atemorize.Inclua-o, não o isole.Alimente suas esperanças, não as descarte.Não exija que seja o melhor, peça-lhe para ser bom e dê exemplo.Não o mime em demasia, rodeie-o de amor.Não o mande estudar, prepare-lhe um clima de estudo.Não fabrique um castelo para ele, vivam todos com naturalidade.Não lhe ensine a ser, seja você como quer que ele seja.Não lhe dedique a vida, vivam todos.Lembre-se de que seu filho não o escuta, ele o olha.E, finalmente, quando a gaiola do canário se quebrar, não compre outra...Ensina-lhe a viver sem portas.

Eugênia Puebla

1 APRESENTAÇÃO

O Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná – PDE é um Plano

Integrado de Formação Continuada oferecido pela Secretaria de Estado da

Educação, contemplando os professores paranaenses com estudos e troca de

experiências com os docentes das Universidades, e entre os colegas participantes

do programa.1 Pós-graduação em PEDAGOGIA ESCOLAR ( Sociedade Nacional de Educação, Ciência e

Tecnologia -SOET), Graduação em PEDAGOGIA ( Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Umuarama), Pedagoga do Colégio Estadual Pedro II de Umuarama – Paraná.

2 Doutorado em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos, Graduação em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, atua como professora da Universidade Estadual de Maringá.

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O aprofundamento de nossos conhecimentos torna-se possível, tendo em

vista as atividades realizadas durante o período do curso que são: Integração

teórico-práticas, teórico e didático-pedagógicas e formação tecnológica.

Este material didático é uma produção didático-pedagógica orientado pela

Professora Doutora Terezinha Oliveira da Universidade Estadual de Maringá, que

aborda conteúdos que objetivam o aprofundamento teórico/metodológico do trabalho

em questão.

O tema escolhido tem como objetivo refletir a realidade que é a percepção

dos profissionais da educação que atuam no Colégio Estadual Pedro II da ausência

de muitos pais diante da vida escolar de seus filhos, enfocando a relação entre a

participação da família e a aprendizagem e tem como intuito favorecer a participação

dos pais junto ao ambiente escolar.

A proposta visa gerar um maior compromisso com a aprendizagem e o

desenvolvimento escolar do filho (a), e com isso possa vir a interferir na ação do

profissional da escola, pois existirá um vínculo maior entre aqueles que cuidam da

educação da criança, como descreve Azevedo no texto: Desafios da Organização e

Gestão Escolar.

A família e a comunidade precisam encontrar aí um espaço para apresentar suas necessidades e desejos em relação á escola, bem como ouvir da escola suas necessidades e desejos em relação ao acompanhamento e envolvimento da família na vida escolar das crianças e adolescentes. É preciso ir definindo, no processo, responsabilidades de ambas as partes, a fim de se evitar a transferências de papéis ( AZEVEDO, 2007, p. 06).

Este material didático aborda temas que norteam os trabalhos, com o

objetivo de subsidiar discussões junto aos envolvidos neste projeto para que, ao

término das atividades, possam os pais e os profissionais da educação compreender

a importância desta interação: família e escola.

Assim, alguns objetivos serão propostos para a realização das atividades,

como:

• Oferecer um espaço para o diálogo entre os pais e os profissionais da

educação sobre temas que proporcione uma reflexão eficaz para a melhoria do

ensino e aprendizagem dos alunos;

• Propiciar uma articulação entre Família e Escola, para que pais e

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profissionais da educação percebam a importância da interação;

• Recuperar os princípios primordiais de convivência, a fim de estreitar

laços da família com a escola, e da família para com seus membros.

• Oportunizar, por meio das discussões, o discernimento do papel da

escola e da família, contribuindo desta forma com a formação de seres humanos

mais preparados intelectual e afetivo.

• Para esta intervenção foram selecionados alguns encaminhamentos

metodológicos:

• Análise de conteúdos contidos neste material didático, e em seguida

promover as discussões;

• Explicitar por meio de slides (datashow) as normas, regras contidas

nos documentos legais do Estabelecimento de Ensino em que será realizada a

intervenção.

• Proporcionar por meio de vídeos, recortes de filmes, músicas,

mensagens, documentários, uma reflexão sobre família e escola.

• Convite a Profissionais Específicos (Terapeuta Familiar e

Psicopedagogo) a fim de que os mesmos possam contribuir com assuntos

relacionados ao tema proposto.

Os encontros acontecerão quinzenalmente no período noturno. A

participação está desvinculada da obrigatoriedade, porém há que se incentivar a

participação dos pais, destacando a importância da contribuição de cada um para a

qualidade de ensino e aprendizagem de seu filho (a).

Ao final de cada encontro será feito uma avaliação informal, buscando saber

a opinião de cada participante para realimentar os encontros posteriores.

2 REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE FAMÍLIA

Inicio o tema reportando-me à obra de Friedrich Engels, publicada em 1884,

“A Origem da família, da Propriedade Privada e do Estado” na qual o autor retrata

desde o início dos tempos a análise materialista do desenvolvimento da civilização e

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classifica os tipos de família.

• Família Consanguínea: Sua característica era dada pelo casamento

entre irmãos e irmãs. A reprodução era por meio de relações carnais e colaterais,

no seio de um grupo. Foi considerada pelo antropólogo norte-americano Lewis H.

Morgan como a primeira e mais antiga forma de instituição familiar, onde os grupos

conjugais classificam-se por gerações. Para ele os avôs e avós, nos limites da

família, são maridos e mulheres entre si; o mesmo sucede com os filhos.

• Família Punaluana: São excluídas as relações carnais entre irmãos e

irmãs, criando então a categoria dos sobrinhos e sobrinhas, primos e primas , a

partir dai dá-se um tipo de matrimônio por grupos em comunidades comunistas. A

partir deste modelo de família, institui-se as gens, ou seja, um “ círculo fechado de

parentes consanguíneos por linha feminina, que não se pode casar uns com os

outros”.

• Família Sindiásmica: Nesta observa-se o matrimônio por pares, a

poligamia e a infidelidade é um direito dos homens. Exigi-se rigorosamente a

fidelidade das mulheres, sendo o adultério cruelmente castigado. No entanto, ainda

considera-se a linhagem feminina , garantindo o direito materno, em caso de

dissolução do vínculo conjugal. Para Engels, a família Sindiásmica é o estágio

evolutivo que permitirá o desenvolvimento da Família Monogâmica.

• Família Monogâmica: É a união de um só casal, com coabitação dos

cônjuges. Baseia-se no predomínio do homem. A finalidade expressa é procriar

filhos cuja paternidade seja indiscutível. Existe uma solidez maior dos laços

conjugais, porém é dado ao homem o direito de romper os laços e este da mesma

forma, tem o direito à infidelidade conjugal. A mulher para o homem não passa de

mãe de seus filhos legítimos, aquela que cuida da casa e vigia as escravas.

Para o autor , a monogamia foi a primeira forma de família que não surge por

condições naturais, mas sim econômicas, permanecendo a superioridade da

propriedade privada sobre a comum primitiva. A família para o autor progride

conforme o desenvolvimento da sociedade; modifica-se conforme as mudanças que

vão ocorrendo na sociedade.

Essa ideia ou conceito de família permanece na história e a encontramos em

OSÓRIO, em seu livro “Família Hoje”, onde o autor destaca o conceito operativo de

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família:

Família é uma unidade grupal onde se desenvolvem três tipos de relações pessoais – aliança (casal) filiação ( pais e filhos) e consanguinidade ( irmãos) – e que a partir dos objetivos genéricos de preservar a espécie, nutrir e proteger a descendência e fornecer-lhe condições para a aquisição de suas identidades pessoais desenvolveu através dos tempos funções diversificadas de transmissão de valores éticos, estéticos, religiosos e culturais (OSÓRIO, 1996, p.34).

Para o autor os formatos básicos da família são:

• Família Nuclear: (conjugal): é constituída pelo tripé pai-mãe-filhos

• Família Extensa: (consanguínea): é composta por outros membros que

tenham quaisquer laços de parentesco – avós, tios, etc.

• Família Abrangente: Inclui outras pessoas que não são parentes, mas

coabitam na mesma casa.

Segundo Kaloustian (1988), a família é o lugar indispensável para a garantia

da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros,

independentemente do arranjo familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a

família que propicia os aportes afetivos e sobretudo materiais necessários ao

desenvolvimento e bem-estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel

decisivo na educação formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os

valores éticos e humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade. É

também em seu interior que se constroem as marcas entre as gerações e são

observados valores culturais.

Atualmente diante dos desafios da sociedade contemporânea, muitos são os

modos de viver, de se relacionar, de estar inserido, no entanto, mesmo diante desta

diversidade de cultura, o papel da família é e sempre será importante. Como

membros de uma família, devemos ter a preocupação de nutrir, proteger e

influenciar uns aos outros com nossos bons exemplos. Temos valores diferentes e

maneiras únicas de realizar nossos sonhos. Possuímos uma rica herança cultural e

uma diversidade espiritual.

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3 PARTICIPAÇÃO E INTERAÇÃO: UM DIREITO?

Sendo entendido o papel da família como fonte de herança cultural, faz-se

necessário dar significado à sua participação, pois, a participação dos pais na vida

escolar de seus filhos (as), deve-se constituir primeiro como um direito para que

sejam atingidos resultados significativos de melhoria educacional. Como declara a

Constituição Federal, Art. 205.

A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, 1988, p. 66).

Esta mesma questão é tratada no Estatuto da Criança e do Adolescente,

C.IV, a.53, parágrafo único: “É direito dos pais ou responsável ter ciência do

processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas

educacionais.” (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE, 1990, p, 18).

PARO (2000) em seu livro “Qualidade do Ensino: a contribuição dos pais”,

faz entender que é preciso reconhecer não só direito de participação dos

responsáveis pelos educandos, mas a necessidade que a boa escola tem dessa

participação, e examinar as diversas formas da questão, apontando as perspectivas

de uma adesão ativa de pais ou responsáveis aos propósitos educativos, da

instituição escolar, no intuito de melhorar a aprendizagem.

Essa parceria deverá ser de forma saudável. Quando o assunto é

aprendizagem, o papel da escola é o de ensinar, e dos pais o de acompanhar.

Nesse sentido, os pais devem estimular o comportamento de estudante nos filhos,

tendo interesse para que eles aprendam, incentivando-os para a pesquisa e a

leitura.

Essa relação família e escola é fundamental para o processo de

aprendizagem, juntamente família e escola, favorecem a socialização, a afetividade

e o bem estar físico dos alunos. Faz-se necessário então a aproximação desses dois

contextos pois, tanto a família como a escola apresentam aspectos positivos e

negativos.

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Libâneo (2000, p. 22), afirma:

Educação é o conjunto de ações, processos, influências, estruturas que intervêm no desenvolvimento humano de indivíduos e grupo na relação ativa com o ambiente natural e social, num determinado contexto de relações entre grupos e classes sociais.

É importante que se faça uma análise do contexto familiar, saber o que

pensam os pais sobre o seu papel no processo de escolarização dos seus filhos. A

participação efetiva dos pais facilita a prática pedagógica dos professores. Sobre isto

descreve PARO (1997, p.47):

A participação democrática na escola pública sofre os efeitos dos condicionantes ideológicos, que são todas as concepções e crenças sedimentadas historicamente na personalidade de cada pessoa e que movem suas práticas e comportamentos no relacionamento com os outros. Assim para que haja a participação eficaz da comunidade na escola é preciso levar em conta o modo de pensar e agir das pessoas que aí atuam.

É de suma importância a participação dos pais para o aprendizado de seus

filhos, pois as crianças necessitam de ajuda para manter a disciplina exigida pelos

estudos. Nisso os pais contribuem ao estabelecer uma rotina que preserve o tempo

para o cumprimento da lição e revisão dos conteúdos dados em sala de aula, sendo

necessário um ambiente favorável para que os estudos sejam realizados de forma

tranquila. Mas para que a participação e o compromisso com a educação dos filhos

seja positiva e constante é preciso que os pais proporcionem aos filhos uma

formação aliada aos valores primordiais que formam uma pessoa, ao que

chamamos de preceitos virtuosos: a prudência, o amor, a justiça, a simplicidade, e a

humildade.

Destacamos a seguir, os direitos dos pais estabelecidos no Regimento

Escolar do Colégio Pedro II:

DOS DIREITOS DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS, CAPÍTULO IV, SEÇÃO I DO REGIMENTO ESCOLARArt. 187 - Aos pais ou responsáveis, além dos direitos outorgados por toda a legislação aplicável, têm ainda as seguintes prerrogativas:I.serem respeitados na condição de pais ou responsáveis, interessados no processo educacional desenvolvido no estabelecimento de ensino;II.participar das discussões da elaboração e implementação do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;III. sugerir, aos diversos setores do estabelecimento de ensino,ações que

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viabilizem melhor funcionamento das atividades;IV. ter conhecimento efetivo do Projeto Político-Pedagógico da escola e das disposições contidas neste Regimento;V.ser informado sobre o Sistema de Avaliação do estabelecimento de ensino;VI. ser informado, no decorrer do ano letivo, sobre a freqüência e rendimento escolar obtido pelo aluno;VII. ter acesso ao Calendário Escolar do estabelecimento de ensino;VIII. solicitar, no prazo de 72 horas, a partir da divulgação dos resultados, pedido de revisão de notas do aluno;IX. assegurar autonomia na definição dos seus representantes no Conselho Escolar;X. contestar critérios avaliativos, podendo recorrer àsinstâncias escolares superiores: Conselho Escolar e Núcleo Regional de Educação;XI. ter garantido o princípio constitucional de igualdade de condições para o acesso e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;XII. ter assegurado o direito de votar e/ou ser votado representante no Conselho Escolar e associações afins;XIII. participar de associações e/ou agremiações afins;XIV. representar e/ou ser representado, na condição de segmento, no Conselho Escolar.

4 EDUCAÇÃO EM CENA?

O Homem é a única criatura que precisa ser educada. Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação. Consequentemente, o homem é infante, educando e discípulo ( KANT, 2004,p.11).

Kant em seu livro “Sobre a Pedagogia” afirma que o homem não pode se

tornar verdadeiro homem senão pela educação. Ele é aquilo que a educação dele

faz, e que a educação requer cuidados e formação. Há de se formar o homem o

mais ágil e complexo de todos os animais.

Cumpre à educação este papel quando forma o indivíduo para o exercício

da cidadania e quando dá a ele condições para apropriação da cultura. Esse

processo vai se materializando na medida em que o indivíduo usufrui das coisas

terrenas e contribui para que outros também usufruam. Faz-se necessário então que

a educação seja dada logo cedo e a criança se habitue desde cedo aos princípios da

razão.

E essa responsabilidade em primeira instância deve ser dos pais como

descreve Comenius em seu livro “Didática Magna”: “(...) Ela cabe, naturalmente aos

pais, que, tendo sido autores da vida, devem ser autores também da vida intelectual,

moral e religiosa.” (COMENIUS, 1997, p. 83). Assim, como cuidamos das plantas,

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com os filhos deve-se ter o mesmo cuidado, eles não podem crescer

desregradamente, mas precisam de muita atenção e cuidados.

A escola tal como a família é um espaço de formação e deverá suscitar no

indivíduo as virtudes. Aristóteles descreve em seu livro “Ética a Nicômaco” que

existe duas espécies de virtudes: a intelectual e a moral. A virtude intelectual

necessita de disciplina para ter conhecimento ao ensino e a virtude moral será

adquirida em resultado do hábito, que é o exercício das exigências diárias.

Ao educar é preciso ir incutindo, proporcionando e incentivando às crianças

possibilidades de um futuro melhor, 'moldando' para pensar e saber os princípios

das coisas. A nosso ver a educação só se concretiza quando a pessoa tem

consciência do seu papel social, como sujeito e como assujeitado em um dado lócus

temporal e espacial.

Segundo Kant (2004) a educação é uma arte, cuja prática necessita ser

aperfeiçoada por várias gerações e é o maior e o mais árduo problema que pode ser

proposto aos homens. Os conhecimentos dependem da educação e esta, por sua

vez, depende daqueles. Por isso, a educação não poderia dar um passo à frente a

não ser pouco a pouco, e somente pode surgir um conceito de arte de educar na

medida em que cada geração transmite suas experiências e seus conhecimentos à

geração seguinte, a qual lhes acrescenta algo de seu e os transmite à geração que

lhe segue. Uma educação que não seja voltada ao presente, mas que tenha ante os

olhos o intuito de educar as crianças para um estado melhor, possível no futuro, isto

é, segundo a ideia de humanidade e da sua inteira destinação.

Ao educar uma criança é preciso cuidar na formação de seu caráter, levando

em consideração a veracidade e a sociabilidade. A veracidade é o traço principal e

essencial do caráter. É por meio de atitudes sinceras e verdadeiras que

demonstramos coragem e integridade. Quanto à sociabilidade, a criança precisa

manter com os outros relações de amizade e não viver isoladamente.

As crianças devem, assim preparar-se para o mais doce de todos os prazeres da vida. As crianças devem ser abertas e de olhar tão sereno como o sol. Só um coração contente é capaz de encontrar prazer no bem (KANT, 2004, p. 83).

Se quisermos consolidar o caráter moral da criança teremos que seguir

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alguns passos importantes. É preciso ensinar-lhes, da melhor maneira, por meio de

exemplos e com regras, os deveres a cumprir.

a) Deveres para consigo mesmas: conservar uma certa dignidade interior, a

qual faz do homem a criatura mais nobre de todas. É seu dever não renegar, na sua

própria pessoa essa dignidade da natureza humana;

b) Deveres para com os demais: deve-se inculcar desde cedo nas crianças

o respeito e atenção aos direitos humanos e procurar assiduamente que os ponha

em prática.

Na educação, segundo Kant, tudo depende de um elemento: que bons

princípios sejam estabelecidos, compreendidos e aceitos pelas crianças.

É necessário acostumar o jovem a se estimar absolutamente e não relativamente aos outros. A estima dos outros, em tudo aquilo que não constitui de fato o valor do ser humano, é vaidade. É preciso, além disso, ensinar ao adolescente a fazer tudo conscienciosamente, e a ter todo cuidado, não tanto em aparecer, mas em ser. Convém também orientar o jovem para a alegria e o bom humor. A alegria do coração deriva da consciência tranquila, da igualdade de humor (KANT, 2004 p. 106).

A educação é, na essência, o processo de socialização, que é a percepção de

nossas dificuldades, de nossos prazeres, de nossos vícios, devendo com isso

perceber estas mesmas necessidades no outro. Se para edificar cidades, fortalezas, monumentos, arsenais se gasta uma moeda de ouro, será preciso gastar cem para instruir bem um só jovem, para que, feito homem, possa guiar os outros no caminho da honestidade. Na verdade, o homem bom e sábio é a relíquia preciosa do Estado, pois nele há mais do que nos esplêndidos palácios, do que nas montanhas de ouro e prata, do que nas portas de bronze e nas fechaduras de ferro ( COMENIUS, 1997, p. 09).

5 EDUCAÇÃO E DISCIPLINA: PARCEIROS OU ANTAGÔNICOS?

Segundo Kant, a disciplina transforma a animalidade em humanidade. Um

animal é por seu próprio instinto tudo aquilo que pode ser. Mas o homem tem

necessidade de sua própria razão. Não tem instinto, e precisa formar por si mesmo o

projeto de sua conduta. Entretanto, por ele não ter a capacidade imediata de o

realizar, mas vir ao mundo em estado bruto, outros devem fazê-lo por ele. (KANT,

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2004, p. 12).

Para Kant é por meio da disciplina que a criança torna-se capaz de extrair

de si todas as qualidades naturais, abandonando assim a selvageria, pois segundo

as palavras de Kant: “A disciplina é o que impede ao homem de desviar-se de seu

destino, de desviar-se da humanidade através de suas inclinações animais.” (KANT,

2004, p. 12).

A educação tem o papel de disciplinar, ou seja impedir que a animalidade

prejudique o caráter humano, tanto no indivíduo como na sociedade, e por meio da

disciplina domar a selvageria. Consiste também em fazer com que o indivíduo torne-

se culto, pois a cultura abrange a instrução e vários conhecimentos. A educação

deve também cuidar para tornar o indivíduo prudente e zeloso pela moralidade. O

homem deve ser capaz de ter bom fins. “Bons são aqueles fins aprovados

necessariamente por todos e que podem ser, ao mesmo tempo, os fins de cada um.”

(KANT, 2004, p. 26).

Não é tarefa fácil educar com disciplina, talvez seja uma das maiores

dificuldades encontradas, conciliar submissão e liberdade. No livro “Didática Magna”,

Comenius afirma: “O homem é um animal bastante manso e divino se amansado por

uma verdadeira disciplina; se não receber disciplina alguma ou se receber uma

disciplina falsa, será o mais feroz dos animais que a terra pode produzir.”

(COMENIUS, 1997, p. 75).

Retornando a Kant, ele afirma que: “a falta de disciplina é um mal pior que

falta de cultura, pois esta pode ser remediada mais tarde, ao passo de que não se

pode abolir o estado selvagem e corrigir um defeito de disciplina.” (KANT, 2004, p.

16).

Assim, disciplina é algo que se aprende e é de suma importância para

facilitar a relação da gente com as coisas. O exemplo é um dos caminhos que deve

ser dado para uma efetiva disciplina, pois nós adultos cobramos muito sobre essa

questão com os mais jovens e as crianças, no entanto, nós também não a temos. A

palavra disciplina em sua origem tem a ver com discípulo, ou seja, é uma pessoa

que tem alguém como modelo e de certa forma aceita as condições estabelecidas

por essa pessoa para uma melhor convivência.

Não se deve transferir a culpa pela ausência de disciplina para a escola ou

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a família. Neste contexto, escola e família deverá ter e seguir regras que acentuem

mudanças no comportamento das crianças.

Devemos entender a disciplina como um fim e como meio. Ao obtê-la

estaremos desenvolvendo a concentração, responsabilidade, interesse, e isso vai

favorecendo nossa autonomia. Se não a possuímos, as coisas que propusermos

fazer não acontecerá no prazo determinado e também será feito de qualquer forma,

sem qualidade.

Podemos perceber numa criança disciplinada uma certa autodisciplina. É

aquela criança que faz a lição de casa sozinha, pois há a ausência ou negligência

de um adulto que possa colaborar. Desta forma essa autonomia é um grande

aprendizado pelo qual a criança desenvolve a disciplina.

É preciso saber disciplinar, fazer de forma empírica, com exemplos,

discussão, para que as crianças entendam as regras e as aceite, a fim de não se ter

controle repressivo, violento, pois com isso poderá obter ações contrárias como:

impotência, revolta , agressividade.

Segundo MENEZES (2005), os pais devem ser firmes nas atitudes perante

os filhos, educando-os para saber enfrentar oposição nas relações sociais.

Pais permissivos e comodistas abrem mão de regras e limites e nunca dizem não aos filhos. Para tudo dá-se um jeito, tudo é permitido para que o filho fique quieto, satisfeito e não incomode. Os filhos não têm resistência à frustração, o dia a dia tem de ser como eles querem. Definitivamente, não sabem enfrentar oposição. Evitar coisas assim, evitar o consumismo e fortalecer o comportamento ético, os bons hábitos, o autocuidado agora são atitudes vitais (MENEZES, 2005, P. 111).

É importante destacar que o estabelecimento de regras para o convívio

social não é algo novo nas relações sociais. Se retornarmos a história encontramos

esta inquietação na “Regra de São Bento”, traduzida por Dom João Evangelista

Enout. Nela está descrita um conjunto de preceitos destinados a regular a vivência

de uma comunidade monástica cristã, regida por um abade, que seria o monge, o

responsável pelos discípulos. Contempla-nos com uma importante colocação sobre

a postura de quem está à frente direcionando caminhos, a quem relacionamos neste

tema a figura do pai ou o responsável, o qual diz que este nada deve ensinar,

determinar ou ordenar, que seja contrário ao preceito do Senhor, e que sua ordem e

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ensinamento, como o fermento da divina justiça se espalhe na mente dos filhos,

apresentando sempre aos filhos coisas boas e santas, mais pelas ações do que

pelas palavras.

Ao seguirmos o seu exemplo devemos considerar o tratamento de maneira

igualitária, uma só disciplina, conforme o merecimento de cada um, que não seja

feita distinção de pessoas, que um não seja mais amado que o outro, procurando

sempre a temperança nas ocasiões, aos indisciplinados e inquietos deve-se educar

com firmeza e aos obedientes cuidar para que progridam sempre.

Lembrar ainda que aquele que está à frente será aquele a quem mais se

deverá confiar e de quem mais se exigirá. É árdua a tarefa que recebemos de estar

conduzindo pessoas ou seja, reger almas e servir aos temperamentos de muitos; a

este com carinho, aquele, porém, com repreensões, a outro com persuasão segundo

a maneira de ser ou a inteligência de cada um. Sabe-se no entanto, que muitas

vezes nos decepcionaremos , mas certamente se educarmos com firmeza, muito

nos alegraremos.

Diante disso é necessário que estejamos preparados para obediência dos

preceitos, e que em tudo que nossa natureza tiver menores possibilidades, que

roguemos ao Senhor a sua graça e o seu auxílio e que possamos dispor todas as

coisas com prudência e justiça.

6 A IMPORTÂNCIA DA REGRA NO PROCESSO EDUCATIVO

“Norma: É aquilo que se estabelece como orientação a ser seguida para se

fazer alguma coisa: modelo, padrão, regra. Aquilo que serve para disciplinar o

comportamento das pessoas: preceito, princípio.” (MATTOS, 1996, p. 377).

Como já dissemos anteriormente, para consolidarmos o caráter moral da

criança, faz-se necessária ensinar-lhes regras. As regras disciplinam uma

determinada situação. É preciso estabelecer regras na família e na escola, para que

a relação/interação do indivíduo para com seus membros torne-se equilibrada, tendo

em vista que regras ordenam as relações.

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Segundo Kant, a sujeição do educando pode ser positiva, enquanto deve

fazer aquilo que lhe é mandado, e negativa, enquanto ele deve fazer o que os outros

desejam. No primeiro caso, está sujeito a ser punido; no segundo, a não conseguir o

que deseja.

Na verdade, o constrangimento é necessário! preciso habituar o educando a suportar que a sua liberdade seja submetida ao constrangimento de outrem e que, ao mesmo tempo, dirija corretamente a sua liberdade. Sem essa condição, não haverá nele senão algo mecânico; e o homem, terminada a sua educação, não saberá usar sua liberdade. É necessário que ele sinta logo a inevitável resistência da sociedade, para que aprenda a conhecer o quanto é difícil bastar-se a si mesmo, tolerar as privações e adquirir o que é necessário para tornar-se independente (KANT, 2004, p. 33).

Normas e regras constituem-se um exercício necessário para se evitar

conflitos no ambiente familiar e no ambiente escolar. Estas quando estabelecidas a

contento só trazem benefícios, principalmente no ambiente escolar, pois a escola é

um espaço que propicia as relações humanas, permite as crianças e aos jovens

conviverem com as diferenças, aprender a respeitar os companheiros, compartilhar,

aceitar perdas e lidar com hierarquias. Deve haver regras para tudo aquilo que pode

cultivar o entendimento.

Assim, descrevemos abaixo os deveres e proibições dos pais estabelecidos

no Regimento Escolar do Colégio Estadual Pedro II:

DOS DEVERES E PROIBIÇÕES DOS PAIS OU RESPONSÁVEIS, CAPÍTULO IV, SEÇÃO II E III, DO REGIMENTO ESCOLAR;DEVERES:Art. 188 - Aos pais ou responsáveis, além de outras atribuições legais, compete:I. matricular o aluno no estabelecimento de ensino, de acordo com a legislação vigente;II. acompanhar se o estabelecimento de ensino está cumprindo a sua função;III. manter relações cooperativas no âmbito escolar;IV. assumir junto à escola ações de co-responsabilidade que assegurem a formação educativa do aluno;V. propiciar condições para o comparecimento e a permanência do aluno no estabelecimento de ensino;VI. respeitar os horários estabelecidos pelo estabelecimento de ensino para o bom andamento das atividades escolares;VII. requerer transferência quando responsável pelo aluno menor;VIII. identificar-se na secretaria do estabelecimento de ensino, para que seja encaminhado ao setor competente, o qual tomará as devidas providências;IX. comparecer às reuniões e demais convocações do setor pedagógico e administrativo da escola, sempre que se fizer necessário;

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X. comparecer às reuniões do Conselho Escolar de que, por força do Regimento Escolar, for membro inerente;XI. acompanhar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qualé responsável;XII. encaminhar e acompanhar o aluno pelo qual é responsável aos atendimentos especializados solicitados pela escola e ofertados pelas instituições públicas;XIII. respeitar e fazer cumprir as decisões tomadas nas assembléias de pais ou responsáveis para as quais for convocado;XIV. cumprir as disposições do Regimento Escolar, no que lhe couber.Art. 189 - Orientar o aluno sob a sua responsabilidade quanto aos hábitos de higiene e cuidados na conservação tanto das instalações escolares como do material escolar.

PROIBIÇÕES:

Art. 190 - Aos pais ou responsáveis é vedado:I. tomar decisões individuais que venham a prejudicar o desenvolvimento escolar do aluno pelo qual é responsável, no âmbito do estabelecimento de ensino;II. interferir no trabalho dos docentes, entrando em sala de aula sem a permissão do setor competente;III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;IV. desrespeitar qualquer integrante da comunidade escolar, inclusive o aluno pelo qual é responsável, discriminando-o, usando de violência simbólica, agredindo-o fisicamente e/ou verbalmente, no ambiente escolar;V. expor o aluno pelo qual é responsável, funcionário, professor ou qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras;VI. divulgar, por qualquer meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou indiretamente o nome do estabelecimento de ensino, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;VII. promover excursões, jogos, coletas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, em nome do estabelecimento de ensino sem a prévia autorização da direção;VIII. comparecer a reuniões ou eventos da escola embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;IX. fumar nas salas do estabelecimento de ensino, sendo permitido, apenas, em área destinada a este fim, isolada adequadamente e com arejamento suficiente.Art. 191 - Os fatos ocorridos em desacordo com o disposto no Regimento Escolar serão apurados, ouvindo-se os envolvidos e registrando-se em Ata, com as respectivas assinaturas.Parágrafo Único - Nos casos de recusa de assinatura do registro, por parte da pessoa envolvida, o mesmo será validado por assinaturas de testemunhas.

Tendo o entendimento dos deveres e das proibições do pais ou

responsáveis, destacamos abaixo os deveres , proibições e das ações educativas,

pedagógicas e disciplinares dos alunos, que estão contidos no Capítulo III, Seção II,

III e IV do Regimento Escolar do Colégio Pedro II.

DOS DEVERES:

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Art. 183 - São deveres dos alunos:I. manter e promover relações de cooperação no ambienteescolar;II. realizar as tarefas escolares definidas pelos docentes;III. atender às determinações dos diversos setores do estabelecimento de ensino, nos respectivos âmbitos de competência;IV. participar de todas as atividades curriculares programadase desenvolvidas pelo estabelecimento de ensino;V. comparecer às reuniões do Conselho Escolar, quando membro representante do seu segmento;VI. cooperar na manutenção da higiene e na conservação das instalações escolares;VII. compensar, junto com os pais, os prejuízos que vier a causar ao patrimônio da escola, quando comprovada a sua autoria;VIII. cumprir as ações disciplinares do estabelecimento deensino;IX. providenciar e dispor, sempre que possível, do material solicitado e necessário ao desenvolvimento das atividades escolares;X. apresentar-se às aulas e outras atividades uniformizados deacordo coma s condições estabelecidas pelo estabelecimento;XI. tratar com respeito e sem discriminação professores, funcionários e colegas;XII. comunicar aos pais ou responsáveis sobre reuniões, convocações e avisos gerais, sempre que lhe for solicitado;XIII. comparecer pontualmente a aulas e demais atividades escolares;XIV. manter-se em sala durante o período das aulas;XV. cumprir rigorosamente as adaptações e progressõesparciais que estiver sujeito antes do resultado final da avaliação do rendimento escolar;XVI. apresentar os trabalhos e tarefas nas datas previstas;XVII. comunicar qualquer irregularidade de que tiver conhecimento ao setor competente;XVIII. apresentar justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, para poder entrar após o horário de início das aulas;XIX. apresentar atestado médico e/ou justificativa dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, em caso de falta às aulas;XX. responsabilizar-se pelo zelo e devolução dos livros didáticos recebidos e os pertencentes à biblioteca escolar;XXI. observar os critérios estabelecidos na organização do horário semanal, deslocando-se para as atividades e locais determinados, dentro do prazo estabelecido para o seu deslocamento;XXII. respeitar o professor em sala de aula, observando as normas e critérios estabelecidos;XXIII. cumprir as disposições do Regimento Escolar no que lhe couber.

DAS PROIBIÇÕESArt. 184 - Ao aluno é vedado:I. tomar atitudes que venham a prejudicar o processo pedagógico e o andamento das atividades escolares;II. ocupar-se, durante o período de aula, de atividades contrárias ao processo pedagógico;III. retirar e utilizar, sem a devida permissão do órgão competente, qualquer documento ou material pertencente ao estabelecimento de ensino;IV. trazer para o estabelecimento de ensino material de natureza estranha ao estudo;V. ausentar-se do estabelecimento de ensino sem prévia autorização do órgão competente;VI. receber, durante o período de aula, sem a prévia autorização do órgão competente, pessoas estranhas ao funcionamento do estabelecimento de

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ensino;VII. discriminar, usar de violência simbólica, agredir fisicamente e/ou verbalmente colegas, professores e demais funcionários do estabelecimento de ensino;VIII. expor colegas, funcionários, professores ou qualquer pessoa da comunidade a situações constrangedoras;IX. entrar e sair da sala durante a aula, sem a prévia autorização do respectivo professor;X. consumir ou manusear qualquer tipo de drogas nas dependências do estabelecimento de ensino;XI. fumar nas dependências do estabelecimento de ensino;XII. comparecer às aulas embriagado ou com sintomas de ingestão e/ou uso de substâncias químicas tóxicas;XIII. comportar-se de modo voluptuoso ou obsceno com namorado(a) ou colega nas dependências do estabelecimento ou em frente os portões de entrada do Colégio;XIV. utilizar-se de aparelhos eletrônicos, (celulares, MP3, 4, 5, 6 e 7) na sala de aula, que não estejam vinculados ao processo ensino e aprendizagem;XV. fazer-se acompanhar de elementos estranhos ao estabelecimento, em suas dependências internas ou externas e/ou trazer crianças, parentes e amigos para permanência em sala de aula;XVI. o uso do corretivo no estabelecimento;XVII. danificar os bens patrimoniais do estabelecimento de ensino ou pertences de seus colegas, funcionários e professores;XVIII. portar armas brancas ou de fogo e/ou instrumentos que possam colocar em risco a segurança das pessoas;XIX. portar material que represente perigo para sua integridade moral, física ou de outrem;XX. divulgar, por qualquer meio de publicidade, ações que envolvam direta ou indiretamente o nome da escola, sem prévia autorização da direção e/ou do Conselho Escolar;XXI. promover excursões, jogos, coletas, rifas, lista de pedidos, vendas ou campanhas de qualquer natureza, no ambiente escolar, sem a prévia autorização da direção.

DAS AÇÕES EDUCATIVAS, PEDAGÓGICAS E DISCIPLINARES

Art. 185 - O aluno que deixar de cumprir ou transgredir de alguma forma as disposições contidas no Regimento Escolar ficará sujeito às seguintes ações:I. orientação disciplinar com ações pedagógicas dos professores, equipe pedagógica e direção;II. registro dos fatos ocorridos envolvendo o aluno, com assinatura;III. comunicado por escrito, com ciência e assinatura dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente;IV. encaminhamento a projetos de ações educativas;V. convocação dos pais ou responsáveis, quando criança ou adolescente, com registro e assinatura, e/ou termo de compromisso;VI. esgotadas as possibilidades no âmbito do estabelecimento de ensino, inclusive do Conselho Escolar, será encaminhado ao Conselho Tutelar, quando criança ou adolescente, para a tomada de providências cabíveis.Parágrafo Único – As penalidades serão aplicadas segundo agravidade da falta, sendo que, em função da gravidade, o aluno infrator poderá sofrer da primeira vez qualquer uma das penalidades.Art. 186 - Todas as ações disciplinares previstas no Regimento Escolar serão devidamente registradas em Ata e apresentadas aos responsáveis e demais órgãos competentes para ciência das ações tomadas

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7 VIRTUDES E HÁBITOS: OLHARES SOBRE A AMBIÊNCIA ESCOLAR

“Quanto a virtude, não basta conhecê-la, devemos tentar possuí-la e colocá-

la em prática”. (ARISTÓTELES)

Conceito de Virtude: É uma disposição estável em ordem a praticar o bem;

revela mais do que uma simples potencialidade ou uma aptidão para determinada

ação boa: trata-se de uma verdadeira inclinação. São todos os hábitos constantes

que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, seja em

nível pessoal ou coletivo.

Retornamos a falar sobre os preceitos virtuosos, que são: a prudência, o

amor, a justiça, a simplicidade e a humildade. Sendo que esses valores devem

primeiramente serem transmitidos aos filhos pelos seus pais. Em seu livro “Didática

Magna”, Comenius, afirma:

Por que os preceitos virtuosos são tão raramente transmitidos? Poucos são os pais que podem ensinar algo de bom aos filhos, seja porque eles mesmos nada aprenderam, seja porque, absorvidos por outros compromissos, negligenciam esses deveres ( COMENIUS, 1997, p. 32).

Esses preceitos devem ser construídos no seio da família, porém percebe-

se que em muitos lares isso não acontece e quando acontece, perdem-se ao longo

do caminho.

Mas como ser uma pessoa virtuosa? A virtude segundo Aristóteles é

incompleta, pois uma pessoa que leva a vida toda sem muitas ações , com

sofrimentos e infortúnios, como poderá se tornar virtuosa? Os homens virtuosos

dedicam o seu dia a dia com ações de grande nobreza. Não é na passividade e sim

na atividade que elevamos nossa alma, que desenvolvemos nosso caráter. Na

excelência de nossas ações é que nos tornamos pessoas felizes, sendo pelo nosso

bem agir e pelo bem viver.

Todavia, percebemos que o que constitui a felicidade são as atividades

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virtuosas, sendo a virtude humana não a do corpo, mas a da alma e essas virtudes

se realizam pelo uso da razão intelectiva.

Não é, portanto, nem por natureza nem contrariamente à natureza que as virtudes se geram em nós; antes devemos dizer que a natureza nos dá a capacidade de recebê-las, e tal capacidade se aperfeiçoa com o hábito (ARISTÓTELES, 2001, p. 40).

As coisas que temos que aprender a fazer, devemos aprendê-las fazendo e

atentar para a qualidade dos atos que praticamos e nos habituarmos desde a

infância. Para Aristóteles nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência,

então, não é um modo de agir, mas um hábito. Ele caracteriza as virtudes como

intelectual e moral. A intelectual é a sabedoria filosófica, a sabedoria moral responde

aos atos humanos que se realizam no cotidiano.

Segundo Aristóteles hábito é a disposição permanente do ânimo para o

bem. As virtudes não são hábito do intelecto, mas da vontade. Para Aristóteles não

existem virtudes inatas, mas todos se adquirem pela repetição dos atos, que gera o

costume.

Já no pensamento Kantiano, a criança precisa desde cedo saber diferenciar

o bem do mal. Ele fala de uma cultura moral.

Deve-se procurar desde cedo inculcar nas crianças, mediante a cultura moral, a ideia do que é bom ou mal. Se se quer fundar a moralidade, não se deve punir. A moralidade é algo tão santo e sublime que não se deve rebaixá-la, nem igualá-la à disciplina. O primeiro esforço da cultura moral é lançar fundamentos da formação do caráter. O caráter consiste no hábito de agir segundo certas máximas ( KANT, 2004, p. 76).

Ao ressaltar sobre a virtude Aristóteles nos descreve que algumas virtudes

são intelectuais e outras morais. Intelectuais: A sabedoria filosófica, a compreensão

e a sabedoria prática. E que as morais são: a liberalidade e a temperança. E que

existe duas espécies de virtude: a intelectual e a moral. A primeira gera-se e cresce

graças ao ensino, e a segunda é adquirida em resultado ao hábito.

Quanto a questão da temperança e a coragem, deve-se ter equilíbrio

perante as duas, pois não se pode ter medo de tudo e não enfrentar nada, ou por

outro lado, não temer a nada e enfrentar tudo , ambas atitudes para o filósofo são

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destruídas pelo excesso e pela deficiência.

Ainda sobre virtude Aristóteles descreve que a virtude e o vício se

relacionam e que existe três objetos de escolha e três de rejeição: O nobre, o

vantajoso e o agradável, e o contrário disso: o vil, o prejudicial e o doloroso, e que o

homem ao deparar-se com esses objetos tende a agir certo ou errado,

principalmente em relação ao prazer. Diante disso é preciso ter o meio-termo em

nossas ações , pois tendo atitudes equilibradas chegaremos ao que é certo.

Em se tratando de virtudes reporto-me também ao filósofo Platão em sua obra

“A República” onde Sócrates descreve que uma cidade perfeita deve possuir

virtudes, pois estas formam uma 'sinfonia', ou seja, a sabedoria que é a virtude dos

que governam, depois a coragem que é a virtude dos guerreiros. Em seguida a

temperança, sendo para ele a virtude de toda a cidade, e não de uma classe

específica; consiste na ordenação, do domínio diante dos excessos, e que assim por

meio da concórdia, e da harmonia entre os que parecem ser melhores ou piores, se

saberá quem deve comandar, quer na cidade, quer num indivíduo e, por último, está

a mais importante das virtudes e causa das demais que é a justiça. Nesta consiste

em que cada um realize a função para a qual a sua natureza for mais adequada,

onde cada homem deve atender a uma coisa só, ou seja, aquilo que a sua natureza

estiver mais dotada. A justiça para Sócrates tem esse princípio de que cada qual

faça o que lhe compete, sendo esta a causa primeira e condição de existência de

todas as outras virtudes.

Destacamos abaixo os preceitos virtuosos, que Comenius descreve como

primordiais:

• Prudência: A palavra deriva de prudencia (expressão francesa do final

do século 13) do latim prudentia ( que significa previsão) frequentemente é

associada a sabedoria, introspecção e conhecimento. Ter prudência é saber pensar

e repensar sobre as coisas importantes de nossa vida. A pessoa prudente faz o que

pode, e nunca busca fazer o que não consegue. Só é prudente quem conhece a si

mesmo, sabe do que é capaz, conhece seus limites.

• Amor: Amor tem o significado de afeição, compaixão, misericórdia,

entre tantos outros. O conceito mais popular envolve, de um modo geral, a formação

de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de

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receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e

psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. É tido por muitos

como a maior de todas as conquistas do ser.

• Justiça: Termo que se usa para fazer valer a igualdade entre todos,

sem discriminação. Justo é aquilo que é adequado, correto. A ideia de justiça, pode

ser definida como um conjunto de valores, éticos e morais, que atribui de forma

igualitária, a cada um o que lhe pertence. Se atuarmos de forma justa, facilmente

chegaremos ao bem comum.

• Simplicidade: Forma simples e natural de ser, despretensioso,

modesto. A pessoa que é simples , resolve as coisas com mais facilidade, sem

complicá-las. A pessoa que é simples e sem rodeios no seu comportamento revela

aquilo que sente e pensa de forma natural. O seu caráter e suas ações não deixam

dúvidas quanto à suas intenções.

• Humildade: Deve ser definida como um hábito de mente e coração. O

homem deve viver sob a influência de um espírito humilde, prevenir-se de

comportamentos arrogantes e insolentes. A humildade dispõe uma pessoa a um

comportamento condescendente de mansidão, tendo um caráter de cortesia e

afabilidade. É preciso comportar-nos como instrumentos de unidade, procurar

respeitar o direito de cada pessoa, saber conviver com as diferenças, desculpar-se

diante de nossas fraquezas.

8 CONCLUSÃO

Educar os jovens com sabedoria significa, ademais, prover a que sua alma seja preservada da corrupção do mundo; favorecer – para que germinem com grande eficácia – as sementes de honestidade que neles se encontram, por meio de ensinamentos e exemplos castos e assíduos; enfim, infundir nas mentes o verdadeiro conhecimento de Deus, de si mesmos e das várias coisas, a fim de que se habituem a ver a luz na luz de Deus, e a amar e venerar o Pai de todas as luzes acima de todas as coisas ( COMENIUS, 1997, p. 30).

Após considerarmos os aspectos essenciais das virtudes humanas

observamos ser fundamental o estabelecimento de Regras e Disciplina. Observa-se

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que a escola e a família são as duas instituições responsáveis pelo ensino e prática

de atitudes virtuosas.

Nesse sentido, os profissionais da educação, e os pais, precisam repensar a

prática cotidiana, no sentido de questionar, analisar, refletir e, para que assim

retomem e direcionem novos caminhos, facilitando as relações interpessoais, bem

como comprometendo-se com o percurso educacional das crianças e dos

adolescentes. Precisamos ser vigilantes, quer seja em nossos atos ou para com os

atos de nossos filhos (as). Atentar para a construção permanente de ações que

elevem as relações humanas, que deem espaço para o diálogo, para o pleno

exercício da cidadania.

Para a compreensão do tema torna-se necessário lembrar aos pais a

importância de sua participação e os direitos e deveres que os mesmo tem perante a

instituição escolar, visando um melhor entendimento do seu comprometimento

quanto ao acompanhamento da vida escolar de seu filho (a). Relevante também é

poder destacar os preceitos virtuosos, os quais nos remetem ao conhecimento e a

valorização que se deve ter do outro e de nós mesmos, fortalecendo nossas

decisões e estabelecendo prioridades diante dos caminhos que queremos para

nossos filhos (a), para nós mesmos e para a comunidade escolar.

Abordamos esse assunto no intuito de poder colaborar com os pais,

fazendo-os entender que a escola necessita de sua participação como sujeito

responsável pelo aluno. A escola faz sua parte, tem suas limitações, mas se a

família colaborar , dentro também de suas limitações naquilo que lhe compete,

haverá uma notável melhoria.

É importante que a criança e o adolescente percebam que estão sendo

acompanhados, que sintam apoiados em suas ações e que inseridos nesta

sociedade, saibam da necessidade que se tem em respeitar os outros e serem

respeitados.

Eu jamais consegui ensinar as lições que achei importante a meus filhos, mas eu os vi fazendo tudo o que eles me viram fazer”( ABRAHAM SHAPIRO)

Retornando a Kant, ele afirma que uma geração educa a outra e é o adulto

que exerce essa função diante das crianças e dos jovens, por isso deve-se ficar

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atento aos exemplos. O exemplo tem enorme eficácia, ele fortifica ou destrói os bons

preceitos.

9 REFERÊNCIAS

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Martin Claret , 2001. AZEVEDO, N. P. Desafios da Organização e Gestão Escolar. Disponível em:<http://www.mp.go.gov.br/portalweb/1;jsessionid=87433CA4350078413FFBE432B1C86FA3> Acesso em 12 dez 2010.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988. BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069, de julho de 1990. COMENIUS. Didática Magna. São Paulo: Martins Fontes ,1997. ENGELS, Friedrich. A origem da família, da Propriedade Privada e do Estado. 13 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995.

ENOUT, Dom João Evangelista tradução e Notas de, Regra do Glorioso Patriarca São Bento, Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro. Disponível em <http://www.osb.org.br/regra.html> Acesso em 01 ago de 2011.

KALOUSTIAN, S.M. (org.) Família Brasileira, a Base de Tudo. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNICEF, 1988.

KANT. Sobre a Pedagogia. São Paulo: Editora UNIMEP, 2004. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, Para quê?. 3 ed. São Paulo: Cortez, 2000.

MATTOS, Geraldo. Dicionário júnior da Língua Portuguesa. São Paulo: FTD,

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1996.

MENEZES, Maria Silvia C. Prevenção com amor exigente. São Paulo: Edições Loyola, 2005. OSÓRIO, L. C. Família hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. PARO, Vitor Henrique. Qualidade do Ensino: A contribuição dos pais. São Paulo: Xama, 2000. PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da Escola Pública. São Paulo: Editora Ática,1997.

PLATÃO, A República. 1ª ed. São Paulo: Editora Best Seller. 2002.

SOIFER, Raquel. Piscodinamismos da Família com Crianças. Terapia Familiar com Técnica de Jogo. 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1983.