67
Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA PRODUC;:AO NO TELEJORNALISMO: ESTUDO DE CASO SOBRE A TV ESPLANADA Monografia apresentada ao Curso de P6s- Gradua~o em Estrategias da Comunica9ao, Setor de Cilmcias Humanas, da Universidade Turuti do Parana, como requisito parcial a obtencao de titulo de Especialista. Orientador: Dra. Simone Regina Dias "( f u~ .~/ 1" ~ . ' .. . ..r- ,"Sf/ "",' Curitiba . "::..<.;:-1 2005 o

Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

Pauliane Arantes Negriio

CRITERIOS DA PRODUC;:AO NO TELEJORNALISMO:

ESTUDO DE CASO SOBRE A TV ESPLANADA

Monografia apresentada ao Curso de P6s-Gradua~o em Estrategias da Comunica9ao, Setorde Cilmcias Humanas, da Universidade Turuti doParana, como requisito parcial a obtencao de titulode Especialista.

Orientador: Dra. Simone Regina Dias

"(

fu~

.~/ 1"~ . ' ... ..r-,"Sf / "",' Curitiba."::...<.;:-1 2005o

Page 2: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

Pauliane Arantes Negrao

CRITERIOS DA PRODUQAo NO TELEJORNALISMO:

ESTUDO DE CASO SOBRE A TV ESPLANADA

Esla monografia foi julgada e aprovada para a obtenr;:ao do grau Especialista no Curso de Estrategiasda Comunicat;:ao da Universidade Tuiuti do Parana.

Curitiba, 25 de outubro de 2005

Marco Antonio Maschio Cardozo ChagaCoordenador do Curso Estrategias da Comunica9iio

Universidade Tuiuti do Parana

Orientador: Simone Regina Dias

Page 3: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

Dedico esta monografia a minha preciosa Monica Pimentel Arantes que, na

presen~ e na saudade que a sua ausemcia causa, me ensina 0 valor da vida.

Page 4: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

AGRADECIMENTOS

Este estudo 56 foi passive I grac;as a inspirac;ao divina do meu Deus criador, a

far,a inexplicavel que me acampanha tadas as dias.

Tenho tambem urn elerno agradecimento a minha familia pelo incentivo em

todes as meus projetos. E refon;;o a certeza de que cada paSSD alcanc;ado por mim,

e urn passo alc;ando petos meus pais, Angelica e Paulo, e pera irma, Ana Paula.

Agradec;o a amiga Claudia Carneiro pera companhia nas discussoes sabre

jornalismo, ao incentivo para a busca de urn jornalismo eticD e as nossas viagens

durante a curso. E a orientadora deste trabalho, Simone Dias, que aceitou minha

proposta de estudo e a orientou com a dedicayao de quem 90sta do que faz.

Tenho tambem urn precioso agradecimento aos profissionais da TV

Esplanada que me receberam com muita atengao durante a realizagao deste

trabalha.

Page 5: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

"Nao espere por uma crise para descobrir 0 que e importante em sua vida"(Platiio)

Page 6: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

RESUMO

o objetivo deste trabalho e analisar como esta a cobertura do telejornalismo regionale perceber quais criterios interferem no processo de escolha das noticias regionais.Procura entender 0 processo de escolha das noticias e 0 que influencia a agendadas emissoras regionais. Para isto, e feito urn estudo sobre a fun~o do produtor emtelejornalismo e a rela,ao deste profissional com a equipe de trabalho. E tambem aanalise sabre a abordagem da regiao nas reuniees de pauta, nos telejornais equal ea vi sao do jornalista em relaC;8:oa regiao de cobertura da emissora. Uma pesquisabibliogratica e a coleta de dados apontam as criterios utilizados pelos jornalistaspara escolha do que e pautado sabre a regiao para equipes de reportagem, a partirde um estudo de caso da TV Esplanada.

Palavras-chave: produyao; valor da naticia; telejornalismo; jornalismo regional.

Page 7: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

SUMARIO

1 INTRODU~AO.... 091.10BJETIVOS.. 101.1.1 Objetivo geral.. 101.1.2 Objetivos especificos.. 10

2 A PRODU~AO DE NOTicIAS.. 11

3 PROCEDIMENTO METODOLOGICO... 15

4 TELEJORNALISMO......................................................................................... 174.1 0 SURGIMENTO DO TELEVISOR: MUDAN~A DE HAslTOS DO MUNDO 17E DA COMUNICA~AO SOCIAL. ..4.2 A TELEVISAo NO BRASIL.. . 184.3 A REGIONALlZA~AO DA TELEVISAo... 194.4 ERA DA INFORMA<;:AO.. 21

5 AGENDAMENTO DA NOTiCIA.. 225.1 AGENDAMENTO NA TELEVISAo.. 22

6 FONTE DA NOTicIA...................................... 246.1 FONTE: DE ONDE VEM A INFORMA<;:Ao PUBLICA?. 246.2 VALOR DA INFORMA<;:AO... 256.3 CIDADANIA - A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO JORNALlSTA.. 26

7 DESCRICAO E ANALISE DOS DADOS.... 297.1 APRESENTA<;:Ao DA TV ESPLANADA.... 297.1.1 Produ~ao.. 307.1.2 Equipe de telejornalismo... 317.1.3 Reunioes de paula 327.2 RELATORIO DAS REUNIOES DE PAUTA.. 327.2.1 Segunda-feira.. 347.2.2 Ter~a-feira.. 367.2.3 Quinla-feira.. 387.2.4 Sexla-feira.... 417.3 DESCRI<;:AO DOS TELEJORNAIS 437.3.1 Segunda-feira.. 467.3.2 Ter~a-feira... 467.3.3 Quarta-feira.. 477.3.4 Quinla-feira.. 477.3.5 Sexla-feira.. 487.3.6 Sabado.. . 487.3.7 Segunda-feira.. 497.4 RESULTADOS DAS ENTREVISTAS... 50

800~W~a. UREFERENCIAS.................................................................................................... 56APENDICES......................................................................................................... 58

Page 8: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

LlSTA DE GRAFICOS

GRAFICO 1 - REGIAO ...

GRAFICO 2 - ASSUNTOS DISCUTIDOS ..

GRAFICO 3 - ABORDAGEM DAS REGIOES ...

GRAFICO 4 - COBERTURA DAS REGIOES ..

GRAFICO 5 - COBERTURA DA REG lAO NO PRTV1 LOCAL. ..

GRAFICO 6 - COBERTURA DA REGIAO NO PRTV2 LOCAL...

33

34

43

44

45

45

Page 9: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

1 INTRODUCAO

Este trabalho pretende abordar uma das fun.yoes jornalisticas que menes

aparecem no telejornalismo - a do produtor. A partir de urn estudo de casa da

produyao jornalistica televisiva, a proposta consiste em discorrer sabre a atividade

tecnica e pratica do produtor, alem de analisar os criterios utilizados na produc;ao do

telejornalismo regional.o estudo foi construido com 0 prop6sito de auxiliar quem deseja trabalhar

nesta area au conhecer urn dos primeiros passos para a eiaboratyao da nalicia que eveiculada nos telejornais - a pauta. Para iste, mostrou-se necessaria abordar tanto a

func;ao do produtor, como a relac;ao dele com os Qutros profissionais de trabalho e

com as fontes.

A atividade do produtor esta diretamente ligada il capta9ilo dos fatos

jornalisticos e ao relacionamento com a fonte. Par ista, faz-se necessaria descrever

como a atividade e realizada em uma reda~ao de emissora de televisao - espa~o de

cria9ao do produtor.

A partir da analise da capta9ao de assuntos, foi possivel perceber 0 tema

principal deste estudo - os criterios utilizados na produ9iio do telejornalismo regional.

E perceber tambem outros fatores que influenciam na escolha do que vai ser

noticiado: Qual e a relayao do produtor com a fonte? E como os conhecimentos

pessoais do jornalista influenciam na produyao do telejornalismo regional?

Alem da introdu~ao, explanayao dos objetivos e do procedimento

metodol6gico do trabalho, a monografia e composta por rna is tres partes. Na

primeira, e feito urn resgate sobre 0 telejornalismo, as peculiaridades do jornalismo

na televisao e a tendencia da regionalizayao da noticia. Na segunda, apresenta-se

uma descrigao rna is detalhada da fungao do produtor, os valores gerais da noticia e

os criterios utilizados na produgao especifica para 0 telejornalismo regional. Neste

estudo, levou-se em considerac;ao a hip6tese de agendamento tematico da noticia, 0

que autores da comunicagao chamam de agenda setting. 0 meio e urn dos urn dos

fatores apontado como condicionante desta hip6tese. Entao, este estudo procurou

saber como acontece 0 agendamento no cotidiano da produgao do telejornalismo

televisivo.

Page 10: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

10

Com este embasamento teorico, esta construida a terceira parte do trabalho,

a analise do tema - as criterios da prodw;ao no telejornalismo, tendo como base a

trabalho realizado pela TV Esplanada, emissora afiliada a Rede Paranaense de

Comunica9aol Globo.

1.10BJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

o objetivo deste estudo e analisar 0 trabalho de produ9ilo do telejornal e

perceber quais criterios interferem no processo de escolha da noticia no

telejornalismo regional. Trata-se de urn estudo sabre a processo de escolha das

noticias na elaborar;80 das pautas e a que influencia a agenda do telejornalismo

regional.

1.1.2 Objetivos especificos

• Observar como e feita a escolha das noticias durante as reunioes de

pauta do telejornal em estudo;

• Verificar a abrangencia da pauta em relac;:ao a veiculac;:ao das noticias da

regiao da emissora;

• Relacionar a escolha da pauta ao que foi veiculado sabre a regiao no

telejornal;

• Analisar as criterios utilizados pelos jornalistas para escolha do que e

pautado para equipes de reportagem e telejornais;

• Elaborar urn estudo sobre a funyao do produtor ern telejornalismo e

rela9ao com equipe de trabalho.

Page 11: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

11

2 A PRODUCAO DAS NOTiclAS

Esle estudo tern a finalidade de analisar 0 trabalho de produ~ao e de escolha

dos temas que vao ser veiculados no telejornalismo regional. A escolha da parte de

produc;:ao em televisao foi feita principalmente porque esta e a func;ao que

diretamente faz a selec;:ao do que e naticia. Outro fator importante para analise desta

etapa do telejornalismo e 0 pouco destaque que 0 trabalho do produtor tern nas

literaturas sabre jornalismo e televisao.

Esta escassez de publicac;:oes sabre 0 assunto pode ser reflexo de como a

fun~ao do produtor e pouco mencionada durante 0 trabalho de produ~o da noticia.

Uma materia televisionada geralmente e transmitida com nome do reporter na

legend a e, na maioria das vezes, com a passagem1. E anexado tambem nome do

cinegrafista2 que fez a produyao externa. Na ficha tecnica que encerra 0 telejornal,

muitas vezes os editores sao destacados juntamente com os names dos

respons8veis pela emissora. Ao produtor, cabe 0 trabalho diario dentro da equipe,

sem que seu esfon;:o seja mencionado no produto final do telejornalismo.

A fun9ao do jornalista produtar sempre foi a menos destacada nos meios de

comunica98.o. Um locutor de radio e reconhecido pelos ouvintes como divulgadar do

acontecimento. 0 reporter de impresso assina as materias que escreve. No

telejornalismo, a ausfmcia da autoria do produtar se confirma. 0 reporter e

facilmente identificado pelos telespectadares. 0 editor e a referenda na estrutura

interna do telejornalismo. 0 produtor auxilia em todas as etapas da produyao

jornalistica e raras vezes e mencionado, intern a e externamente, junto com a

veicula<;:8o da notfcia.

o trabalho de produ~ao to a antiga fun~ao do pauteiro, funcionario

encarregado par levantar assuntos e arganizar as equipes de reportagem que

produzem as noticias externas veiculadas na televisao. E tambem 0 profissional que

1 Passagem e Ua gravac;a,o feita pelo reporter no local do acontecimento, com informavoes,para ser usada no meio da materia. A passagem reforc;raa presenc;ra do reporter no assuntoque ele esl,; cobrindo· (PATERNOSTRO, 1999, p. 147).:2 Cinegrafista, nos dias atuais, e considerado reporter cinematografico porque participadiretamente do processo de produc;rao. Precisa ter uma visao jornalfstica para captac;rao daimagem, base da reportagem televisiva.

Page 12: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

12

dtl subsidios ao editor na confirmayao das informa96es da produ'YBo finalizada para

exibi9c30 nos telejornais e beletins.

Mas com as avan90s da sociedade e da midia (0 usa continuo de carras,

meies tecnol6gicos, velocidade da nctieia e moderniza9c3o das cidades) a fun<;aa de

pauteiro assumiu, alem da parte jornalistica, a parte administrativa das equipes.

Ao pauteiro e dada a funC;2Io de organizar rep6rteres, cinegrafistas, escalas e

hortuios. A ele cabe agendar uma materia, pensar tambem no tempo de

deslocamento das equipes, imagens, perfil do jamal, necessidade de dinheiro para

pedagios, hospedagem e alimenta9210 da equipe em viagens a trabalho. Por ter uma

preocupa9ao abrangente, a func;ao de pauteiro passou a ser chamada de produtor

pela maioria das empresas de telejornalismo.

Devido aos custos de deslocamento da equipe e necessidade de cumprir um

tempo diario de jornal, a equipe de reportagem (geralmente composta pelo reporter,

cinegrafista e motorista) dificilmente sai da sede da emissora sem uma pauta bem

definida.

Uma boa pauta3 vai alem do assunto que deve ser produzido pela equipe de

reportagem no formato jornalistico da emissora. Ela tambem contem a proposta do

material a ser produzido na rua, as indica~6es precisas das entrevistas agendadas

(como locais, horarios e cantatos) e informa~6es extras que darao subsidio ao

rep6rter e que tornarao mais agil a produ~ao externa. E na pauta que nasce a

informa~ao jornalistica transmitida pela televisao.

Pelo trabalho diiuio do produtor sao selecionados os acontecimentos

veiculados pelos meios de comunica9ao. E devido a importancia da fun\Oiio (alem do

pouco material impresso existente sabre esta atividade no telejornalismo) que este

estudo pretende abordar a constru9ao da noticia partindo do trabalho de sele9ao da

pauta.

A proposta de analisar 0 trabalho do produtor no telejornalismo surgiu

tambem da dificuldade de selecionar noticias em uma epoca em que cad a vez mais

as informac;:6es aparecem rapidamente.

A equipe que organiza estas informac;:5es em televisao e justamente a que

trabalha internamente, que fica na reda~ao a procura dos fatos noticiaveis. Par isto,

3 Ver modelo de pauta no apendice A.

Page 13: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

13

este estudo procura analisar as criterios desta selec;ao, a forma que a ncUda chega

a rectayao e principal mente a rela<;ao da equipe de produc;ao com as fontes.

o meio de comunica<;ao escolhido foi a televisao justa mente par causa das

singularidades do trabalho de seleC;8o da nalicia neste meio. Na tetevisao, 0 trabalho

de organiz8C;8o e seleC;8o e feito pela equipe interna, com a func;aD especifica do

produtor e apoio do editor. Neste veiculo, 0 trabalho realizado pelo produtor perece

S8 tornar mais necessaria que nos Qutros veiculos.

A televisao precisa da naticia constituida junto com a imagem, das senoras

dos entrevistados para compor 0 produto final na ediyao e de urn tempo exato para

que material seja produzido na rua. Afinal, no impressa e na internet, 0 dead line 4

pode ser estendido nem que seja par um perfodo curto. Ja no radiojornalismo, se

nao houver tempo para editar a material, 0 jornalista pode entrar ao vivo durante os

telejornais e boletins. Na televisao isto nao e possfvel porque uma entrevista ao vivo

depende de condir;oes tecnicas dos Iinks5. Tudo deve ser organizado para que de

tempo de fazer a edir;ao final do telejornal confarme a grade e tempo destinado pela

emissora. Par isto, a importancia do produtor para a prod uta final e a cantata dele

com a fun,ao de editor.

Alem das caracteristicas tecnicas da produr;<3o, 0 produtor tern que ter como

principio a preocupar;ao jornalistica com a qualidade da informar;<30 que vai ser

levada ao telespectador.

A televis80 e urn dos veiculos de comunicar;80 rna is utilizados pelos

brasileiros para se informarem diariamente. Em umas das edir;oes do Jornal

Nacional, uma materia comemorativa aos 55 an as da televisao brasileira lembrou

que no primeiro ana de exibir;<3o da televisao no Brasil, em 1950, haviam 200

televisores importados par Assis Chateaubriand para a estreia do meio de

comunica,ao. Atualmente, 90% dos domicilios tem pelo menos um aparelho (REDE

GLOBO, 2005).

A regionaliza9ao da nolicia e uma tendemcia do jornalismo para aproximar 0

publico do material veiculado. E tambem a tentativa de maior cobertura dos

acontecimentos. 0 site do Observat6rio da Imprensa, direcionado ao debate sabre

comunicar;ao, aborda com freqOencia a tendemcia de regionalizar;ao da noticia.

4 Dead fine e 0 horario maximo de conc1usae de~umaedi!;8.a de jamal.!i Link e 0 termo utilizado pele telejemali;;!"no para as insen;;6es ao vivo e externas ao eshjdio

de gravar;;:30do telejornal. f~;;.~....'. J\{~~'.'/..£)1/'--

Page 14: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

14

Leticia Nunes (2004) publicou urn artigo no site sabre as discussoes governamentais

sabre assunto:

As grandes emissoras de TV aberta no Brasil apresentam urn altoindice de produc;:ao nadonal. Mesmo assim, a programac;:ao e criadabasicamente dentro destas emissoras, que nao abrem espac;:o adiversificac;:ao do mercado - seja pelo estimulo as produc;:5esindependentes au pela veiculayao de conteudo regional.

Mas as emissoras publicas, na matoria das vezes, eontam com sedes

menores - as afiliadas - que seguem as padr6es editoriais da rede nacional ao

mesmo tempo em que estao mais proximas dos municipios menores. Levando em

considera~o este contexto, que 0 trabalho pretende analisar como a seleva,o da

naticia acontece neste tipo de emissora.

Como objeto de pesquisa, acompanhamos 0 cotidiano de produ~o da TV

Esplanada, emissora afiliada a Rede Paranaense de Comunicac;aol Globo,

localizada em Ponta Grossa, interior do Parana.

Page 15: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

15

3 PROCEDIMENTO METODOLOGICO

A analise sabre as criteriDs atuais utilizados na escolha da pauta jornalistica

do telejornalismo regional fal realizada com base na reuniao de prodw;:ao de pauta

da equipe da TV Esplanada. Foi acompanhada uma seman a de reuniao realizada de

segunda a sexta-feira entre produtores, editores e chefe de jornalismo da TV

Esplanada. Nesta reuniao e definida a malaria das pautas que VaG ser apuradas,

discutidos os temas para series jornaHsticas e temas gerais que podem ser

abordados nas entrevistas. Tambem sao citadas fentes para as entrevistas ao vivo.

Alem da reuniao, a pesquisadora acompanhou 0 resultado final da prodw;:ao.

Isto porque percebeu, durante as reuni6es, que parte da informayao veiculada no

jarnal chega a redac;ao no decorrer do dia par telefone, internet ou outros meios. 0

trabalho do produtor na reda<;iio nao foi acompanhado durante a pesquisa porque a

equipe tern as reunioes de pauta como espa~o principal para seleyao das noticias. 0

estudo procura compreender como este espa~o esta sendo utilizado dentro da

emissora.

Foram incluidas os editores na pesquisa sobre produ~aa parque no dia a dia

da televisao estas fun90es trabalham em parceria nas defini~oes do que e noticia.

Gada uma com sua habilidade tecnica, mas sempre com a troca de informa~oes

diaria sobre 0 que merece destaque no telejornal. E no caso especifico da TV

Esplanada, os profissionais da pauta, edi~ao e a chefia optaram por fazer a reuniao

de pauta entre as duas edic;6es do telejomal. A proposta da equipe e facilitar 0

processo de forma9ao da naticia de acardo com as caracteristicas das telejornais,

da linha editorial da emissora e da selec;ao de noticias, buscanda melhar qualidade

no telejornal.

Uma pesquisa quantitativa demonstra comparativamente quais cidades sao

abordadas com mais frequemcia pelas jornalistas nesta reunia.o para a escolha das

pautas; ah~mdissa, verifica se esta escalha e a que vai para 0 produta final da

equipe - as edi90es do telejornal.

Para isto, mostrou-se necessaria acampanhar a reuniaa de pauta da emissora

durante uma semana, descrever a discussao de assuntos entre a equipe e gravar os

dois telejornais diarios do mesmo periodo. A grava~ao dos telejornais tem um

perioda maior que a acompanhamenta das reunioes de pauta que acontece de

Page 16: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

16

segunda a sexta-teira. Foram gravadas edic;oes dos dais telejornais de segunda a

segunda porque na reuniao de pauta de sexta sao definidas noticias que van ao ar

na edi,ao de segunda-Ieira. Da grava9ao, loi leita sele9ao de destaque das cidades

da regiao nas edic;oes dos telejornais locais.

Com 0 relat6rio, loram agrupados dados sobre as pautas e cidades

mencionadas pela equipe. Estes dad as fcram relacionados com a que foi veiculado

nos mesmas jornais do periodo. Pelo relat6rio, pode-se observar a porcentagem das

cidades de abrangencia da TV Esplanada que loram citadas pelos jornalistas para

produyao e a porcentagem de veiculaC;8ode noUcias sabre estes municipios.Apes a coleta dos dadas, toi realizada uma entrevista com todes as

participantes da reuniao para saber se 0 tator cultural de cada jornalista interfere no

processo de escolha da naticia e perceber 0 que influencia a agenda do

telejornalismo regional. Considerei que a constituic;80 da opiniao publica aconteee

naD somente com a rela9ao direta da midia com 0 receptor e sim nas rela90es

sociais decorrentes nestes e em outros comportamentos. Por isto, toi necessario

entender em que cenario a noticia chega a reda9ao. Com aplica9ao da entrevista,

procurei saber se as novidades da regiao chegam aos ouvidos dos jornalistas pelos

meios tecnol6gicos, como e-mail e telelone, ou do contato direto do profissional de

comunica9ao com a fonte. Nos meios tecno16gicos, questionei apenas as

mensagens que chegam por e-mail e telefone porque percebi durante a semana de

acompanhamento do trabalho da TV Esplanada que estes sao os meios utilizados

na reda9ao.

Com a entrevista tormulada, ap6s cruzamento dos resultados da reuniao de

paula e do que e veiculado no telejornal, pude questionar a percep9ao de todos os

produtores e editores sabre as fontes e criterios da prodw;;:ao. Ou seja, se a equipe

percebe a cobertura que laz sobre as cidades de abrangencia da aliliada e quais as

principais dificuldades de cobertura destacadas pelos profissionais.

Page 17: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

17

4 TELEJORNALISMO

4.1 0 SURGIMENTO DO TELEVISOR: MUDAN<;:A DE HABITOS DO MUNDO E DA

COMUNICA<;:AO SOCIAL

o aparelho de televisao surgiu em 1817 quando a quimico sueco Jacob

Berzelius descobriu que a luz modificava urn elemento chamado selenio. Mas foi em

1873 que Joseph May, urn irlandes, utilizando 0 selenio, construiu uma resistencia

que transmitia os impulsos eh3tricos com mais ou menes intensidade, dependendo

da exposi~aoa luz. Era 0 principia da celula fotoeletrica - que mais tarde seria uma

base do sistema de transmissao para televisao.

Vera iris Paternostro (1999), no livra 0 texta na TV, faz urn resgate das

experimentos cientificos que originaram 0 atual televisor e a transmissao via satE~lite.

Canfarme a autara (1999), alguns anas apos a descaberta da eelula fataeh'trica,

pesquisadores como Thomas Edison e urn grupo de cientistas de New Jersey

testaram urn papel carbonizade que podia brilhar durante dias. 0 experimento mais

tarde evoluiria para as valvulas de radio e de televisaa. Em 1880, a frances Maurice

Le Blanc criou urn sistema de projec;ao de imagens que, apresentadas em certa

velocidade, davam a impressao de mavimento. Era a inicio da corrida pela

transmissaa da imagem.

Depois de urn sEkula de testes cientificas, foi em meados de 1930 que muitos

paises conseguiam instalar antenas e montar estudios de retransmissao. Os

primeiros foram Estados Unidos, Inglaterra e Franc;a. 0 aparelho tornou-se popular

nestes paises no final da decada de 40. Passou de um experimento cientifica para

urn das eletra-eletr6nicas rna is papulares do secula. Segundo Popper e Condry

(1995), no inicia de transmissaa da televisaa nos Estadas Unidas, cerca de 10% das

familias americanas passuiam urn televisor. Mas em 1960, esse numero ja chegava

a 90% das familias e quase todas as que passuiam um aparelha viam regularmente

televiseo.

A televisao se firmou como meio de informaC;8o e comunicaC;8o de massa. Em

1951, a junc;ao do movimento da imagem ao audio ganhau rna is urn aliado para a

papularidade da televisao - as transmiss6es experimentais em cores. 0 mecanisme

fai efetivada em 1953.

Page 18: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

18

Hoj8, a televisao tern urn espa90 de destaque na vida das pessoas. No inicio,

as pessoas S8 admiravam com a possibilidade de ver, com movimento e cores,

aquilo que estava distante. Aos poucos, 0 televisor mudou habito das pessoas

acostumadas com rapidos registros da fotografia e com a informar;ao sonora das

andas do radio. Na televisao, foi passivel conhecer as artistas das radio novelas, ver

imagens dos acontecimentos do mundo, acompanhar quase que em tempo real

fatos hist6ricos como a chegada do homem a lua.

Se para 0 telespectador loi uma grande descoberta, para quem trabalha com

comunicar;ao a situar;ao nao foi diferente. as profissionais tiveram que aprender a

explorar as peculiaridades da imagem, do movimento e das cores.

Noticia e sempre naticia, independente do veiculo utilizado para suatransmissao. Mas no caso da televisao, para levar a noticia demaneira adequada ao telespectador, 0 jornalista nao pode esquecerdas caracteristicas proprias da televisao (MACIEL, 1995, p.43)

Ate hoje, os profissionais procuram novas possibilidades para aproveitar este

meio de comunicac;:ao que continua sendo popular.

4.2 A TELEVISAO NO BRASIL

Hoje, 0 Brasil tern uma das melhores tecnologias em produc;:ao e transmissao

de programas televisivos e exporta produ¢es brasileiras para 0 mundo. Mas a

televisao chegou ao pais na decada de 50, somente vinte anos depois das primeiras

retransmiss6es mundiais. Em 1950, Assis Chateaubriand, proprietario dos Diarios e

Emissoras Associadas6, passou a investir neste tipo de veiculo. Na epoca, a pais

estava em desenvolvimento industrial e de grandes centros urbanos.

Nesses primeiros dez anos da TV brasileira, 0 aparelho televisorainda era urn artigo de luxo. Em 1954, existiarn 12 mil aparelhos noRio e em Sao Paulo; em 1958, eram 78 mil em todo 0 pais. Aprogramayao das emissoras seguia, entao, uma linha de Ueliten

, comartistas e tecnicos trazidos do radio e do teatro. Entrevistas,debates, teleteatros, shows e musica erudita eram as principaisatra~6es (PATERNOSTRO, 1999, p.29).

6 Segundo Vera iris Paternostro (1999), e 0 que se pode considerar 0 primeiro imperio decomunicayao do pais.

Page 19: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

19

Em 1969 foi realizada a primeira transmissao via satE~lite, ao vivo, para 0

Brasil - 0 langamento da Apolo IX. 0 fato hist6rico foi ao ar no dia 03 de margo,

diretamente dos Estados Unidos. Mas 0 grande marco da televisao no Brasil e no

mundo tal a transmissao das imagens do homem pisancto na lua pela primeira vez,

acontecimento de 20 de julho de 1969.

Da decada de 50 ate as dias atuais, a televisao brasileira passou pelas

restric;6es tecnicas do veiculo que tern como base a transmissao via 5atelite,

demorou alguns anos para tsr toda a grade de programat;;ao preenchida par

produl):oes, urn grande periodo para ter transmiss6es regionais realizadas fora do

eixo Rio de Janeiro - Sao Paulo e Dutro periodo para que as profissionais de

televisao percebessem que este e urn meio diferente do principal concorrente desde

a invenc;ao da televisao, 0 radio.

o primeiro telejornal brasileiro foi 0 Imagens do Dia, transmitido pela TV Tupi

de Sao Paulo, ainda em 1950. Vera Iris Paternostro (1999, p.35) destaca ainda

outras produgoes importantes na hist6ria do telejornalismo brasileiro:

o primeiro telejornal de sucesso, sinonimo de telejornalismobrasileiro, foi 0 Reporter Esso, que estreou em 1953 tambem na TVTupi e ficou no ar por quase 20 anos. 0 Jornal Nacional, da RedeGlobo, e 0 que esta no ar ha mais tempo, desde 1969, e e, ate hoje,lider de audiencia no horario.

4.3 A REGIONALlZA<;AO DA TELEVISAo

A regionalizaC;8Io das produc;oes televisivas ganhou forc;a no final do seculo

xx com a modernizaC;8Io da midia, acesso rapido a informaC;8Io pela internet e

implantac;ao das emissoras a cabo.

Com 0 mundo globalizado, a produgao para televisao teve que se adaptar

para manter a atengao do telespectador. A partir disto, surgem programas que visam

a interatividade. a semanal Voce Decide e urn exemplo. a prograrna foi criado pela

Globo em mead os de 2000. Para chamar a atengao dos telespectadores e veneer a

concorrencia com outras emissoras brasileiras, quem assistia era canvidado a definir

par urn dos tres finais apresentados pela emissora. Na linha da interatividade com a

receptor, 0 Sistema Brasileiro de Televisao (SBT) tambem mantem programas de

jogos e shows onde 0 publico escolhe 0 melhor artista e ate sorteio de brindes para

Page 20: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

20

quem participa par telefone. Esta tentativa aparece tambem em programas como Big

Brother, da Globo, e Casa dos Artistas, do SBT. Pessoas sem notoriedade sao

observadas diariamente e 0 publico opina sabre 0 comportamento dos confinados

par votaC;80 via telefone e internet.

A aparente interatividade e uma forma encontrada pelas emissoras para atrair

o publico, mas e na regionalizac;ao dos programas urn dos maiores investimentos

das emissoras na ultima decada com a expansao das emissoras de televisao.

Os programas regionais sao uma tentativa de aproximar a conteudo que etransmitido ao publico, visando naD apenas maior cobertura dos fatos, mas

concorrencia entre as emissoras de televisao. Esta tentativa de aproximac;ao pode

ser percebida pelo que disse Carlos Abranches (2004), ancora do Jornal Vanguarda

- TV Globo no Vale do Paraiba, em entrevista ao site da Revista Imprensa:

o jornalismo regional e, inclusive, 0 que a comunidadetelespectadora quer. Eta quer sim saber a que acontece no mundo,mas, sobretudo, quer saber exatamente a que aeonteee na suapropria terra, no proprio quintal. lS50 que faz, par exemplo, a nossotelejornal do meio-dia tenha uma audiencia de 32%. A concorreneiatern audi€mcia de 1% no mesmo periodo. 0 telejornal da noite ternaudiemeia de 56%. E alga muito forte. 0 publico quer umaprogramac;ao voltada para a regiao.

Nao ha muites registros impresses sabre a regionalizayao do telejornalismo

no Brasil. Mas 0 livro em comemorat;ao aos 35 anos do Jarnal Nacional, A Hist6ria

faz noticia, mostra como aconteceu 0 crescimento da rede televisiva e das

emissoras afiliadas da Rede Globo.

o Jarnal Nacianal fai a primeiro jarnal em rede no pais. Portanto, 0 primeiro a

regionalizar a produc;ao para a televisao. A principio, foram criadas as emissoras do

Rio de Janeiro e Sao Paulo, seguido por uma esta9aO de televisao em Belo

Horizonte, capital de Minas Gerais. Em 1971, foi inaugurada a TV Globo de Brasilia.

A partir dai, os profissianais foram deslocados para pradu90es rna is regionais.

A regianalizac;aa da noli cia e urn desafio con stante dos jornalistas nesta

epaca em que e acessa a inforrnac;ao e rapido devido aos varies meies de

comunicac;ao existentes. No site Canal da Imprensa, e colaberador Thiago

Melo (2005) lembra os jornalistas ainda sentem dificuldade em trabalhar com 0

jornalismo regional almejado:

Page 21: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

21

Urn dos problemas enfrentados pelos jornalistas regionais e apadronizac;ao dos estilos e a impJantacao de cullura e costumes quenaD sao caracteristicos da regiao. Os principais responsaveis pareste desrespeito sao as programas televisivQs. Segundo pesquisarealizada pelo IBGE, divulgada em 12 de novembro de 2003,samente 8% dos municipios do pais geram todos as programas deTV assistidos no Brasil inteiro.

4.4 ERA DA INFORMAi;AO

A televisao surgiu no seculo considerado da informayc3o. Em cern anos, a

radio S8 popularizou, foi criada a comunica9Bo por telex, telefone, a televisao, celular

e internet. A vida das pessoas S8 modernizou com as aparelhos eletroeletronicos

nas casas, 0 usa de veiculos por diferentes classes sociais e outros fatores da

modernidade.

A relat;ao entre as pessoas tambem mudou. 0 homem teve que se adaptar a

tanta tecnologia. A comunicat;ao a distancia aumentou. Com tanta informat;ao e

novidade em menos de cern anos, os veiculos de comunicac;aotambem tiveram que

se adaptar. Os peri6dicos ganharam publico alem das vizinhant;as onde circulavam

no inicio da prensa. 0 radio surgiu e em seguida ganhou uma concorrente, a

televisao, que aliava 0 som do radio a imagem e, no inicio das transmissoes

televisivas, ainda exibia programat;ao similar ao aparelho.

No final do seculo XX, as pessoas jil estavam adaptadas a comunica~ao adistancia, a programat;ao ao vivo transmitida pela televisao que mostra

acontecimentos de outro lado do mundo e a internet que repassa informat;oes

atualizadas em segundos.

Page 22: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

22

5 AGENDAMENTO DA NOTiclA

Com tantas fontes de informac;ao, 0 jornalista teve que S8 adaptar e encontrar

meios para calocar a melhor informaC;Bo no espac;o delimitado pelo veiculo que

trabalha. Esta seleC;8o de informac;oes e 0 que varios auto res chamam de agenda

setting, ou seja, agendar urn acontecimento e seleciona-Io entre tant05 do cotidiano

e torn a-los publico pelos meios de comunicac;8o.

Clovis Barros Filho (1995, p.173), em Efica na comunicaqao: da infonnaqao

ao receptor, explica 0 tema: "fixar a agenda e fixar 0 calendiuio dos acontecimentos.

E dizer 0 que e importante e 0 que nao e. E chamar a atenC;30 sabre certo

problema ... E fixar nao 56 0 que vai ser discutido, mas como e por quem".

o aulor (1995, p. 184) ainda ressalta que "todos os temas sao teoricamente

mediatiz2Iveis, mas que as criterios e seleC;8o do conteudo deixam claro que ha

noticia que vale a pena noticiar e outras nao". Esta escolha pelos meios de

comunicayao chama newsworlh. E lembra que tres aspectos da mensagem podem

interferir no agenda setting - "origem (quem agenda a midia?), seu veiculo e

conteudo".

5.1 AGENDAMENTO NA TELEVISAo

Na televisao, estes tres aspectos estiio bem definidos no trabalho de

produyao. 0 produtor e quem vai selecionar 0 conteudo, que vai ter urn vinculo

maior com quem auxilia na agenda da midia (ou seja, com as fontes de informayao)

e tern que apurar 0 conteudo que vai ser informado.

o trabalho de produe;:ao em televisao comee;:a, geralmente, no diaanterior com 0 trabalho do pauteiro Uornalista responsavel pelafeitura da pauta, detalhamento dos assuntos de interesse jornalisticoque vao merecer cobertura), um profissional encarregado derelacionar os assuntos previstos para 0 dia seguinte, criar materias edar a elas um encaminhamento editorial.. Os aS5untos que naopodem deixar de receber cobertura no dia seguinte comee;:am a 5ertrabarhado peros produtores, que fazem cantatos, levantaminformae;:oe5 adicionais e marcam as entrevistas que foremnecessarias ... Estas informae;:oes VaG municiar 0 reporter (MACIEL,1995, p. 28-29).

Page 23: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

23

Na concepyao de Clovis Barros Filho (1995), a lelevisao lem probabilidades

de veiculayao proprias do veiculo como a personific8<;ao do conteudo da

informayao, que permite a audiencia uma identifica980 com 0 tema atraves do

sujeito envolvido. Por exemplo, as conhecidos "personagens", pessoas que sao

utilizadas para ilustrar a mensagem e tamar temas complexos mais compreensiveis.

Para ele, hi! lambem a probabilidade de dramalizayao, geralmenle por inlermedio de

um confiilo, para prender a alenyao do lelespeclador. E a de dinamizayao do lema,

para que 0 receptor possa constatar uma 8980 au urn acontecimento. "Essas tres

caracteristicas - personificayao, dramatiz81):80 e "eventualizayao" - decorrem de

uma necessidade imperativa dos meies (sobretudo a televisao) de "empacotar" a

informayao em pequenas unidades de mensagem (packaging demand)", define 0

aulor (1995, p.187).

Pedro Maciel (1995) reforya as caraclerislicas proprias da lelevisao. 0 aulor

destaca que este veiculo e massive na medida em que tern urn publico sempre

medida em milhoes e aD mesmo tem a prodw;ao preocupada em transmitir uma

mensagem feita para uma (mica pessoa ouvir. Tambem considera a televisao

intimista por conquistar a cumplicidade do telespectador com uma linguagem

coloquial que "consegue tocar os sentimentos". Ainda, dispersiva, na medida em que

o telespectador faz outras coisas enquanto 0 aparelho esta ligado. E, por tim,

seletiva, pois 0 veiculo disp5e de pouco tempo para tratar dos assuntos diarios na

grade da emissora.

Um telejornal, por exemplo, e obrigado a fazer uma selec;:aorigorosados assuntos que trata para mostrar apenas a que e realmenteimportante. E mesmo nesse caso ainda concentra as informac;:oesem um tempo muito curto... Uma noticia normal de televisao vai terem media um minuto de dura~o. Uma entrevista dentro dareportagem de televisao geralmente nao ultrapassa as 20 segundos.(MACIEL,1995,p.22)

Page 24: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

24

6 FONTE DA NOTiclA

6.1 FONTE: DE ONDE VEM A INFORMACAO PUBLICA?

Tanto na selec;c3.o da informac;ao, como na apurac;ao, urn item e muito

importante para 0 jornalista - a fonte de informayao. Como 0 jornalista nao pode

estar em todos as locais ao mesmo tempo, ere conta com 0 relata de pessoas que

acompanharam urn fato au tern conhecimento especifico de uma informac;8o.

Poucas materias jornaHsticas originam-se integral mente daobservac;ao direta. A maiaria contem informac;6es fornecidas porinstituic;6es ou personagens que testemunharam au participaram deeventos de interesse publico. Sao 0 que se chama de fontes.E tarefa comum dos reporteres selecionar e questionar essas fontes,calher dados e depoimentos, situa-Ios em algum contexto eprocessa-Ios segundo teenicas jornalisticas (LAGE, 2001, p.49).

Em lodos as veiculos de comunica<;ao, uma boa fonte e essencial para

garantir uma boa cobertura jornalistica.

Nilson Lage (2001) destaca alguns tipos de fontes: as "oficiosas e

independentesn (au seja, de institui<;6es que preservam algum poder de Estado,

como prefeituras, sindicatos e funda<;6es); e as uprimariasn au "secundarias", que a

autor diferencia pelo contexto em que estas fontes sao utilizadas pelo jornalista. Par

exemplo, as fentes primarias sao as que fornecem ao jornalista fatos essenciais para

uma materia e as secund~.uias sao as fentes que 0 jernalista busca para argumentar

o assunto da pauta. Lage (2001) exemplifica com uma materia sabre agricultura e

diz que as fontes primarias serao os plantadares e que antes de partir para apura<;ao

o jornalista consulta fontes secundarias, ou seja, os funcionarios de institui<;6es de

pesquisa agropecuaria que VaG fornecer dad os sobre e setor.

o autor (2001) menciona ainda as fontes "testemunhas" (uma pessoa que

testemunhou um fate, geralmente factual au que representa uma situa<;ao singular,

mas curiosa para 0 telespectador) e as fontes "jornalistas" (profissionais de

comunica<;80 que geralmente trabalham em assessorias e neste caso podem ser

denominados tambem fontes oficiosas ou os jornalistas que passam informa<;oes

para outros colegas de profissao no decorrer da apura<;ao de um acontecimento).

Page 25: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

25

No case da produc;ao em telejornalismo, a tonte e a principal recurso de

trabalho do produtor. Como a rep6rter sai para cobrir urn acontecimento previamente

pautado sabre 0 material que deve produzir para 0 jamal, e na redac;ao da televisao

que a relac;ao do jornalista com a tonte se desenvolve primeiramente e na maior

parte da atividade jornalistica.

6.2 VALOR DA INFORMA<;:AO

Para estudar 0 valor da informac;ao que vai ser veiculada nos meies de

comunicaC;8o,e preciso entender a que e nalicia. Para Alfredo Eurico Vizeu PereiraJunior (2000), e a forma de ver, perceber e conceber a realidade.

Ja Ricardo Noblat (2002, p.31), em A ar/e de fazerumjomal diario, reflete que

"a ncticia e todo tatc relevante que desperte interesse publico, ensinam as manuais

de comunicac;ao. Fora dos manuais, ncticia na verdade etude 0 que as jornalistas

escolhem para oferecer ao publico".

Na realidade, 0 conceito de noticia a amplo, mas a maio ria dos autores de

comunicayao acredita que a escolha de um fato noticiavel esta relacionada

diretamente as particularidades do profissianal que a esco/he. Edenilson de Almeida

(2001), em um estuda sabre a noticia no Jornal Nacional, tam bam constata que 0

mundo particular do jarnalista influencia na produyao jornalistica.

Poram, os manuais de comUniCa((c30 estabelecem criterios e atributos para a

nolicia, exercicio diario ao jornalista. Nilson Lage (1998, p.16) define a noticia corn a

a Urelato de uma serle de fatos a partir do fato mais importante au interessante; e de

cad a fato, a partir do aspecto mais impartante ou interessante".

E nesta escolha dos fatos que estao os atributos, critarios e valores da

notfcia. Itens que fazem parte do exercicio diario do jornalismo.

Albertina Aor da Cunha (1990), em Telejomalismo, destaca alguns atributos

na escolha da noticia - imediatismo, veracidade, universalismo, importancia e

interesse. Tambem fala sobre os critarios de sele9aO, opinioes, interpreta<;oes,

ideologia e juizos dos jornalistas. Para ele, estes ultimos ltens variam em relayao as

emissoras que os profissionais trabalham sejam pela Iinha editorial como por

beneficios (comercial, politica, social e cultural).

Ja para Clovis Barros (1995), as valores da nolicia estilo defendidos em dais

pontos. 0 factual e a imparcialidade (que para acontecer depende da separac;ao dos

Page 26: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

26

fatos das opinioes). A imparcialidade esta ligada a objetividade, au seja, ao valor

proprio da informac;ao, a legibilidade (ser real e ser exposto claramente) e a

checabilidade (uma informa,ao apurada antes de chegar ao receptor).

Sobre os dais ultimos itens, Barros (1995) ainda ressalta a importancia da

apuraC;3o da informac;ao para alcam;ar a checabilidade. Explica que quanta maior 0

numero de unidades informativas verificaveis nurn texto, mais factual ele sera e,

portanto, mais objetivo. A imparcialidade, para ele, e a busca de urn ideal-tipo de

objetividade. Os elementos mais citados par ele sao: a verdade, equilibria,

checabilidade, clareza, legibilidade, eqUidistancia e isem;ao.

Ainda que a televisao tenha formas diferenciadas de produc;ao e de

transmissao de urn acontecimento, estas seguem pressupostos basicos da noticia

que demandam etica do profissional e respeito ao receptor da mensagem. Sabre a

compromisso com a informa,ao, Manuel Carlos Chaparro (1994, p. 23) destaca:

o jornalismo 80 0 elo que, nos processos sociais, cria e mantem asmediac;6es viabilizadoras do direito a informac;ao. Eis ai 0 vinculocom 0 principio etico universal que deve orientar a moral das ac;6esjornalisticas e em func;ao do qual 0 jornalista assume aresponsabilidade consciente pelos seus afazeres profissionais.

6.3 CIDADANIA - A RESPONSABILIDADE SOCIAL DO JORNALISTA

A televisao tem caracteristicas pr6prias e a imagem e uma delas. Mas como

meio de informa.yao, de comunica.yao, os profissionais seguem alguns criterios

pertinentes a qualquer veiculo. 0 publico tern 0 direito de receber uma informayao

bern apurada e este mesrno dever do jornalista e 0 que dc'! a ele a credibilidade

enquanto profissional.

Bill Kovach e Tom Rosenstiel, em Os Elementos do Jomafismo, refor,am a

lealdade que os jornalistas devem ter com os cidadaos, independente do tipo e linha

editorial do veiculo que trabalharn. "Assim, 0 profissional de imprensa nao e como os

empregados de outras empresas. Ele tem uma obriga,ao social que na verdade

pode ir alem do interesse imediato de seus patroes", destacam tais autores (2003, p.

83).

Page 27: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

27

Existem valores, atributos e criterios que influenciam tamhem 0 agendamento

dos acontecimentos pelos veiculos de comunicay8o, pais e por esta agenda que 0

que acontece vira informaC8o publica - a naticia.

Para Albertino Aor da Cunha (1990), 0 valor da noticia esta no jornalista que

trabalha com ela. Considerando que a televisao e 0 veiculo mais utilizado como

meio de informay8o, fica ainda mais comprovada a necessidade do jornalista ser

';tico na produyao da informayao.

Ao considerar a imprensa como 0 principal meio de informayao sabre as

acontecimentos diarios neste seculo, Alfredo Eurico Vizeu Pereira Junior (2000), em

Decidindo a que e not/cia - as bastidores do telejomalismo, destaca a importancia do

cuidado do jornalista na escolha e apuracao da noHeia:

A hip6tese de agendamento sustenta que as pessoas agendamseus assuntos e suas conversas em func;ao dos que as mediaveiculam. Ou seja, as media, pela disposic;ao e incidemcia de suasnoticias, vem determinar as temas sabre as quais a publico falara audiscursara. Ja as pesquisas de newsmaking procuram descrever atrabalho comunicativo dos emissores como um processo no qualacontece de tudo - rotinas cansativas, distorc;6es intrinsecas eestereotipos funcionais (PEREIRA JUNIOR, 2000, p. 75).

A este prop6sito, Pierre Bourdieu (1998), em Retorno sobre a tefevisiJo, faz

criticas a qualidade da programar;:8o da televis80 com 0 avan90 das novas

tecnologias, defendendo que os profissionais da imprensa precisam ter uma visao

rna is social sobre 0 que e publicado. 0 autor (1998) aborda a importancia de ter a

noticia como enfoque, sobressaindo aos valores capitalistas, e aponta a

necessidade do jornalista avaliar melhor a produ~o jornalistica e nao deixar que a

televis80 seja um meio de conservar;:ao e mobilizac;ao da sociedade.

~.':>C;.1l!!~::?c-:, ~~6Y

A televisao (bem mais que as jornais) prop6e uma visao do mundocada vez mais despolitizada, asseptica, incolor, envolvendo cadavez mais os jornais nessa escorregada para a demagogia e para asubmissao aos constrangimentos comerciais... Ela fatalmenteestimula urna ac;ao conselVadora, de desrnobilizac;ao dosmovimentos criticos (explorando, sobretudo, as paix6es popularesmais faceis, desde a futebol, para os homens, ate as filmessenti menta is, para as mulheres). Se acrescentarmos a isso aevotuc;ao paralela do cinema e da edic;ao de livros, cada vez maisconcenlrada e submelida as exigimcias do mercado, pode-se lemerque a democracia e a cultura, tais como a conhecemos, corramgrande risco (BOURDIEU, 1998, p.112).

Page 28: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

28

Para Bourdieu (1998). est;; nos telejornais e no trabalho dos jornalistas a

oportunidade de mudar 0 caos social provocado pela superficialidade do que etransmitido pelas emissoras de televisao.

Page 29: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

7 DESCRI<;:AO E ANALISE DOS DADOS

7.1 APRESENTA<;:AO DA TV ESPLANADA

A TV Esplanada e afiliada II Rede Globo de Televisao e uma das emissoras

da Rede Paranaense de Comunicacao (RPC) localizada no interior do estado. Esta

instalada na cidade de Ponta Grossa ha 33 anos. A programa9ao e transmitida em

37 municipios da regiao dos Campos Gerais e parte do norte do Parana: Panta

Grossa, Castro, Carambei, Pirai do Sui, Tibagi, Jaguariaiva, Ventania, Imbau,

Japira, Ibaiti, Figueira, Curiuva, Ortigueira, Reserva, Ivai, Guamiranga, Imbituva,

Teixeira Soares, Sao Joao Triunfo, Sao Mateus do Sui, Mallet, Paulo Frontim,

Antonio Olinto, Porto Amazonas, Palmeira, Teh~maco Borba, Pinhalao, Arapoti, Sao

Jose da Boa Vista, Senges, Santana Itarare, Wenceslau Braz, Tomazina, Jaboti,

Ipiranga, Siqueira Campos e Saito do Itarare.

A emissora e uma das oito do grupo RPC. As outras estao na capital, Curitiba,

e nas seguintes cidades do interior do estado: Maringa, Londrina, Foz do Igua9u,

Cascavel, Guarapuava e Paranavai. Conforme ultima pesquisa encomendada pela

empresa, a TV Esplanada e uma das pra9as do interior do Parana com menes

municipios, empatando com Cascavel. Porem, a pesquisa mostra que e terceira

repetidora da RPC no interior com maior indice de telespectadores em potencial:

a mu >m l

m 1~ m ~~

~ 0.·c <.> !!g: ~~U

N '"~ 0 ~~

a a ~ 8 0- <3u ~ "--'" 0.'" "-Numero 36 66 55 50 37 37 48 70 399

demunici ios% Parana 9,02 16,54 13,78 12,53 9,27 9,27 12,03 17,54

Populayao 3.009.2 995.766 1.364.750 aaa.261 739.973 887,275 887.267 723.113 9.495.592

total PT 87

% Parana 31,69 10,49 14,37 9,35 7,79 9,34 9,34 7,62

Domicllios 752.521 286.757 393.945 224.918 205,208 232.099 220.395 226.154 2.541.997

com TV% Parana 29,60 11,28 15,50 8,85 8,07 9,13 8,67 8,90

Telespec- 2.857.5 918.820 1.296.816 686.731 785.283 752.343 661.133 8.760.B16tadores 96Potencial

29

Page 30: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

30

TP% Parana 32,62 10,49 14,80 ',64 8,96 8,59 7,55

IlndiCe 2,872 0,662 0,983 0,460 0,485 0,353 0,398 6,136

potencialdeconsumoIPC% Parana 42,64 9,83 14.59 6,83 7,20 5,24 5,91

QUADRO 1 - COMPARATIVO DE TELESPECTADORES - PARANAFonle: Inslituto de Pesquisa Target (2001)

Tambem transmite a edi9iio do primeiro jornal, 0 PRTV1, para a emissora

Guairaca, da regiao de Guarapuava. A emissora cobre outros 48 municipias do

centro sui do Parana. A TV Guairaca tern jamal local apenas na edi~ao do segundo

jornal, 0 PRTV2,

7.1.1 Produ~ao

A TV Esplanada tem dois jornais locais diarios de segunda a sabado: PRTV1

e PRTV2. Tambem faz inser~6es na programa9ao da rede com flashes' chamados

Reporter Cidade. A transmissaa dos flashes e feita apenas para as 37 cidades

cobertas pela emissora. 0 Reporter Cidade e veiculado conforme produ9ao

realizada no dia e de acordo com 0 horario disponibilizado pela Rede.

o PRTV1 local e transmitido pr6ximo das 12h25 e tem dura9ao aproximada

de dez minutos. 0 tempo e horiuio do jamal variam conforme espayo destin ado pela

Rede Globo e seguem tempo de transmissao do PRTV1 estadual. 0 jomal local

pertence ao ultimo bleeD do jamal estadual que passui quatro bloeos e inieia

geralmente as 12 horas.

o PRTV1 local tem uma linha editorial voltada a revista eletr6niea. As notieias

sao foeadas no jornalismo eomunitario, de servil;:o e de informayao. Possui alguns

quadros fix~s, esp8yo para materias eomportamentais, entrevistas ao vivo no

estudio e as externas (/ink). As materias produzidas podem ser mais longas,

considerando padr6es jornalisticos da Rede. Estas materias tem em media um

minuto e quarenta segundos.

7 Flash: reporter grava urn resumo das informar;oes de urna noticia. 0 mesmo que boletim.(PATERNOSTRO, 1999, p.143)

Page 31: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

31

o PRTV2 Local e transmitido proximo as 18h50 e tern dura9'io aproximada de

cinco minutos. Tern uma linha editorial hard news8, voltada ao factual e ao resumo

dos principais acontecimentos do dia. Aborda bastante 0 lado economico dos

acontecimentos e raramente tern quadros fixos e series. 0 tempo das materias emais curto, na media de urn minuto. Em muitos casas, taz-se urn resumo das

principais materias veiculas no PRTV1 au uma suite9 da notida apresentada.

Assim como na primeira edi9ao do PRTV, a segunda edi9ao obedece ao

tempo e horario de inser9ao estipulados pela Rede e pela equipe do jornal estadual.

o jornal pertence ao segundo bloco do PRTV2 estadual que tern tres blocos. Apos

as principais noUdas do dia, a equipe de produy8o procura sempre terminar 0 jamal

com uma materia comportamental, mais leve que as apresentadas durante jama!.

Jornalistas da emissora alegam que a objetivo e ani mar 0 telespectador que esta em

casa e contribuir para a auto-estima da comunidade.

A equipe da TV Esplanada tambem produz materias e links para Born Dia

Parana, PRTV1 e PRTV2 Estadual, Globo Esporte, Globo Comunidade e Plug. Faz

tambem produ90es para jornais e programas nacionais da Rede Globo: Born Dia

Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional, Jornal da Globo, Globo Rural, Programa Mais

Voce e Fantastico.

Diariamente a equipe procura oferecer matarias para jarnal estadual e, para

isto, os jornalistas procuram "estadualizar" a materia. 0 termo "estadualizar" eutilizado par estes profissionais quando desejam que a materia relacione dados

locais e estaduais. Em muitas destas materias, pedem auxilio as autras emissoras

da RPC.

7.1.2 Equipe de telejornalismo

A equipe de jornalismo da TV Esplanada e composta por 27 funcionarios:

chefe de jornalismo, duas editoras apresentadoras, tres editores (dais do PRTV1 e

urn do PRTV2), tres produtores e quatro equipes de reportagem. Cada equipe e

8 Hard news: ~serefere a uma ncticia quente, seria, importante. E ° contrario de soft news~IPATERNOSTRO, 1999, p. 144)Suite: a sequencia que se da a um assunto quando a noUda e quente e continua a

despertar interesse nos telespectadores. ~A suite deve sempre conter elementos que aatualizem" (PATERNOSTRO: 1999, p.151).

Page 32: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

32

composta par reporter, cinegrafista e auxiliar. Ha tambem quatro editores de imagem

e dais cameras de estudio.

7.1.3 Reuni6es de paula

As reunioes de pauta acontecem de segunda a sexta-feira, geralmente das

13h30 as 14 horas, horario da troca de hon,rio de trabalho das equipes de produ980

e edic;ao. A participac;ao nao e obrigat6ria, mas a maiaria dos produtores e editores

concorda que esta e a melhor maneira de organizar a produyao dos telejornais e das

pautas. As reuni6es iniciaram em agosto de 2004 e foi uma sugestao dos propriosfuncionarios para auxiliar na discussao do telejornal e das pautas.

No sabado e domingo naD ha reuniao, pois as equipes sao as mesmas no

periodo da manha e tarde. Outro motivQ e que geralmente na sexta-teira ja saoprogramadas as prodw;6es de sabado, domingo e 0 que vai ser veiculado no PRTV1

local de segunda-feira.

As vezes as reunioes sao suspensas em determinados dias devido a cursos e

conferencias da rede. Por este motivo, no primeiro semestre deste ano nao estao

acontecendo reuni6es as quarta-feira. Neste caso as discussoes de pautas e

telejornais sao feitos no decorrer do dia.

7.2 RELAl6RIO DAS REUNIOES DE PAUlA

Para a pesquisa, foram acompanhadas quatro reuni6es de pauta, de segunda

a sexta-feira, referentes a uma semana de discussao entre os funcionarios da TV

Esplanada.

A mostra das reunices aconteceu dos dias 9, 10, 12 e 13 de maio de 2005.

Neste primeiro semestre do ana nao teve reuniao de pauta na quarta-feira porque

duas editoras estavam fazendo curso interne da emissora. Entao, 0 estudo

considerou as discussoes realizadas nos outros dias da semana em que

aconteceram as reuni6es.

Cada reuniao teve aproximadamente meia hora de discussao sobre os

assuntos da regiao. Os profissionais discutiram tanto pautas para serem apuradas

como a estrutura980 dos jornais da semana. Foram citados 66 assuntos, a maioria

deles foram repetidos nas reuni6es posteriores como forma de discussao do

Page 33: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

33

andamento das atividades. Estes assuntos fcram considerados, pois estavam no

espa~o de discussao da reuniao destinado as pautas.

Dos 37 municipios da regiao dos Campos Gerais e parte do norte do Parana

que pertencem a area de cobertura de produ9iio da TV Esplanada, seis loram

abordados nas reunioes. Isto significa que em uma semana de discussao, 16,21%

da area de cobertura da TV Esplanada toi lembrada durante as reunioes.

o RegBO discUlifa nas reunioes

D Regaonao rMnci)nadanas reunKies

GRAFICO 1 - REGIOESFonte: Dados primarios (2005)

A cidade mais abordada toi Panta Grossa, com 47 assuntos, representando

71,21 % dos assuntos em discussao.Depois vieram os temas gerais, 10,60% dos assuntos. Estes temas fcram

classifrcados como gerais, pois naD citavam uma cidade especifica, nao dependiam

do lactual e das lontes da regiao ou de prom09ao em alguma das cidades de

cobertura. Foram sete temas gerais como, por exemplo, a preocupac;ao da equipe

em colocar no telejornal informaC;6es sobre prazo para inscric;ao do Exame Nacional

Ensino Medio (ENEM).

A segunda cidade mais citada foi Tibagi, com quatro assuntos, seguida pela

cidade de Castro, com tres assuntos. Estes municipios representaram 6% e 4,5% da

discussao, respectivamente.

As cidades de Guarapuava, Siqueira Campos, Jaguariaiva e Sao Mateus do

Sui loram abordadas uma vez. A cidade de Guarapuava tambem foi lembrada

Page 34: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

34

porque, embora naD esteja na area de cobertura de produg8o, pertence a area de

transmissao do PRTV1 local da TV Esplanada.

Assuntos Discuticbs Durante as Reunoes7.QO"l,

4"~O6.00"1.

10.60'&

71.001,

o Sobre a Odade de PonQ GrossaIJAssuntos Geraiso Sobre a Odade de Thagi[] Sobre <I Odade de OJstro.Outrasadadesda~giao

GRAFICO 2 - ASSUNTOS DISCUTIDOSFonte: Dados primarios (2005)

Vale lembrar que duas reunioes tiveram a participaC;80espontanea de daisrep6rteres que, embora naD ten ham acompanhado todo perfedo da reuniao,contribuiram com a indicaC;8o de materias que sugiram do trabalho externo das

equipes de reportagem.

7.2.1 Segunda-feira (9 de maio de 2005)

Na primeira reuniao da semana foram discutidos 14 assuntos, sendo 10 de

Panta Grossa, dois gerais, urn de Guarapuava e urn de Siqueira Campos.

Participantes da reuniao: chefe de jornalismo, editora apresentadora PRTV1

local, tres editoras, dois produtores.

A reuniao iniciou com defini~ao do PRTV2 local.

A equipe discutiu: materia Auto Denuncia Meio Ambiente sobre empresarios

que nao estao de acordo com as normas ambientais e que poderao recorrer as

orienta90es do Instituto Ambiental do Parana (lAP) sem levar multa e uma nota

coberta da apreensao de passaros silvestres em Ponla Grossa. Sobre a nota,

fica ram de pegar retorno a tarde para saber mais detalhes da apreensao. Apos,

Page 35: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

35

falaram sobre imagens para estadual das areas onde estao sem terras em Ponta

Grossa.

Para Born Dia Parana, analisaram pedido de link sabre apreensao dos

passaros. Se a tarde rendesse materia, iam oferecer materia e link.

Depois pre-organizaram PRTV1 de terc;:a. Para estadual, iam oferecer materia

Aumento de Casas de Rotavirus no Inverno e link com medico sabre orientayoes

dos sintomas e tratamento da doenc;a. A materia foi feita em Ponta Grossa.

Tambem iam oferecer materia do protesto dos agricultores de Ponta Grossa

contra Parque Nacional das Arauciuias na regiao. Discutiram se agricultores

fechariam as rodovias au 56 iriam ate Curitiba e na capital fariam 0 protesto.

Resolveram que produC;Elo deveria aprofundar mais 0 assunto que ja havia sido

veiculado no mes passado.

Falaram sobre a veracidade de uma pesquisa realizada por um politico da

cidade e veiculada em um jornal diario de Ponta Grossa. Segundo pesquisa, a area

do parque tem 30 mil trabalhadores e resolveram confirmar esta informagao e

orientar 0 reporter sobre utilizar ou nao estes dados na entrevista.

Definiram jornal PRlV1 local de terya. Ficou previsto materia abertura

Semana da Cultura de Ponta Grossa ou nota coberta, link no estudio com grupo de

teatro Leao Cantor de Ponta Grossa, nota coberta do transtorno que uma obra da

prefeitura de Ponta Grossa esta causando em um bairro da cidade e materia de

Guarapuava sobre uma feira itinerante que precisou de uma agao judicial para ser

montada na cidade.

Uma editora sugeriu ligar para Empresa de Assistencia Tecnica e Extensao

Rural (Emater) e confirmar informagao repassada par uma radio da cidade. aradialista dizia que na terga acontece uma reuniao em Ponta Grossa sobre a

fiscalizagao dos transgenicos. a chefe de jornalismo disse que talvez a reuniao nao

rendesse materia, mas que poderia ter fontes interessantes.

Tambem falaram sobre a produyao e comercializagao da soja transgenica no

estado, quanto a Parana perdeu por nao exportar e como fica quem produziu 0 tipo

de semente. Lembraram que estadual transmitiu uma materia com este assunta no

dia anterior e que talvez a emissora de Curitiba nao utilize a produyaa da TV

Esplanada.

Falaram sobre cidade de Siqueira Campos que oferece transporte coletivo

gratuito e que a reporter tinha que conc1uir a materia que foi feita em abril.

Page 36: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

36

Uma produtora lembrou que na ter9a tern uma reuniao sobre ambulancia do

governo estadual SAMU que foi doada a Ponta Grossa em outubro do ana passado,

mas ainda naD funciona porque faltam equipamentos. E eles definiram que poderia

ser uma nota pelada.

Urn reporter entrou na sala de reuniao e sugeriu uma materia sabre Instituto

Joao XXIII de Ponta Grossa. 0 local cuida de meninos carentes e tern boa estrutura.

Chegaram a conclusao que precisava de urn enfoque rnais especifico para a

materia. Urna editora sugeriu falar do problema com menores que foram pegos com

facas em Panta Grossa, das penalidades e deste tipo de recuperayao.

Urn produtor falou sobre uma testa que acontece em Ponta Grossa na

madrugada de sabado e que esta atraindo pessoas da regic3.o. Decidiram que

pocteria ser realizada uma materia comportamental e inserido nota na agenda

cultural de sexta-feira.

Par fim, uma editora lembrou que a equipe deve dar seqUencia a uma materia

que foi feita em fevereiro sobre normas de higiene da Agencia Nacional de Vigilancia

Sanitaria (ANVISA). Ela citou como enfoque um programa de qualidade total dos

alimentos em que alunos do Centro Federal de Educa9ao Tecnol6gica (CEFETI

Ponta Grassa) vao participar.

7.2.2 Ter~a-feira (10 de maio de 2005)

No segundo dia de reuniao, a equipe discutiu 15 assuntos, sendo 10 sobre

Ponta Grossa, dois de Tibagi, urn de Castro, urn de Jaguariaiva e urn geral.

Participaram 0 chefe de jornalismo, duas produtoras, duas editoras e uma reporter.

Participantes da reuniao: chefe de jornalismo, duas produtoras, duas

editoras e uma reporter.

Definiram PRTV2 do dia. Para estadual foi produzida nota coberta dos

agricultores rurais de Ponta Grossa que foram ate Curitiba protestar contra criaC;80

Parque Nacional das Araucarias. Para edi9ao local ficou materia sobre protesto dos

agricultores, materia comercializaC;8o da soja e materia falta de medicos em Tibagi.

Para Born Dia Parana de quarta-feira, falaram de um link com agricultores

sabre Parque Nacional das Araucarias.

Quanto a edi9ao do PRTV1 local de quarta, pre-definiram nota coberta da

agenda cultural, link sobre Campanha do Agasalho em Ponta Grossa, materia sobre

Page 37: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

37

blitz noturna da policia nas escolas de Ponta Grossa, materia gemeas de Castro que

sao destaque no tenis ou materia da reform a Igreja de urn bairro de Ponta Grossa

(Uvaranas). Para PRlV2 uma materia sobre a Campanha do Agasalho em Ponta

Grossa e nota coberta do protesto contra obras da prefeitura de Ponta Grossa.

Nesta reuniao, falaram sabre varios temas: pessoa de Jaguariaiva que recelta

6culos mesmo naD sendo oftalmologista (Iembraram tam bern que tern tecnicas quefazem projetos e arquitetos assinam e que 0 problema e quando as pessoas sao

enganadas), suite de uma materia que foi veiculada sobre interdi980 do Hospital

Cidade de Ponta Grossa e sobre tratamento rude das enfenmeiras no Hospital

(alguns defenderam assunto e Qutros citaram bons exemplos de enfermeiras).

Uma reporter sugeriu uma materia sabre palhac;:os de uma pizza ria da cidade.

E1a alegou que as palha~os sao de uma familia circense tradicional e que hoje tern

dificuldades para sobreviver, sendo que urn deles trabalha como empacotador

durante a dia e a noite como palha~o.

Tambem falaram sobre um estudante que ligou recJamando que nao ha lixeira

em Ponta Grossa e os jornalistas sugeriram fazer uma materia diferente com 0

estudante andando pelas ruas tentando jogar um papel na Iixeira.

Sobre as materias para quadro de profissc5esdo PRlV estadual, alegaram

que na regiao tem muito agricultor. A partir deste assunto lembraram da ideia de

fazer uma materia das pessoas que investem em tal negocio, mas que nao

entendem nada da area.

A equipe tambem discutiu que este ana deve haver uma programa~ao

diferente para aniversario de Ponta Grossa que sera em setembro. Para 0 mes de

aniversario devern ser produzidas antecipadamente materias sobre hist6ria e

curiosidades da cidade. Uma produtora e uma editora ficarao responsaveis pelo

trabalho e pesquisa. Porem todos lembraram que, independente dis to, os outros

jornalistas poderao apinar.

o chefe de jornalismo sugeriu fazer uma reuniao de pauta maior toda

segunda-feira para falar sabre pautas para Rede. Os jornalistas concordaram e ja

citaram algumas sugestoes para jornais e programas nacionais. Para Fantastico,

materia comportamento sobre urn empresario de Tibagi que e fa do Raul Seixas e

tem na pousada varias homenagens ao cantor e autra materia comportamenta sabre

uma pessoa que sobrevive fechando vitrines das lojas de Ponta Grossa. Lembraram

que esta materia ja foi feita para uma serie do jomal local, mas pela curiosidade da

Page 38: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

38

profissao, equipe considera que pode ser feita para urn quadro do Fantastico sobre

profiss6es e tambem para Jamal da Glaba.

*Destaque-se que nas quartas-feiras naD houve realizac;:ao de reuniao de

pauta neste primeiro semestre do ano porque duas editoras estao fazendo curso

interna da emissora.

4.2.3 Quinla-feira (12 de maio de 2005)

Na terceira reuniao da semana, fcram 23 assuntos, sendo 16 sobre Ponta

Grossa, tres temas gerais, dois sabre Tibagi e urn sobre Sao Mateus do SuI.

Participantes da reuniao: chefe de jornalismo. duas editoras, dois

produtores e uma reporter.

A reuniao iniciou com definit;ao do PRTV2 do dia. Ficou definido que ia ao af

materia sobre reforma do cadeiao em Ponta Grossa. E tambem uma nota coberta

da assemblE~ia dos servidores da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. A nota seria

avaliada. Ficou para ser analisado materia econ6mica sobre artesanato e que

aborda tecnicas aprimoradas, procura dos consumidores por este tipo de produto e

potencial de mercado. Esta materia sera oferecida para estadual caso fique

interessante.

A reporter sugeriu duas materias. A primeira sobre 0 patio da policia civil de

Ponta Grossa que esta com 500 maquinas cac;:a niquel apreendidas em operac;:oes

policiais. Sugeriu tambem estadualizar 0 assunto com a justificativa de que estao

acontecendo apreensoes em outras cidades do estado e de questionar se a policia

esta investigando as setores de distribuic;:ao destas maquinas. Dutra materia

sugerida foi sobre os mandados de prisao que nao sao executados porque policia

nao tern onde prender os acusados. Conforme a reporter, sao mil mandados em

Ponta Grossa e 30 mil no estado nesta situac;:ao.

As duas sugestoes vieram de uma conversa da reporter e urn delegado

durante uma outra materia pautada. Todos concordaram que os dois assuntos

rendem boas pautas e 0 chefe de jornalismo sugeriu uma entrevista ao vivo sabre

como estado e poder judicia rio podem fazer para resolver esta situac;:ao.

Page 39: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

39

Volta ram a discussao jamal do dia e diretor de jornalismo alertou que uma

materia sobre artesanato nao deveria ser feita para usaf no mesma dia porque

merece uma edic;ao especial.

Lembraram de atualizar dados da materia sabre comercializayao da soja casa

estadual PRTV2 utilize e ainda comentaram que sera encaminhado para estadual

uma materia sabre as areieiros de Ponta Grossa.

Depois, pre-definiram PRlV1 de sexta-feira. Falaram sobre agenda cultural,

link da exposi9ao de fotos de negros de Tibagi (exposi9ao retrata pessoas de Tibagi,

porem foi montada em Ponta Grossa), tela Exame Nacional Ensino Medio (ENEM) e

nota coberta campanha contra auto-rnedicac;ao. Discutiram probabilidade de estudio

com medico sabre assunto. Comentaram que estava pronto uma materia sabre

zootecnia que nao rendeu como estava previsto, mas que 0 reporter sugeriu que

fosse veiculada na sexta-feira, quando e comemorado dia do zootecnista. Uma

editora lembrou que a RPC esta evitando matarias sobre comemora~6es de datas

como esta.

Falaram sobre denuncia de que 30 familias que ocuparam areas rurais de

Tibagi estao amea9adas. Equipe achou que deve esperar um pouco, po is municipio

e distante e a den uncia nao convenceu muito.

Volta ram ao que estava programado para sexta-feira em termos de produ~ao.

Uma equipe estava programada para ir ate Sao Mateus do Sui para fazer uma

materia sobre Araucarias, pegando como gancho 10 as discussoes do mes sobre

Parque Nacional das Araucarias. A materia con tara hist6ria de um produtor que

desmatou area, foi multado e, para nao pagar em dinheiro, teve como alternativa a

possibilidade de reflorestar uma area maior que a desmatada. A ideia da equipe eveicular esta materia juntamente com um estudio com Instituto Ambiental do Parana

(lAP) sobre como funciona esta troca.

Ainda falaram sabre link no Bam Dia Parana para ser veiculada junto com

materia dos areieiros. Lembraram que esta agendada uma outra materia sabre a

empresa de coleta de lixo de Ponta Grossa que despeja parte do lixo em um

barracao da cidade. Esta foi uma sugestao de uma pessoa que mora pr6xima ao

barracao e que ligou na lV. A moradora falou aos produtores que tem grava90es e

10 Gancho: a atualidade de um assunto que justifica a reportagem. 0 gancho da materia equase sempre a lead da materia (PATERNOSTRO, 1999, p. 142).

Page 40: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

40

foto do caminhao da empresa depositando lixo de madrugada. Ficou definido que

este material amador pod era ser utilizado na materia.

Depois comentaram sobre nota coberta da apresenta980 de musicos mais

velhos para jovens de uma banda da cidade de Panta Grossa. 0 chefe de jornalismo

e editores ficaram em duvida quanta a validade da nota, mas resolveram mandar

equipe para ver 0 que rende. Outra nota coberta citada foi a de urn 6nibus de

estudantes superlotado que passa par urn bairro de Panta Grossa.

Urn produtor tambem deu retorno de urn pedido de materia sabre juros para

ser usado aproveitando como gancho urn Feirao de Juras que vai aconteeer em

Ponta Grossa. Produtor falou sobre dificuldade em achar a fonte (economista ou

contador) e que estava esperando retorno de uma li9ac;:8.0.

Outra produtora lembrou alguns assuntos que podem ser pautados para 0

final de semana, Falou sabre urn futebol americana que vai acontecer no domingo

ern Ponta Grossa e participantes da reuniao aprovaram materia. Eles lembraram que

no ano anterior fai feita uma materia comportamento deste tipo de jogo e que

material fiCDU bern interessante. 0 material vai ser encaminhado para Globa Esporte

Estadual.

Tambem tai lembrado que sera realizada corrida rustica em Ponta Grossa, no

domingo, e um produtor argumentou que atletas estao participando da campanha do

agasalho. Ficou pre-agendado uma nota eoberta, mas que podera ser derrubada S8

tiver algo mais interessante no mesma horario.

Falaram sobre uma festa religiosa (Festa do Divino) que vai ser realizado no

final de semana em Ponta Grossa. Decidiram que sera feito porque a Festa do

Divino sempre rende boas imagens. No final, volta ram ao assunto do Parque das

Araucarias, pais lembraram que tera uma reuniao no sabado do Instituto Ambiental

do Parana (lAP) com agricultores. A reuniiio vai ser na Camara Municipal de Ponta

Grossa.

Urn produtor perguntou se era interessante aproveitar um salao das noivas

que seria realizado final de semana na cidade para conseguir persanagens para

materia sabre casamentas. Acharam que no ano passado eventa foi fraco e fica ram

de avaliar sugestao. Par tim, camentaram sobre uma nota coberta que ja estava

pautada sobre exposiyao de fotos, em Ponta Grossa, sabre os pracinhas da

Segunda Guerra Mundial.

Page 41: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

41

4.2.4 Sexla-feira (13 de maio de 2005)

Na quarta reuniao, foram abordados 14 assuntos, sendo 11 de Ponta Grossa,

dois sobre Castro e um geral.

Participantes da reuniao: chefe de jornalismo, tres editores e dais

produtores.

A reuniao iniciou com organizac;ao do PRTV2 do dia. Ficou definida nota

coberta da den uncia de que a empresa responsavel pela coleta de lixo de Ponta

Grossa esta depositando material, organico e inorganico, em urn barracao irregular.

As editoras vaa pegar retorno a tarde para nota pelada11, Discutiram S8 esta nota

deveria ser veiculada juntamente com uma entrevista ao vivo com 0 secreta rio de

meio ambiente de Ponta Grossa e 0 responsavel pela empresa de coleta do lixo.

Analisaram que seria melhor veicular nota coberta no PRTV2 de s<~bado com retorno

dos dois. Depois da repercussao da noticia, avaliam 0 link para sabado PRTV1 de

sabado. Uma editora justificou que 0 link neste momento abre a possibilidade para

as dais responsaveis dizerem que nao sabiam que a fate acontecia e darem

respostas vazias como: "vamos nos interar sabre 0 que esta acontecendo".

Comentaram sobre uma materia que fala de uma pesquisa sabre jacares em

Ponta Grossa. 0 material ja estava praduzido, mas editares argumentaram que

assunto nao deveria ter sido pautado ja que a pesquisa nao foi terminada e nesta

regiao nao tern esta especie de animal. Vaa analisar a que fazer com materia.

Sabre PRTV1 estadual, disseram que receberam retorno de Curitiba sobre

link da Feira de Juras que acantece sabado em Ponta Grossa. PRTV1 estadual nao

quer principalmente porque tempo do jornal vai ser mais curto que nos outros dias.

Como tempo do jornal deve ser mais curto tam bern para a bloco da regiao de Ponta

Grossa e Guarapuava, equipe decidiu nao fazer link. Outra justificativa do prtv1

estadual e que esta Feira de Juras esta acontecendo em todas as regi5es do

estado.

Tambem lembraram que PRTV2 estadual esta com duas materias produzidas

par Ponta Grossa, a do 6nibus gratuito em Siqueira Campos e a da Camercializa980

da Soja. Editores vao falar com equipe de Curitiba para avisar que a da Soja pode

11 Nota pelada au nota pe: uma nota ao vivo, tida no final de uma materia trazendoinformac;ao complementar au que faltou a reportagem.

Page 42: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

42

veneer ja que os indices usados mudam rapido. Quanta a do Onibus, equipe de

Ponta Grossa acredita que eles naD vao transmitir.

Quanto ao PRTV1 de sabado, vai ser produzido nota coberta de uma missa,

em Ponta Grossa, que lembra aboliC;Elo dos escravos e tern apresentaC;80 de coral e

danyas da raya negra; nota coberta Semana da Cultura de Ponta Grossa; materia

sabre 0 alleta veterano do basquete brasileiro e que mora em Ponta Grossa; talvez

suite da nota coberta do deposito irregular de fixe e materia sabre competiyao Freio

de Duro em Castro. Se nac der tempo de editar materia do atleta, VaG veicular urna

materia sabre as pracinhas de Ponta Grossa que esta com equipe do estadual.

Editores acham que eles nac vao veicular este material tambem.

Sabre a Festa em Ponta Grossa que esta atraindo pessoas da regiao nao vai

mais ser feita materia. A Feira de Juras tambem nao vai ter entrevista ao vivo,

eonforme foi definido no inieio da reuniao.

Depois, pensaram 0 que eslava programado para PRTV2 de sabado. A

principio podern transmitir materia 6nibus gratuito de Siqueira Campos, easo

estadual nao utilize. Tarnbem foi previsto nota eoberta sobre Parque das Araucarias,

abordando a reuniao dos agricultores com Instituto Ambiental do Parana (lAP), e

nota eoberta da novena que antecede a Festa do Divino que vai ser realizada em

Ponta Grossa no domingo.

Como e de costume, nesta reuniao tam bern discutirarn 0 que poderia ir ao ar

no PRTV1 de segunda-feira. Fieou prevista materia do futebol americano que

aeonteee em Ponta Grossa no domingo ou materia comportamento da Festa do

Divino. Urna das materias deve virar nota eoberta porque a apenas um reporter de

plantao no domingo enos jornais nao veiculam duas materias do mesmo reporter. 0

reeurso e transfonnar uma mataria em nota coberta ou reportagem. 0 chefe de

jornalismo lembrou que tern uma equipe de segunda-feira de manha sem materia

mareada e que 0 produtor da tarde de sexta-feira precisa ver urn assunto mais

factual para 0 jornal.

Anteciparam ainda assuntos para PRTV2 de segunda. Deve ser produzida

materia sobre a criminalidade em Castro.

Ao encerrar a reuniao, urn editor lembrou que possui duas materias para

estadual de segunda. Uma sobre a maternidade, que foi inaugurada em 2001 em

Ponta Grossa e ate hoje na~ funciona e a materia sobre os agricultores de Panta

Grossa, que eslao refloreslando mata desmalada para nao pagar multa. As duas

Page 43: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

43

materias serao produzidas na sexta-feira it tarde, per ista 0 editor precisa esperar 0

reporter chegar para ver a que rendeu da pauta.

Fizeram uma pequena avaliay80 da semana e da entrevista ao vivo de sexta-

teira. Urn editor ressaltou que reporteres precisam chegar antes no local onde vai

ser este tipo de entrevista e que eles precisam tazer maio res esforyos para terminar

materia no dia da produc;:2Io.

7.3 DESCRIi;AO DOS TELEJORNAIS

Tambem fcram analisados as assuntos regionais veiculados nos telejornais

locais da TV Esplanada, PRTV1 e PRTV2. Para isto, foram gravadas as edi90es de

sete dias de transmissao, de segunda-feira (dia 9 de maio de 2005) ate segunda-

feira (16 de maio de 2005). Das quatorze edi90es de jornais, foram agrupados os

assuntos veiculados para contrapor com dad os de discussao da reuniao de pauta.

Nesta semana, a TV Esplanada veiculou 72 assuntos nos dais telejornais

locais. A maior parte, 41, sabre Ponta Grossa, 0 que representa 56 % de cobertura

da regiao. Na seqOencia, foram transmitidas 12 noticias das cidades da regiao de

Guarapuava, 16,66%, oito sobre Castro, 11,11%, e seis sobre Tibagi, 8,3%.

Tambem foi veiculada uma noticia sobre cada uma destas cidades: Imbituva,

Arapoti, Palmeira, Siqueira Campos e um terna geral.

Abordagem da regiao nos telejomeis locais7.g3'h

"()O11.11'1

66DO'"

16.66'&

D Sobre a Qjade de Ponta GrossaD Sobre a Wade de tlJaropuawD Sobre a Wade de castroD Sobre a (ljade de Thalli• OUITas Odades da R!:gBO

GRAFICO 3 - ABORDAGEM DAS REGIOESFonte: Oados primarios (2005)

Page 44: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

44

Oiferente das reunioes de pauta, mais cidades da regiao foram destacadas

nos telejornais. Das 37 da area de cobertura da TV, sete foram noticiadas no

period 0, au seja, 18,91% de cobertura da regiao.

Cobenure da re~#ionos telejernais locaislS911.

o ~gi1io Abordada nos Teleprnais Locais

D PP.:gi3o tGo POordada nos Telejomais locais

GRAFICO 4 - COBERTURA DA REGIAOFonte: Dados primarios (2005)

Mas a maioria das cidades com pouca veiculay80 aparece como nota pelada,

a que nao demandou produr;ao sabre a regiao e sim apurat;;8.o de factual. Par

exemplo, na edi(:iio do PRTV2 de 12 de maio ha uma nota pelada sobre Imbituva,

(mica naticia da cidade na semana. No dia posterior, Arapoti tambem e destaca no

PRTV1 em nota pelada, unica vez que a cidade e mencionada nos telejornais da

semana.

A regiao de Guarapuava aparece somente na edi9ao do PRTV1. Na cidade

ha a TV Guairaca que retransmite bloco local do PRTV1 produzido pela TV

Esplanada, mas tem edi9ao jornal exclusiva sobre a regiao no PRTV2 local.

Desta maneira, e valido destacar a cobertura da regiao da TV Esplanada

tambem par telejornal:

o PRTV1 local transmitiu 46 assuntos. Foram 23 sobre Ponta Grossa (50%),

12 sobre Guarapuava (26,08%), cinco sobre Castro (10,08%) e quatro sobre Tibagi

(8,69%). Tambem loram veiculadas nolicias sobre Arapoti e uma de enloque geral.

Page 45: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

45

o PR1V2" local transmitiu 26 assuntos, sendo 18 sobre Ponta Grossa

(62,23%), tres sobre Castro (11,53%) e dois sobre Tibagi (7,69%). As cidades de

Imbituva, Palmeira e Siqueira Campos foram mencionadas uma vez nos telejornais

da semana.

Confira as graficos:

Cobertura da R~~i~o no PRTV1 Local

1O.o.:()69$50.00'1.

26.08'1.

o PoMaGrossa D Guarapuava 0 castro

clibagi .Out"as

GRAFICO 5 - COBERTURA DA REG lAo NO PRTV1Fonte: Oados primarios (2005)

Cobertura da Regiao no PRTV2 L.ocal

7B.~'(J\11.3~~622n

o Pona Gross.. e castro 0 lbagi 0 Outras

GRAFICO 6 - COBERTURA DA REGIAO NO PRTV2Fonte: Oados primarios (2005)

12 Lernbrando que a tempo de edi<;ao deste jornal e menor. 0 bleeo local tern em mediacinco minutos. Ja 0 bleeD local do PRTV1 tern em media nove minutos.

Page 46: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

46

7.3.1 Segunda-feira (9 de maio de 2005)

PRTV1Tempo total: 9 min 48sNP acidente entre 6nibus e carro Rio Azul- regiao GuarapuavaNC buracos e e590t05 jardim Esplanada Ponta Grossa*Retorno do secreta rio de obras sabre a NPNC curso de qualificayao profissional em Ponta GrossaTela curso normas de seguranyas em maquinas agricolas em CastroNP corte ilegal de pinheiros em Rebou9asNC resultado futsal do Guarani (time de Ponta Grossa)VT festa do Pinhilo do final de semana - cidade de Pinhao, regiao de GuarapuavaVT festa colonia aleme. Terra Nova no final de semana, em CastroNP Semana Cultura Bruno e Maria Enei, em Ponta Grossa

PRTV2Tempo total: 5 min e 40sNC apreensao passares silvestres em Ponta Grossa*Retorno sobre onde iam ser enviados passares - Telemaco BorbaVT convenio estadual testado em Ponta Grossa sabre incentivo para que empresasprocurem lAP*Retorno prazo deste convenioMapa tempo! climaLink Semana Cultura Bruno e Maria Enei, Ponta Grossa

7.3.2 Ter9a-feira (10 de maio de 2005)

PRTV1Tempo total: 8 min e 30sVT feiras itinerantes que estao gerando polemica em Guarapuava*Retorno justificativa dos comerdantes e posic;ao empresarios locaisBalcao emprego com trabalhadores que procuram agenda de Ponta GrossaNC Seman a da Cultura Bruno e Maria Enei, Ponta GrossaLink no estudio sobre agenda apresenta90es e grupo teatral Leao Cantor, PontaGrossa

PRTV2Tempo total: 5 min e 40sVT aumento roubo de telefones celulares, materia feita em Ponta GrossaNC protesto obra inacabada no jardim Barreto! Esperan,a, em Ponta GrossaNP 30 familias MST ocuparam fazenda em TibagiMapa: Tempo! climaVT gemeas atletas de pingue-pongue que vao para sele9aO brasileira, de Castro

Page 47: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

7.3.3 Quarta-feira (11 de maio de 2005)

47

PRlV1Tempo total: 9 min e 5sNP assalto 6nibus de Turismo, perto de Prudent6polisNP assalto farmacia de Ponta GrossaVT blitz policia militar nas escolas publicas de Panta GrossaLink sobre lanyamento e inicio campanha do agasalho em Ponta GrossaAgenda cultural: programayao Semana Cultura Bruno e Maria Enei. em PontaGrossaVT aniversario 50 anos e reforma igreja de Uvaranas, Panta Grossa

PRlV2Tempo total: 4 min e 43sNC apreensao cigarros falsificados em Panta GrossaVT campanha lanc;amento e inicio Campanha do Agasalho em Panta Grossa'Retorno postos de coleta cadastradosMapa: tempol climaNC protesto produtores rurais de Panta Grossa e regiao contra Parque Nacional dasAraucarias. Material aproveitado do VT que foi para 0 estadual. Aborda posiyao dosagricultores da cidade.*Retorno agricultores e Ibama

7.3.4 Quinta-feira (12 de maio de 2005)

PRlV1Tempo total: 9 min e 30sNP estudantes adolescentes armados que fcram retidos em Panta GrossaVT Indice alto de mortalidade infantil em TibagiEstudio secretaria de saude de Tibagi sobre estas dificuldades e programa reduyaomortalidade infantilNP orientayao sabre saude em Irati, area de GuarapuavaTela agencia trabalhador de Arapoti e CastroNP termino inscri9ao teste seletivo faculdade de Guarapuava e que tern campus naregiaoVT obras para usina Santa Clara. municipio Pinhao. area de Guarapuava

PRlV2Tempo total: 4 min e 9sNP fuga presos da cadeia de CastroVT reformas presidio Hildebrando. de Ponta Grossa*retorno sobre verba para reforma do presidioMapa tempol climaNP corte ilegal de Pinheiro em ImbituvaNC aprova9ao reajuste dos servidores da Prefeitura de Ponta GrossaOespedida apresentadora que foi transferida para Curitiba

Page 48: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

48

7.3.5 Sexla-feira (13 de maio de 2005)

PRTV1Tempo total: 10 min e 20sNP prisao dono de boate suspeito de explorar menores em TibagiNC homem presQ per aplicar golpe de d61ares talsas em Panta GrossaNP funcionarios amarrados em pedreira apos assalto em ArapotiNC campanha estudantes de farrnacia sobre perigos auto medicayao, Ponta GrossaTela prazo inscri9ao para ENEMEsludio dais an os fechamento curso de Medicina em Panta Grossa. Cita como urnauxilio para regiao.link exposi9ao de fotos sobre negros Tibagi, feita em Ponta GrossaAgenda cultural: exposic;ao no museu de Panta Grossa, testa Divino na igreja dePonta Grossa, feira solidaria em outra igreja de Ponta Grossa, exposi9ao Esta9aoArte de Panta Grossa, exposic;ao carras antigos para comemorar aniversiuio deTurva e show violonista em Guarapuava.

PRTV2Tempo total: 4 min e 43sNC medicos condenados par negligencia em Ponta GrossaNC den uncia deposito lixo irregular em Panta Grossa*Retorno prefeitura e empresa responsavel pelo lixoMapa tempol climaNC Qutros tres homens presos per golpe de d61ares talsas em Panta GrossaChamada VT que foi para estadual sobre areeiros em Tibagi

7.3.6 Sabado (14 de maio de 2005)

PRTV1Tempo total: 5 min e 15sNP briga e tires em CastroNP jovem encontrado morto em CantagaloVT quilombo reconhecido pelo governo federal em Paiol de Telhas, regiao deGuarapuavaNP apreensao transporte ilegal de pinheiros pr6ximo a Rio Igua9u, regiaoGuarapuavaVT rodeio crioulo em CastroRetorno agenda rodeioNP agenda Semana da Cultura de Ponta Grossa

PRTV2Tempo total: 5 min e 20sNC reuniao sobre Parque Nacional das Araudirias na Camara Municipal de PontaGrossa'Retorno locais instala9ao do Parque, cita varias cidades da regiaoNC rodeio crioulo em Castro

Page 49: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

49

VT comemora90es fim da aboli9ao com missa e candomble em Ponta Grossa. Citacoral de Tibagi*retorno agenda testaMapa tempo! climaNC preparativQs e agenda festa do divino em Ponta Grossa

7.3.7 Segunda-feira (16 de maio de 2005)

PRlV1Tempo total: 7 min e 55sCham ada bloea ao vivo sabre: Mudanva trafico de 6nibus principal avenida de PontaGrossaNC incendio de campo na fazenda da Embrapa em Ponta GrossaNC denuncia de morador sabre eS90to casas de Tibagi que polui arraio*retorno gerente regional da SaneparNC festa do divino em Ponta GrossaNP comemora9ao diocese de Ponta grossa que atende 80 cidades da regiaoTela oferta emprego agencia trabalhador de CastroNC competi9ao atletas em Ponta Grossa* retorno resultado da prova: vencedora de Pirai do SuiVT competigao motociclismo em Turva, regiao de Guarapuava

PRlV2Tempo total: 7 min e 22sVT incemdio fabrica distrito industrial de Ponta GrossaVT duvidas agricultores de Palmeira sobre regras refugio da vida silvestre dentroPrograma Parque Nacional das Araucarias* retorno govern a do estado sabre apoio ao ParqueVT 6nibus gratuito em Siqueira Campos, usanda balango aumento indicesecon6micos•.retorno superlotal):ao do 6nibus em horarios de picoMapa tempol climaNC mudanl):a tratico de 6nibus na principal avenida de Ponta Grossa e que divideopiniao dos usuarios

Page 50: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

50

7.4 RESULTADOS DAS ENTREVISTAS

Para 0 estudo foram realizadas entrevistas 13 com todos as editores e

produtores participantes das reunioes de pauta da TV Esplanada. AS dais rep6rteres

que opinaram durante algumas reunioes nao foram questionados porque eles nao

participaram de todo a processo de defini9ao de pauta durante a reuniao. 0 chefe de

jornalismo contribuiu com as informac;oes sabre a estrutura de funcionamento e perfil

da TV Esplanada. Estas informa¢es e as dados coletados durante a reuniao e

degrava<;ao dos telejornais locais auxiliaram a formulayao das quest6es aplicadas.

Para a entrevista, foram feitas sete perguntas sobre 0 conhecimento que 0

jornalista tern em rela~o a regiao que ele cobre e a relac;a.o da equipe com a fonte.

Das sete entrevistas aplicadas, mais da metade responderam que nao sabiam de

cor todas as cidades da regiao de cobertura da TV Esplanada. A pergunta foi

objetiva, mas em uma das respastas destacou a justificativa de que a prafissianal

sabia "apenas as cidades que costumavam render mais noticias. A metade, mais ou

menos" Vem dai duas discussoes:

Primeiro, a antecipac;ao do jornalista sabre 0 que rende naticia 0 mostra 0

criterio de sele9aO particular do profissional.

A segunda e que as tontes tornam-se viciasas tambem no telejarnalisma

regional. Prova disto e que a porcentagem de veicula980 nos telejornais e menor

que a citada pelo profissional. Nos telejornais locais da semana, apenas 18,91% da

area de cobertura toi veiculada no telejornal, ou seja, rendeu materia.

Os jornalistas responderam quais as cidades mais pautadas por eles. As

cidades destacadas foram: Ponta Grossa, Castro, Carambei, Tibagi, Palmeira,

Imbituva, Pira; do Sui e Telemaco Borba. Alem de Ponta Grossa, as cidades de

Castro, Carambei, Tibagi e Palmeira foram as mais destacadas. Sao justamente as

cidades mais pr6ximas da afiliada.

Os jornalistas respanderam ainda sabre a rela9ao que tem com as fontes. As

perguntas consideraram as fontes aficiosas, as tontes que surgem por telefone ou

por e-mail. Foiquestionado sobre estes tipos de fontes porque sao as que os

autores de comunica~o destacam como as mais usuais e importantes nos livros

sobre 0 valor da noHcia. Outro motivo e que, durante a seman a de acompanhamento

13 As quest6es estao destacadas nos apemdices.

Page 51: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

51

da reuniao, estes tres tipos de fentes fcram as mais destacadas pelos jornalistas aomencionar urn assunto.

Oesta questao, fcram apontadas as cidades onde as jornalistas mais tern

fantes equal tipo de fonte. A maioria respondeu Ponta Grossa e fantes oficiais. Masfcram destacados tambem, ainda em menor proportyao, a cidade de Castro e 0

relacionamento dos profissionais com moradores. Ficou visivel que esta rela980 com

as fontes, tanto oficiosas como com moradores, aconteee na cidade sede da afiliada,

Ponta Grossa, e nas mais pr6ximas, Castro e Carambei.

Sobre as fontes, analisei a infiuencia das pessoas que passam informa90espor telefone e as que passam por e-mail. Esta analise foi para entender 0

relacionamento do jornalista com as informa96es que vern de fora da equipe da

emissora e que sao repassadas por pessoas que fazem questao que urn fato seja

noticiado pela midia. A maiaria dos profissionais elegeu as informac;6es passadas

par telefone como as que rna is rendem noticia, mas destacaram a dificuldade de

analisar de dentro da emissora 0 que e veridico. A resposta de urn dos profissionais

ilustrou bern esta incerteza: uCria vinculo, mas para render materia depende de

investigar. Oepende de quem est;; fazendo e quando nao tern 0 que fazer acaba

deslocando equipe".

as profissionais nao descartaram a importancia das fontes por e-mail e, em

muitos casos, fizeram questao de ressaltar 0 tratamento igual ao dado a fonte que

liga. Urn dos profissionais respondeu: "Agora que as pessoas estao se habituando a

passar informac;oes por e-mail, Mas eu sempre procuro nao descartar estes

contatos" Conforme as respostas, a dificuldade da fonte por e-mail esta rna is nas

informac;oes deixadas pelas fontes para contatos posteriores, como, por exemplo,

numero de telefone.

Para avaliar 0 conhecimento pessoal do jornalista sobre a regiao, alt3m de

questionar se ele sabe quais as cidades de cobertura da afiliada, foi perguntado

quais ele conhece pessoalmente. Isto porque percebi a diferen~a de rela~ao com as

fontes que 0 jornalista tern sobre a cidade onde fica a sede da TV Esplanada, Ponta

Grossa, em relayao as outras cidades de cobertura da emissora. A maiaria dos

entrevistados conhece no maximo 13 cidades da regi80, au seja, menos de 50% da

area de cobertura. Geralmente, os profissionais conhecem as cidades mais

pr6ximas a Ponta Grossa.

Page 52: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

52

Ainda apurei S8 0 jornalista tern consciencia da dificuldade de apurac;ao das

netidas da regiao, fata constatado durante a acompanhamento das reuni6es de

pauta e da gravac;ao dos telejornais da semana. A pergunta fai direcionada: uT em

dificuldade de pautar outras cidades da regiao, ahemde Ponta Grossa? Qual a

principal dificuldade?" Todas as respostas apontaram justamente para a falta de

conhecimento do jornalista sabre as cidades que ainda nao conhece pessoalmente e

tambem 0 poueD cantata que possui com quem vive em tais cidades, ou seja, com

as possiveis fontes.

o propos ito de questionar as principais dificuldades fai aliar as criterios

observados na pesquisa com a que 0 jornalista entende como necessaria para uma

melhor cobertura jornalistica da regiao.

Page 53: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

53

8 CONCLUSOES

Ao aliar os dad os da entrevista com as outras duas etapas da pesquisa e com

as conhecimentos te6ricos sabre jornalismo, foi passivel analisar as criterios

utilizados na produt;ao do telejornalismo regional, a partir do estudo de case da TV

Esplanada.

Ficou visivel, a partir dos dados coletados, que as jornalistas S8 preocupam

com as criterios da naticia abordados pelos auto res da comunica~o. Preocupac;aoque se identifica, por exemplo, com a legibilidade (incidencia dos fatos e clareza da

exposigao), verdade da informagao, equilibrio, checabilidade, clareza, equidistancia

e isenc;ao. Para ilustrar, cabe mencionar que, em uma das reunioes de pauta, urndos profissionais sugeriu confirmar informayao repassada par uma radio da cidade

sabre a fiscalizac;ao dos transgemicos. Em Dutro encontro, ficau a sugestao de

confirmar dados sabre uma informayao de terceiros em relac;ao ao numero de

trabalhadores na area de mata nativa que a governo pretende preservar. Estes

criterios e valores tambem fica ram destacados nas respastas das entrevistas.

o que tambem ficou visivel e que, embora haja uma preocupa'Yaa em apurar

bem a fata, ser imparcial e naticiar um fata uverdadeiro", a que vai virar noticia na

telejornalismo regional tambem recebe influencia do que Clovis Barros Filho chama

de subjetividade:

o jornalista manifesta sua individualidade num compromisso comas coalYoes pr6prias ao universo social a que pertence. Essaindividualizacao do sujeito (na casa, 0 profissianal de imprensa),social mente reconhecida e que estabelece limites em relacao aoDutro, denomina-se subjetividade (BARROS FILHO,1 995, p. 103).

Como foi constatado nas discussoes de pauta e nas entrevistas, Ponta

Grossa e as cidades mais proximas sao as mais conhecidas pelos jornalistas e,

como consequelncia, as mais pautadas e mencionadas nos telejornais.

Nas tres fases da pesquisa, praticamente as mesmas cidades foram

abordadas. Algumas delas fazem parte do universo dos jornalistas em questao, das

rela'Yoes dele com as fontes, e ista se reflete no que vai virar noticia. Mesmo que a

noticia tenha caracteristicas pr6prias, que 0 fato tenha que ser de interesse publico,

as cidades mais proximas a Ponta Grossa foram as mais citadas e mencionadas

Page 54: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

54

pelos profissionais em todas as eta pas da pesquisa e fcram tambem as mais

veiculadas nos telejornais. Ainda que inconsciente, a proximidade com 0 ambiente

da equipe e urn dos principios para 0 fato noticiado. Por isto, nota-se a importancia

de se buscar ampliar 0 conhecimento que as jornalistas possuem da regiao e

estreitar a distancia de apura9ao sobre 0 que e naticia na regiao naD mencionada

nas discussoes de pauta e coberta nos telejornais.

Urn met her conhecimento da regiao e a possibilidade de se ter mais fcntes

nas cidades mais distantes a Panta Grossa sao fatares que podem facilitar que a

cobertura jornalistica da regiao seja ampliada e, conseqOentemente, mais efetiva.

Lembrando a que Pedro Maciel disse: a maioria das materias jornalisticas tern

origem na fonte e nao na observayao direta do jornalista. Mas pelas entrevistas

observou-se que 0 pr6prio vinculo com a fonte fica comprometido quando 0

jornalista nao conhece a cidade que ele cobre. "A maior dificuldade e a falta de

fontesn, exemplifica urn dos profissionais na entrevista. Outro ressalta que:

"dificuldades sempre aparecem, principalmente quando voce nao conhece a cidade

que voce esta pautando. Fica complicado visualizar onde e 0 que fazer de imagens;

e tambem a distancia das coisasn.

Nas reuni6es de pauta foi observado que pouca parte da regiao de cobertura

da TV Esplanada foi mencionada. Alem disso, percebeu-se que 0 espayo para

discussao de assuntos e mais utilizado para a organizay80 dos telejornais do que

propria mente para a discussao de novas pautas. Em paucos casas, os jornalistas

levaram para a reuniao dados passados pelas fontes via e-mailou por telefone.

A importancia da participayao tanto dos produtores como dos editores nas

reunioes de pauta nao foi percebida apenas durante as discussoes sobre os

assuntos da regiaa. Esta importancia ficou evidente, principalmente, nas respostas

das entrevistas. 0 conhecimento das produtores e dos editores sobre a regiao se

completa, as dificuldades de um sao apontadas como conhecimento de outros. Isto

fal evidenciado ainda que a maiaria dos participantes tenha demonstrado pouco

conhecimento sobre toda a regiao de cobertura e pouco contato com fontes da

regiao.

Outro ponto observado a ser destacado foi a participayao dos rep6rteres nas

reunioes e discussoes sobre assuntos da regiao, mesmo que a equipe que organiza

as informa9oes em televisao seja a que trabalha internamente, que fica na reda9aO a

procura dos fatos noticiilveis.

Page 55: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

55

Nas duas vezes que as rep6rteres participaram da reuniao, renderam pautas

conseguidas diretamente com entrevistados, 0 que mostra a valoriza9ao e 0 vinculo

com a fonte.

Per tim, cabe destacar que a estudo identificou a dificuldade que ainda existe

no meio jornalistico em agendar urn acontecimento e seleciona-Io, entre tantos do

cotidiano. Em ultima instimcia, decidir, nos bastidores, 0 que vira nalicia e 0 que fica

de fora. Entretanto, ainda mais ardua que a seleyao, e a dificuldade de se conhecer

a area de cobertura que as natlelas do telejornalismo regional deveriam contemplar.

Page 56: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

56

REFERENCIAS

ABRANCHES, Carlos. Entrevista por Jorge Fernandes: Palavras do ancora do JornalVanguarda - TV Globo no Vale do Paraiba. Portal Imprensa, 2004. Disponivel em:http://www1.uol.com.br/imprensa. Acesso em: 15 set. 2005.

ALMEIDA, Edenilson. A nalicia nacional - como 0 Jarnal Nacional decide 0 queo telespectador assiste em casa. Dissertay8.o de Mestrado. Universidade de SaoPaulo, 2001.

BARROS FILHO, Cl6vis. Etica na comunica~iio: da infonma,ao ao receptor. SaoPaulo: Moderna, 1995.

BOURDIEU, Pierre. Retorno sobre a televisao. In: . Contrafogos: taticaspara enfrentar a invasao neoliberal. Tradu,ao Lucy Magalhaes. Rio de Janeiro:Jorge lahar, 1998.

CHAPARRO, Manuel Carlos. Pragmatica do jornalismo, Sao Paulo:Summus,1994.

CUNHA, Albertino Aor da. Telejornalismo. Sao Paulo: Atlas, 1990.

KOVACH, Bill; ROSENSTEIL, Tom. Os elementos do jornalismo. Sao Paulo:Gera,ao Editorial, 2003.

LAGE, Nilson. Estrutura da noticia. Sao Paulo: Editora Atica, 1998.

LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e tecnica de entrevista e pesquisa jornalistica.Rio de Janeiro: Record, 2001.

MACIEL, Pedro. Jornalismo de televisiio, normas praticas. Porto Alegre: EditoraSagra ( DC Luzzatto), 1995.

MELO, Tiago. Debate do dia. Canal da Imprensa, 2005. Disponivel emhttp://www.canaldaimprensa.com.br/debate/trinVdebate2.htm. Acesso em 9 desetembro de 2005.

NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal di:irio. 2. ed. Sao Paulo: Contexto,2002.

NUNES, Leticia. Artigos da midia. Observatorio da Imprensa, 2004. Disponivel emhttp://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos. Acesso em: 20 set. 2005.

PATERNOSTRO, Vera iris. 0 texto na TV: manual de telejornalismo. Rio deJaneiro: Campus, 1999.

PEREIRA JR., Alfredo Eurico Vizeu. Decidindo 0 que e noticia, os bastidores dotelejornalismo. Porto Alegre: Edipucrs, 2000.

Page 57: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

57

POPPER, Karl. CONDRY, John. Televisao: urn perigo para a democracia.Tradu9ao: Maria Carvalho. lisboa: Ed. Gradiva, 1995.

REDE GLOBO. Jornal Nacional: a nolicia faz historial memoria Globo. Rio deJaneiro: Jorge Zahar Editora, 2004.

REDE GLOBO. Aniversario da televisao brasileira. Rede Globo, 2005. Disponivelem: http://www.jornalnacional.globo.com/jornalismo. Acesso em: 20 set. 2005.

UNIGLOBO. Documentario televisivo sobre produ9ao no Telejornalismo. Rio deJaneiro: Globo, 2001. Fita VHS

UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA. Normas tecnicas. Site Universidade Tuiu!ido Parana, 2005. Disponivel em http://www.utp.br/normastecnicas. Acesso emoutubro de 2005.

Page 58: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

58

APENDICES

APENDICE A - Modelo de pauta 59

APENDICE B - Entrevistas .. . 60

Page 59: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

59

AP~NDICEA

Modelo de paula:

Data: dia e mes da entrevista

Equipe: reporter, cinegrafista e motorista.

Assunto: tema da pauta

Proposta: urn resumo sabre o que a equipe de reportagem vai produzir (por

exemplo, se e reportagem au nota coberta).

Na proposta geralmente sao destacados 0 assunto da pauta, objetivo da

reportagem, algum detalhe mais importante na apurayao e para qual jornal a nolicia

sera produzida.

Roteiro:

Horiuio e local da entrevista. Geralmente 0 roteire contem mais de urn local e

horiuio. Quando isto aconteee, os topicos de cada rateiro sao separados para

facilitar visualizayao para reporter.

No local e descrito rua, bairro, cidade e algum ponto de referencia.

Cantata: nome do entrevistado e telefone para contato.

Dados: informayoes que 0 produtor repassa ao reporter sobre 0 assunto.

Sao informa9oes coletadas na entrevista par telefone, 0 que 0 entrevistado disse

previamente e Qutros dados coletados par institui-;oes, internet e Qutros meios que

podem auxiliar no questionamento do ass unto.

Nos dad os ha tambem sugestoes de imagens sobre assunto.

Page 60: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

60

APENDICE B

Entrevistas:

1 - Voce tern na memoria todas as cidades que sao da area de cobertura da TV

Esplanada? oiga sim ou nao:

2- Oas cidades de cobertura, quais voce pauta com maior frequencia? Cite as quatro

mais pautadas: A pergunta vale para as editores e chefe de jornalismo que tambem

discutem as sugestoes de pauta durante a reuniao entre as jornais.

3- Em qual cidade voce tern mais tantes? Na maior parte, sao tantes oficiais ou

moradores?

4 - Qual influencia da fonte que passa sugestao por telefone? Geralmente rende

materia? Cria vinculo com esta fonte? Cite as tres cidades que ista acontece mais?

5- A mesma situac;ao acontece com a fonte que passa sugestao por e-mail? Em

quais cidades voce tern mais este tipo de fonte?

6- Quais cidades da area voce conhece pessoalmente?

7- Tern dificuldade de pautar autras cidades da regiaa, alern de Panta Grassa? Se

tiver, qual a principal dificuldade?

Page 61: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

61

Entrevistado 1

1- VOCE TEM NA MEM6RIA TODAS AS CIDADES QUE SAO DA AREA DECOBERTURA DA TV ESPLANADA? DIGA SIM OU NAO:R:Nao

2- DAS CIDADES DE COBERTURA, QUAIS VOCE PAUTA COM MAIORFREQUENCIA? CITE AS QUATRO MAIS PAUTADAS:R: Geralmente Castro, Imbituva, Pirai do Sui e Telemaco Borba. E, claro, PantaGrossa que e a nossa cidade.

3- EM QUAL CIDADE VOCE TEM MAIS FONTES? NA MAIOR PARTE SAOFONTES OFICIAIS OU MORADORES?R: Em Panta Grossa e Castro e na maiaria moradores.

4- QUAL INFLUENCIA DA FONTE QUE PASSA SUGESTAO POR TELEFONE?GERALMENTE RENDE MATERIA? CRIA ViNCULO COM ESTA FONTE? CITE ASTRES CIDADES QUE ISTO ACONTECE MAIS?R: A fonte rende e muito. Quando conquistamos e fato que podemos confiar nela.Claro que muitas vezes precisamos filtrar algumas informa90es, porque as vezes apessoa e tao envolvida com a comunidade que acha que tude e noticia. Masgeralmente fornecem informac;oes preciosas. Sempre que posso ligo e agradec;opelas informac;6es que ela forneceu. Isto, depois que a materia foi ao ar.E procuro nunca descartar as informa90es que ela passa para que ela tambem sesinta valorizada. As tres cidades que mais acontecem a presen<;a da fonte, no meucaso, sao Castro, Pirai do Sui e Ponta Grossa.

5- A MESMA SITUA~AO ACONTECE COM A FONTE QUE PASSA SUGESTAOPOR EMAIL ? EM QUAIS CIDADES TEM MAIS ESTE TIPO DE FONTE?R: As vezes. De cidades mais longes como Telemaco Borba e Jaguariaiva, pelomenos pra mim.

6- QUAIS CIDADES DA AREA VOCE CONHECE PESSOALMENTE?R: Dos Campos Gerais praticamente todas. As que ficam mais para 0 Norte Pioneiroainda nao conheyo algumas par causa da distancia. Como ja trabalhei mais de oitoanos no jornal impresso, viajava muito pela regiao e isto me ajudou muito. Quandoentrei na tv ja tinha algum conhecimento.

7- TEM DIFICULDADE DE PAUTAR OUTRAS CIDADES DA REG lAO, ALEM DEPONTA GROSSA? SE TIVER, QUAL A PRINCIPAL DIFICULDADE?R: Dificuldades sempre aparecem principalmente quando voce nao conhece acidade que voce esta pautando. Fica complicado visualizar onde e 0 que fazer deimagens e tambem a distancia das coisas. Por isto, a importancia de ser uma boafonte, que seja honesta na hora de informar 0 que tern e onde tern as coisas.

Page 62: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

62

Entrevistado 2

1- VOCE TEM NA MEMORIA TODAS AS CIDADES QUE SAO DA AREA DECOBERTURA DA TV ESPLANADA? DIGA SIM OU NAO:R:Sim

2- DAS CIDADES DE COBERTURA, QUAIS VOCE PAUTA COM MAIORFREQUENCIA? CITE AS QUATRO MAIS PAUTADAS:R: Ponta Grossa, Castro, Tibagi e Palmeira.

3- EM QUAL CIDADE VOCE TEM MAIS FONTES? NA MAIOR PARTE SAOFONTES OFICIAIS OU MORADORES?R: Ponta Grossa. Na maior parte sao fontes oficiais.

4- QUAL INFLUENCIA DA FONTE QUE PASSA SUGESTAO POR TELEFONE?GERALMENTE RENDE MATERIA? CRIA ViNCULO COM ESTA FONTE? CITE ASTRES CIDADES QUE ISTO ACONTECE MAIS?R: eria vinculo, mas para render materia depende pra investigar. Oepende de quemesta fazendo e quando naG tern 0 que fazer acaba deslocando equipe. PontaGrossa, Castro e Carambei.

5- A MESMA SITUA<;:AO ACONTECE COM A FONTE QUE PASSA SUGESTAOPOR E MAIL? EM QUAIS CIDADES TEM MAIS ESTE TIPO DE FONTE?R: Nao, mais com quem passa por telefone. Ponta Grossa e Castro.

6- QUAIS CIDADES DA AREA VOCE CONHECE PESSOALMENTE?R: Castro, Carambei, Ponta Grossa, Tibagi, Imbituva, Palmeira, Jaguariaiva, SiqueiraCampos.

7- TEM DIFICULDADE DE PAUTAR OUTRAS CIDADES DA REGIAO, ALEM DEPONTA GROSSA? SE TIVER, QUAL A PRINCIPAL DIFICULDADE?R: Tern, porque naG conhece a cidade e naG tern contata com as pessoas. Quandotern que pesquisar e complicado. Dificil contiar no que as pessoas estao falanda.

Page 63: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

63

Entrevistado 3

1 - VOCE TEM NA MEM6RIA TODAS AS CIDADES QUE sAo DA AREA DECOBERTURA DA TV ESPLANADA? DIGA SIM OU NAO:-Todas as cidades nao. Sei de cabey8 apenas as que costumam render maisnoticias. A metade, mais au menos.

2- DAS CIDADES DE COBERTURA, QUAIS VOCE PAUTA COM MAIORFREQUENCIA? CITE AS QUATRO MAIS PAUTADAS:-Castro, Pirai do Sui, Tibagi, Palmeira

3- EM QUAL CIDADE VOCE TEM MAIS FONTES? NA MAl OR PARTE sAoFONTES OFICIAIS OU MORADORES?-Em Castro. A maior parte sao tontes oficiais, mas tenho moradores que me ligam.Urn, em particular, que liga quase tada semana.

4 - QUAL INFLUENCIA DA FONTE QUE PASSA SUGESTAO POR TELEFONE?GERALMENTE RENDE MATERIA? CRIA ViNCULO COM ESTA FONTE? CITE ASTRES CIDADES QUE ISTO ACONTECE MAIS?-As que ligam sao as que mais rendem VT. E porque nao sentem a necessidade deserem formais (sabem que nao precisam vir ate a TV au mandar documento).Parece que fiearn mais intimas, mesma passando sempre as sugestoes par telefone.Sao mais informais. E acabam ligando mais vezes.Castro e Tibagi sao as cidades onde isso acontece com mais frequencia.

5- A MESMA SITUA<;:AO ACONTECE COM A FONTE QUE PASSA SUGESTAOPOR EMAIL ? EM QUE CIDADES TEM MAIS ESTE TIPO DE FONTE?-Tanto faz a fonte mandar sugestaes par telefone, fax au email. 0 tratamento e amesma.

6- QUAIS CIDADES DA AREA VOCE CONHECE PESSOALMENTE?-Poucas: Castro, Tibagi, Pirai do Sui, Palmeira, Carambei, Ipiranga, TelE§macoBorba, Teixeira Soares.

7- TEM DIFICULDADE DE PAUTAR OUTRAS CIDADES DA REGIAO, ALEM DEPONTA GROSSA? SE TIVER, QUAL A PRINCIPAL DIFICULDADE?-A maior dificuldade e a falta de fontes.

Page 64: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

64

Entrevistado 4

1 - VOCE TEM NA MEMORIA TODAS AS CIDADES QUE SAO DA AREA DECOBERTURA DA TV ESPLANDA? OlGA SIM OU NAo:Nao

2- DAS CIDADES DE COBERTURA, QUAIS VOCE PAUTA COM MAIORFREQUENCIA? CITE AS QUATRO MAIS PAUTADAS:Ponta Grossa, Castro, Carambei a Tibagi

3- EM QUAL CIDADE VOCE TEM MAIS FONTES? NA MAIOR PARTE sAoFONTES OFICIAIS OU MORADORES?Panta Grossa. As fantes oficiais.

4 - QUAL INFLUENCIA DA FONTE QUE PASSA SUGESTAO POR TELEFONE?GERALMENTE RENDE MATERIA? CRIA ViNCULO COM ESTA FONTE? CITE ASTRES CIDADES QUE ISTO ACONTECE MAIS?Se a sugestao for boa, pauta-5e. Geralmente rende, quando a pessoa se identifica.Algumas fantes li9am com freqOencia e htl vinculo. Panta Grossa, Castro, SaoMateus do Sui e Tibagi.

5- A MESMA SITUA<;Ao ACONTECE COM A FONTE QUE PASSA SUGESTAoPOR EMAIL ? EM QUE CIDADES TEM MAIS ESTE TIPO DE FONTE?E a mesma situayao. Mas as vezes e dificil localizar a pessoa que enviou emailparque esquece de deixar telefone. Receba bastante email de Panta Grossa,Telemaco, Jaguariaiva e Castro.

6- QUAIS CIDADES DA AREA VOCE CONHECE PESSOALMENTE?Panta Grossa, Castro, Carambei, Pirai do Sui, Ipiranga, Jaguariaiva, Imbituva,Ortigueira, Siqueira Campos, Irati, Guarapuava, Sao Mateus do Sui e Tibagi.

7- TEM DIFICULDADE DE PAUTAR OUTRAS CIDADES DA REGIAO, ALEM DEPONTA GROSSA? SE TIVER, QUAL A PRINCIPAL DIFICULDADE?Sim, a distancla. Quanta mais longe, mais dificil porque nao da tempo de mandarequipe e gera hora extra.

Page 65: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

65

Entrevistado 5

1 - VOC~ TEM NA MEM6RIA TODAS AS CIDADES QUE sAo DA AREA DECOBERTURA DA TV ESPLANADA? DIGA SIM OU NAo:R:Nao

2- DAS CIDADES DE COBERTURA, QUAIS VOC~ PAUTA COM MAIORFREQUENCIA? CITE AS QUATRO MAIS PAUTADAS:R: Ponta Grossa, Castro, Tibagi, Carambei

3- EM QUAL CIDADE VOC~ TEM MAIS FONTES? NA MAl OR PARTE sAoFONTES OFICIAIS OU MORADORES?R Panta Grossa. Em Panta Grossa e mais equilibrada a questao de fontes, saotanto oficiais como moradores

4 - QUAL INFLUENCIA DA FONTE QUE PASSA SUGESTAO POR TELEFONE?GERALMENTE RENDE MATERIA? CRIA ViNCULO COM ESTA FONTE? CITE ASTR~S CIDADES QUE ISTO ACONTECE MAIS?R: A maiaria sao professores, mas tern lideres comunitiuios e membros de Ongs aupoliticos. De urn modo geral rende materia e com algumas e mais faeil criar vinculos,porque elas mesmas tarnam a nos procurar depois. Claro, e imprescindivel guardaros contatos delas. Ponta Grossa, Castro e Tibagi

5- A MESMA SITUA<;AO ACONTECE COM A FONTE QUE PASSA SUGESTAOPOR EMAIL ? EM QUE CIDADES TEM MAIS ESTE TIPO DE FONTE?R: Agora que as pessoas estao se habituando rna is a passar informa,!(oes par e-mail,mas eu sempre procuro naD descartar estes cantatas. E-mails sao freqOentes deJaguariaiva e Castro

6- QUAIS CIDADES DA AREA VOC~ CONHECE PESSOALMENTE?R: Ponta Grossa, Castro, Carambei, Palmeira, Tibagi, Ortigueira, Pirai do Sui, Ivai,Imbituva, Imbau, Telemaco Borba, Reserva, Teixeira Soares.

7- TEM DIFICULDADE DE PAUTAR OUTRAS CIDADES DA REGIAO, ALEM DEPONTA GROSSA? SE TIVER, QUAL A PRINCIPAL DIFICULDADE?R: Sempre ha a dificuldade de pautar outras cidades, primeiro pela lalta deassuntos, que sejam relevantes como materia, depois pela distancia, a menas que amateria cam pense a viagem. 0 mais lange que eu ja mandei uma equipe foi paraJapira, quase em Londrina.

Page 66: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

66

Entrevistado 6

1 - VOCE TEM NA MEM6RIA TODAS AS CIDADES QUE sAo DA AREA DECOBERTURA DA TV ESPLANADA? OlGA SIM OU NAo:R:Sim

2- DAS CIDADES DE COBERTURA, QUAIS VOCE PAUTA COM MAIORFREQUENCIA? CITE AS QUATRO MAIS PAUTADAS:R: Ponta Grossa, Castro, Pirai do Sui e Imbituva.

3- EM QUAL CIDADE VOCE TEM MAIS FONTES? NA MAl OR PARTE sAOFONTES OFICIAIS OU MORADORES?R: Em Panta Grossa. As fantes sao associay6es, sindicatos, organizac;;6es,moradores, ...

4 - QUAL INFLUENCIA DA FONTE QUE PASSA SUGESTAo POR TELEFONE?GERALMENTE RENDE MATERIA? CRIA ViNCULO COM ESTA FONTE? CITE ASTRES CIDADES QUE ISTO ACONTECE MAIS?R: A sugestao que vern par telefone e discutida na reuniao como qualquer Dutrasugestao que surge na redac;:ao, seja no radiO, jornais, email, das ruas.. Se asugestao vira reportagern, 0 vinculo e criado, e normal mente essa pessoa passa aser urn fonte. IS50 acontece mais em Panta Grossa, Castro, Pirai do Sui, ..

5- A MESMA SITUA~Ao ACONTECE COM A FONTE QUE PASSA SUGESTAOPOR EMAIL ? EM QUE CIDADES TEM MAIS ESTE TIPO DE FONTE?R: A situayao e exatamente a mesma. A sugestao e discutida e pade virarreportagem. Os emailsvern detada a parte, principalmente as cidades maisdistantes da sede como Wenceslau Braz, Jaguariaiva, Senges, ...

6- QUAIS CIDADES DA AREA VOCE CONHECE PESSOALMENTE?R: Como jil: fui rep6rter, conheyo todas as cidades na nossa area. E alem disso,costumo viajar com a familia pela regiao quando estou de tolga: Ponta Grossa,Tibagi, Porto Amazonas, Palmeira, ..

7- TEM OIFICULDADE DE PAUTAR OUTRAS CIDADES DA REG lAO, ALEM DEPONTA GROSSA? SE TIVER, QUAL A PRINCIPAL DIFICULDADE?R: Nilo tenho dificuldades. 0 procedimento e 0 mesmo para Ponta Grossa. Emalguns casos e ate mais tacit pautar a regiao porque as demais cidades entrampouco nos jornais. Entao os entrevistados nao querem perder a oportunidade deaparecer e acabam colaborando bastante para a produc;ao da reportagem.

Page 67: Pauliane Arantes Negriio CRITERIOS DA …tcconline.utp.br/media/tcc/2015/05/CRITERIOS.pdf · Curitiba, 25 de outubro de 2005 Marco Antonio Maschio Cardozo Chaga ... presen~ e na saudade

67

Entrevista 7- VOC~ TEM NA MEM6RIA TODAS AS CIDADES QUE sAo DA AREA DECOBERTURA DA TV ESPLANADA? DIGA SIM OU NAo:Sim, posso cita-Ias de cabel"'.

2- DAS CIDADES DE COBERTURA, QUAIS VOC~ PAUTA COM MAIORFREQUENCIA? CITE AS QUATRO MAIS PAUTADAS:Ponta Grossa, Castro, Carambei, Teh§maco Borba.

3- EM QUAL CIDADE VOCE TEM MAIS FONTES? NA MAIOR PARTE sAoFONTES OFICIAIS OU MORADORES?-Ponta Grossa, claro, par ser a sede da emissora. No meu caso, (antes extra-oficiaissao maioria.

4 - QUAL INFLUENCIA DA FONTE QUE PASSA SUGESTAO POR TELEFONE?GERALMENTE RENDE MATERIA? CRIA ViNCULO COM ESTA FONTE? CITE ASTRES CIDADES QUE ISTO ACONTECE MAIS?A influencia e grande, claro. Elas ligam, t8m informac;oes privilegiadas ... Acho quenem a metade das informac;6es vira materia, porque a fonte tern a informac;ao, masas criterios e 0 trabalho jornalistico(investigatyao) sao nassas. De repente, ainformayao e verdadeira, mas naa ha provas documentais, naD conseguimosavanc;ar na comprovayao da denuncia ... dai naa vira vt. 0 vinculo com a fonte existea medida que ela te liga, te encontra em algum lugar, pede pra talar com voce, hauma relayao de confianc;a._.No meu caso issa acontece mais em Ponta Grossa,Jaguariaiva e Castro. Nesta ordem.

5- A MESMA SITUA<;AO ACONTECE COM A FONTE QUE PASSA SUGESTAOPOR E MAIL? EM QUE CIDADES TEM MAIS ESTE TIPO DE FONTE?Puxa, e-mail vem de tudo que e lado. Recebo, em media, 150 e-mails/dia.Muitaporcaria no meio, muito material de assessorias de imprensa, Prefeituras, muitostelespectadores que escrevem. A maioria dos e-mails vern de Ponta Grossa, Castro,Carambei e Telemaco Borba.

6- QUAIS CIDADES DA AREA VOCE CONHECE PESSOALMENTE?Ponta Grossa, Castro, Carambei, Palmeira, Telemaco Borba, Teixeira Soares,Imbituva e Tibagi.

7- TEM DIFICULDADE DE PAUTAR OUTRAS CIDADES DA REGIAO, ALEM DEPONTA GROSSA? SE TIVER, QUAL A PRINCIPAL DIFICULDADE?A principal dificuldade e a distancia e administrar os custos das viagens, a controlede horas-extras. Nao da pra negar que isso dificulta bastante irmos aos locais maisdistantes, como 0 Norte Pioneiro. Mas se houver uma noticia de interesse do Estadovamos atrils.