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CURSO DE BATERIA Notação válida para todas as partituras de bateria: Conceitos e Simbologia Página 1 de 7 Nesta parte vamos conhecer os principais conceitos e símbolos utilizados na interpretação de uma partitura. Procure memorizar com calma cada um dos assuntos abordados. Lembre-se que não se pode aprender a ler, escrever, falar, andar em um dia. Tudo requer paciência, determinação e prática. Pentagrama A grafia própria da música se chama notação, isto é, grafia por meio de notas. Nesse sistema, as figuras musicais são escritas sobre uma pauta composta de 5 linhas horizontais paralelas(pentagrama) e 4 espaços, contados de baixo para cima. No caso da BATERIA, cada linha ou espaço serve para indicar o instrumento no qual devemos percutir (tocar). Para indicar a abertura de chimbal, usamos um "o" acima da nota e, para indicar o fechamento do chimbal, usamos um "+" acima da nota. Quando temos uma série de chimbais abertos, usamos um traço para indicar a continuidade destes chimbais abertos, até que apareça um "+" para indicar o fechamento.

Partituras de Bateria

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CURSO DE BATERIA

Notação válida para todas as partituras de bateria:

Conceitos e SimbologiaPágina 1 de 7

      Nesta parte vamos conhecer os principais conceitos e símbolos utilizados na interpretação de uma partitura. Procure memorizar com calma cada um dos assuntos abordados. Lembre-se que não se pode aprender a ler, escrever, falar, andar em um dia. Tudo requer paciência, determinação e prática.

     Pentagrama

     A grafia própria da música se chama notação, isto é, grafia por meio de notas. Nesse sistema, as figuras musicais são escritas sobre uma pauta composta de 5 linhas horizontais paralelas(pentagrama) e 4 espaços, contados de baixo para cima.

     No caso da BATERIA, cada linha ou espaço serve para indicar o instrumento no qual devemos percutir (tocar).

     Para indicar a abertura de chimbal, usamos um "o" acima da nota e, para indicar o fechamento do chimbal, usamos um "+" acima da nota.

     Quando temos uma série de chimbais abertos, usamos um traço para indicar a continuidade destes chimbais abertos, até que apareça um "+" para indicar o fechamento.

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     O mesmo acontece com os pratos de ataque, splash, china, etc. Isso evita com que a partitura fique congestionada.

Conceitos e SimbologiaPágina 2 de 7

     Compasso

     O compasso é a divisão da música em partes de igual duração. Estas partes se distinguem, umas das outras, pelo acento que recai sobre a primeira nota de cada compasso.     Os compassos podem ser simples ou compostos, existindo ainda os mistos e grupos irregulares. Vamos dar atenção aqui somente ao compasso simples. Mais tarde estudaremos os compassos compostos.     O compasso assume sua fisionomia rítmica de acordo com a quantidade de tempos que ele agrupa. Por isso ele pode ser binário (dois tempos), ternário (três tempos), quaternário (quatro tempos), etc.     Cada tempo por sua vez é considerado como unidade de tempo, que pode ser subdividida em duas ou três partes.      O compasso de subdivisão binária é denominado simples.     O compasso de subdivisão ternária é denominado composto.     A unidade de tempo do compasso simples, que deverá ser divisível em duas partes, será representada por um valor simples; e a unidade de tempo do compasso composto, que deve ser divisível em três partes, será representada por um valor pontuado.      A nota que, por si só, completa o compasso é chamada de unidade de compasso.      Historicamente, e ainda entre os povos primitivos atuais, o compasso surgiu da imitação dos movimentos do corpo humano na dança e no bater de pés e mãos. Na música primitiva, o compasso se marca pelo bater mais forte; na música dos povos mais civilizados, começou-se a marcar pelo contraste de duração entre as notas - tempo forte nota mais longa. O compasso primitivo é o binário, ou de dois tempos. Do prolongamento do tempo forte do compasso binário, surgiu o compasso ternário, ou de três tempos. Todos os demais compassos na música se originam destes.

     Tempo é uma pequena parte de duração dentro de um compasso. Podem ser fortes, meio fortes ou fracos, dependendo de sua maior ou menor acentuação no discurso musical. Geralmente o primeiro tempo é forte e os demais meio fortes ou fracos.

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     Barras de Compasso

     São linhas verticais que usamos para dividir os compassos. Temos os seguintes tipos de barras de compasso:

     Ritornello e Sinais de Repetição

     Os Sinais de Repetição são usados quando temos que repetir um ou mais compassos ou um trecho musical. Isso permite com que a partitura não fique tão extensa.

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Ritornello (Repertir o trecho entre os ritornellos

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     Fórmula de Compasso

     São dois números escritos geralmente após a clave, cada um com o seguinte significado:

     X número de tempos do compasso (quantidade)     Y nota que representa a unidade de tempo do compasso (qualidade)

     Exemplos:

     Tipos de Compassos

Binário 1 2 1 2 1 2 1 2 Ternário 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 Quaternário 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 Quinário 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 1 2 3 4 5 Setenário 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 7

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     Tabela de Notas e Pausas

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     As figuras não têm valor fixo, o que existe, é uma relação de valor entre elas. Perceba que o número relativo de uma figura é sempre o dobro da sua anterior e a metade da sua posterior. Assim, onde temos uma semibreve, podemos colocar duas mínimas, ou quatro semínimas, ou oito colcheias, e assim por diante.

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     Noções de andamento

     Andamento - depende da velocidade da sucessão dos sons e varia com o número de sons que se sucedem por minuto. O andamento fundamental da música é o andante, que se baseia no batimento do pulso humano (80 batidas por minuto).     Em palavras mais simples, andamento é a velocidade da música. Essa velocidade é medida pela quantidade de unidades de tempo que temos por minuto (BPM - Batidas Por Minuto).     Exemplo - num compasso de 4/4, a semínima vale um tempo, pois ela é a unidade de tempo. A quantidade de semínimas que tivermos por minuto, será a velocidade (andamento) da música.Os andamentos também são representados por nomes (de origem italiana).

     Metrônomo

     Do Grego metron, medida + nomos, padrão - qualquer aparelho que produz som ou flashes de luz num determinado padrão de velocidade.      O metrônomo pode ser de pêndulo ou de pilha.      A velocidade (andamento) é expressa por números que vão de 40 a 208. O metrônomo eletrônico oferece uma variação maior e mais precisa, de 35 a 250, com regulagem de 1 em 1 ponto. Estes números nos indicam quantas batidas por minuto (bpm) o metrônomo está executando. Se você quer uma velocidade mais lenta, regule o metrônomo em um número menor, e se você quer uma velocidade mais rápida, ajuste-o num número maior.      Por exemplo, ajustando o metrônomo em 60, ele vai produzir um "click" por segundo. Ajustando em 120 ele vai produzir 2 "clicks" por segundo ou 120 batidas por minuto. A velocidade com que a música vai ser executada pode ser expressa de várias maneiras:

com um valor numérico com um termo em italiano como uma combinação dos dois

     Os termos em italiano se referem a mais de uma velocidade, deixando-a a livre interpretação do executante. Já o valor numérico expressa a velocidade exata a ser executada a música.

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     Alguns dos Principais Andamentos

Largo 40 a 60 Larghetto 60 a 66 Adagio 66 a 76 Andante 76 a 108 Moderato 108 a 120 Allegro 120 a 168 Presto 168 a 200 Prestíssimo 200 a 208

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     Acento e Dinâmica

      O Sinal de Acento indica que a nota deve ser executada com mais intensidade (força) que as outras.

     A Dinâmica consiste nas várias formas de executar uma figura ou frase musical, em relação à intensidade (maior ou menor força com que se executa a nota).

     A dinâmica é responsável pelo "colorido" musical. Se não usássemos a dinâmica seríamos obrigados a tocar todas as notas fortes ou todas fracas. Deste modo estaríamos impossibilitados de expressar nossos sentimentos através das notas e dos timbres; anulando assim, o verdadeiro conceito de música.

     Alguns sinais de Dinâmica

     Pianíssimo (pp) - muito leve     Piano (p) - leve     MezzoPiano (mp) - moderadamente leve     Forte (f) - forte     Fortíssimo (ff) - muito forte

Compreendendo a Fórmula de CompassoPágina 1 de 3

     Vamos compreender o que vem a ser a fórmula de compasso. Se você está familiarizado com estes termos, vá em frente. Se nunca ouviu falar em compasso, clique aqui; ou em fórmula de compasso, clique aqui. É importante prestar bastante atenção aos conceitos e praticar os exercícios várias vezes, porém sem cobrar muito de você mesmo, pois estamos vendo novos símbolos, novas nomenclaturas; e tudo isso leva um certo tempo para ser assimilado e usado de uma maneira natural.

     O Numerador

     Como vimos anteriormente, o número de cima (numerador) da fórmula de compasso indica a quantidade de tempos que temos neste compasso. Como estamos trabalhando com quantidade, (teoricamente) podemos ter qualquer número no numerador. Digo teoricamente, porque a estrutura do compasso deve estar vinculada a uma idéia musical. Ou seja, você pode colocar a quantidade de tempos que quiser, mas tem que "virar MÚSICA!".

     Veja alguns exemplos:

    Numerador 2, então temos 2 tempos no compasso

 

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     Numerador 3, então temos 3 tempos no compasso

 

     Numerador 4, então temos 4 tempos no compasso

 

     Numerador 5, então temos 5 tempos no compasso

 

     Numerador 9, então temos 9 tempos no compasso

     E assim por diante.

Compreendendo a Fórmula de CompassoPágina 2 de 3

     O Denominador

     Vimos que o numerador nos mostra a quantidade de tempos que temos no compasso, já o denominador (número de baixo) da fórmula de compasso, indica qual figura (daquelas que estão na tabela) vai em cada tempo, ou seja qual figura será a Unidade de Tempo do compasso.

     Exemplos:

     Numerador 2, então temos 2 tempos no compasso;     Denominador 4, então a semínima vale 1 tempo

     Numerador 3, então temos 3 tempos no compasso;     Denominador 8, então a colcheia vale 1 tempo

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     Numerador 12, então temos 12 tempos no compasso;     Denominador 16, então a semicolcheia vale 1 tempo

     A princípio, vamos nos deter somente na semínima como unidade de tempo, por ser a mais utilizada em música popular. Quando tivermos compreendido bem os conceitos e suas aplicações, estudaremos outras unidades de tempo.

     Obs: A pausa é um símbolo que indica um determinado tempo de silêncio. Cada figura possui sua pausa correspondente. Assim, todas as regras e valores que se aplicam a uma figura, são igualmente respeitados por suas respectivas pausas.

Compreendendo a Fórmula de CompassoPágina 3 de 3

     Pausa de Semínima

     Se você compreendeu o que vimos até agora, sabe que num compasso de 2/4 temos dois tempos e uma semínima para cada tempo. Clique no arquivo MIDI para ouvir como soa:

     Arquivo MIDI     Nota: Este compasso é chamado binário, pois possui dois tempos.

     Num compasso de 3/4 temos:

     Arquivo MIDI     Nota: Este compasso é chamado ternário, pois possui três tempos.

     Num compasso de 4/4 temos:

     Arquivo MIDI     Nota: Este compasso é chamado quaternário, pois possui quatro tempos.

     Veja agora este exemplo:

     Se eu tenho um compasso de 4/4, com uma semínima para cada tempo, e não quero o som (a nota) nos tempos 2 e 4, o que devo fazer? Tirar as figuras que eu não quero? Quase certo...Olhe a figura e verifique se está tudo bem:

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     Humm, mas a fórmula de compasso pede 4 notas e eu só tenho 2... ?! Ahh, tenho que colocar uma pausa sempre que eu tirar uma figura... Correto! Mas verifique sempre a figura que você tirou para colocar sua pausa correspondente. Vejamos o mesmo exemplo escrito da maneira correta:

Interpretação de PartiturasPágina 1 de 6

     Quando um baterista lê uma partitura, grande parte do que ele toca não está escrito nela. Geralmente, a partitura contém o andamento (rápido, lento, etc.), o estilo a ser tocado (rock, country, samba, etc) e as figuras mais importantes. O baterista tem a responsabilidade de interpretar a música, uma vez que a partitura não possa mostrar o que deva ser tocado nota por nota.

     O baterista deve identificar as diferentes funções que ele irá desenvolver durante uma música. Ele estará acompanhando tanto a parte de metais (se houver na música) como a base (groove) e ainda o solista(s); e conseqüentemente deve 'responder' de uma maneira diferente em cada momento desses.

     Manter o andamento é a função primária do baterista em qualquer situação. Ocasionalmente, ele vai tocar algumas figuras juntamente com uma parte da banda (com os metais, piano, baixo, ou qualquer outro instrumento, dependendo da música). Estas figuras devem ser tocadas de maneira que o ritmo não seja interrompido, ou seja, a condução do ritmo de continuar e as figuras podem ser aplicadas ao bumbo, caixa ou tons. Neste caso, geralmente as figuras são escritas acima do pentagrama.

     Exemplo:

     Outras vezes, o baterista deve tocar um padrão estabelecido, o que chamamos de convenção. Neste caso ele deve parar o ritmo, pois em muitos casos será necessário usar as duas mãos para executar as figuras. Aqui, as figuras são escritas no meio do pentagrama, ou no lugar dos respectivos instrumentos, se for necessário.

     Exemplo:

      Quando estiver acompanhando um solista, o baterista deve ter em mente que:

Um solista precisa de momentos fortes e momentos fracos; O que está acontecendo antes do solo? O que vai acontecer depois do solo e como isso deve ser comunicado para a banda? Interação rítmica com o solista; Volume em relação ao solista; Número de chorus do solista; Deixar clara a forma da música (momento em que vai mudar de condução, aplicar as frases, etc.)

Interpretação de PartiturasPágina 2 de 6

     Articulação das Notas

     Uma das partes mais negligenciadas pelos bateristas é a articulação das notas. Ele deve saber diferenciar uma nota longa de uma nota breve assim como um trompetista sabe. A articulação na bateria pode ser desenvolvida de várias maneiras:

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1. Articulação dos Pratos - deve ser utilizada quando sons longos e curtos estão sendo desenvolvidos. Tocar no chimbal fechado ou segurar um prato de ataque são algumas das maneiras de se conseguir um som "curto". Ao contrário disso, tocar no chimbal aberto, nos pratos de ataque maiores, são algumas maneiras de se conseguir um som "longo".

2. Articulação da bateria toda - por causa da sua grande variação de instrumentos, a bateria também pode oferecer sons curtos e longos. O surdo tem um som longo e a caixa um som curto. Entretanto, o baterista não pode se limitar a esse pensamento. Dependendo da área em que percutimos no instrumento, podemos conseguir uma grande variação de timbres e duração das notas.

     Existem alguns símbolos que facilitam a leitura e tornam mais simples a compreensão da partitura. Vamos conhece-los a seguir:

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Prática de Leitura - Semínimas Página 1 de 5

     Vamos aplicar os conceitos aprendidos até agora. Os exercícios são extremamente simples, mas é importante que você pratique com muita atenção, pois a cada lição vamos inserir novos elementos.

     Combinações de semínima e pausa de semínima:

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     Adicionando as manulações:

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Prática de Leitura - Semínimas Página 3 de 5

     Adicionando os acentos (se você não sabe o que são acentos, clique aqui):

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Prática de Leitura - Semínimas Página 4 de 5

     Fazendo combinações de caixa e bumbo:

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     Combinações de caixa e bumbo com o chimbal em semínimas:

     Arquivo MIDI

     Na próxima seção veremos a colcheia e a pausa de colcheia. Se houver alguma dúvida em relação à fórmula de compasso ou qualquer outro conceito, faça uma boa revisão antes de seguir em frente.

RÍTIMOS

Pop 1Página 1 de 1

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Pop Blues 1Página 1 de 1

Afro Cubano 1Página 1 de 1

Boogie 1Página 1 de 1

Disco 1Página 1 de 1

Page 20: Partituras de Bateria

Funk 1Página 1 de 1

Funk 2Página 1 de 1

Funk 3Página 1 de 1

Walk This Way - AerosmithPágina 1 de 1

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