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Patologias da Velhice
Unidade Curricular: Antropologia e Envelhecimento
Docente: Prof. Dr. Joaquim Marujo
Discente: Cátia Simões
Ano Lectivo: 2008/2009
Escola Superior João de Deus Licenciatura: Gerontologia Social
Patologias da Velhice
Introdução Diversas Patologias
- Cancro - Demências- Depressão- Problemas Cardiovasculares
Conclusão Bibliografia
Sumário
Cátia Simões
Introdução As pessoas idosas diferem das pessoas jovens na forma como
respondem à doença e à incapacidade. Consequentemente, é essencial que os gerontes tenham acesso a especialistas apropriados hábeis e que têm perícia relevante no trabalho com e para pessoas idosas.
Ao estudar-se esta faixa etária, verifica-se que nela existem múltiplas doenças.
As patologias evidenciadas neste trabalho são apresentadas em função da recente preocupação a respeito de melhores práticas para elas, sendo estas: cancro; demências; depressão; problemas cardiovasculares.
Este trabalho não proporciona uma lista exaustiva de doenças dada a restrição do tamanho da apresentação.
Introdução
Cátia Simões
Patologias da Velhice
Doença provocada por uma reprodução descontrolada de células malignas, que são independentes de qualquer tipo de controlo pelo organismo, acabando por invadir tecidos e órgãos e provocar alterações orgânicas.
Mais de 70% de todos os novos casos diagnosticados de cancro ocorrem nas pessoas com 60 anos ou mais. Para os homens, o tipo mais comum de cancro é o de pulmão (19%), de próstata (17%), de intestino grosso (14%) e de bexiga (7%). Em contraste, para a mulher, o tipo mais comum de cancro é o da mama (29%), de intestino grosso (12%) e de ovário (5%).
Cancro
CancroPatologias da Velhice
Cátia Simões
Envelhecimento. Tabaco. Luz solar. Radiação ionizante. Determinados químicos e outras substâncias. Alguns vírus e bactérias. Determinadas hormonas. Álcool. Dieta pobre, falta de actividade física ou excesso de peso.
Muitos destes factores de risco podem ser evitados. Outros, como por exemplo a história familiar, não podem; como tal, é importante referir sempre ao médico quaisquer dados clínicos familiares relevantes que existam na família.
Factores de risco
CancroPatologias da Velhice
Cátia Simões
O cancro pode provocar muitos sintomas diferentes, como por exemplo:
– Espessamento, massa ou "uma elevação" na mama, ou em qualquer outra parte do corpo.
– Aparecimento de um sinal novo, ou alteração num sinal já existente.
– Ferida que não passa, ou seja, cuja cicatrização não acontece. – Rouquidão ou tosse que não desaparece. – Alterações relevantes na rotina intestinal ou da bexiga. – Desconforto depois de comer. – Dificuldade em engolir. – Ganho, ou perda de peso, sem motivo aparente. – Sangramento ou qualquer secreção anormal. – Sensação de fraqueza ou extremo cansaço.
Geralmente, as fases iniciais do cancro não causam dor.
Sintomatologia
CancroPatologias da Velhice
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Alguns cancros respondem melhor a um só tipo de tratamento, enquanto outros podem responder melhor a uma associação de medicamentos ou modalidades de tratamento.
Os tratamentos podem actuar essencialmente numa área específica - terapêutica local -, ou em todo o corpo: terapêutica sistémica. A terapêutica local remove, ou destrói, as células do tumor,
apenas numa parte específica do corpo. A cirurgia e a radioterapia são tratamentos locais.
A terapêutica sistémica "entra" na corrente sanguínea e "destrói", ou controla, o cancro, em todo o corpo: mata ou, pelo menos desacelera, o crescimento das células cancerígenas que possam ter metastizado, para além do tumor original. A quimioterapia, a terapêutica hormonal e a terapêutica biológica (imunoterapia) são tratamentos sistémicos.
Métodos de Tratamento
CancroPatologias da Velhice
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Degeneração progressiva das faculdades mentais que prejudica o desempenho das actividades quotidianas.
A demência pode resultar de um conjunto de perturbações e estados. A demência é crónica, progressiva e irreversível.
A demência afecta principalmente as pessoas idosa, embora o seu inicio possa acontecer antes dos 65 anos de idade.
De acordo com a sociedade de Alzheimer (2003), existem mais de 100 tipos diferentes de demências, sendo as demências mais frequentes nos idosos: Demência Vascular Doença dos Corpúsculos de Lewy Doença de Alzheimer
Demências
DemênciasPatologias da Velhice
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Entende-se por Demência Vascular, uma alteração no funcionamento cognitivo relativo a lesões cerebrovasculares de natureza isquémica ou, mais invulgarmente, hemorrágica. (Hay, 2001).
Como sintomas físicos e comunicativos constata-se a paralisia e dificuldades no discurso e o aparecimento de sintomas cognitivos, comportamentais e emocionais muito semelhantes aos da demência. Quando a área cerebral lesada é extensa a pessoa começa a experienciar sintomas de demência, incluindo perdas de memória (acontecimentos recentes), dificuldades no discurso e linguagem, incapacidade em realizar tarefas simples ou de rotina e dificuldade no reconhecimento de pessoas e objectos familiares.
No que respeita ao tratamento da Demência Vascular existem medidas que têm como objectivo reduzir o risco de ocorrência de outros acidentes vasculares cerebrais, no entanto não revertem os sintomas da Demência Vascular, embora possam impedir a sua evolução.
Demência Vascular
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A doença é caracterizada pela presença de corpos de Lewy (estruturas esféricas minúsculas, contendo proteínas). São marcadores da doença de Parkinson.
Trata-se de uma doença neurológica lentamente progressiva (DSM-IV, 1996) e de uma perturbação numa área específica do encéfalo (Teixeira, 1993), ou seja, é uma doença degenerativa do sistema nervoso central.
De acordo com o DSM-IV (1996), a doença apresenta um quadro sintomático que se caracteriza por rigidez muscular, tremor de repouso, hipocinesia (diminuição da mobilidade), bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos) e instabilidade postural.
Outros sintomas a destacar poderão ser a voz que se torna lenta e monótona, verificando-se também o controlo da saliva que fica igualmente afectado; a falta de mímica facial, a diminuição do piscar de olhos, o olhar fixo e a rigidez muscular, que afecta a forma como a pessoa anda: caminha arrastando os pés com o corpo inclinado para a frente. Há ainda a probabilidade de desenvolver uma depressão e de ter alucinações, a dificuldade em engolir, a obstipação, a transpiração e a incontinência urinária.
Doença dos Corpúsculos de Lewy
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Segundo Hay (2001) a Demência de Alzheimer é uma demência progressiva, irreversível e degenerativa que afecta os neurónios ou as células nervosas.
Esta demência ataca usualmente os neurónios das áreas do cérebro que são responsáveis pelo pensamento, memória e linguagem. Assim, as áreas que são mais afectadas são os lobos frontais e os lobos temporais do córtex cerebral e o hipocampo. Nestas duas áreas do cérebro aparecem duas estruturas anormais: as redes neurofibrilares e as placas neuríticas.
Doença de Alzheimer
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Segundo Hay (2001) os sintomas mais frequentes da doença de Alzheimer variam desde sintomas cognitivos, emocionais e comportamentais. Os sintomas cognitivos encontram-se entre os mais notórios e comuns e são
muitas vezes os primeiros a aparecer. Podem incluir perturbação, diminuição ou perda de: memória; orientação (temporal, espacial, da pessoa); consciência do seu estado; lógica; crítica; percepção; capacidade de cálculo; capacidade de aprendizagem e capacidade do uso da linguagem.
Relativamente aos sintomas emocionais, estes são originários de alterações ou lesões cerebrais e isso pode mudar os sentimentos e comportamentos, alterando, essencialmente, a personalidade daí as pessoas devido a esta razão ficarem deprimidas, ansiosas, irritáveis, inseguras, retraídas, hostis, ciumentas e/ou paranóicas.
No que se refere aos sintomas comportamentais destaca-se: falta de iniciativa; perda de interesse pelas coisas que normalmente gostavam de fazer; incapacidade para realizar tarefas e projectos; apatia; alterações no sono ou nos padrões do sono; impulsividade; alteração do temperamento; isolamento social e alterações na atenção, na higiene pessoal e no vestir.
Sintomatologia
DemênciasPatologias da Velhice
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Veríssimo e Oliveira (2004) sublinham que relativamente ao tratamento, as opções que existem são limitadas. A meta do tratamento inclui o alívio de alguns elementos psicossociais e melhorar a saúde geral do indivíduo. Faz-se um tratamento sintomático, com o uso de tranquilizantes, antidepressivos e neurolépticos (se houver agitação e agressividade). Usam-se, também, nootrópicos, que podem melhorar as perturbações da memória, da orientação, da concentração e do pensamento.
Actualmente, segundo as pesquisas, valorizam-se novos medicamentos como a tacrina, que é um inibidor da acetilcolinesterase, e a nimodipina, um bloqueador dos canais de cálcio. No entanto, estes fármacos retardam a evolução, mas não curam.
Existem muitas alterações para o individuo e a família quando uma pessoa se encontra num estado de demência. Neste estado a pessoa evidencia dificuldades cognitivas, comportamentais, emocionais, físicas e de desempenho ocupacional.
Prevenção
DemênciasPatologias da Velhice
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A depressão, segundo a Associação Médica Americana (2002), é um tipo de distúrbio mental que perturba o humor da pessoa.
Entre a população idosa existem três tipos de depressão mais habituais: a endógena em que o idoso se mostra tipicamente deprimido devido a algum processo bioquímico interno; a reactiva que surge como consequência de um facto desencadeante ou uma oportunidade perdida e a secundária em que a depressão provém de uma doença ou lesão.
Algumas Causas de Depressão
Stress certos eventos traumáticos efeitos de uma infância infeliz personalidade deprimida
Depressão
DepressãoPatologias da Velhice
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Segundo a Associação Médica Americana (2002), o tratamento para a depressão grave é realizado em duas ou três etapas: o tratamento agudo, para aliviar os sintomas imediatos (de 6 a 12 semanas), o tratamento de continuidade para evitar recaídas (de 4 a 9 meses) e o tratamento de manutenção para pessoas que tiveram três ou mais episódios recorrentes (duradoiro).
Os medicamentos usados para o tratamento da depressão são de vários tipos e classificados de acordo com os problemas para os quais trazem alívio.
No tratamento da doença depressiva dos idosos, muitos médicos recomendam a combinação de medicamentos com uma psicoterapia de curta duração. A depressão também pode ser tratada com diversos tipos de terapias: a terapia da luz ou fototerapia, a terapia electroconvulsiva ou tratamento de choque (ECT), a psicoterapia (interpessoal, cognitiva e comportamental), a privação do sono e a estimulação magnética transcraneana (EMT).
Tratamentos para a Doença Depressiva
DepressãoPatologias da Velhice
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O sistema cardiovascular é um dos sistemas mais importantes do nosso organismo. É através das suas principais funções de irrigação e transporte que todas as partes, órgãos e células do corpo humano subsistem.
No decorrer de todo o processo de envelhecimento surge a degenerescência das células e dos tecidos, a diminuição do débito cardíaco em 40 %, acrescido da perda de elasticidade dos vasos e dos depósitos nas paredes (aterosclerose) aliando o aumento da pressão arterial.
Factores e Comportamentos de Risco
Principais Sintomas nos Idosos
Fadiga constante Permanência dos tornozelos inchados
Problemas Cardiovasculares no idoso
Problemas Cardiovasculares no Idoso
Patologias da Velhice
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TabagismoObesidadeHipertensão Álcool Alimentação Stress Colesterol
Doenças Cardíacas mais Comuns nos Idosos
Prevenção
Avaliação dos valores da tensão arterial dos idosos Prática de Exercício Físico Alteração nos hábitos alimentares Fármacos (ex. anti-arritmicos) Reabilitação Cardíaca (ex. após intervenção cirúrgica) Intervenção Cirúrgica (ex. Pacemaker, Bypass)
Problemas Cardiovasculares no
IdosoPatologias da
Velhice
Cátia Simões
Insuficiência Cardíaca (IC)
Doença da Aorta/Angina
Doenças Coronárias (DC)
Enfarte Agudo do MiocárdioCardiomiopatia Arritmias
Doença Cardíaca Hipertensiva
As patologias discutidas neste trabalho são doenças complexas, que podem ter um grande impacto numa pessoa idosa, bem como na sua família e amigos.
É necessário que as pessoas sejam sensíveis ao impacto imposto pela incapacidade a longo prazo e para a doença com tratamento a vida toda. Os indivíduos (principalmente os que acompanham uma doença ou mesmo doentes) têm de ser flexíveis às variações no curso da doença: do diagnóstico até à morte.
Na minha opinião, as pessoas que sofrem das doenças mencionadas e outras, devem ser motivadas e ajudadas para terem uma máxima qualidade de vida, indiferentemente da expectativa de vida.
Conclusão
Patologias da Velhice
Cátia Simões
Conclusão
www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/
nocoes
http://max.uma.pt/~EdSenior/index_ficheiros/Page483.htm
http://www.medicoassistente.com/modules/smartsection/
item.php?itemid=135
Mcintyre, Anne e Atwal, Anita; Terapia Ocupacional e a
Terceira Idade; Livraria Santos Editora Ltda., 2007
Bibliografia
Patologias da Velhice
Cátia Simões
Bibliografia
Patologias da
Velhice
Cátia Simões
Fim