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EP10 Pre Calculo Seno Cos Tan
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EP 10 2013-1 Equaes-Inequaes-Grfico-Tan-Sec-Cot-Csc - Pr-Clculo
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CEDERJ
EP 10
Pr-Clculo
Caro aluno
Vamos continuar com o estudo de resoluo das equaes e inequaes trigonomtricas, agora para
aquelas nas quais aparecem tangente, cotangente, secante ou cossecante. Nesse EP10 vamos construir
o grfico e suas transformaes para cada uma dessas quatro funes. Esses assuntos voc vai encontrar
tambm no Livro de Pr-Clculo, Volume 2, mdulo 4, aula 29.
Equaes e inequaes trigonomtricas
Lembramos que resolver uma equao (ou inequao) trigonomtrica significa encontrar os
valores dos ngulos que pertencem ao intervalo dado, que tornam a equao (ou inequao) verdadeira.
Se nenhum intervalo for dado inicialmente, supomos que queremos todos os ngulos reais que satisfazem
a equao ou inequao. Especial ateno deve ser tomada para equaes e inequaes que contenham
uma das funes tangente, cotangente, secante ou cossecante porque o domnio dessas funes no so
todos os valores reais.
Lembramos tambm que para resolver uma inequao trigonomtrica, procure determinar
primeiro a soluo da equao associada para ter uma ideia do problema. Depois, faa um esboo no
crculo trigonomtrico para determinar a soluo da inequao.
Exemplo 1 - Equaes e inequaes mais simples, que no usam identidades trigonomtricas.
a) .
Soluo: . Sabemos que
.
Como
e
, conclumos que o ngulo
um
ngulo do 1. quadrante tal que .
Pelas simetrias no crculo trigonomtrico, na figura ao lado,
ou
um ngulo do 4. quadrante tal que .
Como a tangente tem perodo igual a , as solues da equao so:
ou
, onde um inteiro.
Obs. a resposta tambm pode ser
ou
, onde um inteiro.
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b) . ,
, onde inteiro.
Soluo: a equao associada , cujas solues encontradas no exemplo anterior so
ou
, onde nmero inteiro.
Mudando a varivel em , fazendo , temos que .
Resolvendo, temos que . Voltando varivel original , temos que:
.
Observando no crculo trigonomtrico do item anterior, podemos concluir que os valores dos ngulos
que resolvem essa inequao esto nos intervalos
, onde k inteiro.
OBS. sabemos que
, no entanto ERRADO escrever
porque como se trata de um intervalo,
obrigatrio que o extremo esquerdo seja menor que o extremo direito, e sabemos que
.
Vamos atribuir valores para e verificar se o intervalo ou parte do intervalo est contido no intervalo
dado ,
soluo.
soluo.
soluo.
, mas como
, conclumos que
, logo
soluo.
, mas como
,
conclumos que
, logo
soluo.
Soluo final:
.
c)
.
A equao associada , cujas solues nesse intervalo so
ou
.
Observando no crculo trigonomtrico, podemos concluir que os
valores dos ngulos que resolvem essa inequao esto nos
intervalos
.
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d) Determinar o domnio de e resolver .
Domnio de :
, onde inteiro.
Domnio de :
Temos que resolver duas equaes associadas, e , e duas inequaes
e .
Mudando de varivel, fazendo , temos que resolver cada equao, e , e as inequaes e .
, onde inteiro.
ou
onde inteiro.
Observao: como os ngulos
e
so congruentes,
poderamos ter escrito a resposta acima da seguinte forma:
onde inteiro.
As duas respostas so corretas.
Observando no crculo trigonomtrico, podemos concluir que os valores dos ngulos que resolvem as duas inequaes esto nos intervalos:
, isto ,
, onde inteiro.
OBS. aqui ERRADO escrever
PORQUE
, inteiro
e o extremo esquerdo de qualquer intervalo tem que ser obrigatoriamente menor do que o extremo
direito.
Voltando varivel original , temos que:
Ou seja,
.
Verifique na reta numrica abaixo que os pontos
, que esto fora do
domnio tambm no pertencem aos intervalos acima.
Portanto, podemos concluir que
, onde inteiro.
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Exemplo 2 - Equaes e inequaes que requerem uso de identidades trigonomtricas.
a) Determinar o domnio de
e resolver a equao .
Domnio de : para inteiro, (i)
e (ii)
.
(i)
.
para temos que
(ii)
.
Portanto,
.
.
Como a funo tangente tem perodo igual a , temos que .
Mas,
(*)
Sabemos que as funes tangente e cotangente tem a propriedade dos ngulos complementares, isto ,
, logo
(**)
Logo,
. Mudando a varivel, fazendo , temos que,
, onde nmero inteiro.
Voltando varivel original , obtemos
.
Logo a soluo :
, onde nmero inteiro.
b) Resolva a equao .
Observe que
, onde um inteiro.
c) Resolva a inequao para .
Primeiro observamos que
e
.
Usando a identidade podemos simplificar a inequao,
escrevendo toda a inequao em termos de .
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Mudando a varivel, fazendo , obtemos .
Resolvendo a equao associada , obtemos
, logo a razes so
e
.
Analisando o sinal, o trinmio positivo fora das razes, ou seja,
se
ou .
Voltando varivel original , temos que:
se e s se
ou .
. Nesse caso, .
Assim,
.
para todo real, logo basta determinar tal que , que so os mesmos
onde . Logo,
.
. Nesse caso, .
Assim,
ou
Logo,
ou
Portanto, a soluo
Grficos das funes tangente, secante, cotangente e cossecante.
Grfico da tangente.
Observando os segmentos representativos da tangente no crculo trigonomtrico, podemos
concluir que a funo tangente crescente no intervalo
.
Ainda observando no crculo trigonomtrico, podemos ver que medida que aumenta, se
aproximando do ngulo
,
, o correspondente valor da aumenta ilimitadamente e o ponto
do grfico da tangente, fica cada vez mais prximo da reta
. Quando tal situao acontece
no grfico, dizemos que a reta vertical
uma assntota vertical do grfico da funo. Observamos
que voc estudar as "assntotas" na disciplina Clculo I.
Continuando a observar o crculo, podemos ver que medida que diminui, se aproximando do
ngulo
,
, o correspondente valor da diminui ilimitadamente e o ponto do
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grfico da tangente, fica cada vez mais prximo da reta
. A reta vertical
outra assntota
vertical do grfico da tangente.
A tangente tem perodo igual a , o grfico da tangente se repete nos intervalos
, onde um nmero inteiro.
Veja os applets sobre o grfico da tangente na aula 11 da plataforma.
Podemos ver que qualquer valor real do eixo t do crculo trigonomtrico corresponde ao valor da
tangente de algum ngulo , isso significa que a imagem da tangente o intervalo .
Grfico da cotangente.
Observando os segmentos representativos da cotangente no crculo trigonomtrico, podemos
concluir que a funo cotangente decrescente no intervalo .
Ainda observando no crculo trigonomtrico, podemos ver que medida que diminui se
aproximando do ngulo 0 ( ), o correspondente valor de aumenta ilimitadamente e o ponto
do grfico da tangente fica cada vez mais prximo da reta . A reta vertical uma
assntota vertical do grfico da funo.
Continuando a observar o crculo, podemos ver que medida que aumenta se aproximando do
ngulo ( , o correspondente valor de diminui ilimitadamente e o ponto do grfico
da cotangente fica cada vez mais prximo da reta . A reta vertical outra assntota vertical
do grfico da cotangente.
A cotangente tem perodo , o grfico da cotangente se repete nos intervalos ,
onde um nmero inteiro. Veja os applets sobre o grfico da cotangente na aula 11 da plataforma.
Podemos ver que qualquer valor real do eixo t do crculo trigonomtrico corresponde ao valor da
cotangente de algum ngulo , isso significa que a imagem da cotangente o intervalo .
Veja os applets sobre o grfico da cotangente na aula 11 da plataforma.
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Grfico da secante.
A construo do grfico da secante mais simples comparando-o com o grfico do cosseno. Vamos
esboar primeiro o grfico no subconjunto do domnio
.
Sabemos que em
a funo cosseno decrescente e
, isto significa que, para
:
.
Logo, a funo secante crescente em
.
Sabemos que em
a funo cosseno decrescente e
isto significa que, para
:
.
Logo, a funo secante crescente em
Sabemos que em
a funo cosseno crescente e , isto significa que,
para
:
Logo, a funo secante decrescente em
.
Sabemos que em
a funo cosseno crescente e , isto significa que,
para
:
.
Logo, a funo secante decrescente em
.
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A funo cosseno tem duas propriedades importantes, que induzem s propriedades da funo secante.
1. A funo cosseno par, pois:
seu domnio simtrico em relao origem 0 e .
Consequentemente, a funo secante par. pois
seu domnio simtrico em relao origem 0 e
.
2. , para todo , isto , para todo .
Consequentemente,
.
Assim, ,
, isto , ou ,
, inteiro.
Para terminar de construir o grfico vamos usar as propriedades:
a secante uma funo par, isso significa que podemos refletir o grfico
no eixo .
a secante tem perodo , isso significa que podemos repetir o grfico nos
intervalos do domnio:
e
onde nmero inteiro.
Grfico da cossecante.
A construo do grfico da cossecante mais simples comparando-o com o grfico do seno. Vamos
esboar primeiro o grfico no subconjunto do domnio .
Sabemos que em
a funo seno crescente e
, isto significa que, para
:
.
Logo, a funo cossecante decrescente em
.
Sabemos que em
a funo seno decrescente e
, isto significa que, para
:
.
Logo, a funo cossecante crescente em
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Sabemos que em
a funo seno decrescente e , isto significa que,
para
:
.
Logo, a funo cossecante crescente em
.
Sabemos que em
a funo seno crescente e , isto significa que,
para
:
.
Logo, a funo cossecante decrescente em
.
A funo seno tem duas propriedades importantes, que induzem s propriedades da funo cossecante.
1. A funo seno mpar, pois:
seu domnio simtrico em relao origem 0 e .
Consequentemente, a funo cossecante mpar., pois
seu domnio simtrico em relao origem 0 e
.
2. , para todo , isto , para todo .
Consequentemente,
.
Assim, , , isto , ou , , inteiro.
Para terminar de construir o grfico vamos usar as propriedades:
a cossecante uma funo mpar, isso significa que podemos refletir o grfico em relao origem (
o mesmo que refletir no eixo , em seguida refletir no eixo ).
a cossecante tem perodo , isso significa que podemos repetir o grfico nos intervalos do domnio: e
onde um inteiro.
E agora, aos exerccios:
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Exerccio 1 Em cada item, encontre a soluo e marque-a no crculo trigonomtrico.
a) em .
b)
em
c) em .
d) , em [0,2 ].
Exerccio 2 D o domnio de cada funo.
a)
b)
Exerccio 3 Para cada funo, faa o que se pede.
(i) Se preciso, use identidades trigonomtricas para simplificar a funo.
(ii) Encontre o domnio da funo contido no intervalo dado.
(iii) Descreva uma possvel sequncia de transformaes para obter o grfico da funo.
(iv) Esboce o grfico marcando pelo menos 6 (seis) pontos, no eixo em que possvel identificar pontos no grfico da funo.
(v) D a imagem da funo.
a)
.
b)
.
c)
Sugesto: para simplificar, multiplique por tanto o numerador quanto o denominador da frao contida na expresso de .
d)
e)