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Universidade Federal da Bahia Instituto de Ciências da Saúde Departamento de Ciências da Biointeração Curso: Biotecnologia Disciplina: Parasitologia Aplicada a Biotecnologia – ICS 015 Docente: Prof. Adriano Monte Alegre e Profª Luciana Aragão Cryptosporidium sp Hendor Neves Marcos Bernardo Janlesi Borges

Parasitologia - Cryptosporidium

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Page 1: Parasitologia - Cryptosporidium

Universidade Federal da BahiaInstituto de Ciências da Saúde

Departamento de Ciências da BiointeraçãoCurso: Biotecnologia

Disciplina: Parasitologia Aplicada a Biotecnologia – ICS 015Docente: Prof. Adriano Monte Alegre e Profª Luciana Aragão

Cryptosporidium sp

Hendor NevesMarcos BernardoJanlesi Borges

Salvador/2011

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Introdução

Cryptosporidium foi criado em 1907 ,por tezzer para designar um pequeno

coccídio ,encontrado nas galndulâs gástricas de camundongo ,que recebeu o

nome especifico de C.muris. Posteriormente .em 1911 o mesmo autor

encontrou outra espécie ,menor do que a primeira .localizada no intestino

delgado de camundongo .e a descreveu como C.parvum. Outras espécies

foram descritas de vários animais e homem, mas estudo sobre biologia e a

baixa especificidade que este coccídio apresenta em relação aos hospedeiros

levaram a maioria dos pesquisadores a considerá-las como sinônimos de

C.muirs e C parvum. Recentemente ,o uso de técnicas moleculares ,como

Reação em Cadeia da polimerase foi possível demonstrar que o

cryptosporidium sp são espécies geneticamente complexas composta de

populações morfologicamente indistinguíveis ,porém com grande diversidade

genética que o pode caracteriza-lá.

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Parasitismo por Cryptosporidium sp.

Os protozoários do gênero Cryptosporidium são parasitas intracelulares

obrigatórios que pertencem ao filo Apicomplexa, capazes de parasitar as

microvilosidades das células epiteliais do trato gastrintestinal de hospedeiros

vertebrados. O protozoário causa danos aos microvilos das células da

superfície da mucosa intestinal, com conseqüentes danos na eficiência da

absorção dos nutrientes, podendo ocasionar quadro clínico de diarréia.

O gênero Cryptosporidium tem sido descrito em várias espécies de animais,

incluindo humanos. Muitas espécies não possuem especificidade

por hospedeiros e a transmissão entre eles pode ocorrer facilmente. Os

oocistos de Cryptosporidium spp variam em tamanho, apresentam-se de

conformação esférica, possuindo estruturas internas de difícil visualização a

microscopia óptica, com pouca ou nenhuma diferença morfométrica capaz de

distinguir as inúmeras espécies do gênero que são infectantes para os animais

e para o homem. A presença de oocistos deste coccídeo no ambiente faz

sugere que humanos e animais podem adquirir a infecção através de diversas

rotas de transmissão Em crianças e idosos, especialmente em creches, a

transmissão antroponótica provavelmente desenvolve o papel principal na

disseminação da infecção.Em áreas rurais, as infecções zoonóticas, via contato

direto com animais de fazenda, têm sido muitas vezes descritas, mas a

importância relativa desse tipo de transmissão não está inteiramente

esclarecida.O ciclo de vida de Cryptosporidium spp. envolve uma fase

assexuada e outra sexuada, com a formação de oocistos infectantes que são

lançados no ambiente através das fezes, o ciclo de vida de Cryptosporidium

inicia-se após a ingestão do oocisto esporulado pelo hospedeiro (A). No

intestino, os esporozoítos são liberados dos oocistos e infectam as células

epiteliais da mucosa intestinal (B). Células epiteliais do pulmão também podem

ser infectadas. Os esporozoítos então se diferenciam em trofozoítos (C), que

se diferenciam por sua vez em merontes tipo I (D). Merozoítos produzidos por

merontes do tipo I são liberados da célula do hospedeiro e podem infectar

novas células, inicializando um novo ciclo de reprodução assexuada (E). Esses

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merozoítos podem iniciar a reprodução sexuada pela diferenciação em

trofozóitos ou iniciar o ciclo sexual pela diferenciação em merontes do tipo II

(F). Os merozoítos originados dos meronte do tipo II irão resultar em um

microgamonte masculino (G) e um macrogamonte feminino (H). Os

microgamontes liberam microgametas que irão fundir-se aos macrogamontes

realizando a reprodução sexuada (I). Os oocistos são produzidos após

reprodução sexuada. Dois tipos de oocistos podem ser produzidos: oocistos de

camada delgada (J), que são as formas infectantes encontradas no ambiente; e

oocistos de camada fina (K) que são capazes de causar auto-infecção no

hospedeiro.

www.monografias.com/trabajos65/actualizacion-cryptosporidium/actualizacion-cryptosporidium_image003.jpg

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Artigo

Detecção de Cryptosporidium meleagridis em amostras fecais de pacientes HIV positivos no Brasil.

O artigo faz uma comparação entre testes moleculares e o teste parasitológico tradicional para a detecção de Cryptosporidium sp ampliando o conhecimento a cerca da detecção e distribuição do parasito.

O objetivo do estudo foi realizar a identificação genotípica de isolados de Cryptosporidium sp, obtidos a partir de pacientes HIV positivos a partir da técnica de Nested-PCR.

Dentre as diversas técnicas de PCR, foi escolhida a técnica de Nested-PCR , pois tem uma alta sensibilidade e especificidade. Ela se diferencia das demais técnicas por utilizar dois pares de primers, onde a primeira amplificação será mais abrangente, amplificando uma região muito maior que a seqüência desejada, já na segunda amplificação será da real seqüência-alvo.

Metodologia

As amostras coletadas de 29 portadores de HIV e com AIDS. As 29 amostras foram submetidas ao teste parasitológico com a técnica de coloração de Kinyoun concentradas pelo método de formol-éter. Os resultados positivos do teste parasitológico foram submetidas ao teste de ELISA para a detecção de coproantígenos. Por fim todas as 29 amostras foram submetidas à amplificação do DNA pelo Nested-PCR após a extração e purificação. Serão escolhido cinco amplificados de amostras com resultados positivo para Cryptosporidium sp para a caracterização genotípica utilizando a endonuclease Rsal para analise do segmento do gene COWP.

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Resultados

Os resultados obtidos foram:

Coloração Kinyoun Elisa Nested-PCR

15/29 13/15 16/29

Das 29 amostras o teste parasitológico 15 foram positivos que foram submetidas ao teste de ELISA em que 13 foram positivas. No teste de Nested-PCR 16 foram positivas e delas 5 foram escolhidas aleatoriamente para a caracterização genotípica. Em uma comparação entre o teste parasitológico por coloração e o teste de amplificação de DNA 5 resultados foram discordante. Na caracterização genotípica foram detectados dois Cryptosporidium homini, um Cryptosporidium parvum e dois Cryptosporidium meleagridis

Perfil eletroforético de produtos amplificados por Nested-PCR e digeridos com a enzima RsaI, obtidos a partir de isolados de Cryptosporidium spp detectados em cinco amostras oriundas de Sorocaba, SP.(1) Ladder 100 pb; (2) produto amplificado não digerido;(3,5) C. meleagridis (Cm); (4,7) C. hominis (Ch);(6) C. parvum (Cp).

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Discussão e Conclusão

Os resultados não mostraram uma discrepância relevante, mas o fato de 5 resultados entre o teste parasitológico e de Nested-PCR mostra que os métodos de concentração não tenham sido eficazes. Os resultados com o teste de ELISA não foram surpreendente, pois falhou em 2 resultados já confirmados como positivo.

A detecção de dois Cryptosporidium meleagridis de cinco amostras na caracterização genotípica é relevante, pois é uma espécies que naturalmente infecta aves, é o primeiro relato no Brasil, mas já houve relatos dessa espécie no mundo.

A utilização de técnicas moleculares nos permite a caracterização genotípica e assim conhecer a distribuição geográfica desse parasita que é necessária pois o Cryptosporidium acomete humanos e animais e espécies q antes se pensava que só infectava animais agora se sabe que elas podem infectar humanos graça as técnicas moleculares como PCR.

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Referencias

• JULIA, A.; ARAÚJO, S.; PAULO, S. Detecção de Cryptosporidium meleagridis em amostras fecais de pacientes HIV positivos no Brasil Detection of Cryptosporidium meleagridis in fecal samples of HIV-infected patients from Brazil. Science, v. 9, n. 2, p. 38-40, 2007.

• http://www2.ucg.br/cbb/professores/19/Enfermagem/Cryptosporidiumparvum.pdf - Acessado em 01/06/2011