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7/26/2019 PAULO MARCOS RIBEIRO DA SILVA - APLICATIVOS QUE ABORDAM CONCEITOS ESTATSTICOS EM TABLETS E SMARTPH
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM EDUCAO MATEMTICA
E TECNOLGICA
PAULO MARCOS RIBEIRO DA SILVA
APLICATIVOS QUE ABORDAM CONCEITOS ESTATSTICOSEM TABLETS E SMARTPHONES
Recife2015
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PAULO MARCOS RIBEIRO DA SILVA
APLICATIVOS QUE ABORDAM CONCEITOS ESTATSTICOSEM TABLETS E SMARTPHONES
Dissertao apresentada ao Programa de
Ps-Graduao em Educao Matemtica
e Tecnolgica da Universidade Federal de
Pernambuco, como requisito parcial para
obteno do ttulo de Mestre em
Educao Matemtica e Tecnolgica daUniversidade Federal de Pernambuco.
Orientadora: Dr Gilda Lisba Guimares
Recife2015
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PAULO MARCOS RIBEIRO DA SILVA
APLICATIVOS QUE ABORDAM CONCEITOS ESTATSTICOS EM TABLETS
E SMARTPHONES
Dissertao apresentada aoPrograma de Ps-Graduao emEducao Matemtica e Tecnolgicada Universidade Federal dePernambuco, como requisito parcial
para a obteno do ttulo de mestreem Educao Matemtica eTecnolgica.
Aprovado em: 27/02/2015.
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________Prof. Dr. Gilda Lisba Guimares (Orientadora e Presidente)
Universidade Federal de Pernambuco
_______________________________________________________________
____Prof. Dr. Thelma Panerai Alves (Examinadora Interna)
Universidade Federal de Pernambuco
_________________________________________________________Prof. Dr. Abrao Juvencio de Araujo (Examinador Externo)
Universidade Federal de Pernambuco
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Dedico este trabalho aos educadores, que no seuexerccio na educao, acreditam e tem esperanana capacidade de mudana do estudante.
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AGRADECIMENTOS
Em meio ideias, discusses, escritas, leituras e releituras, que foi
sendo assim constituda essa pesquisa, na qual pude compreender acapacidade que temos em alcanar nossos objetivos, quando no medimos os
obstculos que podem nos impedir em realizar nossos sonhos. E, sei que no
estava s nesse sonho, por isso, sou grato a todos aqueles que contriburam
por esse momento to especial da minha vida.
Agradeo a Deus, pela f que puder restabelecer nos momentos mais
difceis para a realizao desse trabalho.
Aos meus pais, irms e familiares que de alguma maneira me ajudaramnesse momento, estando sempre ao meu lado, dando apoio.
A minha orientadora Prof. Dr. Gilda Guimares, pela possibilidade de
mergulharmos juntos nessa construo, por ter acreditado que era possvel
realizar esse estudo, pelo estmulo a concretizao da pesquisa, pela
dedicao em toda a experincia edificada nesse curto perodo de troca de
ideias e aprendizado.
A minha Prof. Dr Vernica Gitirana, que no tenho palavras para
mensurar, pela a sua importante participao na construo desse trabalho.
As minhas amigas Betnia Evangelista (minha incentivadora) e Fabola
Martins (grande companheira de estudo).
Aos meus amigos colaboradores nesse processo de estudo: Dayse e
Deise; Emanoel Rodrigo (Igor); Glauber Alves; Lucicleide; Marcos Luna;
Siquele Camplo; Tamires Nogueira e Roberto Mariano.
A todos os professores pela dedicao e profissionalismo e aos colegas
do grupo da linha de pesquisa de Processos de ensino aprendizagem em
Educao Matemtica e Cientfica, do Programa de Ps-Graduao de
Educao Matemtica e Tecnolgica EDUMATEC, pelas contribuies
durante os encontros de Seminrios.
Aos professores Prof. Dr Thelma Panerai Alves e Prof. Dr. Abrao
Juvencio e Arajo, pelas contribuies e discusses que tanto ajudaram para
construo desse trabalho.
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Aos colegas do curso de mestrado da turma 2013, pelas trocas de
experincias durante esses dois anos.
Aos membros do grupo de estudo GREF (Grupo de Estudo em
Educao Estatstica no Ensino Fundamental), pelos momentos importantes
vivenciados para minha formao.
Enfim, a todos que contriburam direta ou indiretamente para chegar a
concluir mais esse sonho que se tornar uma realidade.
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No mundo nada se faz de bom, de til, de fecundo, sem conhecer, sem saber o
esforo, o sofrimento, em uma palavra, sem a cruz.
(LUBICH, 1998)
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RESUMO
A principal motivao para a elaborao desse estudo consistiu no fato danfase que se tem hoje em inserir a tecnologia digital na educao, de modoque essa possibilite auxiliar no trabalho do professor e na aprendizagem doestudante. Tablets, smartphones, aplicativos, entre outras tecnologias digitaismveis, esto sendo utilizados como recurso de comunicao ou troca deinformaes, auxiliando nas diversas atividades da nossa vida social e, aospoucos, esto sendo inseridos no espao escolar. Existem autores queressaltam ter aplicativos para tablets e smartphones, que apresentampotencialidades para o processo educativo em diversas reas. Portanto, para autilizao desses equipamentos de maneira adequada na escola, cabe aosprofessores escolherem o aplicativo e a didtica que melhor proporcionar aaprendizagem de seus alunos diante de seus objetos e objetivos de ensino.Entretanto, essa escolha no fcil. Assim, esse estudo teve como objetivo
elaborar um instrumento e avaliar aplicativos que podem ser utilizados noensino de Estatstica na Educao Bsica, considerando os diferentes nveisde ensino: anos iniciais e finais do Ensino Fundamental e Ensino Mdio emfuno de aspectos tcnicos, pedaggicos e estatsticos. Aps a criao doinstrumento considerando as trs dimenses, com propostas de apoio naescolha de um aplicativo a ser escolhido para a sala de aula, buscamosanalisar aplicativos com sistema Android que pudessem ser utilizados noensino de Estatstica na Educao Bsica. Essa busca colocou como condioque os mesmos fossem gratuitos. Assim, foram analisados 9 (nove) aplicativos,dos quais 3 (trs) eram no idioma portugus e os demais em ingls, mas compouca exigncia de compreenso do idioma. A partir da anlise, identificamos
limitaes nos aplicativos nas trs dimenses. Apesar de apresentarem algunsrecursos de clculos para auxiliar o usurio, os aplicativos analisados nopodem ser considerados absolutamente adequados, por limitaes comoausncia de informaes tcnicas ou propostas educacionais, evidenciandoque os mesmos no foram construdos como forma de auxiliar o professor noensino. Alm disso, os aplicativos encontrados so semelhantes acalculadoras, sendo que em trs deles os dados so associados construode grficos e outros trs a representao em tabelas. A pesquisa, portanto,possibilita que os professores tenham um instrumento de avaliao para que oauxilie verificar potencialidades e limitaes desses recursos, a serem inseridosna sua prtica pedaggica. Assim como no trabalho especificamente no que se
refere Estatstica, considerando o uso de aplicativos a serem selecionadospara a sua sala de aula.
Palavras-chave: Tecnologia Digital Mvel. Educao Estatstica. Anlise deSoftware Aplicativo. Educao Bsica.
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ABSTRACT
The main reason to carry out this study is the pressing need to use digitaltechnologies in education, in order to assist the work of teachers and studentlearning. Tablets, smartphones, apps and other mobile digital technologies have
been used as means of communication and for the exchange of information.These technologies have aided multiple tasks of our social lives, while alsobeing gradually used in school settings. There are authors who stress haveapps for tablets and smartphones, which have the potential for the educationalprocess in several areas. So, to properly utilize this equipment in schoolsteachers are required to choose applications and methodologies that offerbetter results for their students, taking into account their objects and educationalgoals; however, this has not been an easy task. Thus, this study has aimed tocreate tools to assess apps that could be used during Statistics courses onBasic Education at different levels. This includes early and late primary andsecondary schools as well as the technical, educational, and statistical aspects.After creating these tools and taking into account these three dimensions,withproposals to support the choice of an application to be chosen for theclassroom, applications with Android operational systems were studied in orderto identify those that could be used during Statistics courses on BasicEducation. The use of free applications was a precondition of this study. Onlynine applications were analyzed; three of them were in Portuguese and six ofthem in English. Language understanding, however, was not an importantrequirement. . From the analysis, we identified limitations in applications in threedimensions. Although providing some calculations of resources to assist theuser, the analyzed applications can not be considered absolutely appropriated,
by limitations such as lack of technical information or educational proposals,showing that they were not built as a way to help the teacher in teaching. Inaddition, these applications that were found are similar to calculators, and inthree of them dataare related to the construction of graphs andthree others tothe tables representation. The research therefore allows teachers to have anassessment tool to assis them to verify potentialities and limitations of theseresources to be inserted in their teaching. In the same way as in the workspecifically in relation to statistics, considering the use of applications to beselected for their classroom.
Keywords: Mobile digital technology. Statistical Education. Analysis of
Applications. Basic Education.
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LISTA DE FIGURAS
Figura 3. 1- Site Google Play para busca dos aplicativos Android gratuitos .... 64
Figura 3. 2 - Texto em ingls do aplicativo SAT Math: Data Analysis Lite (18)67
Figura 3. 3 - Seo Calcular Estatsticas ......................................................... 71Figura 3. 4 - Seo Representao Grfica ..................................................... 72
Figura 3. 5 - Apresentao dos resultados ...................................................... 73
Figura 3. 6 - Seo Referncia ......................................................................... 74
Figura 3. 7 - Sequncia para visualizar duas amostras .................................... 76
Figura 3. 8 - Interface principal do aplicativo para inserir e calcular dados ...... 80
Figura 3. 9 - Interface do aplicativo menupara escolha das medidas estatstica
......................................................................................................................... 80Figura 3. 10 - Erro no aplicativo no resultado para duas Modas ...................... 83
Figura 3. 11- Erro na Moda com elementos no repetidos .............................. 84
Figura 3. 12 - Apresentao da interface do aplicativo na seo inicial. .......... 87
Figura 3. 13 - Explica como inserir os dados e abre a tela apara a insero. .. 90
Figura 3. 14 - Dados para clculos das Medidas e Frequncias. ..................... 90
Figura 3. 15 - Medidas do aplicativo. ................................................................ 91
Figura 3. 16 - Tabela com a Frequncia representando o resultado da Mdia. 91Figura 3. 17- Exemplo da resoluo de Mdia Aritmtica. ............................... 92
Figura 3. 18- Interface da pgina inicial do aplicativo. ..................................... 95
Figura 3. 19 - Pgina das medidas e resultados no aplicativo. ........................ 96
Figura 3. 20 - Tabela de Frequncia do aplicativo Calculadora Estatsticas. ... 99
Figura 3. 21 - Interface da pgina inicial do aplicativo. ................................... 102
Figura 3. 22 - Botes e aba da pgina inicial do aplicativo. ........................... 102
Figura 3. 23 - Resultados das medidas estatsticas. ...................................... 105
Figura 3. 24 - Pgina inicial com lista de contedos do aplicativo Statistics
Calculator ....................................................................................................... 108
Figura 3. 25 - A interface do aplicativo Statistics Calculator. .......................... 108
Figura 3. 26 - Compartilhamento de dados do aplicativo. .............................. 109
Figura 3. 27- Tabela ao lado quando compartilha. ......................................... 109
Figura 3. 28- Informao de erro para correo do usurio. .......................... 111
Figura 3. 29- Tabela Distribuio de Frequncia. ........................................... 112
Figura 3. 30 - Medidas de Tendncia Central. ............................................... 114
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Figura 3. 31- Clculo da Mdia Geomtrica, Harmnica e Ponderada. ......... 114
Figura 3. 32 - Distribuio de Frequncia. ..................................................... 115
Figura 3. 33 - Interface das Medidas de Disperso ........................................ 115
Figura 3. 34- Menu no dispositivo para o aplicativo. ...................................... 118
Figura 3. 35- Interface da pgina inicial do aplicativo Statistics Calculator. ... 119
Figura 3. 36- Interface da pgina inicial rea do grfico e resultados. ........... 119
Figura 3. 37- Salvando como arquivos CSV e/ou PDF. ................................. 120
Figura 3. 38 - Arquivo em CSV e PDF. .......................................................... 120
Figura 3. 39- Tabela com indicao de erro no nmero de elementos na coluna
5. .................................................................................................................... 122
Figura 3. 40 - Modo insero dos dados. ....................................................... 124
Figura 3. 41- Estatsticas dos dados selecionados para X e Y...................... 124
Figura 3. 42 - Representao dos dados em tabela e grfico. ....................... 125
Figura 3. 43- Representao dos dados em tabela e grfico de disperso. .. 125
Figura 3. 44 - Procedimentos que facilitam na navegao no aplicativo. ....... 128
Figura 3. 45- Interface principal do aplicativo. ................................................ 128
Figura 3. 46- Pasta de arquivos salvos no aplicativo. .................................... 129
Figura 3. 47- Resultado da Mdia da tabela de Frequncia. .......................... 132
Figura 3. 48 - Interface inicial da planilha no aplicativo. ................................. 135
Figura 3. 49 - Botes com suas funes. ....................................................... 136
Figura 3. 50 - Abas de ferramentas ................................................................ 136
Figura 3. 51- Feedback de imediato resposta no aplicativo. ....................... 138
Figura 3. 52 - Medidas estatsticas do aplicativo. ........................................... 140
Figura 3. 53 - Alterao dos elementos constitutivos do grfico. ................... 141
Figura 3. 54- Grficos do aplicativo. ............................................................... 141
Figura 4. 1 - Aplicativo Statistics Calculator.....................................................145
Figura 4. 2 - Aplicativo Calculadora Estatstica (Free). .................................. 145
Figura 4. 3 - Imagem da representao dos dados no grfico ....................... 146
Figura 4. 4 - Tela que permite exportar arquivos salvos no aplicativo Statistics
Calculator (JNS Fine Tech). ........................................................................... 147
Figura 4. 5 - Processo de compartilhamento do aplicativo Statistics Calculator
(Digeebird). ..................................................................................................... 148
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Figura 4. 6 - Aplicativos que possibilitam gravar e carregar os dados ........... 148
Figura 4. 7- Representao de grficos dos aplicativos Table-Graph Note
(Free), Statistics Calculator (JNS F. Tech) e Calculadora Estatstica Free. .. 152
Figura 4. 8 - Representao de tabelas dos aplicativos Statistics Calculator
(Digeebird), Mathway e Estatstica Fcil. ....................................................... 153
Figura 4. 9- Banco de dado e grfico do aplicativo Statistics Calculator (JNS
F.Tech). .......................................................................................................... 156
Figura 4. 10- Banco de dados e Grfico do aplicativo Calculadora Estatstica
(Free). ............................................................................................................ 156
Figura 4. 11- Banco de dados e grfico do aplicativo Table-Graph (Free). .... 157
Figura 4. 12- Visualizao da escala no grfico com diferentes imagens em
zoom. ............................................................................................................. 157
Figura 4. 13 - Tabela do aplicativo Mathway. ................................................. 158
Figura 4. 14 - Banco de dados e tabela do aplicativo Estatstica Fcil. .......... 159
Figura 4. 15 - Banco de dados e tabela do aplicativo Statistics Calculator
(Digeebird). ..................................................................................................... 159
Figura 4. 16- Aplicativo Scientific Calculator (FREE). .................................... 160
Figura 4. 17- Aplicativo Statistics Calculator. ................................................. 161
Figura 4. 18- Aplicativo Table-Graph Note (Free). ......................................... 161
Figura 4. 19 - Insero do elemento constitutivo:Ttulo no grfico.. ............... 162
Figura 4. 20 - Demonstrao do quantitativo da amostra do aplicativo. ......... 163
Figura 4. 21- Demonstrao do quantitativo da Amostra de elementos no
aplicativo. ....................................................................................................... 163
Figura 4. 22- Distribuio de Frequncia no aplicativo Statistics Calculator
(Digeebird). ..................................................................................................... 164
Figura 4. 23 - Entrada de valores para duas amostras....................................164
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LISTA DE QUADRO
Quadro 1. 1 - Quadro-resumo das expectativas de aprendizagem para a
Educao Bsica nos Parmetros Curriculares de Matemtica no ensino de
Estatstica em Pernambuco.............................................................................. 32
Quadro 2. 1- Percurso metodolgico da pesquisa. .......................................... 46
Quadro 3. 1- Ficha para identificao do aplicativo. ........................................ 49
Quadro 3. 2- Ficha para avaliao da Dimenso Tcnica. ............................... 51
Quadro 3. 3- Referenciais das Categorias da Dimenso Tcnica. ................... 54
Quadro 3. 4 - Ficha para avaliao da Dimenso Didtico-Pedaggica. ......... 55
Quadro 3. 5- Referenciais das Categorias da Dimenso Didtico-Pedaggica.
......................................................................................................................... 58
Quadro 3. 6 - Quadro-resumo das expectativas de aprendizagem para a
Educao Bsica dentro dos Parmetros Curriculares de Matemtica para os
Ensinos Fundamental e Mdio, referente ao ensino de Estatstica. ................. 59
Quadro 3. 7 - Ficha para avaliao da Dimenso Estatstica. .......................... 60
Quadro 3. 8 - Referenciais da Categoria da Dimenso Estatstica. ................. 62
Quadro 3. 9 - Aplicativos com contedo estatstico. ......................................... 65
Quadro 3. 10 - Aplicativos excludos da anlise. .............................................. 67
Quadro 3. 11 - Lista dos aplicativos a serem analisados. .............................. 68
Quadro 3. 12 - Descrio do aplicativo Calculadora Estatstica (Free). ........... 69
Quadro 3. 13 - Ficha para avaliao do aplicativo Calculadora Estatstica
(Free). .............................................................................................................. 70
Quadro 3. 14 - Ficha para avaliao do aplicativo Calculadora Estatstica
(Free). .............................................................................................................. 73
Quadro 3. 15 - Ficha para avaliao do aplicativo Calculadora Estatstica
(Free). .............................................................................................................. 75
Quadro 3. 16 - Descrio do aplicativo Calculadora Estatstica ++ . ................ 78
Quadro 3. 17 - Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Calculadora
Estatstica ++.................................................................................................... 78
Quadro 3. 18 - Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Calculadora
Estatstica ++.................................................................................................... 81
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Quadro 3. 19 - Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Calculadora
Estatstica ++.................................................................................................... 82
Quadro 3. 20- Descrio do aplicativo Estatstica Fcil. .................................. 85
Quadro 3. 21- Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Estatstica Fcil. 86
Quadro 3. 22 - Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Estatstica Fcil.
......................................................................................................................... 88
Quadro 3. 23 - Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Estatstica Fcil.
......................................................................................................................... 89
Quadro 3. 24 - Descrio do aplicativo Calculadora Estatsticas. .................... 93
Quadro 3. 25 - Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Calculadora
Estatsticas. ...................................................................................................... 94
Quadro 3. 26- Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Calculadora
Estatsticas ....................................................................................................... 96
Quadro 3. 27- Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Calculadora
Estatsticas. ...................................................................................................... 98
Quadro 3. 28 - Descrio do aplicativo Scientific CalculatorFREE. ............ 100
Quadro 3. 29 - Ficha para avaliao do aplicativo Scientific Calculator FREE.
....................................................................................................................... 101
Quadro 3. 30 - Ficha para avaliao do aplicativo Scientific CalculatorFREE.
....................................................................................................................... 103
Quadro 3. 31 - Ficha para avaliao do aplicativo Scientific Calculator FREE.
....................................................................................................................... 104
Quadro 3. 32 - Descrio do aplicativo Statistics Calculator (Digeebird). ...... 106
Quadro 3. 33 - Ficha para avaliao do aplicativo Statistics Calculator. ........ 107
Quadro 3. 34- Ficha para avaliao do aplicativo Statistics Calculator. ......... 110
Quadro 3. 35 - Ficha para avaliao do aplicativo Statistics Calculator. ........ 112Quadro 3. 36 - Descrio do aplicativo Statistics Calculator. ......................... 116
Quadro 3. 37- Ficha para avaliao do aplicativo Statistics Calculator. ......... 117
Quadro 3. 38- Ficha para avaliao do aplicativo Statistics Calculator. ......... 121
Quadro 3. 39 - Ficha para avaliao do aplicativo Statistics Calculator. ........ 123
Quadro 3. 40 - Descrio do aplicativo Mathway. .......................................... 126
Quadro 3. 41- Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Mathway. ........ 127
Quadro 3. 42 - Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Mathway. ....... 129Quadro 3. 43- Ficha de critrios para avaliao do aplicativo Mathway. ........ 131
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Quadro 3. 44 - Descrio do aplicativo Table-Graph Note (Free). ................. 133
Quadro 3. 45 - Ficha para avaliao do aplicativo Table-Graph Note (Free). 134
Quadro 3. 46- Ficha para avaliao do aplicativo Table-Graph Note (Free). . 137
Quadro 3. 47- Ficha para avaliao do aplicativo Table-Graph Note (Free). . 139
Quadro 4. 1- Sntese da anlise da Dimenso Tcnica..................................143
Quadro 4. 2- Sntese da anlise da Dimenso Didtico-Pedaggica. ............ 150
Quadro 4. 3 - Sntese da anlise da Dimenso Estatstica. ........................... 155
Quadro 4. 4- Quadro comparativo: Conceitos estatsticos abordados nos PCPE
e nos aplicativos. ............................................................................................ 166
Quadro 5. 1 - Ficha para identificao do aplicativo. ...................................... 169
Quadro 5. 2- Ficha para avaliao da Dimenso Tcnica. ............................. 169
Quadro 5. 3 - Ficha para avaliao da Dimenso Didtico-Pedaggica. ....... 170
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SUMRIO
INTRODUO ................................................................................................. 19
CAPTULO1 REVISO DA LITERATURA.................................................... 22
1.1 Na Sociedade da Cultura Digital .............................................................. 22
1.2 Tecnologia Digital Mvel .......................................................................... 23
1.3 Tecnologia Digital Mvel e Estatstica ...................................................... 26
1.4 Ensino da Estatstica para Educao Bsica ........................................... 31
1.5 O ensino de estatstica e as tecnologias digitais mveis .......................... 36
1.6 Avaliao de aplicativos como tecnologia digital mvel ........................... 371.7 Classificao dos Software Educativos .................................................... 38
CAPTULO2 OBJETIVOEMTODO .......................................................... 45
2 Objetivos ................................................................................................. 45
2.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 45
2.2 Objetivos Especficos .............................................................................. 45
2.3 Mtodo .................................................................................................... 462.3.1 Procedimentos ........................................................................................ 46
CAPTULO3RESULTADOS ......................................................................... 48
3 Resultados .............................................................................................. 48
3.1 Elaborao do Instrumento de Anlise dos Aplicativos ........................... 49
3.2 Dimenso Tcnica ................................................................................... 51
3.2.1 Documentao ........................................................................................ 513.2.2 Navegabilidade ........................................................................................ 52
3.2.3 Interface .................................................................................................. 52
3.2.4 Compartilhamento e Memria da Produo ............................................ 53
3.3 Dimenso Didtico-Pedaggica .............................................................. 55
3.3.1 Interao ................................................................................................. 55
3.3.2 Linguagem ............................................................................................... 56
3.3.3 Acessibilidade ......................................................................................... 57
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3.3.4 Abordagem / Diferencial .......................................................................... 57
3.3.5 Fundamentos Pedaggicos ..................................................................... 57
3.4 Dimenso Estatstica ............................................................................... 58
3.5 Identificao dos Aplicativos ................................................................... 63
3.6 Anlise dos Aplicativos ............................................................................ 69
3.6.1 Aplicativo 01 - Calculadora Estatstica (Free) .......................................... 69
3.6.2 Aplicativo 02 - Calculadora Estatstica ++ ............................................... 78
3.6.3 Aplicativo 03 - Estatstica Fcil ................................................................ 85
3.6.4 Aplicativo 04 - Calculadora Estatsticas................................................... 93
3.6.5 Aplicativo 05 - Scientific CalculatorFree ............................................ 100
3.6.6 Aplicativo 06Statistics Calculator (Digeebird) .................................... 106
3.6.7 Aplicativo 07 - Statistics Calculator (Jns Fine Tech) .............................. 116
3.6.8 Aplicativo 08 - Mathway ......................................................................... 126
3.6.9 Aplicativo 09 - Table-Graph Note (Free)................................................ 133
CAPTULO 4 SNTESE GERAL .................................................................... 142
4.1 Perfil dos aplicativos analisados ............................................................ 142
CONCLUSES FINAIS ................................................................................. 168
REFERNCIAS .............................................................................................. 177
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INTRODUO
A Estatstica vem se tornando uma realidade no cotidiano da sociedade.
Pode-se constatar isso quando nos deparamos com os dados dispostos namdia impressa ou digital, principalmente quando se comunica sobre economia,
poltica, consumo, entre outras informaes que so divulgadas em forma de
tabelas ou grficos. Diante disso, conclumos que, ao observar um volume de
dados, precisamos de uma anlise ou uma avaliao crtica da situao
abordada.
Desse modo, utilizar informaes e organiz-las nessas formas de
representao com grficos e/ou tabelas, pede que os cidados sejam maisreflexivos e crticos para que possam compreender o que, de fato, est sendo
analisado e assim utilizem essas representaes para a sua realidade de vida.
De acordo com os Parmetros Curriculares Nacionais (PCN, 1998) e os
Parmetros Curriculares de Pernambuco (2012), o trabalho com o ensino da
Estatstica deve levar compreenso e tomada de decises diante de
questes polticas e sociais, as quais dependem da leitura crtica e da
interpretao de informaes. Esses documentos tratam da importncia da
utilizao das tecnologias que possam contribuir com novos contedos os
quais necessitam de anlises mais complexas e representaes, obtendo
assim diferentes formas e significados. O estudante poder, ento, ter mais
oportunidade para ampliar sua capacidade de desenvolver o aprendizado e
resolver problemas.
Almeida e Valente (2011) afirmam que o uso das tecnologias digitais
para a informao e comunicao auxilia nos procedimentos de construo do
conhecimento, interfere no modo como nos comunicamos, expressamos,
transformamos o mundo e produzimos. Alm disso, percebe-se que a
integrao da tecnologia pode colaborar para a construo social do homem,
para desenvolver a sua conscincia crtica e de sujeito na histria, em seu
tempo.
Nesse sentido, com a disseminao e uso de tecnologias digitais,
iniciadas como uso dos computadores e da internet, beneficiou o
desenvolvimento da cultura de uso das mdias e, por imediato, de uma
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configurao social baseada num modelo digital de pensar, criar, produzir,
comunicar, aprender viver, apontam, Almeida e Silva (2011). Alm disso, os
autores ressaltam que, como o uso dessas tecnologias digitais mveis de
informao e comunicao para a aprendizagem principalmente, so
responsveis, por grande parte dessa nova configurao social do mundo que
se entrelaa com o espao digital.
Chance, Ben-Zvi, Garfield e Medina (2007) afirmam que difcil imaginar
como seria o ensino da Estatstica hoje sem o uso de alguma maneira de
tecnologia, tais como os pacotes de software estatsticos, os software
educacionais, as planilhas eletrnicas, aplicativos, calculadoras grficas,
materiais multimdia e repositrios de dados. Desta maneira, importante
salientar que o foco da aprendizagem no est somente na ferramenta, mas
sim no contedo a ser aprendido. Para isso a escolha de tecnologia deve ser
apropriada.
Assim, vale ressaltar que a variedade de recursos tecnolgicos, como os
software que vm surgindo. Muitos deles podem torna-se objetos de pesquisa,
como instrumento de aprendizado, para avaliao da qualidade e satisfao.
Com isso, deve-se exigir, por parte de professores e escolas, o empenho para
se fazer uso destes software na prtica de ensino, sem abrir mo de uma
avaliao adequada dos mesmos.
Nesse sentido, avaliao para um software educativo, por mais que seja
uma ao desafiante, indispensvel. importante obter um instrumento que
possa facilitar o reconhecimento de caractersticas didticas e pedaggicas que
existem nesses vrios dispositivos, os quais devem ir sala de aula. Sabendo
que muitos educadores ainda no sabem como proceder para avali-los antes
de seu uso em sala de aula.Diante desse contexto, a principal motivao para a elaborao desse
estudo est na nfase dada, hoje em dia, insero da tecnologia digital na
educao e compra de equipamentos de tecnologia mvel para as redes
pblicas. A ampliao de programas educacionais ofertados pelo governo, no
Brasil, tem como uma de suas metas a implantao de tecnologia digital mvel
na sala de aula, como o tablet, com sistema operacional Android.
Assim, este estudo tem como objetivo analisar aplicativos que podemser utilizados no ensino de Estatstica, na Educao Bsica, cuidando para que
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estes sejam utilizados em tablets e smartphones com sistema Android. Os
objetivos mais especficos so:
Elaborar um instrumento para avaliao dos aplicativos considerando
aspectos tcnicos, pedaggicos e estatsticos;
Analisar os aplicativos que abordam conceitos da Estatstica, nos
diferentes nveis de ensino: dos anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental ao Ensino Mdio;
Avaliar os aplicativos observando os aspectos tcnicos, pedaggicos e
estatsticos.
O captulo 1 composto pela reviso da literatura que nos fornecero
embasamentos e reflexes para concretizar a anlise dos aplicativos de
Estatstica. Alm disso, buscamos analisar o que vem sendo propostos no
ensino de estatstica mediados pela tecnologia, e como os software educativos
vm sendo analisados.
No captulo 2 apresentamos a mtodo que utilizamos para elaborar o
instrumento de anlise dos aplicativos.
No captulo 3 apresentamos a ficha de anlise elaborada. A anlise de
cada um dos aplicativos que apresentam conceitos estatsticos desenvolvidos
para dispositivos mveis, tais como tablets e smartphones, com sistema
Android, os quais podem ser trabalhados na Educao Bsica, a partir do
instrumento elaborado neste estudo.
No captulo 4 apresentamos uma sntese geral desses aplicativos,
considerando cada uma das caractersticas do instrumento elaborado, as quais
so discutidas luz da literatura. Buscamos investigar em que medida o que
vem sendo levantado pela literatura como fundamental ocorre, de fato, na
prtica.Finalmente, o ltimo captulo apresenta as concluses e sugestes de
estudos futuros.
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CAPTULO1 REVISO DA LITERATURA
Este captulo apresenta o quadro da reviso da literatura que utilizamos
para o embasamento acerca da tecnologia digital mvel inserida na educao,
bem como da importncia do ensino de Estatstica no contexto educacional.
Alm dos estudos relacionados avaliao de software educativo, para a
construo do instrumento de anlise dos aplicativos de Estatstica.
1.1 Na Sociedade da Cultura Digital
A sociedade contempornea est vivenciando momentos de mudanas
de hbitos, devido ao desenvolvimento das tecnologias digitais mveis, como
computadores, celulares e tablets. Kenski (2007) ressalta que tais tecnologias
digitais devem promover mais a produo de novos conhecimentos e avanos
na sociedade e que se faz necessria a preparao de indivduos para lidar e
interagir com o conhecimento tecnolgico.
Entretanto, ainda lenta a insero dessas ferramentas no atual sistema
educacional. Voelcker (2012) e Nichele e Schlemmer (2013) consideram que a
adeso das tecnologias digitais mveis pelo contexto educacional uma tarefa
ainda complexa, uma vez que a escola no significou esses dispositivos que
ampliam o espao escolar, limitando-se muitas vezes aos textos impressos e
laboratrios tradicionais. Por outro lado, a realidade fora dos muros da escola
totalmente diferente, pois, o aluno est plugado na internet. No entanto, dentro
da escola ela proibida (BORBA, SCUCUGLIA, GADANIDIS, 2014).
Acreditamos que a utilizao dessas tecnologias digitais na escola abre
para uma nova cultura que vemos no mundo, e que permite a vivncia desituaes para o conhecimento, tanto local como global. Sendo assim, novas
ideias podem estimular a autonomia do aluno na capacidade de interagir com
essas tecnologias para resolver problemas em vrias reas de conhecimento.
Assim como para saber analisar nessas tecnologias suas possveis
potencialidades e limitaes para a educao necessrio conhecer como sua
utilizao pode ser til para o contexto educacional.
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1.2 Tecnologia Digital Mvel
O desenvolvimento e o aumento de consumo das tecnologias digitais
mveis1, como os computadores portteis, smartphones, tablets e outros, vm
proporcionando mudanas em vrios setores da sociedade, como na
educao. A Organizao das Naes Unidas para a Educao, a Cincias e a
Cultura - UNESCO (2013) afirma que essas tecnologias mveis podem ampliar
e enriquecer oportunidades educacionais para estudantes em diversos
ambientes. Os aparelhos mveis, presentes em todos os lugares em
particular os smartphones e tabletse que podem ser utilizados por alunos e
educadores em todo o mundo, permitem acessar informaes, comunicar-se e
administrar atividades do cotidiano, alm de facilitar prticas pedaggicas
inovadoras para o ensino e a aprendizagem.
No Brasil, pesquisa realizada pelo International Data Corporation - Brasil
(IDC2), no terceiro trimestre de 2014, afirma que cerca de 2.3 milhes de
tablets foram comercializados e, desses, 95% tm sistema operacional
Android. Para a IDC, espera-se que no Brasil haja 17% de crescimento do
mercado, resultando em mais de 10 milhes de unidades vendidas em 2014.
Moura (2010) afirma que a presena dessas tecnologias digitais criauma nova caracterstica na sociedade atual, apresentando um grande potencial
na construo de identidades e culturas, permitindo comunicar em qualquer
lugar e em mobilidade.
Conforme Almeida e Silva (2011), essa disseminao e o uso de
tecnologias digitais favorece o desenvolvimento de uma cultura de utilizao
das mdias e uma configurao social pautada em um modelo digital de pensar,
elaborar, produzir, comunicar, aprender e viver. At mesmo mudanas nomodo de uso de materiais pedaggicos, em que o uso da tecnologia digital,
como o texto digital, que passa a ser mais utilizado. Em que hoje, usar links
1Termo citado em Borba,Silva e Gadanidis (2014) para as tecnologias como internet, celulares e tablets.Iremos utilizar para os dispositivos mveis, assim como para os software inseridos nos mesmos.
2Segundo dados do IDC Brasil (2014), as vendas de celulares inteligentes (smartphones) ultrapassaram a
marca de 15 milhes de unidades, com crescimento de 49% na comparao com o mesmo perodo do anopassado, com acmulo, at esse momento, de 55 milhes de smartphones vendidos neste ano. A IDCBrasil prev que, para oquarto trimestre, um novo recorde desses celulares seja batido. Alm disso, a
pesquisa aponta que dos aparelhos vendidos entre julho e setembro de 2014, 91% tinham o Android comosistema operacional.
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nos permite levar diretamente a outros textos digitais, a filmes, msicas ou
imagens, argumenta Coscarelli (2009).
Para Carvalho (2012), com uso de tecnologias mveis a aprendizagem
marcada pela mobilidade global do usurio, com uma conexo ubqua3. Na
qual a sua independncia com outros dispositivos mveis, disponvel em
qualquer lugar, a qualquer hora, caracteriza-se como Mobile Learning (M-
Learning) ou traduzida como Aprendizagem Mvel, sendo assim definida pelo
uso e pelas possibilidades no modo como as tecnologias mveis so inseridas
no processo educacional.
Para Moura (2010), com essa flexibilidade e a autonomia facilitada pelas
tecnologias mveis possvel moderar a rigidez que trazem as tendncias
pedaggicas tradicionais. Da mesma maneira, Barbosa, Bassan, e Miorelli
(2013) afirmam que as tecnologias associadas ao processo de ensino
aprendizagem podem favorecer um aprendizado significativo com integrao,
colaborao e formao de grupos que interajam de maneira efetiva em
comunidades em rede para aprendizagem.
Por outro lado, Moran (2012) alerta que com as tecnologias mveis,
como o tablet ou os smartphones, surgem novos desafios para a educao,
porque essas tendem a descentralizar os processos de gesto do
conhecimento do professor. Para o autor, o modo de aprender em qualquer
lugar, a qualquer hora e de variadas formas, sozinhos e em grupo, juntos
fisicamente ou conectados um diferenciador.
Traxler (2007) j apontava que a aprendizagem com utilizao de
tecnologia mvel e sem fio est transformando radicalmente as noes sociais
do discurso e do conhecimento.
Para Moran (2014), com a contribuio do acesso a web e astecnologias digitais mveis, permitem os usurios interconexo entre a
aprendizagem pessoal e a colaborativa, que um movimento contnuo que
possibilita o aluno avanar muito alm do que se estivesse sozinho. Por isso o
3A noo de aprendizagem ubqua, segundo Santanella (2010), dada como: Processos de aprendizagem
abertos significam processos espontneos, assistemticos e mesmo caticos, atualizados ao sabor dascircunstncias e de curiosidades contingentes e que so possveis porque o acesso informao livre econtnuo, a qualquer hora do dia e da noite. Por meio dos dispositivos mveis, continuidade do tempo sesoma a continuidade do espao: a informao acessvel de qualquer lugar. para essa direo que
aponta a evoluo dos dispositivos mveis, atestada pelos celulares multifuncionais de ltima gerao, asaber: tornar absolutamente ubquos e pervasivos o acesso informao, comunicao e aquisio deconhecimento.(p.3)
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autor aponta que os projetos pedaggicos inovadores possam conciliar uma
organizao curricular com espaos, tempos e projetos que equilibram a
comunicao pessoal e a colaborativa, presencial e online. Desta maneira, o
papel do professor torna-se o papel de um gestor e orientador no trabalho tanto
coletivo como individual, nesse processo pedaggico para aprendizagem.
Contudo, Moran (2012) j ressaltava que o importante nesse processo,
saber lidar com a maneira de ensinar e de dispor dessa aprendizagem, entre
os sujeitos, professor e alunos, em ambiente aberto e de colaborao. Para
Carvalho (2012) o uso de dispositivos mveis, quando adicionado a sistemas
de suporte apropriados para sua utilizao, pode possibilitar o acesso a novos
materiais de aprendizagem digitais.
Nesse sentido a UNESCO (2013) afirma que as tecnologias mveis, por
serem altamente portteis, ampliam enormemente o potencial e a viabilidade
de uma aprendizagem personalizada.
Assim, Almeida e Valente (2011) acrescentam que o desenvolvimento
de software para a prtica pedaggica deve acontecer para que os alunos
possam vivenciar novas experincias, refletir e compreender os conceitos a
partir das potencialidades dessas tecnologias. Esses podem facilitar operaes
como clculos matemticos, proporcionar aos usurios passeios virtuais por
cidades, entre outros.
Segundo a UNESCO (2014), em muitos pases desenvolvidos tm
crescido de maneira exponencial o desenvolvimento de aplicativos
educacionais que fornecem novas ferramentas para uso em atividades
pedaggicas como anotao, clculo, redao e criao de contedo.
Portanto, verificamos em alguns estudos como o uso dessas tecnologias
pode contribuir no processo de aprendizado na sala de aula, demonstrandodiferentes casos com a aplicao na Matemtica.
Batista (2011) buscou verificar como o processo de aprendizagem com
dispositivos mveis no ensino da matemtica (M-learnMat) pode contribuir para
o planejamento de atividades de m-learning no Ensino Superior. Os resultados
evidenciaram uma melhor assimilao a partir do uso de celular na
aprendizagem de Clculo 1 no Ensino Superior, uma vez que favorecia a
visualizao e anlise das informaes.
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Franklin e Peng (2008) realizaram uma experincia com a criao de
vdeos com o iPod Touch sobre tpicos da matemtica no ensino de conceitos
complexos, com estudantes do oitavo ano e do Ensino Mdio.
Com o objetivo de desenvolver um Objeto de Aprendizagem (OA) para
dispositivos mveis, Pereira, Schuhmarcher, Schuhmarcher e Dalfovo (2012)
elaboraram uma ferramenta de apoio aprendizagem de aritmtica para os
anos iniciais do Ensino Fundamental. Os resultados permitiram verificar que os
aplicativos, atravs de um jogo interativo no qual o aluno pode praticar os
conceitos aprendidos em sala de aula, possibilitaram ao usurio agilidade e
habilidade para realizao de clculos mentais, com operaes fundamentais,
podendo compartilhar e discutir entre colegas os resultados apresentados.
Diante do que foi abordado neste tpico, buscaremos como parte do
nosso estudo, na reviso de literatura, verificar como, hoje, pesquisas que
envolvessem o ensino e aprendizagem de Estatstica com uso de tecnologia
digital mvel. Para identificarmos instrumentos que sirvam de base para
anlise, apoiado por aplicativos para tablets e smartphones, a seguir.
1.3 Tecnologia Digital Mvel e Estatstica
Para analisar o que vem sendo publicado sobre o ensino de Estatstica
no Ensino Educao Bsica, utilizando tecnologias mveis, iniciamos por
analisar nos peridicos, apresentados no QUALIS pela Coordenao de
Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior CAPES, artigos que
envolvessem tecnologias digitais mveis e estatstica.
Todos os peridicos so avaliados e categorizados no QUALIS em
funo das reas de abrangncia. Assim, cada rea determina os critrios para
a classificao dos peridicos. Nas categorias A1, A2 e B1 esto os peridicos
melhor avaliados.
O Programa de Ps-graduao em Educao Matemtica e Tecnolgica
- EDUMATEC est inserido na rea de Ensino. Assim, buscamos analisar os
peridicos desta rea. Segundo essa avaliao, para o perodo 2007/20094,
tem as seguintes definies para cada categoria:
4Critrios utilizados para a lista de peridicos aqui analisados (consulta em 17 de agosto de 2013)
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Qualis A1- ...publicao de trabalhos resultantes de pesquisas ourelevantes para o desenvolvimento da pesquisa, na rea;periodicidade, com regularidade de, no mnimo, trs nmeros anuaise 18 artigos por ano, garantindo ampla diversidade institucional deautores, com pelo menos 80% dos artigos vinculados a, no mnimo,
cinco instituies diferentes daquela que edita o peridico; o CorpoEditorial heterogneo composto por pesquisadores reconhecidosnacional e internacionalmente pela comunidade de pesquisadoresda rea; presena de artigos produzidos por pesquisadorespertencentes a instituies estrangeiras reconhecidas (pelo menosdois artigos por ano); ampla circulao impressa ou eletrnica; estarindexado em, pelo menos, trs bases de dados sendo, pelo menosuma delas internacional; peridicos arbitrados por pesquisadoresreconhecidos na rea. ( p.3)
Qualis A2 - ...publicao de trabalhos resultantes de pesquisas ou
relevantes para o desenvolvimento da pesquisa, na rea;periodicidade, com regularidade de, no mnimo, dois nmeros anuaise 16 artigos por ano, garantindo ampla diversidade institucional deautores, com pelo menos 70% dos artigos vinculados a, no mnimo,quatro instituies diferentes daquela que edita o peridico; corpoeditorial heterogneo composto por pesquisadores reconhecidosnacional e internacionalmente pela comunidade de pesquisadoresda rea; presena de artigos produzidos por pesquisadores filiados ainstituies estrangeiras reconhecidas, pelo menos 1 artigo por ano;ampla circulao impressa ou eletrnica; estar indexado em, pelomenos, duas bases de dados sendo, ao menos, uma delas
internacional; peridicos arbitrados por pesquisadores reconhecidosna rea. ( p.3)
QualisB1- ...publicao de trabalhos resultantes de pesquisas ourelevantes para o desenvolvimento da pesquisa, na rea;periodicidade com regularidade de, no mnimo, dois nmeros anuaise 14 artigos por ano, garantindo ampla diversidade institucional deautores, com pelo menos 60% dos artigos vinculados a, no mnimo,quatro instituies diferentes daquela que edita o peridico; corpoeditorial heterogneo composto por pesquisadores reconhecidosnacional e internacionalmente pela comunidade de pesquisadoresda rea; presena de artigos produzidos por pesquisadores filiados ainstituies estrangeiras reconhecidas, pelo menos 1 artigo por ano;ampla circulao impressa ou eletrnica; estar indexado em pelomenos duas bases de dados; peridicos arbitrados porpesquisadores reconhecidos na rea. (p.4)
A Tabela 1.1, apresenta o quantitativo de peridicos apresentados pela
Capes para cada categoria da rea de ensino e o nmero de peridicos que
envolvem artigos na rea de Educao Matemtica, apresentados em agosto
de 2013.
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Tabela 1. 1- Frequncia de peridicos na rea de ensino em funo doQualis/Capes.
PERIDICOS DA REA DE ENSINOQUALIS
A1QUALIS
A2QUALIS
B1Total de Peridicos 42 50 185
Peridicos que envolvem Educao Matemtica 22 27 117Como pode ser observado, peridicos cientficos voltados Educao
Matemtica frequente na rea de ensino, sendo, inclusive, maioria em todas
as classificaes do Qualis.
Tendo como base esses 117 peridicos, passamos a buscar artigos que
envolvessem Matemtica e Tecnologia. Essa opo se deu uma vez que o
ensino de Estatstica no Ensino Educao Bsica realizado por professores
formados em Pedagogia (professores dos anos iniciais) ou Licenciados em
Matemtica. Assim, em algumas situaes o ensino de matemtica engloba a
aprendizagem de conceitos estatsticos.
Consideramos como perodo de anlise os ltimos cinco anos, ou seja,
analisamos os volumes dos peridicos de janeiro de 2009 at agosto de 2013.
importante ressaltar que para cada revista h, no mnimo, 2 (dois) volumes
publicados por ano. Assim, o nmero de artigos analisados foi superior a 1.660
artigos.Segundo Ferreira (2002), ao lidarmos com os resumos de uma rea do
conhecimento, procura-se analisar marcas convencionais no discurso que
possam informar, de maneira breve e objetiva, a respeito do que se trata o
trabalho. Deste modo, buscvamos nesses artigos, a partir do ttulo e dos
resumos, uma referncia que evidenciasse aspectos importantes para a nossa
temtica de pesquisa.
Na Tabela 1.2 apresentamos o nmero de artigos que envolviamMatemtica/Estatstica e Tecnologia e, em seguida, quais envolviam Estatstica
e Tecnologia.
Tabela 1. 2- Frequncia de artigos em peridicos na rea de Ensino em funodo Qualis/Capes.
PERIDICOS DA REA DE ENSINOQUALIS
A1QUALIS
A2QUALIS
B1
Artigos que envolviam Matemtica/Estatstica eTecnologia 35 7 49Artigos que envolviam Estatstica e Tecnologia 1 0 2
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A partir da Tabela 1.2, observa-se que foram identificados apenas 3
(trs) artigos sobre o ensino de estatstica com uso de tecnologias para a
educao bsica. Fica posto, infelizmente, uma ausncia de artigos publicados
em revistas importantes para a rea de ensino sobre a aprendizagem de
estatstica com uso de tecnologias mveis.
A pesquisa identificada no Qualis A1, de Souza e Lopes (2011), tem por
objetivo investigar como os recursos tecnolgicos podem ser teis para a
construo de novos conhecimentos da Estocstica no Ensino Fundamental.
Para tal foi proposto a 4 (quatro) alunas (12 e 13 anos) que desenvolvessem
atividades sobre probabilidade utilizando o software Fathom5. Fathom um
software no gratuito de simulao dinmica para os alunos explorarem,
analisarem e modelarem dados. As autoras argumentam que o programa
Fathom permitiu simulaes de vrias amostras, economizando um tempo
precioso de aula e ajudando os alunos a praticar na mquina aquilo que seria
impossvel fazer na prtica. Com isso os autores concluram que a ferramenta
computacional foi uma grande aliada na aquisio e na construo dos novos
conhecimentos. Porm, fundamental que o professor saiba propor situaes
que levem os alunos a utilizar as ferramentas do software para a
aprendizagem, pois ele por si s no autoinstrutivo.
Um dos artigos do Qualis B1 tem como autores Estevam e Frkotter
(2009). Os autores buscavam mostrar como o software no gratuito SuperLogo
3.0 possibilitava o desenvolvimento de habilidades de construo, leitura e
interpretao de dados representados em grficos. O estudo investigou 27
alunos da 8 srie (9 ano), com idades entre 14 e 15 anos. Foram realizadas
atividades para a apropriao de leitura entre os dados e construes
representadas em grficos. Como de costume nos estudos que utilizam o Logo,ao ensinar a tartaruga a construir grficos, foi necessrio que o aluno
raciocinasse sobre as relaes e conceitos subjacentes s estruturas grficas,
de modo a indicar o comando correto. Entretanto, questionamo-nos: se o aluno
no for capaz de compreender esses conceitos utilizados, como o mesmo
poderia aprender? Por tentativa e erro?
5McGraw-Hill Education, verso 2008. (https://www.keycurriculum.com/products/fathom#nice43)
https://www.keycurriculum.com/products/fathom#nice43https://www.keycurriculum.com/products/fathom#nice43https://www.keycurriculum.com/products/fathom#nice43https://www.keycurriculum.com/products/fathom#nice43https://www.keycurriculum.com/products/fathom#nice437/26/2019 PAULO MARCOS RIBEIRO DA SILVA - APLICATIVOS QUE ABORDAM CONCEITOS ESTATSTICOS EM TABLETS E SMARTPH
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O segundo trabalho da categoria B1 de Coutinho, Almouloud e Silva
(2012) teve como objetivo a criao de um tutorial para construo de grficos
estatsticos com uso do programa Geogebra, por um grupo de 5 (cinco)
professores que vinham participando de uma comunidade de pesquisadores
dedicados a experincias emancipatrias. A utilizao do Geogebra permitiu a
alterao do banco de dados automaticamente possibilitando a explorao de
diversas formas que uma distribuio de dados pode assumir, reforando a
visualizao dos dados nos grficos. Para os autores, a prtica colaborativa se
mostrou fundamental para a construo de desenvolvimento conceitual.
Esses trs artigos, apesar de apresentarem pesquisas sobre a
aprendizagem de Estatstica com auxlio de tecnologias digitais, no utilizam
tecnologia digital mvel.
Dessa maneira, podemos afirmar que no encontramos trabalhos
concludos, entre os anos de 2009 e 2013, que tenham na sua temtica o uso
de tecnologia mvel para o ensino da estatstica.
Da mesma abordagem, Bairral (2013), ao pesquisar sobre dispositivos
touchscreen que faam uso de conceitos para a aprendizagem matemtica no
Brasil, afirma que
...,at o presente momento, ainda no encontrei estudosanalisando o aprendizado matemtico em dispositivoscom manipulao touchscreen. Minha busca se deu nosprincipais peridicos qualificados (de B2 em diante) nasreas de Educao e de Ensino nos ltimos trs anos,perodo em que houve a acentuada divulgao eaquisio desses recursos pela populao. Tambm nolocalizei pesquisas com o levantamento feito nostrabalhos apresentados na Anped na subrea 3 (p.7).
Assim, percebemos que existe uma necessidade de estudos que
utilizem essas tecnologias no ensino da matemtica, uma vez que esses esto
cada vez mais presentes no mbito educacional.
Desde 2002, o Ministrio da Educao no Brasil vem buscando ampliar
o uso da tecnologia digital com o objetivo de inserir os computadores e tablets
nas escolas pblicas, alm de incluir a formao dos professores e gestores
para o uso no processo de ensino e aprendizagem. Em 2013, distribuiu tablets
para vrios alunos do Ensino Mdio. Percebe-se assim, que as iniciativas para
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a expanso de uso nas salas de aula dessas tecnologias tornam a utilizao
desses aplicativos uma realidade a ser aos poucos e cada vez mais propagada
na educao e nas vrias reas de conhecimento.
Nesse sentido, avaliar aplicativos para uso educativo se torna
fundamental, sabendo que esses recursos podem contribuir na aprendizagem.
1.4 Ensino da Estatstica para Educao Bsica
Com o desenvolvimento das tecnologias, cada vez mais os meios de
comunicao, esto gerando uma grande quantidade de dados para os vrios
contextos da sociedade. Esses dados podem ser apresentados atravs de
representaes em grficos ou tabelas e analisadas a partir de diferentes
medidas estatsticas. Todos os cidados, portanto, devem ser capazes de ler,
interpretar, analisar dados, para se colocar de maneira crtica diante das
inmeras informaes que lidamos diariamente e que podem ser utilizadas em
vrias reas de conhecimento.
Para Guimares (2002), j considerava que o ensino da Estatstica
haveria seu desenvolvimento para poder provocar mudanas na maneira pela
qual as pessoas se relacionariam e interpretariam uma grande quantidade de
dados.
Nesse contexto, os currculos escolares no poderiam excluir a
Estatstica do ensino. Desde 1997 que os Parmetros Curriculares Nacionais
vm ressaltando a importncia do ensino de Estatstica a partir dos anos
iniciais.
Em Pernambuco, em 2012, foram elaborados os Parmetros
Curriculares de Matemtica para o Ensino Fundamental e Mdio do Estado de
Pernambuco. Esses documentos relacionam expectativas de aprendizagem
para os diferentes eixos, dentre eles, a estatstica.
A legenda, logo abaixo, esclarece o sentido de cada uma das cores
utilizadas no referido Quadro.1.1 a seguir, que apresenta como essas
expectativas foram distribudas em funo do nvel de escolaridade.
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A cor branca indica que a expectativa no precisa ser objeto de intervenopedaggica naquela etapa de escolarizao, pois ser trabalhadaposteriormente;Na cor verde claro indica o(s) ano(s) no(s) qual (is) uma expectativa devecomear a ser abordada nas intervenes pedaggicas, mas sem
preocupao com a formalizao do conceito envolvido;Na cor azul claro indica o(s) ano(s) no(s) qual (is) uma expectativa deve serabordada sistematicamente nas intervenes pedaggicas, iniciando-se oprocesso de formalizao do conceito envolvido;Na cor azul escuro indica o(s) ano(s) no(s) qual (is) se espera que umaexpectativa seja consolidada como condio para o prosseguimento, comsucesso, em etapas posteriores de escolarizao.
Quadro 1. 1 - Quadro-resumo das expectativas de aprendizagem para aEducao Bsica nos Parmetros Curriculares de Matemtica no ensino deEstatstica em Pernambuco.
Expectativas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Elaborao de questesde pesquisa.Coleta de dados.Classificao eorganizao de dadosConstruo einterpretao de grficose tabelas.Identificao defrequncias em grficos etabelasIdentificao decategorias em grficos etabelas.Comparao deconjuntos de dadosAssociao entre tabelase grficos.Populao e amostra.
Medidas de tendnciacentral.Elementos constitutivosde grficos e tabelasAmplitude, concentraese disperses de dados.Classificao devariveis.Tabelas com dadosagrupados.Medidas de disperso.Fonte:Adaptado, Parmetros Curriculares de Matemtica de Pernambuco (2012)
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Observa-se que essa proposta apresenta o ensino de estatstica
associado s funes da mesma. A pesquisa o eixo. Desde os anos iniciais
vrias fases de uma pesquisa so ressaltadas, tais como: elaborao de
questes de pesquisa, coleta de dados, construo e interpretao de grficos
e tabelas, identificao de frequncias em grficos e tabelas, identificao de
categorias em grficos e tabelas, comparao de conjuntos de dados,
associao entre tabelas e grficos, populao e amostra, e medidas de
tendncia central.
Nos anos finais do ensino fundamental, acrescida a aprendizagem de
elementos constitutivos de grficos e tabelas e da classificao de variveis, o
que j devia ser realizado desde os anos iniciais, alm de outras medidas como
amplitude, concentrao e disperso de dados e tabelas com dados
agrupados.
Para o Ensino Mdio, a nica diferena o ensino de medidas de
disperso.
Apresentados os Parmetros Curriculares de Matemtica de
Pernambuco (2012), buscamos evidenciar estudos que demonstram os
conhecimentos estatsticos de alunos nos diferentes nveis da Educao
Bsica. Assim como os autores abordam conceitos valorizando na rea
educacional o conhecimento da estatstica.
Uma vez levantado o currculo para o ensino de Estatstica, passamos a
buscar pesquisas referentes Educao Bsica relacionadas ao ensino de
Estatstica. Nosso interesse levantar o que estas vm ressaltando sobre o
que pode e deve ser trabalhado com os alunos.
Silva (2013) analisou colees de livros didticos de Matemtica e
Cincias dos anos iniciais do Ensino Fundamental, buscando investigar se osmesmos vm valorizando as diferentes etapas de uma pesquisa, como:
elaborao da questo de pesquisa ou dos objetivos, levantamento de
hipteses, amostra, coleta, classificao, registro, anlise de dados e
comunicao dos resultados. A autora verificou que, nas colees de
matemtica, a pesquisa como um todo no vem sendo proposta. Apenas a
interpretao de grficos que vem sendo explorada. J em Cincias, existem
atividades que envolvem vrias fases de uma pesquisa, mas no trabalhamcom representaes em grficos e tabelas.
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Apesar dos livros didticos no explorarem as possibilidades dos alunos
aprenderem os conceitos estatsticos, os mesmos apresentam compreenses
sobre esses conceitos.
Gomes (2013) demonstra que existem diferentes habilidades que podem
ser trabalhadas com os alunos, desde os anos iniciais, em relao
compreenso dos conceitos de amostra e populao.
Por outro lado, classificar vem se apresentando uma habilidade bem
difcil. Guimares (2002) e Luz (2011) evidenciaram esta dificuldade entre
alunos e professores dos anos iniciais. Da mesma forma, Oliveira, Mottet,
Guimares e Ruesga (2013) argumentam sobre a dificuldade de futuros
professores em diferentes lnguas e pases. Entretanto, essa dificuldade no
implica na impossibilidade de alunos de pouca idade conseguirem classificar de
forma adequada.
No estudo realizado por Lima (2010), ela investiga estudantes da EJA,
em diferentes nveis de escolarizao, demonstrando atividades de construo
e interpretao de grficos. A autora observou que existe a predominncia de
acertos mais nas atividades voltadas para a interpretao de grficos do que
de construo dos mesmos. Acredita-se que isso acontece pelo fato de que
esses tipos de atividades so mais trabalhadas no processo de ensino-
aprendizagem, no contexto da sala de aula. Para a autora, mesmo que os
alunos aprendam a interpretar, percebe-se que h necessidade de maior
estmulo construo e articulao do professor sobre o assunto. Tendo
ainda o devido trabalho com o ensino contnuo e sistemtico em todo o
percurso escolar.
Albuquerque (2010) evidencia que a compreenso sobre escalas
representadas em grficos no se d apenas com a experincia de vida. Aautora observou que adultos pouco escolarizados apresentaram desempenho
pior do que crianas dos anos iniciais. Assim fica explcita a necessidade de
um trabalho sistematizado nas escolas.
Diante dessa dificuldade, Silva (2014) realiza trs tipos de interveno
de ensino com alunos do 4 ano sobre escalas representadas em grficos de
barras e linhas. A autora observou que todos os tipos de interveno levaram a
desempenhos significativamente diferentes, aps a interveno. Para a autora,isso representa que alunos dos anos iniciais, quando levados a refletir sobre
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escalas, demonstram capacidade e facilidade para aprender, evidenciando,
assim, a necessidade de um trabalho sistemtico com os mesmos nas escolas.
Pagan e Magina (2011), ao investigar alunos do 1 ano do ensino, mdio
observaram que o ensino de estatstica pautado na interdisciplinaridade foi
mais eficaz para a aquisio de conhecimentos estatsticos elementares.
Melo (2010) procura analisar como o conceito de mdia aritmtica
compreendido por estudantes dos anos iniciais considerando diferentes
invariantes, significados e representaes. A autora observou que os alunos
apresentaram dificuldades em relao aos significados da mdia, o que justifica
a necessidade de um trabalho sistematizado relacionado ao conceito de mdia
aritmtica, na sala de aula.
Mayn, Cobo, Batanero e Balderas (2007) investigaram a compreenso
de estudantes mexicanos que estavam finalizando o ensino Educao Bsica
portanto bem mais velhos que os do estudo anterior sobre diferentes
elementos do significado das medidas de tendncia central . Os autores
observaram que alguns alunos ainda apresentavam dificuldade em
compreender diferentes significados do conceito de mdia.
Da mesma forma, Sirnik e Kmeti (2010) tambm realizaram um estudo
com estudantes do ltimo ano do ensino Educao Bsica e observaram que
ainda nesse nvel de ensino existem alunos que apresentam incompreenses
sobre as medidas de tendncia central.
Leite (2010) realizou uma interveno pautada na significao e
estimativa de Medidas de Tendncia Central, com estudantes do 3 ano do
Ensino Mdio e observou a pertinncia da mesma.
Assim, vrios estudos vm evidenciando a possibilidade de um trabalho
com conceitos estatsticos desde os anos iniciais e que intervenesplanejadas e sistematizadas so fundamentais para a aprendizagem desse
eixo.
Nesse sentido, Mandarino (2010) e Cazorla, Magina, Gitirana e
Guimares (2011) argumentam sobre a necessidade dos alunos se
apropriarem de conceitos estatsticos e do conhecimento sobre os elementos
constitutivos de grfico e tabela.
Assim, ainda h muito por ser pensado sobre o ensino de Estatstica eas tecnologias digitais mveis podem auxiliar nessa aprendizagem.
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1.5 O ensino de estatstica e as tecnologias digitais mveis
Chance, Ben-Zvi, Garfield e Medina (2007) apontam que o uso das
tecnologias digitais mveis deve servir como base para facilitar a interatividade
entre o professor e o aluno. Nessa mesma linha, Batanero, Burril e Reading
(2011) argumentam que a tecnologia digital mudou muitos aspectos da vida
moderna e que isso vem se refletindo no ensino da Estatstica. Alm da
explorao de dados, a tecnologia agora usada para explorar ideias
estatsticas mais complexas ou processos de simulao desses dados. Com
isso software oferecem oportunidades para que os alunos construam seus
prprios modelos para descrever os dados e geram simulaes que podem ser
exploradas.
Para Chance et al. (2007) e Ben-Zvi (2011), os tipos de tecnologia
utilizada em Estatstica podem ser divididos em vrias categorias: pacotes de
software estatstico, software educativo, planilhas, applets/stand-alone,
aplicaes, calculadoras grficas, materiais multimdia e repositrios de dados.
Portanto, que estes ajudem os alunos a visualizar conceitos e desenvolver
ideias abstratas atravs de simulaes.
Nesse contexto, buscamos estudos que envolvessem tecnologia digitalpara a aprendizagem de Estatstica. Assim, temos o estudo de Lima e Magina
(2010), que realizaram estudantes da 4 srie do Ensino Fundamental e
ressaltaram que o software Tabletop propiciou a aprendizagem do conceito de
mdia aritmtica a partir das representaes grficas.
Alves (2011) e Camplo (2014), utilizando o software TinkerPlots com
estudantes do 5 ano do Ensino Fundamental, tambm observaram a
contribuio do mesmo para a interpretao de grficos, uma vez que o uso doambiente computacional possibilitou a utilizao de diferentes estratgias e
mltiplas representaes para um mesmo conjunto de dados.
Martins, Monteiro e Queiroz (2013) num estudo de caso investigou a
compreenso sobre amostra por uma professora polivalente ao utilizar o
software TinkerPlots. Os resultados demonstraram que a manipulao de
dados usando a ferramenta Sampler do software, nas atividades de
amostragem, proporcionou melhor compreenses sobre amostra, considerando
a identificao de amostras representativas, a comparao das amostras
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menores. Alm de poder comparar os dados da populao com as estimativas
retiradas ao longo do processo de interpretao dos mesmos.
Entretanto, perguntamo-nos se qualquer software auxilia, de fato, a
aprendizagem?
Para tanto, torna-se necessrio discutir como conhecer os software
educativos, considerando o contexto do contedo especfico.
No tpico a seguir, abrimos uma discusso sobre o softwareeducativo e
como autores focam as anlises de software.
1.6 Avaliao de aplicativos como tecnologia digital mvel
Existe uma variedade de software que podem ser utilizados em diversas
reas de conhecimento. Entretanto, para a utilizao desses como auxiliares
no processo de ensino-aprendizagem, necessria uma avaliao por parte
dos professores no sentido de escolher software adequados pedagogicamente
e conceitualmente ao que deseja ensinar.
Silva (2012) alerta que muitos software educativos so utilizados por
educadores, porm muitos desses no foram cuidadosamente analisados nas
diversas dimenses. Portanto, os professores devem ter uma ao crtica
perante o software a ser aproveitado em aula.
Conforme Almeida e Valente (2011), a anlise desses recursos permite
compreender o papel das tecnologias digitais para o processo de ensino e de
aprendizagem, de modo que possibilita analisar as potencialidades que elas
oferecem para contribuir nesse processo no contexto da sala de aula.
Porm preciso ter clareza sobre como analisar o software. Camplo
(2014) considera fundamental que o professor se aproprie das caractersticasdo software, selecionando aqueles que esto de acordo com seus objetivos de
ensino e com as caractersticas de seus alunos.
Para isso, conhecer os tipos de software considerados educativos uma
ao fundamental, tanto para o professor como para o aluno. Por isso
buscamos compreender como se classificam os software educativos.
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1.7 Classificao dos Software Educativos
Conforme Silva (2012), a finalidade de um software educativo
favorecer o processo de ensino e aprendizado, o qual deve conduzir o
estudante a construir o conhecimento pautado no contedo didtico.
Santos (2009) considera que, para ser educativo, o software deve ser
idealizado em uma perspectiva pedaggica e que precisa explicitar os objetivos
educacionais; a adequabilidade curricular; a possibilidade de integrao de
diferentes linguagens de comunicao; a valorizao e potencializao do
aluno e das mltiplas inteligncias do indivduo; a integrao entre a ergonomia
e a usabilidade; a interao do aluno com o software nos trabalhos
colaborativos e a possibilidade de apoiar o trabalho do professor.
Os software educativos devem buscar contribuir para a aprendizagem de
um ou mais conceitos, conforme apontam autores como Seabra (1994),
Valente (1999) e Vieira (1999). Esses classificam os softwareem:
Tutoriaisa informao pode ser estabelecida de acordo com uma sequncia
pedaggica apresentada ao aluno, com ou sem um professor eletrnico. So
software explicativos, so aulas expositivas que podem ou no ser
acompanhadas de materiais utilizados pelo narrador.
Programao requer do aprendiz a realizao de programar seus prprios
objetos digitais, mesmo que no tenham conhecimentos avanados na rea de
linguagem de programao. Esses software desenvolvem procedimentos para
aplicaes de multimdias, editores de textos, grficos, sons e animaes,
atravs dos comandos do aprendiz que processa a informao, transformando-
a em conhecimento.
Simulaes e modelagenspossibilita a vivncia dos alunos em situaes
que possam ser reais e reproduzidas em aula. Assim, permitem a realizao de
experincias qumicas, fsicas, viagens na histria, entre outras.
Jogos - esses software so, geralmente, desenvolvidos com a finalidade de
desafiar e motivar o aprendiz, envolvendo-o em uma competio com a
mquina ou entre os alunos.
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Exerccio e Prticas (ou Exercitao) - esses software evidenciam a
apresentao das atividades nas quais a ao do aprendiz se restringe a virar
a pgina de um livro eletrnico ou realizar exerccios, cujo objetivo o
treinamento do usurio em certas habilidades a serem desempenhadas. As
atividades exigem apenas o fazer, o memorizar informao, no importando a
compreenso do que se est fazendo. O resultado pode ser avaliado pelo
prprio computador.
Software para construo de multimdiaso utilizados quando o aprendiz
est desenvolvendo um projeto e representa-o com uma multimdia, usando
para isso um sistema de sua autoria, podendo ser apresentado por diferentes
mdias, animaes e multimdia.Aplicativos - so programas (processadores de texto, planilhas eletrnicas,
gerenciadores de banco de dados) que no so criados especificamente para
educao, mas podem ser aproveitados para utilizao na escola.
Diante dessa classificao abordada pelos autores, percebe-se que suas
caractersticas propem de modo geral que o aluno seja um aprendiz na
conduo do seu desenvolvimento de novos conhecimentos, considerando um
ambiente digital como ferramenta a ser utilizada com os objetivos especficos aque rea de conhecimento que deve contemplar.
Na nossa pesquisa, os Aplicativos mveis que so utilizados para uso
em tablets e smartphones, possuem a distribuio em verses gratuitas e
outros que so pagos com valores a serem comercializados relativamente
acessveis. Esses aplicativos podem abranger recursos com contedos para
vrias reas de conhecimento. Assim, estimulando cada vez mais o seu
desenvolvimento, que possa contribuir nas vrias atividades do dia a dia daspessoas com em propostas que de uso que contemplem nas atividades para a
sala de aula, apoiando na abordagem na prtica pedaggica do professor.
Segundo a UNESCO (2014) existem em muitos pases desenvolvidos,
tm crescido de forma exponencial o desenvolvimento de aplicativos
educacionais, que fornecem novas ferramentas para uso em atividades
pedaggicas como anotao, clculo, redao e criao de contedo.
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Logo, nos propomos nas anlises a serem realizadas nos aplicativos,
identificarmos, caractersticas tcnicas, pedaggicas e da rea de Estatstica,
assim como procedimentos educacionais nesses software. Mesmo sabendo
que os mesmos so tecnologias recentes a serem utilizadas, para o contexto
de verificao para a sala de aula. Desse modo, no identificamos muitos
autores mais atuais, dos ltimos quatro anos, como veremos no tpico a seguir,
que contemplassem referenciais para avaliao de aplicativos. Utilizando
assim, o que a literatura nos prope com anlise do produto software.
1.8 Como analisar aplicativos de tecnologia digital
Considerando alguns desses aspectos para avaliao de software,
Vieira (1999) j apresentava, na sua Metodologia de Avaliao Elaborada para
Software Educativo, a compreenso de que avaliar um software significa
analisar a possibilidade que o mesmo apresenta para ser utilizado de forma
educacional. Assim, essa tecnologia pode ajudar o aprendiz a construir seu
conhecimento e a modificar sua compreenso do mundo em que est vivendo.
Para Vieira (1999), considerava que alm de uma base pedaggica, umsoftware dever tambm ser analisado a partir de aspectos que orientem o
usurio para sua adequada utilizao. Sendo assim a autora pontua como
aspectos tcnicos a serem considerados relevantes na avaliao de um
software:
...mdias empregadas, qualidade de telas, interfacedisponvel, clareza de instrues, compartilhamento emrede local e Internet, compatibilizao com outrossoftware, hardware e funcionalidade em rede (importaoe exportao de objetos), apresentao auto-executvel,recursos hipertexto e hiperlink, disponibilidade de help-desk, manual tcnico com linguagem apropriada aoprofessor usurio, facilidade de instalao,desinstalao e manuseio etc. (p.8).
No que diz a esse respeito sobre avaliao de software, Oliveira, Costa
e Moreira (2001) apontavam quatro categorias para analisar software
educativos: 1) Interao aluno - software educativo - professor; 2)
Fundamentao pedaggica; 3) Contedo e 4) Programao.
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Na categoria 1 destacam o papel do professor para a facilitao na
aprendizagem do aluno e a possibilidade de interao entre o software e os
usurios. Assim consideram os critrios: facilidade de uso; recursos
motivacionais; adequao das atividades pedaggicas; adequao dos
recursos de mdia s atividades pedaggicas; interatividade social e
favorecimento do papel de facilitador do professor. Para a categoria 2,
Fundamentos pedaggicos, afirmam que deve existir um guia de apoio
pedaggico ao professor acompanhando o produto, para favorecer uma
coerncia entre a teoria pedaggica escolhida pela equipe produtora do
software e a prtica pedaggica. Para a categoria 3, importante considerar os
seguintes critrios: a pertinncia do contedo; a correo do contedo; o
estado da arte; a adequao situao de aprendizagem; a variedade de
abordagens e os conhecimentos prvios. Na categoria 4, relacionada
programao, preciso considerar a confiabilidade conceitual e a facilidade de
uso de um software.
No trabalho realizado por Gladcheff, Zuffi e Silva (2001), os autores
apresentavam um instrumento com objetivo para avaliar a qualidade de um
produto de software educacional de Matemtica. Entre os aspectos relevantes
citam a adequao de se trabalhar com atividades ldicas computacionais,
observando se as mesmas envolvem a realidade do aluno. Alm disso,
incorporam os aspectos tcnicos de um software, levando alguns
questionamentos, assim como aspectos pedaggicos, para compreenso do
professor ao utilizar um produto de software educacional de Matemtica.
Autores como Gomes, Filho, Gitirana, Spinillo, Alves, Melo e Ximenes
(2002) argumentavam que muitos dos software educativos so analisados,
observando as grades de categorias utilizadas do campo da engenharia desoftware, as quais focalizam parmetros gerais relativos qualidade da
interface, coerncia de apresentao dos conceitos e aos aspectos
ergonmicos gerais dos sistemas. Assim a avaliao feita a partir da
aplicao de tabelas com critrios nos quais sero considerados aspectos
como: consistncia da representao, usabilidade, qualidade da interface,
qualidade do feedback.
Torre, Mazzoni e Alves (2002) j apresentaram aspectos referentes acessibilidade no espao digital. Para os autores, o processo da acessibilidade
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deve priorizar, tornar disponvel ao usurio, de forma autnoma, toda a
informao que lhe for franquevel no acesso a espaos digitais, um acesso
criado pelas tecnologias de informao e comunicao.
Bednarik (2002) j ressaltava a importncia da avaliao pedaggica e
usabilidade dos ambientes educacionais. O autor criou um modelo de
tecnologia de Usabilidade-Pedaggica, no qual estabelecido um questionrio
chamado TUP, desenvolvido para avaliao de ambientes educacionais.
Atayde, Teixeira e Pdua (2003) desenvolveram uma metodologia para
avaliao da qualidade de software educacional Infantil (MAQSEI), a qual
possibilita a anlise de software considerando a usabilidade, apresentado
contedo de acordo com uma proposta pedaggica.
No contexto de avaliao, Prates e Barbosa (2003) apresentaram alguns
dos principais mtodos analticos e empricos de avaliao da qualidade de um
software, como usabilidade e comunicabilidade de interfaces.
Para Prates e Barbosa (2003), alguns dos principais objetivos em se
realizar avaliao de sistemas interativos so: testes de usabilidade;
comunicabilidade e aplicabilidade, sendo estes analisar as necessidades de
usurios ou verificar o entendimento dos projetistas sobre estas necessidades;
etapa do ciclo de design; tcnicas de coleta de dados; tipo de dados coletados;
tipo de anlise; guia para o planejamento de uma avaliao.
Bassani, Passerino, Pasqualotti e Ritzel (2006) apresentam uma
propost