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POVO LIVRE Director: José Luís Moreira da Silva Periodicidade Semanal Internet: www.psd.pt - e-mail: [email protected] PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA nº 1497 - 4 de Abril de 2007 - Preço 0,75 José Luís Moreira da Silva Editorial Destaques: «Apelo ao Governo que tenha a humildade de parar para reflectir nesta matéria» Não é um acto de fraqueza, é um gesto de responsabilidade! Conferência sobre a Ota e soluções alternativas Pag 2 e seguintes PSD renova repto ao Governo para aceitar proposta de redução do IVA e do IRC Leia em “actividades do PSD” Câmara de Lisboa reduz milhões em despesas Leia em “Local, Lisboa” “OTA” ARROGÂNCIA! Que Governo dito socialista é este que controla a comunicação social e reprime a liberdade de informação! Assim que vê ou ouve algo o mais levemente contra o que tem feito ou sobre o que não tem feito, grita logo aos directores de informação das várias redacções que têm de parar e começar a laudar o Governo... Parece que têm saudades do lápis da censura, só que agora mudam-lhe a cor para rosa! Que Governo dito socialista é este que usa e abusa da publicidade e do marketing, de forma profissional, independentemente do que faz e principalmente do que não faz. Os assessores, às dezenas em cada Gabinete ministerial, como criticou recentemente o Tribunal de Contas, gastam o seu tempo a promover a acção e a omissão governamental, em vez de o usarem para preparar a execução de políticas para os portugueses em cumprimento das promessas eleitorais... Parece que têm saudade do velho SNI, só que agora lhe mudam as cores para rosa! Que Governo dito socialista é este para quem só está certa a versão do Governo. Ministros escondem estudos e pareceres técnicos, só para poderem jurar em público que a sua opção é a única boa para o País! A OTA assim vai, contra tudo e contra todos. Só resta saber a favor de quem ou de quê! A atitude claramente autista do Governo é paradigmática da sua atitude geral em toda a sua actuação. Faz lembrar a co- incineração de Sócrates, aquela que ninguém ainda hoje percebe para que servia ou se servia para alguma coisa, tanto é que ainda não foi levada por diante por este Governo.... Parece que têm saudade de quando a comunicação social só publicava a versão do Governo, só que agora lhe mudam a cor para rosa! Que Governo dito socialista é este que quer controlar a polícia, toda a polícia e em conjunto o Ministério Público. Criam a SISI, qual princesa romântica que morreu cedo, comungando da mesma tragédia, avançam sem explicações e num secretismo democraticamente pouco saudável, concentrando nas mãos do PM toda a informação e poder sobre a investigação criminal do País... Parece que têm saudade da polícia do antigamente, só que agora lhe mudam a cor para rosa! Vai na volta está finalmente encontrado quem votou em Salazar para melhor português de todos os tempos.... A arrogância pelo menos é a mesma!

PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA POVOLIVRE - psd.pt · de ordem técnica Há cerca de duas semanas, quando anunciou a realização desta conferência, Luis Marques Mendes defendeu a necessidade

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POVOLIVREDirector: José Luís Moreira da Silva Periodicidade Semanal Internet: www.psd.pt - e-mail: [email protected]

PARTIDO SOCIAL DEMOCRATA nº 1497 - 4 de Abril de 2007 - Preço 0,75

José LuísMoreira da Silva

Editorial

Destaques:

«Apelo ao Governo quetenha a humildade de pararpara reflectir nesta matéria»

Não é um acto de fraqueza, é umgesto de responsabilidade!

Conferência sobre a Ota e soluções alternativasPag 2 e seguintes

PSD renova repto ao Governo para aceitar proposta deredução do IVA e do IRC

Leia em “actividades do PSD”

Câmara de Lisboa reduz milhões em despesasLeia em “Local, Lisboa”

“OTA”

ARROGÂNCIA!

Que Governo dito socialista é este quecontrola a comunicação social e reprime aliberdade de informação! Assim que vê ou ouvealgo o mais levemente contra o que tem feito ousobre o que não tem feito, grita logo aos directoresde informação das várias redacções que têm deparar e começar a laudar o Governo...

Parece que têm saudades do lápis da censura,só que agora mudam-lhe a cor para rosa!

Que Governo dito socialista é este que usa eabusa da publicidade e do marketing, de formaprofissional, independentemente do que faz eprincipalmente do que não faz. Os assessores, àsdezenas em cada Gabinete ministerial, comocriticou recentemente o Tribunal de Contas,gastam o seu tempo a promover a acção e aomissão governamental, em vez de o usarempara preparar a execução de políticas para osportugueses em cumprimento das promessaseleitorais...

Parece que têm saudade do velho SNI, sóque agora lhe mudam as cores para rosa!

Que Governo dito socialista é este para quemsó está certa a versão do Governo. Ministrosescondem estudos e pareceres técnicos, só parapoderem jurar em público que a sua opção é aúnica boa para o País! A OTA assim vai, contratudo e contra todos. Só resta saber a favor dequem ou de quê! A atitude claramente autistado Governo é paradigmática da sua atitude geralem toda a sua actuação. Faz lembrar a co-incineração de Sócrates, aquela que ninguémainda hoje percebe para que servia ou se serviapara alguma coisa, tanto é que ainda não foilevada por diante por este Governo....

Parece que têm saudade de quando acomunicação social só publicava a versão doGoverno, só que agora lhe mudam a cor pararosa!

Que Governo dito socialista é este que quercontrolar a polícia, toda a polícia e em conjuntoo Ministério Público. Criam a SISI, qual princesaromântica que morreu cedo, comungando damesma tragédia, avançam sem explicações e numsecretismo democraticamente pouco saudável,concentrando nas mãos do PM toda ainformação e poder sobre a investigação criminaldo País...

Parece que têm saudade da polícia doantigamente, só que agora lhe mudam a cor pararosa!

Vai na volta está finalmente encontrado quemvotou em Salazar para melhor português detodos os tempos....

A arrogância pelo menos é a mesma!

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Actividades do Presidente

O PSD promoveu uma conferencia técnicasobre a Ota num alerta para o “erro crasso” e“irremediável” que pode vir a ser a localizaçãodo novo aeroporto

O PSD organizou na segunda-feirauma conferência sobre o novoaeroporto internacional de Lisboa,em “mais uma tentativa deesclarecimento” e alerta para o “errocrasso” que poderá constituir aconstrução daquela infra-estrutura naOta.

“É mais uma tentativa deesclarecimento e uma tentativa paraalertar para o erro crasso quedificilmente será depois emendado”,disse à Lusa o vice-presidente doInstituto Francisco Sá Carneiro,Miguel Relvas.

A conferência, com um cariz“eminentemente técnico”, realiza-sesegunda-feira e tem como tema “Onovo aeroporto de Lisboa: na Ota ounoutro local?”.

A abertura da conferência serámarcada por intervenções dopresidente do Instituto Francisco Sá

Carneiro, João Bosco Mota Amaral,e do bastonário da Ordem dosEngenheiros, Fernando Santo.

No primeiro painel, dedicado aos“aspectos estruturais”, foramoradores o professor catedrático emTransportes José Manuel Viegas, oprofessor catedrático em Urbanismoe Transportes e o secretário-geral daSociedade de Geografia, AntónioDiogo Pinto.

No segundo painel, subordinadoaos “aspectos operacionais”, irãointervir o professor de Urbanismo eTransportes Paulino Pereira e odirector do Aeródromo Municipal deÉvora, Lima Bastos.

O líder do PSD, Luís MarquesMendes, fez o encerramento daconferência.

Destacando a importância destainiciativa do Instituto Francisco SáCarneiro, Miguel Relvas, que é

também presidente da comissãoparlamentar de Obras Públicas,sublinhou que a decisão sobre alocalização do novo aeroportointernacional de Lisboa deverá caberaos técnicos.

“Ao Governo compete decidir aconstrução, aos técnicos competedecidir a localização”, afirmou.

A opção do Governo em construiro novo aeroporto internacional deLisboa na Ota, a cerca de 50quilómetros a norte de Lisboa, temvindo a ser contestada pelos sociais-democratas, nomeadamente por nãoter possibilidades de expansão, sercara demais e ter defeitos importantesde ordem técnica

Há cerca de duas semanas, quandoanunciou a realização destaconferência, Luis Marques Mendesdefendeu a necessidade de serencontrado um “consenso técnico

alargado” sobre esta matéria.“Todos os técnicos, todos os

especialistas, todos os estudosconhecidos dizem que há outrassoluções e que há outras alternativas[à Ota] e acrescentam que essassoluções e essas alternativas nãoforam estudadas e não foramanalisadas”, tinha, na altura,acrescentado o líder social-democrata.

Na segunda-feira, quando darealização do colóquio, que foi umindiscutível sucesso, não apenas pelaassistência, mas pela qualidade dosinterventores, e que teve como tema«O novo aeroporto de Lisboa: na Otaou noutro local?» o líder do PSDapelou, no seu discurso deencerramento, a um consensoalargado sobre o novo aeroporto deLisboa, para evitar a construção demais um elefante branco em Portugal,convidando ao mesmo tempo oGoverno para que tenha a humildadede parar para reflectir nesta matéria:«Apelo para que o Governo ouça, nãoseja autista. Recuar não é um acto defraqueza, é um gesto deresponsabilidade», afirmou.

Marques Mendes insistiu nanecessidade de um consenso técnicoalargado, advertindo que a teimosiaem questões sérias como esta sóconduz a precipitações.

O presidente do PSD sublinhouque existem alternativas à Ota e hátempo para as estudar. «Se háalternativas, porque não sãoestudadas? Se a Ota tem problemassérios, porque se insiste? Se é carademais, porque se insiste nocapricho?», interrogou MarquesMendes, reiterando que o Governotem de «abandonar a política doquero, posso e mando».

Marques Mendes defendeu aindaque a construção do novo aeroportoda Ota «não é uma questão partidária,mas um combate nacional»,representando um investimentoestruturante que irá comprometer ospróximos Orçamento de Estado e ospróximos Governos. «A construçãodo novo aeroporto só começará nopróximo Governo. E este é umassunto suficientemente sério paranão se cair em teimosias», salientou.

Durante a manhã, diversosespecialistas que participaram nocolóquio, alertaram para que serecupere o «bom-senso» no processo

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Actividades do Presidente

O nosso Presidente, Luís MarquesMendes, juntou-se a um protesto dapopulação local, em defesa doServiço de Atendimento Permanente(SAP), que está ameaçado de ter decessar a sua actividade de 24 horaspor dia, apelando ao Governo paraque não encerre serviços de saúdeespalhados pelo país, em especial nasregiões do interior, no âmbito daanunciada reformulação do sector.

O ministro da Saúde anunciou naúltima semana o encerramento de“todos” os 70 SAP do país queatendem actualmente menos de 10

de construção do novo aeroporto deLisboa, defendendo oaprofundamento dos estudos dealternativas à Ota. «É precisorecuperar o bom-senso. Pretende-seapenas que o Governo aceite estudarbrevemente hipóteses alternativas»,expressou José Manuel Viegas,professor catedrático em Transportesdo departamento de Engenharia Civildo Instituto Superior Técnico.

Segundo este especialista emTransportes, as localizaçõesalternativas - Poceirão e Faias – têmalgumas vantagens em relação à Ota,desde logo, por estarem localizadas auma menor distância de Lisboa, emterrenos mais planos e fora da RedeNatural. Além disso, acrescentou JoséManuel Viegas, o Poceirão estálocalizado a cerca de dois quilómetrosda linha de caminho de ferro equalquer uma dessas duas localizaçõespermitirá uma redução de custossuperior a mil milhões de euros. Pelocontrário, a Ota tem «problemasaeronáuticos sérios», uma capacidadede expansão limitada, custos muitomais elevados e pioresacessibilidades.

Fernando Nunes da Silva,professor catedrático em Urbanismoe Transportes do departamento deEngenharia Civil e Arquitectura doInstituto Superior Técnico, recuperouo apelo deixado por José ManuelViegas, alertando igualmente para anecessidade de «recuperar o bom-senso e parar para pensar». «Foi umprocesso de decisão extremamenteatabalhoado», exclamou,sublinhando a importância de analisaras questões técnicas em profundidade«antes de se tomar decisõesextremamente complicadas e comimpactos estruturantes».

Como argumento para reabrir oprocesso de decisão sobre qual amelhor alternativa de localização paraconstruir o novo aeroportointernacional de Lisboa, Nunes daSilva apontou, entre outros aspectos,a alteração da lógica de ordenamentodo território. «Há novos dados emrelação à Ota, que os estudos iniciaisapenas afloravam», disse.

António Diogo Pinto, secretário-geral da Sociedade de Geografia deLisboa, manifestou a sua discordânciacontra a construção do novoaeroporto na Ota. E alertou para oproblema dos custos. De acordo comeste responsável, a Ota poderá custarmais 60 por cento do que os 3 milmilhões de euros previstos pelosestudos iniciais. «Quem pagará? Ouserão os passageiros ou oscontribuintes», frisou António DiogoPinto.

Todos os prestigiados técnicospresentes pensam que este assunto ésério demais para ser “arma dearremesso” político e que ainda hátempo para “estudar outras soluções”.

Esta atitude flexível e racionalcontrasta seriamente com asdeclarações do ministro das Obraspúblicas, Mário Lino, que afirmouque “a decisão política está tomada esó mudará por milagre. E eu nãoacredito em milagres…” - Povo Livre

Marques Mendes em Oleiros (CasteloBranco) pede ao Governo que “repense oencerramento dos SAP no interior

pacientes no período nocturno mas«só depois de criadas as condiçõesnecessárias e em consonância com osmunicípios».

Em Oleiros, a preocupação sobreo futuro do SAP levou hoje apopulação a encher o centro da vila,por onde passou Marques Mendesacompanhado pelo presidente daCâmara, José Marques (PSD), acaminho de uma visita ao centro desaúde para se “solidarizar” com osresidentes.

“Faço um apelo ao Governo e aoprimeiro-ministro em particular para

que olhe para este e outros casos e nãoinsista na teimosia de encerrarserviços de saúde que são essenciaispara a população, em especial nointerior”, referiu o líder do PSD.

“Oleiros é um concelhoespecialíssimo”, frisou, destacando oproblema do isolamento. “Qualqueralternativa está a, pelo menos, umahora de distância. Uma hora pode sera diferença entre a vida e a morte eisto não é um exagero”, sublinhou.

“Há três coisas que me parecemmuito importantes: o Governo temque deixar de tratar os portuguesescomo números, é preciso acabar comesta politica de costas viradas para ointerior do país e sobretudo e é precisoparar com a ideia de que a saúde é umluxo”, acrescentou.

“A saúde é um direito de todos,em especial dos mais pobres enecessitados. Faço o convite aoGoverno para que se deixe deteimosias e com senso pratique justiçasocial”, referiu Marques Mendes,para quem o tema “não tem a ver compartidos, nem com a luta entreGoverno e oposição. É uma questãode cidadania”, destacou.

O director do centro de saúde deOleiros, Luís Fernandes, afirma que,neste momento, só “…sabe o queaparece na comunicação social. Nãohá certezas, o que deixa a populaçãoinquieta”, descreve.

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Actividades do Presidente

Aquele responsável, defende amanutenção da equipa nocturna (ummédico, um funcionárioadministrativo e um enfermeiro)devido ao isolamento do concelho.

“Fiquei surpreendido quando sefalou da possibilidade deencerramento”, refere. O hospitalmais próximo, em Castelo Branco,está a mais de 45 minutos de distância.Outra hipótese seria cobrir Oleiroscom novos serviços de saúde na Sertã,concelho vizinho, “mas para essa zonaas acessibilidade também são más”.

Segundo Luís Fernandes, o centrode saúde de Oleiros está apto a fazerpequenas cirurgias e maior parte das

urgências atendidas no horário doSAP têm sido ali resolvidas, semnecessidade de transporte para outrasunidades.

O centro de saúde está a funcionaractualmente em instalaçõestemporárias, uma vez que está emconstrução um novo edifício, quedeverá ser inaugurado, o mais tardar,no início do próximo ano, refereaquele responsável.

“Espero que nessa alturacontinuemos a ter o SAP. Aliás, asnovas instalações foram pensadas paraisso”, concluiu.

- Gab. Imp.PSD, Lusa

Na tomada de posse da nova CPD da Guarda

Marques Mendes defende fim da políticado “quero, posso e mando” de Sócrates

O presidente do PSD, MarquesMendes, esteve na segunda-feira naGuarda, no jantar da tomada de posseda nova Comissão Política Distritaldo PSD/Guarda, presidida porÁlvaro Amaro, presidente da Câmarade Gouveia, onde tambémaproveitou para fazer o balançopolítico de dois anos do actualexecutivo. Marques Mendes lembrouque “está na altura de pôr fim à actualpolítica do “quero, posso e mando”,seguida pelo actual Governosocialista”, disse.

Sobre a política seguida por JoséSócrates, o líder nacional do PSDconsiderou tratar-se de “uma políticade autoritarismo, prepotente,arrogante” e “uma política que sóconduz à precipitação”.

Admitiu que “decidir éimportante” mas do seu ponto devista, “decidir desta forma, semcritério e sem justiça, só leva àperturbação social, só faz virarportugueses contra portugueses”,disse, numa referência às medidas queo Governo está a aplicar no sector dasaúde.

“Deixe de tratar as pessoas comonúmeros. As pessoas não sãonúmeros, são pessoas, merecemrespeito”, desafiou.

Apelou ainda a José Sócrates paraque “tenha uma especial atenção nodomínio da saúde com o interior dePortugal” argumentando que “asaúde é um direito de todos”.

Aludiu à reforma que está a serfeita neste domínio, com oencerramento de urgências e Serviçosde Atendimento Permanentenocturnos, para apelar ao primeiro-ministro que “pare com esta politicade permanentes encerramentos semcritérios, num desrespeito total pelas

populações”.“Esta política de saúde que está

em marcha, é um exercício deleviandade e de ligeireza”,considerou.

Marques Mendes afirmou aindana sua intervenção que o Governo temseguido políticas erradas para o paísem particular a do aumento deimpostos” e “merece sersubstituído”.

“Assistimos todos os dias afábricas que fecham e a empresas asair de Portugal”, observou,classificando a actual política fiscalcomo sendo “irresponsável eleviana”.

“Hoje a taxa de desemprego já nãoé de 7,1 por cento, é de 8,2 por cento,bastante mais do que há dois anosatrás”, apontou.

“Em vez de mais 150 mil postosde trabalho, o que temos é maisdesemprego. O que é isto senão umGoverno falhado que merece sersubstituído?”, assinalou MarquesMendes.

As palavras de Álvaro Amaro

O Presidente da Comissão Políticada Guarda, Álvaro Amaro, naspalavras que proferiu na mesmaocasião, lembrou que o PSD daGuarda deu um exemplo de energia ede cultura democráticas, numadisputa eleitoral que confrontou duasorientações para a condução doPartido e duas personalidades para aliderança.

Pura e simplesmente:Duascandidaturas legítimas, valorizadorasdo debate político e mobilizadorasdos militantes.

Nunca uma luta de inimigos ou

de cultura ideológica e interessesestratégicos.

Bem pelo contrário. Sabemos eprezamos acima de tudo, o que nosune.

Porque assim é, permitam-me omeu cumprimento especial aocompanheiro Fernando Andrade e,nele, a todos os que expressaram assuas convicções numa orientaçãodiferente para o PSD da Guarda, tãonobre a legítima como a dos que,comigo, deram forma a mais umaideia vencedora.

Quero pois, agradecer a presençade todos neste acto simbólico deposse, que é responsabilizante eestimulante.

E é particularmente estimulante apresença do Presidente do Partido,Dr. Luís Marques Mendes.

Era nosso dever ir a Lisboa, à sededo PSD, apresentar-lhecumprimentos. Está cumprida aformalidade e com o nossoagradecimento por ter vindo até nós,não apenas para ser feita a análise dedois anos do Governo Socialista, mastambém porque eu sei quanto desejaliderar o Partido sempre próximo dosmilitantes e amanhã liderar o Paíssempre próximo de todos osPortugueses.

É por esse objectivo que vamostrabalhar. É para ganharmos 2009.

De resto, é bom recordar que a sualiderança já nos conduziu a grandesvitórias eleitorais e à reconquista deinfluência eleitoral e partidária,capazes de demonstrar umaevidência: o País só não se identificacom o PSD quando ele se distanciado próprio País para se fixar emvaidades, culturas de elite e desprezopela nossa matriz ideológica, cultural

e histórica.O PSD não tem apenas ganho

batalhas políticas e eleitorais. Temdemonstrado, e deve continuar ademonstrar, maturidade cívica,identificação e produção dealternativas de política,reconhecimento dos méritos ecombate aos equívocos, delimitaçãodos territórios ideológicos e dasopções programáticas, conhecimentodos problemas e dosconstrangimentos, estudo de soluçõese visão estratégica para odesenvolvimento equilibrado esustentado do País.

O PSD não pode dar ao País aideia de que o seu debate interno e assuas tensões, são determinados pormeras questões de estilo, de timbresou de postura mediática.

Não podemos quase aplaudir aspolíticas do Governo, enquantoexigimos maior empenhamentocrítico e maior vigor na oposição aessas mesmas políticas e a esse mesmoGoverno. Não podemos clamarcontra a exclusão quando procuramoso nosso próprio ninho e alimentamosas nossas ambições egoístas.

Não é difícil perceber que, muitasvezes, nós somos o nosso próprioproblema. E que os portugueses vãonotando com clareza e nitidez, que oGoverno é o problema do País.

O PSD da Guarda quer ajudar aultrapassar este estado de coisas noPaís, a confrontar os desafios que secolocam nos tempos de hoje.

A nossa maior atenção não deixaráde ser dirigida, no entanto, aosproblemas da nossa região. O distritoda Guarda apresenta-nos desafios degrande alcance que só são resolúveiscom trabalho, empenho, capacidade

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Actividades do Presidente

de diálogo com os nossos concidadãos,confronto de opiniões e dealternativas e a demonstração danossa capacidade e dos nossosvalores.

Não descansaremos nacontribuição política para a vitóriaeleitoral do PSD em 2009, naformulação de soluções alternativas,na reafirmação de uma aliançaafectiva entre os portugueses e asocial-democracia.

Temos noção de que os desafiosdo País não são menores nem maisfáceis de ultrapassar. Pelo contrário.Lidamos com problemas de naturezadistinta, com máquinas depropaganda mais poderosas, comculturas de poder mais limitadoras dasliberdades públicas e individuais.

O País está cercado por umpoder que vive dele próprio,que organiza a sua estratégiaem função de uma ideiaaparente

O País está cercado por um poderque vive dele próprio, que organiza asua estratégia em função de uma ideiaaparente, longe da realidade do dia adia dos portugueses e das suascondições de vida.

Uma das nossas tarefas centraisserá, também, contribuir para adenúncia política do estado da Nação.

O PSD da Guarda tem umpercurso bem definido na sua acçãopolítica e partidária.

O de unir os militantes na acçãocolectiva e não dividir as energias eos objectivos.

O de acrescentar valor à reflexão eanálise da situação política do País, nãocaindo na tentação de diminuir osespaços de intervenção ou limitar o seuolhar crítico com divergências internasartificiais e desmobilizadoras.

O de agir em coerência com asorientações globais estratégicas e comas opções partilhadas e assumidas enão por caminhos de duvidosoalcance, por zig-zags permanentes naexpectativa absurda do ganho pessoalimediato.

Caros Amigos e CompanheirosEstes nossos percursos e estas

nossas opções só nos podem levar atermos uma relação com o Partido,com os cidadãos e com o País que sejaelevadora da função política,merecedora do respeito público ecredora do mandato popular.

Não nos deixaremos envolver emquestões menores da política. Paranós o que é essencial é falar claro aosnossos concidadãos, é demonstrar avalidade política das nossas opções, édenunciar os erros estratégicos doactual Governo e da sua liderança.

Porque o País está a ser arrastadopara um empobrecimento crescentee em que os cidadãos vão perdendopoder de compra e qualidade de vida.

Porque estamos a ser mergulhadosnuma crise social sem precedentes,que começa a alimentar dificuldadesde identidade cultural e de valores.

Porque a nossa vida colectiva éobjecto de uma manipulaçãopermanente, instrumentalmente aoserviço de políticas e de opções quenos penalizam e nos empurram paraa cauda do desenvolvimento.

Porque a insensibilidade social écada vez mais a marca do governoSócrates, em que a atracção dos fins(a manutenção do poder) vaijustificando os meios.

Caros Amigos e CompanheirosContem connosco para duas coisas

essenciais: agir e reagir aos desafiospartidários, mas principalmente paraagir e reagir aos desafios do nossoDistrito da Guarda.

Um Distrito que para além dassuas riquezas, do seu enormepotencial, não tem conseguido criarum pólo dinamizador a partir da suacapital de Distrito. É importante queo consiga. É mesmo muito importanteque não perca mais oportunidades.

A última, será porventura até2013.

Nesse sentido, apresento aqui umaprimeira iniciativa que iremosdesenvolver com um conjunto depersonalidades e que seconsubstanciará na elaboração de umLivro Branco relativo à Guarda, comparticular incidência na Cidade e noConcelho. E porquê?

Justamente porque entendemosuma capital de Distrito como póloaglutinador em que todos se revejame nele reconheçam isso mesmo.

Sejamos francos e sinceros.Em todos os quadrantes políticos

e na própria Sociedade Civil, sereconhece essa lacuna.

Queremos dar o nosso contributoda forma mais despartidarizadapossível, elaborando o Livro Brancoe sujeitando-o a debate público.

Tal acontecerá no primeirotrimestre de 2008.

Este é um Distrito que entre 1991e 2004 perdeu 900 pessoas por ano,diminuiu o índice de juventude (de8,1 para 4,9), diminuiu o número dealunos matriculados entre 1999/2000e 2004/2005 no Ensino Básico de21,5%, no Ensino Secundário 30,9%

e no Ensino Superior 11,7%.E que dizer da Saúde?Entre 1993 e 2003, aumentaram

as consultas nos Centros de Saúde em16% e o número de médicos por cada1000 habitantes cresceu de 1,13 para1,67.

Mas se este é um bem precioso – oacesso a melhores cuidados de saúde– eis senão quando, um Governo empleno século XXI, em vez de nosajudar, antes prefere retirar, ou fechar,ou, em suma, mandar mais genteembora.

Vejam só:Se porventura o Governo

teimasse em levar por diante a suareforma absurda, injusta e até imoral,com encerramento nocturno de 11SAP’s no Distrito, isso significariaque mais de 6.000 pessoas por anodeixariam de ter acesso a este tipo decuidados com grandes profissionais desaúde que agora até poderão vir a sersubstituídos por call centers.

É para ajudar a alterar este estadode coisas que estamos aqui.

“…há algum tempo meempenho, dentro e fora doPartido, para que o PSDassuma como sua, a bandeirada interioridade, da coesãoterritorial»

O Senhor Presidente da CPN sabebem que há algum tempo meempenho, dentro e fora do Partido,para que o PSD assuma como sua, abandeira da interioridade, da coesãoterritorial o que, em última instância,justifica, isso sim, um País maisequilibrado e por isso mais justo.

É um “atentado político” não seolhar para este quadro, sem se deitarmão a um conjunto de políticaspúblicas activas, com forte pendor napolítica fiscal.

Para ser totalmente justo, devoaqui testemunhar a sensibilidade jámanifestada pelo Dr. MarquesMendes para que o PSD apresente umconjunto de propostas concretas, nalinha do que já fez, por exemplo, para

as pequenas e médias empresas.Por nós, PSD/Guarda, e estas

serão mais duas iniciativas,realizaremos em Trancoso e em finaisde Maio o primeiro Fórum Temático,subordinado ao tema: “A Guarda, aCoesão Territorial e aCompetitividade” e em Pinhel, emfinais de Setembro, um segundoFórum Temático, com o tema:

“Comunicação Social, Iniciativae Desenvolvimento”.

Entretanto, no mês de Junho,faremos um acto simbólico de possedo Conselho Estratégico Distrital,que integrará até 20 personalidades eque nos ajudará, estou certo, areflectir sobre problemas, que sãomuitos, e soluções concretas paraproblemas concretos.

No último trimestre deste ano,queremos articular com a JSD olançamento de um Ciclo deConferências associado à formaçãopolítica, de modo a podermos vir ater, aqui na Guarda, umaUniversidade de Verão com o sucessoque hoje tem a de Castelo de Vide.

É importante esta formação denovos quadros políticos e é tambémaí que queremos dar o nossocontributo.

Senhor Presidente do PartidoCaras Amigas e Caros Amigos

Falei-vos do que nos move, deprincípios e de causas, de trabalho quea todos mobilizará, estou certo disso.Como tenho afirmado, ninguém sedeve excluir da tarefa de engrandecero PSD, em particular nesta altura, queo PS já mostrou, com a sua maioriaabsoluta, que as pessoas não contam,senão para resultados eleitorais.

O momento que vivemos e asrespectivas sondagens, mais nosdevem animar para cerrar fileiras ecombatermos tantas políticas dedesigualdade.

O PSD, mostrou nas suas maioriasabsolutas, o Desenvolvimento.

O PS, mostra o Encerramento.Temos que vencer a apatia, temos

que denunciar e temos quecredibilizar. É este o nosso caminho.– Pres. CPD/PSD

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Actividades do PSD

No dia 27, o PSD, pela voz dolíder parlamentar Marques Guedes,acusou o ministro da Saúde de“mentir” quando disse que oencerramento de mais de 50 Serviçosde Atendimento Permanente (SAP)estava previsto na proposta dereestruturação da rede de urgências.

“O ministro da Saúde andou adefender o encerramento de mais decinco dezenas de SAP (...),escudando-se numa pretensaindicação de uma comissão técnicaindependente, com isso pretendendosacudir do capote as suasresponsabilidades. A verdade é que oministro mentiu. Não houvequalquer estudo técnico sobreencerramento dos SAP”, afirmou olíder parlamentar do PSD, LuísMarques Guedes.

Exibindo duas folhasalegadamente retiradas do relatório dacomissão técnica de apoio ao processode requalificação das urgências,Marques Guedes sublinhou que nessedocumento é expressamente indicadoque a matéria dos SAP “não foi alvode discussão da comissão técnica,sendo informação fornecida pelasARS”.

“Ciente desse facto, o ministériomandou retirar as páginas do relatório,procurando assim esconder aopúblico informação oficial. Só que aspáginas existem e desmentemfrontalmente o ministro”,acrescentou o líder da bancada doPSD, durante uma conferência deimprensa na sede do PSD.

Apelando ao Governo para“recuar nas suas intenções”, MarquesGuedes defendeu que nenhum SAPdeve encerrar sem previamenteestarem asseguradas alternativas.

“É o que reclama o bom-senso, a

Actividades do PSD

Marques Guedes acusa Ministro da Saúdede mentir sobre reestruturação dos SAP

seriedade e o respeito que aspopulações merecem”, sublinhou,considerando que o processo dereorganização dos SAP é o exemplo“de um Governo mentiroso e sempingo de vergonha”.

“Este comportamento éinaceitável. Denota um Governo semtransparência, sem seriedade e semética. Um Governo que falta àverdade. Um Governo que escondeinformação oficial”, acrescentou.

Questionado se o PSD consideraque o ministro da Saúde, Correia deCampos tem condições para continuarno cargo, Marques Guedes escusou-se a responder de forma directa,remetendo essa questão para oprimeiro-ministro.

“A responsabilidade é doprimeiro-ministro”, disse, admitindo,contudo, que se esta situaçãoocorresse num Governo PSD seriaentendido que essas condições já nãoexistiam.

Em relação à possibilidade doPSD propor a realização de um

inquérito parlamentar para esclarecerse a proposta de reestruturação da redede urgências previa o encerramentodos SAP, conforme foi a semanapassada admitido pela deputadasocial-democrata Ana Manso, o líderparlamentar remeteu uma respostapara os próximos dias.

“Nos próximos diasdecidiremos”, referiu.

O Governo deu“cambalhota” ao admitir apossibilidade da redução deimpostos

O PSD considera que o Governodeu uma “cambalhota” ao admitir apossibilidade de reduzir os impostos,e acusou o executivo socialista de estarjá e apenas a pensar nas eleiçõeslegislativas próximas

“É uma cambalhota. O Governocomeçou por dizer que “nem pensar”em rduções e agora já vem admitir queas pode fazer”, afirmou o líderparlamentar do PSD, Luís MarquesGuedes, numa reacção às declaraçõesdo ministro das Finanças, Teixeirados Santos.

No dia 27, em Bruxelas, oministro das Finanças assegurou queo esforço de ajustamento orçamentalvai continuar, apesar da melhoria dodéfice, sem prever uma diminuiçãode impostos antes do desequilíbrioestar “bem abaixo” dos 3,0 por centodo PIB.

Fernando Teixeira dos Santosbalizou entre uma situaçãoorçamental “suficientemente” abaixodesse valor limiar e outra “próximodo objectivo de médio prazo”, quepretende alcançar em 2010, parapoder ter condições de “sinalizar”

com uma diminuição de impostos osesforços pedidos aos portugueses.

Por enquanto “não há folga” ao“esforço considerável” deajustamento orçamental, sendo“ilusório” a possibilidade de umalívio em 2007, garantiu o ministro.

Questionado sobre estasdeclarações, Marques Guedesconsiderou-as uma “cambalhota” doexecutivo de maioria socialista,salientando que, quando os sociais-democratas propuseram a reduçãogradual do IVA e do IRC, “estavam apensar no país, na reanimação daeconomia e no combate aodesemprego”.

Pelo contrário, acrescentou o líderda bancada do PSD, o Governo “aoempurrar qualquer decisão para maispróximo do acto eleitoral” está apenasa “pensar nas eleições e na caça dovoto”.

PSD lamenta que a sessãoplenária com a presença deDurão Barroso decorra noSenado

O PSD lamentou que a sessãoplenária com a presença do presidenteda Comissão Europeia, prevista para13 de Abril, tenha sido marcada paraa Sala do Senado, considerando quese trata de uma decisão que“desprestigia” a Assembleia daRepública.

“Parece uma questão de somenosimportância, mas não é”, sublinha olíder parlamentar do PSD, LuísMarques Guedes, em comunicado.

Conforme ficou decidido naconferência de líderes, o presidenteda Comissão Europeia, DurãoBarroso, vai responder a perguntas dosdeputados portugueses na Assembleiada República a 13 de Abril, numasessão enquadrada nas comemoraçõesdos 50 anos do Tratado de Roma, quecomeçará às 10:00 e decorrerá na Salado Senado.

O presidente da ComissãoEuropeia fará uma intervenção iniciale, depois, cada partido terá direito aduas rondas de perguntas a DurãoBarroso.

Na nota distribuída ao final datarde e assinada pelo líder do grupoparlamentar do PSD, MarquesGuedes defende que a sessão plenáriacom o presidente da ComissãoEuropeia deveria decorrer na Sala dasSessões, à semelhança do que

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Actividades do PSD

aconteceu em iniciativas idênticas nosParlamentos francês, esloveno ebelga.

Por outro lado, acrescenta o líderda bancada social-democrata, a Salado Senado não permite, sequer, apresença de metade dos deputados daAssembleia da República.

“Nenhum destes factos, porém,parece ter pesado numa decisãopequena e que secundariza oParlamento nacional na construçãoeuropeia”, salienta Marques Guedes,criticando o “sinal político errado”que também é transmitido.

Além disso, é ainda referido nanota, “trata-se de uma decisão que visadesqualificar o debate dos deputadosportugueses com a liderança daComissão Europeia e menoriza ointeresse político da actual discussãosobre o futuro da Europa, assimdesprestigiando a própria Assembleiada República”.

PSD pede audição de ministrodo Ambiente sobre as opçõestomadas na Costa deCaparica

O Grupo Parlamentar do PSD fezum pedido de audição do ministro doAmbiente na Assembleia daRepública, para justificar as opçõestomadas na Costa de Caparica. Norequerimento, o PSD pretende aaudição do ministro do Ambientesobre a “defesa das orla costeira naCosta de Caparica”, visto que algunslocais da cidade têm sido atacadospelo avanço do mar.

A Costa de Caparica foi afectada,até agora, em dois locais: nas dunasdas praias de São João, local onde oInstituto da Água (INAG) já interveioe onde já não se apresentam quaisquerproblemas, e no paredão frontal aosparques de campismo do INATEL eClube de Campismo de Lisboa (CCL).

Este último ficou mesmoparcialmente inundado pelo mar nasúltimas semanas e, nos últimos dias,tem-se procedido à remoção de areiase entulho do interior do parque.

António Neves, o presidente daJunta de Freguesia, disse ter recorridoao Grupo Parlamentar do seu partido

“por ser uma opção que demoramuito menos tempo” e por não tercompetências para fazer este tipo depedidos sozinho, apesar de realçarque estará presente na audição, se estafor aceite.

O requerimento foi pedido nasegunda-feira passada, tendo AntónioNeves confirmado que o pedido “foianalisado na terça-feira” e que serávotado “durante a próxima semana”,altura em que ficará decidido se “oPS autoriza o pedido de audição”.

De acordo com o autarca, orequerimento surge da necessidade de“justificar as decisões que foramtomadas até agora” e de ouvir aposição do ministro do Ambientesobre o caso.

“Queremos ouvir o ministro parasaber se está bem informado, visto quenós achamos que não está, e, alémdisso, queremos saber porque é que opresidente do INAG não colocoupedra no local se os pareceres dostécnicos apontavam nesse sentido”,afirmou António Neves.

Na opinião de António Neves, otroço de paredão que ficou destruídopela força do mar “deveria ter sidoreparado na sua fase inicial, emmeados de Fevereiro, quando asituação ainda não era crítica”.

Uma reparação que, segundo oautarca, deveria passar pela imediatacolocação de pedra de maioresdimensões vinda do exterior, umasoperação que está agora a ser levada acabo pelo INAG.

O requerimento realça ainda quea falha na protecção desta zonacosteira se deve ao facto dasintervenções realizadas no local peloINAG não ter conseguido “evitar queo que restava do cordão dunar, assimcomo do trabalho de entroncamentoque vinha sendo ali desenvolvido,fosse pura e simplesmente devastadopelo mar que galgou a estrutura eentrou terra adentro”.

António Neves disse ainda quetambém o Grupo Parlamentar doPCP pediu uma audição à Comissãode Ambiente da Assembleia daRepública para que o caso sejadiscutido, para que “deputados egrupos parlamentares sejam

esclarecidos sobre as intervençõesfeitas e por fazer na Costa deCaparica”.

O presidente da Junta de Freguesiadeclarou considerar que a reparaçãodo paredão é “necessária não só paraproteger um parque de campismo,mas para defender as praias de umazona que é uma estância de turismopor excelência”.

«Quanto sobrou do IIIQuadro Comunitário deApoio?»O PSD quer saber dos atrasosdo QREN

O PSD alertou, na semanapassada, para o facto de que o atrasono Quadro de Referência deEstratégia Nacional (QREN) está aameaçar a actividade de associaçõesde formação profissional e quer saberque verbas sobraram do III QuadroComunitário de Apoio.

Os sociais-democratas fizeramuma audição no Parlamento comassociações patronais, e no final,Almeida Henriques disse que vaientregar um requerimento para que oGoverno “assuma um calendáriosobre o QREN”.

“Já dissemos que o atraso doQREN tem efeitos negativos naeconomia. E hoje ouvimosassociações dizer que, por causa desteatraso, há empresas e associações quepodem entrar em colapso”, disseAlmeida Henriques.

Durante a audição, umrepresentante da Confederação daIndústria Portuguesa (CIP) alertouque há escolas tecnológicas quepodem fechar em Setembro se não seresolver o problema das verbas.

O deputado social-democratalembrou, como já haviam feito osrepresentantes das associações, que háverbas que “sobraram” do III QuadroComunitário de Apoio e quer que oexecutivo diga qual o montante emexcesso.

PSD renova “repto” aoGoverno para aceitarproposta redução IVA e IRC

O PSD renovou o “repto” aoGoverno para que aceite a propostade redução gradual do IVA e do IRC,considerando que o caminho até agoraseguido para diminuir o défice está“profundamente errado”.

“Os resultados agora conhecidosprovam, inequivocamente, a preguiçae o relaxamento que o Governo temtido na redução estrutural da despesade funcionamento do aparelho doEstado”, afirmou o vice-presidente dabancada do PSD, Miguel Frasquilho,numa reacção aos dados divulgadosquarta-feira pelo Instituto Nacionalde Estatística (INE).

Segundo os dados divulgados peloINE, a despesa corrente sem juros dasadministrações públicas aumentouem 2006 mais do que o previsto noorçamento.

De acordo com o INE, de 2005para 2006 a despesa correnteprimária, aquela que efectivamente épreciso controlar para que haja umaefectiva consolidação orçamental,aumentou 2,4 por cento, superando oorçamentado no OE 2006 em 3,0 porcento.

Os números divulgados quarta-feira pelo INE mostram ainda que foia receita que contribuiu para aredução do défice em 2,8 mil milhõesde euros em 2006, já que as despesassubiram em cerca de mil milhões deeuros e as receitas cresceram 3,85 milmilhões de euros.

Na semana passada o INE tinhaanunciado que o défice público de2006 ficou nos 3,9 por cento do PIB,abaixo dos 4,6 por cento previstospelo Governo.

Em conferência de imprensa noParlamento, Miguel Frasquilhoreprovou o caminho “profundamenteerrado” que o Governo está a seguirpara reduzir o défice público, assenteno “aumento de impostos” e no“corte do investimento público”.

“Foi isto que dissemos. E é issoque o INE agora confirma. Os dadosdo INE mostram, de resto, que asituação é pior do que entãopensávamos”, salientou, destacandoa redução de 15 por cento verificadano investimento público, o aumentoda receita em quase “dois mil milhõesde euros do orçamentado” e o

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Actividades do Presidente

“descontrole” da despesa públicatotal, que ficou “cerca de mil milhõesde euros acima do que tinha sidoorçamentado”.

“Assim se confirma que ocaminho para diminuir o défice éerrado.

Profundamente errado (...). Porisso, se dúvidas houvera, a cruezadestes números vem reforçar o acertoe a acuidade da proposta do PSD deredução gradual do IVA e o IRC”,acrescentou o vice-presidente dogrupo parlamentar do PSD.

Esta proposta, sublinhou, énecessária para reanimar a economia,aumentar a competitividade do IRCface aos países do Leste da Europa epara atenuar o efeito adverso do IVAnas regiões fronteiriças.

“Além disso, é uma propostapossível financeiramente, dada a folgaorçamental existente, e que não colocaminimamente em causa ocumprimento do Pacto deEstabilidade e Crescimento, mesmocom a revisão feita pelo Governo nasemana passada”, adiantou.

PSD desafia Governo parafazer a efectiva reforma daLei de Bases da Educação e aministra mostra-se disponívelpara debate

O PSD desafiou o Governo parafazer a reforma efectiva da Lei deBases do Sistema Educativo, em vigordesde 1986, e a ministra da Educação,Maria de Lurdes Rodrigues, mostrou-se disponível para debater o assunto.

Durante a discussão do relatóriodo Conselho Nacional da Educaçãosobre o Debate Nacional deEducação no plenário da Assembleiada República, a ministra da Educaçãosalientou que já em 2005 “foram feitasalterações urgentes e necessárias”.

“Continuamos disponíveis paraproceder às alterações necessárias epara participar num debate”, afirmouMaria de Lurdes Rodrigues, depoisdo desafio lançado pelo deputado doPSD Pedro Duarte.

Na resposta, o parlamentar social-democrata afirmou que a Lei de Bases“não pode ser adoptada consoante énecessário”, defendendo umareforma do diploma, que afirma estardesactualizado e desajustado.

Anteriormente, o deputado doPSD Emídio Guerreiro, durante a suaintervenção, já tinha advertido para anecessidade de uma nova Lei deBases, afirmando que o partido está“motivado e empenhado” num“novo modelo adaptado aos temposde hoje e sobretudo os de amanhã”, jáque o anterior “esgotou-se”.

“Até agora apenas encontrámosrejeições sucessivas por parte do PS edo Governo. A partir de agora não hámais desculpas. O relatório aí está e,como era crível, aponta no sentido daspropostas que oportunamente fomosapresentando”, afirmou EmídioGuerreiro.

O relatório que analisou o sistema

educativo português defende anecessidade de melhorar“drasticamente” a qualidade doensino secundário, através da revisãodos programas das disciplinas e demais exames nacionais e considera“ineficaz e ineficiente” o Ministérioda Educação e o sistema deadministração educativa.

O documento critica ainda aaplicação do Processo de Bolonha emPortugal, “de modo apressado esuperficial”, com riscos muitoelevados para a qualidade do ensinosuperior.

“A condenação da publicaçãotardia da legislação, a censura nasindefinições governamentais sobrefinanciamento que atrasou o trabalhosereno de transição. Bolonha,oportunidade perdida. Não é aoposição que o diz. É o relatório”

“O que não está no relatório é que,sobre as instituições, pendia aameaça: ou se faziam as adaptaçõespara os três anos ou o financiamentoestava em risco. Bolonha em Portugalestá sem rei nem roque”.

PSD propõe punição compena prisão até 5 anos para ocrime de enriquecimento ilícito

O PSD entregou quinta-feira, naAssembleia da República um projectode lei que prevê a criação do crime deenriquecimento ilícito de titulares decargos políticos, punível com pena deprisão até 5 anos.

A proposta de criação deste tipode crime já tinha sido anunciada hácerca de um mês pelo líder social-democrata, Marques Mendes, quedefendeu a necessidade de penalizar“quem enriquece de forma ilegítima”.

“A censura não pode apenas sersocial. Tem de ser também umacensura legal e criminal”, disse naaltura Marques Mendes,considerando a criminalização doenriquecimento ilícito como “umaquestão essencial” no âmbito do

combate à corrupção.Na altura, os sociais-democratas

salientaram ainda ser possível acriação do crime de enriquecimentoilícito sem a inversão do ónus daprova, ou seja, sem que tenha de ser oarguido a fazer prova da suainocência.

Tese recuperada agora no diploma,pois, segundo explicou à Lusa o vice-presidente da bancada do PSD,Fernando Negrão, “o enriquecimentosúbito de um titular de cargo políticosem que tenha rendimentos que ojustifique pode enquadrar-se noquadro da perigosidade”.

“É um crime de perigo abstracto”,sublinhou, acrescentando que, destaforma, “não há inversão do ónus daprova”.

“A nossa sociedade sente queexiste uma perigosidade associada àdisparidade manifesta entre osrendimentos de um funcionário e oseu património ou modo de vida. Equando tal acontece, a generalidadedas pessoas formula um juízo deperigosidade”, lê-se na exposição demotivos do diploma.

Por isso, é ainda referido, deve “alei criminal tutelar esse juízo deperigosidade através de um tipo deperigo abstracto, que não envolvequalquer inversão do ónus da prova”.

Assim, segundo o diploma doPSD, caberá em exclusivo à acusação“a prova dos respectivos elementosdo crime, isto é, os rendimentos doinvestigado, o seu património e modode vida, a manifesta desproporçãoentre aqueles e estes e um nexo decontemporaneidade entre oenriquecimento e o exercício dasfunções públicas”.

Na exposição de motivos doprojecto de lei, o PSD recordatambém que no artigo 20º daConvenção das Nações UnidasContra a Corrupção, já aprovada porPortugal, recomenda-se a cada Estadoque considere “a possibilidade deadoptar medidas legislativas e de outra

índole que sejam necessárias paraqualificar como delito, quandocometido intencionalmente, oenriquecimento ilícito”.

Desta forma, no diploma, o PSDpropõe a alteração do artigo 386º doCódigo Penal, que passará a designar-se “enriquecimento ilícito”.

De acordo com a proposta doPSD, o número 1 do artigo deverápassar a ter a seguinte redacção: “Ofuncionário que, durante o período doexercício de funções publicas ou nostrês anos seguintes à cessação dessasfunções, adquirir um património oumodo de vida que sejammanifestamente desproporcionais aoseu rendimento e que não resultemde outro meio de vida de aquisiçãolícito, com perigo de aquelepatrimónio ou modo de vida provirde vantagens obtidas pela prática decrimes cometidos no exercício defunções públicas, é punível com penade prisão até cinco anos”.

No número 2 do mesmo artigodeverá especificar-se que porpatrimónio entende-se todo opatrimónio imobiliário, de quotas,acções ou partes sociais do capital desociedades civis ou comerciais, dedireitos sobre barcos, aeronaves ouveículos automóveis, carteiras detítulos, contas bancárias a prazo,aplicações financeiras e direitos decrédito.

O número 3 do artigo especificaainda que por “modo de vida”entende-se “todos os gastos com bensde consumo ou com liberalidadesrealizadas no país e no estrangeiro”.

Para “proteger as testemunhasdestes crimes”, o diploma do PSDpropõe ainda o alargamento doregime especial de protecção detestemunhas ao crime deenriquecimento ilícito.

… mas o PS nega viabilizar alei. Porque será?

O diploma agora entregue peloPSD não deverá, contudo, chegar aser aprovado, por não merecer aaprovação dos socialistas, quesegunda-feira anunciaram a suaindisponibilidade para criar novostipos de crime como oenriquecimento ilícito ouenriquecimento injustificado, esteúltimo proposto pelo PCP.

“Quero afirmar a nossaindisponibilidade para a criação denovos tipos de crime”, declarousegunda-feira o dirigente parlamentardo PS Ricardo Rodrigues.

Na altura, Ricardo Rodrigues deuainda a entender que a criação docrime de enriquecimento ilícito, erauma ideia do ex-deputado socialistaJoão Cravinho, já rejeitada pelo PS erecuperada pelo PSD e PCP, e que éproposta “por meras vantagens decircunstâncias conjunturais”. –Fontes: Gab.Imp. PSD/AR, Lusa,TSF, Público, DN

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O PSD disseParlamento

Estamos hoje a discutir umainiciativa legislativa do Governo quepretende alterar a Lei da Televisão.

Nesta discussão na generalidadeimporta, desde já, realçar quatroquestões que são centrais na políticado audiovisual.

Em primeiro lugar, dizer que estaé a terceira alteração que a Lei daTelevisão é alvo nos últimos oitoanos. Ora, assumindo esta legislaçãoum carácter enquadrador da políticado audiovisual, os sinais que se dão àsociedade e ao mercado são de umagrande ausência de estabilidade, deincerteza, o que torna bem mais difícilo exercício desta actividade, já de si,do ponto de vista económico, muitocíclica. Porém, mais grave, é que,muito brevemente, ter-se-á que voltara introduzir alterações na Lei daTelevisão, uma vez que o actualGoverno, no frenesim legislativo queo caracteriza neste sector, não esperoupelas alterações que a nova DirectivaComunitária “Televisão SemFronteiras”, em discussão, vaiprovocar, nem tão pouco teve emlinha de conta as mutaçõestecnológicas em curso que estão amudar, de forma radical, o paradigmado audiovisual. A WebTV, aMobileTV, a par de novos serviçosno audiovisual, em termos deconteúdos, estão a provocar jáprofundas alterações na actividadeempresarial deste sector, o quemerecia uma atenção especial dolegislador e que, infelizmente, nãosucede nesta iniciativagovernamental.

Impunha-se que a iniciativalegislativa do Governo tivesse a visãode antecipar ou, no mínimo,acompanhar a evolução tecnológicaem curso, o que manifestamente nãoaconteceu. É uma revisão datada e quequando produzir efeitos já estaráobsoleta.

Em segundo lugar, a questão doserviço público. Em 2007, em média,cada família portuguesa vai pagarcerca de 75 euros que vão,exclusivamente, para a RTP, empresaconcessionária do serviço público.Estamos a falar em mais de 225milhões de euros que, só este ano,aquela empresa pública vai receber,através do Orçamento do Estado e daTaxa do Audiovisual, a que há queacrescer as verbas destinadas aoaumento do capital social e que secifram em 59 milhões de euros. Setivermos em linha de conta todo operíodo da concessão de serviço

Intervenção sobre a Lei da TelevisãoDeputado Agostinho BranquinhoAssembleia da República, 30 de Março de 2007(…)

público à RTP, estaremos a falar deum total de subsídios públicossuperior ao valor que o actualGoverno projecta gastar com aconstrução do projecto faraónico queé o Aeroporto da OTA.

Assim, a questão central queimporta responder é a de saber o quediferencia hoje o canal RTP1 doscanais dos operadores privados e quejustifica um apoio tão substancial porparte dos portugueses.

Sabemos bem como, em 2002, oXV Governo Constitucionalencontrou a RTP, quer do ponto devista do caos económico-financeiro,quer do ponto de vista dos conteúdostendenciosos e de fraca qualidade,quer, ainda, das baixas audiênciasentão existentes. Devido à estratégiaseguida e fortemente contestada peloPS neste Parlamento, foi possívelrecuperar a empresa e colocá-la numasituação de equilíbrio, nas vertentesantes referidas. Infelizmente, nosúltimos tempos, essa situação está jáa dar sinais de inversão,nomeadamente com a nítidagovernamentalização da informaçãoe da programação da RTP e com oaumento, em 2006, dos custosoperacionais e dos custos com pessoaldaquela empresa pública.

Aliás, ainda bem recentemente, oSenhor Presidente da República, nodia do 50º aniversário da RTP, alertouque esta empresa deve ter “especiais

exigências de rigor e deimparcialidade e de qualidade daprogramação”. Porém, os dados quese vão conhecendo, como é o caso deum estudo recente da empresa deestudos de mercado que audita asaudiências dos canais televisivos,demonstram, de forma bem evidente,aquilo que tem sido a crítica do PSDà governamentalização da RTP – sónos noticiários, ou seja, sem contarcom o que se passa escandalosamentenos espaços da Direcção deProgramas da RTP, o Governosocialista teve 7.529 notícias, um pesomanifestamente excessivo, sobretudoquando comparado com o tratamentoque aos mesmos factos é dado pelosoperadores privados.

O Governo, nos noticiários daRTP, tem um número de notícias queé quase igual ao somatório das quesão veiculadas pela SIC e pela TVI.Se isto não é governamentalização dainformação o que é que será?

De acordo com a nossa visãoestratégica para o audiovisual, deveráabrir-se agora um debate sobre qual oâmbito do serviço público, a par daresposta à questão de se saber quempode e quem deve prestar esse mesmoserviço.

Após se ter feito a recuperação dacredibilidade da concessionária doserviço público e de se ter estancadoo desequilíbrio económico-financeiroda empresa é preciso mudar de

paradigma, quanto ao futuro da RTP.Para o PS, o caminho é de sempre:governamentalizar, instrumentalizar,mais despesa e menos sociedade. Parao PSD o novo modelo passará,necessariamente, por mais exigência,mais pluralismo, menos Estado emais sociedade.

Uma coisa, aliás, temos por certa.Serviço público não pode sersinónimo de serviçogovernamentalizado, como tem sidoprática e entendimento do actualGoverno.

O PSD tem uma larga tradição deabertura e de liberdade nas matériasda comunicação social. Foi pela acçãode Governos liderados pelo PSD queo Estado deixou de ter jornais, queexistem centenas de rádios locaisdevidamente legalizadas e que sequebrou o monopólio públicotelevisivo e foi aberta a actividadetelevisiva à iniciativa privada.Sempre, e há que recordá-lo, eminiciativas que contaram com a ferozoposição do PS.

Por isso mesmo, temos umpatrimónio de que nos orgulhamos eque queremos respeitar, continuandoa ser inovadores na reflexão e naspropostas. Nesse sentido, assumimoshoje o compromisso de promover estareflexão prospectiva sobre qual oâmbito do serviço público no sectordo audiovisual e sobre como deve serassegurado o seu exercício, tendo emvista a apresentação, em momentooportuno, de uma iniciativalegislativa sobre esta matéria,necessariamente em clara rupturacom o modelo actual, ultrapassado eque custa uma fortuna aosportugueses.

Repito, em nome da liberdade deexpressão, do respeito pelapluralidade de opiniões, da economiade mercado, da concorrência e dorespeito pelos cidadãos.

Em terceiro lugar, o aumento dospoderes e das atribuições da ERC –Entidade Reguladora para aComunicação Social, sobretudo noque diz respeito à avaliaçãoqualitativa e sistemática da actividadedesenvolvida pelos operadorestelevisivos. Apesar de o Governo terrecuado – e bem, ainda que de formaenvergonhada – em relação aoanteprojecto que apresentou paradiscussão pública, quanto à atribuiçãode poderes à ERC, em matériasmanifestamente do âmbito da auto-regulação (que o Governo nesta

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Parlamento

O PSD disse

iniciativa legislativa não estimula,bem pelo contrário), como é o caso,por exemplo, dos “códigos deconduta” ou do Estatuto Editorial dosórgãos de comunicação Social, nãodeixa de nos causar apreensão o factode haver uma tendência para se ir,paulatinamente, aumentando ospoderes da ERC levando-a a intervirem áreas que podem beliscar aliberdade de informação. Aliás, essasituação de exagerado aumento depoderes da ERC é bem mais gravosa epreocupante numa outra iniciativalegislativa governamental, emdiscussão pública, relativa àconcentração de meios decomunicação social.

Uma última questão também deenorme relevo. Na presente propostade Lei o Governo estabelece umconjunto alargado de exigências aosoperadores privados de televisão.Paradoxalmente, ao operador públicoessas exigências são bem mais ténuese pouco explicitadas.

Aliás, há uma pergunta pertinentea fazer: por que é o Governo nãoapresentou o novo contrato deconcessão da operadora de serviçopúblico, no decurso da discussãopública desta iniciativa legislativa?Não era um sinal de transparênciaficarmos todos a conhecer quais sãoas obrigações da concessionária doserviço público, para os próximosanos?

Com este tipo de sinais errados, oque se está a dizer ao mercado é que aconcessionária do serviço públicopoderá alargar, quase sem limites, asua oferta de conteúdos. Ou seja, há operigo óbvio de haver concorrênciadesleal, tendo em atenção que a RTPrecebe fortes apoios do Orçamento doEstado e das taxas pagas peloscidadãos. Ora isto não sucede,obviamente, com os operadoresprivados, sejam os que actuam já nestemercado, sejam os que venham asurgir, em virtude do alargamento, doponto de vista técnico, dapossibilidade de oferta de novos

conteúdos, em canais nacionais,regionais ou locais ou em outrasplataformas tecnológicas.

A proposta de Lei que o Governoagora apresenta não responde, deforma alguma, às questões centrais dapolítica do audiovisual. Por outrolado, o tempo escolhido para estedebate e para estas curtas alterações éo errado.

(…)A presente iniciativa legislativa

da responsabilidade do Governovisa descomplexar e simplificar oprocesso de constituição dasassociações.

Para o efeito propõe a par doregime geral de constituiçãoprevisto no Código Civil quemantém e actualiza, um regimeespecial de constituição imediatade associações.

De fora do regime especial deconstituição imediata dasassociações ficam os partidospolíticos, as pessoas colectivasreligiosas, as associações sócioprofissionais de militares e de agentesdas forças de segurança, as associaçõesempregadoras, as associaçõessindicais, as comissões detrabalhadores e as associaçõeshumanitárias de bombeiros.

Todas as demais podem constituir-se ao abrigo do regime especial queagora se institui.

No essencial o novo regimeespecial permite a constituição deassociações mediante atendimentoúnico nas Conservatórias, ou noutrosserviços que venham a ser previstosem portaria do Ministério da Justiça.Deixa de ser necessária a escriturapública, suprimem-se diversaspublicações do acto de constituição edos estatutos da associação, afasta-sea intervenção do Ministério Público.

Intervenção sobre a aprovação de umregime especial de constituição imediatade associaçõesDeputado António PretoAssembleia da República, 29 de Março de 2007

Em síntese, no final o que fica é atentativa apressada e pouco séria dese retocar uma lei no precisomomento em que o paradigma dosector exigia mais ambição, maisvisão, menos Estado, menos“controleirismo”.

Uma vez mais, o Governosocialista, em questões deComunicação Social e da política doaudiovisual, está atrasado em relação

aquilo que é já hoje o “estado da arte”do sector. As suas preocupações nãovão para além do controlo dainformação e da programação doserviço público de televisão.

Não é esse o nosso caminho. Nãosão essas as respostas que o sectorreclama.

Por tudo isto, não será com onosso voto que esta iniciativalegislativa será aprovada.

A par da instituição do regimeespecial de constituição imediata dasassociações, a presente iniciativaprocura também simplificar o regimegeral de constituição das associaçõesprevisto no Código Civil de 1966.

Relativamente às associações doregime geral mantém-se aobrigatoriedade de escritura pública,mas suprime-se a obrigatoriedade decomunicação ao Governo Civil e aoMinistério Público e a necessidade depublicação.

No essencial esta iniciativalegislativa ajuda ao cumprimento doobjectivo pretendido pelo Governode tornar mais célere o processo deconstituição das pessoas colectivas emgeral.

Mas a verdade é que se se ganhaem celeridade, perde - se em segurança

jurídica. E Nessa medida podeaumentar a crispação e até potenciara litigância.

A propósito disso três notas.

A primeira para alertar para apossibilidade do conflito dedenominação. É que tendo a obtençãodo certificado de admissibilidadecarácter facultativo, pode acontecerque a denominação de uma novaassociação a constituir conflitue coma denominação de uma associação pré- existente, ou até que a denominaçãoescolhida seja legalmenteinadmissível.

A segunda para dar nota dospossíveis inconvenientes da exclusãoda intervenção do Ministério Públicoenquanto sindico da legalidade dosestatutos das associações. Daí poderesultar a proliferação de cláusulasestatutárias nulas e com elas dedeliberações nulas.

A terceira nota para revelaralgumas reservas quanto à supressãoda obrigatoriedade de publicação dosestatutos. A publicação evita aopacidade de alguns desígnios ecomportamentos associativos. Sendoa vida associativa em Portugal tãosubsídio dependente as alteraçõesdeviam ser no sentido de salvaguardara transparência.

Apesar das reservas a presenteiniciativa legislativa no geral vai nobom sentido. Daí que o PSD a votefavoravelmente.

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O PSD disseParlamento

Ao longo dos últimos 20 anos osistema educativo evoluiu etransformou-se. As mudanças forammuitas e significativas.

Estamos hoje claramente melhorque há 20, 30 anos atrás.

Mas não estamos bem. Arealidade mostra-nos que muito háa fazer. Temos dos pioresdesempenhos europeus e no querefere aos principais indicadores dosistema educativo, quer seja nosnúmeros relativos ao abandonoescolar, quer no que respeita aosucesso escolar, ou ao nível dasqualificações e, infelizmente emtantos outros, estamos na cauda daEuropa.

Mas pior que isto é o facto deestarmos a perder todos os dias paraos países emergentes quer no Lesteda Europa quer no resto do mundo.

Se o retrato é este, bem expressoem múltiplos relatórios nacionais einternacionais, urge intervir.

Por ocasião da passagem dos 20anos da lei de bases entendeu aAssembleia da Republica e oGoverno proceder a um balançosolicitando ao Conselho Nacionalde Educação que assegurasse essetrabalho.

Ao longo de meses o CNE correuo país, lançando um amplo debateque em múltiplas sessões envolveuum número muito expressivo decidadãos. Um trabalho meritórioque merece neste momento serdestacado e enaltecido.

A grande virtude deste trabalhoé que não se trata de mais umdiagnóstico pois avança com muitaspistas para o futuro do sistemaeducativo.

E é para o desafio do futuro quetemos de provar que estamos àaltura das nossas responsabilidades.

(…)O problema da educação em

Portugal não é um problema dedinheiro, a percentagem do PIB queafectamos ao sector da educaçãoassim o demonstra. O problema éde organização do sistema. E para oresolver de uma vez por todas éfundamental que percebamos que sedeve propor um novo paradigma naeducação.

Tal como decorre do relatório,também o PSD subscreve anecessidade de alterarprofundamente o regime das escolas

Intervenção sobre o Debate Nacionalde EducaçãoDeputado Emídio GuerreiroAssembleia da República, 29 de Março de 2007(…)

quer a do ensino básico esecundários quer as instituições doensino superior. O reforço daautonomia e a necessidade absolutade se promover uma rigorosaavaliação independente das escolase das instituições.

Os modelos actuais sãoobsoletos. O mundo mudou muitodesde 1986. Tem novos e maisexigentes desafios que não secompadecem com modelos deorganização e gestão rígidos eestáticos e com pseudo-autonomiasonde até o momento e a forma comose podam as arvores e os arbustossão determinados pelas estruturascentrais do ministério!

(…)O PSD está motivado e

empenhado na criação de um novoparadigma da educação portuguesa.Nos últimos dois anos propusemosuma nova lei de bases bem comopropostas concretas e inovadoraspara os modelos de gestão eorganização do ensino básico esecundário, para uma novaautonomia das instituições do

ensino superior e para a avaliaçãoindependente das escolas einstituições.

Até agora apenas encontramosrejeições sucessivas por parte do PSe do Governo. A partir de agora nãohá mais desculpas. O relatório aí estáe, como era crível, aponta no sentidodas propostas que oportunamentefomos apresentando.

(…)Perdemos dois anos. Mais, os

sinais que o governo foi dando nesteperíodo são preocupantes. Desdelogo pela sistemática recusa emlançar uma nova lei de bases,mantendo as mesmas premissas de1986!!!

Mas também por algumasiniciativas que foi tendo nesteperíodo. O incremento docentralismo no lugar da autonomia,Os modelos pouco claros etransparente para a avaliação dasescolas e das instituições do ensinosuperior, onde em vez de seprivilegiar a avaliação independentese propõem modelos centralizadosnos respectivos ministérios, semgarantir a distância que se impõe

para uma verdadeira avaliaçãoindependente e externa, àsemelhança do que se faz nos outrospaíses.

E que dizer do crescentefacilitismo na avaliação do ensinobásico e secundário? Ele é o reduzirdo número dos exames e o fim daobrigatoriedade das provas globais,ou seja, tudo a indicar que a opção éo de intervir estatisticamente nosresultados e não nas causas doinsucesso e do abandono escolar!

A criação de uma empresapublica para gerir o parque escolarde todo o pais a partir de Lisboa!Empresa essa que não estandoprevista no famigerado PRACE foicriada pouco tempo depois!

E se a estes exemplos contráriosao que se impõe para o futuro sejuntar o verdadeiro clima de guerraque se instalou nas escolasportuguesas, pela inabilidade eincapacidade de fomentar amudança no sistema por parte dasenhora Ministra da Educação,compreenderemos todos a nossapreocupação no que se refere aofuturo.

(…)Países como a Áustria, a

Alemanha, a Estónia, a Grécia, aHungria, a Noruega e a Espanhaentre tantos outros países, apósdebates internos, mudaram ou estãoa mudar as respectivas leis de basesda educação.

Porque razão em Portugal serejeita a necessidade de uma novalegislação? Porquê continuarmosamarrados a premissas que datam de1986?

Saibamos estar à altura dasnossas responsabilidades ecompreender os sinais do tempo eser capazes de entender que a actuallei tendo sido importante, esgotou-se, e que é necessário um novomodelo de intervenção adaptado aostempos de hoje e sobretudo os deamanhã.

O PSD está preparado para estedebate. Temos propostas em cimada mesa, que afirmam as nossasideias para a mudança de paradigmado nosso ensino.

O nosso ensino precisa destamudança. O Futuro do País exigeesta mudança.

(…)

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Parlamento

O PSD disse

Intervenção sobre a Reforma da TributaçãoAutomóvel, criando o Imposto sobreVeículos e o Imposto único sobre CirculaçãoDeputado Hugo VelosaAssembleia da República, 28 de Março de 2007

(…)Trata-se de uma reforma que, do

ponto de vista formal, vai no caminhocerto, simplificando o funcionamentodo sistema tributário automóvel, coma abolição dos 4 impostos actualmenteexistentes e a sua redução a somente2.

Sem dúvida que a reforma eranecessária.

Mas já iremos ao conteúdo daProposta, não sem que antes selamente que esta discussão tenha lugarsem conhecimento do teor dospareceres solicitados, principalmenteos pareceres da ANMP e da CNPD,este, fundamental em matéria decruzamento de dados, prevista naProposta de Lei.

Diz o Governo que esta reforma“vai alterar a filosofia e os princípiossubjacentes ao quadro vigente,incentivando a utilização de energiasrenováveis e a opção para veículos etecnologias menos poluentes”.

Isto não é totalmente verdade.

Com as alterações na composiçãodo Imposto Automóvel nosOrçamentos de 2006 e 2007, acomponente ambiental já estavaprevista.

Por outro lado, o Governo optapor manter a componente cilindrada,como fundamento da tributação, o quealiás, acontece há muitos anos emPortugal.

É bom que nos lembremos quenoutros Estados europeus se temoptado, ora pela potência dosveículos, ora pelo seu valor demercado, ou seja, o valor doautomóvel. É o caso da Espanha ondese pratica uma taxa única sobre o valordo veículo, podendo ter-senaturalmente também em atenção osfactores ambientais.

Nesta parte a solução adoptadanão é a melhor, provocando a soluçãoespanhola muito menos distorções einjustiças para os contribuintes.

Na verdade, a solução apresentadapelo Governo e a aplicação das tabelasanexas aos 2 impostos, cria inúmerassituações de injustiça fiscal: No ISV,automóveis de maior cilindrada, maispoluentes, de preço manifestamentesuperior pagam menos imposto queoutros de menos cilindrada, menospoluentes e de preço manifestamenteinferior.

Para que isto não sucedesse uma

das soluções seria a substituição docritério cilindrada, pelo valor doveículo, o que é mais justo e tem a vercom a base da incidência de qualquerimposto. O valor do bem é que devedeterminar a incidência.

O Governo não apresentou àAssembleia da República, juntamentecom a Proposta de Lei, os impactosfinanceiros e da receita fiscalresultantes da sua aplicação. É pena.Assim ficamos com muitas dúvidassobre a justiça fiscal de algumas dasopções constantes das tabelas anexasaos dois impostos.

Muitas dúvidas surgem tambémcom a aplicação do novo IUC(Imposto Único sobre Circulação):em muitos casos só por causa dadiferença de 1g/Km de emissões deCO2, automóveis de muito menorcilindrada pagam mais de impostoanual de circulação do que outros demuito maior cilindrada e de valormanifestamente superior.

Já que o Governo optou pelasolução cilindrada/componenteambiental (esta naturalmente bemvinda) deverá preocupar-se enquantoé tempo, em explicar e alterar astabelas para evitar situações demanifesta injustiça e contribuir aindamais para os problemas do sectorautomóvel em Portugal.

O PSD está de acordo com estareforma quanto à alteração da basetributável no sentido de a emissão dedióxido de carbono para a atmosferapassar a ser um critério fundamentalpara efeitos de tributação de veículos.

Com esta Proposta de Leipretende o Governo que o peso dasemissões de dióxido de carbono nabase da tributação passe dos actuaiscerca de 10% para 30% no 1º ano devigência da nova tributação e para

60% no 2º ano.Temos, no entanto, muitas dúvidas

que o Governo consiga deslocar deforma significativa parte da carga fiscaldo momento da aquisição para a faseda circulação e que, por outro lado,permita uma redução gradual dospreços de venda ao público e a inerenterenovação do parque automóvelnacional.

O objectivo é correcto. Mas vai seratingido com os critérios fiscais destaProposta de Lei? Pensamos claramenteque não!

Desde logo o problema da reduçãoda carga fiscal no momento daaquisição e sua deslocação para a faseda circulação.

Perante este anúncio do Governouma associação do sector veio logosugerir publicamente que osconsumidores adquirissem automóveisantes de 1 de Julho de 2007, ou seja, navigência da lei actual.

Isto porque é posta em dúvida aideia de que a redução do imposto sejade 10% no momento da aquisição(falam em 7,68%) sendo, por outrolado, maior o aumento na fase dacirculação.

Daí que na realidade, pareça maisfavorável para o contribuinte a opçãode aquisição, antes da entrada em vigordesta lei, sendo generalizados osaumentos da carga fiscal ao longo dosanos. Em 10 anos os aumentos podemchagar a 8.000 euros em certosautomóveis.

Na prática o Governo faz o quesempre tem feito: por via da reformada tributação automóvel provoca umaumento da carga fiscal, não nomomento da aquisição, mas sim nosanos seguintes da vida dos veículos.

Por isso dizemos: o factorambiental na formação da basetributável, é uma opção correcta; se oGoverno deixar como está, na Propostade Lei, o factor cilindrada com amanutenção das tabelas em ISV e IUC(Imposto Único sobre circulação), nospróximos anos, não haverá redução dacarga fiscal. Pelo contrário, se o ISVnão for reduzido nos próximos anos (acomeçar em 2008) o aumento dareceita de IUC conduz a que ao fim de5 anos a receita global do Estado emISV e IUC sejam superiores à receitaactual dos impostos extintos.

Isto contraria o que diz o próprioGoverno na exposição de motivos, ouseja, de que esta reforma obedece a umprincípio de neutralidade orçamental

a médio/longo prazo, não prevendoo Governo gerar um encaixetributário superior aos impostosactuais.

O Governo tem que explicar aesta Assembleia porque afirma istoe, na prática, quando fazemos contastal não se confirma.

(…)

A Proposta de Lei também contémalgumas injustiças em certos tipos deautomóveis (os chamados furgões depassageiros, os anteriormentedesignados como “derivados”) e nãopenaliza devidamente os veículosusados importados.

Por isso, o Grupo parlamentar doPSD não aceita a totalidade dassoluções apresentadas pelo Governonesta matéria:

1º É difícil, senão impossível,discutir, com absoluta segurança, umdiploma destes, sem que o Governofundamente financeiramente as suasPropostas e apresente os seusimpactos na receita fiscal; Isto éinaceitável em Propostas de Lei destetipo!

2º O sector automóvel, temos deconcordar, tem sido penalizado emPortugal onde, por opção desteGoverno, o I.A. tem a sobrecarga doIVA a 21%. E tal sobrecarga vaicontinuar a 21%, pois o aumento dataxa do IVA ocorreu há quase doisanos, e era uma medida transitória;

3º A solução proposta baseadaessencialmente na relação cilindrada/ambiente, não descomprime a cargafiscal que tem incidido sobre o sectorautomóvel em Portugal: a carga fiscalpiora para os contribuintes, descendopouco na aquisição e subindo maisna circulação;

4º A manutenção do critériocilindrada para os dois impostosrevela falta de coragem do Governonesta reforma.

O Governo podia ter feito outrasopções fiscais num sectorfundamental para os Portugueses e,sobretudo, tinha a obrigação deexplicar melhor as suas opções e osimpactos financeiros e de receitafiscal, o que não fez.

A Assembleia da República, oscidadãos e o sector automóvelmereciam mais e melhor.

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O PSD disseParlamento

(…)

2500 Milhões de Euros!

É quanto os portuguesesresidentes fora de Portugal enviamhoje, por ano, para o nosso País… Sóligeiramente menos do que os fundosprovenientes da União Europeia ou,se quisermos, da totalidade dos lucrosda banca portuguesa.

São cerca de 6,7 milhões por dia!Ou seja, sensivelmente o dobro do queo Governo assume que vai pouparcom o encerramento de 25 postosconsulares no estrangeiro!

É revoltante, Senhoras e SenhoresDeputados, a frieza de um Governoque é incapaz de perceber o quesignifica este enorme potencial querepresenta a nossa Diáspora! A friezade um Governo que toma todas estasdecisões sem se dignar falar com cadacomunidade atingida, tentandoperceber cada realidade e as suasespecificidades.

É triste que, para poupar unsmíseros punhados de euros, esteGoverno trate quase 5 milhões dePortugueses desta forma inaceitável.

(…)Repetimos hoje o que sempre

dissemos: Nós não somos nem nuncafomos contra a racionalização danossa rede consular. Sempredefendemos que o rigor tem de estarpermanentemente presente nagovernação da coisa pública. Sabemosbem que foi, é e será semprenecessário abrir e encerrar postosconsulares, de acordo com a evoluçãodas prioridades da nossa políticaexterna e dos nossos fluxosmigratórios.

Mas, não podemos aceitar ametodologia e os resultados destaanunciada reforma consular!

Não aceitamos, em primeirolugar, o método.

O Ministro dos NegóciosEstrangeiros fez saber, nestaAssembleia, que só seriam tomadasdecisões finais depois de se reavaliara missão da rede consular. E o queconstatamos é que tal foi totalmenteesquecido, ignorando-se cadacomunidade atingida e os objectivosconcretos de cada posto. Vingou umavez mais o “quero, posso e mando”,de um governo para quem as pessoassão meros e insignificantes números.

Não aceitamos, em segundo lugar,as decisões anunciadas!

Intervenção sobre a reformada rede consularDeputado José CesárioAssembleia da República, 29 de Março de 2006

Trata-se de um golpe decisivo nanossa rede externa, implicando,repito, o encerramento de 25 postosconsulares de diversas tipologias, ouseja, quase metade da rede deconsulados de carreira.

Não aceitamos igualmente ascontradições que este processoencerra! Senão, vejamos:

1. O encerramento doConsulado de Bilbao é anunciadoexactamente no mesmo dia em queé descoberta, em Navarra, maisuma rede de exploração detrabalhadores portugueses, osquais eram escravizados de formaignóbil. Em resposta a estecrescente fenómeno deimpressionante aumento da nossaemigração para o norte deEspanha, Portugal fecha o únicoconsulado que neste País possui umtécnico de serviço social e teimaem ignorar os dramas de quase 150mil portugueses que emigram hojeanualmente.

2. A área de Paris, onde vivemais de meio milhão deportugueses ficará servida apenaspelo Consulado Geral de Paris, nasequência do encerramento dospostos de Nogent, Versalhes, Tourse Orleans. É a mesma coisa que ascidades do Lisboa ou do Portopassarem a ter apenas um cartórionotarial e uma conservatória doregisto civil. É o regresso ao 24 deAbril!

3. Santos, que possui a terceiramaior comunidade portuguesa noBrasil, a mais antiga e igualmente dasmais bem organizadas e ligadas aPortugal, vê o seu consulado serencerrado, sem que o mesmo sejasubstituído por um simples escritórioconsular. É chocante e injusto paracom quem tanto ama e tanto tem feitopelo seu País!

4. O Senhor Primeiro-ministrotem afirmado repetidamente queEspanha é a primeiríssima prioridadeda nossa política externa. Como é quetal afirmação é compaginável com oencerramento de exactamente 3consulados neste País, hojeigualmente um dos principais destinosdos nossos novos emigrantes embusca de um futuro que infelizmentePortugal não lhes pode dar?

5. E que dizer do Brasil,igualmente vital para os nossosinteresses no Mundo, País marcanteno contexto da lusofonia, com uma

realidade política muito específica,marcada pela existência de governosestaduais poderosos com os quaisPortugal deve desenvolver relaçõesbem próximas? Também aqui,contraditoriamente, o nosso Governonão hesita em encerrar 5 consulados!

6. Como vai este Governo apoiara nossa comunidade na longínquaNamíbia, a qual era até aqui servida

por um simples escritório consular,com custos ínfimos para o Estado,evitando o contacto com esta boagente que a única coisa que pretendeé permanecer ligada a Portugal?

7. E que dizer da decisão deencerrar Nova Iorque? É ou nãoindiscutível que se trata de uma dascidades mais influentes do Mundo,onde quase tudo se decide e por ondepassam com frequência milhares deportugueses decisivos para a nossaafirmação externa? É no mínimocaricato que Portugal ignore que o seuprestígio obriga a ter umarepresentação diplomática ao maisalto nível numa cidade com estascaracterísticas.

8. Espero que o Senhor Ministrodos Negócios Estrangeiros esteja bematento à informação que o Governojá possui de que a Câmara Municipalde Sevilha está na disposição de exigira devolução do notável edifício ondefunciona o nosso Consulado, depoisde tomar conhecimento do seuencerramento. É que trata-se, nadamais, nada menos, do que o antigoPavilhão de Portugal da ExposiçãoUniversal de 1929, cedido ao nosso

País, a nosso pedido, exclusivamentecom a condição de ali ser garantido ofuncionamento de um consulado. Setal acontecer, tratar-se-á de umamachadada absolutamenteirreparável no nosso prestígio externonuma região vital para o nossodesenvolvimento turístico.

9. Finalmente, o que dizer dofacto de só no passado dia 20 de

Março o Governo ter contactadoos postos da nossa rede consularno sentido de os inquirir acercados actos merecedores detratamento e de inclusão nochamado consulado virtual, quetem sido vendido como asolução para todos os problemasresultantes desta reestruturação.Não nos esqueçamos que estasmedidas foram anunciadas emDezembro e que o Governo jáestá em funções há 2 anos. Comoé que se pode aceitar que só agoratal contacto seja feito, tendo emconta o desejado (para oGoverno) alcance desta medida?No mínimo trata-se de incúria,mas, sinceramente, temo que sejabem mais do que isso!

(…)

Perante este estado de coisaso PSD não pode deixar decontinuar a lutar pela alteraçãodestas medidas.

Entendemos que ficaria bem aoGoverno repensá-las!

Em nome dos superioresinteresses nacionais e dos portuguesesem geral o Governo poderia e deveriafazer um acto de contrição e corrigirvárias das decisões anunciadas.

Ainda vamos ficar à espera de quetal se venha a verificar.

Nós próprios, no passado,corrigimos decisões já pensadas, emnome do interesse público.

A humildade fica bem a todos! Aarrogância fica muito mal a quem estána vida pública e é com arrogânciaque este Governo lamentavelmentese tem afirmado.

Para nós, governar com rigor edeterminação não é nada disto e porisso cá estamos para continuar a dizeraos Portugueses que este não é ocaminho que devemos trilhar.

Em nome da esperança de termosum Portugal melhor, há umaalternativa e nós vamos continuar abater-nos por ela!

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Parlamento

O PSD pergunta

(…)

Feliz coincidência celebrarmosmeio século da assinatura do Tratadode Roma no mesmo dia em que, há30 anos, foi entregue em Bruxelas opedido de Adesão de Portugal à entãoComunidade Económica Europeia.

Excelente oportunidade para umbreve balanço do que foram estes 50anos em que um grupo cada vez maiorde Estados decidiram livrementepartilhar a sua soberania sobre umnúmero cada vez crescente desectores. E esse balanço pode-sesintetizar numa só palavra: sucesso!Por ter garantido o mais longo períodode paz e prosperidade no seu espaço,por ter colocado a dignidade e aliberdade de cada cidadão no centrode toda a sua actuação, por ser umaUnião de valores inspirados nasnossas raízes judaico-cristãs, por terimplementado um modelo social aque todos os outros continentesaspiram. Daí ser fácil perceber arazão porque a União Europeiacontinua a exercer um tão grandefascínio sobre os nossos vizinhos, queanseiam a sua futura adesão.

Orgulhamo-nos dos avanços naintegração, da consagração de umespaço sem fronteiras, da moedacomum já utilizada por 13 países, dasolidariedade para com os povos eregiões menos desenvolvidos, dorespeito pela língua e pela diversidadeda identidade cultural de cada Estado,e de contribuirmos com 70% dasverbas dispendidas em ajudahumanitária em todo o mundo.

Quanto a Portugal, três pontosapenas bastariam para qualificar anossa participação: a contribuiçãopara a consolidação da democracia;o desenvolvimento sócio-económico(de que já fomos um exemplo paratoda a Europa e de que infelizmentetemos vindo agora a divergir); e aprojecção externa do papel dePortugal no mundo.

Exemplos muito breves, já que amelhor forma de homenagearmos opassado é reflectindo sobre o quepodemos melhorar no futuro. Umfuturo em que queremos que renasçaa ambição e a coragem que estiveramna base dos extraordinários avançosconcretizados nestes 50 anos!

Em que, por exemplo, a Estratégiade Lisboa, visando transformar aEuropa na economia maiscompetitiva do planeta, seja uminstrumento comunitarizado, menos

Intervenção no debate consagrado àcelebração dos 50 Anos de Assinatura doTratado de RomaDeputado Mário DavidAssembleia da República, 28 de Março de 2007

intergovernamental, em que aComissão Europeia tenha umpapel primordial. Só assim, ecompletando simultaneamente omercado único, venceremos osdesafios da globalização.

Uma Comissão Europeia quetemos o privilégio de verpresidida por um compatriotanosso, o Dr. Durão Barroso, quesaudamos pela nova dinâmica ecredibilidade que está a conferirà União, bem patente nos doisnovos domínios fundamentaispara o nosso futuro colectivo àescala global: a preservação doambiente e a energia, com umrecurso crescente ecalendarizado a energiasrenováveis.

Os novos desafios implicamtambém que a União Europeiase dote de uma arquitecturainstitucional que não seja apenasa adaptação sucessiva que se fezaté ao Tratado de Nice. Não nospodemos satisfazer com o factoda Declaração de Berlim ser omissaneste ponto, embora saudemos,cautelosamente, a vontademanifestada este fim de semana dehaver um novo Tratado da UniãoEuropeia ratificado até às próximaseleições de Junho de 2009.

Um Tratado que tenha como baseo texto actual proposto, em quequeremos ver consagrado o equilíbrioinstitucional e interinstitucional aíexpresso. Em que a Carta dos DireitosFundamentais passe a ter força jurídicavinculativa. E em que, tal como nasConstituições dos Estados Membros,não figurem de forma exaustiva asvárias políticas sectoriais que não têmdignidade constitucional, que definauma forma muito mais expedita depermitir à União Europeia respondere adaptar-se aos desafios do futuro.Mas em que venham devidamenteexpressas as competências acrescidasque a União desde já identificou comonecessárias à sua afirmação eprojecção, como as relativas àspolíticas externas, de segurança e dedefesa comuns.

Um novo Tratado da UniãoEuropeia que não pode ser fruto dapressão e do voluntarismo domomento, da necessidade de encerrarum capítulo doloroso, mais pelaimagem que transmite que pelo seuimpacto real. Que não pode resultarduma simples e apressada ConferênciaIntergovernamental, já que por uma

questão de transparência edemocraticidade queremos que estaseja antecedida de um sério debatecom a participação activa dosParlamentos Nacionais. Só assimestarão criadas as bases sólidas parauma aceitação consciente da opiniãopública, necessária às futurasratificações.

Um Tratado que permita à Uniãoestar preparada para acolher futurosparceiros que connosco partilham omesmo espaço geográfico e os nossosvalores culturais e de sociedade, quesatisfaçam integralmente os Critériosde Copenhaga, e cujos povos estejamconscientes das regras que nos regem,que são públicas e bem conhecidas.A União Europeia deve exigir quecada potencial candidato sujeite,previamente, o seu pedido de adesãoa um referendo interno.

As futuras adesões não podem serditadas por questões de geoestratégia,mas a União também não pode obstara novos alargamentos por questõescomo a capacidade de integração, jáque é disso que se trata e não decapacidade de absorção, nem tãopouco, o que seria escandaloso, poruma questão de geopolítica oucapacidade financeira. Será que estesargumentos seriam aduzidos sehouver um pedido de adesão daSuiça, da Noruega ou da Islândia?Então temos que usar a mesmacoerência e honestidade intelectualpara com, por exemplo, os Estados

dos Balcãs ou a Ucrânia. É tambémuma questão de solidariedadecontinental, e cada um deveriacolocar a si próprio a questão deque resposta gostaria de obter casofosse Portugal um dos poucosEstados Europeus que, porvicissitudes da História, ainda nãotivesse aderido!

Dentro de pouco mais de 3meses terá início a próximaPresidência Portuguesa. Um dostemas mais importantes que seráaberto é o da reforma da estruturae dimensão do orçamentocomunitário e a questão dosrecursos próprios. A opiniãopública não tem certamenteconsciência de que o orçamento daUnião é menos de 1% do PIBcomunitário. Comparar o valoracrescentado da aplicação destasverbas com a dos orçamentosnacionais envergonha qualquerEstado! Mas maior vergonha aindaé pensar que metade destas verbas

são consagradas à Política AgrícolaComum! Assim haja a coragem derever estes montantes e a suaafectação de modo a estarmos à alturadas ambições e expectativas dosnossos cidadãos, e do papel quequeremos desempenhar no mundo.Ou vamos assistir, no futuro, a umaluta sem quartel entre os Estados maispobres, arbitrada pelos Estados maisricos!

Numa União Europeia com 27 oumais Estados, corremos o sério riscode vir a ter, nos próximos anos, umaEuropa a várias velocidades, decooperações reforçadas, com núcleosduros de geometria variável. NenhumEstado deverá poder obstaculizar queoutros queiram aprofundar a suacooperação. É fundamental, quandotal vier a acontecer, que Portugalintegre desde o início esses núcleosduros, e que aí se possa manter, comoo fez com Schengen e o Euro.

Termino, Senhor Presidente eSenhores Deputados, reafirmando anossa confiança no desígnio colectivoque a União Europeia protagoniza, nacerteza de que se soubermos estaratentos aos anseios dos seus 500milhões de cidadãos e ao papel quenos cabe desempenhar na cenainternacional, estes 50 anos lançaramsólidos alicerces para um futuro depaz, liberdade e prosperidade.

(…)

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O PSD disseParlamento

Compete-nos hoje analisar aPetição “Não Apaguem a Memória”.Com este título procura um grupo decidadãos que se dirigiu à Assembleiada República salvaguardar a memóriada resistência ao Estado Novo, aoregime de Salazar, com a proposta dediversas iniciativas, que passam pormanter vários edifícios no Estado,transformá-los em espaçosmuseológicos, os que pertenceram àPide-DGS ou ao Tribunal Plenário.

É uma iniciativa meritória e feitacertamente com a melhor dasintenções: não fazer esquecer aquelesque sofreram com a ditadura, queforam suas vítimas e que merecemobjectivamente ser recordados ehomenageados.

No entanto, quando se fala dememória não podemos esquecer quememória faz parte da história e ahistória portuguesa do Século XX,parece que começa e acaba no EstadoNovo e que essa história não deve serfeita pelos historiadores, não deve serobjecto prioritário das investigaçõesacadémicas, mas sim por objecto dedecisão política de Ministros dacultura ou de presidentes da Câmara.Como se o correcto fosse escrever história com decisões políticas avulsas,espalhar iniciativas que nascem mortas, porque nenhuma delas é por si sórelevante e meritória de ser olhada ou visitada e acarinhada por todos. Osespólios estão espalhados por múltiplos locais a acrescentar aos já existentesmuseus da Resistência em Lisboa e do Neo-realismo em Vila Franca de Xira,bem como à Fundação Mário Soares, aqui na Rua de S. Bento.

Parece que os factos, não são factos, mas são argumentos ideológicos paraservir interesses políticos actuais. E não existe neste domínio pior do quetentar transformar a história em arma de arremesso político presente. É verdadeque não há história neutra. Mas o que se tem feito da história portuguesa doSéculo XX é transformá-la em arma política da esquerda contra a direita e da

direita contra a esquerda.Como se tivéssemos sempreem Portugal, olhando para amemória, duas historiografias,uma de direita outra deesquerda. Como se a Históriafosse escrita não porhistoriadores, mas pormovimentos políticos eideológicos, como se fosseescrita a preto e branco.

Todos os esforços políticose ideológicos para definir quaissão os factos políticosrelevantes e o que num sentidoou noutro vale a penapreservar, estão condenados aofracasso e aos resultadosopostos ao pretendido. Em vezde se procurar o consenso doque vale efectivamente a penapreservar – a casa de José

Intervenção sobre a Petição nº151/X/1ª –Não apaguem a memóriaDeputada Zita SeabraAssembleia da República, 30 de Março de 2007

Relvas, aliás doada, ou a fortaleza de Peniche, para dar dois exemplos quecertamente ninguém contesta -, procura-se a instrumentalização dos factoshistóricos, em que deliberadamente se apagam ou iluminam pessoas eacontecimentos, levando a que cidadãos de um ou outro campo político,ideológico, partidário ou religioso, não se revejam na história, e não se consiganunca obter consensos historiográficos, nos quais todos os portugueses semexcepção se possam rever.

A tentação de pôr Ministros da Cultura, a Assembleia, ou outras entidadespolíticas, a definir por decreto o que deve ou não integrar a história, ou osedifícios que devem ser preservados, ou museus a ser criados, leva àmultiplicação de iniciativas pobres, contestadas e sobretudo polémicas quandonão contraproducentes. Leva a que se tente criar uma historiografia oficial,uma memória oficial e politicamente correcta. A História tem que ser escritapor historiadores, tem que ser objecto de investigação e de estudo nasUniversidades portuguesas, tem que ser (e desculpem o interesse pessoal)objecto de livros, tem que ser escrita e publicada por universitários, enquantoos políticos têm obrigação de garantir os meios para que efectivamente osinvestigadores possam fazê-lo.

A história portuguesa do Século XX é rica de factos importantes como amonarquia constitucional, o Estado Novo, o fim do Império, a resistência àditadura, as guerras coloniais, o 25 de Abril - para citar só alguns, que merecemser estudados e o mais consensualmente possível ensinados nas escolas.

Transformar o Século XX na resistência ao Salazarismo, reduzindo-o ameros rituais antifascistas e através de actos a imposições administrativas,conduz aos resultados que ficaram à vista de todos, num lamentável concursode televisão.

É tempo de respeitar a história portuguesa do Século XX, porque, nãotenhamos dúvidas, nas suas páginas terão lugar, por direito próprio, os quesofreram as torturas na António Maria Cardoso, na Rua do Heroísmo, noPorto, ou no Aljube de Lisboa.

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O PSD na Europa

Os Deputados PSD, Silva Peneda, Duarte Freitas e Carlos Coelho, juntamente com o Deputado espanhol Raul Romeva enviaram uma pergunta oral àComissão Europeia relacionada com a utilização de cortiça nas rolhas de garrafas com produtos vitivinícolas.

Segundos os Deputados “a entrada no mercado de rolhas sintéticas significa, além da escolha de uma política de baixo custo em substituição da alta qualidade,uma grave ameaça às florestas de sobreiro.”

Até ao momento, a cortiça tinha sido um produto indiscutível nas rolhas de garrafas com produtos vitivinícolas, pelas suas propriedades físicasidóneas para o objectivo a que se propunham. Apesar disso, ultimamente entraram no mercado produtos sintéticos substitutivos, baseando a competiçãoem campanhas, não comprovadas tecnicamente, de desprestígio do produto natural, enquanto por outro lado tentam imitar ao máximo as característicasda cortiça usando mesmo a palavra “cork” em parte do nome deste produto.

Isto obriga a redefinir a importância da cortiça de um ponto de vista mais amplo. Segundo a justificação das questões colocadas “deve destacar-se que aindústria do sobreiro é um modelo a seguir de actividade industrial sustentável”. Em primeiro lugar, é de carácter local; isto faz com que não “só seja uma fontede emprego nas localidades que se dedicam a esta actividade como também apresenta uma grande biodiversidade, muitas vezes autóctone da “bacia mediterrânica” quecorre perigo de extinção em caso de desertificação. Além disso, contribui para o equilíbrio ecológico da zona uma vez que o uso económico das florestas de sobreiro evitaa sua desflorestação.”

Por outro lado, a cortiça é considerada um produto de qualidade e não há estudos fidedignos que demonstrem que os produtos sintéticos melhoremas suas prestações. Para garantir esta qualidade, conta-se com uma resolução europeia RepAP (2004)2 sobre o contacto entre a cortiça com produtosalimentícios, sendo a única tampa que conta com uma norma específica.

As questões colocadas foram as seguintes:- Pensa a Comissão tomar alguma iniciativa legislativa para proteger esta actividade, com todos os benefícios sociais e ecológicos que acarreta?-Pensou a Comissão promover uma etiquetagem que informe os consumidores do material usado na rolha / tampa das garrafas?- Existe hoje em dia, ou há a intenção de estabelecer algum termo de cooperação com os países produtores da “ribeira do mediterrâneo” para potenciar

o seu desenvolvimento ?

Deputados Europeus do PSDquestionam ComissãoEuropeia sobre o uso de rolhasde cortiça

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Local

Os autarcas do PSD naAssembleia de Freguesia de Aradareuniram-se recentemente paraanalisar a situação autárquica dafreguesia e fazer um primeiro balançodo mandato dos executivos, quer dafreguesia, quer da Câmara eAssembleia Municipal de Ovar.

A primeira conclusão desteencontro foi que, pela parte da Juntade Arada, não tem havido qualqueracção digna de registo na freguesia.Pelo contrário, o que se constata, eque os aradenses lamentam, é que asobras executadas até agora foram zeroe as promessas eleitoriais feitas há doisanos continuam por cumprir.

Os autarcas sociais-democrataselencaram, neste encontro, umconjunto de obras fundamentais, paraas quais a freguesia de Arada exigeuma resposta. A saber, a falta deiluminação e de segurança do Largode Santo António; a valorização dafonte do Estanislau, um lugar de

Notícias de Arada (Ovar)

“Zero”em matéria de Obras, na freguesiade Arada

interesse histórico e paisagístico, compotencial turístico, cuja apregoadaintervenção continua no plano daspromessas; e, por fim, a maisimportante de todas as obrasambicionadas pelos aradenses, osaneamento básico, que no séculoXXI, ainda é uma miragem nestafreguesia esquecida do Concelho deOvar.

Por tudo isto, os autarcas de Aradalamentam que, com metade domandato quase cumprida, a freguesiacontinue a ser ignorada pelosresponsáveis políticos e recolheramvárias sugestões para apresentaresclarecimentos ou recomendaçõesna Câmara Municipal de Ovar. Emresultado deste encontro foi criado umGrupo de Trabalho para acompanharde perto todas as matérias já referidase para dinamizar e reforçar aimplantação do PSD em ARADA. –CPS/Ovar

Foi finalmente criado, no passadodia 20, o Tribunal Administrativo eFiscal em Aveiro.

Após alguns meses deconversações e de diálogo entre aautarquia e o Governo, em que semanteviream e defenderam asreivindicações aveirenses, o Conselhode Ministros viu-se forçado aconcretizar os esforços dasinstituições aveirenses quereivindicavam a sua criação.

Élio Maia, presidente da CâmaraMunicipal de Aveiro, sublinha “aimportância da criação do TribunalAdministrativo e Fiscal em Aveiro,visto que irá resolver os problemasdos processos desta cidade e regiãoque estavam pendentes no tribunal deViseu”. O presidente das Autarquiareafirma “a cedência das instalaçõesdo antigo Convento das Carmelitas,situado na Praça Marquês de Pombal,para a instalação deste novo serviço”.

A vontade da Câmara Municipalde Aveiro em instalar um Campus

Notícias de Aveiro

Finalmente criado o TribunalAdministrativo e Fiscal

Judicial mantém-se bem firme e éintenção deste executivo continuarcom este projecto que irá melhorar aqualidade de vida dos aveirenses e dasempresas da região. “Estamos felizese sentimos que o nosso trabalho foipremiado”, reforça Élio Maia.

O Tribunal Administrativo eFiscal de Aveiro irá abranger todos os

concelhos do distrito o quedemonstra que é uma decisãobenéfica para a região, reconhecendoa quantidade de processos (cerca dedois terços do total) que, sendogerados na região, eramencaminhados para Viseu.

Realojamento de famílias de zonasde risco

De acordo com o Plano deRealojamento da AutarquiaAveirense, na semana passadaprocedeu-se à entrega de fogos a quatrofamílias, cujas construções onderesidiam foram consideradas em riscoelevado de ruína e reportam-se àsFreguesias de Vera Cruz, Glória,Esgueira e Santa Joana. Orealojamento tem lugar naUrbanização de Santiago.

A Câmara Municipal, nos últimosmeses, procedeu ao realojamento deum munícipe que residia numabarraca sita na Travessa da RuaComandante Rocha e Cunha ereabilitou duas habitações sitas naQuinta da Bela Vista – Casas n.º 45 e47, que ficaram inabitáveis devido aincêndio que deflagrou no dia 31 deMaio de 2005.

Segundo Miguel Capão Filipe,Vereador responsável pelo Pelourosdos Assuntos Sociais, “o realojamentode famílias cujas situações sãoconsideradas de emergência, tem sido

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feito de acordo com as necessidadesdos cidadãos, como se pode verificarnestas atrubuições.”

A exequibilidade do Plano deEmergência assenta numaintervenção de proximidade junto dapopulação e administradores decondomínio, metodologiafacilitadora no processo de resgate dehabitações e, através do qual foipossível, por devolução, gerar aoportunidade de acesso a umahabitação, a famílias carenciadas,cujas situações sócio-económicas sãoconsideradas de “emergência”.

As subsequentes etapas do Planode Realojamento pressupõem amobilidade de famílias em processode adequação de tipologia e/outransferência, de acordo com asrespectivas composições dosagregados familiares e motivos desaúde associados, na sua maioria, adificuldades de locomoção.

A gestão das carênciashabitacionais do Concelho de Aveiroé um processo de desenvolvimentocontínuo, em constante actualização,e, acontece da solicitação dosmunícipes, Juntas de Freguesia ecomunidade em geral, com especialrelevo para as famílias de baixosrecursos económicos residentes emilhas, construções abarracadas,habitações em perigo iminente deruína e/ ou construções que,tecnicamente, não são passíveis derecuperação ou que, eventualmente,não obedeçam ao rigor urbanísticodeterminado pela legislação vigente,sendo que o conhecimento destes

“habitats”, nalguns casos, áreas devulnerabilidade e de risco é, semmargem de dúvida, fundamental parasublinhar a necessidade de expansãodos recursos habitacionais adisponibilizar a estas famílias. O quefoi alcançado com estes primeirosquatro alojamentos.

A Páscoa em Aveiro

Com a finalidade de assinalar aPáscoa em Aveiro, a CâmaraMunicipal de Aveiro propõe este anoum programa de acções culturais ereligiosas que tem como finalidadesensibilizar a população para a músicasacra; promover e divulgar oartesanato da região num momentoem que se encontram em Aveiroinúmeros turistas; dar a conhecer aoscidadãos o sal e os vários locaisprodutores nacionais e internacionais,assim como, os Antigos CentrosProdutores, agora inactivos; esensibilizar para uma maiorconsciencialização para a preservaçãodo património.

Assim, de 31 de Março a 2 deAbril, das 10.00 às 19.00 horas,realizou-se a Feira Internacional doSal no Rossio e Praça Joaquim MeloFreitas. Em simultâneo esteve patentea exposição “Sal do Atlântico” noMuseu da Cidade.

No dia 3 de Abril, a OrquestraFilarmonia das Beiras apresentou“Requiem” de Mozart, às 21.30horas, na Sé de Aveiro. “Requiem” éa última obra musical de Mozart,ficando mesmo incompleta, cabendo

terminá-la a um seu discípulo, FranzXavier Sussmayr. O concerto teveentrada livre e foi um verdadeirosucesso..

De 4 a 8 de Abril, o Rossio recebea Feira de Artesanato da Primavera.O horário é de Segunda a Quinta-feira,das 15.00 às 20.00 horas e nosrestantes dias, das 10.00 às 20.00horas.

O Coro e Orquestra da Fundaçãodo Conservatório Regional de Gaiainterpretarão no dia 5 de Abril, pelas21.30 horas, na Igreja daMisericórdia, o “Stabat Mater” dePergolesi. Tem entrada livre.

De carácter religioso, irá realizar-se a Procissão Comemorativa doEnterro do Senhor no dia 6 de Abril,às 21.30 horas, com saída da IgrejaNossa Senhora da Apresentação. Nodia 8, com início às 10.00 horas, terálugar a Procissão da Ressurreição quesairá da Igreja Nossa Senhora daApresentação seguindo o seguintepercurso: Rua Manuel Firmino; RuaConselheiro Magalhães; Avenida Dr.Lourenço peixinho; Rua Viana docastelo; Ponte praça; Praça JoaquimMelo Freitas; Rua Tenente Resende;Rua D. Jorge de Lencastre; IgrejaNossa Senhora da Apresentação.

Arquitectura e urbanismopremiados no “PAUMA”

A Câmara Municipal de Aveiroentregou, no dia 29 do mês passado, oPrémio Arquitectura e Urbanismo dee apresentou o respectivo catálogo.

Organizado pela CâmaraMunicipal com a colaboração daSecção Regional Norte da Ordem dosArquitectos, o P.A.U.M.A. pretendeudar a conhecer a qualidadearquitectónica e urbanística dostrabalhos realizados no Município deAveiro, através da distinção da melhorobra de raiz e/ou obra de reabilitação/restauro que, pela sua concepção ecorrecção construtiva, que representeum contributo para a valorização esalvaguarda do Património

Arquitectónico e Urbanístico.Nesta segunda edição, as propostas

apresentadas pelos candidatos, queincluem as tipologias unifamiliar,multifamiliar e equipamentos,inscrevem-se todas na categoria daMelhor Obra de Raiz. A realizaçãoda iniativa contou com a colaboraçãoda Secção Regional Norte da Ordemdos Arquitectos, bem como daAssociação Portuguesa dePlaneadores do Território, o Núcleode Arquitectos de Aveiro, o IPPAR –Delegação Regional de Coimbra, aADERAV e do Prof. Doutro Arq.Sérgio Fernandez.

A atribuir pela segunda vez, oPrémio de Arquitectura e Urbanismode Aveiro constituiu o culminar daMostra de Arquitectura e Urbanismode Aveiro que decorreu durantealguns meses de 2006, com arealização de um conjunto deexposições sobre a temática daArquitectura e Urbanismo e de visitasguiadas a exemplos de intervençãoarquitectónica contemporâneas peloPaulo Anes.

O P.A.U.M.A. tem comopressupostos reconhecer oprofissionalismo e qualidade dotrabalho dos arquitectos que actuamna área do Município de Aveiro;contribuir para o fomento daqualidade dos espaços onde sedesenrolam acções humanas; servir deincentivo ao conjunto deintervenientes na obra de arquitecturae/ou urbanismo; afirmar-se como umserviço à sociedade, porquanto oscidadãos são os destinatários últimosda obra de arquitectura; distinguir asmelhores obras de raiz e/oureabilitação decorridas no Municípiode Aveiro que pela sua concepção ecorrecção construtiva representemum contributo para a valorização esalvaguarda do patrimónioarquitectónico e urbanístico; e, porúltimo, estender ao resto do país omodo de entender a arquitectura eurbanismo do concelho de Aveiro. -CM/Aveiro

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Local

Os Autarcas da Coligação “Juntospor Braga” da Freguesia deMaximinos, liderados por CarlosMoreira, realizaram ontem, Sábado,uma visita ao Lugar da Fonte, nestaFreguesia, a convite dos moradores.

Trata-se de uma situação terceiro-mundista que se vive em plena cidadede Braga e que mereceu o profundorepúdio dos Autarcas da Coligação,os quais, perante a passividade daJunta de Freguesias, esperam agoraver a questão levantada em sede dereunião do Executivo Municipal,através da equipa liderada por RicardoRio.

Os eleitos pela Coligação «Juntospor Braga» da Freguesia deMaximinos foram abordados pelosmoradores do Lugar da Fonte paratransmitir a indignação que sentemface ao estado caótico em que vivemhá alguns anos no que respeita àacessibilidade às suas residências.

Na visita efectuada àquele lugar,em 24 de Março de 2007, osrepresentantes da Coligação ouviramos moradores sobre o problemaexistente neste arruamento que,segundo estes afirmaram, ésobejamente conhecido do Executivoda Junta de Freguesia.

Ou seja, durante o Inverno a Ruatransforma-se num autêntico lamaçalque impede os moradores de apercorrer a pé, facto que prejudicasobretudo os idosos. Por outro lado,o acesso, de cerca de 100 metros,apresenta-se tão esburacado que osmoradores se queixam de váriosproblemas provocados nas suas

Notícias de Braga

Autarcas visitam Lugar da Fonte

viaturas.Trata-se de uma manifesta falta de

vontade, de quem tem a obrigação dezelar pela qualidade de vida doscidadãos, em resolver os problemasde mobilidade das cerca de dezfamílias que aí vivem. Porquantoconsideramos que, após a execuçãodas obras de beneficiação dosCaminhos-de-Ferro deveria aqueleartéria, ter sido regularizada. Noentanto, esta foi votada ao abandono,a ponto de, em plena Cidade de Braga,termos uma rua em terra batida, comimensos buracos que, segundo osmoradores, se torna intransitável emtempo de chuva e perigosa para acirculação de viaturas.

A acrescentar a esta situação,existe um espaço cheio de ervasdaninhas onde coexistem restos deruínas de três antigas habitações,escondidas por resíduos vários eacompanhadas de esgotos a céuaberto que provocam cheirosnauseabundos, situação de que muitose queixam os residentes.

Ermelinda Silva, uma idosa aíresidente, referiu que ela própria játinha gasto dinheiro seu, para comprarcascalho e remediar o acessp próprio,de forma a que o seu filho a pudessebuscar em viatura. Porque, segundoesta moradora, quando chove osidosos não conseguem sair de casaporque a Rua transforma-se num lagolamacento.

Também Carlos Martins, outromorador, fez questão de transmitir aoseleitos da Coligação que tinha tiradoumas fotos ao arruamento e zona

envolvente da Fonte do MeninoDeus, propositadamente para asentregar ao Presidente da Junta deFreguesia de Maximinos, naesperança que os problemas fossemresolvidos. Mas, até ao momento,nada aconteceu.

Esta situação era já doconhecimento dos eleitos daColigação que, há meses, tinhamrecebido queixas de algunsmoradores. Por isso mesmo, em 5 deMaio de 2006, apresentaram naAssembleia de Freguesia umrequerimento a solicitar aregularização do esgoto a céu aberto.Também, na mesma data, foisolicitada a protecção e a recuperaçãoda Fonte do Menino Deus após a

limpeza do espaço envolvente.Estes pedidos nunca atendidos, já

vem de 14 de Junho de 2006, quandoos eleitos da Coligação «Juntos porBraga» solicitaram ao Executivo daJunta de Freguesia o calcetamento ouo asfaltamento do único acesso dosmoradores do lugar da Fonte às suasresidências. Até ao momento, apenasse obteve a informação de que todasas solicitações tinham sido remetidasà Câmara Municipal para análise epossível execução.

Lamentamos que a Junta deFreguesia tenha optado por umapostura de mero escritório de correiode remessa dos assuntos à CâmaraMunicipal.

Lamentamos que os poderespúblicos de proximidade, como aJunta de Freguesia e a CâmaraMunicipal, permitam que situaçõescomo a que vivem, de forma tãodramática, os moradores do Lugar daFonte permaneçam, ano após ano,apenas no plano das intenções e daspromessas.

Como é possível que, em plenoséculo XXI e em plena malha urbanade uma cidade que pretende afirmar-se pelo slogan «É bom viver emBraga», existam pessoas com tãoprecárias condições de acessibilidadee de ambiente?

Na reunião efectuada em 24 deMarço, a pedido dos moradores, oseleitos da Coligação comprometeram-se a alertar, de novo, o executivo daJunta de Freguesia para a situação deautêntico gueto em que estão osmoradores daquele lugar e, atravésdos Vereadores da Coligação, levantareste assunto na Câmara Municipal deBraga para que se encontre umasolução o mais urgente possível.Porque está em causa a qualidade devida e de saúde de cidadãos em plenaCidade de Braga. –CPS/PSD-Braga

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A distrital de Beja do PSDacusou hoje o Governo de“abandonar completamente” ointerior do país e de não promovera “discriminação positiva” dosprojectos estruturantes da região,como o aeroporto de Beja.

“Basicamente, nestes dois anosde governação do PS, está tudo male o distrito de Beja não escapaincólume. A discriminaçãopositiva para o interior do país nãopassa de uma miragem”, disseAmílcar Mourão, presidente dadistrital social-democrata.

O dirigente social-democratafalava à agência Lusa à margem deuma conferência de imprensa,realizada hoje à noite, em Beja, naqual participou o secretário-geral dopartido, Miguel Macedo, para fazera avaliação dos dois anos do Governoliderado por José Sócrates.

Manifestando preocupaçãoquanto à “falta de medidas quecombatam a desertificação epromovam o desenvolvimentosustentado” do país, AmílcarMourão acusou mesmo o executivosocialista de estar a “abandonar”

Notícias de Beja

Distrital acusa o Governo PS de“abandonar o interior” do país

No d ia 31 de Março, à s12H30, a Câmara Municipal deCascais prestou homenagem aosjorna l i s tas e e sc r i tores SusanLowndes e Lu iz de Ol ive i raMarques atribuindo o seu nomea duas ruas no Alto dos Gaios,freguesia do Estoril.

Susan Lowndes nasceu emLondres a 15 de Fevere i ro de1907. Filha da escritora MarieBelloc Lowndes e do jornalistado pe r iód ico “The T imes”Freder i ck Lowndes , Susaniniciou-se na escrita ainda jovem.Vem pe la p r ime i r a vez aPortugal, mais precisamente aoEstoril, em Agosto de 1938, emférias na companhia dos pais ,a l tu ra em que conhece Lu izMarques, já na época jornalistacom alguns anos de carreira.

Escreveu diversos livros sobrePortugal e foi correspondente dediversas publicações, entre elaso jornal “The Times”, trabalhoque lhe va leu um prémio daJunta de Turismo da Costa doEstoril .

Foi condecorada, em 1975,pe la Ra inha I sabe l I I deIng la te r ra com a Ordem doImpério Britânico, pelos serviçosprestados à comunidade inglesaem Portugal.

Faleceu a 3 de Fevereiro de1993.

Luiz Marques nasceu emNovembro de 1898, em Lisboa.Filho de Jaime Artur Marques ede Ema Ol ive i ra Marques ,f r equentou e sco las no Re inoUnido e em Portugal, indo viverpara Londres em 1919.

No Reino Unido, trabalhoucomo correspondente do jornalDiário de Notícias; em Portugalfoi professor de inglês, tradutore exp l i cador ; em 1937 énomeado director do jornal “TheAng lo -Por tuguese News”(APN) , fundado pe lo MajorWacker man, tendo-se tor nadoseu proprietário em 1954. Nesteâmbito,

em conjunto com a mulher,desenvolveu vasto trabalho emprol dos Al iados durante a IIGrande Guerra, que lhe valeu aComenda de Membro do ImpérioBr i tân ico. Fo i a indacorrespondente dos periódicosbritânicos “Daily Telegraph” edo “Sunday Te leg raph” efundador da Assoc iação deImprensa Estrangeira.

Faleceu a 1 de Outubro de1976, no Monte Estoril.

Notícias de Cascais

Susan Lowndes e Luiz Marquesdão nome a ruas no Estoril

Muito conhecido e respeitadono Estoril daquela época, o casalr e lac ionava - se com osrepresentantes das casas reais queaqui viviam e com membros deoutras comunidades estrangeiras,para a l ém da por tuguesa einglesa. Catól icos convictos esolidários com os problemas dopróx imo, f requen tavamassiduamente a Igreja de SantoAntónio do Estoril e a Igreja dosSalesianos e apoiavam diversasins t i tu ições de so l idar iedade.(vide artigo inserto na AgendaCultural Março/Abril).

A ed i l idade p res tou - lhes ,agora, homenagem, ao perpetuaros seus nomes no topónimo dafreguesia onde residiram grandeparte das suas vidas.

- CMC

as zonas do interior, como é o caso deBeja.

“Para haver uma política deatracção de investimento para ointerior, é preciso que, aí, existaminfra-estruturas e o que verificámos éque não há qualquer discriminaçãopositiva nessa área”, disse.

Mesmo o Quadro de ReferênciaEstratégico Nacional (QREN), quevigora a partir deste ano e até 2013,“não vai trazer nada de especial paraapoiar o investimento no interior”,sublinhou.

“O Governo só quer é fecharescolas, maternidades, urgências.Qualquer dia, fecha o país”, sustentouo dirigente social-democrata.

Relativamente aos projectosestruturantes da região, como oaeroporto de Beja, cuja primeirapedra, em final de Janeiro, foi lançadanuma cerimónia presidida peloprimeiro-ministro, Amílcar Mourãotambém foi crítico, ao analisar agovernação socialista.

“Sócrates lançou a primeirapedra, ao fim de dois anos do projectoestar parado, mas, depois disso, nãoapareceram as segunda e terceira

pedras.Está tudo na mesma e a

próxima pedra será a lápide, paraencerrar definitivamente oprojecto”, argumentou.

Também o projecto doItinerário Principal 8 (IP-8), quevai servir para ligar Sines a Beja eà fronteira com Espanha, “estáparado”.

“E o Governo ainda nãoesclareceu se, afinal, o percurso vaiparar em Beja ou se vai mesmo atéà fronteira”, afirmou o presidenteda distrital do PSD.

Mesmo no caso do Alqueva,acentuou, “a promessa deantecipar em dez anos a conclusãodo projecto [de 2025 para 2015] játinha sido preparada pelo anteriorgoverno [do PSD]”.

“Este governo só está aprosseguir, no que respeita aoAlqueva, o que o PSD já tinhaprogramado. É pena é que não façao mesmo relativamente aoaeroporto e ao IP-8, que estavamjá em condições de arrancar a sérioe, agora, estão parados”, disse. –Fonte: Lusa

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Local

A Comissão Política Concelhia doPSD/Coruche, em comunicado queenviaram ao”Povo Livre”, expressapublicamente a sua satisfação, pelaforma como decorreu a visita doPresidente do Partido, Dr. MarquesMendes, no passado dia 3 ao nossoConcelho.

A inauguração da Nova SedeConcelhia e a homenagem aosFundadores do Partido, em Coruche,que decorreu num clima de festa eunião, em torno dos Ideais SociaisDemocratas, foram para nós, oaugúrio do inicio de uma nova faseno PSD, em Coruche.

Também a adesão da população,ao almoço convívio, que juntou maisde 300 militantes e simpatizantes, éprova de que a oposição responsávele construtiva que o PSD está a fazerao Executivo Socialista, correspondeàs expectativas da população doConcelho.

Queremos agradecer a todos osque se associaram a este dia de festa, etransmitir à restante população, quepode contar com a nossa força, paradefender os interesses do Concelho.

Garantimos que não noscalaremos e que vamos continuar afazer oposição, fazendo sentir a todoo momento, as preocupações dapopulação e os seus anseios enecessidades, como são:

- O Novo Quartel dos Bombeirose a sua situação actual;

- O arranjo urbanístico da entradada Vila de Coruche;

- Cota do muro na margem direitado Rio Sorraia;

- Paradeiro da estátua do MajorLuís Alberto de Oliveira.

Estamos a trabalhar com os TSD,a JSD, os Autarcas da AssembleiaMunicipal e das Assembleias deFreguesia, para intensificar a nossaacção política.

O Partido Social-Democratacontinua a fazer a diferença paramelhor, no Concelho de Coruche. -CPS/Coruche

Homenagem aos fundadores domPSD e a militantes já falecidos

O Presidente da Comissão PolíticaConcelhia do PSD de Coruche,agradece, por intermédio do «PovoLivre» a todos os militantes, amigose simpatizantes do Concelho, aparticipação na homenagem aosfundadores do Partido, assim comoaos militantes já falecidos.

O almoço que se realizou naQuinta Várzea, que felizmente foi deencontro ás nossas melhoresexpectativas, reuniu centenas depessoas.

Um agradecimento aos que,

Notícias de Coruche

Ecos da visita de Luís Marques Mendesembora alguns deles já tenhamdesempenhado cargos directivos noPSD a nível Concelhio, Distrital e atéNacional, entenderam não participar.

Aproveito a oportunidade pararelembrar que em uníssono se faz aforça e que a hora é de mudança.

Um agradecimento especial ápopulação de Coruche que nosapoiaram, assim como, ao RanchoFolclórico Regional do Sorraia quetambém colaboraram, no sucessodesta visita do Presidente do PSD aCORUCHE.

Um agradecimento muito especiala todos os militantes que desde aprimeira hora se envolveramempenhadamente nesta iniciativa,nomeadamente: Senhoras Anabela B.Ferreira, Rita Paulo, Fátima Bento eSenhores José Manuel, José M Potier,Gonçalo Dias, José M Bento,Frederico Condeço, VitorianoRosado, Ricardo Carvalho, VictorQueijeiro e Augusto Penas, assimcomo aos companheiros da JSD e dosTSD. - Ricardo F. Santos, CPS/PSD

Confrontada c om o possível breve encerramento do SAP local, a Comissão Politica da JSD deVieira do Minho tomou – e tornou pública - uma posição totalmente contrária a esta medida, afirmandoem comunicado:

«Tornou-se publico nos órgãos de comunicação social, a nível nacional e mais tarde a nível local,que o SAP, vulgarmente designado por Urgências, de Vieira do Minho poderá encerrar, ou melhor quese encontra numa lista de SAP’s a encerrar.

Assim, não pode a JSD local calar a sua indignação e a sua mágoa: indignados pois não acredita queo Sr. Ministro da Saúde falte com a sua palavra; magoados, pois mais uma vez um Concelho já de sipobre e envelhecido, poderá ver-se privado de mais um serviço essencial a todos!

Recordando tomadas de posição recentes, o PS local praticamente garantiu que o SAP não encerrava;na Assembleia Municipal, a bancada do PS no mandato anterior garantia igual situação; ouviram-secriticas da parte dos responsáveis do PS local aquando do abaixo-assinado iniciado pela Autarquia,surgindo assim uma questão inevitável: O PS local defende os interesses de Vieira do Minho, ou de umGoverno Socialista que ignora as dificuldades particulares deste Concelho?

Pede a JSD local para que assumam de uma vez por todas a sua posição, esquecendo a cor políticadeste Governo e que trabalhem no sentido do serviço em questão não encerrar.

Caso o consigam, pois estão numa posição privilegiada para tal, estará a JSD de Vieira do Minho nalinha da frente para lhes transmitir mérito.

Se está o PS local mais próximo do Governo do Sr. José Sócrates, apela a JSD local aos responsáveispara que tentem transmitir a vontade dos vieirenses que é, sem sombra de dúvidas, a manutenção doSAP em Vieira do Minho.

Manifesta a JSD de Vieira do Minho a sua disposição para organizar, trabalhar e participar em todasas actividades que visem contrariar a posição de Sr. Ministro da Saúde, pois se até aqui sempre acreditouna palavra das pessoas, daqui para frente acreditará única e exclusivamente em factos pois entendemestar cansados de tanta incerteza!

A JSD lamenta que esteja a ser posto em causa o direito a cuidados de saúde primários, quer doshabitantes de Vieira do Minho, quer das pessoas que escolhem o concelho para visita ou férias.

A JSD lembra ainda que Vieira do Minho está a perder os bens mais básicos que fixam a populaçãoe que assim será impossível inverter a actual situação de saída constante de jovens para os concelhosvizinhos.

O encerramento do SAP é um passo decisivo no sentido da centralização e consequente abandonodas zonas periféricas dos grandes centros.

Dizem que este século é o século das cidades, mas desta forma é antes o século da aniquilação dasaldeias e da fraca qualidade de vida.

Termina a JSD apelando à mobilização de todos, por se tratar de um bem comum, pois ninguémconseguirá prever quando um Avô ou uma criança, ou qualquer Vieirense em geral, possa necessitardos serviços das Urgências de Vieira do Minho!

Considera a JSD que a SAÚDE é mais importante que qualquer valor economicista ou Politico!

- CPS da JSD

Notícias de Vieira do Minho

JSD contra o possívelencerramento do SAP

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Local

A Câmara de Lisboa deverápoupar mais de um milhão de eurospor ano através de restrições achamadas de telefones fixos,diminuição dos ‘planfonds’ dostelemóveis e renegociação decontratos com operadoras, soube-sena quinta-feira, hoje por despacho dopresidente da Câmara, CarmonaRodrigues (PSD), comunicado àinformação pelo vereador AntónioPrôa (PSD). Estas restrições deverãopermitir poupar 700 mil euros anuais(poupança de 40 por cento).

Segundo o vereador com opelouro da Inovação e ModernizaçãoAdministrativa, dos cerca de trêsmilhões de euros gastos emcomunicações, 2,5 milhões referem-se a encargos com telefones fixos.

Entre os gastos com os telefonesfixos, 1,7 milhões de euros (70 porcento) prendem-se com chamadas quetêm por destino um telemóvel.

“Qualquer funcionário quenecessite, para o seu serviço e daCâmara, de fazer um telefonema parafora de Lisboa, terá de o solicitar auma telefonista e essa chamada ficaráregistada”, afirmou António Prôa.

Fora deste regime restritivo ficamo presidente, os vereadores com e sempelouros e os directores municipais ede departamento e chefes de divisão.

Também por despacho deCarmona Rodrigues, serãodiminuídos os ‘plafonds’ dos 1.400telemóveis da autarquia (que incluemos telemóveis atribuídos à PolíciaMunicipal, Protecção Civil eBombeiros), de forma a“harmonizar” com a prática daadministração central.

Notícias de Lisboa

Câmara quer poupar verbas muitoelevadas em comunicações, chegando,nalguns casos, aos 40 %

“Por essa via, consegue-se umapoupança entre 20 a 30 por cento”,disse António Proa, acrescentandoque representa uma verba entre 40 a75 mil euros.

Além destas medidas decididaspor despacho de Carmona Rodrigues,foi apresentada em sessão pública deCâmara, na quarta-feira, a celebraçãode um contrato com a operadora decomunicações móveis Vodafone.

Este novo contrato, “resulta deuma negociação com as trêsoperadores, na qual a Vodafone

ofereceu claramente as melhorescondições”, sustentou António Prôa.

O novo contrato vai permitir umapoupança de 350 mil euros anuais dadespesa corrente da autarquia,adiantou o vereador social-democrata.

Os funcionários da Câmara vãoigualmente ter acesso a um contratocom esta operadora em “condiçõesmuitíssimo vantajosas”.

António Prôa sublinhou que, comesta nova política de utilização dascomunicações, “não está em causa adiminuição da operacionalidade dosserviços da Câmara”.

Através da gestão centralizada decompras, um projecto da autarquiainiciado em Junho de 2006, seráigualmente adquirido materialadministrativo, com uma poupançade 67 por cento.

Segundo António Prôa, “de umuniverso de 157 mil euros anuais, vaipassar-se para uma despesa de 50 mileuros anuais” com a compra daquelematerial através da gestãocentralizada de compras.

O presidente da Câmara,Carmona Rodrigues, anunciou hácerca de duas semanas que a autarquialisboeta deverá poupar 33 milhões deeuros em seis anos, através da gestãocentralizada de compras.

A Câmara restringe o usocarros municipais e pretendepoupar um milhão euros

A Câmara aprovou quarta-feirapassada um novo regulamento deutilização das viaturas municipais,que diminui o número de carros dosgabinetes, entre outras medidas quedeverão poupar um milhão de eurosanuais. Em transportes.

As novas regras de utilização doscarros da Câmara, que substituem oregulamento em vigor desde 2002,foram aprovadas com os votos contrado PCP, Bloco de Esquerda e dovereador socialista Nuno GaiosoRibeiro, a abstenção do CDS-PP, e osvotos favoráveis do PSD e PS.

Com este regulamento, osgabinetes da oposição passam a termenos um carro e a maioria mantémas viaturas ao seu serviço.

Uma força política com até trêsvereadores passa a ter um carro (casodo PCP, Bloco de Esquerda e CDS-PP), com mais de três vereadorespassa a ter dois veículos (caso do PS),explicou o vereador social-democrataPedro Feist, responsável pela frotamunicipal.

Quanto aos vereadores compelouro, cada gabinete dos vereadores

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Local

Passados quatro meses do encerramento do CUCSE (Consulta deUrgência do Centro de Saúde de Évora) e da entrada em funcionamentodas Unidades de Saúde Familiares (USF), o estado da saúde agravou-seem Évora.

A anunciada reforma da saúde, que o PS e o Governo não se cansamde elogiar apesar dos constantes e repetidos protestos das populações,revelou-se um verdadeiro desastre, oferecendo cuidados de saúde depior qualidade e menor acessibilidade para os cidadãos.

Em Évora, onde a partir das 20 horas, quando encerram as Unidadesde Saúde Familiares, os utentes em situação de emergência têm querecorrer ao Serviço de Urgência do Hospital do Espírito Santo, esteserviço revela-se um verdadeiro caos e ameaça, por sobrelotação, perdera capacidade de resposta com a qualidade que se impõe na prática dosactos médicos e de enfermagem.

Longe de um hospital com dignidade, o que hoje se oferece aos doentessão horas intermináveis de espera em macas e cadeiras de rodasespalhadas pelos corredores, num ambiente confuso e ruidoso, que nemo esforço e empenhamento dos profissionais de saúde consegue atenuar.

Por outro lado, doentes com patologias e traumatismos graves vêema sua entrada no Serviço de Urgência impedida pelos maqueiros, semqualquer triagem, enquanto muitos outros são remetidos para o Centrode Saúde, para prescrição de medicação, após terem sido observados pormédicos do HESE.

Ao contrário da propagandeada melhoria da qualidade da prestaçãode cuidados, as medidas tomadas pelo Governo em matéria de saúdesubmetem-se única e exclusivamente a critérios economicistas dediminuição de despesas.

Só essa poderá ser a explicação para que não sejam pedidos examesde diagnóstico nas consultas hospitalares e se encaminhem os doentespara o médico de família ou que estejam a ser anulados centenas depedidos de consultas hospitalares, solicitadas há muitos meses, sem ocuidado de aferir da gravidade das doenças.

Apenas virtualmente sem listas de espera, o HESE não olha a meiospara cumprir objectivos meramente economicistas, impostos peloGoverno e perfilhados pelos responsáveis da saúde da nossa região. Osmesmos que, bem sabendo da falta de muito material e de condições noCentro de Saúde e USF, nada fazem para que os doentes sejam tratadoscom dignidade e deixem de ser bolas de pingue-pongue entre os serviçosde saúde. – CPS/Évora

Notícias de Évora

Os socialistas agravam a“Doença” da Saúde…

da maioria social-democrata temdireito a quatro viaturas.

Segundo o vereador, com esteregulamento a autarquia poderá“numa primeira fase, reduzir a frotaem cerca de 120 carros”.

Actualmente, a frota municipal écomposta por cerca de 800 viaturasligeiras e pesadas, depois de há duassemanas ter sido alterado um contratode aluguer de longa de duração para aautarquia prescindir de 200 carros.

“Havia uma desobediênciacolectiva de que os carros não vinham‘dormir’ à Câmara. O regulamentoreitera que os carros têm de vir‘dormir’ à Câmara”, disse Pedro Feist.

De fora desta regra ficam os“carros de utilização plena”,atribuídos ao presidente da Câmara eao seu chefe de gabinete e a todos osvereadores.

Todos os outros carros, de “usorestrito”, vão igualmente passar aestar sujeitos a uma limitação de 120litros de combustível por mês.

“A poupança do combustível e aresultante de os carros permaneceremao fim-de-semana e à noite na Câmaradeixando de servir fins particularesvai permitir uma poupança de cercade um milhão de euros anuais”,calcula Pedro Feist.

O vereador socialista Rui PauloFigueiredo sublinhou que a “aproposta permitirá fazer algumaracionalização da despesa”.

Rui Paulo Figueiredo alertou,contudo, para a necessidade de oregulamento estabelecer critérios“ecológicos” quanto ao combustívelutilizado e à cilindrada dosautomóveis.

“A principal motivação para esteregulamento é a contenção de despesa,que nós apoiamos”, sustentouigualmente o vereador socialista DiasBaptista.

O vereador comunista Ruben deCarvalho apresentou umrequerimento pedindo a “consulta detodos os documentos que presidiramà elaboração deste regulamento”. -CML

“A comparação com 2002 nãochega”, argumentou Ruben deCarvalho, que pretendia que avotação da proposta fosse adiada parapossibilitar a consulta dosdocumentos, o que não foi aceite pela

maioria.O vereador comunista considera

que se “começou a casa pelo telhado”ao ter sido aprovada a diminuição decerca de 200 viaturas da Câmara antesda aprovação deste regulamento.

Ruben de Carvalho referiu-seigualmente à diferença de cilindradados carros, mais alta para o presidentee vereadores com pelouros, que éestabelecida no regulamento, mas“esqueceu-se” de dizer que o carroque o Presidente utiliza é o de menorcilindrada (1900 cc) entre os carrosatribuidos aos vereadores e igual aodos atribuídos à oposição.

“A concepção que eu tenho demim como vereador, da minhadignidade, não tem nada que ver comum carro, mas a sua concepção tem”,disse o autarca comunista, dirigindo-se a Pedro Feist.

Pedro Feist respondeu que, quantoà cilindrada dos carros, “as regras dojogo mantêm-se, não há elevação nemdiminuição de cilindrada dos carros”,seguiu-se o regulamento de 2002.

O vereador social-democrataconsiderou, contudo, que “quem temo poder, representa a Câmara”, tendoassim, direito a carros de maiorcilindrada, sublinhando que oregulamento não estabelece acilindrada, mas define uma “baliza”máxima da potência dos veículos.

A vereadora do CDS-PP, MariaJosé Nogueira Pinto, considerou, porseu turno, que “os abusos [nautilização dos carros municipais] sãomatérias disciplinares”.

“Não acredito que os abusos seresolvam com regulamentos”, disse,acrescentando que essas faltas devemser respondidas à “cadeiahierárquica”.

Faltam poucos dias para aabertura do Túnel do Marquês

Numa visita ao Túnel doMarquês, que teve lugar no dia 30 deMarço, o vereador Pedro Feist,responsável pelo pelouro das ObrasMunicipais, adiantou que a data deabertura do equipamento deverá seranunciada na próxima semana. Atélá, continuam a ser feitos testes desegurança.

Apesar de remeter o anúncio da

abertura do túnel para a próximasemana, Pedro Feist fixou Abril comosendo o mês da inauguração do Túneldo Marquês. Isto porque,“tecnicamente, a parte da construçãocivil está pronta”, mas ainda se está aproceder aos testes de segurança porforma a “antecipar todas as situaçõesprevisíveis e imprevisíveis”. Os testesservem ainda, e segundo o vereador,para “que a população não tenhadúvidas em passar pelo túnel todos osdias e contrariar as vozes negras quedizem que é inseguro”.

Neste momento, apenas se encontrapor concluir a saída da AvenidaAntónio Augusto de Aguiar, por aindafaltar escavar uma extensão de cemmetros na Avenida Fontes Pereira deMelo, um trabalho que se encontracondicionado pelas obras de reforço dotúnel do Metropolitano de Lisboa.

Para Pedro Feist, que assegura que“este é um dos túneis mais seguros daEuropa”, a não abertura daquelarampa “não terá um impactosignificativo” na utilização normal da

infra-estrutura, que se espera queretire da superfície “até 50 milautomóveis por dia”. O vereador, queconsidera que “os lisboetas irão ficarcontentes com o novo túnel”,adiantou que, até à abertura oficial, aCâmara irá distribuir informaçõesdetalhadas de como utilizar oequipamento.

O Túnel do Marquês visamelhorar a circulação rodoviária,promovendo a fluidez de tráfegonuma das principais vias da cidade eáreas envolventes. Esta infra-estrutura, que irá contribuir para odescongestionamento do trânsito àsuperfície, tem uma extensão total de1.725 metros e conta com trêsentradas e seis saídas.

De recordar que, segundo oresponsável camarário pela obra,Vítor Damião, este foi dos trabalhosque contou com mais controloambiental. Exemplo disso foi otransplante de 108 árvores durante oseu processo de construção.- CML/Lusa

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No âmbito do seu ProjectoAutárquico, teve lugar na Pousada daJuventude de Almada, a 1ª AcademiaPolítica da Distrital de Setúbal daJSD, e juntou mais de meia centenade jovens, que durante 2 dias tiveramformação com vista a dar-lhe maiorescompetências para aqueles que serãofuturos dirigentes políticos epotenciais autarcas.

Foram realizados 4 módulos deformação [A Arte da Comunicação(formador: Rodrigo Moita de Deus,ex-jornalista e assessor da FundaçãoChampallimaud); MarketingPolítico (formador: Carlos Coelho,Eurodeputado); Ser Político(formador: Luis Rodrigues,Deputado e Secretário-GeralAdjunto do PSD); ComunicaçãoSocial (formador: Carlos Mendonça,jornalista)] e no 2º dia, osparticipantes tiveram a possibilidadede testar alguns dos conhecimentosadquiridos, através da realização desimulações de debates parlamentares.

Este momento serviu parademonstrar que na Política, osPolíticos não são todos iguais, naexacta medida que há quem se esforcepor preparar futuros Autarcas que

Notícias de Setúbal

A Distrital do PSD da cidade sadinapromove “Academia Política”

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sejam capazes de exercer as suasfunções com maior competência,maior dedicação, maiordisponibilidade para representar apopulação que os elegem. E que naPolítica, as Novas Gerações estãocada dia mais capazes de assumir aresponsabilidade de uma CidadaniaParticipada, Activa e Inconformada.

Esta acção de formação serviutambém para mostrar que os jovensnão estão demitidos da Política, naexacta medida em que se saiba cativá-los para uma nova forma de exercê-la. Tendo tido a participação de meiacentena de jovens, entre os 17 e os 29anos, que pagaram para receberformação, este momento demonstraque há Futuro nesta actividade nobre,e que os cidadãos podem confiar nas

Passados quatro meses do encerramento do CUCSE (Consulta deUrgência do Centro de Saúde de Évora) e da entrada em funcionamentodas Unidades de Saúde Familiares (USF), o estado da saúde agravou-se emÉvora.

A anunciada reforma da saúde, que o PS e o Governo não se cansam deelogiar apesar dos constantes e repetidos protestos das populações, revelou-se um verdadeiro desastre, oferecendo cuidados de saúde de pior qualidadee menor acessibilidade para os cidadãos.

Em Évora, onde a partir das 20 horas, quando encerram as Unidadesde Saúde Familiares, os utentes em situação de emergência têm que recorrerao Serviço de Urgência do Hospital do Espírito Santo, este serviço revela-se um verdadeiro caos e ameaça, por sobrelotação, perder a capacidade deresposta com a qualidade que se impõe na prática dos actos médicos e deenfermagem.

Longe de um hospital com dignidade, o que hoje se oferece aos doentessão horas intermináveis de espera em macas e cadeiras de rodas espalhadaspelos corredores, num ambiente confuso e ruidoso, que nem o esforço eempenhamento dos profissionais de saúde consegue atenuar.

Notícias de Évora

Os socialistas agravam a“Doença” da Saúde…

Novas Gerações, pelo seu empenho,pela sua garra, pela sua coragem edeterminação na construção de umprojecto de desenvolvimentocivilizacional da nossa terra.

- CPD/Setúbal

A iniciativa teve na sessão deabertura o Presidente daDistrital de Setúbal do PSD,Bruno Vitorino, e que contouno seu encerramento, com apresença do 1º Vice-Presidente da ComissãoPolítica Nacional do PSD,Azevedo Soares.

Por outro lado, doentes com patologias e traumatismos graves vêem a suaentrada no Serviço de Urgência impedida pelos maqueiros, sem qualquertriagem, enquanto muitos outros são remetidos para o Centro de Saúde, paraprescrição de medicação, após terem sido observados por médicos do HESE.

Ao contrário da propagandeada melhoria da qualidade da prestação decuidados, as medidas tomadas pelo Governo em matéria de saúde submetem-se única e exclusivamente a critérios economicistas de diminuição de despesas.

Só essa poderá ser a explicação para que não sejam pedidos exames dediagnóstico nas consultas hospitalares e se encaminhem os doentes para omédico de família ou que estejam a ser anulados centenas de pedidos deconsultas hospitalares, solicitadas há muitos meses, sem o cuidado de aferirda gravidade das doenças.

Apenas virtualmente sem listas de espera, o HESE não olha a meios paracumprir objectivos meramente economicistas, impostos pelo Governo eperfilhados pelos responsáveis da saúde da nossa região. Os mesmos que,bem sabendo da falta de muito material e de condições no Centro de Saúde eUSF, nada fazem para que os doentes sejam tratados com dignidade e deixemde ser bolas de pingue-pongue entre os serviços de saúde. – CPS/Évora

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O Conselho Regional do PSD,reunido em Angra do Heroísmo, em24 de Março de 2007, concluiu:

1. Em 1996, o PS ganhou eleiçõesregionais em nome duma alegadamudança política e de transparênciano exercício do poder. Decorridosonze anos de governo daresponsabilidade do PS, é fácilconcluir que estas promessas ficarampor cumprir.

Ao longo destes onze anos degoverno, o PS confundiu a Regiãocom o partido, partidarizou oexercício do poder, transformandoem favores aos cidadãos o que deveriadecorrer do simples cumprimento dalei e apropriou-se dos cargosdirigentes da função pública.

O PS fez do Governo a suaoportunidade para apropriar-se daAdministração Pública e dos mais de500 dirigentes de topo.

O PSD denuncia esta atitude doPartido Socialista que contribui paraa falta de qualidade da democracia nosAçores.

O novo governo do PSD acabarácom a partidarização daAdministração Pública.

A alternativa que o PSD propõeaos Açorianos passa por outramaneira de governar os Açores.

2. O PSD apresentará aosAçorianos outras propostas políticas,outros paradigmas, uma outrapolítica, com o objectivo de criar maisriqueza, mais emprego e melhorescondições de vida.

O PSD, não deixando de fiscalizara actuação do Governo Regional,como compete à oposição emdemocracia, apresentará outraspolíticas, demonstrando que agovernação socialista está gasta,cansada, sem imaginação -ultrapassada.

3. O Governo do PS não temdefendido os agricultores Açorianosna União Europeia e negligentementeesqueceu que há regras e estratégiasnegociais que devem ser observadas,num processo de concertação deinteresses entre os 27 membros daUnião.

O POSEI-Agricultura atribui aosAçores cinquenta milhões de euros,cabendo à Região definir os critériospara a sua gestão, de acordo com asregras comunitárias estabelecidas.

De modo apressado, o GovernoRegional propôs à União Europeia aatribuição dum subsídio de €150,00a cada vaca leiteira, o que foirecusado.

Sem cuidar de salvaguardar orendimento dos agricultores, o

Governo Regional apresentou novaproposta para atribuição dum subsídiopara as lavouras com baixosencabeçamentos, como forma depromover a extensificação. Talmedida não é aplicável em S. Miguele na Terceira, excluindo de apoioscomunitários as duas ilhas com maiorprodução leiteira nos Açores.

4. O PSD manifesta a suasatisfação pela vitória da nossacomunidade emigrante nos EstadosUnidos. O Governo da Repúblicarecuou na intenção de encerrar osconsulados de Portugal, em NewBedford e Providence.

O PSD saúda as nossascomunidades na Nova Inglaterra que,com a sua determinação, impediramum erro, com efeitos negativos paraos interesses dos Açores e para aadequada representação dumacomunidade de cerca de trezentos milaçorianos.

O PSD nunca hesitou na defesados interesses dos Açores,apresentando um Projecto deResolução na Assembleia Legislativaque a maioria socialista rejeitou.

O PSD fez o contrário doPresidente do Governo Regional que,em 4 de Janeiro, admitiu e justificouo encerramento do consulado deProvidence, preferindo asolidariedade partidária com o

Governo da República à defesa dosAçores.

5. O PSD assinala a celebração dos50 anos da assinatura do Tratado deRoma que institui a CEE, hoje UniãoEuropeia, à qual os Açores conferemdimensão atlântica.

A integração dos Açores na UniãoEuropeia proporcionou um surto dedesenvolvimento das nossas ilhas,sem paralelo na história, permitindoarrancá-las dum atraso secular a queum poder centralista e distante astinha votado.

Um dos grandes desafios que,agora, se coloca aos Açores éaproveitar os meios, os recursos e aspossibilidades que a integração numvasto espaço de 500 milhões decidadãos conferem a uma regiãoultraperiférica como a nossa, cominteligência política e outra estratégiade desenvolvimento, que nãocontinue a deixar os Açores para trás.

Temos de nos desenvolver maisdepressa do que os outros, criarriqueza nos Açores, paracombatermos o facto de nos estarmosa atrasar em relação à médiacomunitária.

Temos de participar mais e melhornos processos de decisão europeia,através da Assembleia Legislativa edo Governo Regional, o que exigeuma reforma institucional nos órgãos

de governo próprio dos Açores e umamudança de atitude política. -Conselho Regional do PSD/Açores

«Uma nova etapa» na formade fazer oposição ao governosocialista

O líder do PSD/Açores anunciouo início de uma “nova etapa” na formade fazer oposição à governaçãosocialista, através da apresentação deum conjunto de “grandes propostas”para os açorianos. “A função do PSD/Açores era, até agora, denunciar asfragilidades da governação socialista,mas temos que iniciar a caminhadapara as eleições e prepararcuidadosamente as propostas para osaçorianos”, afirmou Costa Neves, emdeclarações aos jornalistas à margemdos trabalhos do Conselho Regionaldo partido, que decorreram em Angrado Heroísmo.

O líder social-democrata garantiu,no entanto, que esta “nova etapa” namaneira de fazer oposição por partedo PSD/Açores “não ‘mata’ aanterior”, dado que o partido vai“continuar o combate, a denunciar ea assumir-se como oposição”.Segundo Costa Neves, os social-democratas querem demonstrar que

Notícias dos Açores

Conclusões do último Conselho Regionaldo PSD

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é possível haver “outros paradigmasna política açoriana e outras políticaspara os Açores”. Para o presidente doPSD/Açores, a “versão socialistapara democracia está a sufocar ainiciativa, a versão socialista para aAutonomia está a isolar os Açores e aversão socialista para o‘desenvolvimento’ está a fazer o fácil,que é dar subsídios e promover obraspúblicas, sem melhorar as condiçõesde vida dos açorianos”.

O líder social-democrata afirmouainda que “os açorianos estãoinsatisfeitos” e que o PS “sabe disso etem a noção que o PSD está a tratarestas questões”. “Por isso vem acorrer para Terceira e reúne deemergência”, concluiu, referindo-sea uma reunião de dirigentes socialistasmarcada para a mesma hora doConselho Regional, em Angra doHeroísmo, de forma a coincidir como encontro daquele órgão do PSD/Açores.

Desleixo e esquecimento n amanutenção de pontos demaior valor turístico da ilhaTerceira

O desleixo e o esquecimentoparecem orientar a manutenção dedois dos pontos de maior valorturístico da ilha Terceira, osmiradouros da Serra do Cume e daSerra de Santa Bárbara.

È isso que denunciam osdeputados do PSD eleitos pelocírculo da Terceira que visitaramrecentemente aqueles dois principaismiradouros do interior da ilha. ClélioMeneses, Carla Bretão e AntónioVentura alertam para o mau estado das

vias de acesso àqueles dois locais, deonde os visitantes podem desfrutar devistas excelentes sobre a ilha e deonde, infelizmente “ as autoridadescompetentes parecem estar ausentescom cuidados e valorização”.

As estradas têm “buracos àsdezenas e os próprios pontos onde sesituam cada um dos Miradouros estãovetados ao abandono completo, comum lamaçal imenso na Serra do Cumee o pavimento em muito mau estadona Serra de Santa Bárbara”. Numaaltura em que se aproxima a ditaépoca alta do turismo, e com asrecorrentes afirmações, por parte doGoverno Regional do “aumento nonúmero de visitantes e perspectivasde ainda maiores subidas”, dados queos deputados social-democratasterceirenses não vêem confirmadoslocalmente, a indignação dosparlamentares é justificada pois se “osdois pontos de maior belezapaisagística da ilha permanecemnaquele estado, como se podeclassificar a política desenvolvida naárea e se confirma o imenso rol depromessas que vão sendo feitas para aTerceira”.

JSD-Açores apoia criação ebom funcionamento deAssociações de Estudantes

O presidente da JSD/Açoresanunciou hoje o lançamento de ummanual alusivo à constituição de umaassociação de estudantes no ensinosecundário, em que são explicadostodos os passos necessários para acriação e bom funcionamento de umaassociação de estudantes. “Com estemanual é possível às associações deestudantes saber onde é que podem irbuscar financiamento, proceder a

cálculos financeiros, fazer uma actaeleitoral e como convocar reuniõesgerais de alunos”, afirmou CláudioAlmeida, em Angra do Heroísmo,numa conferência de imprensadestinada a assinalar o Dia doEstudante.

Em suma, considerou o líder dosjovens social-democratas, odocumento aborda “todo o processoque uma associação de estudantesnecessita para que consiga atingir osseus objectivos, reivindicando mais emelhor para os alunos, de modo amelhorar o ensino e as infra-estruturasque são essenciais para os estudantesaçorianos”. Segundo o líder da JSD/Açores, é importante que os jovensque entram para o ensino secundáriotenham um “apoio básico” paraentrarem no mundo do associativismoestudantil, visto que no ensino básicoas associações de estudantes “não sãotão fomentadas”.

O manual vai ser distribuído apartir de Abril em todas as escolassecundárias dos Açores.

As palavras de CláudioAlmeida

Antes de mais gostaria deagradecer a vossa presença, queinterpretamos como um sinalevidente da vossa consideração paracom os Estudantes e a Juventude dosAçores.

Hoje, dia 24 de Março,comemora-se o Dia do Estudante.

É uma data importante. Uma dataque assinala e reforça a autonomia dacomunidade estudantil perante osGovernos e reconhece que osestudantes são parte fundamental nocontributo para a construção dofuturo.

Por isso mesmo a JSD/Açores sequer associar a esta comemoração,lembrando:

— Que as Associações deEstudantes devem ser vistas comoverdadeiras representantes dosestudantes. Que precisam deaconselhamento e de respostas faceaos graves problemas que afectam asEscolas da nossa Região Autónoma.Que o Associativismo Estudantildeve ser apoiado e fomentado.

— Que o sucesso de uma políticaeducativa se reflecte nodesenvolvimento, na modernização eno progresso. O acesso a um ensinoabrangente é um direito social básicode todos, sem restrições nemdiscriminações e é ao Estado quecompete assegurar o seufuncionamento nas melhorescondições.

— Que a Escola é o espaço socialonde convivem grupos de classessociais e diferentes culturas e é ondese aprende e se forma para a vida. AEscola é uma das mais importantesestruturas para a formação doindivíduo. É preciso reforçar asegurança nas Escolas e melhorar erentabilizar as suas instalaçõesdesportivas.

— Que O Ensino precisa sersuficientemente motivador e capaz deproporcionar o sucesso escolar, numacultura de exigência e doconhecimento. É preciso que o ensinoescolar, desde o pré - escolar aosecundário, seja assente em bonsníveis de leitura e de escrita, deinterpretação e de raciocínio,preparando os alunos para serviços eempregos que cada vez mais exigemaltos níveis de conhecimento.

— Porque os estudantes são ofuturo dos Açores e porque asAssociações de Estudantesdesempenham um importante papelna defesa dos interesses dosestudantes, a Comissão PolíticaRegional da JSD/Açores adoptou, elança agora, este “Manual para aconstituição de um associação deestudantes no Ensino Secundário”,onde vêm explicados todos os passospara a constituição e bomfuncionamento de uma Associação deEstudantes.

Um Viva ao Dia do Estudante!

Empresários da ilha dasFlores, sem acesso aincentivos financeiros

O PSD/Açores denunciou aineficácia das actuais políticas deapoio aos empresários da ilha dasFlores, no tocante ao acesso aincentivos financeiros e às respectivascandidaturas.

Para o deputado António MariaGonçalves é “urgente a criação deuma nova dinâmica para a atribuiçãode apoios aos empresários dasFlores”. Referindo-se concretamenteao protocolo firmado entre aSecretaria Regional da Economia e aCâmara do Comércio e Indústria da

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Quatro jovens do concelho partiram no fim do mês para Omura (Japão),para um intercâmbio cultural que anualmente se realiza entre Sintra eOmura. Os jovens ficam no Japão durante o período de férias da Páscoa,até 6 de Abril.

Os quatro jovens, de idades compreendidas entre os 15 e os 18,matriculados num dos estabelecimentos de ensino secundário do concelho,vão ter a oportunidade de conhecer a cidade de Omura, na província deNagasaki.

Durante este período os jovens ficam hospedados em casa de famíliasjaponesas, participando em diversas actividades culturais, sociais e de lazer,que fazem parte do programa organizado pela Câmara Municipal de Omurae que inclui uma recepção oficial do Presidente. O programa de actividadesinclui também uma visita à cidade de Nagasaki e ao Museu da BombaAtómica.

O programa enquadra-se na política de estreitamento de laços entrePortugal e o Japão que a autarquia tem vindo a levar a cabo desde 1997.

Horta “que define a forma decooperação entre aqueles organismos,relativamente ao apoio na preparaçãode candidaturas a sistemas deincentivos financeiros respeitantes aprojectos de investimento das ilhasFlores e Corvo”, o parlamentarsocial-democrata enviou umrequerimento à Assembleia Regional,no qual interroga o executivorelativamente ao “conhecimento deintenções de investimento, por partede empresários da ilha das Flores queforam goradas pela ineficácia daimplementação do referidoProtocolo”.

Segundo António MariaGonçalves a “execução do referidoacordo não tem sido eficaz,prejudicando os cidadãos da ilha dasFlores que querem concorrer aincentivos financeiros. Há mesmoempresários que perderam aoportunidade de ver os seus projectosde investimento aprovados, devido à

demora na elaboração dos projectos ena apresentação dos mesmos àsautoridades competentes”. Assimsendo, e uma vez que “reconfirmandoa realidade da falta de coesãoeconómica e social de algumas dasilhas do nosso Arquipélago, oGoverno Regional criou a “Ilhas deValor” S.A, para reencaminhar eapoiar os investimentos nasdenominadas “ilhas da coesão””, oparlamentar do PSD quer tambémsaber se haverá lugar à “reformulaçãodo referido Protocolo, de modo a queos empresários das Flores deixem deser prejudicados no seu acesso aossistemas de incentivos financeiros”.Caso contrário que alternativas pensao executivo apresentar aosempresários locais para levaremavante as suas intenções deinvestimento, em prol da economiada ilha e para que os jovens florentinosse possam fixar na sua terra deorigem”. – Gab. Imp. PSD/Açores

PSD alerta para falta dedivulgação das datas paracandidaturas ao POSEI

O PSD/Açores voltou hoje a alertar para o facto da época decandidaturas aos apoios do programa POSEI-Açores não ter ainda sidodivulgada, ao contrário do que sucedeu em anos anteriores. Emrequerimento enviado à Assembleia Legislativa dos Açores, o deputadosocial-democrata António Ventura, reforça um pedido já feitoanteriormente, e depois do “ Governo Regional ter apresentado aosAgricultores como a maior “bandeira” do programa, um apoio de 150Euros por vaca leiteira, que não foi aprovado pela Comissão como erapretendido pelo executivo”.

Segundo Ventura interessa, pois, “saber em que medida o apoio agoraaprovado para a vaca leiteira se assume como um obstáculo no acesso dosProdutores de Leite da Região ao mesmo”. E afirma que “as ajudascomunitárias em vigor são fundamentais para a sobrevivência daactividade agrícola nos seus vários subsectores, sendo que o atraso referidoconstitui mais uma dificuldade para o planeamento e gestão dasexplorações agrícolas”.

Segundo o deputado este impasse continua a levar “alguns agricultoresa procurar o grupo parlamentar do PSD, mostrando a sua insatisfaçãoperante a falta de informação por parte do governo regional”.

O programa POSEI-Açores é um instrumento legislativo que permitefazer face ao afastamento e à insularidade dos Açores, como regiãoultraperiférica. Por via de apoios específicos promove a igualdade socialcom o restante espaço europeu, abolindo determinados constrangimentosgeográficos, como é o caso das despesas acrescidas com os transportes.

No requerimento, António Ventura refere também que “no próximodia 31 de Março termina a campanha leiteira em vigor”, e que “a essepropósito interessa saber como evolui a produção de leite nos Açores epor cada Ilha”. – PSD/Açores

Costa Neves quer que açorianossaibam porque pagam produtosmais caros com IVA mais baixo

O líder do PSD/Açoresdefendeu que a Regiãodeve estudar os motivospelos quais diversosprodutos são mais caros noarquipélago do que nocontinente, apesar da taxado IVA no arquipélago ser30 por cento inferior, econsiderou que o governoregional temresponsabilidades namatéria, por não pretenderque a situação sejaanalisada.

“É preciso perceberpor que é que há ummodelo de serviço público

no transporte marítimo de cargas e o Estado e a Região ‘desistem” de 30 porcento do IVA, e um determinado produto de consumo corrente é mais caro doque continente”, afirmou Costa Neves, em declarações aos jornalistas no finalde uma reunião com a administração da Portos dos Açores, SA, em PontaDelgada.

O líder social-democrata considerou que é necessário conhecer “toda acadeia de formação de preços”, mas sem criar “bodes expiatórios”, visto quehá responsabilidades repartidas entre os armadores, administrações portuárias,intermediários e comerciantes.

Costa Neves desafiou, por isso, o governo regional a tomar medidas nestaárea. “Se não querem o observatório dos preços e pretendem outra solução,digam qual é”, afirmou o presidente do PSD/Açores, referindo-se à propostasocial-democrata de criação de um observatório dos preços na Região, chumbadarecentemente pela maioria socialista no parlamento açoriano.

O líder social-democrata não deixou, no entanto, de referir que “hádemasiado jogo combinado também no transporte marítimo de cargas”, dadoque “os armadores acertam preços, posições, toques e calendários”. Para CostaNeves “não há visivelmente um sistema de concorrência” no transportemarítimo de cargas nos Açores.

O presidente do PSD/Açores acrescentou que o governo regional temigualmente responsabilidades no facto de vários produtos serem mais caros naRegião do que no continente, apesar da taxa do IVA ser inferior em 30 porcento. “O responsável por esta penalização, ao não querer tornar maistransparente este complexo mundo [do transporte de cargas entre os Açores eo continente] é o governo regional dos Açores”, afirmou Costa Neves. Para olíder social-democrata, o governo socialista “tem medo de mexer no que querque seja”.

Notícias de Sintra

Intercâmbio comzona do Japão ondecaiu a 2ª bombaatómica

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Pareceres Vinculativos

PARECER Nº 01 / 2007

O Presidente da Assembleia Distrital de ——-—— solicitou Parecer ao CJN relativamente à interpretação da alínea c), do nº 2, do Artº 38 dos Estatutos doPSD, ou seja, da participação dos Deputados eleitos à Assembleia da República pelo Distrito de —-—-— que integram a Bancada Parlamentar do PSD, nasreuniões da Assembleia Distrital.

A questão coloca-se relativamente ao Sr. Deputado ———————, que integrou as Listas do PSD como independente, e ao Sr. Deputado ——————— que, integrando também a Bancada Parlamentar do PSD, é, no entanto, militante do —————.

É princípio geral, e decorre designadamente do Artº 6 dos Estatutos, que o direito de participação nos órgãos partidários dimana e é inerente à qualidade demilitante do respectivo Partido.

No caso concreto da Assembleia Distrital, para além dos membros a que o nº 1, do Artº 38 dos Estatutos se refere, temos também o direito de participação,“sem direito de voto”, a que alude o nº 2, da mesma disposição estatutária.

A redacção dada à alínea c), daquele nº 2, poderia levar a uma leitura de que bastaria a qualidade de Deputado eleito à Assembleia da República, por círculoeleitoral abarcado pelo Distrito a que respeite a Assembleia Distrital em causa, para haver tal direito de participação, o que, no limite, incluiria, designadamente,Deputados eleitos por outros partidos.

Como é óbvio, tal interpretação não é consentida, por absurda.

Mas é o próprio Artº 38 que, na sua alínea d), do nº 2 nos fornece elemento essencial à interpretação da disposição em causa, e que, a nosso ver, tornaindiscutível ser necessária a qualidade de militante do Partido para, em princípio, o Deputado eleito por círculo do Distrito em causa, ter direito a participar nasreuniões da Assembleia Distrital, “sem direito de voto”.

Na verdade, a alínea d), do nº 2, dos Artº 38 dos Estatutos do Partido refere-se aos membros do Governo e aos Deputados do Parlamento Europeu, inscritosnas Secções do Distrito.

Significa isto que não basta ser membro de um Governo do PSD ou ser eleito ao Parlamento Europeu em listas do PSD, e residente num determinadoDistrito, para poder participar nas reuniões da respectiva Assembleia Distrital do PSD, ainda que “sem direito a voto”.

Exige-se também a qualidade de militante inscrito na Secção do Distrito.

Efectivamente, não é admissível uma interpretação que introduzisse uma discriminação no sentido de, ao contrário do que acontece com os membros doGoverno e dos Deputados ao Parlamento Europeu, tornasse possível a participação dos Deputados à Assembleia da República, na Assembleia Distrital, semque estivessem inscritos no Partido.

No que ao caso concreto diz respeito, a questão é, obviamente, mais delicada em relação ao Deputado ———-———, por ser membro de outro Partido –o ———--—— – não fazendo sentido que possa participar, simultaneamente, em órgãos locais e distritais do seu Partido e em órgãos paralelos do PSD.

Já no respeitante ao Deputado Independente, —————-, não se lhe reconhecendo, pelas razões já expendidas, o direito de participar nas reuniões daAssembleia Distrital, por via da alínea c), do nº 2, do Artº 38 dos Estatutos, não repugna, porém, que, em função das matérias em debate, o Presidente daAssembleia Distrital o possa convidar a participar nas respectivas reuniões, “sem direito de voto”.

Ponderados os factos e o direito, acorda o Conselho de Jurisdição Nacional, concluir emitindo o seguinte PARECER VINCULATIVO:

1. De harmonia com o nº 2, do Artº 38, dos Estatutos Nacionais do Partido, os Deputados, militantes do Partido, eleitos por círculo eleitoral que integredeterminado distrito, têm o direito de participar, “sem direito de voto”, nas reuniões da respectiva Assembleia Distrital do PSD;

2. Tal direito, em princípio, cabe tão só aos Deputados que, integrando a bancada parlamentar do PSD, na Assembleia da República, sejam militantes doPartido inscritos em Secção do Distrito, tal qual o exige a alínea d), do nº 2, do Artº 38 dos Estatutos aos membros do Governo e aos Deputados eleitos aoParlamento Europeu.

3. Por assim ser, não têm direito de participar nas reuniões da Assembleia Distrital, o Deputado que, integrando o Grupo Parlamentar do PSD naAssembleia da República, foi eleito em lista do PSD como independente e é membro de outro partido;

4. Na verdade, não tem sentido que apesar de eleito como independente em lista do PSD o Deputado nessas circunstâncias possa, simultaneamente,participar nos órgãos distritais do seu partido e nos órgãos distritais do PSD;

5. Diferente é a situação de Deputado que, tendo sido eleito como independente em lista do PSD, não é, no entanto, militante de outro partido;6. Em tal caso, integrando o Grupo Parlamentar do PSD na Assembleia da República, o Deputado poderá participar nas reuniões da Assembleia Distrital

do círculo por onde foi candidato, embora “sem direito de voto” e desde que para tanto convocado pelo respectivo Presidente.

O PRESIDENTE DO CJN

Guilherme Silva

Lisboa, 31 de Janeiro de 2007

Pareceres VinculativosConselho de Jurisdição Nacional

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Pareceres Vinculativos

PARECER Nº 02 / 2007

O ————— colocou ao Secretário-Geral dúvida sobre se o nº 4, do Artº 4 do Regulamento de Admissão e Transferência de Militantes tinha, ou não,aplicação às transferências entre Núcleos, dentro da mesma Secção.

Pretende-se, pois, saber se um militante inscrito no Núcleo de uma dada Secção, que transfira a sua inscrição para morada de outro Núcleo, da mesma Secção,fica, ou não, inibido de eleger e de ser eleito para os órgãos do Núcleo da nova morada, nos 180 dias subsequentes a essa alteração.

O nº 4, do Artº 4 do Regulamento de Admissão e Transferência de Militantes constitui uma restrição, ainda que temporária, ao exercício de direito essencialde participação política e partidária que não é passível de aplicação extensiva e, menos ainda, analógica.

O próprio Regulamento qualifica como transferência, apenas e só, as mudanças de Secção, pelo que o nº 4, do Artº 4, “de jure condito”, só tem aplicação nastransferências de uma Secção para outra e, portanto, nas eleições para os órgãos de Secção.

No entanto, não deixam de ser reprováveis, as movimentações oportunistas de militantes da área de um Núcleo para a de outro, com vista a engrossar o apoioeleitoral de determinados candidatos.

Trata-se, pois, de questão que poderá vir a ser contemplada em futura revisão do Regulamento de Admissão e Transferência de Militantes, cuja competênciacabe ao Conselho Nacional, nos termos do nº 4, do Artº 5 dos Estatutos do Partido, mas que não é, neste momento, aplicável ao caso em apreço.

Efectivamente, o Conselho de Jurisdição Nacional emite o seu Parecer, como faz, com base nas normas estatutárias e regulamentares vigentes, e não “de jurecondendo”.

Ponderados os factos e o direito, acorda o Conselho de Jurisdição Nacional concluir, emitindo o seguinte PARECER VINCULATIVO:

1. O nº 4, do Artº 4 do Regulamento de Admissão e Transferência de Militantes inibe o militante que se transfira de uma Secção para outra, de eleger ou deser eleito para os Órgãos da Secção para onde mudou, no período correspondente aos 180 dias subsequentes ao da sua transferência;

2. Constata-se que em períodos que antecedem eleições para as estruturas de Núcleos, ocorrem, com frequência, movimentações de militantes de umNúcleo para outro, dentro da mesma Secção;

3. Tais transferências, oportunistas de militantes da área de um Núcleo para a de outro, com vista a engrossar o apoio eleitoral a determinados candidatosé eticamente reprovável;

4. Porém, estando em causa a restrição, ainda que temporária, de direito cívico fundamental – o de eleger e ser eleito, no âmbito de organização partidária– não é possível alargar a aplicação aos Núcleos, do previsto no nº 4, do Artº 4 do Regulamentado de Admissão e Transferência de Militantes;

5. Porém, de jure condendo, é recomendável que o Regulamento de Admissão e Transferência de Militantes venha a consagrar norma idêntica ao do nº 4, doArtº 4 do citado Regulamento, para os casos de transferências de um Núcleo para outro, dentro da mesma Secção.

O Presidente do CJN

Guilherme Silva

Lisboa, 31 de Janeiro de 2007

PARECER Nº 03 /2007

- Questões colocadas –

A Comissão Política da Secção de ——-—— solicitou ao CJN, nos termos da alínea e), do Art.º 27 dos Estatutos do Partido, o seguinte Parecer Vinculativo:

“1 – Pode o Presidente da Mesa de uma Assembleia de Secção participar nas reuniões da Comissão Política respectiva?

2- De acordo com o nº 2, do Artº 54 participa nas reuniões da Comissão Política de Secção o primeiro militante eleito para a Câmara Municipal emefectividade de funções.. Se este for simultaneamente Presidente da Mesa da Assembleia, há alguma incompatibilidade?

3- Podem participar nas reuniões da Comissão Política de Secção os membros suplentes?

4 – O Presidente ou outro dirigente da JSD da Secção podem fazer-se representar nas reuniões da Comissão Política de Secção?

5 – Igualmente, poderá fazer-se representar nas reuniões da Comissão Política o primeiro militante eleito para a Câmara Municipal? E por quem?”

- Parecer –

Os Estatutos Nacionais do Partido revelam uma grande flexibilidade e interacção entre os seus vários órgãos, procurando fomentar e estimular um recíprocofluxo de informação e de debate que permita aprofundar e tornar mais eficaz a acção política do Partido.

Os Estatutos reflectem essa preocupação, tanto ao nível nacional, como regional, distrital e local e está explicita,.entre outras disposições, no Artº 72 dosEstatutos Nacionais

Por isso, nas situações que poderiam acarretar, em princípio, incompatibilidade de participação simultânea em vários órgãos, designadamente em órgãosque têm função fiscalizadora de outros, os Estatutos recorrem à figura da “participação sem direito de voto”.

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Pareceres Vinculativos

Assim, por exemplo, ao Conselho Nacional cabe, entre outras, de harmonia com alíneas b) e c), nº 2, do Art.º 18 as seguintes competências:

“b) – Apreciar a actuação dos demais órgãos do Partido, podendo revogar o mandato dos respectivos titulares se assim o entender estritamente necessáriopara a realização dos fins do Partido;

c) – Eleger o substituto de qualquer dos titulares da Mesa do Congresso e da Comissão Política Nacional, com excepção do seu Presidente, no caso devacatura do cargo ou de impedimento prolongado, sob proposta do respectivo órgão”.

Acabe, pois, ao Conselho “apreciar a actuação da CPN” e até lhe compete eleger o substituto de qualquer membro da CPN, com excepção do Presidente, emcaso de impedimento prolongado.

Tal, porém, não obsta a que, de harmonia com alínea a), nº 2, do Art.º 19 dos Estatutos, se preveja a participação da CPN – entidade fiscalizada peloConselho Nacional – nas reuniões deste órgão, embora, “sem direito de voto”.

O mesmo acontece com a Assembleia Distrital, como decorre das alíneas b) e d) do nº 2, do Art.º 37 e da alínea a), do nº 2, do Art.º 38, ambos dos Estatutos.

Nesta perspectiva, não repugna que o Presidente da Mesa de uma Assembleia de Secção possa tomar assento na Comissão Política de Secção, na suaqualidade de “1º militante eleito na lista para a Câmara Municipal em efectividade de funções”, uma vez que participa nas suas reuniões, “sem direito de voto”.

O que se pretende é que a Comissão Política de Secção possa ter, através dele, informação da actividade da Autarquia e possa transmitir as orientaçõespolíticas que tenha por adequadas no domínio local.

Em qualquer situação pontual, que, em função da matéria em discussão, possa comportar incompatibilidade ou conflitualidade nos dois desempenhos,sempre poderá o militante em causa declarar-se impedido de participar ou intervir, como poderá, mesmo, fazer-se substituir.

Efectivamente, em nome da maior eficácia do Partido, aos seus vários níveis, não repugna que, em tais casos, como solução de continuidade, ou, depreferência, pontualmente, o militante em causa se possa fazer substituir nas reuniões da Comissão Política de Secção, pelo 2º militante eleito na lista para aCâmara Municipal em efectividade de funções, assegurando o fluxo de informação e a necessária orientação política, no âmbito local, entre as instâncias doPartido e os militantes que integram os órgãos municipais.

Acresce que as incompatibilidades, na medida em que se traduzem em restrições ao direito de participação política e partidária, têm que ser aplicadas daforma menos lesiva de tal direito:

Como referem Gomes Canotilho e Vital Moreira, “ in dúbio pro libertas” i.e., “em caso de dúvida deve prevalecer a interpretação que, conforme os casos, restrinjamenos o direito fundamental, lhe dê maior protecção, amplie mais o seu âmbito, o satisfaça em maior grau” (in Constituição da República Portuguesa anotada, vol I, 2ºedição, Coimbra Editora, p 141).

De resto, o Artº 70 dos Estatutos, que trata das incompatibilidades, não prevê a situação agora em causa, não sendo lícito ampliar, pelas razões já referidas,o seu âmbito, extravasando a sua letra e espírito

Desta forma se responde às duas primeiras e à quinta das questões colocadas pelo Presidente da Comissão Política de ——-——-.

No tocante ao ponto 3 - Podem participar nas reuniões da Comissão Política de Secção os membros suplentes? -, adianta-se o seguinte:

Os membros suplentes participarão nas reuniões da Comissão Política de Secção, de pleno direito, quando em substituição de membro efectivo que estejaimpedido.

Fora de tais situações e por todas as razões já referidas que visam assegurar a maior participação dos militantes na vida do Partido, e desde que a ComissãoPolítica de Secção delibere previamente nesse sentido, não se vê que haja obstáculo estatutário à sua participação nas respectivas reuniões, embora “sem direitode voto”.

Quanto ao ponto 4 do pedido de Parecer em causa, que respeita a saber se - “O Presidente ou outro dirigente da JSD da Secção podem fazer-se representar nas reuniõesda Comissão Política de Secção?” -, importa referir o seguinte:

Trata-se de questão que não pode ser dissociada dos já referidos princípios de flexibilidade que devem estar, em cada momento, presentes, com vista àeficácia política do Partido.

Decorre do nº 3, Artº 72, dos Estatutos, que “os Presidentes de determinado órgão que tenham assento, por inerência, noutros órgãos só podem ser substituídos nestes,quando impedidos, pelo respectivos vice-presidentes”.

Desta forma e respondendo à questão colocada, claro fica que o Presidente da JSD poder-se-á fazer substituir nas reuniões da Comissão Política de Secçãoem causa por um dos seus Vice-Presidentes para o efeito indicado.

Por outro lado, a própria circunstância de os Estatutos referirem também “e outro dirigente da JSD da Secção” tem implícita a ideia de que caberá à JSD,indicar “um dirigente”, para participar nas reuniões da Comissão Política de Secção, que, para o efeito deverá ser previamente indicado.

Naturalmente que, quer o “outro dirigente”, quer o Vice-Presidente, poderá substituir o Presidente nos seus impedimentos, deverão, por norma, ser osmesmos, em nome da estabilidade dos órgãos partidários.

Ponderados os factos e o direito, acorda o Conselho de Jurisdição Nacional concluir, emitindo o seguinte PARECER VINCULATIVO:

1. Os Estatutos Nacionais do PSD revelam grande flexibilidade no tocante à interacção dos seus diversos órgãos, tanto a nível local, como regional ecentral, com vista a tornar mais eficaz a acção política do Partido (v. Artº 72).

2. Daí que, mesmo na relação entre órgãos que, em alguma medida, têm função fiscalizadora de outros, os Estatutos recorrem à figura da “participação semdireito de voto” com vista a ultrapassar eventuais incompatibilidades;

3. Entre outros, temos as alíneas b) e c), nº 2, do Artº 18 e o nº 2, do Artº 19 no respeitante ao Conselho Nacional e à Comissão Política Nacional, e odisposto nas alíneas b) e d) do nº 2, do Artº 37 e da alínea a), do nº 2, do Artº 38 relativamente à Assembleia Distrital;

4. Não há, assim, impedimento, em que um militante Presidente da Mesa da Assembleia de Secção tome assento na Comissão Política de Secção, na suaqualidade de “primeiro militante eleito para a Câmara Municipal em efectividade de funções”, uma vez que participa, nas suas reuniões, “sem direito de voto”;

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5. Em qualquer situação pontual de conflito, sempre o militante em causa poder-se-á declarar impedido, ou fazer-se substituir pelo segundo militante eleitona lista para a Câmara Municipal em efectividade de funções;

6. As incompatibilidades, na medida em que se traduzem numa restrição de direitos, têm natureza excepcional, não sendo assim lícita qualquer interpretaçãoampliativa do disposto do Artº 70 dos Estatutos;

7. Os membros suplentes das Comissões Políticas de Secção, bem como, aliás, dos demais órgãos do Partido, participam nas respectivas reuniões de plenodireito, quando em substituição de membro efectivo que esteja impedido;

8. Não há, porém, impedimento à normal participação dos membros suplentes, mesmo que não em substituição dos efectivos, embora “sem direito de voto”,nas reuniões da Comissão Política de Secção, desde que esta delibere previamente nesse sentido;

9. De harmonia com o nº 3, do Artº 72 dos Estatutos, o Presidente de determinado órgão que tenha assento noutro órgão, por inerência, só se pode fazersubstituir, quando impedido, pelos respectivos Vice-Presidentes;

10.Em nome da continuidade e da estabilidade dos órgãos partidários e sua composição, por norma e preferencialmente, em tais casos, deve ser sempreindicado o mesmo Vice-Presidente;

11.Igualmente, por força de princípio da estabilidade dos órgãos, “o outro dirigente” que compete à JSD indicar para a Comissão Política de Secção, nostermos da alínea b) do nº 1, do Artº 54 dos Estatutos, deve participar, com continuidade, nas reuniões daquele órgão, o mesmo devendo acontecer nas situaçõessimilares previstas para a JSD, para os TSD e para os ASD, designadamente nas alíneas e), f) e g), do nº 1, do Artº 22 e alíneas b), c) e d), do nº 2, do Artº 44,ambos dos Estatutos.

O Presidente do C.J.N.

Guilherme Silva

Lisboa, 31 de Janeiro de 2007

PARECER nº 04/2007

- Questões Colocadas -

O militante nº —-—-, ———————————-, inscrito pela Secção ————————————————-, solicita Parecer ao CJN no que concerne àinterpretação e alcance do nº 2, Artº 61, do nº2, do Artº 31 e da alínea a), nº 2, Artº 30, todos dos Estatutos Nacionais do Partido.

Dispõe o nº 2, do Artº 61 dos Estatutos Nacionais do Partido, relativamente à Comissão Política de Núcleo:”Participam nas reuniões, sem direito de voto, o primeiro militante eleito na lista para a Assembleia de Freguesia em efectividade de funções e o Coordenador do Grupo de

Lista da Assembleia de Freguesia”Por sua vez, o Artº 31 dos Estatutos refere no seu nº 1, o seguinte:“Os eleitos para o Parlamento Europeu e para as Assembleias das Autarquias em Listas apresentadas pelo Partido, no exercício efectivo do seu mandato, constituem-se em

Grupos de Lista a fim de concertar e definir em comum a sua acção.”Recorre depois os Estatutos ao previsto para ao Grupo Parlamentar, no Artº 30, quando no nº 2, do seu Artº. 31, refere:“Os Grupos de Lista exercem as competências previstas no Artº 30, nº 2, com as necessárias adaptações”.Não importa agora considerar se a remissão, por simplificação normativa, foi a mais feliz, não se podendo perder de vista, no entanto, que há, como não

podia deixar de ser, o cuidado de consignar que tal aplicação se processa, “com as necessárias adaptações”.Face à regulamentação decorrente das normas transcritas coloca o militante ————————- a seguinte questão concreta:Nas últimas eleições autárquicas que tiveram lugar em Outubro de 2005, o PSD elegeu para a Assembleia de Freguesia de ————————-, em ———

—-—, x autarcas, em y, ficando assim com maioria absoluta.De entre esses x militantes eleitos temos em primeiro lugar, como cabeça de lista, o militante ———————- e em quarto lugar da mesma lista, o militante

—————————.Por força da Lei das Autarquias Locais (Lei 169/99, de 18 de Setembro, nº 1, do Artº 4) o militante ————————- assumiu automaticamente a função

de Presidente da Junta de Freguesia, avançando, em sua substituição, para a Assembleia de Freguesia, o companheiro ———————.

Entretanto, na primeira reunião da Assembleia de Freguesia foram eleitos para o executivo, como vogais, por proposta do Presidente da Junta, os militantes:——-—-———, ———————, o militante que subscreve o presente pedido de Parecer e ainda o militante ——————-, ou seja, os 2º 3º 4º e 5º da lista.

Acontece que o militante —————————- (o 4º da lista) demitiu-se do executivo da Freguesia, tendo ido ocupar o lugar que lhe competia naAssembleia de Freguesia, sendo que todos os demais elementos do PSD que integram a Assembleia de Freguesia, têm na lista de candidatura eleitoral, lugaresabaixo daquele militante.

A dúvida colocada e sobre a qual é pedido o Parecer do CJN reside, por um lado, em saber, face aos factos referidos e seu contexto, qual, para efeitos do nº2, do Artº 61 dos Estatutos, “o primeiro militante eleito nas listas para a Assembleia de Freguesia em efectividade de funções”, por um lado e, por outro, como deverá serescolhido o “Coordenador do Grupo de Lista da Assembleia de Freguesia” para efeitos do mesmo nº 2, do Artº 61, tendo em conta o disposto no nº 2, do Artº 31, eo no nº 2 do Artº 30, ambos dos Estatutos.

Acontece que, no caso, tal dúvida decorre ainda da circunstância do militante —-—————- ter sido indicado (ou designado) Coordenador de Lista naAssembleia de Freguesia pelo Presidente de Junta.

- Parecer -

Feito o enquadramento factual e normativo do caso colocado à apreciação do CJN, com vista à emissão de Parecer que fixe o alcance e o sentido dasdisposições referidas e, em parte transcritas, importa passar à sua análise e ponderação.

Em primeiro lugar, é necessário ter presente qual a “ratio”, tanto do disposto no Artº 31, como do consignado no nº 2, do Artº 61, ambos dos Estatutos.Os Estatutos revelam, e bem, a preocupação de que a constituição das listas de candidaturas do Partido, a órgãos da estrutura política e administrativa do

Estado ou em que Portugal participe, emergentes de actos eleitorais, não se esgotem nessas candidaturas e que, em caso de eleição de militantes do PSD paraesses órgãos, se mantenham entre eles e as estruturas do Partido, nos seus diferentes níveis, uma estreita relação de cooperação e de coordenação política.

É evidente que, neste particular, o órgão que assume maior relevância e, por isso, tem o estatuto de órgão Nacional do Partido, é o Grupo Parlamentar do

Pareceres Vinculativos

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PSD, na Assembleia da República que, naturalmente, coordena a sua acção ao mais alto nível, com a CPN (V. alínea c), do Artº 30, nº 1, do Artº 22 e nº 2, Artº26 todos dos Estatutos).

Importa ainda ter presente o disposto do nº 2, do Artº 54 dos Estatutos relativamente à Comissão Política de Secção e que se transcreve:“Nas secções de âmbito municipal ou intermunicipal, participam nas reuniões, sem direito de voto o primeiro militante eleito na lista para a Câmara

Municipal em efectividade de funções e o Coordenador do Grupo de Lista da Assembleia Municipal.”Esta disposição ajudar-nos-á a melhor apreender o sentido e alcance do nº 2, do Artº 61, sobre o qual é pedido o nosso Parecer.Porquê esta previsão de participação, ainda que “sem direito de voto”, nas reuniões da Comissão Política de Secção, por um lado, do “primeiro militante eleito

na lista para a Câmara Municipal em efectividade de funções” e, por outro, do “Coordenador do Grupo de Lista da Assembleia Municipal” ?A questão visa fundamentalmente, a necessidade de garantir o fluxo de informação entre o órgão executivo municipal - através do militante com mais

relevante posição nesse órgão – e a Comissão Política de Secção do PSD, assegurando a necessária orientação e coordenação política, no âmbito local.Por outro lado, idêntica razão se coloca no que diz respeito à Assembleia Municipal, em que tal fluxo de informação entre aquele órgão e o Partido, a nível

local, e a necessária orientação e coordenação política se assegura através do Coordenador do Grupo de Lista da Assembleia Municipal e o assento que lhe égarantido nas reuniões da Comissão Política de Secção do Partido.

Porque surge a dúvida que o militante —————————— colocou relativamente ao nº 2, do Artº 61 dos Estatutos?

A razão é simples e decorre da Lei das Autarquias Locais (Lei 169/99, de 18 de Setembro).É que, enquanto no tocante aos órgãos Municipais há listas distintas para a Câmara e para a Assembleia Municipal, já para as Freguesias há uma lista única,

concorrente à Assembleia de Freguesia, saindo desta o Presidente e os demais membros da Junta.O Presidente é o mais votado da lista candidata à Assembleia de Freguesia que elege, de entre os seus demais membros, os restantes vogais da Junta.Ora, como se viu em relação à Comissão Política de Secção, é preocupação dos Estatutos que a ligação do Partido aos dois órgãos municipais (Câmara e

Assembleia) se faça através dos militantes eleitos para aqueles órgãos, conferindo-lhes assento na Comissão Política de Secção, pelas razões já referidas.Assim, no mesmo sentido terá de ser interpretado o nº 2, do Artº 61, ou seja, como se aquela disposição referisse: “o primeiro militante eleito na lista para a

Junta de Freguesia em efectividade de funções e o Coordenador do Grupo de Lista da Assembleia de Freguesia”.Claro que os Estatutos não podiam usar aquela fórmula, pela razão simples de que, como já se referiu e demonstrou, não há eleição para a Junta de Freguesia

mas para a Assembleia.Assim sendo, o militante que, por força do nº 2, do Artº 61 tem assento na Comissão Política de Núcleo, ainda que sem direito a voto, é o primeiro militante

eleito para a Assembleia de Freguesia e que, no caso, por força da Lei das Autarquias Locais, exerce as funções de Presidente de Junta de Freguesia.Já quanto ao Coordenador do Grupo de Lista da Assembleia de Freguesia, é através dele que se assegura a presença de militante que integra aquele órgão, na

Comissão Politica de Núcleo, em que tem assento, ainda que “sem direito de voto”.Assim, fará todo o sentido que o Coordenador do Grupo de Lista da Assembleia de Freguesia seja eleito pelos seus pares em exercício na Assembleia de

Freguesia, por força da alínea a) do nº 2, do Artº 30, exvi do nº 2, do Artº 31.Não terá sido esse o processo relativamente ao militante ————————— que terá sido indicado (ou designado) pelo Presidente da Junta .Em todo o caso, será fácil regularizar tal situação, submetendo o nome daquele militante ao sufrágio dos seus pares.

Ponderados os factos e o direito, acorda o Conselho de Jurisdição Nacional concluir, emitindo o seguinte PARECER VINCULATIVO:1. O nº 2, do Artº 61, dos Estatutos Nacionais do PSD estabelece, relativamente à Comissões Políticas de Núcleo o seguinte:“ Participam nas reuniões, sem direito de voto, o primeiro militante eleito na lista para a Assembleia em efectividade de funções e o Coordenador do Grupo

de Lista da Assembleia de Freguesia.”2. Por sua vez, o nº 1, do Artº 31, dos mesmos Estatutos preceitua que: “Os eleitos para o Parlamento Europeu e para as Assembleias das Autarquias em lista apresentadas pelo Partido, no exercício efectivo do seu mandato,

constituem-se em Grupos de Lista a fim de concertar e definir em comum a sua acção.3. Por seu lado, o nº 2, do mesmo Artº 31, prevê que:“Os Grupos de Lista exercem as competências previstas no Artº 30, o nº 2 com as necessárias adaptações.”4. A Lei das Autarquias Locais (Lei 169/99, de 18/9) prevê, no respeitante às Freguesias, uma lista única de candidatos à Assembleia de Freguesia, não

havendo, assim, lista autónoma para a Junta;5. Em conformidade, com o nº 1, Artº 4, da citada Lei 169/99 de 18/9, o cabeça de lista da candidatura mais votada, à Assembleia de Freguesia, assume

automaticamente a função de Presidente da Junta;6. Saem ainda das listas votadas para a Assembleia de Freguesia, e por eleição que tem lugar na sua primeira reunião, os Vogais que vão integrar a Junta;7. Os demais eleitos mantêm-se como membros da Assembleia de Freguesia;8. Desta interpenetração entre a Junta e a Assembleia de Freguesia decorre que, em função do resultado eleitoral e assumindo o primeiro candidato da lista

mais votada o cargo de Presidente da Junta, temos que, no caso de tal acontecer com lista do PSD, haverá outro militante que ficará à frente de os demais que semantêm em exercício de funções na Assembleia de Freguesia;

9. Nessas circunstâncias pode levantar-se a dúvida sobre saber, para efeitos do nº 2, do Artº 61 dos Estatutos, qual o “primeiro militante eleito na lista para aAssembleia de Freguesia em efectividade de funções”;

10.Cruzam-se nas disposições em causa duas preocupações – por um lado, estabelecer um fluxo de informação entre os órgãos locais do Partido e asestruturas autárquicas, para as quais tenham sido eleitos militantes do PSD, assegurando-se a necessária coordenação política (v. nº 2, do Artº 61 dos Estatutos);

11.Por outro lado, procura-se aproveitar uma certa dinâmica criada à volta das listas de candidatos do Partido às eleições para órgãos da estrutura políticae administrativa do Estado, com a mesma finalidade de informação e coordenação política com os militantes eleitos (Artsº 30, 31 e 61 dos Estatutos);

12.Conjugadas as disposições citadas com a Lei Eleitoral Autárquica, não restam dúvidas de que o “primeiro militante eleito na lista para a Assembleia deFreguesia em efectividade de funções” é o cabeça de lista, independentemente de integrar a Junta ou a Assembleia de Freguesia, o que sempre dependerá dosresultados eleitorais obtidos pela lista do PSD;

13.Só no caso da lista do PSD não ter obtido resultado que lhe assegure a integração de militante na Junta é que, tanto o primeiro militante eleito na lista paraa Assembleia de Freguesia em efectividade de funções, como o Coordenador do Grupo de Lista para Assembleia de Freguesia, tomarão assento na ComissãoPolítica de Núcleo;

14.No que toca à escolha do Coordenador do Grupo de Lista da Assembleia de Freguesia, o mesmo deverá ser eleito pelos demais militantes que integrama Assembleia de Freguesia, por força da alínea a), do nº 2, do Artº 30, ex vi do nº 2, do Artº 31, ambos dos Estatutos.

O Presidente do C.J.N.

Guilherme Silva

Lisboa, 26 de Fevereiro de 2007

Pareceres Vinculativos

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Convocatórias

BEJA

Nos termos dos Estatutosnacionais do PSD, convoco umareunião da Assembleia de Secção deBeja, a realizar no próximo dia 7 deMaio de 2007 (Segunda-feira), pelas21H00, na sede concelhia, sita naPraça da República, nº 17, em Beja,com a seguinte:

Ordem de Trabalhos

1. Informações2. Análise da situação política

LAGOA

Nos termos do artigo 50º, daalínea c) do Estatutos Nacionais doPSD e para efeito do artigo 3º doRegulamento Eleitoral, convoca-se osmilitantes inscritos na Secção deLagoa do PSD, para uma AssembleiaEleitoral a realizar-se no próximo dia4 de Maio de 2007 (sexta-feira), pelas19h00, na sede do Partido, sita na RuaJoaquim Eugénio Júdice, em Lagoa,com a seguinte

Ordem de Trabalhos

Ponto único: Eleição da Mesa daAssembleia e da Comissão Política deSecção.

Nota: As urnas de voto estarãoabertas durante duas horas, entre as19h00 e as 21h00.

Nos termos do nº 4 do artigo 4ºdo Regulamento Eleitoral, ascandidaturas devem ser apresentadasao presidente da Mesa de Assembleia,em listas completas para cada órgão,até às 24h00 do terceiro dia anteriorao acto eleitoral.

Em nenhuma circunstância onúmero de suplente poderá sersuperior a 30% do total de efectivos(nº9, artigo 4º do Regulamento

NÚCLEO OCIDENTALDO PORTO

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD, convoca-se oPlenário de militantes do NúcleoOcidental do Porto do PSD, a reunirno dia 12 de Abril de 2007, pelas21h00, na Sede do Núcleo na RuaPinheiro Manso 305, Porto, com aseguinte

Ordem de Trabalhos.

Ponto único: QREN – Quadro deReferência Estratégico Nacional com

a presença do Deputado doParlamento Europeu Dr. SilvaPeneda.

VILA NOVA DABARQUINHA

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD, convoca-se aAssembleia de Secção de Vila Novada Barquinha, para reunir no próximodia 28 de Abril de 2007, pelas 15h45,na Rua Vasco da Gama, com aseguinte

Ordem de Trabalhos

Ponto único: Análise da situaçãoPolítica.

VISEU

Ao abrigo dos EstatutosNacionais do PSD, convoca-se osmilitantes da Secção de Viseu, parauma reunião ordinária da Assembleiade Secção de Viseu do PSD, a realizarno dia 16 de Abril de 2007 (segunda-feira), pelas 21h00, no Solar dosPeixotos (Edifício da AssembleiaMunicipal), com a seguinte

Ordem de Trabalhos

1. Informações;2. Análise da situação política;3. Linhas Estratégicas para o

Concelho, no âmbito do QREN.4. Reflexão sobre o Programa do

Partido.

PORTO

Ao abrigo dos EstatutosNacionais da JSD e demaisregulamentos em vigor, convoca-se oPlenário de Secção da JSD do Porto,para uma reunião dia 18 de Abril de2007, pelas 21h30, na Sede Concelhiada JSD, sita na Rua Pinheiro Manso,n.º 305, com a seguinte Ordem deTrabalhos:

1 – Análise da Situação Política.

O Presidente da Mesa daAssembleia de Secção

(Filipe Araújo)

NÚCLEO OCIDENTALDO PORTO

Ao abrigo dos EstatutosNacionais da JSD e Regulamentosaplicáveis, convoca-se o Plenário doNúcleo Ocidental do Porto, parareunir no próximo dia 4 de Maio de2007, pelas 20h30, na Sede Concelhia

da JSD do Porto, sita na Rua PinheiroManso, n.º 305, com a seguinte ordemde trabalhos:

1 – Eleição da Comissão Políticade Núcleo;

2 – Eleição da Mesa do Plenáriode Núcleo.

Nota:As urnas estarão abertas entre as

20h30 e as 23h30.As listas deverão ser entregues ao

Presidente da Mesa do Plenário daSecção, ou a quem estatutariamente osubstitua, na Sede da SecçãoConcelhia da JSD, sita na moradasupra citada, até às 24 horas doterceiro dia anterior ao acto eleitoral,respeitando as normas estatutárias eregulamentares da JSD.

O Presidente da Mesa

(Filipe Araújo)

Setúbal

Nos termos dos Estatutos dosTSD, convoco a Assembleia Distritalde Setúbal para reunir no próximo dia13 de Abril de 2007, sexta-feira, pelas21H00, na SECÇÃO DE SETÚBALDO PSD, sita na R. Rodrigues deFreitas, n.º 23 – 1º Esq., em Setúbal,com a seguinte:

ORDEM DE TRABALHOS

1. Informações; 2. Discussão e Aprovação da

Moção de Estratégia Política eSindical.

Setúbal, 23 de Março de 2007O Presidente da Mesada Assembleia DistritalAureliano Moreira Guedes

AML

Convoca-se a AssembleiaDistrital dos TSD de Lisboa para odia 3 de Abril de 2007, pelas 18:00,na sede distrital dos TSD, sita na Ruada Junqueira, nº 209, em Lisboa,com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1- Informações2- Moção de Estratégia3- Alteração dos Estatutos

Lisboa, 6 de Março de 2007

O Presidente da Mesa daAssembleia Distrital dos TSF/AML,

(Prof. Carlos Chagas)