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Patrícia da Conceição Silva Campos O impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue Patrícia da Conceição Silva Campos outubro de 2015 UMinho | 2015 O impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue Universidade do Minho Escola de Engenharia

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Patrícia da Conceição Silva Campos

O impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue

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Universidade do MinhoEscola de Engenharia

outubro de 2015

Dissertação de MestradoMestrado em Engenharia Humana

Trabalho realizado sob a orientação daProfessora Doutora Isabel Maria Pereira Leite de Freitas Loureiro

Patrícia da Conceição Silva Campos

O impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue

Universidade do MinhoEscola de Engenharia

ii

DECLARAÇÃO

Nome: Patrícia da Conceição Silva Campos

Endereço eletrónico: [email protected] Telefone: 961577389

Cartão do Cidadão: 12523660

Título da dissertação: O impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos locais de colheita

de sangue.

Orientadora:

Professora Doutora Isabel Maria Pereira Leite de Freitas Loureiro

Ano de conclusão: 2015

Mestrado em Engenharia Humana

É AUTORIZADA A REPRODUÇÃO PARCIAL DESTA DISSERTAÇÃO APENAS PARA EFEITOS DE

INVESTIGAÇÃO, MEDIANTE DECLARAÇÃO ESCRITA DO INTERESSADO, QUE A TAL SE COMPROMETE.

Universidade do Minho, _____/_____/_________

Assinatura:_________________________________________________________________

iii

DEDICATÓRIA

À minha filha

Lara

razão do meu ser,

fonte de inspiração, motivação e amor.

IV

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V

AGRADECIMENTOS

À Senhora Professora Isabel Maria Pereira Leite de Freitas Loureiro, orientadora deste trabalho,

agradeço pela preciosa orientação, confiança, compreensão e conhecimentos partilhados.

Ao Conselho Diretivo do IPST, IP e à Direção do CSTP, que permitiram a realização do estudo e

acreditaram que este seria uma mais-valia para a instituição.

Ao Senhor Dr. Jorge Condeço, responsável pela Hemovigilância e pelo Serviço de Higiene e Segurança

do CSTP, pela ajuda, confiança e conhecimentos partilhados.

Ao Fábio Costa, coautor da aplicação informática ETdAnalyser, pela disponibilidade, empenho e

competência demonstrada.

Aos Profissionais do CSTP que prontamente se disponibilizaram a participar no estudo.

Aos Dadores pela sua dádiva de sangue e pela recetividade em participar no estudo.

Ao meu marido, à minha filha e aos meus pais pelo apoio incondicional.

VI

(Esta página foi deixada em branco propositadamente)

VII

RESUMO

Título: O impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue.

Resumo: A abordagem ergonómica sistémica e holística tem contribuído para melhorar a análise dos locais de trabalho, sobretudo nas organizações de saúde, no que diz respeito à segurança do paciente e à qualidade dos cuidados prestados. Na área da medicina transfusional o dador de sangue assume um papel fundamental, uma vez que é um dos principais elementos da cadeia transfusional que de forma benévola, responsável e socialmente solidária efetua a dádiva. O objetivo do presente trabalho é analisar o impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos diferentes locais de colheita de sangue no Centro de Sangue e Transplantação do Porto. Para isso, foi utilizado o Modelo de Análise Ergonómica Tridimensional (ETdA). Este modelo considera a perspetiva dos profissionais, do analista e dos dadores na avaliação ergonómica, sendo para tal utilizados como instrumentos de observação o questionário ETdA (dadores), a ficha de avaliação ETdA (profissionais) e a lista de verificação ergonómica ETdA (analista). A análise conjunta dos dados através do algoritmo subjacente à aplicação ETdAnalyser permitiu estudar o impacto da dimensão dos dadores na tomada de decisão. Obtiveram-se 124 questionários no posto fixo, 74 nos postos móveis e 126 nas brigadas móveis, relativamente às fichas de avaliação foram devolvidas 31 no posto fixo, 21 nos postos móveis e 22 nas brigadas móveis. Considerando que a ponderação a atribuir a cada dimensão, que melhor se adequa a este contexto é 33%, resulta que: no posto fixo foram avaliadas como intervenções a médio prazo as posturas e movimentos, a atividade física e a repetitividade; nos postos móveis foi avaliado como intervenção crítica as posturas e movimentos (secção 4) e como intervenções a médio prazo as posturas e movimentos, repetitividade, atividade física, ruído, ambiente térmico, risco de acidente e agentes químicos; nas brigadas móveis é necessário intervir a médio prazo na atividade física, na repetitividade, nas posturas e movimentos, na restritividade, ambiente térmico e ruído. Quando estudado o impacto de diferentes ponderações na dimensão dos dadores, nos três locais de colheita, verifica-se que a tomada de decisão sofre alterações a partir das ponderações mais baixas. No estudo das tomadas de decisão por pares, dador/analista e profissional/analista verifica-se que existem diferenças na tomada de decisão para vários fatores ergonómicos. Os resultados de tomada de decisão para o posto fixo, posto móvel e brigadas móveis foram distintos uma vez que se localizam em diferentes espaços físicos, com uma organização e distribuição do trabalho diferente e com um distinto perfil dos dadores e de interações entre os profissionais. O posto fixo foi o local avaliado mais positivamente pelas dimensões ETdA. Este estudo permitiu A abordagem ETdA demonstrou ser uma metodologia muito útil na avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue e no estudo do impacto do dador nesta avaliação.

Palavras-chave: Análise Ergonómica Tridimensional, Dadores, Tomada de decisão

VIII

(Esta página foi deixada em branco propositadamente)

IX

ABSTRACT

Title: The impact of the inclusion of the donor in the ergonomic evaluation of blood collection sites.

Abstract: The systemic and holistic ergonomic approach has helped to improve the analysis of the workplace, especially in health organizations, with regards to patient safety and the quality of the provided care. In the area of transfusional medicine, the blood donors play a key role, since they are one of the main elements of the transfusion chain, who showing goodwill, responsibility and social solidarity performs the donation. The objective of this study is to analyze the impact of the inclusion of the donor in the ergonomic evaluation of different blood collection sites in the Blood and Transplantation Center of Porto. For this purpose, the Ergonomic Tridimensional Analysis Model (ETdA) was used. This model considers the perspective of the professionals, the analyst and the donors in the ergonomic evaluation. Therefore, the following observation instruments are used: the ETdA questionnaire (donors), the ETdA evaluation form (professionals) and the ETdA ergonomic checklist (analyst). The analysis of the data through the algorithm behind the ETdAnalyser application enabled the study of the impact of the donors dimension in the decision-making. 124 questionnaires were obtained in the fixed station, 74 in the mobile stations and 126 in the mobile brigades. Regarding the evaluation forms, 31 were given back in the fixed station, 21 in the mobile stations and 22 in the mobile brigades. Taking into account that the weight to be assigned to each dimension that best suits this context is 33%, it follows that: in the fixed station the postures and movements, the physical activity and the repeatability were evaluated as interventions in the medium term; in the mobile stations the postures and movements were assessed as a critical intervention (section 4), and as interventions in the medium term the postures and movements, the repeatability, the physical activity, the noise, the thermal environment, the risk of accident and chemical agents; in the mobile brigades it is necessary to intervene in the medium term in the physical activity, the repeatability, the postures and movements, the restrictiveness, the thermal environment and the noise. When having examined the impact of different weights in the donors dimension, at the three collection sites, it can be observed that the decision-making undergoes changes from the lower weights. In the study of paired decision-making, donor/analyst and professional/analyst, it turns out that there are differences in the decision-making for several ergonomic factors. The decision-making results for the fixed station, the mobile station and the mobile brigades have been different as they are located in different physical spaces, with a different organization and distribution of work and with diverse donor profiles and interactions among professionals. The fixed location was the site evaluated more positively by ETDA dimensions. The ETdA approach has proven to be a very useful methodology in the ergonomic evaluation of blood collection sites and in the study of the donor´s impact.

Keywords: Ergonomic Tridimensional Analysis, donors, decision-making

X

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XI

Índice

Dedicatória ............................................................................................................................................. iii

Agradecimentos ...................................................................................................................................... V

Resumo................................................................................................................................................. VII

Abstract.................................................................................................................................................. IX

Índice De Figuras ................................................................................................................................. XIV

Índice De Tabelas ................................................................................................................................. XV

Índice De Gráficos ............................................................................................................................... XVII

Lista De Siglas/Abreviaturas .............................................................................................................. XVIII

Parte I .................................................................................................................................................... 1

1. Introdução ...................................................................................................................................... 3

1.1 Enquadramento e Motivação .................................................................................................. 3

1.2 Objetivos ................................................................................................................................ 4

1.3 Organização da Tese .............................................................................................................. 5

2. Dádiva de Sangue .......................................................................................................................... 7

2.1 Dádiva de Sangue Voluntária e Não Remunerada................................................................... 9

2.2 Considerações Éticas e Legais da Dádiva de Sangue ........................................................... 10

2.3 Os Serviços de Sangue ......................................................................................................... 11

2.4 Dádiva de Sangue em Portugal e as Implicações Legais ...................................................... 15

2.5 O Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP .................................................... 16

3. Ergonomia .................................................................................................................................... 23

3.1 Ergonomia em Saúde ........................................................................................................... 29

3.2 A Análise Ergonómica e o Modelo ETdA ............................................................................... 31

3.2.1 Metodologia ETdA ......................................................................................................... 33

PARTE II ............................................................................................................................................... 37

4. Metodologia .................................................................................................................................. 39

4.1 Caraterização do Objeto de Estudo....................................................................................... 39

4.2 Os Locais de Colheita de Sangue ......................................................................................... 40

4.3 Os Profissionais .................................................................................................................... 41

XII

4.4 População Alvo e Amostra do Estudo ................................................................................... 42

4.5 Análise Ergonómica Tridimensional ETdA ............................................................................. 42

4.5.1 Questionário ETdA ........................................................................................................ 47

4.5.2 Ficha de Avaliação ETdA ............................................................................................... 50

4.5.3 Lista de Verificação....................................................................................................... 50

4.5.4 Aplicação dos instrumentos de observação ETdA ......................................................... 52

4.5.5 Caraterização das dimensões ETdA .............................................................................. 54

4.5.6 Análise Dos Resultados Com Recurso Ao ETdAnalyser ................................................. 54

4.5.1 Tabelas De Ponderação ................................................................................................ 55

4.5.2 Tomada de Decisão ...................................................................................................... 56

5. Apresentação E Discussão Dos Resultados .................................................................................. 59

5.1 Caraterização das Dimensão ETdA ....................................................................................... 59

5.1.1 Posto Fixo ..................................................................................................................... 59

5.1.2 Posto Móvel .................................................................................................................. 64

5.1.3 Brigadas Móveis ........................................................................................................... 69

5.2 Análise Dos Resultados Com Recurso Ao EtdAnalyser .......................................................... 73

5.2.1 Análise por Dimensão ................................................................................................... 74

5.2.1.1 Posto Fixo ..................................................................................................................... 74

5.2.1.2 Posto Móvel .................................................................................................................. 76

5.2.1.3 Brigadas Móveis ........................................................................................................... 79

5.3 Tabelas de Ponderação ........................................................................................................ 82

5.4 Tomada De Decisão ............................................................................................................. 84

5.4.1 Posto Fixo ..................................................................................................................... 84

5.4.2 Posto Móvel .................................................................................................................. 87

5.4.3 Brigadas Móveis ........................................................................................................... 89

5.4.4 Análise Comparativa dos Locais de Colheita de Sangue ............................................... 91

5.4.4.1 Análise por Ponderações .............................................................................................. 92

5.4.4.2 Análise por Fatores Ergonómicos ................................................................................. 93

PARTE III .............................................................................................................................................. 97

6. Conclusão E Trabalhos Futuros .................................................................................................... 99

7. Bibliografia ................................................................................................................................. 101

XIII

Anexos ............................................................................................................................................... 107

Anexo 1: Organigrama Do IPST, IP

Anexo 2: Organigrama dos CST do IPST,IP

Anexo 3: Organigrama da Área Funcional Do Sangue

Anexo 4: Abordagem por Processos do IPST, IP

Anexo 5: Planta do Piso 0 do PF

Anexo 6: Planta do PM

Anexo 7: Fotos do Exterior e Interior do PM

Anexo 8: Autorização para realização do Estudo no IPST

Anexo 9: Questionário para Análise Ergonómica - Dimensão dos Dadores

Anexo 10: Ficha de Avaliação PF e BM – Dimensão dos Profissionais

Anexo 11: Ficha de Avaliação PM – Dimensão dos Profissionais

Anexo 12: Lista de Verificação – Dimensão do Analista

Anexo 13: Metodologia de Avaliação do AA por Fatores Ergonómicos

Anexo 14: Apresentação e Discussão dos Resultados - Dimensão do AA

Anexo 15: Tabelas de Ponderação do PF

Anexo 16: Tabelas De Ponderação PM

Anexo 17: Tabelas De Ponderação BM

XIV

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 2.1: Distribuição das idades dos dadores de sangue (reproduzido de WHO, 2015) .................... 8

Figura 2.2: Matriz de poder/interesse dos principais clientes do IPST, IP. ........................................... 22

Figura 3.1: Modelo SEIPS do sistema do trabalho e segurança do doente (reproduzido de Carayon et al. 2014) ................................................................................................................................. 31

Figura 3.2: Variáveis ETdA, variáveis temporárias e variáveis suplementares (reproduzido de Loureiro, Leão, & Arezes, 2011). ...................................................................................................... 35

Figura 4.1: Etapas da metodologia do estudo. ..................................................................................... 39

Figura 4.2: Circuito do dador e descrição das atividades. .................................................................... 41

XV

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 3.1: Tabelas de ponderação (reproduzido de Loureiro, 2012) .................................................. 36

Tabela 4.1: planeamento do número de profissionais por local de colheita. ........................................ 41

Tabela 4.2:Secções das áreas comuns de livre circulação de pessoas no PF. ..................................... 44

Tabela 4.3:Secções das áreas comuns de livre circulação de pessoas no PM ..................................... 45

Tabela 4.4:Secções das áreas comuns de livre circulação de pessoas nas BM. .................................. 46

Tabela 4.5: Tipo de questões presentes no questionário ETdA. ........................................................... 49

Tabela 4.6: Questões de pré-teste do questionário dos dadores .......................................................... 49

Tabela 4.7: resumo das principais alterações no questionário ETdA. ................................................... 50

Tabela 4.8: Equipamentos de medida utilizados. ................................................................................. 51

Tabela 4.9: Orientações EWA adaptadas para a análise de áreas comuns de livre circulação de pessoas................................................................................................................................................ 51

Tabela 4.10: Taxa de resposta dos Questionários ETdA entregues aos dadores. ................................. 53

Tabela 4.11: Taxa de resposta das Fichas de Avaliação ETdA entregues aos profissionais. ................. 53

Tabela 4.12: Tabela de ponderação ETdA............................................................................................ 55

Tabela 4.13: Tabelas de Ponderação (reproduzido de Loureiro, 2012). ............................................... 56

Tabela 5.1: Opinião dos dadores relativamente à qualidade dos serviços prestados no PF.................. 63

Tabela 5.2: Distribuição da opinião dos dadores relativamente à qualidade dos serviços prestados nos PM. ...................................................................................................................................................... 68

Tabela 5.3:Distribuição da opinião dos dadores relativamente à qualidade dos serviços prestados, nas BM. ...................................................................................................................................................... 73

Tabela 5.4: Avaliação ETdA do PF na dimensão dos Dadores. ............................................................. 74

Tabela 5.5: Avaliação ETdA do PF na dimensão dos Profissionais. ...................................................... 75

Tabela 5.6: Resultados da avaliação ETdA do PF na dimensão do AA. ................................................ 75

Tabela 5.7: Situações problemáticas detetadas pelo AA no PF e suas dimensões ETdA. ..................... 76

Tabela 5.8: Avaliação ETdA do PM na dimensão dos Dadores. ............................................................ 76

Tabela 5.9: Avaliação ETDA do PM na dimensão dos Profissionais, variáveis Pe. ................................ 77

Tabela 5.10: Resultados da avaliação ETdA do PM na dimensão do AA, variáveis. .............................. 78

Tabela 5.11: Situações problemáticas detetadas pelo AA no PM e suas dimensões ETdA. .................. 79

Tabela 5.12: Avaliação ETdA das BM na dimensão dos Dadores ......................................................... 79

Tabela 5.13: Avaliação ETdA das BM na dimensão dos Profissionais .................................................. 80

Tabela 5.14: Resultados da avaliação ETdA das BM na dimensão do AA. ........................................... 81

Tabela 5.15: Situações problemáticas detetadas pelo AA nas BM e suas dimensões ETdA. ................ 81

XVI

Tabela 5.16: Tabela de ponderação de 33% para o PF. ....................................................................... 82

Tabela 5.17: Tabela de ponderação de 33,3% dos PM ........................................................................ 83

Tabela 5.18: Tabela de ponderação de 33,3% das BM ........................................................................ 84

Tabela 5.5.19: Número de Decisões por Tabelas de Ponderação para o PF. ....................................... 85

Tabela 5.20: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde no PF. .................. 86

Tabela 5.21: Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo no PF. .................. 86

Tabela 5.22: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho no PF. ............ 86

Tabela 5.23: Número de Decisões por tabelas de ponderação para os PM ......................................... 87

Tabela 5.24: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde no PM. ................. 88

Tabela 5.25: Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo nos PM. ............... 88

Tabela 5.26: Estudo das alterações da tomada de decisão de vermelho para amarelo nos PM. .......... 89

Tabela 5.27: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho nos PM. .......... 89

Tabela 5.28: Número de Decisões por tabelas de ponderação para as BM. ........................................ 90

Tabela 5.29: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde nas BM. ............... 90

Tabela 5.30: Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo nas BM. ............... 91

Tabela 5.31: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho nas BM........... 91

Tabela 5.32: Estudo das alterações da tomada de decisão de vermelha para amarelo nas BM........... 91

Tabela 5.33: Análise das avaliações dos pares AP e AC do PF. ........................................................... 93

Tabela 5.34: Análise das avaliações dos pares AP e AC dos PM .......................................................... 94

Tabela 5.35: Análise das avaliações dos pares AP e AC das BM. ........................................................ 94

XVII

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 5.1:Distribuição dos dadores no PF, por género. ..................................................................... 59

Gráfico 5.2 Distribuição das idades dos dadores no PF. ...................................................................... 60

Gráfico 5.3: Distribuição das idades dos dadores no PF, por género. .................................................. 60

Gráfico 5.4: Habilitações Literárias dos dadores no PF. ....................................................................... 61

Gráfico 5.5: Profissão dos dadores no PF. ........................................................................................... 61

Gráfico 5.6 Importância das considerações ergonómicas na conceção dos espaços de trabalho, por género, no PF. ..................................................................................................................................... 62

Gráfico 5.7: Motivos da preferência do local de colheita de sangue, dos dadores no PF. ..................... 63

Gráfico 5.8: Avaliação do aspeto geral do local de colheita pelos dadores no PF. ................................ 63

Gráfico 5.9: Profissionais por secção, no PF. ....................................................................................... 64

Gráfico 5.10: Distribuição dos dadores por géneros nos PM. ............................................................... 64

Gráfico 5.11: Distribuição das idades dos dadores por categorias nos PM. ......................................... 65

Gráfico 5.12:Distribuição das idades dos dadores por género nos PM. ................................................ 65

Gráfico 5.13: Habilitações literárias dos dadores dos PM. ................................................................... 66

Gráfico 5.14: Profissões dos dadores nos PM ...................................................................................... 66

Gráfico 5.15: Importância das considerações ergonómicas nos espaços de trabalho dos dadores nos PM, por género. ................................................................................................................................... 67

Gráfico 5.16: Motivos de preferência pelo local de colheita dos dadores nos PM. ................................ 67

Gráfico 5.17: Avaliação do aspeto geral do local de colheita, pelos dadores dos PM. .......................... 68

Gráfico 5.18: Profissionais por secção nos PM. ................................................................................... 68

Gráfico 5.19: Distribuição dos dadores por género nas BM. ................................................................ 69

Gráfico 5.20: Distribuição das idades dos dadores nas BM. ................................................................ 69

Gráfico 5.21:Distribuição dos dadores por idade e género nas BM. ..................................................... 70

Gráfico 5.22: Distribuição dos dadores nas BM por habilitações literárias. .......................................... 70

Gráfico 5.23: Distribuição dos dadores das BM por profissões ............................................................ 71

Gráfico 5.24: Importância das considerações ergonómicas por género, nas BM. ................................ 71

Gráfico 5.25: Distribuição dos motivos de preferência do local de colheita de sangue dos dadores das BM. ...................................................................................................................................................... 72

Gráfico 5.26:Avaliação do aspeto geral do local de colheita, pelos dadores das BM. ........................... 72

Gráfico 5.27: Profissionais por secção nas BM. ................................................................................... 73

XVIII

LISTA DE SIGLAS/ABREVIATURAS

AA - Analista/Autor do Estudo

A/P - Analista/Profissional

A/C - Analista/Cliente

BM - Brigadas Móveis

CEDACE - Centro Nacional de Dadores de Células Estaminais de Medula Óssea de Sangue Periférico ou de Cordão Umbilical

CRSP - Centro Regional do Sangue do Porto

CST - Centro do Sangue e da Transplantação

CSTP - Centro do Sangue e da Transplantação do Porto

ETdA - Ergonomic Tri-dimensional Analysis

FE - Fatores Ergonómicos

IEA - International Ergonomics Association

IFRCRCS - International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies

IPST, IP - Instituto Português do Sangue, IP

ISO - International Organization for Standardization

NP - Norma Portuguesa

NPM - New Public Management

PF - Posto Fixo

PM - Postos Móveis

SEIPS - Systems Engineering Initiative for Patient Safety

SPSS - Statistical Package for Social Sciences

WHO - World Health Organization

1

PARTE I

Revisão Bibliográfica

2

(Esta página foi deixada em branco propositadamente)

3

1. INTRODUÇÃO

1.1 Enquadramento e Motivação

O acesso a sangue seguro, de forma equitativa e em tempo útil é um direito universal de qualquer doente que dele necessite. A transfusão de sangue ou componentes sanguíneos são elementos fundamentais da prestação dos cuidados de saúde (World Health Organization [WHO] & International Federation of Red Cross and Red Crescent Societies [IFRCRCS], 2010).

Segundo a WHO (2012) cabe a cada país assegurar a disponibilidade, acessibilidade e segurança de componentes sanguíneos e desenvolver as infraestruturas e as políticas de saúde nesse sentido. Com efeito no Plano Estratégico Global da Organização Mundial de Saúde 2008-2015, intitulado Universal Access to Safe Blood Transfusion (WHO, 2007), foi definido o seguinte objetivo principal: garantir o acesso universal de sangue seguro, garantir a qualidade e eficácia do sangue e dos produtos sanguíneos para transfusão, garantir o uso adequado e seguro de sangue e ainda assegurar a segurança do dador e do doente.

Na medicina transfusional a segurança do doente e do dador são considerados elementos fundamentais em todo o processo. Segundo o Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Instituto Público (IPST, IP) (2013b) a segurança dos dadores e dos produtos sanguíneos, o atendimento de excelência e a satisfação das necessidades são fundamentais para o funcionamento dos serviços de sangue. Estes fatores permitem assegurar a disponibilidade de sangue e contribuir para a sustentabilidade da prestação de cuidados de saúde a nível nacional.

De realçar que, segundo o IPST, IP (2014) a manutenção dos elevados padrões de qualidade e segurança, desde a colheita à distribuição de produtos sanguíneos passa por todos os intervenientes no processo, desde o dador ao profissional. Em Portugal, o dador de sangue é uma pessoa saudável, que de forma benévola e socialmente solidária efetua a sua dádiva, recorrendo a um serviço de sangue. É expectável que os serviços prestados por estas instituições garantam um serviço com qualidade e de elevada competência técnica e relacional num ambiente acolhedor, confortável e seguro, para que os dadores regressem novamente a realizar a sua dádiva de sangue.

As novas orientações da prestação de cuidados de saúde defendem que os cuidados de saúde devem ser centrados no cidadão, de forma a aumentar a sua participação, responsabilização e atribuição de um papel mais ativo na gestão da sua saúde (Lapão, 2005).

A qualidade dos cuidados de saúde e a segurança do paciente tem assumido uma importância cada vez maior (Carayon, 2010). A ergonomia, através da sua abordagem sistémica e holística, tem contribuido para melhorar a segurança do paciente e a qualidade dos cuidados de saúde e permite redesenhar os sistemas de cuidados de saúde e os processos (Buckle, et al., 2006; Carayon, 2010; Carayon, et al., 2014; Serranheira et al., 2010).

A Ergonomia apresenta dois objetivos fundamentais, o bem-estar dos seres humanos e a performance total do sistema (Dul & Neumann, 2009). Segundo esta abordagem as caraterísticas principais a considerar são: a abordagem de sistemas, o desenho dirigido e o foco no desempenho e bem-estar

4

humano (Dul et al., 2012). A Ergonomia contribui desta forma para o desenho de todo o tipo de sistemas que envolvam pessoas, desde o sistema de trabalho ao sistema de produtos/serviços (Dul et al., 2012).

A abordagem sistémica da ergonomia tem contribuído para tornar mais eficiente a análise dos locais de trabalho (Wilson, 2013). Serranheira et al. (2010) também são da opinião que a perspetiva sistémica e integrada da Ergonomia tem contribuído positivamente para a análise dos locais de trabalho, em particular nas instituições de saúde, onde todos os intervenientes, desde a organização, a administração, os gestores operacionais, os profissionais, até aos pacientes e os seus acompanhantes, saem beneficiados.

A abordagem ergonómica nas instituições de saúde, segundo Carayon et al. (2014), deve incluir a ergonomia organizacional ou considerações macro ergonómicas, uma vez que todo o sistema deve ser considerado, para que o impacto na segurança e qualidade dos cuidados seja significativo e sustentável.

Até ao surgimento do modelo de Análise Ergonómica Tridimensional (ETdA - Ergonomic Tri-dimensional Analysis) (Loureiro, 2012), as abordagens mais tradicionais da ergonomia focavam a sua avaliação dos locais de trabalho considerando apenas analista e profissional. A metodologia ETdA veio tornar possível incluir na avaliação ergonómica a opinião do cliente.

Segundo Loureiro (2012), o modelo ETdA é uma nova abordagem para análise ergonómica de áreas comuns com livre circulação de pessoas e adequa-se a estruturas organizacionais onde os clientes assumem um papel preponderante, estando intimamente ligadas às políticas de desenvolvimento das organizações. Nesta abordagem são consideradas três dimensões: clientes, profissionais e analista. Nas áreas comuns com livre circulação de clientes e profissionais, como resultado da interação entre estas dimensões, considera-se que a exposição a fatores de risco ergonómico pode ser idêntica. Por este motivo a análise ergonómica é realizada não só pelo analista e profissional, como também pelo cliente, surgindo assim três dimensões de análise do modelo ETdA (Loureiro, 2012).

Considerando esta abordagem sistémica, é fácil de entender que em locais de saúde onde é visível o contato profissional/cliente qualquer análise ergonómica deve ser tridimensional. Decorrente da minha experiência profissional, surge a necessidade de efetuar um diagnóstico da situação nos locais de colheita de sangue.

O Centro de Sangue e da Transplantação do Porto (CSTP) pertencente ao IPST,IP tem apresentado diversos estudos científicos, em diversas áreas temáticas, contudo nenhum estudo foi efetuado, até ao momento, sobre questões ergonómicas nos locais de colheita de sangue englobando a opinião dos dadores numa abordagem sistémica tridimensional.

Neste contexto, considera-se pertinente analisar o impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos diferentes locais de colheita de sangue no CSTP.

1.2 Objetivos

O objetivo principal deste estudo é analisar o impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue, nomeadamente o Posto Fixo (PF), os Postos Móveis (PM) e as Brigadas Móveis (BM) do CSTP.

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Para dar resposta ao objetivo principal, definiram-se os seguintes objetivos específicos:

Analisar e caraterizar os locais de colheita de sangue, designadamente o PF, os PM e as BM. Identificar os fatores ergonómicos nos locais de colheitas de sangue, PF, PM, e BM, na

perspetiva do analista/autor do estudo (AA), dos profissionais e dos dadores, segundo a metodologia ETdA.

Analisar os fatores ergonómicos nos locais de colheitas de sangue, PF, PM, e BM, na perspetiva do AA, dos profissionais e dos dadores, segundo a metodologia ETdA.

Avaliar os fatores ergonómicos nos locais de colheitas de sangue, PF, PM, e BM, na perspetiva do AA, dos profissionais e dos dadores, segundo a metodologia ETdA.

Estudar o impacto da avaliação do dador pela atribuição de diferentes ponderações.

Os objetivos definidos permitirão:

Identificar qual dos locais de colheita, PF, PM ou BM que necessita de intervenção ergonómica prioritária tendo em conta a análise ETdA.

Elaborar uma proposta de mudança a nível ergonómico tendo como base os resultados da análise ergonómica nos locais de colheita, PF, PM e BM.

1.3 Organização da Tese

O presente estudo será estruturado em três partes, Revisão Bibliográfica, Trabalho Desenvolvido e Conclusão e Trabalhos Futuros.

Na primeira parte, designada Revisão Bibliográfica, é apresentado o enquadramento teórico que suporta o estudo, produzido através da revisão da bibliografia da temática. Desta fazem parte três capítulos, a Introdução, a Dádiva de Sangue e a Ergonomia. No capítulo da Introdução (capítulo 1) é realizado um enquadramento do tema e da motivação, descritos os objetivos do estudo e a apresentação da organização da tese. No capítulo da Dádiva de Sangue (Capítulo 2) é contextualizada a dádiva de sangue a explanada a sua importância social; definido o conceito de dádiva de sangue voluntária e não remunerada; as considerações éticas e legais da dádiva de sangue; definidas as atribuições e responsabilidades dos serviços de sangue e por último é apresentada a dádiva de sangue no contexto português e apresentada a principal instituição responsável pela dádiva de sangue em Portugal, o IPST,IP. No capítulo da Ergonomia (capítulo 3) é definida a disciplina da ergonomia e os seus desafios atuais; é apresentada a ergonomia no contexto da organização do trabalho; são expostas as abordagens ergonómicas e apresentada a ergonomia no contexto da saúde.

Na segunda parte, denominada Trabalho Desenvolvido, faz parte o capítulo da Metodologia (capítulo 4) e o capítulo da Apresentação e Discussão dos Resultados (capítulo 5). Relativamente ao capítulo 4, este engloba a descrição e justificação dos procedimentos metodológicos da presente investigação. O capítulo 5 diz respeito à apresentação e análise dos dados obtidos, que passa pela caraterização das dimensões ETdA, análise do resultados com recurso ao ETdA e da tomada de decisão por local de colheita de sangue.

Por último temos a terceira parte que é constituída pela Conclusão e Trabalhos Futuros (Capítulo 6), onde são mencionadas as principais conclusões da investigação, as suas limitações e sugestões para trabalhos futuros; pelo Referências Bibliográficas (Capítulo 7) e pelos Anexos, onde está incluída a metodologia utilizada pelo autor do estudo/analista (AA) por fator ergonómico, os instrumentos ETdA adaptados, a apresentação e discussão dos resultados da avaliação pormenorizada da dimensão do

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analista por fator ergonómico, bem como as tabelas de ponderação, modo a tornar o texto da dissertação menos monótono e mais claro.

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2. DÁDIVA DE SANGUE

Segundo a WHO & IFRCRCS (2010), a transfusão de sangue é um elemento fundamental da prestação dos cuidados de saúde. A transfusão de sangue ou de componentes sanguíneos (glóbulos vermelho, plaquetas e fatores de coagulação) permite ajudar doentes em situações de risco de vida, permite a realização de intervenções cirúrgicas e de procedimentos médicos cada vez mais complexos e aumenta a qualidade de vida de doentes com diversos problemas de saúde agudos e crónicos. A transfusão de sangue tem ainda um papel fundamental nos cuidados materno-infantis e nas catástrofes naturais e nas catástrofes provocadas pelo homem (WHO & IFRCRCS, 2010).

O acesso a sangue seguro, de forma equitativa e em tempo útil é um direito universal de qualquer doente que dele o necessite. Contudo nem sempre é possível garantir a disponibilidade de componentes sanguíneos seguros em tempo útil e muitos doentes acabam por sofrer ou até mesmo falecer sem terem acesso a estes (WHO & IFRCRCS, 2010).

Anualmente, as necessidades de produtos sanguíneos têm vindo a aumentar em vários países. Este aumento é determinado pela capacidade do sistema de cuidados de saúde do país, pela população que abrange e pelo envelhecimento da população. Em países desenvolvidos, com cuidados de saúde avançados, as necessidades de sangue continuam a aumentar para apoiar os procedimentos médicos e cirúrgicos cada vez mais sofisticados, para apoiar os cuidados de emergência e trauma e para o tratamento de doenças de sangue. Nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, verifica-se que as necessidades excedem as reservas de sangue e os bancos de sangue tem dificuldade em assegurar a disponibilidade de sangue seguro e de qualidade (WHO & IFRCRCS, 2010).

Segundo, a WHO (2015) anualmente são colhidas cerca de 108 milhões de unidades de sangue em todo o mundo. Metade destas unidades são provenientes de países desenvolvidos, representando apenas 18% da população mundial. Comparativamente a 2004, segundo a WHO (2015), houve um aumento de cerca de 25% nas unidades de sangue colhidas em 2012.

Em termos da taxa de dádivas de sangue verifica-se que nos países desenvolvidos esta taxa é de 36,3 dádivas por 1000 habitantes, relativamente aos países em desenvolvimento a taxa é de 11,7 e nos países subdesenvolvidos é de 3,9 dádivas. Em termos dos grupos de doentes que necessitam de componentes sanguíneos, nos países desenvolvidos 76% das transfusões de sangue são para doentes com mais de 65 anos de idade, nos países subdesenvolvidos 65% das transfusões são para crianças com menos de 5 anos de idade (WHO, 2015).

Segundo o estudo realizado no ano de 2012 pela WHO (2015), com dados da WHO Global Database on Blood Safety, onde envolveu 179 países representando 98,6% da população mundial, no perfil do género dos dadores de sangue verifica-se que o sexo feminino representa 30% dos dadores a nível mundial. No que diz respeito à média de idades dos dadores de sangue, os países de baixo e médio rendimento têm um número maior de dadores mais jovens comparativamente com os países de elevado rendimento. Na imagem 2.1 é possível visualizar a distribuição da média de idades dos dadores de sangue segundo dados da WHO (2015).

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Figura 2.1: Distribuição das idades dos dadores de sangue (reproduzido de WHO, 2015)

Segundo a WHO (2012) cabe a cada país assegurar a disponibilidade, acessibilidade e segurança de componentes sanguíneos e desenvolver as infraestruturas e as políticas de saúde nesse sentido. Segundo a WHO (2012) deve existir uma organização eficaz e redes de fornecimento de sangue integradas que coordenem a nível nacional todas as atividades relacionadas com a dádiva de sangue, os testes laboratoriais, o processamento, o armazenamento e a distribuição de componentes sanguíneos. O sistema nacional de sangue deve ser regulado por uma política nacional de sangue e um quadro legislativo que promova uma aplicação eficaz e uniforme das normas e da uniformidade da qualidade e segurança do sangue e dos produtos sanguíneos.

Mundialmente, verifica-se que nem todos os países têm políticas nacionais de sangue, contudo o número de países a dar atenção a este assunto tem vindo a aumentar. Segundo a WHO (2015) houve um aumento de 60% para 70%, de 2004 para 2012, dos países com políticas nacionais de sangue. De um modo geral 62% dos países têm legislação específica para a segurança e qualidade das transfusões sanguíneas.

No Plano Estratégico Global da Organização Mundial de Saúde 2008-2015, intitulado Universal Access to Safe Blood Transfusion (WHO, 2007), foi definido o seguinte objetivo principal: garantir o acesso universal de sangue seguro, garantir a qualidade e eficácia do sangue e dos produtos sanguíneos para transfusão, garantir o uso adequado e seguro de sangue e ainda assegurar a segurança do dador e do doente. Para alcançar tal objetivo foi estabelecida a seguinte estratégia integrada para as autoridades de saúde de cada país implementarem, de forma a garantir a segurança e disponibilidade de sangue:

1. Criação de um serviço de transfusão de sangue coordenado a nível nacional que promova as reservas de sangue seguro, adequado e em tempo útil para as necessidades da população.

2. Colheita de sangue exclusivamente de dadores voluntários não remunerados de populações de baixo risco de adquirir infeções transmissíveis via sanguínea.

3. Análises a todas as unidades de sangue para despiste de doenças transmissíveis via sanguínea, análises de grupo sanguíneo e testes de compatibilidades.

4. Racionalização do uso de sangue de forma a diminuir as transfusões de sangue desnecessárias, através do uso clínico adequado do sangue e da administração segura de sangue e componentes sanguíneos.

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5. Implementação de um sistema da qualidade eficazes em todas as áreas, incluindo a gestão de qualidade, o desenvolvimento e implementação de padrões de qualidade, sistemas de documentação eficazes, formação de todo o pessoal e uma avaliação regular da qualidade.

2.1 Dádiva de Sangue Voluntária e Não Remunerada

Mundialmente existem três tipos de dadores: os dadores voluntários não remunerados, os dadores de reposição familiar e os dadores remunerados.

A dádiva de sangue voluntária e não remunerada é um princípio fundamental definido por diversas organizações nomeadamente a Organização Mundial de Saúde, a Federação Internacional da Cruz Vermelha e das Sociedades do Crescente Vermelho, o Concelho da Europa, a Sociedade Internacional de Transfusões de Sangue, a Federação Internacional de Organizações de Dadores e outras organizações internacionais e nacionais (WHO, 2010). Estas recomendam ainda que todas as dádivas de sangue devem ser voluntárias e não remuneradas e nenhum tipo de coerção pode ser feito para incentivar o dador a efetuar a sua dádiva.

Os dadores de reposição familiar são aqueles que dão sangue quando um familiar do doente ou a comunidade solicita a pedido do hospital (WHO, 2010). Em determinadas situações é uma obrigação do doente que necessita de uma transfusão providenciar um determinado número de dadores na admissão das urgências hospitalares ou antes da intervenção cirúrgica. Apesar de não ser uma dádiva remunerada pode existir um sistema de pagamento encoberto por parte dos familiares dos doentes através de dinheiro ou outras formas de pagamento. As taxas de prevalência de infeções transmitidas via sanguínea são mais elevadas entre este grupo de dadores em relação aos dadores voluntários e não remunerados (WHO, 2010).

Os dadores remunerados dão sangue em troca de dinheiro ou outros benefícios que satisfaçam as suas necessidades (WHO, 2010). Habitualmente são dadores regulares e eventualmente podem ter um contrato com o banco de sangue para fornecer sangue por um valor acordado. Este tipo de dadores pode vender sangue para outros bancos ou abordar as famílias dos doentes para vender o seu sangue apresentando-se como dadores de reposição familiar (WHO, 2010).

Segundo a WHO (2012) os dadores de sangue voluntários, não remunerados e regulares são o grupo mais seguro de dadores, com menor prevalência de infeções transmitidas via sanguínea. Segundo a WHO (2015) verifica-se uma tendência deste grupo de dadores a aumentar. Dados de 2004 a 2012 evidenciam um aumento de 8,6 milhões de dadores de sangue voluntários e não remunerados, em 162 países (WHO, 2015). Em 73 países mais de 90% dos dadores eram voluntários não remunerados. Deste 73 países, 60 países obtiveram 100% de dádivas voluntárias e não remuneradas. Relativamente às dádivas familiares e dádivas remuneradas verificou-se que em 72 países realizaram-se mais de 50% de dádivas deste tipo (WHO, 2015). Em 2012, foram reportados um total de 1 500 000 dádivas remuneradas em 25 países.

Estudos da Organização Mundial de Saúde ( WHO, Universal access to safe blood transfusion, 2008; (Pan American Health Organization; WHO Regional Office for the Americas, 2008)), demonstram que os dadores de sangue regulares, voluntários, e não remunerados são o grupo com a menor prevalência de marcadores de infeções de transmissão por via sanguínea, quando comparado com outros tipos de dadores.

A dádiva de sangue e produtos sanguíneos seguros deve ser baseada em princípios de respeito pelo indivíduo e pela sua vontade, de proteção dos direitos do individuo e seu bem-estar e pelo princípio da não maleficência.

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Os dadores voluntários e não remunerados realizam a sua dádiva motivados pelo altruísmo, pelo desejo de ajudar os outros e pelo senso de dever moral ou responsabilidade social (Nguyen et al., 2008; WHO, 2010). Estes não têm motivos para ocultar informações do seu estilo de vida ou estado de saúde que impeçam a dádiva de sangue e ainda não são pressionados pelos hospitais, familiares ou pela comunidade para realizarem a dádiva de sangue WHO (2010). A única recompensa que recebem é a satisfação pessoal, autoestima e orgulho. Estes sentimentos promovem a sensação de compromisso e pertença social que é reconhecido e valorizado pela comunidade WHO (2010).

Este grupo de dadores beneficia também da educação para a saúde e promoção de estilos de vida saudáveis, de exames regulares de saúde e referenciação para outros serviços de saúde se necessário WHO (2010).

Os dadores voluntários são efetivos promotores da dádiva de sangue, do recrutamento de novos dadores, promoção da saúde e de estilos de vida saudáveis (Martín-Santana & Beerli-Palacio (2012), WHO, 2010). Um estudo realizado por Sojka & Sojka (2008) demonstra que a influência ativa dos dadores de sangue é uma das estratégias mais eficaz de recrutamento de novos dadores. Mesmo os dadores que não se encontram legíveis para a dádiva de sangue dão o seu contributo na promoção da dádiva voluntária a nível familiar, laboral e na comunidade (Martín-Santana & Beerli-Palacio, 2012; WHO, 2010).

2.2 Considerações Éticas e Legais da Dádiva de Sangue

As autoridades nacionais e os serviços de sangue devem garantir que os princípios fundamentais e éticos da dádiva de sangue e da seleção de dadores são cumpridos WHO (2012). Estes princípios são:

A proteção da saúde e segurança do dador de sangue e garantir a confidencialidade, privacidade, autodeterminação e a não descriminação.

A proteção da saúde dos recetores de sangue e produtos sanguíneos e garantir a segurança, a qualidade e a disponibilidade de sangue e seus derivados.

A nível ético e legal os serviços de sangue têm a obrigação de providenciar um ambiente seguro e agradável para os dadores de sangue, tratar os dadores de sangue com respeito e obter o consentimento informado dos dadores antes da dádiva. Aos serviços de sangue cabe ainda o dever de assegurar a confidencialidade de toda a informação pessoal disponibilizada pelos dadores e a obrigação de notificar os dadores de resultados analíticos positivos de infeções e o respetivo acompanhamento e encaminhamento para os respetivos serviços de saúde (WHO et al., 2014).

Aos dadores de sangue é-lhes conferido também os seguintes direitos e deveres (WHO, 2012; WHO et al., 2014):

O direito a informação clara e adequada (o propósito da seleção de dadores, as consequências de não informar os serviços de sangue sobre informações relevantes para a dádiva).

A responsabilidade de providenciar toda a informação relevante sobre exposição a qualquer risco de infeção ou estado de saúde conhecido ou tratamento que possa influenciar a aceitabilidade para a dádiva de sangue.

A responsabilidade de se auto proteger da dádiva de sangue caso saibam que não estão aptos para a dádiva de sangue. O dador não deve usar a dádiva de sangue como meio de avaliação do seu estado de saúde ou despiste de doenças infeciosas.

O direito de desistir em qualquer fase do processo de dádiva.

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A responsabilidade de informar os serviços de sangue se após dádiva surgir alguma dúvida da sua elegibilidade como dador ou se surgir alguma alteração do estado de saúde nos 28 dias após dádiva.

Segundo a WHO (2012), aos doentes é conferido o direito de serem protegidos de qualquer efeito adverso da transfusão.

2.3 Os Serviços de Sangue

As autoridades nacionais e os serviços de sangue, segundo a WHO (2012), têm a responsabilidade de assegurar um processo rigoroso para avaliar a elegibilidade dos potenciais dadores de sangue de forma a garantir a segurança e eficiência do fornecimento de sangue, proteger a saúde dos recetores de transfusão de sangue e produtos sanguíneos e proteger os próprios dadores. A segurança e a disponibilidade de sangue e produtos sanguíneos exigem o recrutamento e seleção de dadores de sangue voluntários e não remunerados, a qualidade assegurada pelos testes laboratoriais de todos os dadores e o uso racional do sangue WHO (2012).

Segundo o Plano Estratégico Global da Organização Mundial de Saúde 2008-2015 intitulado “Universal Access to Safe Blood Transfusion” (WHO, 2007), os serviços de sangue devem prestar cuidados de elevada qualidade na seleção e aconselhamento de dadores, colheita de sangue e cuidados ao dador, com evidência nas melhores práticas e conhecimentos científicos.

A gestão e prestação de cuidados aos dadores de sangue com elevados padrões de qualidade dos cuidados e a preocupação com a saúde e bem-estar dos seus dadores foi também descrita por Ringwald et al. (2010), por Bravo et al. (2011) e pela British Association for Conselling and Psychotherapy (2010) como uma das principais preocupações dos serviços de sangue.

Segundo a WHO et al. (2014) a gestão e o aconselhamento dos dadores de sangue é uma parte essencial do processo de dádiva de sangue. Uma vez que a experiência positiva da dádiva foi considerada como um dos fatores comportamentais determinantes no retorno dos dadores de sangue (Germain et al., 2007; Martín-Santana & Beerli-Palacio, 2012; Nguyen et al., 2008; Vavic et al., 2012; Wilkinson et al., 2011).

A promoção da dádiva de sangue e um recrutamento de dadores de sucesso, segundo Hogan et al. (2007), são dois desafios importantes de marketing para os serviços de sangue.

Segundo Grant (2010) os serviços de sangue podem melhorar a gestão de sangue, optimizar os recursos e melhorar a comunicação com os dadores e as instituições a quem prestam serviços ao incorporar uma filosofia de marketing, através do uso de ferramentas para prever o afluência de dadores, estimar as necessidades de sangue, manter e recrutar dadores, garantir a disponibilidade do produto, ter informações sobre os dadores e gerir relacionamentos da necessidade e do fornecimento de sangue. Este autor defende ainda que os serviços de sangue podem convencer os não dadores a realizarem a dádiva de sangue e aumentar a fidelização e o relacionamento com os dadores, ao assegurar que ocorra marketing interno realizado pelos funcionários nos seus contatos diretos com as partes interessadas.

Martín-Santana & Beerli-Palacio (2012) realçam também a importância da gestão de dadores de sangue, nomeadamente na manutenção de dadores regulares. No estudo desenvolvido por estas autoras, para desenhar e validar um modelo que explique a intenção do dador voltar a dar sangue, assim como a sua predesposição para motivar familia e amigos para a a dádiva de sangue, demonstrou-se que: a qualidade percebida no processo da dádiva de sangue (conforto, privacidade, limpeza do local da dádiva de sangue, acesso fácil e horários do local de dádiva, tempo de espera

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adequados, lanche adequado e a informação sobre os resultados analíticos) tem uma influência positiva na satisfação e na intenção de realizar a dádiva de sangue no futuro; existe uma correlação positiva entre a intenção para voltar a realizar a dádiva de sangue e a satisfação do dador, mas uma correlação negativa entre a presença de inibidores internos (medo de agulhas e da transmissão de infecções via sanguínea, observação do sangue desagradável, medo de reações adversas à dádiva) e externos (o esforço de dar sangue, horários inconvenientes para a dádiva de sangue, falta de tempo); e por último a recomendação para a familia e amigos realizarem a dádiva de sangue depende da satisfação dos dadores e especialmente na intenção do dador voltar a dar sangue.

O Plano Estratégico Global da Organização Mundial de Saúde 2008-2015 (WHO, 2007), a WHO (2012) e a WHO et al. (2014) referem ainda a importância de uma equipa de trabalho em número suficiente, estável, bem treinada e motivada com oportunidades de progressão na carreira e o desenvolvimento profissional e contínuo de forma a permitir a segurança e a qualidade transfusional.

Segundo a WHO (2012) a seleção de dadores e prestação direta de cuidados é da responsabilidade de um médico e de um enfermeiro no local de colheita de sangue. Os profissionais responsáveis pela seleção e prestação direta de cuidados aos dadores devem ter conhecimentos sobre os princípios e bases para os critérios de seleção de dadores, ter conhecimentos técnicos e capacidades clínicas necessárias para a avaliação de risco e do estado de saúde. Segundo a WHO (2012), os conhecimentos, as capacidades e as competências chave são:

Conhecimentos dos critérios de seleção de dadores; Informação e aconselhamento pré-dádiva; Entrevista e avaliação baseada num questionário de dadores de sangue; Capacidades de explicação das perguntas do questionário de dadores, assegurando o

conhecimento e diminuição dos receios dos dadores. Avaliação básica de saúde, incluindo avaliação da hemoglobina. Aconselhamento dos dadores suspensos. Cuidados e aconselhamento pós-dádiva.

Todos os indivíduos envolvidos no recrutamento, seleção, prestação de cuidados aos dadores de sangue, desde os médicos, enfermeiros, técnicos de análises clinicas, promotores da dádiva, administrativos, assistentes operacionais e voluntários, devem ter formação adequada. O objetivo das formações é: assegurar que todos os profissionais e voluntários sejam capazes de compreender todo o processo da dádiva de sangue e a importância da confidencialidade; adquirir conhecimentos e capacidades técnicas relacionadas com o processo de dádiva de sangue; e por último seguir todos os procedimentos conforme o recomendado. A abordagem da formação na área da dádiva de sangue deve ser sistemática e participativa com ênfase nas boas capacidades de comunicação (WHO et al., 2014).

Segundo a WHO et al. (2014) os voluntários e os profissionais devem ter os conhecimentos e capacidades necessárias, especialmente na área da comunicação em saúde e aconselhamento de dadores para permitir que a experiência da dádiva de sangue seja um processo agradável e seguro. As capacidades de comunicação mais valorizadas são: o auto conhecimento, a empatia, as capacidades de relacionamento interpessoal, pensamento crítico e analítico e o não julgamento (WHO et al., 2014).

Vavic et al. (2012) realçam a importância da comunicação na melhoria da satisfação e no retorno do dador. Através de um relacionamento próximo com os dadores os profissionais são capazes de compreender o estado emocional do dador e desse modo ajudar na gestão da ansiedade. A compreensão do estado emocional do dador permite alcançar um estado de bem-estar e satisfação que influenciam positivamente a decisão de dar sangue novamente.

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Segundo Martín-Santana & Beerli-Palacio (2012) o envolvimento de todos os profissionais no processo da dádiva de sangue é fundamental para manter a satisfação e retorno dos dadores de sangue. Segundo estas autoras estes profissionais são os únicos que podem diretamente transmitir aos dadores a sua gratidão e o reconhecimento social de serem dadores de sangue. Na formação destes profissionais deve ser valorizado a comunicação, a capacidade de transmitir sentimentos de confiança e de segurança e devem ser implementados programas para aumentar a motivação e satisfação dos profissionais de forma a melhorar o atendimento ao dador.

A estes profissionais é-lhes exigido, para além da educação e informação ao dador, a capacidade de facilitar as consultas que envolva a discussão de notícias inesperadas (teste positivos para doenças infetocontagiosas), a capacidade de ouvir e responder às preocupações do dador e a capacidade de identificar, encaminhar e gerir de forma mais adequada todas as situações ou problemas identificados no processo da dádiva e aconselhamento (WHO, CDCP & IFRCRCS, 2014).

As infraestruturas e as instalações adequadas são fundamentais para a seleção de dadores e dádiva de sangue (WHO, 2012; WHO, CDCP & IFRCRCS, 2014). O local de seleção de dadores deve ser um espaço próprio, agradável e organizado de forma a proporcionar a privacidade e confidencialidade adequada, independentemente de a dádiva de sangue se realizar num local fixo ou móvel. A importância de um ambiente agradável é fundamental para ajudar os dadores a relaxar e a reduzir a ansiedade.

Segundo a WHO (2012) os locais de colheita de sangue devem estar equipados com equipamentos adequados, suficientes, disponíveis e em bom estado de conservação para permitir a seleção de dadores. Segundo Martín-Santana & Beerli-Palacio (2012),os locais para a dádiva de sangue devem ser de fácil acesso aos dadores, localizando-se por exemplo nas escolas, universidades, centros comerciais, locais de trabalho, entre outros. E o horário de atendimento dos locais de colheita de sangue deve ser alargado para além do horario normal.

A seleção de dadores e a prestação de cuidados entre outros aspetos técnicos dos serviços de sangue implicam a implementação de um sistema de qualidade (WHO, 2012; WHO, CDCP & IFRCRCS, 2014). Este deve incluir os seguintes elementos básicos:

Uma estrutura organizacional que defina a autoridade, a responsabilidade e canais de comunicação para todos os profissionais, onde inclua por escrito as especificações do posto de trabalho.

Uma política de qualidade documentada e diretrizes que asseguram uma abordagem estável de qualidade durante o acompanhamento e prestação de cuidados ao doador de sangue.

Critérios de seleção de dadores, de acordo com as orientações nacionais para os serviços de sangue, de forma a assegurar uma aplicação uniforme em todos os serviços de sangue.

Procedimentos operativos padronizados que guiem todos os processos, procedimentos e tarefas, de forma a assegurar a consistência, precisão e rastreabilidade e o apoio dos dadores. Estes devem incluir também a informação sobre os profissionais necessários, as instalações, as normas e os impressos. Todas as fases da seleção e prestação de cuidados aos dadores devem ter procedimentos operativos padronizados e os respetivos documentos, designadamente:

o Entrevista confidencial durante a seleção de dadores o Prestação de cuidados durante a dádiva de sangue o Convite para a próxima dádiva o Notificação e acompanhamento pós-dádiva o Encaminhamento para serviços de saúde

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o Processo de dádiva e os seus resultados o Monotorização e avaliação do processo da dádiva o Outros acompanhamentos necessários

Formação e avaliação de competência dos profissionais. Sistema de registos (informático ou em papel) que assegure a rastreabilidade e

confidencialidade, nomeadamente: o Registo de cada dádiva (identificação do dador, motivos de suspensão, reações

adversas, resultados analíticos); o Registo de dadores suspensos; o Confidencialidade dos registos de dadores através do uso número único e exclusivo de

dador e de dádivas e códigos para identificação de infeções. Sistema de controlo e de melhoria contínua do recrutamento de dadores, do questionário de

dadores, da prestação de cuidados e aconselhamento pré e pós dádiva, dos mecanismos de notificação e de referenciação e ainda do programa de auditoria interna.

Segundo a WHO (2012), neste sistema de qualidade, os instrumentos e equipamentos utilizados no processo de seleção de dadores e dádiva de sangue devem ter uma manutenção e calibração de acordo com os requisitos da qualidade. A segurança e saúde dos profissionais devem ser sempre asseguradas, principalmente na proteção contra lesões com material cortante e perfurante e no contato com outros resíduos. E de forma a garantir a melhoria contínua do sistema de qualidade é necessário o ensino e formação de todos os profissionais e a monotorização regular da qualidade.

Segundo Martín-Santana & Beerli-Palacio (2012), as diferentes componentes da qualidade é um fator a ser valorizado como influência posisitiva na satisfação do dador e no seu retorno.

A hemovigilância é um dos requisitos do sistema da qualidade e também um requisito legal da união europeia (European Union [EU], Optimal Blood Use Project, 2010). Segundo a WHO (2012), “a hemovigilância dos dadores de sangue é um processo contínuo de recolha de dados e análise dos eventos e das reações adversas dos dadores a fim de investigar as suas causas e resultados …”. A análise regular destes dados permite delinear possíveis medidas corretivas e preventivas. O objetivo da hemovigilância é diminuir o número de eventos e reações adversas e melhorar os resultados para os dadores e para os doentes (WHO, 2012).

Os dadores devem ser avisados que, caso sofram algum efeito adverso de saúde após dádiva (desmaio tardio), se recordarem de alguma doença ou informação que deveria ser mencionada antes da dádiva ou se ficarem doentes nos 28 dias a seguir à dádiva, devem informar o serviço de sangue onde efetuaram a dádiva (WHO, 2012). Assim como, caso ocorra algum efeito adverso à transfusão de sangue ou componentes sanguíneos no recetor, deve ser comunicado ao sistema de hemovigilância de forma a melhorar a seleção de dadores.

A hemovigilância contribui de diversas formas para melhora o sistema da qualidade, nomeadamente (WHO, 2012):

Melhorar a segurança do dador através da implementação de medidas preventivas e corretivas para evitar a ocorrência ou recorrência de eventos ou reações adversas dos dadores.

Rastreabilidade de dadores e retirada de dádivas que possam causar ou contribuir para reações adversa graves nos recetores de sangue ou produtos sanguíneos.

Melhorar a segurança do doente através de melhores critérios e processos de seleção de dadores.

Acompanhamento epidemiológico da população de dadores.

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2.4 Dádiva de Sangue em Portugal e as Implicações Legais

Em Portugal e no resto do mundo a generalização da transfusão de sangue ocorreu principalmente na última metade do século XX (Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP, [IPST, IP] 2014). A primeira estrutura orgânica responsável pela prática da Medicina Transfusional em Portugal surgiu em 1958, através do Decreto-Lei n.º 41 498 de 2 de janeiro, designada Instituto Nacional de Sangue (INS). Em 1976, a Secretaria de Estado da Saúde publicou o despacho de 7 de julho referente às linhas gerais de um Serviço Nacional de Sangue, nomeadamente no que diz respeito aos princípios orientadores fundamentais e o acesso universal à terapêutica de sangue, criando assim um esboço da futura Rede Nacional de Transfusão Sanguínea (RNTS) (IPST, IP, 2014).

O surgimento de novas doenças transmissíveis, como por exemplo a SIDA, nos anos 80, aliado à falta de sangue, demonstrou a ineficiência e a ausência de uma organização nacional clara e eficiente (IPST, IP, 2014). Nesta época, também se verificou um grande desenvolvimento da investigação na ciência médica e nos avanços tecnológicos nesta área que permitiram uma maior generalização e aperfeiçoamento da terapêutica transfusional. O desenvolvimento da estrutura de prestação de cuidados de saúde, a diferenciação e sofisticação das técnicas médicas e cirúrgicas realizadas originaram necessidades maiores de componentes sanguíneos e do aumento não planeado de diversos serviços de sangue (IPST, IP, 2014).

Com a necessidade de definir as regras a aplicar desde a colheita de sangue à administração terapêutica, devido à crescente complexidade do processo e às exigências científicas, técnicas e de segurança intrínsecas, surge o Decreto-Lei nº 294/90 de 21 de setembro que veio criar e definir as atribuições e competências específicas ao Instituto Português do Sangue (IPS), antecedido pela Lei n.º 25/89, de 2 de agosto (IPST, IP, 2014). O IPS integra a rede de serviços personalizados do Ministério da Saúde e é um organismo público, dotado de personalidade jurídica e autonomia técnica, administrativa e financeira. A criação do IPS e dos seus órgãos e serviços veio revolucionar o setor, uma vez que desenhou-se uma rede integrada de serviços, dotando cada serviço de recursos técnicos, humanos e materiais adequados às funções que lhe estavam ou viriam a estar destinadas (IPST, IP, 2014). Segundo o manual da qualidade do IPST, IP (2014), ao IPS cabe-lhe as competências normativas e de coordenação do setor; aos Centros Regionais de Sangue (CRS) são-lhes atribuídas as competências operacionais de colheita, processamento, distribuição e supervisão técnica regional; aos Serviços de Imunohemoterapia Hospitalares (SIH) cabe-lhes também a colheita e processamento e fundamentalmente encerrar o elo da cadeia transfusional através de uma prática global de qualidade da transfusão.

A Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST) - Entidade nacional que fiscaliza os serviços de sangue, a qualidade e segurança da dádiva, colheita, análise, processamento, armazenamento e distribuição do sangue humano e de componentes sanguíneos, bem como a dádiva, colheita, análise, manipulação, preservação, armazenamento e distribuição de órgãos, tecidos e células de origem humana, foi criada em 2007 pelo Decreto Regulamentar n.º 67/2007 de 29 de maio (IPST, IP, 2014).

Em 2007, com o Decreto-Lei nº 270/2007 de 26 de julho, foi também estabelecida uma nova orgânica para o IPS, I.P. tendo como missão: “regular, a nível nacional, a atividade da medicina transfusional e garantir a disponibilidade e a acessibilidade de componentes sanguíneos de qualidade, seguros e eficazes” (IPST, IP, 2014).

O Instituto Português do Sangue, IP, em 29 de dezembro de 2011, é restruturado pela Lei Orgânica do Ministério da Saúde com o Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro passando a designar-se Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I.P. (IPST, IP) e integrando as atribuições dos

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Centros de Histocompatibilidade do Norte, do Centro e do Sul. O Decreto-Lei n.º 39/2012 de 16 de fevereiro, veio aprovar a orgânica do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP(IPST, IP, 2014.

Em Portugal, a importância da transfusão de sangue como método terapêutico, levou à necessidade de criar uma rede nacional mobilizadora da dádiva de sangue na comunidade e orientadora dos diferentes intervenientes na transfusão (IPST, IP, 2014). Desta rede nacional mobilizadora da dádiva de sangue na comunidade fazem parte os três Centros de Sangue e da Transplantação do IPST, IP, as instituições hospitalares ligadas à dádiva de sangue, as associações de dadores de sangue e os próprios cidadãos que promovem e realizam a sua dádiva.

Em Portugal os locais para realizar a dádiva de sangue têm vindo a sofrer alterações ao longo dos anos. Inicialmente os serviços de sangue eram de uma base hospitalar, hoje em dia são uma base mista onde temos os três Centros de Sangue e da Transplantação do IPST, IP com as suas sedes e sessões móveis de colheita de sangue e os serviços de sangue hospitalares (Sousa, 2014).

O dador de sangue tem vindo a assumir uma importância crescente na sociedade, em 2012, de forma a reconhecer esta causa, foi aprovado o Estatuto do Dador de Sangue pela Lei nº 37/2012, de 27 de agosto, onde reconhece a importância do dador na sociedade ao definir os princípios gerais da dádiva de sangue, o conceito de dador de sangue e da dádiva de sangue, os direitos e deveres dos dadores, a ausência das atividades profissionais para a dádiva de sangue, a importância das associações de dadores e as visitas a doentes internados (Lei n.º 37/2012 de 27 de agosto, 2012).

Os princípios gerais definidos pela Lei nº 37/2012, de 27 de agosto, são dois: o primeiro refere o seguinte “Compete ao Estado assegurar a todos os cidadãos o acesso à utilização terapêutica do sangue, seus componentes e derivados, bem como garantir os meios necessários à sua correta obtenção, preparação, conservação, fracionamento, distribuição e utilização.”; o segundo princípio definido nesta lei consiste no seguinte, “É dever cívico de todo o cidadão saudável contribuir para a satisfação das necessidades de sangue da comunidade, nomeadamente através da dádiva.” (Lei n.º 37/2012 de 27 de agosto, 2012).

Segundo a Lei nº 37/2012, de 27 de agosto, o dador de sangue é definido como: ”(…) aquele que, depois de aceite clinicamente, doa benevolamente e de forma voluntária parte do seu sangue para fins terapêuticos.” Em Portugal a dádiva de sangue é um ato cívico, benévolo, altruísta, não remunerado e voluntário. É considerada uma dádiva regular se for realizada pelo menos duas vezes por ano (Lei n.º 37/2012 de 27 de agosto, 2012).

O reconhecimento público pela dádiva regular de sangue e as normas aplicáveis à atribuição do cartão nacional de dador de sangue foram estabelecidos com a Portaria nº 124-A/2013, de 27 de março. Nesta portaria é reforçada a importância da dádiva altruísta na disponibilidade de sangue e componentes sanguíneos para fins terapêuticos com a participação das organizações de dadores de sangue. Esta portaria realça, ainda, o valor que a dádiva representa para a comunidade e o mérito social dos dadores de sangue voluntários e não remunerados que regularmente e continuamente realizam a dádiva de sangue (Portaria n.º 124-A/2013 de 27 de março, 2013).

2.5 O Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP

O Instituto Português do Sangue e da Transplantação, Instituto Público (IPST, IP) é um organismo público com jurisdição sobre todo o território nacional na área da medicina transfusional e da transplantação (IPST, IP, 2014).

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A missão do IPST, IP é “(…) garantir e regular, a nível nacional, a atividade da medicina transfusional e da transplantação, garantir a dádiva, colheita, análise, processamento preservação, armazenamento e distribuição de sangue humano de componentes sanguíneos, de órgãos, tecidos e células de origem humana” (IPST, IP, 2014).

A visão do IPST, IP é a promoção da dádiva em toda a atividade da instituição, com o objetivo de colaborar para a melhoria da sobrevivência e qualidade de vida dos seres humanos, tendo por base as evidência das melhores práticas e conhecimentos científicos (IPST, IP, 2014).

Os valores do IPST, IP encontram-se relacionados com a sua atividade decorrente da dádiva de células, órgãos e tecidos, no suporte à vida humana na área do sangue e da transplantação. Os valores institucionais relacionados com o dador são: a felicidade e a solidariedade; os valores relacionados com o doente são: a segurança e a vida; e os valores relacionados com o IPST, IP são a excelência, onde se inclui a qualidade e segurança, e a inovação (IPST, IP, 2014).

Quanto às atribuições do IPST, IP estas são as seguintes (IPST, IP, 2014):

a) “Propor medidas de natureza política ou legislativa nas matérias relacionadas com as suas atribuições e participar na definição estratégica global de desenvolvimento da medicina transfusional e da transplantação;

b) Coordenar, a nível nacional, a colheita, análise, processamento e transfusão de sangue, bem como a colheita, análise, processamento e transplantação de órgãos, tecidos e células de origem humana;

c) Assegurar o funcionamento do Sistema Nacional de Hemovigilância e do Sistema Nacional de Biovigilância, em articulação com as entidades nacionais e internacionais competentes;

d) Promover e apoiar a investigação nos domínios da ciência e da tecnologia das áreas da medicina transfusional, transplantação e medicina regenerativa, em articulação com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP, e outras instituições nacionais e internacionais consideradas estratégicas para os objetivos propostos;

e) Promover a dádiva de sangue, células, tecidos e órgãos perseguindo a auto-suficiência nacional;

f) Instituir, manter um registo e acompanhar a atividade dos serviços de sangue, serviços manipuladores de tecidos e células, e colheita de órgãos;

g) Assegurar a representação internacional, no domínio das suas competências e atribuições específicas sem prejuízo das competências próprias do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em articulação com a Direção-Geral da Saúde, enquanto entidade responsável pela coordenação das relações internacionais do Ministério da Saúde;

h) Assegurar a realização dos estudos laboratoriais de doentes e dadores necessários à transplantação de órgãos, tecidos e células;

i) Manter e gerir o Banco Público de Células do Cordão Umbilical;

j) Manter e gerir a atividade do banco de tecidos multitecidular, compreendendo a colheita, análise, processamento, armazenamento, distribuição, importação e exportação, definindo as necessidades nacionais;

l) Garantir disponibilidade de sangue humano, de componentes sanguíneos, de órgãos, tecidos e células de origem humana, atendendo às necessidades nacionais;

m) Autorizar a importação e exportação de sangue humano, de componentes sanguíneos, de órgãos, tecidos e células de origem humana, em articulação com a Direção-Geral da Saúde em matéria de qualidade e segurança;

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n) Manter o Centro Nacional de Dadores de Células Estaminais de Medula Óssea de Sangue Periférico ou de Cordão Umbilical (CEDACE);

o) Manter e gerir um sistema de informação único e integrado para gestão da lista de espera de doentes candidatos a transplantação, seleção do par dador recetor em transplantação, banco de tecidos e rastreabilidade.”

A direção do IPST, IP é constituída por um Conselho Diretivo, composto por um Presidente e um Vogal. A nível orgânico o IPST, IP apresenta a seguinte estrutura (IPST, IP, 2014):

Serviços Centrais: o Departamento de Gestão de Recursos Humanos e Formação; o Departamento de Planeamento e Gestão Patrimonial e Financeira.

Coordenações Nacionais o Coordenação Técnica Nacional do Sangue e da Transplantação; o Coordenação Nacional da Transplantação; o Coordenação Nacional do Sangue e da Medicina Transfusional.

Gabinetes o Gabinete de Comunicação, Promoção da Dádiva e Voluntariado o Gabinete de Investigação, Inovação e Desenvolvimento o Gabinete de Tecnologias de Informação e Comunicações; o Gabinete de Gestão da Qualidade; o Gabinete Jurídico.

Serviços territorialmente desconcentrados: o Centro de Sangue e da Transplantação de Lisboa, cujo âmbito territorial corresponde ao nível

II da nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos (NUTS) de Lisboa e Vale do Tejo, do Alentejo e do Sul;

o Centro do Sangue e da Transplantação de Coimbra, cujo âmbito territorial corresponde ao nível II da nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos (NUTS) do Centro;

o Centro do Sangue e da Transplantação do Porto, cujo âmbito territorial corresponde ao nível II da nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos (NUTS) do Norte.

A estrutura orgânica do IPST é representada no organograma no Anexo 1.

Relativamente aos Centros de Sangue e Transplantação (CST) estes são serviços desconcentrados do IPST, IP e possuem as mesmas obrigações do IPST, IP ao nível da sua região geográfica de influência. Estes serviços dependem hierarquicamente do IPST, IP ao nível jurídico e financeiro. O organograma dos CST encontra-se no Anexo 2.

No âmbito da sua área territorial de intervenção, compete aos CST:

a) “Promover e sensibilizar os cidadãos para a dádiva de sangue, tecidos e células;

b) Participar a nível das comunidades locais na educação dos jovens sobre a dádiva de sangue, tecidos e células;

c) Promover e apoiar localmente a atividade de voluntariado, nomeadamente através das organizações de dadores de sangue;

d) Definir, propor e implementar a estratégia mais eficaz para a colheita de sangue, tecidos e células;

e) Proceder à colheita, separação em componentes, estudo laboratorial, conservação, distribuição do sangue e componentes sanguíneos;

f) Proceder ao controlo de qualidade dos produtos utilizados e dos produtos finais;

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g) Assegurar a recolha e tratamento da informação regional relativa ao processo transfusional e o funcionamento do sistema de hemovigilância;

h) Garantir o estudo laboratorial de dadores e dos doentes candidatos à transplantação de órgãos, tecidos e células;

i) Assegurar a manutenção das condições necessárias para a escolha do par dador recetor em transplantação renal;

l) Acompanhar a transplantação de órgãos, tecidos e células.”

Ao CST de Lisboa compete ainda:

a) Gerir o Centro Nacional de Dadores de Células Estaminais de Medula Óssea de Sangue Periférico ou de Cordão Umbilical (CEDACE);

b) Gerir o Banco de Tecidos, no que diz respeito ao processamento, estudo laboratorial, armazenamento e distribuição de tecidos de origem humana para utilização em transplantação.”

Ao CST do Porto compete ainda gerir o Banco Público de Células do Cordão Umbilical nomeadamente o processamento, estudo laboratorial, armazenamento e distribuição.

Os Centros de Sangue e Transplantação na área do sangue têm atribuído as seguintes atividades: a promoção da dádiva, a educação para a dádiva, a colheita de sangue, área laboratorial, armazenamento e distribuição de componentes, formação, articulação hospitalar e hemovigilância (IPST,IP, 2015).

No Anexo 3 encontra-se o organograma dos CST na área do sangue, dirigido por uma direção técnica e encontra-se dividido no processo de colheita e no processo de produção.

Em termos de organização os CST dividem-se em vários sectores, de acordo com os conteúdos e áreas de atuação. No processo de colheita, inclui-se a promoção da dádiva e as colheitas onde se planeia, programa e executa a atividade de colheita de sangue e componentes sanguíneos.

No que diz respeito à promoção da dádiva os CST, na área do sangue, desenvolvem diversas ações no sentido de promover a angariação de novos dadores e a sua fidelização. A sua ação conta com a articulação com diversas instituições, nomeadamente: escolas básicas, secundárias, de estabelecimentos de ensino superior, associações de dadores, grupos e federações, autarquias, associações de estudantes entre outros (IPST,IP, 2015).

As colheitas de sangue podem ser realizadas em três tipos de locais de colheita: locais fixos, locais móveis e locais móveis em veículos (DOMAIN, 2010). Nos locais fixos o material para as sessões de colheita está permanentemente presente. Os locais móveis caraterizam-se por serem locais onde o material de colheita de sangue para as sessões de colheita tem de ser transportado para cada local em cada sessão. Os locais móveis em veículos caraterizam-se por serem veículos adaptados para as sessões de colheita, onde todo o material necessário se encontra disponível e o dador realiza a dádiva dentro do veículo.

Nos CST, o local fixo designa-se Posto Fixo e encontra-se sediado nos próprios edifícios dos Centros de Sangue e Transplantação, com um horário de funcionamento de segunda a sábado. Neste local é realizada a colheita de sangue total e de componentes sanguíneos por aférese. Os locais móveis designam-se Brigadas Móveis e realizam-se se de segunda a domingo. Nestes locais realiza-se apenas a colheita de sangue total. Os locais móveis em veículos dos CST são designados Postos Móveis e funcionam de segunda a domingo conforme o agendamento de sessões de colheita. A maior parte das sessões de colheita realizam-se nas Brigadas Móveis.

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As sessões móveis de colheita podem ser realizadas em diversos locais, designadamente, centros comerciais, parques empresariais, universidades, escolas, centros paroquiais. Contudo é necessário que reúnam algumas condições mínimas (DOMAIN, 2010):

Capacidade para receber um determinado número de dadores; Boa acessibilidade para os dadores e para as equipas; Condições de transporte de material e equipamentos de e para o local de colheita e serviço de

sangue; Padrões aceitáveis de condições sanitárias e de segurança.

Para os Postos Móveis existem critérios adicionais a serem considerados, nomeadamente, estradas apropriadas, local de parqueamento adequado e casas de banho nas imediações.

Segundo o Manual da qualidade do IPST, IP (IPST, IP, 2013a), ao nível da gestão da qualidade, a instituição tem implementado um sistema de gestão da qualidade com o objetivo da melhoria contínua na gestão de recursos, produtos e serviços prestados. Este sistema tem em conta o seguinte:

Os princípios da NP EN ISO 9000:2005: focalização no cliente, liderança, envolvimento das pessoas, abordagem por processos, abordagem da gestão como um sistema, melhoria contínua, abordagem à tomada de decisões baseada em factos e relações mutuamente benéficas com fornecedores:

Os requisitos NP EN ISO 9001:2008/Cor 1:2009, no âmbito do Sangue e da Transplantação; Os requisitos do Decreto-Lei n.º 267/2007 de 24 de julho, referente ao regime jurídico da

qualidade e segurança do sangue humana e dos componentes sanguíneos, respetivas exigências técnicas, requisitos de rastreabilidade e notificação de reações e incidentes adversos graves e às normas e especificações relativas ao sistema de qualidade dos serviços de sangue;

Os requisitos da Lei n.º 12/2009, de 26 de março, a qual estabelece o regime jurídico da qualidade e segurança relativa à dádiva, colheita, análise, processamento, preservação, armazenamento, distribuição e aplicação de tecidos e células de origem humana;

Os requisitos do Despacho do Ministério da Saúde n.º 22/95, de 4 de agosto, publicado no D.R. n.º 208, II Série, de 8 de setembro de 1995 o qual cria o Centro Nacional de Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE).

Desta forma a instituição encontra-se estruturada na abordagem por processos, nomeadamente, processo de gestão, melhoria, conceção e desenvolvimento, realização e suporte. A abordagem por processos neste contexto caracteriza-se pela gestão dos requisitos de qualidade com a finalidade de manter a satisfação dos clientes finais os dadores e os doentes (IPST, IP, 2014). No Anexo 4 podemos observar a representação esquemática da interligação de processos no sistema de gestão da qualidade na abordagem NP EN ISO 9001:2008/Cor 1:2009 do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP.

Segundo o manual da qualidade do IPST, IP o processo de gestão é constituído por metodologias associadas ao planeamento, verificação e tomada de ações ao nível do concelho diretivo, e ainda a revisão do sistema de gestão da qualidade, com o objetivo da melhoria contínua de forma a assegurar a manutenção da satisfação dos clientes (IPST, IP, 2014).

O processo de melhoria é “(…) composto por metodologias responsáveis pela medição, monitorização e análise de processos e/ou procedimentos com tomada de ações que garantam o objetivo planeado” (IPST,IP, 2014).

Os processos de realização “(…) são os responsáveis pela produção de produtos ou serviços a fornecer aos clientes do IPST” (IPST,IP, 2014).

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As metodologias de suporte “(…) reúnem as metodologias relativas à gestão de procedimentos documentados e registos, infraestrutura e ambiente de trabalho, compras, gestão de EMM, gestão de TIC. Suportam a gestão, melhoria e comunicação com o cliente, sendo transversais aos processos “(IPST, IP, 2014).

A nível organizacional, o processo de realização na instituição, na área do sangue, encontra-se dividido em seis áreas funcionais, a área de programação e colheita de sangue, a de separação e preparação de componentes, a área laboratorial, a área de armazém e distribuição dos produtos, área administrativa e a área social.

O manual da qualidade do IPST, IP encontra-se organizado com os seguintes tópicos, o campo de aplicação do sistema de gestão da qualidade e a descrição da interação entre os processos do sistema de gestão da qualidade.

Os clientes do IPST, IP, têm um papel fundamental na organização, uma vez que a atuação do IPST,IP tem por base a satisfação das necessidades dos seus clientes internos, na consciencialização do impato do seu trabalho na atuação da instituição e reconhecimento do seu desempenho organizacional, e dos seus clientes externos, através do esforço desenvolvido da identificação e resposta às necessidades e expectativas (IPST, IP, 2013b).

Os principais clientes do IPST, IP são (IPST, IP, 2013b):

Clientes internos: o Colaboradores e Profissionais

Clientes externos: o Dadores de sangue, tecidos e células o Gabinetes Ministeriais (Gabinete da Tutela, do Estado e das Finanças); o Entidades sem Fins Lucrativos Promotoras da Dádiva; o Fornecedores; o Entidades do Serviço Nacional de Saúde (Hospitais; Centros Hospitalares; entre

outros); o Entidades Privadas com Ação na Área do Sangue e Medicina Transfusional; o Outras Entidades da Administração Direta/Indireta do Ministério da Saúde; o Outras Entidades Administrativas o Entidades Internacionais; o PALOP e CPLP; o Instituições de Ensino; o Órgãos de Comunicação Social; o Sociedade Civil.

Estes clientes influenciam de forma distinta a instituição conforme os diferentes papéis para com o IPST,IP (IPST, IP, 2013b). Na figura 2.2, encontra-se a matriz de poder/interesse dos principais clientes do IPST, IP.

Conforme visível na figura 2.2 os dadores de sangue, tecidos e células que realizam a sua dádiva de forma benévola, altruísta, não remunerada e voluntária representam os principais clientes do IPST, IP. Segundo o IPST, IP (2013b) estes clientes são fundamentais para o funcionamento da instituição, uma vez que através das suas dádivas permitem assegurar a disponibilidade de sangue, tecidos e células de origem humana e contribuir para a sustentabilidade da prestação de cuidados de saúde a nível nacional.

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Figura 2.2: Matriz de poder/interesse dos principais clientes do IPST, IP.

O segundo grupo de clientes de maior relevância são o conjunto de colaboradores/profissionais do IPST, IP. Segundo o IPST, IP (2013b) “(…) a experiência, saber, esforço, motivação e qualificação (…)” destes clientes é que é viável assegurar a colheita, análise, processamento, preservação, armazenamento e distribuição de componentes de origem humana com os critérios de segurança e qualidade mais rigorosos.

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3. ERGONOMIA

A Ergonomia tem vindo a ser definida ao longo dos anos por vários autores. A International Ergonomics Association (IEA) (2000), de forma a uniformizar e globalizar o conceito de Ergonomia, em 2000, apresentou a seguinte definição (texto original):

“Ergonomics (or human fators) is the scientific discipline concerned with the understanding of interactions among humans and other elements of a system, and the profession that applies theory, principles, data and methods to design in order to optimize human well-being and overall system performance.”

A ergonomia é uma disciplina com uma abordagem de sistemas e direcionada para toda a atividade humana. Esta apresenta uma abordagem holística uma vez que considera todos os fatores físicos, cognitivos, sociais, organizacionais, ambientais e outros considerados relevantes (IEA, 2000).

Segundo Dul & Neumann (2009) a definição de ergonomia apresentada pela IEA apresenta algumas considerações importantes. A ergonomia possui dois objetivos principais, o objetivo social relacionado com o bem-estar e o objetivo económico relacionado com a performance total do sistema. A ergonomia considera os aspetos físicos e psicológicos dos fatores humanos. E por último a ergonomia procura a soluções a nível tecnológico e organizacional.

Segundo a IEA (2000) a ergonomia apresenta três domínios especializados de aplicação, a ergonomia física, a ergonomia cognitiva e a ergonomia organizacional. Estes domínios não são reciprocamente exclusivos e estão em constante evolução.

A ergonomia física diz respeito às características, anatómicas, antropométricas, fisiológicas e biomecânicas do ser humano e como estas se relacionam com a atividade física. Neste domínio desenvolve-se a matérias relacionadas com as posturas de trabalho, tarefas de elevação, movimentos repetitivos, lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho, disposição do espaço de trabalho, saúde e segurança.

O domínio cognitivo diz respeito aos processos mentais (perceção, memória, raciocínio, resposta motora) uma vez que estes influenciam as interações entre humanos e outros elementos do sistema. Neste domínio desenvolve-se temas relacionados com carga de trabalho mental, tomada de decisão, desempenho de capacidades, interações dos humanos com o computador, reabilitação humana, stresse e formação no trabalho.

A ergonomia organizacional envolve a otimização dos sistemas sociotécnicos, compreendendo as estruturas organizacionais, políticas e os processos. Neste domínio os temas abordados são a comunicação, gestão de recursos humanos, desenho do trabalho, desenho dos tempos de trabalho, trabalho de equipa, desenho participativo, ergonomia comunitária, trabalho cooperativo, novos paradigmas de trabalho, organizações virtuais, teletrabalho e gestão da qualidade.

Como ciência, a ergonomia, segundo Hendrik (2008), preocupa-se com a produção de conhecimento sobre as capacidades humanas, as limitações e outras características relacionadas com o desenho do interface entre os seres humanos e os outros componentes do sistema. No contexto prático os ergonomistas, aplicam a ergonomia no desenho e nas modificações dos sistemas de com o objetivo de melhorar a saúde, a segurança, o conforto, o desempenho, incluindo a produtividade e a qualidade e a diminuição do erro humano devido ao desenho.

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Segundo Wilson (2000), o facto de o ergonomista trabalhar num mundo financeiro, tecnológico, judicial, organizacional, social, político e laboral onde existe constantes interações entre sistemas e sendo a ergonomia uma disciplina com uma abordagem holística, levou o autor a completar a definição de ergonomia:

“…ergonomics is defined as a discipline in its own right, as the theoretical and fundamental understanding of human behaviour and performance in purposeful interacting socio-technical systems, and the application of that understanding to design of interactions in the context of real settings.”

Segundo Loureiro (2012) Wilson apresenta uma definição de ergonomia mais completa onde é introduzida a importância de contextualizar as situações reais de trabalho, e destaca o facto de a pessoa ser colocada num sistema onde podem ocorrer diversas interações.

A ergonomia, segundo Parsons (2000), é a aplicação do conhecimento das características humanas no desenho dos sistemas. Este autor também incluiu na sua definição o termo “sistemas” reconhecendo deste modo a sua importância.

A importância da ergonomia, segundo Dul & Neumann (2009) vai para além da saúde e segurança, ela tem um papel fundamental na estratégia da organização. A ergonomia quando integrada nos objetivos estratégicos das organizações contribui para manter a competitividade estratégica, a segurança e saúde dos trabalhadores e melhorar o desempenho dos sistemas. De forma a atingir esses objetivos os autores defendem três áreas: a área estratégica de atividade do negócio, a área de estratégias de atividades cruzadas e a área corporativa. A área estratégica de atividade do negócio diz respeito ao envolvimento dos gestores intermédios dos departamentos da organização e trabalhadores. A área de estratégias de atividades cruzadas envolve duas ou mais áreas de atividade de negócios. A área corporativa diz respeito ao envolvimento da gestão de topo da organização, assim como os intervenientes externos e internos (acionistas) (Dul & Neumann, 2009).

Esta nova visão da ergonomia, para muitos ergonomistas da investigação, educação e da prática, acarreta uma mudança de paradigma. A passagem de uma de uma abordagem primária de saúde para uma abordagem orientada para o negócio, mas com o objetivo final de promover a segurança e a saúde (Dul & Neumann, 2009; Zink, 2006).

Segundo Dul et al. (2012) a ergonomia tem um grande potencial para contribuir para o desenho de todo o tipo de sistemas envolvendo pessoas, desde o sistema de trabalho ao sistema de produtos/serviços. Uma vez que as suas características fundamentais são: a abordagem de sistemas, o desenho dirigido e o foco no desempenho e bem-estar humano.

Segundo Dul et al. (2012), a ergonomia necessita de demonstrar o seu valor de uma forma mais eficaz às partes interessadas do desenho do sistema. Apesar de a ergonomia já ter uma forte posição marcada ao nível do bem-estar e interatividade com o grupo dos atores do sistema (funcionários e utilizadores do produto/serviço), necessita de aumentar a aceitação da ergonomia de elevada qualidade entre o grupo de decisores e peritos (os peritos do campo tecnológico e das ciências sociais, envolvidos no sistema; os gestores e outros decisores, envolvidos no desenho do sistema, nas aquisições, na implementação e na utilização), uma vez que estes têm um forte poder de influenciar o desenho do sistema, através da comunicação com os decisores, da construção de parcerias e formação e informação com os decisores.

A segunda direção estratégia passa por reforçar a utilização da ergonomia de alta qualidade através da promoção da formação de especialistas em ergonomia, através da aplicação de elevados padrões de qualidade de aplicações ergonómicas e ergonomistas especialistas, e através da promoção de investigação de excelência em universidades e outras organizações (Dul et al., 2012).

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Esta estratégia, segundo Dul et al. (2012), necessita de envolver em larga escala toda a comunidade ergonómica desde a Associação Internacional de Ergonomia, as sociedades nacionais e regionais de ergonomia até aos especialistas de ergonomia.

Os novos desafios da ergonomia encontram-se relacionados com três aspetos: o avanço constante e contínuo da tecnologia (Cacciabue, 2008; Dul et al., 2012; Norros L., 2014), a variedade dos domínios da aplicação e a diversidade de utilizadores (Cacciabue, 2008; Dul et al., 2012).

O desenvolvimento da tecnologia trouxe várias questões relacionadas com os seguintes aspetos: o manuseamento e exploração adequada da informação de aparelhos cada vez mais pequenos e com maior capacidade de armazenamento de informação; a compreensão de qual a melhor forma de explorar os simuladores no momento em que os operadores estão expostos a ambientes virtuais avançados; o desenvolvimento de interfaces mais “amigos e realistas do utilizador”; e por último a tendência do desenvolvimento de sistemas cada vez mais automatizados (Cacciabue, 2008).

Segundo Cacciabue (2008) a variedade dos domínios da aplicação ocorre no mundo moderno onde temos utilizadores diferenciados com formação específica e altamente treinados e ao mesmo tempo temos uma grande panóplia de utilizadores comuns sem formação específica (público em geral). O grande desafio da ergonomia encontra-se em assegurar que as potencialidades desta variedade de sistemas e o seu poder de controlo sejam adequadamente utilizados e explorada pelos seus diversos e vastos utilizadores.

Cacciabue (2008) expõe que existem determinados domínios que requerem determinada atenção no uso adequado e na exploração dos sistemas disponibilizados pela tecnologia a automação, nomeadamente, a medicina, a economia e a gestão financeira. O desafio da ergonomia consiste em enquadrar as ferramentas com utilizadores não especialistas, e ao mesmo tempo garantir que estas permitam realizar tarefas especializadas, delicadas e complexas. No campo da medicina destaca-se outro desafio, o desenvolvimento da normalização adequada em termos de interface e de integração

No que diz respeito aos utilizadores o desafio encontra-se em analisar o tipo e multiplicidade de utilizadores destacados pela variedade de domínios da aplicação.

Cacciabue (2008) destaca o desafio da adaptação da tecnologia e de determinados fatores, nomeadamente, motivação, emoção e sentimentos de associação com a tecnologia. Ou seja o envolvimento da sociedade torna-se um fator preponderante para responder a estes novos desafios da ergonomia, assim como a diversidade de domínios da ergonomia (Dul et al., 2012)

Segundo Dul et al. (2012) a vida das pessoas tornou-se cada vez mais dependente das novas tecnologias. As novas tecnologias e o aumento das suas capacidades, em alguns casos para além das capacidades humanas, podem influenciar a relação das pessoas com a tecnologia (Dul et al., 2012). Verifica-se também que os sistemas de trabalho, desde a produção à prestação de serviços, encontram-se, por sua vez, cada vez mais, mecanizados e automatizados (Schlick, 2009). Segundo Cacciabue (2008) a tecnologia e a ergonomia têm uma existência simbiótica.

A tecnologia também se tornou importante na comunicação e partilha de informações entre redes organizacionais, nomeadamente entre organizações de saúde, onde a troca de informações de saúde, permite que diferentes organizações de saúde compartilhem informações sobre pacientes (Dul et al., 2012).

Norros (2014) e Norros & Savioja (2007) também são da opinião que o rápido desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação veio alterar a forma como as pessoas interagem com o seu meio ambiente (vida laboral e quotidiana) e consequentemente, alteraram a forma como os sistemas atuam. Segundo Norros (2014) estas mudanças levam ao aumento da complexidade dos sistemas,

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induzem mudanças dinâmicas e sobrecarregam os sistemas com fenómenos inesperados. Uma das principais implicações para a ergonomia foi o progressivo envolvimento do utilizador no desenho (Norros, 2014; Norros & Savioja, 2007)

Young et al (2012) refere que a ergonomia é uma das ciências que mais trabalha para o envolvimento do público e que mais dele beneficia. A influência da ergonomia, como ciência aplicada e multidisciplinar, tem influência no público em geral em diversos níveis: como consumidores, como trabalhadores e como viajantes.

No estudo sobre a perceção da ergonomia realizado por Young et al (2012) os entrevistados foram questionados sobre o seu conhecimento sobre ergonomia, interesses em ergonomia e a sua opinião sobre o desenho ergonómico. Os resultados demostraram que a maioria dos entrevistados relacionou a ergonomia com conforto e usabilidade. Segundo vários autores a participação de grupos de não especialistas na ciência abre campo para novas investigações (Martin et al., 2006; Young, 2012).

Com os avanços da tecnologia e automação a atenção que tem vindo a ser dada às novas funções dos operadores/utilizadores e à necessidade de explicar as novas exigências do trabalho e os comportamentos relacionados com desenho dos sistemas e a sua avaliação. Nas metodologias relacionadas com o design o utilizador deve ser colocado no centro do processo no que diz respeito à usabilidade, eficiência e eficácia (Cacciabue, 2008).

O estudo realizado por Martin et al. (2006) vem realçar a importância dos diversos tipos de utilizadores da área da saúde no desenho da ergonomia. Os utilizadores, nomeadamente, o doente/cliente, a família e os profissionais de saúde assumem um papel vital na conceção e desenvolvimento de equipamentos médicos, uma vez que melhora a segurança do doente, a eficácia do dispositivo médico e diminui as devoluções e modificações dos equipamentos.

Segundo Loureiro (2012) as organizações devem ser estudadas como um sistema, onde diferentes níveis da organização podem ser identificados. O reconhecimento do contributo do público nos sistemas tornou-se um desafio. Tal facto realça o interesse de compreender a sua importância e o papel da nova dimensão, o público.

As aplicações da ergonomia ao longo dos tempos foram evoluindo à medida que sugiram novos problemas humanos e novos conhecimentos e progressos científicos em ergonomia. Segundo um estudo de 25 sociedades da IEA, as principais áreas emergente de aplicação da ergonomia são: as metodologias para alteração do desenho e organização do trabalho; as doenças músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho; os testes de usabilidade de bens eletrónicos de consumo; software para interface homem-computador; desenho organizacional e organização psicossocial do trabalho (Helander, 1997). Segundo Helander (1997), a biomecânica mantem-se importante, contudo o destaque vai para a ergonomia cognitiva e macroergonomia.

Segundo Carayon & Smith (2000) conceito de organização do trabalho é o foco da ergonomia uma vez que o objetivo da ergonomia é melhorar o desempenho, a saúde e a segurança.

A organização do trabalho, segundo Carayon & Smith (2000), é definida pela forma como o “trabalho é estruturado, distribuído, processado e supervisionado”. Os fatores que a influenciam são: tipos de gestão, tipo de produto ou serviço, características dos trabalhadores, nível e tipo de tecnologia e condições do mercado. O impacto que a organização do trabalho tem nas pessoas pode ser físico ou psicológico. O fator físico está relacionado com os típicos fatores de risco ergonómico, por exemplo, espaço de trabalho mal concebido, repetitividade e posturas incorretas. Os fatores psicológicos são o stresse e tensão que o ambiente de trabalho pode provocar nos trabalhadores e nos gestores.

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Uma das características fundamentais da ergonomia, de acordo com Dul et al. (2012), é a sua abordagem por sistemas. Segundo estes autores a ergonomia contribui para a conceção de todo o tipo de sistemas, nomeadamente, o sistema de trabalho e os sistemas de produtos ou serviços onde os seres humanos interagem com o meio ambiente.

Um sistema, segundo Dul et al. (2012), é “ um conjunto de interações e de componentes interdependentes que integram e formam um todo”. O sistema de trabalho compreende os trabalhadores e o seu ambiente de trabalho. Relativamente ao sistema de produtos ou de serviços, este é constituído pelos utilizadores ou pelas pessoas que recebem um serviço e o meio ambiente. O meio ambiente neste contexto é onde o produto é usado ou onde o serviço é prestado. O meio ambiente é complexo e engloba o ambiente físico (os objetos em si), o ambiente organizacional (controlo e organização das atividades) e o ambiente social (a cultura e outras pessoas).

A ergonomia ao debruçar-se sobre os humanos e o meio ambiente vai analisar diferentes aspetos, nomeadamente os aspetos físicos, fisiológicos e psicológicos dos seres humanos e relativamente ao ambiente analisa os aspetos físicos, sociais e informativos entre outros (Dul et al.,2012).

Segundo Dul et al. (2012), o foco da ergonomia é otimizar conjuntamente a performance e o bem-estar. Tal é alcançado quando o meio ambiente é adaptado aos seres humanos. A prioridade da abordagem ergonómica deve ser em primeiro lugar a conceção ou adaptação do ambiente aos seres humanos e só quando tal não for possível é que se seleciona os humanos que melhor se adequam ao ambiente ou se treina as pessoas para se adequarem ao sistema. Segundo este autor um ambiente mais adequado contribui para melhorar o desempenho dos seres humanos.

Na abordagem ergonómica quando se procede à definição de um problema ou formulação de soluções são definidos limites ao sistema. O foco da análise ergonómica pode ser um aspeto específico da pessoa, um aspeto específico do ambiente ou uma análise num nível ergonómico específico. Contudo é sempre tido em consideração o contexto mais amplo do ser humano no ambiente. Por este motivo se designa abordagem de sistemas ou abordagem holística à abordagem ergonómica (Dul et al.,2012) abordado por Loureiro (2012).

A abordagem de sistemas, segundo Dul et al. (2012), pode ser realizada em três níveis diferentes, ao nível micro, meso e macro. O nível micro encontra-se relacionado com a realização de tarefas simples e uso de ferramentas. O nível meso analisa o ser humano integrado no processo técnico ou nas organizações. No nível macro o ser humano é considerado parte da rede da organização, da região, do país ou do mundo.

Para Kleiner (2006) a abordagem macro é a conceção do sistema de trabalho cujo foco é a interação no sistema da organização. Uma abordagem macro é um conjunto de instrumentos e métodos que são utilizados de forma a analisar o sistema da organização.

A macroergonomia, segundo Kleiner (2004), preocupa-se com a otimização dos sistemas de trabalho ao considerar todos os componentes dos sistemas (social, tecnológico e ambiental) e as suas interações. Este nível de abordagem permite a identificação das variáveis que podem afetar os sistemas sociotécnicos e as suas implicações na conceção da estrutura do sistema de trabalho e dos processos. As abordagens macro, meso e micro encontram-se interligadas e devem ser usadas para uma abordagem ergonómica integrada. Segundo este autor, a abordagem ergonómica deve iniciar-se pelo nível macro ergonómico onde englobe uma avaliação global do sistema de trabalho. Após a avaliação macro ergonómica já é possível intervir ao nível micro ergonómico permitindo a identificação de problemas específicos e individuais e a sua implementação, por exemplo, distribuir as funções e tarefas aos humanos, às máquinas, ou aos computadores.

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Kleiner (2004) refere que a abordagem macro ergonómica contribui para a criação e manutenção de postos de trabalho e assim influência positivamente o desenvolvimento económico. Contudo quando se trata de uma abordagem micro para uma abordagem macro ergonómica o sucesso das medidas é diferente. Este autor realça ainda que as intervenções ergonómicas não são a única explicação da manutenção de emprego ou de facilidades de expansão, uma vez que, as organizações se encontram sujeitas a adaptações devido aos ambientes em constante mudança e ainda o facto do ergonomista não ser o único a controlar as intervenções.

A abordagem ergonómica de sistemas para ser alcançável com sucesso deve estar integrada nos procedimentos de gestão de mudanças organizacionais e de inovação, na implementação de tecnologia e ainda a essência de uma abordagem ergonómica de sistemas deve ser o redesenho macro ergonómico (Holden, et al., 2008). A abordagem de sistema ou abordagem holística, segundo este autor, é o caminho para a mudança onde se considera a diversidade de elementos na organização, o seu ambiente, assim como a diversidade de interações entre esses elementos.

Atualmente verifica-se que os clientes têm vindo a assumir um papel cada vez mais importante na abordagem ergonómica. No método macro ergonómico designado New Public Management (NPM), cujo objetivo é melhorar a qualidade, eficácia e a efetividade da produção de serviços no setor público, os cidadãos são considerados clientes da administração, e desse modo os clientes são um elemento fundamental para redesenhar a administração pública (Korunka, et al., 2007). Este autor refere que, com a crescente atenção dada à ergonomia e à gestão da qualidade, a orientação para o cliente entre os funcionários é cada vez mais valorizada como um princípio de qualidade e fundamentalmente para a satisfação do cliente, sobretudo em organizações que prestam serviços.

A orientação do cliente, tendo em conta a base das diferentes interpretações, é definida por Bruhn (1999) (citado por Korunka, et al., 2007) como a “… recolha e análise compreensiva e contínua das expectativas dos clientes, assim como as implementações internas e externas nos serviços e interações da organização, com o objetivo de estabelecer uma relação estável e económica a longo prazo com o cliente”.

Na avaliação da orientação do cliente é importante distinguir a construção da orientação do cliente pela organização e a relacionada com o funcionário. Na primeira é necessário avaliar a documentação e as medidas implementadas pela organização para a orientação do cliente, a segunda encontra-se relacionada com a capacidade do funcionário agir numa forma orientada para o cliente e ir de encontro às expectativas do cliente. A abordagem ergonómica debruça-se sobre esta segunda construção da orientação do cliente (Korunka et al., 2007).

Segundo Korunka et al. (2007), o ambiente de trabalho, e consequentemente a orientação do cliente são influenciados de forma positiva através da recolha de dados sobre as expetativas e necessidades do cliente e através do treino, trabalho de equipa, reconhecimento e num sistema de recompensas baseado no desempenho.

Os resultados dos estudos analisados por Korunka et al. (2007) onde foi utilizado o método NPM, revelam que a perceção da orientação para o cliente estava relacionada com as caraterísticas do trabalho, caraterísticas organizacionais e qualidade de vida dos funcionários. A criação de medidas positivas nestas características num ambiente de trabalho em processo de mudança organizacional tem efeitos positivos na orientação para o cliente por parte dos funcionários.

A orientação para o cliente entre funcionários para além de um princípio fundamental também é um pré-requisito para a satisfação do cliente e para o sucesso da organização (Korunka et al., 2007).

A abordagem ergonómica deve-se focar não apenas na satisfação dos trabalhadores mas também nas espectativas e satisfação dos clientes, uma vez que estes encontram-se inerentemente ligados às

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organizações. Segundo Loureiro (2012) o envolvimento dos clientes em questões ergonómicas não é uma novidade, por exemplo no desenho dos produtos de consumo, onde os utilizadores são cada vez menos tolerantes com a fraca conceção do produto e o facto de os aparelhos serem cada vez mais complexos de operar. Tanto os clientes como as organizações beneficiam da intervenção ergonómica precoce.

Segundo Dul et al. (2012) o principal objetivo da ergonomia é a conceção orientada e cuidada de sistemas com interação entre pessoas, produtos e meio ambiente. Estas interações devem ser estudadas ao nível de um sistema interativo, complexo e abrangente. O trabalho do ergonomista deve ser focado no conjunto de inter-relações que permitem a concretização do objetivo principal da organização.

A análise ergonómica deve ser realizada nos aspetos específicos do bem-estar humano, num determinado contexto e considerando os vários níveis do sistema. A abordagem multidisciplinar reconhece que o trabalhador tem estratégias por de trás do papel e estrutura da organização, que nem sempre são visíveis, e são usadas para atingir os objetivos pessoais. Justificando assim uma abordagem de sistemas holística e focada num sistema proactivo, onde todos os níveis do sistema, desde o macro ao micro ergonómico são considerados como um todo.

3.1 Ergonomia em Saúde

As instituições de saúde são caraterizadas como sendo um sistema socio tecnológico (Carayon et al., 2014; Serranheira et al., 2010), onde ocorrem diversas e complexas interações (Buckle, et al., 2006).

A abordagem ergonómica sistémica e holística, segundo diversos autores, em ambientes complexos como os cuidados de saúde, permite redesenhar os sistemas de cuidados de saúde e os processos; assegurar e melhorar a segurança do paciente e a qualidade dos cuidados de saúde (Buckle, et al., 2006; Carayon, 2010; Carayon, et al., 2014; Serranheira et al., 2010).

Segundo Serranheira et al. (2010), a perspetiva sistémica e integrada da ergonomia tem contribuído de uma forma positiva para a análise dos locais de trabalho, sobretudo nas organizações de saúde, onde todos são beneficiados, nomeadamente, a organização, a administração, os gestores operacionais, os profissionais, os pacientes e os seus acompanhantes. Estes autores justificam a utilização da ergonomia nas organizações de saúde, nomeadamente em contexto hospitalar, pelo seu contributo para a melhoria da conceção, implantação, organização, escolha da tecnologia, melhoria da saúde e segurança dos profissionais de saúde. Estes contributos possibilitam uma melhoria na gestão das condições de trabalho, da atividade dos profissionais de saúde e, consequentemente, a segurança do paciente.

Segundo Serranheira et al. (2010), a ergonomia contribui para a segurança do paciente através de intervenções ao nível da conceção/design dos postos e locais de trabalho, através dos processos e organização hierárquica, temporal e relacional do trabalho, através da seleção de equipamentos e sua implementação e através da formação dos profissionais de saúde (Serranheira et al, 2011).

Segundo Carayon (2010), as inovações da aplicação da ergonomia para melhorar a segurança do paciente, nas organizações de saúde, pode ser dividida em três tipos. O primeiro tipo da aplicação da ergonomia é no uso de ferramentas ou do método, que diz respeito, por exemplo, à avaliação de usabilidade de um dispositivo médico ou análise de tarefas para identificação de fontes de carga de trabalho e de erro. A segunda aplicação diz respeito ao aumento do conhecimento ergonómico geral facultado aos funcionários da organização de saúde. O terceiro tipo de aplicação está relacionado com o recrutamento de um profissional em ergonomia pela organização de saúde.

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Segundo Carayon (2010), as inovações ergonómicas na segurança do doente podem ser categorizadas de acordo com os domínios da ergonomia definidos pela IEA (2000). A ergonomia física, por exemplo o design ergonómico das instalações hospitalares para melhorar a prática da higiene das mãos. A ergonomia cognitiva, por exemplo a avaliação da carga de trabalho. A ergonomia organizacional, onde temos o exemplo do trabalho de equipa.

Segundo Carayon et al. (2014) as intervenções ergonómicas nas organizações de saúde devem considerar todo o sistema, incluindo os fatores organizacionais, de forma a ter um impacto significativo e sustentável em termos de segurança e qualidade do atendimento ao paciente. Logo a abordagem ergonómica nas organizações de saúde deve incluir a ergonomia organizacional ou considerações macro ergonómicas.

Para dar resposta à necessidade de uma abordagem ergonómica de sistemas nas organizações de saúde para promover e melhorar a segurança do doente e a qualidade dos cuidados Carayon, et al. (2014) propõem o modelo de sistema de trabalho designado “Systems Engineering Initiative for Patient Safety” (SEIPS) desenvolvido por Carayon et al. (2006). Segundo Carayon et al. (2014), as características chaves deste modelo são:

Descrição do sistema de trabalho e dos seus elementos; Incorporação do modelo de qualidade desenvolvido por Donabedian (1978); Identificação dos processos de cuidados a serem influenciados pelo sistema de trabalho

e a contribuir para os resultados; Integração dos resultados dos pacientes e dos resultados organizacionais e profissionais; Análise recíproca dos processos e os resultados e do sistema de trabalho.

O SEIPS é um modelo dinámico onde qualquer mudança no sistema de trabalho produz mudanças no restante sistema (Carayon, et al., 2014). Na figura 3.1 encontra-se esquematizado o modelo SEIPS de Carayon et al. (2006) adaptado por Carayon et al. (2014) onde é feita a distinção de ambiente interno e ambiente externo.

Segundo (Carayon et al., 2006) a estrutura de uma organização (sistema de trabalho) afeta o modo como a segurança dos cuidados de saúde são proporcionados (o processo) e o meio pelo qual a prestação de cuidado de saúde e a sua gestão (o processo) afetam a segurança do paciente (resultados).

As mudanças no sistema de trabalho irão depender da forma como as melhorias ou mudanças são desenhadas ou implementadas. Estas mudanças sejam positivas ou negativas afetam o sistema de trabalho e os processos, que por sua vez afetam o paciente, os profissionais e os resultados da organização (Carayon et al., 2006).

Nas organizações de saúde o modelo de sistema de trabalho pode ser usado para descrever o trabalho dos profissionais, das equipas que prestam cuidados, dos pacientes e dos seus acompanhantes e familiares (Carayon et al., 2014).

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Figura 3.1: Modelo SEIPS do sistema do trabalho e segurança do doente (reproduzido de Carayon et al. 2014)

Carayon et al. (2014) no modelo SEIPS vem dar a importância da evolução conceptual do conceito da pessoa no centro do sistema de trabalho, onde esta pode ser um grupo de pessoas (a equipa de saúde) ou um individuo (o paciente). Segundo Carayon et al. (2014) os pacientes e familiares são incluídos na equipa de saúde.

O objetivo do modelo SEIPS é desenhar o sistema de trabalho de forma a beneficiar os pacientes, ao nível da segurança do paciente e outras dimensões da qualidade dos cuidados de saúde, assim como os profissionais e as organizações (Carayon et al., 2014).

Segundo Carayon et al. (2014) as investigações sobre o impacto dos resultados nos pacientes devem ser evidenciadas, uma vez que, a maioria das investigações da ergonomia nos cuidados de saúde apenas se têm focado na segurança e saúde ocupacional dos trabalhadores.

Segundo Lapão (2005) o cidadão tem vindo a assumir um papel cada vez mais importante na área da prestação de cuidados de saúde. As novas orientações da prestação de cuidados de saúde definem que os cuidados de saúde sejam centradas no cidadão, com o objetivo de aumentar a sua participação, responsabilização e atribuição de um papel mais ativo na gestão da sua saúde (Lapão, 2005).

Na área da medicina transfusional, nomeadamente nos serviços de sangue, a segurança dos dadores e dos produtos sanguíneos, o atendimento de excelência e a satisfação das necessidades dos seus clientes são fundamentais para o funcionamento dos serviços de sangue, pois permitem assegurar a disponibilidade de sangue e contribuem para a sustentabilidade da prestação de cuidados de saúde a nível nacional (Instituto Português do Sangue e da Transplantação, IP [IPST, IP], 2013a).

3.2 A Análise Ergonómica e o Modelo ETdA

Segundo Freitas (2011) a análise ergonómica permite avaliar a situação de trabalho, a nível organizacional, técnico, social e humano, assim como as consequências das condições de trabalho sobre o trabalhador e o sistema produtivo. O trabalho real constitui o seu objeto principal de análise, que pode ser realizada através: da observação da atividade do trabalhado; de entrevistas; de

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questionários, da análise da documentação dos vários sistemas; da medida de fatores de trabalho e dados fisiológicos; e da análise de comportamento, processos cognitivos e interações.

Na análise ergonómica da situação de trabalho, habitualmente recorre-se à avaliação dos profissionais e do analista. Loureiro (2012) refere que a avaliação pelos profissionais pode ser uma análise subjetiva, uma vez que, o bem-estar humano é um mau estimador por si e a avaliação pode ser sobrestimada ou subestimada de acordo com as suas necessidades pessoais e dessa forma não permitir retratar uma visão real do contexto de trabalho. Esta autora defende que a opinião dos clientes, em locais com livre circulação de clientes e profissionais, pode ser usada para corrigir estes desvios, levando a uma análise mais objetiva.

De facto os clientes encontram-se cada vez mais ligados às organizações. Verifica-se, atualmente, que as atividades comerciais tradicionais encontram-se cada vez mais a serem substituídas por áreas comuns.

Segundo Loureiro (2012) as áreas com livre circulação de pessoas caraterizam-se por serem espaços amplos, onde se encontram produtos ou se realizam a prestação de serviços. Nestes locais verifica-se que os profissionais e os clientes partilham o mesmo espaço e apresentam diferentes interações. As interações dos clientes encontram-se relacionadas com as interações com os profissionais e com os outros elementos do sistema sociotécnico, designadamente o nível organizacional, de gestão, tecnológico e o governamental (Loureiro, 2012).

Os clientes, segundo Loureiro (2012), devem ser envolvidos nos aspetos ergonómicos, nas áreas com livre circulação de pessoas, uma vez que se verifica que existe influência destes na disposição e na organização do trabalho.

Segundo Loureiro (2012), as áreas com livre circulação de pessoas devem ser estudadas e caraterizadas em termos de condições de trabalho (objetivo ocupacional) e também sob o ponto de vista de conforto e bem-estar dos clientes e de atendimento dos profissionais na área (objetivo de usabilidade). Nestas áreas, o bem-estar humano encontra-se relacionado com os utilizadores (profissionais e clientes), uma vez que estes podem estar expostos de igual modo aos mesmos fatores de risco ergonómicos.

Segundo Loureiro (2012), nas áreas com livre circulação de pessoas, deve ser adotada uma abordagem de sistema e os locais de trabalho devem ser analisados como parte integrante de um sistema sociotécnico complexo e dinâmico onde todos os participantes devem ser identificados assim como todas as inter-relações onde fazem parte.

Para alcançar uma efetiva abordagem de sistemas, em termos de análise ergonómica, nas áreas com livre circulação de pessoas, é fundamental caraterizar o contexto ergonómico (Loureiro, 2012). Para tal torna-se importante:

Descrever as atividades dos trabalhadores e a organização do trabalho; Identificar os participantes do sistema; Definir a importância das relações entre os diferentes níveis do sistema.

O estudo das atividades reais de trabalho permite analisar a influência dos clientes na performance do trabalhador. Segundo Loureiro (2012), numa abordagem de sistemas os clientes podem interagir diretamente com o sistema de pessoal, podem ter influência no subsistema do meio ambiente e ainda comandar as estratégias do subsistema organizacional. Os clientes, quer sejam consumidores, doentes, estudantes, devem ser integrados numa abordagem de sistemas, não só sob o ponto de vista da gestão da organização mas também como fazendo parte do sistema (Loureiro, 2012).

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Para alcançar a otimização de todo o sistema as organizações devem ter objetivos económicos e sociais. Tendo em conta que os clientes, consumidores, doentes ou estudantes são uma parte muito importante de todo sistema, torna-se importante estudar as suas influências nas medidas tomadas para melhorar a qualidade do sistema (Loureiro, 2012).

No ano de 2012, Loureiro desenvolveu, no âmbito da sua tese de doutoramento na Escola de Engenharia da Universidade do Minho, um novo modelo de abordagem ergonómica designado Análise Ergonómica Tridimensional (ETdA) para áreas com livre circulação de pessoas, onde ocorrem interações entre os profissionais e os clientes, ao nível da venda de produtos ou da prestação de serviços, (Loureiro, 2012).

Nas abordagens ergonómicas tradicionais, para áreas com livre circulação de pessoas, verifica-se que estas apenas consideram o binómio constituído pelas dimensões do ergonomista (analista) e dos profissionais. O modelo ETdA veio revolucionar estas abordagens ao incluir a dimensão do cliente passando a ser um triónimo composto pelas dimensões do ergonomista (analista), os profissionais e dos clientes (Loureiro, Leão, & Arezes, 2010)

Segundo Loureiro (2012) o modelo ETdA é uma ferramenta que permite a análise ergonómica de áreas com livre circulação de pessoas (profissionais e clientes) e ajuda o analista no processo de tomada de decisão para intervenção ergonómica. Esta autora considera que é uma avaliação tridimensional uma vez que a avaliação do contexto ergonómico é realizado tendo em conta as três dimensões: os clientes e os profissionais (população utilizadora da área) e o analista (ergonomista).

Para uma abordagem ergonómica tridimensional, segundo Loureiro (2008), é necessário: os clientes serem considerados como parte integrada do sistema; os clientes e os profissionais circularem numa área comum e por último a intervenção ergonómica ser o resultado da participação de todos os níveis do sistema.

Para cada dimensão Loureiro (2012) definiu diferentes instrumentos de recolha de dados, um questionário para os clientes, uma ficha de avaliação para os profissionais e de observação direta e indireta (lista de verificação) para o analista. Estes instrumentos de observação permitem obter informação sobre as caraterísticas operacionais dos clientes e indicadores ergonómicos designados fatores ergonómicos (FE), que possibilitam a operacionalização do modelo ETdA.

Os FE podem ser divididos em dois grupos, os FE intrínsecos e os FE extrínsecos. Os FE intrínsecos são fatores individuais, nomeadamente, as posturas de trabalho, atividade física geral, comunicação e inter-relação e o nível de atenção. Os FE extrínsecos são os fatores ambientais (ruído, iluminação ambiente térmico, risco de acidente) e os fatores ocupacionais (qualidade da formação profissional, conteúdo do trabalho, tomada de decisão, restritividade, espaço de trabalho ou área comum). As características operacionais dos clientes encontram-se relacionadas com as caraterísticas do grupo dos clientes, nomeadamente, idade, género, profissão, nível de escolaridade e conhecimentos sobre ergonomia, que podem ter influência na análise ergonómica (Loureiro, 2012).

3.2.1 Metodologia ETdA

As linhas orientadoras gerais da metodologia ETdA, para áreas com livre circulação de pessoas, são definidas em cinco fases: planeamento ETdA (1), implementação ETdA (2), recolha de dados (3), análise de dados (4) e por último tomada de decisão (5) (Loureiro, 2012).

O planeamento ETdA (1) constitui a primeira fase deste modelo e é referente à definição do propósito da análise com os gestores da organização e ao estudo e caraterização das áreas comuns e da divisão do espaço de trabalho (Loureiro, 2012). Este passo é fundamental para o sucesso da implementação

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ETdA uma vez que permite definir como irá se realizar o processo multidimensional que envolve todos os participantes da organização (Loureiro, Leão, & Arezes, 2011).

Uma vez que o modelo ETdA é baseado numa abordagem de sistemas, torna-se importante identificar os participantes do sistema assim como as suas inter-relações. Os participantes do sistema neste modelo são identificados como clientes, profissionais, analista e de modo indireto os gestores da organização. Segundo Loureiro (2012), a influência do papel dos clientes nas organizações é visível em diferentes níveis do sistema socio-tecnológico.

A implementação da abordagem ETdA (2) envolve a aplicação dos seguintes passos (Loureiro, 2012):

1. Definição do propósito da análise com a direção da instituição; 2. Reconhecimento da área de estudo; 3. Estudo e caracterização das áreas comuns e organização do trabalho; 4. Recolha de dados (3) através da aplicação dos instrumentos de observação, questionário ETdA

(dimensão dos clientes/dadores), ficha de avaliação ETdA (dimensão dos profissionais) e lista de verificação ergonómica ETdA (dimensão da analista/autor do estudo).

Importa referir que os instrumentos de observação (3) foram apresentados e validados por Loureiro (2012).

Na análise dos dados (4) são considerados dois passos fundamentais a normalização e análise dos dados e o desenvolvimento das tabelas de ponderação.

A normalização e análise dos dados das três dimensões compreendem o estudo das variáveis ETdA e ainda da caraterização dos clientes através do questionário ETdA.

A categorização dos dados obtidos, através dos instrumentos de observação, permite obter diferentes variáveis de acordo com a sua importância na análise ergonómica. Estas são de três tipos: as variáveis ETdA, as variáveis temporárias e as variáveis suplementares (Loureiro, Leão, & Arezes, 2011). Na figura 3.2 é possível observar o mapa conceptual que ilustra o conjunto de variáveis obtidas do questionário ETdA.

As variáveis ETdA (Ce, Pe e Ae) são provenientes dos diferentes instrumentos de colheita de dados. As variáveis Pe e Ae são obtidas diretamente da ficha de avaliação ergonómica dos profissionais e da lista de verificação ergonómica do analista.

As variáveis Ce estão relacionadas com a análise por parte dos clientes/dadores sobre os fatores ergonómicos, apresentadas nas questões Qe no questionário ETdA. No questionário ETdA podemos obter dois tipos de variáveis as variáveis ETdA (Ce) e as variáveis temporárias (Tv). Quando uma única questão corresponde à análise de um fator ergonómico obtém-se diretamente dessa forma as variáveis ETdA (Ce). Quando mais do que uma questão corresponde a um fator ergonómico, obtemos as variáveis temporárias (Tv). Deste modo é necessário proceder a uma análise das questões Qe de forma a obter uma única variável ETdA (Ce) representativa da avaliação do cliente/dador.

As variáveis suplementares dizem respeito à caracterização da dimensão do cliente/dador e encontram-se representadas por questões (Qc) relativas ao género, idade, escolaridade, profissão, e questões (Qcs) colocadas aos clientes sobre a instituição e uma questão sobre a importância das considerações ergonómicas para o cliente/dador (Loureiro, Leão, & Arezes, 2011) e Loureiro, 2012)

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Figura 3.2: Variáveis ETdA, variáveis temporárias e variáveis suplementares (reproduzido de Loureiro, Leão, & Arezes, 2011).

A normalização e análise dos dados dos instrumentos de observação ETdA, segundo (Loureiro, Leão, & Arezes, 2011 e Loureiro, 2012), apresentam três níveis de análise:

O nível um, relativo ao perfil das dimensões, as dimensões do cliente e dos profissionais são caraterizados através de uma análise exploratória com recurso a gráficos e tabelas de frequência.

No nível dois, podem ser estudadas diversas correlações entre as variáveis das três dimensões de forma a avaliar os fatores ergonómicos.

No nível três é realizada uma análise multivariada dos fatores ergonómicos recorrendo à inter e intra análise.

Com efeito a análise de dados pode ser um processo complexo uma vez que envolve a análise, de pelo menos, catorze fatores ergonómicos em cada dimensão. De modo a simplificar e sumarizar os resultados das três dimensões existe a necessidade de realizar um pré-processamento dos dados. Os resultados obtidos são apresentados numa única matriz que permitir ao analista uma análise agrupada. Esta matriz é o ponto de partida para a construção das tabelas de ponderação que representam as propostas para intervenção ergonómica.

As tabelas de ponderação, segundo Loureiro (2012) são obtidas através dos resultados das variáveis ETdA às quais é atribuído um coeficiente de ponderação para cada variável ETdA. A cada dimensão é atribuída uma percentagem entre 0 e 100% de forma que a soma seja sempre 100%.

A tomada de decisão (5) será baseada na soma das pontuações das três dimensões devidamente ponderadas com a percentagem atribuída a cada uma. Na tabela 3.1 foram testados por Loureiro (2012) diversas ponderações pela atribuição de diferentes percentagens a cada uma das dimensões.

O desenvolvimento das tabelas de ponderação vão permitir ao analista realizar a sua tarefa final, nomeadamente, a perceção real da situação ergonómica e a elaboração da lista de prioridades a serem implementadas de acordo com a gravidade das situações identificadas.

Para facilitar, quer a aplicação dos instrumentos de observação, quer a análise de dados, Loureiro et al. (2014) desenvolveram um programa informático denominado ETdAnalyser. Este programa permite não só a recolha de dados (3) provenientes da análise ergonómica das três dimensões, como também a análise e tratamento de dados (4) da qual resulta um valor ponderado de risco para uma dada situação em análise.

36

Tabela 3.1: Tabelas de ponderação (reproduzido de Loureiro, 2012) Tabelas de Ponderação

Tabelas de ponderação Percentagem de ponderação

Cliente Analista Profissional

1 0 50 50

2 0 25 75

3 0 75 25

4 5 47,5 47,5

5 10 45 45

6 25 37,5 37,5

7 33,3 33,3 33,3

8 40 30 30

9 50 25 25

10 70 15 15

11 80 10 10

12 90 5 5

13 100 0 0

14 0 0 100

15 0 100 0

16 50 50 0

No final da análise, ter-se-á, para cada fator ergonómico, um valor que será integrado numa escala com três cores:

Vermelho: se o valor obtido for inferior a 1,5 pontos; Amarela: se o valor obtido estiver compreendido entre 1,5 e 2,5; Verde: se o valor obtido for superior a 2,5.

Cada uma destas cores representa uma tomada de decisão (5). A cor vermelha corresponde a uma situação crítica de intervenção a curto prazo, a cor amarela a uma situação de intervenção a médio prazo e a cor verde a uma situação não crítica.

O programa informático ETdAnalyser permite para além de realizar o levantamento e o tratamento de dados permite a elaboração do relatório com as prioridades de ação (Loureiro et al., 2014).

Para efetuar a análise de dados com o programa ETdAnalyser é necessário efetuar os seguintes passos:

1) Introdução dos instrumentos de avaliação das três dimensões; 2) Seleção do tipo de análise (área comum ou secção); 3) Identificação do tipo de ponderação para cada dimensão; 4) Introdução dos dados das três dimensões; 5) Geração dos relatórios com os resultados ponderados finais indicativos da tomada de decisão.

37

PARTE II

TRABALHO DESENVOLVIDO

38

(Esta página foi deixada em branco propositadamente)

39

4. METODOLOGIA

O presente trabalho caracteriza-se por ser um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Segundo Fortin (2009), o estudo quantitativo baseia-se na observação de factos, de acontecimentos e de fenómenos objetivos e comporta um processo sistemático de colheita de dados observáveis e mensuráveis. Caracteriza-se por ser descritivo uma vez que permite ao investigador observar, descrever, caracterizar e até classificar novas informações, com o objetivo de retratar o fenómeno em estudo. E também é de carácter transversal na medida em que a colheita de dados é realizada numa única ocasião, no momento do estudo (Fortin, 2009).

No desenvolvimento da metodologia foram tidas em consideração as seguintes etapas representadas na figura 4.1:

Figura 4.1: Etapas da metodologia do estudo.

De seguida será efetuada uma descrição de cada uma das etapas da metodologia.

4.1 Caraterização do Objeto de Estudo

O objeto do estudo é o Centro de Sangue e de Transplantação do Porto (CSTP) um serviços desconcentrados do IPST, IP que possui as mesmas obrigações do IPST, IP ao nível da sua região geográfica de influência. O CSTP localiza-se na cidade do Porto e a sua área territorial de intervenção abrange toda a região Norte, correspondendo ao nível da nomenclatura de Unidades Territoriais para fins estatísticos (NUTS) do Norte, designadamente, Alto Trás-os-Montes, Ave, Cávado, Douro, Entre Douro e Vouga, Grande Porto, Minho-Lima, Tâmega.

No ano de 2013 o CSTP teve um total de 99297 dadores de sangue inscritos, 46497 eram homens e 52696 eram mulheres e um total de 80780 unidades de sangue colhidas. A média mensal de dadores inscritos foi de 7000 dadores e 6000 unidades colhidas. Em 2014 inscreveram-se 82115 dadores e foram colhidas 67009 unidades de sangue, segundo dados fornecidos pela instituição.

Caraterização do objeto de

estudo

Identificação da população

alvo e amostra

Aplicação da metodologia ETdAnalyser

Análise dos resultados

com recurso ao

ETdAnalyser

Tomada de decisão

40

Relativamente à segurança higiene e saúde no trabalho o CSTP possui um regulamento interno de segurança higiene e saúde no trabalho do CSTP que tem como objetivo a prevenção dos riscos profissionais, a promoção da segurança e higiene nos locais de trabalho e a promoção e proteção da saúde dos trabalhadores. Os serviços de vigilância e promoção da saúde ocupacional são prestados por uma empresa externa à instituição que abrange todos trabalhadores com vínculo laboral na função pública a exercer as suas funções no CSTP.

4.2 Os Locais de Colheita de Sangue

No que diz respeito à dádiva de sangue o CSTP apresenta três locais de colheita, designadamente, o posto fixo (PF), os postos móveis (PM) e as brigadas móveis (BM). De seguida apresenta-se uma breve descrição de cada posto.

O posto fixo situa-se no rés-do-chão do edifício da instituição em estudo. A área de acesso ao público é exclusiva para a dádiva de sangue e está organizado em 5 zonas: a receção, sala de espera, gabinetes de triagem, sala de colheitas e o bar. Quanto ao horário de atendimento ao público este é de segunda a sábado, das 8h às 19h30. A planta do edifício pode ser consultada no Anexo 5.

Os postos móveis são autocarros adaptados à dádiva de sangue, onde é possível efetuar a dádiva em diferentes locais, desde que garantido o local de estacionamento adequado e casas de banho nas imediações. No total o CSTP possui três PM. A planta dos PM pode ser consultada no Anexo 6 e as fotografias do seu interior e exterior no Anexo 7.

As brigadas móveis de colheita de sangue podem ser realizadas em qualquer espaço físico que reúna as condições necessárias. Nomeadamente, edifício com condições de higiene e segurança adequada para o efeito, três a quatro salas ou duas salas amplas, com eletricidade, água potável, casas de banho, mesas e cadeiras. As condições do espaço são avaliadas previamente por um elemento da instituição, por norma, um enfermeiro. Habitualmente os locais disponibilizados são sedes de juntas de freguesias, salões paroquiais, edifício de bombeiros, associações desportivas e recreativas, empresas, auditórios, escolas, entre outros.

As brigadas móveis e os postos móveis têm diferentes modalidades de horário de atendimento ao público conforme a programação do local de realização, habitualmente funcionam das 9h às 12h30 e/ou das 14h às 19h30 de segunda a sábado e ao domingo das 9h às 12h30.

De seguida apresenta-se um esquema com o circuito que o dador tem que efetuar em cada local de colheita de sangue (figura 4.2).

O planeamento de sessões de colheita de sangue móveis é realizado anualmente, mensalmente, semanalmente e porventura com antecedência de alguns dias. Anualmente, realizam brigadas duas vezes no ano, mensalmente realizam-se brigadas com a periodicidade 1 a 3 vezes por mês e semanalmente realizam-se brigadas 1 a 3 vezes por semana.

A previsão diária de dadores é um dos fatores que influencia o número de profissionais destacados por local de colheita.

De seguida será abordada realizada uma breve descrição dos profissionais que exercem a sua atividade nos locais de colheita de sangue.

41

Figura 4.2: Circuito do dador e descrição das atividades.

4.3 Os Profissionais

No CSTP à data do estudo trabalhavam 135 funcionários, 76 dos quais afetos às sessões de colheitas de sangue. Destes 76 funcionários, 18 eram médicos, 29 enfermeiros, 10 assistentes técnicos, 16 assistentes operacionais e 3 motoristas. Os serviços externos que a instituição recorre são os serviços de limpeza e, regularmente, os serviços de transporte de pessoas e material destinado às sessões de colheita de sangue.

Os profissionais afetos às sessões de colheita de sangue laboram em dois turnos diários, o da manhã das 8h às 16 horas e o turno da tarde das 12h às 20h. Por vezes há a necessidade de realizar horas extraordinárias, estas dependem da dinâmica das brigadas.

O planeamento do número de profissionais destacados para os locais de colheita encontra-se caraterizado na tabela 4.1.

Tabela 4.1: planeamento do número de profissionais por local de colheita.

Previsão diária de dadores Profissionais destacados (por turno)

PF 50 5

PM 50 6

BM Variável Variável (mínimo 6)

Relativamente à constituição das equipas, no PF exercem as suas funções três enfermeiros, um assistente técnico, um assistente operacional. Nos PM: um médico, dois enfermeiros, um assistente técnico, um assistente operacional e um motorista.

Nas BM a equipa é constituída por um médico, dois enfermeiros, um assistente técnico, um assistente operacional e um motorista.

Por cada aumento de vinte e cinco dadores na previsão acrescenta um enfermeiro e por cada aumento de cinquenta dadores acrescenta um médico, um assistente técnico e um assistente operacional. Ocasionalmente poderá existir colheitas conjunta para registos de dadores de medula

ATENDIMENTO DADOR:

•Onde é efectuada a inscrição;

•Emissão da declaração de presença e atualização do cartão de dador;

SALA DE ESPERA:

•Prenchimento do questionário e sala de espera do dador;

TRIAGEM DO DADOR:

• Análise da elegibilidade do dador para a dádiva;

SALA DE COLHEITA DE SANGUE:

•Realização da dádiva de sangue e cuidados ao dador;

BAR:

• O dador efectua uma breve refeição;

42

óssea (CEDACE) o que implica um aumento de um ou dois enfermeiros ou técnicos de análises clínicas e saúde pública e um assistente técnico.

4.4 População Alvo e Amostra do Estudo

Para a seleção da amostra teve-se em consideração a área de atuação específica na dádiva de sangue, o número de dádivas realizadas anualmente pela instituição e ainda a facilidade de acesso do AA à instituição em causa.

Por questões relacionadas com o tempo disponível para o desenvolvimento deste estudo, considerou-se que seria difícil o acesso a todos os dadores bem como a todos funcionários afetos às colheitas de sangue do CSTP do IPST, I. P.. Posto isto, optou-se pelo método de amostragem não probabilística. Segundo Fortin (2009) este método permite abranger uma amostra na qual se encontram características conhecidas na população. A técnica de amostragem selecionada foi a amostragem acidental ou de conveniência. Esta técnica permite escolher indivíduos que estão no local certo e no momento certo (Fortin, 2009).

Com base nos registos da atividade da instituição e a programação do trabalho a desenvolver no período definido para o estudo, foram selecionados:

Para o PF três dias (dois durante a semana e um ao sábado, sendo este último o dia com maior afluência semanal de dadores);

Para os PM três dias com maior afluência de dadores previstos no período do estudo e na proximidade geográfica do distrito do Porto e de Braga;

Para as BM três dias com maior afluência de dadores previstos e na proximidade geográfica do distrito do Porto e de Braga.

A amostra de dadores foi constituída por todos os dadores de sangue que realizaram a sua dádiva de sangue nos locais de colheita selecionados e decidiram responder ao questionário. A amostra de profissionais consistiu em todos os profissionais que desenvolveram a sua atividade profissional nos locais de colheita de sangue selecionados e resolveram responder à ficha de avaliação.

4.5 Análise Ergonómica Tridimensional ETdA

Conforme os objetivos do estudo anteriormente expostos (Capítulo 1) a análise ergonómica foi efetuada com recurso ao modelo de Análise Ergonómica Tridimensional (ETdA - Ergonomic Tridimensional Analysis) desenvolvido por Loureiro em 2012. Este modelo foi elaborado para a análise ergonómica de áreas comerciais com livre circulação de pessoas, onde o cliente também é incluído na análise ergonómica.

Segundo Loureiro (2012), nas áreas com livre circulação de pessoas, assume-se que na interação entre o profissional e o cliente, ambos podem ser expostos aos mesmos fatores de risco ergonómico. Por este motivo a análise ergonómica é realizada não só pelo analista e profissional, como também pelo cliente, surgindo assim três dimensões de análise do modelo ETdA: a dimensão do analista, a dimensão do profissional e a dimensão do cliente. Neste caso, dado o contexto em análise o cliente assume a designação de dador.

De forma a implementar a metodologia ETdA nos locais de colheita de sangue foram seguidas as linhas orientadoras gerais definidas em Loureiro (2012):

43

1. Definição do propósito da análise com a direção da instituição; 2. Estudo e caracterização das áreas comuns e organização do trabalho; 3. Aplicação dos instrumentos da observação, questionário ETdA (dimensão dos

clientes/dadores), ficha de avaliação ETdA (dimensão dos profissionais) e lista de verificação ergonómica ETdA (dimensão da analista/ autor do estudo);

4. Recolha de dados através dos instrumentos de observação. 5. Tratamento dos dados com recurso ao programa informático ETdAnalyser.

Inicialmente efetuou-se um pedido de autorização à instituição. Este pedido encontra-se no Anexo 8. Após concedida a autorização pelo presidente do IPST,I.P. foi apresentada à direção do CSTP o estudo e a metodologia ETdA. Durante esta fase foi necessário alterar os objetivos do estudo. O objetivo inicial era avaliar o impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica nos Postos Móveis, contudo na apresentação do projeto à direção esta mostrou interesse em englobar todos os locais de colheita de sangue. Deste modo os objetivos foram alterados para abranger todos os locais de colheita, nomeadamente PM, PF e BM. Numa das entrevistas à direção definiu-se que o supervisor do estudo na instituição seria o responsável pelo núcleo de higiene, segurança e saúde no trabalho.

Seguiram-se várias visitas à instituição e entrevistas com a direção da instituição onde se reuniram dados para caracterização da instituição e dos locais de colheita. Estes permitiram identificar as áreas comuns com livre circulação de pessoas e a organização do trabalho nessas áreas. Dentro dessas áreas foi necessário dividir em secções e proceder à respetiva codificação.

Segundo Loureiro (2012), a área a ser analisada deve ser definida de acordo com a organização do trabalho e ter em consideração as interações entre os profissionais e os dadores. Quando a atividade profissional é desenvolvida na área comum, a análise ergonómica deve ser realizada de acordo com a atividade profissional que estabelece uma interação entre o profissional e o cliente/dador. Quando a atividade profissional é desenvolvida numa determinada área e a interação entre profissional e o dador é limitada aquela área, torna-se necessário dividir em secções (Loureiro, 2012).

As áreas comuns com livre circulação de pessoas do PF, PM e BM, foram definidas de acordo com a organização do trabalho e as interações entre profissionais e dadores. Desta forma é considerado, área comum com livre circulação de pessoas, todo o espaço do local da colheita de sangue.

As atividades de transporte de materiais no PF, BM e PM não foram incluídas no estudo uma vez que não se verifica interação entre profissional e o dador nem é considerado um espaço de livre circulação de pessoas.

No PF, PM e BM foram definidas as seguintes secções e descritas suas principais atividades:

Atendimento ao dador: o Inscrição do dador o Preenchimento de declarações

Sala de espera: o Preenchimento do questionário do dador o Local de espera pela triagem

Triagem: o Entrevista com registo de informação a nível informático o Exame físico, com avaliação da tensão arterial e hemoglobina

Colheitas o Acolhimento do dador e preenchimento do saco colheita (avaliação da hemoglobina em BM) o Colheita de sangue total e/ou aférese o Registo informático

44

o Acondicionamento de unidades de sangue e tubos de análises. Bar o Breve refeição

Na tabela 4.2. seguinte são identificadas as secções, da área comum de livre circulação de pessoas no PF, onde as diferentes interações entre profissional e o dador (CP) se verificam.

Tabela 4.2:Secções das áreas comuns de livre circulação de pessoas no PF.

dig

o

Se

cçã

o

Designação

dig

o

Su

b-

secç

ão

Designação Interação

CP Descrição

1 Atendimento

ao dador

1a Balcão de

atendimento

Interação no balcão de

atendimento

Este balcão de atendimento permite a receção ao dador, a sua inscrição para a dádiva, a emissão de declarações e esclarecimento de dúvidas. Equipado com cadeiras, mesa, computador, documentação em suporte de papel e material de escritório.

1b Sala de arquivo

Atividade exclusiva do profissional

Esta sala permite o arquivo das fichas de dador. Equipada com armário de arquivo, fichas de dador em suporte de papel, bengaleiro.

2 Sala de espera

2a Balcão da sala de espera

Atividade exclusiva do

dador

Nesta área encontra-se disponível um balcão onde se encontram os questionários de dador para seu preenchimento.

2b Bancos da

sala de espera

Atividade exclusiva do

dador

Nesta área encontra-se disponíveis dois bancos compridos para aguardar pela triagem.

3 Triagem

3a Sala de

triagem a Interação no gabinete de

triagem

Nesta secção é realizada a triagem de dadores. Está equipada com uma mesa, computador, duas cadeiras e material clínico para entrevista e avaliação física do dador (peso, TA e hemoglobina)

3b Sala de

triagem b

4 Colheita 4 Sala de

Colheitas

Interação na sala de

colheitas

A sala de colheitas é um “open space” partilhado por duas áreas, a área do sangue total e a área da dádiva por aférese.

4 Colheitas

4.1 Colheita de

Sangue Total Interação na sala colheitas

A área de colheitas de sangue total é aonde é efetuada a dádiva de sangue total

4.1a

Ilha de trabalho a

Atividade exclusiva do profissional

Local onde é efetuada o preenchimento dos sacos de colheita e onde estes estão acondicionados, assim como os impressos em suporte de papel. Equipada com: 1 cadeira, sacos de colheitas, documentação de apoio à colheita.

4.1b

Ilha de trabalho b

Atividade exclusiva do profissional

Nesta ilha de trabalho é efetuada o registo da colheita num computador, a selagem das unidades de sangue total e o acondicionamento das unidades de sangue total. Encontra-se equipada com: 1 cadeira, um computador, um teclado, um leitor ótico, um selador, tabuleiros e placas de butanodiol para acondicionamento das unidades de colheita de sangue.

4.1c

Cadeiras de colheita

Interação nas cadeiras de

colheita

Local onde é realizada a colheita de sangue total. Equipados com duas cadeiras e duas balanças agitadoras. A sua localização é próxima das janelas da sala de colheita.

45

dig

o

Se

cçã

o

Designação (continuação) C

ód

igo

S

ub

-

secç

ão

Designação (continuação)

Interação CP (continuação)

Descrição (continuação)

4.1d

Cadeiras de colheita

Interação nas cadeiras de

colheita

Local onde é realizada a colheita de sangue total. Equipados com duas cadeiras e duas balanças agitadoras. A sua localização é próxima do corredor de passagem da sala de colheita.

4 Colheitas

4.2 Colheita de

Aférese

Interação na sala de colheita

Local onde é efetuada a dádiva de sangue por aférese.

4.2a

Ilha de trabalho d

Atividade exclusiva do profissional

Local onde é realizado a consulta e registos de colheita de sangue por aférese e acondicionados os tubos e unidades de colheita. Encontra-se equipada com: uma ilha de trabalho, duas cadeiras, um computador.

4.2b

Cadeiras de colheita

Interação na cadeira de

colheita

Equipada com: uma mesa de apoio, armário de apoio, cadeiras de colheita, uma máquina de aférese, selador e material clínico. Localizada ao centro da área da aférese próxima da televisão.

4.2c

Cadeiras de colheita

Interação na cadeira de

colheita

Equipamentos: uma mesa de apoio, armário de apoio, cadeiras de colheita, uma máquina de aférese, selador e material clínico. Situadas no centro da área da aférese próxima da porta do bar

5 Bar

5a Balcão Interação no

balcão

O balcão do bar é o local onde está acondicionado os materiais, equipamentos e alimentos para disponibilizar uma breve refeição antes e após dádiva. Equipado com frigorífico, máquina de café, balcão de apoio, um banco, tabuleiros de refeição, alimentos e bebidas.

5b Mesas Atividade

exclusiva do dador

Local para uma breve refeição antes e após dádiva. Equipado com mesas, cadeiras, guardanapos, copos e água.

Na tabela 4.3 seguinte são identificadas as secções, das áreas comuns de livre circulação de pessoas nos PM, onde as diferentes interações entre profissional e o dador (CP) se verificam.

Tabela 4.3:Secções das áreas comuns de livre circulação de pessoas no PM

dig

o

Se

cçã

o

Designação

dig

o S

ub

-

secç

ão

Designação Interação

CP Descrição

1 Atendimento

ao dador - -

Interação na área de

atendimento

Este local de atendimento permite a receção ao dador, a inscrição para a dádiva, a emissão de declarações e esclarecimento de dúvidas. Equipado com 2 cadeira, 1 mesa, 1 computador portátil, documentação em suporte de papel.

2 Sala de espera

- - Atividade

exclusiva do dador

Nesta área encontra-se uma mesa e bancos para aguardar pela triagem e preencher o questionário do dador. Localizada à entrada do PM.

3 Triagem - - Interação no gabinete de

triagem

Nesta secção é realizada a triagem de dadores. Está equipada com uma mesa, computador, duas cadeiras e material clínico para entrevista e avaliação física do dador.

46

Cód

igo

Sec

ção

Designação (continuação) C

ódig

o S

ub

-se

cçã

o

Designação (continuação)

Interação CP (continuação)

Descrição (continuação)

4 Colheitas

4a Balcão de registos

Atividade exclusiva do profissional

Local onde se efetuam os registos informáticos da colheita e preenchimento de dados nos sacos de colheita. Equipada com o computador portátil, sacos de colheita, canetas e folhas de registo. No armário inferior deste balcão encontra-se o local de acondicionamento das unidades de sangue e os tabuleiros e placas de butanodiol.

4b Balcão de trabalho

Atividade exclusiva do profissional

Local onde se encontra o material de apoio à colheita, nomeadamente selador, tubos de colheita de sangue periférico, compressas, toalhetes de álcool, suporte de tubos. No armário inferior encontra-se o contentor de resíduos do grupo IV.

4c Cadeiras de

colheita

Interação na sala de colheita

Local onde é realizada a colheita de sangue. Equipado com cadeiras de colheita e balanças agitadoras.

4d Cadeiras de

colheita

Interação na sala de colheita

Local onde é realizada a colheita de sangue. Equipados com cadeiras de colheita e balanças agitadoras.

5 Bar 5a Balcão

Atividade exclusiva do profissional

O balcão do bar é o local onde está acondicionado os materiais, equipamentos e alimentos para disponibilizar uma breve refeição antes e após dádiva. Equipado com frigorífico, máquina de café, balcão de apoio, um banco, tabuleiros de refeição, alimentos e bebidas.

5b Local de refeição

Interação no local refeição

Local para uma breve refeição antes e após dádiva.

Na tabela 4.4 seguinte são identificadas as secções das áreas comuns de livre circulação de pessoas nas BM, onde as diferentes interações entre profissional e o dador (CP) se verificam.

Tabela 4.4:Secções das áreas comuns de livre circulação de pessoas nas BM.

dig

o

Se

cçã

o

Designação

dig

o

Su

b-

secç

ão

Designação Interação CP

Descrição

1 Atendimento

ao dador - -

Interação na área de

atendimento

Este local de atendimento permite a receção ao dador, a sua inscrição para a dádiva, a emissão de declarações e esclarecimento de dúvidas. Equipado com 1 a 2 cadeiras, 1 a 2 mesas, 1 a 2 computadores portáteis, documentação em suporte de papel.

2 Sala de espera

2a Mesa para os questionários

Atividade exclusiva do

dador

Nesta área encontra-se disponível uma mesa e cadeias para preencher o questionário do dador.

2b Local de espera

Atividade exclusiva do

dador

Nesta área encontra-se disponível uma área com ou sem cadeiras para aguardar pela triagem.

3 Triagem

3a Local de triagem a Interação no

gabinete de triagem

Nesta secção é realizada a triagem de dadores. Está equipada com uma mesa, computador, duas cadeiras e material clínico para entrevista e avaliação física do dador (peso,TA hemoglobina)

3b Local de triagem b

47

dig

o d

a

Se

cçã

o Designação

(continuação) Có

dig

o d

a

Su

b-

secç

ão

Designação (continuação)

Interação CP (continuação)

Descrição (continuação)

4 Colheitas 4a Local de

avaliação da hemoglobina

Interação no local de

avaliação de hemoglobinas

Local onde se efetuam a avaliação da hemoglobina e o preenchimento de dados nos sacos de colheita. Equipada com hemoglobinómetro, material clinico, contentor de resíduos do grupo IV, sacos de colheita, canetas.

4 Colheitas

4b Mesa de trabalho

Atividade exclusiva do profissional

Local onde se situa o computador portátil e o material de apoio à colheita, nomeadamente selador, tubos para colheita de sangue periférico, compressas, toalhetes de álcool, suporte de tubos, o contentor de resíduos do grupo IV, tabuleiros e placas de butanodiol.

4c Cadeiras de

colheita

Interação nas cadeiras de

colheita

Local onde é realizada a colheita de sangue. Equipado com 2 cadeiras de colheita e 2 balanças agitadoras.

4d Cadeiras de

colheita

Interação na sala de colheita

Local onde é realizada a colheita de sangue. Equipado com 2 cadeiras de colheita e 2 balanças agitadoras.

4e Cadeiras de

colheita

Interação na sala de colheita

Local onde é realizada a colheita de sangue. Equipado com 2 cadeiras de colheita e 2 balanças agitadoras.

4f Cadeiras de

colheita

Interação na sala de colheita

Local onde é realizada a colheita de sangue. Equipado com 2 cadeiras de colheita e 2 balanças agitadoras.

5 Bar - - Atividade

exclusiva do profissional

No bar é realizada uma breve refeição antes e após dádiva. Realizar uma breve refeição antes e após dádiva. Equipado com mesas, cadeiras e alimentos e bebidas.

A recolha de dados foi efetuada através da aplicação dos instrumentos de observação ETdA e análise suplementar do AA. Os instrumentos de observação ETdA na dimensão do dador e na dimensão do profissional são os constantes do guião de utilização do modelo ETdA, devidamente adaptados em termos de terminologia para o contexto da dádiva de sangue. De seguida é apresentada uma descrição da adaptação efetuada.

4.5.1 Questionário ETdA

O questionário ETdA foi o instrumento de recolha de dados utilizado para os dadores. Segundo Loureiro (2012) o questionário ETdA deve permitir caracterizar a nível sociodemográfico os clientes, permitir a avaliação dos fatores ergonómicos e que permita identificar aspetos que influenciem o bem-estar dos clientes.

Em termos de estrutura o questionário ETdA manteve praticamente a sua estrutura original, encontrando-se organizado em três partes, a caraterização do dador, a análise dos fatores ergonómicos e por último uma pregunta aberta.

A primeira parte encontra-se organizada com dois grupos de questões: Questões de caracterização do dador (Qc) e as questões do dador e do local de colheita de sangue (Qcs). As questões de caracterização do dador (Qc) são relativas à caracterização sociodemográfica, nomeadamente, idade, género, profissão, escolaridade. As questões do dador e do local de colheita de sangue (Qcs) englobam o seguinte:

O dador é questionado sobre a importância da ergonomia; Se é dador habitual; Qual o local de colheita que habitualmente frequenta;

48

A frequência de visita ao local de colheita; Os motivos de preferência.

Nesta parte foi necessário ajustar a pregunta “É cliente habitual deste estabelecimento?” substituindo pela questão “É dador habitual?” e pela questão “Dos diferentes locais de colheita de sangue a seguir mencionados, indique o que habitualmente frequenta?”, de forma a caracterizar melhor o cliente/dador deste estudo.

A segunda parte consiste na avaliação da perceção dos clientes sobre os fatores ergonómicos. Segundo Loureiro estas questões designam-se questões ergonómicas dos clientes (Qe). Esta parte encontra-se organizada em três áreas, designadamente fatores ergonómicos ambientais (ruído, iluminação, ambiente térmico, presença de agentes químicos, vibrações e risco de acidente), ocupacionais (formação profissional, tomada de decisão, restritividade, conteúdo de trabalho, espaço de trabalho) e individuais (posturas e movimentos, atividade física, comunicação/inter-relação, atenção exigida).

Neste estudo justificou-se incluir dois fatores ergonómicos para análise a exposição a agentes químicos provenientes dos geradores e as vibrações dos PM. As questões relativas a estes fatores foram as seguintes:

Questão 15: “Se o local de colheita que está a frequentar for o posto móvel (autocarro) responda se alguma vez se sentiu incomodado pela presença de:

o 15.1 Gases provenientes dos geradores de energia do posto móvel. o 15.2 Vibrações mecânicas no posto móvel”.

E foram também incluídas duas questões sobre posturas e movimentos e uma sobre o espaço de trabalho, designadamente:

Questão 12: “Alguma vez sentiu dificuldade a sentar-se nas cadeiras de colheita de sangue neste local?”,

Questão 13: “Na sua opinião, como classifica o conforto das cadeiras de colheita de sangue neste local?”

Questão 16 “Alguma vez sentiu algum obstáculo (físico, estrutural, organizacional, outro que dificulta-se a sua deslocação neste local de colheita de sangue?”).

A avaliação dos fatores ergonómicos foi realizada utilizando uma escala de três a cinco níveis (frequência, probabilidade e escala de opiniões). A última parte é constituída por uma questão aberta, que permite o dador expor a sua opinião sobre medidas a implementar para melhorar os processos de trabalho e o aspeto geral do local de colheita de sangue. Na tabela 4.5 encontram-se descritas o tipo de questões usadas no questionário ETdA.

Loureiro (2012) nas linhas orientadoras do ETdA refere a importância de adequar a terminologia do questionário ETdA ao local do estudo e, se necessário, incluir alguma questão pertinente relacionada com queixas dos clientes ou se for sugerido pela direção da instituição. Em termo de terminologia foram adaptadas quase todas as questões, devido ao contexto do estudo, uma vez que este se realiza numa instituição de saúde. Estas adaptações consistiram na substituição do termo “estabelecimento comercial” pelo termo “local de colheita de sangue” ou “instituição de saúde”, na substituição do termo “requisitar” pelo termo “pedir”, na substituição do termo “funcionários” pelo termo “profissionais”.

De forma a testar a adequabilidade da terminologia adotada, foram realizados dois pré-testes. Para tal, foram utilizadas duas amostras de 17 dadores cada, num total de 32 dadores que efetuaram a sua dádiva nos locais de colheita de sangue, PF,PM e BM.

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Durante a aplicação dos questionários nos dois pré-testes, o AA esteve presente sem intervir, estando apenas como mero observador.

Tabela 4.5: Tipo de questões presentes no questionário ETdA. Variável ergonómica

Caracterização e fator ergonómico Questão

Caracterização do Dador (Qc)

Idade Questão 1 Género Questão 2

Profissão Questão 3 Habilitações Literárias Questão 4

Considerações ergonómicas dos espaços de trabalho pelo cliente/dador

Questão 5

Dador e o local de colheita (Qcs)

Cliente/dador regular Questão 6

Motivo da preferência Questão 7 Local de colheita de sangue que frequenta Questão 8

Acolhimento Questão 22.1 Simpatia Questão 22.2

Relação de confiança/ qualidade nos serviços prestados Questão 22.3 Limpeza Questão 22.4

Avaliação ergonómica do dador (Qe)

Ambiente térmico Questão 9; 22.8 Iluminação Questão 10; 22.6

Ruído Questão 11; 22.7 Posturas e movimentos Questões 12; 13

Espaço de trabalho Questão 14; 16; 22.4 Agentes químicos Questão 15.1

Vibrações Questão 15.2 Atividade física Questão 17

Repetitividade Questão 18 Tomada de decisão Questão 19; 22.2; 22.5

Restritividade Questão 20; 22.9 Risco de acidentes Questão 21

No final do preenchimento dos questionários o AA solicitou, a cada dador, que respondessem a algumas questões, que se encontram descritas na tabela 4.6.

Tabela 4.6: Questões de pré-teste do questionário dos dadores

Número da Questão Questão

Questão 1 Quanto tempo demorou a responder ao questionário?

Questão 2 Indique por favor, se encontrou alguma dificuldade na compressão de alguma questão. Se sim, qual foi a questão?

Questão 3 A sequência das questões colocadas está adequada?

Questão 4 Houve alguma questão que não respondeu? Se sim porquê?

Questão 5 Existe alguma questão que não foi feita neste questionário que gostasse que fosse colocada? Se sim qual?

Questão 6 Qual a sua opinião sobre a estrutura, a imagem e a clareza deste questionário?

O tempo médio de preenchimento do questionário foi de 7 minutos. No primeiro pré-teste as principais alterações ocorreram na parte dois do questionário relativas aos fatores ergonómicos em análise. Estas alterações dizem respeito à melhoria na definição de ergonomia e da definição de carga física, à identificação das possíveis causas da restritividade no local de colheita de sangue, à especificação do local onde são detetados problemas ergonómicos ambientais, à alteração da escala de avaliação da repetitividade e à especificação das possíveis causas de risco de acidente.

Na tabela 4.7 encontram-se descritas as principais alterações efetuadas no questionário ETdA.

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Tabela 4.7: resumo das principais alterações no questionário ETdA.

Fator ergonómico Principais mudanças efetuadas

Perceção sobre ergonomia Melhoria da definição

Restritividade Identificação das possíveis causas

Fatores ergonómicos ambientais Especificação da área

Carga física Melhoria da definição

Repetitividade Alteração da escala de avaliação

Risco de acidente Especificação de possíveis causas

Após efetuadas as alterações no primeiro pré-teste, foi efetuado o segundo pré-teste, no qual não surgiram sugestões de alterações, levando a concluir esta fase e a definir a versão final do questionário ETdA. No Anexo 9 encontra-se o questionário ETdA adaptado, versão final. O cabeçalho do questionário apresenta uma breve apresentação do âmbito do estudo, do objetivo principal, da garantia do anonimato e confidencialidade das respostas e um breve esclarecimento sobre o preenchimento do questionário.

4.5.2 Ficha de Avaliação ETdA

Na dimensão do profissional, como instrumento de avaliação ergonómica foi utilizada a ficha de avaliação, adaptada do modelo ETdA. A adaptação consistiu na inclusão de dois itens, designadamente vibrações e presença de agentes químicos no ambiente de trabalho provenientes dos geradores, a combustível fóssil, fornecedores de energia elétrica. A inclusão destes dois itens justificou-se uma vez que durante a visita ao local de colheita PM, por parte do AA e na entrevista aos profissionais, verificou-se que a energia elétrica fornecida ao PM, para realização da sessão de colheita, era efetuada por um gerador localizado na parte inferior do PM. Este gerador era a fonte de vibrações e de presença de agentes químicos. Os profissionais referiam que a presença de agentes químicos era um aspeto problemático em determinados momentos de trabalho no PM.

A ficha de avaliação é constituída por 14 itens de avaliação para o PF e BM e 16 itens de avaliação para o PM, um campo para observações e pode ser consultada nos Anexo 10 e 11.

A Ficha de Avaliação está organizada para que o profissional atribua uma classificação que vai de muito mau (--), mau (-), bom (+) a muito bom (++), para cada fator ergonómico em análise.

4.5.3 Lista de Verificação

Segundo Loureiro (2012), é necessário identificar os indicadores a serem usados, nomeadamente os fatores ergonómicos e as características operacionais dos clientes. Os fatores ergonómicos podem ser intrínsecos (fatores ergonómicos individuais) ou extrínsecos (ocupacionais ou ambientais). Temos então, fatores ergonómicos ambientais (ruído, iluminação, ambiente térmico, presença de agentes químicos, vibrações e risco de acidente), ocupacionais (formação profissional, tomada de decisão, restritividade, conteúdo de trabalho espaço de trabalho ou área comum) e individuais (posturas, atividade física, comunicação/inter-relação, atenção exigida). Segundo esta autora as características operacionais estão relacionadas com um grupo de clientes que poderão ter influência na análise ergonómica, designadamente idade, género, profissão, escolaridade e conhecimentos de ergonomia (Loureiro, 2012).

A recolha de dados na dimensão do analista no modelo ETdA passa pela observação direta (em contexto real) e indireta (registos fotográficos e vídeos) com recurso a uma lista de verificação para avaliação ergonómica e entrevistas aos profissionais e à direção do CSTP, nomeadamente à dirigente do CSTP, aos responsáveis do serviço da qualidade e do serviço de higiene, saúde e segurança no trabalho e utilização de instrumentos de medida. Das entrevistas à direção do CSTP, ao serviço de

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higiene, saúde e segurança no trabalho e ao serviço da qualidade reuniu-se a informação relevante para a realização do estudo, para caracterizar a instituição, caracterizar o trabalho desenvolvido, assim como caraterizar as relações entre profissionais e dadores.

De forma a realizar uma avaliação dos fatores ergonómicos elaborou-se uma Lista de Verificação Ergonómica tendo em conta as orientações de Loureiro (2012). A lista de verificação ergonómica elaborada para este estudo (Anexo 12) apresenta os 16 fatores ergonómicos em análise relativamente a riscos de saúde para a situação de trabalho, assim como para o atendimento ao público naquele local.

Esta lista possui uma escala de avaliação onde o AA atribui uma pontuação de 1 a 4 pontos. Uma pontuação de 1 revela uma situação de risco para a saúde do dador e do profissional. Uma pontuação de 2 indica uma situação negativa, representando uma situação crítica, mas sem risco de saúde para a população utilizadora da área. Uma pontuação de 3 indica uma avaliação aceitável, mas com sugestões de melhoria. E por último uma pontuação de 4 representa uma situação positiva sem riscos relevantes. Caso fosse detetado alguma situação que representasse riscos de saúde para o dador ou para o profissional, seria comunicado de imediato à direção do CSTP e o trabalho deveria ser suspenso até uma nova avaliação mais aprofundada.

Os equipamentos de medida utilizados foram cedidos pelo Laboratório de Engenharia Humana Universidade do Minho, estes encontram-se descriminados na seguinte tabela 4.8.

Tabela 4.8: Equipamentos de medida utilizados.

Fator Ergonómico Equipamento

Ruído Sonómetro Integrador Quest Technologies 2800 com filtro de banda larga

Vibração Vibrómetro Quest Tecnologie VI-400 Pro

Iluminação Luxímetro Delta Ohm, HD9221

Ambiente térmico

Termoanemómetro Velocicheck 8330-M-GB

Termómetro de globo Cassela BS 2842

Psicómetro rotativo Cassela BS 2842:1992

Agentes químicos

Dióxido de Carbono Medidor da Qualidade do Ar Interior, IAQ - CALC Modelo 8762 Monóxido de Carbono

Para avaliação ergonómica do local em estudo, o AA recorreu às orientações da metodologia Ergonomic Workplace Analysis (EWA) de Ahone, Launis, & Kuorinka (1989), assim como à legislação nacional.

Na tabela 4.9 encontram-se as orientações EWA adaptadas à análise das áreas comuns de livre circulação de pessoas.

Para cada fator ergonómico o AA necessitou de adaptar a escala de avaliação ergonómica, de definir, em alguns casos, uma metodologia mais específica, e de analisar e aplicar a legislação nacional. A metodologia adotada para cada fator ergonómico encontra-se no Anexo 13.

Tabela 4.9: Orientações EWA adaptadas para a análise de áreas comuns de livre circulação de pessoas.

Fator Ergonómico Orientações EWA Adaptadas para Análise

Ruído Determinação dos níveis de exposição sonora ao ruído por área/secção

Vibração Determinação dos níveis de vibração

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Fator Ergonómico Orientações EWA Adaptadas para Análise (continuação)

Iluminação Determinar a iluminância da área/secção

Calcular rácio valor medido/recomendado

Determinar o nível de encandeamento

Ambiente térmico Determinação da temperatura, humidade relativa e velocidade do ar

Agentes químicos Determinação de Dióxido de Carbono

Determinação de Monóxido de Carbono

Risco de acidentes Analisar a probabilidade e severidade de ocorrência de um acidente

Nível de atenção requerida

Determinar e observar o período/exigência de atenção

Analisar o grau de atenção do profissional no atendimento ao dador, nas restantes tarefas, nos equipamentos, nas máquinas.

Tomada de decisão Determinação do grau de complexidade de informação necessária para desenvolver o trabalho e se as qualificações e competências estão ao nível do trabalho exigido

Análise da capacidade dos profissionais em resolver problemas dos clientes

Comunicação/ relação interpessoal

Possibilidade de comunicar livremente com os superiores, colegas de trabalho ou clientes

Conteúdo de trabalho

Determinação do número e qualidade das tarefas individuais do trabalho desempenhado

Atividade física Nível de atividade física exigida pelo trabalho

Espaço de trabalho Analisar a área de trabalho

Altura do plano de trabalho

Visão

Espaço para as pernas

Assento

Ferramentas manuais

Tarefas de elevação Verificar a altura a que se realiza a elevação

Determinar o peso da carga elevada

Verificar a distância horizontal entre as pegas

Posturas e movimentos

Avaliação das posturas e movimentos relacionados com o trabalho, por partes corporais: Pescoço e ombros

Pescoço e ombros; Cotovelos e punhos; costas; Ancas e pernas

Determinação do tempo usado para manter cada postura

Repetividade Determinação da duração do ciclo de trabalho

Restritividade Identificação de condições que limitem a atividade do profissional ou do atendimento do dador na área/secção

Observações Neste campo o analista/profissional pode tecer comentários do local de trabalho e identificar prioridades de atuação

4.5.4 Aplicação dos instrumentos de observação ETdA

Antes de ir para o terreno aplicar os instrumentos de observação ETdA, houve a necessidade de informar os superiores hierárquicos dos vários grupos profissionais e os responsáveis pela organização e planeamento das sessões de colheitas de sangue sobre o estudo, os seus objetivos e a solicitação da sua participação no mesmo. Foi garantida que a presença do AA e a aplicação dos instrumentos de observação ETdA não iria interferir com a dinâmica da brigada, não acarretaria qualquer custo para a instituição e seria garantida a confidencialidade e o anonimato das respostas e respeitada a vontade dos dadores e profissionais em participar ou não no estudo.

A aplicação dos instrumentos de observação ETdA foi efetuada no PF nos dias 19, 22 e 23 de Abril, nos PM nos dias 15, 16 e 17 de Abril e nas BM nos dias 14, 22 e 25 de Abril.

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Os questionários foram entregues em mão pelo AA, a todos os dadores que efetuaram a colheita de sangue nos PF, nos PM e nas BM em estudo e foram devolvidos pelos dadores antes destes se ausentarem do local de colheita de sangue. Foram excluídos do estudo os dadores que efetuaram colheita de sangue para análises, os dadores suspensos e os dadores eliminados. Na tabela 4.10 encontra-se exposto a taxa de resposta dos questionários ETdA entregues aos dadores nos locais de colheita de sangue.

Tabela 4.10: Taxa de resposta dos Questionários ETdA entregues aos dadores.

Local de colheita

Questionários ETdA entregues

Questionários ETdA devolvidos corretamente preenchidos

Taxa de resposta

PF 129 124 96,1%

PM 82 74 90,2%

BM 158 126 79,7%

As fichas de avaliação foram entregues em mão pelo AA, a todos os profissionais que efetuaram a sua atividade nos PF, PM e BM em estudo, e foram devolvidos pelos profissionais antes destes se ausentarem do local de colheita de sangue. Foram excluídos do estudo os profissionais que não exerceram a sua atividade profissional nos locais e datas do estudo. Na tabela 4.11 encontra-se exposto a taxa de resposta das fichas de avaliação ETdA entregues aos profissionais nos locais de colheita de sangue.

Tabela 4.11: Taxa de resposta das Fichas de Avaliação ETdA entregues aos profissionais.

Local de colheita

Fichas de avaliação ETdA entregues

Fichas de avaliação ETdA devolvidos corretamente preenchidos

Taxa de resposta

PF 31 31 100%

PM 21 21 100%

BM 22 22 100%

Uma vez que o tempo para análise e recolha de dados era limitado o AA necessitou de se organizar muito bem. A primeira visita do AA à instituição permitiu reunir a informação para caracterizar a instituição, o trabalho desenvolvido e as relações entre profissionais e dadores. A segunda visita permitiu ao AA realizar um estudo prévio dos locais de colheita de sangue, recorrendo a informações junto dos responsáveis de planeamento e organização de brigadas em termos de localização, número de dadores previstos, número de profissionais atribuídos a cada local, material necessário para as sessões de colheita de sangue.

As restantes visitas ocorreram durante os dias e locais definidos para o estudo. O AA reuniu todo o material e equipamentos necessários para o estudo e recorreu à Lista de Verificação Ergonómica para analisar os locais de colheita de sangue. Durante o período da análise o AA foi efetuando entrevistas aos profissionais, recolheu fotografias e imagens de vídeo e recolheu os dados necessários para o estudo.

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4.5.5 Caraterização das dimensões ETdA

A caraterização das dimensões ETdA foi realizada para a dimensão dos dadores e para a dos profissionais. A dimensão do analista não foi caraterizada uma vez que se trata de uma só pessoa, o autor do estudo. De forma a caraterizar as dimensões ETdA recorreu-se à estatística descritiva.

Foi realizada uma análise exploratória para a dimensão dos dadores recorrendo a gráficos circulares, gráfico de barras e tabelas. Os gráficos circulares foram utilizados na distribuição dos dadores por género e na avaliação do aspeto geral do local de colheita. Os gráficos de barras foram utilizados para a distribuição das idades, na distribuição das idades por género, habilitações literárias, profissões, na distribuição da opinião por género da importância dada às considerações ergonómicas na conceção dos espaços de trabalho e na distribuição dos motivos de preferência do local de colheita. As tabelas foram utilizadas para distribuição da opinião dos dadores sobre a qualidade dos serviços prestados. Os dados encontram-se apresentados por ordem sequencial do questionário.

No processamento estatístico das idades, foi necessário agrupar as idades em cinco grupos: dos 18 aos 29 anos, dos 30 aos 39, dos 40 aos 49, dos 50 aos 59 e dos 60 aos 65 anos de idade. O agrupamento de idades iniciou-se aos 18 e terminou nos 65 anos, uma vez que estas idades são os limites legais para a dádiva de sangue.

De forma a proceder ao processamento estatístico das profissões foi necessário recorrer ao agrupamento destas, resultando 13 grupos de profissões. Os primeiros quatro grupos são: estudante, doméstica, desempregado e reformado. Os restantes nove grupos foram definidos de acordo com a nomenclatura da Classificação Portuguesa das Profissões (2010), estes são; os especialistas das catividades intelectuais e científicas; os técnicos e profissões de nível intermédio; o pessoal administrativo; os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores; os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices; os operadores de instalações e máquinas e trabalhadores da montagem; os trabalhadores não qualificados, os representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos; e por último os agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura, da pesca e da floresta.

Na dimensão dos profissionais foi feita uma apenas a caraterização da distribuição dos profissionais por secção, uma vez que as fichas de avaliação eram anónimas e não contêm elementos que possam identificar o profissional. Nesta dimensão foram utilizados gráficos de barras.

Para proceder ao processamento dos dados para a caraterização das dimensões ETdA foi utilizado o programa informático Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 21.0 (Satistics, IBM SPSS, 2012).

4.5.6 Análise Dos Resultados Com Recurso Ao ETdAnalyser

A aplicação informática ETdAnalizer (Loureiro et al., 2014), tem a opção de análise dos dados, de elaboração de um relatório com as prioridades de ação, assim como, de possibilitar a atribuição de diferentes ponderações a cada dimensão, para estudar o impacto de cada uma na tomada de decisão.

Esta aplicação informática permite realizar um ajuste das escalas das três dimensões para cada fator ergonómico. Note-se que, na dimensão do profissional, a escala da ficha de avaliação ergonómica varia entre 1 (muito mau) e 4 (muito bom); na dimensão do analista a escala da lista de verificação varia de 1 (situação de risco) a 4 (situação positiva); e na dimensão do dador as escalas do questionário ETdA variam de 1 a 5 e de 1 a 3 conforme o tipo de escala (frequência, probabilidade e opinião) Este facto permite ultrapassar a dificuldade de as escalas não serem normalizadas nas três dimensões. Após a normalização pela aplicação informática ETdAnalyser é atribuída uma ponderação a cada dimensão (a soma das ponderações atribuídas a cada dimensão é de 100%). O resultado final é uma média

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ponderada de cada fator ergonómico, no qual o programa atribui um nível de risco ergonómico, segundo uma escala de 3 pontos, correspondendo a cor vermelha (1) a uma situação crítica, a cor amarela (2) a uma situação de intervenção a médio prazo e a cor verde (3) a uma situação não critica.

Para utilizar esta aplicação informática foi necessário seguir os seguintes passos:

1. Criação de um novo utilizador e palavra-passe; 2. Criação de novo projeto; 3. Criação de nova análise; 4. Adequação dos instrumentos de avaliação ergonómica (questionário, ficha de avaliação e lista

de verificação) e respetiva escala; 5. Seleção do tipo de análise (análise por secção ou por área comum); 6. Atribuição das ponderações para cada secção e para cada fator ergonómico; 7. Introdução dos dados obtidos para as três dimensões através da exportação dos dados de

um ficheiro de Microsoft Excel 2010. 8. Geração dos relatórios com os resultados ponderados finais.

Embora o programa permita a disponibilização via web dos instrumentos de avaliação ETdA tal não foi aplicado, pois os locais onde era efetuada a colheita não havia acesso. Desta forma os instrumentos de avaliação ETdA dos profissionais e dos dadores foram disponibilizados em formato papel, tendo sido criado uma base de dados no Microsoft Excel 2010 com os resultados. Posteriormente estes foram importados para a aplicação informática ETdAnalyser.

Aquando da utilização da aplicação informática ETdAnalyser surgiu um constrangimento relacionado com o funcionamento da aplicação. O problema identificado pela equipa que desenvolveu a aplicação estava relacionado com o servidor ao qual a aplicação estava afeta. Este facto não permitiu a geração de relatórios (passo 8). Tal situação foi ultrapassada, através da criação de uma base de dados no Microsoft Excel 2010 na qual, e por questões de programação, se optou por uma escala de 3 cores com uma pontuação de 1 a 5 pontos (tabela 4.10). De salientar que o algoritmo que estava na base da criação do ETdAnalyser (Loureiro, 2014)) se manteve, tendo sido esta questão assegurada pelos próprios desenvolvedores do programa. O ficheiro que contém o programa ETdAnalyser encontra-se disponibilizado em formato digital em Anexo.

Tabela 4.12: Tabela de ponderação ETdA.

Pontuação Cor Intervenção

]3-5] Verde Não Crítica

[2-3] Amarela A Médio Prazo

[1-2[ Vermelha A Curto Prazo

4.5.1 Tabelas De Ponderação

Segundo Loureiro (2012), o desenvolvimento das tabelas de ponderação realizasse recorrendo aos resultados das variáveis ETdA (Ce, Pe e Ae), às quais é atribuído um coeficiente de ponderação para cada variável ETdA. A tomada de decisão é baseada no valor ponderado final obtido apresentado numa escala de três cores, vermelho, amarelo e verde. A cor vermelha corresponde a uma situação crítica que requer intervenção a curto prazo, a cor amarela a uma situação de intervenção a médio prazo e a cor verde a uma situação não crítica.

A tabela de ponderação criada por Loureiro (2012), onde se reflete o número de decisões que podem ocorrer, encontra-se exposta de seguida (tabela 4.11).

As tabelas de ponderação 1, 2 e 3 correspondem a uma avaliação ocupacional apenas dos profissionais e do AA. Segundo Loureiro (2012), de forma a garantir que o enfoque é dado ao cliente as

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ponderações dadas aos profissionais e AA devem ser iguais, e tal cuidado foi efetuado neste estudo. As tabelas de ponderação 13, 14 e 15 correspondentes às avaliações do dador, do profissional e do AA, respetivamente. A tabela 16 corresponde à avaliação do par analista e dador.

Neste estudo foram analisados vários fatores para elaboração das tabelas de ponderação, de forma a permitir uma análise conjunta, uniforme e coerente dos dados. Foi tido em linha de conta a análise ergonómica do analista realizada por secção, a distribuição das fichas de avaliação, que foi feita por secção que corresponde à atividade realizada pelo profissional e a existência da secção 2 destinada apenas aos dadores.

Foi definido que as secções 1, 3 e 5 teriam ponderações das três dimensões uma vez que foram avaliadas pelos dadores, pelo profissional e pelo AA. A secção 2, de uso exclusivo dos dadores, foi avaliada pelo AA e pelos dadores, sendo a ponderação para a dimensão dos profissionais, zero porcento. Os fatores ergonómicos: conteúdo do trabalho, tarefas de elevação, nível de atenção requerida e comunicação/relação interpessoal apenas foram avaliados pelos profissionais e pelo AA, portanto a ponderação considerada para a dimensão dos dadores foi zero porcento.

Tabela 4.13: Tabelas de Ponderação (reproduzido de Loureiro, 2012). Tabelas de Ponderação

Tabelas de ponderação Percentagem de ponderação

Dador Analista Profissional

1 0 50 50 2 0 25 75 3 0 75 25 4 5 47,5 47,5 5 10 45 45 6 25 37,5 37,5 7 33,3 33,3 33,3 8 40 30 30 9 50 25 25

10 70 15 15 11 80 10 10 12 90 5 5 13 100 0 0 14 0 0 100 15 0 100 0 16 50 50 0

Nas tabelas de ponderação deste estudo, os resultados da secção 2 e dos resultados dos fatores ergonómicos: conteúdo do trabalho, tarefas de elevação, nível de atenção requerida e comunicação/relação interpessoal encontram-se identificados com a cor cinzenta. Tal acontece porque a secção 2 é de uso exclusivo dos dadores, logo só foi avaliada pelo dador e pelo AA e os fatores ergonómicos mencionados anteriormente apenas foram avaliados pelo AA e pelos profissionais. Estes dados não foram considerados para análise, uma vez que os objetivos do trabalho se encontram direcionados para a opinião do cliente segundo a metodologia ETdA.

4.5.2 Tomada de Decisão

Segundo Loureiro (2012), existem vários fatores que são responsáveis pelo processo de decisão. Estes fatores são a força da inter-relação cliente profissional, o tipo de negócio, o valor que os clientes têm para a organização, a identificação das dimensões envolvidas numa situação critica e as variáveis suplementares. Um outro aspeto a ter em conta é a existência de legislação ou recomendações nacionais que devem ser garantidas em primeiro lugar e só depois se deve considerar o valor dos resultados obtidos nas tabelas de ponderação.

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Segundo Loureiro (2012) torna-se importante analisar o impacto que diferentes ponderações de cada dimensão têm na tomada de decisão.

Uma vez que o objetivo do presente estudo é analisar o impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue foi avaliado o impacto que diferentes ponderações na dimensão dos clientes produzem na tomada de decisão. Loureiro (2012) sugere que seja avaliado o número de mudança de avaliações de cor vermelha, amarela e verde e o tipo de mudança, de vermelho para amarelo (em ambas as direções), de amarelo para verde (em ambas direções) e de vermelho para verde (em ambas as direções). Assim como o fator ergonómico e secção que sofreu alteração da avaliação.

Neste trabalho foi também efetuada uma análise comparativa dos locais de colheita de sangue, analisando as cores das avaliações atribuídas por ponderação e por fatores ergonómicos.

Na análise por ponderações analisou-se as alterações que ocorreram à medida que a ponderação dos dadores aumentava e qual a sua influência na tomada de decisão. Ou seja, quais as alterações registadas da cor das células da cor vermelha para a amarela, em ambos os sentidos, da cor amarela para a cor verde, em ambos os sentidos, e da cor vermelha para a cor verde, em ambos os sentidos.

Analisou-se a tabela de ponderação de 33,3% dos três locais de colheita de forma a interpretar quais as intervenções prioritárias por local de colheita de sangue.

Uma vez que esta tabela foi considerada, pelo AA e pela autora da metodologia ETdA (Loureiro, 2012), a que melhor reflete a análise conjunta da opinião das três dimensões ETdA.

Na análise por fatores ergonómicos foi efetuada um estudo das avaliações dos pares Analista/Profissional (AP) e Analista/Cliente (AC) como é sugerido pela autora do modelo ETdA. As tabelas de ponderação selecionadas para este estudo foram a tabela de ponderação 1 relativa ao par AP e a tabela de ponderação 16 correspondente ao par AC.

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(Esta página foi deixada em branco propositadamente)

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5. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Este encontra-se dividido em quatro subcapítulos, nomeadamente, a Caraterização das Dimensões ETdA, a Análise dos Resultados com Recurso ao Etdanalyser, Tabelas de Ponderação e a Tomada de Decisão.

No subcapítulo 5.1 Caraterização das Dimensões ETdA serão caraterizadas a dimensão do dador e do profissional por local de colheita de sangue, PF, PM e BM. No subcapítulo 5.2 Análise dos Resultados com Recurso ao ETDAnalyser serão apresentados e discutidos os dados resultantes dos questionários, fichas de avaliação e da lista de verificação dos respetivos locais de colheita de sangue, PF, PM e BM. No subcapítulo 5.3 Tabelas de Ponderação serão apresentados os dados resultantes das tabelas de ponderação e a sua análise por PF, PM e BM. No subcapítulo 5.4 Tomada de Decisão será apresentado um estudo comparativo dos locais de colheita de sangue, por ponderações e por fator ergonómico.

5.1 Caraterização das Dimensão ETdA

A caracterização das dimensões ETdA dos dadores e profissionais são apresentadas de seguida por local de colheita de sangue. A dimensão do Analista não será descrita uma vez que esta corresponde à autora do estudo (AA).

A caracterização dos dadores e dos profissionais será apresentada através de uma análise exploratória, recorrendo a gráficos e tabelas. Relativamente à caracterização sociodemográfica dos profissionais não é possível ser realizada de uma forma completa, uma vez que a participação dos profissionais no preenchimento das fichas de avaliação foi anónima. Contudo é possível apresentar um perfil do profissional de acordo com a secção onde se encontra a realizar as suas funções. Será apresentada então uma análise exploratória da distribuição dos profissionais recorrendo a gráfico de barras.

5.1.1 Posto Fixo

A caracterização da dimensão do dador será realizada através dos dados recolhidos através do questionário ETdA, por local de colheita (PF, PM e BM).

No período em estudo, dos 124 dadores que efetuaram a sua dádiva de sangue no PF, 64,5% eram do género masculino e 35,5% eram do género feminino (gráfico 5.1).

Gráfico 5.1:Distribuição dos dadores no PF, por género.

Os 39 de idade foi a idade média encontrada neste grupo em estudo do PF e o desvio padrão foi de 11,1.

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Analisando a distribuição das idades dos dadores do PF verifica-se que a faixa etária com maior percentagem de dadores é a dos 30 aos 39 anos de idade com 31,1% (gráfico 5.2).

Gráfico 5.2 Distribuição das idades dos dadores no PF.

Analisando a idades no PF por género, no caso do género masculino a distribuição de idades com maiores percentagens situa-se entre as faixas etárias dos 30 aos 39 e na faixa etária dos 40 aos 49 anos, com 20,2%. No caso do género feminino, estamos perante um grupo mais jovem, com percentagens maiores nas idades entre os 30 e os 39 anos com 12,9% (gráfico 5.3).

Gráfico 5.3: Distribuição das idades dos dadores no PF, por género.

No que respeita às habilitações literárias dos dadores do PF (gráfico 5.4) estes apresentam 62,9% escolaridade do 4º ano até ao 12º ano ou curso tecnológico/profissional. O outro grande grupo 37,1% são os dadores com habilitações literárias de nível superior.

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Gráfico 5.4: Habilitações Literárias dos dadores no PF.

No PF encontraram-se 12 grupos de profissões. As profissões com maior percentagem de dadores são os especialistas das atividades intelectuais e científicas com 29,8%, os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores com 21,8% e os trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices com 12,9%. Relativamente aos desempregados estes representam 4,8% e os reformados 1,6% dos dadores. Também se verificou que 1,6% dos dadores não responderam a esta questão (gráfico 5.5).

Gráfico 5.5: Profissão dos dadores no PF.

A importância dada às considerações ergonómicas na conceção dos espaços de trabalho nos PF foi avaliada em “bastante importante” por 36,3% dos dadores, “muito importante” por 46,8%, de “alguma importância” em 16,1% e de “muito pouca” importância por 0,8% dos dadores.

62

Avaliando esta questão por género verifica-se que o género feminino avalia a importância dada às considerações ergonómicas de uma forma positiva com avaliações maioritariamente de “muito” importante (14,5%) e “bastante importante (14,5%).

No género masculino a avaliação é semelhante tendo a maior percentagem de dadores dado uma avaliação de “muito importante” (32,3%) e “bastante importante” (21,8%) (gráfico 5.6).

Gráfico 5.6 Importância das considerações ergonómicas na conceção dos espaços de trabalho, por género, no PF.

No período do estudo no PF constatou-se que 93,5% dos dadores eram dadores habituais.

No que diz respeito ao número de vezes que os dadores habituais frequentam o PF verificou-se que 90,6% dos dadores frequentam o PF duas ou mais vezes por ano (duas vezes por ano 27,6% dos dadores habituais, três vezes por ano 44% dos dadores habituais e mais de três vezes por ano 19% dos dadores habituais) e apenas 9,4% frequentam uma vez por ano.

Os principais motivos pela preferência do local de colheita, referidos pelos dadores no PF, foram a confiança nos serviços prestados por 44,4% dos dadores, mais de um motivo de preferência foi assinalado por 25% dos dadores e a proximidade da área de residência por 18,5% dos dadores (gráfico 5.7)

Os dadores no PF, 94,4% mencionam que o local habitualmente frequentado é o PF. Constata-se portanto que a maioria dos dadores frequenta o PF e apenas 5,6% dos dadores frequentam habitualmente os outros locais onde é possível efetuar a sua dádiva de sangue.

63

Gráfico 5.7: Motivos da preferência do local de colheita de sangue, dos dadores no PF.

No que diz respeito ao aspeto geral do local de colheita (gráfico 5.8) a maioria dos dadores no PF classificou como “bom” (51,6% dos dadores).

Gráfico 5.8: Avaliação do aspeto geral do local de colheita pelos dadores no PF.

Quanto à avaliação da qualidade do serviço no PF foram efetuadas questões relativas ao acolhimento, simpatia, relação de confiança/qualidade dos serviços prestados e limpeza do local de colheita. Na tabela 5.1 encontram-se os resultados obtidos, onde se constata que as avaliações são maioritariamente positivas, situando-se entre “boa” e “muito boa”.

Tabela 5.1: Opinião dos dadores relativamente à qualidade dos serviços prestados no PF.

Razoável Boa Muito boa

Acolhimento 2,4% 53,2% 44,4%

Simpatia 5,6% 38,7% 55,6%

Relação de confiança/qualidade dos serviços 1,6% 37,1% 61,3%

Limpeza - 37,9% 62,1%

64

Relativamente à caracterização sociodemográfica dos profissionais será apresentada uma análise exploratória da distribuição dos profissionais. No PF foram devolvidas 31 fichas de avaliação preenchidas pelos profissionais. No gráfico 5.9 é possível observar que a secção mais representativa é a da colheita com 38,7% dos profissionais.

Gráfico 5.9: Profissionais por secção, no PF.

5.1.2 Posto Móvel

Nos PM 74 dadores realizaram a sua dádiva de sangue, onde 56,8% eram do género feminino e 43,2% do género masculino (gráfico 5.10). A média de idades dos dadores dos PM foi 38 anos com um desvio padrão de 11,1.

Gráfico 5.10: Distribuição dos dadores por géneros nos PM.

Quanto à distribuição das idades dos dadores nos PM, analisada por categorias, pode-se constatar que estes encontram-se distribuídos pelas faixas etárias mais jovens. Verifica-se que a maior percentagem de dadores encontra-se na faixa etária dos 40 aos 49 anos de idade com 31,5% (gráfico 5.11).

Secção

65

Gráfico 5.11: Distribuição das idades dos dadores por categorias nos PM.

Relativamente à distribuição das idades por género nos PM verifica-se que 21,9% do género feminino apresenta idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos. O género masculino é o grupo mais jovem com 17,8% dos dadores com idades entre os 18 e os 29 anos (gráfico 5.12).

Gráfico 5.12:Distribuição das idades dos dadores por género nos PM.

O nível de habilitações literárias dos dadores nos PM (gráfico 5.13) situa-se em 55,5% com habilitações até ao 12º ano ou com curso tecnológico/profissional. O outro grande grupo 44,7% são os dadores com habilitações literárias de nível superiores.

66

Gráfico 5.13: Habilitações literárias dos dadores dos PM.

Em relação às profissões nos PM estas encontram-se distribuídas por 10 grupos de profissões (gráfico 5.14). Das quais pode-se destacar três grandes grupos, os estudantes com 13,5%, os especialistas das catividades intelectuais e cientificas com 27% e os trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e os vendedores com 27%. Relativamente aos desempregados estes representam 4,1% e os reformados 1,4% dos dadores. Também se verificou que 2,7% dos dadores não responderam a esta questão.

Gráfico 5.14: Profissões dos dadores nos PM

A importância dada às considerações ergonómicas na conceção dos espaços de trabalho nos PM foi avaliada em bastante importante por 37,8% dos dadores, muito importante por 40,5%, de alguma importância em 20,3% e de pouca importância por 1,4% dos dadores. Avaliando esta questão por género verifica-se o género feminino avalia a importância dada às considerações ergonómicas de uma

67

forma positiva com avaliações entre “alguma”, “muita” e “bastante”, sendo que apenas 1,4% das dadoras atribuiu uma avaliação de pouca “importância” (gráfico 5.15).

Gráfico 5.15: Importância das considerações ergonómicas nos espaços de trabalho dos dadores nos PM, por género.

No género masculino a avaliação é positiva tendo a maior percentagem de dadores dado uma avaliação de “bastante importante” e “muito importante”, 21,6 e 16,2% respetivamente e apenas 5,4% uma avaliação de “alguma importância” (gráfico 5.15).

Verificou-se que, no período do estudo, 83,8% dos dadores que frequentaram os PM eram dadores habituais. Relativamente à regularidade da frequência dos dadores habituais constata-se que 75,6% dos dadores habituais frequentam os PM duas ou mais vezes por ano (27% duas vezes por ano, 13,5% três vezes por ano e 35,1% mais de três vezes por ano) e apenas 8,1% dos dadores habituais frequentam uma vez por ano.

Os principais motivos pela preferência do local de colheita apontados pelos dadores nos PM foram em 33,8% a proximidade da área de trabalho, em 28,4% a proximidade da área de residência e 24,3% com mais de um motivo pela preferência (gráfico 5.16).

Gráfico 5.16: Motivos de preferência pelo local de colheita dos dadores nos PM.

68

Relativamente ao local habitualmente frequentado pelos dadores nos PM constata-se que 77% dos dadores responderam o PM, 12,2% dos dadores responderam o PF e 10,8% dos dadores frequentam habitualmente as BM. Relativamente ao aspeto geral do local de colheita, 70,3%, 23%, e 6,8% dos dadores dos PM atribuíram uma avaliação de bom, muito bom e de razoável, respetivamente (gráfico 5.17).

Gráfico 5.17: Avaliação do aspeto geral do local de colheita, pelos dadores dos PM.

No que diz respeito à avaliação da qualidade do serviço nos PM foram efetuadas questões relativas ao acolhimento, simpatia, relação de confiança/qualidade dos serviços prestados e limpeza do local de colheita. Na tabela 5.2 encontram-se os resultados obtidos, onde se constata que as avaliações são maioritariamente positivas, situando-se em “boa” e “muito boa”.

Tabela 5.2: Distribuição da opinião dos dadores relativamente à qualidade dos serviços prestados nos PM.

Razoável Boa Muito boa

Acolhimento 6,8% 40,5% 52,7% Simpatia 2,7% 36,5% 60,8% Relação de confiança/qualidade dos serviços 4,1% 33,8% 62,2% Limpeza - 45,9% 54,1%

Na dimensão do profissional nos PM foram entregues 21 fichas de avaliação de avaliação corretamente preenchidas. No gráfico 5.18 é possível observar que a secção mais representativa é a da colheita com 38,1% dos profissionais, seguida da secção do bar com 28,6%, a secção da triagem com 19% e o atendimento ao dador com 14,3%.

Gráfico 5.18: Profissionais por secção nos PM.

Secção

69

5.1.3 Brigadas Móveis

Dos 126 dadores que efetuaram a sua dádiva de sangue nas BM, no período em estudo, 57,1% eram do género feminino e 42,9% do género masculino (gráfico 5.19).

Gráfico 5.19: Distribuição dos dadores por género nas BM.

No que diz respeito às idades dos dadores nas BM, a média situavam-se nos 41,1 anos, aproximadamente, com um desvio padrão de 11.

Analisando a distribuição das idades nas BM (gráfico 5.20) verifica-se que a categoria onde se encontram a maioria dos dadores se situa entre os 40 e os 49 anos de idade, com 34,9%.

Gráfico 5.20: Distribuição das idades dos dadores nas BM.

Quando analisando as idades por género nas BM verifica-se que 19% do género feminino apresenta idades compreendidas entre os 40 e os 49 anos, as categorias de idades entre os 18 e os 29 anos, os 30 e os 39 anos e os 50 e os 59 anos apresentam uma distribuição homogénea.

Relativamente ao género masculino a distribuição das idades com maior percentagem situa-se na faixa etária dos 40 aos 49 anos com 15,9% dos dadores (gráfico 5.21).

70

Gráfico 5.21:Distribuição dos dadores por idade e género nas BM.

Em termos de habilitações literárias nas BM a maioria dos dadores, 80,3%, possuem habilitações literárias até ao 12º ano de escolaridade ou curso tecnológico/profissional. Os licenciados e mestrandos representam os restantes 20,7% dos dadores (gráfico 5.22).

Gráfico 5.22: Distribuição dos dadores nas BM por habilitações literárias.

Relativamente às profissões nas BM, o maior grupo profissional com 19,8% pertence aos trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e de segurança e vendedores.

Os restantes grandes grupos são os desempregados (17,5 %), os trabalhadores da indústria, construção e artificies (15,9%), os especialistas das atividades intelectuais e científicas (15,1%) e ainda o pessoal administrativo (9,5%) (gráfico 5.23).

Como seria de esperar, uma vez que a idade limite para a dádiva de sangue são os 65 anos, os reformados são o grupo mais minoritário com 1,6% (gráfico 5.23).

71

Gráfico 5.23: Distribuição dos dadores das BM por profissões

A importância dada às considerações ergonómicas na conceção dos espaços de trabalho nas BM foi uma das questões colocadas. Na qual 77% dos dadores responderam dar muita importância (50,8%) e bastante importância (26,2%), já 19% dos dadores dão alguma importância e 4% dos dadores responderam dar pouca importância (3,2%) ou muito pouca importância (0,8%).

Avaliando esta questão por género, os dados demonstram que o género feminino dá maior importância às considerações ergonómicas na conceção dos espaços de trabalho, tendo atribuído alguma, muita e bastante importância. Já o género masculino (4% dos dadores) foi o único que atribuiu muito pouca e pouca importância dada às considerações ergonómicas na conceção dos espaços de trabalho (gráfico 5.24).

Gráfico 5.24: Importância das considerações ergonómicas por género, nas BM.

Verificou-se que, a maioria dos dadores, 94,5%, que frequentaram as BM eram dadores habituais. Relativamente à regularidade da frequência dos dadores habituais verificou-se que 91,7% dos dadores

72

frequenta as BM duas ou mais vezes por ano (duas vezes por ano 30,8%, três vezes por ano 52,5% e 8,3% mais de três vezes por ano) e apenas 8,3 % dos dadores habituais frequentam uma vez por ano.

Os principais motivos pela preferência do local de colheita apontados pelos dadores das BM foram em 60,7% a proximidade da área de residência, seguindo-se 15,9% com mais de um motivo pela preferência e o terceiro maior motivo a proximidade da área de trabalho com 9,5% (gráfico 5.25). Estes dados demonstram que as BM permitem que a deslocação dos dadores para realizar a sua dádiva de sangue seja menor, ao se localizarem sobretudo próximo da área de residência.

Gráfico 5.25: Distribuição dos motivos de preferência do local de colheita de sangue dos dadores das BM.

As BM foram apontadas por 96,1% dos dadores das BM como o local que habitualmente frequentam e apenas 3,1% dos dadores mencionaram o PF. Relativamente à opinião sobre o aspeto geral do local de colheita os dadores das BM classificaram 12,7% em muito bom, 62,7% em bom e 24,6% em razoável (gráfico 5.26).

Gráfico 5.26:Avaliação do aspeto geral do local de colheita, pelos dadores das BM.

73

No que diz respeito à avaliação da qualidade do serviço nas BM foram efetuadas questões relativas ao acolhimento, simpatia, relação de confiança/qualidade dos serviços prestados e limpeza do local de colheita. Na tabela 5.3 encontram-se os resultados obtidos, onde se constata que as avaliações são maioritariamente positivas, situando-se entre “boa” e “muito boa”.

Tabela 5.3:Distribuição da opinião dos dadores relativamente à qualidade dos serviços prestados, nas BM.

Razoável Boa Muito boa

Acolhimento 5,6% 62,7% 31,7%

Simpatia 1,6% 50% 48,4%

Relação de confiança/qualidade dos serviços 2,4% 62,7% 34,9%

Limpeza 5,6% 57,9% 36,5%

Os profissionais que entregaram as suas fichas de avaliação nas BM perfizeram um total de 22. No gráfico 5.27 é possível observar que a secção mais representativa é a da colheita com 45,5% dos profissionais, seguida da secção da triagem com 22,7%, a secção do atendimento ao dador com 18,2% e o bar com 13,6%.

Gráfico 5.27: Profissionais por secção nas BM.

5.2 Análise Dos Resultados Com Recurso Ao EtdAnalyser

O programa ETdAnalyser foi o programa utilizado para realizar a análise dos resultados. Este permitiu uniformizar e proceder ao tratamento de toda a informação das três dimensões nomeadamente a dimensão do dador, a dimensão do profissional e a dimensão do analista recolhida através dos questionários, das fichas de avaliação e da lista de verificação. Os relatórios finais foram gerados com recurso ao programa Microsoft Excel 2010.

Os resultados, dos respetivos locais de colheita, por dimensão ETdA, dador, profissional e analista são apresentados de seguida neste subcapítulo, assim como as tabelas de ponderação e os resultados ponderados finais para tomada de decisão.

74

5.2.1 Análise por Dimensão

De seguida são apresentados os dados obtidos na dimensão dos dadores, dos profissionais e do analista.

5.2.1.1 Posto Fixo

Os resultados das três dimensões ETdA avaliadas para o PF são apresentados de seguida.

Na tabela 5.4 encontra-se os resultados da avaliação ETdA na dimensão dos dadores para o PF.

Tabela 5.4: Avaliação ETdA do PF na dimensão dos Dadores.

Avaliação ETdA do PF na Dimensão dos Dadores

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 2,82 2,82 2,82 2,81 2,81

Iluminação 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44

Ambiente térmico 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86

Risco de acidentes 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10

Espaço de trabalho 4,73 4,73 4,73 4,73 4,73

Posturas e movimentos 2,76 2,76 2,76 2,76 2,76

Tarefas de elevação n.a n.a n.a n.a n.a

Restritividade 4,37 4,41 4,39 4,41 4,41

Repetitividade 2,99 2,99 2,99 2,99 2,99

Tomada de decisão 4,49 4,49 4,49 4,49 4,49

Conteúdo de trabalho n.a n.a n.a n.a n.a

Nível de atenção requerida n.a n.a n.a n.a n.a

Atividade física 1,98 1,98 1,98 1,98 1,98

Comunicação e relação interpessoal n.a n.a. n.a n.a n.a

(n.a: não aplicável)

Os resultados evidenciam que, de uma forma geral, a avaliação do PF pelos dadores é satisfatória. Contudo o fator ergonómico atividade física obteve uma avaliação de 1,98 pontos correspondendo à cor vermelha e a uma intervenção crítica. Este valor encontra-se no limite de uma avaliação de intervenção critica e de uma avaliação de intervenção a médio prazo. Os fatores ergonómicos ruído, ambiente térmico, posturas e movimentos e repetitividade obtiveram uma avaliação de cor amarela com valores entre 2,82 pontos, 2,86 pontos, 2,76 pontos e 2,99 pontos respetivamente, em todas as secções. Os fatores ergonómicos iluminação, risco de acidentes, espaço de trabalho, restritividade e tomada de decisão obtiveram uma avaliação positiva, superior a 4,1 pontos em todas as secções.

Os resultados na dimensão do profissional são apresentados na Tabela 5.5 para o PF.

A avaliação do PF pelos profissionais é positiva, situando-se acima dos 3,13 pontos. Regista-se apenas uma secção com um fator ergonómico, o das posturas e movimentos, com uma avaliação de 2,92 pontos de cor amarela que implica uma intervenção a médio prazo.

No modelo ETdA o analista recorreu à observação direta (em contexto real), à observação indireta (registos fotográficos e vídeos), às entrevistas aos profissionais e da direção do CSTP (dirigente do CSTP e responsáveis do serviço da qualidade e do serviço de higiene, saúde e segurança no trabalho) e ainda recorreu à utilização de instrumentos de medida para realizar a avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue.

75

Tabela 5.5: Avaliação ETdA do PF na dimensão dos Profissionais.

Avaliação ETdA do PF na Dimensão dos Profissionais

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 3,54 n.a. 3,93 3,65 3,54

Iluminação 3,54 n.a. 4,46 4,69 3,96

Ambiente térmico 3,33 n.a. 3,93 4,48 3,33

Risco de acidentes 3,96 n.a. 3,75 3,85 3,54

Espaço de trabalho 3,75 n.a. 4,64 4,06 3,96

Posturas e movimento 2,92 n.a. 3,57 3,23 3,75

Tarefas de elevação 3,54 n.a. 3,57 3,54 3,54

Restritividade 3,54 n.a. 3,93 3,96 3,54

Repetitividade 3,54 n.a. 3,57 3,13 3,33

Tomada de decisão 3,33 n.a. 4,11 4,06 3,96

Conteúdo de trabalho 3,54 n.a. 4,11 3,96 3,33

Nível de atenção requerida 3,75 n.a. 3,93 4,06 3,96

Atividade física 3,54 n.a. 4,11 3,96 3,54

Comunicação e relação interpessoal 3,54 n.a. 4,11 3,96 3,96

(n.a: não aplicável)

Os resultados da avaliação específica de cada fator ergonómico por secção, realizada pelo analista, para o PF encontram-se expostos detalhadamente no Anexo 14.

Na tabela 5.6 pode ser consultado os resultados gerais da avaliação dos fatores ergonómicos para o PF realizados pelo AA.

Tabela 5.6: Resultados da avaliação ETdA do PF na dimensão do AA.

Avaliação ETdA do PF na dimensão do Analista

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 4,00 4,00 4,00 3,00 3,00

Iluminação 2,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Ambiente térmico 3,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Risco de acidentes 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

Espaço de trabalho 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Posturas e movimento 2,00 3,00 2,00 2,00 3,00

Tarefas de elevação 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00

Nível de atenção requerida 2,000 3,00 3,00 2,00 3,00

Repetitividade 2,00 4,00 3,00 3,00 2,00

Restritividade 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00

Tomada de decisão 4,00 4,00 3,00 3,00 4,00

Conteúdo de trabalho 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Atividade física 3,00 4,00 3,00 2,00 3,00

Comunicação e relação interpessoal 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

Após a análise realizada pelo AA não foram detetadas situações críticas no PF.

Na tabela 5.7 são apresentados os fatores ergonómicos avaliados pelo AA no PF com identificação da dimensão ETdA em causa e as situações problemáticas a que se referem.

76

Tabela 5.7: Situações problemáticas detetadas pelo AA no PF e suas dimensões ETdA.

Fator Ergonómico

Situação Problemática Dimensão ETdA

Iluminação Iluminação artificial não dirigida ou com lâmpadas fundidas. Rácios de iluminância inferior à recomendada pela ISO8995:2002 nas secções 1 e 4.

Profissionais

Ambiente térmico

Avaria no sistema de ventilação artificial. Ambiente térmico desconfortável, caracterizado como tépido, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical na secções 4.

Profissionais

Risco de acidentes

Foram identificados com avaliação negativa pelo AA os fatores de risco: material cortante e perfurante nas secções 3 e 4, o fator de risco contato com produtos biológicos nas secções 1, 3, 4 e 5 e o fator de risco movimentos e posturas nas secções 1, 2, 3, 4 e 5.

Profissionais e Dadores

Nível de atenção As secções 1 e 4 apresentaram um nível de atenção elevado uma vez que o número de dadores por profissional foi muito superior ao recomendado.

Profissionais

Atividade física A secção 4 apresentou um número de dadores por profissional muito elevado.

Profissionais

Posturas e movimentos

Avaliação negativa nas secções 1, 3 e 4 devido às posturas do pescoço e ombros, das costas, das ancas e pernas.

Profissionais e dadores

Repetitividade As secções 1 e 5 apresentaram ciclos de trabalho inferiores a 10 min. Profissionais

5.2.1.2 Posto Móvel

Os resultados das três dimensões avaliadas no PM encontram-se expostos de seguida.

Na tabela5.8, encontra-se os resultados da avaliação ETdA na dimensão dos dadores para os PM. Os resultados evidenciam que, de uma forma geral, a avaliação dos PM pelos dos dadores é satisfatória. Contudo existe um fator ergonómico, o da atividade física avaliado mais negativamente, com uma avaliação de 1,72 pontos de cor vermelha, correspondendo a uma intervenção crítica.

Tabela 5.8: Avaliação ETdA do PM na dimensão dos Dadores.

Avaliação ETdA do PM na dimensão dos Dadores

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 2,81 2,81 2,80 2,82 2,80

Iluminação 4,39 4,39 4,39 4,39 4,39

Ambiente térmico 2,83 2,83 2,83 2,83 2,83

Agentes químicos 4,77 4,77 4,77 4,77 4,77

Vibrações 4,73 4,73 4,73 4,73 4,73

Risco de acidentes 4,18 4,18 4,18 4,18 4,18

Espaço de trabalho 4,28 4,28 4,29 4,29 4,28

Posturas e movimentos 2,82 2,82 2,82 2,82 2,82

Tarefas de elevação n.a n.a n.a n.a n.a

Restritividade 4,45 4,51 4,47 4,51 4,51

Repetitividade 2,81 2,81 2,81 2,81 2,81

Tomada de decisão 4,59 4,59 4,59 4,59 4,59

Conteúdo de trabalho n.a n.a n.a n.a n.a

Nível de atenção requerida n.a n.a n.a n.a n.a

Atividade física 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72

Comunicação e relação interpessoal n.a n.a n.a n.a n.a

(n.a: não aplicável)

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Os fatores ergonómicos ruído, ambiente térmico, posturas e movimentos e repetitividade obtiveram uma avaliação de cor amarela com valores entre os 2,81 e 2,83 pontos, em todas as secções, que conduz a uma intervenção a médio prazo.

Os fatores ergonómicos iluminação, vibrações, agentes químicos, risco de acidentes, tomada de decisão, espaço de trabalho e restritividade obtiveram uma avaliação positiva, superior a 4,18 pontos em todas as secções.

Na dimensão do profissional os resultados obtidos (Pe) são resultantes da média de cada fator ergonómico avaliado realizada pelo programa ETdAnalyser.

Estes resultados são apresentados na tabela 5.9 para o PM.

Tabela 5.9: Avaliação ETDA do PM na dimensão dos Profissionais, variáveis Pe.

Avaliação ETdA do PM na dimensão dos Profissionais

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 2,08 n.a 2,81 2,03 2,29

Iluminação 3,75 n.a 4,38 3,28 3,54

Ambiente térmico 3,75 n.a 4,06 2,19 2,50

Agentes químicos 3,33 n.a 2,19 1,41 2,08

Vibrações 2,50 n.a 2,50 2,50 2,29

Risco de acidentes 2,92 n.a 3,13 2,66 3,33

Espaço de trabalho 1,67 n.a 2,19 1,88 2,71

Posturas e movimentos 1,67 n.a 1,25 2,03 2,92

Tarefas de elevação 2,50 n.a 3,13 2,66 2,50

Restritividade 3,33 n.a 2,81 3,13 3,33

Repetitividade 3,33 n.a 3,44 2,50 2,50

Tomada de decisão 3,33 n.a 4,06 3,75 3,54

Conteúdo de trabalho 3,75 n.a 3,75 3,59 3,13

Nível de atenção requerida 3,75 n.a 3,75 3,59 3,13

Atividade física 3,33 n.a 3,44 3,13 3,13

Comunicação e relação interpessoal 3,75 n.a 3,44 3,91 4,17

(n.a: não aplicável)

Os profissionais avaliaram o PM negativamente. A destacar os fatores ergonómicos agentes químicos nas secções 4, o espaço de trabalho nas secções 1 e 4 e as posturas e movimentos nas secções 1 e 3, com avaliação de 1,41 pontos, 1,67 pontos, 1,88 pontos, 1,67 pontos e 1,25 pontos respetivamente, correspondendo à cor vermelha e a uma intervenção crítica.

Durante as entrevistas aos profissionais foi referido por estes, não no momento do estudo mas em determinados dias de trabalho, que o mau estar por inalação de agentes químicos provenientes dos geradores era muito grande.

Um outro aspeto referido pelos profissionais diz respeito ao reduzido espaço de trabalho, limitações no uso dos equipamentos e pegas e armários desajustados ao trabalho desenvolvido.

O fator ergonómico posturas e movimentos e o fator ergonómico ruído apresentaram uma avaliação com 2,03 pontos correspondendo à cor amarela e a uma intervenção a médio prazo, contudo este valor encontra-se no limite da avaliação para intervenção a curto prazo e o da avaliação para intervenção crítica.

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Os fatores ergonómicos com avaliação de cor amarela de intervenção a médio prazo foram: o ruído e as vibrações em todas as secções; ambiente térmico nas secções 4 e 5; agentes químicos nas secções 3 e 5; risco de acidentes nas secções 1 e 4; espaço de trabalho na secção 3 e 5; tarefas de elevação nas secções 1, 4 e 5, posturas e movimentos nas secções 4 e 5, repetitividade nas secções 4 e 5 e restritividade na secção 3.

Os restantes fatores ergonómicos e respetivas secções obtiveram avaliação positiva superior a 3,13 pontos que corresponde a uma intervenção não critica.

No modelo ETdA o analista recorreu à observação direta (em contexto real), à observação indireta (registos fotográficos e vídeos), às entrevistas aos profissionais e da direção do CSTP (dirigente do CSTP e responsáveis do serviço da qualidade e do serviço de higiene, saúde e segurança no trabalho) e ainda recorreu à utilização de instrumentos de medida para realizar a avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue.

Os resultados da avaliação específica de cada fator ergonómico por secção, realizada pelo analista, para o PM encontram-se expostos detalhadamente no Anexo 14.

Na tabela 5.10 pode ser consultado os resultados da avaliação ETdA para o PM realizada pelo AA.

Tabela 5.10: Resultados da avaliação ETdA do PM na dimensão do AA, variáveis.

Avaliação ETdA dos PM na dimensão do AA

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Iluminação 2,00 3,00 2,00 3,00 3,00

Ambiente térmico 3,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Agentes químicos 3,00 4,00 2,00 3,00 3,00

Vibrações 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

Risco de acidentes 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

Espaço de trabalho 2,00 3,00 1,00 1,00 2,00

Posturas e movimentos 2,00 3,00 2,00 1,00 3,00

Tarefas de elevação 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00

Restritividade 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00

Repetitividade 2,00 4,00 2,00 3,00 2,00

Tomada de decisão 4,00 4,00 3,00 3,00 4,00

Conteúdo de trabalho 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Nível de atenção requerida 2,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Atividade física 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Comunicação e relação interpessoal 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

No PM foram detetadas pelo AA situações críticas ao nível do espaço de trabalho nas secções 3 e 4 e ao nível das posturas e movimentos na secção 4. Tais situações foram comunicadas à direção da instituição.

Os fatores ergonómicos avaliados pelo AA no PM com identificação da dimensão ETdA e as situações problemáticas identificadas encontram-se na tabela 5.11.

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Tabela 5.11: Situações problemáticas detetadas pelo AA no PM e suas dimensões ETdA.

Fator Ergonómico Situação Problemática Dimensão ETdA

Iluminação Rácios de iluminância inferior à recomendada pela ISO8995:2002 nas secções 1 e 3.

Profissionais

Ambiente térmico

A secção 3 foi avaliada num ambiente térmico fresco, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

Dadores

Agentes químicos

A secção 3 apresentou os valores mais elevados de CO2. Este local é um espaço fechado exíguo com reduzida ventilação natural e com uma saída de ar condicionado que se encontrava desligado, em dois dos três momentos do estudo.

Profissionais e Dadores

Risco de acidentes

Foram identificados com avaliação negativa os fatores de risco: material cortante e perfurante nas secções 3 e 4, o fator de risco contato com produtos biológicos nas secções 1, 3, 4 e 5, o fator de risco movimentos e posturas desadequadas nas secções 1, 2, 3, 4 e 5 e ainda espaço de trabalho desadequado nas secções 1, 3, 4 e 5.

Profissionais e Dadores

Nível de atenção As secções 1 e 4 apresentaram um número de dadores por profissional muito superior ao recomendado.

Profissionais

Espaço de trabalho

Avaliação de risco na secção 3 e 4 devido a: área de trabalho horizontal; altura do plano de trabalho; espaço para as pernas; visão. Avaliação negativa nas secções 1 e 5 devido a: área de trabalho horizontal; assento; visão e espaço para as pernas.

Profissionais

Posturas e movimentos

Avaliação de risco na secção 4 devido à postura das costas e das ancas e pernas no acondicionamento da unidade de sangue. Avaliação negativa as secções 1 e 3 devido às posturas do pescoço e ombros, das costas, da ancas e pernas.

Profissionais

Repetitividade As secções 1, 3 e 5, apresentaram ciclos de trabalho inferiores a 10 min.

Profissionais

5.2.1.3 Brigadas Móveis

Os resultados das avaliadas nas BM para as três dimensões encontram-se expostos de seguida.

Na tabela 5.12, encontra-se os resultados da avaliação ETdA na dimensão dos dadores para as BM.

Tabela 5.12: Avaliação ETdA das BM na dimensão dos Dadores

Avaliação ETdA das BM na dimensão dos Dadores

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 2,85 2,85 2,85 2,86 2,85

Iluminação 4,38 4,38 4,38 4,38 4,38

Ambiente térmico 2,91 2,91 2,91 2,91 2,91

Risco de acidentes 4,12 4,12 4,12 4,12 4,12

Espaço de trabalho 4,67 4,67 4,67 4,67 4,67

Posturas e movimentos 2,87 2,87 2,87 2,87 2,87

Tarefas de elevação n.a n.a n.a n.a n.a

Restritividade 4,36 4,42 4,43 4,42 4,42

Repetitividade 3,16 3,16 3,16 3,16 3,16

Tomada de decisão 4,45 4,45 4,45 4,45 4,45

Conteúdo de trabalho n.a n.a n.a n.a n.a

Nível de atenção requerida n.a n.a n.a n.a n.a

Atividade física 1,74 1,74 1,74 1,74 1,74

Comunicação e relação interpessoal n.a n.a n.a n.a n.a (n.a: não aplicável)

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De uma forma geral, a avaliação das BM pelos dos dadores é satisfatória. A destacar um fator ergonómico, o da atividade física avaliado mais negativamente, com uma avaliação de 1,74 pontos de cor vermelha, correspondendo a uma intervenção crítica.

A avaliação de cor amarela foi atribuída aos fatores ergonómicos ruído, ambiente térmico e posturas e movimentos em todas as secções, que indica a necessidade de uma intervenção a médio prazo. Os restantes fatores ergonómicos obtiveram uma avaliação positiva, superior a 3,16 pontos em todas as secções.

Na dimensão do profissional os resultados obtidos são apresentados na Tabela 5.13 para o PM.

A avaliação dos profissionais das BM é positiva de uma forma geral. A referir o fator ergonómico posturas e movimentos nas secções 1, 4 e 5 e os fatores ergonómicos tarefas de elevação, restritividade, repetitividade, tomada de decisão, conteúdo do trabalho e atividade física na secção 5 que obtiveram uma avaliação entre 2,08 e 2,92 pontos correspondendo à cor amarela e a uma intervenção a médio prazo.

Os restantes fatores ergonómicos e respetivas secções apresentaram avaliações superiores a 3,25 pontos correspondendo à cor verde. Não se registaram avaliações inferiores a 2,00 pontos.

Tabela 5.13: Avaliação ETdA das BM na dimensão dos Profissionais

Avaliação ETdA das BM na Dimensão dos Profissionais

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 3,75 n.a 3,00 3,38 3,33

Iluminação 4,06 n.a 4,00 3,50 3,75

Ambiente térmico 3,75 n.a 3,75 4,25 4,17

Risco de acidentes 3,75 n.a 3,50 3,63 3,33

Espaço de trabalho 3,75 n.a 4,25 4,00 3,75

Posturas e movimentos 2,50 n.a 3,50 3,00 2,50

Tarefas de elevação 3,13 n.a 3,75 3,13 2,08

Restritividade 3,75 n.a 4,00 3,75 2,08

Repetitividade 3,75 n.a 3,25 3,25 2,92

Tomada de decisão 3,75 n.a 3,25 3,88 2,92

Nível de atenção requerida 3,75 n.a 3,25 3,88 2,92

Atividade física 3,13 n.a 3,50 3,75 3,33

Conteúdo de trabalho 3,44 n.a 3,75 3,63 2,50

Comunicação e relação interpessoal 3,75 n.a 4,25 4,25 3,75

(n.a: não aplicável)

No modelo ETdA o analista recorreu à observação direta (em contexto real), à observação indireta (registos fotográficos e vídeos), às entrevistas aos profissionais e da direção do CSTP (dirigente do CSTP e responsáveis do serviço da qualidade e do serviço de higiene, saúde e segurança no trabalho) e ainda recorreu à utilização de instrumentos de medida para realizar a avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue.

Os resultados da avaliação específica de cada fator ergonómico por secção, realizada pelo analista (Ae), para as BM encontram-se expostos detalhadamente no Anexo 14.

Na tabela 5.14 pode ser consultada a avaliação ETdA para as BM realizados pelo AA.

81

Tabela 5.14: Resultados da avaliação ETdA das BM na dimensão do AA.

Avaliação ETdA das BM na dimensão do AA

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Iluminação 2,00 1,00 2,00 2,00 3,00

Ambiente térmico 4,00 3,00 2,00 2,00 3,00

Risco de acidentes 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

Espaço de trabalho 2,00 3,00 2,00 2,00 2,00

Posturas e movimentos 2,00 3,00 2,00 2,00 3,00

Tarefas de elevação 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00

Restritividade 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

Repetitividade 2,00 4,00 2,00 1,00 1,00

Tomada de decisão 4,00 4,00 3,00 3,00 4,00

Nível de atenção requerida 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Atividade física 2,00 3,00 2,00 2,00 2,00

Conteúdo de trabalho 2,00 4,00 2,00 2,00 2,00

Comunicação e relação interpessoal 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

Nas BM foram detetadas situações críticas ao nível da iluminação na secção 2 da BM1 e ao nível da repetitividade nas secções 4 e 5 na BM3. Tais situações foram reportadas à direção da instituição.

Nas BM os fatores ergonómicos identificados com avaliações problemáticas, a dimensão correspondente e das situações concretas a que se referem encontram-se descritos na tabela 5.15.

Tabela 5.15: Situações problemáticas detetadas pelo AA nas BM e suas dimensões ETdA.

Fator Ergonómico

Situação Problemática Dimensão ETdA

Iluminação Rácios de iluminância inferior à recomendada pela ISO8995:2002 nas secções 1, 2, 3 e 4.

Profissionais e Dadores

Ambiente térmico As secções 4b, 4c e 4d apresentaram um ambiente térmico quente, mas sem risco para a saúde dos utilizadores e sem desconforto local por diferença vertical

Profissionais

Risco de acidentes

Foram identificados com avaliação negativa os fatores de risco: material cortante e perfurante nas secções 3 e 4, o fator de risco contato com produtos biológicos nas secções 1, 3, 4 e 5, o fator de risco movimentos e posturas desadequadas nas secções 1, 2 ,3, 4 e 5.

Profissionais e Dadores

Nível de atenção Avaliação negativa nas secções 1 e 2 e avaliação de risco para as secções 3 e 4 devido ao número elevado de dadores por profissional.

Profissionais

Atividade física As secções 1, 3, 4 e 5, apresentaram um número elevado de dadores por profissional.

Profissionais

Espaço de trabalho

Avaliação negativa nas secções 1, 3, 4 e 5 devido a: área de trabalho horizontal; altura do plano trabalho; assento; visão.

Profissionais e dadores

Posturas e movimentos

Avaliação negativa as secções 1, 3 e 4 devido às posturas do pescoço e ombros, das costas, da ancas e pernas.

Profissionais

Repetitividade Avaliação de risco nas secções 4 e 5, uma vez que o número de dadores por profissional era muito superior ao recomendado.

Profissionais

Restritividade Avaliação negativa em todas as secções devido à falta de um profissional nas secções 1, 3, 4 e 5 que levou ao aumentou o tempo de espera dos dadores e condicionou o trabalho dos colegas das outras secções.

Profissionais e dadores

82

5.3 Tabelas de Ponderação

Segundo Loureiro (2012), o desenvolvimento das tabelas de ponderação é realizado recorrendo aos resultados das variáveis ETdA (Ce, Pe e Ae), onde é atribuído um coeficiente de ponderação para cada variável ETdA. A tomada de decisão é baseada no valor ponderado obtido apresentado numa escala de três cores, vermelho, amarelo e verde. A cor vermelha corresponde a uma situação crítica que requer intervenção a curto prazo, a cor amarela a uma situação de intervenção a médio prazo e a cor verde a uma situação não crítica.

Neste estudo foram analisados vários fatores para elaboração das tabelas de ponderação. Foi tido em linha de conta a análise ergonómica do analista realizada por secção, a distribuição das fichas de avaliação, que foi feita por secção que corresponde à atividade realizada pelo profissional e a existência da secção 2 destinada apenas aos dadores.

De forma a permitir uma análise conjunta uniforme e coerente foi necessário proceder a uma análise cuidada dos dados. As secções 1, 3 e 5 foram avaliadas pelas três dimensões. A secção 2, de uso exclusivo dos dadores, foi avaliada apenas pelo AA e pelos dadores logo a ponderação para a dimensão dos profissionais foi zero. Os fatores ergonómicos: conteúdo do trabalho, tarefas de elevação, nível de atenção requerida e comunicação/relação interpessoal apenas foram avaliados pelos profissionais e pelo AA, portanto a ponderação considerada para a dimensão dos dadores foi zero.

Nas tabelas de ponderação deste estudo os resultados da secção 2 e dos fatores ergonómicos: conteúdo do trabalho, tarefas de elevação, nível de atenção requerida e comunicação/relação interpessoal encontram-se identificados com a cor cinzenta uma vez que a secção 2 é de uso exclusivo dos dadores, logo só foi avaliada pelo dador e pelo AA e os fatores ergonómicos mencionados anteriormente apenas foram avaliados pelo AA e pelos profissionais. Estes dados não foram considerados para análise, uma vez que os objetivos do trabalho se encontram direcionados para a opinião do cliente segundo a metodologia ETdA.

Neste estudo foi considerado que a tabela que reflete melhor a análise conjunta da opinião das três dimensões ETdA é a tabela de ponderação de 33,3% para as três dimensões. De seguida são apresentados estes resultados. Nas tabelas 5.16, 5.17 e 5.18 encontram-se os resultados da tabela de ponderação de 33% para o PF, PM e BM respetivamente.

Tabela 5.16: Tabela de ponderação de 33% para o PF.

Tabela de ponderação de 33,3% do PF

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 3,50 3,40 3,60 3,20 3,10

Iluminação 3,30 3,70 4,00 3,70 3,80

Ambiente Térmico 3,10 2,90 3,30 3,10 3,10

Risco Acidente 3,40 3,00 3,30 3,30 3,20

Espaço de Trabalho 3,80 4,40 4,10 3,90 3,90

Posturas e Movimento 2,60 2,90 2,80 2,70 3,20

Tarefas de Elevação 3,80 4,00 3,80 3,30 3,80

Restritividade 3,60 3,70 3,80 3,80 3,70

Repetitividade 2,80 3,50 3,20 3,00 2,80

Tomada de Decisão 3,90 4,20 3,90 3,90 4,10

Conteúdo do Trabalho 3,30 4,00 3,60 3,50 3,20

Nível de Atenção Requerida 2,90 3,00 3,50 3,00 3,50

Atividade Física 2,80 3,00 3,00 2,60 2,80

Comunicação e Relação Interpessoal 3,80 4,00 4,10 4,00 4,00

83

Os resultados evidenciam que a cor verde é a mais prevalente na avaliação do PF (tabela 5.16). Contudo existem fatores ergonómicos que merecem alguma atenção uma vez que apresentam avaliação de cor amarela que corresponde a uma intervenção a médio prazo, nomeadamente o fator ergonómico posturas e movimentos que se encontra nas secções 1, 3 e 4 com a cor amarela, a atividade física nas secções 1, 3, 4 e 5, a repetitividade nas secções 1, 4 e 5.

A ordem de intervenção nos fatores ergonómicos assinalados a amarelo deve ser em primeiro lugar os de pontuação mais próxima de 2,50 seguidos dos fatores ergonómicos com avaliação mais próximo de 3,00 pontos.

Tabela 5.17: Tabela de ponderação de 33,3% dos PM

Tabela de ponderação de 33,3% dos PM

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 2,60 3,40 2,90 2,60 2,70

Iluminação 3,40 3,70 3,60 3,60 3,60

Ambiente Térmico 3,20 2,90 3,30 2,30 2,80

Agentes químicos 3,70 4,40 3,00 3,10 3,30

Vibrações 3,70 4,40 3,70 3,70 3,70

Risco Acidente 3,00 3,10 3,10 2,90 3,20

Espaço de Trabalho 2,70 3,60 2,50 2,40 3,00

Posturas e Movimento 2,20 2,90 2,00 1,90 2,90

Tarefas de Elevação 3,30 4,00 3,60 2,80 3,30

Restritividade 3,60 3,80 3,40 3,50 3,60

Repetitividade 2,70 3,40 2,70 2,80 2,40

Tomada de Decisão 4,00 4,30 3,90 3,80 4,00

Conteúdo do Trabalho 3,40 4,00 3,40 3,30 3,10

Nível de Atenção Requerida 2,90 3,00 3,40 2,80 3,10

Atividade Física 2,70 2,90 2,70 2,60 2,60

Comunicação e Relação Interpessoal 3,90 4,00 3,70 4,00 4,10

Os resultados da tabela de ponderação de 33,3% para os PM (tabela 5.17) evidenciam que a avaliação é predominantemente da cor amarela e existe uma avaliação crítica de cor vermelha. O fator ergonómico crítico é o das posturas e movimentos com uma cor vermelha na secção 4, que indica a necessidade de uma intervenção a curto prazo. A secção 3 no fator ergonómico as posturas e movimentos apresenta uma cor amarela mas com um valor de 2,00 no limite da avaliação para a cor vermelha.

As posturas e movimentos foram considerados um fator ergonómico crítico, uma vez que eram condicionadas pelo espaço de trabalho e pelos equipamentos na avaliação do analista e nas entrevistas aos profissionais.

Os fatores ergonómicos com avaliação amarela de intervenção a médio prazo são: o ruído nas secções 1, 3, 4 e 5; o ambiente térmico nas secções 4 e 5; os agentes químicos na secção 4; o risco de acidente nas secções 1 e 4; o espaço de trabalho nas secções 1, 3, 4 e 5; as posturas e movimentos nas secções 1, 3 e 5; a repetitividade nas secções 1, 3, 4 e 5 e a atividade física nas secções 1,3 4 e 5. As restantes secções e respetivos fatores ergonómicos apresentam uma avaliação positiva.

A ordem de intervenção deverá ser em primeiro lugar e em curto prazo o fator ergonómico assinalado a vermelho na secção 4 e seguida da intervenção a médio prazo dos fatores ergonómicos assinalados a amarelo com a pontuação mais próxima de 2,00, seguidos dos fatores ergonómicos com avaliação mais próximo de 2,5 e posteriormente os com avaliação próxima de 3,00 pontos.

84

A cor mais constante na tabela de ponderação de 33,3% das BM (tabela 5.18) é o verde. Contudo existem fatores ergonómicos que merecem alguma atenção uma vez que apresentam avaliação de cor amarela que corresponde a uma intervenção a médio prazo, nomeadamente o fator ergonómico posturas e movimentos nas secções 1, 3, 4 e 5, a atividade física nas secções 1, 3 4 e 5, a repetitividade nas secções 1, 3, 4 e 5, o ambiente térmico e ruído na secção 3 e a restritividade na secção 5.

Tabela 5.18: Tabela de ponderação de 33,3% das BM

Tabela de ponderação de 33,3% das BM

Fator ergonómico Secção 1 Secção 2 Secção 3 Secção 4 Secção 5

Ruído 3,20 3,40 2,90 3,10 3,10

Iluminação 3,50 2,70 3,50 3,30 3,70

Ambiente Térmico 3,60 3,00 2,90 3,10 3,40

Risco Acidente 3,30 3,10 3,20 3,20 3,20

Espaço de Trabalho 3,50 3,80 3,60 3,60 3,50

Posturas e Movimento 2,50 2,90 2,80 2,60 2,80

Tarefas de Elevação 3,60 4,00 3,90 3,10 3,00

Restritividade 3,40 3,20 3,50 3,40 2,80

Repetitividade 3,00 3,60 2,80 2,50 2,40

Tomada de Decisão 4,10 4,20 3,60 3,80 3,80

Conteúdo do Trabalho 3,40 4,00 3,10 3,40 3,00

Nível de Atenção Requerida 2,60 3,00 2,80 2,90 2,70

Actividade Física 2,40 2,90 2,50 2,50 2,10

Comunicação e Relação Interpessoal 3,90 4,00 4,10 4,10 3,90

A ordem de intervenção nos fatores ergonómicos assinalados a amarelo deve ser em primeiro lugar os de pontuação mais próxima de 2,00 seguidos dos fatores ergonómicos com avaliação mais próximo de 2,50 e por último os fatores ergonómicos com avaliação mais próxima de 3,00 pontos.

5.4 Tomada De Decisão

Segundo Loureiro (2012) torna-se importante analisar o impacto que diferentes ponderações de cada dimensão têm na tomada de decisão. Uma vez que o objetivo do presente estudo é analisar o impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica nos locais de colheita de sangue foi avaliado o impacto que diferentes ponderações na dimensão dos dadores produzem na tomada de decisão.

Loureiro (2012) sugere que seja avaliado o número de mudança de avaliações de cor vermelha, amarela e verde e o tipo de mudança, de vermelho para amarelo (em ambas as direções), de amarelo para verde (em ambas direções) e de vermelho para verde (em ambas as direções), assim como o fator ergonómico e secção que sofreu alteração da avaliação.

5.4.1 Posto Fixo

Na tabela 5.19, adaptada de Loureiro (2012) encontram-se o número de decisões por tabelas de ponderação que podem ocorrer no PF. Os resultados, do número de decisões das tabelas de ponderação do PF, mostram que o aumento das ponderações atribuídas à dimensão dos dadores está relacionado com a mudança de verde para amarelo em ambos os sentidos. Apenas se registou mudança da cor amarela para vermelho na tabela ponderação 13. Não foram registadas mudanças, em ambos os sentidos, de vermelho para verde.

85

Tabela 5.5.19: Número de Decisões por Tabelas de Ponderação para o PF.

Número de Decisões por tabelas de Ponderação para o PF

Tabela de ponderação

Percentagem de ponderação Tomada de Decisão

Dador Analista Profissional Vermelho Amarelo Verde

1 0 50 50 0 11 29

2 0 25 75 0 3 37

3 0 75 25 0 13 27

4 5 47,5 47,5 0 10 30

5 10 45 45 0 9 31

6 25 37,5 37,5 0 9 31

7 33,3 33,3 33,3 0 10 30

8 40 30 30 0 9 31

9 50 25 25 0 9 31

10 70 15 15 0 15 25

11 80 10 10 0 14 24

12 90 5 5 0 19 21

13 100 0 0 4 16 20

14 0 0 100 0 1 39

15 0 100 0 0 36 4

16 50 50 0 0 18 22

Comparando as tabelas de ponderação 1 e 4 (Anexo 15) verifica-se que praticamente se manteve o número de células de cor amarela (de 11 para 10) e o mesmo se verifica nas células de cor verde (29 para 30).

Nas tabelas de ponderação 4 para 5 (Anexo 15) verifica-se uma diferença de uma célula de cor amarela (10 para 9) e uma célula de cor verde (30 para 31) que se mantem na tabela de ponderação 6 (Anexo 15). Da tabela 6 para a 7 verifica-se um aumento de uma célula de cor amarela (9 para 10) e diminuição de uma célula de cor verde (31 para 30). Da tabela 7 para 8 regista-se novamente uma diferença de uma célula na cor amarela (10 para 9) e na cor verde (30 para 31) que se mantem na tabela 9 (Anexo 15).

A partir da tabela 9 verifica-se uma diferença considerável no número de células amarelas e verdes. Da tabela 9 para 10 verifica-se um aumento de 9 para 15 células amarelas e uma diminuição de 31 para 25 células verdes. Comparando as tabelas 10 e 12 (Anexo 15) verifica-se um novo aumento no número de células de cor amarela (15 para 19) e uma diminuição de células de cor verde (25 para 21). Na tabela 13 (Anexo 15) surge pela primeira vez a mudança de células de cor amarela para vermelho (0 para 4).

De seguida serão comparados os resultados das tabelas de ponderação 13, 14 e 15 (Anexo 15) correspondentes às avaliações do dador, do profissional e do AA, respetivamente. Os dadores (tabela de ponderação 13, são os únicos a avaliarem com cor vermelha (4 células) e verifica-se que o número de células amarelas e verdes é semelhante (16 e 20). Já os profissionais (tabela de ponderação 14) atribuíram apenas 1 célula amarela e 39 verdes e o AA (tabela de ponderação 15), atribuiu maioritariamente células de cor amarela (36).

A tabela 16 (Anexo 15) corresponde à avaliação do analista e do cliente, onde se verificam 18 células amarelas e 22 verdes.

No que diz respeito ao fator ergonómico e secção afetada com a mudança da célula de cor amarela para verde podem ser consultados os resultados na tabela 5.20.

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Tabela 5.20: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde no PF.

Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde no PF.

Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

0% para 5% Risco de acidente 1 2,98 para 3,04

5% para 10% Risco de acidente 4 2,99 para 3,04

10% para 33,3%

Iluminação 1 2,94 para 3,30

Risco de acidente 3 3,00 para 3,30 5 2,90 para 3,20

33,3% para 70% Repetitividade 4 3,00 para 3,01

Os fatores ergonómicos que sofreram alteração da avaliação de amarelo para verde foram o risco de acidente nas secções 1, 3, 4 e 5; a iluminação na secção 1 e a repetitividade na secção 4, mas estas mudanças encontram-se nos limites da tomada de decisão, nomeadamente na casa dos 3 pontos. As maiores mudanças ocorreram nas ponderações de 10% para 33,3%.

As mudanças da avaliação da cor verde para amarelo por fator ergonómico e secção afetada podem ser consultados os resultados na tabela 5.21.

Tabela 5.21: Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo no PF.

Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo no PF. Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

10% para 33,3%

Repetitividade 4 3,06 para 3,00

Atividade física

1 3,14 para 2,80

3 3,40 para 3,00 5 3,14 para 2, 80

33,3% para 70%

Ruído 4 3,20 para 2,97 5 3,10 para 2,95

Ambiente térmico 1 3,10 para 2, 95 4 3,10 para 2,97

5 3,20 para 2,95 Posturas e movimentos 5 3,20 para 2,95

70% para 90 %

Ruído 1 3,10 para 2,91 3 3,16 para 2,93

Ambiente térmico 3 3,04 para 2,92 Repetitividade 3 3,08 para 2,99

90% para 100% Repetitividade 1 3,02 para 2,99

As mudanças observadas da cor verde para amarela verificaram-se nos fatores ergonómicos repetitividade nas secções 1, 3 e 4, atividade física nas secções 1, 3 e 5; ruído nas secções 1, 3, 4 e 5; ambiente térmico nas secções 1, 3, 4 e 5 e posturas e movimentos na secção 5, mas estas encontram-se nos limites da tomada de decisão, nomeadamente na casa dos 3 pontos. As mudanças mais significativas no PF ocorreram nas ponderações de 33,3% para 70% e de 70 para 90%.

As mudanças das células da cor amarela para a cor vermelha, por fator ergonómico e secção, podem ser consultadas na tabela 5.22.

Tabela 5.22: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho no PF.

Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho no PF. Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

90% para 100 % Atividade física

1 2,11 para 1,98 3 2,13 para 1,98

4 2,08 para 1,98 5 2,11 para 1,98

A mudança observada da cor amarela para vermelha apenas se verificou no fator ergonómico atividade física, nas secções 1, 3, 4 e 5, mas nos limites da tomada de decisão, nomeadamente na casa dos 2 pontos. Esta mudança ocorreu nas ponderações de 90% para 100%.

87

5.4.2 Posto Móvel

Nos PM, o número de decisões das tabelas de ponderação indicam que o aumento das ponderações atribuídas à dimensão dos dadores está relacionado com a mudança de verde para amarelo em ambos os sentidos e de amarelo para vermelho em ambos sentidos. Não foram registadas mudanças, em ambos os sentidos, de vermelho para verde.

Na tabela 5.23, adaptada de Loureiro (2012) encontram-se o número de decisões por tabelas de ponderação que podem ocorrer no PM.

Tabela 5.23: Número de Decisões por tabelas de ponderação para os PM Número de Decisões por tabelas de Ponderação para os PM

Tabela de ponderação

Percentagem de ponderação Tomada de Decisão

Dador Analista Profissional Vermelho Amarelo Verde

1 0 50 50 6 21 21

2 0 25 75 7 22 19

3 0 75 25 6 22 20

4 5 47,5 47,5 6 23 19

5 10 45 45 5 22 21

6 25 37,5 37,5 2 24 22

7 33,3 33,3 33,3 1 24 23

8 40 30 30 0 22 26

9 50 25 25 0 20 28

10 70 15 15 0 19 29

11 80 10 10 2 18 28

12 90 5 5 2 18 28

13 100 0 0 4 16 28

14 0 0 100 5 21 22

15 0 100 0 3 38 7

16 50 50 0 1 21 26

Comparando as tabelas de ponderação 1 e 4 (Anexo 16) verifica-se que praticamente se manteve o número de células de cor vermelha (6), aumentou as de cor amarela (de 21 para 23) e diminui o número de células de cor verde (de 21 para 19). Nas tabelas de ponderação 4 a 7 (Anexo 16) verifica-se uma diminuição no número de células vermelhas (de 5 para 1) e a diferença mínima entre as células de cor amarela (de 23 para 24) e cor verde (de 20 para 23).

Da tabela 7 à tabela 10 (Anexo 16) verifica-se uma diminuição de células vermelhas (de 1 para 0) e de células amarelas (de 24 para 19), já as células verdes sofreram um aumento (de 23 para 29). Da tabela 10 à 12 verifica-se um aumento de 2 células vermelhas e uma diminuição de uma célula amarela e uma célula verde.

Os resultados das tabelas de ponderação 13, 14 e 15 (Anexo 16) correspondentes às avaliações do dador, do profissional e do AA, respetivamente. Os dadores (tabela de ponderação 13) apresentam 4 células de cor vermelha, 16 células de cor amarela e 28 células de cor verdes. Já os profissionais (tabela de ponderação 14) atribuíram apenas 5 células de cor vermelha e as células de cor verde apresentam resultados aproximados (21 amarelos e 22 verdes). O AA (tabela de ponderação 15) atribuiu maioritariamente células de cor amarela (38), seguido de 7 células de cor verde e 3 de cor amarela.

A tabela 16 (Anexo 16) corresponde à avaliação do analista e do cliente, onde se verifica uma célula vermelha, 21 células amarelas e 26 verdes.

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No que diz respeito ao fator ergonómico e secção afetada com a mudança da célula de cor amarela para verde podem ser consultados os resultados na tabela 5.24.

Tabela 5.24: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde no PM.

Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde no PM.

Ponderação do Dador

Fator Ergonómico Secção Informação adicional

5% para 10% Iluminação 1 2,95 para 3,02

Restritividade 3 2,98 para 3,06

10% para 33,3%

Agentes químicos 4 2,46 para 3,10

5 2,76 para 3,30

Risco de acidente 3 2,72 para 3,10

5 2,82 para 3,20

33,3% para 50%

Agentes químicos 3 3,00 para 3,43

Risco de acidente 1 3,00 para 3,32 4 2,90 para 3,25

Espaço de trabalho 1 2,70 para 3,06 5 3,00 para 3,32

50% para 70% Espaço de trabalho 3 2,94 para 3,48

4 2,87 para 3,44

Os fatores ergonómicos que sofreram alteração da avaliação de amarelo para verde foram a iluminação na secção 1 e a restritividade na secção 3 encontrando-se nos limites da avaliação.

Foram ainda identificados os fatores ergonómicos agentes químicos nas secções 3, 4 e 5; o risco de acidente nas secções 1, 3, 4 e 5 e o espaço de trabalho nas secções 1, 3, 4 e 5. As maiores alterações registaram-se nas ponderações dos 33,3% para 50%.

Na tabela 5.25 podem ser consultadas as mudanças da avaliação da cor verde para a cor amarela, por fator ergonómico e secção.

Tabela 5.25: Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo nos PM.

Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo nos PM.

Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

0% para 5% Atividade física 4 3,06 para 3,00

5 3,06 para 3,00

10% para 25% Atividade física 1 3,09 para 2,80

3 3,14 para 2,84

50% para 70% Ambiente Térmico 1 3,10 para 2,99

70% para 80% Ambiente térmico 3 3,04 para 2,97

As mudanças da cor verde para amarela no PM verificaram-se nos fatores ergonómicos atividade física nas secções 1, 3, 4 e 5 e no fator ergonómico ambiente térmico nas secções 1 e 3. Estas mudanças encontram-se no limite da tomada de decisão ou seja próximo da casa dos 3,00 pontos. O maior número de mudanças ocorreu nas ponderações de 0% para os 5% e nas ponderações de 10% para 25%.

As mudanças das células da cor vermelha para a cor amarela, por fator ergonómico e secção, podem ser consultadas na tabela 5.26.

89

Tabela 5.26: Estudo das alterações da tomada de decisão de vermelho para amarelo nos PM.

Estudo das alterações da tomada de decisão de vermelho para amarelo nos PM.

Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

5% para 10% Espaço de trabalho 1 1,96 para 2,08

10% para 25% Espaço de trabalho

3 1,86 para 2,27

4 1,72 para 2,15

Posturas e movimentos 1 1,93 para 2,08

De 25% para 33% Posturas e movimentos 3 1,92 para 2,00

De 33,3% para 40% Posturas e movimentos 4 1,90 para 2,04

A mudança observada da cor vermelha para amarela verificou-se no fator ergonómico espaço de trabalho nas secções 1, 3 e 4 e posturas e movimentos nas secções 1, 3 e 4. Contudo as mudanças no fator ergonómico posturas encontram-se nos limites da tomada de decisão, nomeadamente na casa dos 2 pontos. A mudança mais significativa ocorreu nas ponderações de 10% para 25%.

As mudanças das células da cor amarela para a cor vermelha, por fator ergonómico e secção, podem ser consultadas na tabela 5.27.

Tabela 5.27: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho nos PM.

Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho nos PM. Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

De 70% para 80% Atividade física 4 2,12 para 1,99 5 2,12 para 1,99

De 90% para 100% Atividade física 1 2,01 para 1,72 3 2,02 para 1,72

A mudança observada da cor amarela para vermelha apenas se verificou no fator ergonómico atividade física, nas secções 1, 3, 4 e 5. Esta mudança ocorreu nas ponderações de 70% para 80% e de 90% para 100%.

5.4.3 Brigadas Móveis

Nas BM, os resultados do número de decisões das tabelas de ponderação indicam que o aumento das ponderações atribuídas à dimensão dos dadores está relacionado com a mudança de amarelo para verde, em ambos os sentidos e na mudança de amarelo para vermelho. Não foram registadas mudanças, em ambos os sentidos, de vermelho para verde.

Os números de decisões, por tabelas de ponderação, que podem ocorrer, nas BM, encontram-se na tabela 5.28 adaptada de Loureiro (2012).

Comparando as tabelas de ponderação 1 e 4 (Anexo 17) verifica-se que o número de células vermelha diminui (1 para 0), o número de células de cor amarela diminuiu (de 26 para 24) e de células verdes aumentou (13 para 16). Nas tabelas de ponderação 4 e 6 (Anexo 15) verifica-se uma diminuição no número de células amarelas (de 24 para 15) e um aumento de células verdes (de 16 para 25).

Da tabela 6 à tabela 8 (Anexo 17) os números de células amarelas (15) e verdes (25) mantêm-se. Da tabela 8 à 9 (Anexo 15) verifica-se o aparecimento de 1 célula vermelha e uma diminuição de 3 células amarelas e um aumento de 3 células verdes. As tabelas de ponderação 9 e 10 registam um aumento de 3 células amarelas, uma diminuição de 3 células verdes e mantiveram 1 célula vermelha. Nas tabelas 11 para 12 (Anexo 17) surge um aumento das células vermelhas (de 1 para 4) e observa-se uma diminuição células amarelas (12 para 11) e um aumento de células verdes (24 para 25).

Os resultados das tabelas de ponderação 13, 14 e 15 (Anexo 17) correspondentes às avaliações do dador, do profissional e do AA, respetivamente. Os dadores (tabela de ponderação 13) apresentam 4 células de cor vermelha, 12 células de cor amarela e 24 células de cor verde. Já os profissionais

90

(tabela de ponderação 14) atribuíram maioritariamente a cor verde (32), 8 células de cor amarela e não se registaram células de cor vermelha. O AA (tabela de ponderação 15) atribuiu 2 células de cor vermelha, 2 células de cor verde e 36 células de cor amarela. Verifica-se uma diferença muito grande entre o número de células verdes e amarelas atribuídas pelo AA e pelos profissionais.

Tabela 5.28: Número de Decisões por tabelas de ponderação para as BM. Número de Decisões por tabelas de Ponderação para as BM

Tabela de ponderação

Percentagem de ponderação Tomada de Decisão Dador Analista Profissional Vermelho Amarelo Verde

1 0 50 50 1 26 13 2 0 25 75 0 10 30 3 0 75 25 2 28 10 4 5 47,5 47,5 0 24 16 5 10 45 45 0 20 20 6 25 37,5 37,5 0 15 25 7 33,3 33,3 33,3 0 15 25 8 40 30 30 0 15 25 9 50 25 25 1 12 27

10 70 15 15 1 15 24 11 80 10 10 4 12 24 12 90 5 5 4 11 25 13 100 0 0 4 12 24 14 0 0 100 0 8 32 15 0 100 0 2 35 3 16 50 50 0 4 15 21

A tabela 16 (Anexo 17) corresponde à avaliação do analista e do cliente, onde se verificam 4 células vermelhas, 15 células amarelas e 21 células verdes.

No que diz respeito, ao fator ergonómico e secção afetada com a mudança da célula de cor amarela para verde os resultados podem ser consultados na tabela 5.29.

Tabela 5.29: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde nas BM. Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para verde nas BM.

Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação adicional

0% para 5%

Iluminação 3 3,00 para 3,07

Restritividade 3 3,00 para 3,07 Espaço de trabalho 4 3,00 para 3,08

5% para 10%

Espaço de trabalho 1 2,96 para 3,05 5 2,96 para 3,05

Restritividade 1 2,95 para 3,02 4 2,95 para 3,03

10% para 25%

Iluminação 4 2,91 para 3,16

Risco de acidente

1 3,00 para3,19

3 2,89 para 3,09 4 2,94 para 3,14

5 2,81 para 3,03

40% para 50% Restritividade 5 2,99 para 3,23

Repetitividade 1 2,99 para 3,02 70% para 80% Repetitividade 3 3,00 para 3,05

80% para 90% Repetitividade 4 2,95 para 3,06 5 2,92 para 3,04

Os fatores ergonómicos que sofreram alteração da avaliação de amarelo para verde foram iluminação nas secções 3 e 4; restritividade nas secções 1, 3,4 e 5; espaço de trabalho nas secções 1, 4 e 5; repetitividade nas secções 1,3, 4 e 5. A destacar que as mudanças de cor encontram-se nos limites da

91

tomada de decisão, nomeadamente na casa dos 3 pontos. O maior número de mudança de cor surgiu nas ponderações de 5% para 10% e na de 105 para 25%.

As mudanças da avaliação da cor verde para amarelo, por fator ergonómico e secção afetada, podem ser consultados os resultados na tabela 5.30.

Tabela 5.30: Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo nas BM.

Estudo das alterações da tomada de decisão de verde para amarelo nas BM.

Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

50% para 70%

Ambiente térmico 4 3,02 para 2,98

Ruído 4 3,02 para 2,96 5 3,01 para 2,95

70% para 80% Ruído 1 3,01 para 2,96

80% para 90% Ambiente Térmico 5 3,05 para 2,98

90% para 100% Ambiente Térmico 1 3,01 para 2,91

As mudanças observadas da cor verde para amarela verificaram-se nos fatores ergonómicos: ambiente térmico nas secções 1, 4 e 5; ruído nas secções 1, 4 e 5. O maior número de mudanças ocorreu nas ponderações de 50% para 70%. A destacar que as mudanças de cor encontram-se nos limites da tomada de decisão, designadamente na casa dos 3 pontos.

As mudanças, por fator ergonómico e secção, da alteração das células da cor amarela para a cor vermelha podem ser consultadas na tabela 5.31.

Tabela 5.31: Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho nas BM.

Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho nas BM.

Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

40% para 50% Atividade física 5 2,05 para 1,99

70% para 80% Atividade física 1 2,01 para 1,93

3 2,08 para 1,97 4 2,06 para 1,95

A mudança observada da cor amarela para vermelha apenas se confirmou no fator ergonómico atividade física, nas secções 1, 3, 4 e 5. Verifica-se que as mudanças de cor encontram-se nos limites da tomada de decisão, nos 2 pontos. Esta mudança ocorreu principalmente nas ponderações de 70% para 80%.

As mudanças, por fator ergonómico e secção, da alteração das células da cor vermelha para a cor amarela podem ser consultadas na tabela 5.32.

Tabela 5.32: Estudo das alterações da tomada de decisão de vermelha para amarelo nas BM.

Estudo das alterações da tomada de decisão de amarelo para vermelho nas BM.

Ponderação do Dador Fator Ergonómico Secção Informação Adicional

0% para 5% Repetitividade 5 1,96 para 2,02

A mudança observada da cor vermelha para a cor amarela apenas se confirmou no fator ergonómico repetitividade na secção 5. Verifica-se que as mudanças de cor encontram-se nos limites da tomada de decisão, nos 2 pontos.

5.4.4 Análise Comparativa dos Locais de Colheita de Sangue

De seguida será apresentada uma análise comparativa por local de colheita, nomeadamente o PF, PM e BM.

92

5.4.4.1 Análise por Ponderações

Ao analisar o aumento das ponderações atribuídas à dimensão dos dadores verificou-se que ocorrem alterações das tomadas de decisão da cor vermelha para a amarela em ambos os sentidos e da cor amarela para a cor verde em ambos os sentidos. Não se verificaram alterações das tomadas de decisão da cor vermelha para a cor verde, em ambos os sentidos.

A influência dos dadores nas mudanças da tomada de decisão da cor amarela para a cor verde verificou-se a partir das ponderações dos 5% no PF, nos PM e nas BM.

Nas mudanças da tomada de decisão da cor vermelha para a cor amarela, com a influência dos dadores, não se verificou no PF, mas sim nos PM a partir da ponderação dos 5% e nas BM na ponderação dos 5%.

O número de células de cor verde para amarela sofreu alterações, pela influência da avaliação dos dadores, no PF a partir das ponderações dos 10%, nos PM a partir das ponderações dos 5% e nas BM a partir das ponderações dos 50%.

As mudanças da tomada de decisão da cor amarela para a cor vermelha, pela influência dos dadores, ocorreram nos PM nas ponderações dos 70% e nas BM nas ponderações dos 40% sendo que no PF não se registou alterações.

A esta análise deve ser realizada algumas apreciações: as mudanças registadas com uma ponderação de 5% podem ter diferentes significados; os valores ponderados podem ser próximos do limite para tomada de decisão. Os valores CE, PE e AE são muito distintos entre si.

Segundo estes dados, verifica-se que a tomada de decisão é alterada, nos três locais de colheita de sangue, apenas com uma pequena ponderação da dimensão dos dadores.

Outro aspeto importante de referir é a diferença da avaliação realizada pela dimensão dos profissionais e do analista aos três diferentes locais de colheita:

No PF: o Os profissionais (na tabela 5.5) atribuíram uma avaliação mais positiva, apenas com uma

célula amarela. o O analista (na tabela 5.6) atribui uma avaliação mais negativa, registando-se apenas 4 células

verdes e as restantes amarelas. Nos PM: o Os profissionais (na tabela 5.9) atribuíram, de uma forma geral, a avaliação mais negativa,

com 5 células vermelhas, 21 verdes e 22 amarelas. o O analista (na tabela 5.10) também atribui a avaliação mais negativa dos três locais de

colheita do PM, com 3 células vermelhas, 7 verdes e restantes amarelas. Nas BM: o Os profissionais (na tabela 5.13) avaliaram de uma forma positiva, registando apenas com 8

células amarelas e 32 células verdes. o O analista (na tabela 5.14) avaliou por sua vez de uma forma mais negativa com 2 células

vermelhas, 3 verdes e restantes amarelas.

O local de colheita de sangue com a avaliação mais negativa, por parte dos profissionais, foi o PM. Já as BM e o PF obtiveram uma avaliação positiva. Relativamente à avaliação do analista, o local de colheita de sangue com avaliação mais negativa foi o PM, seguindo-se as BM e por último o PF com uma avaliação positiva.

Analisando as tabelas de ponderação de 33,3% verifica-se que ocorrem diferentes tomadas de decisão por local de colheita de sangue, e consequentemente diferentes tipos de intervenção. No PF, por

93

exemplo, as intervenções a médio prazo são: as posturas e movimentos nas secções 1, 3 e 4; a repetitividade nas secções 1, 4 e 5 e a atividade física nas secções 1, 3 4 e 5. Nos PM são: o ruído, o espaço de trabalho, a repetitividade e a atividade física nas secções 1, 3, 4 e 5; o ambiente térmico nas secções 4 e 5 os agentes químicos na secção 3; o risco de acidentes nas secções 1 e 4 e as posturas e movimentos nas secções 1, 3 e 5. Nas BM as intervenções a médio prazo são: as posturas e movimentos, a repetitividade e atividade física nas secções 1, 3, 4 e 5; o ruído na secção 3; o ambiente térmico na secção 3 e a restritividade na secção 5. Um outro aspeto relevante para a análise foram as diferenças do perfil do dador que frequenta o PF, os PM e as BM nomeadamente em termos de idade, escolaridade e profissão. Verifica-se que no PF encontramos um grupo de dadores maioritariamente masculino, com uma idade média de 39 anos e na sua maioria com escolaridade do 4º ao 12 ano. No PM a amostra apresenta-se um grupo maioritariamente feminino com distribuição das idades nas faixas etárias mais jovem dos 18 aos 49 anos e com uma escolaridade na sua maioria do 9 ao 12º ano e ensino superior. Nas BM encontramos um grupo maioritariamente feminino, com uma média de idades nos 41,1 anos e com uma escolaridade maioritariamente entre o 4º ano ao 12º ano.

5.4.4.2 Análise por Fatores Ergonómicos

Neste ponto foi efetuada uma análise das avaliações dos pares Analista/Profissional (AP) e Analista/Cliente (AC) como é sugerido pela autora do modelo ETdA. Para tal foi feita a análise por fator ergonómico e respetivos resultados das tabelas de ponderação presentes nos anexos 14.

As tabelas de ponderação selecionadas para este estudo foram a tabela 1 relativa ao par AP e a tabela 16 correspondente ao par AC.

Na tabela 5.33 encontra-se a análise das avaliações dos pares AP e AC do PF. Os resultados demonstram que não foram atribuídas avaliações vermelhas a nenhum fator ergonómico.

Os fatores ergonómicos: iluminação (avaliação positiva), espaço de trabalho (avaliação positiva), restritividade (avaliação positiva), tomada de decisão (avaliação positiva) apresentaram avaliações semelhantes pelos pares AC e AP.

Tabela 5.33: Análise das avaliações dos pares AP e AC do PF. Análise das avaliações dos pares AP e AC do PF

Fator ergonómico Células Vermelhas Células Amarelas Células Verdes

AC AP AC AP AC AP

Ruído 0 0 2 0 2 4 Iluminação 0 0 0 1 4 3

Ambiente Térmico 0 0 4 0 0 4

Risco Acidente 0 0 0 4 4 0

Espaço de Trabalho 0 0 0 0 4 4 Posturas e Movimentos 0 0 4 3 0 1

Restritividade 0 0 0 0 4 4

Repetitividade 0 0 4 2 0 2

Tomada de Decisão 0 0 0 0 4 4 Atividade Física 0 0 4 1 0 3

Os fatores ergonómicos, avaliados pelo par AC comparativamente com o par AP, que obtiveram resultados mais baixos foram: o ruído, ambiente térmico, repetitividade e atividade física.

Os fatores ergonómicos repetitividade e atividade física foram avaliados no que diz respeito à opinião do dador sobre a atividade do profissional e é também de realçar que um dos dias do estudo houve uma afluência de dadores maior do que o habitual. Enquanto os fatores ergonómicos: ambiente

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térmico e ruído englobam a opinião do dador como utilizador do espaço em comum com os profissionais.

Os resultados do par AP foram mais baixos no fator ergonómico risco de acidente, tal situação é expetável uma vez que os profissionais conhecem melhor os riscos envolvidos na sua atividade profissional.

Na tabela 5.34 encontra-se a análise das avaliações dos pares AP e AC do PM. Os resultados demonstram que os fatores ergonómicos: ruído (avaliação aceitável), iluminação (avaliação positiva), vibrações (avaliação positiva), restritividade (avaliação positiva), repetitividade (avaliação aceitável) e tomada de decisão (avaliação positiva) apresentaram avaliações semelhantes pelos pares AC e AP.

Tabela 5.34: Análise das avaliações dos pares AP e AC dos PM

Análise das avaliações dos pares AP e AC do PM

Fator ergonómico Células Vermelhas Células Amarelas Células Verdes

AC AP AC AP AC AP

Ruído 0 0 4 4 0 0

Iluminação 0 0 0 1 4 3

Ambiente Térmico 0 0 4 2 0 2

Agentes químicos 0 0 0 3 4 1

Vibrações 0 0 0 0 4 4

Risco Acidente 0 0 0 4 4 0

Espaço de Trabalho 0 3 2 1 2 0

Posturas e Movimento 1 3 3 1 0 0

Restritividade 0 0 0 1 4 3

Repetitividade 0 0 4 4 0 0

Tomada de Decisão 0 0 0 0 4 4

Atividade Física 0 0 4 0 0 4

As avaliações do par AC são mais baixas do que o par AP nos seguintes fatores ergonómicos: ambiente térmico e atividade física. Os dados demostram que os dadores valorizam mais as condições do fator ergonómico ambiente térmico enquanto utilizador dos espaço em comum com os profissionais. E de notar que avaliação da atividade física é realizada pelo dador relativamente aos profissionais.

As avaliações do par AP são mais baixas no fator ergonómico espaço de trabalho, agentes químicos, risco de acidente e posturas e movimentos. Estes resultados são expetáveis uma vez que: os profissionais permanecem mais tempo neste local (em média 6 horas por dia); durante a sua atividade profissional necessitam de utilizar múltiplas vezes os equipamentos e os materiais (que se encontram confinados num espaço pequeno e com dificuldades de alcance) levando a adotar posturas menos adequadas; a destacar também o fato de já vivenciaram momentos com maior incómodo com os agentes químicos provenientes dos geradores do PM; e por último o fato de conhecerem melhor os riscos envolvidos na sua atividade profissional.

Na tabela 5.35 encontra-se a análise das avaliações dos pares AP e AC das BM.

Tabela 5.35: Análise das avaliações dos pares AP e AC das BM.

Análise das avaliações dos pares AP e AC das BM Fator ergonómico Células Vermelhas Células Amarelas Células Verdes

AC AP AC AP AC AP Ruído 0 0 4 1 0 3

Iluminação 0 0 0 2 4 2 Ambiente Térmico 0 0 3 1 1 3

Risco Acidente 0 0 0 4 4 0 Espaço de Trabalho 0 0 0 3 4 1

Posturas e Movimento 0 0 4 4 0 0

95

Restritividade 0 0 0 4 4 0

Repetitividade 0 1 4 3 0 0 Tomada de Decisão 0 0 0 0 4 4

Atividade Física 4 0 0 4 0 0

Os resultados demonstram que os fatores ergonómicos: posturas e movimentos (avaliação aceitável) e tomada de decisão (avaliação positiva) apresentaram avaliações iguais pelos pares AC e AP.

As avaliações do par AC são mais baixas do que o par AP nos seguintes fatores ergonómicos: ruído, ambiente térmico e atividade física. Os dados demostram que os dadores são mais exigentes nos fatores ergonómicos ruído e ambiente térmico enquanto utilizador dos espaço em comum com os profissionais. E de notar que avaliação da atividade física é realizada pelo dador relativamente aos profissionais e ainda o fato de que um dos dias do estudo houve uma afluência de dadores maior do que o previsto.

As avaliações do par AP são mais baixas no fator ergonómico: iluminação, risco de acidente, espaço de trabalho, restritividade e repetitividade. Estes resultados são expetáveis uma vez que: os profissionais permanecem mais tempo no local de trabalho (em média 6 horas por dia); conhecem melhor os riscos envolvidos na sua atividade profissional; e quando perante uma afluência maior de dadores necessitam de atender um número maior de pessoas, com a qualidade de cuidados exigida e de forma a não prolongar muito o tempo de espera.

96

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97

PARTE III

CONCLUSÃO

98

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99

6. CONCLUSÃO E TRABALHOS FUTUROS

O principal objetivo deste estudo foi analisar a influência da inclusão do dador na avaliação ergonómica nos locais de colheita, nomeadamente no posto fixo, nos postos móveis e nas brigadas móveis.

Sendo o CSTP uma instituição de prestação de cuidados de saúde, onde o contributo benévolo dos dadores de sangue é fundamental para a sua atividade, torna-se importante garantir que a sua segurança, o seu conforto e o seu bem-estar, nos locais de colheita de sangue, seja assegurado, assim como dos profissionais que exercem a sua atividade profissional e desta forma contribuir para a segurança e qualidade transfusional.

A utilização do modelo ETdA (Loureiro, 2012) para a avaliação ergonómica dos locais de colheita de sangue, demostrou ser um contributo de grande importância, uma vez que permitiu incluir na avaliação ergonómica a opinião do dador. Segundo Loureiro (2012) a área comum de livre circulação de pessoas deve ser analisada como parte integrante de um sistema socio-tecnológico complexo e dinâmico onde todos os participantes devem ser identificados, assim como, as inter-relações existentes. Os profissionais e os dadores ao circularem e interrelacionem na área comum de livre circulação de pessoas pressupõem-se que podem estar podem ser expostos aos mesmos fatores de risco ergonómico.

Da pesquisa bibliográfica efetuada verificou-se que não existe nenhum estudo na área da medicina transfusional sobre a avaliação ergonómica nos locais de colheita de sangue onde a opinião do dador tenha sido considerada. De facto o presente trabalho foi o primeiro trabalho na área a avaliar o impacto da inclusão do dador na avaliação ergonómica nos locais de colheita de sangue, a diagnosticar fatores de risco ergonómico e a propor medidas de melhoria das situações diagnosticadas.

Relativamente aos resultados obtidos, estes demostraram que a avaliação dos locais de colheita de sangue pelos dadores apresenta diferenças comparativamente à avaliação realizada pelos profissionais e pelo analista. De facto verifica-se que foram destacados pelos dadores algumas avaliações mais negativas, outras mais positivas e ainda outras semelhantes em determinados fatores ergonómicos, comparativamente com as outras dimensões ETdA.

Importa referir que o perfil do dador; o tempo de permanência no espaço pelos dadores e pelos profissionais; a forma como o espaço é utilizado pelos diferentes intervenientes; as diferentes interações entre os intervenientes e as condições ambientais no momento da avaliação podem ter influência nestas avaliações.

Uma vez que os objetivos do trabalho se encontram direcionados para a opinião do dador e de forma a proceder à análise conjunta, uniforme e coerente foi necessário considerar as secções e os fatores ergonómicos avaliados em conjunto pelas três dimensões. Portanto a secção 2 e os fatores ergonómicos: conteúdo do trabalho, tarefas de elevação, nível de atenção requerida e comunicação/relação interpessoal, não foram considerados para análise.

Quando comparando as avaliações do PF, do PM e das BM, verifica-se que estas apresentam avaliações distintas entre si. Neste aspeto importa destacar as diferentes caraterísticas dos três tipos de locais de colheita, uma vez se tratarem de locais fixos, locais móveis e locais móveis em veículos. O PF foi o local avaliado mais positivamente pelas três dimensões, com maior número de avaliações positivas e apenas três fatores ergonómicos, nomeadamente posturas e movimentos, repetitividade e atividade física, com avaliação de intervenção a médio prazo. As BM apresentaram apenas os fatores ergonómicos atividade física, repetitividade, posturas e movimentos, restritividade, ambiente térmico e

100

ruído com avaliação de intervenção a médio prazo. O PM apresentou o fator ergonómico posturas e movimentos com avaliação negativa, na seção 4, com necessidade de intervenção a curto prazo, os fatores ergonómicos posturas e movimentos, espaço de trabalho, repetitividade, atividade física, ruído, ambiente térmico, risco de acidentes e agentes químicos com avaliações com necessidade de intervenção a médio prazo.

Pode-se concluir que a opinião do dador permitiu identificar fatores ergonómicos com prioridade de intervenção diferentes das outras dimensões ETdA que poderiam não constituir prioridade de ação e outros que não foram considerados tão relevantes; reforçar os fatores ergonómicos que também foram identificados pelas outras dimensões com prioritários e ainda a identificação das situações problemáticas e as suas causas permitem ajudar nas medidas de melhoria.

Conclui-se também que a inclusão do dador na avaliação ergonómica é uma mais-valia para abordar os gestores das organizações e facilita a adesão às propostas de mudança uma vez que um dos objetivos da instituição é a segurança e qualidade transfusional que passa pelo bem-estar e segurança do dador para garantir o seu regresso para realizar a dádiva de sangue.

Os objetivos propostos foram alcançados com sucesso, com a exceção da elaboração da proposta de mudança a nível ergonómico com base nos resultados da análise ergonómica nos locais de colheita, PF, PM e BM que foi concluído parcialmente ao apenas identificar quais as situações problemáticas e as suas causas. Tal facto deveu-se a limitações de tempo, uma vez que a quantidade de dados a analisar ocupou mais tempo do que o previsto.

Em termos de trabalho futuro considera-se pertinente realizar outros estudos no PM e nas BM para analisar o impacto das condições ambientais em diferentes alturas do ano. No que diz respeito especificamente às BM, seria pertinente estudar as que se realizam com uma frequência mais regular, na impossibilidade de estudar todas. No PF, PM e BM seria pertinente realizar um estudo posterior às medidas de melhoria implementadas para avaliar a sua eficácia.

Relativamente à aplicação informática ETdAnalyser considera-se importante detetar e corrigir as dificuldades inerentes à aplicação, no que diz respeito à geração dos relatórios de ação.

Em conclusão, este estudo permitiu obter informações importantes sobre a avaliação ergonómica dos espaços de colheita, realçar a importância da dimensão do dador para avaliação ergonómica dos locais de colheita; propor medidas de melhoria; demonstrar ao dador a importância da sua opinião para a instituição e por último demonstrar que a ergonomia contribui para os objetivos da instituição ao nível da segurança transfusional ao contribuir para a segurança e bem-estar dos dadores e dos profissionais.

101

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106

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107

ANEXOS

ANEXO 1: ORGANIGRAMA DO IPST, IP

Organigrama Do IPST, IP (reproduzido de IPST, IP, 2014)

ANEXO 2: ORGANIGRAMA DOS CST DO IPST,IP

Organigrama dos CST do IPST,IP

(reproduzido de IPST, IP, 2014)

ANEXO 3: ORGANIGRAMA DA ÁREA FUNCIONAL DO SANGUE

Organigrama da Área Funcional do Sangue (reproduzido de IPST, IP, 2014)

ANEXO 4: ABORDAGEM POR PROCESSOS DO IPST, IP

Abordagem por processos do IPST, IP

(reproduzido de IPST,IP, 2014)

ANEXO 5: PLANTA DO PISO 0 DO PF

Planta do piso 0 do PF

(Reproduzida do Centro Regional Do Sangue Do Porto - Instituto Português Do Sangue, IP, 2008)

115

Legenda da planta do piso 0 do PF:

1. Átrio

2. Espera dadores

3. Promoção

4. Armazém

5. Máquinas/ elevador 1

6. Sanitários

7. Gabinete da responsável

8. Sala de reuniões

9. Arrecadação

10. Consultório médico

11. Sala de colheitas

12. Plasmaférese/ citaférese

13. Gabinete de Enfermagem

14. Cafetaria

15. Sanitários

16. Medicina do trabalho

17. Laboratório de controlo de qualidade

18. Gabinete da chefe de Enfermagem

19. Vestiários

20. Arrecadação

21. Vestiário/ Limpezas

22. Obtenção de componentes

23. Gabinete do trabalho

24. Gabinete do responsável

25. Receção e registo

26. Centrifugação

27. Circuito de sujos

28. Recuperação de material

29. Lixos

30. Lago

31. Rotulagem

32. Quarentena de eritrócitos (2-6ºC)

33. Armazém de eritrócitos (2-6ºC)

34. Quarentena de plaquetas (22ºC)

35. Armazém de plaquetas (22ºC)

36. Quarto

37. Antecâmara

38. Distribuição de produtos

39. Entrada/ Distribuição

ANEXO 6: PLANTA DO PM

1

5

4

3

2

6

Legenda:

1. Promoção e Inscrição de dadores

2.Zona de espera dadores

3.Triagem de dadores

4. Sala de colheitas

5. Bar

6. Zona de refeição

7. Motorista

7

1

2

ANEXO 7: FOTOS DO EXTERIOR E INTERIOR DO PM

Fotos do Exterior do PM

Figura A7.1: Exterior 1 do PM

Figura A7.2: Exterior 2 do PM

118

Fotos das secções do PM

Figura A7.3: Secção1-Atendimento ao dador

Figura A7.4: secção 2 - Sala Espera

Figura A7.5:Secção 3- triagem

Figura A7.6: Secção 4 – Colheita

Figura A7.7: secção 5 –Bar

Figura A7.8: Secção 5- Bar, zona refeição

ANEXO 8: AUTORIZAÇÃO PARA REALIZAÇÃO DO ESTUDO NO IPST

ANEXO 9: QUESTIONÁRIO PARA ANÁLISE ERGONÓMICA - DIMENSÃO DOS DADORES

122

ANEXO 10: FICHA DE AVALIAÇÃO PF E BM – DIMENSÃO DOS PROFISSIONAIS

ANEXO 11: FICHA DE AVALIAÇÃO PM – DIMENSÃO DOS PROFISSIONAIS

ANEXO 12: LISTA DE VERIFICAÇÃO – DIMENSÃO DO ANALISTA

Lista de Verificação

Local de colheita Escala

Código Avaliação

qualitativa Risco Negativa Aceitável Positiva

Data Avaliação

quantitativa 1 2 3 4

INDICADORES SECÇÕES OBSERVAÇÕES

Ruído

Vibrações

Iluminação

Ambiente térmico

Agentes químicos

Risco de acidentes

Nível de atenção requerida

Tomada de decisão

Comunicação/relação

interpessoal

Conteúdo de trabalho

Actividade física

Espaço de trabalho

Tarefas de elevação

Posturas e movimentos

Repetividade

Restritividade

ANEXO 13: METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DO AA POR FATORES ERGONÓMICOS

Metodologia de Avaliação do AA por Fatores Ergonómicos

A metodologia de avaliação de cada fator ergonómico, realizada pelo Analista, é apresentada de seguida.

1. Ruído

Neste estudo realizou-se uma breve caracterização sobre a exposição ao ruído dos profissionais e dadores utilizadores dos espaços de colheita de sangue. Para a sua caracterização procedeu-se da seguinte forma:

Caracterizou-se os espaços de colheita de sangue conforme descrito no subcapítulo 4.2 “Os locais de colheita de sangue”;

Caracterizou-se as atividades conforme descrito no subcapítulo 4.2 “Os locais de colheita de sangue”;

Avaliou-se quais as pessoas expostas; Avaliou-se as fontes produtoras de ruído; Procedeu-se à medição do ruído nas várias secções; Procedeu-se aos cálculos para determinar o valor de exposição pessoal diária (L EX,8h) em

cada secção; Classificou-se a exposição ao ruído por secção, segundo o Decreto-Lei n. 182/2006 de 6 de

Setembro (2006); Classificou-se a exposição ao ruído segundo a avaliação do EWA por secção;

De forma a obter dados representativos da exposição real, as medições de ruído para cada secção dos espaços de colheita de sangue, foram realizadas durante o período de trabalho normal, enquanto os profissionais e os dadores desenvolvem as suas atividades habituais. Nas várias secções dos locais de colheita, foram medidos, os níveis de pressão sonora contínua equivalente (LAeq) e o nível de pressão sonora de pico (LCpico), com recurso ao sonómetro disponibilizado. Os dados obtidos foram

processados utilizando uma folha de cálculo, de forma a determinar o nível de exposição pessoal diária (L EX,8h).

A legislação nacional através do Decreto-Lei n.º 182/2006 de 6 de setembro (2006) vem definir quais os limites de exposição e os limites de ação inferior e superior para exposição ao ruído diária e semanal nos locais de trabalho. Na tabela A13.1 podem ser consultados os referidos limites.

Tabela A13.1: Limites de ação inferior, ação superior e de exposição, decreto-lei n.182/2006

LEX,8h LCpico

Limite de ação inferior 80 dB(A) 135 dB(C)

Limite de ação superior 85 dB(A) 137 dB(C)

Valores Limite de Exposição 87 dB(A) 140 dB(C)

Casos estes limites sejam ultrapassados a legislação obriga a que sejam tomadas medidas de prevenção para reduzir o risco de forma a assegurar a segurança e saúde dos trabalhadores. Quando os limites de ação inferior são ultrapassados deve ser feito uma avaliação e controlo de forma a diminuir para o pretendido. Caso seja ultrapassado o valor limite de exposição a instituição deverá reduzir de imediato a exposição de modo a não exceder os valores limite de exposição, identificar as causas que levam a ultrapassar os valores limite e corrigir as medidas de proteção e prevenção de modo a evitar a ocorrência de situações idênticas.

Foi também utilizada a avaliação EWA, no âmbito do ruído ocupacional, para analisar os locais de colheita de sangue. Na tabela A12.2 encontram-se quais os níveis de risco de exposição ao ruído para trabalhos que requerem concentração segundo esta metodologia.

Tabela A13.2: Níveis de risco de exposição ao ruído, segundo a EWA.

Nível de Risco

Trabalho que não requer comunicação verbal

Trabalho que requer comunicação verbal

Trabalho que requer concentração

1 < 60 dB (A) < 50 dB (A) < 45 dB (A) 2 [60 – 70[ dB (A) [50 – 60[ dB (A) [45 – 55[ dB (A) 3 [70 – 80] dB (A) [60 – 70] dB (A) [55 – 65] dB (A) 4 [80-90] dB (A) [70-80] dB (A) [65-75] dB (A) 5 > 90 dB (A) > 80 dB (A) > 75 dB (A)

No presente estudo foram considerados os valores de LEX8h, obtidos nas secções dos locais de colheita de sangue, para poder analisar os dados segundo a metodologia EWA.

Neste estudo o AA fez uma avaliação de acordo com a legislação nacional, Decreto- Lei n.182/2006 de 6 de setembro (2006), e como estava perante locais de colheita de sangue onde era desenvolvido trabalho onde era requerido comunicação verbal foi feita, também, uma avaliação neste sentido, segundo as recomendações da metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989). Na tabela A13.3 encontra-se especificada as ponderações para classificar a exposição ao ruído segundo a AA, em termos de trabalho que requer comunicação verbal e da legislação nacional.

Tabela A13.3: Classificação da exposição ao ruído segundo a AA, em termos de trabalho que requer comunicação verbal e da legislação nacional.

Caracterização da Exposição ao ruído Classificação do Analista

EWA LEX,8h Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

Trabalho que requer

comunicação verbal

< 60 dB (A) Positiva 4 Verde

[60 – 70[ dB (A) Aceitável 3 Amarela

[70 – 80[ dB (A) Negativa 2 Vermelha

>80 dB (A) Risco 1 Vermelha escura

dec-lei n.182/2006

LEX,8h LCpico Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

< 80 dB(A) < 135 dB(C) Positiva 4 Verde

[80-85[ dB(A) [135-137[ dB(C) Aceitável 2 Amarelo

[85-87[ dB(A) [137-140[ dB(C) Negativa 3 Vermelho

>87 dB(A) >140 dB(C) Risco 1 Vermelho escuro

A atribuição da classificação final pelo AA, em cada secção, foi realizada em primeiro lugar no cumprimento da legislação nacional e só depois é que foi avaliada em termos de trabalho que requer comunicação verbal, caso os níveis estivessem dentro do que recomenda a legislação.

2.Vibração

No âmbito deste trabalho, tendo em conta os objetivos definidos decidiu-se fazer uma análise da exposição as vibrações, apenas para diagnóstico da situação, num futuro trabalho será pertinente efetuar uma análise mais aprofundada. Portanto a análise da exposição a vibrações neste estudo

debruçou-se sobre as vibrações do corpo inteiro transmitidas através dos pés no Posto Móvel (PM) em estudo e os seus efeitos sobre a saúde e o conforto.

O Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de fevereiro (2006) vem legislar diversos aspetos sobre as disposições mínimas de segurança e saúde respeitantes à exposição aos riscos ocupacionais a vibrações mecânicas. No artigo 3.º estabelece, para vibrações transmitidas ao sistema corpo inteiro, o valor limite de exposição de 1,15 m/s2, que não deve ser ultrapassado e o valor de ação de exposição de 0,5 m/s2, que quando ultrapassado implica a tomada de medidas preventivas.

Segundo o referido decreto-lei, a determinação do nível de exposição dos trabalhadores deve ser realizada com base no cálculo da exposição pessoal diária, para um período de oito horas, expressa como aceleração contínua equivalente. A aceleração eficaz ponderada é determinada para cada eixo x, y e z. A determinação da vibração é efetuada com base no valor eficaz mais elevado das acelerações ponderadas em frequência, medidas segundo os três eixos ortogonais.

O período de utilização do espaço foi de 6 horas para os profissionais e de 40 minutos, em média, para os dadores. Para avaliação das vibrações do corpo inteiro foram seguidas as recomendações da NP ISO 2631-1:2007. Uma vez que estamos perante os efeitos sobre a saúde e o conforto foram consideradas as gamas de frequências de 0,5 a 80 Hz (NP ISO 2631-1:2007, 2007)).

O posicionamento do equipamento de medição foi medido entre o corpo e a superfície de exposição a vibrações, para tal o AA posicionou-se de pé sobre o transdutor em forma de disco durante o período de medição, em três pontos do PM, nomeadamente ao centro do corredor e nas duas extremidades deste.

Segundo a NP ISO 2631-1:2007 a duração mínima da medição para uma frequência-limite inferior de 1Hz deve ser de 108 segundos e para uma frequência-limite inferior de 0,5Hz deve ser de 227 segundos. É também recomendado que seja definido um tempo de medição geralmente maior de forma a este ser representativo. Deste modo o período definido para avaliação da vibração deste estudo foi de 210 segundos.

Para avaliação da vibração corpo inteiro transmitida através dos pés foi calculada a exposição diária a vibrações, o valor total da aceleração ponderada e determinado qual os filtros de ponderação utilizados. Conforme as recomendações da NP ISO 2631-1:2007, foi utilizado os filtros referentes ao estudo dos efeitos sobre saúde e sobre o conforto.

Em termos de conforto a NP ISO 2631-1:2007 expõe as indicações aproximadas das reações em transportes públicos apresentadas na tabela A13.4.

Tabela A13.4: Critérios de avaliação do conforto segundo a NP ISO 2631-1:2007

Aceleração Ponderada Sensação de Conforto

Menor de que 0,315 m/s2 Não desconfortável

0,315 m/s2 até 0,63 m/s2 Ligeiramente desconfortável

0,5 m/s2 até 1 m/s2 Razoavelmente desconfortável

0,8 m/s2 até 1,6 m/s2 Desconfortável

1,25 m/s2 até 2,5 m/s2 Muito desconfortável

Superior a 2 m/s2 Extremamente desconfortável

Depois de efetuada cada avaliação os dados foram gravados na memória do equipamento e posteriormente descarregados com o software próprio, Quest Suite ® Pro II para um computador portátil. O tratamento de dados foi efetuado com recurso a uma tabela do Microsoft Excel 2010.

A avaliação da exposição a vibrações nos PM pelo AA resultou da avaliação global da caracterização da exposição a vibrações. Para tal definiu-se atribuir uma classificação para cada critério avaliado, nomeadamente em termos de efeitos sobre a saúde e em termos de conforto, estes encontram-se descritos na tabela 13.5.

Tabela A13.5:Tabela de ponderação para classificação da exposição a vibrações pelo AA.

Caracterização da Exposição a Vibrações Classificação do Analista

Critério Valor Descrição Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

Efeitos sobre a saúde

< 0,5 m/s2 Menor do que o valor de ação de

exposição Positiva 4 Verde

[0,5 - 1,15 m/s2] Entre o valor de ação e o valor

limite de exposição Negativa 2 Vermelha

> 1,15 m/s2 Valor limite de exposição Risco 1 Vermelha escura

Efeitos sobre o conforto

< 0,315 m/s2

Não Desconfortável Positiva 4 Verde

0,315 até 0,63 m/s2 Ligeiramente Desconfortável Aceitável

3

Amarela 0,5 até 1 m/s2 Razoavelmente Desconfortável

0,8 até 1,6 m/s2 Desconfortável Negativa 2 Vermelha

1,25 até 2,5 m/s2 Muito Desconfortável

> 2 m/s2 Extremamente Desconfortável Risco 1 Vermelha escura

A classificação final atribuída pelo AA foi a mais negativa dos dois critérios avaliados.

3.Iluminação

Para avaliação das condições de iluminação por parte do AA foram seguidas as recomendações do modelo de avaliação ergonómica EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989) e da norma ISO 8995:2002(E) (2002) refente à iluminação dos espaços de trabalho de interior. De acordo com as recomendações da norma ISO8995:2002(E) (2002) foram determinadas a iluminâncias médias, o rácio de iluminância da tarefa e a iluminância recomendada e o rácio da iluminância da vizinhança do posto de trabalho e a iluminância recomendada, assim como as uniformidades da iluminância da tarefa e da vizinhança do posto de trabalho e ainda avaliado o encandeamento. No quadro A13.6 encontram-se descritos os cálculos efetuados.

Tabela A13.6: Cálculos efetuados para avaliação do ambiente térmico

Parâmetro Cálculo

Iluminâncias médias Média aritmética

Rácio de iluminância tarefa Iluminância média da tarefa/iluminância recomendada*100

Rácio da iluminância da vizinhança do posto de trabalho

Iluminância média da vizinhança do posto de trabalho /iluminância recomendada*100

Uniformidades da iluminância da tarefa Iluminância mínima da tarefa /iluminância média da tarefa

Uniformidades da vizinhança do posto de trabalho

Iluminância mínima da vizinhança do posto de trabalho /iluminância média da tarefa

A avaliação das condições de iluminação, nos locais de colheita de sangue, pelo AA, resultou da avaliação global das condições de iluminância da tarefa e da vizinhança imediata do posto de trabalho. Na tabela A13.7 encontram-se as classificações atribuídas a cada critério analisado.

A pontuação final a atribuir pelo AA foi a pontuação mais negativa entre a iluminância, a uniformidade e o encadeamento.

Tabela A13.7: Tabela de ponderação para classificação da das condições de iluminação, pelo AA.

Caracterização das condições de iluminação

Classificação do Analista

Critério Descrição Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

Rácio

> 100 % Positiva 4 Verde

[50 - 100% [ Aceitável 3 Amarela

[10 - 50 %[ Negativa 2 Vermelha

< 10 % Risco 1 Vermelha escura

Uniformidade tarefa

>0,7 Positiva 4 Verde

[0,3 – 0,7[ Aceitável 3 Amarela

[0,2 – 0,3[ Negativa 2 Vermelha

< 0,2 Risco 1 Vermelha escura

Uniformidade da vizinhança do posto de

trabalho

>0,5 Positiva 4 Verde

[0,2 – 0,5[ Aceitável 3 Amarela

[0,1 – 0,2[ Negativa 2 Vermelha

< 0,1 Risco 1 Vermelha escura

Encandeamento

Ausência de encandeamento Positiva 4 Verde

Encandeamento Aceitável 3 Amarela

Ofuscamento Negativa 2 Vermelha

4.Ambiente térmico

Para avaliação do ambiente térmico, por parte do AA, foram seguidas seguintes etapas:

1. Descrição das atividades desenvolvidas, 2. Medição dos parâmetros ambientais: velocidade do ar (Var), temperatura do ar (Ta), calor

radiante (Tr) e humidade do ar (HR) 3. Determinação dos parâmetros individuais: metabolismo e vestuário 4. Cálculos dos Índices PPD/PMV e quando se justifique o WBGT 5. Classificação do ambiente térmico pelo analista.

Para análise das atividades desenvolvidas procedeu-se à observação direta e indireta no local de colheita. Através da observação direta foi feita a avaliação exaustiva das tarefas realizadas e a determinação do tempo de cada atividade. Recorreu-se ao registo fotográfico e de vídeo.

Para cada secção de colheita de sangue foram medidas as seguintes grandezas físicas correspondentes aos parâmetros ambientais: velocidade do ar (Var), temperatura do ar (Ta), calor radiante (Tr) e humidade do ar (HR).

Relativamente aos parâmetros individuais, uma vez que o tempo de utilização do espaço pelos profissionais e dadores e o tipo de atividade aí desenvolvida era diferente optou-se por avaliar as condições metabólicas de acordo com o tipo de utilizador em causa. Para tal, seguindo as recomendações da norma ISO 7730:2005(E) (2005), determinou-se a taxa de metabolismo para profissionais e para dadores, de acordo com o local de colheita e o tipo de atividade desenvolvido.

De forma a obter-se mais informação acerca dos parâmetros individuais, procedeu-se:

Ao registo do tipo de vestuário utilizado pelos profissionais e pelos dadores. Recolha junto da instituição do número de profissionais e de dadores utilizadores do espaço. Registo do peso médio e altura média dos profissionais solicitado verbalmente aso profissionais

no dia do estudo. Consulta da base de dados da instituição para obtenção dos dados de peso médio e altura

média dos dadores utilizadores do espaço de colheita. De forma a caraterizar o ambiente térmico dos espaços de colheita foram utilizados os critérios de avaliação para ambientes neutros e quentes, seguindo-se as recomendações das normas ISO 7730:2005(E) (2005) relativa ao índice Predicted Mean Vote - Predicted Percentage of Dissatisfied (PMV- PPD) para avaliação de ambientes neutros e a ISO 7243:2003 (2003) sobre o índice Wet Bulb Globe Temperature (WBGT) para avaliação de ambientes quentes.

Foi determinado o PMV- PPD, avaliado o estado térmico do corpo e calculada a percentagem de insatisfeitos (PD-Percentage of Dissatisfied) para avaliação do desconforto local por diferença vertical, segundo as orientações da ISO 7243:2003(E) (2003).

Para efetuar os cálculos necessários a este estudo recorreu-se ao programa Malchaire Analysis PMV, PPD, WBGT, PHS, 2008. Uma vez que esta folha de cálculo também calcula o Índice de Temperatura Húmida e de Globo (WBGT), foram igualmente comparados os valores obtidos para cada secção, de ação e limite, com a ISO 7730:2005(E) (2005).

A classificação do ambiente térmico dos espaços de colheita pelo AA resultou da avaliação global da caracterização do ambiente térmico, isto é do resultado dos três índices analisados: Índice De Temperatura Húmida e De Globo (WBGT), o Predicted Mean Vote - Predicted Percentage Of Dissatisfied (PMV-PPD) e a percentagem de insatisfeito de desconforto local por diferença vertical (PD). Os critérios para obtenção da classificação do AA segundo a avaliação global encontram-se na tabela 13.8.

Tabela A13.8:Tabela de ponderação para classificação do ambiente térmico pelo AA.

Caracterização do ambiente térmico Classificação do Analista

Parâmetro Descrição Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

Índice De Temperatura Húmida e De

Globo

WBGT

≤ 25oC Positiva 4 Verde

]25oC a 30oC[ Aceitável 3 Amarela

[30oC a 31oC[ Negativa 2 Vermelha

≥ 31oC Risco 1 Vermelha escura

Predicted Mean Vote - Predicted Percentage Of

Dissatisfied

PMV [-0,50 a 0,50]

Positiva 4 Verde

PPD [5 a 10%]

Percentagem de Insatisfeitos por Desconforto Local Diferença

Vertical

PMV [-1,50 a -0,50[ e ]0,50 até 1,50] Aceitável 3 Amarela

PPD ]10% a 50%]

PMV [-2,50 a -1,50[ e ]1,50 a 2,50] Negativa 2 Vermelha

PPD ]50% a 80%]

PMV < -2,50 e > 2,50 Risco 1 Vermelha escura

PPD >80%

PD

≤ 3% Positiva 4 Verde ]3 a 5 %] Aceitável 3 Amarela

]5 a 10 %] Negativa 2 Vermelha >10 % Risco 1 Vermelha escura

A classificação final atribuída pelo AA é a mais negativa dos três parâmetros avaliados do ambiente térmico.

5. Agentes Químicos

Segundo a World Health Organization (WHO) (1999) o monóxido de carbono (CO) é um gás asfixiante, inodoro e incolor. Este resulta da combustão incompleta de combustíveis fósseis e também é produzido por processos naturais ou biotransformação de halometanos no organismo humano.

O CO encontra-se na atmosfera natural em concentrações médias de 0,1 ppm, nas habitações os valores situam-se entre 0,1 a 5 ppm. Quando perante fogões a gás pouco ajustados os valores de CO situam-se entre 5 a 10 ppm (Agency for Toxic Substances and Disease Registry, 2012). Ao nível do interior de veículos a motor a média situa-se entre 9 e 25 ppm, sendo este o microambiente com valores mais elevados (WHO, 1999).

Segundo o ASHRAE Standard 62-1989, referido pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) (2009) o valor um limite de exposição, média de 8 horas, para o monóxido de carbono é de 9 ppm. No entanto, valores acima dos 5 ppm indicam a presença indesejável de poluentes de combustão.

A WHO (2000) apresenta as linhas orientadoras, baseadas na equação exponencial de Coburn-Foster-Kane, que tem em consideração todas as variáveis fisiológicas conhecidas que afetam a absorção do CO. Estas linham orientadoras estão determinadas de forma que a carboxihemoglobina não ultrapasse os 2,5% num individuo não fumador, que pratica de exercício leve a moderado. Estas são as seguintes, a exposição a CO durante 15 minutos não deve ultrapassar os 90ppm, a exposição a CO durante 30 minutos não deve ultrapassar os 50ppm, a exposição a CO durante 1 hora não deve ultrapassar os 25 ppm e por último a exposição a CO durante 8 horas não deve ultrapassar os 10ppm.

A APA (2009) recomenda que seja determinado os níveis de CO sempre que ocorram queixas de odores de exaustão ou se houver um motivo de suspeita de problemas com agentes químicos de combustão. A APA (2009) refere que a exposição a concentrações elevadas de monóxido de carbono pode ser letal para os seres humanos, uma vez que este combina-se com a hemoglobina no sangue, reduzindo o transporte do oxigénio para as células do corpo. Os sintomas de exposição em níveis elevados são cefaleias, diminuição do estado de vigília, náuseas, fadiga, respiração rápida, dor no peito, confusão e raciocínio diminuído. Os sinais e sintomas apresentados variam de individuo para individuo conforme o estado de saúde e a sensibilidade individual.

Wang et al. (2012) referem no seu estudo que 95% das mortes acidentais por inalação de CO nos espaços interiores fechados nos anos de 1999 a 2005 nos Estados Unidos, estavam relacionadas com uso de geradores no interior das habitações.

Os grupos de risco mais suscetíveis à exposição ao CO são os indivíduos com doenças cardiovasculares, os indivíduos com anemia e outras doenças hematológicas, os indivíduos com doenças pulmonares crónicas, grávidas e crianças (WHO,1999 e 2000).

Segundo a WHO (1999) a maioria dos indivíduos encontra-se mais exposta ao CO nos veículos e nos pequenos espaços interiores.

As concentrações de CO nos espaços interiores estão relacionadas com as fontes, a ventilação e insuflação de ar, a mistura de ar nas divisões dos espaços interiores e as concentrações deste gás nos espaços exteriores (WHO, 1999).

Em países desenvolvidos estima-se que cerca de 700 a 1000 mortes por ano sejam devidas ao envenenamento acidental por monóxido de carbono (WHO, 1999).

Um outro gás libertado durante a combustão de combustíveis fósseis é o dióxido de carbono (CO2). Este gás na presença de CO apresenta uma interação toxicológica com efeito sinérgico (WHO,1999).

O CO2 é um gás asfixiante, incolor e em elevadas concentrações apresenta um cheiro ácido. É um constituinte do organismo humano e é um produto da respiração celular (Occupational Safety and Health Administration [OSHA], 1999). Na atmosfera a concentração de CO2 situa-se entre 300 e os 700 ppm (OSHA, 1990). Segundo dados do National Oceanic & Atmospheric Administration (2014), em Setembro de 2014 as concentrações médias de CO2 na atmosfera situavam-se nos 395,28 ppm.

Segundo a APA (2009), nos espaços interiores as concentrações de CO2 sofrem alterações de acordo com o local, a circunstância, a hora do dia, e os valores mais elevados encontram-se durante o dia. As concentrações habituais de CO2 nos espaços interiores situam-se entre 600 e 800 ppm (APA, 2009).

A exposição a concentrações de CO2 iguais ou superiores a 100000 ppm podem conduzir à inconsciência ou morte. Concentrações menores conduzem ao aparecimento de problemas de concentração, ritmo respiratório elevado, ritmo cardíaco elevado, distúrbios visuais, cefaleias, tonturas e tremores (OSHA,1990).

Em contextuo ocupacional, os valores limite de exposição profissional a agentes químicos, nomeadamente, a exposição ao monóxido de carbono e dióxido de carbono é definida pelo projeto da Norma Portuguesa prNP 1796:2007 (2007). Esta define o valor limite de exposição - média ponderada (VLE-MP) para o monóxido de carbono de 25 ppm e para o dióxido de carbono o VLE-MP de 5000 ppm. Relativamente ao valor limite de exposição - curta duração (VLE-CD) para o monóxido de carbono, segundo a legislação portuguesa, este não se encontra definido, uma vez que é considerado que o profissional não deve estar exposto a valores elevados de curta duração, já para o dióxido de carbono o VLE-CD é de 30000 ppm. Segundo o prNP 1796:2007 (2007), os VLE constituem “linhas orientadoras ou recomendações no controlo dos riscos potenciais para a saúde nos locais de trabalho” e refere ainda que estes devem ser sempre os mais baixos possíveis.

Uma vez que um dos locais de colheita de sangue, do presente estudo, são autocarros adaptados para colheita de sangue com energia elétrica proveniente de geradores alimentados com combustível fóssil, considerou-se pertinente avaliar a exposição a monóxido de carbono e dióxido de carbono. Durante a primeira avaliação dos locais de colheita foi também referido pelos funcionários desconforto pela presença de cheiros e fumo proveniente dos geradores de energia elétrica, que vem a justificar a pertinência da avaliação a este tipo de exposição a agentes químicos.

Devido a constrangimentos de equipamento não foi possível elaborar uma avaliação de exposição a outros agentes químicos, nomeadamente outros agentes químicos, fumos e poeiras. Num futuro trabalho será pertinente efetuar uma análise mais aprofundada da exposição a agentes químicos e onde envolvam a exposição a outros agentes químicos.

Para realizar a avaliação da exposição a monóxido de carbono e a dióxido de carbono, foi feita três amostragens, em cada secção ao nível das vias respiratórias dos utilizadores do espaço (profissionais e dadores), a uma distância mínima de 0,5m e afastadas dos cantos e paredes do espaço em estudo. O equipamento utilizado para realizar a análise foi o medidor da qualidade do ar interior, IAQ - CALC Modelo 8762.

A elaboração da grelha de avaliação da exposição a CO e CO2 nos PM pelo AA teve em consideração os dados da WHO (1999 e 2000), da Agency for Toxic Substances and Disease Registry (2012), da Agência Portuguesa do Ambiente (2009) e ainda as recomendações do prNP 1796:2007 (2007) relativa aos valores limite de exposição - média ponderada (VLE-MP) e os valores limite de exposição - curta duração (VLE-CD). Na tabela A13.9 está apresentada a grelha de avaliação da exposição a CO e CO2 no PM elaborada pelo AA.

Tabela A13.9: Tabela da ponderação para classificação da exposição a CO e CO2 pelo AA.

Caracterização da Exposição a Agentes Químicos Classificação do Analista

Agentes

químicos

VLE-MP (8horas) VLE-CD (8horas) Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

CO

< 5 ppm - Positiva 4 Verde

≥ 5 ppm até 9 ppm - Aceitável 3 Amarela

≥ 9 ppm até 25 ppm - Negativa 2 Vermelha

≥ a 25ppm - Risco 1 Vermelha escura

CO2

< 600ppm < 5000 ppm[ Positiva 4 Verde

[600 a 1000 ppm[ [5000 a 10000 ppm[ Aceitável 3 Amarela

[1000 a 5000 ppm[ [10000 a 30000 ppm[ Negativa 2 Vermelha

> 5000 ppm > 30000 ppm Risco 1 Vermelha escura

A pontuação final atribuída pelo AA será a mais negativa dos parâmetros avaliados.

6. Risco de acidentes

A avaliação de risco, segundo Freitas (2011), é uma análise cuidada do local de trabalho e de todas as atividades relacionadas com o trabalho que possam causar danos nos trabalhadores. Para tal é realizada a identificação dos fatores de risco, estimação e valoração dos riscos e identificação dos trabalhadores expostos, para que seja possível adotar medidas de prevenção ou proteção adequadas de forma a eliminar o risco, ou se tal não for possível, diminuir as suas consequências.

No contexto deste estudo, foi realizada a avaliação de risco nos espaços de colheita com livre circulação de pessoas, no que respeita a todos os utilizadores, nomeadamente profissionais, dadores e acompanhantes. Foram seguidas as seguintes fases para avaliação do risco:

1. Caraterização do local do estudo.

2. Identificação dos perigos ou dos fatores de risco.

3. Identificação quem está exposto, quanto tempo e onde.

4. Estimativa e valoração dos riscos.

5. Identificação medidas de ação.

Para realizar a caracterização do local do estudo foi necessário recorrer à observação direta e indireta. O local do estudo são as áreas com livre circulação de pessoas nos locais de colheita de sangue, dividido em secções.

A identificação dos perigos/fatores de risco foi realizada recorrendo à observação direta e indireta, à entrevista aos profissionais e dadores sobre quais os perigos/fatores de risco que tinham a perceção de estarem expostos e à consulta dos registos de doenças profissionais e de acidentes de trabalho.

As pessoas expostas são os profissionais (P) os dadores (D) em todas as áreas com livre circulação de pessoas e os acompanhantes que circulam nas secções 1, 2, 4 e 5.

O método selecionado para realizar a avaliação de riscos foi o Método de Avaliação Simplificado. Este método permite quantificar a amplitude dos riscos e hierarquizar as prioridades de intervenção (Belloví & Malagón, 1995; Freitas 2011).

Esta metodologia inicia-se na deteção de não conformidades nos locais de trabalho, seguido da estimação da probabilidade de ocorrer um acidente, e perante a magnitude, avaliar o risco associado de cada uma das consequências (Belloví e Malagón, 1995; Freitas 2011).

No Método de Avaliação Simplificado o nível de risco (NR) é determinado pelo nível de probabilidade (NP) e pelo nível das consequências (NC) e pode ser expresso da seguinte forma (Belloví e Malagón, 1995; Freitas 2011):

NR = NP x NC

Nesta metodologia os procedimentos de atuação são os seguintes (Belloví e Malagón, 1995; Freitas 2011):

Definição do risco a analisar.

Elaboração da lista de verificação relativa aos fatores de risco que possibilitam a sua

materialização.

Atribuir o nível de importância a cada um dos fatores.

Preenchimento do questionário no local de trabalho e estimação da exposição e

consequências esperadas em condições habituais.

Determinação do Nível de Deficiência (Tabela A13.10).

Determinação do Nível de Exposição (Tabela A13.11).

Estimação do Nível de Probabilidade (Tabela A13.12 e Tabela A13.13) a partir do nível de

Deficiência e do nível de Exposição.

Comparação do nível de Probabilidade, a partir de dados históricos disponíveis.

Estimação do Nível de Risco (Tabela A13.15) a partir do Nível de Consequências (Tabela

A12.14) e do Nível de Probabilidade.

Deliberação dos Níveis de Intervenção (tabela A13.16) considerando os resultados obtidos e a

sua justificação socioeconómica.

Comparação dos resultados obtidos com os estimados, a partir de fontes de informação

precisas e da experiência.

O nível de deficiência (NE) é referente ao grau da relação espectável dos fatores de risco avaliados e a relação causal direta com o possível acidente. Na tabela A13.10 estão presentes os valores numéricos e o respetivo significado do nível de deficiência.

Tabela A13.10: Nível de deficiência (reproduzido de Freitas, 2011) Nível de deficiência ND Significado

Muito Deficiente (MD) 10 Foram detetados fatores de risco significativos que determinam a elevada probabilidade de acidente. As medidas existentes são ineficazes.

Deficiente (D) 6 Existe um fator de risco significativo, que precisa de ser eliminado. A eficácia das medidas de prevenção vê-se drasticamente reduzida.

Melhorável (M) 2 São constatáveis fatores de risco de importância reduzida. A eficácia das medidas preventivas não é globalmente posta em causa.

Aceitável (A) - Não se detetou qualquer anomalia que caiba referir. O risco está controlado.

Relativamente ao nível de exposição (NE), este pode-se estimar em função dos tempos de permanência em locais de trabalho, operações com equipamentos, entre outros (Tabela A13.11).

Tabela A13.11: Nível de Exposição (reproduzido de Freitas, 2011)

Nível de exposição NE Significado

Continuada (EC) 4 Contínua: várias vezes ao longo do período laboral, com exposição prolongada.

Frequente (EF) 3 Várias vezes ao longo do período laboral ainda que por curtos períodos.

Ocasional (EO) 2 Uma vez por outra, ao longo do período laboral, por um reduzido período de tempo.

Esporádica (EE) 1 Irregularmente.

O Nível de Probabilidade (NP) é determinado em função do Nível de Deficiência das medidas de prevenção e do Nível de Exposição ao risco: NP: ND x NE. A tabela A13.12 apresenta os dados que permitem calcular o nível de probabilidade.

Tabela A13.12: Nível de probabilidade (reproduzido de Freitas, 2011)

Nível de Exposição (NE)

4 3 2 1

Nível de Deficiência

10 MA-40 MA-30 A-20 A-10 6 MA-24 A-18 A-12 M-6 2 M-8 M-6 B-4 B-2

Os significados dos vários níveis de probabilidade encontram-se na tabela A13.13.

Tabela A13.13: Significado dos níveis de probabilidade (reproduzido de Freitas, 2011). Nível de

Probabilidade ND Significado

Muito Alta (MA) Entre

40 e 24

Situação deficiente, com exposição continuada ou muito deficiente, com exposição frequente. A materialização deste risco ocorre com frequência.

Alta (A) Entre

20 e 10

Situação deficiente, com exposição frequente ou ocasional ou situação muito deficiente com exposição ocasional ou esporádica. A materialização do risco é possível em vários momentos do processo operacional.

Média (M) Entre 8 e 6

Situação deficiente, com exposição esporádica ou situação melhorável com exposição continuada ou frequente. Existe a possibilidade do dano.

Baixa (B) Entre 4 e 2

Situação melhorável, com exposição ocasional ou esporádica. Não é expectável a ocorrência de risco, ainda que seja possível.

No nível de consequências (NC) são consideradas as lesões e os danos materiais em quatro níveis, que se encontram representada no quadro A13.14.

Tabela A13.14: Nível de Consequências (reproduzido de Freitas, 2011).

Nível de Consequências

NC Significado

Lesões Danos Materiais

Mortal ou catastrófico (M)

100 1 morto ou mais. Destruição total do sistema

Muito grave (MG) 60 Lesões graves, que podem ser irreparáveis

Destruição parcial do sistema (com reparação complexa e de custos elevados)

Grave (G) 25 Lesões com incapacidade temporária absoluta ou parcial.

É necessário parar o processo operativo para proceder à reparação.

Leve (L) 10 Pequenas lesões que não requerem internamento

Pode proceder-se à reparação sem para o processo.

O cálculo do nível de Risco é determinado pelo produto do Nível de Probabilidade e do Nível de Consequências (Tabela A13.15). Os quatro níveis de risco apresentados permitem estabelecer prioridades de intervenção em quatro níveis.

Tabela A13.15: Cálculo do nível de risco e de intervenção (reproduzido de Freitas, 2011).

Nível de Probabilidade (NP)

40-24 20-10 8-6 4-2

Nível de Consequências

(NC)

100 I

4000-2400 I

2000-1200 I

800-600 II

400-200

60 I

2400-1440 I

1200-600 II

480-360

II 240 III 120

25 I

1000-600 II

500-250 II

200-150 III

100-50

10 II

400-240

II 200 III 100

III 80-60

III 40 IV 20

Os níveis de intervenção e o seu significado podem ser consultados na tabela A13.16.

Tabela A13.16: Significado do nível de intervenção (reproduzido de Freitas, 2011).

Nível de Intervenção

NR Significado

I 4000-600 Situação critica. Correção urgente

II 500-150 Corrigir e adotar medidas de controlo

III 120-40 Melhorar se possível. Seria conveniente justificar a intervenção e a sua rentabilidade.

IV 20 Não intervir, exceto se uma análise mais precisa o justificar.

A avaliação final atribuída pelo AA será correspondente aos níveis de intervenção da avaliação de risco. Na tabela A13.17 está presente essa avaliação.

Tabela A13.17: Avaliação final do risco de acidentes pelo AA.

Nível de Intervenção

NR Significado Avaliação Analista

Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

I 4000-600 Situação critica. Correção urgente. Risco 1 Vermelha

escura

II 500-150 Corrigir e adotar medidas de controlo

Negativa 2 Vermelha

III 120-40 Melhorar se possível. Seria conveniente justificar a intervenção e a sua rentabilidade.

Aceitável 3 Amarela

IV 20 Não intervir, exceto se uma análise mais precisa o justificar.

Positiva 4 Verde

7. Nível de Atenção Requerida

No nível de atenção requerida é avaliado o grau de atenção e a proporção de tempo que o profissional tem de estar atento ao seu trabalho. Segundo a metodologia EWA ( (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989) a exigência da atenção é avaliada a partir da relação entre a duração do período de observação e o grau de atenção necessário.

Na tabela A13.18 é apresentada a avaliação atribuída pelo AA tendo como linhas orientadoras a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989).

Tabela A13.18: Avaliação do nível de atenção atribuída pelo AA.

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Período de observação %

Pontuação

Média da pontuação

entre o período de observação e a atenção requerida

Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

<30% 1 1 Positiva 4 Verde 30-60% 2

60-80% 3 >80% 4

2 Aceitável 3 Amarelo Atenção requerida Pontuação

Superficial 1 3 Negativa 2 Vermelho

Médio 2 Elevado 3

4 Risco 1 Vermelho Escuro Muito Elevado 4

8. Tomada de decisão

Segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989) a tomada de decisão encontra-se relacionada com a adequação da informação disponível e o risco inerente das decisões efetuadas.

Na tabela A13.19 é apresentada a grelha de avaliação pelo AA para a tomada de decisão segundo as orientações da metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989).

Tabela A13.19:avaliação da comunicação e contactos pessoais entre os trabalhadores pelo AA.

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Tomada de decisão Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

O trabalho é constituído por tarefas sem ambiguidade e com informação exposta de uma forma clara.

1 Positiva 4 Verde

O trabalho é constituído por tarefas que incluem informação que tornam a comparação de alternativas possível e a escolha do modelo de atividades simples.

2 Aceitável 3 Amarelo

O trabalho é constituído por tarefas complexas com várias alternativas de solução possível e a facilidade de comparação é baixa. Existe a necessidade do o trabalhador controlar os seus próprios resultados.

3 Negativa 2 Vermelho

O trabalhador tem de tomar várias decisões com base em informações que não são suficientemente claras. Uma decisão errada cria uma considerável necessidade de corrigir a atividade e o produto, ou sérios riscos pessoais.

4

Risco 1 Vermelho Escuro

O trabalhador envolve vários níveis de instrução e a informação pode conter erros. Uma decisão errada pode levar ao risco de acidentes, à paragem de produção ou estragos de materiais.

5

9. Comunicação/Relação Interpessoal

Segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989) a comunicação e contactos pessoais entre os trabalhadores é relativo à facilidade que o trabalhador tem de comunicar com os seus superiores ou colegas de trabalho.

Na tabela A13.20 é apresentada a grelha de avaliação pelo AA para a comunicação e relação interpessoal segundo as orientações da metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989).

Tabela A13.20: Avaliação da comunicação e relação interpessoal pelo AA.

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Comunicação e contactos pessoais entre os trabalhadores Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

Existe especial atenção para que seja possível a comunicação e contactos entre trabalhadores e outras pessoas

1 Positiva 4 Verde

2 Aceitável 3 Amarelo A comunicação e os contactos com as pessoas é possível durante o horário normal de trabalho, mas estão claramente limitados pela dificuldade de localização do posto de trabalho, a presença de ruído, a necessidade de concentração, etc.

3 Negativa 2 Vermelho

4

Risco 1 Vermelho Escuro

A comunicação e os contactos com as pessoas são limitados durante todo o período laboral; por exemplo o trabalhador desenvolve a sua atividade sozinho a grande distância ou isolado.

5

10. Conteúdo de trabalho

Segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989) o conteúdo do trabalho é definido pelo número e qualidade das tarefas individuais do respetivo posto de trabalho. Na tabela A13.21 é apresentada a grelha de avaliação pelo AA para o conteúdo do trabalho segundo as orientações da metodologia EWA

Tabela A13.21: Avaliação da repetitividade do trabalho pelo AA.

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Conteúdo do trabalho Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

O trabalhador executa a totalidade de trabalho, isto é, planeia, executa, inspeciona e corrige.

1 Positiva 4 Verde

2 Aceitável 3 Amarelo O trabalhador apenas executa uma parte da entidade de trabalho

3 Negativa 2 Vermelho

4 O trabalhador é apenas responsável por uma simples tarefa ou operação

5 Risco 1 Vermelho Escuro

11. Atividade Física

Segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989) a atividade física é determinada de acordo com o nível de atividade exigida ao trabalhador, quer pelos métodos de trabalho quer pelos equipamentos utilizados. O nível de atividade é determinado pela capacidade que o trabalhador tem para ajustar a sua carga de trabalho ou na medida em que a sua cadência de trabalho regulada é regulada pelo método de produção ou pelas condições que o trabalho é realizado. Na tabela A13.22 é apresentada a grelha de avaliação pelo AA para a atividade física segundo as orientações da metodologia EWA.

Tabela A13.22: Avaliação da atividade física pelo AA.

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Atividade Física Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

A atividade física é inteiramente determinada pelo trabalhador. Não ocorrem fatores que causem picos de trabalho.

1 Positiva 4 Verde

A atividade depende de alguma forma dos métodos de produção ou da organização do trabalho. Ocorrem alguns picos de trabalho mas sem risco de causar sobrecarga.

2 Aceitável 3 Amarelo

A atividade depende dos métodos de produção ou da organização do trabalho. O risco de sobrecarga devida a picos de trabalho está presente em algumas situações.

3 Negativa 2 Vermelho

A atividade depende inteiramente dos métodos de produção ou da organização do trabalho. O trabalho é medianamente pesado ou pesado e não estão previstas pausas. Ocorrem elevados picos de trabalho.

4 Risco 1 Vermelho Escuro

A atividade física é inteiramente regulada pelo trabalhador. O espaço de trabalho, o equipamento e os métodos não causam restrições aos movimentos.

1 Positiva 4 Verde

O espaço de trabalho, o equipamento e os métodos permitem uma movimentação adequada.

2 Aceitável 3 Amarelo

O espaço de trabalho, o equipamento e os métodos limitam os movimentos do operador. Existe a possibilidade do trabalhador se movimentar durante as pausas.

3 Negativa 2 Vermelho

O espaço de trabalho, equipamento e métodos utilizados restringem os movimentos do trabalhador. Não está prevista atividade durante as pausas.

4 Risco 1 Vermelho Escuro

12. Espaço de Trabalho

Na análise do local de trabalho, segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989), foram avaliados os equipamentos, a mobília, as ferramentas manuais, que estavam nas proximidades do trabalhador, assim como as suas dimensões e localização. Este item encontra-se dividido em sete parâmetros, nomeadamente a área de trabalho horizontal, altura do plano de trabalho, visão, espaço para as pernas, assento, ferramentas manuais e outros equipamentos.

Na tabela A12.23 seguinte é apresentada a grelha de avaliação pelo AA para o local de trabalho, segundo as orientações da metodologia EWA.

Tabela A13.23: Avaliação das posturas e movimentos pelo AA.

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Local de Trabalho Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

O posto de trabalho está de acordo com as recomendações ou é completamente ajustável pelo operador.

1 Positiva 4 Verde

Apesar dos compromissos necessários, as posturas e movimentos efetuados são adequados tendo em

2 Aceitável 3 Amarelo

consideração os requisitos da atividade.

Nem todas as recomendações foram satisfeitas e há por isso posturas e movimentos menos recomendáveis

3 Negativa 2 Vermelho

Há sérios desvios em relação às recomendações. O arranjo do local de trabalho obriga o trabalhador à adoção de posturas inadequadas e movimentos difíceis.

4 Risco 1 Vermelho Escuro

13. Tarefas de elevação

Na análise das tarefas de elevação são consideradas as subidas ou descidas de objetos realizadas manualmente. Segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989), as tarefas de elevação são avaliadas de acordo com o peso do objeto, a distância horizontal entre a carga e o corpo durante a elevação e a altura onde se inicia a elevação.

Na tabela A12.24 é apresentada a grelha de avaliação pelo AA para as tarefas de elevação, segundo as orientações da metodologia EWA. As condições apresentadas são para boas condições de elevação, onde o trabalhador utiliza ambas as mãos durante a elevação, encontrando-se posicionado com o objeto no plano sagital e num pavimento com boa aderência ao calçado. Caso as condições de elevação sejam más, ou acima da altura do ombro, ou se a elevação for realizada várias vezes por minuto, a tarefa deve ser avaliada mais difícil do que os valores da tabela indicam.

Tabela A13.24: Avaliação das tarefas de elevação pelo AA

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Tarefas de Elevação

Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída Posição

Distância da pega

<30 cm 30-50 cm 50-70 cm >70 cm

Levantam-ento em posição Normal

A carga pode ser facilmente levantada com ajuda mecânica.

1 Positiva 4 Verde

<18 Kg <10 Kg <8 Kg <6 Kg 2 Aceitável 3 Amarelo

18-34 Kg 10-19 Kg 8-13 Kg 6-11 Kg 3 Negativa 2 Vermelho

35-55 Kg 20-30 Kg 14-21 Kg 12-18 Kg 4 Risco 1

Vermelho Escuro > 55Kg > 30Kg >21 Kg >18 Kg 5

Levantam-ento em posição Baixa

A carga pode ser facilmente levantada com ajuda mecânica.

1 Positiva 4 Verde

<13Kg <8 Kg <5 Kg <4 Kg 2 Aceitável 3 Amarelo

13-23 Kg 8-13 Kg 5-9 Kg

4-7 Kg 3 Negativa 2 Vermelho

24-35 Kg 14-21 Kg 10-15 Kg 8-13 Kg 4 Risco 1

Vermelho Escuro > 35Kg > 21Kg >15 Kg >13 kg 5

A atribuição da pontuação final por parte do AA para cada secção é a da tarefa de elevação avaliada mais negativamente.

14. Posturas e Movimentos

Na análise das posturas e movimentos, segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989), são avaliadas as posições do pescoço e ombros, dos braços (cotovelo-punho), tronco, ancas e pernas durante o tempo de trabalho.

Na tabela A13.25 é apresentada a grelha de avaliação pelo AA para as posturas e movimentos, segundo as orientações da metodologia EWA.

Tabela A13.25: Avaliação das posturas e movimentos pelo AA. Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Posturas e movimentos Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

Pescoço e Ombros

Postura livre e relaxada 1 Positiva 4 Verde

Postura natural mas limitada pela atividade

2 Aceitável 3 Amarelo

Postura tensa devida à atividade 3 Negativa 2 Vermelho

Rotação ou flexão do pescoço e/ou elevação dos braços ao nível dos ombros

4

Risco 1 Vermelho Escuro

Extensão posterior do pescoço, necessidade de aplicação de força com os braços

5

Cotovelos e pulsos

Liberdade de movimentos na postura escolhida, pequena força a aplicar

1 Positiva 4 Verde

Braços em posição condicionada pela atividade, por vezes com alguma tensão.

2 Aceitável 3 Amarelo

Braços tensos e/ou posição extrema das articulações

3 Negativa 2 Vermelho

Braços em contração estática e/ou repetição do mesmo movimentos durante longos períodos

4

Risco 1 Vermelho Escuro Necessidade de aplicação de força

considerável com os braços ou de executar movimentos rápidos.

5

Posturas e movimentos Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

Costas

Postura natural e/ou com apoio adequado na posição de pé ou sentado

1 Positiva 4 Verde

Boa postura mas limitada pelo tipo de trabalho

2 Aceitável 3 Amarelo

Tronco curvado ou mal apoiado 3 Negativa 2 Vermelho

Rotação e inclinação do tronco sem apoio 4 Risco 1

Vermelho Escuro Má postura durante trabalho pesado 5

Ancas e pernas

Posição descontraída, com liberdade de movimentos, apoio adequado quando sentado

1 Positiva 4 Verde

Boa postura mas limitada pelo tipo de trabalho

2 Aceitável 3 Amarelo

Mal apoiado, ou apoio de pé inadequado 3 Negativa 2 Vermelho

De pé com apoio num só pé, ou ajoelhado ou agachado

4 Risco 1

Vermelho Escuro

Má postura durante trabalho pesado 5

A atribuição da pontuação final por parte do AA para cada secção e para cada postura e movimento é a pontuação da postura e movimento avaliado mais negativamente.

15. Repetividade

Segundo Freitas (2011) a repetitividade do trabalho é um aspeto importante a ser avaliado, uma vez que, é considerado uma das causas de lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho. Este autor refere que, mesmo que a carga física seja ligeira a repetição constante do mesmo movimento pode provocar lesões a longo prazo (Freitas, 2011).

Segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989) a repetitividade do trabalho é determinada pela duração média do ciclo de trabalho. A avaliação deste item aplica-se a trabalhos onde uma tarefa ou operação é repetida continuamente. Na tabela A13.26 é apresentada a grelha de avaliação pelo AA de acordo com a metodologia EWA.

Tabela A13.26: Avaliação da repetitividade do trabalho pelo AA.

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Duração do ciclo Pontuação Duração do

ciclo Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

> 30 min 1 > 30 min Positiva 4 Verde

10 a 30 min 2 [10 - 30[ min Aceitável 3 Amarelo

5 a 10 min 3 [5 - 10[ min Negativa 2 Vermelho

0,5 a 5 min 4 < 5 min Risco 1 Vermelho Escuro

< 0,5 min 5

16. Restritividade

Segundo a metodologia EWA (Ahone, Launis, & Kuorinka, 1989) a restritividade do trabalho ocorre quando as condições de desempenho limitam a liberdade do trabalhador em movimentar-se e de escolher de quando e como realizar o trabalho. Na tabela A13.27 é apresentada a grelha de avaliação pelo AA para a restritividade do trabalho segundo as orientações da metodologia EWA.

Tabela A13.27: Avaliação da restritividade do trabalho pelo AA.

Metodologia EWA Avaliação pelo Analista

Restritividade do trabalho Pontuação Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

Cor atribuída

As tarefas ou métodos de trabalho, não são restringidas pelos requisitos das máquinas ou dos métodos de produção.

1 Positiva 4 Verde

2 Aceitável 3 Amarelo

As tarefas ou os métodos podem ocasionalmente restringir a cadência de trabalho e requere a concentração numa tarefa num determinado instante.

3 Negativa 2 Vermelho

4

A tarefa de trabalho ou os métodos são completamente restringidos pelas máquinas, pelo processo ou pelo grupo de trabalho.

5 Risco 1 Vermelho Escuro

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ANEXO 14: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS - DIMENSÃO DO AA

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS - DIMENSÃO DO ANALISTA

Neste anexo é feita a apresentação detalhada e discussão dos resultados dos fatores ergonómicos avaliados nos locais de colheita de sangue, designadamente PF, PM e BM.

1. RUÍDO

Para avaliação da exposição ocupacional ao ruído consideraram-se todas as secções dos espaços de colheita onde há livre circulação de pessoas. As pessoas expostas nos locais de colheita são os utilizadores do espaço, designadamente os profissionais e os dadores.

O tempo de exposição dos profissionais foi de 5h no total do período de trabalho. Relativamente aos dadores estes estiveram presentes nos locais de colheita de sangue durante 40 minutos.

Uma vez que as secções apresentavam diferentes tipos de fontes de ruído e estamos perante trabalho que requer comunicação verbal, foi feita uma avaliação à exposição ao ruído por secção e por utilizador do espaço (profissional e dador). As fontes de ruído observadas foram diferentes consoante o local de colheita.

No PF as principais fontes de ruído foram os equipamentos (máquinas de colheita por aférese, balanças agitadoras, computadores e scâner de leitura óptica), a manipulação de materiais (as cadeiras de colheita, acondicionamento das unidades de sangue nos tabuleiros com as placas de refrigeração) e ainda a provenientes da circulação de pessoas e a comunicação verbal.

Nos PM verificaram-se várias fontes de ruído, nomeadamente: o funcionamento dos geradores do PM, o funcionamento e manipulação de equipamentos e materiais (balanças agitadoras, seladores, computadores e scâneres de leitura óptica; acondicionamento das unidades de sangue nos tabuleiros com as placas de refrigeração) e ainda fontes de ruído proveniente da comunicação verbal e da circulação de pessoas.

Nas BM as fontes de ruído eram provenientes do funcionamento e manipulação de equipamentos e materiais (balanças agitadoras, seladores, computadores e scâneres de leitura óptica; acondicionamento das unidades de sangue nos tabuleiros com as placas de refrigeração, cadeiras de colheita) e ainda da comunicação verbal e da circulação de pessoas.

As medições foram efetuadas ao nível do ouvido do profissional e do dador, em todas as secções, durante o período normal de trabalho e durante a utilização do espaço. Os dados recolhidos pelo sonómetro foram os referentes ao LAeq e ao LCpico e posteriormente foram efetuados os cálculos do LEX,8h.

1.1. Posto Fixo

No PF1, verifica-se que os valores obtidos de LEX,8h não ultrapassaram o valor limite de ação

inferior, de 80 dB(A), legalmente definido pelo Decreto-Lei n.o 182/2006 de 6 de Setembro (2006), contudo o valor limite de acção de LCPico foi ultrapassado na secção 4b, o maior valor

registado foi de 135,1 dB(C), tal situação ocorreu no período quando se encontravam a funcionar 3 máquinas de aférese e se iniciou o funcionamento de uma quarta máquina.

Segundo os profissionais esta máquina apresenta um funcionamento mais ruídoso e a sua utilização é esporádica, em média, duas a três vezes por semana, num período de 30 minutos em cada utilização. Os profissionais referem também que este dia da semana é o dia com maior número de marcações de dádiva por aférese o que se traduz no funcionamento contínuo das máquinas de aférese.

Quando o valor limite de ação inferior de LCPico for ultrapassado, o decreto-lei n.182/2006, exige

que sejam tomadas medidas de prevenção para reduzir o risco de forma a assegurar a segurança e saúde dos trabalhadores. As secções com os valores de LEX,8h mais elevados foram

as secções 4.1 e 4.2, com valores de 61,5 e 62,0 dB(A) ao nível dos profissionais. Estas duas secções localizam-se num “open space” com televisores, balanças agitadoras e máquinas de aférese em funcionamento. As restantes secções apresentaram valores de LEX,8h abaixo dos 60

dB(A).

No período total de permanência no espaço de colheita pelos dadores foi avaliado um LEX,8h de 50,2 dB(A) e um LCPico de 119,5 dB(C) na dádiva de sangue total e um LEX,8h de 57 dB(A) na dádiva de aférese e um LCPico de 135 dB(C).

O analista atribui uma avaliação aceitável às secções 4.1 e 4.2 e as restantes secções uma avaliação positiva. Na tabela A14.1 encontram-se os dados relativos ao ruído no PF1.

Tabela A14.1: Resultados da avaliação do ruído no PF1.

No PF2, verificou-se que os valores obtidos de LEX,8h não ultrapassaram o valor limite de ação inferior, de 80 dB(A) e nem o valor limite de ação de LCPico de 135 dB(C), conforme legalmente definido pelo decreto-lei n.182/2006. As secções com os valores de LEX,8h mais elevados foram

as secções 4.1 e 4.2 com valores de 60,7 e 61,5 dB(A) ao nível dos profissionais. Estas duas secções localizam-se num “open space” com televisores, balanças agitadoras e máquinas de aférese em funcionamento. As restantes secções apresentaram valores de LEX,8h inferiores a 60

dB(A).

No período total de permanência no espaço de colheita pelos dadores avaliou-se um LEX,8h de 50,6 dB(A) e um LCPico de 110,3 dB(C) na dádiva de sangue total, um LEX,8h de 56,2 dB (A) na dádiva de aférese e um LCPico de 125,3 dB (C). O analista atribui uma avaliação aceitável às secções

4.1, 4.2 e uma avaliação positiva às restantes secções. Na tabela A14.2 encontram-se os dados relativos ao ruído no PF2.

No PF3, verificou-se que os valores obtidos de LEX,8h não ultrapassaram o valor limite de ação inferior, de 80 dB (A) e nem o valor limite de ação de LCPico, de 135 dB (C), conforme

legalmente definido pelo decreto-lei n.182/2006.

As secções com os valores de LEX,8h mais elevados foram as secções 4.2 e 5 com valores de

62,0 dB (A) e 62,3 dB(A) ao nível dos profissionais. A secção 5 localiza-se ao lado da secção 4b com uma porta a fazer a ligação. Todas as outras secções apresentaram valores de LEX,8h

inferiores a 60 dB (A).

Trabalho com

comunicação

verbal

LAeqdB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 10h10 5h 46,4 44,4 96,2 44,4 44,4 96,2

D 10h10 5min 46,2 26,4 96,2 26,4 26,4 96,2

D 10h00 5min 48,8 29,0 96,2 29,0 29,0 96,2 Pos itiva 4

P 10h15 5h 58,7 56,7 97,3 56,7 56,7 97,3 Pos itiva 4

D 10h15 5min 58,7 38,9 97,3 38,9 38,9 97,3 Pos itiva 4

P 9h30 5h 63,5 61,5 119,5 61,5 61,5 119,5

D col 9h35 20min 63,5 49,7 119,5 49,7 49,7 119,5

P 10h40 5h 64 62,0 135,1 62,0 62,0 135,1

D afe 10h35 1h 67,6 58,6 135,1 58,6 58,6 135,1

P 10h30 5h 55,9 53,9 89,4 53,9 53,9 89,4

D 10h25 5min 54,6 34,8 89,4 34,8 34,8 89,4

D col 40 min 61,0 50,2 119,5 50,2 50,2 119,5

D afe 1h20 64,8 57,0 135,1 57,0 57,0 135,1

Aceitável 3

Aceitável 4

3

4

4.1

4.2

Nível de exposição sonoraHora de

recolha de

dados

Avaliação analista finalSecção Utilizador

2

dec-lei n.182/2006

Pos itiva 4

Aceitável 3

Todas

Todas

Duração da

exposição

1

5

Tabela A14.2: Resultados da avaliação do ruído no PF2.

No período total de permanência no espaço de colheita pelos dadores foi avaliado um LEX,8h é de 46,9 dB (A) e um LCPico de 119,7 dB (C) na dádiva de sangue total e um LEX,8h de 56,9 dB(A) e um LCPico de 128,8 dB (C) na dádiva de aférese.

O analista atribui uma avaliação aceitável às secções 4.2 e 5 e uma avaliação “Positiva” às restantes secções. Na tabela A14.3 encontram-se os dados relativos ao ruído no PF3.

Tabela A14.3: Resultados da avaliação do ruído no PF3.

De forma a avaliar num âmbito geral o PF tendo em conta os três dias do estudo foi considerado que a pontuação a atribuir a cada secção é a da avaliação mais negativa. Na tabela A14.4 encontra-se a avaliação geral do PF no período em estudo.

Tabela A14.4: Avaliação geral do ruído no PF.

Avaliação Geral do Analista do Ruído no PF

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PF1 PF2 PF3 PF geral Secção 1 4 4 4 Positiva 4

Secção 2 4 4 4 Positiva 4 Secção 3 4 4 4 Positiva 4

Secção 4 3 3 3 Aceitável 3 Secção 5 4 4 3 Aceitável 3

Trabalho com

comunicação

verbal

LAeqdB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 14h25 5h 53,4 51,4 107,3 51,4 51,4 107,3

D 14h25 5min 51,9 32,1 107,3 32,1 32,1 107,3

D 14h20 5min 51,8 32,0 102,1 32,0 32,0 102,1 Pos itiva 4

P 14h30 5h 57,4 55,4 105,2 55,4 55,4 105,2 Pos itiva 4

D 14h30 5min 57,4 37,6 105,2 37,6 37,6 105,2 Pos itiva 4

P 13h35 5h 62,7 60,7 118,5 60,7 60,7 118,5

D col 13h40 20min 63,5 49,7 118,5 49,7 49,7 118,5

P 13H30 5h 63,5 61,5 125,3 61,5 59,4 125,3

D afe 13H22 1h 66,8 57,8 128 57,8 57,8 128,0

P 14h45 5h 60,7 58,7 110,3 58,7 58,7 110,3

D 14h45 5min 60,7 40,9 110,3 40,9 40,9 110,3

D col 40 min 61,4 50,6 110,3 50,6 50,6 110,3

D afe 1h20 64,2 56,4 125,3 56,2 56,2 125,3

3

4

4.1

4.2

5

dec-lei n.182/2006 Avaliação analista final

1

2

Secção Utilizador

Hora de

recolha

de dados

Duração

da

exposição

Nível de exposição sonora

Todas

Todas

4

3

3

4Pos itiva

Aceitável

Aceitável

Pos i tiva

Trabalho com

comunicação

verbal

LAeqdB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 10h30 5h 56,8 54,8 116,7 54,8 54,8 116,7

D 10h30 5min 55,4 35,6 116,7 35,6 35,6 116,7

D 10h35 5min 51,9 32,1 116,6 32,1 32,1 116,6 Positiva 4

P 10h40 5h 50,1 48,1 96,8 48,1 48,1 96,8 Positiva 4

D 10H40 5min 50,1 30,3 96,8 30,3 30,3 96,8 Positiva 4

P 10h05 5h 58,1 56,1 116,7 56,1 56,1 116,7 Positiva 4

D col 10h10 20min 57,2 43,4 119,7 43,4 43,4 119,7 Positiva 4

P 10h 5h 64 62,0 123,5 62,0 62,0 123,5

D afe 9h55 1h 67,2 58,2 128,8 58,2 58,2 128,8

P 10h20 5h 64,3 62,3 108,5 62,3 62,3 108,5

D 10h25 5min 63 43,2 108,5 43,2 43,2 108,5

D col 40 min 57,7 46,9 119,7 46,9 46,9 119,7

D afe 1h20 64,7 56,9 128,8 56,9 56,9 128,8

3

3

Aceitável

Aceitável

Todas

Todas

3

4

4.1

4.2

5

dec-lei n.182/2006 Avaliação analista final

1

2

Secção Utilizador

Hora de

recolha

de dados

Duração

da

exposição

Nível de exposição sonora

Positiva 4

1.2. Posto Móvel

No PM1 constata-se que os valores obtidos de LEX,8h não ultrapassaram o valor limite de ação inferior, de 80 dB (A) e não ultrapassaram o valor limite de ação de LCPico, de 135 dB (C),

legalmente definido pelo decreto-lei n.182/2006. As secções 1, 4 e 5 ao nível do profissional apresentaram os valores de LEX,8h mais elevados situados entre os 61,8 dB (A) e os 63,9 dB (A). A secção 3 ao nível do profissional apresentou um LEX,8h de 59,8 db(A). Ao nível dos dadores, o

nível de exposição sonora LEX,8h situou-se entre 44,0 dB(A) e os 46,1 dB (A) na análise da exposição por secções, quanto ao período total de permanência no espaço de colheita o LEX,8h

foi de 53,8 dB (A) .

O analista atribui uma avaliação “Aceitável” às secções 1, 4 e 5 e uma avaliação “Positiva” às secções 2 e 3. Na tabela A14.5 encontram-se os dados relativos ao ruído no PM1.

No PM2, constatou-se que os valores obtidos de LEX,8h não ultrapassaram o valor limite de ação

inferior, de 80 dB(A) e não ultrapassaram o valor limite de ação de LCPico, de 135 dB (C),

legalmente definido pelo decreto-lei n.182/2006. As secções 3, 4 e 5, ao nível do profissional, apresentaram os valores de LEX,8h mais elevados situados entre os 61,1 dB(A) e os 63,3 dB (A). A secção 1, ao nível do profissional, avaliou-se um LEX,8h de 57,3 db(A). Ao nível dos dadores,

por secção, o nível de exposição sonora LEX,8h situou-se entre os 39,3 dB(A) e os 49,3 dB(A) e no período total de permanência no espaço de colheita o LEX,8h foi de 52,6 dB(A).

Tabela A14.5: Resultados da avaliação do ruído no PM1

O analista atribui no PM2 uma avaliação “Aceitável” às secções 3, 4 e 5 e avaliação “Positiva” às secções 1 e 2. Na tabela A14.6 encontram-se os dados relativos ao ruído no PM2.

Tabela A14.6: Resultados da avaliação do ruído no PM2.

No PM3, constatou-se que os valores obtidos de LEX,8h não ultrapassaram o valor limite de ação inferior, de 80 dB(A) e não ultrapassaram o valor de limite de ação de LCPico, de 135 dB(C),

legalmente definido pelo decreto-lei n.182/2006. As secções 1, 4 e 5, ao nível do profissional,

duração da

exposição

EWA - Trabalho com

comunicação verbal

horas LAeq dB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 17h15 5h 63,8 61,8 81,1 61,8 61,8 81,1

D 17h15 5min 63,8 44,0 81,1 44,0 44,0 81,1

2 D 18h 5min 64,6 44,8 80,7 44,8 44,8 80,7 Positiva 4

P 17h20 5h 61,8 59,8 80,8 59,8 59,8 80,8

D 17h20 5min 61,8 42,0 80,8 42,0 42,0 80,8

P 17h25 5h 64,9 62,9 120,8 62,9 62,9 120,8

D 17h25 20min 64,9 41,1 120,8 41,1 41,1 120,8

P 17h30 5h 65,9 63,9 120,8 63,9 63,9 120,8

D 17h30 5min 65,9 46,1 120,8 46,1 46,1 120,8

todas D 40min 64,6 53,8 120,8 53,8 53,8 120,8

5

1

Nível de exposição sonora Avaliação analistadec-lei n.182/2006

Aceitável 3

Secção Utilizador

Hora de

recolha de

dados

3

4

Positiva 4

Aceitável 3

Aceitável 3

EWA -Trabalho com

comunicação verbal

LAeqdB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 16h50 5h 59,3 57,3 100,6 57,3 57,3 100,6

D 16h50 5min 59,3 39,3 100,6 39,3 39,3 100,6

2 D 17h 5min 64,5 44,5 100,6 44,5 44,5 100,6 Pos itiva 4

P 17h05 5h 65,3 63,3 100,7 63,3 63,3 100,7

D 17h05 5min 65,3 45,3 100,7 45,3 45,3 100,7

P 17h15 5h 63,1 61,1 98,1 61,1 61,1 98,1

D 17h15 20min 63,1 49,3 98,1 49,3 49,3 98,1

P 17h20 5h 63,2 61,2 100,7 61,2 61,2 100,7

D 17h20 5min 63,2 46,5 100,7 46,5 46,5 100,7

Todas D 40min 63,4 52,6 100,7 52,6 52,6 100,7

Avaliação analista final

Pos itiva

Aceitável 3

4

Aceitável 3

Aceitável 3

3

4

5

duração da

exposição

dec-lei n.182/2006Nível de exposição sonoraHora de

recolha de

dados

1

Secção Utilizador

apresentaram os valores de LEX,8h mais elevados situados entre os 60,1 dB(A) e os 62,5 dB(A). A secção 3 ao nível do profissional apresentou um LEX,8h de 56,6 dB(A). Ao nível dos dadores, por secção, o nível de exposição sonora LEX,8h situou-se entre 38,8 dB(A) e os 46,2 dB(A) e no período total de permanência no espaço de colheita o LEX,8h foi de 53,1 dB(A).

O analista atribui a avaliação Aceitável às secções 1, 4 e 5 e avaliação “Positiva” às secções 2 e 3. Na tabela A14.7 encontram-se os dados relativos ao ruído no PM3.

Tabela A14.7: Resultados avaliação do ruído no PM3.

De forma a avaliar num âmbito geral os PM tendo em conta os três dias do estudo foi considerado que a pontuação a atribuir a cada secção é a da avaliação mais negativa.

Na tabela A14.8 encontra-se a avaliação geral do fator ergonómico ruído nos PM nos três dias do estudo.

Tabela A14.8: Avaliação geral do ruído nos PM.

Avaliação Geral do Analista do Ruído nos PM

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PM1 PM2 PM3 PM geral

1 3 4 3 Aceitável 3

2 4 4 4 Positiva 4

3 4 3 4 Aceitável 3

4 3 3 3 Aceitável 3

5 3 3 3 Aceitável 3

1.3. Brigadas Móveis

Na BM1, os valores de LEX,8h, avaliados neste estudo, não ultrapassaram o valor limite de ação inferior, de 80 dB (A) e nem o valor limite de ação de LCPico, de 135 dB (C), conforme

legalmente definido pelo decreto-lei n.182/2006. Em termos da análise do ruído para trabalho com comunicação verbal todas as secções apresentaram valores de LEX,8h inferiores a 60 dB(A).

No tempo total de permanência no espaço de colheita pelos dadores foi avaliado um LEX,8h de 49,8 dB(A) e um LCPico máximo de 120,8 dB (C).

O analista atribui uma avaliação positiva a todas as secções. Na tabela A14.9 encontram-se os dados relativos ao ruído na BM1.

duração da

exposição

Nível de

exposição

sonora

EWA -Trabalho

com comunicação

verbal

horas LAeqdB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 17h 5h 62,4 60,4 109,4 60,4 60,4 109,4

D 17h 5min 62,4 42,6 109,4 42,6 42,6 109,4

2 D 17h05 5min 66 46,2 113,7 46,2 46,2 113,7 Pos itiva 4

P 17h10 5h 58,6 56,6 107,2 56,6 56,6 107,2

D 17h10 5min 58,6 38,8 107,2 38,8 38,8 107,2

P 17h15 5h 64,5 62,5 109,4 62,5 62,5 109,4

D 17h15 20min 64,5 50,7 109,4 50,7 50,7 109,4

P 17h20 5h 62,1 60,1 119,9 60,1 60,1 119,9

D 17h20 5min 62,1 42,3 119,9 42,3 42,3 119,9

Todas D 40min 63,8 53,1 119,9 53,1 53,1 119,9

Aceitável 3

Pos i tiva 4

4 Aceitável 3

Hora de

recolha de

dados

Nível de exposição sonora Avaliação analista final

1 Aceitável 3

Secção Dimensão

dec-lei n.182/2006

5

3

Tabela A14.9: Resultados da avaliação do ruído na BM1.

Na BM2, os valores de LEX,8h, avaliados neste estudo, não ultrapassaram o valor limite de ação inferior, de 80 dB(A) e nem o valor limite de ação de LCPico, de 135 dB(C), conforme legalmente

definido pelo decreto-lei n.182/2006. Em termos da análise do ruído para trabalho com comunicação verbal as secções com os valores de LEX,8h mais elevados foram as secções 1, 3,

4b, 4c, 4d e 5, ao nível dos profissionais, com 60,0 dB(A), 61,4 dB(A), 62,0 dB(A) e 61,5 dB(A), respetivamente. As restantes secções apresentam valores de LEX,8h inferiores a 60 dB A). No tempo total de permanência no espaço de colheita pelos dadores foi avaliado um LEX,8h é de 53,1 dB(A) e um LCPico máximo de 125,7 dB C).

O analista atribui uma avaliação “Aceitável” às secções 1, 3, 4b, 4c, 4d e 5 e avaliação “Positiva” às secções 2 e 4a. Na tabela A14.10 encontram-se os dados relativos ao ruído na BM2.

Tabela A14.10: Resultados da avaliação do ruído na BM2.

Na BM3 os valores de LEX,8h avaliados neste estudo não ultrapassaram o valor limite de ação inferior, de 80 dB(A) e nem o valor limite de ação de LCPico, de 135 dB(C), conforme legalmente

definido pelo decreto-lei n.182/2006. Em termos da análise do ruído para trabalho com comunicação verbal as secções com os valores de LEX,8h mais elevados foram as secções 1 e 4,

ao nível dos profissionais, com 66,7 dB(A) e 63,9 dB(A), respetivamente. Nas restantes secções os valores de LEX,8h foram inferiores a 60 dB(A). No tempo total de permanência no espaço de colheita pelo dadores foi avaliado um LEX,8h de 56,6 dB(A) e um LCPico máximo de 120,9 dB(C).

Trabalho com

comunicação

verbal

LAeqdB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 15h35 5h 61,7 59,7 101,1 59,7 59,7 101,1

D 15h40 5min 61,7 41,9 101,1 41,9 41,9 101,1

D 16h 5min 57,7 37,9 101,1 37,9 37,9 101,1 Pos itiva 4

P 15h15 5h 57,6 55,6 101,1 55,6 55,6 101,1

D 15h20 5min 57,6 37,8 101,1 37,8 37,8 101,1

P 15h25 5h 58,2 56,2 101,1 56,2 56,2 101,1

D col 15h30 5min 58,2 38,4 101,1 38,4 38,4 101,1

P 14h45 5h 60,5 58,5 120,8 58,5 58,5 120,8

D 14h50 5min 60,1 40,3 120,8 40,3 40,3 120,8

P 14h55 5h 59,4 57,4 120,8 57,4 57,4 120,8

D 15h00 15min 61,7 46,6 120,8 46,6 46,6 120,8

P 15h05 5h 59,9 57,9 101,1 57,9 57,9 101,1

D 15h10 5min 59,2 39,4 101,1 39,4 39,4 101,1

D col 40 min 60,5 49,8 120,8 49,8 49,8 120,8Todas

3b

Pos itiva 4

Pos itiva 45

Pos itiva 4

4

4a

4b, 4c,

4d

dec-lei n.182/2006 Avaliação analista final

1 Pos itiva

Secção Utilizador

Hora de

recolha de

dados

Duração da

exposição

Nível de exposição sonora

4

2

Pos itiva 4

3

3a

Pos itiva 4

Trabalho com

comunicação

verbal

LAeqdB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 10h35 5h 62 60,0 115,7 60,0 60,0 115,7

D 10h35 5min 62 42,2 115,7 42,2 42,2 115,7

D 10h35 5min 63,5 43,7 115,7 43,7 43,7 115,7 Pos itivo 4

P 9h45 5h 63,4 61,4 96,3 61,4 61,4 96,3

D 9h45 5min 62,5 42,7 96,3 42,7 42,7 96,3

P 9h50 5h 60,4 58,4 125,7 58,4 58,4 106,5

D 9h55 5min 61,7 41,9 125,7 41,9 41,9 125,7

P 10h10 5h 64 62,0 125,7 62,0 62,0 106,5

D 10h15 15min 64,7 49,6 125,7 49,6 49,6 125,7

P 10h35 5h 63,5 61,5 115,7 61,5 61,5 115,7

D 10h35 5min 63,5 43,7 115,7 43,7 43,7 115,7

D col 40 63,9 53,1 125,7 53,1 53,1 125,7

3

Todas

3 Aceitável 3

Aceitável 3

2

Aceitável5

Pos i tivo

1 Aceitável 3

Secção Utilizador

Hora de

recolha

de dados

Duração

da

exposição

Nível de exposição sonora

4

4

4a

4b,4c

e 4d

dec-lei n.182/2006 Avaliação analista final

O analista atribui uma avaliação “Aceitável” às secções 1 e 4 e uma avaliação “Positiva” às restantes secções. Na tabela A14.11 encontram-se os dados relativos ao ruído na BM3.

Tabela A14.11: Resultados da avaliação do ruído na BM3.

De forma a avaliar num âmbito geral as BM, tendo em conta os três dias do estudo, foi considerado que a pontuação a atribuir a cada secção é a da avaliação mais negativa.

Na tabela A14.12 encontra-se a avaliação geral do ruído nas BM nos três dias do estudo.

Tabela A14.12: Avaliação geral do ruído nas BM.

Avaliação Geral do Analista do Ruído nas BM

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

BM1 BM2 BM3 BM geral

1 4 3 3 Aceitável 3

2 4 4 4 Positiva 4

3 4 3 4 Aceitável 3

4 4 3 3 Aceitável 3

5 4 3 4 Aceitável 3

2. Vibrações

O estudo das vibrações apenas ocorreu nos PM. Perante este facto serão apresentados os resultados para os PM1, PM2 e PM3 da exposição a vibrações para os profissionais e a exposição a vibrações para os dadores.

No que diz respeito aos profissionais na tabela A14.13 podem ser consultados os resultados obtidos.

Após a análise dos dados obtidos no PM2 e no PM3, constatou-se que não se observaram riscos para efeitos sobre a saúde, uma vez que os valores obtidos não ultrapassaram o valor de ação de exposição de 0,5m/s2, conforme regulado pelo Decreto-Lei n.o 46/2006 de 24 de fevereiro (2006).

Ao nível do conforto os valores obtidos também se encontraram dentro do que é considerado confortável, com uma aceleração ponderada média menor do que 0,315 m/s2, conforme indica a NP ISO 2631-1:2007.

Trabalho com

comunicação

verbal

LAeqdB(A) LEX,8h dB(A) LCPico dB(C) LEX,8h dB(A) LEX,8h dB(A) LCpico dB (C) Qualitativa Quantitativa

P 10h20 5h 68,7 66,7 120,9 66,7 66,7 120,9

D 10h20 10min 68,7 51,9 120,9 51,9 51,9 120,9

D 10h15 15min 68,1 53,0 120,9 53,0 53,0 120,9 Pos itiva 4

P 12h 5h 59 57,0 112,2 57,0 57,0 112,2

D 12h 5min 59 39,2 112,2 39,2 39,2 112,2

P 12h05 5h 56,4 54,4 112,2 54,4 54,4 112,2

D 12h05 5min 56,4 36,6 112,2 36,6 36,6 112,2

P 10h10 5h 64,6 62,6 98,3 62,6 62,6 98,3

D 10h10 13min 64,6 48,9 98,3 48,9 48,9 98,3

P 10h 5h 65,9 63,9 118,4 63,9 63,9 118,4

D 10h05 20min 65,8 52,0 120,4 52,0 52,0 120,4

P 10h25 5h 61,0 59,0 102,8 59,0 59,0 102,8

D 10h25 5min 61,0 41,2 102,8 41,2 41,2 102,8

D 68 min 65,1 56,6 120,9 56,6 56,6 120,9

dec-lei n.182/2006

1 Aceitável 3

Avaliação analista finalSecção Utilizador

Hora de

recolha

de dados

Duração

da

exposição

Nível de exposição sonora

2

Aceitável

Todas

3b Pos itiva

Aceitável

3

3a

5 Pos itiva

Pos i tiva

4

4

4

3

3

4

4a

4b,4c

e 4d

Tabela A14.13: Avaliação da exposição a vibrações nos PM

Contudo temos a exceção do PM1, onde se verificou que, ao nível de efeitos sobre a saúde, o valor de ação de exposição determinado foi de 0,851 m/s2, valor este que ultrapassa o valor de ação de exposição legalmente definido de 0,5 m/s2, segundo o Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de Fevereiro. No que diz respeito ao conforto, avaliou-se um valor de aceleração ponderada média de 0,368 m/s2, que segundo a NP ISO 2631-1:2007 é considerado como ligeiramente desconfortável.

Estas diferenças entre PM1, PM2 e o PM3 podem ter ocorrido devido a erro de medição no PM1, uma vez que se constata no PM1 valores mais elevados da aceleração em uma das três medições do eixo do xx. O que parece ser devido a um empurrão ou pontapé que o AA tenha sofrido e consequentemente tenha provocado alteração da postura deste sobre o transdutor do vibrómetro.

Relativamente à avaliação do AA este avaliou a exposição a vibrações dos profissionais, em termos de efeitos sobre a saúde e sobre o conforto no PM2 e PM3 como “Positiva” e no PM1 como “Aceitável”.

Os resultados da avaliação da exposição a vibrações para os dadores podem ser consultados na tabela A14.14.

Tabela A14.14: Avaliação da exposição a vibrações dos dadores nos PM

Para os dadores, em termos de efeitos sobre a saúde no PM1, PM2 e PM3, constatou-se que não se verificam riscos para efeitos sobre a saúde, uma vez que os valores obtidos não ultrapassaram o valor de ação de exposição de 0,5m/s2, conforme regulado pelo Decreto-Lei n.º 46/2006 de 24 de Fevereiro.

Ao nível do conforto, para os PM2 e PM3 os valores obtidos também se encontraram dentro do que é considerado confortável, com uma aceleração ponderada média menor do que 0,315 m/s2, conforme indica a NP ISO 2631-1:2007.

eixo x eixo y eixo zeixo x

(m/s2)

eixo y

(m/s2)

eixo z

(m/s2)A(8) (m/s2) av (m/s2)

av média

(m/s2)Qualitativa Quantitativa

extremidade 1 0,702 0,007 0,010 0,851 0,008 0,009 0,702extremidade 2 0,004 0,008 0,018 0,005 0,009 0,015 0,020

centro 0,381 0,022 0,010 0,462 0,027 0,008 0,382extremidade 1 0,007 0,006 0,018 0,008 0,007 0,016 0,020extremidade 2 0,008 0,008 0,015 0,009 0,010 0,013 0,019

centro 0,009 0,009 0,012 0,011 0,010 0,010 0,017extremidade 1 0,023 0,049 0,033 0,028 0,060 0,028 0,063extremidade 2 0,027 0,030 0,032 0,033 0,037 0,028 0,052

centro 0,009 0,013 0,017 0,011 0,015 0,015 0,023

Exposição diária

superior ao

valor de ação

de exposição

de 0,5 m/s2

inferior ao

valor de ação

de exposição

de 0,5 m/s2

inferior ao

valor de ação

de exposição

de 0,5 m/s2

Positiva

Positiva 4

AceitávelPM1 0,368ligeiramente

desconfortável0,851

4PM3 0,046Não

desconfortável0,060

PM2 0,019Não

desconfortável0,016

3

Avaliação do AAvalor total da

acelaração

ponderada

valor total da

acelaração

ponderada Avaliação do

conforto

Saúde

PMLocal das

medições

Aceleração média

Conforto

Avaliação, Dec-

Lei n.º 46/2006

eixo x eixo y eixo zeixo x

(m/s2)

eixo y

(m/s2)

eixo z

(m/s2)A(8) (m/s2) av (m/s2)

av média

(m/s2)Descrição Pontos

extremidade 1 0,702 0,007 0,010 0,284 0,003 0,003 0,702extremidade 2 0,004 0,008 0,018 0,002 0,003 0,005 0,020

centro 0,381 0,022 0,010 0,154 0,009 0,003 0,382extremidade 1 0,007 0,006 0,018 0,003 0,002 0,005 0,020extremidade 2 0,008 0,008 0,015 0,003 0,003 0,004 0,019

centro 0,009 0,009 0,012 0,004 0,003 0,003 0,017extremidade 1 0,023 0,049 0,033 0,009 0,020 0,009 0,063extremidade 2 0,027 0,030 0,032 0,011 0,012 0,009 0,052

centro 0,009 0,013 0,017 0,004 0,005 0,005 0,023

ligeiramente

desconfortávelAceitável 3

Não

desconfortávelPositiva 4

SAÚDE CONFORTO

Avaliação do AAExposição diária

Avaliação, Dec-

Lei n.º 46/2006

valor total da

acelaração

ponderada

valor total da

acelaração

ponderada Avaliação do

conforto

0,004

0,017

inferior ao

valor de ação

de exposição

de 0.5 m/s2

inferior ao

valor de ação

de exposição

de 0.5 m/s2

0,046Não

desconfortávelPositiva 4PM3

0,368

PM2 0,019

PM1

PMLocal das

medições

Aceleração média

0,246

inferior ao

valor de ação

de exposição

de 0.5 m/s2

O PM1 classificou-se como ligeiramente desconfortável, segundo as orientações da NP ISO 2631-1:2007, uma vez que apresentava uma aceleração ponderada média de 0,368 m/s2. Como referido anteriormente as diferenças entre PM1, PM2 e o PM3 podem ter ocorrido devido a erro de medição no PM1.

O AA avaliou a exposição a vibrações dos dadores, em termos de efeitos sobre a saúde no PM1, PM2 e PM3 como “Positiva”, em termos de conforto o PM2 e PM3 apresentaram uma avaliação “Positiva” e o PM1 uma avaliação “Aceitável”.

O AA decidiu considerar, de uma forma geral, a exposição a vibrações dos profissionais e dos dadores em termos de efeitos sobre a saúde e do conforto como “Positiva”, uma vez que os resultados de avaliação do PM2 e PM3 encontram-se dentro dos parâmetros legalmente definidos e tendo em conta que análise do PM1 com uma avaliação final de aceitável deverá ter ocorrido devido a um erro de medição. Na tabela A14.15 encontram-se os resultados da exposição a vibrações nos PM.

Tabela A14.15: Avaliação geral da exposição a vibrações nos PM.

Avaliação Geral do Analista das Vibrações nos PM

Local Quantitativa Qualitativa Quantitativa

Saúde Conforto PM geral

PM1 3 3

Positiva 4 PM2 4 4

PM3 4 4

3. Iluminação

De acordo com as recomendações da norma ISO 8995:2002 (2002) considerou-se a iluminância recomendada de 500lx para as secções 1a, 2, 3 e 4, para a secção 1b a iluminância de 300lx e por último 200 lx para a secção 5.

De acordo com as recomendações da norma ISO8995:2002 foram determinadas a iluminâncias médias, o rácio de iluminância da tarefa e a iluminância recomendada e o rácio da iluminância da vizinhança do posto de trabalho e a iluminância recomendada, assim como as uniformidades da iluminância da tarefa e da vizinhança do posto de trabalho e ainda avaliado o encandeamento.

3.1. Posto Fixo

No PF1 as subsecções 1a, 4.1b, 4.2a apresentaram avaliações “Negativas” devido a rácios de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 50%, da iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferiores a 100% e pela presença de encadeamento na secção 1a.

Na secção 1a constatou-se a não existência de focos de luz artificial direcionados para o espaço, este apenas beneficiava de iluminação natural e artificial indireta. Nas subsecções 4.1b, 4.2a existiam focos de luz artificial fundidos.

Na subsecção 2b a avaliação foi “Aceitável” devido a rácios de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 100% e pela presença de encadeamento.

Na secção 2a e nas subsecções 4.1a, 4.1c, 4.1d, a avaliação foi “Aceitável” devido a valores de iluminância da tarefa e da iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferiores a 100%.

Nas subsecções 4.2b, 4.2c, 4.2d e 5b a avaliação foi “Aceitável” uma vez que apresentam não uniformidade da iluminância da tarefa. As restantes secções e subsecções apresentaram avaliação “Positiva”. Na tabela A14.16 encontra-se a avaliação das condições de iluminação no PF1.

Tabela A14.16: Avaliação das condições de iluminação no PF1.

O PF2 apresentava a subsecção 1a com avaliação “Negativa” devido a rácios de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 100%, apresentava a iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferiores a 50% e ainda presença de encadeamento que causava desconforto.

Como já foi referido anteriormente, nesta subsecção constatou-se a não existência de focos de luz artificial direcionados para o espaço, este apenas beneficiava de iluminação natural e artificial indireta.

Na secção 2, nas subsecções 4.1b, 4.2a, 4.2b e 4.2c a avaliação foi “Aceitável”, uma vez que os rácios de iluminância da tarefa, recomendada pela ISO8995:2002, eram inferior a 100%. Na subsecção 5b a avaliação foi “Aceitável” por apresentar uniformidade do posto de trabalho inferior ao recomendado pela ISO8995:2002. As restantes secções e subsecções apresentaram valores “Positivos”. A avaliação das condições de iluminação no PF2 encontra-se na tabela A14.17.

uniformidade uniformidde

ISO8995:2002 ISO8995:2002

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade

da iluminância

da tarefa > 0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade da

vizinhança do

posto de

trabalho > 0,5

qualitativa quantitativa

1a 12h50 196 500 39% 0,6 162 300 54% 0.7 desconforto Negativa 1

1b 12h55 662 500 132% 0,8 380 301 126% 0,7 não Pos itiva 3

2a 12h45 428 500 86% 0,8 403 200 202% 0,9 desconforto Aceitável 2

2b 12h40 453 200 227% 0,8 369 300 123% 0,9 desconforto Aceitável 2

3a 12h35 507 500 101% 0,9 611 300 204% 0,8 não Pos itiva 3

3b 12h30 542 500 108% 0,9 494 300 165% 0,9 não Pos itiva 4

4.1a 12h05 336 500 67% 0,9 252 300 84% 0,8 não Aceitável 3

4.1b 12h10 227 500 45% 0,5 211 300 70% 0,9 não Negativa 2

4.1c 11h55 314 500 63% 0,7 221 300 74% 0,6 não Aceitável 3

4.1d 12h 487 500 97% 0,7 310 300 103% 0,8 não Aceitável 3

4.2a 11h35 206 500 41% 0,7 263 300 88% 0,6 não Negativa 2

4.2b 11h40 841 500 168% 0,6 963 300 321% 0,5 não Aceitável 3

4.2c 11h45 735 500 147% 0,6 789 300 263% 0,5 não Aceitável 3

4.2d 11h50 502 500 100% 0,6 528 301 175% 0,7 não Aceitável 3

5a 11h30 265 200 133% 0,8 351 200 176% 0,9 não Pos itiva 4

5b 11h25 346 200 173% 0,6 284 200 142% 0,7 não Aceitável 3

Secção

4.1

5

2

3

4

4.2

1

Hora de

recolha de

dados

iluminância vizinhança imediata do posto de trabalho

encadeamento

Avaliação analista

iluminância

média

ISO8995:2002

iluminância

média

ISO8995:2002

Tabela A14.17: Avaliação das condições de iluminação do PF2.

Neste dia o Posto Fixo apresentava a subsecção 1a com avaliação “Negativa” uma vez que os rácios de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 e iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 50%, uniformidade da tarefa inferior a 0,7 e presença de encadeamento causando desconforto.

Como já foi referido anteriormente, nesta subsecção constatou-se novamente a não existência de focos de luz artificial direcionados para o espaço, este apenas beneficia de iluminação natural e artificial indireta.

A subsecção 4.1b também apresentou rácio de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 50%, rácio de iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferiores a 100% e uniformidade da tarefa inferior a 0,7 e dessa forma teve uma avaliação “Negativa”. Nas subsecções 4.1b, 4.2a existiam focos de luz artificial fundidos. Na subsecção 2a atribui-se a avaliação de “Aceitável” uma vez que apresentam valores de iluminância recomendada da tarefa inferior a 100% e presença de encadeamento que causa desconforto. Na subsecção 2b atribui-se a avaliação de “Aceitável” uma vez que apresenta rácios de iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 100% e pela presença de encadeamento que causa desconforto.

A secção 3 e as subsecções 4.1c, 4.1d e 4.2a, tiveram uma avaliação “Aceitável” uma vez que apresentavam valores de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 100%. Na secção 4.1a avaliação atribuída foi “Aceitável” devido a valores de iluminância da tarefa e iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 100% e presença de encadeamento. Nas subsecções 4.2b e 4.2c a avaliação foi “Aceitável” devido à presença de encadeamento que causa desconforto. Nas restantes subsecções a avaliação foi “Positiva”. Na tabela A14.18 encontra-se a avaliação das condições de iluminação no PF3.

uniformidade uniformidde

ISO8995:2002 ISO8995:2002

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade

da iluminância

da tarefa > 0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade da

vizinhança do

posto de trabalho

> 0,5

qualitativa quantitativa

1a 14h20 288 500 58% 0,7 136 300 45% 0,7 desconforto negativa 2

1b 14h25 701 500 140% 0,8 372 301 124% 0,7 não Pos itiva 4

2a 14h10 1505 500 301% 0,9 1771 200 886% 0,8 desconforto Aceitável 3

2b 14h15 3639 200 1820% 0,4 3240 300 1080% 0,4 desconforto Aceitável 3

3a 14h30 522 500 104% 0,7 598 300 199% 0,9 não Pos itiva 4

4.1a 13h45 525 500 105% 0,8 453 300 151% 0,8 não Pos itiva 4

4.1b 13h50 318 500 64% 0,8 369 300 123% 0,8 não Aceitável 3

4.1c 13h55 731 500 146% 0,9 491 300 164% 0,8 não Pos itiva 4

4.1d 14h00 512 500 102% 0,9 439 300 146% 0,9 não Pos itiva 4

4.2a 13h30 348 500 70% 0,8 350 300 117% 1,0 não Aceitável 3

4.2b 13h35 464 500 93% 0,9 424 300 141% 0,9 não Aceitável 3

4.2c 13h40 427 500 85% 0,8 424 300 141% 0,9 não Aceitável 3

5a 14h45 261 200 131% 0,8 347 200 174% 0,9 não Pos itiva 4

5b 14h40 309 200 155% 0,6 342 200 171% 0,8 não Aceitável 35

3

4.2

Secção

Hora de

recolha de

dados

iluminância vizinhança imediata do posto de trabalho

encadeamento

Avaliação analista

iluminância

média

ISO8995:2002

iluminância

média

ISO8995:2002

4

4.1

1

2

Tabela A14.18: Avaliação das condições de iluminação no PF3.

A avaliação geral das condições de iluminação no PF, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.19. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PF.

Tabela A14.19: Avaliação geral das condições de iluminação dos PF. Avaliação Geral das condições de iluminação nos PF pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PF1 PF2 PF3 PF geral

1 2 2 2 Negativa 2 2 3 3 3 Aceitável 3

3 4 4 3 Aceitável 3 4 2 3 2 Negativa 2

5 3 3 4 Aceitável 3

3.2. Posto Móvel

A destacar neste PM1 as secções 1 e 3 com avaliação final “Negativa” onde apresentaram rácio de iluminância de tarefa de 50% e rácios de iluminância da vizinhança inferiores a 100%. Na secção 1 a uniformidade da vizinhança imediata do posto de trabalho foi inferior ao recomendado pela ISO8995:2002, tal facto pode ser explicado pela iluminação artificial desses locais estar desligada e o toldo do PM estar aberto sobre a secção 1. As restantes secções tiveram avaliações “Aceitáveis”, estando os valores de iluminância em conformidade com o recomendado.

No entanto, foi identificado desconforto devido à presença de encadeamento proveniente da exposição solar direta pelas janelas da frente e do lado direito do PM e pelas claraboias do mesmo em praticamente todas as secções e nas secções 4c e 5a apresentaram valores de uniformidade da tarefa inferiores ao recomendado pela ISO8995:2002.

O PM2 apresentou, de uma forma geral, condições de iluminação em conformidade com os valores recomendados em todas as secções, tendo sido apenas identificadas duas secções: a secção 1 e a secção 3 com rácios de iluminância da tarefa entre os 50 e os 74% dos valores recomendados. Na secção 3 e na subsecção 4c o valor da uniformidade da tarefa foi de 0,6 e na subsecção 4a este valor foi de 0,3, menos de metade do recomendado pela ISO8995:2002, esta

uniformidade uniformidde

ISO8995:2002 ISO8995:2002

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade

da iluminância

da tarefa > 0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade da

vizinhança do

posto de

trabalho > 0,5

qualitativa quantitativa

1a 12h20 212 500 42% 0,6 147 300 49% 0,9 desconforto Negativa 2

1b 12h25 668 300 223% 0,8 384 301 128% 0,7 não Pos itiva 4

2a 12h10 350 500 70% 0,8 288 200 144% 0,8 desconforto Aceitável 3

2b 12h15 568 200 284% 0,7 265 300 88% 0,9 desconforto Aceitável 3

3a 12h30 483 500 97% 0,9 555 300 185% 0,9 não Aceitável 3

4.1a 12h00 340 500 68% 0,9 255 300 85% 0,9 não Aceitável 3

4.1b 12h05 176 500 35% 0,6 232 300 77% 0,9 não Negativa 2

4.1c 11h50 421 500 84% 0,9 390 300 130% 0,9 não Aceitável 3

4.1d 11h55 375 500 75% 1,0 362 300 121% 1,0 não Aceitável 3

4.2a 11h45 493 500 99% 0,9 557 300 186% 0,9 não Aceitável 3

4.2b 11h35 1126 500 225% 0,8 815 300 272% 0,6 desconforto Aceitável 3

4.2c 11h40 1042 500 208% 0,8 747 300 249% 0,7 desconforto Aceitável 3

5a 12h35 282 200 141% 0,7 343 200 172% 0,9 não Pos itiva 4

5b 12h40 301 200 151% 0,7 267 200 134% 0,8 não Pos itiva 4

4.2

5

1

2

3

4

4.1

Secção

Hora de

recolha de

dados

iluminância vizinhança imediata do posto de trabalho

encadeamento

Avaliação analista

iluminância

média

ISO8995:2002

iluminância

média

ISO8995:2002

situação pode ser explicada devido à exposição solar direta proveniente das janelas e da claraboia do PM a incidir em metade da área da tarefa. As condições de iluminação avaliadas do PM1 são apresentadas na tabela A14.20.

Tabela A14.20: Avaliação das condições de iluminação no PM1.

Relativamente à presença de encadeamento que causava desconforto, este parâmetro foi positivo em quase todas as secções, exceto nas secções 1 e 3. Em todas as secções a avaliação final do analista foi de “Aceitável”. Na tabela A14.21 estão apresentadas os parâmetros avaliados das condições de iluminação no PM2.

Tabela A14.21: Avaliação das condições de iluminação do PM2.

As condições de iluminação no PM3 são apresentadas na tabela A14.22. O PM3 apresentou duas secções com avaliações “Negativas” as secções 1 e 3, por apresentarem rácios de iluminância da tarefa inferiores a 50% do recomendado pela ISO8995:2002 e rácios de iluminância da vizinhança imediata do posto de trabalho recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 50% e 100% respetivamente. Esta avaliação também é explicada pela iluminação artificial desses locais estar desligada, o toldo exterior do PM3 estar aberto sobre a secção 1 e a proteção da janela lateral estar colocada para proteção solar. A secção 4a apresentava rácio iluminância da tarefa de 95% do recomendado pela ISO8995:2002. Todas as secções, exceto as secções 1, 3 e 4a, apresentavam desconforto pelo encandeamento.

uniformidade uniformidde

ISO8995:2002 ISO8995:2002

valor

recomendado

rácio valor

medido

/recomendado

uniformidade

da tarefa > 0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido

/recomendado

uniformidade da

vizinhança do

posto de trabalho

>0,5

Qualitativa Quantitativa

16h40 156 500 31% 0,8 216 300 72% 0,4 não Negativa 2

18h 2691 500 538% 0,9 2472 300 824% 0,9 desconforto Aceitável 3

17h 217 500 43% 0,8 195 300 65% 0,7 não Negativa 2

4a 17h20 582 500 116% 0,9 612 300 204% 0,9 desconforto Aceitável 3

4b 17h25 563 500 113% 0,8 633 300 211% 1 não Pos itiva 4

4c 17h10 1083 500 217% 0,5 1062 300 354% 0,7 desconforto Aceitável 3

4d 17h15 717 500 143% 0,8 915 300 305% 0,8 desconforto Aceitável 3

5a 17h30 1476 300 492% 0,6 1604 200 802% 0,8 desconforto Aceitável 3

5b 17h35 970 200 485% 0,9 847 200 424% 0,7 desconforto Aceitável 3

1

iluminância

média

ISO8995:2002

vizinhança imediata do posto de trabalho

3

4

2

5

Classificação analistailuminância

ISO8995:2002

Secção

Hora de

recolha

de dadosiluminância

média

encadeamento

uniformidade uniformidde

ISO8995 ISO8995

valor

recomendado

rácio valor

medido

/recomendado

uniformidade

da tarefa >0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido

/recomendado

uniformidade da

vizinhança do

posto de trabalho

>0,5

qualitativa quantitativa

17h25 250 500 50% 0,8 361 300 120% 0,3 não Aceitável 3

17h35 46450 500 9290% 0,9 44833 300 14944% 0,9 desconforto Aceitável 3

17h40 370 500 74% 0,6 337 300 112% 0,5 não Aceitável 3

4a 17h45 3764 500 753% 0,3 1134 300 378% 0,7 desconforto Aceitável 3

4b 17h50 905 500 181% 0,8 1141 300 380% 0,7 desconforto Aceitável 3

4c 17h55 2209 500 442% 0,6 1917 300 639% 0,5 desconforto Aceitável 3

4d 18h 1027 500 205% 1 914 300 305% 0,7 desconforto Aceitável 3

5a 18h05 3475 200 1738% 1 1260 200 630% 0,8 desconforto Aceitável 3

5b 18h10 1448 200 724% 0,9 1333 200 667% 0,8 desconforto Aceitável 3

2

3

4

vizinhança imediata do posto de trabalho

ISO8995

5

encadeamentoiluminância

média

iluminância

média

ISO8995Hora de

recolha de

dados

iluminância

Secção

Classificação analista

1

Tabela A14.22: Avaliação das condições de iluminação no PM3.

A avaliação geral das condições de iluminação nos PM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.23. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PM.

Tabela A14.23: Avaliação geral das condições de iluminação dos PM. Avaliação Geral das condições de iluminação nos PM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PM1 PM2 PM3 PM geral

1 2 3 2 Negativa 2 2 3 3 3 Aceitável 3

3 2 3 2 Negativa 2 4 3 3 3 Aceitável 3

5 3 3 3 Aceitável 3

3.3. Brigadas Móveis

A BM1 apresenta uma subsecção com avaliação de “Risco”, nomeadamente a secção 2b. Esta secção apresentava um rácio de tarefa de 8%, um rácio de vizinhança de 13% e a presença de encandeamento causando desconforto. As secções e subsecções 1, 2a, 3a, 4a e 4c, foram avaliadas como “Negativas” por apresentarem rácios de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 50%, rácios da iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 100% e pela presença de encandeamento causando desconforto. Nesta brigada móvel quatro subsecções, a 3b, 4b e 4d, apresentavam avaliações aceitáveis, uma vez que os rácios de iluminância recomendada pela ISO8995:2002 se situavam ligeiramente acima dos 50% e por último a secção 5 com uma avaliação de “Aceitável”, com presença de encandeamento proveniente da janela e parede lateral em vidro.

As avaliações das secções e subsecções com avaliação “Risco” e “Negativa” foram devido à iluminação artificial do local ser destinada para um corredor de passagem e desse modo ser insuficiente, a maioria dos focos de luz artificial estavam desligados e a disposição dos recursos materiais não estavam direcionados para os locais com melhor iluminação artificial. Na tabela A14.24 encontra-se a avaliação das condições de iluminação na BM1.

uniformidade uniformidde

ISO8995 ISO8995

valor

recomendado

rácio valor

medido

/recomendado

uniformidade

da tarefa >0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido

/recomendado

uniformidade da

vizinhança do

posto de trabalho

>0,5

qualitativa quantitativa

16h00 191 500 38% 0,8 106 300 35% 0,9 não Negativa 2

16h05 2039 500 408% 0,9 1723 300 574% 0,7 desconforto Aceitável 3

16h10 191 500 38% 0,8 156 300 52% 0,6 não Negativa 2

4a 16h15 476 500 95% 0,9 571 300 190% 0,8 não Aceitável 3

4b 16h20 938 500 188% 0,8 1008 300 336% 0,7 desconforto Aceitável 3

4c 16h25 1523 500 305% 0.8 1484 300 495% 0,8 desconforto Aceitável 3

4d 16h30 1415 500 283% 0,8 1432 300 477% 0,8 desconforto Aceitável 3

5a 16h35 878 300 293% 0,8 874 300 291% 0,8 desconforto Aceitável 3

5b 16h40 728 300 243% 0,9 775 200 388% 0,8 desconforto Aceitável 3

Classificação analista

1

2

3

4

5

Secção

Hora de

recolha de

dados

iluminância

encadeamentoiluminância

média

ISO8995

iluminância

média

ISO8995

vizinhança imediata do posto de trabalho

Tabela A14.24: Avaliação das condições de iluminação da BM1.

Na BM2 foi avaliada apenas uma secção como “Negativa”, a subsecção 4a, com rácios de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 inferior a 50% e com rácios inferiores a 100% da iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002. Esta avaliação foi atribuída devido à localização deste local de trabalho, uma vez que não existia nenhum foco artificial de luz a incidir no espaço e este apenas beneficiava apenas de iluminação artificial indireta e iluminação natural indireta. A secção 3 e subsecção 4d tiveram uma classificação “Aceitável” por apresentarem rácios de iluminância da tarefa, recomendada pela ISO8995:2002, inferior a 100% e a secção 3 também apresentava rácio de iluminância da vizinhança, recomendada pela ISO8995:2002, inferior a 100%. As restantes secções e subsecções apresentaram avaliações “Positivas”.

Na tabela A14.25 encontram-se a avaliação das condições de iluminação no BM2.

Tabela A14.25: Avaliação das condições de iluminação na BM2.

A avaliação das condições de iluminação na BM3 é apresentada na tabela A14.26. A BM3 apresentava as secções 3, 4 com avaliação “Negativa” por se verificar rácio de iluminância da tarefa recomendada pela ISO8995:2002 inferiores a 50% e o rácio da iluminância da vizinhança recomendada pela ISO8995:2002 inferiores a 50% nas subsecções 3a, 3b, 4a e nas subsecções 4b, 4c, 4d, 4e, 4f, inferiores a 100%. As secções 1, 2, e 5 apresentaram uma classificação “Aceitável” uma vez que apresentavam desconforto pela presença de encadeamento e na

uniformidade uniformidde

ISO8995:2002 ISO8995:2002

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade

da tarefa >0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade da

vizinhança do

posto de

trabalho >0,5

descrição pontos

17h15 93 500 19% 0,8 83 300 28% 1,0 desconforto Negativa 2

2a 18h 53 200 27% 0,9 52 200 26% 0,9 desconforto Negativa 2

2b 18h15 38 500 8% 0,9 40 300 13% 0,9 desconforto Risco 1

3a 17h30 142 500 28% 0,9 116 300 39% 0,9 não Negativa 2

3b 17h40 252 500 50% 0,9 262 300 87% 0,9 não Aceitável 3

4a 16h30 170 500 34% 0,9 148 300 49% 1,0 não Negativa 2

4b 16h45 260 500 52% 0,8 251 300 84% 0,9 não Aceitável 3

4c 16h45 200 500 40% 0,9 204 300 68% 0,8 não Negativa 2

4d 16h45 280 500 56% 0,7 317 300 106% 0,7 não Aceitável 3

17h 403 200 202% 0,6 438 200 219% 0,5 desconforto Aceitável 35

Avaliação analista

1

4

2

3

encadeamentoiluminância

média

ISO8995:2002

iluminância

média

ISO8995:2002

vizinhança imediata do posto de trabalho

Secção

Hora de

recolha

de

dados

iluminância

uniformidade uniformidde

ISO8995:2002 ISO8995:2002

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade

da tarefa >0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade

da vizinhança

do posto de

trabalho >0,5

qualitativa quantitativa

10h35 532 500 106% 0,8 527 300 176% 0,8 não Pos itivo 4

2a 10h35 553 200 277% 0,9 599 200 300% 0,8 não Pos itivo 4

2b 10h36 544 500 109% 0,8 625 300 208% 0,7 não Pos itivo 4

9h15 294 500 59% 0,9 294 300 98% 0.9 não Aceitável 3

4a 10h25 208 500 42% 0,8 194 300 65% 0,8 não Negativo 2

4b 10h20 525 500 105% 0,7 473 300 158% 0,9 não Pos itivo 4

4c 10h10 569 500 114% 0,9 520 300 173% 0,9 não Pos itivo 4

4d 10h15 462 500 92% 0,9 452 300 151% 0,8 não Aceitável 3

10h40 529 200 265% 0,7 527 200 264% 0,8 não Pos itivo 4

Secção

Hora de

recolha de

dados

iluminância vizinhança imediata do posto de trabalho

encadeamento

Avaliação analista

iluminância

média

ISO8995:2002

iluminância

média

ISO8995:2002

5

3

1

2

4

secção 5 a uniformidade da iluminância da tarefa foi inferior ao recomendado pela ISO8995:2002.

Tabela A14.26: Avaliação das condições de iluminação na BM3.

A avaliação geral das condições de iluminação nas BM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.27. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por BM.

Tabela A14.27: Avaliação geral das condições de iluminação dos BM.

Avaliação Geral das condições de iluminação nos BM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

BM1 BM2 BM3 BM geral 1 2 4 3 Negativa 2

2 1 4 3 Risco 1 3 2 3 2 Negativa 2

4 2 2 2 Negativa 2 5 3 3 3 Aceitável 3

4. Ambiente térmico

De seguida são apresentados os resultados de caracterização do ambiente térmico do PF, PM e BM.

Para a caracterização do ambiente térmico foram estudados os seguintes parâmetros: Índice de Temperatura Húmida e de Globo (WBGT), o “Predicted Mean Vote - Predicted Percentage of Dissatisfied” (PMV-PPD), a percentagem de insatisfeito de desconforto local por diferença vertical (PD).

4.1. Posto Fixo

De forma a melhor contextualizar a caracterização do ambiente térmico no PF é importante referir que quando se procedeu à sua caracterização nos 3 dias de estudo, constatou-se que a ventilação artificial do piso do edifício onde decorreu o estudo estava desligada devido a um problema elétrico, estando o ambiente térmico do PF mais sujeito às condições climatéricas exteriores.

No PF1 o ambiente térmico, de uma forma geral, era confortável, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical. Tal verificou-se nas secções 1, 2, 3a, 3b, 4a (dadores)

uniformidade uniformidde

ISO8995:2002 ISO8995:2002

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade

da iluminância

da tarefa >0,7

valor

recomendado

rácio valor

medido/

recomendado

uniformidade da

vizinhança do

posto de trabalho

>0,5

qualitativa quantitativa

11h30 1495 500 299% 0,8 1285 300 428% 1,0 desconforto Aceitável 3

2a 11h45 1856 200 928% 0,9 1795 200 898% 0,9 desconforto Aceitável 3

2b 11h40 691 500 138% 0,9 679 300 226% 0,9 desconforto Aceitável 3

3a 9h00 123 500 25% 0,9 128 300 43% 0,9 não Negativo 2

3b 9h05 116 500 23% 0,9 115 300 38% 0,9 não Negativo 2

4a 9h20 130 500 26% 0,9 121 300 40% 0,9 não Negativo 2

4b 10h00 108 500 22% 0,9 157 300 52% 1,0 não Negativo 2

4c 9h40 169 501 34% 0,9 179 300 60% 1,0 não Negativo 2

4d 9h45 180 502 36% 1 180 300 60% 1,0 não Negativo 2

4e 9h50 166 500 33% 1 172 300 57% 0,9 não Negativo 2

4f 9h55 198 500 40% 1 171 300 57% 0,9 não Negativo 2

12h00 765 200 383% 0,6 504 200 252% 1,0 desconforto Aceitável 35

3

vizinhança imediata do posto de trabalho

encadeamento

2

4

Secção

Hora de

recolha de

dados

1

Avaliação analista

iluminância

média

ISO8995:2002

iluminância

média

ISO8995:2002

iluminância

4b (dadores, e 5 (dadores). Nas secções 4a (profissionais), 4b (profissionais) e 5 (profissionais) o ambiente térmico foi caracterizado como ligeiramente tépido, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

O AA atribui a avaliação “Positiva” às secções 1, 2, 3a e 3b, 4a (dadores), 4b (dadores) e 5 (dadores). E às secções 4a (profissionais), 4b (profissionais) e 5 (profissionais) atribuiu a avaliação de “Aceitável”. Na tabela A14.29 encontram-se os dados da caracterização do ambiente térmico do PF1.

O ambiente térmico, de uma forma geral, no PF2, era desconfortável, mas sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical. Tal verificou-se nas secções 1, 2, 3 (profissional), 4.2 e 5, onde se encontravam perante ambiente térmico caracterizado como ligeiramente tépido, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

Nas secção 4.1 (profissionais) o ambiente térmico foi caracterizado como tépido, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical. E por último nas secções 3 (dador) e 4.1 (dador) o ambiente térmico foi descrito como confortável, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

O AA atribui a avaliação “Positiva” às secções 3 e 4.1 (dadores). Às secções 1, 2, 3 (profissional), 4.2 e 5 atribuiu a avaliação de “Aceitável”. Na secção 4.1 (profissionais) a avaliação do ambiente térmico foi considerada “Negativa”. Na tabela A14.30 encontram-se os dados da caracterização do ambiente térmico do PF2.

O ambiente térmico no PF3, de uma forma geral, era confortável, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical, nomeadamente nas secções 1, 2, 3, 4.1 (dadores), 4.2 (dadores) e 5. Nas secções 4.1 (profissionais) e 4.2 (profissionais) o ambiente térmico foi caracterizado como ligeiramente tépido, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

O AA atribui a avaliação “Positiva” às secções 1, 2, 3, 4.1 (dadores), 4.2 (dadores) e 5.

Relativamente às secções 4.1 (profissionais) e 4.2 (profissionais) o AA atribuiu a avaliação de “Aceitável”. Na tabela A14.31 encontram-se os dados da caracterização do ambiente térmico do PF3.

A avaliação geral do ambiente térmico no PF, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.28. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por BM.

Tabela A14.28: avaliação geral do ambiente térmico no PF.

Avaliação do ambiente térmico no PF, pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PF1 PF2 PF3 PF geral

1 4 3 4 Aceitável 3 2 4 3 4 Aceitável 3

3 4 3 4 Aceitável 3 4 3 2 3 Negativa 2

5 3 3 4 Aceitável 3

Tabela A14.29: Avaliação do ambiente térmico no PF1.

WBGT Ponderado Acção Limite PPD PD

ºC ºC ºC % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 23,0 19,0 23,5 62,0 0,01 20,1 0,29 7 Neutro

Abdómen 23,0 19,0 23,5 62,0 0,01 20,1 0,29 7 Neutro

Pes 23,0 19,0 23,5 62,0 0,01 20,1 0,29 7 Neutro

Cabeça 23,0 19,0 23,5 62,0 0,01 20,1 0,26 6 Neutro

Abdómen 23,0 19,0 23,5 62,0 0,01 20,1 0,26 6 Neutro

Pes 23,0 19,0 23,5 62,0 0,01 20,1 0,26 6 Neutro

Cabeça 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,5 10 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,5 10 Neutro

Pes 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,5 10 Neutro

Cabeça 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,24 6 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,24 6 Neutro

Pes 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,24 6 Neutro

Cabeça 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 -0,25 6 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 -0,25 6 Neutro

Pes 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 -0,25 6 Neutro

Cabeça 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,24 6 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,24 6 Neutro

Pes 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 0,24 6 Neutro

Cabeça 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 -0,25 6 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 -0,25 6 Neutro

Pes 24,0 19,0 24,0 62,0 0,01 20,8 -0,25 6 Neutro

Cabeça 24,0 18,5 24,0 60,0 0,03 20,6 1,17 34 ligeiramente tépido

Abdómen 24,0 18,5 24,0 60,0 0,03 20,6 1,17 34 ligeiramente tépido

Pes 24,0 18,5 24,0 60,0 0,03 20,6 1,17 34 ligeiramente tépido

Cabeça 24,0 18,5 24,0 60,0 0,03 20,6 0,48 10 Neutro

Abdómen 24,0 18,5 24,0 60,0 0,03 20,6 0,48 10 Neutro

Pes 24,0 18,5 24,0 60,0 0,03 20,6 0,48 10 Neutro

Cabeça 24,0 18,5 24,0 60,0 0,04 20,6 1 26 ligeiramente tépido

Abdómen 24,0 18,5 24,0 60,0 0,04 20,6 1 26 ligeiramente tépido

Pes 24,0 18,5 24,0 60,0 0,04 20,6 1 26 ligeiramente tépido

Cabeça 24,0 18,5 24,0 60,0 0,04 20,6 0,43 9 Neutro

Abdómen 24,0 18,5 24,0 60,0 0,04 20,6 0,43 9 Neutro

Pes 24,0 18,5 24,0 60,0 0,04 20,6 0,43 9 Neutro

Cabeça 25,5 19,0 24,0 55,0 0,01 20,7 0,56 11 ligeiramente tépido

Abdómen 25,5 19,0 24,0 55,0 0,01 20,7 0,56 11 ligeiramente tépido

Pes 25,5 19,0 24,0 55,0 0,01 20,7 0,56 11 ligeiramente tépido

Cabeça 25,5 19,0 24,0 55,0 0,01 20,7 0,47 10 Neutro

Abdómen 25,5 19,0 24,0 55,0 0,01 20,7 0,47 10 Neutro

Pes 25,5 19,0 24,0 55,0 0,01 20,7 0,47 10 Neutro

Metabolismo

global

Isolamento

térmico do

vestuário

WBGT Estado Térmico Corpo

Secção

Hora de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

humidade

relativa

velocidade

do ar

Avaliação PMV Avaliação Δta,v

Desconforto local por

diferença vertical

sem risco

de stress

térmico

0,0 0,3

0,0 0,3 Positiva 4

1 11h20

profissional 125,2 0,82

dador 125,6 0,82 20,1 26,7 29,6

sem risco

de stress

térmico

20,1 26,6 29,5

sem risco

de stress

térmico

Positiva

2 11h25 dador 131,9 0,82 20,8

sem risco

de stress

térmico

0 0,3 Positiva

4

3b 11h15

profissional 111,2 0,87 20,8 27,7 30,4

26,4 29,4

0,0

0 0,3 Positiva

0 0,3 Aceitável 3

dador 127,9 0,82 20,6 26,6

profissional 178,1 0,87 20,6 24,4 27,8

sem risco

de stress

térmico

27,7 30,4 0 0,3

0 0,3

0

5 11h35

profissional 127,5 0,87 20,7

29,5

sem risco

de stress

térmico

0

4.2 10h50

dador 125,6 0,82 20,7 29,6

sem risco

de stress

térmico

0

26,6 29,5

sem risco

de stress

térmico

0,82 20,8

4

0,3

26,7

28,2

profissional 111,2 0,87 20,8

sem risco

de stress

térmico

131,3 0,82 20,6 26,4 29,4

198,8 0,87 20,6 23,2 26,8

sem risco

de stress

térmico

30,9

sem risco

de stress

térmico

sem risco

de stress

térmico4.1 11h

profissional

dador 0

Positiva 4

3a 11h10

4dador 97,7 0,82 20,8 28,2 30,9

sem risco

de stress

térmico

0 0,3 Positiva 4

dador 97,7

Avaliação do Analista

Qualitativa Quantitativa

0,3 Positiva 4

Aceitável

0,3 Positiva 4

Positiva 4

3

Positiva 40,3

0,3 Aceitável 3

Tabela A14.30: Avaliação do ambiente térmico no PF2.

Tabela A14.31: Avaliação do ambiente térmico no PF3.

WBGT Ponderado Acção Limite PPD PD

ºC ºC ºC % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 24,5 19,5 24,5 65,0 0,01 21,5 0,66 14 l igeiramente tépido

Abdómen 24,5 19,5 24,5 65,0 0,01 21,5 0,66 14 l igeiramente tépido

Pes 24,5 19,5 24,5 65,0 0,01 21,5 0,66 14 l igeiramente tépido

Cabeça 24,5 19,5 24,5 65,0 0,01 21,5 0,55 11 l igeiramente tépido

Abdómen 24,5 19,5 24,5 65,0 0,01 21,5 0,55 11 l igeiramente tépido

Pes 24,5 19,5 24,5 65,0 0,01 21,5 0,55 11 l igeiramente tépido

Cabeça 25,5 20,0 25,5 60,0 0,01 21,9 0,83 20 l igeiramente tépido

Abdómen 25,5 20,0 25,5 60,0 0,01 21,9 0,83 20 l igeiramente tépido

Pes 25,5 20,0 25,5 60,0 0,01 21,9 0,83 20 l igeiramente tépido

Cabeça 27,0 20,0 26,0 53,0 0,01 22,1 0,81 19 l igeiramente tépido

Abdómen 27,0 20,0 26,0 53,0 0,01 22,1 0,81 19 l igeiramente tépido

Pes 27,0 20,0 26,0 53,0 0,01 22,1 0,81 19 l igeiramente tépido

Cabeça 27,0 20,0 26,0 53,0 0,01 22,1 0,38 8 Neutro

Abdómen 27,0 20,0 26,0 53,0 0,01 22,1 0,38 8 Neutro

Pes 27,0 20,0 26,0 53,0 0,01 22,1 0,38 8 Neutro

Cabeça 24,5 19,0 24,0 60,0 0,01 20,8 1,69 61 tépido

Abdómen 24,5 19,0 24,0 60,0 0,01 20,8 1,69 61 tépido

Pes 24,5 19,0 24,0 60,0 0,01 20,8 1,69 61 tépido

Cabeça 24,5 19,0 24,0 60,0 0,01 20,8 0,51 10 Neutro

Abdómen 24,5 19,0 24,0 60,0 0,01 20,8 0,51 10 Neutro

Pes 24,5 19,0 24,0 60,0 0,01 20,8 0,51 10 Neutro

Cabeça 25,0 19,0 24,5 58,0 0,01 21,1 0,98 25 l igeiramente tépido

Abdómen 25,0 19,0 24,5 58,0 0,01 21,1 0,98 25 l igeiramente tépido

Pes 25,0 19,0 24,5 58,0 0,01 21,1 0,98 25 l igeiramente tépido

Cabeça 25,0 19,0 24,5 58,0 0,01 21,1 0,56 12 l igeiramente tépido

Abdómen 25,0 19,0 24,5 58,0 0,01 21,1 0,56 12 l igeiramente tépido

Pes 25,0 19,0 24,5 58,0 0,01 21,1 0,56 12 l igeiramente tépido

Cabeça 24,5 19,0 24,5 60,0 0,01 21 0,64 14 l igeiramente tépido

Abdómen 24,5 19,0 24,5 60,0 0,01 21 0,64 14 l igeiramente tépido

Pes 24,5 19,0 24,5 60,0 0,01 21 0,64 14 l igeiramente tépido

Cabeça 24,5 19,0 24,5 60,0 0,01 21 0,51 11 l igeiramente tépido

Abdómen 24,5 19,0 24,5 60,0 0,01 21 0,51 11 l igeiramente tépido

Pes 24,5 19,0 24,5 60,0 0,01 21 0,51 11 l igeiramente tépido

Avaliação do Analista

Aceitável 3

Secção

Hora de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

humidade

relativa

velocidade

do ar

Avaliação PMV Avaliação Δta,v Qualitativa Quantitativa

Metabolismo

global

Isolamento

térmico do

vestuário

WBGT Estado Térmico Corpo Desconforto local por

diferença vertical

26,4

1 13h30

3

dador 124,9 0,82 21,5 26,7 29,6

sem

risco de

stress

térmico

0,0

26,5 29,5

sem

risco de

stress

térmico

0,0 0,3 Aceitávelprofissional 128,8 0,82 21,5

0,3

3 13h50

profissional 112,4 0,87 22,1 27,4 30,2

sem

risco de

stress

térmico

29,4

sem

risco de

stress

térmico

0 0,3 Aceitável 3

30,9

sem

risco de

stress

térmico

2 13h40 dador 131,2 0,82 21,9

4.1 13h00

profissional 260,0 0,87 20,8 21,6

dador 97,1 0,82 22,1 28,3

Positiva 4

0 0,3 Positiva 4

0 0,3 Aceitável 3

13h10

profissional 162,5 0,87 21,1 25,0 28,3

sem

risco de

stress

térmico

dador 130,6 0,82 20,8 26,4 29,4

sem

risco de

stress

térmico

0 0,3

25,5

sem

risco de

stress

térmico

0 0,3 Negativo 2

0 0,3 Aceitável 3

sem

risco de

stress

térmico

0 0,3 Aceitável

dador 124,9 0,82 21,0 26,7

3

5 13h20

profissional 130,1 0,87 21,0 26,6 29,5

sem

risco de

stress

térmico

dador 127,2 0,82 21,1 26,6 29,6

29,6

sem

risco de

stress

térmico

4.2

0 0,3 Aceitável 3

0,0 0,3 Aceitável 3

WBGT Pondera

doAcção Limite PPD PD

ºC ºC ºC % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,15 5 Neutro

Abdómen 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,15 5 Neutro

Pes 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,15 5 Neutro

Cabeça 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,36 8 Neutro

Abdómen 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,36 8 Neutro

Pes 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,36 8 Neutro

Cabeça 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,45 9 Neutro

Abdómen 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,45 9 Neutro

Pes 25,0 18,0 24,0 51,0 0,01 20,1 0,45 9 Neutro

Cabeça 26,0 18,0 24,0 48,0 0,01 20,2 0,01 5 Neutro

Abdómen 26,0 18,0 24,0 48,0 0,01 20,2 0,01 5 Neutro

Pes 26,0 18,0 24,0 48,0 0,01 20,2 0,01 5 Neutro

Cabeça 26,0 18,0 24,0 48,0 0,01 20,2 -0,29 7 Neutro

Abdómen 26,0 18,0 24,0 48,0 0,01 20,2 -0,29 7 Neutro

Pes 26,0 18,0 24,0 48,0 0,01 20,2 -0,29 7 Neutro

Cabeça 25,0 18,5 24,0 55,0 0,03 20,5 1,04 28 Tépido

Abdómen 25,0 18,5 24,0 55,0 0,03 20,5 1,04 28 Tépido

Pes 25,0 18,5 24,0 55,0 0,03 20,5 1,04 28 Tépido

Cabeça 25,0 18,5 24,0 55,0 0,03 20,5 0,46 10 Neutro

Abdómen 25,0 18,5 24,0 55,0 0,03 20,5 0,46 10 Neutro

Pes 25,0 18,5 24,0 55,0 0,03 20,5 0,46 10 Neutro

Cabeça 25,0 18,0 24,5 51,0 0,01 20,4 0,84 20 Ligeiramente tépido

Abdómen 25,0 18,0 24,5 51,0 0,01 20,4 0,84 20 Ligeiramente tépido

Pes 25,0 18,0 24,5 51,0 0,01 20,4 0,84 20 Ligeiramente tépido

Cabeça 25,0 18,0 24,5 51,0 0,01 20,4 0,48 10 Neutro

Abdómen 25,0 18,0 24,5 51,0 0,01 20,4 0,48 10 Neutro

Pes 25,0 18,0 24,5 51,0 0,01 20,4 0,48 10 Neutro

Cabeça 24,0 18,0 23,0 55,0 0,01 19,6 0,00 5 Neutro

Abdómen 24,0 18,0 23,0 55,0 0,01 19,6 0,00 5 Neutro

Pes 24,0 18,0 23,0 55,0 0,01 19,6 0,00 5 Neutro

Cabeça 24,0 18,0 23,0 55,0 0,01 19,6 0,14 5 Neutro

Abdómen 24,0 18,0 23,0 55,0 0,01 19,6 0,14 5 Neutro

Pes 24,0 18,0 23,0 55,0 0,01 19,6 0,14 5 Neutro

Secção

Hora

de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

humidade

relativa

velocidade

do ar

Avaliação PMV Avaliação Δta,v Qualitativa Quantitativa

Metabolismo

global

Isolamento

térmico do

vestuário

WBGT Estado Térmico Corpo Desconforto local por

diferença verticalAvaliação do Analista

4

dador 122,9 0,82 20,1 26,8 29,7sem risco

de stress

térmico0,0

27,5 30,2sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivoprofiss ional 110,7 0,82 20,1

0,3 Positivo 4

2 13h40 dador 129,0 0,82 20,1 26,5

1 13h30

3 13h50

profiss ional 101,2 0,87 20,2 28,0 30,7sem risco

de stress

térmico

29,5sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo 4

Positivo 4

0,0 0,3 Positivo 4

dador 31sem risco

de stress

térmico0,0 0,3

4.2 13h10

profiss ional 151,9 0,87 20,4 25,5

4.1

0,3

28,6sem risco

de stress

térmico0,0 0,3

95,6 0,82 20,2 28,4

13h00

profiss ional 179,7 3

dador 128,4 0,82 20,5 26,6 29,5sem risco

de stress

térmico0,0

24,0 27,4sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável0,87 20,5

Aceitável 3

0,3 Positivo 4

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo

Positivo 4

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo 4

5 13h20

profiss ional 112,0 0,87 19,6 27,4 30,2

dador 125,1 0,82 20,4 26,7 29,6sem risco

de stress

térmico0,0

4dador 122,9 0,82 19,6 26,8 29,7

4.2. Posto Móvel

No PM1 o ambiente térmico foi caracterizado na maioria das secções como ligeiramente tépido, mas sem risco para a saúde dos utilizadores e sem desconforto local por diferença vertical, nomeadamente nas secções 1, 3 (profissional), 4 (do dador) e 5. A secção 4 (profissional) apresentou um ambiente térmico considerado tépido, mas sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical. E por último as secções 2 e 3 (dador) apresentaram um ambiente térmico confortável, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

Neste PM1 constatou-se que a secção 4 foi o local com a temperatura ligeiramente mais elevada comparativamente às outras secções e onde a atividade dos profissionais foi mais elevada. A localização e parqueamento do PM1 também foi pertinente para esta análise uma vez que as secções mais expostas à exposição solar foram as secções 4 e 5, durante todo o período de funcionamento do PM1.

O AA atribuiu no PM1 nas secções 2 e 3 (dador) uma avaliação “Positiva”. As secções 1, 3 (profissional), 4 (dador) e 5 apresentaram uma avaliação “Aceitável” e a secção 4 (profissional) uma avaliação “Negativa”. Na tabela A14.33 encontram-se os dados da avaliação do ambiente térmico do PM1.

No PM2 o ambiente térmico foi caracterizado na maioria das secções como confortável, sem risco para a saúde dos utilizadores e sem desconforto local por diferença vertical, nomeadamente as secções 1, 3, 4 (dador) e 5 (dador).

A secção 2 apresentou uma avaliação de ambiente térmica de ligeiramente fresca, mas sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical e a secção 5 (profissional) apresentou um ambiente térmico considerado ligeiramente tépido, mas sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

A secção 4 (profissionais) teve a avaliação menos confortável em relação às outras secções, pois o ambiente térmico foi considerado tépido, mas sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical, ao nível da cabeça e abdómen e ao nível dos pés este foi considerado ligeiramente tépido, sem riscos para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical. Esta diferença observada na secção 4 (profissionais) pode ser justificada pela velocidade do ar ligeiramente superior, ao nível dos pés, uma diferença de 1oC na temperatura do ar e na temperatura de globo e ainda uma diferença de 0,5ºC na temperatura húmida, ao nível dos pés.

O AA atribuiu ao PM2 nas secções 1, 3, 4 (dador) e 5 (dador) uma avaliação “Positiva”. As secções 2 e 5 (profissional) apresentaram uma avaliação “Aceitável”. E por último a secção 4 (profissional) apresentou uma classificação “Negativa”. Na tabela A14.34 encontram-se os dados da avaliação do ambiente térmico do PM2.

O ambiente térmico no PM3 foi caracterizado na maioria das secções como confortável, sem riscos para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical. Tal verificou-se nas secções 1,2 4 (dador) e 5 (dador). Nas secções 3, 4 (profissional) e 5 (profissional) o ambiente térmico foi caracterizado como ligeiramente tépido, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

O PM3 foi avaliado pelo AA nas secções 1,2 4 (dador) e 5 (dador) como “Positivo”, nas secções 3, 4 (profissional) e 5 (profissional) como “Aceitável”. Na tabela A14.35 encontram-se os dados da avaliação do ambiente térmico do PM2.

A avaliação geral do ambiente térmico no PM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.32. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PM.

Tabela A14.32: avaliação geral do ambiente térmico no PM.

Avaliação do ambiente térmico no PM, pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PM1 PM2 PM3 PM geral 1 3 4 3 Aceitável 3

2 4 3 4 Aceitável 3

3 3 4 3 Aceitável 3

4 2 2 3 Negativa 2

5 3 3 3 Aceitável 3

4.3. Brigadas Móveis

Na BM1 o ambiente térmico foi caracterizado na maioria das secções como confortável, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical. Porém, existiram secções onde o ambiente térmico foi considerado desconfortável mas sem risco para a saúde.

As secções 4b, 4c e 4d (profissional) foram caracterizadas num ambiente térmico quente mas sem risco para a saúde e sem desconforto vertical. Tal facto ocorre devido ao tipo de atividade que os utilizadores desenvolvem e ao vestuário utilizado. No caso dos profissionais, estes tinham de usar obrigatoriamente uma bata de proteção sob o vestuário durante o período de trabalho e constatou-se que a sua taxa metabólica era superior à dos dadores.

Na secção 4a e na secção 5 os profissionais estão perante um ambiente térmico ligeiramente quente e sem risco para a saúde e os dadores nesta secção estão perante um ambiente neutro sem risco para a saúde.

Nas secções 2, 3a e 3b, ao nível dos dadores, o ambiente térmico foi caracterizado como ligeiramente fresco e sem risco para a saúde.

Na BM1 o AA atribui à secção 1, 3 (profissionais), 4 (dadores) e 5 (dadores) uma avaliação “Positiva”, às secções 4 e 5 ao nível dos profissionais e as secções 2 e 3 ao nível dos dadores um avaliação “Aceitável” e às secções 4b, 4c e 4d, ao nível dos profissionais, uma avaliação “Negativa”. Na tabela A.14.36 encontra-se a avaliação do ambiente térmico da BM1.

A BM2, de uma forma geral, apresentou um ambiente térmico confortável, sem risco para a saúde para os utilizadores e sem desconforto local por diferença vertical. Contudo, existem secções onde o ambiente térmico foi caracterizado como desconfortável, mas sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

A secção 3 (dador) foi caracterizada num ambiente térmico fresco, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical, mas ao nível do profissional esta secção caracterizou-se como um ambiente térmico ligeiramente fresco, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

Na secção 2 os dadores estão perante um ambiente térmico ligeiramente fresco, mas sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

Tabela A14.33: Avaliação do ambiente térmico no PM1.

WBGT Ponderado Acção Limite PPD PD

ºC ºC ºC % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 27,5 19,5 28,0 48,0 0,10 22,7 0,99 26 ligeiramente tépido

Abdómen 27,5 19,5 28,0 48,0 0,10 22,7 0,99 26 ligeiramente tépido

Pes 27,5 20,0 28,0 50,0 0,00 22,9 1 26 ligeiramente tépido

Cabeça 27,5 19,5 28,0 48,0 0,10 22,7 0,84 20 ligeiramente tépido

Abdómen 27,5 19,5 28,0 48,0 0,10 22,7 0,84 20 ligeiramente tépido

Pes 27,5 20,0 28,0 50,0 0,00 22,9 0,86 21 ligeiramente tépido

Cabeça 27,0 19,0 25,0 47,0 0,23 20,8 -0,21 6 Neutro

Abdómen 27,0 19,0 25,0 47,0 0,11 21 0,06 5 Neutro

Pes 27,0 19,0 25,0 47,0 0,09 21 0,06 5 Neutro

Cabeça 26,0 18,5 26,5 48,0 0,10 21,4 0,76 17 ligeiramente tépido

Abdómen 26,0 18,5 26,5 48,0 0,10 21,4 0,76 17 ligeiramente tépido

Pes 25,5 18,5 26,5 54,0 0,09 21,8 0,77 18 ligeiramente tépido

Cabeça 26,0 18,5 26,5 48,0 0,10 21,4 -0,43 9 Neutro

Abdómen 26,0 18,5 26,5 48,0 0,10 21,4 -0,43 9 Neutro

Pes 25,5 18,5 26,5 54,0 0,09 21,8 -0,42 9 Neutro

Cabeça 28,0 19,5 29,0 46,0 0,27 22,9 1,82 68 tépido

Abdómen 28,0 19,5 29,0 46,0 0,27 22,9 1,82 68 tépido

Pes 27,5 19,5 29,0 48,0 0,35 22,9 1,79 66 tépido

Cabeça 28,0 19,5 29,0 46,0 0,27 22,9 0,95 24 ligeiramente tépido

Abdómen 28,0 19,5 29,0 46,0 0,27 22,9 0,95 24 ligeiramente tépido

Pes 28,0 19,5 29,0 46,0 0,27 22,9 0,95 24 ligeiramente tépido

Cabeça 28,0 19,0 29,0 47,0 0,35 22,8 1,46 49 ligeiramente tépido

Abdómen 28,0 19,0 29,0 47,0 0,35 22,8 1,46 49 ligeiramente tépido

Pes 28,0 19,5 28,5 46,0 0,40 22,7 1,36 43 ligeiramente tépido

Cabeça 28,0 19,0 29,0 47,0 0,35 22,8 0,79 18 ligeiramente tépido

Abdómen 28,0 19,0 29,0 47,0 0,35 22,8 0,79 18 ligeiramente tépido

Pes 28,0 19,5 28,5 46,0 0,40 22,7 0,61 13 ligeiramente tépido

WBGT

Secção

Hora

de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

humidade

relativa

velocidade

do ar

Metabolismo

global

Isolamento

térmico do

vestuário Resultado

Estado Térmico Corpo Desconforto local

difença vertical

PMV Resultado Δta,v

Avaliação Analista

qualitativa quantitativa

1 16h30

profiss ional 132,3 0,47 22,8 26,2 29,2sem risco de

stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

dador 120,2 0,47 22,8 27,0 29,9sem risco de

stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

2 18h dador 120,9 0,47 21,0 27,0 29,9sem risco de

stress

térmico0,0 0,3 Positiva 4

3 16h35

profiss ional 117,5 0,77 21,5 27,0 29,9sem risco de

stress

térmico0,5 0,5 Aceitável 3

dador 93,5 0,47 21,5 28,5 31,1sem risco de

stress

térmico0,5 0,5 Positiva 4

4 16h10

profiss ional 211,1 0,77 22,9sem risco de

stress

térmico0,5 0,5 Negativa 2

dador 125,8 0,47 22,9 26,7 29,6sem risco de

stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

23,2 26,8

5 16h15

profiss ional 156,8 0,77 22,8 24,9 28,1sem risco de

stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

dador 120,2 0,47 22,8 27,0 29,9sem risco de

stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

Tabela A14.34: Avaliação do ambiente térmico no PM2.

Tabela A14.35: Avaliação do ambiente térmico no PM3.

PPD PD

ºC ºC ºC % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 24,0 20,0 24,5 70,0 0,10 21,7 0,33 7 Neutro

Abdómen 24,0 20,0 24,5 70,0 0,10 21,7 0,33 7 Neutro

Pes 24,0 20,0 24,5 70,0 0,10 21,7 0,33 7 Neutro

Cabeça 24,0 20,0 24,5 70,0 0,10 21 0,5 5 Neutro

Abdómen 24,0 20,0 24,5 70,0 0,10 21,2 0,28 5 Neutro

Pes 24,0 20,0 24,5 70,0 0,10 21,2 0,28 5 Neutro

Cabeça 23,0 18,0 23,5 62,0 0,40 19,9 -1,07 29 ligeiramente fresco

Abdómen 23,0 18,0 23,5 62,0 0,40 19,9 -1,07 29 ligeiramente fresco

Pes 23,0 18,0 23,5 62,0 0,40 19,9 -1,07 29 ligeiramente fresco

Cabeça 25,0 19,0 24,5 58,0 0,10 21,1 0,48 10 Neutro

Abdómen 25,0 19,0 24,5 58,0 0,10 21,1 0,48 10 Neutro

Pes 25,0 19,0 24,5 58,0 0,10 21,1 0.48 10 Neutro

Cabeça 25,0 19,0 24,5 58,0 0,10 21,1 -0,86 21 ligeiramente fresco

Abdómen 25,0 19,0 24,5 58,0 0,10 21,1 -0,86 21 ligeiramente fresco

Pes 25,0 19,0 24,5 58,0 0,10 21,1 -0,86 21 ligeiramente fresco

Cabeça 24,0 19,0 24,0 63,0 0,10 20,9 21,8 25,7 1,75 64 tépido

Abdómen 24,0 19,0 24,0 63,0 0,10 20,9 21,8 25,7 1,75 64 tépido

Pes 23,0 18,5 23,0 65,0 0,30 20 21,8 25,7 1,45 48 Ligeiramente tépido

Cabeça 24,0 19,0 24,0 63,0 0,10 20,9 -0,07 5 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 24,0 63,0 0,10 20,9 -0,07 5 Neutro

Pes 24,0 19,0 24,0 63,0 0,10 20,9 -0,07 5 Neutro

Cabeça 24,0 19,0 26,0 61,0 0,20 21,5 1,02 27 Ligeiramente tépido

Abdómen 24,0 19,0 26,0 61,0 0,20 21,5 1,02 27 Ligeiramente tépido

Pes 24,0 19,0 26,0 61,0 0,20 21,5 1,02 27 Ligeiramente tépido

Cabeça 24,0 19,0 26,0 61,0 0,20 21,6 0,28 7 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 26,0 61,0 0,20 21,6 0,28 7 Neutro

Pes 24,0 19,0 26,0 61,0 0,20 21,6 0,28 7 Neutro

Avaliação Analista

qualitativa quantitativa

26,7

0,3 Aceitável 3

dador 125,6 0,47 21,6 29,6sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo 4

21,5 24,4 27,7sem risco

de stress

térmico0,0

5 15h40

Negativa 20,77 20,7

26,7 29,6

profiss ional 170,6

26,4 29,4sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo 4

0,77

2

4 15h30

profiss ional 274,2

dador 97,7 0,47 21,1 28,2 30,9sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo 4

dador 131,3 0,47 20,9

sem risco

de stress

térmico1,0 0,7

21,7 25,7 28,8

3 15h20

profiss ional 125,9 0,77 21,1 26,6 29,6sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo 4

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 30,47 19,9

humidade

relativa

velocidade

do ar

Metabolismo

global

15h10 dador 126,3

dador 125,6 0,47 21,2 26,5 29,5sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo 4

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivo 40,47

Isolamento

térmico do

vestuário

WBGTWBGT

Ponderado

1 15h00

profiss ional 145,5

PMV Resultado Δta,v

WBHT

Acção

WBHT

Limite Resultado

Estado Térmico Corpo Desconforto local

difença verticalSecção

Hora de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

WBGT Ponderado Acção Limite PPD PD

0C 0C 0C % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 24,0 19,0 25,0 62 0,10 21,2 0,65 14 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 25,0 62 0,10 21,2 0,65 14 Neutro

Pes 24,0 19,0 25,0 62 0,30 21,1 0,38 8 Neutro

Cabeça 24,0 19,0 25,0 62 0,10 21,2 0,28 7 Neutro

Abdómen 24,0 19,0 25,0 62 0,10 21,2 0,28 7 Neutro

Pes 24,0 19,0 25,0 62 0,30 21,1 -0,09 5 Neutro

Cabeça 24,0 18,0 25,5 66 0,20 21,7 0,22 6 Neutro

Abdómen 24,0 18,0 25,5 66 0,20 21,7 0,22 6 Neutro

Pes 24,0 18,0 25,5 66 0,40 21,6 -0,02 5 Neutro

Cabeça 26,0 18,5 29,0 49 0,20 22,5 1,21 36 ligeiramente tépido

Abdómen 26,0 18,5 29,0 49 0,20 22,5 1,21 36 ligeiramente tépido

Pes 26,5 19,0 29,0 50 0,05 23 1,35 43 ligeiramente tépido

Cabeça 26,0 18,5 29,0 49 0,20 22,5 0,59 12 ligeiramente tépido

Abdómen 26,0 18,5 29,0 49 0,20 22,5 0,59 12 ligeiramente tépido

Pes 26,5 19,0 29,0 50 0,05 23 0,84 20 ligeiramente tépido

Cabeça 24,0 20,0 25,0 70 0,30 21,8 1,29 40 ligeiramente tépido

Abdómen 24,0 20,0 25,0 70 0,30 21,8 1,29 40 ligeiramente tépido

Pes 23,0 19,5 25,0 73 0,40 21,6 1,21 36 ligeiramente tépido

Cabeça 24,0 20,0 25,0 70 0,30 21,8 0,08 5 Neutro

Abdómen 24,0 20,0 25,0 70 0,30 21,8 0,08 5 Neutro

Pes 24,0 20,0 25,0 70 0,30 21,8 0,08 5 Neutro

Cabeça 25,0 20,0 25,0 63 0,30 21,6 0,75 17 ligeiramente tépido

Abdómen 25,0 20,0 25,0 63 0,30 21,6 0,75 17 ligeiramente tépido

Pes 24,0 19,0 25,0 64 0,40 21,2 0,75 17 ligeiramente tépido

Cabeça 25,0 20,0 25,0 63 0,30 21,6 0 5 Neutro

Abdómen 25,0 20,0 25,0 63 0,30 21,6 0 5 Neutro

Pes 24,0 19,0 25,0 64 0,40 21,2 26,5 -0,18 6 Neutro

0,7

0,3

0,7

0,3

0,3

0,2

0,2

26,3

3

3

3

4

3

-0,5 Aceitável

Aceitável-0,5

0,3

220,8

Metabolismo

global

Isolamento

térmico do

vestuário

26,8 29,7

29,526,5

26,5 29,5

27,2 30

0,77 22,6

Positiva

1 Aceitável

0 Positiva

30,8

26,622,9

0,0 Aceitável

0,0 Positiva

4

3

4

4

28,1

dador 128,9 0,57 21,5

sem risco

de stress

térmico

0,77 21,5

sem risco

de stress

térmico

29,526,5

dador 100,3 0,57 22,6

sem risco

de stress

térmico

1 Positiva

1 Aceitável

0

0,7

26,3

5 16h40

profiss ional 158,8

0,77 21,8

sem risco

de stress

térmico

dador 138,2 0,57 21,8

sem risco

de stress

térmico

4 16h30

profiss ional

24,8 28,1

3 16h20

profiss ional 121,7

sem risco

de stress

térmico

2 16h10 dador 129,7 0,57 21,7

sem risco

de stress

térmico

1 16h00

profiss ional 139,8 0,72 21,2

dador 128,9 0,57

sem risco

de stress

térmico

sem risco

de stress

térmico

21,2

Secção

Hora

de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

humidad

e relativa

velocidade

do ar

Desconforto local

por diferença

vertical

Δta,vPMV Avaliação

Estado Térmico Corpo

Avaliação

WBGT Avaliação do Analista

qualitativa quantitativa

Nas secções 4b, 4c e 4d verificou-se desconforto para profissionais e para dadores. Para os profissionais este ambiente caracterizou-se por ser ligeiramente quente, sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical e para os dadores por ser ligeiramente fresco sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical. Os valores do PMV-PPD para os dadores encontram-se nos limites de avaliação de um ambiente ligeiramente fresco a neutro.

Em termo de avaliação do AA a BM2 apresenta a secção 1, secção 4a e a secção 5 com uma avaliação “Positiva”, as secções 2, 3 (profissionais), 4b, 4c e 4d com a avaliação “Aceitável” e a secção 3 (dadores) com a avaliação “Negativa”.

Na BM3 o ambiente térmico foi caracterizado, na maioria das secções, como confortável, sem risco para a saúde dos utilizadores e sem desconforto local por diferença vertical. No entanto, existem secções onde o ambiente térmico é caracterizado como desconfortável, mas sem risco para a saúde e sem desconforto local por diferença vertical.

A destacar as secções 4b, 4c e 4d (profissionais) onde o ambiente térmico foi caracterizado como quente, mas sem risco para a saúde dos utilizadores e sem desconforto local por diferença vertical, tal situação verifica-se uma vez que estes profissionais apresentavam uma atividade física mais intensa e usavam a bata de proteção.

Nas secções 4a (profissionais) e 5 (dador) o ambiente térmico é ligeiramente tépido, sem risco para a saúde dos utilizadores e sem desconforto local por diferença vertical. Nas secções 3a e 3b ao nível dos dadores o ambiente térmico é ligeiramente fresco, sem risco para a saúde dos utilizadores e sem desconforto local por diferença vertical.

Na BM3 o AA avaliou as secções 1, 2, 3 (dador), 4 a (dador), 4b, 4c, 4d (dador) e 5 (dador) como “Positivas”. As secções 3a e 3b (ao nível dos dadores), 4 hem (ao nível dos profissionais), 5 (ao nível dos profissionais) foram avaliadas como “Aceitáveis”. E por último a secção 4b, 4c e 4d (profissionais) como “Negativa”.

A avaliação geral do ambiente térmico nas BM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.36. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por BM.

Tabela A14.36: avaliação geral do ambiente térmico nas BM.

Avaliação do ambiente térmico nas BM, pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

BM1 BM2 BM3 BM geral

1 4 4 4 Positiva 4

2 3 3 4 Aceitável 3

3 3 2 3 Negativa 2

4 2 3 2 Negativa 2

5 3 4 3 Aceitável 3

Tabela A14.37: Avaliação do ambiente térmico na BM1.

WBGT Ponderado Acção Limite PPD PD

ºC ºC ºC % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 20,5 17,0 20,5 70,0 0,01 18,2 0,06 5 Neutro

Abdómen 20,5 17,0 20,5 70,0 0,01 18,2 0,06 5 Neutro

Pes 20,5 17,0 20,5 70,0 0,01 18,2 0,06 5 Neutro

Cabeça 20,5 17,0 20,5 70,0 0,01 18,2 -0,27 6 Neutro

Abdómen 20,5 17,0 20,5 70,0 0,01 18,2 -0,27 6 Neutro

Pes 20,5 17,0 20,5 70,0 0,01 18,2 -0,27 6 Neutro

Cabeça 19,5 16,5 20,5 72,0 0,01 17,9 -0,59 12 ligeiramente fresco

Abdómen 19,5 16,5 20,5 72,0 0,01 17,9 -0,59 12 ligeiramente fresco

Pes 19,5 16,5 20,5 72,0 0,01 17,9 -0,59 12 ligeiramente fresco

Cabeça 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -0,27 6 Neutro

Abdómen 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -0,27 6 Neutro

Pes 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -0,27 6 Neutro

Cabeça 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -1,30 40 ligeiramente fresco

Abdómen 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -1,30 40 ligeiramente fresco

Pes 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -1,30 40 ligeiramente fresco

Cabeça 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -0,27 6 Neutro

Abdómen 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -0,27 6 Neutro

Pes 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -0,27 6 Neutro

Cabeça 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -1,30 40 ligeiramente fresco

Abdómen 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -1,30 40 ligeiramente fresco

Pes 21,0 17,0 20,0 68,0 0,00 18 -1,30 40 ligeiramente fresco

Cabeça 22,0 17,5 21,5 65,0 0,00 19 1,03 27 ligeiramente quente

Abdómen 22,0 17,5 21,5 65,0 0,00 19 1,05 27 ligeiramente quente

Pes 22,0 17,5 21,5 65,0 0,00 19 1,03 27 ligeiramente quente

Cabeça 22,0 17,5 21,5 65,0 0,00 19 0,13 5 Neutro

Abdómen 22,0 17,5 21,5 65,0 0,00 19 0,13 5 Neutro

Pes 22,0 17,5 21,5 65,0 0,00 19 0,13 5 Neutro

Cabeça 23,0 17,5 21,0 58,0 0,00 18,5 1,63 58 Quente

Abdómen 23,0 17,5 21,0 58,0 0,00 18,5 1,63 58 Quente

Pes 23,0 17,5 21,0 58,0 0,00 18,5 1,63 58 Quente

Cabeça 23,0 17,5 21,0 58,0 0,00 18,5 0,03 5 Neutro

Abdómen 23,0 17,5 21,0 58,0 0,00 18,5 0,03 5 Neutro

Pes 23,0 17,5 21,0 58,0 0,00 18,5 0,03 5 Neutro

Cabeça 21,0 17,0 20,5 68,0 0,01 18,3 0,57 12 ligeiramente quente

Abdómen 21,0 17,0 20,5 68,0 0,01 18,3 0,57 12 ligeiramente quente

Pes 21,0 17,0 20,5 68,0 0,01 18,3 0,57 12 ligeiramente quente

Cabeça 21,0 17,0 20,5 68,0 0,01 18,3 -0,25 5 Neutro

Abdómen 21,0 17,0 20,5 68,0 0,01 18,3 -0,25 5 Neutro

Pes 21,0 17,0 20,5 68,0 0,01 18,3 -0,25 5 Neutro

WBGT

0,3 Positiva 4

3

dador 123,5 0,92 18,3 26,8 29,7sem risco

de stress

térmico0,0

24,2 27,6sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável

5 15h15

profissional 187,8 0,87 18,3

26,4 29,4sem risco

de stress

térmico

4b,4c

e 4d14h55

profissional 295,2 0,87 18,5

dador 131,2 0,92 18,5

21,5 25,4

0,0 0,3 Positiva

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Negativo 2

4

31sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

0,0 0,3 Positiva 4

dador 96,1 0,92 18,0 28,4

3b 15h45

profissional 133,2 0,87 18,0 25,8 28,9sem risco

de stress

térmico

30,2sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

3a 15h40

4

2 15h30 dador 113,3 0,92 17,9 27,4

1 15h25

4

dador 123,5 0,92 18,2 26,8 29,7sem risco

de stress

térmico0,0

25,8 28,9sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivaprofissional 142,3 0,92 18,2

0,3 Positiva

Secção

Hora de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

humidade

relativa

velocidade

do ar

Avaliação Analista

Qualitativa QuantitativaResultado

Estado Térmico Corpo Desconforto local

difença vertical

PMV Resultado Δta,v

Metabolismo

global

Isolamento

térmico do

vestuário

4a 14h50

profissional

dador

223,3 0,87

132,9 0,92

19,0

19,0

23,2 26,8

26,4 29,3

Aceitável 3

Positiva 4

sem risco

de stress

térmico

sem risco

de stress

térmico

0,0 0,3

0,0 0,3

Positiva 4

dador 96,1 0,92 18,0 28,4 31sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

profissional 130,5 0,87 18,0 25,8 28,9sem risco

de stress

térmico0,0 0,3

Tabela A14.38: Avaliação do ambiente térmico na BM2.

WBGT Ponderado Acção Limite PPD PD

ºC ºC ºC % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,46 9 Neutro

Abdómen 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,46 9 Neutro

Pes 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,46 9 Neutro

Cabeça 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,44 9 Neutro

Abdómen 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,44 9 Neutro

Pes 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,44 9 Neutro

Cabeça 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,71 16 ligeiramente fresco

Abdómen 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,71 16 ligeiramente fresco

Pes 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,71 16 ligeiramente fresco

Cabeça 19,0 16,5 18,5 77,0 0,00 17,1 -0,68 15 ligeiramente fresco

Abdómen 19,0 16,5 18,5 77,0 0,00 17,1 -0,68 15 ligeiramente fresco

Pes 19,0 16,5 18,5 77,0 0,00 17,1 -0,68 15 ligeiramente fresco

Cabeça 19,0 16,5 18,5 77,0 0,00 17,1 -1,56 54 Fresco

Abdómen 19,0 16,5 18,5 77,0 0,00 17,1 -1,56 54 Fresco

Pes 19,0 16,5 18,5 77,0 0,00 17,1 -1,56 54 Fresco

Cabeça 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,14 5 ligeiramente fresco

Abdómen 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,14 5 ligeiramente fresco

Pes 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,14 5 ligeiramente fresco

Cabeça 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,47 10 Neutro

Abdómen 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,47 10 Neutro

Pes 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,47 10 Neutro

Cabeça 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 0,85 20ligeiramente

quenteAbdómen 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 0,85 20

ligeiramente

quentePes 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 0,85 20

ligeiramente

quenteCabeça 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,51 10 ligeiramente fresco

Abdómen 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,51 10 ligeiramente fresco

Pes 19,0 16,0 18,0 73,0 0,00 16,6 -0,51 10 ligeiramente fresco

Cabeça 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 0,16 6 Neutro

Abdómen 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 0,16 6 Neutro

Pes 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 0,16 6 Neutro

Cabeça 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,44 9 Neutro

Abdómen 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,44 9 Neutro

Pes 20,0 17,0 19,0 73,0 0,02 17,5 -0,44 9 Neutro

WBGT Metabolismo

global

Isolamento

térmico do

vestuárioSecção

Hora de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

humidade

relativa

velocidade

do ar Resultado

Estado Térmico Corpo Desconforto

local difença

vertical

Avaliação Analista

PMV Resultado Δta,v Qualitativa Quantitativa

4

dador 125,6 0,95 17,5 26,7 29,6sem risco

de stress

térmico0,0

26,6 29,5sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivaprofissional 125,1 0,95 17,5

0,3 Positiva 4

2 10h35 dador 115,1 0,95 17,5 27,2

1 10h35

3 9h15

profissional 125,1 0,90 17,1 26,6 29,5sem risco

de stress

térmico

30,1sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

30,9sem risco

de stress

térmico

Positiva 4

dador 97,7 0,95 17,1 28,2

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3

0,0 0,3 Negativa 2

0,0 0,3 Aceitável 3

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positiva 4profissional 157,5 0,90 16,6 25,3

9h50

profissional 250,2 0,90 16,6 22,1 25,9sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

4a 9h30

28,5

dador 135,0 0,95 16,6 26,3 29,3

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável

dador 125,6 0,95 17,5 26,7

3dador 133,4 0,95 16,6 26,4 29,3

4b,

4c e

4d

0,0 0,3 Positiva 4

0,0 0,3 Positiva 4

5 15h15

profissional 166,8 0,90 17,5 25,0 28,2sem risco

de stress

térmico

29,6sem risco

de stress

térmico

Tabela A14.39:Avaliação do ambiente térmico na BM3.

WBGT Ponderado Acção Limite PPD PD

ºC ºC ºC % m/s2 w clo ºC ºC ºC ºC % %

Cabeça 21,0 15,5 20,5 53,0 0,01 17 0,06 5 Neutro

Abdómen 21,0 15,5 20,5 53,0 0,01 17 0,06 5 Neutro

Pes 21,0 15,5 20,5 53,0 0,01 17 0,06 5 Neutro

Cabeça 21,0 15,5 20,5 53,0 0,01 17 0,11 5 Neutro

Abdómen 21,0 15,5 20,5 53,0 0,01 17 0,11 5 Neutro

Pes 21,0 15,5 20,5 53,0 0,01 17 0,11 5 Neutro

Cabeça 20,0 16,0 20,0 67,0 0,01 17,5 -0,19 6 Neutro

Abdómen 20,0 16,0 20,0 67,0 0,01 17,5 -0,19 6 Neutro

Pes 20,0 16,0 20,0 67,0 0,01 17,5 -0,19 6 Neutro

Cabeça 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 0,24 6 Neutro

Abdómen 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 0,24 6 Neutro

Pes 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 0,24 6 Neutro

Cabeça 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 -0,77 18 Ligeiramente fresco

Abdómen 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 -0,77 18 Ligeiramente fresco

Pes 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 -0,77 18 Ligeiramente fresco

Cabeça 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 0,28 7 Neutro

Abdómen 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 0,28 7 Neutro

Pes 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 0,28 7 Neutro

Cabeça 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 -0,77 18 Ligeiramente fresco

Abdómen 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 -0,77 18 Ligeiramente fresco

Pes 21,0 16,0 21,5 60,0 0,00 18,1 -0,77 18 Ligeiramente fresco

Cabeça 22,0 17,0 21,0 59,0 0,01 18,2 0,95 24 Ligeiramente tépido

Abdómen 22,0 17,0 21,0 59,0 0,01 18,2 0,95 24 Ligeiramente tépido

Pes 22,0 17,0 21,0 59,0 0,01 18,2 0,95 24 Ligeiramente tépido

Cabeça 22,0 17,0 21,0 59,0 0,01 18,2 0,27 7 Neutro

Abdómen 22,0 17,0 21,0 59,0 0,01 18,2 0,27 7 Neutro

Pes 22,0 17,0 21,0 59,0 0,01 18,2 0,27 7 Neutro

Cabeça 22,0 16,5 22,0 53,0 0,00 18,1 1,73 63 Tépido

Abdómen 22,0 16,5 22,0 53,0 0,00 18,1 1,73 63 Tépido

Pes 22,0 16,5 22,0 53,0 0,00 18,1 1,73 63 Tépido

Cabeça 22,0 16,5 22,0 53,0 0,00 18,1 0,18 6 Neutro

Abdómen 22,0 16,5 22,0 53,0 0,00 18,1 0,18 6 Neutro

Pes 22,0 16,5 22,0 53,0 0,00 18,1 0,18 6 Neutro

Cabeça 21,0 15,5 20,5 52,0 0,03 16,9 0,58 12 Ligeiramente tépido

Abdómen 21,0 15,5 20,5 52,0 0,03 16,9 0,58 12 Ligeiramente tépido

Pes 21,0 15,5 20,5 52,0 0,03 16,9 0,58 12 Ligeiramente tépido

Cabeça 21,0 15,5 20,5 52,0 0,03 16,9 -0,16 6 Neutro

Abdómen 21,0 15,5 20,5 52,0 0,03 16,9 -0,16 6 Neutro

Pes 21,0 15,5 20,5 52,0 0,03 16,9 -0,16 6 Neutro

Metabolismo

global

Isolamento

térmico do

vestuárioSecção

Hora de

recolha

de

dados

utilizador localização

temperatura

do ar

temperatura

húmida

temperatura

de globo

humidade

relativa

velocidade

do ar Resultado

Estado Térmico Corpo Desconforto local

difença verticalAvaliação Analista

observaçõesPMV Resultado Δta,v

dador 123,5 1,04 17,0 26,1 29,1sem risco

de stress

térmico0,0

26,8 29,7sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivaprofissional 135,9 1,04 17,0

0,3 Positiva

2 11h30 dador 125,0 1,04 17,5 26,7

1 11h40

dador 96,1 1,04 18,1 28,4

3a 12h30

profissional 135,9 1,04 18,1 26,1 29,1sem risco

de stress

térmico

29,6sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positiva 4

31sem risco

de stress

térmico

dador 96,1 1,04 18,1 28,4 31sem risco

de stress

térmico0,0

26,1 29,1sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positivaprofissional 138,6 0,99 18,1

0,3 Aceitável 3

4

4a 12h20

profissional 211,8 0,99 18,2 23,5

3b 12h35

dador 139,6 1,04 18,2 26,0 29,1sem risco

de stress

térmico0,0 0,3

27sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Aceitável 3

Positiva 4

4b,

4c,

4d,

4e e

4f

0,0 0,3 Negativa 2

sem risco

de stress

térmico0,0 0,3 Positiva

12h25

profissional 294,9 0,99 18,1 21,3 25,2sem risco

de stress

térmico

dador 123,5 1,04 16,9 26,8

4

5 12h

profissional 185,2 0,99 16,9 24,3 27,7sem risco

de stress

térmico

dador 125,9 1,04 18,1 26,7 29,6

29,7sem risco

de stress

térmico

WBGT

0,0 0,3 Positiva 4

0,0 0,3 Aceitável 3

0,0 0,3 Aceitável 3

0,0 0,3 Positiva 4

4

Qualitativa Quantitativa

4

5. Agentes Químicos

Após a análise dos dados obtidos no PM1, constatou-se que estes não ultrapassaram o VLE do CO e CO2 recomendados pela NP1796:2007 e o VLE-MP de CO recomendado pela WHO (2000). Nas várias secções do PM1 as concentrações médias do CO situaram-se entre 1,3 ppm e 2,1 ppm e as concentrações do CO2 situaram-se entre 372 ppm e 983 ppm. A secção que apresentou valores mais elevados foi a secção 3 com 2,1 ppm de CO e 983 ppm de CO2. Esta secção é um espaço fechado exíguo, com reduzida ventilação natural, contudo apresenta uma saída de ar condicionado que se encontrava desligado, por referirem que este ar trazia odores do gerador do exterior. A secção com o segundo valor mais elevado de CO2 foi a secção 1 com 781 ppm. Esta secção localiza-se na traseira do PM protegida com um vidro, onde a circulação de ar é menor. As restantes zonas apresentavam circulação de ar provenientes das claraboias no teto do PM e pelas portas localizadas na frente e retaguarda do PM. A velocidade do ar avaliada na secção 2 e 3 situava-se por volta dos 0,1m/s2. Nas restantes secções a velocidade de ar situava-se entre os 0,27m/s2 e os 0,40m/s2.

O AA atribuiu uma avaliação “Positiva” às secções 2, 4 e 5 e uma avaliação “Aceitável” às secções 1 e 3. Na tabela A14.40 podem ser consultados os dados da avaliação da exposição a agentes químicos no PM1.

Tabela A14.40: Avaliação da exposição a agentes químicos no PM1.

No PM2, constata-se que os valores obtidos não ultrapassam o VLE do CO e CO2 recomendados pela NP1796:2007 e o VLE-MP de CO recomendado pela WHO (2000). Nas várias secções do PM1 as concentrações médias do CO situaram-se entre 2,5 ppm e 3,5 ppm e as concentrações do CO2 situaram-se entre 417 ppm e 1053 ppm. As secções que apresentaram os valores mais elevados de CO foram a secção 4a e 4c com 3,5 e 3,1 ppm e os valores mais elevados de CO2 foi verificado na secção 3 com 1053ppm. Na secção 4, constatou-se que as entradas de ar provenientes das portas de entrada do PM, situadas na frente e retaguarda do PM, eram reduzidas. Na secção 4 existe um aparelho de ar condicionado, com duas saídas, que se encontrava ligado. A secção 3 é um espaço fechado exíguo com reduzida ventilação natural e com uma saída de ar condicionado que se encontrava desligado. A velocidade do ar nas secções 3 e 4 foi avaliada em 0,1m/s2. Nas restantes secções a velocidade de ar situava-se entre os 0,2m/s2 e os 0,40m/s2.

O AA atribuiu uma avaliação “Positiva” às secções 2, 4a, 4c e 5, uma avaliação “Aceitável” às secções 1 e 4b e uma avaliação “Negativa” à secção 3. Na tabela A14.41 podem ser consultados os dados da avaliação da exposição a agentes químicos no PM2.

Concentração

MédiaMP CD

Concentração

MédiaMP CD

17h55 1,3 25 - 781 5000 30000 Aceitável 3

18h00 1,7 25 - 460 5000 30000 Positiva 4

17h45 2,1 25 - 983 5000 30000 Aceitável 3

4a 17h40 1,5 25 - 398 5000 30000 Positiva 4

4b 17h35 1,8 25 - 372 5000 30000 Positiva 4

4c 17h30 2,0 25 - 420 5000 30000 Aceitável 4

17h50 1,5 25 - 448 5000 30000 Aceitável 45

amostragem

instantânea

(ppm)

amostragem

instantânea

(ppm)

Monóxido de Carbono Dióxido de Carbono

VLE (ppm) VLE (ppm)

1

2

3

4

Secção

hora

recolha de

dados

NP1796, 2007 NP1796, 2007Avaliação Analista

Qualitativa Quantitativa

Tabela A14.41: Avaliação da exposição a agentes químicos no PM2.

As concentrações obtidas, no PM3, de CO e CO2 não ultrapassaram os VLE recomendados pela NP1796:2007 e o VLE-MP de CO recomendado pela WHO (2000). No PM3 as várias secções apresentaram concentrações médias do CO entre 3,0 ppm e 4,1 ppm e as concentrações do CO2 situaram-se entre 374 ppm e 1073 ppm. As secções que apresentaram os valores mais elevados de CO foram a secção 3 e 4 com 4,1 e 3,6 ppm, respetivamente, e os valores mais elevados de CO2 foi verificado na secção 3 com 1073ppm. Na secção 4, constatou-se que as entradas de ar provenientes das portas de entrada do PM, situadas na frente e retaguarda do PM, eram sentidas sobretudo ao nível dos pés. O aparelho de ar condicionado, na secção 4 encontrava-se ligado. A secção 3 é um espaço fechado exíguo, com reduzida ventilação natural e com uma saída de ar condicionado que se encontrava ligado. A velocidade do ar nas secções 3 e 4 foi avaliada entre 0,2m/s2 a 0,4m/s2. A velocidade do ar nas secções 3 e 4 foi avaliada em 0,1m/s2. Nas restantes secções a velocidade de ar situava-se entre os 0,1m/s2 e os 0,40m/s2.

O AA atribuiu uma avaliação “Positiva” à secção 2 e 4, uma avaliação “Aceitável” às secções 1 e 5 e por último a secção 3 obteve uma avaliação “Negativa”. Na tabela A14.42 podem ser consultados os dados da avaliação da exposição a agentes químicos no PM3.

Tabela A14.42: Avaliação da exposição a agentes químicos no PM3.

A avaliação geral do ambiente térmico nos PM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.43. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PM.

Média MP CD Média MP CD

17h55 2,9 25 - 604 5000 30000 Aceitável 3

18h00 2,9 25 - 417 5000 30000 Positiva 4

17h45 3,1 25 - 1053 5000 30000 Negativa 2

4a 17h40 3,5 25 - 554 5000 30000 Positiva 4

4b 17h35 2,5 25 - 665 5000 30000 Aceitável 3

4c 17h30 3,3 25 - 558 5000 30000 Positiva 4

17h50 2,9 25 - 478 5000 30000 Positiva 4

4

5

VLE (ppm) Analise

Qualitativa

Análise

Quantitativa

1

2

3

Secção

hora

recolha

de dados

Monóxido de Carbono Dióxido de CarbonoAvaliação Analista

amostragem

instantânea

(ppm)

NP1796, 2007 amostragem

instantânea

(ppm)

NP1796, 2007

VLE (ppm)

Concentração

MédiaMP CD

Concentração

MédiaMP CD

17h55 3,0 25 - 603 5000 30000 Aceitável 3

18h00 3,5 25 - 374 5000 30000 Positiva 4

17h45 4,1 25 - 1073 5000 30000 Negativa 2

4a 17h40 3,6 25 - 599 5000 30000 Positiva 4

4b 17h35 3,6 25 - 599 5000 30000 Positiva 4

4c 17h30 3,6 25 - 599 5000 30000 Positiva 4

17h50 3,1 25 - 697 5000 30000 Aceitável 3

4

5

VLE (ppm)Analise

Qualitativa

Análise

Quantitativa

1

2

3

Secção

hora

recolha

de dados

Monóxido de Carbono Dióxido de CarbonoAvaliação Analista

amostragem

instantânea

(ppm)

NP1796, 2007 amostragem

instantânea

(ppm)

NP1796, 2007

VLE (ppm)

Tabela A14.43: avaliação geral da exposição a agentes químicos nos PM.

Avaliação do ambiente térmico nas BM, pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

BM1 BM2 BM3 BM geral

1 3 3 3 Aceitável 3

2 4 4 4 Positiva 4

3 3 2 2 Negativa 2

4 4 3 4 Aceitável 3

5 4 4 3 Aceitável 3

6. Risco de acidentes

Os resultados da caracterização do risco de acidente no PF, nos PM e nas BM, são apresentados de seguida.

6.1. Posto Fixo

No PF foram levantados os seguintes fatores de risco: exposição a produtos biológicos, contacto com material cortante e perfurante, equipamento elétrico e instalações, quedas ao mesmo nível, queda de cadeiras, movimentos e posturas desadequadas, iluminação, ambiente térmico e ruído.

A exposição a produtos biológicos, mais especificamente a produtos sanguíneos, foi identificada nas secções 1, 3, 4, e 5. Na secção 1 foi identificado que as pessoas mais expostas são os profissionais que recebem a ficha do dador com eventuais vestígios de sangue. Na secção 3 são os profissionais que podem ter um contacto acidental com o sangue, durante o procedimento para a determinação da hemoglobina e a hemóstase. Os profissionais na secção 4 podem ser sujeitos a exposição a produtos sanguíneos durante a hemóstase do local de determinação da hemoglobina, durante o contacto com a ficha do dador com exposição acidental ao sangue, durante o procedimento para colheita da unidade de sangue, durante a selagem da tubuladura da unidade de sangue e perante algum derrame acidental. Quanto aos dadores na secção 4, estes podem estar sujeitos à exposição de produtos sanguíneos durante a hemóstase no local de determinação da hemoglobina, durante o procedimento para colheita da unidade de sangue e durante a hemóstase no local de punção venosa. Por último na secção 5 os profissionais e os dadores podem estar expostos perante um derrame acidental de sangue.

Relativamente ao contacto com materiais cortantes ou perfurantes, este pode ocorre na secção 3 e na secção 4. Na secção 3 pode ocorrer ao profissional durante a determinação de hemoglobina, que apesar de usar lancetas protegidas e retrácteis existe o risco de durante a punção não se fixar bem o dedo do dador e o profissional se picar acidentalmente e ainda as lâminas de hemoglobina podem causar pequenos cortes se não forem manipuladas corretamente. Na secção 4 os profissionais podem estar sujeitos a este fator de risco durante a manipulação das agulhas do sistema de colheita de sangue e do sistema de análise. Foi identificado como possíveis riscos a falha do sistema de segurança da agulha, a incorreta utilização do sistema de segurança da agulha, a incorreta utilização do dispositivo de eliminação de objetos cortantes e perfurantes, a carga de trabalho elevada que leva à diminuição da concentração e um empurrão acidental de terceiros.

O fator de risco equipamentos e instalações foi identificado na secção 3, uma vez que verificou-se que a energia elétrica para este local era proveniente de outras salas do edifício com recurso

a várias extensões, duas das quais apresentavam danos no cabo com partes internas do cabo visíveis.

A queda de cadeiras foi considerada um outro fator de risco, uma vez que foi mencionado que já tinham ocorrido quedas das cadeiras na secção 3. Na secção 4 os profissionais relataram dificuldade dos dadores em sentarem-se nas cadeiras de colheita e adoção de posturas incorretas.

Relativamente aos fatores de risco: posturas e movimentos desadequados, iluminação, ambiente térmico e ruído, a sua caraterização e avaliação podem ser consultados nos respetivos capítulos deste trabalho.

Para o fator de risco contacto com material cortante e perfurante foi determinado o nível de risco de 360, apesar de se verificar que o nível de probabilidade é média (NP=6) o nível de consequências que dele podem advir é muito grave (NC=60). No que diz respeito ao nível de intervenção este é de nível II, onde se deve corrigir e adoptar medidas de controlo (Belloví e Malagón, 1995 e Freitas, 2011). O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Negativa”.

O nível de risco da exposição a agentes biológicos e movimentos e posturas desadequadas foi de 180 a que corresponde um nível de intervenção II, onde se deve corrigir e adotar medidas de controlo (Belloví e Malagón, 1995 e Freitas, 2011). O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Negativa”.

Para os fatores de risco iluminação e ambiente térmico obteve-se um nível de risco de 80, o nível de risco do ruído foi de 60. O nível de intervenção corresponde ao nível III, que segundo Belloví e Malagón (1995) e Freitas (2011) deve-se melhorar se for possível e justificar a intervenção e a sua rentabilidade. O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Aceitável”.

As quedas da cadeira também obtiveram um nível de intervenção III e um nível de risco de 40. Segundo Belloví e Malagón (1995) e Freitas (2011) deve-se melhorar se for possível e justificar a intervenção e a sua rentabilidade. O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Aceitável”.

Relativamente aos equipamentos elétricos o nível de risco foi de 20 e o nível de intervenção é o IV, que segundo Belloví e Malagón (1995) e Freitas (2011) não necessita de intervenção, só se justificar uma análise mais precisa. O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Positiva”. Na tabela A14.44 encontra-se a avaliação do risco para o PF.

Tabela A14.44: Avaliação do risco de acidente no PF.

Onde

seção

Nível de

Deficiência

(ND)

Nível de

Exposição

(NE)

NP=NDxNENível de

ProbabilidadeNR=NPxNC Intervenção Qualitativa Quantitativa

x 3, 4 P 2 3 6 Média 60 360 II Negativa 2

x 1,3, 4, 5 P, D 6 3 18 Alta 10 180 II Negativa 2

x 1, 3, 4, 5 P 2 1 2 Baixa 10 20 IV Positiva 4

x 1,2,3,4,5 D 1 0 0

x 3, 4 D 2 2 4 Baixa 10 40 III Aceitável 3

x 1,2,3,4,5 P,D 6 3 18 Média 10 180 II Negativa 2

x 1, 4 P,D 2 4 8 Média 10 80 III Aceitável 3

x 3,4 P,D 2 4 8 Média 10 80 III Aceitável 4

x 4 P 2 3 6 Média 10 60 III Aceitável 3

quedas ao mesmo nível

quedas da cadeira

quedas escadas

espaço de trabalho desadequado

material cortante e perfurante

biologicos

equipamento electrico e instalações

ruido

outros

ferramentas desadequadas ou

movimentos e posturas

iluminação

ambiente termico

gases

vibrações

QuemQuaisFatores de RiscosNível de

Consequência

(NC)

Nível de Probabilidade (NP) Nível de Risco (NR) Avaliação AA

A avaliação final do risco de acidentes no PF foi “Negativa” para todas as secções.

6.2. Posto Móvel

Os fatores de risco, avaliados para o PM são os seguintes, exposição a produtos biológicos, contacto com material cortante e perfurante, queda de escadas, queda de cadeiras, espaço de trabalho desadequado, movimentos e posturas desadequadas, iluminação, ambiente térmico, agentes químicos, vibrações e ruído.

No PM o fator de risco a exposição a produtos biológicos, mais especificamente a exposição a produtos sanguíneos, encontrava-se presente nas secções 1, 3, 4, e 5. Na secção 1 as pessoas mais expostas são os profissionais que recebem a ficha do dador que eventualmente contenha vestígios de sangue. Na secção 3, o profissional, pode ter um contacto acidental com produtos sanguíneos, durante a determinação da hemoglobina e hemóstase. Na secção 4, a exposição ao sangue pelos profissionais, pode ocorrer em diversos momentos, nomeadamente, durante a hemóstase do local de determinação da hemoglobina, durante o contacto com a ficha do dador que eventualmente contenha vestígios de sangue, durante o procedimento de colheita da unidade de sangue, durante a selagem da tubuladura da unidade de sangue, durante algum derrame acidental de sangue. Na secção 4 os dadores podem estar expostos a produtos sanguíneos durante a hemóstase no local de determinação da hemoglobina, durante o contacto com a ficha do dador que eventualmente contenha vestígios de sangue, durante o procedimento para colheita da unidade de sangue, durante a hemóstase no local de punção venosa. Por último na secção 5 os profissionais e os dadores podem estar expostos a derrame acidental de sangue proveniente do local de punção para colheita de sangue.

Relativamente ao contacto com materiais cortantes ou perfurantes esta pode ocorrer na secção 3 e 4. Na secção 3, o profissional durante a determinação de hemoglobina, corre o risco de durante a punção não se fixar bem o dedo do dador e picar-se acidentalmente, e ainda as lâminas de hemoglobina podem causar pequenos cortes se não forem manipuladas corretamente. Na secção 4 os profissionais manipulam agulhas do sistema de colheita de sangue e do sistema de análise, várias vezes no turno, correndo o risco de picada acidental, por falha dos sistema de segurança da agulha, incorreta utilização do sistema de segurança da agulha e do dispositivo de eliminação destes materiais, carga de trabalho elevada que leva à diminuição da concentração, ou até mesmo por um empurrão acidental de terceiros.

A queda de escadas foi considerada um fator de risco uma vez que os dadores têm de subir e descer do PM para efetuar a dádiva de sangue.

A queda de cadeiras foi considerada um fator de risco uma vez que foi referido que na secção na secção 4 os profissionais relatam dificuldade dos dadores em sentarem-se nas cadeiras de colheita e adoção de posturas incorretas.

Relativamente ao fator de risco espaço de trabalho desadequado, posturas e movimentos desadequados e exposição a agentes químicos, vibrações e ruído estes fatores de risco foram abordados nos respetivos capítulos da análise do AA.

No PM o nível de risco determinado para movimentos e posturas desadequadas foi de 450. O contacto com material cortante e perfurante foi de 360, apesar de se verificar que o nível de probabilidade média (NP=6), o nível de consequências que dele podem advir é muito grave (NC=60). O nível de risco para o espaço de trabalho desadequado foi de 240. O nível de risco da exposição a agentes biológicos foi de 180. A estes quatro níveis de risco corresponde um nível

de intervenção II, onde se deve corrigir e adotar medidas de controlo (Belloví e Malagón, 1995 e Freitas, 2011). O analista atribuiu a estes fatores de risco a avaliação de “Negativa”.

Para os fatores de risco iluminação, ambiente térmico e exposição a agentes químicos obteve-se um nível de risco de 80 e para o ruído um nível de risco de 60. O nível de intervenção para estes níveis de risco corresponde ao nível III, que segundo Belloví e Malagón (1995) e Freitas (2011) deve-se melhorar se for possível e justificar a intervenção e a sua rentabilidade. O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Aceitável”.

As quedas da cadeira das escadas também obtiveram um nível de intervenção III e um nível de risco de 40. Segundo Belloví e Malagón (1995) e Freitas (2011) deve-se melhorar se for possível e justificar a intervenção e a sua rentabilidade. O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Aceitável”.

Na tabela A14.45 pode ser consultada a avaliação do risco de acidentes no PM.

Tabela A14.45: Avaliação do risco de acidentes no PM.

A avaliação final do risco de acidentes no PM foi “Negativa” para todas as secções.

6.3. Brigadas Móveis

Os fatores de risco avaliados para a BM foram os seguintes: exposição a produtos biológicos, contacto com material cortante e perfurante, queda de cadeiras, movimentos e posturas desadequadas, iluminação, ambiente térmico e ruído.

O fator de risco contacto com materiais cortantes ou perfurantes pode ocorrer na secção 3 e 4. Na secção 3, o profissional durante a determinação de hemoglobina, corre o risco de durante a punção não se fixar bem o dedo do dador e o profissional se picar acidentalmente, e ainda as lâminas de hemoglobina podem causar pequenos cortes se não forem manipuladas corretamente. Na secção 4 os profissionais manipulam agulhas do sistema de colheita de sangue e do sistema de análise várias vezes no turno, correndo o risco de picada acidental, por falha dos sistema de segurança da agulha, incorreta utilização do sistema de segurança da agulha e do dispositivo de eliminação destes materiais, carga de trabalho elevada que leva à diminuição da concentração, ou até mesmo por um empurrão acidental de terceiros.

Relativamente à exposição a produtos biológicos, mais concretamente exposição a produtos sanguíneos, encontrava-se presente nas secções 1, 3, 4, e 5. Na secção 1 as pessoas mais expostas são os profissionais que recebem a ficha do dador, onde possa ter existido um contacto acidental com sangue, proveniente do dedo ou do braço do dador. Na secção 3, o profissional, pode ter um contacto acidental com o sangue, durante a determinação da hemoglobina e hemóstase. Na secção 4, a exposição ao sangue pelos profissionais, pode ocorrer em diversos

Onde

seção

Nível de

Deficiência

(ND)

Nível de

Exposição

(NE)

NP=NDxNENível de

ProbabilidadeNR=NPxNC Intervenção Qualitativa Quantitativa

x 3, 4 P 2 3 6 Média 60 360 II Negativa 2

x 1,3, 4, 5 P, D 6 3 18 Alta 10 180 II Negativa 2

x 4 D 2 2 4 Baixa 10 40 III Positiva 4

x 1 e 5 P, D 2 2 4 Baixa 10 40 III Positiva 4

x 1,2,3,4,5 P,D 6 4 24 Muito Alta 10 240 II Negativa 2

x 1,3,4,5 P,D 6 3 18 Alta 25 450 II Negativa 2

x 1, 3, 4 P,D 2 4 8 Média 10 80 III Aceitável 3

X 1,2,3,4,5 P,D 2 4 8 Média 10 80 III Aceitável 3

x 1,2,3,4,5 P,D 2 4 8 Alta 10 80 III Aceitável 3

x 1,2,3,4,5 P,D 0 4 0

x 4 P 2 3 6 Média 10 60 III Aceitável 3

quedas ao mesmo nível

quedas da cadeira

quedas de escadas

espaço de trabalho desadequado

material cortante e perfurante

biologicos

equipamento electrico e instalações

ruido

outros

ferramentas desadequadas ou defeituosas

movimentos e posturas desadequadas

iluminação

ambiente termico

gases

vibrações

QuemQuaisFatores de Riscos

Nível de

Consequência

(NC)

Nível de Probabilidade (NP) Nível de Risco (NR) Avaliação AA

momentos, nomeadamente, durante a hemóstase do local de determinação da hemoglobina, no contacto com a ficha do dador com eventual vestígio de sangue, durante o procedimento de colheita da unidade de sangue, na selagem da tubuladura da unidade de sangue, no derrame acidental de sangue. Na secção 4 os dadores podem estar expostos ao sangue durante a hemóstase no local de determinação da hemoglobina, durante o contacto com a ficha do dador com eventuais vestígios de sangue, no procedimento da colheita da unidade de sangue, na hemóstase no local de punção venosa. Por último na secção 5 os profissionais e os dadores podem estar expostos a derrame acidental de sangue.

A queda de cadeiras foi considerada um fator de risco uma vez que foi referido que na secção na secção 4 os profissionais referiram que os dadores têm dificuldade em sentar-se nas cadeiras de colheita e adotam de posturas incorretas.

Os fatores de risco: espaço de trabalho desadequado, posturas e movimentos desadequados, exposição a agentes químicos, vibrações e ruído foram abordados nos respetivos capítulos da análise do AA.

Nas BM o nível de risco calculado do contacto com material cortante e perfurante foi de 360, apesar de se verificar que o nível de probabilidade média (NP=6), o nível de consequências que dele podem advir é muito grave (NC=60). O nível de risco determinado para os movimentos e posturas desadequadas e para a exposição a produtos biológicos foi de 180. A estes três níveis de risco corresponde um nível de intervenção II, onde se deve corrigir e adoptar medidas de controlo (Belloví & Malagón, 1995) (Freitas, 2011). O analista atribuiu a estes fatores de risco a avaliação de “Negativa”.

Para os fatores de risco iluminação obteve-se um nível de risco de 120, para o ambiente térmico determinou-se um nível de risco de 80 e para o ruído um nível de risco de 60. O nível de intervenção para estes níveis de risco corresponde ao nível III, que segundo Belloví e Malagón (1995) e Freitas (2011) deve-se melhorar se for possível e justificar a intervenção e a sua rentabilidade. O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Aceitável”.

O nível de risco para a queda da cadeira obtido foi de 40 a que corresponde a um nível de intervenção III. Segundo Belloví e Malagón (1995) e Freitas (2011) deve-se melhorar se for possível e justificar a intervenção e a sua rentabilidade. O analista atribuiu a este fator de risco a avaliação de “Positiva”.

Na tabela A14..46 pode ser consultada a avaliação do risco de acidentes nas BM.

Tabela A14.46: Avaliação do risco de acidentes nas BM.

Onde

seção

Nível de

Deficiência

(ND)

Nível de

Exposição

(NE)

NP=NDxNENível de

ProbabilidadeNR=NPxNC Intervenção Qualitativa Quantitativa

x 3, 4 P 2 3 6 Média 60 360 II Negativa 2

x 1,3, 4, 5 P, D 6 3 18 Alta 10 180 II Negativa 2

x 1,4,5 D 1 0 0

x 4 D 2 2 4 Baixa 10 40 III Aceitável 3

x 1,2,3,4,5 P,D 6 3 18 Média 10 180 II Negativa 2

x 1,2,3,4,5 P,D 3 4 12 Média 10 120 III Aceitável 3

x 1,2,3,4,5 P,D 2 4 8 Média 10 80 III Aceitável 3

x 1,2,3,4,5 P 2 3 6 Média 10 60 III Aceitável 3

QuemQuaisFatores de Riscos

Nível de

Consequência

(NC)

Nível de Probabilidade (NP) Nível de Risco (NR) Avaliação AA

ruido

outros

ferramentas desadequadas ou

movimentos e posturas

iluminação

ambiente termico

gases

vibrações

quedas ao mesmo nível

quedas da cadeira

quedas escadas

espaço de trabalho

material cortante e perfurante

biologicos

equipamento electrico e

A avaliação final do risco de acidentes nas BM foi “Negativa” para todas as secções.

7. Nível de atenção requerida

A principal atividade desenvolvida pela instituição nos locais com livre circulação de pessoas é o atendimento ao público no âmbito da colheita de sangue. Esta atividade é caraterizada como de muita responsabilidade, com um gau de complexidade elevado e que requer elevada atenção e concentração por parte dos profissionais.

Os procedimentos realizados são: o registo informático, a triagem de dadores, a colheita de sangue, a vigilância do dador, entre outros. Outro fator importante a considerar na avaliação deste item é o volume de trabalho por local de colheita que é condicionado pela previsão de dadores atendidos e as especificações de cada local destinado para a dádiva de sangue.

As secções onde foi exigida maior concentração foram as secções 3 e 4 que correspondem à triagem de dadores e colheita de sangue, seguindo-se as secções 1 e 2 com um grau de atenção médio e por último a secção 5 onde o grau de atenção exigido é menor, classificando-se em superficial.

De seguida são apresentados os dados relativos aos locais de colheita, PF, PM e BM, nos três momentos de avaliação.

7.1. Posto Fixo

Relativamente ao PF o número de profissionais em cada secção e o número de dadores atendidos foi diferente nos três momentos da avaliação, porém as condições de trabalho em termos de espaço físico, circuito do dador e organização do trabalho, mantiveram-se igual. O número de profissionais destacados para o PF1 foram 2 para as secções 3 e 4.1 e para as restantes secções um profissional, no PF2 e PF3 foram destacados um profissional por secção. No PF1 foram atendidos 41 dadores, no PF2 29 dadores e no PF3 18 dadores, o que torna que o período de observação (percentagem do ciclo de trabalho) exigido seja diferente nos três momentos de avaliação do PF.

No PF1 constatou-se que as secções com a maior percentagem do período de observação foram as secções 1, 3, 4.1 e 5. Quanto ao nível de atenção este foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu às secções 1 e 4.1 uma avaliação “Negativa”, às secções 2, 3, 4.2 e 5 uma avaliação “Aceitável”.

No PF2 as secções com a maior percentagem do período de observação foram as secções 1 e 4.1 e o nível de atenção foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu às secções 1 e 4.1 uma avaliação “Negativa”, às secções 2, 3, 4.1 e 5 uma avaliação “Aceitável”.

No PF3 verificou-se que a maior percentagem do período de observação foi nas secções 1,3 e 4.2. Relativamente ao nível de atenção este foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu a todas as secções uma avaliação “Aceitável”.

Na tabela A14.47 encontram-se os resultados da avaliação do nível de atenção referentes ao PF1, PF2 e PF3.

Tabela A14.47: Avaliação do nível de atenção no PF1, PF2 e PF3.

A avaliação geral do nível de atenção no PF, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.48. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PF.

Tabela A14.48: Avaliação geral do nível de atenção no PF. Avaliação do nível de atenção no PF pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PF1 PF2 PF3 PF geral

1 2 2 3 Negativa 2

2 3 3 3 Aceitável 3

3 3 3 3 Aceitável 3

4 2 2 3 Negativa 2

5 3 3 3 Aceitável 3

7.2. Posto Móvel

As condições de trabalho em termos de espaço físico, número de profissionais, circuito do dador e organização do trabalho são iguais nos três momentos de avaliação do PM, o que difere é o número de pessoas atendidas. Em termos de profissionais temos dois profissionais na secção 4 e um profissional nas restantes secções. Ao nível dos dadores foram atendidos 17 dadores no PM1, 36 dadores no PM2 e 28 dadores no PM3, o que torna que o período de observação (percentagem do ciclo de trabalho) exigido seja diferente nos três momentos de avaliação do PM.

No PM1 as secções com maior percentagem do período de observação foram as secções 1 e 4. Relativamente ao nível de atenção este foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu às secções 1, 2, 3 e 4 uma avaliação “Aceitável” e à secção 5 uma avaliação “Positiva”.

No PM2 verificou-se que a maior percentagem do período de observação foi registado nas secções 1, 3 e 4. Relativamente ao nível de atenção este foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu às secções 1 e 4 uma avaliação “Negativa”, às secções 2, 3 e 5 uma avaliação “Aceitável”.

No PM3 a maior percentagem do período de observação foi registado nas secções 1, 3 e 4. Relativamente ao nível de atenção este foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu à secção 1 uma avaliação “Negativa” secções 1 e 4 uma avaliação “Negativa”, às secções 2, 3 e 5 uma avaliação “Aceitável”.

Período de

observação %pontuação

nível de

atençãopontuação

Média do período

de observação e da

atenção requerida

Qualitativa Quantitativa

1 91 4 médio 2 3 Negativa 22 17 1 médio 2 2 Aceitável 33 57 2 médio 2 2 Aceitável 3

4.1 69 3 médio 2 3 Negativa 24.2 57 2 médio 2 2 Aceitável 3

5 72 3 superficial 1 2 Aceitável 31 73 3 médio 2 3 Negativa 22 17 1 médio 2 2 Aceitável 33 40 2 médio 2 2 Aceitável 3

4.1 96 4 médio 2 3 Negativa 24.2 28 1 médio 2 2 Aceitável 3

5 51 2 superficial 1 2 Aceitável 31 45 2 médio 2 2 Aceitável 32 17 1 médio 2 2 Aceitável 33 53 2 médio 2 2 Aceitável 3

4.1 49 2 médio 2 2 Aceitável 34.2 56 2 médio 2 2 Aceitável 3

5 55 2 superficial 1 2 Aceitável 3

PF2

PF3

Avaliação do AnalistaEWA

Local

PF1

Secção

4

4

4

Na tabela A14.49 encontram-se os resultados avaliados do nível de atenção referentes às avaliações no PM1, PM2 e PM3.

Tabela A14.49: Avaliação do nível de atenção no PM1, PM2 e PM3.

A avaliação geral do nível de atenção no PM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.50. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PM.

Tabela A14.50: Avaliação geral do nível de atenção no PM.

Avaliação do nível de atenção no PM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PM1 PM2 PM3 PM geral

1 3 2 2 Negativa 2 2 3 3 3 Aceitável 3

3 3 3 3 Aceitável 3 4 3 2 3 Negativa 2

5 4 3 3 Aceitável 3

7.3. Brigadas Móveis

Nas BM as condições de trabalho em termos de circuito do dador e organização do trabalho são semelhantes contudo o espaço físico, o número de profissionais em cada secção e o número de dadores previstos e atendidos são diferentes. Ao nível dos profissionais foram destacados para a BM1 três profissionais para a secção 4, dois profissionais para a secção 3, e para as restantes secções um profissional, para a BM2 foram destacados dois profissionais para a secção 4 e um profissional para as restantes secções, na BM3 foram destacados cinco profissionais para a secção 4, dois profissionais para a secção 1 e para a secção 5 um profissional. Foram atendidos 62 dadores na BM1, 20 dadores na BM2 e 123 dadores na BM3. Perante o número de profissionais e de dadores atendidos o período de observação (percentagem do ciclo de trabalho) exigido torna-se diferente nas três BM.

Na BM1 as secções com maior percentagem do período de observação foram as secções 1, 4 e 5. Relativamente ao nível de atenção este foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu às secções 1 e 4 uma avaliação “negativa”, às secções 2, 3 e 5 uma avaliação “Aceitável”.

Período de

observação

%

pontuaçãonível de

atençãopontuação

Média do período

de observação e da

atenção requerida

Qualitativa Quantitativa

1 36 2 médio 2 2 Aceitável 3

2 17 1 médio 2 2 Aceitável 3

3 27 1 médio 2 2 Aceitável 3

4 37 2 médio 2 2 Aceitável 3

5 25 1 superficial 1 1 Positivo 4

1 81 4 médio 2 3 Negativo 2

2 17 1 médio 2 2 Aceitável 3

3 55 2 médio 2 2 Aceitável 3

4 74 3 médio 2 3 Negativo 2

5 45 2 superficial 1 2 Aceitável 3

1 62 3 médio 2 3 Negativo 2

2 17 1 médio 2 2 Aceitável 3

3 45 2 médio 2 2 Aceitável 3

4 54 2 médio 2 2 Aceitável 3

5 30 2 superficial 1 2 Aceitável 3

PM3

EWA Avaliação do Analista

SecçãoLocal de

colheita

PM1

PM2

Na BM2 verificou-se que a secção com maior percentagem do período de observação foi a secção 4. Relativamente ao nível de atenção este foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu às secções 1, 2, 3 e 4 uma avaliação “Aceitável” e à secção 5 uma avaliação “Positiva”.

Na BM3 a maior percentagem do período de observação constatou-se nas secções 1, 3, 4 e 5. Relativamente ao nível de atenção este foi médio nas secções 1, 3 e 4 e superficial na secção 5. O AA atribuiu às secções 1, 3, 4 e 5 uma avaliação “Negativa” e à secção 2 uma avaliação “Aceitável”.

Na tabela A14.51 encontra-se os resultados da avaliação do nível de atenção nas BM1, BM2 e BM3.

Tabela A14.51: Avaliação do nível de atenção nas BM1, BM2 e BM3.

A avaliação geral do nível de atenção no PM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.52. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PM.

Tabela A14.52: Avaliação geral do nível de atenção nas BM. Avaliação do nível de atenção no BM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

BM1 BM2 BM3 BM geral

1 2 3 2 Negativa 2

2 3 3 3 Aceitável 3

3 3 3 2 Negativa 2

4 2 3 2 Negativa 2

5 3 4 2 Negativa 2

8. Tomada de decisão

O trabalho desenvolvido nos locais de colheitas de sangue, PF, PM e BM é um trabalho que exige conhecimentos específicos e formação adequada de todos os profissionais envolvidos. Todos os profissionais quando iniciam a sua atividade nas colheitas de sangue recebem obrigatoriamente uma formação específica para o sector ondem vão trabalhar. Todos os anos é elaborado um levantamento de necessidades de formação, planeamento de formação e realização das ações de formação internas e externas consideradas pertinentes. A comunicação entre os profissionais e os superiores hierárquicos é frequente, positiva e necessária. As tarefas são desenvolvidas pela maioria dos profissionais sem ambiguidade e com informação clara e

Período de

observação

%

pontuaçãonível de

atençãopontuação

Média período de

observação e

atenção requerida

Qualitativa Quantitativa

78 3 médio 2 3 Negativa 2

13 1 médio 2 2 Aceitável 3

40 2 médio 2 2 Aceitável 3

4a 81 4 médio 2 3 Negativa 2

4b, 4c, 4d 69 3 médio 2 3 Negativa 2

63 3 superficial 1 2 Aceitável 3

30 2 médio 2 2 Aceitável 3

17 1 médio 2 2 Aceitável 3

30 2 médio 2 2 Aceitável 3

4a 35 2 médio 2 2 Aceitável 3

4b, 4c, 4d 58 2 médio 2 2 Aceitável 3

27 1 superficial 1 1 Positiva 4

87 4 médio 2 3 Negativa 2

11 1 médio 2 2 Aceitável 3

87 4 médio 2 3 Negativa 2

4a 91 4 médio 2 3 Negativa 2

4b, 4c, 4d, 4e, 4f 89 4 médio 2 3 Negativa 2

85 4 superficial 1 3 Negativa 2

3

5

2

3

5

1

2

BM2

BM3

Avaliação do AnalistaEWALocal de

colheita

BM1

Secção

4

4

4

1

2

3

5

1

acessível. A destacar a área da colheita de sangue e da triagem de dadores que devido à sua especificidade e complexidade exigem decisões que podem carecem de cuidados especiais, quer pela responsabilidade da decisão, quer pela importância da informação transmitida pelos dadores. Contudo existem circunstâncias especiais onde os profissionais estão dependentes dos superiores hierárquicos ou responsáveis da colheita.

Desta forma a avaliação final da tomada de decisão por local de colheita de sangue foi “Positiva” para todas as secções dos locais de colheita de sangue PF, PM e BM exceto paras as secções 3 e 4 do PF, PM e BM, cuja avaliação foi de “Aceitável”.

9. Comunicação/relação interpessoal

O trabalho desenvolvido nos locais de colheitas de sangue, PF, PM e BM é um trabalho realizado em equipa, onde é necessário o permanente contacto, interajuda e comunicação com os profissionais, com os superiores hierárquicos e fundamentalmente com os dadores.

A avaliação final da comunicação e contactos pessoais entre os trabalhadores por local de colheita de sangue foi “Positiva” para todos os locais de colheita de sangue PF, PM e BM.

10. Conteúdo de trabalho

De uma forma geral o planeamento, organização e conteúdo do trabalho encontram-se definidos pela Instituição. Cada profissional tem as suas responsabilidades e atividades bem definidas. O planeamento é definido pela instituição, diariamente, semanalmente e mensalmente. Existe um superior hierárquico por área de atuação da instituição e por cada grupo profissional que planeia, executa, inspeciona e corrige o trabalho desenvolvido. O superior hierárquico elabora um plano semanal e mensal onde distribui os profissionais conforme as necessidades da instituição.

Os profissionais afeto às colheitas desenvolveram a sua atividade no PF, PM e BM. Cada profissional encontrava-se afeto a uma secção de trabalho, à exceção dos enfermeiros que realizaram a sua atividade profissional nas secções 3 e 4. Os enfermeiros podem ser inicialmente escalados para uma secção e durante o decorrer do período de trabalho a equipa pode decidir que estes devem dar apoio na secção 3 ou 4. Por local de colheita existia um chefe de equipa que geria o trabalho e tomava decisões, reportando sempre aos seus superiores hierárquicos.

Os locais de trabalho, PF, PM e BM foram locais de atendimento ao público onde foi exigido uma grande responsabilidade, concentração e rigor técnico. Desta forma pode-se dizer que as atividades desenvolvidas pelos profissionais contemplaram a execução, inspeção e correção, ficando o planeamento geral para a Instituição. Desta forma o conteúdo de trabalho no PF, PM e BM é avaliado como sendo “Positivo” na secção 2 e “Aceitável” nas secções 1, 3, 4 e 5.

11. Atividade física

Para avaliar a atividade física geral foi necessário recorrer à observação direta e entrevistas aos profissionais. Constatou-se que, de uma forma geral, a atividade desenvolvida nos locais de colheitas de sangue, PF, PM e BM depende de alguma forma dos métodos e da organização do trabalho, onde por vezes ocorrem alguns picos de trabalho, mas sem risco de causar sobrecarga. No PF e BM, verificou-se que que o espaço de trabalho, o equipamento e os métodos permitiram uma movimentação adequada. Porém no PM observou-se e foi referido pelos profissionais, sobretudo quando o número de dadores se torna mais elevado, que os

movimentos dos profissionais são limitados pelo espaço de trabalho, pelos equipamento e pelos métodos.

A avaliação final da atividade física no PF1 e no PF3 foi “Positiva” para a secção 2 e “Aceitável” para todas as restantes secções. O PF2 a atividade física foi “Positiva” para secção 2, “Aceitável para a secção 1, 3 e 5 e “Negativa” para a secção 4 uma vez que só se encontrava um profissional a atender 23 dadores. Na tabela A14.53 encontra-se a avaliação geral da atividade física no PF.

Tabela A14.53: Avaliação geral da atividade física no PF. Avaliação do nível de atividade física no PF pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PF1 PF2 PF3 PF geral

1 3 3 3 Aceitável 3

2 4 4 4 Positiva 4

3 3 2 3 Aceitável 3

4 3 2 3 Negativa 2

5 3 3 3 Aceitável 3

O PM obteve uma avaliação “Aceitável” nas secções 1, 3, 4 e 5 e “Positiva” na secção 2. Na tabela A14.54 encontra-se a avaliação geral da atividade física nos PM.

Tabela A14.54: Avaliação geral da atividade física nos PM.

Avaliação do nível de atividade física no PM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PM1 PM2 PM3 PM geral

1 3 3 3 Aceitável 3 2 4 4 4 Positiva 4

3 3 3 3 Aceitável 3 4 3 3 3 Aceitável 3

5 3 3 3 Aceitável 3

As BM obtiveram também uma avaliação “Positiva” na secção 2 e “Aceitável” nas restantes secções, com exceção da BM3 que obteve uma avaliação “Positiva” na secção 2 e “Negativa” nas restantes secções justificado pelo elevado número de dadores para o número de profissionais presentes. Na tabela A14.55 encontra-se a avaliação geral da atividade física nas BM.

Tabela A14.55: Avaliação geral da atividade física nas BM.

Avaliação do nível de atividade física no BM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

BM1 BM2 BM3 BM geral

1 3 3 2 Negativa 2 2 4 4 4 Positiva 4

3 3 3 2 Negativa 2 4 3 3 2 Negativa 2

5 3 3 2 Negativa 2

12. Espaço de Trabalho

O local de trabalho considerado neste estudo, nas várias secções dos locais de colheita de sangue, reporta-se ao espaço nas imediações do profissional, com a exceção da secção 2, que se reporta ao espaço nas imediações do dador.

De forma a facilitar a avaliação deste item e os sete parâmetros que o constituem serão apresentadas várias tabelas com as avaliações efetuadas. Os dados de avaliação do espaço de trabalho relativos ao PF encontram-se nas tabelas A14.57, A14.58, A14.59, A14.60 e A14.61.

Os dados de avaliação do espaço de trabalho relativos ao PM encontram-se nas tabelas A14.62, A14.63, A14.64, A14.65. Os dados de avaliação do espaço de trabalho relativos das BM encontram-se nas tabelas A14.66, A14.67, A14.68, A14.69, A14.70, A14.71 e A14.74.

De seguida são apresentados os dados gerais da avaliação do espaço de trabalho do PF, PM e BM na tabela A14.56.

Tabela A14.56: Avaliação Geral do espaço de trabalho no PF, PM e nas BM.

Local de Colheita

Secção Parâmetros em destaque Avaliação do AA

Avaliação Qualitativa

Avaliação Quantitativa

PF

1 Assento; visão Aceitável 3

2 Positiva 4 3 Assento Aceitável 3

4 Área de trabalho horizontal; Altura do plano de trabalho; Visão

Aceitável 3

5 Altura plano trabalho; Assento Aceitável 3

PM

1 Área de trabalho horizontal; Assento; visão Negativa 2 2 Altura do plano trabalho; Assento Aceitável 2

3 Área de trabalho horizontal; Altura do plano de trabalho; Espaço para as pernas; Assento

Risco 1

4 Área de trabalho horizontal; Altura do plano de trabalho; Espaço para as pernas; Visão

Risco 1

5 Altura do plano de trabalho; espaço para as pernas; Negativa 2

BM

1 Altura do plano trabalho; Assento Negativa 2

2 Altura do plano trabalho; Assento Aceitável 3 3 Altura do plano trabalho; Assento Negativa 2

4 Área de trabalho horizontal; Altura do plano trabalho; Assento; Visão

Negativa 2

5 Altura do plano de trabalho Negativa 2

Tabela A14.57: Avaliação do espaço de trabalho da secção 1 e 2 do PF

Qualitativa quantitativa

Área de Trabalho

Horizontal

Nesta secção, na tarefa “inscrição e declarações” a área de trabalho horizontal encontrava-se em dois níveis, a zona do balcão e a

mesa de trabalho com o computador, conforme visível na figura SS. Foi o profissional que organizou a sua área de trabalho e

determinou a distribuição dos objectos necessário à sua actividade, com a excepção do monitor do computador. O objecto de trabalho

mais afastado encontrava-se a 60 cm de distância.

Altura do Plano

de Trabalho

O balcão de atendimento apresentava uma altura de 112 cm e a mesa de trabalho uma altura de 73 cm. A tarefa mais exigente foi

realizada na mesa de trabalho. O profissional dispõe de uma cadeira regulável em altura, que permite ajustar a altura para efectuar o

trabalho com apoio das mãos. Apesar de a cadeira ser ajustável em altura esta não apresentava um apoio para os pés.

Visão

Na área do arquivo o armário apresentava uma altura de 140 cm e 39 cm de largura. Este possui 8 gavetas, sendo que as duas últimas

não estavam a ser utilizadas. A pega da gaveta mais baixa a ser utilizada, que corresponde à 3 gaveta, situava-se a uma altura do chão

de 50 cm, a pega da quarta gaveta a 66 cm do chão e a pega da gaveta mais alta a 1,26 cm do solo, o cumprimento máximo da gaveta

aberta era de 65 cm. O alcance das gavetas abaixo da altura dos cotovelos dificultava a tarefa e leva ao profissional a adoptar

posições incorrectas das costas e do pescoço, mesmo que por breve momentos.

Espaço para as

Pernas

Perante estes dados torna-se pertinente um estudo mais aprofundado da altura ideal do espaço de trabalho, para satisfazer a maioria

da população, contudo devido a limitações de tempo tal terá de ficar para outro estudo.

Assento

O assento conforme é visível na figura SS é móvel, é um assento semi-rígido, apresenta rodas e permite a rotação em 360 graus,

contudo o encosto de costas é fixo, não tem apoio de pés e é apenas regulável em altura, a altura mínima da cadeira é de 42 cm e a

máxima de 53 cm. Um aspecto observado e referido pelos profissionais é a dificuldade de apoiar os pés no chão devido à disposição

das pernas da cadeira.

Área de Trabalho

Horizontal

Nesta secção, a área de trabalho horizontal é possível de observar na figura seguinte BB. O dador consegue alcançar e ajustar a distância dos

objectos necessários ao preenchimento do questionário, encontrando-se estes a 15cm de distância.

Altura do Plano

de Trabalho

O balcão de atendimento apresenta uma altura de 112 cm e largura de 40cm. Tendo em conta que nesta seção é necessário elevada precisão

visual para preenchimento do questionário, o balcão de atendimento deve estar entre 10 a 20 cm acima do nível do cotovelo.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 40 cm. O equipamento

mais observado era o questionário do dador. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15 e os 45o, após as medições verificou-se que o

ângulo de visão situava-se entre o recomendado.

Espaço para as

PernasNesta seção o espaço para as pernas é de 12 cm de comprimento e 110 cm de altura.

Avaliação AnalistaImagensParâmetro DescriçãoSeção

1

Positiva 4

Aceitável 3

2

Tabela A14.58: Avaliação do espaço de trabalho da secção 3 e 4.1 do PF

Tabela A14.59: Avaliação do espaço de trabalho da secção 4.1 e 4.2 do PF.

Qualitativa quantitativa

Área de

Trabalho

Horizontal

Nesta secção, na área de trabalho horizontal, o profissional consegue alcançar os objectos necessário à sua actividade, o objecto de trabalho mais

afastado encontrava-se a 45 cm de distância.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresenta uma altura de 76 cm, 80 cm de largura e 90 cm de comprimento. Nesta encontravam-se todos os objectos e

equipamentos necessários ao desenvolvimento da actividade. O profissional dispunha de uma cadeira regulável em altura, onde a altura mínima da

cadeira é de 42 cm e a máxima de 53 cm, o que permitia ajustar a altura para efectuar o trabalho com apoio das mãos. Apesar de a cadeira ser ajustável

em altura esta não apresentava um apoio para os pés.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 50 cm. O equipamento mais

observado era o monitor do computador. O ângulo de visão recomendado para o monitor do computador varia entre os 15 e os 45o, após as medições

verificou-se que o ângulo de visão situava-se entre o recomendado. A segunda área mais observada foi a zona onde o dador se encontrava sentado, o

profissional nessa zona dirigiu o olhar para o lado com rotação da cabeça ou rotação do tronco levando a posturas e movimentos incorrectos do

pescoço e ombros.

Espaço para as

Pernas

Nesta seção o espaço para as pernas encontrava-se dentro do recomendado para o trabalho sentado, sendo este o das dimensões da mesa de

trabalho.

AssentoO assento era móvel e semi-rígido, apresentava rodas e permitia a rotação em 360o, contudo o encosto de costas era fixo, não tinha apoio de pés e era

apenas regulável em altura, a altura mínima da cadeira era de 42 cm e a máxima de 53 cm. Um outro aspecto observado e referido pelos profissionais

foi a dificuldade de apoiar os pés no chão devido à disposição das pernas da cadeira.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foram o leitor óptico e o esfigmomanómetro. Estes dois equipamentos possuíam uma dimensão,

peso e forma adequada e apresentavam uma boa pega.

Outras

ferramentas

Os outros equipamentos considerados foram o hemoglobinómetro, o contentor de materiais cortantes e perfurantes, o monitor do computador, o

rato e o teclado do computador. O monitor, teclado e o rato do computador encontravam-se dispostos em frente ao utilizador na linha de visão, na

posição sentada, e a cadeira ajustável permitia ajustar a altura a estes equipamentos. O contentor de materiais cortantes e perfurantes apresentava as

dimensões adequadas para utilização em mesas de trabalho e apresentava tampa própria para a sua finalidade. O hemoglobinómetro apresentava as

dimensões adequadas e uma área de colocação da lâmina acessível e com boa pega.

Nesta secção, o profissional dispões de diferentes áreas de trabalho horizontal. Na sub-seção 4.1 encontravam-se três ilhas de trabalho idênticas, 2

armários móveis iguais com bancada de apoio, quatro cadeiras de colheita de sangue, quatro balanças de colheita de sangue, tabuleiros e placas de

refrigeração, duas cadeiras ajustáveis de apoio às ilhas de trabalho.

Nestas áreas de trabalho o profissional conseguia alcançar facilmente os objectos necessários à sua actividade. O objecto de trabalho mais afastado na

ilha de trabalho encontrava-se a 60 cm de distância, no armário de apoio a 50 cm de distância, nas cadeiras de colheita a 15 cm de distância, nas

balanças a 40 cm de distância horizontal e no local de acondicionamento dos tabuleiros e placas de sangue a 60 cm de distância horizontal.

Na zona das cadeiras de colheita de sangue as tarefas mais exigentes foram o acondicionamento do saco de colheita nas balanças na subsecção 4.1 e a

punção nos braços das cadeiras de colheita realizadas na posição em pé nas duas subseções. Relativamente ao acondicionamento das unidades de

sangue, estas eram colocadas num carrinho com um tabuleiro a 17 cm de altura. O profissional colocava o tabuleiro com a placa de butanodiol no

carrinho, retirava a placa e colocava as unidades uma a uma nesse tabuleiro até ao seu preenchimento posteriormente colocava uma placa de

butanodiol e um novo tabuleiro e assim sucessivamente. Os tabuleiros com as placas de butanodiol encontravam-se em cima da ilha de trabalho a

uma altura da pega ao chão de 120 cm. O profissional durante este procedimento executou tarefas de abaixamento ao acima do nível dos cotovelos

até abaixo do nível dos joelhos, levando a adotar posturas incorretas das costas, ombros e braços e pescoço.

4 4.1 Aceitável

Aceitável 33

3

Seção Parâmetro Descrição ImagensAvaliação Analista

Área de

Trabalho

Horizontal

Qualitativa quantitativa

A ilha de trabalho era octogonal e apresentava as seguintes dimensões: 1,5 m de diâmetro com um poste de alimentação ao centro de 30 cm de

largura e uma altura de 112 cm. A distância da extremidade lateral até ao poste era de 60 cm. O armário com bancada de apoio da subseção

4.1 media 73cm de altura, 90 de comprimento e 50 de largura. As balanças de colheita de sangue apresentavam uma altura ao chão de 45 cm

na zona de acondicionamento da unidade e de 82 cm de distância ao chão na zona dos comandos. A altura dos apoios de braço das cadeiras de

colheita era ajustável contudo verificou-se que os profissionais tinham dificuldade em regular a sua altura, acabando por estar sempre no nível

mais baixo e com uma almofada sobre o apoio. Os braços das cadeiras de colheita apresentavam um comprimento de 55 cm, 19 de largura e

uma altura de 77 cm de distância ao chão na posição mais baixa e de 82 cm na posição mais alta e a almofada apresentava de altura de 3 cm,

31 cm de comprimento e 21 cm de largura. O carrinho de acondicionamento das unidades de sangue total media 17 cm de altura, 40 cm de

largura e 60 de comprimento.

As tarefas mais exigentes realizadas na ilha de trabalho foram o preenchimento dos sacos de colheita (na posição sentado), a selagem das

unidades de sangue (na posição de pé) e os registos informático (na posição sentado ou de pé). Na ilha de trabalho o profissional dispunha de

uma cadeira regulável em altura, que permitia ajustar a altura para efectuar o trabalho com apoio das mãos. Para o trabalho em pé para

trabalhos exigindo liberdade de movimentos da mão a altura ideal da ilha de trabalho deveria ser ligeiramente abaixo do nível do cotovelo,

aquando da observação das actividades dos profissionais verificou-se que a altura da ilha de trabalho se encontrava cerca de 10 a 30 cm abaixo

da linha do cotovelo. Constatou-se também que a altura dos profissionais era muito distinta, desde uma mulher com um 156 cm a um homem

com 185 cm.

Área de

Trabalho

Horizontal

Na subseção 4.2 encontravam-se quatro cadeiras de colheita de sangue, uma ilha igual às da subseção 4.1, um armário móvel com bancada de

apoio, três máquinas de aférese e uma mesa móvel de apoio e regulável em altura.

A ilha de trabalho era igual á da subseção 4.1. O armário de apoio da subsecção 4.2 mede 73 cm de altura, 50 cm de largura e 60 cm de

comprimento. A mesa de apoio da subsecção 4.2 media 98 cm de altura,82 cm de comprimento e 40 cm de largura. A máquina de aférese media

50 cm de largura e 60 cm de comprimento. Em termos de altura, esta apresentava diferentes alturas de trabalho, a altura de acondicionamento

das tubuladuras e filtro principal era de 50 cm, a altura para acondicionar a cassete era de 93cm, a altura dos filtros e do monitor era de 137cm

e a altura de acondicionamento dos sacos de colheita e soros era de 157 cm.

Na subsecção 4.2 a montagem do kit de aférese foi também considerada uma tarefa exigente uma vez que o profissional necessitava de

trabalhar a vários planos de altura durante todo o procedimento. Nestas zonas os profissionais necessitaram de trabalhar a diferentes alturas

devido aos equipamentos e materiais, o que dificultou as tarefas e levou o profissional a adoptar posições incorrectas das costas e do pescoço.

4.1

4 Aceitável 3

Seção Parâmetro Descrição ImagensAvaliação Analista

4.2

Altura do Plano

de Trabalho

Altura do Plano

de Trabalho

Tabela A14.60: Avaliação das posturas e movimentos na secção 4 do PF.

Qualitativa quantitativa

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal nas bancadas de trabalho, onde é realizado trabalho em pé e sentado. As distâncias

visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 50 cm. O equipamento mais observado era o monitor do computador e o selador. O ângulo de

visão situava-se entre o recomendado, entre os 15 e o 45º.

No preenchimento dos sacos de colheita verificou-se que o angulo de visão era superior a 45º, levando o profissional a adoptar posturas

incorrectas ao nível das costas, pescoço e ombros. Na zona das cadeiras de colheita o trabalho observado foi considerado exigente para a

punção, onde é recomendado uma distância de visão entre 25 e 35 cm e normal para as restantes actividades dessa zona. O equipamento mais

observado foi a balança de colheita e o dador, mais propriamente o braço para punção venosa. Verificou-se que o ângulo de visão adoptado

pelos profissionais era superior a 45º, levando a postura incorrectas ao nível das costas, pescoço e ombros.

Espaço para as

Pernas

Nesta seção o espaço para as pernas encontrava-se dentro do recomendado para o trabalho sentado e para o trabalho em pé. A ilha de trabalho

apresentava uma zona com espaço para as pernas para o trabalho sentado e para o trabalho de pé. As dimensões desta zona eram 85 cm de

profundidade, 64 cm de largura ao nível do solo e 43cm de largura ao nível dos joelhos e 82 cm de altura. À volta da ilha o espaço existente

para os pés tinha uma altura de 19 cm e a profundidade era a todo o comprimento da ilha de trabalho.

Assento

O assento era fixo e rígido, permite uma rotação em 360o, tinha apoio de pés, tinha apoio para as costas ajustável, era regulável em altura,

estando conforme o recomendado. As suas dimensões eram 46 cm de largura, 43 cm de comprimento, a altura mínima do assento era 50 cm e a

máxima 77cm, o apoio de pés encontrava-se a 18 cm do chão e o encosto apresentava 40 cm de altura mínima e 45 cm de altura máxima e 41

cm de largura.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foram o leitor óptico e a pinça de expressão. Estes dois equipamentos possuem uma

dimensão, peso e forma adequada e apresentavam uma boa pega.

Os outros equipamentos considerados foram as balanças de colheita e as máquinas de aférese, o selador, o contentor de materiais cortantes e

perfurantes, o contentor de resíduos biológicos, o monitor do computador, o rato e o teclado do computador.

As balanças da seção 4.1 apresentavam uma estrutura que permitia o acesso aos comandos da balança de forma mais acessível evitando

posturas incorrectas ao nível das costas, contudo o profissional necessitava de se debruçar para acondicionar o saco de colheita no prato da

balança.

Relativamente às máquinas de aférese o profissional tinha de se debruçar sobre a máquina para colocar uma parte do kit dentro desta, o que

levava a posturas incorrectas do pescoço e ombros e a das costas. Mas na utilização do monitor, na colocação da cassete, no acondicionamento

dos soros e filtro, o profissional conseguia manter uma postura correta.

O contentor de materiais cortantes e perfurantes apresentava as dimensões adequadas para utilização em mesas de trabalho e apresentava

tampa própria para a sua finalidade.

O monitor e o rato do computador encontravam-se dispostos em frente ao utilizador na linha de visão permitindo a sua utilização na posição de

pé e na posição sentada com cadeira ajustável que permitia ajustar a altura a estes equipamentos. O teclado na subsecção 4.1 encontrava-se

apoiado num suporte para permitir a sua utilização apenas na posição de pé, para a posição sentada as mãos ficavam sem apoio. Na subsecção

4.2 o teclado encontrava-se apoiado na ilha de trabalho permitindo uma boa utilização na posição sentado.

3Aceitável

ImagensAvaliação Analista

Seção Descrição

Outras

ferramentas

Visão

Parâmetro

4

Tabela A14.61: Avaliação das posturas e movimentos na secção 5 do PF.

Qualitativa quantitativa

Nesta secção a área de trabalho horizontal encontrava-se em dois níveis, a zona do balcão do bar e a zona do balcão de trabalho Aceitável

O profissional era o responsável pela organização da sua área de trabalho e determinava a distribuição dos objectos necessário à sua

actividade.

No balcão de trabalho o objecto de trabalho mais afastado encontrava-se a 50 cm de distância. Quando o profissional entregava um café ou um

tabuleiro de refeição ao dador, necessitava de elevar as mãos à altura do balcão do bar a uma distância superior a 65 cm, o que condicionava a

adoção de uma postura correta, mesmo que por breves momentos e dificultava o desempenho do profissional nesta tarefa.

O balcão do bar apresentava as seguintes dimensões: 368 cm de comprimento, 40 cm de largura e apresentava uma altura de 110 cm.

Relativamente ao balcão de trabalho, este apresentava 250 cm de comprimento, 65 cm de largura e apresentava uma altura de 85,5 cm no nível

mais alto e 82,5 cm no nível mais baixo.

As tarefas mais exigentes realizadas ao balcão eram a preparação do tabuleiro de refeição, na posição de pé. Em períodos de pausa o

profissional dispunha de um banco para se sentar. Durante o trabalho em pé, para trabalhos exigindo liberdade de movimentos da mão a altura

ideal da ilha de trabalho deveria ser ligeiramente abaixo do nível do cotovelo, aquando da observação das actividades dos profissionais

verificou-se que o profissional no balcão de trabalho, apresentava a altura do cotovelo entre 10 a 30 cm acima do balcão de trabalho. Constatou-

se também que a altura dos profissionais era muito distinta, desde uma mulher com um 150 cm a outra mulher com 180cm.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho desenvolvido ao balcão de trabalho era grosseiro, sendo as distâncias recomendadas de 50 cm do

objecto mais observado. As distâncias visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 50 cm. Os materiais mais observados era o tabuleiro de

refeição, onde o ângulo de visão situava-se entre o recomendado, entre os 15 e o 45o.

Espaço para as

Pernas

Para o trabalho em pé o balcão de trabalho apresentava as seguinte medidas de espaço para as pernas, 7 cm de altura e a profundidade era a

largura do balcão de trabalho. O espaço livre por detrás do profissional era de 100 cm.

AssentoNesta seção o trabalho desenvolvido era de pé. Para períodos de descanso do profissional existia um banco regulável em altura e de assento

semi-rígido. A altura mínima do banco era 44 cm, a altura máxima era 63 cm e de diâmetro apresentava 32 cm.

Outros

Equipamentos

O outro equipamento considerado foi a máquina de café localizada sobre o balcão de apoio junto à parede. Este balcão possui 85,5 cm de

altura, 60 cm de largura e 350 cm de comprimento. As dimensões e as características da máquina de café permitiam uma boa utilização sem

afectar as posturas do trabalhador.

5 3

Aceitável

Seção Parâmetro Descrição ImagensAvaliação Analista

Altura do Plano

de Trabalho

Área de

Trabalho

Horizontal

Tabela A14.62: Avaliação do espaço de trabalho nas secções 1 e 2 do PM.

Qualitativa quantitativa

Área de Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal era realizada numa mesa de trabalho fixa onde o profissional dispunha todo o material necessário,

incluindo o computador portátil e um assento fixo que apresentava uma rotação 15o para a esquerda. A mesa de trabalho apresentava as

seguintes dimensões, 73 cm altura, 50 cm de largura e 72 cm de comprimento. Se o profissional se sentasse recostado no assento a mesa de

trabalho, o material de trabalho e o computador ficavam a 85 cm de distância. Se o profissional se sentasse na extremidade do assento os

materiais e a mesa encontravam-se a 55 cm de distância. Verificou-se que era prática recorrente o profissional se sentar na extremidade do

assento e tal verificou-se nos três momentos de avaliação do local em estudo. Tal fato agrava as posturas adoptadas pelo profissional.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava uma altura de 73 cm. As tarefas eram realizadas na posição sentada. O profissional dispunha de um assento

fixo com rotação de 15o, não regulável em altura e em profundidade, o que não permitia ajustar o assento para efectuar o trabalho com apoio

das mãos. A altura do plano de trabalho recomendada era de 5 a 7 cm acima do nível do cotovelo, contudo tal não se verificava ao não ser se o

profissional se sentasse na extremidade do assento, levando a adoptar posturas incorrectas.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho desenvolvido era normal, sendo as distâncias recomendadas entre os 35 e os 50 cm do objecto mais

observado. As distâncias visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 50 cm, com o profissional sentado na extremidade do assento e com

rotação do tronco. O equipamento mais observado foi o computador portátil, onde o ângulo de visão situava-se entre o recomendado, entre

os 15 e o 45o.

Espaço para as

Pernas

Nesta seção o espaço para as pernas não se encontrava dentro do recomendado para o trabalho sentado, nomeadamente na profundidade ao

nível do solo, inferior a 65 cm, com o profissional sentado com a postura habitual, na extremidade do assento.

Assento

O profissional dispunha de um assento fixo de 43 cm de largura, 45 de profundidade, com uma altura do chão de 52 cm e um encosto de 72 cm

de altura. Este assento não era regulável em altura e em profundidade e apresentava uma rotação de 15o para a esquerda, levando o

profissional a adoptar posturas inadequadas, nomeadamente a sentar-se na extremidade do assento com rotação do tronco.

Área de Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal era realizada numa mesa de trabalho na posição de sentado, onde o dador respondia ao

questionário. O dador conseguia alcançar e ajustar a distância dos objectos necessários ao preenchimento do questionário, encontrando-se

estes a 15cm de distância.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões: 120 cm de comprimento, 60 cm de largura e uma altura de 73 cm. A tarefa mais

exigente realizada neste local foi o preenchimento do questionário, na posição sentado. Para trabalhos exigindo apoio para as mãos a mesa

deveria ter uma altura entre 5 a 7 cm acima do nível do cotovelo, aquando da observação das actividades dos dadores observou-se que esta

altura estava dentro do recomendado.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 40 cm. O equipamento mais

observado foi o questionário do dador. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições verificou-se que o ângulo

de visão era superior aos 45o.Espaço para as

PernasNesta secção verificou-se que o espaço para as pernas estava dentro das recomendações.

Assento Nesta seção o dador respondia ao questionário num banco rígido, não regulável em altura.

1 Negativa 2

2 Aceitável 3

Avaliação AnalistaImagensParâmetro DescriçãoSeção

Tabela A14.63: Avaliação do espaço de trabalho nas secções 3 e 4 do PM.

Qualitativa quantitativa

Área de

Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal era muito reduzida. A mesa de trabalho apresentava 40 cm de largura e 80 cm de comprimento. Sempre que

o trabalhador necessitava de se levantar tinham de retirar todo o material de cima da mesa de trabalho e elevar a mesa lateralmente. Relativamente

ao alcance dos objectos de trabalho o profissional conseguia alcançar os objectos necessário à sua actividade, o objecto mais afastado na mesa de

trabalho encontrava-se a 25 cm de distância, isto se o profissional estivesse sentado na extremidade do assento. E aquando da determinação da

tensão arterial, a cada dador, o profissional estava distanciado deste cerca de 60 cm, quando sentado na extremidade do assento. Se o profissional se

sentasse recostado no assento a distâncias aumentavam 40 cm. Ou seja o profissional apenas conseguia ter um alcance aceitável dos materiais de

trabalho se sentasse na extremidade do assento. Verificou-se que era prática recorrente o profissional sentar-se na extremidade do assento.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava 40 cm de largura, 80 cm de comprimento e 72 cm de altura. As tarefas eram realizadas na posição sentada. O

profissional dispunha de um assento fixo, não regulável em altura e em profundidade, o que não permitia ajustar o assento para efectuar o trabalho

com apoio das mãos. A altura do plano de trabalho recomendada é de 5 a 7 cm acima do nível do cotovelo, contudo tal não se verificou se o

profissional não se sentasse na ponta da cadeira, levando a adoptar posturas incorrectas.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho desenvolvido era normal, sendo as distâncias recomendadas entre os 15 e os 50 cm do objecto mais

observado. As distâncias visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 50 cm, com o profissional sentado na extremidade do assento. O

equipamento mais observado foi o computador portátil, onde o ângulo de visão situava-se entre o recomendado, entre os 15 e o 45o.

Espaço para as

Pernas

Nesta seção o espaço para as pernas não se encontrava dentro do recomendado para o trabalho sentado, nomeadamente na profundidade, pois

apresentava 50 cm de profundidade ao nível do solo.

Assento

O profissional dispunha de um assento fixo com 43 cm de largura, 45 de profundidade, uma altura do chão de 52 cm, um encosto de 72 cm de altura e

uma distância do assento à mesa de 20 cm. Este assento não era regulável em altura e nem em profundidade levando o profissional a adoptar posturas

inadequadas, nomeadamente a sentar-se na extremidade do assento.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foram o leitor óptico e o esfigmomanómetro. Estes dois equipamentos possuem uma dimensão,

peso e forma adequada e apresentam uma boa pega.

Outras

equipamentos

Os outros equipamentos considerados foram o hemoglobinómetro, o contentor de materiais cortantes e perfurantes e o computador portátil. O

computador portátil encontrava-se disposto em frente ao utilizador na linha de visão na posição sentada, contudo não era possível ajustar a altura do

monitor por ser um portátil. O contentor de materiais cortantes e perfurantes apresentava as dimensões adequadas para utilização em mesas de

trabalho, apresentava tampa própria para a sua finalidade. O hemoglobinómetro apresentava as dimensões adequadas e uma área de colocação da

lâmina acessível e com boa pega.

Nesta secção, o profissional dispunha de diferentes áreas de trabalho horizontal, nomeadamente, as bancadas de apoio, as cadeiras de colheita, as

balanças de colheita e o local de acondicionamento dos tabuleiros com as unidades de sangue.

Nas bancadas de trabalho, o profissional conseguia alcançar os objectos necessários à sua actividade a uma distância máxima de 65 cm e nas cadeiras

de colheita de sangue a uma distância de 40 cm.

Relativamente ao local de acondicionamento dos tabuleiros e utilização das balanças de colheita o profissional necessitava de se agachar para alcançar

o tabuleiro de colheita e os dispositivos de controlo e o prato da balança que se encontravam a uma distância máxima de 60 cm e 40 cm

respectivamente.

13

1

Seção Parâmetro Descrição ImagensAvaliação Analista

Área de

Trabalho

Horizontal

4 Risco

Risco

Tabela A14.64: Avaliação do espaço de trabalho na secção 4 (continuação) do PM.

Qualitativa quantitativa

As bancadas de trabalho apresentavam as seguintes dimensões: 62 cm de largura, 80 cm de comprimento e uma altura de 68 cm. A altura de

apoio de braços das cadeiras de colheita é ajustável, contudo verificou-se que os profissionais tinham dificuldade em regular a sua altura,

acabando por estar sempre no nível mais baixo. O apoio de braços das cadeiras de colheita apresentava um comprimento de 55 cm, 19 de

largura e uma altura mínima de 77 cm e uma altura máxima de 83 cm.

As balanças de colheita de sangue encontravam-se dentro de uma gaveta, com 51,5 cm de largura, 31 cm de altura e de profundidade 38,5 cm,

situadas ao nível do chão. As pegas das gavetas encontravam-se a 16 cm de altura, os dispositivos de controlo da balança encontravam-se a

uma altura de 12 cm e o prato da balança a 18 cm de distância ao chão.

Os tabuleiros com as placas de refrigeração encontravam-se dentro de um armário ao nível do solo, a diferentes alturas, a altura da pega do

primeiro tabuleiro encontrava-se 9 cm do chão e a do mais elevado a 20 cm do chão. Os tabuleiros com placas e unidades de sangue

encontravam-se o mais baixo a 9 cm do solo e o mais elevado a 35cm de altura. A profundidade dos armários era de 62 cm, largura 43 cm, a

altura de 62 cm e a pega localizava-se a 33cm de altura.

A gaveta contendo o contentor de resíduos biológicos, apresentava uma altura de 65 cm, largura de 48 cm e profundidade de 38,5 cm. Nesta

gaveta verificou-se que os profissionais adaptaram uma pega mais elevada, a 65 cm de altura, com recurso a adesivo, uma vez que esta tinha

uma utilização muito frequente.

As tarefas mais exigentes realizadas na bancada de trabalho foram o preenchimento dos sacos de colheita, a selagem das unidades de sangue

e os registos informático, realizados na posição de pé. Para o trabalho em pé onde é necessário liberdade de movimentos da mão (selagem da

unidade de sangue) a altura da bancada de trabalho deveria ser ligeiramente abaixo do nível do cotovelo, e para trabalhos exigindo apoio das

mãos (registos e preenchimento de sacos de colheita) a altura ideal deveria ser 5 a 7 cm acima do nível do cotovelo. Aquando da observação

das actividades dos profissionais verificou-se que a altura da bancada de trabalho era igual para os dois tipos de trabalho. As alturas destas

bancadas situavam-se ligeiramente abaixo da linha do cotovelo. Constatou-se também que não existia apoio para os pés e nem um banco de

descanso. A altura dos profissionais destacados para este local de colheita era muito distinta, desde uma mulher com um 156 cm a um homem

com 185 cm.

Na zona das cadeiras de colheita de sangue as tarefas mais exigentes foram o acondicionamento do saco de colheita nas balanças e a punção

nos braços das cadeiras de colheita realizadas na posição em pé.

Nesta secção os profissionais necessitaram de trabalhar a diferentes alturas devido aos equipamentos (balanças de colheita, computador

portátil) e materiais (contentor de resíduos biológicos, tabuleiros e placas de refrigeração, armários, tubos de análises e outros materiais), o

que dificultou as tarefas e levou ao profissional a adoptar posições incorrectas do pescoço e ombros, das costas e da anca e pernas.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 40 cm. O equipamento mais

observado era o computador portátil, o selador e as cadeiras de colheita. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as

medições verificou-se que o ângulo de visão era superior aos 45o no preenchimento dos sacos de colheita e na punção do braço dos dadores.

Nas restantes tarefas situava-se entre os 15 e os 45 o.

Altura do Plano

de Trabalho

4

Seção Parâmetro Descrição ImagensAvaliação Analista

Risco 1

Tabela A14.65: Avaliação do espaço de trabalho na secção 4 (continuação) e 5 do PM.

Qualitativa quantitativa

Espaço para as

Pernas

Nesta seção as bancadas de trabalho não possuíam um espaço para os pés e o espaço livre por detrás do trabalhador era de 100 cm. Contudo

este espaço revelou-se insuficiente durante o período de trabalho. Em determinados momentos os profissionais trabalhavam costas com costas,

sem espaço livre atrás, ou até momentos onde o profissional tinha de aguardar que o colega termina-se a tarefa ou o dador passa-se pelo local

para continuar a sua tarefa. Quando as duas balanças de colheita estavam a ser utilizadas ao mesmo tempo a passagem pelo corredor tornou-

se muito difícil.

Assento O trabalho nesta seção era realizado em pé durante todo o período de trabalho. Não existia um banco de apoio nem apoio para os pés.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foram a pinça de expressão. Este equipamento possuía uma dimensão, peso e forma

adequada e apresentam uma boa pega.

Outros

Equipamentos

Os outros equipamentos considerados foram o selador, o contentor de resíduos biológicos, o computador portátil. O selador apresentava as

dimensões adequadas para utilização em mesas de trabalho e era de fácil utilização. O contentor de resíduos era de dimensões adequadas ao

tipo de trabalho e espaço disponível, contudo a sua localização dificultava a actividade do profissional, uma vez que para o aceder era

necessário abrir uma gaveta com uma pega improvisada com fita adesiva. O computador portátil encontrava-se bem localizado, em cima da

bancada de trabalho, em frente ao utilizador e na linha de visão, permitindo a sua utilização na posição de pé.

Área de Trabalho

Horizontal

O profissional dispunha de uma área de trabalho em diferentes níveis, uma bancada com 112 cm de altura, onde os objectos necessários à sua

actividade encontravam-se a uma distância máxima de 55 cm, uma prateleira a 142 cm de altura e a uma profundidade de 45 cm, onde se

encontravam apenas os guardanapos e três gavetas de apoio em uso, duas com as pegas a 97 cm de altura e a terceira a 72 cm de altura.

Altura do Plano

de Trabalho

O profissional dispunha de diferentes alturas do plano de trabalho, uma bancada com 112 cm de altura, uma prateleira a 142 cm de altura e

três gavetas de apoio em uso, duas com as pegas a 97 cm de altura e outra a 72 cm de altura. Uma vez que se trata de trabalho em pé, exigindo

liberdade de movimentos da mão, a altura da bancada de trabalho deveria situar-se ligeiramente abaixo da linha do cotovelo. Verificou-se que

tal não acontece.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era grosseiro. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O equipamento

mais observado era a cafeteira eléctrica e os produtos de refeição. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o

e os 45o, após as

avaliações do local verificou-se que o se encontrava dentro do recomendado.

Espaço para as

Pernas

Nesta seção as bancadas de trabalho não possuem um espaço para os pés e o espaço livre por detrás do trabalhador é de 100 cm. Este espaço

revelou-se insuficiente durante o período de trabalho. Em determinados momentos o profissional tinha de aguardar que o dador passa-se pelo

local para continuar a sua tarefa.

Assento O trabalho nesta seção era realizado em pé durante todo o período de trabalho. Não existia um banco de apoio nem apoio para os pés.

Outros

Equipamentos

O outro equipamento considerado foi a cafeteira eléctrica. Esta encontrava-se na bancada de trabalho, com a pega a 132 cm de altura. O

profissional era obrigado a elevar os braços acima da linha do cotovelo para utilizar a cafeteira, levando a adoptar posturas menos corretas.

Negativa

4 Risco 1

5

Parâmetro ImagensAvaliação Analista

Seção Descrição

2

Tabela A14.66: Avaliação do espaço de trabalho nas secções 1, 2 e 3 da BM1.

Qualitativa quantitativa

Área de Trabalho

Horizontal

A área de trabalho da seção 1 é uma mesa onde o profissional dispunha à sua vontade os objectos necessários à sua actividade, encontrando-

se estes a uma distância máxima de 55 cm.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 120 cm de comprimento, 85 cm de largura e 75 cm de altura. Para o trabalho com

necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se que a cadeira

que o profissional dispunha não era regulável em altura, levando o profissional a adoptar posturas incorrectas. Verificou-se que o profissional

para alcançar o computador portátil e o restante material em cima da mesa de trabalho necessitava de se sentar na extremidade da cadeira.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O equipamento mais

observado era o computador portátil. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições verificou-se que o ângulo

de visão situava-se dentro do recomendado.

Espaço para as

PernasNesta seção o espaço para as pernas encontra-se dentro do recomendado para o trabalho sentado.

Assento

Apurou-se que a cadeira que o profissional dispunha não era regulável em altura, não apresentava espaldar ajustável o que levava o

profissional a adoptar posturas incorrectas, nomeadamente a sentar-se na extremidade da cadeira para alcançar o computador portátil e

restante material em cima da mesa de trabalho.

Área de Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal era realizada numa mesa de trabalho na posição de sentado, onde o dador preenche o questionário.

O dador consegue alcançar e ajustar a distância dos objectos necessários ao preenchimento do questionário, encontrando-se estes a 15cm de

distância.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 85 cm de comprimento, 85 cm de largura e 75 cm de altura. Para o trabalho com

necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se que a cadeira

que o profissional dispunha não era regulável em altura, levando o profissional a adoptar posturas incorrectas. Verificou-se que o profissional

para preencher o questionário em cima da mesa de trabalho necessitava de se sentar na extremidade da cadeira.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O objecto mais

observado era o questionário de dadores. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições verificou-se que o

ângulo de visão situava-se dentro do recomendado.

Espaço para as

PernasO espaço disponível para as pernas encontra-se dentro do recomendado.

AssentoO assento na seção 2 não era regulável em altura, não apresentava espaldar ajustável o que levava o dador a adoptar posturas incorrectas,

nomeadamente a sentar-se na extremidade da cadeira durante o preenchimento do questionário de dador.

Área de Trabalho

Horizontal

A área de trabalho da seção 3 era uma mesa onde o profissional dispunha à sua vontade os objectos necessários à sua actividade, encontrando-

se estes a uma distância máxima de 55 cm.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 120 cm de comprimento, 85 cm de largura e 75 cm de altura. Para o trabalho com

necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se que a cadeira

que o profissional dispunha não era regulável em altura, levando o profissional a adoptar posturas incorrectas. Verificou-se que o profissional

para alcançar o computador portátil e o restante material em cima da mesa de trabalho necessitava de se sentar na extremidade da cadeira.

3 Negativa 2

1 Negativa 2

2 Aceitável 3

Avaliação AnalistaImagensParâmetro DescriçãoSeção

Tabela A14.67: Avaliação do espaço de trabalho na secção 3 (continuação) e 4 da BM1.

Qualitativa quantitativa

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O equipamento mais

observado era o computador portátil. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições verificou-se que o ângulo de visão

situava-se dentro do recomendado.

Espaço para as

PernasO espaço para as pernas encontrava-se dentro do recomendado.

Assento

Apurou-se que a cadeira que o profissional dispunha não era regulável em altura, não apresentava espaldar ajustável o que levava o profissional a

adoptar posturas incorrectas, nomeadamente a sentar-se na extremidade da cadeira para alcançar o computador portátil e restante material em cima

da mesa de trabalho.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foram o leitor óptico e o esfigmomanómetro. Estes dois equipamentos possuem uma dimensão,

peso e forma adequada e apresentam uma boa pega.

Outras

equipamentos

Os outros equipamentos considerados foram o hemoglobinómetro, o contentor de materiais cortantes e perfurantes e o computador portátil. O

computador portátil encontrava-se disposto em frente ao utilizador na linha de visão na posição sentada, contudo não era possível ajustar a altura do

monitor por ser um portátil. O contentor de materiais cortantes e perfurantes apresenta a dimensões adequadas para utilização em mesas de

trabalho, apresenta tampa própria para a sua finalidade. O hemoglobinómetro apresenta as dimensões adequadas e uma área de colocação da lâmina

acessível e com boa pega.

Área de

Trabalho

Horizontal

Nesta secção, o profissional dispunha de diferentes áreas de trabalho horizontal, nomeadamente, as mesas de trabalho, as cadeiras de colheita, as

balanças de colheita e os tabuleiros de acondicionamento de unidades de sangue. Nestas áreas de trabalho o profissional conseguia alcançar

facilmente os objectos necessários à sua actividade. O objecto de trabalho mais afastado encontrava-se a 60 cm de distância nas mesas de trabalho, a

40 cm de distância nas cadeiras de colheita, a 40 cm de distância nas balanças de colheita e a 60 cm de distância no local de acondicionamento dos

tabuleiros.

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 120 cm de comprimento, 85 cm de largura e 75 cm de altura. Para o trabalho com

necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se que a cadeira que os

profissionais dispunham não eram reguláveis em altura, levando os profissionais a adoptar posturas incorrectas. Verificou-se que o profissional para

alcançar o computador portátil e o restante material em cima da mesa de trabalho necessitava de se sentar na extremidade da cadeira. A mesa de

trabalho também era utilizada para o trabalho em pé.

Nas restantes áreas de trabalho a posição de trabalho era em pé. A altura de apoio de braços das cadeiras de colheita era ajustável em duas posições.

O apoio de braços das cadeiras de colheita apresentava um comprimento de 40 cm, 12 de largura e uma altura mínima de 83 cm e uma altura máxima

de 87 cm. As balanças de colheita de sangue apresentavam os dispositivos de controlo a uma altura de 70 cm e o prato da balança a uma altura de 39

cm.

Outro plano de trabalho importante de referir era a localização dos tabuleiros, das placas de refrigeração e das unidades de sangue. O primeiro

tabuleiro com placa de refrigeração apresentava a pega a 7 cm de altura e a pega do mais elevado a 20 cm do chão. O primeiro tabuleiro com placa de

refrigeração e unidades de sangue encontravam-se em cima do carrinho, com a pega a 17 cm de altura, os tabuleiros seguintes acrescia uma altura de 7

cm por cada um.

Nesta secção os profissionais necessitaram de trabalhar a diferentes alturas devido aos equipamentos e materiais o que dificultou as tarefas e levou

ao profissional a adoptar posições incorrectas do pescoço e ombros, das costas e da anca e pernas.

2

23

Seção Parâmetro DescriçãoAvaliação Analista

Altura do plano

de trabalho

4

Negativa

Negativa

Tabela A14.68: Avaliação do espaço de trabalho das secções 4 (continuação) e 5 da BM1.

Qualitativa quantitativa

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O equipamento mais

observado era o computador portátil, o selador e as cadeiras de colheita. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as

medições verificou-se que o ângulo de visão era superior aos 45o no preenchimento dos sacos de colheita e na punção do braço dos dadores.

Nas restantes tarefas situava-se entre os 15 e os 45 o

.

Espaço para as

PernasO espaço para as pernas encontrava-se dentro do recomendado.

Assento

A cadeira que o profissional dispunha não era regulável em altura, não apresentava espaldar ajustável o que levava o profissional a adoptar

posturas incorrectas, nomeadamente a sentar-se na extremidade da cadeira para alcançar o computador portátil e restante material em cima da

mesa de trabalho.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foi a pinça de expressão. Este equipamento possui uma dimensão, peso e forma adequada e

apresentam uma boa pega.

Outros

Equipamentos

Os outros equipamentos considerados foram o selador, o contentor de resíduos biológicos, o computador portátil. O selador apresentava as

dimensões adequadas para utilização em mesas de trabalho e era de fácil utilização. O contentor de resíduos era de dimensões adequadas ao

tipo de trabalho. O computador portátil encontrava-se bem localizado, em cima da mesa de trabalho, em frente ao utilizador e na linha de visão,

permitindo a sua utilização na posição sentado.

Área de Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal era duas mesas de trabalho cada uma com as seguintes dimensões, 120 cm de comprimento, 85 cm

de largura e 75 cm de altura. Foi o profissional que organizou a sua área de trabalho e determinou a distribuição dos objectos necessário à sua

actividade. Na mesa de trabalho o objecto de trabalho mais afastado encontrava-se a 60 cm de distância.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho desta seção apresentava as seguintes dimensões: 240 cm de comprimento, 85 cm de largura e apresenta uma altura de 75

cm. As tarefas mais exigentes realizadas na mesa de trabalho foram realizadas em pé. Em períodos de pausa o profissional dispunha de uma

cadeira para se sentar. Este plano de trabalho era para a utilização dos dadores posição (sentado) e do profissional (posição em pé). Durante o

trabalho em pé, para trabalhos exigindo liberdade de movimentos da mão a altura ideal da ilha de trabalho deveria ser ligeiramente abaixo do

nível do cotovelo, aquando da observação das actividades dos profissionais verificou-se que o profissional não dispunha de um balcão para este

efeito.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho desenvolvido na mesa de trabalho era grosseiro, sendo as distâncias recomendadas de 50 cm do

objecto mais observado. As distâncias visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 50 cm. Os materiais mais observados era a cafeteira

eléctrica, onde o ângulo de visão situava-se entre o recomendado, entre os 15 e o 45o.

Espaço para as

PernasPara o trabalho em pé, a mesa de trabalho apresentava uma altura de 75 cm. O espaço livre por detrás do profissional é de 100 cm.

AssentoNesta seção o trabalho desenvolvido era de pé. Para períodos de descanso do profissional, quando não estavam presentes dadores, o

profissional dispunha de uma cadeira não regulável em altura.

Outros

Equipamentos

O outro equipamento considerado foi a cafeteira eléctrica, localizada em cima da mesa de trabalho. A cafeteira eléctrica apresenta uma boa

pega e permitem uma boa utilização.

Aceitável

4 Negativa 2

5

Seção Parâmetro Descrição ImagensAvaliação Analista

3

Tabela A14.69: Avaliação do espaço de trabalho da secção 1, 2 e 3 da BM2.

Qualitativa quantitativa

Área de

Trabalho

Horizontal

A área de trabalho da seção 1 era uma mesa onde o profissional dispunha à sua vontade os objectos necessários à sua actividade,

encontrando-se estes a uma distância máxima de 55 cm.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 84 cm de comprimento, 60 cm de largura e 75 cm de altura. Para o trabalho

com necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se

que a cadeira que o profissional dispunha era regulável em altura, permitindo o profissional ajustar a altura do plano de trabalho.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O

equipamento mais observado era o computador portátil. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições

verificou-se que o ângulo de visão situava-se dentro do recomendado.Espaço para as

Pernas

Nesta seção o espaço para as pernas encontra-se dentro do recomendado para o trabalho sentado. Contudo o espaço disponível atrás

do profissional era inferior ao recomendado.

Assento O profissional dispunha de uma cadeira regulável em altura, com espaldar ajustável, rodas e almofade semi-rígida.

Área de

Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal é realizada numa mesa de trabalho na posição de sentado, onde o dador respondeu ao

questionário. O dador conseguia alcançar e ajustar a distância dos objectos necessários ao preenchimento do questionário,

encontrando-se estes a 20 cm de distância.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 84 cm de comprimento, 60 cm de largura e 75 cm de altura. Para o trabalho

com necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se

que a cadeira que o profissional dispunha era regulável em altura, permitindo o profissional ajustar a altura do plano de trabalho.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O objecto

mais observado era o questionário de dadores. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições verificou-

se que o ângulo de visão situava-se dentro do recomendado.Espaço para as

PernasO espaço disponível para as pernas encontra-se dentro do recomendado.

Assento O dador dispunha de uma cadeira regulável em altura, com espaldar ajustável, rodas e almofade semi-rígida.

Área de

Trabalho

Horizontal

A área de trabalho da seção 3 era uma mesa onde o profissional dispunha à sua vontade os objectos necessários à sua actividade,

encontrando-se estes a uma distância máxima de 33,5 cm.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 220 cm de comprimento, 33,5 cm de largura e 80 cm de altura. Para o

trabalho com necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos.

Apurou-se que a cadeira que o profissional dispunha não era regulável em altura, contudo tal fato não limitou a postura do

profissional.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 30 cm. O

equipamento mais observado era o computador portátil. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições

verificou-se que o ângulo de visão situava-se dentro do recomendado.

3 Aceitável 3

1 Aceitável 3

2 Positiva 4

Avaliação AnalistaImagensParâmetro DescriçãoSeção

Tabela A14.70: Avaliação do espaço de trabalho nas secções 3 (continuação) e 4 da BM2.

Tabela A14.71: Avaliação do espaço de trabalho da secção 4 (continuação) e 5 da BM2.

Qualitativa quantitativa

Espaço para as

PernasO espaço para as pernas encontrava-se fora do recomendado, uma vez que a profundidade ao nível do solo era de 45 cm.

Assento Apurou-se que a cadeira que o profissional dispunha não era regulável em altura, não apresentava espaldar ajustável e não tinha rodas.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foram o leitor óptico e o esfigmomanómetro. Estes dois equipamentos possuem uma

dimensão, peso e forma adequada e apresentam uma boa pega.

Outros

equipamentos

O outro equipamento considerado foi o computador portátil. O computador portátil encontrava-se disposto em frente ao utilizador na linha de

visão na posição sentada, contudo não era possível ajustar a altura do monitor por ser um portátil.

Área de

Trabalho

Horizontal

Nesta secção, o profissional dispunha de diferentes áreas de trabalho horizontal, nomeadamente, as mesas de trabalho, as cadeiras de

colheita, as balanças de colheita e os tabuleiros de acondicionamento de unidades de sangue. Nestas áreas de trabalho o profissional

conseguia alcançar facilmente os objectos necessários à sua actividade. O objecto de trabalho mais afastado encontrava-se a 60 cm de

distância nas mesas de trabalho, a 40 cm de distância nas cadeiras de colheita, a 40 cm de distância nas balanças de colheita e a 60 cm de

distância no local de acondicionamento dos tabuleiros.

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 350 cm de comprimento, 87 cm de largura e 72 cm de altura. As cadeiras que os

profissionais dispunham eram reguláveis em altura. A mesa de trabalho era utilizada para o trabalho sentado e em pé.

A altura de apoio de braços das cadeiras de colheita era ajustável em duas posições. O apoio de braços das cadeiras de colheita apresentava

um comprimento de 40 cm, 15 de largura e uma altura mínima de 77 cm e uma altura máxima de 83 cm. As balanças de colheita de sangue

apresentavam os dispositivos de controlo a uma altura de 70 cm e o prato da balança a uma altura de 39 cm.

Outro plano de trabalho importante de referir era a localização dos tabuleiros, das placas de refrigeração e das unidades de sangue. O

primeiro tabuleiro com placa de refrigeração apresentava a pega a 7 cm de altura e a pega do mais elevado a 20 cm do chão. O primeiro

tabuleiro com placa de refrigeração e unidades de sangue encontravam-se em cima do carrinho, com a pega a 17 cm de altura, os tabuleiros

seguintes acrescia uma altura de 7 cm por cada um.

Nesta secção os profissionais necessitaram de trabalhar a diferentes alturas devido aos equipamentos e materiais o que dificultou as tarefas

e levou ao profissional a adoptar posições incorrectas do pescoço e ombros, das costas e da anca e pernas.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O equipamento

mais observado era o computador portátil, o selador e as cadeiras de colheita. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o

e os 45o

,

após as medições verificou-se que o ângulo de visão era superior aos 45o

no preenchimento dos sacos de colheita e na punção do braço dos

dadores. Nas restantes tarefas situava-se entre os 15 e os 45 o

.

Negativa 2

33

Seção Parâmetro DescriçãoAvaliação Analista

Altura do plano

de trabalho

Aceitável

4

Qualitativa quantitativa

Espaço para as

PernasO espaço para as pernas encontrava-se dentro do recomendado.

Assento A cadeira que o profissional dispunha era regulável em altura, apresentava espaldar ajustável, almofada semi-rígida e rodas.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foi a pinça de expressão. Este equipamento possui uma dimensão, peso e forma adequada e

apresentam uma boa pega.

Outros

Equipamentos

Os outros equipamentos considerados foram o selador, o contentor de resíduos biológicos, o computador portátil e o hemoglobinómetro. O

selador apresentava as dimensões adequadas para utilização em mesas de trabalho e era de fácil utilização. O contentor de resíduos era de

dimensões adequadas ao tipo de trabalho e espaço disponível. O computador portátil encontrava-se bem localizado, em cima da mesa de

trabalho, em frente ao utilizador e na linha de visão, permitindo a sua utilização na posição sentado. O hemoglobinómetro apresenta as

dimensões adequadas e uma área de colocação da lâmina acessível e com boa pega.

Área de Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal era uma mesa de trabalho. Foi o profissional que organizou a sua área de trabalho e determinou a

distribuição dos objectos necessário à sua actividade. Na mesa de trabalho o objecto de trabalho mais afastado encontrava-se a 60 cm de

distância.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho desta seção apresenta as seguintes dimensões: 160 cm de comprimento, 80 cm de largura e apresenta uma altura de 75

cm. As tarefas mais exigentes realizadas na mesa de trabalho são realizadas em pé. Em períodos de pausa o profissional dispõe de uma cadeira

para se sentar. Esta mesa de trabalho era utilizada pelos dadores sentados e pelos profissional na posição em pé. Durante o trabalho em pé,

para trabalhos exigindo liberdade de movimentos da mão a altura ideal da ilha de trabalho deveria ser ligeiramente abaixo do nível do cotovelo,

aquando da observação das actividades dos profissionais verificou-se que o profissional não dispunha de um balcão para este efeito

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho desenvolvido na mesa de trabalho era grosseiro, sendo as distâncias recomendadas de 50 cm do

objecto mais observado. As distâncias visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 50 cm. Os materiais mais observados era a cafeteira

eléctrica, onde o ângulo de visão situava-se entre o recomendado, entre os 15 e o 45o.

Espaço para as

Pernas

Para o trabalho em pé, a mesa de trabalho apresentava uma altura de 75 cm. Contudo o espaço disponível atrás do profissional era inferior ao

recomendado.

AssentoNesta seção o trabalho desenvolvido era de pé. Para períodos de descanso do profissional, quando não estavam presentes dadores, o

profissional dispunha de uma cadeira não regulável em altura.

Outros

Equipamentos

O outro equipamento considerado foi a cafeteira eléctrica, localizada em cima da mesa de trabalho. A cafeteira eléctrica apresenta uma boa

pega e permitem uma boa utilização.

Seção Parâmetro Descrição ImagensAvaliação Analista

Aceitável

4 Negativa 2

5 3

Tabela A14.72: Avaliação do espaço de trabalho na secção 1, 2 e 3 da BM3.

Qualitativa quantitativa

Área de

Trabalho

Horizontal

A área de trabalho da seção 1 era uma mesa onde o profissional dispunha à sua vontade os objectos necessários à sua actividade, encontrando-

se estes a uma distância máxima de 55 cm.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 240 cm de comprimento, 60 cm de largura e 66 cm de altura. Para o trabalho com

necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se que a cadeira

que o profissional dispunha não era regulável em altura, levando o profissional a adoptar posturas menos correctas

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O equipamento mais

observado era o computador portátil. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições verificou-se que o ângulo

de visão situava-se dentro do recomendado.

Espaço para as

PernasNesta seção o espaço para as pernas encontra-se dentro do recomendado para o trabalho sentado.

Assento O profissional dispunha de uma cadeira não regulável em altura, sem rodas e almofade semi-rígida.

Área de

Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal era realizada numa mesa de trabalho na posição de sentado, onde o dador respondia ao

questionário. O dador conseguia alcançar e ajustar a distância dos objectos necessários ao preenchimento do questionário, encontrando-se

estes a 20 cm de distância.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 120 cm de comprimento, 60 cm de largura e 66 cm de altura. Para o trabalho com

necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se que a cadeira

que o profissional dispunha não era regulável em altura, não permitindo o profissional ajustar a altura do plano de trabalho.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O objecto mais

observado era o questionário de dadores. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições verificou-se que o

ângulo de visão era superior a 45o.

Espaço para as

PernasO espaço disponível para as pernas encontra-se dentro do recomendado.

Assento O dador dispunha de uma cadeira não regulável em altura, sem espaldar ajustável, sem rodas e almofade semi-rígida.

Área de

Trabalho

Horizontal

A área de trabalho da seção 3 era uma mesa onde o profissional dispunha à sua vontade os objectos necessários à sua actividade, encontrando-

se estes a uma distância máxima de 50 cm.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 120 cm de comprimento, 60 cm de largura e 66 cm de altura. Para o trabalho com

necessidade de apoio de mãos a altura recomendada do plano de trabalho é de 5 a 7 cm acima da linha dos cotovelos. Apurou-se que a cadeira

que o profissional dispunha não era regulável em altura.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 30 cm. O equipamento mais

observado era o computador portátil. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições verificou-se que o ângulo

de visão situava-se dentro do recomendado.

Avaliação AnalistaImagensParâmetro DescriçãoSeção

3

1 Negativa 2

2 Aceitável 3

Tabela A14.73:Avaliação da secção 3 (continuação) e 4 da BM3.

Qualitativa quantitativa

Espaço para as

Pernas

O espaço para as pernas encontrava-se fora do recomendado, uma vez que a altura da face inferior da superfície de trabalho e as pernas do

profissional era de 10 cm.

Assento A cadeira que o profissional dispunha não era regulável em altura, não apresentava espaldar ajustável e não tinha rodas.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foram o leitor óptico e o esfigmomanómetro. Estes dois equipamentos possuem uma

dimensão, peso e forma adequada e apresentam uma boa pega.

Outros

equipamentos

O outro equipamento considerado foi o computador portátil. O computador portátil encontrava-se disposto em frente ao utilizador na linha de

visão na posição sentada, contudo não era possível ajustar a altura do monitor por ser um portátil.

Área de

Trabalho

Horizontal

Nesta secção, o profissional dispões de diferentes áreas de trabalho horizontal, nomeadamente, as mesas de trabalho, as cadeiras de colheita, as

balanças de colheita e os tabuleiros de acondicionamento de unidades de sangue. Nestas áreas de trabalho o profissional consegue alcançar

facilmente os objectos necessários à sua actividade. O objecto de trabalho mais afastado encontrava-se a 60 cm de distância nas mesas de trabalho, a

40 cm de distância nas cadeiras de colheita, a 40 cm de distância nas balanças de colheita e a 60 cm de distância no local de acondicionamento dos

tabuleiros.

A mesa de trabalho apresentava as seguintes dimensões, 240 cm de comprimento, 60 cm de largura e 70 cm de altura. As cadeiras que os profissionais

dispunham eram reguláveis em altura. A mesa de trabalho era utilizada para o trabalho sentado e em pé.

A altura de apoio de braços das cadeiras de colheita era ajustável em duas posições. O apoio de braços das cadeiras de colheita apresentava

um comprimento de 40 cm, 15 de largura e uma altura mínima de 77 cm e uma altura máxima de 83 cm. As balanças de colheita de sangue

apresentavam os dispositivos de controlo a uma altura de 70 cm e o prato da balança a uma altura de 39 cm.

Outro plano de trabalho importante de referir era a localização dos tabuleiros, das placas de refrigeração e das unidades de sangue conforme

visível na figura AG. O primeiro tabuleiro com placa de refrigeração, colocado no carrinho de transporte, apresentava a pega a 17 cm de altura

e os tabuleiros seguintes acrescia uma altura de 3 cm por cada um. O primeiro tabuleiro com placa de refrigeração e unidades de sangue

encontravam-se em cima do carrinho, com a pega a 17 cm de altura, os tabuleiros seguintes acrescia uma altura de 7 cm por cada um.

Nesta secção os profissionais necessitaram de trabalhar a diferentes alturas devido aos equipamentos e materiais o que dificultou as tarefas e levou

ao profissional a adoptar posições incorrectas do pescoço e ombros, das costas e da anca e pernas.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho era normal. As distâncias visuais nesta seção situavam-se por volta dos 50 cm. O equipamento mais

observado era o computador portátil, o selador e as cadeiras de colheita. O ângulo de visão recomendado varia entre os 15o e os 45o, após as medições

verificou-se que o ângulo de visão era superior aos 45o no preenchimento dos sacos de colheita e na punção do braço dos dadores. Nas restantes

tarefas situava-se entre os 15 e os 45 o.

Negativa 2

23

Seção Parâmetro DescriçãoAvaliação Analista

Altura do plano

de trabalho

Negativa

4

Tabela A14.74: Avaliação do espaço de trabalho nas secções 4 (continuação) e 5 da BM3.

Qualitativa quantitativa

Espaço para as

PernasO espaço para as pernas encontrava-se dentro do recomendado.

AssentoA cadeira que o profissional dispunha não era regulável em altura, não apresentava espaldar ajustável, a almofada era rígida e não apresentava

rodas.

Ferramentas

manuais

As ferramentas manuais consideradas nesta seção foi a pinça de expressão. Este equipamento possui uma dimensão, peso e forma adequada e

apresentam uma boa pega.

Outros

Equipamentos

Os outros equipamentos considerados foram o selador, o contentor de resíduos biológicos, o computador portátil e o hemoglobinómetro. O

selador apresentava as dimensões adequadas para utilização em mesas de trabalho e era de fácil utilização. O contentor de resíduos era de

dimensões adequadas ao tipo de trabalho e espaço disponível. O computador portátil encontrava-se bem localizado, em cima da mesa de

trabalho, em frente ao utilizador e na linha de visão, permitindo a sua utilização na posição sentado. O hemoglobinómetro apresenta as

dimensões adequadas e uma área de colocação da lâmina acessível e com boa pega.

Área de Trabalho

Horizontal

Nesta secção a área de trabalho horizontal é uma mesa de trabalho. Foi o profissional que organizou a sua área de trabalho e determinou a distribuição

dos objectos necessário à sua actividade. Na mesa de trabalho o objecto de trabalho mais afastado encontrava-se a 60 cm de distância.

Altura do Plano

de Trabalho

A mesa de trabalho desta seção apresentava as seguintes dimensões: 240 cm de comprimento, 60 cm de largura e apresenta uma altura de 66 cm. As

tarefas mais exigentes realizadas na mesa de trabalho foram realizadas em pé. Em períodos de pausa o profissional dispunha de uma cadeira para se

sentar. Esta mesa de trabalho era utilizada pelos dadores sentados e pelo profissional na posição em pé. Durante o trabalho em pé, para trabalhos

exigindo liberdade de movimentos da mão a altura ideal da ilha de trabalho deveria ser ligeiramente abaixo do nível do cotovelo, aquando da

observação das actividades dos profissionais verificou-se que o profissional não dispunha de um balcão para este efeito.

Visão

Nesta secção considerou-se que o trabalho desenvolvido na mesa de trabalho era grosseiro, sendo as distâncias recomendadas de 50 cm do objecto

mais observado. As distâncias visuais nesta seção situavam-se entre os 15 e os 50 cm. Os materiais mais observados era a cafeteira eléctrica, onde o

ângulo de visão situava-se entre o recomendado, entre os 15 e o 45o.

Espaço para as

PernasO espaço para as pernas encontra-se dentro do recomendado.

AssentoNesta seção o trabalho desenvolvido era de pé. Para períodos de descanso do profissional, quando não estavam presentes dadores, o profissional

dispunha de uma cadeira não regulável em altura.

Outros

Equipamentos

O outro equipamento considerado foi a cafeteira eléctrica, localizada em cima da mesa de trabalho. A cafeteira eléctrica apresenta uma boa pega e

permitem uma boa utilização.

Seção Parâmetro Descrição ImagensAvaliação Analista

Negativa

4 Negativa 2

5 2

13. Tarefas de Elevação

A avaliação das tarefas de elevação, nos diferentes locais de colheita de sangue com livre circulação de pessoas, é apresentada de seguida.

13.1. Posto Fixo

No PF as secções 1, 2, 3 e 5 obtiveram uma avaliação “Positiva” uma vez que não se verificaram tarefas de levação com carga superior a 2 kg. Na secção 4 verificaram-se tarefas de elevação, designadamente na tarefa “acondicionamento das unidades de sangue”. O profissional desempenhava a tarefa acondicionamento das unidades de sangue no final de cada colheita, de 10 em 10 minutos em média, e colocava um novo tabuleiro de acondicionamento de unidades de sangue total e uma nova placa de refrigeração de butanodiol quando o tabuleiro atingisse a capacidade máxima, em média 3 vezes durante as 5 horas de trabalho.

As unidades de sangue total, com 820gr de peso, foram colocadas uma a uma até perfazer um total de 8 unidades (número máximo de unidades por tabuleiro) no tabuleiro de acondicionamento, este tabuleiro encontrava-se sobre um carrinho com 17cm de altura. Depois de preenchido o tabuleiro foi colocada a placa de refrigeração de butanodiol que pesa 2,5 Kg e um novo tabuleiro que pesa 1 Kg, tem de altura 12 cm, de largura 40cm e de comprimento 60 cm, sobre o tabuleiro anterior e assim sucessivamente. As placas de refrigeração e os tabuleiros sem unidades encontravam-se colocados numa bancada com 112 cm de altura. O profissional realizou esta tarefa de elevação com ambas as mãos, em frente do corpo e em piso com boa aderência ao calçado.

A tarefa de elevação considerada foi a de colocação do objeto mais pesado, neste caso o tabuleiro com a placa de butanodiol com um peso total de 3,5 Kg, no carrinho a uma altura de 17 cm, ou seja levantamento em posição baixa e com uma distância da pega de 60 cm. A avaliação atribuída a esta tarefa foi de “Aceitável”.

13.2. Posto Móvel

No PM as secções 1, 2, 3 e 5 obtiveram uma avaliação “Positiva” uma vez que não se verificaram tarefas de levação com carga superior a 2 kg, apenas se verificou tarefas de elevação na secção 4, na tarefa “acondicionamento das unidades de sangue”. O profissional desempenhou a tarefa acondicionamento das unidades de sangue no final de cada colheita, de 10 em 10 minutos em média, e colocou um novo tabuleiro de acondicionamento de unidades de sangue total e uma nova placa de refrigeração de butanodiol quando o tabuleiro atingiu a capacidade máxima, em média 3 vezes durante as 5 horas de trabalho, conforme o número de dadores.

As unidades de sangue total, com 820gr de peso, foram colocadas uma a uma até perfazer um total de 8 unidades (número máximo de unidades por tabuleiro) no tabuleiro de acondicionamento, este tabuleiro encontrava-se dentro de um armário ao nível do chão com uma altura de 2cm. Depois de preenchido o tabuleiro foi colocada a placa de refrigeração de butanodiol que pesa 2,5Kg e um novo tabuleiro que pesa 1 Kg, tem de altura 12cm, de largura 40cm e de comprimento 60 cm, sobre o tabuleiro anterior e assim sucessivamente. As placas de refrigeração e os tabuleiros sem unidades encontravam-se colocados num armário ao lado do armário de acondicionamento das unidades com 2 cm de altura. O profissional realizou esta tarefa de elevação com ambas as mãos, em frente do corpo na posição de agachado e em piso com boa aderência ao calçado.

A tarefa de elevação considerada foi a de colocação do objeto mais pesado, neste caso o tabuleiro com a placa de butanodiol com um peso total de 3,5Kg, no armário a uma altura de 2cm, ou seja levantamento em posição baixa e com uma distância da pega de 40 cm. A avaliação atribuída a esta tarefa foi de “Aceitável”.

13.3. Brigadas Móveis

Nas BM as secções 1, 2, 3 e 5 obtiveram uma avaliação “Positiva” uma vez que não se verificaram tarefas de levação com carga superior a 2 kg. Apenas se verificou tarefas de elevação na secção 4, na tarefa “acondicionamento das unidades de sangue”. O profissional desempenhou a tarefa acondicionamento das unidades de sangue no final de cada colheita, de 10 em 10 minutos em média, e colocou um novo tabuleiro de acondicionamento de unidades de sangue total e uma nova placa de refrigeração de butanodiol quando o tabuleiro atingiu a capacidade máxima. Esta tarefa de colocação de um novo tabuleiro e uma nova placa foi repetida 6 vezes na BM1, 2 vezes na BM2 e 13 vezes na BM2 durante as 5 horas de trabalho.

As unidades de sangue total, com 820gr de peso, em média, foram colocadas uma a uma até perfazer um total de 8 unidades (número máximo de unidades por tabuleiro) no tabuleiro de acondicionamento, este tabuleiro encontrava-se sobre um carrinho com 17cm de altura. Depois de preenchido o tabuleiro foi colocada a placa de refrigeração de butanodiol que pesa 2,5Kg e um novo tabuleiro que pesa 1 Kg, tem de altura 12cm, de largura 40cm e de comprimento 60 cm, sobre o tabuleiro anterior e assim sucessivamente. As placas de refrigeração e os tabuleiros sem unidades encontravam-se colocados no chão sobre um resguardo. O profissional realizou esta tarefa de elevação com ambas as mãos, em frente do corpo e em piso com boa aderência ao calçado.

A tarefa de elevação considerada foi a de colocação do objeto mais pesado, neste caso o tabuleiro com a placa de butanodiol com um peso total de 3,5Kg, no carrinho a uma altura de 17cm, ou seja levantamento em posição baixa e com uma distância da pega de 60 cm. A avaliação atribuída a esta tarefa foi de “Aceitável” na BM1, BM2 e BM3.

14. Posturas e Movimentos

A avaliação das posturas e movimentos para os diferentes locais de colheita de sangue encontram-se expostos de seguida.

14.1. Posto Fixo

Os dados serão apresentados por secção avaliando a posição do pescoço e ombros, a posição dos cotovelos e pulsos, a posição das costas e por último a posição das ancas e pernas.

Na secção 1a as posturas do pescoço e ombros, costas, ancas e pernas são as que apresentam avaliação “Negativa”. O profissional, enquanto inscrevia o dador encontrava-se sentado na ponta da cadeira (só ajustável em altura), com as costas curvadas e o olhar dirigido para baixo, Apresentava também ligeira rotação da cabeça. Em determinados momentos o profissional necessitou de dirigir o olhar para cima para o balcão e estender os braços acima do nível dos ombros para entregar ou receber documentos do dador. O espaço de trabalho encontrava-se em dois níveis, a zona do balcão e a mesa de trabalho com o computador. Na secção 1b a postura e movimentos do profissional foi avaliada como “Negativa” devido às posturas do pescoço e ombros e das costas, o profissional encontra-se com as costas curvadas e olhar dirigido para baixo. Neste local o profissional fez a pesquisa de pé num armário com várias gavetas na vertical com ordenação alfabética.

Na secção 2 as posturas e movimentos adotadas para o preenchimento do questionário ao nível do balcão tiveram uma avaliação “Aceitável”.

Na secção 3 o profissional encontrava-se sentado numa cadeira ajustável apenas em altura, as costas encontravam-se curvadas, o olhar ligeiramente dirigido para baixo uma vez que o monitor não se encontrava ajustado à altura dos olhos e em determinados momentos existe rotação do pescoço para avaliação da hemoglobina, e ainda de referir as pernas do profissional encontravam-se apoiadas sobre as rodas da cadeira. A avaliação final desta secção foi “Negativa”.

Na subsecção 4.1 todas as tarefas obtiveram uma avaliação final “negativa”. O profissional na subsecção 4.1a realizou a tarefa de preenchimento de sacos de colheita numa bancada e sentado numa cadeira ajustável em altura e ajustável ao nível das costas e com apoio de pés. Nesta subsecção o profissional apresentava as posturas e movimentos ao nível do pescoço e ombros e costas com avaliações negativas apesar de utilizar uma cadeira ajustável. Na subsecção 4.1c e 4.1e as posturas e movimentos negativos foram ao nível do pescoço e ombros, costas e ancas e pernas devido às várias posturas adotadas durante o procedimento de colheita de sangue. Na subsecção 4.1b durante o acondicionamento das unidades de sangue as posturas adotadas foram avaliadas como “Negativa”.

A subsecção 4.2a as posturas adotadas obtiveram uma avaliação “Aceitável”, uma vez que o profissional encontrava-se sentado numa cadeira ajustável numa banca de trabalho com o computador ao nível dos olhos. Já a secção 4.2b e 4.2c obtiveram uma avaliação “Negativa” uma vez que o profissional teve de se debruçar sobre a máquina para colocar uma parte do kit dentro desta. As posturas avaliadas como “Negativas” foram a do pescoço e ombros e a das costas.

Na secção 5 a avaliação das posturas e movimentos que foram todas realizadas na posição de pé foi “Aceitável”. Na tabela A14.75 encontra-se a avaliação das posturas o movimentos nas secções 1, 2, 3 e 5.

Tabela A14.75: Avaliação das posturas e movimentos no PF nas secções 1, 2, 3 e 5.

Na tabela A14.76 encontra-se a avaliação das posturas e movimentos da secção 4 do PF.

pescoço e ombros cotovelo e pulsos costas ancas e pernas

Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Qualitativa

1a 2 3 2 2 2 Negativa

1b 2 3 2 3 2 Negativa

3 3 3 3 3 Aceitável

3 3 2 2 2 Negativa

3 4 3 3 3 Aceitável

imagem

5

Avaliação AAposturas e movimentos

Avaliação final

1

seção

2

3

Tabela A14.76: Avaliação das posturas e movimentos no PF, na secção 4.

14.2. Posto Móvel

De uma forma geral a avaliação das posturas e movimentos no PM foi “Negativa”, uma vez que estamos perante um espaço de trabalho exíguo que limita os movimentos dos profissionais e condiciona as posturas adotadas e verifica-se também algumas limitações dos equipamentos, assentos e mesas de trabalho.

A secção 1 foi avaliada como “Negativa” em todas as posturas com a exceção da postura dos cotovelos e pulsos com avaliação “Aceitável”, esta zona apresenta um espaço de trabalho pequeno com uma mesa de pequenas dimensões e fixa, um assento fixo e não ajustável.

Na secção 2 existe uma mesa e bancos não ajustáveis, a avaliação final atribuída foi “Aceitável”.

Na secção 3 o espaço de trabalho é exíguo e condiciona todos os movimentos do profissional e do dador. O profissional para se sentar neste espaço de trabalho necessita de mover a mesa e os equipamentos de trabalho. A mesa e os assentos são fixos e não são ajustáveis. A avaliação final foi “Negativa”.

A secção 4 apresenta uma avaliação final de “Risco”. Na subsecção 4a foram avaliadas várias posturas sendo a mais penalizante o acondicionamento da unidade e sangue com uma avaliação de “Risco”. No acondicionamento das unidades o profissional tem de se agachar para acondicionar a unidade e quando tem de colocar as unidades no fundo do tabuleiro tem de se esticar para dentro do armário, também verificou-se a rotação do tronco para pegar nas placas e tabuleiros de sangue no armário do lado. Estes movimentos são repetidos diversas vezes ao longo do ciclo de trabalho. A subsecção 4b obteve avaliação “Negativa” ao nível do pescoço e

pescoço e

ombros

cotovelo e

pulsoscostas

ancas e

pernas

Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Qualitativa

4.1a 2 3 2 3 2 Negativa

4.1b 2 2 2 2 2 Negativa

4.1c e

4.1d2 3 2 2 3 Negativa

4.2 a 3 3 3 3 3 Aceitável

4.2b

e 4.2

c

2 3 2 3 2 Negativa

4.2

4.1

seção

Avaliação AA

imagemposturas e movimentos

Avaliação final

ombros e as restantes posturas e movimentos com avaliação “Aceitável. As subsecções 4c e 4d obtiveram uma avaliação “Negativa” uma vez que as posturas do pescoço e ombros, costas e ancas e pernas foram avaliadas negativamente. Verificou-se que os profissionais trabalham sempre de pé, a localização das balanças dentro de gavetas, ao nível do chão, condiciona as posturas e os movimentos adotados e foi também referido pelos profissionais queixas álgicas e de tensão muscular na zona do pescoço e ombros, costas e pernas e ancas ao fim do dia de trabalho.

A secção 5 apresenta também uma avaliação “Aceitável”, uma vez que as todas as posturas adotadas eram condicionadas pela altura da mesa de trabalho e da dificuldade de abrir as gavetas já deterioradas com o uso. A avaliação das posturas e movimentos no PM encontram-se na tabela A14.77.

Tabela A14.77: Avaliação das posturas e movimentos no PM.

14.3. Brigadas Móveis

Na BM1, BM2 e BM3 a avaliação das posturas e movimentos foi de uma forma geral “Negativa”.

A avaliação da BM1 é apresentada de seguida.

pescoço e ombros cotovelo e pulsos costas ancas e pernas

Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Qualitativa

2 3 2 2 2 Negativa

3 4 3 3 3 Aceitável

3 2 2 2 2 Negativa

4a 2 2 1 1 1 Risco

4b 2 3 3 3 2 Negativa

4c e

4d2 3 2 2 3 Negativa

5 3 3 3 3 3 Aceitável

imagemseção

4

1

2

3

Avaliação AAposturas e movimentos

Avaliação final

A secção 1 apresenta uma avaliação “Negativa”. Verificou-se a adoção de posturas desadequadas dos profissionais devido a utilização de assentos não ajustáveis e altura do plano de trabalho não adequada, levando os profissionais a sentarem-se na ponta da cadeira com os ombros em tensão e olhar dirigido para baixo.

A secção 2 apresenta uma avaliação “Aceitável”. Foram avaliadas as posturas ao nível do pescoço e ombros, costas e ancas e pernas como negativas. Observou-se que os assentos não eram ajustáveis.

Na secção 3 a avaliação foi “Negativa”. As posturas mais penalizadas foram as do pescoço e ombros, costas e ancas e pernas devido aos assentos não serem ajustáveis e devido à desadequada altura do plano de trabalho, nomeadamente a altura do monitor onde os profissionais apresentavam o olhar dirigido para baixo e sentado na ponta da cadeira.

As subsecções 4b, 4c e 4d foram avaliadas como “Negativas”, a destacar as posturas do pescoço e ombros, das costas e as posturas das ancas e pernas devido à altura do plano de trabalho e assento não ajustável, nas tarefas de registos, de acondicionamento das unidades de colheita e no procedimento de colheita de sangue.

A subsecção 4a as tarefas avaliadas apresentam uma avaliação “Negativa”, devido às posturas do pescoço e ombros, costas, ancas e pernas. Observou-se que os profissionais adotaram a seguinte postura: sentados na ponta da cadeira, olhar dirigido para baixo para a mesa de trabalho e costas curvadas. A secção 5 foi avaliada como “Aceitável” em termos de posturas e movimentos. Nas tabelas A14.78, A14.79 e A14.80 encontram-se as avaliações das posturas e movimentos das BM1, BM2 e BM3, respetivamente.

Tabela A14.78: Avaliação das posturas e movimentos na BM1.

pescoço e ombros cotovelo e pulsos costas ancas e pernas

Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Qualitativa

2 3 2 2 2 Negativa

3 4 3 3 3 Aceitável

2 3 2 2 2 Negativa

4a 2 3 2 2 2 Negativa

4b 2 3 2 2 2 Negativa

4c e 4d 2 3 2 2 2 Negativa

3 4 3 3 3 Aceitável

seção

2

3

imagem

5

1

Avaliação AAposturas e movimentos

Avaliação final

4

Tabela A14.79: Avaliação das posturas e movimentos na BM2.

pescoço e ombros cotovelo e pulsos costas ancas e pernas

Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Qualitativa

2 3 2 3 2 Negativa

3 4 3 3 3 Aceitável

2 3 2 2 2 Negativa

4a 2 3 2 2 2 Negativa

4b 2 3 2 2 2 Negativa

4c

e

4d

2 3 2 2 2 Negativa

3 4 3 3 3 Aceitável

Seção

2

3

5

1

Avaliação AAposturas e movimentos

Avaliação final

4

Imagem

Tabela A14.80: Avaliação das posturas e movimentos na BM2.

A avaliação geral das posturas e movimentos nas BM é apresentada na tabela A14.81.

Tabela A14.81: Avaliação geral das posturas e movimentos nas BM.

Avaliação da posturas e movimentos nas BM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

BM1 BM2 BM3 BM geral

1 2 2 2 Negativa 2

2 3 3 3 Aceitável 3

3 2 2 2 Negativa 2

4 2 2 2 Negativa 2

5 3 3 3 Aceitável 3

15. Repetitividade

pescoço e ombros cotovelo e pulsos costas ancas e pernas

Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Quantitativa Qualitativa

2 3 2 2 2 Negativa

3 4 3 3 3 Aceitável

2 3 2 2 2 Negativa

4a 2 3 2 2 2 Negativa

4b 2 3 2 2 2 Negativa

4c, 4d, 4e

e 4f2 3 2 2 2 Negativa

3 4 3 3 3 Aceitável

ImagemSeção

2

3

5

1

Avaliação AAposturas e movimentos

Avaliação final

4

O trabalho desenvolvido pelos profissionais, nos locais de colheita de sangue, PF, PM e BM considerou-se repetitivo. Constatou-se que se realizam um conjunto de tarefas, com carga física ligeira, repetidas várias vezes ao longo do ciclo de trabalho. Considerou-se para calcular a duração do ciclo de trabalho a duração das tarefas e o intervalo de tempo entre tarefas. Durante a análise verificou-se que a duração do ciclo de trabalho é influenciada pelo número de dadores atendidos e pelo número de profissionais por secção e constatou-se ainda que existem picos de afluência de dadores em determinados períodos do tempo de trabalho.

Em média, a duração de um conjunto de tarefas é semelhante nos locais de colheita de sangue, PM, PF e BM. Contudo o intervalo de tempo entre tarefas é condicionado pelo número de dadores atendidos. E uma vez que são atendidos um número diferente de dadores nos vários locais de colheita, por um número diferente de profissionais, a duração média do ciclo de trabalho torna-se diferente entre os distintos locais de colheita.

15.1. Posto Fixo

No PF1 as secções que obtiveram uma avaliação “Negativa” foram as secções 1 e 5 com uma duração média do ciclo de trabalho de 7 e 8 minutos respetivamente. Nestas secções estavam destacados um profissional por secção e foram atendidos 41 dadores na secção 1 e atendidos 37 dadores na secção 5. A secção 3 apresentou uma avaliação “Aceitável” uma vez que se encontravam dois profissionais a desenvolver a sua atividade onde cada um atendeu 21 dadores com um ciclo de trabalho médio de 14 minutos. A secção 4.1 teve uma avaliação “Aceitável” uma vez que apresentava uma duração média do ciclo de 19 minutos. Nesta secção encontravam-se dois profissionais a atender um total de 31 dadores. Na secção 4.2 encontrava-se um profissional para atender 6 dadores, com uma duração média do ciclo de trabalho de 50 minutos o que se traduz numa avaliação “Positiva”. A secção 2 obteve também uma avaliação “Positiva”.

No PF2 e PF3 o número de dadores atendidos foi menor comparativamente ao PF1 o que traduziu-se numa avaliação mais positiva em termos de repetitividade.

No PF2 a secção 1 apresentou uma avaliação “Negativa “uma vez que a duração média do ciclo de trabalho foi de 10 minutos e o número de dadores atendidos foi 29 por um profissional. As secções 3, 4.1 e 5 apresentaram uma avaliação “Aceitável”, uma vez que a duração média do ciclo de trabalho foi de 10, 13 e 12 minutos respetivamente e o número de dadores atendidos por profissional e por secção foi de 29, 23 e 26, respetivamente. Nestas secções encontravam-se a trabalhar um profissional por secção. Na secção 4.2 foram atendidos 3 dadores por um profissional com uma duração média do ciclo de trabalho de 100 minutos levando a uma avaliação “Positiva” e a secção 2 obteve também uma avaliação “Positiva”.

No PF3 a secção 2 obteve uma avaliação “Positiva” e as secções 1, 3, 4.1 e 5 apresentaram uma avaliação “Aceitável”, uma vez que a duração média do ciclo de trabalho foi de 17, 17, 27 e 21 respetivamente e o número de dadores atendidos por profissional e por secção foi de 18, 18, 11 e 14, respetivamente. Na secção 4.2 foram atendidos 3 dadores por um profissional e com uma duração média do ciclo de trabalho de 100 minutos levando a uma avaliação positiva. Na tabela encontra-se a avaliação a repetitividade por PF.

Tabela A14.82: Avaliação da repetitividade no PF1, PF2 e no PF3.

A avaliação geral da repetitividade no PF, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.83. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PM.

Tabela A14.83: Avaliação Geral da repetitividade no PF

Avaliação da repetitividade no PF pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PF1 PF2 PF3 PF geral 1 2 3 3 Negativa 2

2 4 4 4 Positiva 4 3 3 3 3 Aceitável 3

4 3 3 3 Aceitável 3 5 2 3 3 Negativa 2

15.2. Posto Móvel

No PM1 as secções 2 e 4 obtiveram uma avaliação “Positiva” e as restantes secções obtiveram uma avaliação “Aceitável” uma vez que a duração média do ciclo de trabalho situou-se entre 15 e 17 minutos. Foram atendidos 17 dadores na secção 1 e 3 por profissional, e 15 dadores por dois profissionais na secção 4 e 15 dadores na secção 5 por profissional.

No PM2 a secção 2 obteve uma avaliação “Positiva”. Na secção 4 foram atendidos 29 dadores por dois profissionais, tendo esta secção uma duração média do ciclo de trabalho de 18 minutos levando a uma avaliação “Aceitável”. As secções 1, 3 e 5 apresentaram uma avaliação “Negativa”, com uma duração média do ciclo de trabalho de 7, 7 e 9 minutos respetivamente. Foram atendidos, por secção e por profissional, 36, 36, e 29 dadores, respetivamente e encontravam-se a trabalhar um profissional por secção.

No PM3 as secções 1 e 3 obtiveram uma avaliação “Negativa”, ambas com um ciclo de trabalho de 9 minutos. Nestas secções foram atendidos 28 dadores por secção e por um profissional. As secções 4 e 5 apresentaram uma avaliação “Aceitável”, uma vez que a duração média do ciclo de trabalho foi de 29 e 14 minutos respetivamente. A secção 2 obteve uma avaliação “Positiva”. Relativamente ao número de dadores atendidos por profissional e por secção, este foi de 9 e 18

Qualitativa Quantitativa

1 7 Negativa 2

2 40 Positiva 4

3 14 Aceitável 2

4.1 19 Aceitável 3

4.1 50 Positiva 4

5 8 Negativa 2

1 10 Aceitável 3

2 40 Positiva 4

3 10 Aceitável 3

4.1 13 Aceitável 3

4.2 100 Positiva 4

5 12 Aceitável 3

1 17 Aceitável 3

2 40 Positiva 4

3 17 Aceitável 3

4.1 27 Aceitável 3

4.2 100 Positiva 4

5 21 Aceitável 3

duração média

do ciclo de

trabalho (min)

Avaliação do AAsecção

PF3

local de

colheita

PF1

PF2

4

4

4

respetivamente e encontravam-se a trabalhar dois profissionais na secção 4 e um profissional na secção 5. Na tabela A14.84 encontram-se as avaliações da repetitividade dos PM.

Tabela A14.84: Avaliação da repetitividade no PM1, PM2 e no PM3.

A avaliação geral da repetitividade no PM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.85. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PM.

Tabela A14.85: Avaliação da repetitividade no PM Avaliação da repetitividade no PM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

PM1 PM2 PM3 PM geral

Secção 1 3 2 2 Negativa 2

Secção 2 4 4 4 Positiva 4

Secção 3 3 2 2 Negativa 2

Secção 4 4 3 3 Aceitável 3

Secção 5 3 2 3 Negativa 2

15.3. Brigadas Móveis

Na BM1 a secção 2 obteve uma avaliação “Positiva”, as secções com uma avaliação “Negativa” foram as secções 1, 4a e 5 com uma duração média do ciclo de trabalho de 5, 5 e 7 minutos, respetivamente. Nestas secções foram atendidos 62, 45 e 45 dadores por profissional por secção e em termos de profissionais encontravam-se um profissional em cada secção. A secção 3 e 4b, 4c e 4d tiveram uma avaliação “Aceitável”, com um ciclo médio de trabalho de 10 e 13 minutos, respetivamente. Nestas duas secções encontravam-se dois profissionais por secção. Na secção 3 foram atendidos 31 dadores por cada profissional e na secção 4 (4b, 4c e 4d) foram atendidos 22,5 dadores por cada profissional.

Na BM2 a secção 2 obteve uma avaliação “Positiva” e as restantes secções apresentaram uma avaliação “Aceitável”, com um ciclo médio de trabalho situado entre os 12 e os 15 minutos. O número de dadores atendidos na secção 1, 3, 4 e 5 foi de 20, 20, 16 e 16 dadores por profissional, respetivamente e encontravam-se a trabalhar um profissional por secção.

A BM3 foi considerada a BM com pior avaliação em termos de repetitividade, devido ao elevado número de dadores atendidos, ao intervalo de tempo entre tarefas e ao número de profissionais por secção. Na BM3 a secção 4a e 5 apresentaram uma avaliação de “Risco”, uma vez que a

Qualitativa Quantitativa

1 15 Aceitável 3

2 40 Positiva 4

3 15 Aceitável 3

4 35 Positiva 4

5 17 Aceitável 3

1 7 Negativo 2

2 40 Positiva 4

3 7 Negativo 2

4 18 Aceitável 3

5 9 Negativo 2

1 9 Negativo 3

2 40 Positiva 4

3 9 Aceitável 2

4 29 Aceitável 3

5 14 Aceitável 3

Duração

média do ciclo

de trabalho

Avaliação do AA

Secção

PM3

Local

PM1

PM2

duração média do ciclo de trabalho foi de 3 minutos. Na secção 4a encontrava-se apenas um profissional e apenas por determinados momentos do ciclo de trabalho tinha ajuda dos colegas da secção 4 (4b, 4c, 4d, 4e e 4f) nas tarefas de abertura das caixas com sacos de colheita e verificou-se que foi substituído por outro colega para realizar a sua pausa de trabalho. Na secção 4a e 5 cada profissional atendeu 97 dadores.

Na BM3 as secções com uma avaliação “Negativa” foram as secções 1, e 3 com uma duração média do ciclo de trabalho de 5 minutos. Nestas secções estavam destacados dois profissionais. Relativamente ao número de dadores atendidos por profissional estes foram de 61,5 dadores na secção 1 e 3. As subsecções 4b, 4c, 4d, 4e e 4f tiveram uma avaliação “Aceitável”, com uma duração média do ciclo de trabalho de 12 minutos. Nestas subsecções encontravam-se quatro profissionais e foram atendidos 24,25 dadores por profissional. A secção 2 obteve uma avaliação “Positiva”. Na tabela A14.86 encontram-se os dados da avaliação da repetitividade na BM1, BM2 e na BM3.

Tabela A14.86: Avaliação da repetitividade na BM1, BM2 e na BM3.

A avaliação geral da repetitividade nas BM, no momento do estudo, encontra-se apresentada na tabela A14.87. Nesta avaliação foi atribuída a pontuação mais negativa avaliada por secção e por PM.

Tabela A14.87: Avaliação geral da repetitividade nas BM.

Avaliação da repetitividade no BM pelo analista

Secção Quantitativa Qualitativa Quantitativa

BM1 BM2 BM3 BM geral 1 2 3 2 Negativa 2

2 4 4 4 Positiva 4

3 3 3 2 Negativa 2 4 2 3 1 Risco 1

5 2 3 1 Risco 1

16. Restritividade

Qualitativa Quantitativa

5 Negativa 2

40 Positiva 4

10 Aceitável 3

4a 7 Negativa 2

4b, 4c, 4d, 4e, 4f 13 Aceitável 3

7 Negativa 2

12 Aceitável 3

41 Positiva 4

12 Aceitável 3

4a 15 Aceitável 3

4b, 4c, 4d, 4e, 4f 15 Aceitável 3

15 Aceitável 3

5 Negativa 2

68 Positiva 4

5 Negativa 2

4a 3 Risco 1

4b, 4c, 4d, 4e, 4f 12 Aceitável 3

3 Risco 1

4

3

Duração média

do ciclo de

trabalho (min)

Avaliação do AA

4

Seção

5

BM3

4

Local

BM1

BM2

3

2

1

5

1

2

3

5

1

2

O trabalho desenvolvido nos locais de colheitas de sangue, PF, PM e BM é um trabalho realizado em equipa, onde o trabalho do colega de uma secção depende da cadência do trabalho do colega de outra secção. Verificou-se que existe a interajuda entre colegas entre secções para que o ritmo de trabalho não seja muito afetado por algum problema que possa surgir. Uma outra situação a restringir o trabalho, referida pelos profissionais foi as dificuldades de acesso à intranet da instituição em determinados locais, contudo tal não se verificou no período deste estudo. Verificou-se na BM3, restritividade no trabalho devido a falta de um profissional por todas as secções, o que levou ao aumentou o tempo de espera dos dadores e condicionou o trabalho dos colegas das outras secções.

A avaliação final por local de colheita de sangue foi aceitável para o PF 1, PF2, PF3, PM1, PM2, BM1, BM2 e Negativa para a BM3.

ANEXO 15: TABELAS DE PONDERAÇÃO DO PF

Tabela A15.1: Tabela de ponderação 1 do PF

Tabela A15.2: Tabela de ponderação 2 do PF

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,77 3,41 3,96 3,32 3,27

Iluminação 2,77 3,72 3,73 3,34 3,48

Ambiente Térmico 3,17 2,93 3,46 3,24 3,17

Risco Acidente 2,98 3,05 2,88 2,93 2,77

Espaço de Trabalho 3,38 4,36 3,82 3,53 3,48

Posturas e Movimento 2,46 2,88 2,79 2,61 3,38

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 3,27 3,71 3,46 3,48 3,27

Repetitividade 2,77 3,50 3,29 3,06 2,67

Tomada de Decisão 3,67 4,24 3,55 3,53 3,98

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 3,27 2,99 3,55 2,98 3,27

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 1 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,66 3,41 3,95 3,48 3,41

Iluminação 3,16 3,72 4,10 4,02 3,72

Ambiente Térmico 3,25 2,93 3,70 3,86 3,25

Risco Acidente 3,47 3,05 3,31 3,39 3,16

Espaço de Trabalho 3,56 4,36 4,23 3,80 3,72

Posturas e Movimento 2,69 2,88 3,18 2,92 3,56

Tarefas de Elevação 3,66 4,00 3,68 3,41 3,66

Restritividade 3,41 3,71 3,70 3,72 3,41

Repetitividade 3,16 3,50 3,43 3,09 3,00

Tomada de Decisão 3,50 4,24 3,83 3,80 3,97

Conteúdo de Trabalho 3,41 4,00 3,83 3,72 3,25

Nível de Atenção Requerida 3,31 3,00 3,70 3,55 3,72

Actividade Física 3,41 2,99 3,83 3,47 3,41

Comunicação e Relação Interpessoal 3,66 4,00 4,08 3,97 3,97

Tabela de ponderação 2 do PF

Facto ergonómicoSeções

Tabela A15.3: Tabela de ponderação 3 do PF

Tabela A15.4: Tabela de ponderação 4 do PF

Tabela A15.5: Tabela de ponderação 5 do PF

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,89 3,41 3,98 3,16 3,14

Iluminação 2,39 3,72 3,37 2,67 3,24

Ambiente Térmico 3,08 2,93 3,23 2,62 3,08

Risco Acidente 2,49 3,05 2,44 2,46 2,39

Espaço de Trabalho 3,19 4,36 3,41 3,27 3,24

Posturas e Movimento 2,23 2,88 2,39 2,31 3,19

Tarefas de Elevação 3,89 4,00 3,89 3,14 3,89

Restritividade 3,14 3,71 3,23 3,24 3,14

Repetitividade 2,39 3,50 3,14 3,03 2,33

Tomada de Decisão 3,83 4,24 3,28 3,27 3,99

Conteúdo de Trabalho 3,14 4,00 3,28 3,24 3,08

Nível de Atenção Requerida 2,44 3,00 3,23 2,52 3,24

Actividade Física 3,14 2,99 3,28 2,49 3,14

Comunicação e Relação Interpessoal 3,89 4,00 4,03 3,99 3,99

Tabela de ponderação 3 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,72 3,41 3,91 3,30 3,25

Iluminação 2,85 3,72 3,77 3,40 3,53

Ambiente Térmico 3,15 2,93 3,43 3,22 3,15

Risco Acidente 3,04 3,05 2,94 2,99 2,84

Espaço de Trabalho 3,44 4,36 3,87 3,59 3,54

Posturas e Movimento 2,47 2,88 2,78 2,62 3,34

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 3,33 3,71 3,51 3,53 3,33

Repetitividade 2,78 3,50 3,27 3,06 2,68

Tomada de Decisão 3,71 4,24 3,60 3,58 4,00

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 3,21 2,99 3,47 2,93 3,21

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 4 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,68 3,41 3,85 3,27 3,23

Iluminação 2,94 3,72 3,80 3,45 3,57

Ambiente Térmico 3,14 2,93 3,40 3,20 3,14

Risco Acidente 3,09 3,05 3,00 3,04 2,90

Espaço de Trabalho 3,51 4,36 3,91 3,65 3,60

Posturas e Movimento 2,49 2,88 2,78 2,63 3,31

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 3,38 3,71 3,56 3,57 3,39

Repetitividade 2,79 3,50 3,26 3,06 2,70

Tomada de Decisão 3,75 4,24 3,65 3,63 4,03

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 3,14 2,99 3,40 2,88 3,14

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 5 do PF

Facto ergonómicoSeções

Tabela A15.6: Tabela de ponderação 6 do PF

Tabela A15.7: Tabela de ponderação 7 do PF

Tabela A15.8: Tabela de ponderação 8 do PF

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,53 3,41 3,68 3,20 3,16

Iluminação 3,19 3,72 3,91 3,62 3,72

Ambiente Térmico 3,09 2,93 3,31 3,14 3,09

Risco Acidente 3,26 3,05 3,18 3,22 3,10

Espaço de Trabalho 3,71 4,36 4,05 3,83 3,79

Posturas e Movimento 2,53 2,88 2,78 2,65 3,22

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 3,55 3,71 3,70 3,71 3,56

Repetitividade 2,83 3,50 3,21 3,04 2,75

Tomada de Decisão 3,87 4,24 3,79 3,77 4,11

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 2,95 2,99 3,16 2,73 2,95

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 6 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,50 3,40 3,60 3,20 3,10

Iluminação 3,30 3,70 4,00 3,70 3,80

Ambiente Térmico 3,10 2,90 3,30 3,10 3,10

Risco Acidente 3,40 3,00 3,30 3,30 3,20

Espaço de Trabalho 3,80 4,40 4,10 3,90 3,90

Posturas e Movimento 2,60 2,90 2,80 2,70 3,20

Tarefas de Elevação 3,80 4,00 3,80 3,30 3,80

Restritividade 3,60 3,70 3,80 3,80 3,70

Repetitividade 2,80 3,50 3,20 3,00 2,80

Tomada de Decisão 3,90 4,20 3,90 3,90 4,10

Conteúdo de Trabalho 3,30 4,00 3,60 3,50 3,20

Nível de Atenção Requerida 2,90 3,00 3,50 3,00 3,50

Actividade Física 2,80 3,00 3,00 2,60 2,80

Comunicação e Relação Interpessoal 3,80 4,00 4,10 4,00 4,00

Tabela de ponderação 7 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,39 3,41 3,51 3,12 3,09

Iluminação 3,44 3,72 4,01 3,78 3,86

Ambiente Térmico 3,04 2,93 3,22 3,09 3,04

Risco Acidente 3,43 3,05 3,36 3,39 3,30

Espaço de Trabalho 3,92 4,36 4,18 4,01 3,98

Posturas e Movimento 2,58 2,88 2,78 2,67 3,13

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 3,71 3,71 3,83 3,85 3,73

Repetitividade 2,86 3,50 3,17 3,03 2,80

Tomada de Decisão 4,00 4,24 3,93 3,91 4,18

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 2,75 2,99 2,92 2,58 2,75

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 8 do PF

Facto ergonómicoSeções

Tabela A15.9: Tabela de ponderação 9 do PF

Tabela A15.10: Tabela de ponderação 10 do PF

Tabela A15.11: Tabela de ponderação 11 do PF

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,29 3,41 3,39 3,07 3,04

Iluminação 3,60 3,72 4,08 3,89 3,96

Ambiente Térmico 3,01 2,93 3,16 3,05 3,01

Risco Acidente 3,54 3,05 3,49 3,51 3,43

Espaço de Trabalho 4,05 4,36 4,28 4,13 4,10

Posturas e Movimento 2,61 2,88 2,77 2,69 3,07

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 3,82 3,71 3,93 3,94 3,84

Repetitividade 2,88 3,50 3,14 3,03 2,83

Tomada de Decisão 4,08 4,24 4,02 4,01 4,23

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 2,62 2,99 2,76 2,48 2,62

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 9 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,10 3,41 3,16 2,97 2,95

Iluminação 3,94 3,72 4,22 4,11 4,15

Ambiente Térmico 2,95 2,93 3,04 2,97 2,95

Risco Acidente 3,76 3,05 3,73 3,75 3,70

Espaço de Trabalho 4,32 4,36 4,46 4,37 4,35

Posturas e Movimento 2,67 2,88 2,77 2,72 2,95

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 4,04 3,71 4,11 4,13 4,07

Repetitividade 2,93 3,50 3,08 3,01 2,89

Tomada de Decisão 4,24 4,24 4,21 4,20 4,34

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 2,36 2,99 2,45 2,28 2,36

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 10 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,01 3,41 3,05 2,92 2,91

Iluminação 4,10 3,72 4,29 4,22 4,24

Ambiente Térmico 2,92 2,93 2,98 2,94 2,92

Risco Acidente 3,87 3,05 3,85 3,86 3,83

Espaço de Trabalho 4,46 4,36 4,55 4,49 4,48

Posturas e Movimento 2,70 2,88 2,77 2,73 2,88

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 4,15 3,71 4,20 4,22 4,19

Repetitividade 2,95 3,50 3,05 3,01 2,93

Tomada de Decisão 4,32 4,24 4,30 4,30 4,39

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 2,23 2,99 2,29 2,18 2,23

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 11 do PF

Facto ergonómicoSeções

Tabela A15.12: Tabela de ponderação 12 do PF

Tabela A15.13: Tabela de ponderação 13 do PF

Tabela A15.14: Tabela de ponderação 14 do PF

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,91 3,41 2,93 2,86 2,86

Iluminação 4,27 3,72 4,37 4,33 4,34

Ambiente Térmico 2,89 2,93 2,92 2,90 2,89

Risco Acidente 3,99 3,05 3,97 3,98 3,96

Espaço de Trabalho 4,59 4,36 4,64 4,61 4,60

Posturas e Movimento 2,73 2,88 2,76 2,75 2,82

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 4,26 3,71 4,30 4,31 4,30

Repetitividade 2,97 3,50 3,02 3,00 2,96

Tomada de Decisão 4,41 4,24 4,39 4,39 4,44

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 2,11 2,99 2,13 2,08 2,11

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 12 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,82 2,82 2,82 2,81 2,81

Iluminação 4,44 4,44 4,44 4,44 4,44

Ambiente Térmico 2,86 2,86 2,86 2,86 2,86

Risco Acidente 4,10 4,10 4,10 4,10 4,10

Espaço de Trabalho 4,73 4,73 4,73 4,73 4,73

Posturas e Movimento 2,76 2,76 2,76 2,76 2,76

Tarefas de Elevação 3,77 4,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 4,37 4,41 4,39 4,41 4,41

Repetitividade 2,99 2,99 2,99 2,99 2,99

Tomada de Decisão 4,49 4,49 4,49 4,49 4,49

Conteúdo de Trabalho 3,27 4,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 1,98 1,98 1,98 1,98 1,98

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 4,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 13 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,54 3,41 3,93 3,65 3,54

Iluminação 3,54 3,72 4,46 4,69 3,96

Ambiente Térmico 3,33 2,93 3,93 4,48 3,33

Risco Acidente 3,96 3,05 3,75 3,85 3,54

Espaço de Trabalho 3,75 4,36 4,64 4,06 3,96

Posturas e Movimento 2,92 2,88 3,57 3,23 3,75

Tarefas de Elevação 3,54 4,00 3,57 3,54 3,54

Restritividade 3,54 3,71 3,93 3,96 3,54

Repetitividade 3,54 3,50 3,57 3,13 3,33

Tomada de Decisão 3,33 4,24 4,11 4,06 3,96

Conteúdo de Trabalho 3,54 4,00 4,11 3,96 3,33

Nível de Atenção Requerida 3,75 3,00 3,93 4,06 3,96

Actividade Física 3,54 2,99 4,11 3,96 3,54

Comunicação e Relação Interpessoal 3,54 4,00 4,11 3,96 3,96

Tabela de ponderação 14 do PF

Facto ergonómicoSeções

Tabela A15.15: Tabela de ponderação 15 do PF

Tabela A15.16: Tabela de ponderação 16 do PF

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 4,00 4,00 4,00 3,00 3,00

Iluminação 2,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Ambiente Térmico 3,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Risco Acidente 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

Espaço de Trabalho 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Posturas e Movimento 2,00 3,00 2,00 2,00 3,00

Tarefas de Elevação 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00

Restritividade 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00

Repetitividade 2,00 4,00 3,00 3,00 2,00

Tomada de Decisão 4,00 4,00 3,00 3,00 4,00

Conteúdo de Trabalho 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Nível de Atenção Requerida 2,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Actividade Física 3,00 4,00 3,00 2,00 3,00

Comunicação e Relação Interpessoal 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

Tabela de ponderação 15 do PF

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,41 3,41 3,41 2,91 2,91

Iluminação 3,22 3,72 3,72 3,22 3,72

Ambiente Térmico 2,93 2,93 2,93 2,43 2,93

Risco Acidente 3,05 3,05 3,05 3,05 3,05

Espaço de Trabalho 3,86 4,36 3,86 3,86 3,86

Posturas e Movimento 2,38 2,88 2,38 2,38 2,88

Tarefas de Elevação 3,77 2,00 3,79 3,27 3,77

Restritividade 3,69 3,71 3,69 3,70 3,71

Repetitividade 2,50 3,50 3,00 3,00 2,50

Tomada de Decisão 4,24 4,24 3,74 3,74 4,24

Conteúdo de Trabalho 3,27 2,00 3,55 3,48 3,17

Nível de Atenção Requerida 2,88 1,50 3,46 3,03 3,48

Actividade Física 2,49 2,99 2,49 1,99 2,49

Comunicação e Relação Interpessoal 3,77 2,00 4,05 3,98 3,98

Tabela de ponderação 16 do PF

Facto ergonómicoSeções

ANEXO 16: TABELAS DE PONDERAÇÃO PM

Tabela A16.1: Tabela de ponderação 1 do PM

Tabela A16.2 Tabela de ponderação 2 do PM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,54 3,40 2,91 2,52 2,65

Iluminação 2,88 3,70 3,19 3,14 3,27

Ambiente Térmico 3,38 2,92 3,53 2,09 2,75

Gases 3,17 4,38 2,09 2,20 2,54

Vibrações 3,25 4,36 3,25 3,25 3,15

Risco Acidente 2,46 3,09 2,56 2,33 2,67

Espaço de Trabalho 1,83 3,64 1,59 1,44 2,35

Posturas e Movimento 1,83 2,91 1,63 1,52 2,96

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,17 3,76 2,91 3,06 3,17

Repetitividade 2,67 3,41 2,72 2,75 2,25

Tomada de Decisão 3,67 4,30 3,53 3,38 3,77

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 3,17 2,86 3,22 3,06 3,06

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 1 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,31 3,40 2,86 2,27 2,47

Iluminação 3,31 3,70 3,78 3,21 3,41

Ambiente Térmico 3,56 2,92 3,80 2,14 2,63

Gases 3,25 4,38 2,14 1,80 2,31

Vibrações 2,88 4,36 2,88 2,88 2,72

Risco Acidente 2,69 3,09 2,84 2,49 3,00

Espaço de Trabalho 1,75 3,64 1,89 1,66 2,53

Posturas e Movimento 1,75 2,91 1,44 1,77 2,94

Tarefas de Elevação 2,88 4,00 3,34 2,74 2,88

Restritividade 3,25 3,76 2,86 3,09 3,25

Repetitividade 3,00 3,41 3,08 2,63 2,38

Tomada de Decisão 3,50 4,30 3,80 3,56 3,66

Conteúdo 3,56 4,00 3,56 3,45 3,09

Nível de Atenção Requerida 3,31 3,00 3,56 3,20 3,09

Actividade Física 3,25 2,86 3,33 3,09 3,09

Comunicação e Relação Interpessoal 3,81 4,00 3,58 3,93 4,13

Tabela de ponderação 2 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A16.3: Tabela de ponderação 3 do PM

Tabela A16.4: Tabela de ponderação 4 do PM

Tabela A16.5: Tabela de ponderação 5 do PM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,77 3,40 2,95 2,76 2,82

Iluminação 2,44 3,70 2,59 3,07 3,14

Ambiente Térmico 3,19 2,92 3,27 2,05 2,88

Gases 3,08 4,38 2,05 2,60 2,77

Vibrações 3,63 4,36 3,63 3,63 3,57

Risco Acidente 2,23 3,09 2,28 2,16 2,33

Espaço de Trabalho 1,92 3,64 1,30 1,22 2,18

Posturas e Movimento 1,92 2,91 1,81 1,26 2,98

Tarefas de Elevação 3,63 4,00 3,78 2,91 3,63

Restritividade 3,08 3,76 2,95 3,03 3,08

Repetitividade 2,33 3,41 2,36 2,88 2,13

Tomada de Decisão 3,83 4,30 3,27 3,19 3,89

Conteúdo 3,19 4,00 3,19 3,15 3,03

Nível de Atenção Requerida 2,44 3,00 3,19 2,40 3,03

Actividade Física 3,08 2,86 3,11 3,03 3,03

Comunicação e Relação Interpessoal 3,94 4,00 3,86 3,98 4,04

Tabela de ponderação 3 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,56 3,40 2,90 2,53 2,65

Iluminação 2,95 3,70 3,25 3,20 3,33

Ambiente Térmico 3,35 2,92 3,50 2,13 2,75

Gases 3,25 4,38 2,23 2,33 2,65

Vibrações 3,32 4,36 3,32 3,32 3,22

Risco Acidente 2,54 3,09 2,64 2,42 2,74

Espaço de Trabalho 1,96 3,64 1,73 1,58 2,45

Posturas e Movimento 1,88 2,91 1,68 1,58 2,95

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,23 3,76 2,98 3,14 3,23

Repetitividade 2,67 3,41 2,72 2,75 2,28

Tomada de Decisão 3,71 4,30 3,58 3,44 3,81

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 3,09 2,86 3,14 3,00 3,00

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 4 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,57 3,40 2,90 2,55 2,66

Iluminação 3,03 3,70 3,31 3,27 3,38

Ambiente Térmico 3,32 2,92 3,46 2,17 2,76

Gases 3,33 4,38 2,36 2,46 2,76

Vibrações 3,40 4,36 3,40 3,40 3,30

Risco Acidente 2,63 3,09 2,72 2,51 2,82

Espaço de Trabalho 2,08 3,64 1,86 1,72 2,55

Posturas e Movimento 1,93 2,91 1,74 1,65 2,94

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,30 3,76 3,06 3,21 3,30

Repetitividade 2,68 3,41 2,73 2,76 2,31

Tomada de Decisão 3,76 4,30 3,64 3,50 3,85

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 3,02 2,86 3,07 2,93 2,93

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 5 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A16.6: Tabela de ponderação 6 do PM

Tabela A16.7: Tabela de ponderação 7 do PM

Tabela A16.8: Tabela de ponderação 8 do PM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,61 3,40 2,88 2,59 2,69

Iluminação 3,25 3,70 3,49 3,45 3,55

Ambiente Térmico 3,24 2,92 3,36 2,28 2,77

Gases 3,57 4,38 2,76 2,84 3,10

Vibrações 3,62 4,36 3,62 3,62 3,54

Risco Acidente 2,89 3,09 2,97 2,79 3,04

Espaço de Trabalho 2,45 3,64 2,27 2,15 2,84

Posturas e Movimento 2,08 2,91 1,92 1,84 2,92

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,49 3,76 3,30 3,43 3,50

Repetitividade 2,70 3,41 2,74 2,77 2,39

Tomada de Decisão 3,90 4,30 3,80 3,68 3,98

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,80 2,86 2,84 2,73 2,73

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 6 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,60 3,40 2,90 2,60 2,70

Iluminação 3,40 3,70 3,60 3,60 3,60

Ambiente Térmico 3,20 2,90 3,30 2,30 2,80

Gases 3,70 4,40 3,00 3,10 3,30

Vibrações 3,70 4,40 3,70 3,70 3,70

Risco Acidente 3,00 3,10 3,10 2,90 3,20

Espaço de Trabalho 2,70 3,60 2,50 2,40 3,00

Posturas e Movimento 2,20 2,90 2,00 1,90 2,90

Tarefas de Elevação 3,30 4,00 3,60 2,80 3,30

Restritividade 3,60 3,80 3,40 3,50 3,60

Repetitividade 2,70 3,40 2,70 2,80 2,40

Tomada de Decisão 4,00 4,30 3,90 3,80 4,00

Conteúdo 3,40 4,00 3,40 3,30 3,10

Nível de Atenção Requerida 2,90 3,00 3,40 2,80 3,10

Actividade Física 2,70 2,90 2,70 2,60 2,60

Comunicação e Relação Interpessoal 3,90 4,00 3,70 4,00 4,10

Tabela de ponderação 7 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,65 3,40 2,86 2,64 2,71

Iluminação 3,48 3,70 3,67 3,64 3,72

Ambiente Térmico 3,16 2,92 3,25 2,39 2,78

Gases 3,81 4,38 3,16 3,23 3,43

Vibrações 3,84 4,36 3,84 3,84 3,78

Risco Acidente 3,15 3,09 3,21 3,07 3,27

Espaço de Trabalho 2,81 3,64 2,67 2,58 3,13

Posturas e Movimento 2,23 2,91 2,10 2,04 2,90

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,68 3,76 3,53 3,64 3,71

Repetitividade 2,72 3,41 2,76 2,77 2,47

Tomada de Decisão 4,04 4,30 3,96 3,86 4,10

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,59 2,86 2,62 2,52 2,52

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 8 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A16.9: Tabela de ponderação 9 do PM

Tabela A16.10: Tabela de ponderação 10 do PM

Tabela A16.11: Tabela de ponderação 11 do PM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,68 3,40 2,85 2,67 2,72

Iluminação 3,63 3,70 3,79 3,77 3,83

Ambiente Térmico 3,10 2,92 3,18 2,46 2,79

Gases 3,97 4,38 3,43 3,49 3,65

Vibrações 3,99 4,36 3,99 3,99 3,94

Risco Acidente 3,32 3,09 3,37 3,25 3,42

Espaço de Trabalho 3,06 3,64 2,94 2,87 3,32

Posturas e Movimento 2,33 2,91 2,22 2,17 2,89

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,81 3,76 3,69 3,79 3,84

Repetitividade 2,74 3,41 2,76 2,78 2,53

Tomada de Decisão 4,13 4,30 4,06 3,98 4,18

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,44 2,86 2,47 2,39 2,39

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 9 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,73 3,40 2,83 2,73 2,76

Iluminação 3,94 3,70 4,03 4,02 4,06

Ambiente Térmico 2,99 2,92 3,04 2,61 2,81

Gases 4,29 4,38 3,97 4,00 4,10

Vibrações 4,28 4,36 4,28 4,28 4,25

Risco Acidente 3,66 3,09 3,69 3,62 3,72

Espaço de Trabalho 3,55 3,64 3,48 3,44 3,70

Posturas e Movimento 2,52 2,91 2,46 2,43 2,86

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 4,07 3,76 4,00 4,08 4,11

Repetitividade 2,77 3,41 2,78 2,79 2,64

Tomada de Decisão 4,32 4,30 4,28 4,23 4,35

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,15 2,86 2,17 2,12 2,12

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 10 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,76 3,40 2,82 2,76 2,77

Iluminação 4,09 3,70 4,15 4,14 4,17

Ambiente Térmico 2,94 2,92 2,97 2,68 2,81

Gases 4,45 4,38 4,23 4,25 4,32

Vibrações 4,43 4,36 4,43 4,43 4,41

Risco Acidente 3,83 3,09 3,85 3,81 3,87

Espaço de Trabalho 3,79 3,64 3,75 3,72 3,90

Posturas e Movimento 2,62 2,91 2,58 2,56 2,85

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 4,19 3,76 4,16 4,22 4,24

Repetitividade 2,78 3,41 2,79 2,80 2,70

Tomada de Decisão 4,41 4,30 4,38 4,35 4,43

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,01 2,86 2,02 1,99 1,99

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 11 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A16.12: Tabela de ponderação 12 do PM

Tabela A16.13: Tabela de ponderação 13 do PM

Tabela A16.14: Tabela de ponderação 14 do PM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,76 3,40 2,82 2,76 2,77

Iluminação 4,09 3,70 4,15 4,14 4,17

Ambiente Térmico 2,94 2,92 2,97 2,68 2,81

Gases 4,45 4,38 4,23 4,25 4,32

Vibrações 4,43 4,36 4,43 4,43 4,41

Risco Acidente 3,83 3,09 3,85 3,81 3,87

Espaço de Trabalho 3,79 3,64 3,75 3,72 3,90

Posturas e Movimento 2,62 2,91 2,58 2,56 2,85

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 4,19 3,76 4,16 4,22 4,24

Repetitividade 2,78 3,41 2,79 2,80 2,70

Tomada de Decisão 4,41 4,30 4,38 4,35 4,43

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,01 2,86 2,02 1,99 1,99

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 12 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,81 2,81 2,80 2,82 2,80

Iluminação 4,39 4,39 4,39 4,39 4,39

Ambiente Térmico 2,83 2,83 2,83 2,83 2,83

Gases 4,77 4,77 4,77 4,77 4,77

Vibrações 4,73 4,73 4,73 4,73 4,73

Risco Acidente 4,18 4,18 4,18 4,18 4,18

Espaço de Trabalho 4,28 4,28 4,29 4,29 4,28

Posturas e Movimento 2,82 2,82 2,82 2,82 2,82

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 4,45 4,51 4,47 4,51 4,51

Repetitividade 2,81 2,81 2,81 2,81 2,81

Tomada de Decisão 4,59 4,59 4,59 4,59 4,59

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 13 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,08 3,40 2,81 2,03 2,29

Iluminação 3,75 3,70 4,38 3,28 3,54

Ambiente Térmico 3,75 2,92 4,06 2,19 2,50

Gases 3,33 4,38 2,19 1,41 2,08

Vibrações 2,50 4,36 2,50 2,50 2,29

Risco Acidente 2,92 3,09 3,13 2,66 3,33

Espaço de Trabalho 1,67 3,64 2,19 1,88 2,71

Posturas e Movimento 1,67 2,91 1,25 2,03 2,92

Tarefas de Elevação 2,50 4,00 3,13 2,66 2,50

Restritividade 3,33 3,76 2,81 3,13 3,33

Repetitividade 3,33 3,41 3,44 2,50 2,50

Tomada de Decisão 3,33 4,30 4,06 3,75 3,54

Conteúdo 3,75 4,00 3,75 3,59 3,13

Nível de Atenção Requerida 3,75 3,00 3,75 3,59 3,13

Actividade Física 3,33 2,86 3,44 3,13 3,13

Comunicação e Relação Interpessoal 3,75 4,00 3,44 3,91 4,17

Tabela de ponderação 14 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A16.15: Tabela de ponderação 15 do PM

Tabela A16.16: Tabela de ponderação 16 do PM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Iluminação 2,00 3,00 2,00 3,00 3,00

Ambiente Térmico 3,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Gases 3,00 4,00 2,00 3,00 3,00

Vibrações 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

Risco Acidente 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

Espaço de Trabalho 2,00 3,00 1,00 1,00 2,00

Posturas e Movimento 2,00 3,00 2,00 1,00 3,00

Tarefas de Elevação 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00

Restritividade 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00

Repetitividade 2,00 4,00 2,00 3,00 2,00

Tomada de Decisão 4,00 4,00 3,00 3,00 4,00

Conteúdo 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Nível de Atenção Requerida 2,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Actividade Física 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Comunicação e Relação Interpessoal 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

Tabela de ponderação 15 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,90 3,40 2,90 2,91 2,90

Iluminação 3,20 3,70 3,20 3,70 3,70

Ambiente Térmico 2,92 2,92 2,92 2,42 2,92

Gases 3,88 4,38 3,38 3,88 3,88

Vibrações 4,36 4,36 4,36 4,36 4,36

Risco Acidente 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09

Espaço de Trabalho 3,14 3,64 2,65 2,65 3,14

Posturas e Movimento 2,41 2,91 2,41 1,91 2,91

Tarefas de Elevação 3,25 2,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,73 3,76 3,74 3,76 3,76

Repetitividade 2,41 3,41 2,41 2,91 2,41

Tomada de Decisão 4,30 4,30 3,80 3,80 4,30

Conteúdo 3,38 2,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 1,50 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,36 2,86 2,36 2,36 2,36

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 2,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 16 dos PM

Facto ergonómicoSeções

ANEXO 17: TABELAS DE PONDERAÇÃO BM

Tabela A17.1: Tabela de ponderação 1 das BM

Tabela A17.2: Tabela de ponderação 2 das BM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,54 3,40 2,91 2,52 2,65

Iluminação 2,88 3,70 3,19 3,14 3,27

Ambiente Térmico 3,38 2,92 3,53 2,09 2,75

Gases 3,17 4,38 2,09 2,20 2,54

Vibrações 3,25 4,36 3,25 3,25 3,15

Risco Acidente 2,46 3,09 2,56 2,33 2,67

Espaço de Trabalho 1,83 3,64 1,59 1,44 2,35

Posturas e Movimento 1,83 2,91 1,63 1,52 2,96

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,17 3,76 2,91 3,06 3,17

Repetitividade 2,67 3,41 2,72 2,75 2,25

Tomada de Decisão 3,67 4,30 3,53 3,38 3,77

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 3,17 2,86 3,22 3,06 3,06

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 1 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,31 3,40 2,86 2,27 2,47

Iluminação 3,31 3,70 3,78 3,21 3,41

Ambiente Térmico 3,56 2,92 3,80 2,14 2,63

Gases 3,25 4,38 2,14 1,80 2,31

Vibrações 2,88 4,36 2,88 2,88 2,72

Risco Acidente 2,69 3,09 2,84 2,49 3,00

Espaço de Trabalho 1,75 3,64 1,89 1,66 2,53

Posturas e Movimento 1,75 2,91 1,44 1,77 2,94

Tarefas de Elevação 2,88 4,00 3,34 2,74 2,88

Restritividade 3,25 3,76 2,86 3,09 3,25

Repetitividade 3,00 3,41 3,08 2,63 2,38

Tomada de Decisão 3,50 4,30 3,80 3,56 3,66

Conteúdo 3,56 4,00 3,56 3,45 3,09

Nível de Atenção Requerida 3,31 3,00 3,56 3,20 3,09

Actividade Física 3,25 2,86 3,33 3,09 3,09

Comunicação e Relação Interpessoal 3,81 4,00 3,58 3,93 4,13

Tabela de ponderação 2 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A17.3: Tabela de ponderação 3 das BM

Tabela A17.4: Tabela de ponderação 4 das BM

Tabela A17.5: Tabela de ponderação 5 das BM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,77 3,40 2,95 2,76 2,82

Iluminação 2,44 3,70 2,59 3,07 3,14

Ambiente Térmico 3,19 2,92 3,27 2,05 2,88

Gases 3,08 4,38 2,05 2,60 2,77

Vibrações 3,63 4,36 3,63 3,63 3,57

Risco Acidente 2,23 3,09 2,28 2,16 2,33

Espaço de Trabalho 1,92 3,64 1,30 1,22 2,18

Posturas e Movimento 1,92 2,91 1,81 1,26 2,98

Tarefas de Elevação 3,63 4,00 3,78 2,91 3,63

Restritividade 3,08 3,76 2,95 3,03 3,08

Repetitividade 2,33 3,41 2,36 2,88 2,13

Tomada de Decisão 3,83 4,30 3,27 3,19 3,89

Conteúdo 3,19 4,00 3,19 3,15 3,03

Nível de Atenção Requerida 2,44 3,00 3,19 2,40 3,03

Actividade Física 3,08 2,86 3,11 3,03 3,03

Comunicação e Relação Interpessoal 3,94 4,00 3,86 3,98 4,04

Tabela de ponderação 3 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,56 3,40 2,90 2,53 2,65

Iluminação 2,95 3,70 3,25 3,20 3,33

Ambiente Térmico 3,35 2,92 3,50 2,13 2,75

Gases 3,25 4,38 2,23 2,33 2,65

Vibrações 3,32 4,36 3,32 3,32 3,22

Risco Acidente 2,54 3,09 2,64 2,42 2,74

Espaço de Trabalho 1,96 3,64 1,73 1,58 2,45

Posturas e Movimento 1,88 2,91 1,68 1,58 2,95

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,23 3,76 2,98 3,14 3,23

Repetitividade 2,67 3,41 2,72 2,75 2,28

Tomada de Decisão 3,71 4,30 3,58 3,44 3,81

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 3,09 2,86 3,14 3,00 3,00

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 4 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,57 3,40 2,90 2,55 2,66

Iluminação 3,03 3,70 3,31 3,27 3,38

Ambiente Térmico 3,32 2,92 3,46 2,17 2,76

Gases 3,33 4,38 2,36 2,46 2,76

Vibrações 3,40 4,36 3,40 3,40 3,30

Risco Acidente 2,63 3,09 2,72 2,51 2,82

Espaço de Trabalho 2,08 3,64 1,86 1,72 2,55

Posturas e Movimento 1,93 2,91 1,74 1,65 2,94

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,30 3,76 3,06 3,21 3,30

Repetitividade 2,68 3,41 2,73 2,76 2,31

Tomada de Decisão 3,76 4,30 3,64 3,50 3,85

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 3,02 2,86 3,07 2,93 2,93

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 5 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A17.6: Tabela de ponderação 6 das BM

Tabela A17.7: Tabela de ponderação 7 das BM

Tabela A17.8: Tabela de ponderação 8 das BM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,61 3,40 2,88 2,59 2,69

Iluminação 3,25 3,70 3,49 3,45 3,55

Ambiente Térmico 3,24 2,92 3,36 2,28 2,77

Gases 3,57 4,38 2,76 2,84 3,10

Vibrações 3,62 4,36 3,62 3,62 3,54

Risco Acidente 2,89 3,09 2,97 2,79 3,04

Espaço de Trabalho 2,45 3,64 2,27 2,15 2,84

Posturas e Movimento 2,08 2,91 1,92 1,84 2,92

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,49 3,76 3,30 3,43 3,50

Repetitividade 2,70 3,41 2,74 2,77 2,39

Tomada de Decisão 3,90 4,30 3,80 3,68 3,98

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,80 2,86 2,84 2,73 2,73

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 6 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,60 3,40 2,90 2,60 2,70

Iluminação 3,40 3,70 3,60 3,60 3,60

Ambiente Térmico 3,20 2,90 3,30 2,30 2,80

Gases 3,70 4,40 3,00 3,10 3,30

Vibrações 3,70 4,40 3,70 3,70 3,70

Risco Acidente 3,00 3,10 3,10 2,90 3,20

Espaço de Trabalho 2,70 3,60 2,50 2,40 3,00

Posturas e Movimento 2,20 2,90 2,00 1,90 2,90

Tarefas de Elevação 3,30 4,00 3,60 2,80 3,30

Restritividade 3,60 3,80 3,40 3,50 3,60

Repetitividade 2,70 3,40 2,70 2,80 2,40

Tomada de Decisão 4,00 4,30 3,90 3,80 4,00

Conteúdo 3,40 4,00 3,40 3,30 3,10

Nível de Atenção Requerida 2,90 3,00 3,40 2,80 3,10

Actividade Física 2,70 2,90 2,70 2,60 2,60

Comunicação e Relação Interpessoal 3,90 4,00 3,70 4,00 4,10

Tabela de ponderação 7 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,65 3,40 2,86 2,64 2,71

Iluminação 3,48 3,70 3,67 3,64 3,72

Ambiente Térmico 3,16 2,92 3,25 2,39 2,78

Gases 3,81 4,38 3,16 3,23 3,43

Vibrações 3,84 4,36 3,84 3,84 3,78

Risco Acidente 3,15 3,09 3,21 3,07 3,27

Espaço de Trabalho 2,81 3,64 2,67 2,58 3,13

Posturas e Movimento 2,23 2,91 2,10 2,04 2,90

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,68 3,76 3,53 3,64 3,71

Repetitividade 2,72 3,41 2,76 2,77 2,47

Tomada de Decisão 4,04 4,30 3,96 3,86 4,10

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,59 2,86 2,62 2,52 2,52

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 8 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A17.9: Tabela de ponderação 9 das BM

Tabela A17.10: Tabela de ponderação 10 das BM

Tabela A17.11: Tabela de ponderação 11 das BM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,68 3,40 2,85 2,67 2,72

Iluminação 3,63 3,70 3,79 3,77 3,83

Ambiente Térmico 3,10 2,92 3,18 2,46 2,79

Gases 3,97 4,38 3,43 3,49 3,65

Vibrações 3,99 4,36 3,99 3,99 3,94

Risco Acidente 3,32 3,09 3,37 3,25 3,42

Espaço de Trabalho 3,06 3,64 2,94 2,87 3,32

Posturas e Movimento 2,33 2,91 2,22 2,17 2,89

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,81 3,76 3,69 3,79 3,84

Repetitividade 2,74 3,41 2,76 2,78 2,53

Tomada de Decisão 4,13 4,30 4,06 3,98 4,18

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,44 2,86 2,47 2,39 2,39

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 9 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,73 3,40 2,83 2,73 2,76

Iluminação 3,94 3,70 4,03 4,02 4,06

Ambiente Térmico 2,99 2,92 3,04 2,61 2,81

Gases 4,29 4,38 3,97 4,00 4,10

Vibrações 4,28 4,36 4,28 4,28 4,25

Risco Acidente 3,66 3,09 3,69 3,62 3,72

Espaço de Trabalho 3,55 3,64 3,48 3,44 3,70

Posturas e Movimento 2,52 2,91 2,46 2,43 2,86

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 4,07 3,76 4,00 4,08 4,11

Repetitividade 2,77 3,41 2,78 2,79 2,64

Tomada de Decisão 4,32 4,30 4,28 4,23 4,35

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,15 2,86 2,17 2,12 2,12

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 10 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,76 3,40 2,82 2,76 2,77

Iluminação 4,09 3,70 4,15 4,14 4,17

Ambiente Térmico 2,94 2,92 2,97 2,68 2,81

Gases 4,45 4,38 4,23 4,25 4,32

Vibrações 4,43 4,36 4,43 4,43 4,41

Risco Acidente 3,83 3,09 3,85 3,81 3,87

Espaço de Trabalho 3,79 3,64 3,75 3,72 3,90

Posturas e Movimento 2,62 2,91 2,58 2,56 2,85

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 4,19 3,76 4,16 4,22 4,24

Repetitividade 2,78 3,41 2,79 2,80 2,70

Tomada de Decisão 4,41 4,30 4,38 4,35 4,43

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,01 2,86 2,02 1,99 1,99

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 11 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A17.12: Tabela de ponderação 12 das BM

Tabela A17.13: Tabela de ponderação 13 das BM

Tabela A17.14: Tabela de ponderação 14 das BM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,76 3,40 2,82 2,76 2,77

Iluminação 4,09 3,70 4,15 4,14 4,17

Ambiente Térmico 2,94 2,92 2,97 2,68 2,81

Gases 4,45 4,38 4,23 4,25 4,32

Vibrações 4,43 4,36 4,43 4,43 4,41

Risco Acidente 3,83 3,09 3,85 3,81 3,87

Espaço de Trabalho 3,79 3,64 3,75 3,72 3,90

Posturas e Movimento 2,62 2,91 2,58 2,56 2,85

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 4,19 3,76 4,16 4,22 4,24

Repetitividade 2,78 3,41 2,79 2,80 2,70

Tomada de Decisão 4,41 4,30 4,38 4,35 4,43

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,01 2,86 2,02 1,99 1,99

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 12 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,81 2,81 2,80 2,82 2,80

Iluminação 4,39 4,39 4,39 4,39 4,39

Ambiente Térmico 2,83 2,83 2,83 2,83 2,83

Gases 4,77 4,77 4,77 4,77 4,77

Vibrações 4,73 4,73 4,73 4,73 4,73

Risco Acidente 4,18 4,18 4,18 4,18 4,18

Espaço de Trabalho 4,28 4,28 4,29 4,29 4,28

Posturas e Movimento 2,82 2,82 2,82 2,82 2,82

Tarefas de Elevação 3,25 4,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 4,45 4,51 4,47 4,51 4,51

Repetitividade 2,81 2,81 2,81 2,81 2,81

Tomada de Decisão 4,59 4,59 4,59 4,59 4,59

Conteúdo 3,38 4,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 3,00 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 1,72 1,72 1,72 1,72 1,72

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 4,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 13 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,08 3,40 2,81 2,03 2,29

Iluminação 3,75 3,70 4,38 3,28 3,54

Ambiente Térmico 3,75 2,92 4,06 2,19 2,50

Gases 3,33 4,38 2,19 1,41 2,08

Vibrações 2,50 4,36 2,50 2,50 2,29

Risco Acidente 2,92 3,09 3,13 2,66 3,33

Espaço de Trabalho 1,67 3,64 2,19 1,88 2,71

Posturas e Movimento 1,67 2,91 1,25 2,03 2,92

Tarefas de Elevação 2,50 4,00 3,13 2,66 2,50

Restritividade 3,33 3,76 2,81 3,13 3,33

Repetitividade 3,33 3,41 3,44 2,50 2,50

Tomada de Decisão 3,33 4,30 4,06 3,75 3,54

Conteúdo 3,75 4,00 3,75 3,59 3,13

Nível de Atenção Requerida 3,75 3,00 3,75 3,59 3,13

Actividade Física 3,33 2,86 3,44 3,13 3,13

Comunicação e Relação Interpessoal 3,75 4,00 3,44 3,91 4,17

Tabela de ponderação 14 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Tabela A17.15: Tabela de ponderação 15 do BM

Tabela A17.16: Tabela de ponderação 16 das BM

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Iluminação 2,00 3,00 2,00 3,00 3,00

Ambiente Térmico 3,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Gases 3,00 4,00 2,00 3,00 3,00

Vibrações 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

Risco Acidente 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00

Espaço de Trabalho 2,00 3,00 1,00 1,00 2,00

Posturas e Movimento 2,00 3,00 2,00 1,00 3,00

Tarefas de Elevação 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00

Restritividade 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00

Repetitividade 2,00 4,00 2,00 3,00 2,00

Tomada de Decisão 4,00 4,00 3,00 3,00 4,00

Conteúdo 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Nível de Atenção Requerida 2,00 3,00 3,00 2,00 3,00

Actividade Física 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00

Comunicação e Relação Interpessoal 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00

Tabela de ponderação 15 dos PM

Facto ergonómicoSeções

Seção 1 Secção 2 Seção 3 Seção 4 Seção 5

Ruido 2,90 3,40 2,90 2,91 2,90

Iluminação 3,20 3,70 3,20 3,70 3,70

Ambiente Térmico 2,92 2,92 2,92 2,42 2,92

Gases 3,88 4,38 3,38 3,88 3,88

Vibrações 4,36 4,36 4,36 4,36 4,36

Risco Acidente 3,09 3,09 3,09 3,09 3,09

Espaço de Trabalho 3,14 3,64 2,65 2,65 3,14

Posturas e Movimento 2,41 2,91 2,41 1,91 2,91

Tarefas de Elevação 3,25 2,00 3,56 2,83 3,25

Restritividade 3,73 3,76 3,74 3,76 3,76

Repetitividade 2,41 3,41 2,41 2,91 2,41

Tomada de Decisão 4,30 4,30 3,80 3,80 4,30

Conteúdo 3,38 2,00 3,38 3,30 3,06

Nível de Atenção Requerida 2,88 1,50 3,38 2,80 3,06

Actividade Física 2,36 2,86 2,36 2,36 2,36

Comunicação e Relação Interpessoal 3,88 2,00 3,72 3,95 4,08

Tabela de ponderação 16 dos PM

Facto ergonómicoSeções