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Paulo Fernando Trugilho ([email protected])
Luana Elis de Ramos e Paula ([email protected])
Claudinéia Olímpia de Assis ([email protected])
Allan Motta Couto ([email protected])
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FLORESTAIS
Caixa Postal 3037 - 37200-000 - Lavras - MG Fone: 35-3829.1411 - Fax: 35-3829.1436
email: [email protected]
EFEITO DA IDADE E ESPÉCIE NA DENSIDADE EFEITO DA IDADE E ESPÉCIE NA DENSIDADE BÁSICA DA MADEIRA, NA PRODUÇÃO E BÁSICA DA MADEIRA, NA PRODUÇÃO E
QUALIDADE DO CARVÃO VEGETAL DE EUCALIPTOQUALIDADE DO CARVÃO VEGETAL DE EUCALIPTO
1. Introdução
• Carvão vegetal é um produto que depende da madeira e do processo de produção.
• A matéria-prima tem grande participação da qualidade e quantidade produzida.
• A variabilidade da madeira interfere na qualidade do carvão vegetal.
• A espécie e idade são fatores importantes na seleção de material superior para esta atividade.
2. Objetivo
• O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da idade e da espécie na produção e qualidade do carvão vegetal de eucaliptos normalmente cultivados no Brasil.
3. Material e Método
• Espécies de eucaliptos cultivados no Brasil em diferentes idades.
• Plantio comercial: COPENER (Alagoinhas/BA) e PAINS FLORESTAL (Três Marias/MG).
• Amostragem na árvore: toretes na base, 25, 50, 75 e 100% de hc.
• Carbonização em escala de laboratório: Taxa de aquecimento = 1,67 oC/min até 450 oC.
• Característica avaliada na madeira: densidade básica - Vital (1984).
• Características avaliadas no carvão vegetal: 1. Quantitativas - Rendimentos gravimétricos; 2. Qualitativas - análise química imediata (teores de materiais voláteis, cinzas e carbono fixo) - NBR 8112 da ABNT; poder calorífico superior - NBR 8633 da ABNT; densidade relativa aparente – método de imersão.
Código EspécieIdade
(Anos)Local de Coleta Procedência Subgênero
EM E. maculata 7 COPENER Gympie Corymbia
EP
E. pellita 5 COPENER Helenvale Symphyomyrtus
E. pellita 6 COPENER Morada Nova* Symphyomyrtus
E. pellita 7 COPENER Morada Nova* Symphyomyrtus
ET E. tereticornis 7 COPENER Mareeba Symphyomyrtus
EU
E. urophylla 4 PAINS FLORESTAL Itamarandiba** Symphyomyrtus
E. urophylla 5 COPENER Guarujá Symphyomyrtus
E. urophylla 6 COPENER Avaré Symphyomyrtus
E. urophylla 7 COPENER Lençóis Paulista Symphyomyrtus
EG E. grandis 4 COPENER Paluma Symphyomyrtus
EC
E. cloeziana 4 PAINS FLORESTAL Capelinha *** Idiogenes
E. cloeziana 6 COPENER Mtao Forest Idiogenes
E. cloeziana 7 COPENER Mtao Forest Idiogenes
E. cloeziana 8 COPENER Mtao Forest Idiogenes
E. cloeziana 9 COPENER Mtao Forest Idiogenes
HB
HÍBRIDO 5 COPENER Aracruz Symphyomyrtus
HÍBRIDO 6 COPENER Aracruz Symphyomyrtus
HÍBRIDO 7 COPENER Aracruz Symphyomyrtus
ECAM E. camaldulensis 4 PAINS FLORESTAL Bom Despacho**** Symphyomyrtus
ER E. resinifera 4 PAINS FLORESTAL Lewis Track QD Symphyomyrtus
Tabela 1 – Relação das espécies do gênero Eucalyptus utilizadas na pesquisa
* Origem Helenvale, ** Origem Timor, *** Origem Gympie, **** Origem Petford. HÍBRIDO = Cruzamento entre o Eucalyptus grandis e o Eucalyptus urophylla.
4. Resultados e Discussão
0.544
0.534
0.546
0.52
0.53
0.54
0.55
5 6 7
Idade (anos)
Den
sida
de B
ásic
a (g
/cm
3)
1. Densidade Básica da Madeira – Efeito da idade
Eucalyptus pellita
0.4900.498
0.560
0.510
0.44
0.46
0.48
0.50
0.52
0.54
0.56
0.58
4 5 6 7
Idade (anos)
Den
sida
de B
ásic
a (g
/cm
3)
Eucalyptus urophylla
Eucalyptus cloeziana
0.606
0.562
0.590
0.630
0.642
0.52
0.54
0.56
0.58
0.60
0.62
0.64
0.66
4 6 7 8 9
Idade (anos)
Den
sid
ade
Bás
ica
(g/c
m3)
0.474
0.5140.520
0.44
0.46
0.48
0.50
0.52
0.54
5 6 7
Idade (anos)
Den
sid
ade
Bás
ica
(g/c
m3)
Híbrido
1. Densidade Básica da Madeira – Efeito da espécie
0.490
0.412
0.6060.584
0.562
0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0.60
0.70
EU EG EC ECAM ER
Espécie
Den
sid
ad
e B
ásic
a (
g/c
m3)
0.544
0.498
0.474
0.42
0.44
0.46
0.48
0.50
0.52
0.54
0.56
EP EU HB
Espécie
Den
sid
ad
e B
ásic
a (
g/c
m3)
Quatro Anos Cinco Anos
0.534
0.5600.562
0.514
0.49
0.50
0.51
0.52
0.53
0.54
0.55
0.56
0.57
EP EU EC HB
Espécie
Den
sid
ade
Bás
ica
(g/c
m3)
0.546
0.612
0.510
0.590
0.520
0.632
0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0.60
0.70
EP ET EU EC HB EM
Espécie
Den
sid
ade
Bás
ica
(g/c
m3)
Seis Anos Sete Anos
36.5 36.7 36.9
27.7 27.9 28.0
0
5
10
15
20
25
30
35
40
5 6 7
Idade (anos)
Po
rcen
tag
em
RGC
RCF
37.9 37.5 38.2
29.3 28.4 28.8
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
5 6 7
Idade (anos)
Po
rcen
tag
em
RGC
RCF
35.6 36.5 36.8 36.5
27.2 28.1 28.5 28.0
0
5
10
15
20
25
30
35
40
4 5 6 7
Idade (anos)
Po
rcen
tag
em
RGC
RCF
Eucalyptus pellita
2. Rendimentos - Efeito da idade
Eucalyptus cloeziana
Híbrido
37.936.2 36.5 36.5 37.1
28.727.1 27.7 27.4 28.1
0
5
10
15
20
25
30
35
40
4 6 7 8 9
Idade (anos)
Po
rcen
tag
emRGC
RCF
Eucalyptus urophylla
3. Rendimentos - Efeito da Espécie
35.6 35.1
37.936.0 36.4
27.2 26.928.7
27.6 27.9
0
5
10
15
20
25
30
35
40
EU EG EC ECAM ER
Espécie
Po
rcen
tag
em
RGC
RCF
37.936.5 36.5
29.328.1 27.7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
EP EU HB
Espécie
Po
rcen
tag
em
RGC
DCF
37.5 36.8 36.2 36.7
28.4 28.527.1 27.9
0
5
10
15
20
25
30
35
40
EP EU EC HB
RGC
RCF
38.2 38.136.5 36.5 36.9
34.9
28.8 29.2 28.0 27.7 28.026.6
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
EP ET EU EC HB EM
Espécie
Po
rcen
tag
em
RGC
RCF
Quatro Anos Cinco Anos
Seis Anos Sete Anos
4. Análise química imediata - Efeito da Espécie e Idade
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
5 6 7 4 5 6 7 4 6 7 8 9 5 6 7
Idade (anos)
Po
rcen
tag
em
TCF
TMV
A - Teor de Carbono Fixo e Materiais Voláteis
A B C D
A = EP; B = EU; C = EC; D = HB
B - Teor de Cinzas
0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0.60
0.70
0.80
0.90
1.00
5 6 7 4 5 6 7 4 6 7 8 9 5 6 7
Idade (anos)
Teo
r d
e C
inza
s (%
)
AB
C
D
A = EP; B = EU; C = EC; D = HB
0.56
0.87
0.21
0.68
0.43
0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0.60
0.70
0.80
0.90
1.00
EU EG EC ECAM ER
Espécie
Teo
r d
e C
inza
s (%
)
0.70 0.71
0.58
0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0.60
0.70
0.80
EP EU HB
Espécie
Teo
r d
e C
inza
s (%
)
0.79
0.69
0.36
0.56
0.00
0.10
0.20
0.30
0.40
0.50
0.60
0.70
0.80
0.90
EP EU EC HB
Espécie
Teo
r d
e C
inza
s (%
) 0.91 0.90
0.64
0.400.48
1.23
0.00
0.20
0.40
0.60
0.80
1.00
1.20
1.40
EP ET EU EC HB EM
Espécie
Teo
r d
e C
inza
s (%
)
C - Teor de Cinzas – Efeito da Espécie
Quatro Anos Cinco Anos
Seis Anos Sete Anos
7150
7200
7250
7300
7350
7400
7450
7500
5 6 7 4 5 6 7 4 6 7 8 9 5 6 7
Idade (anos)
PC
S (
Kca
l/kg
)
5. Poder Calorífico Superior - Efeito da Espécie e Idade
A = EP; B = EU; C = EC; D = HB
A B
CD
A – Efeito da idade
74207392
7287
7464
7395
7150
7200
7250
7300
7350
7400
7450
7500
EU EG EC ECAM ER
Espécie
PC
S (
kcal
/kg
)
7484
7396
7348
7250
7300
7350
7400
7450
7500
EP EU HB
Espécie
PC
S (
kcal
/kg
)
7471 7466
7342
7388
7250
7300
7350
7400
7450
7500
EP EU EC HB
Espécie
PC
S (
kcal
/kg
)
7315
7539
7437
7281
74427414
7150
7200
7250
7300
7350
7400
7450
7500
7550
7600
EP ET EU EC HB EM
Espécie
PC
S (
kcal
/kg
)
A – Efeito da Espécie
Quatro Anos Cinco Anos
Seis Anos Sete Anos
5. Conclusões
• A densidade básica da madeira tendeu a aumentar com a idade do material genético;
• E. maculata foi a espécie que apresentou o menor rendimento gravimétrico da carbonização e o maior teor de cinzas no carvão vegetal, não se apresentando com potencial para esta utilização;
• E. tereticornis (ET) e o E. pellita (EP), aos sete anos de idade, apresentaram os maiores valores de rendimento gravimétrico da carbonização e elevado rendimento em carbono fixo, sendo as espécies mais potenciais para a produção de carvão vegetal.
OBRIGADO