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Paróquia São João Batista ANO IV - Nº XIII. FEVEREIRO 2018 DOCUMENTO 105 DA CNBB Leigos e leigas Estamos em pleno Ano do Laicato. Um tempo para conhecer mais profundamente a grande beleza de ser cristãs(ãos) e participar ativamente da Igreja de Jesus Cristo. E não só dentro da Igreja, mas atuando na família e na sociedade como sal que sabor e evita a corrupção, como luz que expulsa tudo o que é treva.Por esse motivo, a equipe da Pastoral da Comunicação, no desejo de contribuir para essa reflexão, vai oferecer a você, ao longo deste ano, uma síntese do último documento oficial da CNBB sobre o assunto. Esse documento, que recebeu o número 105, foi aprovado durante a 54ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no dia 14 de abril de 2016. Na apresentação do documento, vamos encontrar uma citação do Vaticano II, onde vemos que, na Igreja, todos temos a mesma dignidade. “Todos vivem de uma só salvação, uma só esperança e uma caridade misericordiosa”. Não pode haver nenhuma desigualdade em Cristo e na Igreja, pois todos somos um só, em Jesus Cristo (cf LG, n. 32). Nós somos iguais na dignidade e na vocação. Porém, somos todos diferentes no jeito de ser e naquilo que fazemos. “Na dinâmica amorosa e suave do Espírito que anima e dinamiza a Igreja, os discípulos missionários recebem uma variedade de ministérios, carismas, vocações e serviços. Não são funções; não é organização! São expressões do modo de os batizados viverem em Cristo, fecundados pelo Espírito”. Repetindo: somos iguais naquilo que somos e diferentes naquilo que fazemos. Mas o que a gente é, claro, é muito mais importante do que aquilo que a gente faz. E já na apresentação fica evidente uma grande verdade: não fomos batizados e nem fazemos parte da Igreja para sermos objeto, algo passivo, alguém que assiste ou simplesmente colabora. Os leigos e leigas são SUJEITOS. E ser sujeito eclesial significa “ser maduro na fé, testemunhar amor à Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecer no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo e ter coragem, criatividade e ousadia, para dar testemunho de Cristo”. Para início de conversa... Para início de conversa... Quando era criança, uma coisa que mexia muito comigo era entrar nas igrejas, no tempo da Quaresma, e ver tudo roxo. Era costume até co- brir as imagens com um pano dessa cor. Não tinha flores, o ambiente fica- va mais escuro. Aquilo me falava de tristeza. Às vezes até de medo. De fato, um dos sinais que marcam cada tempo litúrgico é o que chamamos de “cores litúrgicas”. E roxo é a cor da Quaresma. Hoje tenho uma visão bem diferente. “Vivendo e aprendendo...”. Aprendi e entendi que Deus não quer tristeza. E nem pede isso de nin- guém. Pelo contrário: quando a gente está triste Ele vem nos confortar. Como pai e mãe que ama, quer ver os filhos alegres, felizes. A Quaresma é tempo de crescimento espiritual, de conversão para o bem, de encontro com Deus e com os irmãos. E isso é coisa boa; não motivo de tristeza. Aliás, pesquisando na internet, vi que “a cor roxa está ligada ao mun- do místico e significa espiritualidade, magia e mistério. Estimula o contato com o lado espiritual, proporcionando a purificação do corpo e da mente, e a libertação de medos e outras inquietações. É a cor da transformação. O ambiente roxo é misterioso e místico, sendo a cor apropriada para um local de meditação”. Gostei! Concordo plenamente... Porque Quaresma é tudo isso: espiritualidade acentuada, tempo de aprofundar o Mistério da vida e da Salvação, processo de purificação de tudo o que faz mal (no corpo, na mente, no coração), libertação de medos e inquietações que nos pesam e nos travam, oportunidade de transformação interna e dos nossos ambientes, tempo propício para o silêncio fecundo da meditação que nos ajuda no grande desafio do encontro com a gente mesmo, com Deus e com o outro. A penitência de que nos fala a Igreja não é sinônimo de masoquismo, de sofrimento, mas de algo que nos faça crescer. O jejum e a abstinência não devem ser vistos como fardo pesado, sem sentido, mas como algo que nos mostra a grande importância da falta. Sim, a falta faz falta, no processo de crescimento. A pessoa que tem tudo não amadurece. Até porque nada nos satisfaz plenamente. E ainda bem que é assim. A fome, a sede, o desejo, o sonho, isso tudo é que nos move, nos motiva, nos impulsiona. A falta nos ajuda a valorizar o que temos e a perceber o sofrimento de quem não tem nem o estritamente necessário para viver ou sobreviver; nos faz mais solidários e sensíveis. Fica aí o recado: a Quaresma não quer ser um tempo de tristeza e de sacrifícios vazios. É tempo de construção, de crescimento, de amadurecimento na fé e na fraternidade. Tempo de valorizar a falta (silêncio, jejum, abstinência) para buscar algo que nos preencha de verdade. Tempo de olhar menos coisas fora, para olhar dentro, para nós mesmos. Porque quem não se encontra não irá encontrar o outro. Quem não se ama não conseguirá amar o outro. E quem não consegue encontrar a si mesmo e o próximo, dificilmente encontrará Deus. Pe. José Antonio de Oliveira O grande apelo de hoje é ser ‘Igreja em saída’. A nossa paróquia deseja instituir uma nova frente de ação: o Ministério da Visitação. O primeiro passo para que isso aconteça é, não apenas esperar que as pessoas caminhem até a Igreja, mas, sim, incentivar a evangelização indo ao encontro delas, principalmente as mais afastadas. O meio mais eficaz de se proceder é realizar a evangelização permanente por meio de visitas missionárias constantes. Os ministros da visitação levam a Igreja para mais perto das pessoas. Estabelecem vínculos de relacionamento. Conhecem a vida, pode-se dizer sem exagerar, de cada pessoa que reside ou trabalha ou estuda na comunidade onde exerce o ministério. Quer saber mais? Procure a Secretaria Paroquial ou o coordenador da sua comunidade, deixe seu nome e contato, e participe das formações para esse ministério.

Paróquia São João Batistaparoquiasjb.com.br/wp-content/uploads/2018/06/...Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no dia 14 de abril de 2016. Na apresentação do documento,

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Paróquia São João BatistaANO IV - Nº XIII. FEVEREIRO 2018

DOCUMENTO 105 DA CNBBLeigos e leigas

Estamos em pleno Ano do Laicato. Um tempo para conhecer mais profundamente a grande beleza de ser cristãs(ãos) e participar ativamente da Igreja de Jesus Cristo. E não só dentro da Igreja, mas atuando na família e na sociedade como sal que dá sabor e evita a corrupção, como luz que expulsa tudo o que é treva.Por esse motivo, a equipe da Pastoral da Comunicação, no desejo de contribuir para essa reflexão, vai oferecer a você, ao longo deste ano, uma síntese do último documento oficial da CNBB sobre o assunto.

Esse documento, que recebeu o número 105, foi aprovado durante a 54ª Assembleia

Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, no dia 14 de abril de 2016.Na apresentação do documento, vamos encontrar uma citação do Vaticano

II, onde vemos que, na Igreja, todos temos a mesma dignidade. “Todos vivem de uma só salvação, uma só esperança e uma caridade misericordiosa”. Não pode haver nenhuma desigualdade em Cristo e na Igreja, pois todos somos um só, em Jesus Cristo (cf LG, n. 32).

Nós somos iguais na dignidade e na vocação. Porém, somos todos diferentes no jeito de ser e naquilo que fazemos. “Na dinâmica amorosa e suave do Espírito que anima e dinamiza a Igreja, os discípulos missionários recebem uma variedade de ministérios, carismas, vocações e serviços. Não são funções; não é organização! São expressões do modo de os batizados viverem em Cristo, fecundados pelo Espírito”. Repetindo: somos iguais naquilo que somos e diferentes naquilo que fazemos. Mas o que a gente é, claro, é muito mais importante do que aquilo que a gente faz.

E já na apresentação fica evidente uma grande verdade: não fomos batizados e nem fazemos parte da Igreja para sermos objeto, algo passivo, alguém que assiste ou simplesmente colabora. Os leigos e leigas são SUJEITOS. E ser sujeito eclesial significa “ser maduro na fé, testemunhar amor à Igreja, servir os irmãos e irmãs, permanecer no seguimento de Jesus, na escuta obediente à inspiração do Espírito Santo e ter coragem, criatividade e ousadia, para dar testemunho de Cristo”.

Para início de conversa...Para início de conversa...

Quando era criança, uma coisa que mexia muito comigo era entrar nas igrejas, no tempo da Quaresma, e ver tudo roxo. Era costume até co-brir as imagens com um pano dessa cor. Não tinha flores, o ambiente fica-va mais escuro. Aquilo me falava de tristeza. Às vezes até de medo.

De fato, um dos sinais que marcam cada tempo litúrgico é o que chamamos de “cores litúrgicas”. E roxo é a cor da Quaresma.

Hoje tenho uma visão bem diferente. “Vivendo e aprendendo...”. Aprendi e entendi que Deus não quer tristeza. E nem pede isso de nin-guém. Pelo contrário: quando a gente está triste Ele vem nos confortar. Como pai e mãe que ama, quer ver os filhos alegres, felizes. A Quaresma é tempo de crescimento espiritual, de conversão para o bem, de encontro com Deus e com os irmãos. E isso é coisa boa; não motivo de tristeza.

Aliás, pesquisando na internet, vi que “a cor roxa está ligada ao mun-do místico e significa espiritualidade, magia e mistério. Estimula o contato com o lado espiritual, proporcionando a purificação do corpo e da mente, e a libertação de medos e outras inquietações. É a cor da transformação. O ambiente roxo é misterioso e místico, sendo a cor apropriada para um local de meditação”. Gostei! Concordo plenamente...

Porque Quaresma é tudo isso: espiritualidade acentuada, tempo de aprofundar o Mistério da vida e da Salvação, processo de purificação de tudo o que faz mal (no corpo, na mente, no coração), libertação de medos e inquietações que nos pesam e nos travam, oportunidade de transformação interna e dos nossos ambientes, tempo propício para o silêncio fecundo da meditação que nos ajuda no grande desafio do encontro com a gente mesmo, com Deus e com o outro.

A penitência de que nos fala a Igreja não é sinônimo de masoquismo, de sofrimento, mas de algo que nos faça crescer. O jejum e a abstinência não devem ser vistos como fardo pesado, sem sentido, mas como algo que nos mostra a grande importância da falta. Sim, a falta faz falta, no processo de crescimento. A pessoa que tem tudo não amadurece. Até porque nada nos satisfaz plenamente. E ainda bem que é assim. A fome, a sede, o desejo, o sonho, isso tudo é que nos move, nos motiva, nos impulsiona. A falta nos ajuda a valorizar o que temos e a perceber o sofrimento de quem não tem nem o estritamente necessário para viver ou sobreviver; nos faz mais solidários e sensíveis.

Fica aí o recado: a Quaresma não quer ser um tempo de tristeza e de sacrifícios vazios. É tempo de construção, de crescimento, de amadurecimento na fé e na fraternidade. Tempo de valorizar a falta (silêncio, jejum, abstinência) para buscar algo que nos preencha de verdade. Tempo de olhar menos coisas fora, para olhar dentro, para nós mesmos. Porque quem não se encontra não irá encontrar o outro. Quem não se ama não conseguirá amar o outro. E quem não consegue encontrar a si mesmo e o próximo, dificilmente encontrará Deus.

Pe. José Antonio de Oliveira

O grande apelo de hoje é ser ‘Igreja em saída’. A nossa paróquia deseja instituir uma nova frente de ação: o Ministério da Visitação.O primeiro passo para que isso aconteça é, não apenas esperar que as pessoas caminhem até a Igreja, mas, sim, incentivar a evangelização indo ao encontro delas, principalmente as mais afastadas. O meio mais eficaz de se proceder é realizar a evangelização permanente por meio de visitas missionárias constantes.Os ministros da visitação levam a Igreja para mais perto das pessoas. Estabelecem vínculos de relacionamento. Conhecem a vida, pode-se dizer sem exagerar, de cada pessoa que reside ou trabalha ou estuda na comunidade onde exerce o ministério.Quer saber mais? Procure a Secretaria Paroquial ou o coordenador da sua comunidade, deixe seu nome e contato, e participe das formações para esse ministério.

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Expediente - O Precursor Realização: Paróquia São João BatistaDireção: Pe. José Antonio /Pe. Rodrigo ArturProdução: PASCOMImpressão: Gráfica e Editora Dom ViçosoCirculação / Tiragem: Mensal - 1.500 exemplares

Distribuição gratuitaEndereço: Praça Monsenhor Gerardo Magela, nº 12

Centro - Barão de Cocais / MG

Quem pode receber a Unção dos Enfermos?

1. Todo “fiel que, tendo atingido o uso da razão, começa a estar em perigo de morte por motivo de doença grave ou velhice” (Cân. 1004 – §1; cf. Ritual da Unção dos Enfermos, 8). A título de informação, o termo “uso da razão não se identifica com uma idade determinada. Presume-se, porém, aos sete anos completos (cf. cân. 97 – §2)” e “perigo de morte não significa necessariamente que o doente se encontre em maior possibilidade de morrer que de sobreviver. Basta que [...] a doença seja ‘grave’ ou ‘séria’” (Cân. 1004. Nota de rodapé). É esta a razão pela qual a Unção dos Enfermos desusou o termo ‘Extrema unção’, o que a ligava habitualmente à compra imediata do caixão ou à abertura do túmulo. Hoje, sabemos que a Sagrada Unção é um sacramen-to substancialmente de cura – espiritual e corporal (cf. Tg 5,15; Ritual, 6) –, através do qual “a Igreja recomenda os doentes ao Senhor [...] para que os salve e reanime” (Lumen Gentium, 11). Por isso, pode ser repetida na mesma pessoa mais de uma vez, caso contraia outra doença grave, ou até durante a mesma doença, se esta se agravar (cf. Cân. 1004 – §2; Ritual, 9).Algumas pessoas, no entanto, insistem, também, que a Unção dos Enfermos é uma exclusividade dos idosos/as. Mentira. Repetimos que a Unção, como os demais seis sacramentos, é um sinal para todo o povo fiel, um sinal visível de que “Cristo, que [...] suportou as chagas de sua paixão [...], continua ainda a padecer e sofrer em seus membros mais configurados a ele quando atingidos pelas provações (cf. 2Cor 4,17)” (Ritual, 2). Logo, podem recebê-la:

2. as pessoas que serão submetidas a alguma cirurgia, antes da mesma, “sempre que uma doença grave seja a causa da intervenção” (Ritual, 10);3. as pessoas idosas, “cujas forças se encontrem devida-mente debilitadas, mesmo que não se trate de grave en-fermidade” (Ritual, 11), levando em conta que a idade avançada faz com que o corpo fique mais fraco – ipsa senectus corpus facit infirmius (Cícero);4. as crianças, “desde que tenham atingido o uso da razão”. E se quanto a este, porém, existir dúvida, o padre – ministro da Unção dos Enfermos (cf. Tg 5,15; Cân. 1003 – §1) –, unja-as (cf. Ritual, 12; Cân. 1005);5. e até as pessoas inconscientes, que, ao menos im-plicitamente, a pediram quando estavam no uso da sua razão (cf. Cân. 1006).

Apenas três são os casos em que uma pessoa doente não deve recebê-la:1. se perseverar em pecado grave manifesto, e não ti-ver o propósito de se converter (cf. Cân. 1007; Ritual, 6);2. se “o perigo de morte não proceder nem da doença nem da velhice, mas de outras causas (como catástro-fes, ações bélicas etc)” (Cân. 1004. Nota de rodapé);3. e havendo a certeza de que já está morta. Neste caso, o padre “reze a Deus por ela, a fim de que absolva os seus pecados e a receba misericordiosamente em seu reino” (Ritual, 15); do contrário, unja-a (cf. Cân. 1005).

Mas o ideal, como já registrado, é que todo o povo fiel a receba, na doença. Por isso, irmãos/ãs na fé – médicos/as, demais profissionais da saúde, agentes de pastorais –, empenhem-se em instruir as pessoas sobre o real significado da Unção dos Enfermos, para que a peçam no tempo certo. E sempre que alguém de fé no meio de vocês estiver doente, “chame os padres para que orem sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor. A oração da fé o salvará [...]” (Tg 5,15).

Pe. Rodrigo Artur

Com a Celebração das Cinzas, entramos no perío-do quaresmal. Um tempo litúrgico, que se estende a Quinta-feira Santa, excluindo, porém, a Missa da Ceia do Senhor. Infelizmente, nem todo católico com-preende bem como viver este tempo santo e propício à santidade. Bem vivida, a Quaresma conduz a uma conversão pessoal autêntica e profunda, a fim de par-ticiparmos melhor da maior festa do ano litúrgico: o Domingo da Ressurreição do Senhor. As palavras do monge Thomas Merton, indicam que “precisamos re-cordar o sentido original da Quaresma, ver sacrum, a ‘fonte sagrada’ da Igreja na qual os catecúmenos eram preparados para o batismo, e os penitentes públicos purificados, pela penitência, para a restauração da sua vida sacramental em comunhão com o resto da Igreja. Portanto, a Quaresma, é mais tempo de cura do que de punição.” A Igreja, como sábia mãe, nos convida neste tempo a arrepender-nos de nossos pecados, a pararmos de olhar só para os defeitos e faltas dos outros e olhar-mos para o nosso interior, buscando ter atitudes cris-tãs que nos façam mais parecidos com Jesus, pois com o pecado nos afastamos de Deus. A pedagogia deste tempo nos propõe, uma caminhada de reflexão sobre a filiação e a misericórdia divina. Assim, tanto na Liturgia como na catequese litúrgica, deve-se destacar os dois aspectos característicos do tempo quaresmal, que pretende, sobretudo através da recordação ou preparação do Batismo e pela Penitência, preparar os fiéis, que devem ouvir com mais frequência a Palavra de Deus e dar-se à oração com mais insistência, para a celebração do mistério pascal (cf. SC 109).A Quaresma “é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé” (Bento XVI, Mensagem para Quaresma 2012). Por isso, os textos litúrgicos devem percorrer um itinerário que mostra que Deus nos ama e quer a nossa salvação. Isto o fazem muito bem os textos do Ano B.

No 1º Domingo da Quaresma, apresenta-se Jesus, verdadeiro homem que foi tentado por Satanás, mas respondeu às tentações valendo-se das Sagradas Escrituras. No 2º Domingo, Jesus manifesta sua divindade aos apóstolos no episódio da transfiguração, e “dá-nos a conhecer o amor infinito do Pai pelo Filho e, ao mesmo tempo, revela-nos a sua ‘paixão’ pelo homem, por cuja salvação não hesita oferecer este Filho muito amado” (João Paulo II, Homilia, 19/03/2000).A liturgia do 3º Domingo mostra a eterna preocupação de Deus em conduzir os homens ao encontro da vida nova. Ele nos oferece um conjunto de indicações que dizem respeito às duas dimensões fundamentais da existência humana: a nossa relação com Deus e a nossa relação com os irmãos. Jesus é o ‘Novo Templo’, onde Deus Se revela aos homens, nos convida a descobrir no seu Evangelho essa proposta de vida nova.No 4º Domingo evidenciamos que quando o homem afasta de Deus e escolhe caminhos de egoísmo e de autossuficiência, constrói um futuro marcado por horizontes de dor e de morte. Mas Deus dá sem-pre outra possibilidade de recomeçar, de refazer o caminho da esperança e da vida nova. Por isso enviou o seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo por ele (cf. Jo 3,17).O 5º Domingo, por sua vez, aponta a preocupação de Deus no sentido de mostrar ao homem o caminho da salvação e da vida definitiva. A salvação passa por uma vida vivida na escuta atenta dos projetos de Deus e na doação total aos irmãos. E o último Domingo da Quaresma, o Domingo de Ramos, apresenta-nos a lição suprema que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor. A paixão e morte de Jesus: o momento supremo de uma vida feita dom e serviço, a fim de libertar os homens de tudo aquilo que gera egoísmo e escravidão.

Sempre que se fala em catequese, muitos de nós nos limitamos a pensar na catequese apenas numa preparação para a celebração dos sacramentos, e nas celebrações dos sacramentos como simples rituais de passagem, formatura ou evento social. Geralmente ocorre assim, se há um recém-nascido, vamos fazer preparação para o batismo; se há uma criança, vamos colocá-la na catequese para fazer a 1ª comunhão; se jovem , vamos colocá-lo na catequese de crisma; e se adulto, vamos para os encontros da pastoral familiar, para o curso de noivos para o matrimônio... Parece-nos assim que estamos segmentados, que quando te-mos sede, bebemos de uma poça d’água e ficamos sa-ciados por um tempo. E se tivermos sede novamente, buscaremos outra poça, e outra, outra... Só enxerga-mos a poça...

A preparação é importante, mas deve ser con-tínua e permanente, não destinada somente ao re-cebimento deste ou daquele sacramento. A vida na Igreja e como Igreja não pode ser assim resumida... Conforme afirma o Diretório Nacional de Catequese : “A catequese não prepara simplesmente para este ou aquele sacramento. O sacramento é uma consequência de uma adesão à proposta do Reino, vivida na Igreja. Nosso processo de crescimento da fé é permanente; os sacramentos alimentam esse processo e tem conse-quências na vida”(DNC 50). A catequese, em síntese, é “um dos meios pelos quais Deus continua hoje a se manifestar às pessoas”(DNC 27), é, como afirma o documento sobre a Catequese Renovada, “é um pro-cesso dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário, e não apenas uma instrução” (CR 281).

Jesus nos deu uma linda missão: “Vão e façam que todas as nações se tornem discípulas (Mt 28,19)”. Como seremos discípulos e faremos outras nações discípulas se não conhecermos nossa fé e doutrina, não vivenciarmos a liturgia, não estudamos efetivamente a Palavra de Deus, na sua forma escrita, não tomamos gosto pelas coisas de Deus? É, pois, extremamente necessário que percebamos a catequese como um processo permanente e contínuo de formação. Por isso, que tenhamos o compromisso de participar de todas as iniciativas paroquiais relacionadas à catequese, afinal, como diz a sabedoria popular, ‘só se ama aquilo que se conhece’.

O Papa Francisco, os padres, os religiosos e reli-giosas estão em contínua catequese, estudam sempre os documentos da Igreja, o Catecismo da Igreja Católi-ca, as Homilias de outros papas e padres, os escritos dos santos... É necessário que nós leigos e leigas, tenhamos a ousadia de deixar ecoar em nossa alma o ardor pela construção do Reino de Deus, a coragem de lançar as redes para águas mais profundas, a fim de que os irmãos e irmãs mais distantes, pelo nosso testemunho, nosso jeito de viver e falar, enxerguem em nós Jesus Cristo, vivo e ressuscitado! Que deixemos as poças de lado e queiramos beber do rio... Vislumbrar o rio, que nasce pequenino na fonte e, à medida que caminha, ganha volume, ganha vida, e sinuosamente contorna diversas paisagens, até chegar ao mar...

Espaço Litúrgico

Catequese: um exercício, uma realidade de todo diaCatequese

A Igreja nos ensinaA Igreja nos ensina Para bem viver a Quaresma

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Pauta Jovem

02 a 04/02 Curso de Canto Liturgico e Pastoral (Salão Paroquial)

02 a 04/02Eureka

(Cantinho do Céu)

04/02Retiro da Pastoral da Criança

(Nucleo de Apoio Reviver)

03/02 Reunião Catequistas da Crisma 16h

04/02 Reunião da Irmandade do Santíssimo Sacramento 08h

04/02 Reunião da Catequese 08h

06/02 CAEP

06/02 Reunião da Pascom 18h30

07/02 Encontrão do Dízimo 19h

10/02 Forania Santa Barbara

10 a 13/02Carnaval com Cristo

(Salão Paroquial)19h às

0h

10 a 13/02Carnaval com Cristo

(Santo Antonio)19h às

0h

16/02 MECE

22/02 Celebração no Hospital 16h

23/02 Celebração do Perdão 19h

24/02 Encontro espiritualidade da Pastoral Familiar (Cantinho do Céu)

24/02Missa Ação de Graças

50 anos de vida religiosa do Irmão Clemente 20h

25/02 Encontro da Irmandade do Santíssimo Sacramento 08h às 11h

25/02 Missa e entronização do Ícone de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro

18h

27 e 28/02 Inscrições para preparação para o batismo

Fevereiro/2018

Na vida, muitas vezes Deus é deixado de lado, o que nos afasta das pessoas boas, nos faz sentirmo-nos sozinhos, vazios e ansiosos, autosuficientes. Em contrapartida, às vezes nos sentimos rodeados de pessoas injustas e egoístas. Se, porém, soubéssemos que, para viver bem, o pouco é o que basta, e o simples é o que encanta os olhos e colore a vida, saberíamos, consequentemente, que nada é mais importante, simples e encantador do que Aquele que salvou a nação doando sua vida por nós.

Alguns conselhos, juventude: não basta se esconder dos problemas; isso não irá resolvê-los. Ao mesmo tempo, também não é necessário gritar ao mundosuas batalhas diárias; apenas ore todos os dias. No tempo de Deus tudo acontece, na hora certa. Não adianta ficarmos ansiosos, inquietos, querendo tudo no nosso tempo, impedindo Deus de ser Deus. Se conversarmos com Ele sobre nossas angústias, no seu tempo, Ele vai nos ajudar a enfrentá-las e até superá-las; pode ter certeza.

Confiar e esperar no Senhor, no entan-to, nem sempre é fácil; é um exercício diário que depende de muita fé, entre-ga e paciência. No inicio pode ser mais difícil do que a gente imagina. Porém, enquanto esperamos, Deus nos ensi-na e nos capacita para recebermos o que de melhor nos está preparado: “A herança que no princípio é adquirida às pressas, não será abençoada no seu fim” (Pv 20,21).

O segredo é confiar; é repousar no Sen-hor e o deixar escrever nossa história. Confiemos no seu amor e no seu poder, sabendo que Ele nunca nos abandonará: “Clamaram a Deus na peleja, e Ele lhes deu ouvidos, porquanto confiaram nele” (1Cr 5,20).

Portanto, CONFIE, ENTREGUE-SE, CREIA. NÃO DESISTA JAMAIS e tenha certeza que todo aquele que é nascido de Deus, com Ele, vencerá o mundo.

Jovens Precursores

Esperar e confiar

Fruto da Generosidade

Há muitos anos, numa paróquia de Ponte Nova, um rapaz chegou perto de mim e disse: Padre, sabe qual o momento da missa que eu mais gosto? É a hora das ofertas. Perguntei: Por quê? E ele disse: “Eu gosto muito da minha Igreja. Quero muito fazer parte. Mas não sei ler, não sei cantar, e não tenho muito tempo para um trabalho pastoral. Naquela hora, quando eu levanto do meu banco, vou lá na frente, e ali coloco uma parte do que ganho com meu trabalho, eu sinto que tô participando de verdade. Que sou realmente responsável por minha Igreja...”.

É bonito isso, né? E é verdade. Entre as muitas formas de participar e mostrar nossa responsabilidade com a evangelização está o dízimo consciente.Veja um pouco do que fizemos em dezembro com tudo o que foi ofertado por você e seus irmãs(ãos):

Salários e férias................................................. R$ 13.148,00Bancos (N.Sra.Perp.Socorro)....................... R$ 10.293,65Dimensão Social e promoção humana.... R$ 6.428,75Encargos sociais............................................... R$ 5.420,43Côngruas – despesa c/ padres.................... R$ 3.748,00Manutenção e limpeza .................................. R$ 3.521,29Água/ luz/tel/ internet .................................R$ 2.794,12Arquidiocese .................................................... R$ 2.679,83Região Pastoral ................................................ R$ 2.679,83

“Façam a experiência do dízimo, diz o Senhor, e vocês verão se não abro as comportas do céu, se não derramo so-bre vocês as minhas bênçãos” (Ml 3,10).Cada um dê de acordo com o seu coração. E que não seja de qualquer jeito, resmungando, achando ruim, mas com alegria e gratidão. Quem se-meia pouco, colhe pouco. Quem semeia muito colhe muito (cf. 2Cor 9,6-7).

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Aconteceu...

SOLENIDADE DA MÃE DE DEUS:

Dia 1º de janeiro de 2018: Neste dia, a liturgia colocou-nos diante de evocações diversas. Primeiramente, celebrou-se a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus: o convite a contemplar a figura de Maria, aquela mulher que, com o seu “sim” ao projeto de Deus, nos ofereceu Jesus, o nosso libertador. Recordou-se o Dia Mundial da Paz, proposto em 1968 pelo Papa Paulo VI, propondo as pessoas de boa vontade que, neste dia, se rezasse pela paz no mundo. E ainda, marcou o início do ano civil. Momento de esperança para a caminhada a ser realizada, durante todo ano, de mãos dadas com esse Deus que nos ama, que em cada dia nos cumula da sua bênção e nos oferece a vida em plenitude.

FOLIA DE REIS: O intervalo entre o nascimento de Jesus Cristo e a visita dos Três Reis Magos ao filho de Deus é lembrado anualmente, como a Folia de Reis. Belchior, Gaspar e Baltazar teriam saído do Oriente se guiando por uma estrela e levavam três presentes ao Menino Jesus: ouro, incenso e mirra. Na nossa cidade, os participantes dessa manifestação cultural e festiva entoam diversas canções e rezas em homenagem aos três viajantes santificados, visitando os presépios montados pela comunidade.

FESTA DE SÃO SEBASTIÃO: A comunidade da Vila Regina comemorou a festa do seu padroeiro, São Sebastião. Foi linda e abençoada a novena em honra ao padroeiro, povo reunido em mais uma demonstração de fé! O céu e a terra se uniram para festejar o grande mártir, São Sebastião.

FORMAÇÃO DA PASCOM: Em janeiro, também, aconteceu o encontro de formação para a Pastoral da Comunicação. A formação foi ministrada pela jornalista Liliene Dante e foram abordadas as temáticas relacionadas a Comunicação na Igreja e Comunicação a serviço da evangelização.

Vai acontecer...

Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro:Os novos horários de missa e celebração do batismo, no Setor Nossa Senhora do Perpetuo Socorro, tem mostrado que a comunidade continua caminhando com fé.