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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
PATRICIA PUEYO DO AMARAL
A IMPORTÂNCIA DA INTERFERÊNCIA DAS ATIVIDADES HUMANAS SOBREO MEIO AMBIENTE NO AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE
LEISHMANIOSE
Rio de Janeiro2009
PATRICIA PUEYO DO AMARAL
A IMPORTÂNCIA DA INTERFERÊNCIA DAS ATIVIDADES HUMANAS SOBREO MEIO AMBIENTE NO AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE
LEISHMANIOSE
Apresentação de monografia àUniversidade Cândido Mendes comorequisito parcial para a obtenção do graude especialista em Gestão Ambiental,sob orientação da Prof. JacquelineGuerreiro.
Orientador: Prof. JACQUELINE GUERREIRO
Rio de Janeiro2009
PATRCIA PUEYO DO AMARAL
A IMPORTÂNCIA DA INTERFERÊNCIA DAS ATIVIDADES HUMANAS SOBREO MEIO AMBIENTE NO AUMENTO DO NÚMERO DE CASOS DE
LEISHMANIOSE
Apresentação de monografia àUniversidade Cândido Mendes comorequisito parcial para a obtenção do graude especialista em Gestão Ambiental,sob orientação da Prof. JacquelineGuerreiro.
Aprovado em março de 2009
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________________Prof. Jacqueline Guerreiro
Rio de janeiro2009
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho à minha família, aos meus amigos , meus
amigos de turma, e a todos que fazem parte e são importantes na minha vida.
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais que sempre me apoiaram, incentivaram e que,além de uma base de segurança e afeto, também semostraram exemplo de tolerância e determinação.
Aos meus amigos que compreenderam todas minhasausências.
Aos meus amigos de turma e ao Márcio por momentosmaravilhosos que passamos durante o curso.
RESUMO
As Leishmanioses são doenças infecciosas, causadas por protozoários do
gênero Leishmânia , que podem afetar o homem, animais silvestres e domésticos,
principalmente o cão. A transmissão ocorre pela picada de flebotomíneos, insetos
vetores, popularmente conhecidos por “mosquito palha” ou “cangalhinha”, pelo
tamanho reduzido, coloração clara e por pousarem com asas abertas e eretas.
Inicialmente, a transmissão era silvestre ou concentrada em pequenas
áreas rurais, mas as transformações ambientais, provocadas por pressões
econômicas e sociais, pelo processo migratório e pela urbanização crescente
estão modificando esse perfil. Essas mudanças estão se tornando um crescente
problema de saúde pública, pois vêm acarretando a expansão das áreas
endêmicas e o aparecimento de novos focos de infecção, tanto domiciliares
quanto peridomiciliares.
A Educação Ambiental e a Educação em Saúde são instrumentos de
extrema importância na sensibilização e conscientização das populações dessas
regiões, uma vez que os vetores das Leishmanioses são insetos que habitam
tanto áreas florestais, quanto áreas rurais, peridomiciliares e domiciliares.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO......................................................................................................................9
CAPITULO I........................................................................................................................11
1.1. EDUCAÇÃO...........................................................................................................11
1.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL...................................................................................13
1.3. EDUCAÇÃO EM SAÚDE......................................................................................14
CAPITULO II.......................................................................................................................16
2.1. A LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA...........................................18
2.2. LEISHMANIOSE VISCERAL...............................................................................18
2.3. OS VETORES DAS LEISHMANIOSES................................................................19
2.3.1. OS VETORES DAS LEISHMANIOSES E O MEIO AMBIENTE...............20
2.3.2. O CONTROLE DOS VETORES DAS LEISHMANIOSES...........................21
2.4. AS LEISHMANIOSES E O MEIO AMBIENTE....................................................22
2.5. EPIDEMIOLOGIA DAS LEISHMANIOSES........................................................23
2.5.1. EPIDEMIOLOGIA DAS LEISHMANIOSES TEGUMENTARES................23
2.5.2. EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL.................................25
CAPITULO III.....................................................................................................................28
3.1. A URBANIZAÇÃO E AS LEISHMANIOSES......................................................29
3.2. O DESMATAMENTO E AS LEISHMANIOSES..................................................30
CONCLUSÃO......................................................................................................................32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................33
INTRODUÇÃO
As mudanças econômicas, políticas e culturais que ocorreram e ocorrem
no mundo desde o século XIX, produziram e ainda produzem alterações
significativas na sociedade. Atualmente, são comuns a contaminação dos cursos
d'água, a poluição atmosférica, a devastação das florestas, a caça indiscriminada
e a redução ou mesmo destruição dos habitats faunísticos, além de muitas outras
formas de agressão ao meio ambiente, o que pode levar ao aparecimento de
doenças emergentes e reemergentes. A maioria das doenças, e principalmente as
epidemias têm um estreito relacionamento com a ecologia e o meio ambiente em
que se desenvolvem.
À medida que se destrói o ambiente natural de insetos transmissores de
doenças que em seu ambiente picariam apenas animais silvestres, eles se
adaptam ao ambiente humano, fazendo deles e de seus animais de estimação as
suas principais vítimas.
Atualmente, no combate às doenças e epidemias, são necessários
profissionais de diversas áreas, que possam avaliar e interpretar esses
desequilíbrios ambientais que já causaram, estão causando e ainda causarão
catástrofes ambientais e epidemiológicas, com suas conseqüências, e para
prevenir o que poderá acontecer, é cada vez mais óbvia a necessidade de
equipes multidisciplinares atuando em conjunto.
10
O objetivo do presente trabalho é demonstrar a importância da Educação
Ambiental e da Educação em Saúde na sensibilização e na propagação de
conhecimento à população à respeito das Leishmanioses e dos problemas
relacionados ao meio ambiente, à saúde animal e à saúde pública devido à
influência do ser humano e suas atividades sobre o meio ambiente.
CAPITULO IEDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO AMBIENTAL E EDUCAÇÃO EM
SAÚDE
1.1. EDUCAÇÃO
Tratando-se de um fenômeno que tem o seu princípio e o seu fim voltados
para a pessoa humana, a educação só pode ser verdadeiramente compreendida
e analisada sob enfoques que definem o próprio ser humano, em particular o
biopsicológico e o sociológico. (Levy, S.N et al.).
Ainda segundo (Levy, S.N et al.), do ponto de vista biopsicológico, a
educação tem por objetivo levar o indivíduo a realizar suas possibilidades
intrínsecas, com vistas à formação e ao desenvolvimento de sua personalidade.
Sociologicamente, a educação é um processo que tem por fim conservar e
transmitir cultura, atuando como importante instrumento e técnica social.
12
Em termos gerais, em relação às necessidades individuais a educação
visa:
• Desenvolvimento harmônico do corpo e do espírito;
• Desenvolvimento emocional;
• Formação do espírito crítico;
• Desenvolvimento da capacidade criativa;
• Desenvolvimento do espírito de iniciativa;
• Formação estética;
• Formação moral;
• Formação ética;
Desenvolvimento das peculiaridades de cada educando;
• Assimilação dos valores e técnicas fundamentais da cultura a que
pertence o educando.
No plano das necessidades sociais, os objetivos da educação são:
• Conservação e transmissão cultural;
• Desenvolvimento do senso de responsabilidade social do educando;
• Instrumentalização do educando para que participe conscientemente
das transformações e do progresso social;
• Formação política para o pleno exercício da cidadania;
• Formação econômica;
• Formação para as parcerias e solidariedade e
• Integração social.
13
1.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O ano de 1999 é considerado um marco na Educação Ambiental quando é
sancionada no dia 27 de abril a lei Nº 9795 que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental. A mesma foi regulamentada em 25 de junho de 2002,
através do decreto Nº 4.281 retomando algumas idéias defendidas em vários
encontros e conferências nos âmbitos nacional e internacional. A Educação
Ambiental é um processo de conscientização ambiental amplo que se concretiza
através de projetos e programas realizáveis de Educação visando aproximar o
homem do meio ambiente em busca de melhores condições de vida. (Carvalho,
2006, p.85).
A Educação Ambiental é definida como:
“ os processos por meio dos quais o indivíduo e a
coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,
habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem como de uso comum
do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua
sustentabilidade.” (Carvalho, 2006, p.85).
A Educação Ambiental deve ser entendida como:
“componente essencial e permanente da educação nacional,
devendo estar presente em todos os níveis e modalidades
do processo educativo, em caráter formal e não formal.”
(Carvalho, 2006, p 85).
14
1.3. EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Segundo o Comitê de Especialistas em Planejamento e Avaliação dos
Serviços de Educação em saúde da OMS:
“o foco da Educação em saúde está voltado para a
população e para a ação. De uma forma geral seus objetivos
são encorajar as pessoas a: a) adotar e manter padrões de
vida sadios; b) usar de forma judiciosa e cuidadosa os
serviços de saúde colocados à sua disposição e c) tomar
suas próprias decisões, tanto individual como coletivamente,
visando melhorar suas condições de saúde e as condições
do meio ambiente”.
De acordo com o Grupo científico sobre pesquisa em educação em saúde,
também da OMS:
“os objetivos da Educação em Saúde são desenvolver nas
pessoas o senso de responsabilidade pela sua própria
saúde e pela saúde da comunidade a qual pertençam e a
capacidade de participar da vida comunitária de uma
maneira construtiva”.
Deve ser acrescentado que a Educação em saúde é um dos mais
importantes elos entre os desejos e expectativas da população por uma vida
melhor e as projeções e estimativas dos governantes ao oferecer programas de
saúde mais eficientes. (LEVY, S.N et al).
15
Segundo ainda (Levy, S.N et al.), as funções educativas, que podem ser
representadas por cinco atividades, e que estarão integralmente contidas nas
ações de educação em saúde são:
• estimulativa, que busca atrair o indivíduo para participar do processo
educativo;
• exercitativa, condição para aquisição e formação de hábitos, assim
como para a assimilação, construção e reconstrução de
experiências;
• orientadora, que enfoca os aspectos de liberdade, autoridade,
autonomia e independência;
• didática, que se responsabiliza pela transmissão e veiculação dos
conhecimentos e
• terapêutica, que permite retifica os eventuais descaminhos do
processo educativo.
CAPITULO IIDOENÇAS INFECCIOSAS REEMERGENTES E AS
LEISHMANIOSES
Doenças infecciosas reemergentes são aquelas causadas por
microorganismos bem conhecidos que estavam sobre controle, mas tornaram-se
resistentes às drogas antimicrobianas comuns ou estão se expandindo
rapidamente em incidência ou em área geográfica. Entre as doenças parasitárias,
são consideradas problemas de saúde pública a malária, doença de chagas e as
leishmanioses.(Rouquayrol, 2003, p.274-277).
As leishmanioses são doenças infecciosas, causadas por protozoários do
gênero leishmania, que podem afetar o homem, animais silvestres e domésticos,
principalmente o cão. (ibid ).
De acordo com (Fortes, 1997, p. 93-97), as leishmanias são
trypanosomatideos que se apresentam sobre duas formas: promastigotas e
amastigotas. A promastigota é encontrada no intestino do hospedeiro invertebrado
(intermediário) e a forma amastigota é encontrada nas células do hospedeiro
vertebrado (definitivo).
A leishmania, no hospedeiro vertebrado é encontrada sob a forma
amastigota nos macrófagos e outras células no Sistema Fagocitário
Mononuclear), antigo SER da pele, baço, fígado, medula óssea, nódulos
linfáticos, mucosa e, também nos leucócitos, onde reproduzindo-se por
cissiparidade simples causa destruição das células.
17
O hospedeiro invertebrado, mosquitos Plebotomus para o velho mundo e
Lutzomyia para o novo mundo, se infecta por ocasião do seu repasto sangüíneo
no vertebrado, ingerindo as leishmanias sob a forma de amastigota. Estas vão ter
ao seu intestino, onde se transformam em promastigotas e por cissiparidade
simples longitudinal, se multiplicam rapidamente. Um grande número, portanto, é
produzido no inseto, que por regurgitamento inocula no hospedeiro vertebrado,
por ocasião da picadura, as leishmanias. (ibid).
As leishmanioses constituem um crescente problema de saúde pública,
não somente no Brasil, onde é considerada uma das endemias de interesse
prioritário, como em grande parte dos continentes americano, asiático, europeu e
africano. (Costa, 2005, p. 3-17).
Há três tipos de leishmanioses: visceral, que ataca os órgãos internos,
cutânea que ataca pele e mucocutânea que ataca as mucosas e a pele. No Brasil
existem as três formas.
18
2.1. A LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa,
não contagiosa, causada por protozoário do gênero leishmania, transmitida por
flebotomíneos de diferentes gêneros (Psychodopigus e Lutzomyia), que acomete
pele e mucosas. É basicamente uma zoonose. As espécies de leishmanias mais
importantes no Brasil são Leishmania (leishmania) amazonensis, Leishmania
(Viannia) guyanensis, Leishmania (Viannia) brasiliensis. De acordo com a espécie
de leishmania varia o reservatório e seu vetor. O período de incubação é de
2meses, em média, variando de 2 semanas a 2 anos. A suscetibilidade é
universal. (Rouquayrol, 2003, p.274-277)
Na pele a doença se manifesta como lesão ulcerada única ou múltipla, com
bordas elevadas, fundo granuloso, geralmente indolor. Na mucosa, geralmente
surge meses ou anos depois da lesão cutânea e acomete principalmente as
cavidades nasais, seguidas da faringe e cavidade oral. (ibid)
O diagnóstico baseia-se na demonstração do parasita na lesão e em teste
imunológico (teste de Montenegro). O tratamento é à base de antimonial
pentavalente. (ibid)
2.2. LEISHMANIOSE VISCERAL
A Leishmaniose Visceral (LV), é uma doença crônica, sistêmica,
caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia,
anemia, hepatoesplenomegalia, causada por Leishmania chagasi, transmitida, no
Brasil, por Lutzomyia longipalpis. (Rouquayrol, 2003, p.274-277 )
Os principais reservatórios no ambiente silvestre são as raposas e o
marsupial Didelphis albiventris, no ambiente doméstico o cão é o que tem maior
19
importância. O período de incubação varia de 10 dias a 24 meses sendo de 2 a 4
meses em média. No Brasil não há transmissão direta de pessoa a pessoa, e a
pessoa é capaz de infectar o mosquito enquanto mantiver a parasitemia. A
suscetibilidade é universal. (ibid)
O diagnóstico etiológico baseia-se em exames sorológicos e
parasitológicos, demonstração do parasita em material obtido de medula óssea,
linfonodos e baço. (ibid)
O tratamento é à base de antimoniais pentavalentes. O controle baseia-se
na eliminação de reservatórios, combate vetorial, tratamento dos casos humanos
e educação em saúde. (ibid)
Segundo ainda (Rouquayrol, 2003, p.274-277 ), as leishmanioses, tanto
cutânea quanto visceral, têm apresentado incidência crescente nos últimos anos,
não apenas nas áreas onde ocorriam tradicionalmente, mas também na periferia
das cidades, provavelmente devido à migração de pessoas da área rural para a
urbana, onde ficam em favelas, o que favorece a transmissão da doença.
2.3. OS VETORES DAS LEISHMANIOSES
Os vetores das leishmanioses são mosquitos de pequenas dimensões,
conhecidos como”arrepiado, “asa dura”, “asa de palha”, “biriguí”, cangalhinha”,
“mosquito palha”, “orelha de veado”, “tatuira” e “flebótomo”. (Fortes, 1997, p. 508-
513).
Estes insetos pertencem à ordem Díptera, mesmo grupo das moscas,
mosquitos, borrachudos e maruins. Apresentam um par de asas e um par de
pequenas estruturas chamadas halteres ou balancins, responsáveis pela
20
estabilidade do vôo e zumbido característico dos dípteros. Os flebotomíneos
apresentam um vôo curto. Na verdade eles saltitam na superfície de pouso e
mantém as asas eretas, ou seja, levantadas para cima. (Portal São francisco).
O ciclo de vida de um flebotomíneo compreende as seguintes fases: ovo,
larva, pupa e adulto, por isso, os flebotomíneos são classificados como insetos
holometábolos. Diferente dos mosquitos, a fêmea de flebotomíneo põe seus ovos
no solo das florestas ou em ambientes modificados pela ação humana. (ibid).
Na fêmea fecundada e ingurgitada de sangue, a evolução dos ovos é
rápida e a postura é de 15 a 40 ovos diários, em matéria orgânica em
decomposição, como em locais terrestres úmidos, como sob pedras e folhas no
solo. Como as fêmeas vivem em média 30 dias, elas colocam cerca de 200 ovos
ao longo da vida. Os ovos são brancos por ocasião da postura e posteriormente
se tornam castanho-escuros. A eclosão ocorre geralmente à noite, após 5 a 20
dias, dependendo da temperatura. (Fortes, 1997, p. 508-513).
As larvas alimentam-se da matéria orgânica presente no solo e passam por
4 estágios (fases), que no decorrer do desenvolvimento aumentam seu
metabolismo e tamanho. Posteriormente, as larvas transformam-se em pupas,
que se fixam no substrato e não se alimentam. Começa então a fase da
metamorfose que resultará no inseto adulto. (Portal São francisco).
2.3.1. OS VETORES DAS LEISHMANIOSES E O MEIO AMBIENTE
Os flebotomíneos têm preferencia por viver em locais com muita umidade e
são vistos geralmente nas horas sem luminosidade e pouca movimentação de ar.
Devido ao seu pequeno tamanho e sua fina cutícula, normalmente são
encontrados em ambientes protegidos como fendas de pedras, buracos no solo,
grutas de animais, ocos de árvore; e também em ambientes modificados pela
ação humana, tais como: abrigos de animais domésticos (galinheiros, chiqueiros e
21
currais). Sua atividade se dá em geral no crepúsculo noturno (final da tarde), mas
em algumas situações específicas podem ocorrer durante as horas claras do dia,
principalmente em locais associados à extensa cobertura florestal, como a
Floresta Amazônica, ou restritas áreas da Mata Atlântica (Portal São francisco).
São insetos muito sensíveis às mudanças ambientais, dessa forma, sua
criação em laboratório torna-se extremamente laboriosa e difícil. Tal fato, porém,
não significa que , assim como outros dípteros, eles não possam se adaptar aos
ambientes modificados, uma vez que algumas espécies estão adaptadas para
freqüentar áreas próximas ao ambiente domiciliar ou peridomiciliar humanos.
(ibid).
Os machos de flebotomíneos se alimentam exclusivamente de alimentos
açucarados, especialmente seiva de plantas; por outro lado, as fêmeas também
realizam o repasto açucarado nas plantas ou na secreção de afídeos, que se
constitui uma importante fonte de energia, porém, elas necessitam do sangue dos
animais vertebrados para que ocorra a maturação dos seus ovos. Por essa razão,
só elas são hematófagas, e conseqüentemente, estão envolvidas na transmissão
de doenças aos humanos e animais. (ibid).
2.3.2. O CONTROLE DOS VETORES DAS LEISHMANIOSES
Devido ao tamanho minúsculo, encontrar na natureza larvas e pupas de
flebotomíneos é tarefa extremamente difícil, por essa razão não há nenhuma
medida de controle que contemple as fases imaturas, ao contrário dos mosquitos
que colocam seus ovos nos meios aquáticos, possibilitando seu controle através
das formas não aladas. (Portal São francisco).
22
2.4. AS LEISHMANIOSES E O MEIO AMBIENTE
As leishmanioses constituem um crescente problema de saúde pública,
não somente no Brasil, onde é considerada uma das endemias de interesse
prioritário, como em grande parte dos continentes americano, asiático, europeu e
africano. (Costa, 2005, p.3-17).
A caracterização das leishmanioses como um grupo de doenças em que o
meio ambiente exerce um papel importante em seu aparecimento deveu-se à
escola criada por Pavlowski, que as usou como modelo para seus estudos sobre
ecologia das doenças. Essa escola enfatizou o fator ambiente dentro da tríade
epidemiológica (agente – meio ambiente – hospedeiro). Assim, foram descritas
como passíveis de ocorrerem em circuitos limitados por fatores ambientais como:
microclima, relevo geográfico, espécies de animais reservatórios e fauna
flebotomínica. Posteriormente foi situada num contexto mais amplo, na qual
enfatiza as formas de interação do homem com o meio ambiente como elemento
importante na aquisição da infecção. (ibid).
O contato do homem com esses ambientes proporcionaram a ocorrência
da doença sob a forma de zoonose, às vezes dividindo com os animais o papel de
reservatórios. (ibid).
Segundo ainda (Costa, 2005, p.3-17), a mudança ambiental resultante das
atividades humanas tem modificado o perfil epidemiológico da doença, tanto nas
áreas onde a transmissão é florestal, em focos enzoóticos naturais (L. Mexicana,
L amazonensis, L panamensis, L guayanensis, L lainsoni) como nas áreas onde a
transmissão é periurbana e peridomiciliar, envolvendo reservatórios domésticos
(L. Chagasi, L.brasiliensis e L. Venezuelensis).
Em algumas situações, o desequilíbrio ambiental criado pela invasão do
homem às florestas forçou uma adaptação dos vetores reservatórios silvestres da
23
doença a um ambiente peridomiciliar ou mesmo domiciliar. Em uma forma mais
evoluída, o homem pode tornar-se o seu reservatório e a doença se constituirá
em uma antropozoonose, como ocorre no calazar indiano ou na leishmaniose
cutânea do Oriente Médio. (ibid)
2.5. EPIDEMIOLOGIA DAS LEISHMANIOSES
A ocorrência de várias espécies de leishmania, o contínuo aumento das
afecções por esses parasitas (formas tegumentares e visceral) e as diferentes
situações epidemiológicas encontradas, tanto em regiões de colonização recente
quanto antiga, com tendência à urbanização, vem requerendo a adoção de
diferentes estratégias para o controle dessas endemias no Brasil. A distribuição e
a ocorrência das leishmanioses devem ser entendidas separadamente: de um
lado, as leishmanioses tegumentares, de outro, a visceral. (Portal São francisco).
No Brasil, o maior número de casos é registrado no Nordeste, onde a
precariedade das condições sanitárias favorece a propagação da doença. Mas o
aumento do número de registros na região sudeste, mostra que todo o país corre
o risco de ter epidemias de leishmaniose. (Wikipedia)
2.5.1. EPIDEMIOLOGIA DAS LEISHMANIOSES TEGUMENTARES
A incidência das leishmanioses tegumentares é cíclica, podendo haver um
número alto de registros num ano, baixo no outro e alto novamente no seguinte.
Os ciclos no número de ocorrências explicam-se por fatores sociais e climáticos.
Por exemplo, tais registros podem ser influenciados, de um lado, pelo
desmatamento ou período de seca, por outro por algum processo de ocupação
desordenada. Enfim, cada região apresentará características próprias, o que
colabora para que os padrões de transmissão das leishmanioses tegumentares
sejam de definição complexa. Ainda assim, tais padrões podem ser descritos em
três linhas gerais: a transmissão florestal, a rural e a urbana. (Ferreira, P.).
24
A transmissão florestal ocorre ao se penetrar nas matas. Por isso, ela
atinge especialmente homens que se dedicam a profissões que exigem o contato
silvestre, como a abertura de estradas, a coleta de produtos naturais, o garimpo, o
turismo ecológico ou a extração de madeiras. Os flebotomíneos envolvidos nesse
primeiro padrão são essencialmente silvestres, assim como os animais que
servem de reservatório para o agente causador (preguiças, tamanduás, gambás,
etc). (ibid)
O mosaico formado por pequenas porções florestais e áreas de baixa
densidade demográfica servirá de ambiente perfeito para a transmissão rural.
Neste caso, há espécies de flebotomíneos adaptados tanto às matas quanto às
áreas próximas aos domicílios. A infecção pode ocorrer em casa ou até mesmo
quando uma criança vai para a escola e passa por um pequeno bosque. (ibid)
O padrão de transmissão urbana apresenta em dois aspectos: quando há o
deslocamento do inseto transmissor das florestas para bairros próximos à mata,
ou simplesmente, pela ação de flebotomíneos adaptados à áreas arborizadas,
periféricas à cidade. (ibid)
Um exemplo para o primeiro caso ocorre quando o perímetro urbano
invade a floresta de modo desordenado. Ao ocorrer desmatamento nos limites
urbanos para a construção de novas habitações, os animais silvestres das
proximidades morrem ou fogem o que deixa os flebotomíneos sem suas fontes
alimentares naturais. Conseqüentemente, o inseto vai buscar nos animais
domésticos e no homem o sangue necessário para sua sobrevivência, levando
consigo o protozoário. No segundo caso, o vetor transmissor da doença já está
adaptado ao espaço próximo aos domicílios. (ibid)
A presença das leishmanioses tegumentares, porém, em bairros
completamente urbanos é praticamente impossível. No máximo, ela pode ocorrer
em bairros periféricos com presença de matas alteradas. (ibid)
25
O combate à transmissão das leishmanioses tegumentares é difícil. O
tratamento precoce dos casos ainda deve permanecer como prioridade do
programa de controle desta endemia. Quanto às ações preventivas, é necessário
haver uma adequação das atividades de controle às condições de cada local
atingido pela doença. As pesquisas e a política de enfrentamento contra a
enfermidade devem ser adaptadas para cada região, não existindo uma fórmula
geral. Contudo, uma coisa é certa: o alastramento do mal está intimamente ligado
ao desequilíbrio ambiental, tema que deve ser sempre tratado como prioridade.
(Ferreira, P.).
2.5.2. EPIDEMIOLOGIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL
Em virtude do desmatamento, da migração de populações e das mudanças
sociais e ambientais ocorridas nas últimas décadas, a leishmaniose visceral,
antes silvestre, tornou-se uma doença urbana – apesar de ainda existir em focos
rurais. Chega a uma cidade, segue a malha rodoviária, infectando as populações
de beira de estrada, até atingir a periferia da próxima cidade. Diferentemente das
tegumentares, a visceral pode inclusive atingir bairros bem urbanizados e
centrais. Para sanar tal situação, urge que o problema da leishmaniose visceral
seja encarado como de alta prioridade. (Ferreira, P.).
Segundo (Costa, 2005, p.3-17), a difusão desta protozoose poderia ser
explicada fundamentalmente por fatores climáticos e sócio-econômicos tendendo
a aumentar com as crises econômicas do país.
O Brasil enfrenta atualmente a expansão e urbanização da LV com casos
humanos e grande número de cães positivos em várias cidades de grande e
médio porte. Um complexo de fatores, como mudanças ambientais e climáticas,
redução dos investimentos em saúde e educação, descontinuidade das ações de
controle, adaptação do vetor aos ambientes modificados pelo homem, fatores
pouco estudados ligados aos vetores (variantes genéticas), e novos fatores
26
imunossupressores, tais como infecção pelo HIV e dificuldades de controle da
doença em grandes aglomerados urbanos, onde problemas de desnutrição,
moradia e saneamento básico estão presentes, parecem estar ligados à
expansão da doença. (Moreno, et al.)
Pelo fato da urbanização ser um fenômeno relativamente novo, pouco se
conhece sobre a epidemiologia da LV nos focos urbanos. As relações entre os
componentes da cadeia de transmissão no cenário urbano parecem ser mais
complexas e variadas do que na rural. (ibid)
Desde 1979 vem ocorrendo seca em algumas regiões do nordeste, seca
esta que não chega a eliminar o vetor, pois ele resiste à hidrometria mínima. No
entanto, leva a uma aumento da fome e diminui a resistência humana e canina e
estes acabam migrando para regiões de maior potencial financeiro livres da
parasitose, masque se instalará se existir o vetor Lutzomyia longipalpis. (Costa,
2005, p. 3-17).
De acordo com o epidemiologista Paulo Sabroza, da Fiocuz, a atual
situação da leishmaniose visceral no Brasil é grave. O quadro da doença só não é
mais sério, em termos de risco potencial de epidemias em centros urbanos, que o
dengue. (Ferreira, P.).
Assim, como nas tegumentares, a ocorrência da leishmaniose visceral é
cíclica. Dois aspectos do processo de transmissão apresentam características
que contribuem para a disseminação da leishmaniose visceral. O primeiro é o seu
principal reservatório – o cão-, o segundo é o inseto responsável por 99% das
infecções: a lutzomyia longipalpis, ambos com hábitos urbanos. (ibid)
O cão é um animal essencialmente doméstico, completamente adaptado à
vida junto ao homem e que se desloca com ele nas migrações. A L. Longipalpis
também já adequou sua sobrevivência ao que pesquisadores denominam
27
peridomicílio (as regiões ao redor das casas, como jardins, parques, bosques,
hortas ou quintais). (ibid)
Não há vacina de eficácia comprovada e nem cura para a leishmaniose
canina, de modo que a única alternativa é a eliminação do animal infectado –
tanto como medida de controle da moléstia, quanto para evitar o seu sofrimento.
No entanto, a população nem sempre se dispõe a eliminar seus bichos de
estimação, o que mais uma vez ressalta a necessidade de um amplo trabalho de
conscientização. Esporadicamente, os gatos também servem de reservatório para
o protozoário. (ibid)
Os dados epidemiológicos dos últimos dez anos revelam a periurbanização
e a urbanização da LV em nosso país. As perspectivas de controle da doença são
complexas, requerendo esforços junto às comunidades, provisão de informações,
promoção de saúde, devendo ser específicas, conforme a situação
epidemiológica de cada região. O conhecimento do maior número de casos
suspeitos, diagnóstico e tratamento precoces, identificação do agente etiológico,
conhecimento das áreas de transmissão e redução do contato homem x vetor por
meio de medidas específicas devem ser destacadas. (Costa, 2005, p. 3-17).
Recomenda-se a completa integração entre profissionais do sistema de
saúde privado e público, o envolvimento dos meios de comunicação em um
movimento de conscientização, em conjunto com campanhas de esclarecimento e
a conseqüente colaboração da população. A constituição de uma inteligência
epidemiológica em locais endêmicos, diagnóstico e tratamento precoce e o
diagnóstico e eliminação de cães infectados são outras medidas necessárias. Por
fim, o controle da moléstia passa também por um controle vetorial, tema de trato
extremamente complexo, exigindo a presença de profissionais especializados no
assunto. (Ferreira, P.).
CAPITULO IIIFATORES SÓCIO-ECONÔMICO-CULTURAIS E AS
LEISHMANIOSES
O homem , é frequentemente capaz de alterar o ambiente natural, criando
microclimas artificiais, favoráveis tanto à agricultura como à criação de animais de
interesse econômico, proporcionando-lhes condições especiais como: abrigos,
suprimentos de água, tratos culturais e irrigação dos campos de pastagem e
cultura, construindo volumosos mananciais de água, etc. Tais modificações
ambientais favorecem, igualmente, a sobrevivência de agentes produtores de
doenças e seus vetores. Isso significa que, alterando o ambiente o homem pode
interferir modificando os determinantes de doença ali presentes, e assim,
favorecer a ocorrência de doenças em detrimento de outras. (Côrtes, 1993, p. 71-
80).
Por outro lado, o homem pode influenciar a freqüência de ocorrência das
doenças dos animais e das zoonoses, introduzindo ou disseminando seus
agentes por diferentes maneiras, nas propriedades por onde transita, como
visitante, comerciante, empregado, veterinário e outros. (ibid)
É o homem, igualmente responsável pela degradação dos ecossistemas,
ocupando-os desordenadamente e criando condições adversas a sua própria
sobrevivência, seja pela devastação ou pela poluição da natureza, tendo mesmo
se tornado a principal fonte poluidora do ambiente. (ibid)
29
3.1. A URBANIZAÇÃO E AS LEISHMANIOSES
A urbanização é o deslocamento de um grande contingente de pessoas
que saem da área rural para os centros urbanos (as cidades). Para que um país
seja considerado urbanizado, a quantidade de pessoas que vivem nas cidades
deve ser superior á quantidade que vive no campo. (Freitas, E.)
Em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, várias zoonoses têm
emergido com novas entidades patológicas ou com agentes já conhecidos,
aparecendo em regiões ou espécies nas quais não havia registro anterior. Junto a
isso, agentes causadores de zoonoses têm emergido, às vezes após muitos anos
de ausência, em áreas onde não haviam ocorrido antes. Por outro lado, surtos
pequenos, mas importantes de diferentes zoonoses endêmicas como a raiva,
brucelose, leptospirose, leishmaniose visceral, continuam a aparecer. (Vianna,
M.S.R).
As razões para essa tendência de aumento são complexas, e envolvem
alterações do ambiente afetando o tamanho e distribuição de algumas espécies
de animais, vetores e transmissores de agentes infecciosos para seres humanos;
aumento da população humana e de alguns animais em áreas urbanas,
favorecendo um contato crescente entre humanos e animais infectados e
doentes; movimentação crescente de pessoas, assim como comércio de animais
e diminuição das ações de vigilância e controle da maioria das zoonoses. (ibid)
Como as zoonoses e doenças em animais com potencial de afetarem a
saúde humana provavelmente continuarão a emergir e reemergir, a vigilância
dessas doenças é necessária junto às ações de controle. Deve-se considerar
ainda a situação de diversas cidades brasileiras, aonde a urbanização vem se
dando como processo de favelização, onde parcelas da população não têm
acesso a melhorias de saneamento básico, ocorrendo um grande adensamento
30
de construções, despejo de esgoto e lixo entre as casas, criação de diversos
animais que convivem nesse ambiente com outros sinantrópicos como roedores e
situações nas quais multiplicam-se os criadouros de insetos vetores que se
alimentam em vários animais. Essas condições aumentam as possibilidades de
circulação de agentes patogênicos. (ibid)
Por outro lado, nas ruas, os animais soltos se alimentam de ratos e
pombos, têm contato com diversos resíduos urbanos, e estão expostos a vários
insetos hematófagos. O combate a várias destas doenças envolve o controle da
população de animais nas cidades, principalmente os animais errantes, que
representam maior risco por estarem mais expostos a infecções, e não vacinados,
tornando-se reservatórios de diversos agentes patogênicos para a população
humana, o que exige rigidez na aplicação das normas sanitárias em vigor. (ibid)
3.2. O DESMATAMENTO E AS LEISHMANIOSES
O desmatamento é um processo que ocorre no mundo todo, resultado do
crescimento das atividades produtivas e econômicas e principalmente pelo
aumento da densidade demográfica em escala mundial, isso coloca em risco
fundamentalmente regiões compostas por florestas.
As conseqüências da retirada da cobertura vegetal original são principalmente
perdas da biodiversidade, degradação do solo e o aumento da incidência de
processo de desertificação, erosões, mudanças climáticas e na hidrografia.
(Freitas, E.).
Quando da ocorrência de um desmatamento, os animais silvestres que ali
viviam migram para outras áreas em busca de novos abrigos naturais e,
conseqüentemente, a fauna flebotomínica, que antes realizava sua hematofagia
nesses animais, procura suprir suas necessidades alimentares sugando o homem
que vai fixar-se nestas áreas desmatadas produzindo grandes epidemias da
doença. (FILHO, 1981, p. 187-180).
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A história epidemiológica da LTA, no Brasil, demonstra que os surtos
epidêmicos dessa doença tropical estão intimamente relacionados aos
desmatamentos de florestas. (ibid).
CONCLUSÃO
Concluímos com este trabalho, que as ações do homem sobre o meio
ambiente, como a urbanização, o desmatamento, a migração de populações e as
mudanças sócio-econômicas-culturais e ambientais vêem favorecendo a
mudança de padrão epidemiológico das Leishmanioses, favorecendo assim a
transmissão das mesmas.
As perspectivas de controle da doença são complexas devido às
particularidades dos insetos vetores e do controle de seus reservatórios,
principalmente o cão (o mais importante reservatório humano), uma vez que é
considerado um animal de estimação e com alto e grande valor emocional para a
população.
Portanto, as ações de controle da doença, requerem esforços junto às
comunidades, envolvendo tanto a educação ambiental, quanto a educação em
saúde e a provisão de informações, devendo ser específicas, de acordo com a
situação epidemiológica de cada região.
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