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26/11/2014
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DIABETES
FISIOPATOLOGIA E INTER-RELAO
COM AF
Interprete a tabela acima .....O QUE SE PODE CONCLUIR?????.
O que o diabetes?
Doena endcrina caracterizada pela elevada taxa de
glicose no sangue (hiperglicemia).
decorrente da falta de insulina ou daincapacidade da
insulina em exercer seus efeitos nos
tecidos alvos
Diabetes tipo I: ausncia ou diminuio da secreo de insulina. Causas: fatores hereditrios, reao anti-imune (anticorpos) ou destruio viralDiabetes tipo II: Resistncia a ao da insulina. Causas: muito associada ao estilo de vida principalmente obesidade andride
Para entender melhor - DIABETES
O que ? uma diminuio da capacidade doorganismo de queimar material energtico ouglicose retirada dos alimentos.
O sangue transporta a glicose, mas para entrar naclula ela precisa de insulina (chave que abre aporta).
Sem esta a glicose se acumula no sangue e eliminada pela urina por meio dos rins.
resultado da falta de produo de insulina pelopncreas (tipo I) ou pela falta de receptorescelulares ou por pouca sensibilidade dos mesmosem relao a insulina (TIPO 2)
DIABETES - TIPO 1
O diabetes Tipo 1 (DM1) uma doena auto-imune caracterizada pela destruio das clulasbeta produtoras de insulina.
Isso acontece por engano porque o organismo asidentifica como corpos estranhos.
A DM1 surge quando o organismo deixa deproduzir insulina (ou produz apenas umaquantidade muito pequena.)
Quando isso acontece, preciso insulina paraviver e se manter saudvel
Sem insulina, a glicose no consegue chegar at sclulas, que precisam dela para queimar etransform-la em energia
DIABETES 1 No se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o
DM1. Sabe-se que h casos em que algumas pessoasnascem com genes que as predispem doena. Masoutras tm os mesmos genes e no tm diabetes.
Pode ser algo prprio do organismo, ou uma causaexterna, como por exemplo, uma perda emocional
No geral, mais frequente em pessoas com menos de35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir emqualquer idade
As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com opassar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos oucorao
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DIABETES - TIPO 2 O diabetes do tipo 2 possui um fator hereditrio
maior do que no tipo 1. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da
doena sejam obesos. Uma de suas peculiaridades a contnua
produo de insulina pelo pncreas. O problemaest na incapacidade de absoro das clulasmusculares e adiposas.
Esta uma anomalia chamada de "resistnciainsulnica
O diabetes tipo 2 cerca de 8 a 10 vezes maiscomum que o tipo 1 e pode responder aotratamento com dieta e exerccio fsico
Resistncia a insulina Insulino-resistncia um estado patolgico comum, no
qual as clulas alvo tm uma resposta insuficiente aos nveis normais de insulina circulante
Os mecanismos exatos da insulino-resistncia no so conhecidos e podem at ser variveis. Um dos fatores mais provveis est associado a obesidade
Dessensibilizao dos receptores celulares: hiper-atividade parassimptica, que ocorre na resistncia leptina que caracteriza a obesidade humana, na medida em que esse um fator conhecido da secreo de insulina
VAMOS ENTENDER MELHOR!
Leptina: hormnio que sinaliza ao crebro quanto de gordura o corpo possui, desta forma o crebro pode ajustar a ingestaalimentar e o metabolismo permitindo que o armazenamento de gordura seja mantido em certos nveis
Quanto maior a quantidade de gordura que a pessoa possui, maior ser o nvel de leptina.
A maioria dos obesos resistente aos efeitos da leptina.
Ou seja: excesso de gordura corporal (centralizada) pode desenvolver resistncia a leptina (regulador da ingesta) que por sua vez pode diminuir a sensibilidade dos receptores celulares a insulina
Alm disso.... O diabetes melito tipo 2 se caracteriza pela
combinao de resistncia ao da insulina e incapacidade da clula beta em manter uma adequada secreo de insulina
=== diminuio da habilidade da insulina em estimular a utilizao da glicose pelo msculo e pelo tecido adiposo=====
Com isso.... a resistncia ao da insulina no fgado leva ao aumento da produo heptica de glicose.
............ Numa fase inicial, a elevao nos nveis de
glicemia compensado pelo aumento da secreo de insulina,
medida que o processo persiste por perodos prolongados, associa-se um efeito glicotxico===
Efeito glicotxico== o aumento da resistncia ao da insulina e diminuio da funo da clula beta, devido hiperglicemia crnica.
A LONGO PRAZO??????
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Tipo I sintomas Vontade de urinar diversas vezes; Fome freqente; Sede constante; Perda de peso; Fraqueza; Fadiga; Nervosismo; Mudanas de humor; Nusea; Vmito
Tipo II sintomas Infeces freqentes; Alterao visual (viso embaada); Dificuldade na cicatrizao de feridas; Formigamento nos ps; Furunculose. DIAGNSTICO: A SBD considera que valores
acima de 126 mg em jejum so suspeitos de diabetes. Valores acima de 200 mg em qualquer ocasio fazem o diagnstico (GLICOSE)
COMPLICAES CRNICAS
Retinopatia Diabtica: So leses que aparecem naretina, podendo causar pequenos sangramentos e,como conseqncia, a perda da acuidade visual.
Neuropatia: os nervos podem ficar incapazes deemitir as mensagens, emit-las na hora errada oumuito lentamente. Os sintomas ...........
Sensitivos: formigamento, dormncia ou queimaodas pernas, ps e mos. Dores locais edesequilbrio;
Motores: estado de fraqueza e atrofia muscular;
COMPLICAES CRNICAS
P diabtico: Como so vulnerveis a ferimentos, preciso
examin-los todos os dias. importante tambm fazer caminhadas com
regularidade ou outro tipo de exerccio fsico. Vcios como o fumo devem ser evitados. 95% de todas as amputaes do p acontecem
em fumantes. algo traumtico, que deve serevitado
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COMPLICAES CRNICAS A presena excessiva de glicose pode causar danos a
muitas funes inerentes ao sangue, incluindo astarefas do sistema imunolgico.
Isso ocorre porque os glbulos brancos (responsveispelo combate ao vrus, bactrias, etc.) ficam menoseficazes com a hiperglicemia.
Para piorar a situao, o alto ndice de acar nosangue terreno ideal para alguns invasores (fungos,bacterias, etc.).
Assim, reas como boca e gengiva, pulmes, pele,ps, genitais e local de inciso ps cirurgia estototalmente sujeitos a este risco.
Alteraes da Insulina na atividade fsica Quando se inicia uma atividade fsica, o corpo diminui
a produo de insulina e aumenta a liberao doshormnios contra reguladores.
Para as pessoas com diabetes, essas respostas podemestar alteradas.
Na realidade, o exerccio aumenta o fluxo sanguneopara os msculos e pele, o que pode elevarvelocidade de absoro da insulina nesses locais.
Os agentes orais tambm podem aumentar os efeitosda insulina circulante durante a atividade ou causaruma maior liberao de insulina, provocando ahipoglicemia.
Tipo I e exerccio dinmico Exerccio fsico regular Insulinoterapia Planejamento alimentar=
Trs principais abordagens no tratamento do DM tipo 1.
Exerccio dinmico =respostas= Aumento da sensibilidade a insulina: aumento da densidade capilar, aumento das fibras musculares mais sensveis ao insulnica, aumento na atividade de enzimas glicolticas e oxidativas
Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 n 6 Dezembro 2006
TRANSPORTADOR DE GLICOSE GLUT4
GLUT4 o transportador insulino-sensvel e promove a captao de glicose nos tecidos adiposo e muscular esqueltico.
GLUT4 situa-se no compartimento intracelular (95% do contedo situa-se no interior do adipcito).
O diabetes tipo 2 desencadeado por deficincias na cadeia de processos celulares que envolvem o GLUT4, cuja ao estimulada pela insulina.
A insulina liga-se ao receptor na membrana 1, ativando a cascata molecular para sinalizao da abertura da protena de transporte de glicose (glut4) 2; abertura da protena glut4, possibilita a entrada da glicose na clula 3, aps sua entrada na clula ocorre o armazenamento da glicose na forma de glicognio 4 no msculo esqueltico e fgado. A gerao de energia, para as atividades celulares se d pelo metabolsmo da glicose a piruvato 5 ou, ento ocorre a transformao e deposio da glicose em cido graxo nas clulas do tecido adiposo 6
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GLUT4 E EXERCCIO
A atividade contrtil do msculo pode estimular a translocao do GLUT4 na ausncia de insulina
Alguns estudos sugerem que existem diferentes pools intracelulares de GLUT4, um estimulado por insulina e um estimulado pelo exerccio
Portanto, os efeitos da insulina e da contrao muscular so aditivos, sugerindo que a insulina e o exerccio ativam os transportadores de glicose por diferentes mecanismos.
Tipo I e exerccio resistido Os efeitos do uso de exerccios resistidos ou de
fora no DM tipo 1 permanecem pouco esclarecidos
Estudos iniciais dos benefcios do treinamento fsico resistido em indivduos com DM apresentaram resultados positivos
Resultados associados a reduo da glicemia pelo efeito de ganho de massa muscular
Indicativos de que exerccios resistidos associados dieta so mais eficientes do que simplesmente a dieta em reduzir a dose de reposio de insulina
Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 n 6 Dezembro 2006
Recomendaes tipo I Realizar anamnese, exame fsico e exames laboratoriais,
objetivando-se avaliar seu controle metablico Teste ergomtrico recomendado para todos os indivduos
com DM tipo 1 sedentrios Antes de iniciar a atividade fsica, corrigir a hiperglicemia (250
mg/dl) ou as glicemias reduzidas (< 100 mg/dl) Recomenda-se a ingesto adicional de carboidratos (15 a 30 g)
se a glicemia for < 100 mg/dl Requer conhecimento adequado das suas respostas
metablicas e hormonais e capacidade de gerenciamento de sua glicemia
nfase aos ajustes de doses de insulina, para que estes indivduos possam participar com segurana de AF
Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 n 6 Dezembro 2006
Em exerccios prolongados de intensidade leve a moderada recomenda-se a ingesto de carboidratos (1015 g a cada 30 minutos)
Individuo com diabetes deve seexercitar com um parceiro, que tenha conhecimento dos sintomas da hipo e hiperglicemia
Usar calados adequados, ter cuidados com a higiene dos pse avali-los freqentemente (neuropatia perifrica)
Pacientes com DM tipo 1 e Retinopatia grave devem evitar exerccios aerbios vigorosos ou exerccios resistidos hemorragia ou descolamento de retina
Recomendaes tipo I
A presso arterial dever ser mantida abaixo de 130 mmHg/ 80 mmHg
Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 n 6 Dezembro 2006
Atividades tipo I
Recomenda-se exerccios
aerbios,exerccios
resistidos e exerccios de flexibilidade
Aerbios:35 vezes por
semana por 2060 minutos a
4085% do VO2 mximo
ou a 5590% da FCM
TreinamentoResistido:
pesos livres, aparelhos, elsticos, halteres emateriais
adaptados
Exerccios resistidos 810
exerccios -grandes grupos musculares - de 23 vezes por
semana
Considerar cansao fsico
subjetivo durante
os exerccios aerbios e resistidos
Exerccios de flexibilidade incorporados narotina com uma freqncia de 2 a 3 vezes
Arq Bras Endocrinol Metab vol 50 n 6 Dezembro 2006
Tipo II Aumento da ao da insulina Aumento da captao da glicose Captao da glicose no perodo ps-exerccios Diminuio da glicose sangnea Aumento da sensibilidade celular Melhora do perfil lipdico Melhora do estado de humor Diminuio dos agentes farmacolgicos
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Atividades desaconselhadas Exerccios que proporcionem leses nos ps daqueles que
tm neuropatia ou alterao vascular perifrica, como correr,
saltar etc; Esportes de contato, como boxe e algumas lutas marciais,
quando a pessoa tiver retinopatia; Praticamente toda modalidade esportiva caso a pessoa
apresente retinopatia proliferada no estacionada, pois oexerccio poder incorrer em hemorragia retiniana
Problemas cardacos no compensados desaconselhamqualquer atividade sem controle rigoroso e recomendaomdica
Tipo II atividades Particularidades tipo II: Maioria sujeitos obesos,
prescrever de acordo com os requisitos desta condio Atividades em condies climticas muito quentes
tendem a ser mal toleradas Atividades bem aceitas: caminhada, a corrida, a natao
e o ciclismo estacionrio Recomendada a realizao de exerccios aerbicos
complementada com exerccio resistido O exerccio resistido pode ser especialmente benfico
para diabticos idosos: relao fora muscular e metabolismo energtico
Exerccio aerbico X resistido relao com fatores de risco para diabetes tipo II Leitura para prxima aula
Sugesto de leitura complementar
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Muitas vezes as coisas parecem complexas, mas sempre possvel
tentar....