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i PARQUE NATURAL DAS SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS 2014-2020 PLANO DE MARKETING Sistema de Apoio à Ação Coletiva – Cluster da Pedra Natural Sustentabilidade ambiental Projeto compete nº. 18640 – 01/SIAC/2010 Leiria, Março de 2014

PARQUE NATURAL DAS SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS … · O plano de marketing estratégico aqui apresentado resulta do processo da formulação da ... 2.1.3 ANÁLISE DO AMBIENTE POLÍTICO,

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PARQUE NATURAL DAS SERRAS DE AIRE E CANDEEIROS

2014-2020

PLANO DE MARKETING

Sistema de Apoio à Ação Coletiva – Cluster da Pedra Natural

Sustentabilidade ambiental

Projeto compete nº. 18640 – 01/SIAC/2010

Leiria, Março de 2014

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Equipa Técnica

Equipa:

Alzira Marques

Cátia Crespo

Jacinta Moreira

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Sumário Executivo

O plano de marketing estratégico aqui apresentado resulta do processo da formulação da

estratégia que visa a promoção da sustentabilidade ambiental do Parque Natural das Serras

de Aire e Candeeiros (PNSAC) e a atração de visitantes.

A preservação e valorização dos recursos naturais são fundamentais para o desenvolvimento

regional. Todavia, nós só valorizamos o que conhecemos. Nesse sentido, o PNSAC deve gerar

e disseminar o conhecimento sobre os seus recursos naturais e levá-lo a casa de cada um

dos portugueses e trazê-los às serras de Aire e Candeeiros para conhecer os geossítios de

maior relevância.

Associando ao conhecimento do PNSAC experiências memoráveis, resultantes da

dinamização de atividades de turismo natureza, promove-se o desenvolvimento da região e

a valorização dos seus recursos naturais.

Nesse sentido, o PNSAC para o período de 2014-2020 deve adotar simultaneamente uma

estratégia de marketing relacional, desenvolvendo e facilitando relações de cooperação com

os parceiros interessados na sustentabilidade do PNSAC, e uma estratégia de marketing de

crescimento, sobretudo de mercados, captando mais visitantes ao parque natural.

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vii

Índice

EQUIPA TÉCNICA ............................................................................................................................................. III

SUMÁRIO EXECUTIVO ...................................................................................................................................... V

ÍNDICE ............................................................................................................................................................ VII

ÍNDICE DE FIGURAS E GRÁFICOS ...................................................................................................................... IX

ÍNDICE DE QUADROS ....................................................................................................................................... XI

LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................................................ XIII

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................... 1

1. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO .......................................................................................................... 5

1.1 A ASSIMAGRA: MISSÃO E OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ............................................................................. 5

1.2 DEFINIÇÃO DO PRODUTO: PNSAC ........................................................................................................... 6

1.3 DEFINIÇÃO DOS MERCADOS ................................................................................................................... 8

1.4 A MISSÃO DO PNSAC .............................................................................................................................. 9

1.5 VALORES DO PNSAC ................................................................................................................................ 9

1.6 PARCEIROS ESTRATÉGICOS DO PNSAC .................................................................................................. 10

2 ANÁLISE DO AMBIENTE ......................................................................................................................... 13

2.1 AUDITORIA EXTERNA: ANÁLISE DA ATRATIVIDADE DO AMBIENTE ........................................................... 13

2.1.1 ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DOS PARQUES NATURAIS EM PORTUGAL .............................................. 13

2.1.2 ESTUDO DE MERCADO: CONCLUSÕES ................................................................................................................ 16

2.1.3 ANÁLISE DO AMBIENTE POLÍTICO, ECONÓMICO, SOCIAL E TECNOLÓGICO (ANÁLISE PEST) ............................................ 19

2.1.3 A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS COMPRADORES ......................................................................................... 20

2.1.4 A ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DOS DISTRIBUIDORES ........................................................................................ 22

2.1.5 A ANÁLISE DOS PARCEIROS DE DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 23

2.2 AUDITORIA INTERNA: ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE ............................................................................. 24

2.2.1 ATIVIDADES DO PNSAC................................................................................................................................. 24

2.2.2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PNSAC: MATRIZ BCG ...................................................................................... 26

2.2.3 ANÁLISE DOS CLIENTES/VISITANTES DO PNSAC ................................................................................................. 31

2.3 ANÁLISE SWOT ......................................................................................................................................... 35

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3. DEFINIÇÃO DE OPORTUNIDADES E OPÇÕES FUNDAMENTAIS..................................................................... 36

3.1 OPORTUNIDADES: NOVAS ATIVIDADES DO PNSAC ................................................................................... 36

3.2 QUAIS AS COMPETÊNCIAS PARA TER SUCESSO? ....................................................................................... 37

3.3 ESCOLHA DAS OPÇÕES FUNDAMENTAIS ................................................................................................... 38

3.3.1 ALVOS ........................................................................................................................................................ 38

3.3.2 A ESCOLHA DAS FONTES DE MERCADO............................................................................................................... 39

3.3.3 A ESCOLHA DO POSICIONAMENTO .................................................................................................................... 39

3 DEFINIÇÃO ESTRATÉGICA ...................................................................................................................... 40

3.1 VISÃO ....................................................................................................................................................... 40

3.2 VETORES ESTRATÉGICOS .......................................................................................................................... 40

3.3 ÁREAS DE DESENVOLVIMENTO................................................................................................................. 40

3.4 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ....................................................................................................................... 41

3.5 FATORES CRITICOS POR OBJETIVO ............................................................................................................ 42

3.6 ESTRATÉGIA .............................................................................................................................................. 43

4 PLANEAMENTO ESTRATÉGICO .............................................................................................................. 44

4.1 ABORDAGEM ............................................................................................................................................ 44

4.2 PLANO ...................................................................................................................................................... 44

4.2.1 EIXO: CAPTAÇÃO DE VISITANTES ...................................................................................................................... 45

4.2.2 EIXO: CRIAÇÃO DE VALOR ............................................................................................................................... 47

5 PLANO DE AÇÕES DE MARKETING ......................................................................................................... 51

6 IMPLEMENTAÇÃO, CONTROLO E AVALIAÇÃO ...................................................................................... 53

6.1 IMPLEMENTAÇÃO .................................................................................................................................... 53

6.2 CONTROLO E AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 54

6.2.1 Alguns Controles de Marketing .......................................................................................................... 54

REFERÊNCIAS.................................................................................................................................................. 57

ix

Índice de Figuras e Gráficos

Figura 1: Fases do planeamento estratégico........................................................................................... 2

Figura 2: Mapa do PNSAC ........................................................................................................................ 6

Figura 3: Stakeholders do PNSAC .......................................................................................................... 11

Figura 4: A Gestão dos Stakeholders do PNSAC .................................................................................... 12

Gráfico 1: Caracterização dos visitantes com visita guiada, em 2013, por tipo de visita ..................... 32

Gráfico 2: Caracterização dos visitantes com visita guiada, em 2013, por nível de escolaridade ........ 32

Gráfico 3: Visitas guiadas mensais em 2013 ......................................................................................... 33

Figura 5: Oportunidades de mercado ................................................................................................... 36

Figura 6: Objetivos estratégicos ............................................................................................................ 41

Figura 7: Metodologia do planeamento estratégico ............................................................................. 44

x

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Índice de Quadros

Tabela 1: Análise PEST ........................................................................................................................... 19

Tabela 2: Análise compradores/prescritores ........................................................................................ 21

Tabela 3: Análise de distribuidores/prescritores .................................................................................. 23

Tabela 4: Análise dos parceiros de desenvolvimento ........................................................................... 24

Tabela 5: Análise de SWOT .................................................................................................................... 35

Tabela 6: Objetivos operacionais para gerir relacionamentos.............................................................. 45

Tabela 7: Objetivos operacionais para aumentar a notoriedade do PNSAC ......................................... 46

Tabela 8: Objetivos operacionais para diversificar atividades e mercados .......................................... 47

Tabela 9: Objetivos operacionais para promover a sustentabilidade ambiental ................................. 48

Tabela 10: Objetivos operacionais para promover o desenvolvimento da região ............................... 49

Tabela 11: Objetivos operacionais para informar e sensibilizar ........................................................... 50

xii

xiii

Lista de Siglas

INE | Instituto Nacional de Estatística

PIB | Produto Interno Bruto

PNSAC | Parque Nacional das Serras de Aire e Candeeiros

SWOT | Strenghts, Weaknesses, Opportunities, Threats

PNTN | Programa Nacional de Turismo de Natureza

AP | Área Protegida

TN | Turismo Natureza

CDN |Cartas de Desporto Natureza

CISGAP | Centro de Interpretação Subterrâneo da Gruta Algar do Pena

xiv

1

Introdução

O plano de marketing estratégico que aqui se apresenta, visa promover a sustentabilidade

ambiental e económica do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC). Insere-

se no projeto Compete nº. 18640 – 01/SIAC/2010, cuja entidade promotora é a Assimagra –

Associação Portuguesa dos Mármores, Granitos e Ramos Afins.

A sustentabilidade ambiental do PNSAC, de onde é extraída a pedra natural, é o principal

vetor da orientação estratégica da Assimagra. A associação acredita que só mantendo as

funções e componentes do ecossistema, de modo sustentável, é que pode valorizar o

recurso “pedra natural” e a qualidade de vida das pessoas aí residentes ou daí dependentes

economicamente. Sabendo que isso é parte da missão do Instituto da Conservação da

Natureza e das Florestas (ICNF), procurou a sua colaboração através dos colaboradores do

Centro de Interpretação Subterrâneo da Gruta Algar do Pena (CISGAP) sob gestão do ICNF e

do Instituto Politécnico de Leiria para a elaboração de um plano de marketing estratégico

que promova a sustentabilidade ambiental e económica do PNSAC.

Assim, a partir de um estudo de mercado sobre o PNSAC, realizado através de um

questionário, quisemos saber se o parque era ou não conhecido do público adulto português

e avaliar as potencialidades do mesmo. Os resultados obtidos servirão de suporte à definição

de objetivos e das ações a desenvolver. Estas serão discutidas e acordadas com os

representantes do promotor do plano de marketing estratégico.

2

Este instrumento será fundamental para fomentar a sustentabilidade do PNSAC e orientar

o desenvolvimento da sua atividade nos próximos anos e garantir as condições necessárias

ao melhor cumprimento da sua missão:

Proteger e valorizar os recursos naturais e as atividades humanas tendo em vista

finalidades educativas, turísticas e científicas e, através destas, promover o

desenvolvimento sustentável da região.

Foi com base nas premissas acima referidas que foi elaborado o presente plano de

marketing estratégico, no qual se propõe apresentar de forma integrada, os principais eixos

de ação, as orientações estratégicas e as iniciativas que a Assimagra pretende que sejam

devenvolvidas para o PNSAC no periodo de 2014-2020. É desta forma que se propõe

concretizar a visão que serve de modelo à prossecução da atividade desta organização:

Ser uma referência na preservação e sustentabilidade do ambiente, através da

valorização dos seus recursos naturais e da humanização da paisagem.

O plano de marketing estratégico para o 2014-2020 seguiu uma metodologia integrada de

planeamento estratégico em várias fases (figura 1)

Análise Estratégica Definição Estratégica Planeamento Estratégico

Síntese das tendências relevantes para o PNSAC,

pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades

e oportunidades de desenvolvimento

Definição da evolução pretendida a nível de

posicionamento, capacidade e modelo de

atuação e estabelecimento dos objetivos estratégicos

para 2014-2020

Identificação dos vetores de atuação conducentes

aos objetivos e definição e mapeamento das

iniciativas concretas a realizar e a monitorizar

em cada período

Figura 1: Fases do planeamento estratégico

Análise de mercado Análise da concorrência Análise interna

Reflexão estratégica Objetivos

Vetores estratégicos

Iniciativas

3

O trabalho foi desenvolvido de forma faseada.

Fase preliminar decorreu durante o mês de outubro e novembro de 2013 e teve como

objetivo:

• Elaboração das bases metodológicas. Definição do procedimento de

trabalho e do cronograma;

• Assinatura do contrato de prestação de serviço entre o IPL e a

Assimagra (assinatura a 31 de outubro de 2013);

• Informação e esclarecimento dos membros da Equipa técnica

acompanhada da visita ao PNSAC (25 de novembro de 2013).

Fase de participação decorreu em Dezembro de 2013, janeiro e fevereiro de 2014 e teve

como objetivo:

• Realização de um estudo de mercado, tendo como públicos-alvo: população adulta

portuguesa, escolas básicas e secundárias e municípios;

• Sessões de trabalho da equipa técnica para elaborar os questionários, a análise

SWOT e definir a missão, a visão, os eixos estratégicos e os objetivos para cada eixo;

• Workshop participativo para cada eixo para definir estratégias e ações para o

cumprimento de cada objetivo.

Fase de integração e síntese ocorreu na primeira quinzena do mês de março de 2014 e teve

como objetivo:

• Integração dos resultados das sessões de trabalho da equipa técnica

e do workshop;

• Programação das ações;

• Redação do plano de marketing.

Fase de Aprovação e Disseminação ocorreu na última quinzena do mês de março de 2014 e

teve como objetivo:

• Análise e discussão do plano de marketing pela Assimagra e PNSAC;

4

• Incorporação das sugestões propostas pela equipa técnica;

• Aprovação do documento final pela Assimagra e PNSAC.

As fases de Execução e de Avaliação e Revisão estão a cargo da Assimagra e PNSAC.

5

1. Enquadramento Estratégico

1.1 A Assimagra: Missão e objetivos estratégicos

A Assimagra é uma associação que tem como missão contribuir para o desenvolvimento

tecnológico e económico do setor de extração da pedra natural, intervindo de uma forma

consolidada e estruturada junto dos organismos oficiais, em defesa e representação do

setor.

Nesse sentido, são objetivos estratégicos da Assimagra: (1) a valorização do produto pedra

natural portuguesa; (2) a sustentabilidade ambiental da área geográfica de extração, isto é,

do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros; e a (3) introdução de novas tecnologias

que promovam a competitividade da pedra natural.

Assim, o produto integrado, associado à missão da Assimagra, deixa a “pedra natural” para

passar a ser o Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros (PNSAC) de onde a pedra

natural é extraída. Consequentemente, a Assimagra para cumprir a sua missão e atingir os

objetivos acima identificados, terá que focalizar a sua estratégia de marketing na

sustentabilidade ambiental e económica do PNSAC, como meio para valorizar a pedra

natural e promover a competitividade do setor que representa.

Nesse sentido, passamos a caracterizar o produto integrado PNSAC.

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1.2 Definição do produto: PNSAC

O Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros integra a Rede Nacional de Áreas

Protegidas, geridas pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). Foi criado

pelo Decreto-Lei n.º 118/79, de 4 de maio, tendo como objeto central uma amostra

significativa do maciço calcário estremenho, singular pela sua geologia e pela humanização

da sua paisagem, e cujos valores naturais aí existentes se impunha salvaguardar1.

O Parque tem sede em Rio Maior, possui uma área de 38 900 hectares, elevando-se no

litoral português acima dos 400 metros e integra parte dos concelhos de Alcanena, Alcobaça,

Ourém, Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres Novas (figura 3).

Figura 2: Mapa do PNSAC

Fonte: http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pnsac/inf-ger#map

1 Resolução do Conselho de Ministros n.º 57/2010, Diário da República, 1.ª série — N.º 156 — 12 de Agosto de

2010.

7

A rocha é um elemento sempre presente na paisagem do Parque Natural das Serras de Aire

e Candeeiros que ocupa mais de dois terços do Maciço Calcário Estremenho (no Maciço

Calcário Mesozóico) que é a mais importante zona calcária de Portugal. O Maciço, como

qualquer formação montanhosa, teve origem nos movimentos tectónicos da crosta terrestre

que, após milhares de anos de movimentações das placas continentais e oceânicas, emergiu

da superfície2.

Ao longo do tempo, através de processos geomorfológicos, os elementos naturais foram

modelando a rocha, sobretudo de origem calcária, dando origem a mais de mil e quinhentas

grutas. À superfície, outros elementos geológicos de relevo são os algares, os campos de

lapiás, as dolinas, as uvalas e os poljes. Há a juntar a maior e mais importante jazida mundial

de pegadas de dinossáurio saurópode do Jurássico médio (com 175 milhões de anos) e a

“praia jurássica” com uma extensa coleção de fósseis.

Devido à existência de uma grande quantidade de grutas e outro tipo de cavidades rochosas,

não é de estranhar que existam no parque algumas 18 espécies de morcegos (símbolo do

Parque). Para além destes mamíferos existem outros, entre os quais destacamos a raposa, o

javali, o texugo e o coelho bravo. Também devido à heterogeneidade dos habitats existentes

no parque, não é de estranhar a existência de uma diversidade de aves que se encontram

adaptadas a condições particulares, destacam-se a Gralha-de-bico-vermelho, Bufo-real,

Águia de Bonelli, Corvo, Gavião, Peneireiro, Coruja das torres e do mato, Mocho Galego,

entre outros.

No que diz respeito à flora, o património natural é ainda completado com o valor da

vegetação espontânea, de que restam vestígios, integrando alguns endermismos. Existem no

parque núcleos de carvalho-português, rosmaninho e alecrim. Nas linhas de água, apesar da

degradação, ainda se encontram ulmeiros e vegetação ripícola (plantas que crescem à borda

da água).

2 https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Natural_das_Serras_de_Aire_e_Candeeiros

8

Apesar da geodiversidade em geral e dos elementos notáveis da geologia do PNSAC em

particular, a “pedra natural” é o recurso natural que mais contribui para a sustentabilidade

económica do PNSAC, devendo a sua extração ser controlada como forma de valorizar o

produto e a área protegida de onde é extraído.

1.3 Definição dos Mercados

Atendendo à descrição do produto integrado PNSAC, as suas características são propícias ao

desenvolvimento de 3 atividades:

• Atividades extrativas de pedra natural: pedra ornamental e de pavimentação de ruas

(caçada portuguesa);

• Atividades de ar livre = Atividades desportivas + Atividades ecológicas;

• Atividades pedagógicas: visitas aos geossítios.

Estas atividades envolvem diferentes mercados: a primeira atividade tem um mercado

institucional, constituído maioritariamente por empresas ligadas à construção civil e obras

públicas. A segunda é dirigida ao público adulto, com gosto pela natureza e pelas atividades

ao ar livre. A terceira é dirigida ao público estudantil do ensino básico e secundário, que

através das escolas e de municípios, visitam os geossítios do PNSAC.

Qualquer que seja a atividade e o mercado de atuação a estratégia de marketing

desenvolvida neste plano de marketing tem como enfoque o PNSAC e como finalidade

promover a sustentabilidade ambiental das serras de Aire e Candeeiros, a através da

diversificação de atividades, do conhecimento, educação e sensibilização pelo respeito pela

natureza e cultura da região.

9

1.4 A Missão do PNSAC

O PNSAC tem como missão

Proteger e valorizar o património natural e as atividades humanas tendo em vista

finalidades educativas, turísticas, científicas e económicas, e através destas,

promover o desenvolvimento sustentável da região.

Para cumprir a sua missão o PNSAC irá valorizar o seu património geológico, em geral, e os

geossítios de maior relevância, em particular, através da dinamização das atividades de ar

livre, desportivas e ecológicas, e das atividades científico-pedagógicas.

1.5 Valores do PNSAC

São os valores que orientam a atuação das pessoas e das organizações. Os valores do PNSAC

são os seguintes:

Sustentabilidade ambiental

A sustentabilidade ambiental consiste na manutenção das funções e

componentes do ecossistema, de modo sustentável, podendo igualmente

designar-se como a capacidade que o ambiente natural tem de manter as

condições e qualidade de vida para as pessoas e para outras espécies, tendo

em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte

de energias renováveis3.

3 http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_ambiental

10

Cidadania e Responsabilidade Social

Participação ativa baseada na capacidade crítica, assente em valores morais

e éticos, conducentes à partilha do conhecimento e ao desenvolvimento

sustentável.

Inovação e Empreendedorismo

Desenvolvimento de competências e atitudes inovadoras e

empreendedoras que contribuam para a criação de riqueza e

desenvolvimento regional e social.

Educação ambiental

Tem como objetivo disseminar o conhecimento sobre o seu património

natural. A sua principal função é consciencializar à preservação dos recursos

naturais e sua utilização sustentável.

1.6 Parceiros estratégicos do PNSAC

O PNSAC tem um conjunto de parceiros com necessidades e expectativas diferentes quanto à sua

atuação na preservação e valorização dos recursos naturais e das atividades humanas da sua

área de geográfica. Destacamos os seguintes (figura 3):

11

Figura 3: Stakeholders do PNSAC

Instituto da Conservação da

Natureza e Florestas (ICNF),

CISGAP e outros organismos

públicos (Estado) Assimagra/

Colaboradores

Municípios e Juntas de

Freguesia dos concelhos

de Alcanena, Alcobaça,

Ourém, Porto de Mós, Rio

Maior, Santarém e Torres

Novas

Escolas básicas e

secundárias

Indústria extrativa de pedra

natural/acionistas/trabalhadores e

distribuidores de pedra natural

Profissionais de

conservação da natureza

Serviços de

alojamento e

Visitantes/Público em

geral

Universidades/centros de

investigação

Empresas e profissionais ligados ao

Turismo ao Desporto

Órgãos comunicação

social

Outras entidades

intervenientes na gestão

do território

12

Muito

Poder

Manter Satisfeitos Gerir em Proximidade

Indústria extrativa de pedra natural

Municípios e Juntas de Freguesia dos

concelhos de Alcanena, Alcobaça, Ourém,

Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e

Torres

Profissionais de conservação da natureza

Colaboradores do ICNF

Colaboradores do CISGAP

Colaboradores da Assimagra

Visitantes/ público em geral

Visitantes estudantes/ professores (básicas e

secundárias)

Universidades/centros de investigação

Empresas e profissionais ligados ao Turismo ao

Desporto

Pouco

Poder

Esforço Mínimo Manter Informado

Outras entidades de gestão de território

Serviços de alojamento e restauração

Órgãos comunicação social

Pouco Interesse Muito Interesse

Figura 4: A Gestão dos Stakeholders do PNSAC

Os stakeholders com maior poder e interesse no PNSAC são os próprios colaboradores e a

Administração da Assimagra, do ICNF e do CISGAP, os visitantes do PNSAC (publico em geral

e estudantes das escolas básicas e secundárias), universidades e centros de investigação e

empresas ligadas ao turismo e desporto. Este grupo de stakeholders deve ser gerido com

sentido de proximidade. Deverão ser mantidas satisfeitas as empresas de extração de pedra

natural, os Municípios e Juntas de Freguesia dos concelhos de Alcanena, Alcobaça, Ourém,

Porto de Mós, Rio Maior, Santarém e Torres e os Profissionais de conservação da natureza,

uma vez que são stakeholders com bastante influência no PNSAC. Com os serviços de

alojamento e restauração existentes no PNSAC e com outras entidades de gestão de

território deverá existir uma relação amistosa, apesar do pouco poder de influência e

interesse no PNSAC. A comunicação social tem muito interesse e por isso deve ser mantida

informada.

13

2 Análise do ambiente

Nesta secção apresentamos a análise da atratividade do ambiente externa e a análise da

competitividade do PNSAC. Apresentamos as conclusões do estudo de mercado e, por fim,

fazemos uma análise SWOT com o objetivo de identificar as ameaças e oportunidades e os

pontos fortes e fracos do PNSAC.

2.1 Auditoria Externa: Análise da Atratividade do Ambiente

Neste tópico identificaremos e apresentaremos as características estruturais dos parques

naturais existentes em Portugal, as conclusões do estudo de mercado e faremos também

uma análise PEST.

2.1.1 Análise das Características Estruturais dos Parques Naturais em

Portugal

Entende-se por «Parque Natural» uma área que contenha predominantemente

ecossistemas naturais ou seminaturais, onde a preservação da biodiversidade a longo prazo

possa depender de atividade humana, assegurando um fluxo sustentável de produtos

naturais e de serviços. Em Portugal continental, existem, atualmente, treze Parques

Naturais: Montesinho; Douro Internacional; Litoral Norte; Alvão; Serra da Estrela; Tejo

Internacional; Serras de Aire e Candeeiros; São Mamede; Sintra-Cascais; Arrábida; Sudoeste

14

Alentejano e Costa Vicentina; Vale do Guadiana; e Ria Formosa. Para além dos parques

naturais, existe o parque nacional da Peneda-Gerês4.

Numa perspetiva de promover o turismo natureza, baseamo-nos na informação que consta

no site http://www.visitportugal.com/pt, para apresentar as características mais relevantes

dos parques naturais e de algumas reservas naturais. 5

“De todos destaca-se a Peneda-Gerês, o único que foi classificado Parque Nacional. Está

situado no noroeste do território e tem paisagens deslumbrantes entre montanhas e

albufeiras onde se criam espécies únicas como o garrano selvagem ou o cão de Castro

Laboreiro. Aqui, tal como no Parque de Montesinho preserva-se um modo de vida rural, com

aldeias comunitárias em que as populações partilham tarefas e equipamentos.

Um pouco abaixo, no Parque Natural do Alvão, os rios correm entre fragas e penhascos e há

cascatas espetaculares como as Fisgas de Ermelo. Já a leste, o rio que faz a fronteira com

Espanha dá nome a outro Parque - o Douro internacional, cujos vales profundos formam

desfiladeiros onde nidificam aves de rapina como o Abutre do Egipto. Bem perto, outra área

protegida, a Albufeira do Azibo também é ideal para observação de aves e para uns

momentos de lazer nas suas praias fluviais.

Mas quem prefere o mar revigorante, encontra no Parque Natural do Litoral Norte uma

sucessão de praias e dunas que tem rival na Reserva Natural das Dunas de São Jacinto,

também muito procurada pelas aves aquáticas. Nesta região, o Centro de Portugal, há outros

parques a não perder. O maior é a Serra da Estrela, de maciços imponentes onde se situa o

ponto mais alto de Portugal continental. Entre encostas e lagoas, oferece múltiplas propostas

para as mais variadas atividades desportivas, tanto de verão como de inverno. Percursos

pedestres e de bicicleta, escalada e canoagem são algumas das possibilidades que também

estão disponíveis no Tejo internacional, onde nidificam mais de 154 espécies de aves, de que

se destaca a cegonha preta. Já na Serra da Malcata esconde-se o lince ibérico e na Serra do

Açor, entre a vegetação luxuriante característica destas serranias, há aldeias em forma de

presépio compostas por casas de xisto e lousa.

4 http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/ap/nac/parq-natur

5 http://www.visitportugal.com/pt

15

Nos Pauis - de Arzila e do Boquilobo - reinam as aves aquáticas destacando-se as garças: a

vermelha no primeiro e a branca no segundo. Já na Reserva Natural das Berlengas, pequeno

arquipélago em estado quase selvagem, só as gaivotas, que estão por toda a parte, quebram

a tranquilidade absoluta. E nas Serras de Aire e Candeeiros, cujo interior esconde grutas de

formações surpreendentes, vivem morcegos das mais diversas espécies.

Perto de Lisboa, à beira do mar, mais dois parques naturais de beleza deslumbrante: Sintra-

Cascais, com praias e vegetação luxuriante, onde se integram harmoniosamente quintas e

palácios, e a Arrábida, uma harmonia de cores, em que a serra com o seu manto verde,

alterna com as falésias de calcário esbranquiçado e todos os tons de azul do oceano. Já

na Arriba fóssil da Costa de Caparica, as escarpas esculpidas pela erosão assumem

tonalidades douradas, especialmente ao pôr-do-sol. E nos estuários dos rios é a fauna que dá

origem às imagens mais espetaculares – tanto no Tejo com os flamingos de plumagem rosa,

como no Sado com os golfinhos e as cegonhas-brancas. Mais a sul, as Lagoas de Santo André

e da Sancha possuem também um conjunto diversificado de ecossistemas.

No Alentejo, destaca-se a Serra de São Mamede de altitude e vegetação, inusitadas nesta

área do país, e a oeste o alvo das atenções é o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e

Costa Vicentina, um dos trechos de costa mais bem preservados da Europa. No Parque

Natural do Vale do Guadiana, o rio corre por vezes entre margens apertadas, para mais a sul,

no Algarve, se ramificar em esteiros e canais pela planície dentro no Sapal de Castro Marim e

Vila Real de Santo António. Já a Ria Formosa estende-se ao longo de 60 kms num labirinto

de canais, sapais e ilhas que fazem barreira com o mar e conferem ao leste algarvio uma

paisagem de grande beleza.

E ainda há mais no meio do Atlântico! Na Madeira, o Parque Natural ocupa dois terços da

ilha e prolonga-se pelo oceano. Das Reservas Naturais das ilhas Selvagens e Desertas, ao

Garajau, Rocha do Navio e Ponta de São Lourenço são muitas as áreas preservadas. Tal como

nos Açores, onde cada uma das nove ilhas tem um Parque Natural com diversas reservas e

áreas protegidas em que as paisagens estão em estado puro. É a natureza, que em Portugal

podemos escolher como companheiro de viagem para desfrutar de momentos

inesquecíveis.”

in http://www.visitportugal.com/pt

16

2.1.2 Estudo de mercado: Conclusões

Os resultados do estudo de mercado dirigido à população em geral permitem verificar que o

grau de desconhecimento do PNSAC é considerável entre a população inquirida (48% não

conhece o parque ou conhece vagamente). Adicionalmente, a generalidade dos locais com

interesse geológico do PNSAC revelam ser alvo de um elevado nível de desconhecimento por

parte do grande público. No entanto, a maioria dos inquiridos evidencia consideráveis níveis

de interesse em visitar os geossítios do PNSAC que ainda desconhecem. A expressiva

proporção de população inquirida que revela um total desconhecimento, ou um ténue grau

de conhecimento, do PNSAC torna fundamental a criação e o fomento de medidas que

possam auxiliar na divulgação e atração de visitantes.

Acresce que, mesmo no universo dos inquiridos que revelaram algum conhecimento do

PNSAC, uma percentagem bastante significativa (55%) revela realizar visitas apenas

esporadicamente, sendo bastante diminuta a percentagem de inquiridos que visitam o

Parque uma vez ou duas vezes por ano.

As visitas realizadas ao PNSAC são fundamentalmente realizadas no âmbito de atividades

familiares com filhos ou com o conjugue, com colegas de escola ou de trabalho ou com

amigos, revelando a maioria dos inquiridos demorar menos de 4 horas por visita. Com

efeito, a família e os amigos constituem a principal fonte de informação utilizada para

planear a visita ao PNSAC. Tendo em conta o peso fundamental das visitas familiares/amigos

ao PNSAC é compreensível o elevado peso que o recurso a carro próprio assume enquanto

principal meio de transporte utilizado na visita ao PNSAC, sendo o segundo meio de

transporte mais citado, o autocarro, no âmbito da realização de excursões.

Os motivos mais referidos para a visita ao PNSAC incidem sobre as grutas, passear,

descontrair e usufruir da paisagem e as pegadas dos dinossauros. Os inquiridos que

conhecem o PNSAC têm uma apreciação positiva sobre a oferta turística existente. Neste

contexto, os aspetos do PNSAC mais valorizados pelos turistas são a paisagem, a natureza,

17

fauna e flora, brochuras de divulgação e mapas, oportunidades para a prática de atividades

ao ar livre que promovam a saúde e o ambiente, painéis explicativos da história, facilidade

encontrar os geossítios, património geológico e sinalização das atrações para turistas.

As medidas mais valorizadas pelos inquiridos enquanto meio de estímulo à atratividade do

destino turístico do PNSAC incluem o aumento das atividades ecológicas e de

responsabilidade ambiental no PNSAC, o aumento da promoção/comunicação turística de

produtos temáticos, o aumento das atividades de lazer ao ar livre, a melhoria da informação

turística e dos sistemas de reserva on-line, a requalificação das pedreiras inativas e o

aumento da oferta de packages, produtos turísticos temáticos, circuitos e visitas

organizadas.

As atividades de desporto e turismo natureza mais apelativas para os inquiridos no contexto

do PNSAC são os percursos pedestres, visitas temáticas guiadas, orientação, campismo,

observação de pássaros, realização de peddy papers e BTT.

A avaliação da experiência de visita ao PNSAC é classificada de forma francamente positiva

pela esmagadora maioria dos inquiridos, evidenciando os mesmos níveis de satisfação global

com a visita ao PNSAC bastante favoráveis. Acresce que, as perceções dos inquiridos

relativamente ao grau de diferenciação dos geossítios no PNSAC quer no contexto nacional,

quer no contexto internacional são positivas. Consequentemente, os inquiridos consideram

muito provável voltar a visitar o PNSAC noutra oportunidade, elogiar o PNSAC a alguém seu

conhecido e inclusive recomendar a visita do PNSAC a outras pessoas. Adicionalmente, os

inquiridos com filhos evidenciam uma predisposição favorável para levar os filhos e para

autorizar os mesmos em participar numa visita escolar ao PNSAC.

A avaliação da atividade extrativa associada à pedra natural do PNSAC revela uma dualidade

de perceções favoráveis e desfavoráveis por parte dos inquiridos. Por um lado, os inquiridos

avaliam desfavoravelmente a extração da pedra natural considerando que a mesma

prejudica a beleza paisagística do PNSAC, não é extraída num contexto ambientalmente

sustentável e gera um aumento da poluição do ambiente. Por outro lado, detetam-se um

18

conjunto de perceções favoráveis por parte dos inquiridos designadamente ao salientarem

que a pedra natural do PNSAC deve ser valorizada como património natural; que a mesma é

de grande valor para a indústria da construção civil e obras públicas e fundamental para a

sustentabilidade da economia local; que a mesma se distingue pela sua beleza e diversidade

de aplicações decorativas; e por possuírem uma imagem positiva da pedra ornamental do

PNSAC, considerando-a como uma referência enquanto produto nacional. Verifica-se,

contudo, que existe uma baixa probabilidade dos inquiridos comprarem pedra natural do

PNSAC, bem como de recomendarem a compra de pedra natural a outras pessoas.

Os resultados do estudo de mercado dirigido aos municípios permitem verificar que a

promoção de visitas ao PNSAC por parte dos representantes dos municípios inquiridos é

bastante diminuta. Os municípios que promovem visitas ao PNSAC utilizam como principais

fontes de informação para planear a visita, amigos ou familiares e guias ou roteiros,

salientando como principais motivos de promoção das visitas, as grutas, circuitos e

percursos temáticos e o objetivo de melhorar conhecimentos sobre geologia. Os aspetos

mais valorizados pelos municípios no momento da promoção da visita ao PNSAC são as

visitas guiadas aos geossítios, painéis explicativos do que se pode observar em cada

geossítios, brochuras de divulgação e mapas, a paisagem, a sinalização das atrações para

visitantes e o património geológico.

Em termos gerais os municípios percecionam a visita ao PNSAC como sendo importante para

associar aos conhecimentos teóricos o conhecimento real, bem como para consciencializar

os estudantes quanto à importância da preservação ambiental do seu património geológico.

Adicionalmente, os municípios consideram que os estudantes têm muito interesse em

conhecer e saber mais sobre os geossítios do PNSAC, ficando entusiasmados e satisfeitos

com a visita ao PNSAC.

No entanto, os representantes dos municípios revelam uma reduzida probabilidade de

organizar/promover visitas em grupo ao PNSAC. Consideram, contudo, provável recomendar

a visita a outras pessoas ou instituições.

19

2.1.3 Análise do ambiente político, económico, social e tecnológico (análise

PEST)

O ambiente de marketing é constituído por variáveis externas, de natureza incontrolável,

que afetam a capacidade do PNSAC concretizar os seus objetivos estratégicos, podendo

exercer um influência negativa ou positiva. Dada a sua importância, analisámos na tabela 1

as variáveis: Politica, Económica, Ecológica/ambiental, Social/cultural, Demográfica e

Tecnológica. O objetivo da análise é identificar os condicionalismos/ameaças que o

ambiente externo coloca ao PNSAC e as oportunidades de negócio.

Tabela 1: Análise PEST

ECONÓMICO

•Taxa de crescimento do PIB a preços constantes: -1,37% em 2013;

•Crescimento económico nulo, mas com tendência recente de crescimento

•Forte dependência financeira do exterior

•Taxa de inflação reduzida 0,4% em 2013

•Políticas monetárias de contenção

•Presença da Troika (país sob resgate do FMI, UE e BCE)

•Elevada taxa de desemprego (15,4% em 2013)

•Reduzido poder de compra das famílias

•Aumento da atividade turistica

DEMOGRÁFICO

•Densidade populacional : 10.562.178

•Esperança média de vida: 79,8 anos de idade

•Taxa de Natalidade baixa (8,5% em 2013)

• Número médio de filhos por mulher: 1,28

•Tendência demográfica regressiva - envelhecimento populacional

• Familias tendencialmente de 3 elementos

•Forte presença de familias monoparentais

•Adiamento da maternidade

•Aumento da emigração

•Alguns distritos registam o aumento da população residente, com destaque para a população ativa (exemplo: Lisboa e Leiria )

ECOLÓGICO/Ambiental

•As atividades desenvolvidas no PNSAC estão condicionadas pela legislação ambiental - Lei de bases do ambiente (lei nº 11/87 de 7 de abril); Lei-quadro das áreas protegidas (D-L nº 19/93 de 23 janeiro); Planos Especiais de Ordenamento do Território (D-L nº 151/95, de 24 de junho)

•Para o turismo natureza existe legislação específica, Decreto-Lei nº 95/2013, de 19 de julho, que é complementado pelo Programa Nacional de Turismo de Natureza, aplicável no PNSAC (Portaria nº 1465/2004 de 17 de Dezembro)

•Para além destes normativos, existe o Código de Conduta (Portaria n.º 651/2009, de 12 de junho), que apresenta um conjunto de normativos relacionados com a Responsabilidade Empresarial e com Boas Práticas Ambientais

20

Condicionam as atividades do PNSAC:

- a legislação ambiental

- baixo poder de compra

-envelhecimento da população

São oportunidades do PNSAC:

- as novas tecnologias

- os novos estilos de vida, focados no bem estar físico e mental e na sua ligação à natureza

- comportamentos de poupança e busca de conveniência

2.1.3 A análise do comportamento dos compradores

As atividades desenvolvidas no PNSAC são de 3 tipos:

• Extrativas,

• De ar livre,

POLÍTICO

•Clima político desfavorável

•Estabilidade política até 2015

•Política económica recessiva

•Presença da Troika (país sob resgate do FMI, UE e BCE)

•Política laboral e da educação

•Política externa e de defesa

SOCIAL E CULTURAL

•Preocupação generalizada com a Saúde e o bem-estar

•O nível de Educação tem vindo a subir

•Orçamento familiar mais disputado

•Comportamentos de consumo/poupança

• Tendênca para Estilos de vida mais orientados para a natureza

•Tendência para fazer parte de comunidades virtuais

TECNOLÓGICO

•Forte tendência para a conectividade e mobilidade tecnológica

•Aplicação das novas tecnologias de georeferenciação e geolocalização na divulgação de geossítios

•Aumentos dos gastos em investigação e desenvolvimento

•Investimento em I&D

•Normas internacionais de qualidade

•Ritmo de trocas tecnológicas

•Programas de incentivo à Inovação

21

• Pedagógico-científicas.

As atividades extrativas de pedra ornamental e pedra de calçada destinam-se a segmentos

distintos:

• Empresas de construção civil;

• Câmaras municipais;

• Profissionais de arquitetura e engenharia civil;

• Público em geral.

As atividades de ar livre destinam-se ao:

• Público adulto em geral.

As pedagógico-científicas destinam-se a estudantes e professores de:

• Universidades e Centros de investigação;

• Escolas básicas e secundárias.

Tabela 2: Análise compradores/prescritores

Publico em Geral

•Deduzida valorização da da pedra natural

•Desconhecimento dos geossítios do PNSAC

•Aumento da procura de informação relativa à origem e características da pedra natural

•Aumento da procura de informação sobre atividades ao ar livre

•Devido à crise, tendência para ocupar o tempo livre a descobrir o território nacional (vá para fora cá dentro)

•Com o envelhecimento da população, tendência para atividades de turismo natureza

•Com as alterações de estilos de vida, tendência aderir a atividades de desporto aventura

Empresas de construção civil/Municípios profissionais de arquitetura e engª civil

•Decréscimo da atividade de construção com a consequente redução da procura de serviços especializados associados

• Conhecimento da pedra natural extraída no PNSAC, especialmente a pedra de Moleanos

•Tendência para aumentarem as obras de reabilitação de edificios

•Atenção para as questões relacionadas com a responsabilidade social , com destaque para a sustentabilidade

22

2.1.4 A análise do comportamento dos distribuidores

Para a atividade extrativa, a distribuição da pedra natural é intensiva e os programas podem

ir do circuito direto aos programas com vários intermediários. Normalmente a distribuição é

realizada de forma direta pelas próprias empresas extrativas – as pedreiras, ou recorrendo a

intermediários que comercializam materiais de construção. Os programas longos visam

sobretudo o segmento dos particulares (publico em geral) e dos profissionais ligados à

construção civil. Os programas diretos atendem sobretudo ao segmento institucional. O

custo da distribuição é normalmente suportado pelo cliente final.

Na atividade de ar livre a distribuição faz-se deforma direta através de reservas online ou

através de outras entidades ou sites de reservas. Empresas ligadas ao turismo e ao desporto

podem funcionar como agentes de distribuição de atividades de ar livre desenvolvidas no

PNSAC.

Escolas básicas e secundárias/professores/estudantes

•Falta de informação sobre o PNSAC e dos seus geossítios

•Aumento da procura de conteúdos pedagógicos sobre matérias lecionadas nas escolas

•Procura de entretenimento com fins pedagógicos

•Tendência para a virtualização de visitas

•A informação digital e virtualização das visitas desperta a curiosidade e a necessidade do conhecimento efetivo dos geossítios

•Tendência para associar a ciência à aventura

Universidades e centros de investigação/investigadores

•Falta de informação sobre o PNSAC e dos seus geossítios

•Falta de condições para fezer pesquisas de campo

•A inovação na construção cria a necessidade de informação fidedigna e atempada quanto a novas tendências e aplicações , em que a Assimagra/PNSAC deve ter um papel fundamental

•A promoção e desenvolvimento do PNSAC deve ser baseado da divulgação do conhecimento científico

•Como responsabilidade social, têm o dever de contribuir para a preservação dos recursos naturais

23

Independentemente das atividades realizadas no PNSAC, a distribuição de atividades da

mesma natureza tem conhecido novos desenvolvimentos. Têm surgido novos canais de

distribuição, assistindo-se a virtualização.

Tabela 3: Análise de distribuidores/prescritores

2.1.5 A análise dos parceiros de desenvolvimento

Síntese Parceiros de desenvolvimento

• Inovação

• Promoção

• Desenvolvimento

Indústria extrativa de pedra natural

acionistas/trabalhadores

Distribuidores de pedra natural

•Propagação de novos canais de distribuição (por exemplo: a internet e a grande disribuição) cria necessidade de maior informação aos clientes e público em geral

•Aumento da concorrência advinda de outros parques nacionais e internacionais

•Necessidade de diferenciar o produto de origem PNSAC

•Necessidade de maior controlo de extração

Profissionais de conservação da natureza e os media

• Preocupação crescente com a preservação da natureza sem descurar a sustentabilidade das áreas protegidas

•dever de informar e sensibilizar para as questões da sustentabilidade dos parques naturais

Empresas e profissionais ligados ao Turismo e ao

Desporto (natureza e aventura)

• Recetividade do mercado a novos destinos turisticos e a formas de ocupação de tempo livre

• Aparecimento de novas empresas com a promessa de oferta de saúde e bem estar

24

Tabela 4: Análise dos parceiros de desenvolvimento

2.2 Auditoria Interna: Análise da Competitividade

2.2.1 Atividades do PNSAC

O PNSAC está sob a tutela do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF),

que é um instituto público integrado na administração indireta do Estado, dotado de

autonomia administrativa, financeira e património próprio (Decreto-Lei n.º 135/2012, de 29

de junho). Entre as inúmeras atribuições do ICNF, uma está na origem do PNSAC e é aquela

que visa “Assegurar a gestão da Rede Nacional de Áreas Protegidas e a implementação da

Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF)

•Promoção da sustentabilidade ambiental

•Informação e ducação para preservação e valorização dos recursos naturais do PNSAC

•Promoção das atividades do PNSAC, quer off-line, quer on-line

•Monitorização das boas práticas de sustentabilidade ambiental

•Promoção da cooperação entre os parceiros e da coordenação de práticas de proteção dos recursos naturais

Assimagra

•A investigação e desenvolvimento implica a construção de um novo sistema de relacionamento entre a indústria extrativa e as entidades de conservação e preservação da natureza

•Apoio à investigação e desenvolvimento tecnológico que sirva de base às atividades extrativas e promova a sustentabilidade do ambiente

•Orientações para a extração sustentável da pedra natural

•Combate a práticas que lesam o ambiente

Municípios e Juntas de Freguesia e outras entidades intervenientes na gestão do

território

• Promoção dos geossítios do PNSAC

•Promoção de atividades ao ar livre

•Promoção da educação e ciência

•Combate a práticas que lesam o ambiente

•Gerir os interesses dos diferentes agentes económicos e da população em geral

25

Rede Natura 2000, e, nos casos de áreas marinhas protegidas, em articulação com a Direção-

Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos e o Instituto Português do Mar e

da Atmosfera, I. P.

Assim, o PNSAC está inserido no Departamento de Conservação da Natureza e Florestas de

Lisboa e Vale do Tejo, destacando-se como principais funções que desempenha:

a) Gerir a área protegida, em estreita colaboração com os restantes departamentos do ICNF;

b) Assegurar o cumprimento dos objetivos de gestão da Rede Natura 2000 na respetiva área

de jurisdição (Sitio de Interesse Comentário “Serras e Aire e Candeeiros”);

c) Assegurar o cumprimento do Plano de Ordenamento do PNSAC (Resolução de Conselho

de Ministros n.º 57/2010, de 12 de agosto);

d) Assegurar localmente o relacionamento com as entidades públicas, designadamente as

competentes nos domínios da exploração de massas minerais, agricultura, caça, pesca, água

e domínio hídrico, em cumprimento das orientações superiormente definidas e na legislação

aplicável;

e) Desenvolver e simplificar o relacionamento com as populações residentes;

f) Garantir o exercício das competências do Instituto nos processos de edificabilidade de

infra-estruturas e equipamentos públicos e privadas;

g) Participar nos processos de Avaliação de Impacte Ambiental e emitir parecer nos

processos de estudos e análises de incidências ambientais, sempre que tal for solicitado, e

verificar o cumprimento das respetivas decisões;

h) Executar os programas de visitação, sinalização, infra-estruturação, animação, educação e

sensibilização dos cidadãos para as atividades de conservação da natureza e da

biodiversidade;

i) Apoiar e acompanhar as atividades de turismo de natureza;

j) Assegurar no local o desenvolvimento das parcerias que o Instituto estabelecer;

k) Desenvolver os processos de monitorização e gestão da biodiversidade, bem como

acompanhar os projetos de investigação científica neste domínio desenvolvidos na respetiva

área de jurisdição;

26

l) Acompanhar a aplicação regional dos instrumentos financeiros de apoio ao

desenvolvimento;

m) Assegurar o serviço de fiscalização e vigilância da natureza;

n) Programar e garantir o serviço de prevenção, vigilância e deteção de fogos florestais bem

como a primeira intervenção e vigilância pós-fogo;

o) Assegurar a representação nos conselhos municipais de defesa da floresta contra

incêndios;

p) Gerir localmente os sistemas de informação do Instituto e contribuir para o inventário e

cadastro nacional dos valores naturais classificados;

q) Assegurar a representação do Instituto ao nível local;

2.2.2 Atividades desenvolvidas no PNSAC: Matriz BCG

As atividades económicas desenvolvidas no PNSAC são as seguintes:

• Produção agropecuária

• Silvicultura

• Indústria (têxtil e curtumes)

• Indústria extrativa e transformadora de Pedra Natural

• Turismo e Restauração

• Agroalimentar

A atividade de maior relevância é a extrativa. Todavia, nos últimos anos, a atividade extrativa

atravessou grandes dificuldades no PNSAC. De facto, a situação de esgotamento das áreas

licenciadas, aliada à inexistência de áreas alternativas, consignadas em instrumento de

gestão do território com uma tipologia de uso compatível com a atividade extrativa,

27

perspetivam o estrangulamento desta atividade. Este cenário terá pesadas implicações ao

nível económico, uma vez que afetará toda a fileira industrial6.

Neste âmbito, o Plano de Ordenamento do PNSAC propõe a criação de seis “Áreas de

Intervenção Específica - Áreas sujeitas a exploração extrativa”, onde é possível a instalação

ou ampliação de explorações de massas minerais. As Áreas de Intervenção Específica (AIE)

definidas no POPNSAC para a exploração de recursos minerais são: Codaçal, Portela das

Salgueiras, Cabeça Veada, Pé da Pedreira, Moleanos e Alqueidão da Serra.

Percursos Pedestres/Programas turísticos (Produtos)

O PNSAC tem vindo a criar, em colaboração com outras entidades, uma rede de percursos pedestres,

numa extensão aproximada de 160 Km7.

“1 - Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire - local: Bairro -

Ourém.

O Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios, no extremo oriental da serra de Aire na

povoação de Bairro, em pleno Parque Natural, contém um importante registo fóssil do

período Jurássico, as pegadas de alguns dos maiores seres que alguma vez povoaram o

planeta Terra: os dinossáurios saurópodes. Na laje calcária onde as pegadas se conservaram

ao longo de 175 milhões de anos, podem ser observados cerca de 20 trilhos ou pistas, uma

delas com 147 m e outra com 142 m de comprimento. Os saurópodes eram animais

possantes, herbívoros, quadrúpedes, de cabeça pequena, e cauda e pescoço compridos. A

cauda serviria, possivelmente, para se defenderem dos predadores; o pescoço, tal como a

cauda, ajudaria estes animais a manter o equilíbrio, permitindo-lhes chegar à vegetação mais

alta e torná-los mais competitivos em relação a animais de menor porte.

2 - Polje de Mira-Minde - local: Mira d'Aire - Minde

O polje de Mira-Minde é drenado na periferia do maciço pelas nascentes dos rios Lena,

Alviela e Almonda só para citar as mais conhecidas. Quando a entrada de água no sistema é

superior ao caudal permitido pelas nascentes, a água eleva-se dentro da rede e inunda esta 6 PROJECTO DE SUSTENTABILIDADE DA INDÚSTRIA EXTRACTIVA EXPLORAÇÃO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS NO MACIÇO CALCÁRIO ESTREMENHO, 2011 7 http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pnsac/inf-ger#pp

28

área deprimida que é o polje, através de 2 ou 3 algares existentes na sua base, formando

este mar temporário. Uns tempos depois, com a diminuição da precipitação, este "mar"

esvazia pelos mesmos locais por onde inundou. Como é necessário que haja uma certa

concentração temporal de grandes quantidades de precipitação, este fenómeno não é

regular e não tem periodicidade certa."

3 - Lagoas do Arrimal - local: Arrimal - Porto de Mós

As lagoas do Arrimal, localizadas na freguesia do Arrimal, concelho de Porto de Mós, são dois

admiráveis espelhos líquidos, rodeados de pequenos poços em pedra calcária. A lagoa

grande aproveita a água da escorrência do Vale de Espinho, enquanto a Lagoa Pequena,

situada junto ao rossio da povoação do Arrimal, num recanto do fértil polje da Mendiga,

recolhe as águas da sua própria bacia. Estas lagoas são um exemplo da formação de

pequenas depressões superficiais, verdadeiros "oásis" no mar de secura que as envolve. São

enriquecidas pela presença próxima do carvalho-negral, uma espécie vegetal rara na região.

4 - Depressão de Alvados - local: Alvados - Porto de Mós. A indicação de “Grutas”, “Serra de

Santo António” e “Minde” deverá nortear o trajeto.

A Depressão de Alvados é uma bacia de fundo plano, ampla, com um imenso tapete de

oliveiras que timidamente ensaiam uma subida pela extensa e uniforme Costa dos Alvados,

como é denominada a vertente de 300 m de desnível que atinge o planalto de Santo António.

Esta é uma das mais belas paisagens deste maciço. Trata-se de uma zona de sequeiro onde

predomina o olival, mas que apresenta importantes núcleos de carvalhal.

5 - Olhos de Água do Alviela - local: nascente do Alviela

A nascente do rio Alviela situa-se na transição entre o Maciço Calcário Estremenho, zona

onde predomina a rocha calcária, e a Bacia Terciária do Baixo Tejo, paisagem constituída

principalmente por arenitos. A sua bacia de alimentação estende-se ao longo de cerca de 180

km2, onde a água percorre verdadeiros labirintos subterrâneos até chegar à nascente.

O rio Alviela é alimentado, durante todo o ano, por uma nascente permanente, mas em

períodos de maior precipitação a água é também expelida através de nascentes temporárias,

nomeadamente por uma saída temporária de extravasamento situada junto à nascente

principal (Olhos de Água) e por uma outra situada junto ao Poço Escuro.

29

A nascente dos Olhos de Água do Alviela é uma das mais importantes do nosso país,

chegando a debitar 17 mil litros por segundo, ou seja, 1,5 milhões de m3 de água por dia

(pico de cheia). Desde 1880 até bem próximo da atualidade, a nascente do Alviela foi uma

das principais fontes de abastecimento de água à cidade de Lisboa (através da EPAL), e ainda

hoje “abre portas” a um dos maiores reservatórios de água doce do país.

Em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, o Complexo das Nascentes do

Alviela oferece às e aos visitantes as mais variadas experiências de contacto com a natureza,

num ambiente bucólico de rara beleza paisagística. Repousar na praia fluvial, descobrir os

caminhos que a água percorre até chegar à nascente ou praticar desporto ao ar livre são

apenas algumas das ofertas disponíveis no local.

6 - Centro de Ciência Viva - Carsoscópio - local: Alviela - praia fluvial

O Centro Ciência Viva do Alviela - Carsoscópio é um espaço interativo de divulgação

científica e tecnológica, integrado na Rede de Centros da Ciência Viva – Agência Nacional

para a Cultura Científica e Tecnológica. Esta estrutura, inserida no Complexo das Nascentes

do Alviela, foi desenvolvida com o objetivo de valorizar o imenso património natural da

nascente do rio Alviela e zona envolvente, funcionando, simultaneamente, como recurso

estratégico de divulgação científica e educação ambiental. As suas valências prendem-se

ainda com o apoio à investigação científica, tecnológica e exploração espeleológica, assim

como o apoio à formação e o acolhimento.

O Geódromo

Trata-se de um simulador de realidade virtual, que conjuga imagens de síntese com imagens

reais, capaz de recriar os ambientes e episódios geológicos mais significativos, ao longo de

175 milhões de anos, e que transportará a e o visitante numa movimentada “viagem” através

de uma parcela significativa da evolução geológica da região, responsável pela existência da

nascente.

O Climatógrafo

Trata-se da estrutura responsável pela descrição climática da região, e da sua interação com

a nascente, no decurso de um ano hidrológico, recorrendo para tal, às tecnologias de

imagem de síntese a três dimensões, que imergem a e o observador no território da sua

bacia de alimentação.

30

O Quiroptário

A interpretação biofísica do local, não ficará completa sem a passagem pelo Quiroptário,

observatório e exposição sobre morcegos cavernícolas (i.e. morcegos que habitam em

grutas). O observatório, como o nome indica, é a estrutura destinada à observação e

captação de imagens em tempo real, de algumas das mais importantes colónias de morcegos

cavernícolas que, habitualmente, usam a Lapa da Canada para se reproduzir.

7 - CISGAP - Centro de Interpretação Subterrâneo da Gruta do Algar do Pena - local: Vale de

Mar - Alcanede

O Algar do Pena, descoberto em 1985 pelo sr. Joaquim Pena enquanto se dedicava à

extração de pedra para produção de calçada, é uma cavidade que alberga uma sala de

gigantescas dimensões, a maior atualmente conhecida no nosso país (125.000 m3 de

volume). Do cimo de perto de 40 m de desnível abre-se ao olhar de quem a visita uma

magnífica paisagem subterrânea cujo aspeto estético assume uma dimensão pouco vulgar,

através de uma enorme profusão de espeleotemas.

Acessível ao público (dispõe de um edifício de apoio técnico, elevador, auditório ao ar livre e

de um espeleódromo), representa uma experiência única de descida às profundidades,

aliando a importância científica a aspetos didácticos e turísticos de elevado interesse.

8 - Marinhas de sal - local: Fonte da Bica - Rio Maior

Classificadas como Imóvel de Interesse Público, através do Decreto n.º 67/97, de 31 de

dezembro.

"As Salinas da Fonte da Bica, também conhecidas por Marinhas de Sal de Rio Maior, são um

património e uma atividade emblemáticos do concelho, a ponto de haver uma referência às

suas pirâmides no próprio brasão autárquico. A exploração testemunha-se desde os tempos

romanos e terá continuado pela Idade Média, havendo documentos que referenciam a

atividade desde, pelo menos, 1177 (diploma em que parte das salinas passaram para a posse

dos Templários). No séc. XV, o conjunto era suficientemente importante para o próprio

monarca, D. Afonso V, ser proprietário de cinco talhos.

As salinas implantam-se no sopé da serra dos Candeeiros e têm a particularidade de se

localizar a cerca de 30 km do oceano Atlântico, facto que constitui um verdadeiro fenómeno

natural. Este é formado a partir de uma jazida de sal-gema que é atravessada por um dos

muitos cursos de água subterrâneos que percorrem o território calcário. A jazida contém um

31

poço-mãe, de aproximadamente 8 m de profundidade e 4 de largura, que é, desde há

séculos, o verdadeiro centro alimentador desta indústria." in Sítio do Igespar”

In http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pnsac/inf-ger#pp

A distribuição

Para a atividade extrativa, os distribuidores das atividades desenvolvidas no PNSAC são:

• Pedreiras

• Empresas que comercializam materiais de construção

Para este produto a distribuição é intensiva e os programas podem ir do circuito direto aos

programas com vários intermediários. Os programas longos visam sobretudo o segmento

dos particulares (publico em geral) e dos profissionais ligados à construção civil. Os

programas diretos atendem sobretudo ao segmento institucional (empresas e municípios)

O custo da distribuição é normalmente suportado pelo cliente final.

Os distribuidores das atividades pedagógicas, desenvolvidas no PNSAC são:

• INCF

Os distribuidores das atividades de ar livre especialmente atividade de desporto natureza

desenvolvidas no PNSAC, são:

• INCF

• Rede de percursos pedestres

2.2.3 Análise dos Clientes/Visitantes do PNSAC

Em 2013 registaram-se 76 visitas organizadas envolvendo 3719 visitantes. O nível médio de

satisfação destes visitantes, usando uma escala de 4 pontos, é de 3, 78, indicando um

elevado grau de satisfação.

32

As visitas guiadas ao PNSAC no ano 2013 foram fundamentalmente dirigidas a escolas, as

quais concentraram 81% do total das visitas organizadas – ver Erro! A origem da referência

não foi encontrada.. No contexto de visitas guiadas a grupos escolares, podemos verificar

que os níveis de escolaridade que são alvo de maior destaque se referem ao 3º ciclo (43,5%)

e ao ensino secundário (38,7%) – ver Gráfico 2.

É possível observar uma sazonalidade mais forte das visitas guiadas nos meses de primavera,

março, abril, maio e junho – ver

Gráfico 3.

Gráfico 1: Caracterização dos visitantes com visita guiada, em 2013, por tipo de visita

Gráfico 2: Caracterização dos visitantes com visita guiada, em 2013, por nível de escolaridade

33

Gráfico 3: Visitas guiadas mensais em 2013

34

Perfil do visitante

- Perfil dos visitantes integrados em visitas organizadas que visam a interpretação da

natureza e do património do PNSAC:

• Crianças e jovens dos 12 aos 17 anos, a frequentar o ensino obrigatório.

• Adultos com mais de 65 anos, homens e mulheres, reformados.

- Perfil dos visitantes do PNSAC de iniciativa individual que visam a realização de atividades

ao ar livre:

• Homens e mulheres, solteiros e casados com um filho, com idades compreendidas

entre os 35 e os 44 anos, maioritariamente licenciados e residentes nos concelhos

abrangidos pelo PNSAC ou com maior proximidade geográfica face ao mesmo

(Alcobaça, Leiria, Lisboa, Porto de Mós).

35

2.3 Análise SWOT

A partir da análise do ambiente externo foram identificadas as oportunidades e as ameaças

e da análise do ambiente interno do PNSAC foram identificados os pontos fracos e fracos

que serão apresentados na análise SWOT abaixo apresentada.

Tabela 5: Análise de SWOT

PONTOS FORTES OPORTUNIDADES

1 Ligações privilegiadas com os parceiros de negócio

1 Busca pelo conhecimento e experiências

2

Geossítios de grande relevância, quer de âmbito nacional, quer de âmbito internacional

2

Convergência entre as atividades on-line e off-

line, entre comunidades virtuais e comunidades sociais tradicionais e tradição e inovação tecnológica

3 Pedra natural de grande qualidade 3

Novas metodologias para promover a educação e a ciência: aprender brincando, fazendo, visitando e experimentando

4 Preservação da biodiversidade e da geodiversidade

4 Gosto pela vida saudável e pelas atividades ao ar livre (bem-estar físico e mental).

5 Localização do parque 5 Aumento do nº de turistas e proximidade a Fátima

PONTOS FRACOS AMEAÇAS

1 Identificação dos locais de interesse dentro do PNSAC (sinalética)

1 Desconhecimento dos geossítios portugueses

2 Falta de informação e de conhecimento sobre o PNSAC

2

Envelhecimento da população, redução do nº de estudantes e da ligação com as atividades do PNSAC

3 Ausência de uma estratégia consertada para valorizar o PNSAC

3 Elevada concorrência na disputa do tempo livre das pessoas

4 Reduzida integração das diferentes atividades desenvolvidas no PNSAC

4

Falta de uma cultura pro-sustentabilidade ambiental, quer por parte das empresas quer por parte da população portuguesa em geral

5 Falta de inovação/carteira de atividades envelhecida

5 O individualismo continua a prevalecer quando comparado com a cooperação

36

3. Definição de oportunidades e opções fundamentais

3.1 Oportunidades: novas atividades do PNSAC

No setor do turismo natureza continua a haver espaço para novos competidores e de novas

ofertas dos concorrentes existentes no mercado. Atendendo às mudanças socio-económicas

e tecnológicas, assistimos a emergência de um estilo de vida orientado para a procura do

bem-estar físico e mental através do exercício de atividades ao ar livre que conciliem o

conhecimento com o desporto.

Figura 5: Oportunidades de mercado

NECESSIDADE DO MERCADO - Estar atualizado, ter conhecimento, usar as novas tecnologias. - Procurar o bem estar físico e mental em ligação à natureza. - Poupar. Compras/consumos responsáveis

PONTO FRACO DO PNSAC -Baixa notoriedade dos geossítios -Identificação dos locais de interesse dentro do PNSAC (sinalética)

PONTO FORTE DO PNSAC - Beleza da paisagem natural - Pessoal qualificado com elevado conhecimento sobre os geossítios - Localização do PNSAC

Oportunidades de Mercado para aumentar a habilidade do PNSAC para atrair visitantes e criar valor - inovar através de novas atividades realizadas no PNSAC que promovam o bem-estar físico e mental, o conhecimento e a preservação ambiental apoiadas, quer como apoio das novas tecnologias, quer das atividades tradicionais da região.

37

Para atrair visitantes e criar valor o PNSAC deve inovar através de novas atividades

realizadas no PNSAC que promovam o bem-estar físico e mental, o conhecimento e a

preservação ambiental apoiadas, quer com o apoio das novas tecnologias, quer das

atividades tradicionais da região. Nesse sentido, propõe-se a criação das seguintes

atividades:

1. Desenvolvimento de programas integrados que visem a interpretação da natureza

e do património

2. Organização de eventos de promoção dos geossítios

3. Apoio a atividades de desporto natureza

3.2 Quais as competências para ter sucesso?

São fatores críticos de sucesso os conceitos associados às atividades a criar para atrair novos

visitantes ao PNSAC. O marketing tem aqui um papel importante, quer na criação de

conceitos em função dos públicos-alvo, quer na atividade promocional.

A crise que atravessamos é um fator determinante para a procura de novas formas de

ocupação dos tempos livres. As pessoas procuram formas de lazer saudáveis e económicas,

querem divertir-se com pouco dinheiro. O PNSAC terá neste contexto uma oportunidade de

crescimento e de se posicionar no mercado respondendo a 3 necessidades de mercado:

saúde/bem-estar físico e mental, conhecimento e conveniência

38

3.3 Escolha das Opções Fundamentais

3.3.1 Alvos

Natureza dos alvos a atingir:

• Consumidores/Visitantes do PNSAC

• Prescritores/Líder de opinião: as pessoas que recomendam e promovem a visita

Aplicação de critérios de segmentação geográfica, demográfica e psicográfica para os

visitantes do PNSAC:

Segmentação demográfica

- Crianças e jovens dos 10 ao 17 anos a frequentar o ensino obrigatório.

- Adultos dos 18 aos 70 anos.

Segmentação geográfica

- População urbana

- População rural

Segmentação psicográfica

- Estilo de vida orientado para o bem-estar físico e mental

- Gosto pelas atividades ao ar livre.

- Gosto pela atividade desportiva e pela competição

- Gosto pela interação social (convívio)

- Sentido de poupança e de conveniência

Para a atividade Desenvolvimento de programas integrados que visem a interpretação da

natureza e do património teremos dois segmentos:

• Crianças e jovens dos 10 aos 17 anos, a frequentar o ensino obrigatório.

• Adultos de 18 a 70 anos, homens e mulheres, residentes maioritariamente em zonas

urbanas, com um estilo de vida orientado para o bem-estar físico e mental, com

gosto pelas atividades ao ar livre e com grande sentido de poupança.

39

Para a atividade Organização de eventos de promoção dos geossítios teremos um

segmento:

• Adolescentes e adultos dos 16 a 40 anos, homens e mulheres, residentes

maioritariamente em zonas urbanas, com gosto pelas atividades ao ar livre, pela

atividade física, competição e pelo convívio.

A atividade de apoio a atividades de desporto natureza tem como público-alvo

organizações com ou sem fins lucrativos que se dedicam à organização de atividades de

desporto natureza.

3.3.2 A escolha das fontes de mercado

As atividades desenvolvidas no PNSAC são de 3 tipos:

• Extrativas

• De ar livre

• Pedagógico-científicas.

A ideia é alargar o mercado com a oferta de novas atividades de ar livre ligadas ao turismo

natureza e ao desporto, e às atividades pedagógico-científicas, sempre em harmonia com o

ambiente natural, promovendo o seu conhecimento e a sustentabilidade da região.

3.3.3 A escolha do posicionamento

Para as novas atividades de ar livre

o Identificação

� Turismo natureza

� Desporto natureza

o Diferenciação

� Mais saúde/bem-estar físico e mental

� Mais conhecimento sobre o ambiente natural

� Mais conveniência a baixo custo

40

3 Definição Estratégica

3.1 Visão

Visão do PNSAC é

Ser uma referência na preservação e sustentabilidade do ambiente, através da

valorização dos seus recursos naturais e da humanização da paisagem.

3.2 Vetores estratégicos

Captação de Visitantes ao PNSAC

Criação de valor

3.3 Áreas de desenvolvimento

• Gestão do relacionamento com os stakeholders:

Estabelecimento de parcerias estratégicas que promovam o desenvolvimento

sustentável do PNSAC;

Gestão do relacionamento com base no diálogo e na confiança visando a cooperação.

• Diversificação de Produtos e Mercados:

Alargamento da carteira de atividades do PNSAC e de mercados;

Estímulos a atividades ao ar livre;

Promoção da ciência/investigação.

• Sustentabilidade ambiental:

Proteção e valorização dos recursos naturais;

41

Sensibilização para a proteção do ambiente.

• Notoriedade do PNSAC:

Interação com os potenciais visitantes através da criação de conteúdos. Por exemplo:

ficheiros para download, vídeos e jogos a disponibilizar no website do PNSAC. Estes

conteúdos visam dar a conhecer os recursos naturais e os geossítios;

Presença do PNSAC nas redes sociais;

Lançamentos de teasers, aliado a campanhas de marketing viral, que levem os

potenciais visitantes a interessarem-se sobre o PNSAC e os seus recursos naturais.

• Gestão da informação/conteúdos:

A necessidade de reforço de meios e conteúdos no âmbito da gestão de informação e

comunicação baseia-se na identificação de necessidades transversais de

comunicação e divulgação de informação interna e externa, onde se inclui a

disponibilização de informação sobre a atividade desenvolvida pela Assimagra e pelo

PNSAC

3.4 Objetivos estratégicos

Foco externo

Reforço da Alargamento Missão da missão (fazer melhor) (fazer mais)

Foco interno

Figura 6: Objetivos estratégicos

Promover a

sustentabilidade do

ambiente

Promover o

desenvolvimento

da região

Gerir relacionamento

Parcerias

Diversificar

atividades e

mercados

Aumentar

conhecimento

e notoriedade

do PNSAC

42

3.5 Fatores criticos por objetivo

1. Gerir relacionamentos com os stakeholders/Parcerias

• Cooperação

• Coordenação e articulação

• Convergência, alinhamento e sinergia (entre planos de ordenamento

nacionais/regionais/ municipais)

2. Assegurar o futuro através da diversificação de atividades

• Reforço do posicionamento

• Turismo natureza

• Desporto

• Educação

• Ciência

3. Promover a Sustentabilidade ambiental

• Proteção dos recursos naturais

• Dinamização das atividades tradicionais (agricultura, floresta e pecuária)

• Regulação das atividades extrativas

• Plano regional de ordenamento florestal

• Planos de desenvolvimento sustentável

• Aumentar a competitividade

4. Promover o desenvolvimento da região

• Sustentabilidade do PNSAC

• Desenvolvimento do setor da extração de pedra e do setor turístico

• Desenvolvimento do turismo na região

5. Aumentar/melhorar o Conhecimento e Notoriedade do PNSAC

43

• Comunicação off-line

• Comunicação on-line

3.6 Estratégia

Alternativas estratégicas:

• Estratégia relacional

• Estratégia de crescimento pelos produtos e mercados

Vantagens competitivas da Assimagra:

• ligações privilegiadas com os parceiros de negócio, nomeadamente com os

representantes do PNSAC

Fontes de valor de cliente – público em geral:

• associar ao conhecimento as experiências

• associar as atividades off-line com as atividades on-line

• associar a educação e ciência à diversão e lazer

Os elementos motores da sua estratégia:

• O marketing-mix baseado na política de produto, com a diversificação de atividades.

• O marketing-mix baseado na política de comunicação on-line e off-line

� Estratégias pull (fazer pedir o produto)

44

4 Planeamento Estratégico

Mais do que elaborar um plano de marketing para o PNSAC, a equipa técnica considerou

mais importante e oportuno desenvolver um plano estratégico. Assim começou-se por

formular objetivos tendo em consideração o âmbito de atuação do PNSAC. A Assimagra,

entidade promotora do plano, considerou estratégico o papel do PNSAC na valorização dos

recursos naturais da área protegida, incluindo a pedra natural proveniente dessa região.

4.1 Abordagem

Os objetivos como planos permanentes significam a razão de ser de uma organização e para

onde devem convergir todos os esforços. Podemos classifica-los em estratégicos e

operacionais, sendo que é através da concretização destes que se atingem os estratégicos,

havendo assim necessidade de estarem alinhados e serem confluentes nos estratégicos.

Para cada objetivo operacional serão definidas ações ou iniciativas e para cada uma das

iniciativas serão definidos indicadores e metas. As metas dentro dos objetivos são os alvos

específicos a serem alcançados. É com base no sistema de indicadores e nas metas a tingir

que se elabora o plano de monitorização que serve para avaliar e controlar a implementação

do plano estratégico (figura 7).

Figura 7: Metodologia do planeamento estratégico

4.2 Plano

Por uma questão de facilidade de leitura e de compreensão do plano estratégico

organizámo-lo por eixos estratégicos e apresentamo-lo de forma esquemática nas seis

tabelas seguintes.

objetivos estratégicos

objetivos operacionais

iniciativasindicadores e

metasplano anual e monitorização

45

4.2.1 Eixo: Captação de Visitantes

A captação de visitantes resultará de uma gestão de relacionamentos, do aumento da

notoriedade e de uma maior diversificação de atividades e mercados. Estes objetivos

estratégicos serão alcançados através de outros de natureza operativa apresentados nas

tabelas 6, 7 e 8.

Tabela 6: Objetivos operacionais para gerir relacionamentos

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

OBJETIVOS OPERACIONAIS

AÇÕES/ INICIATIVAS

Melhorar a gestão dos Relacionamentos

Aumentar a cooperação

Estabelecimento de protocolos com organizações/empresas /ONGs e Estabelecimentos de Ensino Superior

Estabelecimento de ligações/conexões com grupos com presença em redes sociais

Melhorar a coordenação e articulação

Criação de um observatório

Criação de um sistema de informação partilhado em rede (CRM)

Realização de reuniões periódicas / Realização de reuniões no âmbito do Conselho Estratégico PNSAC e do Fórum do Carso

Criação de uma comissão de gestão para cada um dos núcleos extrativos existentes no PNSAC, participada pelos representantes do setor e entidades gestoras do território para gestão de conflitos e implementação de boas práticas

Formulação de um Plano estratégico participado pelos diferentes parceiros

Aproveitar sinergias através da convergência e do alinhamento

Plano de comunicação

CRM (criação de base de dados com mailing list)

Angariação de IE parceiras e de profissionais nas áreas de geologia …

Criar uma rede de facilitadores educacionais

Serviços que visem a interpretação do património natural e cultural da área protegida, destinadas não só aos visitantes mas também aos habitantes locais, nomeadamente, grupos e escolas

* 1 reunião do Conselho Estratégico e 1 reunião do Fórum do Carso

46

Tabela 7: Objetivos operacionais para aumentar a notoriedade do PNSAC

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

OBJETIVOS OPERACIONAIS

AÇÕES/ INICIATIVAS

Aumentar a notoriedade do PNSAC

Reforçar o posicionamento

Realização de um plano de comunicação (on-line e off-line)

Implementação do plano de comunicação

Controlo e avaliação das ações de comunicação

Melhorar a comunicação

Realização de um plano de comunicação (on-line e off-line)

Implementação do plano de comunicação

Controlo e avaliação das ações de comunicação

Aumentar o buzz e interação com atuais e futuros visitantes

Presença do PNSAC nas redes sociais

Lançamentos de teasers, aliado a campanhas de marketing viral

Criação de web site interativo

Realização e lançamento de Flash mob

Criação de QR Codes e sua colocação nos geossítios

Sugestão de ações para o plano de comunicação e para o desenvolvimento do website.

Devem ser criados conteúdos que permitam dar notoriedade ao PNSAC.

O Website deve ser interativo. O registo os visitantes para que a partir dele se construa uma

base de dados de possíveis visitantes. Os visitantes só se registam se tiverem alguma

vantagem, por exemplo: fazer o download de um ficheiro (roteiro de visita; apresentação

dos geossítios, documentos sobre a sustentabilidade do ambiente, uma receita, um vídeo,

etc.), para jogar, para marcar uma visita, para tirar dúvidas (endereço de e-mail, chat, etc.)

47

Tabela 8: Objetivos operacionais para diversificar atividades e mercados

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

OBJETIVOS OPERACIONAIS

AÇÕES/ INICIATIVAS

Diversificar Atividade e Mercados

Conhecer as necessidades do

públicos-alvo do PNSAC

Desenvolvimento de estudos de mercado

Criação de mecanismo para receção de propostas de novas atividades e de melhoria das existentes (pode ser através do site ou da realização de inquéritos de satisfação com proposta de sugestões aos visitantes)

Estimular a oferta de

produtos turísticos

específicos que permitam a

descoberta e a compreensão

do meio natural e cultural da

área protegida

Desenvolvimento de programas integrados que visem a interpretação da natureza e do património

Criação da marca “Parques Portugal”

Desenvolvimento de um plano de comunicação

Apoio a atividades, eventos e pacotes turísticos que visem a interpretação da natureza e do património.

Desenvolvimento de programas turísticos adaptados a pessoas/visitantes com necessidades específicas (portadores de deficiências e idosos)

Promover o desporto natureza

Apoio a atividades desportivas realizadas no PNSAC

Realização de atividades enquadradas na Carta de Desporto Natureza, em parceria com entidades da especialidade TransPNSAC

Dinamizar o ensino ação e a investigação

Estabelecimento de parcerias com IE e com centros de investigação

Apoio das atividades de investigação realizadas no PNSAC ou sobre o PNSAC

Concurso de ideias para promover a inovação tecnológica de monotorização e interpretação do meio cavernicula

Promover a utilização do PNSAC como cenário para filmes, séries de TV

Criação de uma rede de contactos no meio artístico

Negociação com os potenciais clientes

Criação de workshops de fotografia e pintura temática

*TransPNSAC é um concurso de travessia do PNSAC a pé e de BTT durante 2 dias.

4.2.2 Eixo: Criação de valor

A criação de valor resultará da promoção da sustentabilidade ambiental, do

desenvolvimento da região e da informação e sensibilização para as questões da proteção

dos recursos naturais. Estes objetivos estratégicos serão alcançados através de outros de

natureza operativa apresentados nas tabelas 9, 10 e 11.

48

Tabela 9: Objetivos operacionais para promover a sustentabilidade ambiental

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

OBJETIVOS AÇÕES/ INICIATIVAS

Promover a

sustentabilidade

ambiental

Assegurar a sustentabilidade ambiental da indústria extrativa e a valorização do recurso mineral

Desenvolvimento de planos integrados de exploração de pedreiras nos maiores núcleos extrativos existentes, que promovam a revitalização e a regularização ambiental durante e após a exploração das pedreiras garantindo a preservação do património natural

Adoção de medidas preventivas e corretivas que minimizem os impactes ambientais induzidos pela atividade extrativa

Desenvolvimento e implementação de um plano de gestão de resíduos de extração produzidos, articulado com as restrições de natureza ambientais existentes

Monitorização das condições de segurança e saúde dos trabalhadores e visitantes, através de uma coordenação estreita entre os técnicos de pedreiras e as restantes entidades

Proteger e valorizar o património natural e cultural do PNSAC

Monitorização dos impactos na flora e na fauna e controlo do fluxo de visitantes nas áreas mais sensíveis*

Desenvolvimento de atividades que suportem a manutenção do património natural, histórico, cultural e as tradições locais

Redução de atividades que afetem a qualidade das paisagens, da água e do ar Revisão da Carta de Desporto Natureza (perguntar)

Estimulo dos visitantes e da indústria turística a contribuir através de boas práticas para a conservação do património Ações de voluntariado

Constituição de uma bolsa de locais degradados no PNSAC que possa ser utilizada como contrapartida para novas ampliações de pedreiras

Aumentar o conhecimento sobre a área protegida e sobre os assuntos da sustentabilidade entre todos aqueles que estão envolvidos no turismo

Criação e apoio a programas de formação/divulgação para os funcionários da área protegida e para as empresas do setor turístico.

Monitorizar os fluxos de visitantes para reduzir os impactos negativos

Registo contínuo do número de visitantes, no tempo e no espaço** e respetiva análise

Criação e implementação de um plano de gestão dos visitantes

Promoção do uso de transportes coletivos, da bicicleta e a pé como alternativa à viatura particular

*Monotorização Gralha Bico Vermelho, monotorização Perdiz- anilhagem (Quinta do Arrife), monotorização

dos espaços utilizados para desporto natureza, monitorização de impactos da indústria extrativa sobre o núcleo

49

de cavidades na Chainça, monotorização climática da Gruta do Pena, estabelecimento da capacidade de carga

dos geossítios.

**CISGAP, monumento natural PDSA, centros de interpretação, casas de natureza, parque de campismo.

Tabela 10: Objetivos operacionais para promover o desenvolvimento da região

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

OBJETIVOS OPERACIONAIS

AÇÕES/ INICIATIVAS

Promover o desenvolvimento da região

Assegurar que o turismo

suporta e não reduz a

qualidade de vida dos

habitantes locais

Envolvimento da comunidade local no planeamento do turismo na região;

Implementação de mecanismos que assegurarem um bom diálogo entre o PNSAC, as empresas instaladas na região protegida, os habitantes locais e os visitantes

Monitorização de potenciais conflitos Mediação e resolução dos conflitos identificados

Aumentar os benefícios do turismo na economia local

Promoção da compra de produtos locais (gastronomia, artesanato, serviços e atividades locais) pelos visitantes e pelo comércio turístico

Dinamização do empreendedorismo dos habitantes locais na área do turismo e do comércio de produtos regionais (Criação de emprego de forma indireta)

Criação de uma linha editorial de produtos de merchandising ligados à cultura, valores e produção local

Melhorar a imagem da atividade do setor da industria extrativa do PNSAC

Ordenamento do setor nas áreas de intervenção específicas previstas no plano de ordenamento do PNSAC

Implementação dos planos de intervenção em espaço rural para os núcleos do Codaçal, Cabeça Veada, Portela das Salgueiras, Pé da Pedreira e Moleanos

Implementação dos projetos integrados previstos no artigo 35º do DL 270/2001, alterado e republicado pelo DL 340/2007, para os núcleos do Codaçal, Cabeça Veada, Portela das Salgueiras, Pé da Pedreira e Moleanos

50

Tabela 11: Objetivos operacionais para informar e sensibilizar

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

OBJETIVOS OPERACIONAIS

AÇÕES/INICIATIVAS

Informar e sensibilizar

Melhorar o conhecimento sobre as atividades desenvolvidas no PNSAC

Criação e gestão de conteúdos para disponibilizar off-line e on-line

Criação de um web site

Desenvolvimento de um plano de comunicação

Promover comportamentos pró-sustentabilidade ambiental

Ações educativas dirigidas ao público estudantil com enfoque nos programas temáticos integrados

Sessões de esclarecimento para o público adulto

Ações de limpeza da serra através de voluntariado

Ações de reflorestação da serra através de voluntariado

Acompanhamento das visitas ao PNSAC mediante marcação

Proteger e valorizar o património natural e geológico e ambiental do PNSAC

Ações geocaching – encontrar e conhecer geossítios através do GPS

Ações de lobing -orientar e sensibilizar os diferentes agentes económicos para uma atuação mais responsável.

Ações de comunicação off-line e on-line

51

5 Plano de ações de marketing

Um Plano de Marketing é o culminar do processo de decisão estratégico que visa aproveitar

uma oportunidade de mercado.

O Plano de Marketing Estratégico aqui apresentado integra 70 ações a implementar num

período de 6 anos (2014-20120). Essas ações visam concretizar 22 objetivos operativos, que

uma vez atingidos permitem a concretização de 6 objetivos estratégicos, enquadrados em 2

grandes vetores estratégicos: a captação de visitantes e a criação de valor.

O plano traduz-se num documento (apêndice I) do qual fazem parte o conjunto de ações

com a indicação de indicadores e metas, acompanhado de datas de execução, dos custos, da

descrição dos meios materiais que exigem e dos responsáveis pela sua execução.

Como os elementos motores da sua estratégia de marketing preconizada para promover a

sustentabilidade do PNSAC se baseiam nas políticas de produto e comunicação como meios para

atrair mais visitantes e criar valor, considerou-se fundamental associar a este plano de marketing um

plano de comunicação.

52

Nota: consultar apêndice I e o plano de comunicação

53

6 Implementação, Controlo e Avaliação

6.1 Implementação

A implementação dos planos de marketing estratégico e de comunicação deve começar com

a apresentação dos mesmos aos colaboradores da Assimagra e do ICNF/CISGAP. São eles os

responsáveis pela implementação das ações definidas nesses planos, sendo por isso

importante a negociação das ações e das metas com cada um deles. Poderão ser necessários

ajustes para refletir a opinião dos responsáveis e para que dessa forma eles se sintam

proprietários da ação e parte integrante do processo de planeamento.

É importante lembrar que o sucesso da implementação do Plano de Marketing depende de

um bom Planeamento, da conscientização e do envolvimento dos trabalhadoress, fatores

essenciais para que se torne uma realidade.

O documento de base para implementar a estratégia de marketing são os planos de

marketing (apêndice I) e o de comunicação. Nesses planos estão definidas:

1. AÇÕES (O QUE)

Identifique as atividades específicas a serem desempenhadas.

2. PERÍODO (QUANDO)

Determine o prazo de execução de cada atividade.

3. COMO

Defina a forma que as atividades deverão ser executadas na sequência apropriada e

por ordem de prioridade.

4. RESPONSÁVEL (QUEM)

54

Atribua responsabilidade pela execução e conclusão de cada atividade às pessoas

mais indicadas.

5. CUSTO ESTIMADO (QUANTO)

Levantamento de todos custos incluídos nas ações propostas

6.2 Controlo e Avaliação

O controlo e avaliação do Plano de Marketing Estratégico e do Plano de comunicação

permitem reduzir a diferença entre o desempenho esperado e o desempenho real,

garantindo sua eficácia. Por isso, devem ser realizados antes, durante e após a

implementação dos Planos referidos.

Os Controlos de Marketing geralmente utilizados são compostos por ações corretivas e preventivas.

O ideal é que os promotores deste plano direcionem os seus esforços para se trabalhar com

controlos preventivos, pois garantem maior satisfação do cliente e menos investimentos.

6.2.1 Alguns Controles de Marketing

Controlo Preliminar incide na prevenção de desvios na quantidade e qualidade dos recursos

utilizados na organização. Este controlo deverá incidir sobre todos os recursos humanos,

materiais, de capital e financeiros adquiridos e combinados na organização. Por exemplo, a

nível das pessoas deve-se apostar em ações de sensibilização e na formação e treino do

pessoal de modo a evitar falhas e aumentar o nível de desempenho. A nível das TI, CRM e

web site, deve ser feita pesquisa que evidencie quais são as necessidades e o âmbito, depois

é necessário encontrar a melhor solução ao melhor preço. A nível financeiro, o instrumento

mais indicado para fazer um controlo preventivo são os orçamentos, em particular, os

orçamentos de tesouraria e capital circulante.

55

Controlo de Acompanhamento. Acompanha as ações em curso, no sentido de garantir que

os objetivos são prosseguidos. Os indicadores e as metas a tingir estão definidas no plano

pelo que é necessário definir a periodicidade do controlo. É implementado através da

supervisão das atividades pelos gestores. Pela observação pessoal no local determina-se se

as ações estão a ser implementadas conforme planeado e se as metas estão a ser cumpridas

dentro do prazo previsto. Caso se verifiquem desvios é necessário definir ações corretivas

para tentar corrigir a situação.

No controlo de acompanhamento é necessário dar especial atenção à comunicação, uma vez

que a direção é essencialmente um processo de comunicação pessoal. Os subordinados

devem receber informações suficientes para executar a tarefa e essas informações têm que

ser claras para que sejam compreendidas. Excesso de informação e pormenor podem ser

prejudiciais, distraindo os trabalhadores para ações não são estratégicas e dificultando a

concretização das que são.

Controlo Retroativo incide sobre os resultados finais. A ação corretiva orienta-se para a

melhoria, quer do processo de aquisição de recursos, quer das operações atuais.

Podemos identificar quatro métodos de Controlo Retroativo: Análise Financeira; Análise de

Custos-Padrão; Controlo de Qualidade; Avaliação de Desempenho.

Definidas metas, também conhecidos por padrões ou standards, que são níveis de qualidade

ou quantidade pré-estabelecidos como orientações do desempenho, interessa definir os

níveis de tolerância. Neste caso propomos 5%.

Detetados os desvios, superiores ao nível de tolerância, torna-se necessário considerar as

ações corretivas a desenvolver. As ações corretivas podem ser:

- imediatas (são aquelas que se destinam a corrigir os sintomas do problema);

- permanentes (são as que têm por finalidade corrigir as causas dos problemas).

56

Se o desvio for significativo a ação corretiva a aplicar poderá passar pela alteração do plano.

57

Referências

Lambin, Jean-Jacques (2000). Marketing Estratégico, 4ª edição, McGraw-Hill de Portugal.

Marques, Alzira (2012). Marketing relacional - como transformar a fidelização de clientes em

vantagem competitiva. Edições Sílabo.

http://assimagra.pt/

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade_ambiental

http://www.icnf.pt/portal

http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/ap/nac/parq-natur

http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/ap/resource/img/pnsac

http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pnsac/inf-ger#map

http://www.icnf.pt/portal/turnatur/visit-ap/pn/pnsac/inf-ger#pp

http://www.visitportugal.com/pt

https://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Natural_das_Serras_de_Aire_e_Candeeiros

58

Anexo 2: Perfil do visitante do PNSAC

Quem visita o PNSAC? Quais são as suas características (perfil do visitante: sexo, idade,

residência, profissão….)?

R:. Os dados mais recentes sobre o perfil do utilizador do PNSAC de que tenho conhecimento,

reportam-se ao estudo de caso realizado em 2012/2013 por João Nuno Crespo Godinho de

Oliveira, no âmbito da sua dissertação de mestrado em Ecologia e Gestão Ambiental sobre

“Caracterização dos Utilizadores Turísticos e Recreativos das Áreas Protegidas em Portugal”:

Indivíduo do sexo masculino, com idade compreendida entre os 35 e os 44 anos, casado e

com um filho.

indivíduo com bacharelato/licenciatura e um rendimento médio mensal entre os 971 e os

1940 €.

o utilizador tem conhecimento que está numa AP e desloca-se à mesma regularmente,

para passar um tempo agradável com família e amigos.

as atividades mais praticadas são os percursos pedestres, seguindo-se o BTT.

o tempo médio dispendido no PNSAC varia entre 2 a 4h.

a maioria utiliza viatura própria para se deslocar no PNSAC e fá-lo essencialmente com

amigos.

o utilizador tipo não utiliza alojamento no PNSAC embora se verifique essa situação e

nesse caso dispende em média 62 €.

os utilizadores mais frequentes são maioritariamente residentes nos concelhos

abrangidos pelo PNSAC, exceto em alguns momentos em que ocorrem eventos de cariz

nacional (ex: Prova de Down-Hill); nestes eventos os utilizador chegam a triplicar os gastos na

AP.

a hospitalidade, a limpeza e as acessibilidades são os fatores que mais agradam ao

visitante.