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Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 1 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Governo de Mato Grosso
Auditoria Geral do Estado
BALANÇO GERAL DO ESTADO
PARECER TÉCNICO CONCLUSIVO DE CONTROLE INTERNO
CONTAS DE GOVERNO
VOLUME V
EXERCÍCIO 2010
ABRIL DE 2011.
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 2 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Estado de Mato Grosso
Auditoria Geral do Estado
SILVAL DA CUNHA BARBOSA Governador do Estado
JOSÉ ALVES PEREIRA FILHO Secretário-Auditor Geral do Estado
EMERSON HIDEKI HAYASHIDA Secretário Adjunto de Auditoria
CRISTIANE LAURA DE SOUZA Secretária Adjunta de Corregedoria Geral
EDILENE LIMA GOMES DE ALMEIDA Secretária Adjunta de Ouvidoria Geral
ALYSSON SANDER DE SOUZA Superintendente de Auditoria
GERALDA MARIA CARVALHO DE SOUSA Superintendente de Desenvolvimento dos Subsistemas de Controle
LAURA CRISTINA CORREA ALMEIDA Assessora Técnica
MÔNICA CRISTINA DOS ANJOS ACENDINO Assessora Técnica
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 3 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1. Evolução da Receita Tributária projetada em relação à realizada no período
2007 a 2010 ....................................................................................................................... 32
Gráfico 2. Percentual de Realização das Medidas dos Projetos/Atividades vinculados ao
Programa de da Receita Pública (236), no período de jan a dez de 2010 ........................ 33
Gráfico 3. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Realização de ativos – jan a
dez/2010............................................................................................................................ 34
Gráfico 4. Percentual de Realização das medidas da Ação – Lançamento eletrônico do
tributo – jan a dez/2010 .................................................................................................... 36
Gráfico 5. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Controle da Obrigação
Tributária – jan a dez/2010 ............................................................................................... 37
Gráfico 6. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aperfeiçoamento do Sistema
de Fiscalização do Cumprimento da Obrigação Tributária – jan a dez/2010 ................... 39
Gráfico 7. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aperfeiçoamento da Gestão
da Receita Pública – jan a dez/2010 ................................................................................. 41
Gráfico 8. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aumento da Percepção do
Risco Fiscal – jan a dez/2010 ............................................................................................. 42
Gráfico 9. Percentual de Realização das medidas da Ação – Simplificação do Processo de
Cumprimento da Obrigação Tributária – jan a dez/2010 ................................................. 44
Gráfico 10. Percentual de Realização das Medidas da Ação - Aperfeiçoamento do
Processo de Gestão e Análise da Informação de Interesse Fiscal – jan a dez/2010 ......... 45
Gráfico 11. Percentual de Realização das Medidas Ação – Superação dos Fatores Críticos
ao Sucesso da Política Tributária – jan a dez/2010 ........................................................... 46
Gráfico 12. Execução da Receita Orçamentária ....................................................................... 51
Gráfico 13. Execução das Receitas Correntes .......................................................................... 53
Gráfico 14. Execução das Receitas de Capital .......................................................................... 54
Gráfico 15. Execução das Despesas Correntes e de Capital ..................................................... 58
Gráfico 16. Execução Despesas Correntes por Grupo de Despesas ......................................... 59
Gráfico 17. Execução Despesas de Capital por Grupo de Despesas ........................................ 60
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Gráfico 18. Operações de Crédito X Despesas de Capital ........................................................ 61
Gráfico 19. Comparativo do Superávit Financeiro ................................................................... 69
Gráfico 20. Comparativo do Passivo Não Financeiro ............................................................... 69
Gráfico 21. Composição Restos a Pagar ................................................................................... 76
Gráfico 22. Diagnóstico do cumprimento do Plano de Ação para a adequação do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso – 2007 a 2011 ..... 140
Gráfico 23. Diagnóstico do cumprimento do Plano de Ação para a adequação do Sistema
de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso – 2007 a 2010 ..... 140
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Programas Priorizados na LDO ................................................................................. 22
Tabela 2. Detalhamento das Receitas ...................................................................................... 28
Tabela 3. Detalhamento das Despesas ..................................................................................... 28
Tabela 4. Despesas por categoria econômica .......................................................................... 28
Tabela 5. Distribuição das Suplementações do Orçamento .................................................... 30
Tabela 6. Quociente de Excesso de Arrecadação ..................................................................... 30
Tabela 7. Quociente de Superávit Financeiro .......................................................................... 31
Tabela 8. Previsão Receita X Fixação da Despesa .................................................................... 48
Tabela 9. Balanço Orçamentário 2010 ..................................................................................... 49
Tabela 10. Execução Receitas e Despesas Orçamentárias ....................................................... 50
Tabela 11. Previsão X Execução das Receitas ........................................................................... 52
Tabela 12. Previsão X Execução das Receitas Intra-orçamentárias ......................................... 54
Tabela 13. Previsão Inicial X Previsão Atualizada das Despesas Orçamentárias ..................... 56
Tabela 14. Previsão Atualizada X Execução das Despesas Orçamentárias .............................. 57
Tabela 15. Execução das Despesas por tipo de crédito ........................................................... 57
Tabela 16. Balanço Financeiro – 2010 ...................................................................................... 64
Tabela 17. Resultado Orçamentário X Resultado Financeiro ................................................... 65
Tabela 18. Resultado Extra-orçamentário X Resultado Financeiro .......................................... 65
Tabela 19. Demonstrativo da Despesa por Função .................................................................. 66
Tabela 20. Demonstrativo de Apuração do Superávit Financeiro ........................................... 68
Tabela 21. Apuração do Saldo Patrimonial .............................................................................. 70
Tabela 22. Demonstração das Variações Patrimoniais ............................................................ 71
Tabela 23. Publicidade - limite de gastos 2010 ........................................................................ 78
Tabela 24. Despesas com publicidade 2010 ............................................................................. 79
Tabela 25. Resultado Nominal .................................................................................................. 80
Tabela 26. Estoque da Dívida ................................................................................................... 81
Tabela 27. Resultado Primário ................................................................................................. 83
Tabela 28. Dívida Consolidada Líquida ..................................................................................... 85
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 6 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Tabela 29. Despesas com Pessoal do Poder Executivo Estadual ............................................. 87
Tabela 30. Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – RREO 6º bimestre 2010 ................. 89
Tabela 31. Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica – RREO 6º
bimestre de 2010 .............................................................................................................. 90
Tabela 32. Programa 289 – Aprendizagem com Qualidade ..................................................... 92
Tabela 33. Programa 290 – Gestão Ativa ................................................................................. 93
Tabela 34. Programa 250 – Fortalecimento do Ensino Superior ............................................. 94
Tabela 35. Aplicação na Saúde 12% - RREO 6º bimestre ......................................................... 96
Tabela 36. Programa 274 – Saúde da Família .......................................................................... 97
Tabela 37. Servidores Gestão de Pessoas SEDUC .................................................................... 99
Tabela 38. Lotacionograma SEDUC ........................................................................................ 101
Tabela 39. Vagas autorizadas X vagas ocupadas SEDUC - Apoio Administrativo
Educacional ..................................................................................................................... 102
Tabela 40. Concessões de aposentadorias ............................................................................. 103
Tabela 41. Projeção de aposentadorias janeiro de 2011 a dezembro de 2020 ..................... 104
Tabela 42. Qtde Vagas Ocupadas SES/MT – Ref. Dez/2010 ................................................... 105
Tabela 43. Qtde Vagas Autorizadas SES/MT – Ref. Dez/2010 ............................................... 106
Tabela 44. Lotacionograma das unidades que compõem o Núcleo Segurança ..................... 108
Tabela 45. Terceirização de Mão de obra – Empresa Ábaco Tecnologia da Informação -
Contrato 055/2008 .......................................................................................................... 110
Tabela 46. Cessão de Servidores da SEJUSP para outros Órgãos ........................................... 111
Tabela 47. Cessão de Servidores de Outros Órgãos para a SEJUSP ....................................... 111
Tabela 48. UNEMAT - Pró-Reitoria de Administração – Gestão de Pessoas .......................... 114
Tabela 49. Lotacionograma UNEMAT..................................................................................... 115
Tabela 50. Relação dos servidores cedidos - UNEMAT .......................................................... 116
Tabela 51. Programas e Ações Priorizadas na área da Segurança ......................................... 118
Tabela 52. Programa 301 – Gestão Estratégica de Resultados .............................................. 119
Tabela 53. Programa 302 – Inteligência – Conhecer para Decidir ......................................... 121
Tabela 54. Programa 306 – Nova Chance ............................................................................... 123
Tabela 55. Programa 307 – Rede Cidadã ................................................................................ 125
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Tabela 56. Programa 312 – Enfrentamento Integrado da Violência e Criminalidade ........... 127
Tabela 57. Execução do Programa 239 “Meu Lar” ................................................................. 129
Tabela 58. Execução do Programa 72 “Obras Públicas e Infraestrutura” .............................. 129
Tabela 59. Execução do Programa 218 “Estradeiro”.............................................................. 130
Tabela 60. Produção AGE – período de janeiro a dezembro de 2010 ................................... 142
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 10
1. PERFIL DO PODER EXECUTIVO DE MATO GROSSO ................................................. 12
2. PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL – PPA, LDO E LOA .......................................... 18
2.1 Plano Plurianual (PPA) ............................................................................................................................ 18
2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ............................................................................................... 22
2.3 Lei Orçamentária Anual (LOA) e Créditos Adicionais ........................................................................ 27
2.3.1 Alterações Orçamentárias – Créditos Adicionais ....................................................................... 29
3. MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E INCREMENTO DA RECEITA ................ 31
3.1 Percentual de Realização das Medidas do Programa da Receita Pública - 236 ..................................... 33
3.2 Ação 3718: Realização de Ativos ............................................................................................................ 34
3.3 Ação 3720: Lançamento Eletrônico do Tributo ...................................................................................... 35
3.4 Ação 3719: Controle da Obrigação Tributária ........................................................................................ 36
3.5 Ação 3725: Aperfeiçoamento do Sistema de Fiscalização do Cumprimento da Obrigação Tributária .. 38
3.6 Ação 3726: Aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública ................................................................. 39
3.7 Ação 3721: Aumento da Percepção do Risco Fiscal por Parte do Contribuinte ..................................... 40
3.8 Ação 3722: Simplificação do Processo de Cumprimento da Obrigação Tributária ................................ 42
3.9 Ação 3727: Aperfeiçoamento do Processo de Gestão e Análise da Informação de Interesse Fiscal ..... 44
3.10 Ação 3726: Superação dos Fatores Críticos ao Sucesso da Política Tributária .................................... 45
4. ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, PATRIMONIAL ....................... 47
4.1 Balanço Orçamentário ........................................................................................................................... 47
4.1.1 Execução da Receita Orçamentária ................................................................................................ 50 4.1.1.1 Receitas Correntes .................................................................................................................................... 52 4.1.1.2 Receitas de Capital.................................................................................................................................... 53 4.1.1.3 Receitas intra-orçamentárias .................................................................................................................... 54
4.1.2 Execução da Despesa Orçamentária ............................................................................................... 55 4.1.2.1 Despesas Correntes .................................................................................................................................. 58 4.1.2.2 Despesas de Capital .................................................................................................................................. 59
4.1.3 Regra de Ouro ................................................................................................................................. 60
4.2 Balanço Financeiro ................................................................................................................................. 62
4.3 Balanço Patrimonial ............................................................................................................................... 67
4.3.1 Superávit Financeiro ....................................................................................................................... 67
4.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais .......................................................................................... 70
5. VEDAÇÕES DO ÚLTIMO ANO DO MANDATO ......................................................... 72
5.1 Aumento de despesa total com pessoal ................................................................................................ 72
5.2 Contratar Operações de Crédito por Antecipação de Receita - ARO ..................................................... 74
5.3 Disponibilidade Financeira versus Restos a Pagar .................................................................................. 74
5.4 Realização de ações publicitárias ........................................................................................................... 76
6. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS ..................................................................... 79
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 9 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
6.1 Resultado Nominal ................................................................................................................................. 79
6.2 Resultado Primário ................................................................................................................................. 82
6.3 Dívida Pública ......................................................................................................................................... 85
6.4 Operações de Crédito ............................................................................................................................ 86
6.5 Despesa com Pessoal ............................................................................................................................. 87
6.6 Educação ................................................................................................................................................ 88
6.6.1 Manutenção e Desenvolvimento do Ensino .................................................................................... 88
6.6.2 Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica .............................................. 90
6.6.3 Programas da Educação priorizados na LDO .................................................................................. 91
6.7 Saúde ...................................................................................................................................................... 95
6.7.1 Aplicação na Saúde – 12% .............................................................................................................. 95
6.7.2 Programas da Saúde priorizados na LDO ....................................................................................... 97
7. PESSOAL ............................................................................................................... 98
7.1 Subsistema de Pessoal da SEDUC ........................................................................................................... 98
7.2 Subsistema de Pessoal da SES .............................................................................................................. 104
7.3 Subsistema de Pessoal da SEJUSP ........................................................................................................ 107
7.4 Subsistema de Pessoal da UNEMAT ..................................................................................................... 113
8. SEGURANÇA ....................................................................................................... 118
9. OBRAS ................................................................................................................ 128
10. TRANSPARÊNCIA – LEI COMPLEMENTAR 131/2009 ............................................. 135
11. CONTROLE INTERNO ........................................................................................... 136
12. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 143
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
APRESENTAÇÃO
O presente Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno, que acompanha a
Prestação de Contas Anual de Governo, é exigência da Lei Complementar n. 269/2007,
artigo 25, §2º (Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso) e da LC
295/2007, que em seu artigo 6º, inciso XVIII prevê que compete a Unidade de Controle
Interno examinar e emitir parecer sobre as contas anuais prestadas pelo Chefe do Poder
Executivo.
Considerando que, de acordo com o disposto no art. 52 da Constituição Estadual,
a Auditoria Geral do Estado é o órgão superior de Controle Interno e em atendimento à
LC 269/2007, à LC 295/2007 e à Resolução 14/2007 do Tribunal de Contas do Estado de
Mato Grosso, nos termos do item 1.4, do Manual de Remessa de Documentos,
aprovado pela Resolução Normativa 01/2009-TCE/MT, apresentamos o Parecer Técnico
Conclusivo do Controle Interno, referente à Prestação de Contas do Governo do Estado
do exercício de 2010.
Neste parecer a Auditoria Geral do Estado faz análise do Planejamento
Governamental, das medidas para recuperação de créditos e incremento da receita, do
desempenho da receita e da despesa, do cumprimento dos índices constitucionais e dos
limites estabelecidos na Lei de Responsabilidade Fiscal e das áreas de Pessoal,
Segurança, Obras e Controle Interno, com base nas informações contidas no Relatório
Circunstanciado sobre as Contas do Governo (anexo I), nas diversas demonstrações
contábeis, nos relatórios que compõem o Balanço Geral do Estado, em informações
encaminhadas pelas respectivas secretarias e também com base nos trabalhos de
auditoria desenvolvidos no decorrer do exercício de 2010.
Para desenvolvimento desse trabalho foram selecionados 10 tópicos, a saber:
1 – Perfil do Poder Executivo de Mato Grosso;
2 – Planejamento – PPA, LDO e LOA;
3 – Medidas de recuperação de crédito e incremento da Receita;
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 11 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
4 – Análise da Execução Orçamentária, Financeira e Patrimonial;
5 – Vedações do último ano de mandato;
6 – Limites Constitucionais e Legais
7 – Pessoal
8 – Segurança;
9 - Obras; e
10 – Controle Interno.
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 12 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
1. PERFIL DO PODER EXECUTIVO DE MATO GROSSO
De início faz-se necessário detalhamento da composição da estrutura do Poder
Executivo Estadual, nos termos da Lei Complementar n. 14/1992 e suas alterações, para
que se possa verificar a dimensão de órgãos e entidades que fazem parte das Contas de
Governo do Exercício de 2010. Nesse sentido, foi detalhada a macroestrutura do Poder
Executivo vigente no exercício de 2010, sendo composta pela Administração Direta –
Governadoria e Secretarias – e pela Administração Indireta - Entidades vinculadas às
Secretarias (Autarquias, Fundações, Empresa Pública e Sociedades de Economia Mista),
conforme segue:
ADMINISTRAÇÃO DIRETA:
I – GOVERNADORIA
1. Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CONDES;
2. Conselho de Governo;
3. Vice-Governadoria;
4. Casa Civil;
5. Casa Militar;
6. Auditoria-Geral do Estado – AGE;
7. Procuradoria Geral do Estado - PGE.
II – SECRETARIAS DE ESTADO
1. Secretaria de Estado de Administração - SAD;
2. Secretaria de Estado de Infraestrutura - SINFRA;
3. Secretaria e Estado de Ciência e Tecnologia - SECITEC;
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 13 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
4. Secretaria de Estado de Comunicação Social - SECOM;
5. Secretaria de Estado de Cultura - SEC;
6. Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural - SEDER;
7. Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo - SEDTUR;
8. Secretaria de Estado de Educação - SEDUC;
9. Secretaria de Estado de Esportes e Lazer - SEEL;
10. Secretaria de Estado de Fazenda - SEFAZ;
11. Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia - SICME;
12. Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública - SEJUSP;
13. Secretaria de Estado do Meio Ambiente - SEMA;
14. Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPLAN;
15. Secretaria de Estado de Saúde - SES;
16. Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social –
SETECS.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
III – ENTIDADES VINCULADAS ÀS SECRETARIAS DE ESTADO
- AUTARQUIAS:
1. Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso – INTERMAT, vinculado à SEDER;
2. Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso – INDEA/MT, vinculado à SEDER;
3. Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/MT, vinculado à SINFRA;
4. Junta Comercial do Estado de Mato Grosso – JUCEMAT, vinculada à SICME;
5. Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado - MATO GROSSO SAÚDE,
vinculado à SAD;
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
6. Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso – IMEQ/MT, vinculado à
SICME;
7. Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso – AGER,
vinculada à Governadoria;
8. Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal – FIFA
2014 – AGECOPA, vinculada ao Gabinete do Governador.
- FUNDAÇÕES:
1. Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT, vinculada à
SECITEC;
2. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso – FAPEMAT, vinculada
à SECITEC;
3. Fundação Nova Chance – FUNAC, vinculada à SEJUSP.
- SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA:
1. Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural S.A. –
EMPAER, vinculada à SEDER;
2. Companhia Mato-grossense de Mineração – METAMAT, vinculada à SICME;
3. Companhia Mato-grossense de Gás - MT Gás, vinculada à SICME;
4. Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S.A - MT FOMENTO, vinculada à
SICME;
5. Companhia de Saneamento do Estado de Mato Grosso – SANEMAT, vinculada à
SINFRA.
- EMPRESA PÚBLICA:
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
1. Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso – CEPROMAT,
vinculado à SEPLAN.
É importante mencionar que foram criados na organização da Administração do
Poder Executivo Estadual doze Núcleos Sistêmicos, conforme Lei Complementar
264/2006 e alterações, com a finalidade de racionalizar a execução das atividades
sistêmicas e demais atividades de apoio, para a conseqüente melhoria da qualidade dos
serviços oferecidos às atividades finalísticas, sem prejuízo à capacidade de auto-
administração dos titulares dos órgãos e entidades os quais representam.
Assim, os Núcleos Sistêmicos tem competência sobre as atividades de pessoal,
patrimônio, aquisições, planejamento, orçamento, informações, informática,
desenvolvimento organizacional, administração financeira, contábil e controle interno,
além de outras atividades de suporte e apoio comuns a todos os órgãos da
Administração que, a critério do Poder Executivo, necessitem de gestão centralizada.
No Exercício de 2010 os Núcleos estavam organizados da seguinte maneira:
I - Núcleo Governadoria:
a) Vice-Governadoria;
b) Casa Civil;
c) Casa Militar;
d) Auditoria-Geral do Estado;
e) Secretaria de Comunicação Social.
II - Núcleo Planejamento, Tecnologia e Jurídico:
a) Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral;
b) Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso;
c) Procuradoria Geral do Estado.
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 16 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
III - Núcleo Administração:
a) Secretaria de Estado de Administração;
b) Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado de Mato Grosso;
c) Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social.
IV - Núcleo Cultura, Ciência, Lazer e Turismo:
a) Secretaria de Estado de Esporte e Lazer;
b) Secretaria de Estado de Desenvolvimento do Turismo;
c) Secretaria de Estado de Cultura;
d) Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia;
e) Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso;
f) Fundo Estadual de Educação Profissional.
V - Núcleo Socioeconômico:
a) Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia;
b) Instituto Mato-grossense de Metrologia e Qualidade Industrial;
c) Junta Comercial do Estado de Mato Grosso;
d) Companhia Mato-grossense de Gás;
e) Companhia Mato-grossense de Mineração;
f) Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S.A.
VI - Núcleo Agropecuário:
a) Secretaria de Estado de Desenvolvimento Rural;
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
b) Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso;
c) Instituto de Terras do Estado de Mato Grosso;
d) Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural S.A.;
VII – Núcleo Ambiental:
a) Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
VIII - Núcleo Segurança:
a) Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública;
b) Polícia Judiciária Civil;
c) Polícia Militar;
d) Corpo de Bombeiros Militar.
IX - Núcleo Trânsito e Transporte:
a) Secretaria de Estado de Infraestrutura;
b) Departamento Estadual de Trânsito.
X - Núcleo Educação:
a) Secretaria de Estado de Educação.
XI - Núcleo Fazendário:
a) Secretaria de Estado de Fazenda.
XII - Núcleo Saúde:
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 18 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
a) Secretaria de Estado de Saúde.
É importante informar que em 20 de dezembro de 2010 foi publicada a Lei
Complementar n. 413, que promoveu alterações na estrutura e organização da
Administração Pública no âmbito do Poder Executivo, criando e desmembrando algumas
secretarias, porém, essas alterações terão impacto no exercício de 2011.
2. PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL – PPA, LDO E LOA
2.1 Plano Plurianual (PPA)
A Lei 8827, de 17 de janeiro de 2008 aprovou o Plano Plurianual – PPA para o
período de 2008 a 2011, em cumprimento às disposições dos artigos 165 § 1º, da
Constituição Federal e art. 164 da Constituição Estadual.
O PPA 2008-2011 foi elaborado incorporando elementos do MT +20, que é um
Plano de Desenvolvimento de longo prazo para Mato Grosso, que na fase de elaboração
contou com 12 fóruns Regionais de Desenvolvimento, do qual participaram
representantes de todos os municípios do Estado.
Para compor o PPA desse quadriênio foram identificados treze objetivos
estratégicos e priorizadas algumas estratégias inseridas nesses objetivos, conforme
segue:
Objetivo Estratégico 1 “Melhoria da qualidade de vida”.
Estratégias priorizadas:
a) Utilização de espaços escolares para iniciativas de inclusão social, combinando
capacitação (contempla inclusão digital dos jovens), esportes e cultura;
b) Ampliação do acesso à moradia das camadas mais pobres da população;
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
c) Estimular a expansão e melhoria do saneamento básico;
d) Melhoria da eficiência e eficácia operacional dos órgãos de combate à
criminalidade.
Objetivo Estratégico 2 “Aumento do nível geral de saúde”.
Estratégia priorizada:
a) Fortalecimento da atenção básica à saúde.
Objetivo Estratégico 3 “Ampliação da educação, com universalização da educação
básica (infantil, fundamental e média) e elevação do nível e da qualidade dos ensinos
médio e fundamental”.
Estratégia priorizada:
a) Reestruturação da gestão do sistema educacional.
Objetivo Estratégico 4 “Fortalecimento da capacidade científica e tecnológica do Estado
com ampliação dos investimentos e aumento do número de pesquisadores ativos”.
Estratégia priorizada:
a) Educação a distancia para todos os níveis de educação de jovens e adultos.
Objetivo Estratégico 5 “Formação e expansão da rede de cidades de forma controlada e
sustentável, incluindo o monitoramento da geração e do aproveitamento dos resíduos
sólidos urbanos para geração de energia renovável e venda de crédito de carbono”.
Estratégia priorizada:
a) Melhoria das condições de habitabilidade e funcionalidade das cidades.
Objetivo Estratégico 6 “Ampliação do emprego e da renda da população, aumento do
PIB per capita e elevação da população ocupada com carteira assinada, levando à
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
ampliação da formalização da economia mato-grossense”.
Estratégia priorizada:
a) Descentralização e desconcentração regional do desenvolvimento.
Objetivo Estratégico 7 “Preservação do patrimônio histórico e cultural de Mato Grosso,
com valorização da diversidade cultural com respeito aos povos indígenas e sua
contribuição para a formação da cultura mato-grossense”.
Estratégia priorizada:
a) Fomento ao intercâmbio entre as diferentes culturas regionais em Mato Grosso.
Objetivo Estratégico 8 “Conservação do meio ambiente e da biodiversidade
(preservação e manutenção) uso e manejo sustentável dos recursos naturais (solo, água,
minerais e bióticos em áreas de conservação) com diminuição das pressões antrópicas,
especialmente sobre a floresta”.
Estratégia priorizada:
a) Fomento e disciplinamento do uso sustentável dos recursos naturais de Mato
Grosso.
Objetivo Estratégico 9 “Redução do ritmo de desmatamento e recuperação do passivo
ambiental e das áreas degradadas dos biomas de Mato Grosso”.
Objetivo Estratégico 10 “Democratização e aumento da eficiência da gestão pública do
Estado e dos municípios e da excelência dos serviços públicos prestados à sociedade,
com base na melhoria da estrutura do Estado e controle sistemático dos recursos
governamentais”.
Estratégia priorizada:
a) Implantação de modelo de gestão apoiado na definição, consecução e avaliação
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
de metas e indicadores.
Objetivo Estratégico 11 “Ampliação da infra-estrutura econômica e da competitividade
da economia mato-grossense”.
Estratégia priorizada:
a) Expansão e recuperação da malha rodoviária do Estado (Estradeiro).
Objetivo Estratégico 12 “Redução da vulnerabilidade externa da economia com o
declínio da participação das exportações de produtos in natura na economia estadual
(percentual do PIB) e ampliação da participação de bens manufaturados na pauta de
exportação mato-grossense”.
Objetivo Estratégico 13 “Diversificação da estrutura produtiva e adensamento das
cadeias produtivas com ampliação da participação da indústria na economia estadual”.
Estratégias priorizadas:
a) Estímulo ao beneficiamento da produção da pecuária de corte com agregação de
valor, destacando a instalação de frigoríficos para produção de carnes especiais e
embutidos e de planta industrial para curtumes, artefatos de couro e calçados, e
carcaças, inclusive de pescado;
b) Verticalização das atividades do agronegócio empresarial e familiar;
c) Ampliação e melhoria da infra-estrutura de turismo e dos serviços de apoio ao
turismo no Estado.
No sentido de atender aos objetivos estratégicos e às prioridades foram
levantados no PPA 96 programas, sendo distribuídos conforme disposto na Lei
8827/2008.
No corpo da Lei do PPA contém autorização para que anualmente sejam
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
promovidas alterações no PPA, quando da elaboração da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, podendo realizar ajustes como a inclusão, alteração ou exclusão de
ações previstas nos programas do PPA, respeitada a metodologia e sistemática definida
pela Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral - SEPLAN.
Vale registrar que atendendo ao princípio da transparência previsto no art. 48,
caput da Lei de Responsabilidade Fiscal, o planejamento do Governo, abrangendo o
MT+20, PPA, LDO e LOA, pode ser acessado por qualquer cidadão, através do sítio da
SEPLAN.
2.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
A LDO 2010 foi aprovada pela Lei 9.203, de 25 de agosto de 2009, estabelecendo
Diretrizes Orçamentárias do Estado de Mato Grosso para o exercício financeiro de 2010,
em cumprimento ao disposto no art. 162, inciso II, § 2º, da Constituição Estadual, e nas
normas contidas na Lei de Responsabilidade Fiscal.
No Anexo I da LDO foram apresentadas as metas e prioridades, estando
coerentes com o planejamento apresentado no PPA.
Tabela 1. Programas Priorizados na LDO
PROGRAMAS META
Objetivo Estratégico 1
“Melhoria da Qualidade de
Vida”
239 – Meu Lar 7674 casas construídas
72 – Obras Públicas e
Infraestrutura 13 Km de asfalto
301 – Gestão Estratégica
de Resultados
70% de estruturação do
Sistema de Gestão
Estratégica da Justiça e
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Segurança;
Readequação da estrutura
física da SEJUSP.
302 – Inteligência –
Conhecer para Decidir
Implantação do Sistema de
Inteligência de Justiça e
Segurança Pública;
20% de intensificação das
ações de inteligência.
306 – Nova Chance
Geração de emprego e
renda para 1664
reeducandos;
12 unidades de atividade
laboral implantadas.
307 – Rede Cidadã
50000 crianças e
adolescentes atendidas na
prevenção de contato com
drogas;
Construção de 6 Bases
Comunitárias de
Segurança;
Ampliação de 10 unidades
de Rede Cidadã.
312 – Enfrentamento
integrado da violência e da
criminalidade
Descentralização do
Centro Integrado de
Operações de Segurança
Pública;
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Ampliação em 40% das
ações operacionais
integradas para segurança
da fronteira oeste.
Objetivo Estratégico 2
“Aumento do nível geral
da saúde”
274 – Saúde da Família
67,5% da população
coberta pela estratégia da
saúde da família;
47% da população coberta
pelas equipes de saúde
bucal.
Objetivo Estratégico 3
“Ampliação da educação,
com universalização da
educação básica (infantil,
fundamental e média) e
elevação do nível e da
qualidade dos ensinos
médio e fundamental”
289 – Aprendizagem com
qualidade
20% das escolas com ciclo
consolidado – organização
curricular por ciclos de
formação humana;
50 unidades escolares com
apoio a projetos escolares
com caráter
interdisciplinar;
450 turmas com
acompanhamento de fluxo
e qualidade da
aprendizagem;
16 unidades com
fortalecimento dos
CEFAPROS.
290 – Gestão Ativa Implementação do
sigescola em 211 unidades;
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Expansão e melhoria do
espaço esportivo de 40
unidades escolares de ens.
fundamental;
Ampliação, adequação e
reforma de 92 unidades
desconcentradas;
23 novas unidades
escolares construídas;
Expansão e melhoria do
espaço esportivo de 40
unidades escolares de ens.
Médio;
Ampliação, adequação e
reforma de 9 prédios
escolares – ens. Médio;
166 escolas vistoriadas –
infra-estrutura;
141 municípios atendidos
com manutenção do
transporte escolar;
500.000 alunos atendidos
com alimentação escolar.
Objetivos Estratégico 4
“Fortalecimento da
capacidade científica e
tecnológica do estado com
250 – Fortalecimento do
Ensino Superior
82 cursos de graduação
sendo mantidos e
fortalecidos;
1000 vagas em
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ampliação dos
investimentos e aumento
do número de
pesquisadores ativos”
modalidades diferenciadas
p/ capacitação de prof. e
outros profissionais.
255 – Desenvolvimento
Científico, Tecnológico e
de Inovação
469 pessoas qualificadas;
110 projetos financiados –
pesquisa científica e
tecnológica.
Objetivo Estratégico 8
“Conservação do meio
ambiente e da
biodiversidade
(preservação e
manutenção) uso e
manejo sustentável dos
recursos naturais (solo,
água, minerais e bióticos
em áreas de conservação)
com diminuição das
pressões antrópicas,
especialmente sobre a
floresta”
181 – Gestão Florestal do
Estado de Mato Grosso
3 milhões de hectares
licenciadas;
200 mil hectares de áreas
fiscalizadas –
desmatamento e
queimadas;
7.000.000 m3 de volume
de madeira autorizada.
Objetivo Estratégico 11
“Ampliação da infra-
estrutura econômica e da
competitividade da
economia mato-
grossense”
218 – Estradeiro 576,5 km de
pavimentação.
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Objetivo Estratégico 13
“Diversificação da
estrutura produtiva e
adensamento das cadeias
produtivas com ampliação
da participação da
indústria na economia
estadual”
185 – Desenvolvimento
Estratégico da Cadeia
Produtiva do Turismo
15 eventos de promoção e
divulgação do potencial
turístico do estado;
6 unidades de projetos
elaborado e gerenciado de
implantação de infra-
estrutura turística.
Fonte: LDO 2010 - SEPLAN
2.3 Lei Orçamentária Anual (LOA) e Créditos Adicionais
A Lei Orçamentária do Exercício de 2010 – LOA 2010 foi aprovada pela Lei 9298,
de 30 de dezembro de 2009, compreendendo o Orçamento Fiscal, da Seguridade Social
e de Investimentos das Empresas Estatais, em consonância com o Plano Plurianual e
contendo todos os Programas priorizados na Lei de Diretrizes Orçamentárias, portanto,
atendendo ao art. 165, § 2º da Constituição Federal e ao caput do art. 5º da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
A Receita total estimada e a Despesa fixada na LOA 2010 totalizaram R$
8.857.579.918,00 (oito bilhões oitocentos e cinqüenta e sete milhões quinhentos e
setenta e nove mil e novecentos e dezoito reais), incluindo nesse montante os recursos
próprios das Autarquias, Fundações, Empresas Públicas e Sociedades de Economia
Mista.
Desse montante de Receita, o valor de R$ 528.949.123,00 (quinhentos e vinte e
oito milhões novecentos e quarenta e nove mil cento e vinte e três reais) refere-se a
Receitas Intra-orçamentárias, por se tratar de operações entre órgãos, fundos,
autarquias, fundações, empresas e outras entidades integrantes do orçamento fiscal e
da Seguridade Social.
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
A Receita prevista foi desdobrada conforme detalhamento da tabela 2.
Tabela 2. Detalhamento das Receitas
Receitas Correntes R$ 8.251.253.87,00
Receita de Capital R$ 77.376.924,00
Receitas Intra-orçamentárias Corrente R$ 528.949.123,00
Receita Total R$ 8.857.579.918,00
Fonte: LOA 2010
A Despesa fixada foi divida da forma disposta na tabela 3.
Tabela 3. Detalhamento das Despesas
Orçamento Fiscal R$ 7.118.892.845,00
Orçamento da Seguridade Social R$ 1.736.531.085,00
Orçamento de Investimento R$ 2.155.988,00
Total do Orçamento R$ 8.857.579.918,00
Fonte: LOA 2010
O desdobramento da despesa fixada em categoria econômica foi planejado como
consta na tabela 4.
Tabela 4. Despesas por categoria econômica
Despesas Correntes R$ 7.668.597.641,00
Despesas de Capital R$ 1.122.109.965,00
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Reserva de Contingência R$ 66.872.312,00
Total da Despesa R$ 8.857.579.918,00
Fonte: LOA 2010
Na LOA 2010 houve autorização para abertura de créditos suplementares até o
limite de vinte por cento do total da despesa fixada e também relativo aos consignados
como Reserva de Contingência. Porém, no §1º do art. 6º foram excluídas do limite
despesas relativas à pessoal e encargos, convênios, dívida pública estadual, débitos
constantes de precatórios judiciais, recursos destinados à AGECOPA e despesas à conta
de recursos vinculados constitucionalmente.
Cabe registrar que a exceção imposta no §1º do art. 6º da LOA constava na Lei
Orçamentária de 2009 e o TCE-MT recomendou, quando do julgamento das contas de
2009 (realizado em 2010), para não conter tais dispositivos nas próximas Leis
Orçamentárias Anuais, porém como o julgamento ocorreu em 2010, a LOA do exercício
em análise já estava vigente, não sendo possível o cumprimento do recomendado no
exercício de 2010. Porém, verificada a LOA 2011 nota-se que não há mais autorização de
aberturas de créditos suplementares sem limite estabelecido, conforme determina a
Constituição Federal.
Após as aberturas de créditos adicionais o orçamento de 2010 fechou a despesa
no montante de R$ 10.965.340.042,76 (excluídos as despesas fixadas na MT Fomento,
visto que este órgão não opera no sistema FIPLAN), tendo, portanto, acrescido ao
orçamento inicial o montante de R$ 2.109.916.112,76.
2.3.1 Alterações Orçamentárias – Créditos Adicionais
O acréscimo ao Orçamento Inicial de R$ 2.109.916.112,76 foi distribuídos entre
órgão do Legislativo, TCE, Judiciário e o Poder Executivo da forma que segue na tabela
abaixo. Nessa tabela foram considerados os créditos suplementares e especiais
resultantes de incorporação por excesso de arrecadação, superávit financeiro do
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 30 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
exercício anterior, convênios e operações de créditos. Dessa forma, ficaram de fora as
suplementações por anulação de dotação, remanejamento e transposição que não
alteraram o saldo final de dotação dos órgãos.
Tabela 5. Distribuição das Suplementações do Orçamento
Órgão Saldo de Suplementação
01101 - AL/MT 61.232.018,00
01303 - ISSSPL 1.657.736,00
02101 - TCE/MT 17.065.793,66
03101 - TJ/MT 58.624.886,98
PODER EXECUTIVO 1.971.335.678,12
TOTAL R$ 2.109.916.112,76
Fonte: Tabela de controle de Créditos Adicionais – SEPLAN
O Quociente de Utilização do Excesso de Arrecadação é resultante da relação
entre os Créditos Adicionais abertos por meio de excesso de arrecadação e o total do
excesso de arrecadação, indicando a parcela do excesso de arrecadação utilizada para
abertura de créditos adicionais. O resultado desse quociente pode ser verificado na
tabela que segue.
Tabela 6. Quociente de Excesso de Arrecadação
Quociente de Excesso de Arrecadação (a/b) 0,96
Créditos Adicionais abertos por meio de Excesso de Arrecadação (a) 991.792.536,28
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Total do Excesso de Arrecadação (b) 1.032.491.666,84
Fonte: Tabela de controle de Créditos Adicionais – SEPLAN
Verifica-se pelo quociente de excesso de arrecadação que o total de créditos
suplementares e especiais abertos correspondeu a noventa e seis por cento do excesso
de arrecadação do exercício, portanto, mantendo-se o equilíbrio orçamentário.
O Quociente de Utilização do Superávit Financeiro é resultante da relação entre
os Créditos Adicionais Abertos por meio de superávit financeiro e o total do superávit
financeiro apurado no exercício anterior, indicando a parcela do superávit financeiro
utilizada para abertura de créditos adicionais. Assim, a tabela abaixo traz o resultado
desse quociente, indicando que o superávit do exercício anterior foi superior à abertura
de crédito adicional por essa fonte.
Tabela 7. Quociente de Superávit Financeiro
Quociente de Superávit Financeiro (a/b) 0,57
Créditos Adicionais abertos por superávit financeiro do exercício anterior (a) 238.786.235,47
Superávit financeiro do exercício anterior (b) 415.518.548,12
Fonte: Tabela de controle de Créditos Adicionais – SEPLAN
Em relação aos créditos especiais não foi constatada abertura sem lei
autorizativa, atendendo ao disposto na Constituição Federal, art. 167, V.
3. MEDIDAS DE RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS E INCREMENTO DA RECEITA
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
A Receita Pública, em 2010, atingiu o valor de R$ 10.986 milhões, superando em
12,11% o previsto na LOA (R$ 9.799 milhões. Esse desempenho positivo deve-se a
exploração adequada das bases tributárias estaduais e ao aperfeiçoamento das relações
federativas fiscais, como forma de garantir maior participação de Mato Grosso no bolo
de recursos distribuídos pela União.
No campo tributário, o desempenho da arrecadação deve-se,
fundamentalmente, ao aperfeiçoamento dos mecanismos de administração financeira
de débitos, a intensificação da presença fiscal junto aos contribuintes (difusão de risco
fiscal), a intensificação dos cruzamentos de dados para lançamento do tributo e à
ampliação da cobrança dos créditos tributários. Essas ações permitiram que a Receita
Tributária Estadual tivesse um crescimento em 2010 de 6,56% em relação a 2009,
conforme se observa no gráfico 01.
Gráfico 1. Evolução da Receita Tributária projetada em relação à realizada no período 2007 a 2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
-
600.000
1.200.000
1.800.000
2.400.000
3.000.000
3.600.000
4.200.000
4.800.000
5.400.000
6.000.000
2007 2008 2009 2010
Valo
r em
Mil
hõ
es (
R$)
Receita Tributária Realizada
Previsão Meta Valor Realizado
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
De acordo com informações prestadas pela SARP – Secretaria Adjunta da Receita
Pública – SEFAZ, foram adotadas diversas medidas com o objetivo de promover a
recuperação de créditos e incrementos da receita pública. Segue abaixo gráficos
demonstrando a realização dessas medidas, durante o exercício de 2010, consolidado
no programa 236 “Gestão da Receita Pública” e detalhados por Ação.
3.1 Percentual de Realização das Medidas do Programa da Receita Pública - 236
O Programa de Gestão da Receita Pública - 236 atingiu 79,31% de execução em
2010.
Gráfico 2. Percentual de Realização das Medidas dos Projetos/Atividades vinculados ao Programa de da Receita Pública (236), no período de jan a dez de 2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
79,31%75,00%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização do Programa Gestão da receita Pública - 236
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
3.2 Ação 3718: Realização de Ativos
Esse projeto foi concebido com objetivo de melhorar a capacidade da
Administração Tributária em transformar os direitos tributários em caixa, necessários ao
financiamento das políticas públicas.
Os principais resultados alcançados no ano de 2010 foram:
a. Incremento dos procedimentos de cobrança dos devedores inscritos na
conta corrente fiscal, que resultou na emissão de mais de 140.062 avisos
de cobrança e na recuperação de mais de R$ 514.422.277,00 relativos a
2010 ou anos anteriores;
b. Fiscalização de mais de 74.929 cargas de mercadorias em trânsito, com
geração de crédito tributário da ordem de R$ 414.184.600,00;
c. Fiscalização de mais de 5.100 estabelecimentos, com a constituição de
crédito tributário no valor R$ 1.344.000.000,00.
Gráfico 3. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Realização de ativos – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
70,22%75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3718) Realização de Ativos
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3.3 Ação 3720: Lançamento Eletrônico do Tributo
O projeto tem como objetivo identificar, quantificar os créditos tributários
omitidos pelo sujeito passivo e efetuar a exigência do tributo junto a quem de direito,
mediante o tratamento eletrônico, em larga escala, dos dados disponíveis,
O grau de realização das medidas que compõem o projeto atingiu 58,80% de
execução em 2010, como se pode observar no gráfico abaixo. O resultado alcançado
deve-se a massificação da utilização de dados eletrônicos, da implantação da Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e) e da Escrituração Fiscal e Contábil Eletrônica (EFD), de Operações de
Cartão Magnético, entre outras. Também influenciou no resultado a construção de
novos métodos de cruzamento de dados, a autorização normativa para a utilização de
novos instrumentos para constituição do crédito tributário e a disseminação do risco
fiscal provocada pela implantação de medidas vinculadas ao projeto.
Os principais resultados alcançados foram:
a. Múltiplas ações de cruzamento eletrônico de dados, envolvendo diferentes
bases fazendárias, para identificar omissão e irregularidades praticadas por
contribuintes do estado. Essa ação resultou na emissão de
aproximadamente 46.581 notificações a contribuintes e na exigência de
tributo em valor superior a R$ 1.600.000.000,00.
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Gráfico 4. Percentual de Realização das medidas da Ação – Lançamento eletrônico do tributo – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
3.4 Ação 3719: Controle da Obrigação Tributária
O projeto tem como objetivo criar as condições necessárias para a identificação e
correção do descumprimento da obrigação tributária no menor tempo possível,
preferencialmente de forma eletrônica.
A execução de 60,80% das medidas vinculadas ao projeto deve-se a execução de
ações efetivas e ágeis de detecção de comportamentos irregulares, de notificações
efetuadas aos contribuintes para correção desses comportamentos desviantes e da
respectiva aplicação de providências legais sancionatórias, quando necessárias.
Os principais resultados alcançados foram:
a. Aperfeiçoamento do controle da liquidação dos créditos tributários
constituídos através de Termos de Apreensão e Depósito - TAD, que
58,80%
75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3720)Lançamento Eletrônico do Tributo
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passaram a ter o registro do crédito tributário constituído na Conta
Corrente Fiscal;
b. Implantação da Nota Fiscal Eletrônica para um conjunto de contribuintes
que representa mais de 80% do ICMS recolhido ao Estado de Mato Grosso.
Em 2010, 26.878 contribuintes passaram utilizar a NF-e, sendo emitidos
mais de 52,36 milhões documentos fiscais;
c. Implantação da Escrituração Fiscal Digital, sendo hoje utilizada por um
universo de 10.015 contribuintes. A SEFAZ já recepcionou 115.500
escriturações fiscais de contribuintes do ICMS.
Gráfico 5. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Controle da Obrigação Tributária – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
60,80%
75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3719)Controle da Obrigação Tributária
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 38 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
3.5 Ação 3725: Aperfeiçoamento do Sistema de Fiscalização do Cumprimento da
Obrigação Tributária
O projeto tem como objetivo aumentar a produtividade do sistema de
fiscalização através da melhoria de eleição de alvos, do mapeamento das infrações,
anomalias e comportamentos irregulares de contribuintes e da investigação enquanto
técnica operativa da função fiscalizadora para equidade econômica e social. A execução
das medidas vinculadas ao projeto alcançou o índice de realização de 79,54%, conforme
se pode observar no gráfico abaixo.
Os principais resultados alcançados foram:
a. Elevação do valor médio de R$ 600.000,00 (2008) para R$ 2.000.000,00
(2009/2010) em cada fiscalização realizada pelo FISCO;
b. Consolidação do Sistema Eletrônico de Malha Fiscal, que permite a
programação da ação fiscal com base em critérios objetivos, de acordo com
perfil do sujeito passivo e do risco fiscal que oferece à realização da Receita
Pública.
c. Fiscalização de mais de 5.100 estabelecimentos, com a constituição de
crédito tributário no valor R$ 1.344.000.000,00.
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 39 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Gráfico 6. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aperfeiçoamento do Sistema de Fiscalização do Cumprimento da Obrigação Tributária – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
3.6 Ação 3726: Aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública
O projeto visa dar maior efetividade à forma de como a Receita Pública é gerida.
Em 2010, a área da receita pública aprimorou as suas práticas de gestão através
da inovação e melhoria nos seus processos de planejamento, execução, controle e
avaliação. A execução das medidas que compõem a referida ação atingiu 76,20% em
2010.
Os principais resultados alcançados foram:
a. Aumento da capacitação da força de trabalho para executar os produtos e
serviços da Receita Pública. No ano de 2010 foi promovido o treinamento
de mais de 1.236 servidores em pelo menos 40 horas/ano;
b. Aumento das ações de transparência, com a divulgação bimestral, no site
da Secretaria de Fazenda, dos resultados alcançados pela Receita Pública;
79,54%75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3725)Aperfeiçoamento do Sistema de Fiscalização do Cumprimento da
Obrigação Tributária
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 40 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
c. Implantação da prática do planejamento das ações no nível tático, com a
elaboração do: PAFET - Plano de Fiscalização de Estabelecimentos e
Transportadoras, PAICV – Plano Anual de Indução ao Cumprimento
Voluntário da Obrigação; PARD – Plano Anual de Recuperação de Débitos e
no PACD – Plano Anual de Cruzamento de Dados. Ainda que se trate de
esforço inicial, que exige um prazo maior para consolidação, já se observa
um melhor direcionamento dos esforços da força de trabalho e uma
redução do subjetivismo nas decisões;
d. Redução do prazo, em até 15 dias, para concessão de parcelamento de
débitos tributários;
e. Reestruturação do Processo de Atendimento ao Contribuinte, visando
melhorar a ambiência, reduzir o prazo de entrega dos serviços e adequar os
compromissos assumidos junto aos cidadãos/usuários. O resultado dessa
reformulação se refletirá ao longo dos próximos anos.
3.7 Ação 3721: Aumento da Percepção do Risco Fiscal por Parte do Contribuinte
O projeto foi elaborado para desenvolver a comunicação proativa com o
contribuinte, destinada a mostrar que sua conduta é efetivamente acompanhada e que
o fisco tem mecanismos para detectar e sancionar condutas anômalas que conduzam à
evasão de receita Pública. O projeto atingiu 83,70% de execução das suas medidas em
2010.
Os principais resultados alcançados foram:
a. Mais de 2.000 contribuintes notificados eletronicamente pelo
rompimento de contrato ou inadimplência de parcelamento de débitos;
b. Cerca de 57.800 notificações eletrônicas feitas a contribuintes para
confirmação ou regularização de dados cadastrais;
c. Mais de 5.100 fiscalizações em estabelecimentos;
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 41 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
d. Envio de informações relevantes ao quadro societário e aos contabilistas,
através de meio eletrônico, sem que tenham efetuado solicitação
(proativamente).
Gráfico 7. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
76,20% 75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3723)Aperfeiçoamento da Gestão da Receita Pública
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 42 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Gráfico 8. Percentual de Realização das Medidas da Ação – Aumento da Percepção do Risco Fiscal – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
3.8 Ação 3722: Simplificação do Processo de Cumprimento da Obrigação Tributária
O projeto está voltado atender as legítimas necessidades do contribuinte,
propiciando-lhe condições menos onerosas para cumprir a obrigação tributária de forma
célere e cômoda.
Os principais resultados alcançados foram:
a. Ampliação da quantidade de modalidades disponíveis ao sujeito passivo
para pagamento do tributo, passando de 03 para 05;
b. Ampliação da rede arrecadadora em 104 pontos de atendimento (período
2008 a 2010);
c. Instituição da cobrança de tributos pela rede bancária;
83,70%75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3721)Aumento da Percepção do Risco Fiscal
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 43 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
d. Revisão/atualização da legislação para facilitar o cumprimento da
obrigação tributária pelo sujeito passivo, mediante a revogação expressa
de dispositivos legais que já estavam revogados tacitamente ou cuja
vigência estava expirada (regras transitórias), uma vez que a permanência
dos mesmos pode induzir o contribuinte a erros;
e. Disponibilização crescente de serviços ao contribuinte por meio eletrônico,
auto-atendimento e no domicílio, mediante desconcentração do
atendimento presencial;
f. Implantação de sistema informatizado que permite disponibilizar as
propostas de alteração de legislação tributária aos contribuintes para
críticas e sugestões, objetivando o aperfeiçoamento do texto legal em
elaboração;
g. Implantação do sistema E-PROCESS, que possibilita ao contribuinte efetuar
demandas de serviços e acompanhar seu andamento e solução por meio
eletrônico.
h. Reestruturação do Processo de Atendimento, visando melhorar a
ambiência, reduzir o prazo de entrega dos serviços e adequar os
compromissos assumidos junto aos cidadãos/usuários, proporcionando-
lhes condições menos onerosas, mais céleres e cômodas para o
cumprimento da obrigação tributária. Foram efetuados em 2010
aproximadamente 2,71 milhões de atendimentos, resultando na entrega de
14,74 milhões de produtos aos cidadãos/usuários.
Em 2009, dentre as medidas previstas para o projeto, algumas foram
implantadas em sua totalidade, outras estão sendo iniciadas e algumas na fase de
desenvolvimento de aplicativos de informática, resultando no alcance 71,10% de
execução das medidas vinculadas ao referido projeto, conforme se pode visualizar no
gráfico que segue.
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 44 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Gráfico 9. Percentual de Realização das medidas da Ação – Simplificação do Processo de Cumprimento da Obrigação Tributária – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
3.9 Ação 3727: Aperfeiçoamento do Processo de Gestão e Análise da Informação de
Interesse Fiscal
A ação foi concebida para o quadriênio do PPA, que visa garantir a implantação
de sistema de informação para suportar as decisões com base fática em todos os níveis
da Receita Pública. O resultado da evolução das ações no exercício 2010 correspondeu a
uma evolução de 75,70% das medidas previstas para o projeto.
Os principais resultados alcançados foram:
a. Mapa de Irregularidade Fiscal (Sistema de Informação Gerencial - SIG)
elaborado bimestralmente no exercício (06 mapas), por segmento e por
região fiscal e disponibilizado as unidades que cuidam do planejamento
e execução das ações fiscais (AERP, APTR, GCCE e GPAF);
71,10%75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3722)Simplificação do Processo de Cumprimento da Obrigação Tributária
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 45 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
b. Ações de fiscalização por segmento e por Região Fiscal na recuperação
da receita tributária realizada com base no SIG.
Gráfico 10. Percentual de Realização das Medidas da Ação - Aperfeiçoamento do Processo de Gestão e Análise da Informação de Interesse Fiscal – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
3.10 Ação 3726: Superação dos Fatores Críticos ao Sucesso da Política Tributária
Foi concebido para identificar e trabalhar as situações cuja superação seja de
grande importância para consecução dos objetivos da Política Econômica e Tributária.
A ação está em fase de análise e revisão dos fatores críticos ao sucesso da
Política Econômica e Tributária, definidos na Portaria 127/05, atingindo 59,80% de
execução em 2010. A implantação de ferramentas eletrônicas e o desenvolvimento de
75,70% 75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3727)Aperfeiçoamento do Processo de Gestão e Análise da Informação
de Interesse Fiscal
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 46 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
projetos pela SARP elevarão o percentual de execução das medidas e resultará na
efetividade do projeto.
Os principais resultados alcançados foram:
a. Identificação e quantificação dos impactos na receita tributária estadual de
31 projetos em tramitação no legislativo federal e COFAZ;
b. Estabelecimento de parcerias com outras unidades federadas no âmbito do
CONFAZ ou de outros colegiados, que reúne as administrações tributárias,
para a exploração de 16 oportunidades de atuação conjunta mutuamente
vantajosa aos entes federados.
Gráfico 11. Percentual de Realização das Medidas Ação – Superação dos Fatores Críticos ao Sucesso da Política Tributária – jan a dez/2010
Fonte: Relatório SEFAZ-MT
59,80%
75%
100%
0,00%
20,00%
40,00%
60,00%
80,00%
100,00%
120,00%
Realizado PTA 2008-2010 Previsto PTA 2008-2010 Previsto PPA 2008-2011
% de Realização das Medidas da Ação (Projeto Atividade - 3726)Superação dos Fatores Críticos ao Sucesso da Política Tributária
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 47 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
4. ANÁLISE EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, FINANCEIRA, PATRIMONIAL
O objetivo da presente análise é verificar se as demonstrações contábeis
apresentadas no Balanço Geral do Estado que compõe a Prestação de Contas de
governo referente ao exercício de 2010 expressam adequadamente, em seus aspectos
relevantes, a real situação orçamentária, financeira e patrimonial do Estado.
4.1 Balanço Orçamentário
O balanço orçamentário está previsto no artigo 102 da Lei nº 4.320/64, conforme
transcrito abaixo:
Art. 102 – O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas.
A estrutura básica deste balanço encontra-se no Anexo 12 da supracitada lei.
No exercício de 2010 as receitas previstas e as despesas autorizadas na Lei n.
9.298/2009, Lei Orçamentária Anual, totalizaram o idêntico valor de R$
8.857.579.918,00 (oito bilhões oitocentos e cinqüenta e sete milhões quinhentos e
setenta e nove mil novecentos e dezoito reais), dos quais R$ 2.155.988,00 (dois milhões
cento e cinqüenta e cinco mil novecentos e oitenta e oito reais) refere-se a Orçamento
de Investimento da estatal MT Fomento.
É importante informar que desconsiderando as operações de natureza intra-
orçamentárias o valor da previsão inicial da receita perfaz um total de R$
8.326.474.807,00 (oito bilhões trezentos e vinte e seis milhões quatrocentos e setenta e
quatro mil oitocentos e sete reais) em contrapartida com o valor de R$
8.448.671.136,50 (oito bilhões quatrocentos e quarenta e oito milhões seiscentos e
setenta e um mil cento e trinta e seis reais e cinqüenta centavos) que se refere à fixação
inicial da despesa. Dessa forma, verifica-se a ocorrência de Déficit de previsão no valor
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de R$ 122.196.329,50 (cento e vinte e dois milhões cento e noventa e seis mil trezentos
e vinte e nove reais e cinqüenta centavos).
Cabe informar ainda que na tabela abaixo não consta o valor do orçamento da
MT FOMENTO, uma vez que a referida empresa não está integrada ao Sistema FIPLAN.
A tabela abaixo demonstra a previsão e fixação inicial da Receita e da Despesa
Orçamentária, bem como o déficit apurado na previsão.
Tabela 8. Previsão Receita X Fixação da Despesa
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
De forma resumida o balanço orçamentário do Estado de Mato Grosso referente
ao exercício de 2010 encontra-se demonstrado abaixo:
Receitas Previsão Despesas Previsão
Valor Valor
Créditos Orçamentários e Suplementares 8.381.798.824,50
Receitas Correntes 8.251.253.871,00 Créditos Especiais -
Receitas de Capital 75.220.936,00 Reserva de Contingência 66.872.312,00
Total Receitas Orçamentárias 8.326.474.807,00 Total Despesas Orçamentárias 8.448.671.136,50
Déficit 122.196.329,50 Superávit -
Total 8.448.671.136,50 Total 8.448.671.136,50
Receitas Orçamentárias Despesas Orçamentárias
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Tabela 9. Balanço Orçamentário 2010
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
De acordo com a tabela acima, verifica-se a ocorrência de superávit
orçamentário, decorrente da diferença positiva entre a receita e a despesa realizada, na
importância de R$ 292.844.195,28 (duzentos e noventa e dois milhões oitocentos e
quarenta e quatro mil cento e noventa e cinco reais e vinte e oito centavos).
Do confronto entre a receita e a despesa realizada, excluindo as operações de
natureza intra-orçamentárias, também se apura um superávit orçamentários de R$
258.690.232,56 (duzentos e cinqüenta e oito milhões seiscentos e noventa mil duzentos
e trinta e dois reais e cinqüenta e seis centavos), como pode ser observado na tabela
abaixo:
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 50 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Tabela 10. Execução Receitas e Despesas Orçamentárias
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
4.1.1 Execução da Receita Orçamentária
As receitas representam todos os ingressos orçamentários de caráter não
devolutivo auferidos pelo poder público para alocação e cobertura das despesas
orçamentárias, sendo classificadas, segundo categoria econômica, em receitas correntes
e de capital.
As receitas efetivamente arrecadadas ou recebidas no exercício totalizaram R$
9.358.966.473,84 (nove bilhões trezentos e cinqüenta e oito milhões novecentos e
sessenta e seis mil quatrocentos e setenta e três reais e oitenta e quatro centavos),
excluídas as intra-orçamentárias. Desse montante, R$ 8.739.940.716,58 (oito bilhões
setecentos e trinta e nove milhões novecentos e quarenta mil setecentos e dezesseis
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 51 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
reais e cinqüenta e oito centavos), equivalente a 93,38% (noventa e três vírgula trinta e
oito por cento) do total da receita arrecadada ou recebida no período, refere-se a
receitas correntes.
O gráfico abaixo demonstra em percentual a execução da receita.
Gráfico 12. Execução da Receita Orçamentária
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
A tabela abaixo demonstra a previsão versus execução da receita:
93%
7%
Execução da Receita
Receitas Correntes Receitas de Capital
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Tabela 11. Previsão X Execução das Receitas
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Para análise da previsão versus execução da receita foram excluídas as operações
de natureza intra-orçamentárias. De acordo com a tabela acima é possível verificar que
no exercício de 2010 houve excesso de arrecadação na importância de R$ R$
1.032.491.666,84 (um bilhão trinta e dois milhões quatrocentos e noventa e um mil
seiscentos e sessenta e seis reais e oitenta e quatro centavos), o correspondente a um
acréscimo de 12,40% (doze vírgula quarenta por cento) da previsão inicial.
4.1.1.1 Receitas Correntes
As Receitas Correntes são compostas pelas seguintes receitas: Tributária,
Contribuições, Patrimonial, Agropecuária, Industrial, Serviços e as provenientes de
recursos financeiros recebidos de outras pessoas de Direito Público ou Privados
destinadas a atender as despesas correntes.
Do total das receitas correntes executadas o equivalente a 59,41% refere-se à
arrecadação de receitas tributárias seguida das transferências correntes que
corresponde a 30,72% (trinta vírgula setenta e dois por cento), como pode ser
observado no gráfico abaixo:
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 53 de 145
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Gráfico 13. Execução das Receitas Correntes
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
4.1.1.2 Receitas de Capital
As Receitas de Capital resultam da efetivação das operações de crédito,
alienação de bens, amortização de empréstimos, transferências de capital e outras
receitas de capital.
Em relação à execução das receitas de capital é possível verificar que as
operações de créditos foram as de maior percentual de execução, como pode ser
constatado no gráfico abaixo:
59,41
10,12
0,98
0,00
0,03
2,65
30,72
6,86
Receitas Tributárias
Receitas de Contribuições
Receitas Patrimoniais
Receitas Agropecuárias
Receitas Industriais
Receitas de Serviços
Transferências Correntes
Outras Receitas Correntes
Execução Receitas Correntes
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Gráfico 14. Execução das Receitas de Capital
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
4.1.1.3 Receitas intra-orçamentárias
Em se tratando das receitas intra-orçamentárias, a execução superou em R$
155.200.963,94 (cento e cinqüenta e cinco milhões duzentos mil novecentos e sessenta
e três reais e noventa e quatro centavos) a previsão inicial. Desse montante a receita de
contribuições teve maior percentual de participação, o equivalente a 34,15% (trinta e
quatro vírgula quinze por cento) como pode ser certificado na tabela abaixo:
Tabela 12. Previsão X Execução das Receitas Intra-orçamentárias
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
58,86
0,78 0,47
39,67
0,23
Operações de Crédito
Alienações de Bens
Amortizações de Empréstimos
Concedidos
Transferências de Capital
Outras Receitas de Capital
Execução Receitas de Capital
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4.1.2 Execução da Despesa Orçamentária
A Lei Federal n.º 4.320/64 classifica a Despesa Orçamentária por categoria
econômica em Despesas Correntes e Despesas de Capital.
A apresentação do Balanço Orçamentário está estruturada em Créditos Iniciais,
Suplementares, Especiais e Extraordinários, evidenciados por categoria econômica e
detalhado até o nível de grupo de despesa.
A metodologia utilizada para a realização das análises abaixo levaram em
consideração as despesas provenientes de operações intra-orçamentárias.
Conforme evidenciado na Tabela abaixo a previsão inicial da despesa consolidada
totalizou a importância de R$ 8,8 bilhões distribuídos da seguinte forma: o valor de R$
8,4 bilhões refere-se a despesas orçamentárias e o valor de R$ 406,7 milhões refere-se
às operações de natureza intra-orçamentárias. Já a previsão atualizada importou o valor
de R$ 10,9 bilhões. Dessa maneira verifica-se a abertura de créditos adicionais no valor
de R$ 2,1 bilhões que pode ser confirmado na mesma tabela.
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Tabela 13. Previsão Inicial X Previsão Atualizada das Despesas Orçamentárias
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Procedida à análise da tabela abaixo, verifica-se que houve economia
orçamentária na importância de R$ 1,2 bilhão, proveniente da diferença apurada entre
a execução e previsão atualizada da despesa.
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 57 de 145
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Tabela 14. Previsão Atualizada X Execução das Despesas Orçamentárias
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Em se tratando da execução total das despesas do exercício 2010 (orçamentárias
e intra-orçamentárias), no tocante aos tipos de créditos utilizados no período, observa-
se que os créditos orçamentários e suplementares perfazem um total de R$ 9,7 bilhões
que equivale a 99,89% (noventa e nove vírgula oitenta e nove por cento). A tabela
abaixo demonstra essa execução.
Tabela 15. Execução das Despesas por tipo de crédito
Despesas Execução %
Títulos
Créditos Orçamentários e Suplementares 9.739.885.134,25 99,89
Créditos Especiais 10.387.231,25 0,11
TOTAL DAS DESPESAS 9.750.272.365,50 100,00
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 58 de 145
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No tocante as despesas orçamentárias por categorias econômicas o gráfico
abaixo demonstra que a execução das despesas correntes alcançou 88% (oitenta e oito
por cento) da execução total do período. Nesse demonstrativo não foram consideradas
as operações de natureza intra-orçamentárias, uma vez que estas representam apenas
7% (sete por cento) da execução total.
Gráfico 15. Execução das Despesas Correntes e de Capital
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
4.1.2.1 Despesas Correntes
As Despesas Correntes constituem-se despesas de natureza operacional, ou seja,
que não contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital.
Essas despesas representam encargos que não produzem acréscimos no patrimônio,
respondendo assim, pela manutenção e o funcionamento da máquina administrativa.
A metodologia utilizada para análise das despesas correntes contemplou as
operações de natureza intra-orçamentárias.
No exercício de 2010 o montante das despesas correntes executadas foi de R$
8,6 bilhões. É importante destacar que as despesas com pessoal e encargos atingiram R$
Despesas correntes
88%
Despesas de Capital
12%
Execução Despesas Correntes X Despesas de Capital
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4,5 bilhões o que equivale a 52,37% (cinqüenta e dois vírgula trinta e sete por centos)
desse montante.
Destaca-se também que as outras despesas correntes atingiram um percentual
de 40,93% (quarenta vírgula noventa e três por cento) seguidos dos juros e encargos da
dívida como demonstrado no gráfico abaixo:
Gráfico 16. Execução Despesas Correntes por Grupo de Despesas
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
4.1.2.2 Despesas de Capital
As Despesas de Capital constituem-se despesas realizadas pela entidade pública,
cujo propósito é criar novos bens de capital ou mesmo adquirir bens de capital para uso
ou realizar transferências de Capital. Tais despesas em geral resultam em acréscimo do
patrimônio público.
O Estado executou durante o exercício em despesas de capital o montante de R$
1.100.875.245,12 (um bilhão cem milhões oitocentos e setenta e cinco mil duzentos e
quarenta e cinco reais e doze centavos). Desse montante o equivalente a 73% (setenta e
três por cento) refere-se a investimentos e 27% refere-se à amortização da dívida.
Pessoal e Encargos Sociais
Juros e Encargos da Dívida
Outras Despesas Correntes
52,37
6,69
40,93
Execução por Grupo de Despesas
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
É importante ressaltar que as inversões financeiras apresentaram valor
irrelevante. Nesta análise das despesas de capital foram incluídas as operações de
natureza intra-orçamentárias
Gráfico 17. Execução Despesas de Capital por Grupo de Despesas
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
4.1.3 Regra de Ouro
Outro quociente a ser analisado é o da Execução Orçamentária Corrente
resultante da relação entre a Receita Realizada Corrente e a Despesa Empenhada
Corrente. Segue abaixo o cálculo desse quociente.
Nessa análise estão incluídas as operações de natureza intra-orçamentárias.
Quociente da Execução Corrente
TOTAL RECEITAS CORRENTES = 9.424.090.803,52 = 1,09
TOTAL DESPESAS CORRENTES 8.649.397.120,38
Investimentos 73%
Inversões Financeiras
0%
Amortizações da Dívida
27%
Execução por grupo de despesa
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Através da interpretação desse quociente é possível verificar que a receita
corrente suportou as despesas correntes, ou seja, não foi necessário utilizar receitas de
capital para financiar despesas correntes.
Outra análise a ser efetuada é quanto à obediência a chamada “Regra de Ouro”
amparada pela Constituição Federal de 1988, artigo 167, III, que assim estabelece: é
vedada a realização de operações de crédito que excedam as despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta”. Essa regra tem por
objetivo conter o excesso de operações de crédito e conseqüentemente endividamento
dos entes públicos.
Procedida à análise dos valores das receitas provenientes de operações de
crédito em confronto com as despesas de capital durante o exercício de 2010 verifica-se
que houve obediência a essa regra, como demonstrado no gráfico abaixo:
Gráfico 18. Operações de Crédito X Despesas de Capital
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Operações de Crédito Despesas de Capital
10.794.277
1.119.972.465
Regra de Ouro
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 62 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
4.2 Balanço Financeiro
De acordo com a Lei nº 4.320/64, o Balanço Financeiro demonstrará a receita e a
despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza extra-
orçamentária, conjugados com os saldos em espécies provenientes do exercício
anterior, e os que se transferem para o exercício seguinte.
Dessa forma, o Balanço Financeiro abrange tanto os Ingressos (Receitas
Orçamentárias e Recebimentos Extra-orçamentários) quanto os Dispêndios (Despesa
Orçamentária e Pagamentos Extra-orçamentários), que se equilibram com a inclusão do
saldo em espécie do exercício anterior na coluna dos ingressos e o saldo em espécie
para o exercício seguinte na coluna das despesas.
O resultado financeiro do exercício corresponde à diferença entre o somatório
dos ingressos orçamentários com os extra-orçamentários e dos dispêndios
orçamentários e extra-orçamentários. Se os ingressos forem maiores que os dispêndios,
ocorrerá um superávit; caso contrário, ocorrerá um déficit. Vale lembrar que este
resultado não deve ser entendido como superávit ou déficit financeiro do exercício, cuja
apuração é obtida por meio do Balanço Patrimonial. O resultado financeiro pode ser
também apurado pela diferença entre o saldo disponível para o exercício seguinte e o
saldo disponível do exercício anterior.
Dessa forma, logo após a tabela 16 que traz o Balanço Financeiro, foram
inseridas duas tabelas de demonstração do quociente orçamentário e extra-
orçamentário do Resultado Financeiro, que é resultante da relação entre o Resultado
Orçamentário e Extra-orçamentário e o Resultado Financeiro (Variação do Saldo em
Espécie).
Cabe registrar que no Relatório do Contador foi esclarecido que nem todas as
contas elencadas no conjunto de contas de Receitas Extra-orçamentárias e Despesas
Extra-orçamentárias se enquadram no conceito de Extra-orçamentário da Lei 4320/64.
As contas Receita do Tesouro a Receber, Receita Própria a Receber, Receita do Tesouro
a Repassar e Receita do Tesouro a Receber são contas de ativo e passivo financeiro que
por conta de modelo operacional praticado na Contabilidade Geral do Estado são
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
demonstradas no grupo de Receitas e Despesas Extra-orçamentárias por falta de melhor
opção de enquadramento no Balanço Financeiro. As demais contas obedecem ao
conceito da Lei 4320/64.
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Tabela 16. Balanço Financeiro – 2010
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Título Acumulado Título Acumulado
Receita Despesa
Receita Orçamentária 10.043.116.560,78 Despesa Orçamentária 9.750.272.365,50
Receitas Correntes 9.424.090.803,52 Legislativa 367.554.937,49
Receitas Tributárias 5.192.572.849,88 Judiciária 461.843.900,36
Receitas de Contribuições 1.471.967.187,30 Essencial a Justiça 162.863.806,12
Receitas Patrimoniais 85.661.254,09 Administração 867.485.808,13
Receitas Agropecuárias 73.597,60 Segurança Pública 915.993.100,82
Receitas Industriais 9.839.456,88 Assistência Social 11.663.973,28
Receitas de Serviços 321.034.097,50 Previdência Social 1.136.822.716,40
Transferências Correntes 2.684.860.635,49 Saúde 836.953.176,08
Outras Receitas Correntes 599.257.949,37 Trabalho 35.695.292,00
(-) Dedução da Receita Corrente - FUNDEB -941.095.879,41 Educação 1.331.868.543,51
(-) Outras Dedução da Receita Corrente -80.345,18 Cultura 17.186.452,71
Receita de Capital 619.025.757,26 Cidadania 64.040.058,20
Operação de Crédito 364.338.994,00 Urbanismo 62.898.319,26
Alienações de Bens 4.804.106,42 Habitação 32.480.123,95
Amortizações de Empréstimos 2.899.268,60 Gestão Ambiental 77.686.419,29
Transferências de Capital 245.576.399,70 Ciência e Tecnologia 95.793.301,59
Outras Receitas de Capital 1.406.988,54 Agricultura 118.868.527,69
Organização Agrária 18.193.136,77
Indústria 49.418.485,57
Comércio e Serviços 40.967.960,43
Energia 5.477.387,42
Transportes 437.083.334,93
Desporto e Lazer 68.432.922,22
Encargos Especiais 2.533.000.681,28
Receitas Extra-Orçamentárias 6.814.904.915,80 Despesas Extra-Orçamentárias 7.341.743.595,46
Restos a Pagar Processados 68.891.874,49 Restos a Pagar Processados 310.345.570,92
Restos a Pagar não Processados 299.531.191,52 Restos a Pagar não Processados 365.875.554,47
Consignações Inscritas em RP 55.706.519,64 Consignações Exercícios Anteriores 71.367.587,31
Consignações do Exercício 1.101.834.194,69 Consignações do Exercício 1.101.834.194,69
Depósitos de Diversas Origens 1.116.816.836,62 Depósitos de Diversas Origens 1.774.011.804,35
Despesas a Regularizar 468.657,38 Despesas a Regularizar 468.657,38
Depósitos a Terceiros 577.864.856,74 Depósitos a Terceiros 101.665.592,03
Receita Própria a Repassar 986.086.921,48 Receita Própria a Repassar 986.086.516,88
Receita do Tesouro a Repassar 810.807.419,04 Receita do Tesouro a Repassar 810.807.419,04
Receita própria a receber 986.086.516,88 Receita própria a receber 986.086.921,48
Recitas do Tesouro a Receber 810.809.927,32 Recitas do Tesouro a Receber 810.809.927,32
Restos a Pagar Processados de Exercícios Anteriores 52.192,62
Restos a Pagar não Processados de Exercícios Anteriores 14.248.160,25
Consignações de RP não Processados de Ex. Anteriores 257.609,83
Consignações de RP Processados de Ex. Anteriores 8.856,73
Consignações do Exercício de RP não Processado 7.504.655,69
Outras Consignações Dep. Diversas Origens 298.165,10
Contribuições Fiscais e Sociais a Recuperar 14.209,37
SALDO DISPONÍVEL DO EXERCÍCIO ANTERIOR SALDO DISPONÍVEL PARA EXERCÍCIO SEGUINTE
DISPONÍVEL 859.581.516,34 DISPONÍVEL 625.587.031,96
EM CAIXA 0,00 EM CAIXA 0,00
EM BANCOS 859.581.516,34 EM BANCOS 625.587.031,96
Bancos Conta Movimento 859.581.516,34 Bancos Conta Movimento 625.587.031,96
Capacidade Financeira 0,00 Capacidade Financeira 0,00
Recebida 366.899.730,06 Recebida 134.258.206,44
(-)Concedida -366.899.730,06 (-)Concedida -134.258.206,44
Total 17.717.602.992,92 Total 17.717.602.992,92Nota: As contas Receita Própria a Repassar / Receita Própria a Receber / Receita do Tesouro a Repassar / Receita do Tesouro a Receber - são contas de ativo e passivo financeiro que por conta de modelo operacional praticado pela
Contabilidade Geral do Estado são demonstradas no grupo de Receitas e Despesas Extra-Orçamentárias por falta de melhor opção de enquadramento no Balanço Financeiro.
Balanço FinanceiroReceita Despesa
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Tabela 17. Resultado Orçamentário X Resultado Financeiro
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS (a) R$ 10.043.116.560,78
DESPESAS ORÇAMENTÁRIAS (b) R$ 9.750.272.365,50
RESULTADO ORÇAMENTÁRIO (c = a - b) R$ 292.844.195,28
SALDO DISPONÍVEL DO EXERCÍCIO ANTERIOR (d) R$ 859.581.516,34
SALDO DISPONÍVEL PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE (e) R$ 625.587.031,96
RESULTADO FINANCEIRO (f = e - d) -R$ 233.994.484,38
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Tabela 18. Resultado Extra-orçamentário X Resultado Financeiro
RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIAS (a) R$ 6.814.904.915,80
DESPESAS EXTRAORÇAMENTÁRIAS (b) R$ 7.341.743.595,46
RESULTADO EXTRA-ORÇAMENTÁRIO (c = a - b) -R$ 526.838.679,66
SALDO DISPONÍVEL DO EXERCÍCIO ANTERIOR (d) R$ 859.581.516,34
SALDO DISPONÍVEL PARA O EXERCÍCIO SEGUINTE (e) R$ 625.587.031,96
RESULTADO FINANCEIRO (f = e - d) -R$ 233.994.484,38
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Verifica-se pelas tabelas que o resultado financeiro demonstra que ocorreu
variação negativa no saldo de disponibilidade do exercício de 2009 para o de 2010. A
tabela 17 indica que o Resultado Orçamentário contribuiu para uma variação positiva,
porém em proporção maior o resultado extra-orçamentário foi deficitário (tabela 18), o
que implicou em decréscimo do disponível na comparação do exercício anterior com o
de 2010.
Em geral, um resultado financeiro positivo é um indicador de equilíbrio
financeiro. No entanto, é importante mencionar que uma variação positiva na
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
disponibilidade do período não é sinônimo, necessariamente, de bom desempenho da
gestão financeira, pois pode acontecer, por exemplo, mediante elevação do
endividamento público. Da mesma forma, a variação negativa na disponibilidade do
período não significa, necessariamente, um mau desempenho, pois pode refletir uma
redução no endividamento.
Nesse exercício o resultado negativo pode ser explicado pela quitação de restos
a pagar de exercícios anteriores, e nesse sentido o resultado financeiro deficitário é
entendido de forma positiva, pois contribuiu para a diminuição da dívida de curto prazo.
Se verificado o exercício anterior, nota-se que aquele exercício encerrou-se com
insuficiência de disponibilidade para fazer face aos restos a pagar inscritos, o que
provocou reflexos no resultado financeiro de 2010.
O Balanço Financeiro traz também as Despesas por Função de Governo, sendo as
funções com maior dispêndio de recursos demonstradas na tabela 19, conforme segue.
Tabela 19. Demonstrativo da Despesa por Função
Nº Ordem Função de Governo Valor % Total
1 Encargos Especiais 2.533.000.681,28 25,98%
2 Educação 1.331.868.543,51 13,66%
3 Previdência Social 1.136.822.716,40 11,66%
4 Segurança Pública 915.993.100,82 9,39%
5 Administração 867.485.808,13 8,90%
6 Saúde 836.953.176,08 8,58%
7 Judiciária 461.843.900,36 4,74%
8 Transportes 437.083.334,93 4,48%
9 Legislativa 367.554.937,49 3,77%
10 Essencial a Justiça 162.863.806,12 1,67%
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
... Demais Funções 698.802.360,38 7,17%
Despesa Orçamentária 9.750.272.365,50 100,00%
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador/AGE
Verifica-se que a Função com maior execução foi a “encargos especiais”. Essa
Função engloba as despesas orçamentárias em relação às quais não se pode associar um
bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como: dívidas,
ressarcimentos, indenizações e outras afins, representando, portanto, uma agregação
neutra. Segundo o relatório do contador as despesas mais representativas dessa Função
são referentes a transferências constitucionais aos municípios (R$ 1,35 bilhões) e às
despesas com o serviço da dívida (870 milhões).
As Funções sociais estão presentes no ranking das mais executadas, sendo
representadas pela “Educação” (13,66%), Previdência Social (11,66%), Saúde (8,58%),
Judiciária (4,74%) e Transportes (4,48%).
4.3 Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar,
qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e
financeira do Estado. Essa demonstração está regulamentada no artigo 105 da Lei n.
4320/64 demonstrando o Ativo Financeiro, Ativo Permanente, Passivo Financeiro,
Passivo Permanente, Saldo Patrimonial e as Contas de Compensação.
4.3.1 Superávit Financeiro
O mecanismo de apuração do superávit financeiro foi estabelecido no artigo 43
da Lei no 4.320/1964, nos seguintes termos:
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
§ 2º Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos adicionais transferidos e as operações de credito a eles vinculadas.
Com base no Balanço Patrimonial Consolidado de 31/12/2010 verifica-se que o
ativo financeiro perfaz um total de R$ 1.316.173.883,58 (um bilhão trezentos e
dezesseis milhões cento e setenta e três mil oitocentos e oitenta e três reais e cinqüenta
e oito centavos) enquanto o passivo financeiro possui valor de R$ 704.446.591,50
(setecentos e quatro milhões quatrocentos e quarenta e seis mil quinhentos e cinqüenta
e um reais e cinqüenta centavos). Dessa forma, o superávit financeiro apurado no
exercício é de R$ 611.727.292,08 (seiscentos e onze milhões setecentos e vinte e sete
mil duzentos e noventa e dois reais e oito centavos), demonstrando que o Estado possui
capacidade de pagamento de curto prazo, conforme evidenciado abaixo:
Tabela 20. Demonstrativo de Apuração do Superávit Financeiro
Título 2010
A - Ativo Financeiro 1.316.173.883,58
B - Passivo Financeiro 704.446.591,50
Superávit Financeiro (A-B)
611.727.292,08
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
O gráfico abaixo demonstra um aumento, em termo absoluto, no valor do
Superávit Financeiro no ano de 2010 em comparação ao exercício anterior.
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Gráfico 19. Comparativo do Superávit Financeiro
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Em relação ao Passivo Não Financeiro verifica-se que houve redução do mesmo
se comparado com o exercício de 2009, conforme pode ser observado no gráfico abaixo:
Gráfico 20. Comparativo do Passivo Não Financeiro
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
Superávit Financeiro - 2009 Superávit Financeiro - 2010
415.518.548,12
611.727.292,08
Superávit Financeiro
7.000.000.000 7.100.000.000
Passivo Não Financeiro -2009
Passivo Não Financeiro -2010
Passivo Não Financeiro
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
No tocante ao Saldo Patrimonial apurado através da diferença entre Ativo Real e
Passivo Real, verifica-se um resultado positivo na importância de R$ 7,0 bilhões,
conforme demonstrado abaixo:
Tabela 21. Apuração do Saldo Patrimonial
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
4.4 Demonstrações das Variações Patrimoniais
A Demonstração das Variações Patrimoniais é o anexo 15 da Lei Federal
4.320/64. Este demonstrativo reflete as alterações resultantes e independentes da
execução orçamentária ocorridas no patrimônio durante o exercício financeiro.
As Variações Ativas são todas aquelas que provocam movimentações
quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio, pelo aumento de valores ativos,
reduções de valores passivos ou fato permutativo. As Variações Passivas, por sua vez,
são aquelas que provocam movimentações quantitativas e qualitativas ocorridas no
patrimônio, pelo aumento de valores passivos, redução de valores ativos ou fato
permutativo.
No exercício de 2010, o total das Variações Ativas superou as Variações Passivas,
provocando um superávit no valor de R$ 2,9 bilhões, conforme demonstrado a seguir:
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Tabela 22. Demonstração das Variações Patrimoniais
Fonte: Balanço Geral do Estado – Relatório do Contador
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
5. VEDAÇÕES DO ÚLTIMO ANO DO MANDATO
A Lei Eleitoral n. 9504/97, que estabelece normas para eleições, trata das
condutas vedadas aos agentes públicos em campanhas eleitorais. Além disso, a Lei de
Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar Federal nº 101/2000) impõe restrições, em
ano de Eleições, aos agentes públicos das três esferas de Governo e dos Poderes. Essas
restrições visam manter o equilíbrio orçamentário e financeiro e não permitir aumento
de despesas ou dívidas para o exercício subseqüente, sem o proporcional aumento de
receitas, afastando, assim, possibilidade de se inviabilizar as ações do futuro governante
ou administrador, com o engessamento financeiro da administração seguinte.
As principais restrições impostas pela Lei Complementar nº 101/2000, bem como
pela Eleitoral n. 9504/97, no último ano do mandato do gestor estadual, são as
seguintes:
5.1 Aumento de despesa total com pessoal
O artigo 21, parágrafo Único da LRF estabelece que é nulo de pleno direito ato
que resulte em aumento da despesa com pessoal, expedido nos cento e oitenta dias
anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou Órgão referido no art.
20.
Já a Lei 9504/97 traz a seguinte regra para o ano de eleição, a saber:
Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintes condutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatos nos pleitos eleitorais:
V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que o antecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, ressalvados:
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 73 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança;
b) a nomeação para cargos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos Tribunais ou Conselhos de Contas e dos órgãos da Presidência da República;
c) a nomeação dos aprovados em concursos públicos homologados até o início daquele prazo;
d) a nomeação ou contratação necessária à instalação ou ao funcionamento inadiável de serviços públicos essenciais, com prévia e expressa autorização do Chefe do Poder Executivo;
e) a transferência ou remoção ex officio de militares, policiais civis e de agentes penitenciários;
No tocante a esse assunto, a Auditoria Geral do Estado desenvolveu alguns
trabalhos, a citar o Parecer de Auditoria n. 152/2010, para a Secretaria de Estado de
Ciência e Tecnologia – SECITEC, versando sobre a realização de concurso público no
último ano de mandato e alertando sobre a vedação da Lei 9504/97, conforme trecho
do Parecer transcrito abaixo:
... a execução da despesa para realização do concurso deve estar condicionada a observância do art. 169, caput e no § 1º e seus incisos I e II, da Constituição Federal, isto é, existência de prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de despesa de pessoal e os acréscimos dela decorrentes e de autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias; bem como aos limites de despesa com pessoal previstos no art. 20 da LRF e em conformidade com o disposto no seu art. 42.
Por fim, alertamos que a lei eleitoral (Lei n.º 9504/97) veda as nomeações, contratações ou qualquer outra forma de admissão, demissões sem justa causa, supressões ou readaptações de vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remoções, transferências ou exonerações de servidor público a partir de 3/7/2010 até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, exceto as nomeações dos aprovados em concurso público homologado até 3/7/2010, bem como as nomeações ou exonerações de cargos em comissão e designação ou dispensa de funções de confiança.
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Foi emitido para a Secretaria de Administração o Parecer de Auditoria n.
167/2010, que tratou da possibilidade de nomeação de aprovado em concurso público
homologado antes de 180 dias do fim do mandato, sendo alertado também nesse
parecer sobre as vedações decorrentes do período eleitoral.
Por fim, resta esclarecer que a Auditoria nos trabalhos realizados nos órgãos e
entidades integrantes do Poder Executivo não detectou nenhum ato referente à pessoal
que pudesse comprometer orçamentos futuros, conforme veda as normas legais.
5.2 Contratar Operações de Crédito por Antecipação de Receita - ARO
O comando contido no artigo 38 da Lei 101/2000 proíbe a contratação de
operação de crédito por antecipação de receita no último ano do mandato do
Governador com o objetivo de impedir a transferência de dívida para o exercício
seguinte ao do último ano do mandato. Tal operação de crédito é a que visa atender
insuficiência de caixa durante o exercício financeiro.
Com base nos Relatórios de Gestão Fiscal dos três quadrimestres do ano de
2010, verifica-se que não houve contratação de Operações de Crédito por Antecipação
de Receita (ARO) durante o exercício. Dessa maneira resta claro a obediência a esse
dispositivo da Lei de Responsabilidade Fiscal.
5.3 Disponibilidade Financeira versus Restos a Pagar
Determina o artigo 42 da LRF que é vedado nos últimos 08 (oito) meses do
mandato do gestor, e não apenas do Chefe do Poder Executivo, contrair despesa que
não possa ser integralmente cumprida ou quitada até o término do respectivo mandato;
ou ainda, que assuma compromisso para pagar parcelas no exercício seguinte sem que
possa deixar recursos suficientes em caixa para pagar as parcelas antes ajustadas.
Analisando o Balanço Patrimonial do Estado encerrado em 31/12/2010 verifica-
se a existência de disponibilidade financeira no valor de R$ 625.587.031,96 (seiscentos e
vinte e cinco milhões quinhentos e oitenta e sete mil trinta e um reais e noventa e seis
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
centavos) em contrapartida os Restos a Pagar demonstrados no passivo financeiro
perfazem um total de R$ 427.774.307,78 (quatrocentos e vinte e sete milhões
setecentos e setenta e quatro mil trezentos e sete reais e setenta e oito centavos).
Dessa maneira os restos a pagar possuem respaldo financeiro para sua cobertura no
próximo exercício.
É importante ressaltar acerca do tratamento aplicado em relação aos saldos de
Restos a Pagar de Exercícios anteriores. Segundo consta no relatório do contador os
restos a pagar tiveram três tratamentos, são eles:
1 – Os restos a pagar não processados dos exercícios anteriores a 2009 e que
continuavam com este status em 31/12/2010 foram sumariamente cancelados;
2 – Os processados que não foram pagos por falta de cumprimento de
adimplemento por parte dos credores, que por motivos vários, não apresentaram, por
exemplo, a certidão negativa de débitos com as fazendas pública estadual, federal ou
previdenciária foram reclassificados como obrigação do passivo não financeiro; e
3 – Os que apresentaram evolução na execução da despesa, tais como nova
medição de obra, conclusão do processo de exportação, entre outros, foram
preservados como restos a pagar e constam na categoria “reinscritos”.
O gráfico abaixo demonstra a composição dos Restos a Pagar:
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Gráfico 21. Composição Restos a Pagar
Fonte: Balanço Patrimonial – Relatório do Contador
Ressalta-se que em relação ao tratamento 2 não há qualquer prejuízo ao credor,
uma vez que apesar de haver o cancelamento dos restos a pagar processados de
exercícios anteriores, retirando-os do passivo financeiro, faz-se o lançamento colocando
tal obrigação no passivo patrimonial, mantendo-se assim sua contabilização como
obrigação de longo prazo, algo coerente com o prazo não imediato de seu pagamento.
5.4 Realização de ações publicitárias
A Lei 9504/97 estabelece em seu artigo 73, inciso VI, alínea b, que são proibidas
aos agentes públicos, nos três meses que antecedem o pleito eleitoral, autorizar
publicidade institucional dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos
públicos federais, estaduais ou municipais, ou das respectivas entidades da
administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim
reconhecida pela Justiça Eleitoral. Essa proibição não alcança a publicidade legal e a
propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado.
Restos a Pagar Processados
29%
Restos a Pagar Não
Processados70%
Restos a Pagar Reinscritos
1%
Composição Restos a Pagar
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Ainda de acordo com a Lei Eleitoral é proibido realizar despesas com publicidade
na Administração direta e indireta que exceda a média dos gastos dos últimos três anos
ou do último ano imediatamente anterior à eleição, dos dois o menor.
Nesse sentido a Auditoria Geral do Estado, mediante a Orientação Técnica
060/2010, orientou a Secretaria de Estado de Comunicação Social sobre o limite de
despesa com publicidade.
No levantamento realizado da despesa com publicidade foram considerados os
seguintes elementos/subelementos de despesas1:
3623 – Serviços terceiros de pessoa física com comunicação em geral - Despesas com
serviços utilizados para: confecção de material para comunicação visual, geração de
materiais para divulgação por meio dos veículos de comunicação e assemelhados;
3639 – Serviços de terceiros de pessoa física com promoção de eventos - Despesas com
serviços de promoção de eventos artísticos, culturais, turísticos, recreativos e
desportivos, conferências e exposições;
3923 – Serviços terceiros de pessoa jurídica com comunicação em geral - Despesa com
confecção de material para comunicação visual, geração de material para divulgação por
meio dos veículos de comunicação, publicação de editais, extratos, convocação e
assemelhados;
3963 – Serviços terceiros de pessoa jurídica gráficos e clicheria - Despesas com serviços
utilizados na: confecção de impressos em geral, encadernação em geral, impressão de
jornais, boletins, encartes, folder, cópias heliográficas e assemelhados, carimbos,
datadores, placas matrizes e assemelhadas;
3977 – Serviços terceiros de pessoa jurídica de publicidade e propaganda - Despesas
com serviços publicidade e propaganda;
1 Da despesa com serviços de terceiros - pessoa jurídica - gráficos e clicheria (3963) foram excluídos da
base de cálculo os valores pagos com os serviços de carimbos e clicherias, por não se tratar de serviços de
publicidade.
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
3992 – Serviços terceiros de pessoa jurídica com promoção de eventos - Despesas
realizadas com serviço de promoções artísticas culturais, turísticas, recreativas,
desportivas, seminários e congressos, prestados por pessoa jurídica.
Nessa orientação foi apresentado o cômputo da despesa com publicidade
extraídas de relatórios do Sistema SIG-MT, sendo apurada a média dos três últimos anos
com gastos dessa natureza, conforme preconiza o art. 50, VI da Resolução n. 23191 -
TSE, assim, o limite para o exercício de 2010 foi de R$ 49.388.524,25 (quarenta e nove
milhões trezentos e oitenta e oito mil quinhentos e vinte e quatro reais e vinte e cinco
centavos). Vale esclarecer que foi utilizada a média dos três últimos anos, pois as
despesas do exercício anterior foram superiores a essa média. O detalhamento do limite
para o exercício de 2010 foi demonstrado na tabela que segue.
Tabela 23. Publicidade - limite de gastos 2010
PUBLICIDADE 2007 2008 2009 MÉDIA DOS 3
ANOS – limite p/ 2010
Adm. Direta (a)
31.800.973,83 46.510.534,72 59.234.009,62 45.848.506,06
Adm. Indireta (b)
3.734.506,96 3.179.922,61 4.320.321,42 3.744.917,00
Subtotal (a+b) 35.535.480,79 49.690.457,33 63.554.331,04 49.593.423,05
Carimbos e clicherias (c)
257.435,89 163.671,51 193.589,00 204.898,80
TOTAL (a+b-c) 35.278.044,90 49.526.785,82 63.360.742,04 49.388.524,25
Fonte: SIG/Orientação Técnica 60/2010 - AGE
A execução de despesas com publicidade no exercício de 2010, apurada
conforme metodologia já esclarecida, segue demonstrada na próxima tabela.
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Tabela 24. Despesas com publicidade 20102
PUBLICIDADE 2010
Adm. Direta (a) 43.095.149,45
Adm. Indireta (b) 2.591.492,60
Subtotal 45.686.642,05
AGECOPA (c) 3.309.993,01
TOTAL (a+b+c) 48.996.635,06
Fonte: SIG
Conforme se verifica na tabela acima, as despesas com publicidade no exercício
de 2010 não ultrapassou o limite estabelecido, cumprindo, portanto, o ditame legal.
Vale ressaltar que, nos exercícios de 2007 e 2008 que compuseram a média para a
fixação do limite para 2010 não havia a AGECOPA, porém, mesmo considerando as
despesas dessa Agência, as despesas executadas no exercício ficaram abaixo do limite
estabelecido.
6. LIMITES CONSTITUCIONAIS E LEGAIS
6.1 Resultado Nominal
O Resultado Nominal apurado no anexo VI do Relatório Resumido da Execução
Orçamentária tem por objetivo medir a evolução da Dívida Fiscal Líquida a partir dos
saldos apurados ao final de cada exercício, em comparação ao verificado no ano
imediatamente anterior.
O Balanço Geral e o RGF do 3º quadrimestre/2010 apresentam um resultado
nominal de 28,3 milhões, como pode ser observado na tabela abaixo:
2 Foram excluídas as despesas com os serviços de carimbos e clicherias, bem como com material de
expediente e despesas obrigatórias e legais, por não se enquadrarem em serviços de publicidade.
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Tabela 25. Resultado Nominal
Especificação
Saldo
Em 31 de Dez 2009 (a)
Em 31 de Dez 2010
(c)
(I) Dívida Consolidada 4.804.391.620,86
4.912.549.079,78
(II) Deduções 922.537.025,37
984.367.692,77
Ativo Disponível 859.581.516,34
601.790.490,57
Haveres Financeiros*** 459.400.376,11
507.175.596,33
(-) Restos a Pagar Processados ** (396.444.867,08)
(124.598.394,13)
(III) Dívida Consolidada Líquida = (I-II) 3.881.854.595,49
3.928.181.387,01
(IV) Receita de Privatizações - -
(V) Passivos Reconhecidos 260.996.168,99
279.016.611,86
(VI) Dívida Fiscal Líquida = (III+IV-V) 3.620.858.426,50
3.649.164.775,15
Especificação Período de Referência – 2010
Resultado Nominal = VI (2009) - VI (2010) 28.306.348,65
Discriminação da Meta Fiscal Valor Corrente
Resultado Nominal - Meta LOA Compatibilizada/2010.
(572.361.862,47)
Fonte: Balanço Geral – Relatório do Contador
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No Anexo II - Meta Fiscal que integrou a LDO referente a 2010, foi prevista uma
redução do estoque da divida fiscal liquida da ordem de R$ 572,3 milhões. Dessa
maneira, verifica-se que a meta estabelecida nesse instrumento não foi atingida, pois o
valor do Resultado Nominal do ano de 2010 foi de R$ 28,3 milhões.
O estoque da dívida consolidada líquida que era de R$ 3,62 bilhões em 2009
encerrou o exercício de 2010 com o saldo de R$ 3,64 bilhões.
O Demonstrativo abaixo demonstra as variações ocorridas no estoque da dívida,
bem como a composição dos passivos reconhecidos.
Tabela 26. Estoque da Dívida
DEMONSTRATIVO DAS VARIAÇÕES NO ESTOQUE DA DÍVIDA PÚBLICA
TOTAL ACRÉSCIMO NO ESTOQUE DA DÍVIDA 636.306.650,14
Novos Contratos 421.927.488,95
Aumento de Estoque em (f) Correções no Saldo p/ Pagamento 214.379.161,19
TOTAL DECRÉSCIMO NO ESTOQUE DA DÍVIDA 528.149.191,22
Diminuições em (f) Amortização do Principal 528.149.191,22
VARIAÇÃO DIVIDA 108.157.458,92
COMPOSIÇÃO PASSIVOS RECONHECIDOS
INSS - Governo 101.432.057,57
Lei 11.941 /09 30.185.298,28
Lei 11.941 /09 99.282.336,99
DNPM - METAMAT 1.019.196,16
FGTS 11.128.143,04
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SEDUC 34.962.200,00
PRECATORIOS - EGE SEFAZ 1.007.379,82
TOTAL 279.016.611,86
Fonte: Balanço Geral – Relatório do Contador
É importante informar que consta da Recomendação Técnica n. 007/2011 desta
Auditoria Geral orientações acerca da metodologia utilizada na elaboração do
Demonstrativo de Resultado Nominal, anexo VI, Relatório Resumido de Execução
Orçamentária, uma vez que as informações desse demonstrativo não estão coerentes
com o balanço patrimonial.
Outro ponto verificado em relação ao Demonstrativo do Resultado Nominal é a
não demonstração de forma destacada dos valores referentes ao Regime Próprio
Previdenciário.
6.2 Resultado Primário
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) o resultado primário
representa a diferença entre as receitas e as despesas primárias. Sua apuração fornece
uma melhor avaliação do impacto da política fiscal em execução pelo ente da
Federação. Superávits primários, que são direcionados para o pagamento de serviços da
dívida, contribuem para a redução do estoque total da dívida líquida. Em contrapartida,
déficits primários indicam a parcela do aumento da dívida, resultante do financiamento
de gastos não-financeiros que ultrapassam as receitas não-financeiras (Manual RREO).
As receitas primárias correspondem ao total das receitas orçamentárias
deduzidas as operações de crédito, as provenientes de rendimentos de aplicações
financeiras e retorno de operações de crédito (juros e amortizações), o recebimento de
recursos oriundos de empréstimos concedidos e as receitas de privatizações. Enquanto
as Despesas Primárias correspondem ao total das despesas orçamentárias deduzidas as
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
despesas com juros e amortização da dívida interna e externa, com a aquisição de
títulos de capital integralizado e as despesas com concessão de empréstimos com
retorno garantido.
A finalidade do conceito de Resultado Primário é indicar se os níveis de gastos
orçamentários dos entes federativos são compatíveis com sua arrecadação, ou seja, se
as Receitas Primárias são capazes de suportar as Despesas Primárias.
A tabela extraída do Anexo VII, do Relatório Resumindo de Execução
Orçamentária, referente ao 6º bimestre do ano de 2010, demonstra o Resultado
Primário do ano de 2010.
Tabela 27. Resultado Primário
Receitas Primárias Valor
Receitas Primárias Correntes (I) 9.348.596.514,90
Receitas Correntes Totais 9.424.171.148,70
(-) Aplicações Financeiras 75.574.633,80
Receitas de Capital (II) 619.025.757,26
(-) Operações de Crédito (III) 364.338.994,00
(-) Amortização de Empréstimo (IV) 2.899.268,60
(-) Alienação de Bens (V) 4.804.106,42
Receitas Primárias de Capital (VI) = (II - III - IV - V) 246.983.388,24
RECEITA PRIMÁRIA TOTAL (VII) = (I + VI)
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9.595.579.903,14
Despesas Primárias Valor
Despesas Correntes (VIII) 8.649.397.120,38
(-) Juros e Encargos da Dívida (IX) 578.760.685,23
Despesas Primárias Correntes (X) = (VIII - IX) 8.070.636.435,15
Despesas de Capital (XI) 1.100.875.245,12
(-) Concessão de Empréstimos (XII) 1.827.555,00
(-) Aquis. De Título de Capital já integralizado (XIII) -
(-) Amortização da Dívida (XIV) 295.477.267,02
Despesas Primárias de Capital (XV) = (XI - XII - XIII- XIV) 803.570.423,10
DESPESA PRIMÁRIA TOTAL (XVI) = (X + XV)
8.874.206.858,25
RESULTADO PRIMÁRIO
721.373.044,89
Fonte: RREO – 6º Bimestre/2010
De acordo com os dados acima, verifica-se que as receitas primárias totalizam R$
9,59 bilhões e as despesas primárias atingiram a importância de R$ 8,87 bilhões. Dessa
forma o Resultado Primário apurado no período é um superávit de R$ 721,3 milhões.
A meta de Resultado Primário fixada no anexo de Metas Fiscais constante da LDO
para o exercício de 2010 foi de R$ 788,6 milhões.
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Embora não tenha atingido a meta estabelecida na LDO, o resultado apurado em
2010 revela que o Estado de Mato Grosso é auto-suficiente uma vez que suas receitas
primárias superaram em 721,3 milhões as suas despesas primárias. Dessa forma, esse
valor pode ser utilizado também para pagamento do serviço da dívida (juros e
amortização).
6.3 Dívida Pública
A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu artigo 29 estabelece que a dívida
consolidada ou fundada é o montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de leis, contratos, convênios ou
tratados e da realização de operação de crédito para amortização em prazo superior a
12 (doze) meses.
A Resolução n. 40/2001 do Senado Federal estabelece que ao final do décimo
quinto exercício financeiro, contado a partir do encerramento do ano de sua publicação,
a Dívida Consolidada Líquida não poderá exceder, no caso dos Estados, a duas vezes
(200%) da Receita Corrente Líquida do exercício.
A tabela abaixo extraída Anexo II, do Relatório de Gestão Fiscal referente ao 3º
quadrimestre de 2010, demonstra a Dívida Consolidada Liquida em 31/12/2010.
Tabela 28. Dívida Consolidada Líquida
Especificação Valor
Dívida Consolidada 4.912.549.079,78
(-) Deduções 984.367.692,77
Dívida Consolidada Líquida 3.928.181.387,01
Receita Corrente Líquida
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7.099.677.148,16
% da DCL sobre a RCL 55,33
Limite Resolução do Senado - 200% da RCL
14.199.354.296,32
Fonte: RGF – 3º Quadrimestre/2010
A Dívida Consolidada Líquida em 2010, como pode ser observada na tabela
acima, corresponde a 55,33% (cinqüenta e cinco vírgula trinta e três por cento) da RCL,
percentual bem abaixo do estabelecido na Resolução do Senado Federal enquanto que
em dezembro de 2009 a Dívida Consolidada Líquida representava 60,02% da RCL. Dessa
maneira verifica-se um comportamento positivo, uma vez que o percentual da dívida em
relação à Receita Corrente Líquida diminuiu neste exercício.
De acordo com as observações contidas no Anexo II do RGF, referente ao 3º
quadrimestre/2010, o Governo de Mato Grosso optou em não contabilizar a dívida
previdenciária, enquanto não houver adesão dos poderes no Regime Previdenciário.
6.4 Operações de Crédito
De acordo com a STN o Demonstrativo das Operações de Crédito, Anexo IV do
Relatório de Gestão Fiscal, visa a assegurar a transparência das operações de crédito
efetuadas pelo ente da Federação, discriminando-as em face de sua relevância à luz da
legislação aplicável, e a verificar os limites de que trata a LRF e as Resoluções do Senado
Federal. Nos termos do § 1º do art. 1º da LRF, “a responsabilidade na gestão fiscal
pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem
desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas (...)”, razão pela qual o
controle das operações de crédito é essencial à gestão fiscal responsável, visto que tais
operações embutem risco de não adimplemento das obrigações, geralmente refletido
na cobrança de juros, os quais serão incorporados ao valor original da dívida.
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Com base no Demonstrativo das Operações de Crédito, anexo IV do RGF,
verifica-se que as operações de créditos do exercício equivalem a 4,08% da RCL, estando
adequada ao limite de 16% da RCL, conforme determina a Resolução do Senado n.
43/2001, artigo 7º, inciso I.
Ressalta-se que não ocorreram operações de crédito por antecipação da receita,
as quais se encontram limitadas a 7% da RCL, nos termos do art. 10 daquela mesma
resolução.
6.5 Despesa com Pessoal
O artigo 19, inciso II, da Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o limite de
gastos com pessoal para os Estados é de 60% da RCL, distribuídos da seguinte forma,
segundo art. 20, inciso II do mesmo diploma legal:
a) 3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% para o Judiciário;
c) 49% para o Executivo;
d) 2% para o Ministério Público Estadual.
Tabela 29. Despesas com Pessoal do Poder Executivo Estadual
DESPESA COM PESSOAL
PODER EXECUTIVO
Janeiro a Dezembro/2010
DESPESA BRUTA COM PESSOAL (I) 3.853.789.810,06
Pessoal Ativo 2.976.630.399,05
Pessoal Inativo e Pensionistas 857.896.957,44
Outras Desp. De pessoal decorrentes
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
de Contratos de Terceirizações 19.262.453,57
DESPESAS NÃO COMPUTADAS (II) 930.190.741,42
DESPESA LÍQUIDA COM PESSOAL (III)=(I-II)
2.923.599.068,64
Receita Corrente Líquida 7.099.677.148,16
% da Despesa Total com pessoal 41,18
Limite Máximo - 49% 3.478.841.802,60
Limite Prudencial - 46,55% 3.304.899.712,47
Fonte: RGF – 3º Quadrimestre/2010
De acordo com a tabela acima, observa-se que as despesas com pessoal e
encargos do Poder Executivo em dezembro de 2010 atingiram o montante de R$ 2,923
bilhões, o equivalente a 41,18% da RCL. Dessa maneira o limite estabelecido pela LRF foi
cumprido.
Em comparação com o exercício anterior verifica-se que o percentual em 2010 é
1,38% acima do percentual de 2009, que atingiu 39,80% da Receita Corrente Líquida.
6.6 Educação
6.6.1 Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
A Constituição Federal em seu artigo 212 determina aos Estados a aplicação de
no mínimo vinte e cinco por cento da receita resultante de impostos, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.
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Verifica-se no RREO do 6º bimestre de 2010 que o Estado aplicou 29,18% (vinte e
nove vírgula dezoito por cento) na manutenção e desenvolvimento do ensino,
cumprindo, portanto, o mandamento constitucional.
Tabela 30. Manutenção e Desenvolvimento do Ensino – RREO 6º bimestre 2010
Fonte: RREO 6º bimestre
1 - RECEITA DE IMPOSTOS 4.818.091.573,12
1.1- Receita Resultante do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual
e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS 4.535.647.562,50
1.1.1- ICMS 4.513.686.634,21
1.1.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ICMS -
1.1.3- Dívida Ativa do ICMS 14.376.209,77
1.1.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do ICMS 7.634.654,26
1.1.5- (–) Deduções da Receita do ICMS 49.935,74
1.1.6- Adicional de até 2% do ICMS destinado ao Fundo de Combate à Pobreza (ADCT, art. 82, §1º) -
1.1.7- (–) Deduções da Receita do Adicional de até 2% do ICMS -
1.2- Receita Resultante do Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação de Bens e Direitos – ITCD 21.063.456,55
1.2.1- ITCD 21.012.617,09
1.2.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do ITCD -
1.2.3- Dívida Ativa do ITCD 40.896,66
1.2.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do ITCD 9.942,80
1.2.5- (–) Deduções da Receita do ITCD -
1.3- Receita Resultante do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA 261.380.554,07
1.3.1- IPVA 261.378.587,64
1.3.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IPVA -
1.3.3- Dívida Ativa do IPVA 6.730,91
1.3.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IPVA 2.941,54
1.3.5- (–) Deduções da Receita do IPVA 7.706,02
1.4- Receita Resultante do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza Retido na Fonte – IRRF -
1.4.1- IRRF -
1.4.2- Multas, Juros de Mora e Outros Encargos do IRRF -
1.4.3- Dívida Ativa do IRRF -
1.4.4- Multas, Juros de Mora, Atualização Monetária e Outros Encargos da Dívida Ativa do IRRF -
1.4.5- (–) Deduções da Receita do IRRF -
2 - RECEITA DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS 1.200.220.405,57
2.1- Cota-Parte FPE 1.125.796.406,40
2.2- ICMS-Desoneração - L.C. nº87/1996 28.385.223,72
2.3- Cota-Parte IPI-Exportação 45.573.303,43
2.4- Cota-Parte IOF-Ouro 465.472,02
3 - TOTAL DA RECEITA DE IMPOSTOS (1 + 2) 6.018.311.978,69
4 - PARCELA DO ICMS REPASSADA AOS MUNICÍPIOS (25% de (1.1 – (1.1.6 – 1.1.7))) 1.172.366.920,99
5 - PARCELA DO IPVA REPASSADA AOS MUNICÍPIOS (50% de 1.3) 139.703.167,92
6 - PARCELA DA COTA-PARTE DO IPI-EXPORTAÇÃO REPASSADA AOS MUNICÍPIOS (25% de 2.3) 11.393.325,86
7 - TOTAL DAS DEDUÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS (4 +5 + 6) 1.323.463.414,77
8 - TOTAL DA RECEITA LÍQUIDA DE IMPOSTOS (3 – 7) 4.694.848.563,92
9 - MÍNIMO DE 25% NA MDE (8 x 25%) 1.173.712.140,98
10 - TOTAL DAS DESPESAS PARA FINS DE LIMITE 1.370.061.741,77
11 - % DE APLICAÇÃO EM MDE 29,18%
DEDUÇÕES DE TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS
Receitas realizadasRECEITA RESULTANTE DE IMPOSTOS (caput do art. 212 da Constituição)
RECEITAS DO ENSINO
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Cabe informar que foi emitida pela AGE a Recomendação Técnica 007/2011 para
adequação da metodologia de elaboração do RREO, sendo recomendados alguns ajustes
no cálculo do percentual de aplicação na Educação, porém as recomendações não foram
implementadas no RREO do 6º bimestre.
6.6.2 Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica
O artigo 60, XII do ADCT da Constituição Federal e o artigo 22, da Lei n.
11.494/2007 (FUNDEB) estabelecem que sejam destinados no mínimo 60% (sessenta
por cento) dos recursos anuais dos Fundos ao pagamento da remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica pública.
Lei n. 11492/2007
Art. 22. Pelo menos 60% (sessenta por cento) dos recursos anuais totais dos Fundos serão destinados ao pagamento da remuneração dos profissionais do magistério da educação básica em efetivo exercício na rede pública.
Em cumprimento a esses comandos legais, o Estado aplicou 72,92% (setenta e
dois vírgula noventa e dois por cento) dos Recursos do FUNDEB na remuneração dos
profissionais do magistério da educação básica, conforme informação extraída do RREO
6º bimestre de 2010.
Tabela 31. Remuneração dos Profissionais do Magistério da Educação Básica – RREO 6º bimestre de 2010
FUNDEB
RECEITAS DO FUNDEB Receitas Realizadas
16 - RECEITAS RECEBIDAS DO FUNDEB 766.193.561,18
16.1- Transferências de Recursos do FUNDEB 762.461.672,31
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16.2- Complementação da União ao FUNDEB -
16.3- Receita de Aplicação Financeira dos Recursos do FUNDEB 3.731.888,87
DESPESAS DO FUNDEB
18 - PAGAMENTO DOS PROFISSIONAIS DO MAGISTÉRIO 558.682.554,68
18.1- Com Ensino Fundamental 558.682.554,68
18.2- Com Ensino Médio -
19 - OUTRAS DESPESAS 222.732.985,10
19.1- Com Ensino Fundamental 221.599.726,99
19.2- Com Ensino Médio 1.133.258,11
20 - TOTAL DAS DESPESAS DO FUNDEB (18 + 19) 785.096.841,34
21 - MÍNIMO DE 60% DO FUNDEB NA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO DE EDUCAÇÃO BÁSICA 459.716.136,71
22 - % DE APLICAÇÃO DO FUNDEB PARA REMUNERAÇÃO DO MAGISTÉRIO DE EDUCAÇÃO BÁSICA
72,92%
Fonte: RREO 6º bimestre
6.6.3 Programas da Educação priorizados na LDO
O Estado de Mato Grosso definiu no Anexo I da LDO os programas prioritários
para a área de educação para o exercício de 2010, quais sejam:
289 – Aprendizagem com Qualidade;
290 – Gestão Ativa;
250 – Fortalecimento do Ensino Superior.
A tabela abaixo demonstra a execução das ações priorizadas na LDO referente ao
Programa Aprendizagem com Qualidade:
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Tabela 32. Programa 289 – Aprendizagem com Qualidade
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 14/03/2011
De acordo com a tabela acima, verifica-se que das quatro ações priorizadas no
Anexo I da LDO três tiveram ótima execução, uma vez que foram executadas em
percentual superior a 90%, com exceção da ação 3856 – Consolidação da Proposta de
Organização Curricular por Ciclos de Formação Humana – que teve percentual de
execução em torno de 76%, o que revela uma execução regular.
A tabela abaixo demonstra as ações priorizadas do Programa 290 – Gestão Ativa:
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Tabela 33. Programa 290 – Gestão Ativa
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 14/03/2011
Com base na tabela acima se verifica no geral o Programa Gestão Ativa teve
execução regular, sendo que:
1 – A ação 3892 – Expansão e Melhoria de Espaço Esportivo dos Prédios Escolares –
Ensino Médio não foi executada;
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2 – As ações 4111 – Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação dos Serviços de
Infra-estruturas e a 4120 – Coordenação e Execução do Programa estadual de
Alimentação Escolar tiveram percentual de execução acima de 90%, o que revela ótima
execução;
3 – As ações 3879 – Expansão e Melhoria de espaço esportivo dos prédios escolares –
ensino fundamental e a 4117 – Atendimento e Manutenção do transporte escolar
tiveram execução regular, percentual de execução entre 60 a 80%;
4 – As demais ações priorizadas na LDO referente a esse programa tiveram execução
deficiente.
Em seguida consta a tabela 34 que traz o demonstrativo do programa 250 –
Fortalecimento do Ensino Superior executado pela UNEMAT:
Tabela 34. Programa 250 – Fortalecimento do Ensino Superior
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 14/03/2011
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De acordo com a tabela acima verifica-se que as ações priorizadas no Anexo I da
LDO tiveram percentual de execução de 94,38% a ação 2656 – Manutenção e
Fortalecimento dos cursos de graduação em desenvolvimento e de 8,17% a ação 3064 –
Expansão do ensino em modalidades diferenciadas para capacitação de professores e
outros profissionais.
De modo geral pode-se dizer que o programa 250 – Fortalecimento do Ensino
Superior teve uma boa execução, uma vez que a execução foi de 81,40%.
6.7 Saúde
6.7.1 Aplicação na Saúde – 12%
A Constituição Federal no artigo 77, inciso II, do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias, que o Estado deverá aplicar em ações e serviços públicos
de saúde no mínimo 12% da arrecadação dos impostos estabelecidos no artigo 155 e
dos recursos de que tratam os artigos 157 e 159, inciso I, alinea a, e inciso II, da CF,
deduzidas as transferências constitucionais aos municípios.
Cumprindo essa determinação constitucional, o Estado aplicou 13,22% (treze
vírgula vinte e dois por cento) em ações e serviços públicos de saúde, conforme
informação extraída do RREO 6º bimestre de 2010.
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Tabela 35. Aplicação na Saúde 12% - RREO 6º bimestre
Fonte: RREO 6º bimestre
RECEITAS
RECEITAS DE IMPOSTOS LÍQUIDA E TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS (I)
DESPESAS COM SAÚDE LIQUIDADAS INSCRITAS EM
(Por Grupo de Natureza da Despesa) RESTOS A PAGAR
NÃO PROCESSADOS
(d) (e)
DESPESAS CORRENTES 793.540.213,92 29.477.248,98
Pessoal e Encargos Sociais 336.763.902,88 -
Juros e Encargos da Dívida 1.638.795,03 -
Outras Despesas Correntes 455.137.516,01 29.477.248,98
DESPESAS DE CAPITAL 12.945.766,22 4.986.060,93
Investimentos 12.945.765,90 4.986.060,93
Inversões Financeiras - -
Amortização da Dívida 0,32 -
LIQUIDADAS INSCRITAS EM
RESTOS A PAGAR
NÃO PROCESSADOS
(d) (e)
DESPESAS COM SAÚDE (V) = (IV) 806.485.980,14 34.463.309,91
(-) DESPESAS COM INATIVOS E PENSIONISTAS - -
(-) DESPESAS CUSTEADAS COM OUTROS RECURSOS DESTINADOS À SAÚDE 199.377.575,96 22.568.177,34
Recursos de Transferências do Sistema Único de Saúde - SUS 178.696.281,66 17.052.514,14
Recursos de Operações de Crédito - -
Outros Recursos 20.681.294,30 5.515.663,20
(-) RESTOS A PAGAR INSCRITOS NO EXERCÍCIO SEM DISPONIBILIDADE FINANCEIRA DE - -
RECURSOS PRÓPRIOS VINCULADOS1
TOTAL DAS DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE (VI)
CONTROLE DE RESTOS A PAGAR VINCULADOS À SAÚDE
INSCRITOS EM EXERCÍCIOS ANTERIORES
RECEITAS REALIZADAS
13,22%
Cancelados Em
<2009> (f)
RESTOS A PAGAR DE DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
(VII) 2.883.172,80
DESPESAS PRÓPRIAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
DESPESAS EXECUTADAS
619.003.536,75
4.658.774.904,94
PARTICIPAÇÃO DAS DESPESAS COM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE NA RECEITA DE IMPOSTOS
LÍQUIDA E TRANSFERÊNCIAS CONSTITUCIONAIS E LEGAIS - LIMITE CONSTITUCIONAL <12% >2 ((VI - VII f) / I)
34.463.309,91
DESPESAS EXECUTADAS
TOTAL (IV) 806.485.980,14
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6.7.2 Programas da Saúde priorizados na LDO
Em se tratando dos programas da saúde a Lei n. 9.203/2009 que dispõe sobre as
diretrizes para a elaboração da Lei Orçamentária de 2010 - LDO/2010 - definiu como
sendo prioritário na área da saúde o programa 274 – Saúde da Família – Efetivação da
Atenção Básica a partir da Estratégia Saúde da Família. Dentro desse Programas foram
priorizadas as ações 3701 – Expansão e Consolidação da Estratégia Saúde da Família e a
3703 – Expansão e Manutenção das equipes de saúde bucal, integradas às equipes de
saúde da família.
A metodologia utilizada para a análise do percentual de realização dos
programas e suas respectivas ações foi obtida através da relação entre o valor liquidado
e o total de créditos autorizados. Dessa maneira a análise se restringiu aos aspectos
financeiro-orçamentários.
A tabela abaixo demonstra a execução das ações contempladas pelo Programa
Saúde da Família:
Tabela 36. Programa 274 – Saúde da Família
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 14/03/2011
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Da análise da tabela acima verifica que ações 3701 e 3703, ações priorizadas na
LDO, tiveram percentuais de execução de 94,48% e 95,44% respectivamente. De modo
geral pode-se considerar que o programa 274 – Saúde da Família – teve uma ótima
execução, pois o percentual de execução foi de 93,78%.
7. PESSOAL
Em relação ao subsistema de Gestão de Pessoas a Auditoria Geral do Estado fez
acompanhamento e análise desse subsistema durante o exercício de 2010, cujo
resultado constou no Relatório Anual de Avaliação do Sistema de Controle Interno –
RAASCI, encaminhado ao TCE no processo de Contas de Gestão de cada Unidade
Orçamentária estadual. Dessa forma, abaixo foram destacados alguns pontos dessa
avaliação referente às Secretarias de Educação, Saúde e Justiça e Segurança Pública e à
Fundação UNEMAT, que refletem a situação de pessoal dessas Secretarias, ressalta-se
que foi destacado o lotacionograma desses órgãos, bem como as estruturas do Setor de
Pessoal de cada um deles.
7.1 Subsistema de Pessoal da SEDUC
A estrutura organizacional da Secretaria Executiva do Núcleo Educação a
Superintendência de Gestão de Pessoas está assim composta:
1. Coordenadoria de Provimento;
2. Coordenadoria de Movimentação e Monitoramento;
3. Coordenadoria de Manutenção;
4. Coordenadoria de Aplicação, Desenvolvimento e Qualidade de Vida.
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Essas Coordenadorias desdobram-se em 07 (sete) Gerências, sendo Gerência de
Recrutamento e Seleção, Gerência de Movimentação, Gerência de Informação e Vida
Funcional, Gerência de Despesa de Pessoal, Gerência de Aplicação, Gerência de
Desenvolvimento e Gerência de Qualidade de Vida no Trabalho.
O Decreto nº 2.401, de 26 de fevereiro de 2010, que aprova o Regimento Interno
da Secretaria Executiva do Núcleo Educação, distribui as competências da estrutura
organizacional básica e setorial da Secretaria Executiva do Núcleo Educação.
No exercício de 2010, para gestão de pessoas, foi utilizado como ferramenta de
controle o sistema SIGEDUCA (Sistema Integrado de Gestão Educacional), módulo
Recursos Humanos, desenvolvido na SEDUC, para inclusão, análise, aprovação,
conferência, acompanhamento mensal e anual da movimentação de servidores.
Para o controle funcional foi utilizado o Sistema Estadual de Administração de
Pessoas – SEAP, sob a gestão da Secretaria de Estado de Administração SAD/MT.
A Secretaria Adjunta de Gestão de Políticas Institucionais de Pessoal, vinculada a
Estrutura Organizacional da SEDUC também participa de forma ativa da gestão de
pessoas.
Na estrutura da Secretaria Executiva, a Superintendência de Gestão de Pessoas
responde pelas atividades de controle de pessoal com um quadro de 136 (cento e trinta
e seis) servidores, conforme demonstrado abaixo:
Tabela 37. Servidores Gestão de Pessoas SEDUC
LOTAÇÕES
QUANTIDADE DE SERVIDORES
EFETIVOS EXCLUSIVAMENTE COMISSIONADO
CONTRATADOS ESTÁGIARIOS
Superintendência de Gestão de Pessoas 03 -- -- --
Coordenadoria de Provimento 01 -- -- --
Gerência de Recrutamento e Seleção 34 01 05 02
Coordenadoria de Movimentação e Monitoramento
01 01 01 --
Gerência de Movimentação 05 -- 02 01
Gerência de Informação e Vida Funcional 21 -- 02 --
Coordenadoria de Manutenção -- 01 -- --
Gerência de Despesa de Pessoal 25 -- -- --
Coord. Aplicação, Desenvolvimento e Qualidade de Vida
01 -- -- --
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Gerência de Aplicação 14 -- -- --
Gerência de Desenvolvimento 02 -- -- --
Gerência de Qualidade de Vida no Trabalho 07 01 05 --
Totais 114 04 15 03
Total de Servidores Lotados Gestão de Pessoas
136
Fonte: Quadro de Pessoal datado em 01/12/2010 emitido pela Secretaria Adj. De Gestão de Pol. Inst. De Pessoal
Os servidores representados nos números da tabela acima compõem a estrutura
da área de pessoal situada na sede, onde respondem pelo gerenciamento dos 34.227
servidores lotados na sede, unidades descentralizadas e unidades escolares da SEDUC.
Em diversas situações as atividades de gerenciamento de pessoas também são
executadas por servidores lotados nos Centros de Formação e Atualização dos
Profissionais da Educação Básica - CEFAPROS e nas Unidades Escolares.
Foi recomendado pela AGE, no RAASCI 2010 - SEDUC, aprimoramento no
SIGEDUCA referentes aos relatórios de gestão demandados pela Gerência de
Recrutamento e Seleção, visando facilitar as tomadas de decisões especialmente da área
pedagógica.
Também foi recomendado pela AGE, no RAASCI 2010 – SEDUC, o cumprimento
da Lei Complementar nº 80/2000, que em seu Artigo 2º, determina a avaliação de
desempenho anual e sobre a obrigatoriedade da avaliação de desempenho de todos os
servidores (efetivos e/ou em estágio probatório).
Na análise do quantitativo de cargos que integram a Carreira dos Profissionais da
Educação Básica no âmbito da Secretaria de Estado de Educação, foi avaliado o
lotacionograma, tabela abaixo, relativo ao mês de dezembro/2010, que identifica o
número de servidores com função de dedicação exclusiva, em comissão e função de
confiança e outras carreiras da Secretaria de Estado de Educação, tais como: de
desenvolvimento econômico e social, da área instrumental, gestor governamental,
técnico da procuradoria-geral e dos cargos efetivos em extinção provenientes da Lei nº
6.027/1992.
De acordo com o Anexo Único da Lei 8.404, de 27 de dezembro de 2005 que
dispõe sobre o quantitativo de cargos que compõem a Carreira dos Profissionais da
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educação básica da Secretaria de Estado de Educação, os cargos de provimento efetivo
está composto de: Professor de Educação Básica - 18.400, Técnico Administrativo
Educacional – 3.100, Apoio Administrativo Educacional – 6.400.
Tabela 38. Lotacionograma SEDUC
CATEGORIA FUNCIONAL AUTORIZADO POR LEI
ATIVOS VAGAS DISPONÍVEIS
EXCEDENTES
Professor de Educação Básica 18.400 18.484 -- 84
Téc. Administrativo Educacional 3.100 3.549 -- 449
Apoio Administrativo Educacional 6.400 8.830 -- 2.430
Especialista de Educação -- 19 -- --
Agente de Administração -- 03 -- --
Agente Escolar -- 05 -- --
Assistente de Administração -- 09 -- --
Auxiliar de Administração -- 02 -- --
Auxiliar de Manutenção -- 01 -- --
Auxiliar de Serviços Gerais I -- 76 -- --
Auxiliar de Serviços Gerais II -- 01 -- --
Merendeira -- 27 -- --
Motorista -- -- -- --
Oficial de Manutenção -- 01 -- --
Porteiro -- 45 -- --
Vigia -- 15 -- --
Técnico da Procuradoria Geral -- 01 -- --
Gestor Governamental -- 01 -- --
Aux. Desenv.Econ. Social 30H -- 03 -- --
Agente de Desenv.Econ. Social 40H 50 43 07 --
Téc. de Desenv.Econ. Social 300 291 09 --
Agente da Área Instrumental do Governo -- 02 -- --
Auxliar da Área Instrumental do Governo -- 01 -- --
Técnico da Área Instrumental do Governo -- 15 -- --
Membro de Conselho 22 24 -- 02
Fiscal Est.Def.Agro e florestal -- 01 -- --
Comissionados - Estrutura Org.da Secret. Executiva 49 -- 49 --
Comissionados - Estrutura Org.Básica da Seduc 74 -- 74 --
Funções de Conf. de Ded. Exclusiva-Diretor de Escola 700 720 -- 20
Funções de Confiança de Dedicação Exclusiva - Secretário Escolar 700 711 -- 11
Funções de Conf. de Ded. Exclusiva - Coordenador Pedagógico 900 1.182 -- 282
Funções de Conf. de Ded. Exclusiva - Assessor Pedagógico 120 120 -- --
Funções de Conf. de Ded. Exclusiva - Diretor de Cefapros 15 15 -- --
Funções de Conf. de Ded. Exclusiva - Secretário de Cefapros 15 15 -- --
Funções de Conf. de Ded.Exclusiva–Coord.Form.Cont.do Cefapros 15 15 -- --
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TOTAIS 30.860 34.227 139 3278
Fonte: Lotacionograma - DEZEMBRO/2010
Foi constatado que há 3.278 (três mil duzentos e setenta e oito) cargos ocupados
acima do limite autorizado por lei.
Destaca-se o excesso de contratações ocorridas para o cargo de Apoio
Administrativo Educacional que do montante de 6.400 vagas autorizadas apenas 3.007
vagas (46,98%) foram ocupadas por servidores efetivos, sendo realizadas contratações
no montante de 5.823.
Essa quantidade ultrapassa em 2.430 o número de vagas autorizadas por lei,
conforme demonstrado na tabela abaixo:
Tabela 39. Vagas autorizadas X vagas ocupadas SEDUC - Apoio Administrativo Educacional
1) Vagas autorizadas 6.400 100,00%
2) Vagas Ocupadas 8.830 137,97%
Efetivos 3.007 46,98%
Contratados 5.823 90,98%
Vagas sem Respaldo (1 - 2) (2.430) -37,97% Fonte: Lotacionograma - DEZEMBRO/2010
Foi constatado também divergência no quantitativo de vagas informadas no
Lotacionograma, de acordo com o Decreto nº 2.685/10 de 14 de Julho de 2010 são 13
vagas e não 15 vagas autorizadas para os respectivos cargos de Diretor, Secretário e
Coordenador de Formação Continuada dos CEFAPROS.
Foi reiterada pela AGE a recomendação no sentido de atender a Lei
Complementar nº 04/90, que em seu artigo 13 estabelece a realização de concursos
públicos para nomeação de cargos de carreira, e a Lei Complementar nº 12, de 13 de
janeiro de 1992, que permite contratações temporárias apenas nas seguintes situações
motivadamente de urgência.
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Destaca-se também, que conforme informado no Lotacionograma do mês de
dezembro/2010 – Anexo XI do Balancete Mensal, 524 (quinhentos e vinte e quatro)
vagas foram ocupadas por contratados temporários em Função de Confiança de
Dedicação Exclusiva, o que contraria a CF e a Lei Complementar nº 266 de 29/12/1996,
que estabelece que Função de Confiança deve ser exercida somente por titular de cargo
efetivo do Poder Executivo Estadual.
Considerando o relatório FIP 613 - Demonstrativo de Despesa Orçamentária
emitido em 24/01/2011, pelo Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e
Finanças – FIPLAN, (mês referência - 12/2010), foi verificado que do total das despesas
empenhadas pela SEDUC no exercício de 2010, as despesas com pessoal e encargos
sociais, representaram 73,31% (setenta e três vírgula trinta e um por cento).
De acordo com a legislação da previdência social o profissional da educação tem
um tempo reduzido de serviços prestados comparado aos demais servidores do Estado,
levando-os a aposentar-se com menos tempo de trabalho.
Quanto à agilização dos processos de aposentadorias, segundo informações da
Gerência de Informação e Vida Funcional, a digitalização das fichas funcionais
juntamente com as informações do SEAP veio propiciar “evolução na dinâmica de
concessões de aposentadorias”, que se evidencia pela quantidade de aposentadoria
publicada no Diário Oficial do Estado, conforme número de concessões de
aposentadorias demonstrado na tabela abaixo:
Tabela 40. Concessões de aposentadorias
Fonte: Informativo datado em 23/11/2010 emitido pela Gerência de Informação e Vida Funcional
A SEDUC acompanha a projeção de aposentadoria dos servidores efetivos
através de relatórios emitidos pelo SEAP/SAD.
Exercício Publicações/concessões de aposentadorias
2007 649
2008 555
2009 938
2010 1622
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Foi demonstrado abaixo a projeção de aposentadorias para os próximos 10 (dez)
anos:
Tabela 41. Projeção de aposentadorias janeiro de 2011 a dezembro de 2020
Em razão da necessidade de contratação de novos profissionais, no exercício de
2010 ingressaram através de Concurso Público, para a Carreira dos Profissionais da
SEDUC/MT, Edital 004/2009 – SAD/MT, 1.389 (um mil, trezentos e oitenta e nove)
professores efetivos.
Porém este número não supre as necessidades da SEDUC, uma vez que se
observa um grande número de profissionais que foram contratados de forma
temporária para atender a demanda educacional do Estado de Mato Grosso.
7.2 Subsistema de Pessoal da SES
As atividades da área de Gestão de Pessoas da SES/MT estão especificadas no
Decreto nº 2372, de 22/02/2010, que aprova o Regimento Interno da Secretaria
Executiva do Núcleo Saúde.
PROJEÇÃO DE APOSENTADORIAS JANEIRO DE 2011 A DEZEMBRO DE 2020
ANO PROFESSOR TECNICO APOIO OUTROS TOTAL
2011 368 82 108 27 585
2012 492 98 105 14 709
2013 456 139 248 56 899
2014 936 103 36 21 1096
2015 476 114 31 32 653
2016 249 93 42 19 403
2017 215 75 35 12 337
2018 951 61 31 28 1071
2019 331 41 12 9 393
2020 162 31 9 8 210
TOTAL 4636 837 657 226 6356
Fonte: relatório NG39 SEAP/SAD FEV/2010
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De acordo com a estrutura, a área de gestão de pessoas encontra-se no Nível de
Administração Sistêmica, estando composta de 01 (uma) Superintendência, 02 (duas)
Coordenadorias e 05 (cinco) gerências, sendo que essa área está subordinada à
Secretaria Executiva do Núcleo Saúde.
Para o desempenho das atribuições definidas nos artigos 25 a 31, do Regimento
Interno, a referida área, atualmente conta com 103 (cento e três) servidores (efetivos,
exclusivamente comissionados e estagiários), conforme informações disponibilizadas a
esta equipe de auditoria.
Do total empenhado em 2010 de R$ 840.949.290,05 (oitocentos e quarenta
milhões, novecentos e quarenta e nove mil, duzentos e noventa reais e cinco centavos)
na Função Saúde, compostas pelas Unidades Orçamentárias Secretaria de Estado de
Saúde (SES) e Fundo Estadual de Saúde (FES), 40,05% desse valor foi alocado na rubrica
Pessoal e Encargos Sociais, que representa R$ 336.763.902,88 (trezentos e trinta e seis
milhões e setecentos e sessenta e três mil e novecentos e dois reais e oitenta e oito
centavos), conforme Balanço Orçamentário Consolidado do exercício de 2010, publicado
no Diário Oficial de 02/02/2011.
A Secretaria de Estado de Saúde contempla em seu quadro de pessoal, as
carreiras de: Profissional de Nível Superior do SUS, Técnico do SUS, Assistente do SUS e
Apoio do SUS. O quadro de servidores da SES/MT está distribuído da seguinte forma –
ref: Dez/2010:
Tabela 42. Qtde Vagas Ocupadas SES/MT – Ref. Dez/2010
CARGO/FUNÇÃO/ EMPREGO
QTDE VAGAS OCUPADAS
EFETIVO COMISSIONADO CONTRATADO EMPREGADO
PNS DO SUS 2198 196
TÉCNICO DO SUS 503 319
ASSISTENTE DO SUS 1753 13
APOIO DO SUS 450
DGA-1 1
DGA-2 1 2
DGA-4 21 108
DGA-5 21 39
DGA-6 30 23
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DGA-7 1
DGA-8 123 48
DA-9 5 2
TOTAL 4904 425 528 Fonte: Demonstrativo Analítico do Lotacionograma – Dezembro/2010. Secretaria de Estado de Saúde. Superintendência de Gestão de Pessoas – Extraída do Item 27 - Anexo XI do Balancete Dez/2010 – SES/MT.
Tabela 43. Qtde Vagas Autorizadas SES/MT – Ref. Dez/2010
CARGO/FUNÇÃO/ EMPREGO
QTDE AUTORIZADO PCCS
EFETIVO COMISSIONADO CONTRATADO EMPREGADO
PNS DO SUS 4103
TÉCNICO DO SUS 1732
ASSISTENTE DO SUS 3405
APOIO DO SUS 719
DGA-1
1
DGA-2
3
DGA-4
133
DGA-5
61
DGA-6
55
DGA-7
1
DGA-8
172
DA-9
7
TOTAL 9959 433 604 Fonte: Demonstrativo Analítico do Lotacionograma – Dezembro/2010. Secretaria de Estado de Saúde. Superintendência de Gestão de Pessoas – Extraída do Item 27 - Anexo XI do Balancete Dez/2010 – SES/MT.
Verifica-se que de acordo com as informações disponíveis na tabela 43 em
dezembro de 2010 havia 528 (quinhentos e vinte e oito) servidores contratados
temporariamente para suprir as necessidades do quadro da Secretaria de Estado de
Saúde. Sobre isso, foi emitida alerta, no RAASCI 2010, sobre a necessidade de estudo
pela direção superior para realização de concurso público a fim de suprir carência de
servidores, abstendo de fazer contratos temporários.
Ainda, de acordo com o quantitativo de cargos autorizados no Plano de Cargos
Carreiras e Salários dos profissionais do Sistema Único de Saúde de Mato Grosso, estão
disponíveis as seguintes vagas do quadro efetivo: 1.905 vagas do PNS do SUS; 1229
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vagas do Técnico do SUS; 1652 vagas de Assistente do SUS; e 269 vagas de Apoio do
SUS; totalizando 5.055 vagas disponíveis.
No RAASCI 2010 a AGE fez algumas recomendações para aperfeiçoamento do
Sistema de Pessoal da Saúde, quais sejam:
- Que sejam publicadas as referidas escalas de férias relativas ao período
aquisitivo 2009/2010 e 2010/2011 em cumprimento do § único do artigo 8º, do
Decreto nº 1.317/2003;
- Que sejam aperfeiçoados os instrumentos de controle de concessão de férias
para todos os servidores da SES/FES-MT a fim de evitar a indenização de férias
em razão da ausência de seu gozo no período previamente planejado/definido;
- Que a área de gestão de pessoas em conjunto com a área de tecnologia da
informação da SES/MT realize teste e monitore a performance quanto a
segurança da informação do referido sistema, bem como após essa fase entre
em contato com a empresa que presta os serviços no sentido de aperfeiçoar o
referido sistema.
- Que a UNISECI/SES-MT monitore o cronograma das ações pactuadas nos Planos
de Providência e de Ação objetivando cumprir os prazos pactuados nos
respectivos documentos e principalmente que sejam implementadas as medidas
corretivas propostas.
7.3 Subsistema de Pessoal da SEJUSP
A Superintendência de Gestão de Pessoas está estruturada com 02 (duas)
coordenadorias e 05 (cinco) gerências, a saber:
Coordenadoria de Provimento, Manutenção e Monitoramento
Gerência de Provimento
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Gerência de Movimentação e Monitoramento
Gerência de Manutenção
Coordenadoria de Aplicação, Desenvolvimento e Qualidade de Vida
Gerência de Aplicação
Gerência de Desenvolvimento e Qualidade de Vida
Apesar de ser atribuição da Gestão de Pessoas do Núcleo executar as atividades
relativas à gestão de pessoas das unidades que compõem o Núcleo Sistêmico Segurança,
foi verificado que a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros contam com estruturas
próprias que executam as atividades relativas à Gestão de Pessoas.
A Superintendência de Gestão de Pessoas informou que para execução das
atividades conta com 58 funcionários, sendo: 09 (nove) efetivos de nível médio; 13
(treze) efetivos de nível superior; 18 (dezoito) efetivos da área finalística das diversas
unidades que compõem o núcleo; 02 (dois) exclusivamente comissionados; 01 (uma)
servidora exclusivamente comissionada, nomeada assessora pela Secretaria de Justiça e
Segurança Pública, porém colocada à disposição da Gestão de Pessoas do Núcleo; 09
(nove) estagiários e 06 (seis) terceirizados.
Dessa forma, verifica-se que se mantém a prática de servidores da área finalística
lotados no Núcleo Sistêmico.
O Lotacionograma das unidades que compõem o Núcleo Sistêmico Segurança foi
demonstrado na tabela a seguir:
Tabela 44. Lotacionograma das unidades que compõem o Núcleo Segurança
Unidade Servidores (efetivos e Comissionados)
Contrato Temporário
Estagiário Terceirizado Cessão de outros órgãos
Total
SEJUSP 47 2 35 08 07 98
POLITEC 526 157 85 09 777
Sistema Prisional 1.197 1.009 4 04 2.214
Sistema Sócio Educativo 99 254 353
Polícia Judiciária Civil - PJC 2.456 50 03 2.509
Polícia Militar - Servidores 6.021 6.021
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Militar
Polícia Militar - Servidores Civis 68 58 01 127
Corpo de Bombeiros Militar - Servidores Militar
893 - 893
Corpo de Bombeiros Militar - Servidores Civis
26 60 01 87
Sub Total (1) 11.333 1.422 292 08 25 13.079
*FUNAC 04 - 03 08 06 21
Sub Total (2) 04 - 03 08 06 21
Núcleo Sistêmico 165 07 79 85 02 338
Sub Total (3) 165 07 79 85 02 338
Total (1+2+3) 11.502 1.429 374 101 33 13.438
Fonte: Núcleo Segurança Obs.: * Terceirizados 01 funcionário da empresa Ábaco contratado pela SEPLAN e 07 contratados pela Fundação UNISELVA, convênio nº 001/2009
* Cessão de outros órgãos - todos os servidores são cedidos pela SEJUSP.
No que se refere ao controle do lotacionograma das unidades que compõem o
Núcleo Sistêmico Segurança, o mesmo é feito por meio de planilhas de Excel o que
fragiliza a eficácia na disponibilização dessas informações.
Em relação aos servidores lotados na Fundação Nova Chance - FUNAC foi
informado que 06 (seis) servidores são cedidos pela SEJUSP, entretanto por ocasião da
análise das planilhas relativas a cessão de servidores da SEJUSP não foi identificadas
informações relativas a essas cessões.
Dessa forma, resta demonstrado que esses servidores foram colocados à
disposição da Fundação sem celebração de Termo de Cessão, o que contraria a
legislação vigente uma vez que a FUNAC e a SEJUSP são entidades distintas e a
movimentação de servidores entre elas só pode ocorrer mediante celebração de Termo
de Cessão de Servidores, devido a isso, foi recomendado pela AGE regularização da
situação desses servidores por meio de formalização dos referidos Termos de Cessão.
A Superintendência de Gestão de Pessoas do Núcleo informou que as unidades
componentes do Núcleo Segurança contam com 374 (trezentos e setenta e quatro)
estagiários, sendo que 292 (duzentos e noventa e dois), equivalente a 78,07% (setenta e
oito vírgula sete por cento), estão lotados nas diversas unidades finalísticas da SEJUSP,
79 (setenta e nove), equivalente a 21,12% (vinte e um vírgula doze por cento) estão
lotados no Núcleo Sistêmico e 03 (três), equivalente a 0,80% (zero vírgula oitenta por
cento) estão lotados na Fundação Nova Chance.
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A Superintendência de Gestão de Pessoas do Núcleo informou o quantitativo de
Pessoal Terceirizado, contratado por meio do Contrato nº 055/2008 da empresa Ábaco
Tecnologia da Informação. A distribuição dessa mão de obra está demonstrada
conforme tabela a seguir:
Tabela 45. Terceirização de Mão de obra – Empresa Ábaco Tecnologia da Informação - Contrato 055/2008
Lotação Quantidade
Coordenadoria Contábil 02
Coordenadoria de Apoio Logístico 06
Coordenadoria de Patrimônio e Almoxarifado 02
Coordenadoria de Tecnologia da Informação 01
Coordenadoria de Transportes 02
Gabinete Secretário Adjunto Executivo 04
Gerência de Almoxarifado 02
Gerência de Aquisições 05
Gerência de Arquivo Setorial 01
Gerência de Contratos 02
Gerência de Convenio 03
Gerência de Execução Financeira 09
Gerência de Execução Orçamentária 01
Gerência de Manutenção 01
Gerência de Movimentação E Monitoramento 03
Gerência de Obras E Engenharia 02
Gerência de Operações 01
Gerência de Programação Financeira 01
Gerência de Provimento 01
Gerência de Serviços Gerais 05
Gerência de Sistemas 11
Gerência de Suporte Ao Usuário 02
Gerência Técnica de Banco De Dados 03
Gerência Técnica de Projetos 03
Gerência Técnica de Rede Lógica 03
Gerência Técnica de Segurança Da Informação 02
Gerência Técnica de Suporte Ao Usuário 07
Total Núcleo Sistêmico 85
Gabinete Secretaria Adjunta De Justiça 02
Gabinete Secretaria Adjunta De Segurança Publica 02
Gabinete Secretário Adjunto De Segurança Publica 01
Gerência De Gestão Integrada 01
Gabinete Secretário De Justiça E Segurança Publica 02
Total SEJUSP 08
Total Terceirizado 93 Fonte: Núcleo Segurança
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Da análise da tabela verifica-se que 85 (oitenta e cinco) pessoas, equivalente a
91,40% (noventa e um vírgula quarenta por cento), estão executando suas atividades no
Núcleo Sistêmico e 08 (oito) pessoas, equivalente a 8,60% (oito vírgula sessenta por
cento), executam atividades nas diversas áreas finalísticas da Secretaria de Estado de
Justiça e Segurança Pública.
Além disso, foi verificado que esses funcionários contratados executam
atividades administrativas de servidores de carreira, demonstrando assim, desvio de
finalidade do objeto contratado.
No que se refere a cessão de servidores, tanto das unidades do Núcleo cedidos
para outros órgãos quanto de outros órgãos cedidos para a SEJUSP e FUNAC, a
Superintendência de Gestão de Pessoas, encaminhou as informações conforme as
tabelas a seguir:
Tabela 46. Cessão de Servidores da SEJUSP para outros Órgãos
Descrição Quantidade
Processo Formalizado com ônus para a SEJUSP 03
Processo Formalizado com ônus para Órgão de Destino 22
Processos indeferidos 09
Processo em andamento 04
Termo de Cooperação Técnica* 03
Processos Cessados os efeitos da publicação/formalização 02
Total 43
Fonte: Núcleo Segurança
Obs.: * Processo com Acompanhamento sob responsabilidade da Gerência de Provimento
Tabela 47. Cessão de Servidores de Outros Órgãos para a SEJUSP
Descrição Quantidade
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Processo Formalizado com ônus para a SEJUSP 17
Processo Formalizado com ônus para o Órgão de Origem 10
Processos indeferidos 06
Processo em andamento 02
*Termo de Cooperação Técnica 06
Processos Cessados efeitos da publicação/formalização 02
Total 43 Fonte: Núcleo Segurança
Obs.: * Processo com Acompanhamento sob responsabilidade da Gerência de Provimento
De acordo com Relatório de Ações Desenvolvidas em 2010, fornecido pela
Coordenadoria de Aplicação Desenvolvimento e Qualidade de Vida, muitas ações foram
implementadas com intuito de cumprir a missão de melhorar a qualidade de vida dos
servidores lotados na SEJUSP, como segue:
Pela Coordenadoria de Aplicação, Desenvolvimento e Qualidade de Vida
foi executado o Projeto Mapeamento e Perfil de Competências dos cargos de soldado e
tenente da PM e do CBM; dos investigadores; escrivães e delegados da PJC; dos
Técnicos de Necrópsia; Perito Oficial Criminal e Papiloscopista da Perícia Oficial e
Identificação Técnica do Estado de Mato Grosso. Para isso foram capacitados 35 (trinta e
cinco) profissionais da área de gestão no curso de Metodologia de Mapeamento e Perfil
de Competências.
Pela Gerência de Aplicação foram formalizados os processos de
enquadramento inicial; progressão funcional horizontal em classe e progressão em
nível; conforme a legislação pertinente.
Pela Gerência de Desenvolvimento e Qualidade de Vida, no exercício
2010, foram implementadas ações de valorização, acompanhamento à saúde e
motivação profissional dos servidores, tais como: Cursos na área de atuação na Escola
de Governo; Programa de Orientação para Aposentadoria; Cursos de Inglês e Espanhol
na Escola do Legislativo; 1ª Feira de Talentos da SEJUSP na Semana do Servidor;
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Momento de Oração e Louvor; Acompanhamento da Recuperação e Reinserção do
Servidor ao Trabalho; Workshop para Gestores dos Sistemas Penitenciários e Sócio
Educativo; Fórum Estresse e a Beleza da Mulher; Fórum para Facilitadores do Programa
de Prevenção e Gerenciamento do Estresse; e outros fóruns e capacitações.
7.4 Subsistema de Pessoal da UNEMAT
A Gestão de Pessoas da UNEMAT está compreendida na unidade administrativa -
Órgãos de Administração Executiva, vinculada à Pró-Reitoria de Administração, disposta
na Diretoria Administrativa Gestão de Pessoas, assim composta:
1. Supervisão de Monitoramento Funcional;
2. Supervisão de Remuneração;
3. Supervisão de Desenvolvimento Profissional.
No exercício de 2010, para gestão de pessoas, foi utilizado como ferramenta de
controle funcional o Sistema Estadual de Administração de Pessoas – SEAP, sistema sob
a gestão da SAD, para inclusão, análise, conferência e acompanhamento da vida
funcional.
Também foi utilizado como ferramenta de controle o sistema SAGU (Sistema
Aberto de Gestão Unificado), desenvolvido na UNEMAT, sendo alimentado com todas as
informações funcionais, visando à informação de forma gerencial.
Na estrutura Organizacional da UNEMAT, a Pró-Reitoria de Administração
responde pelas atividades de controle de pessoal com um quadro de 06 (seis)
servidores, conforme demonstrado abaixo:
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Tabela 48. UNEMAT - Pró-Reitoria de Administração – Gestão de Pessoas
Nome Situação
Funcional Formação
(Escolaridade) Cargo
(concurso) Estrutura
organizacional
Ana Lucia Matiello Miranda
Efetiva Superior
Especialista Agente
universitário
Assessoria Administrativa de
Recursos Humanos
Letícia Souza Castro
Efetiva Bacharelado em Administração /
Especialista
Agente Universitário
Diretoria Administrativa de Gestão de Pessoas
Vera Lucia Szubris
Efetiva
Bacharelado em Ciências
Contábeis / Especialização
em Direito Público
Agente universitario
Supervisão de Monitoramento
Funcional
Tarcis Alvan Oliva dos Santos
Efetivo Licenciatura
Plena em Matemática
Agente universitário
Supervisão de Remuneração
Oacir Aniceto da Fonseca
Efetivo Ensino médio Agente
universitário
Membro da Supervisão de Remuneração
Elaine Hoffmann Efetiva Ensino médio Agente
universitário
Supervisão de Desenvolvimento
Profissional Fonte: RELATÓRIO UNEMAT
Os profissionais descritos na tabela acima respondem pelo gerenciamento dos
1.445 (um mil, quatrocentos e quarenta e cinco) servidores lotados na sede, no
escritório regional e na estrutura multi campi da UNEMAT.
As atividades de controle de pessoal também são exercidas de forma
descentralizada nos Campus, por servidores da área técnica da UNEMAT. Estes são
responsáveis pelo encaminhamento de informações ou alterações funcionais à
Diretoria, para conhecimento e/ou providências junto a SAD.
Em relação ao subsistema de pessoal da UNEMAT algumas
recomendações/alertas foram feitas pela AGE, visando melhorar o Controle Interno da
Fundação, a citar:
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_ alerta para a observância do Decreto nº 1.317/2003 em seu Parágrafo Único,
do Artigo 8º, que determina a elaboração e publicação da escala de férias no mês de
dezembro, contendo o nome do servidor, o período aquisitivo de férias e a época de
gozo no ano subseqüente.
_ recomendação para que o controle de freqüência dos empregados
terceirizados seja realizado pelas respectivas empresas contratadas. É devido eleger um
representante da empresa para acompanhar os serviços e freqüência dos empregados.
_ alerta quanto à obrigatoriedade da avaliação de desempenho de todos os
servidores (efetivos e ou em estágio probatório), regulamentada no artigo 2° do Decreto
3.444/2004.
Na análise do quantitativo de cargos que integram a Carreira dos Profissionais da
Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso, foi avaliado o lotacionograma
(abaixo evidenciado) relativo ao mês de dezembro/2010, que identifica o número de
servidores autorizado por Lei, os ativos, as vagas disponíveis e as vagas excedentes.
Tabela 49. Lotacionograma UNEMAT
CATEGORIA FUNCIONAL AUTORIZADO
POR LEI ATIVOS
VAGAS DISPONÍVEIS
EXCEDENTES
Profissionais Técnicos 700 506 194 --
Professores 1.058 939 119 --
TOTAL 1.758 1.445 213 --
Técnico Cedido c/ônus para UNEMAT 02 02 --
--
Técnico Interesse Particular 03 03
-- --
Técnico em Vacância 11 11 -- --
Técnico Acomp. Cônjuge 01 01 -- --
Técnico Cedido s/ônus para UNEMAT 04 04
-- --
Professor Interesse Particular 03 03
-- --
Professor Cedido p/outro 04 04 -- --
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órgão s/ônus
Professor Cedido para UNEMAT c/ônus 01 01
-- --
Professor Acomp. Conjuge 01 01 -- --
Professor Vacância 03 03 -- --
Fonte: Lotacionograma – Anexo XI do Balancete /Dezembro/2010
De acordo com a Lei Complementar n° 30/93, que dispõe sobre a criação da
Universidade do Estado de Mato Grosso, a Lei Complementar n° 250/06, que cria cargos
de Professor da Educação Superior e a Lei Complementar n° 321/2008, que dispõe sobre
o quadro e plano de carreira, cargos e subsídios dos profissionais técnicos da educação
superior da Universidade do Estado de Mato Grosso, congregam que os cargos de
provimento efetivo da UNEMAT estão compostos de: Professor de Educação Superior -
1.058 (um mil e cinqüenta e oito) vagas, Auxiliar Universitário – 120 (cento e vinte)
vagas, Agente Universitário – 460 (quatrocentos e sessenta) vagas e Técnico
Universitário – 120 (cento e vinte) vagas.
Conforme informações da atual Diretoria Administrativa de Gestão de Pessoas,
os servidores que se encontram cedidos são os elencados na relação abaixo:
Tabela 50. Relação dos servidores cedidos - UNEMAT
RELAÇÃO DOS SERVIDORES CEDIDOS CONFORME INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 03/2010 - DOE 18/05/2010
SERVIDOR MATRÍCULA CARGO ÓRGAO
CEDENTE ÓRGAO
CESSIONÁRIO
PERÍODO DA
CEDÊNCIA
KAROLINE LUCY AMARANTE E SILVA
125.221 AGENTE
UNIV. UNEMAT FAPEMAT
01/06/2010 a
31/05/2011
JEAN MARTINS PEREIRA
80.418 AGENTE
UNIV. UNEMAT FAPEMAT
01/06/2010 a
31/05/2011
FABÍOLA COUTINHO GRANDE
122734 AGENTE
UNIV. UNEMAT STECS
01/06/2010 a
31/05/2011
82156 DES..ECONO. SINFRA UNEMAT 01/06/2010
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WLADEMIR DA SILVA PEDROSO
a 31/05/2011
OROZINA CANDIDA DE FREITAS
16366 PROFESSOR SEDUC UNEMAT 01/06/2010
a 31/05/2011
MARIA AUXILIADORA AZEVEDO
73926 PROFESSOR UNEMAT ASSEMB.LEGISL. 01/06/2010
a 31/05/2011
KELE CRISTINA DOS REIS
87274 APOIO AD. SEDUC UNEMAT 01/06/2010
a 31/05/2011
Fonte: Relatório UNEMAT
Foi constatada pela AGE divergência de informações entre o quantitativo de
servidores acima relacionados e as informações apresentadas no Lotacionograma e,
diante disso, foi recomendada revisão do mesmo, atualização dos números informados
e conferência dos servidores cedidos a outros órgãos e ou cedidos para a UNEMAT.
Além disso, foi recomendada a observância nos processos de cessão de servidores das
determinações da Lei Complementar nº 04/1990 e da Lei Complementar nº 265/2006.
Considerando o relatório FIP 613 - Demonstrativo de Despesa Orçamentária
emitido pelo Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças – FIPLAN,
em 14/02/2011, verifica-se que do total das despesas empenhadas pela UNEMAT no
exercício de 2010 (mês referência - 12/2010), as despesas com pessoal e encargos
sociais representam 75,94% (setenta e cinco vírgula noventa e quatro por cento).
As despesas empenhadas com contratação por tempo determinado no valor de
R$ 8.036.319,92 (oito milhões, trinta e seis mil, trezentos e dezenove reais e noventa e
dois centavos) correspondem a 7,72% (sete vírgula setenta e dois por cento) do total de
despesas empenhadas no grupo Pessoal e Encargos Sociais.
Considerando o expressivo número de contratos temporários realizados (362)
em detrimento com o número de vagas disponíveis (213) a serem preenchidas no
período sob análise, foi recomendado estudos para realização de concursos públicos
para nomeação de cargos de carreira, no sentido de atender a Lei Complementar nº
04/90, em seu artigo 13.
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Ademais, houve alerta da AGE para o cumprimento da Lei Complementar nº 12,
de 13 de janeiro de 1992 que permite contratações apenas nas seguintes situações
motivadamente de urgência.
8. SEGURANÇA
O Anexo I da LDO defini as Metas e Prioridades da Administração Pública para o
exercício a que se refere. Dessa forma para o exercício de 2010 o Estado de Mato
Grosso definiu nesse Anexo os programas que serão priorizados na área de segurança.
Ressalta-se que dentro de cada programa algumas ações foram priorizadas na
LDO, como pode ser observado na tabela abaixo:
Tabela 51. Programas e Ações Priorizadas na área da Segurança
Fonte: Anexo I - LDO
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A metodologia utilizada para a análise do percentual de realização dos
programas e suas respectivas ações foi obtida através da relação entre o valor liquidado
e o total de créditos autorizados. Dessa maneira a análise se restringiu aos aspectos
financeiro-orçamentários.
De acordo com o Relatório que trata dos recursos aplicados nos programas,
elaborado pela SEJUSP, o programa 301 – Gestão Estratégica de Resultados tem como
objetivo aperfeiçoar a gestão do sistema de justiça e segurança pública, para aumentar
a eficiência e eficácia de suas instituições e a efetividade de suas políticas públicas.
Segue abaixo demonstrativo contendo informações orçamentárias e financeiras acerca
da execução das ações compreendidas por esse programa.
Tabela 52. Programa 301 – Gestão Estratégica de Resultados
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011
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Da análise das ações realizadas nesse programa a que apresentou maior
percentual de execução foi a 3950 – Instituição de ações de valorização,
acompanhamento à saúde e motivação profissional de servidores, o equivalente a
62,74%, seguida da ação 3947 – Estruturação do Sistema de Gestão Estratégica da
Justiça e Segurança, sendo esta última priorizada no Anexo I da LDO.
Ressalta-se que do total planejado para o Programa 031 foi executado 35,60%,
que pode ser considerado uma execução deficiente.
A tabela abaixo demonstra as ações executadas do Programa 302 – Inteligência –
Conhecer para Decidir – que tem por objetivo proteger os ativos organizacionais,
assessorar estrategicamente e dar apoio tático e operacional.
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Tabela 53. Programa 302 – Inteligência – Conhecer para Decidir
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011
Com base na tabela acima, verifica-se que das ações priorizadas na LDO
referente a esse Programa a ação 3953 - Instituição do Modelo de Sistema de
Inteligência de Justiça e Segurança Pública/MT - não foi executada, em contrapartida a
3959 – Intensificação das Ações de Inteligência - teve execução em torno de 76%. De
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forma geral pode-se dizer que o Programa 032 teve uma boa execução, uma vez que o
percentual de realização foi de 82,72%.
É importante ressaltar que embora a ação 3960 – Ampliação do Sistema de
Interceptação Telefônica para as Macros-Regiões de Mato Grosso - não estava
contemplada no Anexo I da LDO foi executada em sua totalidade.
O Relatório que trata dos recursos aplicados nos programas, elaborado pela
SEJUSP, estabelece que o programa 306 – Nova Chance – tem por objetivo proporcionar
a ressocialização de reeducandos e egressos.
A tabela abaixo demonstra a execução financeira-orçamentária das ações do
programa 306 – Nova Chance:
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Tabela 54. Programa 306 – Nova Chance
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011
PAOE A - Dotação Inicial B - Créd. Autorizado C - Empenhado D - Liquidado E - Valor Pago % Realização ( D/B)
1000 -
COMERCIALIZAÇÃO DOS
PRODUTOS
CONFECCIONADOS
PELOS REEDUCANDOS 30.000,00 10.634,40 4.346,00 4.346,00 4.346,00 40,87
1001 - EFETIVAÇÃO DE
AÇÕES PÚBLICAS EM
CONSONÂNCIA COM A
LEP – LEI DE EXECUÇÃO
PENAL 8.000,00 1.724,72 541,08 541,08 541,08 31,37
1003 - DIAGNÓSTICO
SITUACIONAL DOS
EGRESSOS E FAMILIARES
DE REEDUCANDOS 8.004,00 509,00 509,00 509,00 509,00 100,00
1006 -
ACOMPANHAMENTO
SITUACIONAL DOS
EGRESSOS E FAMILIARES
DE REEDUCANDOS 10.140,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -
1010 - PROPOSIÇÃO DE
PROJETOS DE MELHORIA
NA GESTÃO DE AÇÕES
DE RESSOCIALIZAÇÃO 14.940,00 387.247,99 226.479,42 109.762,53 107.745,63 28,34
1011 - SENSIBILIZAÇÃO
DA SOCIEDADE 18.580,00 10.881,68 10.881,68 10.881,68 10.881,68 100,00
1012 - PROMOÇÃO DE
OFICINAS CULTURAIS 8.000,00 1.320,00 1.320,00 1.320,00 1.320,00 100,00
1018 - QUALIFICAÇÃO E
CAPACITAÇÃO DOS
SERVIDORES 199.900,00 90.608,69 85.498,99 75.461,89 71.141,89 83,28
1020 - PROMOÇÃO DE
ASSISTÊNCIA
PSICOSSOCIAL AOS
SERVIDORES 93.000,00 32.860,90 30.729,47 21.626,65 21.626,65 65,81
1021 - REALIZAÇÃO DE
PARCERIAS, CONVÊNIOS
E INSTRUMENTOS
CONGÊNERES 22.500,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 100,00
3994 - IMPLANTAÇÃO DE
CURSOS DE
QUALIFICAÇÃO E
CAPACITAÇÃO PARA OS
REEDUCANDOS 40.000,00 23.642,00 17.480,38 17.480,38 17.480,38 73,94
3995 - IMPLEMENTAÇÃO
DE CURSOS DE
QUALIFICAÇÃO E
CAPACITAÇÃO PARA OS
REEDUCANDOS 10.000,00 99.957,00 0,00 0,00 0,00 -
3996 -
ACOMPANHAMENTO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA E
PROFISSIONAL 46.152,00 22.559,00 22.559,00 22.559,00 22.559,00 100,00
3997 - REALIZAÇÃO DE
CONCURSO PÚBLICO
PARA PROFISSIONAIS
DAS DIVERSAS ÁREAS DO
CONHECIMENTO 280.300,00 126.229,80 42.229,80 24.864,90 24.864,90 19,70
3998 - CONSOLIDAÇÃO
DE AÇÕES PARA A
GERAÇÃO DE EMPREGO
E RENDA AOS
REEDUCANDOS 37.000,00 19.734,43 19.734,03 17.621,99 11.362,00 89,30
3999 - IMPLANTAÇÃO
DAS ATIVIDADES DE
TRABALHO E LABORAIS 49.483,84 47.531,01 43.199,68 42.193,17 42.193,17 88,77
Total 875.999,84 877.440,62 507.508,53 351.168,27 338.571,38 40,02
Programa 306: Nova chance
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Procedida à análise da tabela acima, observa-se que a ação 3998 – Consolidação
de Ações para a Geração de Emprego e Renda aos Reeducandos e a 3999 – Implantação
das Atividade de Trabalhos Laborais que foram as ações priorizadas pelo Estado na LDO
tiveram percentual de execução de 89,30% e 88,77%, respectivamente.
Verifica-se também que tiveram ações que foram 100% executadas, são elas:
1003 – Diagnóstico Situacional dos Egressos e Familiares de Reeducandos;
1011 – Sensibilização da Sociedade;
1012 – Promoção de Oficinas Culturais;
1021 – Realização de Parcerias, Convênios e Instrumentos Congêneres;
3996 – Acompanhamento da Educação Básica e Profissional.
A tabela abaixo demonstra as ações executadas do Programa 307 – Rede Cidadã-
que tem por objetivo prevenir e reduzir as oportunidades de envolvimento com
violência, criminalidade e práticas de incivilidade.
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Tabela 55. Programa 307 – Rede Cidadã
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011
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Procedida à análise da tabela acima, verifica-se que a ação 1044 – Ampliação da
Rede Cidadão foi a que apresentou maior percentual de execução, o equivalente a
83,14%, sendo que essa ação foi uma das que foram priorizadas na LDO. As outras duas
ações priorizadas foram: 1023 – Prevenção do contato com drogas por crianças e
adolescentes e 1025 – Implantação das bases comunitárias em Cuiabá e Cidades-Pólos
que tiveram execução em torno de 41,44% e 16,47% respectivamente.
Considerando a execução total do programa 307 – Rede Cidadão – pode-se dizer
que o mesmo teve uma execução regular, dado que atingiu 71,19% de execução em
relação ao previsto.
O Relatório que trata dos recursos aplicados nos programas, elaborado pela
SEJUSP, estabelece que o programa 312 – Enfrentamento Integrado da Violência e da
Criminalidade – tem por objetivo potencializar os resultados das ações de
enfrentamento da violência e criminalidade em prol da sociedade. Segue abaixo tabela
que demonstra a execução financeira-orçamentária das ações desse programa.
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Tabela 56. Programa 312 – Enfrentamento Integrado da Violência e Criminalidade
Fonte: FIPLAN – FIP 613 – Emissão: 11/03/2011
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De acordo com a tabela acima a ação 1082 – Descentralização do centro
integrado de operações de segurança pública não foi executada e a ação 1087 – Ampliar
as ações operacionais integradas para a segurança da fronteira oeste foi executada em
0,74%, sendo que ambas foram priorizadas no Anexo I da LDO. No entanto a execução
do Programa foi de 76,75%.
9. OBRAS
O anexo 1 (Metas e Prioridades) da LDO definiu como sendo prioritários na área
de Obras Públicas os Programas: 239 – Meu Lar, 72 – Obras Públicas e Infraestrutura,
218 – Estradeiro. Esses três Programas são de responsabilidades da SINFRA.
Dentro desses Programas foram priorizadas as seguintes ações: 1763 –
Construção de habitações urbanas e infraestrutura, 1819 – Construção de infraestrutura
e vias urbanas em área ocupadas; 1287 – Pavimentação de Rodovias
Assim, foi analisada a execução orçamentária e financeira desses Programas e
Ações, conforme segue.
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Tabela 57. Execução do Programa 239 “Meu Lar”
Fonte: Fiplan – FIP 613
Tabela 58. Execução do Programa 72 “Obras Públicas e Infraestrutura”
Fonte: Fiplan – FIP 613
AÇÃO Dotação Inicial Dotação Atualizada Empenhado Liquidado Valor Pago% de realização
(liquidado/Dot.
Atual.)
1649: ACESSO À MORADIA E
PROMOÇÃO DE INCLUSÃO SOCIALR$ 250.000,00 R$ 36.944,80 R$ 36.944,80 R$ 36.944,80 R$ 36.944,80
100,00%1763: CONSTRUCAO DE
HABITACOES URBANAS E INFRA-
ESTRUTURAR$ 31.244.988,00 R$ 44.820.055,73 R$ 32.060.679,15 R$ 32.060.679,15 R$ 30.155.234,08
71,53%1827: CONSTRUCAO DE
HABITACOES RURAIS E INFRA-
ESTRUTURAR$ 1.129.500,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
-1828: DISTRIBUICAO DE BOLSAS
DE MATERIAL DE CONSTRUCAOR$ 5.500.000,00 R$ 1.449.000,00 R$ 382.500,00 R$ 382.500,00 R$ 382.500,00
26,40%
1829: ELABORACAO DE PROJETOS
TECNICOS DE HABITACAOR$ 46.012,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00
-
TOTAL R$ 38.170.500,00 R$ 46.306.000,53 R$ 32.480.123,95 R$ 32.480.123,95 R$ 30.574.678,88 70,14%
PROGRAMA 239 " MEU LAR"
AÇÃO Dotação Inicial Créd. Autorizado Empenhado Liquidado Pago% de realização
(Liquidado/Cré1292: MELHORAMENTO DE
SEGURANCA E CONTROLE AÉREOR$ 2.001.040,00 R$ 9.180.957,55 R$ 3.788.164,23 R$ 3.788.164,23 R$ 3.768.114,27 41,26%
1317: AMPLIACAO, CONSTRUCAO
E REFORMA DE SISTEMA DE R$ 13.755.180,00 R$ 6.585.370,56 R$ 650.943,32 R$ 650.943,32 R$ 625.943,32 9,88%
1819: CONSTRUCAO DE INFRA-
ESTRUTURA E VIAS URBANAS EM R$ 10.335.580,00 R$ 85.086.037,95 R$ 27.234.520,71 R$ 27.234.520,71 R$ 25.912.945,34 32,01%
1820: CONSTRUCAO, AMPLIACAO
E RECUPERACAO DE EDIFICACOES R$ 5.425.662,03 R$ 13.521.126,54 R$ 7.540.526,94 R$ 7.540.526,94 R$ 7.154.861,65 55,77%
1821: ELABORACAO DE PROJETOS
TECNICOS DE EDIFICACOES E R$ 300.000,00 R$ 46.317,50 R$ 30.317,50 R$ 30.317,50 R$ 30.317,50 65,46%
3091: CONSTRUÇÃO E AMPLIAÇÃO
DE UNIDADES REGIONAIS/SEMAR$ 262.357,59 R$ 262.357,59 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 0,00%
3094: CONSTRUÇÃO E AMPLIAÇÃO
DA SEDE DA SEMAR$ 4.675.935,38 R$ 5.945.567,42 R$ 4.927.365,48 R$ 4.927.365,48 R$ 4.927.365,48 82,87%
3162: EXECUÇÃO E APOIO A
PROJETOS DE OBRAS PÚBLICAS R$ 360.629,00 R$ 52.568.278,65 R$ 28.090.264,91 R$ 28.090.264,91 R$ 23.231.245,97 53,44%
TOTAL R$ 37.116.384,00 R$ 173.196.013,76 R$ 72.262.103,09 R$ 72.262.103,09 R$ 65.650.793,53 41,72%
PROGRAMA 72 "OBRAS PÚBLICAS E INFRAESTRUTURA"
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Tabela 59. Execução do Programa 218 “Estradeiro”
Fonte: Fiplan – FIP 613
Verifica-se que dos Programas priorizados dois tiveram execução em torno de
70%, que pode ser considerado como regular, sendo os Programas 239 - “Meu Lar” e
218 - “Estradeiro. Em relação ao Programa 72 - “Obras Públicas e Infraestrutura” a
execução só alcançou pouco mais de 40%, que pode ser considerada como deficiente
em termos de execução orçamentária.
Na análise das Ações priorizadas, nota-se que as ações 1763 – Construção de
habitações urbanas e infraestrutura e 1287 – Pavimentação de Rodovias foram
executadas 71,63% e 61,64%, respectivamente, o que é considerado regular. A ação
AÇÃO Dotação Inicial Dotação atualizada Empenhado Liquidado Valor Pago
% DE
REALIZAÇÃO
(LIQUIDADO/
DOT. ATUAL.)
1150: AQUISICAO DE EQUIPAMENTOS
RODOVIARIOSR$ 50.000,00 R$ 13.646.122,85 R$ 13.583.000,00 R$ 13.583.000,00 R$ 13.583.000,00 99,54%
1161: IMPLANTACAO E ADEQUAÇÃO
DE POSTOS DE CONTROLE DE CARGAR$ 500.000,00 R$ 77.530,00 R$ 4.360,00 R$ 4.360,00 R$ 4.360,00 5,62%
1283: IMPLANTAÇÃO DE OBRAS DE
ARTES ESPECIAIS-PONTES/VIADUTOSR$ 19.499.000,00 R$ 14.125.850,90 R$ 4.152.864,31 R$ 4.152.864,31 R$ 4.128.509,22 29,40%
1284: CONSTRUCAO E REFORMA DE
PONTES DE MADEIRAR$ 19.999.120,00 R$ 31.577.866,95 R$ 25.506.000,05 R$ 25.506.000,05 R$ 25.506.000,05 80,77%
1287: PAVIMENTACAO DE RODOVIAS R$ 330.445.000,00 R$ 353.570.137,51 R$ 217.929.665,38 R$ 217.929.665,38 R$ 212.385.577,93 61,64%
1288: IMPLANTACAO DE RODOVIAS R$ 150.000,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 -
1289: RESTAURACAO DE RODOVIAS
PAVIMENTADASR$ 15.000.800,00 R$ 44.847.003,61 R$ 28.019.461,93 R$ 28.019.461,93 R$ 27.856.761,19 62,48%
1291: ESTUDOS E PROJETOS
RODOVIÁRIOS E AMBIENTAISR$ 8.000.000,00 R$ 13.358.144,36 R$ 10.743.829,06 R$ 10.743.829,06 R$ 10.743.829,06 80,43%
2092: DESAPROPRIACOES E
INDENIZACOESR$ 100.000,00 R$ 150.000,00 R$ 73.293,49 R$ 73.293,49 R$ 73.293,49 48,86%
2151: MANUTENCAO DE RODOVIAS
NAO PAVIMENTADASR$ 62.320.879,97 R$ 80.653.186,85 R$ 75.499.073,77 R$ 75.499.073,77 R$ 74.529.628,25 93,61%
2209: CONSERVACAO DE RODOVIAS
PAVIMENTADASR$ 15.534.000,00 R$ 19.423.108,54 R$ 18.491.524,84 R$ 17.925.848,41 R$ 17.925.848,41 92,29%
2992: MANUTENÇÃO DE POSTOS DE
CONTROLE DE CARGASR$ 3.500.000,00 R$ 3.672.470,00 R$ 2.993.530,24 R$ 2.993.530,24 R$ 2.993.530,24 81,51%
3684: IMPLANTAÇÃO DE PRAÇAS DE
PEDÁGIOR$ 200.000,00 R$ 200.000,00 R$ 67.762,58 R$ 67.762,58 R$ 67.762,58 33,88%
TOTAL R$ 475.298.799,97 R$ 575.301.421,57 R$ 397.064.365,65 R$ 396.498.689,22 R$ 389.798.100,42 68,92%
PROGRAMA 218 "Estradeiro"
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1819 - Construção de infraestrutura e vias urbanas em área ocupadas teve sua execução
deficiente, sendo liquidadas apenas 32,01% da dotação atualizada.
Além desses Programas geridos pela SINFRA, outras ações dentro de Programas
específicos tiveram relação com Obras Públicas, sendo ligados às Secretarias de Estado
de Educação - SEDUC, de Segurança Pública - SEJUSP, de Fazenda – SEFAZ e à Agência
Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal - FIFA 2014
(AGECOPA).
Cabe informar que no último concurso para Auditor do Estado – AGE houve
vagas para a área específica de Engenharia Civil, sendo que ingressaram no quadro de
Auditores efetivos cinco profissionais. Com o ingresso desses Auditores foi possível
execução de Auditorias, Acompanhamentos, Orientações, Pareceres e Recomendações
nessa área específica.
Assim, no exercício de 2010 foi realizada avaliação do subsistema de Serviços de
Engenharia e Obras Públicas, sendo essa avaliação integrante do Relatório Anual de
Avaliação do Sistema de Controle Interno – RAASCI da SINFRA, da SEDUC, da SEJUSP, da
SEFAZ e da AGECOPA. Nesse relatório, que foi encaminhado junto ao TCE-MT nas Contas
de Gestão de cada Unidade Orçamentária, constavam recomendações para o
aperfeiçoamento do subsistema de Serviços de Engenharia e Obras Públicas, a saber:
Instituir uma rotina de rigorosos procedimentos processuais, técnicos e
administrativos para aceitação de projetos (completos, bem de detalhados, com
memórias de cálculos dos quantitativos); bem como a exigência de diário de
obras;
Instruir os processos com as Anotações de Responsabilidade Técnica (ART)
dos responsáveis pelos projetos de arquitetura e engenharia, pelo orçamento,
pela fiscalização e pela execução da obra;
Prever no Termo de Cooperação Técnica, sempre que possível, a figura do
interveniente executor visando minimizar conflitos de competência.
Depois de estabelecer e sedimentar os procedimentos, fluxogramas e
manuais, deve-se implementar a utilização de softwares com itens de checagem
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cruzada, por exemplo, com avisos e alertas sobre incongruências, e que em
certos casos não permita que se avance sem fornecimento ou correção de
informações relevantes;
Aplicar quando cabível a garantia Quinquenal e manter interação entre
manutenção, fiscalização e execução no intuito de minimizar problemas pós-
entrega e melhorando projeto e execução de obras;
Abster-se de realizar e aprovar projetos básicos e orçamentos sem os
correspondentes projetos de engenharia e arquitetura.
Observar os prazos estabelecidos contratualmente, tanto para imputação
de responsabilidade ao contratado quanto para realização de pagamentos;
Limitar o pagamento aos serviços efetivamente executados;
Condicionar a alteração do projeto básico à aprovação da autoridade
competente, mediante avaliação das justificativas técnicas apresentadas;
Manter atualizado os dados das obras no Sistema Geo-obras, ou seja, não
somente na fase licitatória, mas concomitantemente à fase de execução dos
contratos;
Observar as normas relativas à acessibilidade, em especial a NBR 9050 –
Acessibilidade a Edificações, Mobiliário, Espaços e Equipamentos Urbanos,
editada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);
Observar o impedimento legal quanto “a fixação de preços mínimos,
critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência,
ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do art. 48” da Lei 8.666/93 e
alterações.
Observar o entendimento do E. Tribunal de Contas União quanto à
indevida exigência de visto do CREA local como condicionante de habilitação
para licitantes oriundos de outros estados, em especial, quando se tratar de
recursos provenientes da União;
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Instituir critérios objetivos para avaliação da qualificação técnico-
operacional e técnico-profissional;
Evidenciar a avaliação da composição dos custos unitários, do lucro e
despesas indiretas (LDI) e dos encargos sociais propostos pelas licitantes;
Observar e avaliar a compatibilidade entre a alíquota do Imposto Sobre
Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) instituída pelo município beneficiário da
obra e a alíquota informada na composição do LDI pela empresa concorrente;
Instruir os projetos básicos de engenharia, conforme o estabelecido pelo
inciso IX do art. 6º e art. 7º da Lei Federal 8.666/93, institucionalizado pelo item
1 do check list de obras e serviços engenharia;
Garantir a compatibilidade entre o projetado e o executado; entre as
quantidades medidas e as quantidades executadas;
Observar, quando da realização de medições, o regime de execução
pactuado;
Avaliar e emitir parecer acerca da validade e pertinência dos projetos
complementares e arquitetônicos, quando não elaborados diretamente pela
Secretaria;
Zelar pelo cumprimento do cronograma físico-financeiro das obras
contratadas;
Executar o projeto básico de engenharia, ou seja, evitar alterações durante
a fase de execução. O que pode ocasionar aditamento ao contrato e a ocorrência
de “jogo de planilha”;
Caso a Administração resolva optar pelo regime de execução empreitada
pelo preço global, recomenda-se pela não realização de aditamentos. Sendo
admissível, apenas nos casos previstos pelo art. 65, da Lei de Licitações,
evidentemente com as devidas justificativas técnicas;
Providências por descumprimento de prazos contratuais;
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Controle quanto ao detalhamento, no memorial descritivo, de serviços
atípicos;
Controle quanto à planilha de composição dos custos unitários adotados
ou indicação da fonte, quando obtidos de tabelas de referência;
Controle quanto à composição do LDI (lucro e despesas indiretas) adotado
para formação do preço de referência;
Controle quanto à alocação dos custos diretos e indiretos;
Controle quanto à composição dos encargos sociais adotados;
Controle quanto à indicação do regime de execução mais adequado ao
objeto;
Controle quanto aos parâmetros para avaliação da qualificação técnico-
operacional e técnico-profissional.
Controle quanto aos critérios de aceitabilidade de preço unitário;
Controle quanto ao tratamento a ser dado no julgamento da composição
dos custos unitários.
Nesse sentido, verifica-se a necessidade de efetivar maior controle tanto das
obras em andamento quanto daquelas que estão na iminência de ocorrer, para que não
haja a reincidência de deficiências de planejamento, de projetos, de fiscalização,
ausência de detalhamento das planilhas de orçamento, de freqüentes alterações de
projeto, de atrasos na execução, de aditivos contratuais sem respaldo técnico
devidamente fundamentado e da ocorrência de obras inacabadas.
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
10. TRANSPARÊNCIA – LEI COMPLEMENTAR 131/2009
Em maio de 2009, através da Lei Complementar n. 131, que acrescentou algumas
exigências ao capítulo IX da LRF, ficou determinado que fossem divulgadas ao pleno
conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, as informações
pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de
acesso público.
Assim, a LRF, com a nova redação, exige que a transparência seja assegurada
também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas,
durante os processos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes
orçamentárias e orçamentos; liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da
sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução
orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público; e adoção de sistema
integrado de administração financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de
qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União.
Dessa forma, a LRF esclarece que a disponibilização em meios eletrônicos das
informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira refere-se a:
I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer
da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima
dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao
serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o
caso, ao procedimento licitatório realizado;
II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades
gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.
Em atendimento a exigência da LRF quanto à Transparência da Gestão Fiscal,
verifica-se que o Governo do Estado de Mato Grosso realizou durante o exercício de
2010 audiências públicas, quando do planejamento e elaboração dos planos, das
diretrizes e do orçamento, bem como para divulgação dos resultados da execução
orçamentária e financeira e dos demonstrativos de cumprimento dos limites
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
constitucionais e legais. Além disso, tanto as peças de planejamento, como os relatórios
de divulgação da execução (Relatório Resumido de Execução Orçamentária e Relatório
de Gestão Fiscal) ficam disponibilizados nos endereços eletrônicos das Secretárias
Estaduais de Planejamento e Coordenação Geral e de Fazenda.
Além disso, foi criado um canal eletrônico (http://web.fiplan.mt.gov.br) onde
podem ser acessadas por qualquer cidadão as informações sobre realização de receitas
e despesas, consultas de despesas por credor, além de consultas de pagamentos,
empenhos e liquidações.
Cabe informar que ainda está em fase de desenvolvimento a interligação do
Sistema de Planejamento, Contabilidade e Finanças – FIPLAN ao de Aquisições
Governamentais – SIAG para disponibilização das informações sobre o processo
licitatório, dispensas e inexigibilidade de cada despesa.
11. CONTROLE INTERNO
A Auditoria Geral do Estado – AGE, criada pela Lei Estadual nº 4.087, de
11.07.1979, é órgão autônomo e superior de Controle Interno, diretamente
subordinado ao Governador do Estado, instituição permanente e essencial ao Controle
Interno do Poder Executivo Estadual, exerce as funções constitucionais previstas no art.
74 da Constituição Federal e art. 52 da Constituição Estadual, e competências
estabelecidas na Lei Complementar 295/2007, que dispõe sobre o Sistema Integrado de
Controle Interno do Estado de Mato Grosso, na Lei Complementar 198/2004, no
Decreto 1341/1996 e no Decreto 6035/2005.
Acrescendo as atribuições da AGE, a Lei Complementar 413/2010 transferiu para
esta as competências relativas às atividades de Ouvidoria e de Corregedoria no âmbito
do Poder Executivo Estadual. Porém, essas novas funções serão executadas a partir do
exercício de 2011.
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
No Exercício de 2010 houve aumento do quadro de Auditores da AGE, passando,
em agosto de 2010, de 20 para 48 Auditores lotados na AGE, o que representa um
crescimento de 140%. Esse aumento no quadro de Auditores, logicamente, refletiu nas
atividades da Instituição, aumentando o foco orientativo e preventivo e o
aperfeiçoamento do Sistema de Controle Interno, bem como tornando os trabalhos da
AGE mais tempestivos.
A AGE durante o exercício de 2010 monitorou a execução do Plano de Ação para
a adequação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato
Grosso, criado com base no Guia do TCE/MT, o qual previu a realização de atividades
nos seguintes subsistemas de controle:
a. Controle Interno: edição de Lei Orgânica e sua regulamentação, implantação
de unidades setoriais de controle interno e elaboração de manual de rotinas e
procedimentos com prazo até dezembro de 2008;
b. Planejamento e Orçamento: elaboração de manual de rotinas e
procedimentos com prazo até dezembro de 2008;
c. Aquisições: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até
dezembro de 2008;
d. Contabilidade: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo
até dezembro de 2008;
e. Financeiro: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até
dezembro de 2008;
f. Apoio Logístico: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo
até dezembro de 2009;
g. Gestão de Pessoas: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com
prazo até dezembro de 2009;
h. Patrimônio: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até
dezembro de 2009;
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
i. Previdência: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até
dezembro de 2009;
j. Convênios e Consórcios: elaboração de manual de rotinas e procedimentos
com prazo até dezembro de 2009;
k. Obras Públicas: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo
até dezembro de 2009;
l. Educação: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até
dezembro de 2010;
m. Saúde: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até
dezembro de 2010;
n. Receita Pública: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo
até dezembro de 2010;
o. Bem Estar Social: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com
prazo até dezembro de 2010;
p. Comunicação Social: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com
prazo até dezembro de 2011;
q. Jurídico: elaboração de manual de rotinas e procedimentos com prazo até
dezembro de 2011;
r. Tecnologia da Informação: elaboração de manual de rotinas e procedimentos
com prazo até dezembro de 2011.
Esse plano foi incorporado pela Auditoria Geral do Estado como parte integrante
do seu planejamento estratégico, cujas metas devem ser atingidas até 2011.
Até o exercício de 2010 foram publicados ao total 12 (doze) Manuais, sendo eles
pertencentes aos sistemas de:
a. Controle Interno;
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
b. Planejamento e Orçamento;
c. Aquisições;
d. Contabilidade;
e. Financeiro;
f. Apoio Logístico: Manual de Gestão de Documentos e Desenvolvimento
Organizacional;
g. Gestão de Pessoas;
h. Patrimônio: Manual de Patrimônio e Serviços;
i. Convênios e Consórcios: contemplado tanto no Manual de Planejamento
quanto no Manual do Sistema de Gerenciamento de Convênios – SIGCon;
j. Receita Pública: cujas normas estão disponibilizadas no site da Secretaria de
Estado de Fazenda, além de compiladas em uma via e entregues à Auditoria
Geral do Estado;
k. Tecnologia da Informação.
De acordo com Plano de Ação até o exercício de 2011 foram previstos a
elaboração de 18 (dezoito) manuais dos diversos sistemas de controle já citados acima.
Dos dezoito Manuais previstos, doze foram elaborados, havendo uma
antecipação em relação à Tecnologia da Informação e quatro atrasos: Previdência,
Obras Públicas, Educação e Saúde, resultando no seguinte gráfico:
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Gráfico 22. Diagnóstico do cumprimento do Plano de Ação para a adequação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso – 2007 a 2011
Fonte: Relatório de Avaliação do Plano de Ação - Exercícios 2007, 2008, 2009 e 2010 – AGE-MT
Quanto ao cumprimento das atividades referentes aos exercícios de 2007 a
2010, tem-se o seguinte gráfico:
Gráfico 23. Diagnóstico do cumprimento do Plano de Ação para a adequação do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso – 2007 a 2010
Fonte: Relatório de Avaliação do Plano de Ação - Exercícios 2007, 2008, 2009 e 2010 – AGE-MT
02468
1012141618
total Prontos Adiantado Atrasado A elaborar 2011
100%
66,66%
5,55%
22,22%11,11%
0
5
10
15
Total Prontos Atrasados
100%
73,33%
26,66%
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Desse norte, com cumprimento em mais de 70% (setenta por cento) das
atividades planejadas, avalia-se como bom, dentro dos padrões de medidas: ruim,
regular, bom e excelente, a execução do Plano de Ação do Poder Executivo do Estado de
Mato Grosso.
Avaliado como bom o desempenho do cumprimento do Plano de Ação,
demonstra-se que o órgão central de controle interno envida esforços nas etapas de
orientação de realização das atividades, monitora a sua execução e avalia os seus
resultados.
Foi constatado que houve maior dificuldade na padronização das áreas
finalísticas, em razão da ausência de familiarização da atividade. Esse o motivo dos
atrasos ocorridos, pois foi priorizada, estrategicamente, a parte administrativa e após
dedicar-se-á esforços nas áreas da saúde, educação, bem estar social, dentro outras.
Além das atividades de monitoramento do Plano de Ação, no exercício de 2010 a
AGE, através das Coordenadorias de Auditoria com o apoio das Unidades Setoriais de
Controle Interno, desenvolveu as seguintes atividades, visando o aperfeiçoamento do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Estadual, bem como com o objetivo de
atuar de forma preventiva e orientativa:
1) Acompanhamento das implementações dos Planos de Providências;
2) Fornecimento de Orientações Técnicas aos Órgãos e Entidades do Poder Executivo
diariamente por telefone, visitas à sede da AGE ou consulta eletrônica via internet, com
foco na prevenção e orientação às falhas de controle;
3) Acompanhamento e orientação na elaboração e encaminhamento das Prestações de
Contas ao Tribunal de Contas do Estado;
4) Composição de Comissões para análise e fornecimento de soluções para problemas
nos órgãos e entidades do Poder Executivo;
5) Acompanhamento e orientação in loco nos órgãos e entidades do Poder Executivo;
6) Orientações sobre a elaboração de respostas ao Tribunal de Contas do Estado;
Parecer Técnico Conclusivo de Controle Interno – Balanço Geral do Estado – Exercício 2010 Página 142 de 145
Governo do Estado de Mato Grosso 2010
7) Recomendações sobre o aprimoramento dos controles dos órgãos e entidades e o
acompanhamento/orientação de sua implementação;
8) Emissão do Relatório de Controle Interno que acompanha as Contas do Governador;
9) Emissão de Pareceres Conclusivos que acompanharam as Prestações de Contas dos
Órgãos e Entidades;
10) Realização de Auditorias, priorizando execução orçamentária, financeira e contábil;
11) Monitoramento e acompanhamento da situação fiscal e do cumprimento das
exigências legais para último ano de mandato;
12) Acompanhamento de aquisições e contratos de grande vulto;
13) Emissão de Orientações e Pareceres de Auditoria para as diversas Unidades
Orçamentárias;
14) Realização de Auditorias Especiais, inclusive por solicitação da Delegacia Fazendária
e Ministério Público.
Essas ações de Auditoria e Controle Interno realizadas pela AGE no exercício de
2010 resultaram na seguinte produção:
Tabela 60. Produção AGE – período de janeiro a dezembro de 2010
EDUCAÇÃO 11 00 01 04 09 25SAÚDE 05 01 05 02 07 20
T. TRANSPORTE -
S.ECÔNOMICO07 02 23 19 23 74
SEGURANÇA 04 02 02 12 10 30CCLT - AGRO -AMBIENTAL 07 00 12 22 16 57
GOV-PLAN-TEC-JURID-
ADM-FAZENDÁRIO15 03 22 64 17 121
OBRAS / SERVIÇOS DE
ENGENHARIA04 04 01 05 04 18
SUB-TOTAL 53 12 66 128 86 345SACI-ASS-APOIO 04 05 21 74 07 111
TOTAL 57 17 87 202 93 456
MANIFESTAÇÃO ORIENTAÇÃO PARECER RELATÓRIOTOTAL GERAL -
2010
RECOMENDAÇÃO
TÉCNICA
COORDENADORIA DE
AUDITORIA DOS NÚCLEOS
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
Fonte: SACI/AGE – Adelson
12. CONCLUSÃO
O Governo do Estado de Mato Grosso possui um Plano de Desenvolvimento de
longo prazo para Mato Grosso, que é o MT +20, norteador das ações de planejamento
do Estado. O PPA 2008-2011 foi elaborado a partir desse instrumento, sendo
identificados treze objetivos estratégicos e priorizados alguns programas. Sendo assim,
as metas e prioridades da LDO 2010 e as ações consignadas no orçamento de 2010, de
uma forma geral, estão compatíveis com os instrumentos de planejamento (PPA e
MT+20).
Nossa análise demonstra que o Governo do Estado de Mato Grosso vem de
forma constante ampliando seus instrumentos de planejamento, com definições de
objetivos estratégicos e metas de longo prazo. Os instrumentos de avaliação das ações
também estão em constante evolução e o RAG – Relatório de Ação Governamental, que
também acompanhará a Prestação de Contas Anual, apresenta sensível
aperfeiçoamento nos métodos e medidas de avaliação dos programas e ações de
governo.
No mesmo sentido está a Gestão da Receita Pública. Com projetos e ações
definidos em bases consistentes, o Estado, através da Secretaria de Estado de Fazenda,
desenvolve diversas medidas de recuperação de créditos e incremento da receita.
Dessas medidas, destaca-se o aperfeiçoamento dos mecanismos de administração
financeira de débitos, a intensificação da presença fiscal junto aos contribuintes (difusão
de risco fiscal), a intensificação dos cruzamentos de dados para lançamento do tributo e
à ampliação da cobrança dos créditos tributários. Essas ações permitiram que a Receita
Tributária Estadual tivesse um crescimento em 2010 de 6,56% em relação a 2009.
Do ponto de vista da Gestão Fiscal observa-se um rigoroso controle da execução
orçamentária e financeira, com mecanismos de permanentes avaliações sistemáticas,
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
que resultaram na garantia do equilíbrio orçamentário e financeiro, mantido por ações
integradas das Secretarias Sistêmicas: SEPLAN, SEFAZ, SAD e AGE, e também na
obtenção de superávit primário.
Em relação às regras impostas ao Gestor Público no último ano do Mandato,
decorrentes da Lei de Responsabilidade Fiscal e da Legislação Eleitoral, houve intenso
acompanhamento pela Auditoria Geral do Estado, mediante controle dos limites e a
emissão de constantes orientações aos órgãos e entidades do Poder Executivo. Diante
disso, observamos o cumprimento das regras fundamentais, como a manutenção do
gasto com publicidade dentro da média dos últimos três anos, não ocorrência de
aumento de despesa com pessoal nos últimos 180 dias e a não contração de obrigações
sem cobertura financeira nos dois últimos quadrimestres.
Foi também observado o cumprimento dos limites constitucionais e legais, com
diminuição do índice de endividamento do Estado e respeito ao limite de operação de
crédito. Os gastos com pessoal do poder executivo ficou em 41,18%, significativamente
abaixo do limite legal que é 49%. As despesas com manutenção e desenvolvimento do
ensino atingiram 29,18% e a remuneração dos profissionais do magistério consumiram
72,92% dos recursos do FUNDEB. Já a aplicação na saúde atingiu 13,22%.
É relevante destacar que o Governo do Estado de Mato Grosso busca de forma
contínua aperfeiçoar os instrumentos de controle, com melhoria da estrutura e
mecanismos da Auditoria Geral do Estado, dando condições para uma atuação eficiente,
que se revela na produção demonstrada neste relatório e no cumprimento do
cronograma de implantação do Sistema de Controle Interno imposto pela Resolução
01/2007 do TCE-MT.
Enfim, somos da opinião que o Governo do Estado de Mato Grosso, no exercício
de 2010, atendeu aos princípios norteadores da Administração Pública, dedicou esforço
no cumprimento de objetivos estratégicos e executou uma Gestão Fiscal responsável,
revelada pelo equilíbrio orçamentário e financeiro do exercício, a observância das
normas constitucionais e limites da LRF, em especial o cumprimento do limite com
operações de crédito, limite de despesa com pessoal, o saldo positivo do resultado
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Governo do Estado de Mato Grosso 2010
primário, a diminuição relativa da dívida consolidada (comparada com a RCL), o
cumprimento dos limites constitucionais das áreas de saúde e educação, o atendimento
das exigências específicas de último ano de mandato e a evolução do Sistema de
Controle Interno do Executivo Estadual.
É o nosso parecer.
JOSÉ ALVES PEREIRA FILHO
Secretário-Auditor Geral do Estado Equipe Técnica:
EMERSON HIDEKI HAYASHIDA ALYSSON SANDER DE SOUZA Secretário Adjunto de Auditoria Superintendente de Auditoria
LAURA CRISTINA CORREA ALMEIDA MÔNICA CRISTINA DOS ANJOS ACENDINO Assessora Técnica Assessora Técnica