Paulo Otto Byer

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MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECNICA

PROJETO DE UM CALORMETRO BALANCEADO PARA ENSAIOS DE CONDICIONADORES DE AR

Rodrigo J. Costa Kolbe Orientador: Prof. Paulo Otto Beyer rea de Concentrao: Cincias Trmicas

Resumo

Este trabalho tem como objetivo projetar um calormetro do tipo balanceado para ensaios de condicionadores de ar do tipo monobloco e modular com capacidade trmica de at 60.000 Btu/h, visando a possvel construo deste equipamento em uma sala no departamento de Engenharia Mecnica da UFRGS. O trabalho envolve o dimensionamento das cmaras e dos equipamentos de compensao e comenta sobre os instrumentos necessrios para determinao da capacidade de refrigerao. A anlise terica baseada nas normas tcnicas NBR5858 (ABNT/1983), NBR13033 (ABNT/1993), e ANSI/ASHRAE 16 (1988). Alm das normas so utilizados conceitos de refrigerao, transferncia de calor e informaes de catlogos de fabricantes.

Abstract Balanced Calorimeter Design for Testing Air Conditioners

This work has as objective of designing a balanced type calorimeter for testing monoblock and modular type air conditioners with thermal capacity up to 60,000 Btu/h, aiming a possible construction of this equipment at an UFRGSs mechanical engineering department room. The work involves the sizing of the chambers and reconditioning equipment and it comments about the necessary instruments for the determination of refrigeration capacity. The theoretical analysis is based on technical standards as NBR5858 (ABNT/1983), NBR13033

2 (ABNT/1993), and ANSI/ASHRAE 16 (1988). Beyond the standards refrigeration, heat transfer concepts and manufactures catalogs are used.

PALAVRAS CHAVES Calormetro, capacidade de refrigerao, cmaras, equipamento de compensao.e

condicionador de ar.

ndice 1. INTRODUO...................................................................................................................3 2. FUNDAMENTOS TERICOS...........................................................................................4 2.1. Generalidades do calormetro............................................................................................4 2.2. Condies para o ensaio....................................................................................................5 2.3. Cmaras do calormetro.....................................................................................................5 2.4. Sistema de compensao...................................................................................................6 2.5. Clculo da capacidade de refrigerao..............................................................................8 2.6. Instrumentao...................................................................................................................9 2.6.1 2.6.2 2.6.3 2.6.4 3 Medies de temperatura...............................................................................................9 Medies de presso......................................................................................................9 Medies eltricas........................................................................................................10 Outras medies...........................................................................................................10

METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO..............................................................10

3.1. Dimensionamento das cmaras........................................................................................11 3.2. Dimensionamento do sistema de compensao...............................................................12 3.2.1. Capacidade de refrigerao..........................................................................................13 3.2.2. Capacidade de aquecimento.........................................................................................13 3.2.3. Capacidade de desumidificao...................................................................................14 3.2.4. Vazo...........................................................................................................................15 4. RESULTADOS.................................................................................................................15 4.1. Resfriador de lquido - chiller......................................................................................16 4.2. Fan coil............................................................................................................................17 4.3. Sistema de distribuio de gua.......................................................................................18 4.4. Sistema de controle..........................................................................................................20 5. CONCLUSO...................................................................................................................22 Referncias bibliogrficas........................................................................................................22

3 Anexo 1....................................................................................................................................24 Anexo 2 ...................................................................................................................................25

1. INTRODUO

A caracterstica mais importante de um condicionador de ar sua capacidade de refrigerar ou aquecer o ar, promovendo o conforto trmico ou mantendo condies determinadas em um ambiente, s custas de um consumo energtico. Deste modo existe um grande interesse por parte de engenheiros e pesquisadores em simular o comportamento destes equipamentos em laboratrio, reduzindo custos e tempo para finalizao de projetos. Uma das maneiras de determinar a capacidade trmica de condicionadores de ar atravs de ensaios em calormetros, onde alm desta caracterstica pode-se determinar a corrente eltrica, potncia eltrica consumida, temperaturas, presses e vazes de ar e comportamento do refrigerante do condicionador em ensaio. Este trabalho tem como objetivo o projeto de um calormetro do tipo balanceado para realizao de ensaios de condicionadores de ar do tipo monobloco e modular com capacidade trmica de at 60.000 Btu/h (17,6 kW). No desenvolver do trabalho ser abordado o dimensionamento das cmaras do calormetro e dos equipamentos de compensao bem como a instrumentao necessria para determinao dos dados para o clculo da capacidade trmica. Este projeto servir como base para possvel construo de um calormetro balanceado em uma sala na faculdade de Engenharia Mecnica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com a finalidade de desenvolver pesquisas e prestar servios para empresas interessadas em conhecer as caractersticas de um determinado produto ou prottipo em desenvolvimento. Atualmente pouqussimas empresas possuem meios para determinao destas caractersticas. As condies exigveis para a determinao do desempenho do condicionador so fixadas pela norma NBR5858 (ABNT,1983) e o projeto do calormetro tem como base s normas NBR13033 (ABNT,1993) e ANSI/ASHRAE 16 (1988).

4 2. FUNDAMENTOS TERICOS

2.1.Generalidades do equipamento

Calormetro do tipo balanceado um equipamento formado basicamente por duas cmaras contnuas, devidamente dimensionadas, com temperatura e umidade controladas, e instrumentao que possibilite a aquisio de dados para o clculo da capacidade trmica do condicionador em ensaio. Uma das cmaras simula o ambiente a ser condicionado, chamada de ambiente interno, a outra cmara simula o ambiente no qual calor rejeitado, chamada de ambiente externo. Estas cmaras so separadas por uma parede divisria onde posicionada a unidade a ser ensaiada. Os ambientes internos e externos so equipados com sistemas de compensao, como: aquecedores, resfriadores, umidificadores e desumidificadores, capazes de compensar os efeitos do condicionador de ar em ensaio e manter constantes a temperatura e umidade do ar nos ambientes. Alm do controle de temperatura e umidade nas cmaras de teste, o calormetro balanceado baseia-se no princpio de manter a temperatura de bulbo seco do ambiente circundante igual temperatura de bulbo seco do ambiente interno, caso este ambiente apresente um sistema de compensao completo (refrigerao, aquecimento, umidificao e

desumidificao) que possibilite tanto a determinao da capacidade de refrigerao como a determinao da capacidade de aquecimento. Esta caracterstica implica em uma menor transferncia de calor e conseqentemente um melhor equilbrio dentro do ambiente. Na figura 2.1, mostrado o desenho esquemtico de um calormetro balanceado.

Figura 2.1 - Desenho esquemtico de um calormetro balanceado. A determinao da capacidade trmica feita pelo balanceamento dos efeitos do condicionador em ensaio (refrigerao, desumidificao, aquecimento e umidificao) com as

5 medidas da energia consumida pelos equipamentos de compensao para compensar estes efeitos.

2.2.Condies para o ensaio

Os ensaios para determinao do desempenho de condicionadores de ar so regidos por padres mnimos, definidos pela norma tcnica NBR5858 (ABNT/1983). Neste trabalho sero citadas apenas as condies exigidas para determinao da capacidade de refrigerao, ensaio que ser a base para o desenvolvimento do calormetro, e como informao s condies para ensaio de aquecimento. A temperatura e umidade das cmaras devem ser mantidas constantes durante o ensaio e so especificadas conforme tabela 2.1. Tabela 2.1 - Condies exigidas para o ensaio de capacidade de refrigerao [NBR5858, 1983].Temperaturas exigidas Ensaio de refrigerao Ensaio de aquecimento Ambiente interno do calormetro Ambiente externo do calormetro Bulbo seco Bulbo mido Bulbo seco Bulbo mido 27 C Bulbo seco 19 C 35 C 24 C Bulbo seco Bulbo mido 7 C 6 C 21 C

2.3.Cmaras do calormetro

As dimenses internas das cmaras do calormetro devem ser suficientes para evitar qualquer restrio na entrada e sada de ar do condicionador em ensaio. A distncia mnima entre o condicionador as paredes e o teto deve ser de aproximadamente 1 m. A norma NBR13033 sugere dimenses internas para cada ambiente em funo da capacidade de refrigerao do condicionador. Estas dimenses so apresentadas na tabela 2.2. Tabela 2.2 - Dimenses dos ambientes do calormetro [NBR13033, 1993]. Capacidade trmica nominal mxima dos aparelhos (Btu/h) 10.236 Btu/h (3.000 W) 20.472 Btu/h (6.000 W) 30.708 Btu/h (9.000 W) 40.944 Btu/h (12.000 W) Dimenses internas propostas para cada cmara do calormetro (m) Largura Profundidade Altura 2,4 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0 2,4 3,0 3,7 2,1 2,4 2,4

6 As paredes, o teto e o piso das cmaras devem ser construdos com material de baixa condutividade trmica, de modo a evitar uma transferncia de calor superior a 10% da capacidade total do condicionador em ensaio ou superior 1023 Btu/h, para uma diferena de temperatura de 11 C entre cmaras ou entre cmara e ambiente circundante. O calor sensvel ganho atravs das paredes, teto e piso, considerando regime permanente, calculado conforme equao 2.1, abaixo:

q = UA(t e t i )Onde: q calor trocado por conduo pelas paredes, teto e piso do calormetro, em W; U o coeficiente global de transferncia de calor, em W/m2K;

(2.1)

A o somatrio das reas de todas as faces de um ambiente (externo ou interno) do calormetro, incluindo a parede divisria, em m2; te a temperatura do ambiente circundante , em C; ti a temperatura interna das cmaras, em C. O material no deve ser poroso e todas as juntas devem ser vedadas para evitar a transferncia de umidade e vazamento de ar nos ambientes do calormetro. Alm disto, as paredes, o teto e o piso das cmaras do calormetro devem ser espaadas em pelo menos em 0,3 m das paredes, teto e piso do ambiente circundante, de modo a se ter uma distribuio de temperatura uniforme em toda superfcie externa da cmara.

2.4.Sistema de compensao

Os sistemas de compensao so formados por equipamentos com capacidade para compensar os efeitos do condicionador de ar, de modo a manter as condies de temperaturas (bulbo seco e bulbo mido) exigidas e tambm a circulao do ar dentro dos ambientes do calormetro. A determinao das caractersticas dos equipamentos deve considerar a maior capacidade trmica e mxima vazo do condicionador a ser ensaiado. Para ensaios de refrigerao so necessrios os seguintes equipamentos, conforme ambiente do calormetro: No ambiente interno, o fluxo de ar ao passar pela serpentina do evaporador perde calor sensvel e latente, resultando em uma reduo das temperaturas de bulbo seco e bulbo mido. Para compensar os efeitos do evaporador da unidade em ensaio, utilizam-se aquecedores para elevar a temperatura de bulbo seco e umidificadores para elevar a temperatura de bulbo mido.

7 Estes equipamentos devem ser alimentados por alguma forma de energia que possa ser controlada e medida. No ambiente externo, o fluxo de ar ao atravessar a serpentina do condensador da unidade em ensaio aquecido, aumentando as temperaturas de bulbo seco e bulbo mido. Para compensar estes efeitos utilizam-se resfriadores e em alguns casos o auxilio de desumidificadores. A potncia dos equipamentos de compensao deve ser maior que a capacidade trmica do condicionador em ensaio, a fim de garantir o balanceamento. Para o ambiente externo alm da capacidade trmica do condicionador, deve ser levado em conta o calor dissipado pelo compressor e pelo ventilador da unidade externa, o qual pode elevar em torno de 30% a 50% a potncia necessria. Este acrscimo de potncia baseado em dados tcnicos de condicionadores de ar com capacidade trmica de at 60.000 Btu/h, e determinado pela razo entre a potncia eltrica aplicada e a potncia trmica do condicionador. Os equipamentos de compensao devem utilizar unidades de ventilao que garantam, no mnimo, duas vezes a quantidade de ar circulado pelo condicionador de ar (unidade interna) em ensaio e pelo menos uma troca por minuto de volume lquido de ar nos ambientes. Outra caracterstica destes equipamentos prover uma velocidade mxima do ar de 0,5m/s aproximadamente 1 m do condicionador em ensaio, afim de no causar nenhuma restrio ao fluxo de ar do condicionador. A velocidade do ar frente do equipamento em ensaio, pode ser estimada pela equao 2.2, considerando-se uma distribuio uniforme dentro da cmara.u ec = Q Ab

(2.2)

Onde: uec velocidade do ar insuflado pelo equipamento de compensao dentro de um ambiente do calormetro, em m/s; Q a vazo de ar gerada pelo equipamento de compensao, em m3/s; Ab a rea da base do ambiente do calormetro, em m2. Alm dos equipamentos para manter as temperaturas, necessrio instalar um equipamento de equalizao de presses entre os ambientes interno e externo. Este equipamento tem a finalidade de manter o balano de presses entre os ambientes e deve ser projetado conforme ANSI/ASHRAE 16.

8 2.5.Clculo da capacidade de refrigerao

A capacidade de refrigerao do condicionador em ensaio determinada pela energia consumida pelos equipamentos de compensao para manter as condies exigidas, e calculada conforme equao 2.3, abaixo:

q tr = E r + ( hw1 hw 2 ) wr + q1 p + q1rOnde: qtr a capacidade total de refrigerao, em W;

(2.3)

Er o somatrio de toda potncia eltrica fornecida ao sistema de compensao do ambiente interno para aquecer e/ou umidificar, em W; hw1 a entalpia da gua ou vapor fornecido para manter o teor de umidade J/kg. Se no for introduzida gua durante o ensaio, hw1 obtido pela temperatura da gua nos tanques de umidificao do sistema. hw2 a entalpia do vapor dgua condensado, deixando o ambiente interno, em J/kg. Como a transferncia de vapor condensado do ambiente interno para externo feita internamente ao condicionador de ar, tornando difcil a medio de sua temperatura, deste modo a temperatura poder ser tomada como sendo igual a temperatura de bulbo mido do ar saindo do condicionador. wr o vapor de gua condensada pelo condicionador, ou seja, quantidade de gua evaporada no ambiente interno para manter a umidade requerida dentro do ambiente, medida feita no sistema de umidificao e dada em kg/s; q1p o calor transferido do ambiente interno, atravs da parede divisria , entre os ambientes interno e externo, como determinado no clculo do isolamento trmico, em W; q1r o calor transferido ao ambiente interno, atravs das paredes, piso e teto (mas no incluindo a parede divisria), em W. O efeito da perda de calor latente, desumidificao, calculado conforme equao 2.4 abaixo: q d = 2466 wr Onde: qd a capacidade de desumidificao, em kW; wr o vapor de gua condensada pelo condicionador, em kg/s. (2.4)

9 A capacidade de resfriamento calculada pela equao 2.5, abaixo: q s = qtr q d Onde: qs a capacidade de resfriamento, em W; qtr a capacidade total de refrigerao, calculada conforme equao 2.3, dada em W; qd a capacidade de desumidificao, calculada conforme equao 2.4, dada em W. 2.6.Instrumentao (2.5)

Para medio dos dados necessrios para o clculo da capacidade de refrigerao e para controle das condies exigidas para o ensaio, so necessrios os seguintes instrumentos:

2.6.1. Medio das temperaturas

Para medio das temperaturas de bulbo seco e bulbo mido nos ambientes, pode-se utilizar termmetros de mercrio, termopares ou termmetros de resistncia eltrica. A preciso destes instrumentos deve estar compreendida nos seguintes limites: a) Temperaturas de bulbo seco, bulbo mido e temperatura da gua gelada utilizada no sistema de compensao: 0,05 C. b) Outras temperaturas: 0,3 C. Em nenhum caso, o menor intervalo de graduao do instrumento de medio deve ser maior que o dobro da preciso prescrita acima. Para medio das temperaturas dos ambientes, o instrumento de medio deve ser posicionado em um local que as medies no sejam afetadas pela descarga do condicionador em ensaio ou do equipamento de compensao. Informaes adicionais sobre instrumentos para medio de temperatura so descritas na norma NBR10085 (Nov/1987).

2.6.2. Medio das presses

Para medio das presses no ambientes pode-se utilizar manmetros de coluna dgua, desde que permitam a medies de 1,25 Pa.

10 Em nenhum caso, o menor intervalo de graduao do instrumento de medio deve ser maior que o dobro da preciso prescrita acima. Para medio da presso atmosfrica deve ser utilizado barmetro com preciso de 0,1 %.

2.6.3. Medies eltricas

As medies do consumo eltrico pelos equipamentos utilizado no calormetro, podem ser realizadas com indicadores ou integradores. Estes instrumentos devem possuir uma preciso de 0,5% sobre a quantidade medida.

2.6.4. Outras medies

As medies de volume devem ser efetuadas por meio de recipiente graduado, seja em massa ou volume ou medidor de vazo. A preciso destes equipamentos deve ser de 1,0%. O recipiente graduado deve consistir de um tanque com capacidade suficiente para armazenar o fluxo de gua por pelo menos dois minutos. As medies de tempo devem ser efetuadas com instrumentos de preciso igual a 0,2% da quantidade medida. As medies de massas devem ser efetuadas com instrumentos de preciso igual a 1% da quantidade medida.

3. METODOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO

Os dados para o projeto do calormetro so baseados nas normas tcnicas NBR5858 (Associao Brasileira de Normas Tcnicas), 1983; NBR13033, 1993 e ANSI/ASHRAE 16 (American Society of Heating, Refrigerating and Air-conditioning Engineers), 1988. Para determinao das caractersticas de condicionadores de ar com capacidade trmica de at 60.000 Btu/h, utilizou-se catlogo da empresa York e Springer Carrier.

11 3.1.Dimensionamento das cmaras

O local para possvel construo do calormetro uma sala localizada no segundo piso do Departamento de Engenharia Mecnica da UFRGS, que apresenta as seguintes dimenses internas: 9,20 metros de comprimento, 5,63 metros de largura e altura de 4,40 metros. Devido s exigncias das normas, em se manter um afastamento de no mnimo 0,30 metros das paredes, piso e teto do calormetro em relao ao ambiente circundante, a necessidade de espao para acesso ao ambiente interno do calormetro e o espao para abertura de portas e janelas de ambos os ambientes, as dimenses externas mximas do calormetro devem ser de 7,40 metros de comprimento, 4,33 metros de largura e 3,90 metros de altura. Tendo em vista as exigncias descritas na seo 2.3., o material e espessura das paredes, piso e teto para cada ambiente do calormetro, so definidos pelo coeficiente global de transferncia de calor U, que para este caso refere-se somente a transferncia de calor por conduo, sendo a transferncia por conveco desprezvel. Os dados exigidos e o valor de U, calculado conforme equao 2.1, so apresentados na tabela 3.1. Tabela 3.1 - Dados exigidos pela norma para dimensionar o isolamento.Mxima transmisso de calor aceitvel (q) 1023 Btu/h rea total* 83,43 m2

Variao de temperatura entre os ambientes 11 C

U 0,326 W/m K2

Com base no valor de U, tabela 3.1, uma opo para o material das paredes e teto do calormetro so isopainis fabricados com chapa de ao galavanizado, calandrados com perfilado especial, no sentido longitudinal para proporcionar uma maior rigidez e preenchidos com poliestireno expandido, apresentando um coeficiente de condutividade trmica de 0,29 W/m2K. Os isopainis devem apresentar uma espessura mnima de 10 cm. Para maior rigidez do piso deve ser utilizado um piso de madeira no lugar das chapas de ao. Este piso pode apresentar aproximadamente 1 cm de espessura. Sob o piso de poliestireno, o piso de madeira deve avanar em aproximadamente 10 cm, de modo que as paredes do calormetro apiem-se sobre este. Com a finalidade de assegurar uma maior uniformidade na distribuio do ar insuflado pelos equipamentos de compensao, garantindo uma melhor homogeneizao das temperaturas de bulbo seco e bulbo mido, deve-se instalar um forro falso de chapa perfurada em ambos

12 ambientes. Este forro pode ser afastado em aproximadamente 40 cm do teto dos ambientes e apresentar uma relao de rea livre de 70%. O calormetro deve apresentar duas portas: uma localizada no ambiente interno destinada entrada dos equipamentos do tipo janela e da unidade interna de equipamentos do tipo modular e outra localizada no ambiente externo, destinada entrada da unidade externa dos equipamentos modulares. As portas devem apresentar 1,20 metros de largura por 1,80 metros de altura, podem ser construdas com o mesmo material das paredes e devem ser hermeticamente fechadas. Uma rampa com aproximadamente 30 de inclinao, deve ser construda frente de cada porta para facilitar a entrada dos equipamentos. A parede divisria deve apresentar uma abertura central, para o posicionamento de equipamentos do tipo janela. Est abertura poder apresentar no mnimo 0,8 metros de largura por 0,6 metros de altura, dimenses baseadas no maior equipamento de janela existente no mercado. Para equipamentos menores faz-se necessrio utilizao de adaptadores. Para afastar o piso do calormetro do piso do ambiente circundante (sala) podem ser utilizadas estruturas de ao que permitam a circulao de ar sob o calormetro. No cabe a este trabalho o dimensionamento desta estrutura. No anexo 1 apresentado um desenho do calormetro com as dimenses citadas acima, instalado na sala.

3.2.Dimensionamento do sistema de compensao

O dimensionamento do sistema de compensao deve ser baseado nas exigncias definidas pelas normas NBR13033 e ANSI/ASHRAE 16, conforme descrito na seo 2.4.. Para o projeto de um calormetro as normas sugerem que o ambiente interno seja provido de aquecedores e umidificadores e o ambiente externo seja provido de resfriadores, e ambos devem apresentar uma unidade de ventilao. Neste projeto ser dimensionado um sistema composto por refrigerao, aquecimento, umidificao e ventilao tanto para o ambiente interno como para o ambiente externo. Este recurso ser adotado para facilitar o ensaio de condicionador com ciclo reverso, onde em ensaio de aquecimento o ambiente interno passa a ser o ambiente externo e vice-versa. No anexo 2 apresentado o desenho de um calormetro com estes equipamentos. Nas subsees abaixo so apresentadas as capacidades trmicas e vazo necessria para que os equipamentos compensem os efeitos do condicionador em ensaio.

13 3.2.1. Capacidade de refrigerao

A capacidade de refrigerao necessria definida com base no calor rejeitado no condensador do condicionador em ensaio, que consiste no calor absorvido no evaporador mais a potncia fornecida ao compressor. Conforme ASHRAE, o calor calculado pela equao 3.1. qo = qi + q w Onde: qo o calor total liberado pelo condensador, em W; qi capacidade de refrigerao do condicionador em ensaio, neste caso a maior capacidade a ser ensaiada, em W; qw potncia requerida pelo compressor e ventilador, conforme catlogos de fabricantes est potncia equivale a aproximadamente 40 % da capacidade de refrigerao em condicionadores de ar com capacidade de 60.000 Btu/h.

(3.1)

Alm do calor fornecido pelo condensador necessrio acrescentar um fator de segurana no clculo da capacidade de refrigerao. Com base em um calormetro da empresa Springer Carrier, ser adotado um acrscimo de 50% sobre a capacidade de refrigerao do condicionador em ensaio. Desta forma a capacidade de refrigerao e os dados utilizados no clculo so apresentados na tabela 3.2. Tabela 3.2.- Dados para o clculo e resultado da capacidade de refrigerao necessria. qi 17,6 kW qw 7,0 kW Fator de segurana 8,8 kW Capacidade de refrigerao 33,4 kW (9,5 TR)

3.2.2. Capacidade de aquecimento

A capacidade de aquecimento necessria deve compensar o frio produzido pelo evaporador do condicionador em ensaio, preservando a temperatura de bulbo seco do ambiente, conforme a condio estipulada pela norma. Est capacidade ser definida considerando-se um FCS (fator de calor sensvel) igual a 1, i.e., o calor total produzido pelo evaporador calor sensvel . Com esta hiptese tem-se o mximo de calor sensvel que o condicionador poderia fornecer, caso no ocorresse

14 desumidificao do ar. Deve-se tambm adicionar um fator de segurana de 50% sobre a capacidade de refrigerao do condicionador em ensaio. Desta forma a capacidade de aquecimento e os dados utilizados no clculo so apresentados na tabela 3.3. Tabela 3.3. - Dados para o clculo e resultado da capacidade de refrigerao necessria. qi 17,6 kW Fator de segurana 8,8 kW Capacidade de aquecimento 26,4 kW

3.2.3. Capacidade de umidificao

A capacidade de umidificao necessria deve compensar a perda de umidade do ar ao passar pelo evaporador do condicionador em ensaio, preservando a temperatura de bulbo mido no ambiente. Esta capacidade ser definida com base no FCS, conforme determinao da capacidade de aquecimento, sendo que neste caso usa-se o menor FCS encontrado. Conforme ASHRAE, os sistemas devem apresentar um FCS mnimo de 0,85, i.e., 15% do total de calor produzido calor latente. Neste projeto ser adotado um FCS de 0,65 como fator de segurana, pois este valor demonstra a mxima desumidificao do ar, considerando as condies de temperaturas exigidas e efetividade da serpentina igual a 1. Assim pode-se calcular a capacidade de umidificao, conforme equao 3.2, abaixo: H = Q (W eWs ) Onde: H a capacidade de umidificao, em kg/h de gua; a densidade do ar, 1,20 kg/m3; Q a vazo de ar do condicionador em ensaio, em m3/h. Est vazo pode ser estima considerando uma vazo de 660 m3/h para cada 1TR de capacidade trmica. Est hiptese utilizada em projetos, como uma estimativa razovel. We a umidade absoluta do ar nas condies de projeto, em kg de gua / kg de ar seco. Ws a umidade absoluta do ar na sada do evaporador, em kg de gua / kg de ar seco. Considerando as condies de projeto como TBS de 27 C e TBU de 19 C e o FCS de 0,65, determina-se umidade absoluta de sada traando estes dados em uma carta psicromtrica. (3.2)

15 Desta forma a capacidade de umidificao e os dados utilizados no clculo so apresentados na tabela 3.4 Tabela 3.4 - Dados para o clculo da capacidade de umidificao necessria. 1,20 kg/m3 Q 3300 m3/h We Ws Capacidade de umidificao

0,0105 kg gua 0,0045 kg gua 23,5 kg gua/ h ou / kg ar seco / kg ar seco 23,5 L/h

A potncia necessria pode ser obtida atravs do FCS de 0,65, a qual equivale a 35 % da capacidade de refrigerao, i.e., 11,7 kW.

3.2.4. Vazo

Conforme exigncias das normas, citadas na seo 2.4, a vazo do sistema de compensao deve ser no mnimo o dobro da vazo do condicionador em ensaio e promover pelo menos uma troca do volume de ar da cmara por minuto. Ser considerado uma vazo de 660 m3/h para cada 1TR (3,5 kW) de capacidade de refrigerao, como a maior capacidade a ser ensaiada de 5 TR (17,6 kW), tem-se uma vazo de 3300 m3/h. Desta forma a vazo do sistema de compensao deve ser de 6600 m3/h. Com a vazo de 6600 m3/h e o volume interno de cada ambiente sendo de 50,2 m3, obtem-se 2,2 trocas por minutos.

4. RESULTADOS

Na seo 3.2 determinou-se as capacidades trmicas e vazo necessria que os equipamentos de compensao devem apresentar. Nesta seo ser realizada a seleo dos equipamentos, para qual primeiramente necessria a definio do sistema de condicionamento a ser utilizado. As normas NBR13033 e ANSI/ASHRAE 16 sugerem a utilizao de sistemas que utilizam gua como fludo refrigerante, pois estes sistemas proporcionam um controle mais preciso nos ambientes climatizados. Estes sistemas so formados basicamente pelos seguintes componentes: a) Unidade resfriadora de liquido, tambm chamada de chiller. b) Unidade para refrigerar o ar do ambiente, como opo um fan coil.

16 c) Sistemas de distribuio da gua. d) Sistema de bombeamento para manter a presso no sistema. e) Sistema de controle. Neste sistema a gua resfriada no chiller ento escoa pela tubulao, aumentando a presso ao passar pela bomba e ento segue para serpentina do fan coil onde troca calor com o ar do ambiente. O controle da temperatura nos ambientes realizado pela variao da vazo de gua na serpentina.

4.1.Resfriador de liquido - chiller

O calor que chiller deve retirar da gua, considerando um sistema ideal, deve ser igual ao calor transferido para a gua ao passar pela serpentina do fan coil. Neste caso, conforme capacidade de refrigerao determinada na seo 3.2.1.o chiller deve apresentar uma capacidade de 9,5 TR (33,4 kW). Para esta capacidade selecionou-se um chiller modelo 30AJ 010. Este equipamento um resfriador de pequena capacidade com condensao a ar, fabricado pela empresa Springer Carrier. As caractersticas gerais deste modelo so apresentadas na tabela 4.1. Tabela 4.1 Caractersticas do chiller selecionado.

Com relao performance do equipamento, este apresenta uma temperatura da gua na sada igual a 7 C e uma temperatura na entrada de 12 C, uma vazo no evaporador de 5,79 m3/h e uma capacidade de refrigerao de 33,7 kW, considerando a temperatura de bulbo seco do ambiente igual a 35 C.

17 4.2.Fan coil

O fan coil deve apresentar um mdulo de ventilao que fornea uma vazo de aproximadamente 6600 m3/h e um trocador de calor com capacidade de refrigerao de 9,5 TR. O equipamento deve permitir o acrscimo de um mdulo com resistncias eltricas destinadas a manter a temperatura de bulbo seco no ambiente interno. As resistncias devem apresentar uma potncia de aquecimento total de aproximadamente 26,4 kW. O equipamento ser selecionado por um procedimento adotado pela empresa Bryant, as equaes e grficos utilizados para o clculo esto disponvel no catlogo tcnico do fabricante. Os dados necessrios para seleo so apresentados na tabela 4.2. Tabela 4.2.- Dados necessrios para seleo do fan coil.Dados:

Carga trmica : 9,5 TR (33,4 kW) Vazo de ar: 6600 m3/h Condies de entrada do ar: TBSae: 35 C TBUae: 24 C Condio de sada do ar: TBSas: 19,5 C

Temperatura da gua na entrada: 7 C Temperatura da gua na sada: 12 C Presso atm local : 760 mm Hg Velocidade de face: < 2,6 m/s Velocidade de descarga: < 10 m/s Perda de presso hidrulica: < 5,0 mca

Com base nos dados acima foi selecionado o fan coil modelo ITS 10E3V1220 8CN. Na tabela 4.3 so apresentadas algumas das caractersticas deste modelo. Tabela 4.3.- Caractersticas do fan coil modelo ITS 10E3V1220 8CN.Caractersticas :

Vazo de ar: 6800 m3/h rea de face: 0,824 m Velocidade de face: 2,2 m/s N de filas : 3 N de circuitos: 8 Tubos dimetro: 5/8 " Velocidade da gua na serpentina: 1,19 m/s Perda de presso hidrulica: 2,6 mca Condies do ar na sada: TBSas : 19,0 C TBUas : 16,7 C

Tipo de descarga: ascendente

Dimenses : Largura: 1600 mm Profundidade : 710 mm Altura: 1340 mm

Este fan coil permite o acoplamento de um mdulo de aquecimento, o qual deve apresentar um banco de resistores que totalizem a potncia de 26,4 kW. Uma opo de configurao disponvel no catalogo do fabricante Bryant, tabela 4.4, o aquecimento deve ser realizado em dois estgios de 13,5 kW cada , totalizando 27 kW.

18 Tabela 4.4 - Configurao do banco de resistores.

Alm do banco de resistores o fan coil pode ser provido de um equipamento de umidificao por resistncias eltrica. Estes umidificadores so compostos por um recipiente de ao inox, resistncias blindadas para imerso e um sistema de alimentao de gua feita atravs de uma pequena caixa dgua com controle de nvel por bia mecnica. As resistncias devem apresentar uma potncia de 11,7 kW obtendo uma capacidade de umidificao de 23,5 L/h. Com os mdulos determinados a montagem do fan coil deve obedecer a seguinte configurao, conforme ilustrado na figura 4.1.1 2 3 4

Figura 4.1 - Configurao dos mdulos do fan coil. O mdulo de ventilao fornecido pelo fabricante com uma sanfona de lona no ventilador para conexo do duto. Nesta lona deve ser conectado um duto quadrado de 315 mm de largura por 1700 mm de comprimento, com a finalidade de o ar ser descarregado na zona entre o forro falso e teto do ambiente.Alm do tudo na descarga do ventilador, deve ser acrescentado um duto no retorno do ar, para tentar manter uniforme a temperatura do ar na cmara.

4.3. Sistema de distribuio de gua.

O sistema de distribuio deve ser de dois tubos, este sistema se caracteriza por no permitir a alimentao de gua gelada e gua quente simultneas, sendo neste projeto a serpentina do fan coil utilizada somente para refrigerao. O retorno do sistema dever ser do tipo reverso, o qual garante a mesma perda de carga para as duas unidades do fan coil. O dimetro da tubulao pode ser determinado levando em considerao a velocidade mxima do escoamento de 2 m/s. Para um dimetro nominal de 1 e vazo no evaporador do

19 chiller de 5,79 m3/s , a velocidade de escoamento fica em torno de 1,41 m/s. A tubulao dever ser de ao galvanizado e isolada termicamente. Para o clculo da perda de carga ser considerado o sistema distribuio apenas para um fan coil, lembrando que estes equipamentos no funcionaro ao mesmo tempo. O comprimento total de trechos retos ser de 40,2 metros, mais 8 joelhos de 90, uma vlvula trs vias e uma vlvula de reteno. Um diagrama do sistema apresentado na figura 4.2.

M

FAN COIL 6m

CHILLER

Figura 4.2 - Diagrama do circuito de gua para o clculo da perda de carga. A altura de recalque de 6 metros, a altura de suco zero, pois o chiller se encontra na altura da bomba. A perda de carga no evaporador de 5,8 mca e na serpentina do fan coil de 2,6 mca. Aplicando as equaes descritas no manual tcnico do fabricante de bombas Scheneider S.A, encontra-se a altura manomtrica de 18,2 mca e um NPSHd de 10,2 mca. Para estes requisitos, as curvas da bomba selecionada, uma Schneider BC-91S, apresentado na figura 4.3.

Figura 4.3 - Curvas caractersticas da bomba selecionada.

20 Um tanque de expanso com aproximadamente 10 litros, deve ser instalado no ponto mais alto da tubulao, com um duto conectado neste ponto e outro conectado antes da bomba, a fim de evitar a presena de ar no escoamento.

4.4. Sistema de controle A potncia de refrigerao transferida ao ar do ambiente externo do calormetro proporcional a vazo de gua gelada circulando na serpentina do fan coil, com a finalidade de manter as temperaturas exigidas pela norma no ambiente, faz-se necessrio o seu controle. O controle da vazo de gua pode ser realizado pela incluso de vlvulas no sistema de distribuio. Uma opo a utilizao de vlvulas trs vias com um by pass pela serpentina. Este sistema permite a variao do fluxo de gua gelada na serpentina, mantendo constante o fluxo do sistema. Um sistema de controle do tipo loop fechado o mais apropriado para esta situao, sendo necessrio para este sistema os seguintes componentes: a) Sensor: esse componente responsvel pela medio do valor da varivel de controle, neste caso a temperatura do ar do ambiente externo. Para este medio podem ser utilizados sensores de bulbo de platina, um PT100, preparados e posicionados conforme norma NBR10085. Estes sensores devem medir a temperatura de bulbo seco e bulbo mido. b) Controlador: uma opo utilizar controladores digitais, pois permitem processar sinais de vrios aparelhos. Desta forma este controlador pode ser utilizado para controle das resistncias de aquecimento e de umidificao. A ao de controle deve ser do tipo PID (ProportionalIntegral-Derivative), proporcionado uma resposta mais rpida e com maior preciso. c) Elemento controlado: para controlar o fluxo devem ser utilizadas vlvulas trs vias do tipo misturadoras operadas por um motor eltrico reversvel, o qual permite um posicionamento varivel. No by pass deve ser instalado uma vlvula de balano para manter o fluxo de projeto. Na figura 4.4, apresentado estes componentes, vale lembrar que este diagrama apenas demonstrativo.

21

TANQUE DE EXPANSO

FAN COIL AMBIENTE INTERNO

FAN COIL AMBIENTE EXTERNO

CHILLERM M

RESISTNCIAS AQUECIMENTO RESISTNCIAS UMIDIF ICAO

CONTROLADOR DIGIT AL

T BS - PT100 TBU - PT100

Figura 4.4 - Diagrama esquemtico do sistema de distribuio de gua.

22 5. CONCLUSO O projeto de um calormetro uma tarefa bastante complexa, pelo fato de existirem poucas informaes a respeito e tambm pela necessidade de grande conhecimento prtico na rea de refrigerao, principalmente sobre condicionadores de ar. Devido a estes fatores, este trabalho se limitou apenas a duas etapas do projeto, o dimensionamento das cmaras do calormetro e dimensionamento dos equipamentos de compensao. A sala proposta para instalao apenas uma hiptese, sendo necessria a adaptao do sistema caso se utilize outra sala. Os equipamentos de compensao selecionados so apenas uma opo, sendo necessrio uma anlise de viabilidade tcnica e financeira para uma melhor escolha. Como sugesto para continuao deste fica o dimensionamento do sistema de controle e da instrumentao necessria para aquisio dos dados e o dimensionamento do sistema de climatizao do ambiente circundante.

Referncias bibliogrficas

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23 10. York, 2002, Catlogo Eletrnico Junho 2002, Brasil. 11. www.springer.com.br/produtos.

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Anexo I

AMBIENTE INTERNO

AMBIENTE EXTRNO VISTA SUPERIOR

VISTA EM CORTE

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Anexo 2

Ambiente Externo

Ambiente Interno

Umidificador Aquecedor Resfriador Equipamento de compensao