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A liturgia deste domingo questiona-nos acerca da atitude que assumimos face aos bens deste mundo. Sugere que eles não podem ser os deuses que dirigem a nossa vida; e convida-nos a descobrir e a amar esses outros bens que dão verdadeiro sentido à nossa existência e que nos garantem a vida em plenitude. No Evangelho (Lc 12,13-21), através da “parábola do rico insensato”, Jesus denuncia a falência de uma vida voltada apenas para os bens materiais: o homem que assim procede é um “louco”, que esqueceu aquilo que, verdadeiramente, dá sentido à existência. Na primeira leitura (Co (Ecle) 1,2; 2,21-23), temos uma reflexão do “qohélet” sobre o sem sentido de uma vida voltada para o acumular bens… Embora a reflexão do “qohélet” não vá mais além, ela constitui um patamar para partirmos à descoberta de Deus e dos seus valores e para encontramos aí o sentido último da nossa existência. A segunda leitura (Col 3,1-5.9-11) convida-nos à identificação com Cristo: isso significa deixarmos os “deuses” que nos escravizam e renascermos continuamente, até que em nós se manifeste o Homem Novo, que é “imagem de Deus”. In “Dehonianos” E E COS COS DA DA M M ATRIZ ATRIZ Boletim Paroquial Paróquias de Caminha e Vilarelho Ano LIII - Nº 1062 - de 31 de Julho a 06 de Agosto de 2016 XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Paróquias de Caminha e Vilarelho - Freguesias de Portugal · brincadeira que nos magoa até um ato de uma crueldade inaudita. Reparemos que S. Paulo não nos diz que o amor não

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A liturgia deste domingo questiona-nos acerca da atitude que assumimos face aos bens deste mundo. Sugere que eles não podem ser os deuses que dirigem a nossa vida; e convida-nos a descobrir e a amar esses outros bens que dão verdadeiro sentido à nossa existência e que nos garantem a vida em plenitude. No Evangelho (Lc 12,13-21), através da “parábola do rico insensato”, Jesus denuncia a falência de uma vida voltada apenas para os bens materiais: o homem que assim procede é um “louco”, que esqueceu aquilo que, verdadeiramente, dá sentido à existência. Na primeira leitura (Co (Ecle) 1,2; 2,21-23), temos uma reflexão do “qohélet” sobre o sem sentido de uma vida voltada para o acumular bens… Embora a reflexão do “qohélet” não vá mais além, ela constitui um patamar para partirmos à descoberta de Deus e dos seus valores e para encontramos aí o sentido último da nossa existência. A segunda leitura (Col 3,1-5.9-11) convida-nos à identificação com Cristo: isso significa deixarmos os “deuses” que nos escravizam e renascermos continuamente, até que em nós se manifeste o Homem Novo, que é “imagem de Deus”.

In “Dehonianos”

EECOSCOS DADA MMATRIZATRIZ Boletim Paroquial

Paróquias de Caminha e Vilarelho Ano LIII - Nº 1062 - de 31 de Julho a 06 de Agosto de 2016

XVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM

Diz-nos S. Paulo que o amor não guarda res-sentimento. Primeiro, o que é o ressentimento? O ressentimento é a «mágoa sentida por uma ofensa». Não me parece que seja possível impedir o ressentimento. Todos nós ficamos ressentidos se nos ofendem, se nos magoam. Ora, esta mágoa depende muito do tipo de ofensa que nos fazem. A ofensa vai de uma brincadeira que nos magoa até um ato de uma crueldade inaudita. Reparemos que S. Paulo não nos diz que o amor não fica ressen-tido. Diz que não guarda ressentimento. Aqui, eu gostava de acrescentar uma coisa: a pes-soa cristã, magoada, pode não guardar res-sentimento para sempre, mas guarda ressen-timento durante algum tempo. Senão não era uma pessoa normal. E se fomos muito magoados, o ressentimento dura muito tem-po. E, ainda, se somos magoados constante-mente, o ressentimento também é constan-te; não acaba enquanto a dor se mantiver. O ressentimento é, pois, proporcional à dor da ferida e à nossa sensibilidade. O ressenti-mento há de passar, mas se fomos muito magoados, não passa durante muito tempo. E se formos constantemente magoados, nunca passa. Há, assim, duas causas que podem fazer o nosso ressentimento durar muito tempo: – ou um ato que nos magoou muito, – ou uma série de atos que não param. Vou dar dois exemplos: Uma vez tive que fazer o enterro de uma senhora que tinha sido assaltada, violada, assassinada e depois os criminosos ainda dei-taram fogo à casa. A família dessa senhora vai guardar ressentimento durante muito tempo

RESSENTIMENTO E PERDÃO porque é uma ferida horrorosa. Provavelmen-te vai, mesmo, guardar ressentimento toda a vida, se bem que possa ir diminuindo. Outro caso, que pode acontecer, é nós ser-mos magoados de forma continuada. Neste caso, há alguém que não para de nos magoar, que nos está sempre a magoar. Assim o res-sentimento não acaba porque aquilo que nos magoa também não acaba. Às vezes achamos que não estamos em posi-ção de sacudir essa pessoa das nossas vidas. Na minha vida de padre já me deparei com pessoas que eram muito humilhadas no emprego, mas que não conseguiam arranjar outro. E também me deparei com pessoas achincalhadas pelos pais, não tendo forças para cortar com eles porque achavam que não se podiam desligar dos pais. Já para não falar dos casos de violência doméstica, em que a pessoa atacada não luta para se libertar daquela situação. S. Paulo também nos diz: «a caridade tudo desculpa». Sim, o amor desculpa tudo mas às vezes demora muito tempo. E o que é desculpar? Desculpar é deixarmos de querer mal à pessoa que nos fez mal. Des-culpar é ainda rezar por essa pessoa. E é ser capaz de querer bem. Desculpar não é convi-dar a pessoa para minha casa, desculpar não é convidar para casa quem me fez mal ou fazer-me amigo dessa pessoa. Também não é esquecer. Este ponto é muito importante porque há muitas pessoas que confundem as duas coi-sas. Podemos já ter perdoado e continuar a lembrar o mal que nos fizeram. Continuar, mesmo, a sentir dor, incómodo, revolta (etc.) de cada vez que pensamos na pessoa que nos magoou não quer dizer que não tenhamos perdoado. São sensações que têm mais a ver com a Psicologia do que com a Moral. São sensações de quem não esqueceu e não de quem não perdoou. Não tem a ver com o perdão, tem a ver com aquilo que nos marca. Positiva ou negativamente. Tanto não esque-

Dia 31:

- Domingos Silva Aragão Pereira;

- Ana Isabel M. Vaz Soutulho;

- Armandino Vilaça de Almeida;

- António José Sobral Pereira;

- Maria Fernanda G. Sobral A. Ferreira;

- Arminda Barge Lima;

- Dalila Pereira Ferro E. Pinto;

- João Manuel F. Felgueiras da Silva.

Dia 01:

- Manuel Lopes;

- Maria Manuela Santos F. Lázaro;

- Eduardo Alves Araújo;

- Joana Maria Pinto Vila Pouca;

- João Pedro Beites Gonçalves;

- Inês Gomes Rodrigues.

Dia 02:

- António da Silva Vieira.

Dia 03:

- Júlia Paula P. Pereira da Costa;

- Maria da Piedade de Abreu V. Lourenço;

- Carla Judite B. Oliveira Rodrigues;

- Tiago Alexandre Fernandes Passos;

- Soraia Amorim Pedrulho.

Dia 04:

- António Domingos da Silva Ribas;

- Mário Rui Afonso Braga;

- Luna Soares Loureiro.

Dia 05:

- Liliana Cristina Santos Pinto;

- Luís Alexandre M. Damião da Silva;

- Ana Luísa Fonseca Rodrigues.

Dia 06:

- Sandra Sofia Silva Rocha;

- António Jorge Rego Fernandes;

- Vítor Hugo B. Pereira Rodrigues.

cemos o dia da Primeira Comunhão como aquela terrível ida ao dentista. Daí que se a ofensa foi muito grande, como nos marcou muito, nunca mais vá ser esquecida. Mas atenção que enquanto a ofensa não parar, não é possível perdoar. Se uma pessoa nos achincalha ou maltrata com regularidade, a ferida (psicológica) que nos provoca está per-manentemente a ser aberta, logo é muito difícil, senão de todo impossível, perdoar. Concluindo: O ressentimento é a dor que sentimos. Esta dor demora tanto mais tempo a passar quarto maior foi a ofensa. Perdoar é não querer mal e ser capaz de rezar por. Nem implica ser amigo nem implica esquecer. No próximo artigo vamos ver o seguinte: Se perdoar não implica ficar amigo, como é que podemos amar os inimigos?

Gonçalo Miller Guerra, s.j.

Recebeu este sábado, dia 30 de Julho de 2016, o Sacramento do Baptismo, o menino Miguel Moreira da Cruz Magalhães, nascido a 19 de Setembro de 2015. É filho de José Miguel Teixeira Magalhães e Maria Catarina Faria Moreira da Cruz Magalhães. O Miguel teve como padrinhos: Nélson Bruno Sousa Gomes e Joana Patrícia Gomes dos Santos Correia. Parabéns ao Miguel...

VIDA CRISTÃ

As Moscas Dois amigos encontram-se, e diz um para o outro: - Ontem à tarde matei sete moscas: três machos e quatro fêmeas. - Como é que sabes o sexo delas? - pergunta o outro um pouco intrigado. Explica o primeiro: - É fácil! Os três machos estavam pousados na garrafa da cerveja e as quatro fêmeas estavam ao telefone...

SORRIA!

ANIVERSÁRIOS

Serviço Religioso

FICHA TÉCNICA Propriedade: Paróquia de Nossa Senhora da Assunção de Caminha • Director: Pe. José Filipe Sá

Colaborador: Ricardo Miguel Lourenço Lagoa • Publicação: Semanal • Tiragem: 300 Ex. • Tel.: 258 921 413 E-mail: [email protected] • Site: paroquiadecaminha.com - Isento a) nº1 art 12º DR 8/1999 de 9 Junho

DIA HORA/LOCAL INTENÇÕES

Todos os Dias

08:00 Eucaristia no Convento de St. António

Quarta Dia 03

08:30 Misericórdia

- Vetúria Jorge de Matos Esteves e Almas do Purgatório; - João Luís Lourenço Ribeiro, avós e padrinho; - Lino José Portela, pais, sogros, cunhados e sobrinhos; - Celestina Gomes; - Matilde Rosa Gomes, maria Martins de Sousa e família; - Isac Gonçalves Presa e família. Exposição, Oração de Laudes e Bênção do Santíssimo Sacramento

Quinta Dia 04

18:00 S. João Maria Vianney, Presbítero

Eucaristia na Capela de Nossa Senhora da Agonia

Sexta Dia 05

16:00

19:00 Matriz

21:30

Misericórdia

Eucaristia na Casa de Repouso do Bom Jesus dos Mareantes

- Almas do Purgatório - m. c. Confraria das Almas; - Irmãos da Confraria do Bom Jesus dos Mareantes; - Laurinda Fernandes Pereira de Carvalho e sogros; - José Manuel Pereira Brochas, pai, avós e tios. Início das Novenas a Santa Rita de Cássia

Sábado Dia 06

19:00 Matriz

21:30

Misericórdia

Transfiguração do Senhor - Dom da Vida; - Armando José Jorge de Matos; - Maria das Dores Lopes e Gaspar Avelino Carrilho; - Maria Beatriz Azevedo da Cunha Felgueiras Carvalho. Novena a Santa Rita de Cássia

Domingo Dia 07

09:00

Vilarelho

10:30 Misericórdia

12:00 Matriz

21:30 Misericórdia

XIX DOMINGO DO TEMPO COMUM - Dom da Vida; - Maria da Conceição Coutinho Barbosa Gil - m. c. Confraria das Almas; - Rita Nazaré Ramos Rodrigues, marido e filho. Irmãos e Benfeitores da Santa Casa da Misericórdia

Povo de Deus

Novena a Santa Rita de Cássia

Todos os Sábados, até ao final do Ano da Misericórdia, o pároco está disponível para o Sacramento da Reconciliação, às 18:00h na Igreja Matriz.