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GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Subsecretaria de Gestão e Regularização Ambiental Integrada Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central Metropolitana Pág. 1 de 22 19-07-2013 Rua Espírito Santo, n. 495, Centro, MG, CEP: 30.160-030 Telefax: (31) 3228-7700 PARECER ÚNICO Nº 178/2013 (PROTOCOLO SIAM N. 1450985/2013) INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO: Licenciamento Ambiental 2194/2004/011/2012 Sugestão pelo Deferimento FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva VALIDADE DA LICENÇA: 06 anos PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO: Outorga - - Reserva Legal - Averbada DAIA 1702/2012 Deferido EMPREENDEDOR: MMX Sudeste Mineração Ltda. CNPJ: 66.468.208/0004-90 MUNICÍPIO(S): Brumadinho/MG ZONA: Rural COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): SAD69, Fuso 23K LAT/Y 7.775.400 LONG/X 571.800 LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO X USO SUSTENTÁVEL NÃO NOME: APEE Manancial Rio Manso BACIA FEDERAL: Rio São Francisco BACIA ESTADUAL: Rio Paraopeba UPGRH: SF3 SUB-BACIA: Córrego Quéias CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE A-02-03-8 Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco. 3 CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO: Laura Amaral Faria CREA: 133585/D RELATÓRIO DE VISTORIA: 93.563/2012 DATA: 14/06/2013 EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA Jacqueline Moreira Nogueira Analista Ambiental (Gestora) 1.155.020-9 Flora Misaki Rodrigues Analista Ambiental 1.274.271-4 Leandro Cosme Oliveira Couto Analista Ambiental 83.160-4 Caroline Moreira Nogueira - Estágio Supervisionado - Vladimir Rabelo Lobato Gestor Ambiental de Formação Jurídica 1.174.211-1 De acordo: Anderson M. M. Lara Diretor Regional de Apoio Técnico 1147.779-1 De acordo: Bruno Malta Pinto Diretor de Controle Processual 1.220.033-3

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PARECER ÚNICO Nº 178/2013 (PROTOCOLO SIAM N. 1450985/2013)

INDEXADO AO PROCESSO: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Licenciamento Ambiental 2194/2004/011/2012 Sugestão pelo Deferimento

FASE DO LICENCIAMENTO: Licença de Operação Corretiva VALIDADE DA LICENÇA: 06 anos

PROCESSOS VINCULADOS CONCLUÍDOS: PA COPAM: SITUAÇÃO:

Outorga - -

Reserva Legal - Averbada

DAIA 1702/2012 Deferido

EMPREENDEDOR: MMX Sudeste Mineração Ltda. CNPJ: 66.468.208/0004-90

MUNICÍPIO(S): Brumadinho/MG ZONA: Rural

COORDENADAS GEOGRÁFICA (DATUM): SAD69, Fuso 23K

LAT/Y 7.775.400 LONG/X 571.800

LOCALIZADO EM UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

INTEGRAL ZONA DE AMORTECIMENTO X USO SUSTENTÁVEL NÃO

NOME: APEE Manancial Rio Manso

BACIA FEDERAL: Rio São Francisco BACIA ESTADUAL: Rio Paraopeba

UPGRH: SF3 SUB-BACIA: Córrego Quéias

CÓDIGO: ATIVIDADE OBJETO DO LICENCIAMENTO (DN COPAM 74/04): CLASSE

A-02-03-8 Lavra a céu aberto sem tratamento ou com tratamento a seco. 3

CONSULTORIA/RESPONSÁVEL TÉCNICO: REGISTRO:

Laura Amaral Faria CREA: 133585/D

RELATÓRIO DE VISTORIA: 93.563/2012 DATA: 14/06/2013

EQUIPE INTERDISCIPLINAR MATRÍCULA ASSINATURA

Jacqueline Moreira Nogueira – Analista Ambiental (Gestora) 1.155.020-9

Flora Misaki Rodrigues – Analista Ambiental 1.274.271-4

Leandro Cosme Oliveira Couto – Analista Ambiental 83.160-4

Caroline Moreira Nogueira - Estágio Supervisionado -

Vladimir Rabelo Lobato – Gestor Ambiental de Formação Jurídica 1.174.211-1

De acordo: Anderson M. M. Lara – Diretor Regional de Apoio Técnico 1147.779-1

De acordo: Bruno Malta Pinto – Diretor de Controle Processual 1.220.033-3

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1. Introdução

O presente parecer único tem por objetivo subsidiar o julgamento do pedido de Licença de Operação em Caráter Corretivo (LOC), para o empreendimento MMX Sudeste Mineração Ltda. - recuperação de finos em pilha, localizado no município de Brumadinho/MG.

As orientações para a formalização do processo de regularização ambiental do referido empreendimento foram geradas a partir do protocolo do Formulário Integrado de Caracterização do Empreendimento – FCE Nº R102830/2011 e da emissão do Formulário de Orientação Básica – FOBI Nº 467737/2011E.

A análise técnica pautou-se nas informações apresentadas no Relatório de Controle Ambiental - RCA, bem como Plano de Controle Ambiental - PCA, nas observações feitas durante vistoria no local do empreendimento realizada em 28/08/2012 (Auto de Fiscalização 93563/2012) e nas informações complementares apresentadas.

Quanto à localização do empreendimento, situa-se na Rodovia Fernão Dias km 467,8, Zona Rural, no município de Brumadinho, no ponto de coordenadas UTM 571.800 (x) e 7.775.400 (y), datum WGS 84, fuso 23S. A seguir, imagem com a localização do empreendimento.

Fonte: Google Earth, março – 2012.

2. Caracterização do Empreendimento

O empreendimento proposto trata-se da recuperação de finos provenientes de antigas pilhas de rejeito, formadas por atividades de lavra desenvolvidas no passado, na área referente ao DNPM 815.691/1971, de titularidade da empresa EMICON – Mineração e Terraplanagem Ltda.

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Em setembro de 2010, foi firmado um acordo judicial tendo a Emicon como primeira compromissária, Sérgio Duarte o segundo compromissário e AVG Mineração S/A, como interessada, a terceira compromissária, nos autos da Ação Civil Pública nº 0090 03 003637-1, que o Ministério Público de Minas Gerais move em face da EMICON – Mineração e Terraplanagem Ltda. Nesse Acordo, foram definidas as obrigações de cada compromissária e demais condições para a recuperação ambiental da área.

Em 01 de janeiro de 2011, a MMX Sudeste Mineração Ltda. incorporou a empresa AVG Mineração S.A., assumindo todos os direitos e obrigações da incorporada.

Dessa forma, a MMX adquiriu os direitos de retirar e beneficiar os finos de minério de ferro da área da EMICON e, em contrapartida, deverá implantar os sistemas de controle ambiental necessários para a região, bem como realizar as medidas mitigadoras.

Dentre as ações, foi solicitada a conformação das antigas pilhas de estéril, sendo a empresa obrigada a formalizar processo de Licenciamento Ambiental para recuperação dos finos provenientes das pilhas, o qual é objeto desta análise.

Desta forma, o empreendimento pleiteia a recuperação dos finos destas pilhas, com o objetivo principal de mitigar os impactos causados pela disposição indevida desse estperil/rejeito e estabilizar as pilhas que se encontram frágeis e susceptíveis à ocorrência de erosões e desmoronamentos.

Estas pilhas surgiram das atividades de lavra da EMICON, empresa que atuava na área, onde, cerca de 10 milhões de toneladas de estéril/rejeito foram esticados, cuja qualidade física e química na época não atendia às especificações técnicas do mercado consumidor.

Ressalta-se que a atividade de retirada dos finos remanescentes das pilhas para o posterior beneficiamento já foi iniciada. Essa retirada vem ocorrendo em bancadas descendentes, iniciando-se pelos topos das pilhas.

Segundo os estudos apresentados, as pilhas de finos foram depositadas em encostas do terreno natural, em ponta de aterro, formando taludes contínuos de até cerca de 70 m de desnível entre o pé do talude até o topo da pilha.

A área útil do empreendimento em questão é de 14,1ha. Na operacionalização, em média é retirado aproximadamente 12 mil toneladas de minério fino por dia. Desse valor, aproximadamente 5 mil toneladas são destinados a alimentação da UTM e o restante está sendo disposto na cava adjacente à Pilha 3.

Os funcionários que trabalham nas atividades são de empresas terceirizadas e trabalham em 3 turnos. No geral, considerando empregados próprios e terceirizados, o total de empregados no empreendimento é de 84.

3. Caracterização Ambiental

Segundo os estudos ambientais apresentados, as áreas de influência do empreendimento são definidas como sendo:

Meios físico e biótico: as Áreas de Influência Direta e Indireta (AID e AII) desses meios correspondem à sub-bacia hidrográfica do córrego Quéias e ao trecho do rio

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Veloso a partir da foz do córrego Quéias até seu deságue na barragem do rio Manso. A ADA corresponde ao local onde o empreendimento está instalado.

Meio socioeconômico: a Área de Influência Direta (AID) corresponde aos sítios e comunidades situadas a jusante do empreendimento devido às formas e funções dadas ao córrego Quéias. A Área de Influência Indireta (AII) corresponde ao município de Brumadinho. A ADA corresponde ao local onde o empreendimento está instalado.

3.1. Meio Físico

Clima

De acordo com o estudo, para a caracterização climática da região do empreendimento, foram utilizadas as Normas Climatológicas (1961 – 1990) do INMET referentes à estação convencional localizada do distrito de Serra Azul, município de Mateus Leme (MG). Assim, em resumo, a média do total de chuvas em um ano, para a região de Mateus Leme, foi de 1406,3 mm. A umidade relativa do ar na região apresentou baixa variabilidade anual e se manteve alta o ano todo, estando sempre acima dos 80%.

Referente às temperaturas, as maiores médias anuais foram registradas no trimestre de janeiro a março, com valores médios de 23,1ºC; 23,2ºC e 22,9ºC e as menores médias anuais foram registradas no trimestre de junho a agosto, com valores médios de 15,8ºC, 15,4ºC e 17,4º, respectivamente. A velocidade dos ventos ao longo do ano é média 1,6m/s, ressaltando-se que nos meses de agosto a novembro apresentam maiores velocidades, variando de 1,8 a 1,9 m/s.

Geologia

O empreendimento está situado na porção norte-noroeste do Quadrilátero Ferrífero, no Homoclinal Serra do Curral, onde afloram rochas pertencentes ao Embasamento Cristalino, ao Supergrupo Rio das Velhas e ao Supergrupo Minas. De acordo com os estudos apresentados, a ADA assenta-se diretamente sobre o Supergrupo Minas e nela predominam os itabiritos do Grupo Itabira (Formação Cauê), os quartzitos e filitos do Grupo Piracicaba e os xistos e filitos do Grupo Sabará. Por sua resistência ao intemperismo, os itabiritos do Grupo Itabira sustentam as principais serras da região, formando extensas escarpas, como é o caso da serra das Farofas. Ao pé dessa serra são encontrados os quartzitos bastante intemperizados do Grupo Piracicaba e grandes blocos de itabiritos da Formação Cauê. Nas áreas de relevo mais rebaixado, que se estendem até o rio Paraopeba, predominam os xistos e filitos do Grupo Sabará. Localmente, foram encontrados quartzitos do Grupo Piracicaba nas margens do rio Paraopeba.

Geomorfologia

Segundo dados dos estudos ambientais, o local do empreendimento é marcado por elevadas declividades e extensos comprimentos de rampa de declive. As declividades da área variam de acordo com a litologia: na serra das Farofas e em seu entorno, têm-se as feições mais íngremes e de grandes altitudes (chegando a mais de 1.300 m), que constituem o conjunto elevado da serra Azul como um todo. Ao norte dessa área, têm-se as feições mais rebaixadas, que constituem o modelado de planície associado à dinâmica fluvial do rio Paraopeba, que é o nível de base local - na faixa dos 700 metros de altitude.

A área do empreendimento apresenta a influência morfoestrutural e morfoclimática da unidade geomorfológica na qual se insere, o Quadrilátero Ferrífero. Geomorfologicamente,

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predominam processos de dissecação fluvial, com suas típicas formas de colinas, cristas e vales encaixados, modelados a partir da erosão diferencial. Feições de relevo mais elevadas se contrapondo a feições mais rebaixadas são comumente encontradas. As diferenças litológicas ou estruturais da região fazem com que os conjuntos litológicos expostos se comportem diferentemente em relação aos processos de elaboração do relevo, influenciando nas características das formas esculpidas. Os relevos derivados da estrutura dependem das diferenças de resistência das camadas à erosão.

Pedologia

Referente ao solo da área, conforme os estudos, em sua maioria, apresenta-se de rasos a medianamente profundos, com reduzido grau de evolução e baixo desenvolvimento da estrutura. Estas características resultam principalmente da tipologia de relevo da área, que atua como fator limitante à formação de solos mais espessos. A influência do relevo está relacionada à declividade elevada de grande parte da área, e que impõe restrições à infiltração de água, diminuindo a intensidade dos processos de alteração da rocha em solo. Além disso, a declividade elevada favorece, em alguns pontos, a retirada do solo formado. Os solos da área têm em comum a pobreza de nutrientes e elevados teores de alumínio trocável. Neossolos Litólicos e Cambissolos são as classes de solo mais expressivas na ADA e em suas proximidades.

Hidrografia

A área do empreendimento está localizada na bacia hidrográfica do médio rio Paraopeba, na margem direita do alto curso da sub-bacia do córrego Quéias, afluente do rio Veloso que deságua na barragem do rio Manso. O rio Manso situa-se na margem direita da porção do Alto/Médio Paraopeba, um dos principais afluentes da margem direita do rio São Francisco. Os afluentes da margem esquerda do córrego Quéias drenam diretamente as estruturas do empreendimento.

A área do empreendimento, situada próxima a cabeceiras de drenagem, já abrigou nascentes da sub-bacia do córrego Quéias. As atividades de exploração mineral possivelmente provocaram a migração dessas nascentes para porções a jusante da ADA, alterando a morfologia do alto curso da rede de drenagem fluvial.

Ressalta-se que os impactos refletidos diretamente sobre o Córrego Quéias vêm sendo mitigados através do PRAD executado em cumprimento ao TAC firmado junto ao Ministério Público.

3.2. Meio Biótico

O presente diagnóstico foi realizado utilizando-se principalmente dados secundários, além de uma visita técnica ao local do empreendimento. Para tal, foram observadas as fitofisionomias presentes em toda área de influência, com especial atenção na ADA, bem como seu grau de conservação, relacionando-as diretamente com a potencialidade local em abrigar espécies faunísticas. Devido a poucos dados publicados em relação à fauna utilizou-se exclusivamente os dados de um Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para estabelecimento de uma cava em área com grande sobreposição geográfica à área do presente empreendimento (BRANDT, 2012). Estudos adicionais foram utilizados apenas para discussões sobre biologia de espécies. As coletas de dados para este estudo foram realizadas ao final da estação chuvosa e início da estação seca para a região.

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Fauna

Mastofauna

Para a caracterização da mastofauna foram realizadas buscas ativas por espécimes ou vestígios e a utilização de câmera traps. Não foram utilizadas metodologias próprias para a captura de pequenos mamíferos voadores e não voadores, de maneira que estes grupos não foram analisados. Foram registradas para a área 13 espécies de mamíferos pertencentes a cinco ordens Cingulata, Primates, Lagomorpha, Carnívora e Rodentia. Para a área de estudo, as ordens mais representativas foram Carnívora, com seis espécies (46,15 %) e Rodentia, com três (23,08%). Esse resultado não reflete o que ocorre no Brasil para mamíferos não-voadores, exatamente pela não aplicação de metodologia específica para o levantamento de pequenos mamíferos (pequenos roedores e marsupiais). De acordo com os autores do diagnóstico, a maior parte da mastofauna da área em composta por espécies comuns, de ampla distribuição geográfica e/ou tolerantes a perturbações ambientais. Quatro espécies merecem destaque especial por serem restritas a ambientes de mata: o mico-estrela (Callithrix penicillata); a paca (Cuniculus paca); o esquilo (Guerlinguetus sp.) e o quati (Nasua nasua). Duas espécies diagnosticadas na Área de influência do empreendimento são consideradas como ameaçadas de extinção regionalmente, nacionalmente e/ou mundialmente de acordo com as listas de espécies ameaçadas analisadas: o gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) considerado como Vulnerável, e a lontra (Lontra longicaudis) como Vulnerável na lista de Minas Gerais (COPAM, 2010) e sendo considerado Deficiente em Dados (DD) pela IUCN (2011). Herpetofauna Para a caracterização da composição herpetofaunística foram utilizadas buscas ativas no período diurno e noturno por espécimes de répteis e anfíbios, dando-se preferência para áreas com corpos d´água. Durante o levantamento primário foram registradas 8 espécies de anfíbios, distribuídas em 4 famílias, sendo elas: Bufonidae (1 sp.), Craugastoridae (1 sp.), Hylidae (5 sp.) e Leptodactylidae (1 sp.). Em relação aos répteis, registrou-se apenas uma espécie, pertencente à família Teiidae. A família Hylidae foi a mais representativa para os anfíbios. De acordo com os autores do estudo as espécies registradas na área podem ser consideradas generalistas, de ampla distribuição geográfica e bem adaptadas a ambientes abertos e com elevado grau de perturbação antrópica. Nenhuma das espécies registradas está presente nas listas nacional e estadual de espécies ameaçadas e são classificadas como pouco preocupantes em termos de conservação pela lista vermelha de espécies ameaçadas da IUCN (2011). Avifauna As amostragens se deram a partir de busca ativa, com a realização do método de Lista de Mackinnon e registros oportunísticos para composição da lista de espécies. Foram registradas 147 espécies pertencentes a 44 famílias na ADA e AID. As ordens mais representativas foi a Passeriforme com 84 espécies (57%). As famílias mais representativas na área foram Tyrannidae (12%), seguida de Thraupidae (8%) e Trochilidae (6,8%).

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Houve grande abundância tanto de espécies tipicamente florestais como de espécies tipicamente campestres, o que deve ser creditado ao caráter de transição entre Cerrado e Mata Atlântica. A maior parte das espécies presentes na área possui baixa sensibilidade aos distúrbios humanos, embora pelo menos duas, a Aramides cajanea (saracura-três-potes) e a Patagioenas plumbea (pomba-amargosa), possuam uma alta dependência de ambientes bem preservados, mostrando a importância das matas da região para a manutenção de grupos, mesmo que pequenos, de espécies estritamente florestais. Nos Campos Rupestres da Serra Azul foi registrado a espécies, o rabo-mole-da-serra (Embernagra longicauda), que está Quase Ameaçado de Extinção mundialmente, principalmente pela destruição do seu habitat (IUCN 2011). Ictiofauna As coletas para a diagnose da ictiofauna se deram a partir de buscas ativas com malhas de arrasto e peneiras. Foram capturadas 16 espécies pertencentes a oito famílias de quatro ordens diferentes. As ordens Chariciformes e Siluriformes foram as que apresentaram maior número de famílias e espécies, ambas com três famílias e sete espécies. As famílias Characidae e Trychomicteridae foram as que apresentaram maior numero de espécies, sete e três respectivamente. Foi também caracterizada a qualidade dos corpos d’água da região, de acordo com as necessidades da fauna aquática como um todo. Na maioria dos pontos amostrados, a quantidade de substrato disponível para a fauna é pobre (37%) e na maioria dos pontos amostrados (37%), ocorre o domínio de apenas um tipo de substrato, com ausência de raízes. A falta de substrato disponível para a fauna é um dos itens fundamentais na caracterização negativa dos cursos de água doce. A vegetação ciliar está bastante modificada ou suprimida, muitas vezes ocupando uma faixa menor que seis metros, em 63% dos pontos amostrados. Os autores do diagnóstico caracterizaram a ictiofauna da região como pobre em espécies e com baixa diversidade. As duas espécies mais abundantes foram a tilápia (Tilapia rendalli) e o lambari do brejo (Astyanax scabripinnis), espécies com uma grande plasticidade na ocupação do ambiente. O baixo número de espécies se deve ao estado de conservação dos cursos d água da área, que se apresentam muito alterados. Córregos apresentando barramentos, assoreamento, canalizações dos cursos e/ou supressão de mata ciliar são abundantes na área de estudo. A espécie cascudinho Harttia leiopleura é citada como Vulnerável na lista de espécies ameaçadas de extinção de Minas Gerais (COPAM, 2010), que aparentemente vem sofrendo diminuição em suas populações nos últimos anos. Flora A área de estudo encontra-se na faixa de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica. O levantamento dos dados para o presente diagnóstico de flora e inventário florestal foi executado de duas maneiras distintas: estudos qualitativos em fisionomias que não

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apresentam rendimento lenhoso e estudos qualitativos e quantitativos em fitofisionomias com rendimento lenhoso. Para as áreas requeridas onde não foi observado rendimento lenhoso significativo, foram realizados caminhamentos, buscando sempre identificar as espécies de todos os estratos vegetacionais, além de descrever e caracterizar os ambientes em questão. No levantamento florístico realizado na área de Floresta Estacional Semidecidual puderam ser observadas 40 espécies distribuídas em 34 gêneros e 27 famílias botânicas. Em relação às formas de vida foram encontrados os seguintes hábitos: Arbóreo com 72% (29 espécies), herbáceo com 20% (8 espécies) e arbustivo com 8% (3 espécies). As famílias de maior riqueza foram Fabaceae (7 espécies), Myrtaceae e Poaceae (4 espécies cada), Asteraceae, Boraginaceae e Lamiaceae (2 espécies cada). Os gêneros de maior riqueza foram Machaerium e Myrcia (3 espécies cada) e Cordia (2 espécie), estas são consideradas comuns para essa fitofisionomia, segundo estudos de diversos autores. Segundo os estudos apresentados, somente uma espécie encontra-se listada como ameaçada de exinção, a Dalbergia nigra, conforme IN nº 06/2008 do MMA. Diante do estudo realizado pode-se afirmar que a área estudada apresenta diversidade florística baixa. Além disso, na área do empreendimento não existem regiões prioritárias para a conservação da biodiversidade em relação à flora.

3.3. Meio Socioeconômico

O município onde se insere o empreendimento em licenciamento é Brumadinho. Este, integra a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e possui aproximadamente 34.000 habitantes, conforme o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, que distribuídos pela área municipal de 639,343 Km² culminam no coeficiente de densidade populacional de 53,13. Brumadinho acompanha a tendência de crescimento populacional de caráter urbano. A taxa de analfabetismo tem sido menor que a do estado de Minas Gerais nas duas últimas décadas, conforme estudos do IBGE. O atendimento da população de Brumadinho quanto ao acesso à serviços básicos é satisfatório.

A AID se localiza a jusante das estruturas exploradas pela MMX Sudeste e é formada majoritariamente por pequenas propriedades rurais produtoras das culturas de chuchu e pimentão, além de áreas minoritárias de pasto (mais distantes das estruturas que serão exploradas). Possui predominância de caráter rural, com propriedades em geral de pequeno porte, porém apresentando algumas propriedades com fins de lazer.

O uso e ocupação do solo na AID estão divididos entre áreas de sítio e pequenas propriedades de cultivo agrícola, feito de maneira pouco mecanizada e agindo de forma rudimentar. A única estrutura que representa a aplicação de técnicas é o sistema de irrigação, cuja área de captação está também a jusante da área de atuação da MMX Sudeste.

Conforme informado no RCA, a destinação do esgoto na AID é dada em fossas rudimentares, e o abastecimento é realizado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA). A provisão de energia elétrica é dada em toda área pela Companhia energética do Estado de Minas Gerais (CEMIG), e há no local satisfatória iluminação pública. As vias de trânsito e circulação na AID se encontram em bom estado, apesar de não haver calçamento ou outro processo de pavimentação. A área delimitada como AID se restringe apenas ao trânsito local, não servindo de passagem ou ligação para outras vias.

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O RCA informa que, de acordo com apurações de campo junto aos funcionários da empresa, a retirada dos finos atende os anseios da comunidade do entorno, tendo em vista que o passivo ambiental deixado pela Emicom, antiga mineradora atuante na área, estava causando tanto contaminação por sedimentos nos córregos adjacentes. O processo erosivo se dava principalmente no período chuvoso uma vez que as enchentes carreavam todo o material particulado para os córregos de drenagem a jusante do empreendimento.

Em 2008 esta situação foi identificada pelo Ministério Publico de Mina Gerais (MPMG) através de ações e reclamações da comunidade habitante no entorno, sendo celebrado Termo de Ajustamento de Conduta prevendo ações de regularização ambiental.

Ainda, conforme informado no RCA, a empresa mantém relacionamento formal com a comunidade através da Gerência Institucional, Coordenação de Comunicação, mantendo integralmente uma profissional em contato com a comunidade, além de programas sociais, desenvolvidos pela gerência de Responsabilidade Social, como Educação Ambiental e Capacitação de Mão de Obra. Esses procedimentos permitem o mapeamento dos principais stakeholders e a constituição de um canal contínuo de comunicação e acesso à empresa.

4. Utilização e Intervenção em Recursos Hídricos

O empreendimento em análise não demandará novos usos de água, mantendo-se os mesmos pontos já outorgados para abastecimento de água.

5. Autorização para Intervenção Ambiental (AIA)

Para a recuperação de finos das pilhas e diques descritas no parecer, foi solicitada a intervenção em 0,11ha de FESD estágio inicial e 0,14 ha de FESD estágio inicial sem rendimento lenhoso e 13,85 de áreas antropizadas por uso minerário. Deste quantitativo 1,54 ha tratam-se de Áreas de Preservação Permanente. Ressalta-se que foi constatado através de documentação entregue pelo empreendedor que parte da área de supressão solicitada desta DAIA já foi realizada sem amparo legal/autorização do órgão ambiental. De acordo com o mapa de uso e ocupação do solo apresentado pelo empreendedor, foi possível verificar que essa área suprimida é equivalente a 0,102ha de FESD em estágio inicial de regeneração sem rendimento lenhoso. Mediante esse situação foi lavrado o Auto de Infração nº 43536/2013. Além dessa área, este item destina-se a regularização da intervenção já realizada em 0,50ha no Dique B4, como obra emergencial e preventiva, realizada em atendimento ao Plano de Ações Emergenciais das estruturas da EMICON, em decorrência das chuvas ocorridas em janeiro de 2012, visando assegurar a segurança, a estabilidade e a qualidade ambiental dos sistemas de disposição de rejeitos e de contenção de sedimentos, conforme previsto no Termo de Ajustamento de Conduta, celebrado com o Ministério Público de Minas Gerais, em 13 de janeiro de 2012, informado ao órgão ambiental através de ofício protocolado no dia 24 de janeiro de 2012, protocolo nº R591695/2012, estando este amparado legalmente pelo art. 9º da Resolução Conjunta SEMAD/IEF nº 1804, de 11 de fevereiro de 2013.

“Será admitida a intervenção ambiental nos casos emergenciais, mediante a comunicação prévia e formal ao órgão ambiental”.

Segundo os estudos apresentados, será gerado um volume lenhoso total de 90,5790 m³ de lenha decorrente da supressão do fragmento caracterizado como FESD em estágio inicial

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de regeneração com rendimento lenhoso. De acordo com informações do empreendedor este material será utilizado na própria propriedade. De acordo com os estudos apresentados foi identificada uma espécie enquadrada na categoria de vulnerável, listadas na Instrução Normativa MMA Nº 6, de 23 de setembro de 2008 (Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção), sendo ela a Dalbergia nigra. Portanto, supressão da mesma deverá ser compensada conforme condicionante deste parecer. Ressalta-se que a área requerida para supressão não se enquadra em nenhuma das alíneas do Inciso I do Artigo 11 da Lei Federal 11.428/06 (Lei da Mata Atlântica). 6. Reserva Legal

O empreendimento está localizado em uma área que engloba duas matrículas de imóveis: matrícula nº 3.401 e matrícula nº 20.645. Ressalta-se que a Reserva Legal destas propriedades foram regularizadas junto ao processo PA COPAM nº 00049/1984/017/2011, onde foram firmados entre o empreendedor e o órgão Ambiental Responsável, os respectivos Termos de Responsabilidade/Compromisso para averbação da Reserva Legal de cada matrícula, em uma área não inferior à 20% das áreas totais das propriedades, atendendo assim, a legislação vigente.

7. Impactos Ambientais e Medidas Mitigadoras

Meio Físico

Indução e/ou aceleração de processos erosivos e movimentos de massa: na área do empreendimento são observados significativos processos erosivos desenvolvidos sobre as pilhas de finos mal conformadas e nos taludes de corte/naturais muito íngremes que cercam as estruturas, que também apresentam movimentos de massa. Durante toda a operação do empreendimento, as atividades de escavação para remoção do material a ser beneficiado pode provocar o avanço desses processos, inclusive sobre áreas no entorno que estão estáveis, uma vez que esses processos têm ação remotante.

Assim, para mitigar esse impacto passa necessariamente pela reconformação e estabilização do terreno, através da inserção de cobertura vegetal apropriada e da construção de um eficiente sistema de drenagem pluvial nas estruturas. Essas medidas estão previstas no Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e no Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento. Para que a estabilidade seja plenamente alcançada, faz-se necessário também a execução do Programa de Monitoramento e Controle de Processos Erosivos e Movimentos de Massa, que será responsável pelo monitoramento da área e, quando necessário, pela implementação de ações corretivas.

Intensificação do assoreamento de cursos d’água e alteração da qualidade da água: conforme apresentado nos estudos, o empreendimento situa-se na margem esquerda do alto curso da sub-bacia do córrego Quéias. Todos os cursos d’água apresentam indícios de assoreamento, especialmente os trechos onde a contribuição de afluentes é maior. No pé da serra, à jusante da última barragem da mina, o vale do córrego Quéias corre sobre uma porção mais suave do relevo, o que permitiu a intensa e extensa deposição no vale dos sedimentos produzidos a montante, assoreando-o e transformando a dinâmica do córrego.

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As atividades de escavação do terreno para remoção dos finos durante toda a operação do empreendimento pode causar instabilidades e disponibilizar grande quantidade de material inconsolidado a ser carreado pelas águas pluviais, sendo depositado nos vales próximos.

A mitigação desse impacto deverá ser feita através do desassoreamento e de melhorias do sistema de contenção de finos de todas as pilhas em operação, composto por diques e barragens já existentes na mina, e da implementação do sistema de drenagem pluvial em todas as estruturas.

Alteração da morfologia do terreno: as escavações para remoção dos finos na área do empreendimento durante a operação altera a morfologia do terreno, aumentando a declividade de sua superfície (quando da exposição de taludes íngremes) ou deixando-a mais suave (quando da remoção de taludes formados por finos). Os fluxos pluviais sobre áreas íngremes escoam com maior velocidade, tendo maior potencial de desencadear processos erosivos. Este impacto poderá provocar o redirecionamento dos fluxos de água pluvial e a modificação da velocidade desse escoamento.

Assim, a mitigação para este impacto deverá ser feita através da reconformação dos taludes, deixando-os com ângulos reduzidos, e da instalação de um sistema de drenagem pluvial que deverá conduzir as águas até seu deságue seguro.

Alteração da qualidade do ar: a geração de material particulado (poeira) e gases de combustão (fumaça) na área do empreendimento ocorre através do funcionamento e movimentação de máquinas, equipamentos e veículos durante toda a operação do empreendimento. Uma vez que todas essas atividades já estão em curso na área, esse impacto já ocorre e permanecerá ocorrendo.

Assim, para mitigar este impacto, faz-se necessária execução das atividades de aspersão de vias e pilhas, bem como de manutenção de todas as máquinas, equipamentos e veículos que liberam fumaça. Além disso, o monitoramento da qualidade do ar deverá ser continuado para verificar os impactos reais do empreendimento nas adjacências.

Alteração dos níveis de ruído: a geração de ruídos se associa ao funcionamento e movimentação das maquinas, equipamentos e veículos e também pelo manejo de blocos rochosos presentes nas pilhas de finas, esta alteração já ocorre na área do empreendimento atualmente e permanecera durante toda a operação do mesmo.

Como medida mitigadora, é necessário implementar o Programa de Manutenção de Máquinas, Equipamentos e Veículos e exigir dos funcionários da mina a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). O Programa de Monitoramento dos Níveis de Ruído, já implantado na mina, será importante para verificar o real impacto causado pelo empreendimento nas áreas adjacentes onde há habitações.

Meio Biótico

Perda de habitat florestal para a fauna A maior parte da área onde será estabelecido e empreendimento já se encontra completamente descaracterizada pelo tipo de utilização pretérita como pilha de ”bota fora”. Assim, a maior parte da área se encontra com o solo completamente exposto e sem vegetação de qualquer tipo.

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Duas das áreas de onde serão aproveitados os finos presentes nas pilhas possuem pequenos trechos de Floresta Estacional Semidecidual que foram suprimidos para se realizar a reconformação do terreno. Entretanto, estes trechos encontravam-se com alto grau de descaracterização, com clareiras em seu interior, invasão de gramíneas exóticas e folhiço pouco abundantes sendo pouco atrativos para animais típicos de folhiço, como certas espécies de artrópodes, roedores, anfíbios lagartos e serpentes. Alterações populacionais da fauna pela morte de indivíduos As áreas foco do presente estudo não possuem atratividade como área de vida para virtualmente todos os grupos faunísticos. Certamente não são áreas preferenciais de passagem de integrantes da fauna, que é seguramente realizada com maior facilidade nas áreas florestadas associadas à microbacia do Córrego Queias. Ocasionalmente alguns exemplares faunísticos poderão vir a cruzar as áreas de estudo e as estradas que serão utilizadas para o acesso à área. Durante este deslocamento pode ocorrer o atropelamento, acidental ou não, dos animais pelos veículos utilizados para as atividades. Além disso, indivíduos pertencentes a espécies consideradas como perigosas ou repulsivas pelos trabalhadores, como serpentes, anfíbios, artrópodes, podem vir a ser mortos por estes durante as atividades. Uma segunda fonte de morte de indivíduos foi a supressão vegetal necessária para a reconformação do terreno durante o estabelecimento do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas. As medidas para a mitigação deste impacto certamente já vem ocorrendo, devendo ser dada a continuidade no estabelecimento de velocidade máxima de circulação de veículos para se evitar atropelamentos incidentais, execução do programa de afugentamento de fauna anterior à supressão de vegetação e do programa de educação ambiental para os funcionários responsáveis pela execução das obras. Alterações na dinâmica da fauna aquática das áreas de entorno Devido a alta inclinação do terreno, existe forte tendência de grande parte do material lixiviado atingir os corpos d’água do entorno, particularmente os riachos componentes da sub-bacia do Córrego Quéias, podendo ocorrer alterações na qualidade da água, com consequentes mudanças na dinâmica ecológica dos ambientes aquáticos. Neste caso, a assembleia fitoplanctônica seria reduzida, o que, consequentemente, afetaria os seus consumidores, o zooplâncton. Os predadores visualmente orientados, por sua vez, perderão eficiência na busca de presas pela diminuição da transparência da água, podendo ocorrer diminuição de alguns taxa. Em casos em que o aporte de sólidos se torna muito mais pronunciado que a capacidade de depuração dos corpos natural d’água pode ocorrer o assoreamento destes ambientes com grande interferência sobre toda a biota, e particularmente sobre as espécies bentônicas e raspadores. Sendo que em casos extremos pode ocorrer inclusive a total supressão dos corpos d’água. Apesar deste aumento inicial da lixiviação de sólidos, a simples remoção de grande parte do material particulado presente nas pilhas de bota fora para o aproveitamento irá, com o passar do tempo, diminuir o material particulado da área e o consequente aporte destes para o corpo d´água. Além disso, o estabelecimento do Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento e do Programa de Controle e Monitoramento de Processos Erosivos, além da cobertura da área provocada pela revegetação durante o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas, irão resultar em uma otimização desta diminuição do carreamento de sólidos da região. Após isto, deverá ocorrer a recuperação dos corpos riachos da região através da depuração natural que inerente a qualquer corpo d’água. A garantia disto deverá

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ser averiguada pelos monitoramentos dos corpos d’água durante o Programa de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Meio Antrópico

Manutenção do nível de empregos: a demanda do aproveitamento das pilhas de finos acarretou na manutenção dos atuais trabalhadores do empreendimento, sendo este um impacto positivo, isso dado pela demanda que deve ser gerada pelas novas atividades que serão implementadas.

Comprometimento do uso da água: com a nova movimentação devido ao processo de recuperação de finos, há a possibilidade de se causar danos maiores às águas que descem a vertente e abastassem o córrego do Quéias, utilizadas na irrigação das plantações que se localizam ao sopé da serra. Serão executados um Programa de Comunicação Social, que norteará as ações entre empreendedor e comunidade, e um Programa de Monitoramento da Água, que terá a finalidade de aferir a qualidade da água afluente ao empreendimento.

8. Programas e/ou Projetos

As medidas mitigadoras propostas a seguir visam anular, minimizar e/ou compensar os impactos ambientais resultantes das várias ações inerentes ao empreendimento minerário em pauta.

Programa de Comunicação Social (PCS): o objetivo fundamental deste programa é promover veículos de comunicação entre empresa e municípios da Área de Influência fortalecendo a relação entre as partes interessadas na constituição de novas realidades locais. Paralelamente, o PCS permitirá que todas as ações com conotação social, oriundas da empresa, se tornem pública e de conhecimento geral.

Programa de Gestão Ambiental do Empreendimento: o Programa de Gestão Ambiental do empreendimento tem o intuito de garantir o bom funcionamento, eficiência e controle ambiental dos processos envolvidos com o aproveitamento dos finos das pilhas do Projeto de Aproveitamento de Finos da MMX. Basicamente, é um programa centralizador, constituído por um conjunto de ações, na forma de medidas e procedimentos de gestão associados aos principais aspectos ambientais: emissões atmosféricas, efluentes líquidos, resíduos sólidos e ruídos.

Programa de controle de processos erosivos: o objetivo geral do Programa de Controle e Monitoramento de Processos Erosivos e Movimentos de Massa é zelar pela estabilidade geotécnica do terreno sobre a área de influência do empreendimento, promovendo a minimização das perdas de solo e vegetação, bem como do assoreamento de drenagens situadas nas áreas potencialmente impactadas por atividades do empreendimento. Os objetivos específicos desse programa são monitorar toda a área do empreendimento, especialmente após a execução do PRAD e garantir o correto funcionamento dos dispositivos de drenagem pluvial, bem como a retenção dos sedimentos inconsolidados gerados pelas atividades do empreendimento nos devidos dispositivos, para que não sejam carreados para cursos d’água a jusante do local de geração.

Programa de gerenciamento de tráfego e manutenção de vias: o objetivo deste programa é ordenar o trânsito de veículos nos acessos internos ao empreendimento, por meio da aplicação de uma sinalização adequada e da manutenção das vias, assim, haverá a minimização dos impactos sobre as condições de trafegabilidade e a garantia de segurança aos funcionários e visitantes.

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Programa de gerenciamento dos recursos hídricos:

- Programa de Controle dos Efluentes Líquidos: os objetivos específicos deste programa são: definir procedimentos para coleta, tratamento e destinação final dos efluentes líquidos de forma que esse não contamine o solo e os cursos d’água; acompanhar os parâmetros de monitoramento de qualidade da água, a fim de avaliar a eficiência dos sistemas de controle de efluentes líquidos. Ressalta-se que a empresa já executa periodicamente este monitoramento.

- Programa de Monitoramento das Águas Superficiais: o programa de Monitoramento das Águas Superficiais tem por objetivo criar subsídios para o acompanhamento da qualidade das águas e dos efluentes líquidos dos diques de contenção, possibilitando a verificação das possíveis alterações que o mesmo poderá acarretar em relação à qualidade das águas que ocorrem na área de influência do empreendimento. Ressalta-se que a empresa já executa periodicamente este monitoramento.

Programa de gestão dos Resíduos Sólidos: o Programa de Gestão de Resíduos Sólidos tem como objetivo garantir o adequado gerenciamento dos resíduos sólidos, desde a geração, segregação, coleta, armazenamento, transporte e disposição final dos resíduos inerentes à atividade de reaproveitamento de finos. Ressalta-se que a empresa já executa periodicamente este Programa de Controle dos Resíduos.

Programa de Gestão das emissões atmosféricas e Qualidade do Ar:

- Programas de Controle das Emissões Atmosféricas: os poluentes atmosféricos gerados pelo empreendimento são os materiais particulados, devido à movimentação das pilhas de finos, ação eólica sobre essas, movimentação de veículos nas vias não pavimentadas e lançamento de fumaça devido à queima de diesel dos veículos e máquinas. As emissões atmosféricas das descargas de caminhões e demais veículos e máquinas a diesel, estarão constantemente sob controle através de regulagens periódicas, trabalhando-se no conceito de manutenção preventiva. O controle das emissões de particulados (poeira) em áreas não pavimentadas será feito pela aspersão das pistas em uso, utilizando-se caminhão-pipa.

- Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar: o objetivo fundamental do programa de Monitoramento da Qualidade do Ar é oferecer subsídios para o acompanhamento dos parâmetros indicadores da manutenção da qualidade do ar, devido ao potencial modificador decorrente das atividades realizadas durante a operação do empreendimento. Para tanto, será avaliado o parâmetro de Partículas Totais em Suspensão- PTS. Ressalta-se que a empresa já executa periodicamente este monitoramento.

Programa de controle e manutenção de máquinas, equipamentos e veículos: o Programa tem como objetivo a otimização do funcionamento de máquinas, equipamentos e veículos envolvidos na operação do aproveitamento de finos pela empresa, através da determinação de procedimentos de operação, manutenção, fiscalização, controle e treinamento dos funcionários e terceirizados.

Programa de monitoramento dos níveis de ruído: pela necessidade legal e ambiental de monitorar os níveis de ruído advindos das atividades do empreendimento, as quais poderão provocar desconforto aos funcionários e às populações vizinhas, em consequência do possível aumento de seus níveis durante a operação das atividades da empresa, se faz necessária a realização do Programa de Monitoramento dos Níveis de Ruído. Ressalta-se que a empresa já executa periodicamente este monitoramento.

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Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD

Este programa visa atender tecnicamente à recuperação das áreas impactadas denominadas Dique B2B, Pilha 4, Dique B3, Pilha 2, Pilha 1, Dique B4, montante do Dique 4, entornos dos diques B1B e B2A e também os acessos associados, em cumprimento das exigências decorridas do TAC celebrado entre o Ministério Público, EMICON e MMX.

Ressalta-se que este projeto já está sendo executado, afim de mitigar os efeitos negativos sobre o solo e para a recomposição da cobertura vegetal das áreas alteradas, podendo ser considerado como um ganho ambiental.

9. Compensações

Compensação Ambiental

O empreendimento MMX Sudeste Mineração – recuperação de finos de pilha de rejeito, não é passível de incidência da Compensação Ambiental, nos termos da Lei Nº. 9.985, de 18 de julho de 2000 e do Decreto 45.175, de 17 de setembro de 2009, considerando que: a) a área pretendida para a implantação do empreendimento já sofreu intervenções licenciadas no passado sendo que a atividade pode ser considerada como uma ação positiva visto que haverá o tratamento de um passivo ambiental (estéril/rejeito). Cabe destacar que o reaproveitamento dos finos restabelece o volume útil da pilha evitando a utilização de novas áreas para este fim; b) encontra-se amparada pelas medidas e controles ambientais exigíveis, conforme Planos de Controle Ambiental apresentados neste licenciamento, não acarretando impactos adicionais capazes de comprometer a biodiversidade da área que abrange.

Compensação Florestal O empreendimento exigiu em parte e/ou exigirá a remoção de 0,75 ha de vegetação nativa, sendo recomendada, assim, a cobrança da compensação florestal, de acordo com a Lei Estadual 14.309/02 e Decreto Estadual 43.710/04. Compensação por Intervenção em Área de Preservação Permanente Foi realizada intervenção em uma área de 1,54 ha em área de APP. Conforme a Resolução CONAMA n° 369/2006 em seu Art. 5°, empreendimentos que impliquem na intervenção/supressão em APP deverão adotar medidas de caráter compensatório que inclua a efetiva recuperação ou recomposição destas, nos termos do parágrafo 2°. Compensação por supressão de espécies da flora ameaçadas de extinção e imunes de corte Conforme o levantamento florístico da área, a espécie Dalbergia nigra é apontada como ameaçada de extinção, de acordo com a lista da IN MMA n° 6/2008. Sendo assim recomenda-se a compensação do plantio de 25 mudas por indivíduo suprimido.

10. Controle Processual

MMX SUDESTE MINERAÇÃO LTDA., vem, através de seu representante legal, requerer, validamente, Licença de Operação Corretiva para a atividade de recuperação de finos em pilha, no município de Brumadinho/MG.

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O empreendedor apresentou declaração da Prefeitura Municipal de Brumadinho informando que o tipo de atividade desenvolvida e o local de instalação do empreendimento estão em conformidade com as leis e regulamentos administrativos do município. O empreendimento se localiza em área rural, razão pela qual está obrigado à regularização da reserva legal, como determina a lei (Lei Federal 12.651/2012 e Lei Estadual nº 14.309/2002, art. 16, § 2º). Assim, nos termos do item 6 do presente parecer, encontra-se a mesma devidamente regularizada. A utilização dos recursos hídricos se dá nos termos do item 4 desse parecer. Os custos de análise do Processo Administrativo foram integralmente quitados, conforme consulta realizada junto ao SIAM e Planilha de Custos referente ao licenciamento. Garantiu-se o cumprimento às determinações da Deliberação Normativa nº. 13, de 24 de outubro de 1995, a qual dispõe sobre a obrigatoriedade da publicidade dos atos administrativos, através da apresentação da publicação do requerimento da LOC, em jornal de circulação regional. O requerimento foi veiculado pelo órgão ambiental competente, no Diário Oficial de Minas Gerais. Noutro giro, quanto ao prazo de validade desta licença, há de se respeitar a dos empreendimentos listados na Deliberação Normativa COPAM n.º 74/04, classe 3 (três), tudo nos exatos termos previsto pelo inciso III, art. 1º da Deliberação Normativa COPAM n.º 17, de 17 de dezembro de 1996, qual seja, seis anos. Oportuno advertir, ainda, que o descumprimento de todas ou quaisquer condicionantes previstas ao final deste parecer único e qualquer alteração, modificação ou ampliação sem a devida e prévia comunicação, e respectiva autorização do órgão responsável, torna o empreendimento em questão passível de autuação. Desta forma, conclui-se que o processo encontra-se formalizado e devidamente instruído

com a documentação exigível para a aferição e deferimento da pleiteada licença

ambiental, é o que se percebe com a análise da documentação listada no FOBI e as que

aqui foram instruídas.

11. Conclusão

A equipe interdisciplinar da Supram Central Metropolitana sugere o deferimento desta

Licença de Operação Corretiva - LOC, para o empreendimento MMX Sudeste Mineração

Ltda., para a atividade de “Recuperação de finos em pilhas de estéril”, no município de

Brumadinho/MG, pelo prazo de 06 anos, vinculada ao cumprimento das condicionantes e

programas propostos.

As orientações descritas em estudos, e as recomendações técnicas e jurídicas descritas

neste parecer, através das condicionantes listadas em Anexo, devem ser apreciadas pela

Unidade Regional Colegiada do Copam Rio Paraopeba.

Oportuno advertir ao empreendedor que o descumprimento de todas ou quaisquer

condicionantes previstas ao final deste parecer único (Anexo I) e qualquer alteração,

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modificação e ampliação sem a devida e prévia comunicação a Supram Central

Metropolitana, tornam o empreendimento em questão passível de autuação.

Cabe esclarecer que a Superintendência Regional de Regularização Ambiental Central

Metropolitana, não possui responsabilidade técnica e jurídica sobre os estudos ambientais

apresentados nesta licença, sendo a elaboração, instalação e operação, assim como a

comprovação quanto a eficiência destes de inteira responsabilidade da(s) empresa(s)

responsável(is) e/ou seu(s) responsável(is) técnico(s).

Ressalta-se que a Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obtenção,

pelo requerente, de outras licenças legalmente exigíveis. Opina-se que a observação acima

conste do certificado de licenciamento a ser emitido.

12. Anexos

Anexo I. Condicionantes para Licença de Operação Corretiva (LOC) da MMX Sudeste

Mineração Ltda. - “Recuperação de finos em pilhas de estéril”.

Anexo III. Autorização para Intervenção Ambiental.

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ANEXO I

Condicionantes para Licença Prévia e de Instalação (LP+LI) da MMX Sudeste

Mineração Ltda.

Empreendedor: MMX Sudeste Mineração Ltda.

CNPJ: 66.468.208/0004-90

Municípios: Brumadinho/MG

Atividade(s): Recuperação de finos em pilhas de estéril

Código(s) DN 74/04: A-02-03-8

Processo: 2194/2004/011/2012

Validade: 06 anos

Item Descrição da Condicionante Prazo*

1.

Dar continuidade ao Programa de Automonitoramento de Qualidade das Águas Superficiais, Efluentes Líquidos, Qualidade do Ar, Ruído e Vibração, já executados pelo empreendimento, obedecendo as diretrizes estabelecidas na Deliberação Normativa do COPAM nº 165/2011 de 11/04/2011.

Durante a vigência da LOC

2.

Cumprir integralmente os Planos de Controle Ambiental e medidas mitigadoras constantes no PCA. Apresentar semestralmente relatório técnico comprovando as ações executadas no âmbito dos programas.

Durante a vigência da LOC com envio de Relatório Técnico semestralmente.

3.

Manter o sistema de despoeiramento do empreendimento através de aspersão de água com auxílio de caminhões-pipa nas vias de circulação interna da mina e nas frentes de trabalho, devendo-se intensificar no período de estiagem.

Durante a vigência da LOC

4.

Atender às recomendações impostas na Anuência da APEE Manancial Rio Manso, expressa através do ofício N° 308/2013/ERFBCS/IEF/SISEMA, concedida ao empreendimento proposto em 13/06/2013.

Conforme estipulado na Anuência e durante a vigência da Licença

Ambiental.

5.

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas - IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação prevista na Lei Estadual Nº 14.309/2002 e Decreto Estadual 43.710/04. Apresentar a SUPRAM CM comprovação deste protocolo.

30 dias a partir da data de concessão dessa licença.

6.

Protocolar, na Gerência de Compensação Ambiental do Instituto Estadual de Florestas - IEF, solicitação para abertura de processo de cumprimento da compensação prevista na Resolução CONAMA 369/2005. Apresentar a SUPRAM CM comprovação deste protocolo.

30 dias a partir da data de concessão dessa licença.

7.

Apresentar na SUPRAM CM relatório técnico fotográfico, com periodicidade anual, comprovando o plantio de 25:1 indivíduos suprimidos da espécie, jacarandá-caviúna (Dalbergia nigra), visto que a mesma consta na Lista de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção da IN 06/08 do MMA, durante 5 anos.

120 dias a partir da data de concessão dessa licença para emissão do primeiro relatório.

8.

Apresentar Termo de Responsabiblidade de Averbação e Preservação de Reserva Legal referente à propriedade afetada pelo empreendimento, averbado no Cartório de Registro de Imóvel da respectiva Comarca.

30 dias a partir da data da averbação pelos cartórios.

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9.

Apresentar relatórios anuais sintetizando o desempenho do Programa de Comunicação Social, informando ações proativas do empreendedor e identificando o(s) autor(es) e a data de contato(s) feitos por integrantes das comunidades da AID, a(s) respectiva(s) demanda(s) comunicada(s) e a(s) ação(ões) executadas(s) pelo empreendedor em resposta direta à(s) comunicação(ões) com seus prazos ou datas de realização.

Durante a vigência da LOC

* Salvo especificações, os prazos são contados a partir da data de publicação da Licença na Imprensa Oficial do Estado.

Obs. Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos anexos deste parecer poderão ser resolvidos junto à própria Supram, mediante análise técnica e jurídica, desde que não altere o seu mérito/conteúdo.

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ANEXO III

ANEXO III DO PARECER ÚNICO

AGENDA VERDE

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROCESSO

Tipo de Requerimento de Intervenção Ambiental Número do Processo Data da

Formalização Unidade do SISEMA

Responsável processo

1.1 Integrado a processo de Licenciamento Ambiental 2194/2004/011/2012 19/03/2012 SUPRAM CM

1.2 Integrado a processo de APEF 01702/2012 19/03/2012 SUPRAM CM

1.3 Não integrado a processo de Lic. Ambiental ou AAF

2. IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL PELA INTERVENÇÃO AMBIENTAL

2.1 Nome: MMX SUDESTE MINERAÇÃO LTDA 2.2 CPF/CNPJ: 08.830.308/0003-38

2.3 Endereço: Av. Prudente de Morais, 1250, 11º andar 2.4 Bairro: Luxemburgo

2.5 Município: Belo Horizonte 2.6 UF: MG 2.7 CEP: 30380-000

2.8 Telefone(s): (31) 3516-7500 2.9 e-mail: [email protected]

3. IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL

3.1 Nome: o mesmo 3.2 CPF/CNPJ:

3.3 Endereço: 3.4 Bairro:

3.5 Município: Belo Horizonte 3.6 UF: MG 3.7 CEP:

3.8 Telefone(s): 3.9 e-mail:

4. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO IMÓVEL

4.1 Denominação: “Fazenda Quéias” 4.2 Área total (ha): 63,89

4.3 Município/Distrito: Brumadinho 4.4 INCRA (CCIR):

4.5 Matrícula no Cartório Registro de Imóveis: 20.645, 3.401 Livro: Folha: Comarca: Brumadinho

4.6 Nº. registro da Posse no Cartório de Notas: Livro: Folha: Comarca:

4.7 Coordenada Plana (UTM) X(6): Datum: SAD 69

Y(7): Fuso: 23

5. CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DO IMÓVEL

5.1 Bacia hidrográfica: Rio São Francisco

5.2. Sub-bacia ou microbacia hidrográfica: Rio Paraopeba

5.3 Bioma/ Transição entre biomas onde está inserido o imóvel Área (ha)

5.8.1 Caatinga

5.8.2 Cerrado

5.8.3 Mata Atlântica

5.8.4 Ecótono (especificar): 63,89

5.8.5 Total

5.4 Uso do solo do imóvel Área (ha)

5.4.1 Área com cobertura vegetal nativa 5.9.1.1 Sem exploração econômica

5.9.1.2 Com exploração sustentável através de Manejo

5.4.2 Área com uso alternativo

5.9.2.1 Agricultura

5.9.2.2 Pecuária

5.9.2.3 Silvicultura Eucalipto

5.9.2.4 Silvicultura Pinus

5.9.2.5 Silvicultura Outros

5.9.2.6 Mineração

5.9.2.7 Assentamento

5.9.2.8 Infra-estrutura

5.9.2.9 Outros

5.4.3. Área já desmatada, porém abandonada, subutilizada ou utilizada de forma inadequada, segundo vocação e capacidade de suporte do solo.

5.4.4 Total

5.5 Regularização da Reserva Legal – RL

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5.5.1 Área de RL desonerada (ha): 5.10.1.2 Data da averbação: Termo de Compromisso

5.5.2.3 Total 16,8416

5.5.3. Matrícula no Cartório Registro de Imóveis: 6.417 Livro: Folha: Comarca:

5.5.4. Bacia Hidrográfica: São Francisco 5.5.5 Sub-bacia ou Microbacia: Rio Paraopeba

5.5.6 Bioma: Mata Atlântica 5.5.7 Fisionomia: Floresta Estacional Semidecidual

6. INTERVENÇÃO AMBIENTAL REQUERIDA E PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

6.1 Tipo de Intervenção

Quantidade

unid Requerida

Passível de Aprovação

6.1.1 Supressão da cobertura vegetal nativa com destoca 0,71 0,71 ha

6.1.2 Supressão da cobertura vegetal nativa sem destoca ha

6.1.3 Intervenção em APP com supressão de vegetação nativa 0,04 0,04 ha

6.1.4 Intervenção em APP sem supressão de vegetação nativa 1,50 1,50 ha

6.1.5 Destoca em área de vegetação nativa ha

6.1.6 Limpeza de área, com aproveitamento econômico do material lenhoso. ha

6.1.7 Corte árvores isoladas em meio rural (especificado no item 12) un

6.1.8 Coleta/Extração de plantas (especificado no item 12) un

6.1.9 Coleta/Extração produtos da flora nativa (especificado no item 12) kg

6.1.10 Manejo Sustentável de Vegetação Nativa ha

6.1.11 Regularização de Ocupação Antrópica Consolidada em APP ha

6.1.12 Regularização de Reserva Legal

Demarcação e Averbação ou Registro ha

Relocação ha

Recomposição ha

Compensação ha

Desoneração ha

7. COBERTURA VEGETAL NATIVA DA ÁREA PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

7.1 Bioma/Transição entre biomas Área (ha)

7.1.1 Caatinga

7.1.2 Cerrado

7.1.3 Mata Atlântica

7.1.4 Ecótono (especificar) Cerrado e Mata Atlântica 0,75

7.1.5 Total

8. PLANO DE UTILIZAÇÃO PRETENDIDA

8.1 Uso proposto Especificação Área (ha)

8.1.1 Agricultura

8.1.2 Pecuária

8.1.3 Silvicultura Eucalipto

8.1.4 Silvicultura Pinus

8.1.5 Silvicultura Outros

8.1.6 Mineração Recuperação de finos 0,75

8.1.7 Assentamento

8.1.8 Infra-estrutura

8.1.9 Manejo Sustentável da Vegetação Nativa

8.1.10 Outro

9. DO PRODUTO OU SUBPRODUTO FLORESTAL/VEGETAL PASSÍVEL DE APROVAÇÃO

9.1 Produto/Subproduto Especificação Qtde Unidade

9.1.1 Lenha Utilização na própria propriedade 90,5790 m3

9.1.2 Carvão

9.1.3 Torete

9.1.4 Madeira em tora

9.1.5 Dormentes/ Achas/Mourões/Postes

9.1.6 Flores/ Folhas/ Frutos/ Cascas/Raízes

9.1.7 Outros

10. PARECER TÉCNICO, MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS FLORESTAIS.

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11. RESPONSÁVEIS PELO PARECER TÉCNICO.

Flora Misaki Rodrigues MASP: 1274271-4