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Pauta FENTECT 2013 Cláusula Comentário 1 Devolução dos dias descontados da greve de 2011 É uma pauta essencialmente de negociação. O TST tem entendimento de que a greve acarreta na suspensão temporária do contrato de trabalho, à luz do art. 7º da Lei 7.783/89, sendo indevido o pagamento dos dias parados. Nesse sentido, veja-se o precedente a seguir: RECURSO ORDINÁRIO EM DISSÍDIO COLETIVO. RECURSO ORDINÁRIO DA EMAE-EMPRESA METROPOLITANA DE ÁGUAS E ENERGIA S.A. GERENCIAMENTO DE PESSOAL. CLÁUSULA PREEXISTENTE EM ACORDO COLETIVO DE TRABALHO IMEDIATAMENTE ANTERIOR.(...) RECURSO ORDINÁRIO DO SINDICATO DOS ELETRICITÁRIOS. GREVE. COMPENSAÇÃO DOS DIAS DE PARALISAÇÃO. A Seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Superior do Trabalho firmou posicionamento no sentido de que, conquanto não abusiva, a greve suspende o contrato de trabalho, conforme o art. 7º da Lei nº 7.783/89. Parte-se da premissa de que embora reconhecido o direito de greve, os trabalhadores sujeitam-se ao risco da paralisação da prestação de serviços, na forma da lei. Em virtude da suspensão do contrato de trabalho, é possível deferir o pedido de desconto dos dias de paralisação, ressalvadas as hipóteses de o empregador contribuir decisivamente, mediante conduta recriminável, para que a greve ocorra, como no caso de atraso do pagamento de salários, por exemplo, ou no caso de lock-out e de acordo entre as partes. (...) ( RO - 2011300-94.2010.5.02.0000 , Relator Ministro: Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento: 15/04/2013, Seção Especializada em Dissídios Coletivos, Data de Publicação: 19/04/2013) (Destacou-se) Ocorre que no ano de 2011 a greve não foi declarada abusiva. No caso concreto, caso fosse aferida a responsabilidade dos trabalhadores e da Empresa, é possível estabelecer eventual responsabilidade concorrente. No entanto, a jurisprudência não favorece tal diálogo, sendo que eventual mudança (pagamento por parte da ECT) se dá exclusivamente em âmbito negocial. 2 Reajuste Salarial O reajuste salarial – reposição de perdas salariais, mas aumento real e a discussão de aumento linear serão

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Pauta FENTECT 2013

Cláusula Comentário

1 Devolução dos dias descontadosda greve de 2011

É uma pauta essencialmente de negociação. O TST tementendimento de que a greve acarreta na suspensãotemporária do contrato de trabalho, à luz do art. 7º da Lei7.783/89, sendo indevido o pagamento dos dias parados.

Nesse sentido, veja-se o precedente a seguir:

RECURSO ORDINÁRIO EM DISSÍDIO COLETIVO.RECURSO ORDINÁRIO DA EMAE-EMPRESAMETROPOLITANA DE ÁGUAS E ENERGIA S.A.GERENCIAMENTO DE PESSOAL. CLÁUSULAPREEXISTENTE EM ACORDO COLETIVO DETRABALHO IMEDIATAMENTE ANTERIOR.(...)RECURSO ORDINÁRIO DO SINDICATO DOSELETRICITÁRIOS. GREVE. COMPENSAÇÃO DOSDIAS DE PARALISAÇÃO. A Seção de DissídiosColetivos do Tribunal Superior do Trabalho firmouposicionamento no sentido de que, conquanto nãoabusiva, a greve suspende o contrato de trabalho,conforme o art. 7º da Lei nº 7.783/89. Parte-se dapremissa de que embora reconhecido o direito degreve, os trabalhadores sujeitam-se ao risco daparalisação da prestação de serviços, na forma da lei.Em virtude da suspensão do contrato de trabalho, épossível deferir o pedido de desconto dos dias deparalisação, ressalvadas as hipóteses de o empregadorcontribuir decisivamente, mediante condutarecriminável, para que a greve ocorra, como no caso deatraso do pagamento de salários, por exemplo, ou nocaso de lock-out e de acordo entre as partes. (...) ( RO - 2011300-94.2010.5.02.0000 , Relator Ministro:Márcio Eurico Vitral Amaro, Data de Julgamento:15/04/2013, Seção Especializada em Dissídios Coletivos,Data de Publicação: 19/04/2013) (Destacou-se)

Ocorre que no ano de 2011 a greve não foi declaradaabusiva. No caso concreto, caso fosse aferida aresponsabilidade dos trabalhadores e da Empresa, épossível estabelecer eventual responsabilidadeconcorrente. No entanto, a jurisprudência nãofavorece tal diálogo, sendo que eventual mudança(pagamento por parte da ECT) se dá exclusivamenteem âmbito negocial.

2 Reajuste Salarial O reajuste salarial – reposição de perdas salariais, masaumento real e a discussão de aumento linear serão

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objeto da própria discussão da Federação no CONREP.Apenas a título de sugestão, tem-se que a reposiçãoinflacionária os índices oficiais do IBGE são bonsparâmetros. Vale dizer que no ano passado tanto aMinistra Conciliadora quanto a Ministra Relatora seutilizaram de tais índices para deferir a revisão (6,5%).Vale dizer ainda após a vigência da Lei n.º 10.192/01, oTST passou a não deferir, em dissídio coletivo, o índiceinflacionário do período, por entender que o reajuste nãopoderia estar atrelado a índice de preços, diante davedação do art. 13, admitindo reajustar os salários empercentual ligeiramente inferior aos índicesinflacionários medidos pelo IBGE, tendo em vista que,no § 1º desse dispositivo, a possibilidade de reajuste épermitida. Ademais, a revisão geral da remuneração encontraguarida constitucional, nos termos do 37, X, daConstituição Federal, aplicável por analogia aosEmpregados Públicos.§ 1º – Gatilho – Vedação do art. 13 da Lei 10.192/01. Noentanto, se for negociado o gatilho e aceito pelaEmpresa, é possível que o mesmo prevaleça, desde queacordado.§ 2º - Piso Salarial – Matéria de Acordo Coletivo§ 3º – Incorporação de Planos Econômicos – Matéria deAcordo Coletivo. Há bastante tempo a jurisprudência doTST é contrária à incorporação de tais planos. § 4º – Isonomia Salarial – Tem-se aqui que a isonomia épressuposto constitucional. Ademais, a Constituição vedaa distinção de trabalho técnicos, manuais ou individuais(Art. 7º, XXXII). É possível discutir em face da mesmaatividade.§ 5º Adicionais – os adicionais estão vinculados ao graude intensidade, para os fins de pagamento, de acordocom as normas atinentes à questão. Apenas, comoexemplo, a Norma Regulamentadora 15, do MTE, quetrata dos graus de insalubridade e a NR-16, que trata dapericulosidade. Em tempo, não existe ainda, qualquertipo de regulamentação acerca do adicional depenosidade. No entanto, a negociação coletiva permiteum pagamento de percentual a maior do que determina aregra ministerial.§ 6º – Incorporação e Correção do Diferencial deMercado – A correção será medida em face do reajuste aser concedido. A incorporação e equiparação necessitamde negociação coletiva. Há notícias de sentençasfavoráveis à equiparação, mas nunca à incorporação, porse tratar, no entendimento dos juízes, de parcelatransitória.§ 7º - Concessão de STEP´s. Negociação coletiva. OJudiciário veda a concessão de steps com aumento deremuneração, pelo disposto na Súmula 339 do STF.

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Negociação Coletiva.§ 8º – Correção de defasagem. Intrínseca ligação com oreajuste a se concedido. Vinculação do percentual a todasas parcelas remuneratórias.§ 9º – Matéria de negociação coletiva. Gratificaçõesde função podem ser incorporadas se exercidas pormais de 10 (dez) anos. Súmula 372 do TST1 Vantagenstransitórias não são passíveis de incorporação.

3 Antecipação de Férias Caput – Negociação Coletiva. A sentença normativacontém prazo a menor para a antecipação de modo que anegociação pode elastecer tal prazo, bem como o própriovalor a ser antecipado. Há, na pauta, duas referências aovalor a ser adiantado. No caput a referência é aremuneração completa e no § 2º, salário base,anuênios/quinquênios, IGQP incorporado e gratificaçãode função e demais adicionais, se for o caso. § 1º – Convenção 132 da OIT – o cumprimento éobrigatório no Brasil, em face do Decreto Presidencial nº3.197/99.§ 2º Referência do adiantamento – Entendo que aquideve haver um único parâmetro, conforme já dito noscomentários ao caput. Trata-se de negociação, de modo aelastecer o prazo e as parcelas remuneratórias incluídasnesse adiantamento.§ 4º – redação idêntica na Sentença Normativa – garantira sua manutenção.§ 5º – redação bem parecida – A diferença de 10 diascom a sentença normativa pode ser objeto de negociaçãocoletiva.§ 6º – redação bem parecida com a sentença normativa.A diferença aqui é que a divisão de férias, de acordo coma sentença normativa, se dá com a diferença mínima de30 (trinta) dias. A referida cláusula é mais benéfica doque o art. 134, § 2º da CLT.§ 7º – redação idêntica à sentença normativa –manutenção da mesma.§ 8º – matéria afeta à negociação coletiva – organizaçãodo trabalho.§ 9º – Férias em período escolar para estudantes – Paramenores de 18 anos – art. 136, § 2º da CLT. Pais e mães– negociação coletiva.§ 10º – Art. 136 da CLT,§ 1º - § 1º – Os membros deuma família, que trabalharem no mesmo estabelecimentoou empresa, terão direito a gozar férias no mesmo

1Gratificação de Função - Supressão ou Redução - Limites

I - Percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justomotivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação tendo em vista o princípio da estabilidadefinanceira. (ex-OJ nº 45 - Inserida em 25.11.1996)

II - Mantido o empregado no exercício da função comissionada, não pode o empregador reduzir o valor dagratificação. (ex-OJ nº 303 - DJ 11.08.2003)

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período, se assim o desejarem e se disto não resultarprejuízo para o serviço. É uma garantia legal, que não está inserida na sentençanormativa. É possível a sua inserção, já que é normalegal e atinente ao respeito à entidade familiar – Art. 226da Constituição Federal

4 Gratificação de Férias O percentual de 103% deve ser negociado, em face dasimpossibilidades do TST em conceder tais percentuais,conforme já dito anteriormente. A sentença normativafala, na cláusula nº 29, o adicional de 70%, já incluído oterço constitucional.§ 1º – mesma hipótese do caput. Negociação coletiva. § 2º – mesma redação da sentença normativa – garantir amanutenção§ 3º – o auxílio doença, após o 15º dia, é consideradocomo suspensão do contrato de trabalho. A priori,modifica-se o período aquisitivo. O art. 133 da CLT, emseu inciso IV, trata da hipótese de não concessão deférias se o empregado tiver percebido por seis meses,contínuos ou não, o benefício do auxílio doença. Anegociação coletiva é instrumento, por óbvio, para tentarafastar essa limitação.§ 4º – questão de negociação coletiva. Tal fato temocorrido bastante no âmbito da ECT. Ocorre que o TST,ao avaliar a questão, no dissídio de 2012, entendeu que areferida cláusula seria relevante. No entanto, por se tratarde ônus ao empregador, levou a questão para anegociação coletiva. Tal pauta é importantíssima para evitar que trabalhadoresfiquem sem receber quando da divergência entre osmédicos do INSS e da ECT.

5 Adicional Noturno A sentença normativa estabelece o acréscimo de 60%, oque já é superior aos 20% do art. 73 da CLT. Qualqueraumento além disso é matéria de negociação coletiva.Entendimento do TST no DC 8981-76.2012.5.00.0000.§ 1º – A sentença normativa considera com trabalhonoturno aquele desenvolvido entre 20:00 hs e 6:00 hs dodia seguinte, o que é um avanço em relação ao art. 73, §2º da CLT. A pauta é legítima, mas somente alcançávelpor intermédio da negociação coletiva. Sugiro verificar aquantidade de trabalhadores que trabalham após essehorário, para fins de verificação econômica do impacto, § 2º Incorporação. Há precedentes do TST que invocama impossibilidade de incorporação por se tratar de algotransitório, em condições anômalas de trabalho. Noentanto, é possível negociar, até em razão daquelestrabalhadores que tem a referida jornada como comum.Matéria de negociação coletiva § 3º – Negociação coletiva. A sentença normativa, noscasos de licença médica, limita aos primeiros 15 dias, emrazão da suspensão posterior. No caso, a licença médica

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é momento em que o trabalhador mais necessita demeios para a sua subsistência. Dessa forma, amanutenção do adicional noturno teria como escopo oprincípio da manutenção da estabilidade financeira. Nosoutros pontos, a redação é bem parecida com a pauta,razão pela qual se requer a manutenção.

6 Ajuda de Custo na Transferência Pela sentença normativa, o valor da ajuda custo só édevido quando a transferência é pela necessidade doserviço. Em casos de transferências a pedido, deve-seaveriguar o motivo. Em muitas ocasiões, a transferênciase dá por motivo de doença, em decorrência do própriotrabalho. No entanto, também é matéria de negociaçãocoletiva em face do próprio julgamento anterior.§1º – Despesas pelo Empregador na transferência pelanecessidade do serviço – Art. 470 da CLT. §2º – Negociação coletiva §3º – Pauta de negociação coletiva. A não adaptação nãoé prevista legalmente e nem o retorno do trabalhador.§4º – Transferência com anuência – Art. 469 da CLT –Possibilidade de inclusão no acordo coletivo.§ 5º – Pauta de negociação coletiva – manutença dasaúde do trabalhador – Art. 6º da Constituição Federal. §6º – Pauta de negociação coletiva, pelo impactofinanceiro. Detalhe importante. A concessão de eventualadicional especial tem como escopo uma reparaçãomínima pela lesão decorrente da atividade laborativa.§ 7º – Pauta de negociação coletiva – Organização dotrabalho. Sugestão; Estudo prévio de demandas em cadaturno.

7 Antecipação de 50% daGratificação Natalina

Há diferenças de percentuais entre a sentença normativa– cláusula 8 – e a pauta de negociações. A primeira delasé que a sentença normativa tem dois prazos para aconcessão de tal antecipação, que se referem àinexistência de gozo até o mês de junho do ano correntee outro que a antecipação somente será devida entre osmeses de janeiro a novembro.O parágrafo único tem uma pequena diferença,justamente na limitação da antecipação. A matéria é denegociação coletiva.

8 Anuênios Percentual diferenciado 2% - Negociação Coletiva. A extensão a anistiados tem como escopo levar a efeito oentendimento contido no ADCT (Art. 8º) e da própriaLei 10.559/2002, com aplicação supletiva, no sentido derecompor o status anterior. Negociável. O momentotambém parece propício em face da aprovação da Anistiano Congresso Nacional.

9 Gratificação de Quebra de Caixae Seguro Mensal

Equiparação ao Banco do Brasil – A jurisprudência temreconhecido aos trabalhadores da ECT alguns direitosatinentes à jornada, mas não a equiparação aos bancários.

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Questão da base sindical. Pauta de negociação coletivaSeguro mensal é importante não só para o trabalhador,mas também para a própria Empresa. Verificar o impactofinanceiro.

10 Seguro Integridade Pessoal Matéria de negociação coletiva. Ponto de grande valorpara o trabalhador, em face dos notórios assaltos.Sugestão: fazer um levantamento do número de assaltosàs agências e aos Empregados e fazer um estudofinanceiro de viabilidade do acerto de seguros.

11 Horas Extras Imediata contratação de trabalhadores: sugestão para anegociação: fazer um levantamento da necessidade deserviço para determinar uma pauta de quantidade decontratações.§ 1º Pauta de negociação. É um ponto viável, em face dopróprio planejamento da Empresa. Redação parecidacom a compensação de eventuais dias de paralisação.§ 2º Constituição informa que o valor da hora extra é nomínimo de 50% a maior. A existência de um ônus insereo debate em negociação coletiva.§ 3º Situação idêntica ao § 2º.§ 4º – A hora extra integra tais parcelas caso sejahabitual. Entendimento dos Tribunais Pátrios.§ 5º - redação parecida com a redação do ParágrafoÚnico da Cláusula 31 da sentença normativa. O sentido,nos parece, é que a liberação não seja parâmetro paracompensação em horas extras posteriores.§ 6º – A jurisprudência entende pela impossibilidade deincorporação de hora extra. No entanto, há indenizaçãopor sua supressão após um ano de trabalho – Súmula2912 do TST. Matéria para a negociação coletiva

12 Pagamento de Salários O art. 459, § 1º, da CLT informa que em pagamentoestipulado por mês, este deve ser feito até o 5º dia útil.Em tese, a Empresa age de forma correta. Assim, disporsobre um pagamento parcial até o 10º dia útil e o restanteno último dia deve ser matéria de negociação coletiva.§1º – Matéria de negociação coletiva.§2º – Art. 462 da CLT. Ao Empregador é vedado odesconto. Em caso de pagamento indevido, o descontosomente é possível mediante acordo e sem qualquer tipode comprometimento da margem consignável.§ 3º – Matéria de Negociação coletiva

13 Não ao trabalho nos fins desemana e feriados

A referida cláusula tem um impacto interessante noplanejamento da empresa. A necessidade de trabalho nos

2Supressão do Serviço Suplementar - Indenização

A supressão, pelo empregador, do serviço suplementar prestado com habitualidade, durante pelo menos um ano,assegura ao empregado o direito à indenização correspondente ao valor de um mês das horas suprimidas para cada anoou fração igual ou superior a 6 (seis) meses de prestação de serviço acima da jornada normal. O cálculo observará amédia das horas suplementares efetivamente trabalhadas nos últimos 12 (doze) meses, multiplicada pelo valor da horaextra do dia da supressão.

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finais de semanas e feriado perpassa por um melhorplanejamento e organização das demandas dostrabalhadores.A incorporação esbarra no fato de não ser gratificação defunção, sendo entendido pela jurisprudência trabalhistaque somente essa se incorpora após o período de 10anos.Assim, é matéria de negociação coletiva. Como em todosos pontos econômicos, é importante se cercar de dadosconcretos da Empresa, par aferir se tal incorporaçãoimpactará sobremaneira das finanças.§1º – em regra, o trabalho no feriado é vedado. art. 70,da Consolidação das Leis Trabalhistas, e com os arts. 1ºda Lei 605/49 e 1º do seu Decreto Regulamentador(27.048/49).A cláusula 58 da sentença normativa trata do percentualde 200%. Negociação coletiva para o aumento do valor,eis que acarreta ônus financeiro.§ 2º- 2 dias de folga. A sentença normativa invoca osdois dias posteriores para a folga. No caso, a pautainforma em dois dias à escolha. É matéria de negociação,uma vez que o Tribunal sempre leva em conta aorganização do serviço.§3º – Matéria afeta à negociação coletiva

14 Gratificação isonômica defunção

Negociação coletiva – Estudo de viabilidade financeirada proposta. Art. 7º, XXXII da Constituição Federal.§ 1º – Negociação coletiva§ 2º – Nos parece que a gratificação é por função. Nessecaso, se a função não é realizada, não há substrato para amanutenção do pragamento. No entanto aqui, é possível,à luz do art. 468 da CLT e 7º, VI, da Constituição Federal– Princípio da irredutibilidade financeira. Súmula 372 doTST.§ 3º – Aqui nos parece algo similar à ajuda de custo portransferência por necessidade do serviço. Se amotorização ocorre por necessidade da Empresa, o custoda habilitação, por óbvio, é seu. Interessante ponto paranegociação§4º – O abono se dá pelo fato de que a atividadecontinuará sendo exercida pela necessidade do serviço.Assim, a renovação, que não tem como ser feita emperíodo fora da jornada, deve ser abonada. Matéria denegociação.§ 5º ao § 9º – Todos são matérias de negociação coletiva.Especial atenção para o § 8º, em face da representaçãosindical desses trabalhadores – Telecomunicações.

15 Referente aos TrabalhadoresOTT

Necessária diferenciação do peso entre trabalhadoreshomens e mulheres, sendo que das mulheres deve sernitidamente menor que a dos homens (NR 17) 17.2.5. Quando mulheres e trabalhadores jovensforem designados para o transporte manual de cargas, o

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peso máximo destas cargas deverá ser nitidamenteinferior àquele admitido para os homens, para nãocomprometer a sua saúde ou a sua segurança.No DC não ficou expresso o peso máximo, ou adiferenciação de peso entre homens, mulheres etrabalhadores jovens.Foi indeferido o §4º, sobre o intervalo de 10 min a cada50 min.Observação: Referencia cláusula 68A NR 17 faz expressa referência a esse intervalo, noentanto faz menção à ressalva de acordo coletivo.

16 Referente a Categoria de TIC Cláusula indeferida no Acordo afirmando-se que “amatéria é própria para ajuste entre as partes.”

Assim, a matéria deve ser negociada coletivamente.

Observe-se que o trabalho da carreira de TIC tambémgera, pela digitação e os meios digitais, risco deLER/DOT.

Nesse sentido, seria possível requerer a aplicação da NR17 c) o tempo efetivo de trabalho de entrada de dadosnão deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas,sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhadorpoderá exercer outras atividades, observado o dispostono art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde quenão exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual; d) nas atividades de entrada de dados deve haver, nomínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutostrabalhados, não deduzidos da jornada normal detrabalho;Observação: referência cláusula 73 do DC

16 - B Banco Postal Seria possível exigir uma gratificação de funçãoreferente a esses trabalhadores, que não se confundiriacom a gratificação quebra de caixa, podendo, dessemodo, ser cumuladas. §1º – Negociação coletiva – Verificação de viabilidadefinanceira.§ 2º – Negociação Coletiva§ 3º - Segurança nas agências – implementação efetivada Lei 7.102/83§ 5º – Jornada – Existem diversas ações judiciaisaplicando jornada de 6 horas aos ecetistas.

RECURSO DE REVISTA. ECT. BANCO POSTAL.JORNADA DE TRABALHO DOS BANCÁRIOS. Nãose busca equiparar as agências dos correios que exercem afunção de “Banco Postal” aos estabelecimentos bancários,até porque há uma cumulação da atividade postal essencial

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com a bancária básica. Entretanto, é incontestável que osempregados dos bancos, das empresas de crédito e dos“Bancos Postais” estão submetidos às mesmas condiçõesde trabalho a permitir a equiparação de jornada diária deseis horas. Recurso de revista de que se conhece e a que sedá provimento. RR - 42000-26.2009.5.15.0044 – Rel. Min. Pedro PauloManus.§ 6º – Lei de Acesso à Informação – 12.527/11§ 7º e § 8º – Negociação coletiva. O que não se podepretender é que o trabalhador assuma o custo de notasfalsas quando não é perceptível a sua identificação.Risco da atividade.§ 9º – Negociação coletiva – Descanso parecido com osdos caixas bancários.Possibilidade jurídica do pedido, especialmente ancoradona NR 17.

17 Fim da Terceirização Não há inviabilidade jurídica do pedido. A AssessoriaJurídica Nacional tem ação ajuizada nesse sentido(Processo 0001373.2012.013.10.00.1 – TRT da 10ªRegião).Cadastro de reserva de concursados – Importante paraevitar a contratação de Empresas Interpostas.

18 Não à privatização da ECT Importante frisar que a ECT é empresa públicaresponsável pelo monopólio postal. Art. 22, V, CF/88,Lei nº 6.538/78 e ADPF 46/DF (STF).

19 PLR É preciso que a PLR observe os requisitos legais (Lei nº10.101/2000), caso contrário não pode ser consideradacomo tal. Houve ajuizamento de ação nesse sentido.Especial atenção para os critérios legais.A sentença normativa tem um ponto extremamenteimportante. Cláusula 43 - PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS ERESULTADOS – PLR - A Empresa se compromete anegociar a PLR - Participação nos Lucros e Resultados coma participação da FENTECT, em conformidade com a Lei10101, de 19 de Dezembro de 2000. Tal cláusula deve ser mantida, no sentido de se evitarqualquer divisionismo na negociação. Existência daFINDECT acaba por minar a negociação una. Daí anecessidade de manutenção da cláusula.Eventual imposição de multa pode ser encampada.

20 Pagamento de diárias Não se vislumbrou qualquer impossibilidade jurídica dopedido.Ocorre que todas as cláusulas devem ser negociadas.Nesse ponto é importante avaliar que qualquerdeslocamento é válido para a diária, independentementede ser na mesma Diretoria Regional

21 Vale-alimentação Nenhuma inviabilidade jurídica encontrada. Os valoresdevem acompanhar os reajustes que eventualmente

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venham a ser negociados.Concessão de talões extras também devem sernegociados. (itens 4, 8, 12)Reiteramos a necessidade de estudos financeiros paraque se possa provar a capacidade financeira da Empresapara a concessão desse benefício.

22 Cesta Básica Nenhuma inviabilidade encontrada.Matéria específica de negociação coletiva.

23 Auxilio-creche Observação: Já foi ajuizada ação sobre esse tema.Acrescentar ou explicitar cláusula incluindo apossibilidade de ser familiar, em detrimento da InstruçãoNormativa do INSS. Durante o ano tivemos notícias de recadastramentos emdeterminados locais do país que teriam afetado a ofertade creches para os filhos dos trabalhadores.Seria importante tentar a inclusão de alguma cláusulaque imponha o percebimento do auxílio mesmo quandonão existam mais vagas nos estabelecimentoscredenciados à ECT;Estudo de impacto financeiro e atualização de valores;§3º – A sentença normativa fala no pagamento até o anoem que o dependente for completar o sétimo aniversário.Elevar esse patamar e criar o auxílio educação dependemde negociação coletiva.§ 6§ - como sugestão, tentativa de emplacarentendimento similar ao proposto no PrecedenteNormativo a seguir, da SDC do TST:Nº 95 ABONO DE FALTA PARA LEVAR FILHO AOMÉDICO (positivo)Assegura-se o direito à ausência remunerada de 1 (um)dia por semestre ao empregado, para levar ao médicofilho menor ou dependente previdenciário de até 6 (seis)anos de idade, mediante comprovação no prazo de 48horas.Sugestão – manutenção do auxílio para trabalhadoresque tenham filhos com necessidades especiais. Taisnecessidades são perenes e necessitam de tratamentocontínuo.

24 Auxilio Casa própria Nenhuma inviabilidade encontrada. Matéria afeta ànegociação coletiva.A sentença normativa, na cláusula nº 46, informa acriação de um grupo de trabalho para tanto. Pelo vistoisso não foi levado a efeito.

25 AssistênciaMédica/Hospitalar/Odontológica

Importante frisar o papel da ECT como gestora.Impossibilidade de interpor pessoa jurídica (PostalSaúde). Colocar, como no DC, a necessidade de comissão préviade trabalhadores para avaliar qualquer mudança noplano.Garantir tratamento para reabilitados.

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No caso da sentença normativa, tem-se uma limitaçãoaos dependentes. È necessário e importante frisar que osdependentes legais não pode ser alijados da assistênciamédica hospitalar. § 1º da pautaOs demais itens impactam em uma negociação coletivadireta. É importante destacar que todos os pleitosdecorrem de uma premente necessidade de proteção àsaúde do trabalhador como seu direito fundamental,inserto no art. 6º da Constituição FederalDestacamos que o §21º não teria tanta viabilidade emface da necessidade de ciência da Empresa acerca daslicenças, até para fins de posterior envio ao INSS, se foro caso.

26 Auxílio aos dependentes dosempregados que necessitam decuidados especiais

Manter conceito amplo de dependentes.Todas as cláusulas evidenciam conteúdo social legítimo edeveras importante, razão pela qual todas podem sermantidas.§ 9º – Liberação – analogia com o Precedente Normativonº 95 da SDC.

27 Benefícios previdenciários Importante ressaltar o conteúdo do art. 2º da CLT.

28 CIPA Há itens que poderiam ser desmembrados dessa cláusulapara uma melhor negociação: §5º (EPI - bicicleta), §10º,§14º, §15º, §16º, §17º, §18º.Quanto ao §18º, é vedado pela NR 16 o trânsito com ovisor aberto, pois é questão de segurança. Os prazos de eleição devem ser negociados, porquanto aNR 5 traz prazos diferenciados (§1º)§3º e § 8º – Lei de Acesso à informação – Não háqualquer informação que seja sigilosa. Aqui também sefaz necessário o controle dos Sindicatos, até no sentidode proteção da categoria.§6º – manutenção de itens obrigatórios do trabalhadordeve ser feita pela ECTDemais itens são matérias de negociação coletiva.Conforme NR-5, a CIPA deverá ser constituída porestabelecimento.

29 Empregado Portador do vírusHIV

Requer ampliação para doenças crônicas. Intrínseca relação com a cláusula da assistência médica.Todos os itens se referem à saúde do trabalhador e deseus dependentes.

30 Fornecimento de CAT/LISA Aqui se sugere a tentativa de inserir na sentençanormativa e/ou acordo coletivo que as cat/lisa deverãoser entregues ao Sindicato sem que haja a anuência dotrabalhador para os fins de controle e assistência daprópria entidade sindical. Necessário também seria oenvio de cópias também para CIPA. NR-05 (item 5.17)

31 Itens operacionais de uso eproteção ao empregado

Possível propor uma comissão de negociaçãopermanente específica sobre esse tema.Obs: NR-06 conta com rol de calçados como EPI

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(amortecedor não está entre eles. No entanto, mostra-seimprescindível)Prazo: o empregador é obrigado a trocar o EPI tão logoperca sua função protetora.Possibilidade de enxugar o tópico.§24: mulheres devem doar sangue apenas 3 vezes aoano.Demais itens são passíveis de negociação coletiva.

32 Reabilitação profissional §8º: possibilidade de transferir para a assistência médico-hospitalar o dever de garantir em sua rede credenciadafisioterapia e demais atividades necessárias àreabilitação.A sentença normativa informa prazo de 90 dias, após ojulgamento do DC, a definição de critérios relativos àreabilitação.Verificar se isso foi feito.Sugestão de pauta: Garantir ao reabilitado que a suaremuneração não decresça, mesmo se o mesmo nãopuder fazer as mesmas atribuições anteriores.

33 Prevenção de doenças §8º: jurisprudência aceita a submissão dos atestados àhomologação. Afastamento superior a 15 dias tem queser encaminhado ao INSS por força de Lei. §9º, §11 e §12: incompatibilidade com o plano deassistência médico-hospitalar.

34 Atestado de saúde na demissão Viabilidade jurídica do pedido

35 Averiguação das condições detrabalho

§2º: fornecimento de copos descartáveis. Possibilidadede prever apenas o fornecimento contínuo de águamineral potável

36 Plantão ambulatorial Matéria atinente à negociação coletivaÉ medida importante para que seja prestado um prontoatendimento aos Empregados em caso de problemasemergenciais.

37 Convênio farmácia Viabilidade jurídica do pedido. Saúde do trabalhador.Verificar reajuste quando da aplicação de eventual índicea todas as parcelas remuneratórias.

38 Relação de empregados Importante instrumento para oferecer ao trabalhador asassistências prestadas.

39 Liberação de dirigentes sindicais § 1º – Garantia de não perseguição;§8º: possibilidade política do pedido, apesar de vastajurisprudência afirmar estabilidade apenas para 7 (sete)dirigentes e 7 (sete) suplentes.§10: tópico relacionado à anistiaMatéria restante afeta à negociação coletiva.

40 Repasse das mensalidades aoSindicato

Frisar que a Jurisprudência do TST não reconhece apossibilidade de pagamento de contribuição assistencialou mensalidade por não filiado.A jurisprudência do STF tem caminhado nesse sentido.

41 Acesso às dependências Afeta vários temas, como a liberdade de reunião, a saúde

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e integridade física do trabalhador e atuação do sindicatocomo garantidor do meio ambiente de trabalho.Importante tentar a modificação da cláusula da sentençanormativa no sentido de garantir um mínimo de acessosem a ingerência da Empresa.Destaque para o Precedente Normativo Abaixo, da Seçãode Dissídios Coletivos do TSTPrecedente Normativo nº 91: Nº 91 ACESSO DEDIRIGENTE SINDICAL À EMPRESA (positivo)Assegura-se o acesso dos dirigentes sindicais àsempresas, nos intervalos destinados a alimentação edescanso, para desempenho de suas funções, vedada adivulgação de matéria político-partidária ou ofensiva.

42 Desconto assistencial Contrário à jurisprudência. Ex.: RECURSO DEREVISTA. CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL.COBRANÇA DE TRABALHADORES NÃOASSOCIADOS AO SINDICATO.A exigência dopagamento da contribuição assistencial pelostrabalhadores não associados ao sindicato, ainda queautorizado por assembleia geral, ofende os princípios daliberdade de associação e de sindicalização, insculpidosnos arts. 5º, XX, e 8º, V, da Constituição da República.Esse é o entendimento desta Corte, consubstanciado noPrecedente Normativo nº 119 e na OrientaçãoJurisprudencial nº 17, ambos, da SDC. Recurso derevista conhecido e provido .5ºXX8ºVConstituição

(101243820125040211 10124-38.2012.5.04.0211,Relator: Dora Maria da Costa, Data de Julgamento:08/05/2013, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT10/05/2013)

43 Fornecimento de documentosbásicos

Acrescentar fundamento da Lei de acesso à informação(Lei 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011. )

44 Quadro de avisos Importante notar que no acórdão do dissídio há vedaçãoa certos temas, o que não parece correto.

45 Negociações regionais Matéria afeta à negociação.

46 Dirigentes e delegado Sindical Estabilidade para todos os dirigentes deve ser buscadapoliticamente, tendo em vista que a jurisprudência écontrária.

47 Garantia de descansoremunerado no período deamamentação

A legislação fixa o descanso em dois intervalos de meia-hora. Matéria afeta à negociação coletiva, uma vez que omínimo legal já estaria garantido

48 Assédio sexual, moral epsicológico

Aplicável a todos e não apenas às trabalhadoras.Buscar efetivação de assistência, pela Empresa, aosempregados atingidos por esses problemas.

49 Do combate, atendimento egarantias a mulher vítima deviolência doméstica

Viabilidade jurídica do pedido.

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50 Adaptação em período degravidez

§1º Prazo de 12 (doze) meses não encontra respaldo najurisprudência ou mesmo na legislação, mas cabe ànegociação coletiva o aumento dos direitos. §4º: TST entende como não obrigatória a licença 28 diasantes do parto, mas uma possibilidade.

51 Condições de trabalho da mulher Artigos 372 a 377 da CLT.

52 Licença adoção/ guarda judicial Viabilidade jurídica do pedido.

53 Saúde da mulher Viabilidade jurídica do pedido. Qualquer medida, noentanto, não pode representar diminuição salarial (art.377, CLT).

54 Participação da mulher nasdecisões da empresa

Viabilidade jurídica do pedido. Respaldo no art. 373,parágrafo único, da CLT. Torna válidas as medidasafirmativas de gênero.

55 Cursos e reuniões obrigatórios Viabilidade jurídica do pedido. §2º: direito à informação e direito ao acesso à internet.

56 Multa de trânsito A pauta acumula itens atinentes a contratação de (1)seguro de vida em grupo, de (2) seguro para veículosautomotores e (3) inerentes a responsabilidade dotrabalhador. Matéria atinente à negociação coletiva. A discussão deve girar em torno do risco da atividadeeconômica da Empresa. Em se tratando de multa notrajeto e para o cumprimento de metas, o trabalhador nãopode ser punido.Art. 462 da CLT proíbe o desconto sem a anuência doEmpregado.

57 Transporte Noturno Lembrar que, conforme descrito na pauta, trata-se dehoras in intinere. A matéria deve ser negociada, eis que a sentençanormativa traz período menor – 22:00/06:00Art. 58, § 2º da CLT.

58 Das Garantias ao EmpregadoEstudante

A pauta reúne questões de (1) proteção ao trabalhadorestudante, (2) de incentivo à capacitação e (3) de políticaremuneratória. i) manutenção da PIE – incentivo à capacitação – Pedidode revisão do PCCS. Matéria de negociação coletivo e degrande relevo social.Demais itens são dependentes de negociação coletiva, eisque a sentença normativa já garante o mínimo legal.

59 Dia do Ecetista e Folga deAniversário

Sem amparo na Legislação ou jurisprudência. Matériapassível de negociação coletiva.

60 Direito à Ampla Defesa Tem amparo na Jurisprudência (OJ 247, II, STJ). Art. 37da Constituição Federal.Resgatar a necessidade de motivação dos atos da ECT.§ 1º – Importante para a assistência do art. 8º, III, daCF/88;§ 2º – Prescrição -

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61 Acompanhante O abono deste tipo de ausência não encontra amparo naNorma Consolidada. Como esta questão influi na fruiçãode outros direitos (férias, p.ex.) é interessante observar adisciplina do Dec. 27.048/49.Há também o Precedente Normativo nº 95 da SDC:Nº 95 ABONO DE FALTA PARA LEVAR FILHO AOMÉDICO (positivo)Assegura-se o direito à ausência remunerada de 1 (um)dia por semestre ao empregado, para levar ao médicofilho menor ou dependente previdenciário de até 6 (seis)anos de idade, mediante comprovação no prazo de 48horas.A sentença normativa contém dicção mais favorável doque o PN. Acima da Súmula a negociação coletiva é a medida quese impõe.

62 Da Anistia É importante manter os pedidos. Ainda mais em umaperspectiva da publicação na nova Lei de Anistia dostrabalhadores dos Correios.

Entretanto, sugere-se especial atenção ao §3º da alínea“l”, o que poderia acarretar na autorização, à ECT, aCANCELAR “TODOS OS CONTRATOS SUSPENSOSDE DIRIGENTES SINDICAIS”.

§8º – não há amparo na legislação. O que se devegarantir é a premissa da motivação do Ato. RE 589.998

63 Licença sem remuneração A Norma Consolidada prevê a possibilidade desuspensão do contrato de trabalho para participação decurso de capacitação, mas por período inferior (ver art.476-A, CLT).

64 Licença Prêmio Sem amparo em legislação. O TST tem entendimentocontrário (v.e 134600-67.2007.5.02.0054). Matéria podeser tratada em negociação coletiva, uma vez que trazônus ao Empregador.

65 Fim do Desvio de Função eDireito à Reabilitação

Encontra amparo na Jurisprudência, mas merece reparospor aglutinar no mesmo item questões correlatas àpolítica remuneratória de cargos e funções (pagamentode gratificação) e, ainda, de estímulo à capacitação.Interessante tratar em separado de tais questões. Desvio de função – reconhecimento judicial acarreta nopagamento das diferenças, mas impõe, necessariamente,no fim do desvio de função.

Resolução nº 118 INSS - Dispõe sobre oencaminhamento de clientela à ReabilitaçãoProfissional

Art. 1º Definir como clientela a ser encaminhada àReabilitação Profissional, por ordem de prioridade:

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I - o segurado em gozo de auxílio-doença, acidentário ouprevidenciário;II - o segurado sem carência para auxílio-doençaprevidenciário, portador de incapacidade;III - o segurado em gozo de aposentadoria por invalidez;IV - o segurado em gozo de aposentadoria especial, portempo de contribuição ou idade que, em atividadelaborativa, tenha reduzido a sua capacidade funcionalem decorrência de doença ou acidente de qualquernatureza ou causa;V - os dependentes dos segurados; eVI - as Pessoas com Deficiência - PcD.

66 Inovações tecnológicas § 1º – impossibilidade de demissão. A lei não estabelecequalquer estabilidade. No entanto, as inovaçõestecnológicas podem acarretar em problemas deadaptação do empregado. Assim, a demissão se tornariainjusta.No entanto, é matéria O § 3º faz referência ao cargo detele-impressoras. Cargo em extinção. Súmula 51 do TST.Garantir condições mínimas de trabalho.Cláusula correspondente a de nº 32 na SentençaNormativa.

67 Registro de ponto Cláusula comenta sobre marcação em cartão de ponto. Tolerância de 15 minutos diários. A lei estabelece 10minutos, sendo 5 antes e 5 depois da jornada. Sentençanormativa fixou uma tolerância adicional de 5 (cinco)minutos em cada início de turno, limitada a 4 vezes porsemana.Matéria de negociação coletiva – 15 minutos – mínimolegal garantido.§4º A jornada legal é de 44h semanais, mas nada impedeo acordo para jornada de 30h.Indagação: há Ponto eletrônico na Empresa?Cláusula correspondente a de nº 54 na SentençaNormativa.

68 Não à sobrecarga de trabalho.Redução da Jornada.

A jornada legal é de 44h semanais, mas nada impedejuridicamente o acordo para jornada de 30h, a dependerda negociação coletiva.§3º Faz referência aos cargos de Operador deTelemáticos / Telégrafos. Requer jornada de 5h diárias,por legislação específica. Manutenção do status doPCCS/95, Súmula 51 do TST.§§ 4º, 6º e 7º Visa um ambiente de trabalho saudável.Verificar se na Central de Atendimento há trabalho deatendimento telefônico – Legislação específica. Jornadadiferenciada.§ 5º Abono dos dias de participação em greve. Verificarcláusula 1ª.

Cláusula correspondente: 34, 35, 57 e 59 na Sentença

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Normativa.

69 Vale Transporte/Combustível eHoras “in itinere”.

§§ 1º e 6º- Horas “in itinere” - art. 58, § 2º da CLT.Atentar-se para a efetiva implementação.§ 2º – Ticket Combustível – no valor de R$ 350,00.Obs. Na sentença normativa foi deferido o valor de R$594,68 – meios de transporte coletivo – limitado àdistância de 120 KM.§ 4º – Depósito indevido, questão de boa fé. Qualquerdesconto só pode ser feito com a devida anuência.Verificar reajuste. Análise econômica da viabilidade dopedido.Cláusula correspondente: 60 e 62 na SentençaNormativa.

70 Distribuição Domiciliária Requer a distribuição pela manhã. Cláusula plenamenteaplicável. Visa a saúde do trabalhador. Buscar a tentativade ampliação da entrega matutina não só para trêsunidades de serviço.Viabilização de um estudo de impacto na saúde dotrabalhador, no tocante às metas e no tocante ao peso ehorário de entrega.Os demais parágrafos demonstram pedidos que sãoafetos à negociação coletiva, que de toda sorte prezampela saúde do obreiro. § 1º – Peso – A sentença normativa trata de formadiferenciada.§ 2º – Entrega de documentos por força da Lei de Acessoà Informação.§ 11º – Saúde do Trabalhador.§ 12º – Treinamento – otimização do trabalho.§ 16º – tratada nas cláusulas atinentes à CAT eassistência de saúde.§ 17ª – Posição Ergonômica – NR 17Cláusula correspondente: 23 na Sentença Normativa.Observar o contido a fls. 52 da Sentença.

71 Da transferência para o serviçointerno

Pedido que visa preservar a saúde do trabalhador, bemcomo o respeito pelos trabalhadores mais velhos, atémesmo pelos idosos. Para empregados com mais de 10anos em trabalho “externo”.Indeferido na sentença normativa (fls. 82/83). Matériaafeta à negociação coletiva.

72 Fim do SAP, SARC e GCR Sistemas de Avaliações.Os Sistemas de avaliações são ferramentas da Empresa.A sua extinção depende de negociação coletiva. Sugere-se, em princípio, o estudo dos impactos dos sistemas naprodutividade e, especialmente, na saúde do trabalhador Analisar os impactos. Os critérios de avaliação devemser claros e públicos, sob pena de configurar assédiomoral.Indeferido na sentença normativa (fls. 83), justamente

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pelo entendimento do TST de que tal matéria é afeta ànegociação coletiva

73 Jornada de trabalho dedigitadores e trabalhadores emterminais computadorizados.

Mesmo entendimento exarado na cláusula 16.

74 Medidas de segurança Pedido de indenização no valor de R$ 500 mil em casode morte ou invalidez. Pensão vitalícia: poderíamos acrescentar de formagenérica “bem como aqueles que dependameconomicamente do empregado falecido ou acidentado”.Preocupação com os dependentes.Assistência jurídica, médica e psicológica a empregadose dependentes em face dos empregados assaltados ou quemorram ou fiquem inválidos em decorrência do trabalho.Acrescentar pedido para porta giratória, detector demetais (Lei 7.102/1983).Rampas para deficientes, - adequação do meio ambientefuncional. Art. 225 da CF/88Cláusula correspondente: 39 na Sentença Normativa.

75 Da transferência entre setores Juridicamente viável. Organização do trabalho.Negociação Coletiva. Art. 468 da CLT – Transferênciasomente com a anuência do trabalhador e com um prazomínimo, para que o trabalhador possa se organizar nanova sede.Verificar observação na sentença normativa (fls. 82/83)Demais itens – 2 e 3, negociação coletiva.

76 Discriminação racial e gênero Art. 3, IV, 5º, caput, 7º, XXX e XXXI, todos da CF.Cláusula correspondente: 22 na Sentença Normativa.Acrescentar possibilidade do Sindicato e da Federaçãodenunciar a discriminação e não somente o trabalhadorde fazer a denúncia, em função do próprio medo(Discriminação feita pelo Superior)Ademais, o Sindicato e a Federação, comorepresentantes da categoria (Art. 8º, III, da ConstituiçãoFederal) devem fazer a defesa, devendo ser legitimadospara tanto.- Sugestão de assistência médica/psicológica em casos dediscriminação racial e de gênero a serem custeados pelaEmpresa.

77 Concurso Público Destaque para ações afirmativas. A Constituição já prevê a reserva de vagas paraPortadores de Necessidades Especiais. Art. 37, VIII.§1º – Há projeto de lei que reserva percentual a negros,aguardando sanção da Presidente. Provocar pioneirismona Empresa§2º – negociação coletiva§3º – A Constituição já prevê, também no art. 37, quenão outra forma de acesso ao serviço público que não oconcurso.§ 4º – medida de alcance social. Incentivo à melhoria

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funcional.§ 5º – medida de alcance social. No entanto, hápermissivo legal. Art. 24, XX, da Lei 8.666/93:“Art. 24. É dispensável a licitação:

XX - na contratação de associação de portadores dedeficiência física, sem fins lucrativos e de comprovadaidoneidade, por órgãos ou entidades da AdministraçãoPública, para a prestação de serviços ou fornecimento demão-de-obra, desde que o preço contratado sejacompatível com o praticado no mercado.”

§6º: STF já se pronunciou no sentido da possibilidade deexigir teste de aptidão física. As previsões dessa naturezadevem constar no edital e na Lei que especifica acarreira. Ainda assim, o teste deve ser compatível com ocargo, razoável para a atividade a ser empreendida e comas notórias diferenças de avaliação entre homem emulher.Especificar que as contratações deverão ser feitassomente por meio do concurso público.

78 Democratização do Postalis Viabilidade jurídica do pedido.Matéria afeta à negociação coletiva

79 Do Postalis Viabilidade jurídica do pedido. Foi ajuizada ação pelaAssessoria Jurídica Nacional quanto ao saldamento doPostalis e sua gestão.A negociação de tais pontos também dependem,necessariamente, de um estudo aprofundado da situaçãoatual do POSTALIS, da sua saúde financeira e mais, dascondições de implementação dos benefícios deprevidência aos seus associados, justamente para que taispropostas, que se afiguram absolutamente legítimas,possam ser efetivamente implementadas.

80 Democratização da ARCO Viabilidade jurídica do pedido.Matéria afeta à negociação coletivaObserve-se que as cláusulas 78/80 tratam de medidas aserem implementadas com outras entidades que não aECT. Daí o porquê há a necessidade de sua modificaçãona via da negociação coletiva.Entendeu o TST que tais pedidos devem ser indeferidospor força da não participação de POSTALIS E ARCO

81 Aposentados § 1º - A cláusula 11 da sentença normativa restringe ainscrição de aposentados em período anterior a 1.1.1986,com o cadastro tão somente próprio ou docônjuge/companheiro. Aqui, viola-se a noção dedependente lega, porquanto a inscrição do aposentado –que não perde o vínculo – permite a inscrição dosdependentes.§ 2º - A Lei 9.656/1998 determina prazo de dois anos deassistência para os dependentes em caso de morte dotitular do plano, no mínimo. Um prazo maior necessita

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de efetiva negociação coletiva.A eliminação de cadastro é medida de intensadificuldade, eis que a exigência desse rol evita a fraudeou a manutenção de benefícios a quem não tem maisdireito. É procedimento recorrente em várias esferas daAdministração Pública.A concessão de referências salariais no sentido de“incentivo” à aposentadoria é matéria de negociaçãocoletiva.Multa de FGTS só é devida ao trabalhador que continualaborando. Ref: RR - 50341-10.1999.5.04.0008 (TST – 3ªTurma)Súmula 361 do TST: "a aposentadoria espontânea não écausa de extinção do contrato de trabalho se oempregado permanece prestando serviços ao empregadorapós a jubilação".

82 Cooperativas Viabilidade jurídica do pedido. No entanto, é matériaafeta à negociação coletiva, uma vez que não se trata deDirigente Sindical e nem de Delegado Sindical.

83 Eleições diretas Viabilidade jurídica do pedido.É uma medida que permite a participação efetiva doEmpregado na administração. No entanto, também ématéria afeta à negociação coletiva, porquanto aEmpresa deve tratar tais cargos como estratégicos, aponto de pretender o seu preenchimento de acordo com asua vontade

84 Negociação coletiva Equilíbrio econômico do contrato. Princípio da justiçacontratual.

85 PCCS da escravidão Foram ajuizadas ações com relação ao PCCS de 2008.Verifica-se uma série de prejuízos aos trabalhadores. DC5281-58.2013.5.00.0000 tem como escopo a revisão dediversas cláusulas do PCCS 2008.A sua extinção e a criação de um novo PCCS perpassa,necessariamente, pela negociação coletiva.

86 Prorrogação, revisão, denúnciaou revogação

Não se vislumbra incompatibilidade jurídica.Respeito ao Estatuto da FENTECT no que tange àaprovação das assembleias.

87 Penalidades Importante estabelecer uma multa a ser paga ao/àSindicato/Federação em casos em que a penalidade afetetoda a coletividade dos trabalhadores.

88 Vigência Atualizar datas. Atenção para o precedente normativo nº120:Nº 120 SENTENÇA NORMATIVA. DURAÇÃO.POSSIBILIDADE E LIMITES (positivo) - (Res.176/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011) A sentença normativa vigora, desde seu termo inicial atéque sentença normativa, convenção coletiva de trabalhoou acordo coletivo de trabalho superveniente produzasua revogação, expressa ou tácita, respeitado, porém, o

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prazo máximo legal de quatro anos de vigência.