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Divisão agrícola da DowDuPont 95 BOLETIM PECUÁRIO ANO 16. OUTUBRO - NOVEMBRO 2018 A NOVA TECNOLOGIA XT PALAVRA DO CONSULTOR | PÁGINA 4 AGROPECUARISTA EM DESTAQUE | PÁGINA 3 MERCADO | PÁGINA 6 PASTO SUJO, BOI MAGRO: COMO VENCER ESTE DESAFIO A PAZ DO PRODUTOR ESTÁ DENTRO DA PORTEIRA

PASTO SUJO, BOI MAGRO: COMO VENCER ESTE DESAFIO A … · 2019-04-30 · minum e o Jaguar, em misturas com Fluroxipir e 2,4-D, respectivamente, ampliam as opções de produtos, tanto

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Divisão agrícola da DowDuPont

95BOLETIM PECUÁRIO ANO 16. OUTUBRO - NOVEMBRO 2018

A NOVA TECNOLOGIA XTPALAVRA DO CONSULTOR | PÁGINA 4

AGROPECUARISTA EM DESTAQUE | PÁGINA 3

MERCADO | PÁGINA 6

PASTO SUJO, BOI MAGRO: COMO VENCER ESTE DESAFIO

A PAZ DO PRODUTOR ESTÁDENTRO DA PORTEIRA

Paulo Pimentel

Gerente de Marketing para Defensivos da Linha Pastagem

Corteva

Paulo Pimentel

Tammy Lauterbach

Alcides Torres

Breno de Lima

Eduardo Torres

Felippe Reis

Hyberville Neto

Jornalista

Isabel Torres | MTB 10097

Pasto livre

Editado pela Scot Consultoria, especialmente para a Corteva - Linha Pastagem.

A reprodução total ou parcial dos textos e dados contidos nesta ediçãoé permitida, desde que citada a fonte.

ATENÇÃO: ESTE PRODUTO É PERIGOSO À SAÚDE HUMANA, ANIMAL E AO MEIO AMBIENTE; USO AGRÍCOLA; VENDA SOB RECEITUÁRIO AGRONÔMICO; CONSULTE SEMPRE UM AGRÔNOMO; INFORME-SE E REALIZE O MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS; DESCARTE CORRETAMENTE AS EMBALAGENS E OS RESTOS DOS PRODUTOS; LEIA ATENTAMENTE E SIGA AS INSTRUÇÕES CONTIDAS NO RÓTULO, NA BULA E NA RECEITA; E UTILIZE OS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL.

scot consultoria

www.scotconsultoria.com.br

colaboradores

caPa

corteva agriscience™, divisão agrícola da dowduPont

Alameda Itapecuru, 506

Alphaville – São Paulo

06454-080

0800 772 2492

www.corteva.com.br

www.facebook.com/Corteva

www.youtube.com/CortevaAgriscienceJunior Rangel / Bela Magrela

Prezados leitores, as fazendas com alta produtivi-dade têm em comum a intensificação.

Por isto, esta edição traz a história da propriedade do senhor Enoi Scherer, em Tunápolis-SC, onde junto com sua família estão intensificando a produção através da adoção de novas tecnologias.

O senhor Enoi Scherer, foi o primeiro produtor em Santa Catarina a adquirir o novo herbicida da Corteva Agrisciences, o Dominum XT. Ele nos conta qual a ex-pectativa quanto aos resultados da nova tecnologia e o que o motivou a tomar esta decisão.

Já o médico veterinário e consultor de mercado da Scot Consultoria, Hyberville Neto, chama a atenção para os resultados da porteira para dentro e como a eficiência na produção pode trazer a “paz” para a atividade do pecuarista.

Por fim, o engenheiro agrônomo Neivaldo Cáceres, um dos pesquisadores envolvidos no desenvolvimento da tecnologia XT, explica como esta irá revolucionar a pecuária.

A todos, uma boa leitura e até a próxima edição.

Um forte abraço,

conselho editorial

EDITORIAL

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AGROPECUARISTA EM DESTAQUE

A sua história também é importante para nós, envie depoimentos e fotos para que possamos compartilhar experiências: [email protected] | www.scotconsultoria.com.br/pastolivre | 14700-970 - Caixa postal 14

Na atividade desde criança, o pro-dutor Enoi Scherer e sua família, de-cidiram há pouco mais de três anos, adotar medidas para intensificar a produção da propriedade. Entre as que foram adotadas está o combate à plantas daninhas nas pastagens.

O produtor, que pensava em

como aumentar a produtividade de maneira contínua e duradoura, relata que após assistir a uma pa-lestra sobre a tecnologia XT (uma nova linha de herbicidas), lançada pela Corteva Agrisciences, viu no produto a oportunidade de crescer sustentavelmente. O pecuarista foi o primeiro produtor de Santa Catarina a utilizar o produto.

O herbicida, segundo o produtor, não possui cheiro forte, o que tornou o manuseio, durante a aplicação, confortável. O menor período de carência e a maior segurança na aplicação do produto, foram outras características que chamaram à sua atenção (o herbicida é faixa verde, ou seja, mais seguro em relação aos herbicidas faixa vermelha).

A aplicação do XT foi realizada pelo pecuarista e, os primeiros sinais apareceram, as plantas daninhas murcharam de maneira homogênea e agiu também sobre outras plantas daninhas que outros herbicidas não controlavam.

Com a aplicação do novo pro-

Proprietário: ENOI SCHERER

Representante Comercial: FELIPE RIBACKI

Fazenda: Enoi Scherer

Município: Tunápolis - SC

Rebanho: 620 cabeças – Recria e engorda

Tamanho da propriedade: 170 hectares

PASTO SUJO, BOI MAGRO: COMO VENCER ESTE DESAFIO"Com a aplicação do XT as plantas daninhas murcharam de maneira homogênea e agiu também sobre outras plantas daninhas que outros herbicidas não controlavam".

duto, a expectativa é de que a pastagem fique mais limpa, com baixa infestação de daninhas, e, consequentemente, com maior dis-ponibilidade de forragem para os animais, melhorando o desempenho produtivo.

A fazenda recria os bovinos em pasto e os terminam em semi-con-finamento e confinamento.

Na fase de recria (em pasto), o ganho médio diário está em torno de 500g/dia. O produtor espera elevar em 20% a 30% este ganho e, consequentemente, diminuir o custo de produção, que está em torno de R$2,00/cabeça/dia.

O senhor Enoi disse por fim, que o melhor desempenho esperado com a pastagem limpa (devido ao uso do herbicida) permitirá investir no preparo do solo, na compra de sementes forrageiras de alta qua-lidade, mais modernas e aumentar a taxa de lotação/ha.

O plano é ter uma propriedade eficiente e com maior geração de receita.

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A NOVA TECNOLOGIA XTA tecnologia que promete revolucionara pecuária quanto ao controle de plantasdaninhas.

Em setembro último a Corteva Agriscience apresentou ao mercado seu novo lançamento para o controle de plantas daninhas em pastagens, identificado como Tecnologia XT.

Mais que um produto, trata-se de um novo conceito que eleva o patamar no combate das plantas daninhas que tanto prejudicam a produtividade das pastagens brasileiras.

Sob as marcas comerciais Dominum XT, Trueno XT e Planador XT, a nova formulação traz alguns aspectos inovadores e exclusivos que abordaremos a seguir.

A nova formulação desenvolvida pela Corteva Agris-cience traz três ingredientes ativos:

• Aminopiralide;• Picloram;• Triclopir.Os três ingredientes ativos, em quantidades ba-

lanceadas entre si, apresentam o que chamamos de sinergia, onde um ativo auxilia na performance dos demais, de modo que o resultado combinado no con-trole das plantas alvo é superior ao que se observaria com estes se aplicados isoladamente.

Formulação: Os três princípios ativos estão numa formulação denominada Emulsão Óleo em Água (EW), em embalagens de 10l, que possui um aspecto físico bastante fluido e leitoso, de fácil miscibilidade à calda de aplicação.

Um aspecto diferencial da formulação é seu baixo odor, que será percebido positivamente por quem pre-para a calda e pelo aplicador.

Classe toxicológica: o produto foi classificado pela Anvisa como Faixa Verde (Classe IV) - Pouco Tóxico, ou seja, a mais segura possível, diferenciando-o assim de todos os herbicidas usados em pastagens. Essa classificação toxicológica foi possível devido a não ocorrência de irritação ocular, sensibilidade dérmica,

Neivaldo Tunes Cáceres, eng. agrônomo, msc. em solos e nutri. de plantas - ESALQ-USP [email protected] DO CONSULTOR

ou qualquer outro atributo prejudicial à saúde humana ou animal, e ao ambiente.

Modo de aplicação: o produto está registrado para aplicação em todas modalidades possíveis: tratorizado, aéreo e costal, o que é bastante desejável e dá flexibi-lidade de uso dentro da propriedade.

O CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM PAS-TAGENS: PASSADO E PRESENTE

É interessante relembrarmos a evolução dos herbicidas usados no controle de plantas daninhas em pasta-gens, que se iniciou nos anos 60 do século XX, e por décadas ficou restrito a um único produto, o Tordon, com os princípios ativos: Picloram e 2,4-D, com grande amplitude de doses e indicações, mas com limitações de performance em alvos, tanto de plantas lenhosas como algumas herbáceas.

Nos anos 90 surgem novas formulações de Picloram e 2,4-D em outras combinações, como: Grazon, Mannejo e Disparo, segmentando as recomendações para apli-cações foliares. Picloram puro é lançado para o controle de plantas lenhosas em aplicação no toco com Padron, e Triclopir para o controle localizado de palmáceas, as pindobas, através de Garlon 480BR.

Também nos anos 90 foi lançado o Plenum, com Pi-cloram e Fluroxipir, elevando o patamar de controle de plantas na modalidade foliar.

Nos anos 2000 surge um novo ingrediente ativo para o mercado pecuário, o Aminopiralide, que com o Do-minum e o Jaguar, em misturas com Fluroxipir e 2,4-D, respectivamente, ampliam as opções de produtos, tanto a novos usuários como aos tradicionais.

Finalizando esse breve histórico, também na primeira década do século XXI, surgem duas novas formulações com o Picloram e o Triclopir (Togar TB) para controle basal

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A NOVA TECNOLOGIA XTA tecnologia que promete revolucionara pecuária quanto ao controle de plantasdaninhas.

de plantas de difícil controle, e o Truper, contendo Triclopir e Fluroxipir, propondo uma solução sem residual de solo, pensando na rotação, ou integração da pastagem com culturas de folhas largas.

Esses produtos, ou formulações citadas, contemplam soluções em aplicações foliares para plantas susceptí-veis, e nessa diversidade de opções ainda permanecia uma lacuna a ser atendida quanto às necessidades do pecuarista, no que se referia ao controle foliar, preferen-cialmente tratorizado ou aéreo, das plantas chamadas de “difícil controle” que eram exclusivamente contro-ladas nas modalidades de aplicação basal e no toco, caracterizadas pelo baixo rendimento operacional, total dependência de mão-de-obra e alto custo.

Nesse contexto, para cobrir essa necessidade, foi desenvolvida a Tecnologia XT, através de estudos de-senvolvidos durante quase uma década pelo time de Pesquisa e Desenvolvimento da Corteva, totalizando mais de 300 áreas experimentais, onde se pode chegar a uma formulação equilibrada, de eficácia consistente sobre as plantas daninhas e seguro para as gramíneas forrageiras utilizadas nas pastagens.

EFICÁCIA NO CONTROLE DE PLANTAS DANI-NHAS COM A NOVA TECNOLOGIA XT

Os novos produtos Dominum XT, Trueno XT e Planador XT passam a controlar um espectro de plantas que até o momento não tinham controle foliar em aplicação tratorizada ou aérea.

Com doses que variam de 2,0 a 5,0 l/ha, dependendo do alvo, pode-se controlar plantas lenhosas, arbustivas e arbóreas como: cagaita (Eugenia dysenterica), cumbuca (Mezilaurus crassiramea), canela-de-velho ou faveira (Cenostigma macrophyllum), aromita ou esponja (Acacia farnesiana), pata-de-vaca e cabriteiro (Bauhinia sp), chumbinho (Lantana camara), lobeira (Solanum lyco-carpum), e os desafiadores cipó-capeta (Doliocarpus dentatus), do Cerrado Goiano, e o cipó-mucunã (Dioclea grandiflora), que infesta grandes extensões de pastagens das regiões Centro-Oeste e Norte do país.

Uma vez controlando as plantas de difícil controle, anteriormente sem solução, é de se imaginar que nas plantas que já eram controladas essa eficácia também se repita, e é isso que ficou comprovado nos estudos durante o desenvolvimento da Tecnologia XT.

Para o controle de plantas herbáceas e semi-ar-bustivas como: fedegoso-branco (Senna obtusifolia), cheirosa (Hyptis suaveolens), erva-quente (Spermacocce latifolia), guanxumas (Sida rhombifolia, S. santaremnensis, S. glaziovii, S. cordifolia, S. carpinifolia), assa-peixe-roxo (Vernonia westiniana), assa-peixe-branco (Vernonia pol-yanthes), joá (Solanum acculeatissimum), entre diversas outras desse perfil, as doses para controle variam entre 0,5 a 1,5 l/ha.

Entre agosto e outubro de 2018, a Corteva Agriscience promoveu 12 eventos regionais por todo Brasil, abran-gendo aproximadamente duas mil pessoas, onde foi apresentada a inovadora Tecnologia XT, agora disponível para os pecuaristas.

Fonte: Autor

Figura 1. Pastagens infestadas com plantas lenhosas antes e 1 ano após aplicação de produtos XT.

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A pecuária não é uma atividade simples. O lucro de-pende de inúmeras variáveis que não estão nas mãos do produtor, como, por exemplo, o clima e o mercado.

Para ilustrar, neste ano, a valorização do dólar ao longo do ano, influenciada pelas incertezas eleitorais, ajudou as exportações de carne, mas encareceu parte dos insumos.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China tam-bém afetou os custos, principalmente do confinamento, influenciando a oferta de gado no segundo semestre e, consequentemente, participando da composição dos preços.

Analistas políticos e econômicos passam boa parte do seu tempo justificando porque a realidade não aconteceu segundo a sua bola de cristal. Se quem trabalha diariamente com previsões, e só com isso, erra, o pecuarista não deve focar em acertar sempre os rumos do mercado.

A PAZ DO PRODUTOR ESTÁ DENTRO DA PORTEIRAAtenção às oportunidades de mercado é fundamental, mas a pro-dutividade na fazenda “blinda” os resultados ao longo do tempo.

Com margem mais folgada o produtor passa bem por períodos de preços ruins e tem lucros maiores quando o mercado está favorável.

Hyberville Neto, méd. veterinário, msc. em administração de organizações e consultor da Scot [email protected]

Isso não quer dizer ignorar o cenário, mas trabalhar com tecnologia e margens maiores, para passar relati-vamente bem pelos momentos turbulentos do mercado.

PRESSÃO SOBRE AS MARGENS

É comum ouvir produtores que estão há mais tempo na pecuária reclamarem que já foi mais fácil ganhar dinheiro, e realmente foi.

A figura 1 mostra a relação de troca com a reposição, ilustrando quantas arrobas de boi gordo são necessá-rias para a compra de um bezerro de ano em São Paulo. As linhas representam as médias em cada década.

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Fonte: Scot Consultoria – www.scotconsultoria.com.br

Tabela 1. Parâmetros usados nos sistemas de recria/engorda simulados (gerais).

Figura 1.Arrobas de boi gor-do necessárias para a compra de um bezerro de ano em São Paulo e médias em cada década (linhas).

Fonte: IEA / Cepea /

Scot Consultoria

scotconsultoria.com.br

ITEM SISTEMA A SISTEMA B

Área de pastagem (ha) 2.000 2.000

Rebanho (cabeças) 6.826 1.716

Lotação (UA/ha) 3,0 0,7

Peso de entrada (kg) 225 225

Ganho de peso (kg/cab/dia) 0,6 0,3

Idade ao abate (meses) 30,9 43,6

Tempo na fazenda (meses) 18,9 31,6

Mortalidade 0,5% 1,0%

Vendas anuais 4.289 635

Peso de venda (@) 20 18

Rendimento ao abate (%) 53% 53%

Arrobas vendidas por hectare de pastagem 42,9 5,7

Desfrute (vendas/rebanho) 62,8% 37,0%

2,50

3,50

4,50

5,50

6,50

7,50

8,50

9,50

10,50

jan/

80ju

n/81

nov/

82a

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n/14

jun/

15no

v/16

ab

r/18

Quanto mais é gasto com reposição, menos sobra para o custeio da engorda deste gado e diminui o lucro. Com isso, a saída inevitável é a intensificação, produzindo mais arrobas por hectare e otimizando o uso desta reposição mais cara.

Produzindo mais, há diluição de depreciações e cus-tos variáveis indiretos, como mão de obra e adminis-trativos, por exemplo.

IMPACTO DA TECNOLOGIA

Para ilustrar o impacto da tecnologia no sossego do pecuarista, fizemos uma simulação de resultados em sistemas de recria e engorda, considerando áreas de dois mil hectares de pastagem em Mato Grosso.

Foram utilizados parâmetros técnicos obtidos em pesquisa com agentes-chave, buscando definir um sistema de baixo uso de tecnologia e um sistema in-tensivo, mas não representando o teto tecnológico. Os sistemas A (mais tecnificado) e B (pouco produtivo) são resumidos na tabela 1.

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Estes sistemas foram estimados com diferentes níveis de formação de pastagem, suple-mentação e sanidade, para atingir estes ganhos diferentes. Por exemplo, o sistema A utiliza suplementação proteico-energética nas águas e proteica na seca, já no sistema B é utilizado suplemento mineralizado durante todo o ano.

A partir destes sistemas e indicadores, foi estimado o lucro por hectare de pastagem, desde o início do Plano Real. Os resultados, em valores deflacionados, estão na figura 2, abaixo:

Obs: valores em

moeda de 2017, último

ano fechado da

simulação.

Figura 2. Evolução do resultado por hectare de pasta-gem nos dois sis-temas, em valores reais, deflaciona-dos pelo IGP-DI.

-250,00

0,00

250,00

500,00

750,00

1.000,00

1.250,00

1.500,00

1.750,00

2.000,00

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Sistema A (alta tecnologia) Sistema B (baixa tecnologia)

Fonte:

Scot Consultoria

scotconsultoria.com.br

Perceba que mesmo em 2006, quando as cotações do boi gordo registraram os piores patamares históricos, não houve prejuízo no sistema mais tecnificado. Houve lucro menor, mas não prejuízo.

Por outro lado, no sistema de baixa tecnologia não foram poucos os anos de resultados negativos e, quan-do positivos, não foram exuberantes. A média de lucro anual do sistema A foi de R$858,14 por hectare, enquan-to para o sistema B ficou em R$6,31, em valores reais.

CONCLUSÕES

Muitas vezes o pecuarista não possui caixa para inten-sificação da área total, ou mesmo experiência com um sistema mais intensivo. Com isso, a busca pela melhoria dos índices e resultados pode ser feita gradativamente, mas tem que ser uma meta constante.

Com margem mais folgada o produtor passa bem por períodos de preços ruins e tem lucros maiores quando o mercado está favorável.

Havendo caixa, o momento atual é especialmente interessante para um aumento da taxa de lotação e produtividade, uma vez que estas arrobas “a mais” colocadas no sistema tendem a se valorizar nos pró-ximos anos, além do benefício direto do aumento da produtividade.

O produtor deve sempre estar atento ao cenário geral, aproveitando oportunidades de mercado, mas é dentro da porteira que o lucro é construído ao longo dos anos.

O produtor deve sempre estar atento ao cenário geral, aproveitando oportunidades de mercado, mas é dentro da porteira que o lucro é construído ao longo dos anos.

Hyberville Neto, méd. veterinário, msc. em administração de organizações e consultor da Scot [email protected]

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