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1 2011 SEMINÁRIO Curso de Educação Física CCHS/UFMS PRÁTICA DE ENSINO IV

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2011

SEMINÁRIO

Curso de Educação Física

CCHS/UFMS

PRÁTICA DE ENSINO IV

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Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Centro de Ciências Humanas e Sociais

Curso de Educação Física

A PRATICA DE ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA VI NO CURSO DE EDUCAÇÃO

FÍSICA DA UFMS – CAMINHOS PARA SUA SISTEMATIZAÇÃO

1 - INTRODUÇÃO

De acordo com a RESOLUÇÃO CNE/CP Nº 1, de 18 de Fevereiro de 2002 que

instituiu as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da

Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura e de graduação plena,

orienta que, a Prática inserida na matriz curricular deverá estar presente desde o

início do curso da formação do professor e que todas as disciplinas, com caráter

pedagógico ou não, terão sua dimensão prática a ser desenvolvida com ênfase nos

procedimentos de observação e reflexão visando à atuação em situações diversas que

permitam sua contextualização. . (Art. 12, § 2º e § 3º; Art. 13 § 1º)

Assim, para o fortalecimento das incumbências docentes e conseqüente

valorização de sua formação, constam presentes na matriz curricular do Projeto

Político e Pedagógico do Curso de Educação Física da Universidade Federal de Mato

Grosso do Sul as disciplinas Pratica de Ensino em Educação Física que se constituem

em importante veículo que possibilita estabelecer um forte vínculo entre os

postulados teóricos sustentados pelas diversas disciplinas curriculares e o início da

vivência profissional.

As disciplinas em questão assumem papéis de destaques uma vez que os

respectivos segmentos das mesmas intencionam estabelecer uma forte ligação entre

as demais disciplinas oportunizando aos discentes sob orientação docente a

oportunidade de discutir de modo crítico sobre os reais problemas do processo

ensino-aprendizagem no ambiente escolar

Tem como objetivo proporcionar oportunidades aos futuros professores de

Educação Física de constatar a materialização teórico/prática dos conhecimentos e

conteúdos das demais disciplinas do curso levando-se em consideração as

competências necessárias à atuação profissional para que os mesmos possam elaborar

possíveis estratégias intervencionistas.

1.1 - Caracterização

Na matriz curricular do Projeto Político Pedagógico do curso de Educação Física

da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, as disciplinas Práticas de Ensino

integram o eixo Didática e Educação Física Escolar II da dimensão do conhecimento

denominado “Dimensão Práticas” da formação acadêmica e apresenta a seguinte

subdivisão com seus respectivos períodos de oferecimento e cargas horárias:

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- Prática de Ensino em Educação Física I, oferecida no 1º Semestre – carga horária de 68h;

- Prática de Ensino em Educação Física II, oferecida no 2º Semestre – carga horária de 68h;

- Prática de Ensino em Educação Física III, oferecida no 3º Semestre – carga horária de 51h;

- Prática de Ensino em Educação Física VI, oferecida no 4º Semestre – carga horária de 51h;

- Prática de Ensino em Educação Física V, oferecida no 5º Semestre – carga horária de 68h;

- Prática de Ensino em Educação Física VI, oferecida 6º Semestre – carga horária de 85h;

- Prática de Ensino em Educação Física VII, oferecida no 7º Semestre – carga horária de 51h;

- Prática de Ensino em Educação Física VIII, oferecida no 8º Semestre – carga horária de 51h.

Assim, o eixo Didática e Educação Física Escolar II conta com uma carga horária total

de 493 horas..

1.2 – Ementa da disciplina Prática de Ensino em Educação Física IV

Para a disciplina PRÁTICA DE ENSINO EM EDUCAÇÃO FÍSICA IV assim como para

as demais disciplinas do eixo Práticas do Projeto Pedagógico do Curso de Educação

Física Licenciatura/CCHS consta descrito a ementa: - “O processo de ensino e suas

relações didático-pedagógicas em diferentes campos de intervenção docente.

Articulação teoria e prática dos conteúdos ministrados nas disciplinas oferecidas no

quarto semestre em diferentes campos de intervenção docente. Visitas técnicas de

observação em diferentes campos de intervenção educacional como escolas públicas e

privadas, escolinhas esportivas, academias, projetos sociais, centros de treinamento

esportivo, hospitais etc.” e indica a seguinte bibliografia:

Bibliografia básica: FRIGOTTO, Gaudêncio. Escola Pública Brasileira na Atualidade. In LOMBARDI, J. C.; HÚNGARO, Edson Marcelo (Org.). Esporte, Educação, Corpo e Saúde. Santo André: Alpharrabio, 2008. MARINHO, Vitor. O Esporte Pode Tudo. São Paulo: Cortez, 2010. SAVIANI, D.; NASCIMENTO, M. I. M. (Orgs.) A Escola Pública no Brasil. Campinas: Autores Associados, 2005. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Planejamento: projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. São Paulo: Libertad, 2008.

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Bibliografia complementar: BRACHT, Valter. Educação Física e Aprendizagem Social. Porto Alegre: Magister, 1992. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. KUNZ, Elenor; TREBELS, Andréas Heinrich. Educação Física Crítico-Emancipatória: com uma perspectiva da pedagogia alemã do esporte. Ijuí: Unijuí, 2006. MARINHO, Vitor. Educação Física Humanista. Rio de Janeiro: Shape, 2010. PADILHA, Valquiria (Org.). Dialética do Lazer. São Paulo: Cortez, 2005.

1.3 – Dimensão dos Conteúdos de conhecimentos contemplados no semestre da

Prática de Ensino IV.

As disciplinas da matriz curricular do Curso de Educação Física oferecidas no IV

semestre constituem-se de disciplinas pertencentes aos conteúdos dos

conhecimentos:

1.3.1 - Conteúdos de Formação Ampliada que abrange as Dimensões:

Relação do Ser Humano e Sociedade, Dimensão Biológica do Corpo Humano, Dimensão

do Conhecimento Científico e Tecnológico;

1.3.2 – Conteúdos de Formação Específica que abrange as Dimensões:

Culturais do Movimento Humano, Técnico Instrumental;

1.3.3 - Conteúdos de Formação Pedagógica que abrange as Dimensões:

Didático-Pedagógicas e Práticas.

As disciplinas que se relacionam a estes conteúdos são as seguintes:

- Aprendizagem Motora;

- Ciência e Educação Física III;

- Currículo e Didática em Educação Física I;

- Fisiologia do Exercício;

- História da Educação Física;

- Políticas Públicas e Educação Física e Esporte e Lazer;

- Prática de Ensino em Educação Física IV.

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1.4 – Problematização

Sob a nossa ótica, a Prática de Ensino como um componente dos eixos de

conhecimento na matriz curricular traz uma importante contribuição na formação do

futuro professor uma vez que sua intenção centra-se nas discussões dos aspectos das

ações de intervenção pedagógica.

As grandes dificuldades que poderão ser traduzidas em obstáculos para que

este processo não atinja os objetivos desejados, ao que nos parece, incidem na

dinâmica organizacional das ações didáticas e pedagógicas empregadas

seqüencialmente nas disciplinas Pratica de Ensino em Educação Física sem a

observância e análise dos conteúdos das disciplinas oferecidas no mesmo semestre em

que esta acontece.

Outro particular que poderemos traduzir como sendo também um obstáculo é a

inobservância do § 3º da referida Resolução que traz a orientação de que em todas as

áreas e/ou disciplinas que figuram como componentes curriculares de formação, e não

somente as disciplinas pedagógicas, todas terão sua dimensão prática.

Neste sentido, para que a disciplina atinja seus objetivos, todas as disciplinas

oferecidas no semestre juntamente com as disciplinas Práticas de Ensino em Educação

Física, deverão prestar informações aos acadêmicos sobre a materialização de seus

postulados teóricos e práticos no ambiente escolar para que as Práticas de Ensino

numa perspectiva interdisciplinar elabore procedimentos didáticos (observação e

flexão) que comprove as diferentes situações e que possam estas ser contextualizadas

através registros das prováveis soluções de intervenção.

O pouco que temos observado das ações desenvolvidas pelos professores

responsáveis em conduzir as disciplinas Pratica de Ensino da Educação Física, é comum

a duplicação de ações entre as práticas e em algumas situações dá-se a impressão que

a disciplina Prática de Ensino tem como elementos os mesmos constantes na

disciplina Estágio Supervisionado.

Com isto, quando do contato com os acadêmicos matriculados na disciplina

Prática de Ensino IV, eles também observam tais coincidências de ações e se mostram

desmotivados não vislumbrando nenhum significado ou sentido tais ações nas

seqüência das Práticas de Ensino oferecidas na formação acadêmica chegando alguns a

considerar a disciplina em questão como sendo de pouca expressão como componente

da matriz curricular.

Na tentativa de melhor sistematizar as ações didático-pedagógicas na disciplina

Prática de Ensino IV e melhor alcançar a articulação entre a teoria e prática dos

conteúdos das disciplinas oferecidas no quarto semestre, optamos por adotar o

seminário como ferramenta de ensino.

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1.5 – Objetivo

Para que possamos melhor oportunizar experiências nos diferentes argumentos

sustentados pelas disciplinas oferecidas no IV semestre a disciplina Pratica de Ensino

em Educação Física IV (docente e discentes) e colaborar com a formação de

professores de Educação Física do Curso de Educação Física do Centro de Ciências

Humanas e Sociais da Universidade de Mato Grosso do sul, estabelece como objetivo

adotar procedimentos didáticos com o propósito de assegurar a aquisição de

competências e/ou habilidades que permitam ao futuro professor entender o processo

do ensino-aprendizagem através da reflexão sobre a ação pedagógica escolar como

meio de contribuição com o seu pleno desenvolvimento profissional.

Além destes aspectos, sugerir melhor sistematização de uma seqüência lógica

na apresentação conteúdos a serem oferecidos pelas Praticas de Ensino em Educação

Física no Curso de Educação Física do CCHS/UFMS.

2 – Metodologia e Estrutura do Seminário

A escolha do seminário como método de ensino incide na razão de ser este um

procedimento didático que consiste em levar o educando a pesquisar a respeito de um

tema analisando-o de maneira sistemática, com a finalidade de aprensentá-lo e

discuti-lo cientificamente de modo claro e documentado. (Nérice, 1981).

Segundo Nérice, um seminário tem os seguintes propósitos: ensinar

pesquisando; revelar tendências e aptidões para pesquisa; levar a dominar a

metodologia científica de uma disciplina; conferir o espírito científico; estimular o

trabalho em grupo e desenvolver o sentimento de comunidade intelectual entre os

educandos e professores; ensinar a sistematizar fatos observados e refletir sobre eles;

levar a assumir atitude de honestidade e exatidão nos trabalhos efetuados.

2.1 – Estrutura e Funcionamento

Um Seminário dependendo de sua estrutura pode funcionar com grupos

divididos em subgrupos dedicando-se cada um deles ao estudo de aspectos

particulares de um mesmo tema ou temas diferentes de uma mesma disciplina ou

somente com um grupo. Seu funcionamento também está na dependência da

composição dos elementos participantes para sua realização.

Para este seminário os acadêmicos foram divididos por grupos com a

responsabilidade de observar aspectos particulares de cada disciplina oferecida no IV

semestre consultando os professores responsáveis por ministrá-las observando-se os

encaminhamentos:

2.1.1 – Localizar em que eixo de conhecimento esta integrada a disciplina na matriz .......................curricular;

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2.1.2 – Objetivo do eixo e/ou dimensão de conhecimento em que a disciplina está ........................integrada;

2.1.3 – Carga horária total do referido eixo e/ou dimensão;

2.1.4 – Ementa da disciplina;

2.1.5 – Carga Horária da disciplina;

2.1.6 – Programa da disciplina;

2.1.7 – Bibliografia recomendada para a disciplina;

2.1.8 – Verificar e documentar e apresentar em forma de relato de como o(s) .........................conteúdo(s) da disciplina se materializa(m) no ambiente da escola.

2.2 – Composição e respectivas funções no Seminário

O Seminário contará com 3 componentes a saber: um diretor, um relator ou

expositor, um comentarista e os demais componentes.

O Diretor geralmente é o professor ou um especialista. Tem a função de

preparar um grupo de educandos para realização do seminário. Seu papel é

estabelecer os temas a serem estudados por sua sugestão ou em conjuntos com os

educandos, orienta sua sistematização e preside as sessões do seminário, apreciando,

no final, os resultados dos trabalhos.

O Relator ou Expositor, expõe aos demais, os estudos efetuados sobre o(s)

tema(s) do programa de trabalho do seminário. O trabalho a ser apresentado e

discutido pode ser responsabilidade de um educando ou do grupo que preparou o

trabalho no nosso caso, foi designado um relator para cada disciplina.

O(s) comentarista(s) pode(m) ser outro(s) acadêmicos(s) designado(s)

antecipadamente pelo diretor do seminário. Durante a exposição do(s) relator(es)

estes devem estar atentos, realizar anotações para eventuais críticas ou comentários

pertinentes, antes de ser discutido pelos demais componentes. Para este Seminário,

assim como para os relatores também fora designado um comentarista para cada

disciplina. Os demais componentes são, na verdade, todos os educandos que participam

do seminário, uma vez que eles revezam-se nas funções de relatores e comentaristas.

Os demais componentes, após o relato e as preleções do(s) comentarista(s), passam a

inquirir o(s) relator(es) solicitando esclarecimentos e/ou reforçando argumentos etc.

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2.3 – Divisão dos grupos por disciplina

A divisão dos grupos com suas respectivas funções no seminário está assim

constituída:

Grupo 1

Disciplina : “Aprendizagem Motora”

Componentes : Renata Dalpogetto Pessoa Medina, Ellen Fernandes Duarte,

Gicele da Silva Maeoca.

Relator :

Comentarista : Thaís Velloso Cristaldo .

Grupo 2

Disciplina : “Ciência e Educação Física III”

Componentes : Thaís Velloso Cristaldo, Matheus Rodrigues Baroni,

Leila.Lima de Souza Santana, Jéssica Arevalo Lopes.

Relator :

Comentarista : Karolyne Padilha Coqueiro.

Grupo 3

Disciplina : “Currículo e Didática da Educação Física III”

Componentes : Karolyne Padilha Coqueiro, Felipe Francisco Insfran,

...................................... Katheleen Henriques Pereira.

Relator :

Comentarista : Priscilla Góes Basílio.

Grupo 4

Disciplina : “Fisiologia Humana e do Exercício II”

Componentes : Priscilla Góes Basílio, William de Brito dos Reis.

Relator :

Comentarista : William Eiji Miyagi.

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Grupo 5

Disciplina : “História da Educação Física ”

Componentes : William Eiji Miyagi, Wesley Pereira Rodrigues e Paula

....................................... .Emboava Ortiz.

Relator :

Comentarista : Eduardo Reis Pieretti.

Grupo 6

Disciplina : “Políticas Públicas e Educação Física, Esporte e Lazer”

Componentes : Eduardo Reis Pieretti

Relator : Eduardo Reis Pieretti Comentarista : Elvis de Souza Malta

Grupo 7

Disciplina : “Prática de Ensino IV”

Componentes : Elvis de Souza Malta, Sônia Alícia Colman Benites e

José Ferreira da Silva.

Relator :

Comentarista : Cleiton Tenório de Lima da Silva

Grupo 8

Disciplina : “Políticas Educacionais e Organização da Educação Física”

Componentes : Dreyzzy Floriza Souza dos Santos, Nayanna da Silva

Ximenes e Rayane Cristina Felix Tavares.

Relator :

Comentarista : Ellen Fernandes Duarte.

Grupo 9

Disciplina : “Lutas e Cultura Corporal do Movimento”

Componentes : Gabriel Elias Otta, Ceiton Tenório de Lima da Silva e

Gabriel .Augusto Fonseca Camargo.

Relator :

Comentarista : Dreyzzy Floriza Souza dos Santos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

2011

Aprendizagem Motora Por

Ellen Fernandes Duarte

Gicele da Silva Maeoca

Renata Dalpogetto Pessoa Medina

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

Grupo 1

Componentes : Renata Dalpogetto Pessoa Medina, Ellen Fernandes Duarte e Gicele

........................... da Silva Maeoca.

Disciplina : “Aprendizagem Motora”

Relator :

Comentarista : Thaís Velloso Cristaldo .

CAMPO GRANDE

Outubro – 2011

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Aprendizagem Motora

1 – CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA:

Neste presente trabalho consta às informações tiradas de um plano de ensino,

da disciplina "Aprendizagem Motora", no Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS)

no bloco oito, onde se encontra o curso de Educação Física. A duração da disciplina é

semestral, com 3 (três) horas/aulas, carga horária de 51 horas no ano letivo de 2011,

ministrada pelo professor Tamir Freitas Fagundes. Esta disciplina faz parte do eixo

curricular "Trabalho, Cultura e Lazer" com carga horária total de 323 horas.

1.1 – EMENTA DA DISCIPLINA:

Apresentação da Ementa desta disciplina, "Estudo da aprendizagem motora

aplicada a Educação Física escolar. A aprendizagem motora: Conceitos básicos. A

relação estímulo-resposta e o processamento de informação. Estágios de

aprendizagem motora. O ambiente de aprendizagem".

1.2 – OBJETIVOS DA DISCIPLINA:

Os objetivos são estudar os processos de mudanças e estabilizações que

determinam as habilidades e as capacidades de um indivíduo ao produzir uma

atividade motora; Identificar a aprendizagem e controle motor como uma área de

estudo e aplicação da Educação Física; Reconhecer à importância da disciplina para a

formação profissional.

1.3 – PROGRAMAÇÃO DA DISCIPLINA:

PROGRAMA (Unidades e Subunidades)

Data Conteúdo

06/08 A natureza da Aprendizagem Motora

13/08 Conceitos Básicos de A Motora e Controle Motor

20/08 Uma introdução a Aprendizagem e a Performance Motora

27/08 Modelos de Aprendizagem Motora

03/09 Diferenças Individuais

10/09 Processo de Informação e Tomada de Decisão

17/09 Contribuições Sensoriais para a Performance Motora

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24/09 Teorias do processamento feedback

01/10 AVALIAÇÃO P1

08/10 Transferência de Aprendizagem

15/10 Sistema de Memória

22/10 Variabilidade de Experiências Motoras

29/10 Estruturando a Experiência da Aprendizagem

05/11 Avaliações de Aprendizagem

12/11 Teoria do Programa Motor

19/11 Contribuições Sensórias para a Performance

26/11 AVALIAÇÃO P2

02/12 RESERVA TÉCNICA

Fonte: Tamir Freitas Fagundes.

1.4 – PROCEDIMENTOS DE ENSINO E AVALIAÇÃO:

Os procedimentos de ensino que serão utilizados pelo professor são: aulas

expositivo-dialogada, estudo de textos e aulas práticas, quando se tornar necessária.

Os recursos necessários para serem ministradas as aulas, data show, retro-projetor,

artigos científicos, laboratório (quando for possível), e avaliação será a partir da prova

1 mais a prova 2 somadas e dividas por 2 (P1+P2)/2.

1.5 – BIBLIOGRAFIA DA DISCIPLINA:

As bibliografias básicas sobre a disciplina constam na biblioteca da universidade:

GALLAHUE, David L. e OZMUN, John C. Desenvolvimento Motor: bebês, crianças,

adolescentes e adultos. São Paulo. Phorte Editora. 2001.

*MAGILL, R. A. Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard

Blücher, 1984.

*SCHMIDT, R. A. Aprendizagem Motora e Performance motora: dos princípios a

prática. São Paulo: Movimento, 2001. *

2 – OBJETIVO DE ESTUDO:

O presente trabalho objetiva trazer, breves, definições e informações sobre a

disciplina aprendizagem motora, presente no currículo do curso de Educação Física da

UFMS, como também no currículo de outros cursos de EF do país. Explicitado isto,

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vamos às definições.

Segundo Schimidt( 2001) aprendizagem motora são mudanças em processos

internos que determinam a capacidade de um individuo para produzir uma tarefa

motora. Entende-se por tarefa motora atividades tais quais: andar, correr, pular,

pegar talheres, desenhar etc. Sendo assim podemos entender que aprendizagem

motora é o ato do sujeito aprender um movimento novo, seja ele esportivo ou não.

A disciplina anteriormente citada esta presente no currículo da EF UFMS de

forma aplicada a área escolar, destacando seus conceitos, ambiente de aprendizagem,

relação estímulo-resposta, e outros. Objetivando assim, desenvolver nos acadêmicos a

consciência da importância da disciplina na área da EF, uma vez que esta é campo de

pesquisas, estudos, área especifica de trabalho em casos como esporte de alto

rendimento, além de que a mesma esta presente do cotidiano das aulas de EF escolar.

Uma vez que o acadêmico perceba a presença da mesma no cotidiano das aulas

de EF, o mesmo perceberá também a importância da mesma em sua formação

profissional. Para que tais conhecimentos sejam transmitidos e os objetivos alcançados

a instituição de ensino disponibiliza uma carga horária de 51h no semestre.

3 – METODOLOGIA:

As visitas nas duas escolas foram feitas apenas por observação das aulas.

Em uma das escolas foi questionado á professora quais eram os conteúdos que

ela mais dava prioridade nas aulas de educação física.

4 – RESULTADOS:

Iremos relatar algumas visitas feitas em duas escolas de Campo Grande – MS,

para averiguar a materialização da disciplina aprendizagem motora na educação

básica.

Na tarde do dia 27 de setembro de 2011 visitamos a escola Estadual Dollor

Ferreira de Andrade. Escola esta que se encontra na capital, Campo Grande, e no

bairro Maria Aparecida Pedrossian. A instituição atende cerca de 1410 (mil

quatrocentos e dez) alunos de baixa renda, tendo alguns usuários de drogas dois

deficientes físicos e um mental. Os mesmo residem em bairros, da região, como: Maria

Aparecida Pedrossian, Panorama, Noroeste, Samambaia, Oiti, Arnaldo Estevão de

Figueiredo e Tiradentes. Esta instituição fornece aos alunos o ensino básico regular e o

conhecido EJA, sendo este ultimo apenas no período noturno enquanto o ensino

básico regular completo é oferecido nos períodos matutino e vespertino. No período

noturno, além é claro do EJA, também é oferecido o ensino médio. Para atender

tamanha demanda de alunos o colégio conta com 80 (oitenta) professores — sendo

seis de educação física — e uma boa infraestrutura.

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Primeiramente gostaríamos de esclarecer que ainda que a escola possua seis

professores de educação física, as informações aqui citadas foram obtidas

especificamente com duas professoras: I1, formada pela FIFASUL (Faculdades Integradas de

Fátima do Sul) e pela I2, formada pela IESF (Instituto de Ensino Superior da Funlec) no ano de

2007.

No Dollor Ferreira de Andrade são trabalhados os esportes de futsal, voleibol,

handebol e basquetebol em todos os anos do ensino básico regular, e as aulas são distribuídas,

segundo a professora, em quarenta horas aulas, dessas trinta e seis são aulas e quatro são

planejamentos. Quanto a períodos de aula semanal é dividido do seguinte modo:

� De primeiro a quinto ano três aulas semanais. � De sexto a nono ano duas aulas semanais. � No ensino médio apenas uma aula semanal.

Esses quatro esportes são ministrados pelas professoras, cada uma com suas

respectivas turmas, não bimestralmente, mas, tri semanalmente. O método tri

semanal, isto é, aplicar um mesmo esporte durante três semanas e não durante um

bimestre todo como é comum, foi adotado pela I1, pois segundo ela desse modo os

alunos mantêm os quatro esportes sempre “frescos na cabeça” de modo que há assim

um melhor resultado.

Uma vez apresentada à instituição e um pouco das aulas de Educação Física,

vamos ao tema central deste trabalho que se trata de averiguar a materialização da

disciplina aprendizagem motora nas aulas de Educação Física Escolar.

Ao conversar com as professoras ambas manifestaram a opinião de que esteja

o professor consciente disto ou não, em todas as aulas práticas de Educação Física a

aprendizagem motora está presente. Isto porque a educação física é essencialmente o

movimento humano, isto é, trata-se do correr, do pular, do sentar, andar, chutar uma

bola, segurar esta bola, arremessar um objeto, desviar-se dele etc. Sendo a educação

física essencialmente os movimentos humanos é impossível a aprendizagem motora

não estar presente nas aulas, isto porque esta aprendizagem nada mais é do que a

aprendizagem dos movimentos humanos.

Há o entendimento também de que existem duas fases bem definidas da

aprendizagem motora nas aulas. Uma é o momento em que o aluno esta

experimentando um movimento novo, e por isso complexo a ele, neste estágio o aluno

não tem uma memória motora do movimento correto, portanto há um nível alto de

dificuldade. Entretanto com a repetição, com a insistência do aluno em aprender o

movimento, aos poucos este movimento vai sendo aprendido e por isso aprimorado

por este aluno. Deste modo chega-se a segunda fase bem definida nas aulas, que é

quando o aluno aprende o movimento, e este movimento torna-se tão habitual que o

aluno nem mais se percebe fazendo o movimento.

Um exemplo disto foi citado pela I1; ela explicou que treina uma equipe de

futsal na escola e no inicio as crianças não conseguem ver o jogo, pois só conseguem

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fixar os olhos na bola (primeira fase da aprendizagem motora), entretanto chega um

momento em que eles dominam o movimento de conduzir a bola com os pés e se

tornam capazes de erguer a cabeça, ver o jogo, perceber se há espaço para chutar a

gol ou não, fazer a leitura do posicionamento do zagueiro ou do goleiro e assim tomar

a decisão de passar a bola, chutar a gol, ou parar de correr e segurar a bola. E o mais

importante: as crianças fazem tudo isto sem perder o domínio da bola e o fazem em

poucos segundos (segunda fase da aprendizagem motora).

Por fim cabe esclarecer também que no entendimento das professoras a

aprendizagem motora esta presente de maneira mais predominante nas series iniciais,

como o ensino infantil e as primeiras séries do ensino fundamental, pois à medida que

estas crianças vão crescendo elas vão armazenando uma serie de memórias motoras, e

deste modo não há muita aprendizagem motora na series maiores, antes há sim uma

transferência de conhecimento, uma adaptação. As professoras comentaram,

exemplificando, que no inicio ensina-se as crianças a jogarem queimada, e quando elas

crescem, rapidamente aprendem a arremessar uma bola de handebol, e isto se deve a

memória motora que elas já possuem, elas percebem que os movimentos são similares

e por isso aprendem mais rapidamente o arremesso do handebol. Quando o aluno

esta no ensino médio este já conhece os movimentos, aos menos os básicos, de um

jogo de handebol, não havendo mais a aprendizagem motora, não

predominantemente pelo menos.

A escola visitada é a Carrossel Educamp como assim foi registrada

recentemente, é de ensino particular e atende alunos do berçário ate o nono ano do

ensino fundamental.

Ela é conveniada com o sistema positivo de ensino e atende atualmente 197

alunos, sendo que dois possuem deficiência mental.

Perguntando para a professora recém-formada em Educação Física quais eram

os principais eixos que ela abordava em sua aula, ela respondeu que um deles era o

aperfeiçoamento das habilidades motoras básicas.

E observando suas aulas, podemos ver que ela realmente trabalha bastante isso

com as crianças.

Na primeira aula ela passava rolamentos, pequena cambalhotas tudo ligado à

ginástica. Para outra sala ela já usava a habilidade de saltar e saltitar, brincando com as

crianças de pular corda e também pequenas corridas.

A professora relata que no começo do ano os alunos não sabiam pular corda e

que a sala teve um grande avanço quanto a isso, ou seja, a aprendizagem motora está

totalmente presente nas aulas ministradas por essa professora.

5 - REFERÊNCIA:

COEG. Conselho de Ensino de Graduação. Projeto Pedagógico do curso de Educação

Física – Licenciatura/Graduação Plena – CCHS/UFMS.

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SCHMIDT, R. A. Aprendizagem Motora e Performance motora: dos princípios a prática.

São Paulo: Movimento, 2001.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

2011

CIÊNCIA EM EDUCAÇÃO

FÍSICA III Por

Leila Lima de Souza Santana

Jéssica Arévalo Lopes

Thaís Veloso Cristaldo

Matheus Rdrigues Baroni

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

Grupo 2

Disciplina : “Ciência e Educação Física III”

Componentes : Jéssica Arevalo Lopes, Leila Lima de Souza Santana,

Matheus Rodrigues Baroni, Thaís Velloso Cristaldo.

Relator :

Comentarista : Karolyne Padilha Coqueiro.

CAMPO GRANDE

Outubro – 2011

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CIÊNCIA E EDUCAÇÃO FÍSICA III

1 – Introdução

O ensaio de pesquisa é fruto de uma proposta de trabalho da disciplina de

Prática IV ministrada pelo professor Gilberto Ribeiro de Araújo Filho, do curso de

Educação Física, no segundo semestre do ano letivo de 2011, com o intuito de se fazer

conhecer as disciplinas contempladas no 4° semestre e suas aplicabilidades durante e

após o curso. A turma de acadêmicos foi organizada em grupos e cada um ficou com a

responsabilidade de desenvolver a pesquisa em uma das disciplinas pertencente ao 4°

semestre.

Para melhor situar o trabalho descreve-se então como se esta condita este

segmento da pesquisa.

2- Caracterização da Disciplina

O Curso de Licenciatura em Educação Física pertencente ao Centro de Ciências

Humanas e Sociais (CCHS) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),

possui um Projeto Político Pedagógico (PPP), que contempla o eixo curricular Produção

do Conhecimento Científico e Tecnológico, com a carga horária de: 306h/aula;

As disciplinas que compõe este eixo são: Língua Portuguesa e Produção Textual;

Ciência e Educação Física I; Ciência e Educação Física II; Ciência e Educação Física III;

Seminário de Monografia I; Seminário de Monografia II; Trabalho de Conclusão de

Curso I (TCC I); Trabalho de Conclusão de Curso II (TCC II).

A disciplina de Ciência e Educação Física III é regida por uma carga horária de

trinta e quatro (34) hora/aulas, identificada como matricula obrigatória no 4°

semestre, e atualmente é ministrada pelo Professor Doutor André Malina. E tem como

ementa:

“Proporcionar subsídios para análise, interpretação e elaboração de um projeto

de pesquisa. Elaboração de projetos de pesquisa em educação física nas diferentes

modalidades, níveis de ensino e área de atuação. Elaboração de um projeto de

pesquisa com breve revisão de literatura sobre tema/assunto a ser pesquisado no TCC.

Aplicação da metodologia científica, capacitando o acadêmico para o desenvolvimento

da sua pesquisa seguindo os preceitos metodológicos mais adequados e de acordo

com o objeto de pesquisa.”

Para tal, segue-se uma bibliografia básica composta por:

CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 1991.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.

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21

THOMAS, J. & NELSON, J. Métodos de pesquisa em atividade física. Porto Alegre: Artmed, 2002.

Todos os dois livros da referencia bibliográfica se encontram disponíveis na

Biblioteca da UFMS Campo Grande, com mais de três unidades dos exemplares.

E oferece uma bibliografia complementar descrita a baixo:

ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Citações: NBR 10520. São Paulo, 2002. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Referências bibliográficas: NBR 6023. São Paulo, 2002. MARCONI, M. A. & LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1996.

Somente foram encontrados exemplares disponíveis na biblioteca da UFMS

Campo Grande, referente ao ultimo item mencionado.

3- Justificativa Teórica Deste modo vários estudos estão sendo produzidos para análise da produção

cientifica no âmbito da educação física, desde os anos de 1980. Com este propósito o

presente trabalho tem por objetivo traçar um perfil para a disciplina Ciência e

Educação Física III, se ela traz algum beneficio para a formação acadêmica, no que se

refere à aplicabilidade do conhecimento produzido para a educação física.

Dessa forma vale salientar que o objetivo maior da Ciência e Educação Física é

fazer com que exercite-se a capacidade de pensamento e discernimento, voltados para

análises de ambientes, dados, situações diversas, que no primeiro momento é

imediatista, casual e quase que espontâneo e em um segundo momento, torna-se

mais reflexivo, analista e metódico.

Segundo Oliveira (1999), a Ciência num determinado período da história

acabou sendo mitificada, principalmente a partir do séc. XVIII, e hoje ela é entendida

como sendo qualquer assunto que possa ser estudado pelo homem, pela utilização do

Método Científico e de outras regras especiais de pensamento. Contudo para haja um

bom processo para atingir tal objetivo, se faz necessário que o pesquisador exercite o

hábito da leitura e da interpretação de textos e dados, o que nos mostra a outra

grande atividade até mesmo qualidade, desta disciplina que é a de fazer com que o

investigador consiga em um determinado momento uma conotação crítica daquilo que

está sendo pesquisado e o coloque em condições de ser estudado de forma correta ao

longo da história. Mas isso só é possível se o trabalho de pesquisa for bem orientado,

ditado dentro de regras claras de condicionamento e assim a Ciência e Educação Física

assume um importante papel que nos dá os métodos adequados para que se consiga

atingir esse objetivo, dependente de "um conjunto de procedimentos intelectuais e

técnicos" (GIL, 1999).

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22

Sobre isso Balbachevsky (1999) diz que:

[...] ainda que viável, a formação oferecida por estabelecimentos especializados no ensino, mesmo quando bem sucedida, vem sendo submetida à criticas importantes nos anos recentes. Boa parte dessas críticas centra-se no fato de que o ensino, dissociado da atividade de pesquisa, deixa uma lacuna na formação do aluno numa das dimensões mais fundamentais para o seu sucesso futuro: qual seja, a sua preparação para solucionar criativamente problemas, isto é, sua capacidade de reunir, selecionar e analisar dados relevantes para a solução de uma situação não usual.[...]

Assim sendo, as muitas literaturas existentes sobre o assunto nos colocam os

mais diversos conceitos quando tratamos de pesquisas científicas a ponto de classificá-

las de acordo com as mais diversas formas. Aqui, tentaremos sintetizar, à luz de alguns

autores reconhecidos, os principais tipos de pesquisa, quando se pretende definir qual

a melhor metodologia a ser usada em trabalhos científicos.

De acordo com Vergara (2007), os tipos de pesquisa podem ser definidos por

dois critérios básicos: quanto aos fins e quanto aos meios.

Quanto aos fins, uma pesquisa pode ser:

a) Exploratória: Que é realizada em áreas de pouco conhecimento

sistematizado, assim sendo não comporta hipóteses na sua fase inicial, porém no

decorrer da pesquisa estas poderão surgir naturalmente.

b) Descritiva: É aquela que expõe características claras e bem delineadas de

determinada população ou fenômeno, para isso envolve técnicas padronizadas e bem

estruturadas de coletas de seus dados.

c) Explicativa: Tem como principal objetivo tornar as ações estudadas em dados

de fácil compreensão, justificando e explicando os seus principais motivos e o

"porquê" das coisas.

d) Metodológica: Está associada aos caminhos, formas, maneiras e

procedimentos utilizados para atingir determinado fim.

e) Aplicada: Tem necessidade de resolver problemas que já existem na prática.

De forma imediata ou não.

f) Intervencionista: Não se satisfaz apenas na explicação do que se está sendo

estudado, mas pretende interferir de alguma forma na realidade, no dia-a-dia do seu

objeto de pesquisa.

Quanto aos meios de investigação, uma pesquisa pode ser:

a) De campo: Baseia-se pela experiência que se está sendo aplicada na

investigação e é realizada exatamente no local onde são observados os fenômenos

estudados.

b) De laboratório: É realizada em local determinado e limitado.

c) Documental: Através de análises em documentos encontrados em órgãos

públicos ou privados, ou com pessoas que detenham a guarda destes documentos.

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d) Bibliográfica: É aquele realizado com base em material publicado em livros,

jornais, revistas, sites na internet, e que sejam disponibilizados ao público em geral.

e) Experimental: Investigação empírica na qual o pesquisador manipula e

controla variáveis independentes e observa os resultados destas manipulações.

A presença de tantas regras, detalhes, indicações rígidas para digitação e

formatação do texto, que parecem cercear a liberdade do aluno em pensar e escrever

sem nenhuma exigência metodológica faz com que o estudo de Metodologia Científica

nas universidades raramente seja bem aceito pelos alunos.

4- Metodologia

Para o ensaio da pesquisa foi utilizada uma metodologia de pesquisa de caráter

qualitativo descritivo com auxilio de uma entrevista com um roteiro semi-estruturado,

aplicados a professores de Educação Física, já formados e atuantes nas escolas

públicas. Além de buscar informações sobre a disciplina como: objetivo, programa,

forma de avaliação, cronograma, etc., com o atual professor ministrante.

Gil (2007) define pesquisa como “[...] o procedimento racional e sistemático

que tem como objetivo de proporcionar respostas aos problemas que são propostos”.

Segundo Bogdan e Biklen (1982) apud (LÜDKE, 2005) a pesquisa qualitativa

envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador

com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em

retratar a perspectiva dos participantes.

De acordo com a tipologia de Gil (1991) e Vergara (2007) esta pesquisa pode

ser classificada da seguinte forma:

a) Quanto aos fins: A pesquisa é exploratória, uma vez que há pouco conhecimento acumulado e sistematizado sobre o assunto, mas também pode ser considerada descritiva, pois expõe características de uma determinada população. b) Quanto aos meios: De campo: Baseia-se pela experiência que se está sendo aplicada na investigação e é realizada exatamente no local onde são observados os fenômenos estudados.

Conforme Lüdke (2005) as entrevistas semi-estruturadas ou não totalmente

estruturadas, combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a

possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um

conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito

semelhante ao de uma conversa informal.

A preparação da entrevista é uma das etapas mais importantes da pesquisa que

requer tempo e exige alguns cuidados, entre eles destacam-se: o planejamento da

entrevista, que deve ter em vista o objetivo a ser alcançado; a escolha do entrevistado,

que deve ser alguém que tenha familiaridade com o tema pesquisado; a oportunidade

da entrevista, ou seja, a disponibilidade do entrevistado em fornecer a entrevista que

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deverá ser de preferencia marcada com antecedência para que o pesquisador se

assegure de que será recebido; as condições favoráveis que possam garantir ao

entrevistado o segredo de suas confidências e de sua identidade e, por fim, a

preparação específica que consiste em organizar o roteiro ou formulário com as

questões importantes (LAKATOS, 1996). Roteiro semi-estruturado da entrevista:

Identificação

Sexo: ____________________ Idade:_____________

Tempo de formação:_____________________

Faculdade:_______________________________________

1 - Você teve em sua matriz de curso de graduação alguma disciplina que

contemplasse a metodologia cientifica?

2 - Como era chamada esta disciplina?

3 – Você utilizou o aprendizado desta disciplina para algo no seu curso? Em que?

4- Utilizou para algo mais depois de formado? Como por exemplo, na área de pesquisa

depois de formado?

5- Coleta de Dados Cada integrante do grupo de pesquisa ficou responsável por encontrar sujeitos

para participarem das entrevistas. Os sujeitos da pesquisa são aqueles que fornecem

os dados necessários para a realização do estudo. Devido ao foco da investigação

optou-se pela realização de uma pequena amostra de sujeitos. Vale salientar que as

identidades dos entrevistados não serão aqui mencionadas e será identificado por

siglas a exemplo: Professor = P1.

O instrumento principal deste levantamento de dados foi um questionário

semi-estruturado que serviu de roteiro para a entrevista destinada aos professores de

educação física das duas (2) escolas públicas da cidade de Campo Grande - MS. Ao

total foram entrevistados três (3) professores. O questionário era composto por

questões abertas e fechadas.

6- Análise

Assim, aplicou-se um questionário semi-estruturado com três professores, o P1

professor de uma escola estadual – Adventor Divino de Almeida, localizada na Av. Júlio

de Castilho na Vila Alba. Ele tem 33 anos de idade e é formado na Universidade

Católica Dom Bosco (UCDB) no ano de 2002. Possui pós-graduação. Durante a

conversa, ele nos disse que não teve uma disciplina com esse nome (Ciência e

Educação Física) na graduação, porém, teve uma parecida, sendo que, mesmo

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parecida, ela não fornecia os itens de grande importância para a elaboração de

qualquer trabalho acadêmico. O próprio professor é que buscou as informações

básicas e essenciais para elaborar um artigo, o qual foi publicado juntamente com um

professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul sobre Cirurgia Bariátrica.

O professor P2, da Escola Estadual Dona Consuelo Müller, localizada na rua:

Equador, n° 70, no bairro Jardim Jacy. Ele tem 30 anos, do sexo masculino, formado a 7

anos pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), teve em sua matriz de curso de

graduação uma disciplina que contemplasse a metodologia científica, e nos informou

que a disciplina possibilitou um aprendizado para a produção de sua monografia, mas

que após sua formação essa disciplina não se materializou, pois não a utilizou em nem

um outro aspecto.

O professor P3, também da Escola Estadual Dona Consuelo Müller, tem 27

anos, é do sexo feminino, formado a 4 anos pela faculdade UNIDERP, teve também em

sua matriz curricular uma disciplina que caracterizasse a metodologia científica, mas a

coloca que em sua graduação não foi bem ministrada. Já em relação ao uso dessa

disciplina em seu curso, o indivíduo P3 relata: “há claro, para eu me formar a gente

precisa realizar um projeto e apresentar, então temos que aprender como fazer e

vamos a campo para buscar dados. Aí apresentamos para uma banca se for bom

estamos aprovados.” Mas quando foi questionado sobre a materialização dessa

disciplina após sua formação diz que: “Eu até pensei uma vez quando ainda estudava,

mas depois de fazer minha monografia, eu desisti, dá muito trabalho e precisa de

tempo”.

Assim sendo, podemos verificar a importância da Ciência e Educação Física, nos

seus mais variados meios e formas de utilização, para através de exames técnicos,

científicos, analíticos e sintéticos nos servir de instrumento de aquisição e construção

de conhecimentos e saberes, formando pensadores que chegam à natureza de

determinado problema ou fenômeno com melhores condições de estudá-lo,

explicando-o quando solicitado e modificando-o quando necessário. Mas percebe-se

que os profissionais, após a conclusão de seu curso, não praticam mais este tipo de

atividade, e que muitas vezes este nunca teve um contato tão aprofundado com tal

contexto, considerando quão relevante é para uma formação acadêmica completa, e

que dentre os que estão envolvidos, a variação dos contextos apresentados é

considerável, portanto em se tratando de Educação Física, não possui um meio

relativamente definido de produção acadêmica, deslocando-se entre os diversos

campos de produção cientifica, podendo-se considerar isso de conotação privilegiosa

ou como uma forma de não identidade curricular, caminhando os diversos estudos por

variadas áreas do conhecimento.

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7- Considerações Finais

Pode-se com este exercício de pesquisa por em prática nosso aprendizado

referente a própria disciplina de Ciência e Educação Física III, com os subsídios também

empregados pela assessoria do professor Gilberto R. de A. Filho da disciplina de prática

IV. Foi relevante o estudo no sentido de mostrar a aplicabilidade da disciplina alvo no

contexto dentro do curso de graduação e após o curso. A realidade do trabalho do

professor de educação física, que não emprega o conteúdo aprendido na metodologia

científica. Além deste dado apresentado nas entrevistas, buscamos outro sujeito, o

professor atual que ministra a disciplina de Ciência e Educação Física III, que foi

solicitado voluntariamente a contribuir para este estudo, mas pouco se conseguiu

extrair, devido alguns intemperes, deixando assim algumas lacunas em aberto como,

os objetivos da disciplina, a programação, cronograma, dentre outras que poderiam

somar com nossa coleta de dados e análise. Esses dados (ementa, objetivos,

referencial bibliográfico, programa da disciplina, etc.) tem um espaço reservado a eles

em nosso Sistema Acadêmico, link: http://www.siscad.ufms.br/, onde constam nossas

matrículas e todo o histórico Escolar do período de graduação, não sendo único local

de acesso a estes dados pelo acadêmico, outro local de disponibilidade é o site do

Curso de Educação Física da UFMS, segue o link: http://www.def.ufms.br/, onde

deveriam constar todos os dados referentes às disciplinas e o Projeto Político

Pedagógico do Curso (PPP), mas pouco destes podemos acessar nestes bancos de

dados. Alguns raros professores deixam disponíveis parte destes acessórios referente

as disciplinas para os alunos.

Possa-se dizer que a proposta de investigar o conhecimento a respeito das

disciplinas contempladas no 4° semestre e suas aplicabilidades durante e após o curso,

foi alcançado de forma satisfatória para o grupo.

8- Referencias

BALBACHEVSKY, E. A profissão acadêmica no Brasil: as múltiplas facetas de nosso

sistema de ensino superior. S. Paulo: Editora Funadesp, 1999.

COEG. Conselho de Ensino de Graduação. Projeto Pedagógico do curso de Educação

Física – Licenciatura/Graduação Plena – CCHS/UFMS.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.

________________. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

________________. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ªed. São Paulo: Atlas, 2007.

Page 27: Pdf

27

LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa. 3ª

ed. São

Paulo: Editora Atlas, 1996.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Eliza D.A. de. Pesquisa em Educação: Abordagens

Qualitativas. SP. Editora Pedagógica Universitária Ltda., 9° reimpressão, 2005. (Coleção

Temas Básicos de Educação e Ensino).

OLIVEIRA, Silvio Luiz. Tratado de metodologia científica. São Paulo: Pioneira, 1999.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9ª ed.

São Paulo: Atlas, 2007.

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28

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

2011

Currículo e Didática

da Educação Física Por

Felipe Francisco Insfran

Karollynne deSouza Boazal

Katheleen Henriques Pereira

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

Grupo 3

Disciplina : “Currículo e Didática da Educação Física”

Componentes : Karollynne deSouza Boazal, Felipe Francisco Insfran,

.......................................Katheleen Henriques Pereira.

Relator : Katheleen Henriques Pereira

Comentarista : Priscilla Góes Basílio.

CAMPO GRANDE

Outubro – 2011

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CURRÍCULO E DIDÁTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA

1 - CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Currículo e Didática em Educação Física tem a carga horária de

34h/aula, e está localizada no eixo curricular: dimensão didático-pedagógico – didática

e educação física escolar, que tem ao todo a carga horária de 340 horas, juntamente

com as disciplinas: Fundamentos da Didática; Educação Especial; Políticas Educacionais

e Organização da Educação Básica; Políticas Públicas e Educação Física, Esporte e

Lazer; Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem.

Tem por objetivo fazer com que os acadêmicos sejam capazes de distinguir

abordagens críticas e não-críticas, tendo como base a história da educação física

brasileira, o estudo das metodologias diversas existentes, entre outros.

Aborda os diferentes tipos de ensino existentes e seus diferentes níveis,

fazendo com que os discentes tomem consciência de que seus alunos obtêm um

aprendizado também fora da escola, e que este não se caracterizará como ensino

formal. Procura mostrar também como a educação física é amparada por lei, quais são

os deveres profissionais de cada professor, tais como participar da construção do

projeto político pedagógico escolar, fazer planejamentos, entre outros. Além disso,

orienta aos acadêmicos de como fazê-los e mostra a importância de tais em sua

prática pedagógica.

1.1 - EMENTA

Esta disciplina tem a seguinte ementa como norteadora: Teoria curricular

críticas e não-críticas. Histórico curricular da formação em Educação Física no Brasil. A

questão da didática. Ensino Formal e Não Formal. Tipos e níveis de Ensino. Elementos

do currículo da Educação Básica: Legislação e Diretrizes Curriculares, Projeto

Pedagógico e Planejamento. Elementos didático-pedagógicos para o ensino da

educação física/esporte: tendências, abordagens e/ou propostas metodológicas

críticas e não-críticas, recursos didáticos etc.

1.2 – OBJETIVO

Contribuir para um fazer pedagógico mais político e um fazer político mais

pedagógico na prática docente.

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1.3 - CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

Unidade I – Teoria curricular críticas e não-críticas. Histórico curricular da

formação em Educação Física no Brasil. A questão da didática. Ensino Formal e Não

Formal, Tipos e Níveis de Ensino.

Unidade II – Elementos do currículo da Educação Básica: Legislação e Diretrizes

Curriculares, Projeto Pedagógico e Planejamento

Unidade III – Elementos didático-pedagógicos para o ensino da educação

física/esporte: tendências, abordagens e/ou propostas metodológicas críticas e não-

críticas, recursos didáticos etc.

1.4 – CRONOGRAMA

04/08- Apresentação conteúdo, diagnose do conhecimento acumulado. A

questão da didática. Ensino Formal e Não Formal, Tipos e Níveis de Ensino. Introdução

sobre os elementos do currículo da Educação Básica: Legislação e Diretrizes

Curriculares, Projeto Pedagógico e Planejamento.

11- Participação da prof. Reunião ENADE - Brasilia

18- Semana da Educação Física

25- Teoria curricular críticas e não-críticas e a relação dos elementos do

currículo da Educação Básica: Legislação e Diretrizes Curriculares, Projeto Pedagógico e

Planejamento. Histórico curricular da formação em Educação Física no Brasil e na

UFMS.

01/09- Histórico curricular da formação em Educação Física no Brasil e na

UFMS. Elementos do currículo da Educação Básica: Legislação e Diretrizes Curriculares,

Projeto Pedagógico e Planejamento. Abordagens pedagógicas em Educação.

08- Reunião ENADE – Brasília

15- CONBRACE

22- Abordagens Pedagógicas em Educação e em Educação Física (Monografia

Anderson) e a relação com os elementos do currículo da Educação Básica: Legislação e

Diretrizes Curriculares, Projeto Pedagógico e Planejamento.

29- Abordagens Pedagógicas em Educação Física e a relação com os elementos

do currículo da Educação Básica: Legislação e Diretrizes Curriculares, Projeto

Pedagógico e Planejamento. Elementos didático-pedagógicos para o ensino da

educação física/esporte: tendências, abordagens e/ou propostas metodológicas

críticas e não-críticas, recursos didáticos etc.

06/10- AVALIAÇÃO ESCRITA

13/10- A questão da didática. Ensino Formal e Não Formal, Tipos e Níveis de

Ensino. Elementos didático-pedagógicos para o ensino da educação física/esporte:

tendências, abordagens e/ou propostas metodológicas críticas e não-críticas, recursos

didáticos etc.

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20- Elementos didático-pedagógicos para o ensino da educação física/esporte:

tendências, abordagens e/ou propostas metodológicas críticas e não-críticas, recursos

didáticos etc.

27- Elementos didático-pedagógicos para o ensino da educação física/esporte:

tendências, abordagens e/ou propostas metodológicas críticas e não-críticas, recursos

didáticos etc. Atividades Práticas

03/11- Elementos didático-pedagógicos para o ensino da educação

física/esporte: tendências, abordagens e/ou propostas metodológicas críticas e não-

críticas, recursos didáticos etc. Atividades práticas

10- Elementos didático-pedagógicos para o ensino da educação física/esporte:

tendências, abordagens e/ou propostas metodológicas críticas e não-críticas, recursos

didáticos etc. Atividades práticas

17- AVALIAÇÃO ESCRITA

24- Reavaliação e Prova Optativa

01/12- Entrega de notas finais

1.5 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

- Aulas expositivas dialogadas com caráter teórico-prático; leituras individuais

e/ou pequenos grupos, trabalho individual e/ou pequenos grupos;

- Leitura de livros e textos, debates e exposição oral, além e trabalhos de

pesquisa e produção de textos de opinião.

- Serão realizadas avaliações permanentes durante todo o semestre letivo para

observância e revisão do processo ensino aprendizagem pelo acadêmico e pelo

professor. Uma delas será na forma de trabalho escrito e duas outras na forma de

prova escrita, pelo menos.

-Palestras sobre temas de relevância para uma compreensão crítica do campo

de atuação profissional com produção escrita individual.

1.6 - AVALIAÇÃO

A4: Aulas: frequência e participação (0 a 4 pontos), atividades diversas (0 a 6

pontos)

A3: Trabalho: Resenha Crítica a partir da leitura de dois livros

A2 e A1: Provas escritas: duas avaliações (0 a 5 pontos cada uma e peso 2)

Prova Optativa (PO): será ministrada uma prova para quem optar por realizar

ao final do curso, a qual substituirá a menor nota das avaliações realizadas no decorrer

do semestre.

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33

1.7 - RECURSOS

Papel para prova e fotocópias do material do professor; bibliografia básica e

complementar; Datashow etc.

1.8 - BIBLIOGRAFIA

Para transmitir tais conhecimentos, o professor responsável pela disciplina usa

como base teórica onze livros, tendo como bibliografia básica os seguintes exemplares:

FREITAS, Luis Carlos de. Crítica a Organização do Trabalho e da Didática. São Paulo:

Papirus, 2000.

KUNZ, Elenor (Org.). Didática da Educação Física. Ijuí: Unijuí, 2009. LIBÂNEO, José

Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

SILVA, Tomaz Tadeu. Documentos de Identidade: uma introdução às teorias do

currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo. Cortez.

1993.

E como bibliografia complementar:

DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995.

FREIRE, J. B. Educação de corpo inteiro. 3. ed. São Paulo. Scipione. 1992.

KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí. UNIJUÍ. 1994.

MARINHO, V. de O. Educação Física Humanista. Rio de Janeiro: Shape, 2010.

TANI, Go, et al. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem

desenvolvimentista. São Paulo. E. P. U. 1988.

VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Repensando a Didática. Campinas SP:Papirus, 2004.

É importante ressaltar que dentre esses exemplares bibliográficos, apenas 8

(oito) estão disponíveis na biblioteca da universidade.

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34

2. REFERENCIAIS TEÓRICOS PARA A DISCIPLINA

A teoria inicial de currículo afirmava que o mesmo deveria ser neutro, ou seja,

dissociado de qualquer ideia politizada. Porém, nos dias atuais, o currículo não tem

mais critério universal e também não é fechado em uma única prescritividade, ele

deve acompanhar os assuntos contemporâneos que envolvem questões de gênero,

sexuais, políticas e culturais. (COSTA, 2003). Com base nisso, é que existem diferentes

perspectivas curriculares; umas baseadas na teoria de neutralidade do currículo, que

são as teorias curriculares tradicionais e outras ideias compatíveis com COSTA, 2003,

como por exemplo, as teorias curriculares críticas e pós-críticas (SILVA, 2004).

Destaca-se então não somente a importância do estudo do currículo escolar,

mas também de um estudo sobre a didática, que se dará a partir da ideologia

curricular existente de cada educador e também de cada escola.

Segundo Libâneo (1994, p. 16), a didática é uma disciplina que se fundamenta

na Pedagogia e estuda os objetivos, os conteúdos, os meios e as condições do

processo de ensino tendo em vista finalidades educacionais.

Para este autor, esta disciplina é principal ramo de estudo da pedagogia. Ela

investiga os fundamentos, condições e modos de realização da instrução de ensino.

Cabendo a ela converter objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de

ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, estabelecer os

vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das

capacidades mentais dos alunos.

O processo didático efetiva a mediação escolar de objetivos, conteúdos e métodos das matérias de ensino. Em função disso, a didática descreve e explica os nexos, relações e ligações entre o ensino e aprendizagem; investiga os fatores co-determinantes desses processos; indica princípios; condições e meios de direção do ensino, tendo em vista a aprendizagem, que são comuns ao ensino de diferentes disciplinas de conteúdos específicos. Para isso, recorre às contribuições das ciências auxiliares da Educação e das próprias metodologias específicas. É, pois, uma matéria de estudo que integra e articula conhecimentos teóricos e práticos obtidos nas disciplinas de formação acadêmica, formação pedagógica e formação técnico-prática, provendo o que é comum, básico e indispensável para o ensino de todas as demais disciplinas de conteúdo. (LIBÂNEO, 1994, p. 28)

Portanto, a Didática caracteriza-se como a mediação entre as bases teóricas da

educação escolar e a prática docente.

Ainda segundo Libâneo (1994, p. 74), a didática oferece uma contribuição

muito importante à formação dos professores, pois ela sintetiza em seu conteúdo a

contribuição do conhecimento de outras disciplinas que deixam claro os fatores

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35

condicionantes do processo de ensino, vinculado com a educação e, ao mesmo tempo,

promove conhecimentos específicos necessários para o exercício docente.

3. OBJETIVO DE ESTUDO

Este estudo tem como objetivo verificar a materialização desta disciplina fora

da universidade. Verificar se os professores tiveram essa disciplina em sua grade

curricular de formação, se eles a aplicam na escola, qual a importância da mesma para

eles, para seus alunos e para o ambiente escolar entre outras questões.

4. METODOLOGIA

Para a presente pesquisa, foi utilizada uma metodologia de caráter qualitativo

descritivo com o auxílio de uma entrevista com roteiro semiestruturado aplicados a professores de Educação Física pertencentes às redes municipal, estadual e particular de ensino do município de Campo Grande – MS.

Gil (2007) define pesquisa como “o procedimento racional e sistemático que tem como objetivo de proporcionar respostas aos problemas que são propostos”.

Segundo Bogdan e Biklen (1982) apud (LÜDKE, 2005) a pesquisa qualitativa envolve a obtenção de dados descritivos, obtidos no contato direto do pesquisador com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes.

Conforme Lüdke (2005) as entrevistas semi-estruturadas ou não totalmente estruturadas, combinam perguntas abertas e fechadas, onde o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal.

4.1 – QUESTIONÁRIO

O questionário aplicado compreende as seguintes questões:

- O que se entende por didática? Essa disciplina constava em sua grade curricular?

- Como consegue aplicar o que aprendeu nessa disciplina em sua prática

pedagógica?

- O que entende por teorias curriculares de educação?

- Quais teorias você conhece e em qual baseia sua aula?

- Conhece o PPP da escola? Participou da sua construção?

- Conhece as abordagens metodológicas da educação física? Em qual baseia sua

aula?

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5. RESULTADOS

Para tais constatações, fomos visitar algumas escolas das redes municipal,

estadual e particular do município de Campo Grande – MS.

- Municipal:

Nesse tipo de instituição de ensino, conversamos com dois professores, sendo

uma mulher e um homem.

Ao conversarmos com uma professora, a mesma disse que teve a disciplina em

sua grade curricular, que obteve um conhecimento a respeito das disciplinas, porém

que apenas algumas delas se aplicaram na realidade da escola que ela ministra suas

aulas. A professora relatou que conseguiu perceber a importância de se fazer um plano

de aula e afirmou que não segue uma metodologia específica em suas aulas, porém,

tenta captar os benefícios de cada uma delas para sua prática.

Em outra escola municipal, o professor afirmou que em sua grade curricular

teve apenas a disciplina de didática. Nos disse que não conhecia nenhuma teoria de

educação. Foi perguntado a ele como este fazia o plano de aula e o plano de ensino, e

este disse que o plano de ensino já vem pronto da REME (Rede Municipal de Ensino) e

se o mesmo quiser alterar alguma coisa ele pode. Já com relação as abordagens

metodológicas da educação física, ele nos afirmou que em seus planos de aula, faz

uma mescla de três abordagens: crítico-emancipatória, crítico-superadora e também

uma abordagem dita por ele como tradicional.

- Estadual:

Nesse tipo de estabelecimento de ensino, conversamos com dois professores.

Um dos professores afirmou que teve a disciplina em seu currículo, porém,

após sua formação ficou afastado do ambiente escolar e, trabalha hoje apenas com a

área de treinamento. Além disso, o professor nos informou que a disciplina só foi

importante para sua formação, pois o ensinou a fazer um plano de aula e relatório das

mesmas. Ele relatou que se baseia na pedagogia tradicional, afinal sua função de

treinador é “depositar” conhecimento em seus alunos.

Ao entrevistar outro professor da rede estadual de ensino, em seu

relato, ele também afirmou que teve a disciplina, e que a mesma o serviu apenas para

ensinar como fazer planejamentos de aula e ainda, disse que isso foi o único conteúdo

da mesma que se materializou fora da escola, aliás, não apenas dessa disciplina, das

outras também ele afirmou que quase nada se deu no ambiente escolar.

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37

- Particular:

Na escola particular, ao conversarmos com uma professora, ela afirmou que a

disciplina foi de extrema importância para sua formação. Foi nela, que aprendeu muito

do que se podia aplicar na escola, e relata que tem conseguido aplicar muito do que

aprendeu, em sua prática pedagógica. A professora firmou que baseia suas aulas em

Piaget e na metodologia crítico-superadora, e diz que foi com a ajuda do que aprendeu

na universidade que tem conseguido ter uma prática considerada satisfatória dentro

da escola.

6 – CONCLUSÃO

A partir dos resultados do questionário, pudemos constatar que a disciplina

Currículo e Didática em Educação Física na maioria das vezes se materializa fora da

Universidade apenas em partes. Somente em um dos relatos, declarou-se que a

mesma foi de extrema importância para a formação e atuação em área escolar. Nos

outros depoimentos, os professores destacaram sua importância apenas na

capacitação para a elaboração de um plano de aula.

Acreditamos que é necessária uma maior atenção na elaboração da ementa

curricular desta disciplina, pois a mesma ou está se reduzindo apenas ao ensino do

plano de aula, ou ministra alguns conteúdos que talvez não sejam de extrema

importância para a formação de professores, ou ainda, ela não vem sendo ministrada

de maneira satisfatória para os acadêmicos.

No entanto, nós como futuros educadores - futuros professores de educação

física enfatizamos a importância que a disciplina Currículo e Didática em Educação

Física tem para nossa formação, porém não excluímos a possibilidade de uma revisão

na maneira como a mesma vem sendo ministrada na Universidade. Ou seja, será de

suma importância que os conteúdos nela ministrados realmente se dêem na prática

pedagógica, afinal, grande parte de seus conteúdos não tem uma verdadeira

aplicabilidade dentro da escola.

7 – REFERÊNCIAS:

COEG. Conselho de Ensino de Graduação. Projeto Pedagógico do curso de Educação

Física – Licenciatura/Graduação Plena – CCHS/UFMS.

COSTA, M. V. O currículo nos limiares do contemporâneo. Rio De Janeiro: DP&A, 2003.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991.

Page 38: Pdf

38

LIBÂNEO, J. C. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli Eliza D.A. de. Pesquisa em Educação: Abordagens

Qualitativas. SP. Editora Pedagógica Universitária Ltda., 9° reimpressão, 2005. (Coleção

Temas Básicos de Educação e Ensino).

SILVA, T. T. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo

Horizonte: Autêntica, 2004.

Page 39: Pdf

39

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

2011

Fisiologia Humana e

do Exercício II Por

Priscilla Góes Basílio

William de Brito dos Reis

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40

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

Grupo 4

Disciplina : “Fisiologia Humana e do Exercício II”

Componentes : Priscilla Góes Basílio, William de Brito dos Reis.

Relator :

Comentarista : William Eiji Miyagi.

CAMPO GRANDE

Outubro – 2011

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41

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

“Fisiologia do Exercício”

Willian de Brito dos Reis

Priscilla Gois Basilio

CAMPO GRANDE

Novembro – 2011

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42

INTRODUÇÃO

Fisiologia do Exercício pode ser definida como a área do conhecimento

científico que estuda como o organismo se adapta fisiologicamente ao estresse agudo

do exercício, isto é, à atividade física e também ao estresse crônico do treinamento

físico (WILMORE & COSTILL, 2001).

Esta disciplina consta na matriz curricular do curso de Educação Física da

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

De acordo com a estrutura do projeto político pedagógico do curso ela está

localizada no eixo curricular com o nome: “Bases anátomo-fisiológicas e da saúde

coletiva”. Neste eixo constam ainda as seguintes disciplinas:

� Anatomia Humana;

� Anatomia Humana aplicada à Educação Física/Esporte Anatomia

Humana;

� Bases Biológicas para a atividade física;

� Crescimento e Desenvolvimento Humano;

� Educação Física, Promoção da Saúde e Saúde Coletiva;

� Fisiologia Humana;

Possuem no total 340 horas e a disciplina Fisiologia do Exercício possui 51

horas. É ministrada pelo professor Dr. Alessandro Moura Zagatto todas as segundas-

feiras no bloco VI, das 7:00 até 9:30 da manhã.

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43

EMENTA DA DISCIPLINA

Esta disciplina consiste em estudar os comportamentos fisiológicos dos

sistemas bioenergético, muscular, nervoso, endócrino, cardiovascular,

cardiorrespiratório e termorregulador durante a atividade física.

Seu objetivo principal é que por meio destes estudos citados, os graduandos

consigam identificar as características fisiológicas das crianças e dos adolescentes,

sabendo prescrever exercícios físicos adequados as características fisiológicas nas

diferentes faixas etárias.

Um aspecto importante da disciplina Fisiologia do Exercício é que para cursá-la

você precisa ter feito e ter sido aprovado na disciplina Fisiologia Humana, pois é na

Fisiologia Humana que você aprende sobre os sistemas muscular, nervoso,

cardiovascular, cardiorrespiratório, renal e imunológico em repouso, ou seja a

Fisiologia Humana é uma introdução a Fisiologia do Exercício.

Quem se interessa por essa disciplina pode também aprofundar seus

conhecimentos sobre a área no Laboratório de Pesquisa em Fisiologia do

Exercício(LAPEFE), com a Coordenação do Professor Dr. Alessandro Moura Zagatto,

tem por objetivo incentivar a pesquisa para o desenvolvimento de assuntos da área de

desempenho e afins visando atingir os objetivos traçados nos diferentes projetos de

pesquisa.

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44

FISIOLOGIA DO EXERCICIO E APLICAÇÃO ESCOLAR

De acordo com a nossa leitura para a realização deste trabalho, identificando

vários pontos que podem ser trabalhados pelo professor de educação física escolar

utilizando a fisiologia do exercício, colocamos abaixo alguns deles:

� Gasto energético: o gasto de energia durante a prática das atividades e dos

exercícios físicos. Podemos explicar a diferença dos gastos energéticos em

exercícios de alta velocidade, que nesse caso o nosso organismo precisa gerar

energia bem rápido para o aluno ter um bom desempenho na atividade e em

exercícios aeróbicos de maior duração em que o gasto de energia é mais lento.

Neste exemplo podemos também trabalhar com os alunos em forma de

trabalhos em grupos e nas aulas teóricas a importância de uma boa

alimentação, com nutrientes e vitaminas que irão permitir um bom

funcionamento do organismo durante o exercício, seja ele leve, moderado ou

pesado;

� Sistemas energéticos: Explicar quais são os sistemas energéticos e suas

diferenças, realizar aulas práticas em que os alunos vivenciem os três sistemas

energéticos (ATP CP, glicolítico anaeróbico e oxidativo). Pedir para que eles

identifiquem nos exercícios qual sistema energético está predominando e

delinear a contribuição de cada um deles para a intensidade e a duração do

exercício.

� Mensuração da Força Muscular: o professor neste caso pode utilizar

protocolos e métodos já validados ou tentar validar a padronização de um

protocolo. Através da mensuração da força dos alunos, o professor pode ter

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valores individuais dos alunos, e trabalhar com todos desenvolvendo exercícios

que fortaleçam os músculos, respeitando a individualidade de cada aluno;

� Fibras do Tipo I do tipo II: Explicar quais são as diferenças desses dois tipos de

fibras musculares, como é a atuação delas no exercício. E mostrar exercícios

que predominam a utilização das seguintes fibras musculares.

� Aferição da FC: Ensinar os alunos a aferir a freqüência cardíaca. Todos podem

aferir antes do exercício, o professor ministra sua aula prática e após os

exercícios, o professor solicita para todos aferirem sua freqüência novamente.

No final ele pode citar ou explicar brevemente para os alunos as principais

variações fisiológicas que ocorrem no organismo durante o exercício.

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VISITA A ESCOLA

Visitamos a Escola Estadual Amando de Oliveira, onde realizamos um di[álogo com

o professor XX de educação física, onde buscamos a resposta de duas questões

essenciais relacionadas a Fisiologia do Exercício na pratica escolar ao Professor de

Educação Física.

Para isso observam,os uma de suas aula realizada com a turma do 6º ano do ensino

fundamental. E após realizamos as seguintes perguntas :

1- Como professor de Educação Física, em que nível você considera

importante que os professores da área tenham conhecimento sobre fisiologia

do exercício? Porque essa Opinião?

R: Muito Importante. O professor deve estar apto a ensinar os princípios

básicos da fisiologia do exercício garantindo a pratica de atividades físicas pelo

educando de maneira segura e consciente. Nas aulas práticas o conhecimento da

fisiologia do exercício possibilita ao professor o monitoramento de possíveis excessos

nas atividades propostas garantindo o bem estar e integridade do educando.

2 – Você utiliza os conhecimentos da fisiologia do exercício no planejamento

das suas aulas? Se sim, de que forma utiliza esses conhecimentos?

R: Sim. No planejamento das aulas teóricas.

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CONCLUSÃO

De acordo com o exposto neste trabalho, fica claro que necessitamos inter-

relacionar as disciplinas ministradas para os alunos em todos os níveis de ensino, para

que eles ao saírem da escola possam interagir no mundo com uma compreensão mais

critica das coisas.

Isso é apenas um pequeno passo a ser dado para uma melhor reflexão sobre os

métodos de ensino, onde buscamos que o aluno desenvolva um lado investigativo ao

sair da escola.

Observação da visita na Escola: Sem querer julgar o professor em questão, mas

a resposta da questão 2, nos mostra uma falta de conhecimento em relação a

disciplina Fisiologia do exercício, em que afeta infelizmente a maioria dos professores

de Educação Física do Brasil. Nós acadêmicos, que seremos futuros professores, temos

o dever de mudar essa realidade, aproveitando ao máximo o conhecimento de nossos

professores buscando e absorvendo deles o máximo para nos tornarmos professores

referência na área e que fazem a diferença no mercado de trabalho.

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48

BIBLIOGRAFIA

WILMORE, J. H; COSTILL, D. L. – Fisiologia do esporte e do exercício – Manole, São Paulo, 2001.

MCARDLE, WILLIAM D. KATCH, FRANK I. KATCH, VICTOR L. – Fisiologia do

Exercício: energia, nutrição e desempenho humano – Guanabara Koogan, Rio de

Janeiro, 2008.

BIBLIOGRAFIA BASICA DISPONIVEL NA BIBLIOTECA

GARRET JR., W. E. & KIRKENDALL, D. T. A ciência do exercício e dos esportes.

Porto Alegre: Editora ArtMed, 2003.

FOX, E; FOSS, M. L; KETEYIAN, S. J. Bases fisiológicas do exercício e do esporte.

Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. Este livro está disponível na biblioteca.

McARDLE, W; KATCH, F. I; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício. 4. ed. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

Todos os livros da bibliografia básica estão disponíveis na biblioteca da UFMS.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

POWERS, S. & HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação do

condicionamento físico e do desempenho. 3. ed. São Paulo: Manole, 2001.

WILMORE, J. H. & COSTILL, D. Fisiologia do esporte e do exercício. 2. ed.

São Paulo: Manole, 2001.

LAPIERRE, A. A educação psicomotora na escola. São Paulo: Manole, 1996.

Dois dos três livros da bibliografia complementar estão disponíveis na

biblioteca da UFMS, o livro A educação psicomotora na escola não está disponível.

Page 49: Pdf

49

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

2011

História da Educação

Física

Por

Paula Emboava Ortiz

Wesley Pereira Rodrigues

William Eiji Miyagi

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50

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

Grupo 5

Disciplina : “História da Educação Física ”

Componentes : William Eiji Miyagi, Wesley Pereira Rodrigues e

Paula Emboava Ortiz.

Relator :

Comentarista : Eduardo Reis Pieretti.

CAMPO GRANDE

Outubro – 2011

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História da Educação Física

1. INTRODUÇÃO

Os acadêmicos do quarto semestre do curso de educação física na Universidade

Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Paula Emboava Ortiz, Wesley Pereira

Rodrigues e William Eiji Miyagi, escolheram a disciplina “História da EF brasileira” para

desenvolver o trabalho solicitado pelo Professor Gilberto Ribeiro de Araujo Filho, na

disciplina “Prática de Ensino IV”.

A disciplina “História da EF brasileira” é ministrada pelo Professor José Luiz

Finocchio todas as quartas-feiras, na unidade VI, no horário das 10 às 11h40,

compreendendo a uma carga semestral de 34 horas.

Através do ensino desta disciplina objetiva-se conhecer o processo histórico de

constituição do campo acadêmico da educação física e das práticas a ela associadas.

Refletir sobre as relações que a educação física estabeleceu com as dimensões sociais,

políticas e econômicas brasileiras, ao longo de sua história. Conhecer as diferentes

perspectivas identificadas no campo da pesquisa histórica em educação física.

No projeto político pedagógico dos acadêmicos que adentraram o curso de

educação física da UFMS no ano de 2010, está presente a ementa referente à

disciplina supracitada: “Aspectos da historiografia da educação e da educação física

nas dimensões sociocultural e econômica e os acontecimentos da história geral e do

Brasil que influenciaram os novos paradigmas e tendências da Educação e da educação

física”; e o eixo do qual a disciplina faz parte, que possui uma carga horária total de

255 horas, e que é formado pelas seguintes disciplinas: “Fundamentos

Histórico/Filosóficos e educação física I”, “Fundamentos Histórico/Filosóficos e

educação física II”, “Fundamentos sócio-antropológicos e educação física”, “Sociologia

da educação física e do Esporte” e “Trabalho e educação física”. Através deste eixo,

pretende-se estudar e conhecer a dimensão da relação entre o ser humano e

sociedade – tendo como base os fundamentos da educação física, cultura geral e

profissional.

Para tanto, o professor José Luiz Finocchio, optou por seguir a seguinte

metodologia para alcançar os objetivos traçados e fazer cumprir o eixo e a ementa

traçados no projeto político pedagógico do curso:

1- Concepções de política.

2- Filosofias e o contexto educacional brasileiro.

3- Tendências pedagógicas na pratica escolar.

4- A ginástica no século XIX ou o nascimento da educação física.

5- Ginástica higiênica, educação atlética: médicos e militares na constituição da

educação física moderna.

6- A constituição das teorias pedagógicas da educação física.

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52

Para fundamentar-se teoricamente, foram utilizados os referenciais abaixo

citados:

AMARILIO, F. N., Pesquisa Histórica na Educação Física Brasileira. Vitória, UFES, v.1

(5v.), 1996.

ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Temas de Filosofia. São Paulo: Moderna, 2005. p.

299 a 314.

AZEVEDO, A. C. B. de; MALINA, A. Memória do Currículo de Formação Profissional em

Educação Física no Brasil. Revista Brasileira de Ciências do Esporte. 25, set. 2008.

Disponível em:

http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/view/231/233. Acesso

em: 01 Ago. 2011.

BETTI, I. R.; MIZUKAMI, M. da G. N. História de vida: trajetória de uma professora de

educação física. Motriz, Rio Claro, v. 3, n. 2, p. 108-115, dez. 1997.Disponível:

http://www.rc.unesp.br/ib/efisica/motriz/03n2/3n2_ART07.pdf. Acesso: 01 Ago. 2011.

BLOCH, M. Apología para la Historia o el Ofício de Historiador. Mexico: Instituto

Nacional de Antropologia e Historia, 1996.

BRACHT, V. A constituição das teorias pedagógicas da Educação Física. In: Cadernos

Cedes, ano XIX, nº 48, Agosto/99. Disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/ccedes/v19n48/v1948a05.pdf. Acesso em: 01 Ago. 2011.

GOELLNER, S. O Método Francês e Militarização da Educação Física na Escola

Brasileira. In: FERREIRA NETO, AMARILIO, Pesquisa Histórica na Educação Física

Brasileira. Vitória, UFES, pp.123-143, 1996.

HEROLD JUNIOR, C. A Educação Física Na História do pensamento educacional:

apontamentos. Guarapuava – PR: Unicentro/ABEU, 2008. p.85 a 108. Disponível:

http://www.fundacaoaraucaria.org.br/projetos/projetos07-2007/12405-Livro.pdf.

Acesso: 01 Ago. 2011.

LUCENA, R. F., O Esporte na Cidade. Campinas, Autores Associados, 2001

LUCKESI, C. C. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez: 1993. p. 53 a 75.

MARINHO, I. P., História da Educação Física no Brasil. São Paulo, Companhia Brasil

Editora, [s.d.].

_______________. Sistemas e Métodos de Educação Física. [s.l.], [s.d.].

MORENO, A. O Rio de Janeiro e o Corpo do Homem Fluminense: o não Lugar da

Ginástica Sueca. Revista Brasileira de Ciência do Esporte, v.25, n.1, set/2003, pp.55-68.

Page 53: Pdf

53

NIELSEN NETO, H. Filosofia da Educação. São Paulo: Melhoramentos, 1988. p. 69 a

101.

OLIVEIRA, M. T. de. Educação física escolar e ditadura militar no Brasil (1968-1984):

Entre a adesão e a resistência. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, América

do Norte, 25, set. 2008. Disponível em:

http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/view/223/225. Acesso

em: 01 Ago. 2011.

SANTANA, D. B. Corpo e História in: Cadernos de Subjetividade. São Paulo, PUC-SP,

1993, v.1, n.1, pp.243-266.

SCHNEIDER, O. FERREIRA NETO, A.. Intelectuais, Educação e Educação Física: um olhar

historiográfico sobre saude e escolarização no Brasil. REVISTA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS

DO ESPORTE, América do Norte, 27, ago. 2008. Disponível em:

http://www.rbceonline.org.br/revista/index.php/RBCE/article/view/75/81. Acesso em:

01 Ago. 2011.

Algumas destas obras podem ser encontradas na biblioteca central da UFMS,

no Campus de Campo Grande, outras podem ser acessadas pela internet, e outras não

foram encontradas, abaixo exemplificadas na figura 1.

Figura 1: Disponibilidade dos livros e artigos utilizados como referenciais:

Disponív

eis na

biblioteca

ARANHA, 2005; HEROLD JUNIOR, 2008; LUCKESI, 1993;

SOARES, 2001; MARC BLOCH, 1996;

Disponív

eis on-line

AZEVEDO, 2008; BRACTH, 2008; SCHNEIDER, 2008; TABORDA

DE OLIVEIRA, 2011; A MODERNIDADE CHEGA A VAPOR (FILME);

BETTI, 2011; LORENZ, 2009; MORENO, 2003;

Não

disponíveis

NIELSEN NETO, 1988; FERREIRA NETO, 1996; LUCENA, 2001;

GOELLNER, 1996; SANTANA, 1993.

Fonte: Consulta realizada pelos autores do presente estudo – Campo Grande, 2011

O presente estudo é apenas uma parte do projeto da disciplina “Prática de

Ensino IV”, que destaca a necessidade de embasamento teórico para a construção do

projeto político pedagógico, com sua ementa e, também, para a construção teórico-

metodológica da disciplina concomitantemente com seu plano de ensino, pois a grade

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54

curricular do curso de educação física da UFMS é composta por oito semestres

enumerados do “I” ao “VIII”, que tem como objetivo principal realizar a materialização

de todas as demais disciplinas do curso para posterior reflexão e prática no âmbito

escolar.

A reflexão sobre o que deve ser ministrado nestas disciplinas ainda é confuso

devido ao fato de que não há um planejamento progressivo que vincule tais

disciplinas. Isso pode acabar prejudicando a formação dos acadêmicos que acabam por

vezes tendo conteúdos que não são vinculados com as prévias disciplinas de “Prática

de Ensino”, nem com conteúdos aplicáveis na prática. Esta disciplina deveria ter como

ponto de partida a atual situação em que os professores de educação física, já

formados, se encontram, sendo que:

Temos em mente um professor sufocado pelas limitações materiais da escola, pelos baixos salários, pela desvalorização de sua profissão e do seu trabalho, mas sempre esperançoso em transformar sua prática, sedento do saber, inquieto por conhecer e suprir o que não lhe foi propiciado no período de sua formação profissional (COLETIVO DE AUTORES, 1992, p. 17).

Para que a sua graduação lhe possibilite tornar-se um professor melhor

preparado e mais consciente dos problemas que encontrarão em sua prática nas

escolas, além de se tornar consciente da importância da sua prática como professor

formador de alunos conscientes de sua realidade, seus direitos e deveres como

cidadão e ainda da sua importância na construção do projeto político pedagógico e sua

participação dentro da escola valorizando-se como professor de educação física dentro

da escola ou qual seja seu local de trabalho, as oito disciplinas de prática de ensino

deveriam cumprir com seu objetivo principal de transdiciplinariedade durante todos os

semestres da graduação em educação física, materializados na prática do aluno em seu

estágio e posteriormente em suas aulas, quando formado.

O presente estudo teve o objetivo de verificar a aplicação da disciplina “História

e Educação Física Brasileira” nas aulas de educação física em algumas escolas

municipais, estaduais e particulares do município de Campo Grande, Mato Grosso do

Sul. Acreditamos que a disciplina descrita anteriormente tem, possivelmente,

aplicabilidade mais próxima à prática do professor de educação física do que

propriamente do aluno. Porém, a verificação através da aplicação de um questionário

a alguns professores atuantes na educação básica pode contribuir com o

entendimento e verificação da hipótese levantada acima, podendo também, contribuir

com a observação dos parâmetros encontrados para um planejamento mais fidedigno

às necessidades dos graduandos (futuros professores), além de fazer acontecer o

objetivo proposto pelas disciplinas “Práticas de Ensino”.

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55

2. OBJETIVOS:

2.1) Geral:

Verificar se, e como ocorre a materialização da disciplina “História da educação

física brasileira” nas aulas de educação física do ensino básico em escolas do município

de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

2.2) Específico:

Analisar a aplicabilidade da disciplina “História da educação física brasileira”,

nas aulas de educação física do ensino básico, em escolas do município de Campo

Grande, Mato Grosso do Sul.

Analisar as respostas às entrevistas semiestruturadas e diálogos realizados com

professores que participarem.

3. METODOLOGIA

O trabalho foi desenvolvido através da aplicação de uma entrevista semi-

estruturada feita com base em tópicos e questões pertinentes as necessidades do

estudo (Tomar, 2007; Mattos, 2005). Foram aplicados os questionários a professores

de educação física do ensino básico, atuantes em escolas públicas, de Campo Grande,

Mato Grosso do sul, sendo que três professores responderam o questionário

elaborado (anexos ao final do trabalho).

Primeiramente, foi elaborado um roteiro com as principais questões sobre o

assunto que serviu de base para o diálogo com os entrevistados. As entrevistas foram

realizadas nas respectivas escolas, onde o professor atuante respondia as questões de

forma que suas dúvidas sobre as mesmas eram esclarecidas imediatamente.

Posteriormente, as entrevistas foram analisadas verificando-se a reprodutibilidade da

disciplina na prática, a quem era relevante (professor ou aluno) no ponto de vista do

professor e as principais necessidades a respeito da ementa da disciplina na formação

de professores (graduação).

As questões pré-definidas utilizadas no presente estudo podem ser observadas

na figura 2.

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Figura 2: Assuntos contidos no Questionário 1, pré-definido para coleta de dados.

4. RESULTADOS E COMENTÁRIOS

Escola 1

O devido questionário foi aplicado em uma escola estadual em um bairro

periférico de Campo Grande. Conforme a professora, o Ensino fundamental – séries

iniciais é o espaço correspondente ao nível de educação com o que trabalha. A

professora considera importante para a formação do professor de Educação Física, que

este conheça a historia da Educação Física brasileira, porém não sabe qual a

importância da disciplina para a formação do professor de Educação Física por não ter

tido essa disciplina em seu curso de graduação. Em relação à pergunta de considerar

haver alguma importância de ter-se este conhecimento para realizar a sua pratica

pedagógica, a professora não soube responder, por mais que tenha afirmado que sim.

A professora ainda diz que não utiliza a história da educação física brasileira na sua

prática docente nas escolas e que esse conteúdo ministrado na graduação não atende

as necessidades práticas do professor de Educação Física. Agora nos perguntamos:

Como ela poderia afirmar isso, já que não teve a disciplina em sua graduação? Quanto

aos conteúdos, a professora considera fundamental para o seu pensar e sua prática

pedagógica das aulas de Educação física o esporte, jogos, dança. Convém destacar que,

segundo a professora, as aulas de Educação Física devem promover a conscientização

da higienização dos alunos.

Escola 2

A escola 2 é da rede estadual de ensino, localizada próxima a UFMS. A

professora de Educação Física atuava no Ensino Fundamental, tanto nas séries iniciais

quanto nas finais. Ela considerou que a disciplina é importante para a formação do

professor de Educação Física e é necessária para que se tenha um conhecimento de

como foi o processo histórico da mesma e seu desenvolvimento. Quanto à importância

em relação à prática pedagógica, a professora respondeu:

“Considero importante, pois a nossa prática é baseada no estudo, na nossa

própria vivência como aluno e, em seguida, nossa prática como profissional.”

Considerou que a prática pedagógica necessita de “estudo”, ou seja,

embasamento teórico e conhecimento do processo histórico para atuação profissional.

Assuntos

Aplicação prática da disciplina

A quem diz respeito

Necessidades

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57

E ainda, parece destacar a importância da vivência durante a graduação para que se

tenha melhor atuação profissional. Ela diz utilizar a disciplina na prática docente, pois

“não tem como excluir porque faz parte até da nossa história como aluno, mas aminha

prática docente acontece em várias linhas e abordagens, ora uma ora outra.”. Neste

aspecto, devido ao fato de necessitar de métodos de ensino, a professora parece

recorrer ao conhecimento da disciplina (História da Educação Física) para entender as

abordagens e métodos que irá utilizar. Portanto, quanto à opinião sobre o que deveria

ser ministrado nessa disciplina, a professora considerou que as abordagens críticas

devem ser ministradas de forma a atender todos os conteúdos como “saúde, esporte,

jogos, visão crítica dos esportes, atividades rítmicas, dança e outros...”.

Escola 3

Na escola 3, a professora era substituta e dava aulas para o ensino fundamental

– séries iniciais. É Localizada próxima a UFMS e pertence à rede Estadual de Ensino. A

professora substituta era responsável pela parte de treinamento esportivo de um

projeto da escola e disse não ter concluído a licenciatura ainda, mas no presente

estudo consideramos seus dados importantes devido ao fato de que ela está sempre

atuando na Educação Física escolar, seja no treinamento esportivo ou dando aulas de

substituição. Mesmo ainda não tendo concluído a graduação em licenciatura, a

professora disse considerar importante a disciplina História da Educação Física

Brasileira: “Conhecer como a História da Educação Física se iniciou e sua evolução para

que possamos desenvolver com mais eficácia nosso aprendizado enquanto

acadêmicos.”. A professora parece querer dizer que para entendermos a Educação

Física atualmente, devemos conhecer seu passado para que possamos atuar

conscientes e desenvolvê-la. Foi o que pareceu também na resposta relacionada com a

prática pedagógica (questão 5): “Com o conhecimento podemos desenvolver melhor

uma aula e sempre estar evoluindo a prática da Educação Física.” Nas questões 6 e 8 a

professora respondeu que não utiliza o conhecimento da disciplina em suas aulas e

que não atende as necessidades do professor de Educação Física. Tendo por base que

a professora não concluiu a graduação ainda e não cursou a disciplina, podemos talvez

entender que a mesma não conhece os conteúdos da disciplina (História da Educação

Física) e talvez não saiba onde poderia ser aplicado. Ou ainda, ela parece considerar

importante devido a resposta da questão 9: “Acredito que todos conteúdos

ministrados nas faculdades de Educação Física são de suma importância para uma

melhor formação.”

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5. DISCUSSÃO

Os resultados apresentados demonstram que a disciplina “História da Educação

Física Brasileira” parece ser importante na prática pedagógica do professor de

Educação Física.

Apenas a escola visitada número dois tinha uma professora que parece ter

cursado a disciplina durante a graduação e mostrou ter conhecimento de como os

conteúdos da disciplina se materializam na prática pedagógica, citando a importância

desses conhecimentos no momento de escolher e entender os métodos de ensino.

Um dado interessante em nosso estudo foi que todas as professoras tinham

consciência de que a disciplina era importante para a prática do ensino da Educação

Física. Porém, duas delas não haviam cursado esta disciplina durante a graduação, mas

pareciam saber a relevância dos conteúdos enquanto docentes. O que não

conseguiram responder foi a questão de como os conteúdos da disciplina poderia

atender as reais necessidades dos professores de Educação Física, talvez por entender

a história apenas como fatos, e não associando com a realidade em que se encontra.

De acordo com Pereira (2006):

“Conhecendo a história é possível contextualizar uma determinada prática pedagógica e situa-la na linha evolucionária da disciplina. Isso não nos permitirá julgar se uma prática está certa ou errada, mas nos dará argumentos para afirmar se ela está desatualizada ou aplicada fora de contexto.” (Pereira, 2006; pág 9)

Seguindo esta linha de pensamento podemos dizer que a história poderia nos

ajudar a entender a atual situação da Educação Física Escolar e nos daria

embasamento para entender novas propostas de Ensino, discuti-las e transformá-las.

Além disso, poderia nos ajudar a ter uma proposta pedagógica “individual” que nos

permitirá ter uma visão de mundo, de homem, de ser humano.

“Todo educador deve ter definido o seu projeto político-pedagógico. Essa definição orienta a sua prática no nível de sala de aula: a relação que estabelece com seus alunos, o conteúdo que seleciona para ensinar e como o trata científica e metodologicamente, bem como os valores e a lógica que desenvolve nos alunos.” (Coletivo de Autores, 1992; pág 26).

Em relação à materialização da disciplina, os dados coletados parecem indicar

que os conteúdos da disciplina tem mais relevância para o professor. É claro que isso

será consequentemente relevante ao aluno também, pois o professor terá um melhor

embasamento teórico quanto à prática pedagógica, melhorando assim o processo de

ensino-aprendizagem.

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59

6. CONCLUSÃO

Podemos concluir que a disciplina “História da Educação Física Brasileira” tem

grande importância na prática pedagógica do professor de Educação física. A

materialização parece ocorrer em todo processo, desde o planejamento das aulas até

a avaliação. Isso porque os dados coletados demonstram uma necessidade de o

professor entender o atual processo histórico e desenvolver sua prática de acordo com

aquilo que já foi produzido e tentar modificar, se necessário.

Porém, estudos com mais professores e com mais escolas, incluindo escolas

particulares, são necessários para um melhor esclarecimento da materialização da

disciplina, assim como todas as outras, e investigar a atual situação da Educação Física

Escolar para que o planejamento da Licenciatura em Educação Física da UFMS tenha

melhor embasamento quanto às disciplinas “Prática de Ensino”.

7. REFERÊNCIAS

COEG. Conselho de Ensino de Graduação. Projeto Pedagógico do curso de Educação

Física – Licenciatura/Graduação Plena – CCHS/UFMS.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física –. São Paulo:

Cortez, 1992.

MATTOS, P; LINCOLN, C. L.: A entrevista não-estruturada como forma de conversação:

razões e sugestões para sua análise. Rev. Adm. Publica: 39(4):823-847, jul-ago. 2005.

PEREIRA, MM; MOULIN, AFV. Educação Física para o Profissional Provisionado.

Brasília: CREF7, 2006. p:4-241.

TOMAR, M. S. A entrevista semi-estruturada. Mestrado em Supervisão pedagógica.

(Edição 2007/2009) da Universidade Aberta.

.

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60

ANEXO 1: QUESTIONÁRIO UTILIZADO NO PRESENTE ESTUDO

Questionário 1, pré-definido para coleta de dados.

QUESTIONÁRIO

1. Marque um X no espaço correspondente ao tipo de escola em que atua: ( ) Particular.

( ) Municipal

( ) Estadual

2. Marque um X no espaço correspondente ao nível de educação com o que trabalha: ( ) Educação infantil.

( ) Ensino fundamental – séries iniciais.

( ) Ensino fundamental – séries finais

( ) Ensino médio

3. Considera importante para a formação do professor de Educação Física (EF), que este conheça a história da EF brasileira?

( ) Sim

( ) Não

4. Se marcou sim na questão anterior, qual a importância da disciplina para a formação do professor de EF?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

5. Considera haver alguma importância de ter-se este conhecimento para realizar a sua prática pedagógica?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

6. Utiliza a história da EF brasileira na sua prática docente nas escolas?

( ) Sim

( ) Não

7. Se sim na pergunta 4, de que maneira ocorre?

_______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

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61

8. Na sua opinião,esse conteúdo ministrado na graduação atende as necessidades práticas do professor de EF?

( ) Sim

( ) Não

9. Quais conteúdos considera serem fundamentais para o seu pensar e prática pedagógica das aulas de EF? _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________ _______________________________________________________________________

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Anexo 2: Questionário correspondente a escola 3.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

2011

Políticas Educacionais e

Organização da Educação

Física Por

Eduardo Reis Pieretti

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

Grupo 6

Disciplina : “POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER”

Componentes : : Eduardo Reis Pieretti

Relator : Eduardo Reis Pieretti Comentarista : Elvis de Souza Malta

CAMPO GRANDE

Outubro – 2011

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65

EDUARDO REIS PIERETTI

DISCIPLINA:

POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER

EMENTA: Políticas Públicas/Sociais e Educação Física. Estado, Políticas e

Educação Física. Políticas Públicas/Sociais na Educação Física, Esporte e Lazer:

atualidades. Gestão Pública em Educação Física, Esporte e Lazer.

O REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO BÁSICO E COMPLEMENTAR DA DISCIPLINA

SÃO OS SEGUINTES:

1. BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

CASTELLANI FILHO, Lino. Política Educacional e Educação Física.

Campinas: Autores Associados, 2002. (disponível na biblioteca)

SILVA, Maurício Roberto da (Org.). Esporte, Educação, Estado e

Sociedade. Chapecó: Argos, 2007. (INdisponível na biblioteca)

MALINA, André; CESARIO; Sebastiana (Orgs.). Esporte: fator de

integração e inclusão social? Campo Grande: UFMS, 2009. (disponível na

biblioteca)

2. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

CASTELLANI FILHO, Lino. Gestão Pública e Política de Lazer: a

formação de agentes sociais. Campinas: Autores Associados, 2007.

(disponível na biblioteca)

GARCIA, Carla Cristina; HÚNGARO, Edson Marcelo; DAMASCENO,

Luciano Galvão (Orgs.). Estado, Política e Emancipação Humana - Lazer,

Educação, Esporte e Saúde como Direitos Sociais. Santo André: Alpharrabio,

2009: (INdisponível na biblioteca)

SOLAZZI, José Luís; RODRIGUES, Juliana Pedreschi (Orgs.).

Neoliberalismo e Políticas de Lazer Apontamentos críticos: 5 Anos de

Pesquisa do Observatório de Políticas Sociais de Educação Física, Esporte e

Lazer grande ABC/GEPOSEF. Santo André: Alpharrabio, 2009. (disponível

na biblioteca)

CATEGORIZAÇÃO DA DISCIPLINA NO CURRÍCULO:

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66

3. CONTEÚDOS DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA;

3.1 DIMENSÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA (340h);

DIDÁTICA E EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR I (EIXO);

POLÍTICAS PÚBLICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E

LAZER (34h);

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

2011

POLÍTICAS PÚBLICAS DA

EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE

E LAZER Por

Dreyzzy Floriza Souza dos Santos

, Nayanna da Silva Ximenes

Rayane Cristina Felix Tavares.

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68

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

Grupo 8

Disciplina : “Políticas Educacionais e Organização da Educação Física”

Componentes : : Dreyzzy Floriza Souza dos Santos, Nayanna da

.....................................................Silva Ximenes e Rayane Cristina Felix Tavares.

Relator : Comentarista : Ellen Fernandes Duarte.

CAMPO GRANDE

Outubro – 2011

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69

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - CCHS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF

DISCIPLINA DE PRÁTICA DE ENSINO IV

Políticas Educacionais

CAMPO GRANDE, NOVEMBRO DE 2011

DREYZZY FLORIZA

NAYANNA XIMENES

RAYANE TAVARES

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70

POLÍTICAS EDUCACIONAIS

Trabalho requisitado

como critério de avaliação da

disciplina Prática de Ensino IV, do

4º. semestre, de Educação Física,

da Universidade Federal de Mato

Grosso do Sul, ministrada pelo

prof º Gilberto,

CAMPO GRANDE, 19 DE NOVEMBRO DE 2011

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71

Políticas educacionais

1 – CARACTERIZAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Políticas Educacionais é ministrada pelo Profº. Dr. Eronildo

Barbosa da Silva. Atende aos cursos de Educação Física, Artes Visuais e Física com

carga horária de 68 horas.

As aulas são expositivas, com debates, seminários, leituras e reflexão sobre

textos ontológicos, filmes, palestras, além de trabalhos individuais e coletivos. Tem

como objetivo, oferecer ao aluno condições que permitam analisar criticamente o

Estado como indutor de políticas públicas educacionais; conhecer e analisar a política

educacional brasileira e refletir criticamente sobre a estrutura e a organização da

educação nacional.

A aprovação na disciplina dependerá da freqüência e da média de

aproveitamento dos conteúdos ministrados, expressa em nota. Para a aprovação, por

freqüência, o acadêmico deverá ter presença igual ou superior a 75% da carga horária,

expressa neste Plano de Ensino. Em cada bimestre ou unidade, será aplicada uma

avaliação escrita, sem consulta, valendo de zero a dez pontos, para que o

aproveitamento da aprendizagem do discente seja verificado. Ainda em cada bimestre,

um conjunto de trabalhos será desenvolvido valendo de zero a dez pontos a totalidade

dos trabalhos.

1.1 – EMENTA DA DISCIPLINA

Os conteúdos a serem ministrados são: as origens da educação brasileira, as

principais concepções de educação no Brasil, plano Nacional de Educação, plano

Estadual de Educação, plano Municipal de Educação, estrutura e organização da

educação nacional, capitalismo e Estado e educação no século XXI. Os recursos

utilizados são sala de aula, quadro, informática, biblioteca e anfiteatro.

1.2 – Bibliografia

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72

GHIRALDELLI, Paulo. História da Educação. Cortez: São Paulo, 1991

FRIGOTO. Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. Cortez:

São Paulo, 1995

Trabalho, Educação e Política Pública. ESTER, Sena( org). Campo

Grande: Editora UFMS, 2003

Educação escolar: políticas, estrutura e organização. LIBÂNEO, José (

org). Cortez: São Paulo, 2009

Contos e Contrapontos da política educacional: uma leitura

contextualizada de iniciativas governamentais. NETO, Antonio ( org).

Brasilia: Liber Livro Editora, 2007.

SHIROMA, Eneida; MORAES, Evangelista Olinda. Política

Educacional. Rio de Janeiro: DP&A. 2000.

Neoliberalismo, Qualidade Total e educação: visões criticas.

GENTILI, Silva; TOMAZ Tadeu ( org). Petrópolis: Vozes, 1996

FERNANDES, D.E. Políticas públicas de educação: a gestão

democrática na rede estadual ensino de Mato Grosso do Sul ( 1991-1994).

Campo Grande: Editora da UFMS, 2000.

2 – REFERENCIAIS TEÓRICOS PARA A DISCIPLINA:

Page 73: Pdf

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De acordo com a Lei nº9.394/96- As Políticas Educacionais apresentam

uma instância com funções deliberativas no âmbito da educação análogas àquelas

exercidas pelo Legislativo e Judiciário no âmbito da sociedade como um todo.

Segundo Jorge Barcellos, professor da disciplina de Políticas Educacionais da

UNISINOS, esta disciplina é muito abrangente e difícil de definir, mas ele a considera

como ramo intermediário entre a Pedagogia e a Ciência Política especializada na

análise dos projetos governamentais no campo educativo ou ainda, como a disciplina

que se propõe a analisar e dar sentido ao conjunto de normas reguladoras entre o

Estado e a sociedade no campo educacional, tudo enfim não pode ser considerado

efeito do poder no campo das Políticas Educacionais (Foucault). Uma disciplina ampla,

que se trata das políticas que norteiam a educação no Brasil, apontando suas principais

diretrizes e programas.

“Considerando que a escola é o espaço por

excelência no qual se pode ver o Estado em ação (Azevedo,1997)

ou, melhor dizendo, a política pública educacional em sua face

concreta (realizada, ignorada, negada, reinventada) interessou

buscar ali elementos para pensar as peguntas fomuladas” (....,

PÁG 194)

Qual a primeira parte da política? A educação. A segunda? A educação.

E a terceira? A educação (Jules Michelet)

3 – OBJETIVO DE ESTUDO

Saber se esta disciplina está tendo aplicabilidade fora da universidade, se os

professores em atuação tiveram essa disciplina na sua formação, se a aplicam na

escola, o quão importante a disciplina é para eles e para seus alunos no ambiente

escolar e fora dele.

4 - METODOLOGIA

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74

As pesquisas qualitativas são exploratórias, ou seja, estimulam os

entrevistados a pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas

fazem emergir aspectos subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou mesmo

conscientes, de maneira espontânea. São usadas quando se busca percepções e

entendimento sobre a natureza geral de uma questão, abrindo espaço para a

interpretação.Foi usado como referência o questionário do IBOPE, no qual possui

perguntas objetivas e de respostas específicas, com professores atuantes das redes

estadual, municipal e particular de ensino do município de Campo Grande – MS.

4.1 – QUESTIONÁRIO

O questionário aplicado compreende somente 3 questões:

- O que se entende por políticas educacionais?

-Essa disciplina existiu em sua grade curricular?

- Há aplicabilidade do que aprendeu nessa disciplina em sua prática pedagógica? Se

sim, como? Se não, por quê?

5 – RESULTADOS

Para ter as respostas, visitamos algumas escolas das redes municipal, estadual e

particular do município de Campo Grande – MS.

- Municipal

Nessa instituição conversamos com 1 professora que atua na educação infantil e

ensino fundamental. Ao fazer a primeira pergunta ela disse que não sabia muito bem

definir a disciplina por ser uma matéria muito abrangente, mas, que teve sim em sua

grade curricular e acredita ser de difícil aplicação, pois considera uma disciplina de

maior importância para o professor, pois mostra as políticas educacionais existentes

no nosso pais, e para que elas servem dentro da educação.

- Estadual

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75

Na instituição estadual conversamos com 1 professor substituto pois o oficial

estava de atestado. Ao fazermos a pergunta ele disse não ter tido essa disciplina em

sua grade. Tentamos fazê-lo lembrar ver se às vezes a disciplina foi aplicada com outro

nome, mas, mesmo assim disse que não sabia dizer nada por que não a estudou.

- Particular

Na escola particular a professora foi bem atenciosa, formada pela universidade

federal, formada a um bom tempo, ao explicamos ela disse que teve em sua grade

curricular algo parecido, só não tinha o mesmo nome, e disse também que é uma

disciplina mais aliada a formação do professor quanto às informações que adquire

dentro dela, ao saber um pouco das políticas educacionais existentes, mas acredita

que para o aluno ela pode usar é claro o que os beneficia dentro dos planos de

educação, dizendo o que eles tem direito, etc. Por ser uma instituição particular ela diz

que só deve fazer o que pedem e nada mais do que isso, mas reafirmou que para sua

formação foi um conteúdo importante que pode ajudá-la também quando quiser fazer

concurso dentro da área.

5- CONCLUSÃO

Formar professores é uma tarefa complexa. A disciplina oferecer ao aluno

condições que permitam analisar criticamente o Estado como indutor de políticas

públicas educacionais; conhecer e analisar a política educacional brasileira e refletir

criticamente sobre a estrutura e a organização da educação nacional.

A partir dos objetivos da disciplina, observamos que os alunos estão tendo

acesso a essas infomações, porém na maioria das vezes, não dão valor às informações

que recebem.

Outro fator importante é que como o professor ministrante não é do

Departamento de Educação Física, acaba se afastando um pouco das outras disciplinas

do curso e, também, por dar aulas para outros cursos, acaba dando a mesma base para

todos, assim, ficando difícil associar com todas as materias de todos os cursos.

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Os alunos, por sua vez, também não se interessam em relacionar as

matérias, trata-na como uma matéria independente, algo que tem fim em si mesmo.

6 – REFERÊNCIAS:

Site: http://www.ibopeeducacao.com.br/

BARCELLOS. Jorge. Políticas Educacionais como campo de saber. Universidade

do Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul.

LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizese bases

da educação nacional. Diário oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo,

Brasília, 23 dezembro de 1996.

AZEVEDO, Janete. A educação como política pública. Campinas: Autores

associados, 1997.

SENNA, Ester. Trabalho, educação e política pública. Campo Grande: Autores

associados, 2003.

Page 77: Pdf

77

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

2011

Lutas e Cultura

Corporal do Movimento Por

Ceiton Tenório de Lima da Silva

Gabriel Augusto Fonseca Camargo

Gabriel Elias Otta

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Trabalho de Prática de Ensino IV

Grupo 9

Disciplina : “Lutas e Cultura Corporal do Movimento”

Componentes : Gabriel Elias Otta, Ceiton Tenório de Lima da Silva e

Gabriel.Augusto Fonseca Camargo.

Relator :

Comentarista : Dreyzzy Floriza Souza dos Santos

CAMPO GRANDE

Outubro – 2011

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79

Disciplina Lutas e Cultura Corporal do Movimento

Professor responsável: Alex de Souza Cese

Ementa:

Demonstrar a História das Artes Marciais e os principais estilos, as

características das técnicas marciais, as possibilidade de aplicação das artes marciais

no processo educativo, a análise da competição como uma aproximação sócio-

pedagógica, a abordagem filosófico-cultural das artes marciais em diferentes regiões e

épocas, a elaboração de um programa de treinamento realístico com a educação

brasileira, a análise cinesiológica dos movimentos utilizados nas artes marciais e a

análise e desenvolvimento de expressão corporal associada às artes marciais.

Eixo Curricular:

O eixo curricular da disciplina fala e se baseia no seguinte: Fundamentos

históricos das lutas. As lutas como conteúdos da educação física. Aspectos teórico-

metodológicos e o ensino das lutas. As necessidades especiais e o ensino das lutas: a

questão da inclusão.

Bibliografia da Disciplina:

Bibliografia básica:

DARIDO, S. C. & RANGEL, I. C. A. (Coord). Educação física na escola: implicações para a

prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

MARINHO, V. de O. Educação Física Humanista. Rio de Janeiro: Shape, 2010.

SILVA, G. de O. HEEIN, V. Capoeira: um instrumento psicomotor para a cidadania. São

Paulo: Phorte, 2008.

SOARES, C. L. et al. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo. Cortez. 1993

Bibliografia Complementar:

AREIAS, A. O que é capoeira. São Paulo: Brasiliense, 1986.

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80

CAPOEIRA, N. Capoeira: pequeno manual do jogador. 7. ed. Rio de Janeiro: Record,

2002.

CARNEIRO, E. Caderno de folclore (nº. 1), Capoeira. Rio de Janeiro: MEC - Gráfica

Olímpica Editora, 1975.

REGO, W. Capoeira angola - Ensaio sócioetnográfico. Salvador: Itapuã, 1969

ROBERT, L. O judô. Lisboa: Editorial Notícias, 1976.

Sobre a disciplina:

Hoje como acadêmicos vemos claramente a dificuldade de utilizar uma teoria

como base e aplicá-la na prática. Infelizmente ainda há uma grande lacuna entre teoria

e prática.

Portanto acreditamos que o objetivo do professor é contribuir para sua

formação e não fazer uma revolução igual certas teorias propõem, pois sabemos que é

inviável.

Como futuros professores acreditamos que os jogos e as brincadeiras lúdicas

trazem à criança inúmeros benefícios, como o desenvolvimento motor, cognitivo,

afetivo-social, entre outros. Tendo em vista importância de não pular etapas no

desenvolvimento da criança, não deixando espaço à auto-descoberta e de não

prejudicar o desenvolvimento de seus próprios valores. É importante, entçao,

trabalhar a luta de forma lúdica com as crianças. Por exemplo, nas aulas de Karatê,

devemos gradualmente fazer uma ligação às técnicas da arte marcial de acordo com a

maturação e entendimento delas, sem a preocupação de formar atletas. Que isso seja

uma conseqüência e não um objetivo. De acordo com Contreras (1999), a criança deve

desenvolver seus próprios valores e dirigi-los para a etapa seguinte, onde se escorarão

na formação específica, ou seja, deve-se deixar a natureza agir, e ser, portanto, capaz

de descobrir as verdadeiras necessidades naturais. O autor acredita que devemos ter

os jogos e brincadeiras, como fatores motivadores e como elementos recreativos e

lúdicos, estimulando fatores psicológicos (auto-estima, confiança, relações, etc.), além

dos fatores físicos e sociais, ajudam no processo de aprendizagem do karatê.

Como Brougére (1998) explica, os jogos fazem parte da instrução, e ao mesmo

tempo em que exercitam a inteligência, promovem o crescimento, boas condições

físicas e saúde entre os jovens. Por serem exercícios físicos, tornam-se um meio de

introduzir a criança a uma atividade física e pode ser usado para permitir um

relaxamento necessário cujo objetivo é propiciar um novo esforço intelectual, ou

tornar lúdica a educação corporal e facilitar o aprendizado.

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81

Ferreira (2006) explica que mesmo na disciplina de educação física, desde a

educação infantil até o ensino médio, pode-se comprovar que as lutas lúdicas são

sucesso em todos os níveis e que para os pequenos, as lutas dos animais (luta do sapo,

luta do jacaré, etc.) ou a luta do saci, ajudam na liberação da agressividade das

crianças, além de serem trabalhados todos os fatores psicomotores nestas atividades.

Segundo o mesmo autor, as lutas trazem inúmeros benefícios ao praticante,

destacando no aspecto motor, a lateralidade, o controle do tônus muscular, o

equilíbrio, a coordenação global, a idéia de tempo e espaço e a noção de corpo; no

aspecto cognitivo, a percepção, o raciocínio, a formulação de estratégias e a atenção;

no aspecto afetivo social. Observa-se nos alunos alguns aspectos importantes como a

reação a determinadas atitudes, a posturas sociais, a perseverança, o respeito e a

determinação, além de favorecer a criança a desenvolver o sentido do tato, extravasar

e controlar a agressividade e também à aumentar a responsabilidade, pois ajuda o

aluno a cuidar da integridade física do colega, promove o desenvolvimento das

habilidades motoras e condições físicas básicas (força, resistência, velocidade e

flexibilidade), a aceitação as normas de grupo e o respeito ao resto dos companheiros.

Visita às Escolas:

Fomos a campo ver como que a disciplina realmente se materializa na escola,

para tal, vistamos uma escola particular, uma estadual (no interior do estado) e uma

municipal.

Escola Harmonia

Fomos a uma escola particular de Campo Grande, que se destaca muito e é

muito conhecida por ser uma escola de ensino integral e de ensino bilíngüe, sendo o

inglês sua segunda língua. A razão pela qual escolhemos essa foi pelo simples fato que

no nosso segundo semestre de curso, fomos fazer uma visita a este colégio e ele

proporciona lutas como opção. Todos os anos possuem educação física e todos tem

que fazer, mas existe a possibilidade do aluno escolher entre a aula de educação física

e uma luta. No caso dos meninos o colégio oferece o judô, e para as meninas a aula

oferecida é o balé. Conversamos com o professor de lutas e ele também era formado

em educação física e nos relatou que existe um grande problema com isso, pois nem

todos os mestres de alguma modalidade de luta é professor de educação física e com

isso existe uma dificuldade na difusão de tal arte marcial no ambiente escolar.

Escola Estadual Leontino Alves de Oliveira – Rio Negro/MS

Para a vista da escola estadual, o acadêmico Gabriel Camargo visitou uma

escola no interior do estado, em Rio Negro-MS. Achamos interessante fazer esta vista,

pois, se era possível, por que não conhecer à respeito das aulas de educação física fora

da cidade de Campo Grande?

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Apesar de a escola situar-se em outra cidade, as aulas de educação física são

idênticas à maioria das oferecidas na capital: o “rola bola”. Na qual os alunos apenas

praticam a modalidade esportiva que pedirem à professora. Sendo em sua maioria,

Futsal para os meninos e Vôlei para as meninas.

Questionada a respeito do conteúdo lutas, a professora informou que este

dificilmente seria trabalhado ali. Pois além de a escola não oferecer os recursos

necessários à pratica de qualquer luta, ela (professora) não possuía os conhecimentos

necessários para tal ensino. Outro fato importante dito pela professora, é que, os

alunos não saberia “usar” a luta aprendida. Que os alunos, caso tivessem o conteúdo,

apenas iriam querer brigar.

Escola Municipal João de Paula Ribeiro

A Escola situada em no bairro Monte Castelo atende crianças com

predominância na classe média. O professor possui 20h de aula por semana. Sendo

duas aulas por turma, e cada turma possui duas aulas por semana.

O conteúdo é dividido por etapas, no qual, cada bimestre é um determinado

assunto/ esporte. O professor procura explicar regras e conceitos, buscando uma

melhor aprendizagem sobre o conteúdo. O professor trabalha com os alunos por meio

de atividades lúdicas. Entretanto, não se encaixa o conteúdo lutas nestas atividades.

Devido principalmente à falta de conhecimento do professor, pois a escola fornece

grande quantidade de materiais e possui boa estrutura (a não ser pela quadra, que é

muito pequena)

Conclusão:

Pudemos concluir que a disciplina lutas não é muito ofertada no ambiente

escolar pelo simples fato de os professores não serem capacitados. Existem muitos

poucos professores formados em educação física que se propõe a trabalhar lutas na

escola, tendo também outro fator muito limitante: a falta de estrutura. Tanto física

quanto material. E pelo que pudemos observar é que muitas escolas ainda possuem

aquele pensamento de que a luta é uma prática violenta e com isso gerará mais

violência. Ainda mais hoje em dia, em que as notícias sobre Bulling nas escolas são

cada vez mais comum. É uma situação complicada a qual este conteúdo da educação

física tem passado. Entretanto, fora das escolas está evoluindo e sendo difundido cada

vez mais, principalmente pelas academias e pela mídia.

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83

Referências:

BROUGÉRE, Gilles. Jogo e Educação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1998.

COEG. Conselho de Ensino de Graduação. Projeto Pedagógico do curso de Educação

Física – Licenciatura/Graduação Plena – CCHS/UFMS.

CONTRERAS, Juan M. Como trabalhar em grupo. São Paulo, Paulus, 1999.

FERREIRA, Heraldo S. Lutas aplicadas à Educação Física Escolar. Fortaleza, Apostila da

disciplina de lutas da Universidade Vale do Acaraú, 2006

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84

ÍNDICE DOS ASSUNTOS

A Prática de Ensino, caminhos para, 02 - 07

Aprendizagem Motora, 10 - 17

Ciência em Educação Física III, 18 – 27

Currículo e Didática da Educação Física, 28 – 38

Fisiologia Humana e do Exercício II, 39 – 48

História da Educação Física, 49 – 62

Lutas e Cultura Corporal do Movimento, 77 - 83

Políticas Educacionais e Organização da Educação Física, 67 – 76

Políticas Públicas da Educação Física Esporte e Lazer, 63 – 66