Paróquia da Maia · 2014. 4. 19. · do, porque se o Meu Reino fosse deste mundo, os meus servos não deixa-riam que me maltratassem». Pilatos mandou vir .um jarro de água e com

VIA SACRA EM SEXTA-FEIRA SANTA

Paróquia da Maia18 de Abril de 2014 ORAÇÃO INICIAL

ORAÇÃO INICIAL( A que o Santo Padre fará em Sexta-Feira Santa):Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.R. Amen.

Senhor Jesus, a tua paixão é a história de toda a humanidade:aquela história onde os bons são humilhados,os mansos… agredidos, os honestos… espezinhadose os puros de coração são cinicamente escarnecidos.Quem será o vencedor?Quem dirá a última palavra?Senhor Jesus, nós cremos que Tu és a última palavra:em Ti os bons já venceram, em Ti os mansos já triunfaram, em ti os honestos são coroadose os puros de coração brilham como estrelas na noite.Senhor Jesus,esta noite percorremos o caminho da tua cruz,cientes de que é também o nosso caminho.Mas uma certeza nos ilumina: o caminho não termina na cruzmas continua para além, continua para o Reino da Vidae a explosão da Alegria que ninguém mais nos poderá arrebatar![1] Ó Jesus, detenho-me pensativo aos pés da tua cruz:também eu a construí com os meus pecados!A tua bondade que não se defende e se deixa crucificar,é um mistério que me ultrapassa e me comove profundamente.Senhor, Tu vieste ao mundo por mim para me procurares, para me trazereso abraço do Pai: o abraço que me falta!Tu é o Rosto da bondade e da misericórdia: por isso queres salvar-me!Dentro de mim, há muito egoísmo: vem com a tua ilimitada caridade!Dentro de mim há orgulho e malícia:vem com a tua mansidão e a tua humildade!Senhor, o pecador a salvar sou eu:o filho pródigo que deve regressar, sou eu!Senhor, concede-me o dom das lágrimaspara reencontrar a liberdade e a vida,a paz Contigo e a alegria em Ti.

I ª - Estação: JESUS É CONDENADO À MORTE

- Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.-Que pela Vossa Cruz redimistes o mundo

Jesus foi entregue a Pilatos, e este perguntou-lhe: «Tu és o Rei dos ju-deus?»

Respondeu-lhe Jesus: «Tu o disseste, mas o meu Reino não é deste mun-do, porque se o Meu Reino fosse deste mundo, os meus servos não deixa-riam que me maltratassem».

Pilatos mandou vir .um jarro de água e com esta lavou as mãos diante do povo, e disse:

-«Sou inocente do sangue deste Homem. Isto é lá convosco».O povo respondeu: -«Liberta Barrabás, e a Ele crucifica-O».Pilatos mandou libertar Barrabás e entregou Jesus para ser condenado

à morte.

Senhor Jesus ... se eu lá estivesse não Te teria condenado também? -Não teria buscado mil razões para o fazer? ..-Pela minha fraqueza ... pela minha hipocrisia ... -Perdão, Senhor, perdão.

- Jesus Cristo Crucificado,- Tende misericórdia de nós e salvai-nos.

IIª Estação: JESUS CARREGA A CRUZ ÀS COSTAS


“Levaram então consigo Jesus. Ele próprio carregava a cruz para fora da cidade, em direcção ao lugar chamado Calvário, em hebraico Gólgota” (Jo 19,17)

As expressões que S. João emprega “Levaram Jesus” e “carregava a cruz”, falam-nos da proximidade que os soldados tiveram de Jesus. Acompanha-ram-nO, lado a lado. Puseram-Lhe a cruz sobre os ombros, instrumento cruel do seu martírio!...

Esta proximidade física não os aproximou do coração do Senhor. Não lhes disse nada: Aquele corpo macerado… Nem o peso da grande cruz!...

Oh Jesus, ajuda-nos a levar e a carregar a cruz de cada momento, com amor e sem lamentações!... - “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me” (Mt 16,24)

Oh Jesus, dá-nos um coração sensível à dor e ao sofrimento de todos os nossos irmãos e motiva nos a ajudá-los com fraternidade e gratuidade naquilo que pudermos e soubermos.


IIIª Estação: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ

- Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.-Que pela Vossa Cruz redimistes o mundo.

Do Livro do profeta Isaías 53, 4-5

«Ele tomou sobre si as nossas doenças, carregou as nossas dores. Nós o reputávamos como um leproso, ferido por Deus e humilhado. Mas foi ferido por causa dos nossos crimes, esmagado por causa das nossas iniqui-dades. O castigo que nos salva caiu sobre . Precisamente esta sua queda, no pó, revela-nos ainda mais o seu amor imenso.

Ensina-nos a aceitar as nossas fragilidades, a não desanimar com os nossos fracassos, a reconhecer com lealdade as nossas limitações: «Que-rer o bem – diz São Paulo – está ao meu alcance, mas realizá-lo, isso não» Jesus ajuda-nos a acolher também as fragilidades dos outros.

Senhor Jesus, que Vos fizestes humilde para resgatar as nossas fragilida-des, tornai-nos capazes de entrar em verdadeira comunhão com os nossos irmãos mais pobres.

Arrancai-nos do coração toda a raiz de medo e de cómoda indiferença, que nos impede de Vos reconhecer nos imigrantes, para testemunhar que a vossa é uma Igreja sem fronteiras, verdadeira mãe de todos! Amen.


IVª Estação: JESUS ENCONTRA SUA MÃE


Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe, quando encontra o seu Filho no ca-minho da Cruz, por certo que as palavras do mensageiro celeste:“Reinará. O seu reinado não terá fim…”, lhe surgiram no pensamento.

Contemplando-O agora, condenado à morte, transportando a cruz onde há-de morrer, humanamente falando, pode interrogar-se: como se irão cumprir aquelas palavras? De que modo reinará Ele sobre a Casa de David?

Mas não, Maria recorda a resposta que dera depois do anúncio do Anjo: “Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra”, e vê que a sua resposta se está a realizar.

No entanto, sendo Mãe, Maria sofre profundamente, sentindo o cora-ção despedaçado pela dor, sem nunca perder a confiança, de que Aquele a quem nada é impossível, cumprirá as suas promessas.

Ao pé da Cruz, Maria padece, pelo sofrimento do seu amado Filho, e pela sua impossibilidade de lhe dar o mais pequeno alivio. Perante a dor que lhe atravessa a alma, Maria não se revolta, repetindo mais uma vez “Bendita seja a vontade do Senhor”.

No meio de tanta turbulência do cortejo, acontecem uns momentos de silêncio. Era o encontro. Mãe! Filho! Tudo o resto terá sido apenas no olhar. Olhar profundo, que diz mais que longas conversas.

Senhor Jesus, os teus encontros connosco tornam-se frequentes, quando te reconhecemos como o interlocutor da nossa vida. O teu olhar sobre nós, solicita o nosso olhar para ti, e as nossas resistências desapa-recem. O nosso olhar volta-se confiante para a tua face, e, a partir desse momento, sentimo-nos mais felizes porque somos por tiamados.

Virgem Maria, que no caminho do Calvário encontras o teu amado Filho, encontrai-vos connosco na via sacra das nossas vidas, de modo especial, quando o caminho se torna mais difícil ou depois de qualquer queda. Precisamos da vossa presença reconfortante e da vossa protecção maternal para continuarmos no Caminho. Mãe da Divina Graça, iluminai os caminhos do nosso dia a dia.


Vª Estação: SIMÃO CIRENEU AJUDA JESUS A LEVAR A CRUZ


Enquanto levavam Jesus viram um cireneu que vinha do campo, chamado

Simão, e obrigaram-no a carregar a cruz atrás de Jesus.Embora obrigado a cumprir o que lhe mandaram, Simão quando chegou

ao pé da cruz o seu coração encheu-se de compaixão por Jesuse, segundo a tradição cristã, carregar a cruz implica sofrer por todos,

compartilhando todas as amarguras dos povos em sofrimento.Jesus estava debilitado pela noite mal dormida e sem alimentação, além

dos maus tratos e flagelos que recebeu no pretório.Parecia que dificilmente chegaria ao local da crucificação no Gólgota.Por isso, a ajuda de Simão foi muito preciosa.

Oh meu Jesus, pelo mérito da Vossa Dolorosa Paixão quando o cireneu Vos ajudou e pelos merecimentos da Vossa Mãe Santíssima e das almas re-paradoras, peço-Vos a conversão dos pecadores, a salvação dos moribundos e o alívio das Almas do Purgatório.


VIª Estação: VERÓNICA LIMPA O ROSTO DE JESUS


Estando Jesus em Betânia, em casa de Simão o leproso aproximou-se d'Ele uma mulher com um frasco de perfume de alto preço e derramou-o na cabeça de Jesus, que estava sentado à mesa. Ao ver aquilo, os discípulos disseram indignados:

-Para quê esse desperdício?Jesus disse-lhes:- Porque implicais com esta mulher? Está muito bem o que ela fez comigo

... Garanto-vos que em qualquer lugar do mundo onde esta boa notícia for proclamada, se recordará também em sua honra o que ela fez. Derramando este perfume sobre o meu corpo, fê-lo preparando-me para a sepultura.

Muitos ficavam espantados, pois Ele tinha um ar tão desfigurado que não parecia um homem. Não tinha aparência nem aspeto que pudesse agradar. Desprezível e desfigurado como homem, das dores e experimentado em sofrimentos, como alguém diante de quem se afasta a cara.

Ouço em meu coração: buscai a minha faceA tua face eu procuro, Senhor!


VIIª Estação: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ


Jesus, condenado, avança pelo caminho estreito do Calvário. Depois de uma noite de torturas, as forças físicas abandonam-no cada vez mais. Jesus, esmagado pelo peso da Cruz que carrega, cai no pó da terra, pela segunda vez.

A segunda queda de Jesus, torna mais evidente a impiedade dos inimigos e o seu sofrimento. Não são apenas as torturas, o cansaço e o peso da Cruz sobre os seus ombros, que fazem Jesus cair. Existe algo de íntimo e muito profundo, que a cada passo, se faz sentir mais claramente.

Que representa, em cada um de nós, esta segunda queda?Os nossos erros. As nossas fraquezas. As tentações da sociedade para

mera satisfação pessoal. Os nossos compromissos, quando cada um deles, nos parece mais pesado do que o outro.

Jesus não tinha que ter passado por tamanho sofrimento e humilhação. Mas, por amor a todos nós, sofreu pelos pecados da humanidade, para nos salvar.

Senhor Jesus, as nossas fraquezas existem, mas o teu amor infinito so-brepõem-se a cada uma delas.

Senhor Jesus, não nos deixes cair em tentação, dá-nos discernimento para que saibamos escolher o caminho do bem.

Senhor Jesus, mantém-nos atentos, e nas nossas quedas, ajuda-nos a le-vantar, mostrando-nos o Caminho.

Senhor Jesus, ajuda-nos a levar a cruz da vida, e a descobrir que contigo a carga é leve.

Senhor Jesus, queremos seguir-te, carregar a nossa própria Cruz, e pela força do Espírito Santo, caminhar ao teu lado, ao encontro do Pai.


VIIIª Estação : JESUS ENCONTRA AS MULHERES DE JERUSALÉM


«Uma grande multidão seguia Jesus. Umas mulheres batiam no peito e choravam. Jesus disse-lhes: “Mulheres de Jerusalém, não choreis por mim! Chorai por vós mesmas e pelos vossos filhos.”»

Jesus, maltratado, humilhado, odiado e escarnecido, percorre o seu ca-minho doloroso até ao calvário. Jesus é seguido por uma multidão curiosa e sedenta de espetáculo gratuito. Mas segue abandonado, sofre as dores no corpo e na alma. As mulheres de Jerusalém, com o seu sentido maternal exprimem a sua dor, a sua compaixão. Choram o sofrimento, o desânimo, o desespero e o abandono a que Jesus foi votado. Choram pelo que vêm à sua frente - Jesus curvado pelo peso da cruz. Contudo, antevendo as crueldades dos homens – traição, inveja, ódio, egoísmo, maledicência – Jesus diz-lhes que chorem pelos pecados cometidos por todos. Assim, Jesus avança para morte, entrega-se por amor. Entrega-se com amor filial, esse amor filial que há de redimir todo o ser humano.

Senhor, nós choramos como choraram as mulheres de Jerusalém. Mas choramos também pelas nossas faltas, injustiças, erros, omissões.

Senhor, pedimos-te força, empenho e entrega em todos os nossos atos. Ajuda-nos a sermos humildes, sinceros e justos. Ajuda-nos a aceitar as ad-versidades da vida como aceitaste percorrer o longo e penoso caminho da Tua Via Sacra.

Senhor, pedimos-te de modo particular por todas as mulheres espolia-das da sua dignidade humana, incompreendidas e relegadas para o último dos últimos.

- Jesus Cristo Crucificado,- Tende misericórdia de nós e salvai-nos

IXª Estação: JESUS CAI PELA TERCEIRA VEZ


«Foi oprimido e humilhado e não abriu a boca; como cordeiro, foi levado para o matadouro; como ovelha muda diante do tosquiador; Ele não abriu a boca.»

Jesus, após tanto sofrimento, cai novamente. Tanto sofrimento, tanta hu-milhação é desumano.

Quanta dor nós aguentamos sem nos lamentarmos, dor esta de tama-nha pequenez quando comparada à dor de Jesus. Tanto ele sofreu para de-pois morrer na cruz.

Tal como naquele momento, a população não percebeu o amor de Deus no ato de entrega do Seu Filho, também hoje a sociedade não O reconhece.

O materialismo e o capitalismo imperam e a religião fica de lado. As crianças já não são educadas na fé. São cada vez menos as famílias que vão regularmente à missa. A sociedade dita religiosa está cada vez mais a enve-lhecer e os jovens não se interessam nem vivem na fé.

Senhor, ajuda-nos a construir uma sociedade em que Deus seja impor-tante e relevante para todos, em vez de sermos egoístas e deixarmos-te cair pela terceira vez com tanto sofrimento.


Xª Estação: JESUS É DESPIDO DAS SUAS VESTES


Depois de crucificarem Jesus, os soldados dividiram em quatro as suas vestes, ficando cada um com a sua parte. Deixaram de lado a túnica. Era uma peça única e sem costura. Por isso disseram entre si: "Não a rasgue-mos, mas tiremo-la à sorte para ver com quem fica". Assim se cumpria a Escritura: "Repartiram entre si as minhas vestes e deitaram sortes sobre a minha túnica.

Senhor Jesus peço-te perdão por tão cruel morte, ajuda-me a nunca

duvidar do teu amor.

Ver-te Senhor na Eucaristia e nos mais necessitados é a minha grande força e Fé, para continuar a amar-te.

Obrigada Senhor por caminhares sempre de mão dada comigo.


XIª Estação: JESUS É PREGADO NA CRUZ


Pilatos disse aos judeus: «Eis o vosso rei». Eles, porém, gritavam: «Fora! Fora! Crucifica-o!». Pilatos disse: «Vou crucificar o vosso rei?». Os sumos sacerdotes responderam: «Não temos rei senão César». Pilatos, então, lhes entregou Jesus para ser crucificado. Eles tomaram conta de Jesus.

Carregando a sua cruz, Ele saiu para o lugar chamado Calvário (em he-braico: Gólgota). Lá, eles O crucificaram com outros dois, um de cada lado, ficando Jesus no meio. Pilatos tinha mandado escrever e afixar na cruz um letreiro; estava escrito assim: «Jesus de Nazaré, o Rei dos Judeus».

Perante a realeza de Jesus no momento da Crucifixão. Os chefes do povo e os soldados ridicularizam “o Primogénito de toda a criação”, pondo--o à prova para ver se Ele tem o poder de se salvar da morte.

Precisamente na cruz Jesus está à “altura” de Deus, que é Amor. É ali que podemos “conhecê-Lo”. Jesus oferece-nos a “vida”, porque nos

oferece Deus. Pode oferecê-la a nós, porque Ele mesmo é um, só, com Deus. Com efeito, enquanto o Senhor parece confundir-se entre dois malfeitores, um deles consciente dos próprios pecados, abre-se à verdade, alcança a fé e suplica ao «Rei dos judeus»: “Jesus, recorda-te de mim”.

Daquele que “existe antes de todas as coisas” (Cl 1,17), o chamado “bom la-drão” recebe imediatamente o perdão e a alegria de entrar no reino dos Céus.

Jesus, do trono da Cruz, recebe cada homem com misericórdia infinita. Senhor Jesus, faz-nos compreender que nada disto foi inútil. Jesus, Tu que

és um Rei bom, manso e humilde, que vês o bem das almas, que calaste e Te ofereceste em holocausto por nós, faz com que ao olharmos para Ti na Cruz nos lembremos que nos ensinaste:

-A não julgarmos injustamente os outros; -a não nos impor mas sim a oferecermo-nos em serviço -a não nos rodearmos de pompa como se fossemos conquistar a glória,

em tudo que devemos fazer com solidariedade e caridade. Faz que saibamos, em tudo, escolher o bem.Ajuda-nos a viver de alma e coração limpos para ser Teus colaboradores

na construção de um mundo melhor, mais puro, mais fraterno, capazes de lutar pelo anúncio do teu Amor de infinita misericórdia que da Cruz irradias para o mundo.- Jesus Cristo Crucificado,- Tende misericórdia de nós e salvai-nos.

XIIª Estação: JESUS MORRE NA CRUZ


Desde a hora sexta, até à hora nona, as trevas envolveram toda a terra. E, cerca da hora nona, Jesus exclamou em alta voz: «Elli, Elli, lema sabactha-ni?» Isto é: «meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?» alguns dos que ali se encontravam, disseram ao ouvi-Lo: «está a chamar por Elias». Um deles correu imediatamente, tomou uma esponja, embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa cana, dava-Lhe de beber. Mas os outros disseram: «deixa, vejamos se Elias vem salvá-Lo»! E, clamando outra vez em alta voz, expirou.

Então, o véu do Templo rasgou-se em dois, de alto a baixo; a terra tre-meu e as rochas fenderam-se; abriram-se os túmulos e muitos corpos de Santos que estavam mortos, ressuscitaram e, saindo dos túmulos depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. O centurião, e os que com ele guardavam Jesus, vendo o tremor de terra e o que estava a acontecer, ficaram apavorados, e disseram: «Este era verdadei-ramente o Filho de Deus»!

Ó meu querido e amado Jesus, Tu, morrestes na cruz, para nos salvar, e nós pobres ingratos, quantas vezes ao passarmos pela Tua cruz salvadora, nem um simples gesto de respeito fazemos, para Te saudar. Quantas vezes meu Senhor, também nós, atuamos como o centurião, só depois de come-ter-mos erros irreparáveis, é que vemos que não devia-mos ter agido desta ou daquela maneira, depois de humilhar-mos muitas vezes os outros, é que descobrimos que, afinal aquela pessoa não era aquilo que nós pensava-mos que fosse. E isto acontece porque, gostamos de criticar, de condenar, de deitar abaixo, quantas vezes até, sem saber porquê… se em vez disso nos aproximasse-mos e conhecesse-mos as pessoas, teríamos com certeza, uma opinião diferente acerca dessa mesma pessoa…

Senhor Jesus, manso e humilde de coração, que morrestes por nós, para nos salvar. Dá-nos um coração humilde, para que, como Tu, também nós possamos perdoar aos nossos irmãos as ofensas que nos são dirigidas e, que também nós sejamos capazes de pedir perdão quando ofendemos os nos-sos irmãos. Perdoa-nos também Tu, meu Senhor Jesus, por todas as ofensas que cometemos contra Ti. - Jesus Cristo Crucificado,- Tende misericórdia de nós e salvai-nos.

XIIIª Estação: JESUS NOS BRAÇOS DE SUA MÃE


Agora a hora de Jesus se cumpriu e Jesus é descido da cruz. Prontos a acolhê-lo estão os braços de sua Mãe. Depois de ter provado profundamen-te a solidão da morte, Jesus logo encontra no Seu corpo inerte, o mais forte e doce dos seus laços humanos, o calor do afeto da sua Mãe.

Maria, aos pés da cruz, tornou-se também mãe de cada um de nós, Ela olha para nossas dores, nossos sofrimentos, nossas lutas e chora connosco.

Pedimos-lhe que também nos acolha nos seus braços e alivie nossas tristezas e santifique as nossas alegrias e coloque no nosso coração os mesmos sentimentos que a unem a Jesus. Pois, para sermos verdadeiramen-te cristãos, para podermos verdadeiramente seguir os passos de Jesus, é necessário estar ligados a Ele com tudo aquilo que existe dentro de nós: a mente, a vontade, o coração e as nossas atitudes e escolhas diárias.

Somente assim Deus poderá estar no centro da nossa vida.


XIVª Estação: JESUS É COLOCADO NO SEPULCRO


Ao cair da tarde veio um homem de Arimateia chamado José foi ter com

Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.Pilatos ordenou que lho entregassem, José tomou o corpo de Jesus,

envolveu-o num lençol e sepultou-o, num túmulo que tinha mandado talhar na rocha. Depois rolou uma grande pedra contra o túmulo e retirou-se. Com tristeza, José de Arimateia, e aquelas mulheres que ali se encontravam, pensavam que tudo tinha terminado, estava concluída a história de Jesus.

Senhor quantas vezes nos sentimos assim, nos deixamos abater pelo de-

sânimo, parece que tudo à nossa volta se vai desmoronar, falta-nos as forças para seguirmos os teus passos.

Ajuda-nos senhor a confiar sempre em Ti, acreditar que só Tu tens pala-vras de vida eterna.

Senhor liberta o nosso coração do egoísmo que perturba o nosso olhar para que possamos ver em cada rosto a tua imagem, e possa haver Ressur-reição.


XVª Estação: JESUS RESSUSCITA


No Domingo de madrugada, as mulheres foram ao túmulo e viramque estava vazio. Dois homens com vestes claras e brilhantes lhes perguntaram: -“Por que procuram entre os mortos quem está vivo? Ele nãoestá aqui, mas ressuscitou”. E a notícia da Ressurreição espalhou-se rapidamente entre os discípulos. E foi no meio dos Discípulos que o SENHOR manifestou a sua presença.

Antes de subir para junto do PAI, JESUS disse aos seus Discípulos: - Ide por todo o mundo anunciai o Evangelho a toda a gente. Ensinai e

batizai em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Eu estarei convosco todos os dias até o final dos tempos.

Hoje o CRISTO Ressuscitado está connosco. A notícia da Ressurreição continua a ser a grande nova que nós celebramos. Na Eucaristia torna-se nossa experiência.

É na Ressurreição do SENHOR Jesus que se assenta a nossa fé

Senhor Jesus, eu creio em Vós. Aumentai a minha fé.

- Jesus Cristo Ressuscitado- Aumentai a minha fé

A VIA SACRA NA PARÓQUIA DA MAIA

ANO DE 2014

- Dia 18 de Abril -

Via Adelino Amaro da Costa; Rua Ernesto santos Ribeiro; Via Adelino Amaro da Costa; Rua do Godim; Rua de Recamunde; Rua P. José Pinheiro Duarte;

Santuário de Nossa Senhora do Bom Despacho.Percorrer os Passos de Jesus

pela nossa terra

Sexta -Feira Santa de 2014

As meditações foram escritas:

Celeste CardosoClotilde e Higino

...José Sousa, Júlia, Pedro e Raquel

António CardosoMaria da Piedade

José Sousa, Júlia, Pedro e RaquelConceição Castro

Maria LúciaCeleste Marques

Maria Luísa M.TeixeiraFernando JorgeMaria da Hora

Conceição RomanoP.Domingos Jorge

Grato a todas e todos que escreveram a sua meditação.Esta publicação é uma riqueza para todos.

Que Jesus a todos abençoe. Um cristão que vive a fé entusiasma a todos

Via Sacra

Descobrir nas feridas do mundo a face luminosa de Cristo

Entrevista com Dom Giancarlo Bregantini, autor das meditações da Via Sacra, que será presidida pelo Papa Francisco no Coliseu em Sexta Fei-ra Santa - 18/04/2014"A mensagem de esperança é dada por quatro figuras maravilhosas que devolvem "o sorriso" à Via Cruz. Primeiro o do Cireneu que carrega a cruz com Jesus e que eu imaginei todo o mundo do voluntariado, das relações de solidariedade. Depois, a doçura gratuita de Verónica que representa tudo o que se faz não para ter, mas para dar. Aqui, um aceno indireto ao tema do domingo que deve ser sagradamente respeitado, e que eu gostaria de ter desenvolvido mais explicitamente. Terceiro elemento, muito belo, são as mu-lheres de Jerusalém, ao qual dediquei mais espaço do que todos os outros...É o abraço entre Maria e Jesus, retratado de uma forma sublime na Pietà de Miguel Ângelo. O momento em que a Virgem abraça o seu Filho morto, ao qual eu associei toda a doçura e a beleza de uma mãe que nunca esqueceu seu filho no céu. Eu pensei em todas as mães que perderam seus filhos em um acidente ou por um delito da máfia, mas sentem que este filho não está perdido, se ele é amado, porque o amor - diz o Cântico dos Cânticos - é mais forte do que a morte."

Vivamos a Via Sacra de Jesus... Ela é a nossa via sacra.

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