PARQUE EÓLICO DA LOURINHÃ I · gem de 5 m de largura, numa caixa e sobre terreno estabilizado. Os trabalhos relacionados com a montagem dos aerogeradores serão executados de

PARQUE EÓLICO DA LOURINHÃ I

RELATÓRIO DE CONFORMIDADE AMBIENTAL

DO PROJECTO DE EXECUÇÃO

(RECAPE)

SUMÁRIO EXECUTIVO

NOVEMBRO DE 2011

15611se 1/11

Parque Eólico da Lourinhã I Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE)

Sumário Executivo

ÍNDICE

Pág.

1 - INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 2

2 - ANTECEDENTES ................................................................................................................ 2

3 - BREVE DESCRIÇÃO DO PROJECTO ............................................................................ 3

4 - CONTEÚDO DA DIA .......................................................................................................... 6

5 - RESUMO DAS PRINCIPAIS MEDIDAS MINIMIZADORAS PROPOSTAS ............. 8

6 - CONFORMIDADE COM A DIA ........................................................................................ 9

7 - ESTUDOS COMPLEMENTARES ..................................................................................... 10

8 - PLANO GERAL DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL .............................................. 10

15611se 2/11


Sumário Executivo

1 - INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Sumário Executivo do Relatório de Conformidade Ambiental do

Projecto de Execução (RECAPE) do Parque Eólico da Lourinhã I cujo proponente é a empresa

ENEOP 2 - Exploração de Parques Eólicos, S.A, com sede na Rua de Sá da Bandeira, nº 517,

2º Andar, Porto.

De acordo com a legislação vigente, o RECAPE é o documento que demonstra o cabal cumprimen-

to das condições impostas pela Declaração de Impacte Ambiental (DIA), permitindo assim, verifi-

car se as premissas associadas à aprovação de determinado projecto, que tenha sido submetido a

processo de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) em fase anterior a Projecto de Execução, se

cumprem.

É importante, ao nível de um documento com os objectivos do RECAPE garantir, por um lado, que

as medidas propostas para o Projecto de Execução estão realmente aplicadas e, por outro lado, que

as medidas a serem observadas na fase de obra e exploração apresentam, não só garantias de aplica-

bilidade, mas também, eficácia na minimização dos impactes identificados.

O RECAPE a que se refere o presente Sumário Executivo foi elaborado pela PROCESL,

Engenharia Hidráulica e Ambiental, Lda.

2 - ANTECEDENTES

Pelo facto de se localizar a menos de 2 km do parque eólico de Serra d`El Rei (com 13 aerogerado-

res), o Parque Eólico da Lourinhã I com 9 aerogeradores foi sujeito a procedimento de Avaliação de

Impacte Ambiental, conforme estipulado no Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio. Este projecto

não está incluído em Áreas Sensíveis de acordo com o conceito definido no Artigo 2.º do Decre-

to-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio (alterado e republicado em anexo ao Decreto-Lei n.º 197/2005, de

8 de Novembro), nomeadamente:

- Áreas protegidas, classificadas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 19/93 de 23 de Janeiro, com as

alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 227/98 de 17 de Julho;

- Sítios da Rede Natura 2000, Zonas Especiais de Conservação e Zonas de Protecção Espe-

cial, classificadas nos termos do Decreto-Lei n.º 140/99, de 24 de Abril, no âmbito das

Directivas n.º 79/409/CEE e 92/43/CEE;

- Áreas de protecção dos monumentos nacionais e imóveis de interesse público definidos nos

termos do Decreto-Lei n.º 107/01, de 8 de Setembro.

15611se 3/11


Sumário Executivo

Assim, conforme previsto na legislação, a empresa promotora do Projecto, ENEOP2, submeteu o

respectivo Estudo de Impacte Ambiental, em fase de Estudo Prévio, ao processo de Avaliação de

Impacte Ambiental (AIA) - Processo de AIA n.º 1984: “Parque Eólico da Lourinhã I”, tendo sido a

Agência Portuguesa do Ambiente(APA) a autoridade de AIA.

Decorridas as diversas fases previstas no procedimento de AIA, nomeadamente a fase de apreciação

técnica do EIA e pedido de elementos adicionais por parte da Comissão de Avaliação, bem como o

processo de participação pública, foi emitido pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do

Território e do Desenvolvimento Regional (MAOTDR), a 8 de Maio de 2009, uma DIA com pare-

cer final favorável. Este parecer favorável ficou condicionado à reformulação do layout, de forma a

respeitar determinadas condicionantes, e ao cumprimento das medidas propostas no EIA e aceites

pela Comissão de Avaliação (CA), bem como ao cumprimento de outras medidas de minimização

indicadas pela CA, descriminadas na DIA.

Perante os contributos recebidos durante o acompanhamento público, questões levantadas durante a

visita efectuada ao local e análises efectuadas pela Comissão de Avaliação (CA), a mesma entendeu

que foram identificadas várias situações merecedoras de uma reanálise, fundamentalmente no que

diz respeito à afectação dos valores geológicos, espeleológicos, arquelógicos e ecológicos pelo Pro-

jecto de Execução apresentado.

Deste modo, o RECAPE do Parque Eólico da Lourinhã I foi reformulado, visando este descrever e

demonstrar o cabal cumprimento das condições impostas na DIA de um novo Projecto de Execu-

ção, tendo em consideração o mencionado no Parecer da Comissão de Avaliação, em Fevereiro de

2011.

3 - BREVE DESCRIÇÃO DO PROJECTO

O Parque Eólico da Lourinhã I prevê a instalação de 9 aerogeradores de 2 MW, nas freguesias de

São Bartolomeu dos Galegos (6 aerogeradores) e de Moledo (3 aerogeradores), no concelho da

Lourinhã, no distrito de Lisboa (Figuras 1 e 2).

A área prevista para o Parque Eólico, tal como já referido, não se insere em nenhuma área protegida

no âmbito da Rede Nacional de Áreas Protegidas nem em áreas da Rede Natura 2000. A área classi-

ficada mais próxima do Parque Eólico é o Sítio Peniche/Santa Cruz (PTCON0056) a cerca de 4 km

(Figura 1).

Os aerogeradores previstos têm 2,0 MW de potência unitária, sendo expectável uma produção ener-

gética anual média de 46 GWh.

Parque EólicoLourinhã I

Serra de MontejuntoPTCON0048

Peniche/Santa CruzPTCON0056

90000

90000

100000

100000

110000

110000

120000

120000

2500

00

2500

00

2600

00

2600

00

2700

00

2700

00

2800

00

2800

00Extracto da Carta Militar de Portugal, Esc.: 1/250 000 (ampliação 1: 200 000), folha nº 5, IGeoE.Origem das coordenadas rectangulares: Ponto fictício (unidades em metros)

Sítios de Importância Comunitária (Directiva Habitats)

Rede Nacional de Áreas Protegidas

4200

2730

\1561

1\156

11_fi

g1

0 5 km

Paisagem Protegida - Serra de MontejuntoRede Natura 2000

Fonte: ICNB, 2011 OOCC

EEAA

NNOO

AATT

LLÂÂNN

TT IICC

OO

ES

PA

NH

AE

SP

AN

HA

Faro

Beja

Porto

ÉvoraLisboa

GuardaCoimbra

BragançaVila Real

Portalegre

Castelo Branco

Torres Vedras

Estaleiro

Subestação da Atouguia da Baleia

AG9

AG4

AG8AG7

AG6

AG5

AG3

AG2AG1

LOURINHÃ

ATOUGUIA DA BALEIA

MOLEDO

OLHO MARINHO

PÓ

SÃO BARTOLOMEU DOS GALEGOS

SERRA D' EL-REI

REGUENGO GRANDE

MOITA DOS FERREIROS

LOURINHÃ

PENICHE

ÓBIDOS

BOMBARRAL

98000

98000

100000

100000

102000

102000

104000

104000

106000

10600025

6000

2560

00

2580

00

2580

00

2600

00

2600

00

2620

00

2620

00

2640

00

2640

00

0 1 km

Fonte: GENERG, 2011

Limite de freguesiaLimite de concelho

Aerogerador

Posto de corte

Apoio da linha a 30kVLinha eléctrica a 30kV de ligação entre aerogeradores

Subestação de Atouguia da Baleia

Corredor da linha eléctrica de ligação à SE de Atouguia da Baleia

Limite da área de estudo do Parque Eólico

Linha eléctrica a 30kVLinha eléctrica a 60kV e a 30kV (linha dupla)

Apoios da linha eléctrica

A remodelarA construir

1:50 000 142002730/15611/15611_fig1SE A3LSM

Parque Eólico da Lourinhã IRECAPE

ProjectouDesenhou

Substitui fig. nº ESCALAS: FIGURA Nº09/2011

Localização do Projecto e Áreas Classificadas MJS 09/2011

1:200 000

P1

Estaleiro

AG9

AG4

AG8AG7

AG6

AG5

AG3

AG2AG1

P1

P2

P3P4

P5P6

P7

P1

P2

1

234

5

6

78

9

6A

10

11/2912/30

14/32

13/31

15/3316/34

17/35P18/36

98000

98000

99000

99000

100000

100000

101000

101000

102000

102000

103000

103000

2570

00

2570

00

2580

00

2580

00

2590

00

2590

00

2600

00

2600

00

2610

00

2610

00

2620

00

2620

00

2630

00

2630

00

0 1 km

OOCC

EEAA

NNOO

AATT LL

ÂÂNN

TTII CC

OO

ES

PA

NH

AE

SP

AN

HA

Faro

Beja

Porto

ÉvoraLisboa

GuardaCoimbra

BragançaVila Real

Portalegre

Castelo Branco

Torres Vedras

Extracto da Carta Militar de Portugal, Esc. 1/25 000, folhas nº 337 (2004), 338 (2004), 349 (2004) e 350 (2004), IGeoEOrigem das coordenadas rectangulares: Ponto fictício (unidades em metros)

Corredor da linha eléctrica de ligação à SE de Atouguia da Baleia

Limite da área de estudo do Parque Eólico da Lourinhã I

Aerogerador

Posto de corte

Fonte: GENERG, 2011

Acesso a beneficiarAcesso a construir

Apoio da linha a 30kVLinha eléctrica a 30kV de ligação entre aerogeradoresVala de cabos

Subestação de Atouguia da Baleia

Linha eléctrica a 30kVLinha eléctrica a 60kV e a 30kV (linha dupla)

Apoios da linha eléctrica

A remodelarA construir

Estaleiro

Acesso existenteTrilhos existentes de acesso ao apoio 6 - Alternativa 1Trilhos existentes de acesso ao apoio 6 - Alternativa 2

1:25 000 242002730/15611/15611_fig2SELSM

Parque Eólico da Lourinhã IRECAPE

10/2011

Apresentação do ProjectoMJS 10/2011

A3ProjectouDesenhou

Substitui fig. nº ESCALAS: FIGURA Nº

15611se 6/11


Sumário Executivo

A rede de cabos a 30 kV fará a interligação das torres com a configuração em anel ligando ao Posto

de Corte. Os cabos serão enterrados em vala ao longo dos acessos, entre as torres, sendo as zonas de

travessia de caminhos e as derivações para as torres, acessíveis em caixas de visita. Entre os aero-

geradores 2 e 5 e entre os aerogeradores 6 e 7 estão previstas ligações aéreas a 30 kV, por motivos

técnicos e na medida em deixa de haver continuidade de acesso que permita também a continuidade

da ligação eléctrica.

Os acessos serão pavimentados com uma camada de 20 cm de “tout-venant” numa faixa de roda-

gem de 5 m de largura, numa caixa e sobre terreno estabilizado.

Os trabalhos relacionados com a montagem dos aerogeradores serão executados de harmonia com

os pormenores definitivos fornecidos pelos respectivos fabricantes.

Como Projecto complementar ao do Parque Eólico refere-se o projecto da linha aérea, a 30 kV, de

interligação do Posto de Corte do Parque Eólico da Lourinhã I à subestação de Atouguia da Baleia.

A linha eléctrica de ligação do Parque Eólico à rede do Sistema Eléctrico de Serviço Público atra-

vessa, de poente para nascente, território do concelho de Peniche (freguesia da Atouguia da Baleia)

e do concelho da Lourinhã (freguesia de São Bartolomeu dos Galegos).

O Posto de Corte utilizará elementos pré-fabricados, com dimensões exteriores de 12,0 m × 3,00 m

× 3,16 m (comprimento, largura, altura). O acabamento exterior do edifício é em seixos e areão

aglomerados de cor o mais parecida possível com a cor dominante da vegetação existente no local.

Após todas as intervenções será executada a recuperação paisagística da área afectada.

A duração da obra será de aproximadamente 9 meses.

4 - CONTEÚDO DA DIA

Seguidamente, transcreve-se o conteúdo da DIA emitida pelo Ministério do Ambiente, do Ordena-

mento do Território e do Desenvolvimento Regional (MAOTDR), relativo ao Parque Eólico de

Lourinhã I.

Tendo por base o Parecer Final da Comissão de Avaliação (CA) relativa ao procedimento de AIA

do projecto do Parque Eólico de Lourinhã I, em fase de Estudo Prévio, foi emitida Declaração de

Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada. Identificam-se seguidamente as condicionan-

tes resultantes da DIA:

“1. O layout final do projecto de execução deverá ser reformulado, de forma a garantir a

salvaguarda dos limites estabelecidos no Regulamento Geral do Ruído, de acordo com

disposto no Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, na sua redacção actual.;”

15611se 7/11


Sumário Executivo

“2. Compatibilizar o projecto com os Instrumentos de Gestão Territorial (IGT) aplicáveis,

nomeadamente: com as áreas destinadas à actividade extractiva previstas no Plano

Director Municipal (PDM) da Lourinhã, salvaguardando as mesmas e as respectivas

áreas de protecção; e com as áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional (REN),

devendo desde já ser relocalizado o acesso ao aerogerador 7;”

“3. Cumprir as medidas de minimização e os planos de recuperação das áreas intervencio-

nadas, acompanhamento ambiental da obra e monitorização, mencionados na presente

DIA;”

“4. Entregar no Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE)

os elementos mencionados na presente DIA;”

“5. Informar a Autoridade de AIA do início da fase de construção, de forma a possibilitar o

desempenho das suas competências na Pós-Avaliação do Projecto;”

“6. Os relatórios de acompanhamento ambiental da obra e da recuperação das áreas afec-

tadas, e de monitorização deverão ser entregues à Autoridade de AIA com a periodici-

dade proposta em cada plano;”

“7. Após a conclusão da fase de construção do Projecto e antes da entrada em funciona-

mento do mesmo, o Promotor deverá solicitar à Autoridade de AIA uma reunião de

obra com a CA a fim de verificar a execução de todas as medidas contempladas na

Declaração de Impacte Ambiental relativas à fase de construção;”

De forma a considerar inequivocamente todas as condicionantes atrás descritas, o Projecto do Par-

que Eólico da Lourinhã I foi reformulado.

De um modo geral podem referir-se os seguintes pontos:

- foram salvaguardados os limites estabelecidos no Regulamento Geral do Ruído, de acordo

com o disposto no Decreto-Lei nº 9/2007, de 17 de Janeiro, conforme apresentado no Ane-

xo III;

- foi também verificada a compatibilidade do Projecto de Execução com os Instrumentos de

Gestão Territorial (IGT) aplicáveis, como solicitado na DIA, análise que se apresenta no

subcapítulo 3.3.3 do presente documento;

- foram ainda considerados os resultados dos estudos complementares, com especial destaque

para os estudos detalhados ao nível dos descritores Ecologia, Património Cársico e Patrimó-

nio Arqueológico e Arquitectónico, apresentados respectivamente nos Anexos II, IV e V do

presente documento.

15611se 8/11


Sumário Executivo

Esta reformulação resultou, assim, numa redução significativa dos impactes identificados em fase

de Estudo Prévio e no anterior Projecto de Execução.

Os pontos 3, 4, 5, 6 e 7 da DIA constituem, necessariamente, compromissos assumidos pelo promo-

tor durante a implementação do Projecto e posterior fase de exploração e, ainda, eventual desactiva-

ção, e indirectamente, pelos empreiteiros responsáveis pela execução das obras do Parque Eólico e

das linhas eléctricas.

5 - RESUMO DAS PRINCIPAIS MEDIDAS MINIMIZADORAS PROPOSTAS

No EIA apresentado, bem como na DIA emitida, foram consideradas medidas de minimização que

deverão ser concretizadas para garantir a redução da importância dos impactes ambientais previstos.

Estas medidas encontram-se reproduzidas, integralmente, no Capítulo 4 do RECAPE, apresentan-

do-se neste Sumário Executivo, apenas, a tipologia e as principais medidas que resumem as orienta-

ções impostas na DIA.

No que respeita às características do Projecto verifica-se que as imposições da DIA incidem essen-

cialmente na relocalização dos elementos do Projecto e análise de condicionantes aquando a defini-

ção do traçado da linha eléctrica.

Em sequência, e para cumprimento da DIA, destaca-se a relocalização dos aerogeradores 4, 8 e 9, a

extinção do acesso interno na zona da pedreira entre os actuais AG3 e AG5 e a extinção do acesso

entre os AG 6 e AG7. Estas duas últimas alterações conduziram ao surgimento de duas linhas eléc-

tricas numa solução de passagem aérea em vez de enterradas, uma vez que a supressão dos acessos

inviabiliza a solução de linhas enterradas.

Fruto da necessária alteração das posições dos AG 4 e AG 9 do layout apresentado em fase de Estu-

do Prévio foi necessário estudarem-se duas novas áreas. Essas novas áreas foram estudadas em

pormenor e devidamente reconhecidas em campo e cartografadas conforme se pode verificar no

Capítulo 3 e nos relatórios específicos apresentados em anexo ao RECAPE (Anexo II - Flora e

Vegetação, Anexo III - Ambiente Sonoro, Anexo IV - Património Cársico e Anexo V - Patrimó-

nio).

Na sequência do parecer da Comissão de Avaliação emitido em Fevereiro de 2011, foram efectua-

dos ajustes nas localizações de alguns aerogeradores, nomeadamente nos AG3, AG5 e AG7 e res-

pectivos acessos. Estes ajustes pretenderam diminuir a afectação de património cársico, espeleoló-

gico, arqueológico e habitats, reduzir os impactes ao nível do ambiente sonoro e efectuar a compa-

tibilização com os instrumentos de gestão territorial.

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Sumário Executivo

No que respeita às medidas de minimização a adoptar antes e durante a obra salientam-se as seguin-

tes preocupações:

- contactos com as entidades competentes para efectuar intervenções nas suas áreas de jurisdi-

ção;

- limitação das áreas de trabalho, reduzindo-as ao estritamente necessário, com sinalização

dos elementos ambientais importantes;

- implementar um plano de gestão de resíduos com vista à adequada gestão de resíduos;

- efectuar o acompanhamento ambiental e arqueológico das obras, incluindo o acompanha-

mento de um geólogo, especialista em formações cársicas;

- recuperação das áreas intervencionadas logo após a conclusão dos trabalhos de construção.

As medidas da fase de exploração prendem-se com a restrição da ocupação de áreas para manuten-

ção, vigilância adequada de modo a reduzir o risco de incêndios florestais e a gestão adequada de

resíduos.

Na fase de desactivação do empreendimento a DIA indica que o promotor, no último ano de explo-

ração do Projecto, deverá apresentar a solução futura de ocupação da área de implantação do Parque

Eólico e projectos complementares.

No caso de reformulação ou alteração do Parque Eólico, sem prejuízo do quadro legal então em

vigor, deverá ser apresentado estudo das respectivas alterações referindo especificamente as acções

a ter lugar, impactes previsíveis e medidas de minimização, bem como o destino a dar a todos os

elementos a retirar do local.

Se a alternativa passar pela desactivação, deverá ser apresentado um plano de desactivação porme-

norizado com o objectivo de devolver à área o seu estado natural anterior.

6 - CONFORMIDADE COM A DIA

As medidas de minimização propostas a nível da DIA são aplicáveis em diferentes fases do proces-

so, nomeadamente: Projecto de Execução, Fase Prévia à Construção, Construção, Exploração e

Desactivação.

Ao nível do Projecto de Execução a solução apresentada cumpre as orientações da DIA com reloca-

lização dos vários elementos do Projecto. O Projecto agora apresentado permite salvaguardar as

áreas consideradas ambientalmente sensíveis.

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Sumário Executivo

A implementação das medidas de minimização na fase anterior às obras e na fase de construção, por

parte do empreiteiro, encontra-se salvaguardada através do Plano de Acompanhamento Ambiental

das Obras (apresentado em anexo ao RECAPE) que contempla o controle da implementação de

todas as medidas de minimização previstas para a fase de obra.

O Dono da Obra compromete-se, ainda, a cumprir as restantes medidas de minimização relativas à

fase de exploração e desactivação, e a implementar os planos de monitorização conforme é obriga-

do pela DIA.

7 - ESTUDOS COMPLEMENTARES

Para desenvolvimento do Projecto de Execução, e na sequência das medidas impostas pela DIA,

tornou-se necessário a realização de estudos complementares que se apresentam em anexo ao

RECAPE, nomeadamente:

- Estudo geológico e espeleo-arqueológico de pormenor nas áreas de construção das infra-

estruturas do Projecto (aerogeradores, plataformas, acessos e posto de corte);

- Estudo florístico da área do Parque Eólico, realizado em época adequada, com caracteriza-

ção das espécies existentes, cartografia das manchas de maior valor ecológico (nomeada-

mente espécies RELAPE) e confirmação da ocorrência de espécies de orquídeas;

- Cartografia de maior pormenor (pelo menos 1/5 000) com a distribuição dos habitats natu-

rais na área do Parque Eólico e quantificação da sua afectação pelo Projecto;

- Estudo de Ruído com base na localização definitiva dos aerogeradores;

- Estudo de Património Arqueológico e Arquitectónico;

- Resultados das monitorizações do Ano Zero relativas à avifauna e quirópteros.

8 - PLANO GERAL DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL

As directrizes mencionadas na DIA serviram de base para a elaboração dos respectivos Planos de

Monitorização que se apresentam detalhados no Capítulo 5 do RECAPE.

Assim, em função dos impactes ambientais identificados no âmbito dos estudos efectuados em fase

de RECAPE foram objecto de programa específico de monitorização os seguintes descritores:

- Flora;

- Avifauna;

- Quirópteros;

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Sumário Executivo

- Ambiente Sonoro.

Ao nível da flora e da vegetação, no âmbito do acompanhamento ambiental da obra, será efectuada

a verificação do plano de recuperação paisagística proposto, bem como o controlo das actividades

relativas à recuperação e à evolução da regeneração do coberto vegetal nas áreas afectadas.

Verifica-se assim que, na sequência dos resultados obtidos no decorrer das acções de monitoriza-

ção, estarão reunidas as condições para serem implementadas as medidas de gestão ambiental ade-

quadas que assegurem a minimização dos eventuais impactes causados pelo Projecto.

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