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Lei 6725 de 29 de Agosto de 1994 DISPÕE SOBRE O grafo único - O Executivo fixará, em decreto, ... deverá apresentar requerimento instruído com projeto e memorial descritivo, bem

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Lei 6725 de 29 de Agosto de 1994 DISPÕE SOBRE O SERVIÇO PÚBLICO FUNERÁRIO DE BELO HORIZONTE. O Presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, no uso de suas atribuições legais, e atendendo ao que dispõe o § 8° do art. 92 da Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte, promulga a seguinte Lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÃO PRELIMINAR Art. 1° - O serviço público funerário de Belo Horizonte, de caráter essencial, é regido por esta Lei e será organizado conforme os princípios de descentralização, regionalização e participação da iniciativa privada. CAPÍTULO II DAS NECRÓPOLES Seção I Dos Conceitos Art. 2° - Para os efeitos desta Lei são adotadas as seguintes definições: I - jazigo é o local onde se enterra a urna mortuária, com o fundo constituído pelo terreno natural; II - sepultura é o jazigo sem revestimento lateral, com tamanhos distintos para adultos e infantes; III - carneiro é o jazigo com revestimento lateral, tendo internamente as dimensões das sepulturas; IV - carneiro geminado são dois carneiros e mais o terreno entre eles existente, formando um único jazigo; V - columbário é o depósito individualizado de ossos retirados de carneiros simples ou geminados; VI - nicho é o compartimento individual do columbário; VII - ossário é o depósito comum de ossos retirados de sepulturas. Parágrafo único - O Executivo fixará, em decreto, as dimensões das sepulturas, respeitada a exigência do inciso II do caput, bem como as dimensões externas dos carneiros. Seção II Das Inumações e Exumações Art. 3° - As inumações serão feitas exclusivamente nas necrópoles instaladas no Município, em locais definidos pelo Executivo, obedecida a legislação de uso e ocupação do solo.

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§ 1° - O Executivo dividirá o Município em tantas zonas quantas forem necessárias, conforme a densidade populacional, instalando-se uma necrópole em cada uma delas. § 2° - A inumação será feita na necrópole existente na zona que compreender o local onde residia o de cujus, salvo pagamento do preço de transferência. § 3° - Aos que possuírem carneiro a título remunerado e perpétuo em uma das necrópoles serão assegurados os direitos do respectivo título, independentemente do local onde residiam e de pagamento do preço de transferência. Art. 4° - A inumação somente será permitida à vista de certidão de óbito expedida pela autoridade competente. Art. 5° - Entre duas inumações sucessivas no mesmo jazigo intermediará prazo mínimo de 5 (cinco) anos, se a última foi de adulto, e de 3 (três) anos, se foi de infante. Parágrafo único - É vedada a inumação simultânea em um único jazigo. Art. 6° - O jazigo não poderá ser reaberto antes de decorridos os prazos do artigo anterior, salvo exumação por motivo de: I - pedido da família do de cujus; II - investigação p olicial ou determinação judicial; III - transferência dos despojos por desativação da necrópole. § 1° - No caso do inciso I do caput, a exumação dependerá de prévio pagamento do preço correspondente e autorização do administrador da necrópole, além do atendimento às regras sanitárias. § 2° - Quando a exumação não se der a pedido da família do de cujus, será ela comunicada com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, por edital no diário oficial ou, se conhecido seu endereço, por via postal. § 3° - Fora dos casos de exumação previsto neste artigo, um jazigo somente poderá ser aberto em caso de vencimento ou caducidade da concessão. Seção III Da Concessão do Jazigo Art. 7° - As inumações serão feitas mediante concessão de jazigo, a t ítulo gratuito ou remunerado, subdividido este em temporário e perpétuo. Art. 8° - A concessão a título gratuito se fará sempre para sepultura onde serão enterrados aqueles cujas famílias não possam pagar os preços devidos ou cujos corpos não forem reclamados, nos termos e prazos da legislação aplicável. § 1° - A concessão a título gratuito se dará pelos prazos mínimos estabelecidos no art. 5°, sem direito a prorrogação, após o

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que, os ossos serão transferidos para o ossário. § 2° - É permitida a conversão da concessão a título gratuito, durante o seu período de vigência, em uma das modalidades de concessão a título remunerado, mediante pagamento do preço respectivo e do de conservação do jazigo relativos aos anos transcorridos desde a inumação Art. 9° - A concessão a título remunerado e temporário será feita: I - por 5 (cinco) anos, admitida uma prorrogação por igual prazo, sem direito a novas inumações; II - por 20 (vinte) anos, admitida uma prorrogação por igual prazo, com direito a inumações de cônjuge, descendente e ascendente, salvo se já tiver sido atingido o último qüinqüênio: a) da concessão original, sem pedido de prorrogação; b) da prorrogação concedida. Art. 10 - A concessão a título remunerado e perpétuo só será feita para adultos, em carneiro, admitida a inumação de cônjuge e de parentes consangüíneos ou afins até o segundo grau do concessionário. Parágrafo único - Como homenagem pública excepcional, poderá o Executivo conceder perpetuidade gratuita de carneiro a cidadão cuja vida pública deva ser rememorada pelo povo, por relevantes serviços prestados à Nação, ao Estado ou ao Município. Art. 11 - Poderá ser vendida antecipadamente a concessão de jazigos, respeitadas as seguintes regras: I - será reservada, no mínimo, 70% (setenta por cento) da capacidade de cada necrópole para atender à demanda corrente; II - somente poderá ser efetuada a pessoas maiores e capazes; III - é vedada a concessão de mais de um jazigo a cada adquirente; IV - efetivada a venda a um dos cônjuges, não poderá o outro obter nova concessão na constância do casamento, qualquer que seja o seu regime de bens. Art. 12 - A concessão é intransferível e somente se estende a familiares do seu adquirente original, nos termos e casos previstos nesta Lei. Seção IV Das Construções e Serviços de Limpeza Art. 13 - As necrópoles possuirão plano estético próprio, definindo os tipos de construções e obras de embelezamento dos jazigos que serão admitidos, respeitadas as normas sanitárias, ambientais e de segurança adotadas no Município.

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Art. 14 - Quando o plano estético da necrópole admitir construções e obras de embelezamento dos jazigos, o concessionário deverá apresentar requerimento instruído com projeto e memorial descritivo, bem como com cálculos de resistência e estabilidade, quando for o caso de erguimento de mausoléu. Parágrafo único - Restos de materiais provenientes de obras devem ser removidos imediatamente pelos responsáveis. Art. 15 - Os mausoléus, quando admitidos no plano estético da necrópole, somente poderão ser erguidos sobre carneiro concedido a título perpétuo. Art. 16 - As lápides dos jazigos poderão conter somente os nomes das pessoas enterradas, com as respectivas datas de nascimento e morte, e a inscrição de epitáfio de livre escolha dos concessionários. Art. 17 - É proibido, dentro da necrópole, o trabalho de preparo de pedras ou de quaisquer outros materiais, que deverão entrar já em condições de serem empregados imediatamente. Art. 18 - Flores, coroas ou outros ornamentos perecíveis usados em funerais ou colocados sobre os jazigos em outras ocasiões, quando estiverem em mau estado de conservação, serão retirados. Parágrafo único - Os interessados perderão o direito ao material e ornamentos não-perecíveis que forem retirados dos jazigos em razão de exumação, se não os forem buscar dentro do prazo de 30 (trinta) dias. Art. 19 - Os serviços de limpeza das necrópoles, inclusive dos jazigos, são de exclusiva competência de sua administração, vedada a ação dos concessionários, que deverão pagar o preço respectivo. Seção V Dos Pagamentos Art. 20 - Os serviços das necrópoles serão cobrados mediante preço público, fixados seus valores máximos em decreto. Parágrafo único - Os preços devem ser pagos de uma só vez antes da prestação do serviço respectivo, salvo o de concessão de jazigo, que poderá ser parcelado, a critério do administrador da necrópole, observados os critérios definidos em decreto. Art. 21 - Nas concessões a título remunerado o concessionário ou sua família são obrigados a pagar, anualmente, preço de conservação do jazigo, ainda que não tenha havido inumação nele. § 1° - O pagamento somente poderá ser feito, a cada ano, se liquidados os débitos de exercícios anteriores. § 2° - A falta de pagamento do preço de conservação do jazigo por 3 (três) anos importará ao infrator a caducidade da concessão.

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§ 3° - Antes da declaração de caducidade, o administrador da necrópole publicará em diário oficial, por 3 (três) vezes consecutivas, chamamento do interessado para quitar o débito existente, bem como as despesas com as publicações, no prazo de até 30 (trinta) dias que se seguirem à última publicação. § 4° - Decorrido o prazo estipulado no parágrafo anterior, sem que tenham sido recolhidos os preços atrasados e/ou as despesas com as publicações, serão os ossos recolhidos em urnas apropriadas, com identificação e registro, e depositados em nichos. Art. 22 - Além dos preços da tabela baixada pelo Executivo, não poderão ser criados novos ônus para os concessionários de jazigos. CAPÍTULO III DA CREMAÇÃO DE CADÁVERES E INCINERAÇÃO DE RESTOS MORTAIS Art. 23 - A inumação do cadáver poderá ser substituída pela sua cremação nos termos e condições estabelecidos nos artigos seguintes. Art. 24 - Só poderá haver cremação nos casos em que não houver dúvidas quanto à causa mortis e absoluta insuspeição, por parte das autoridades policial ou judicial competentes, de que ela tenha decorrido de ação criminosa. Art. 25 - Será cremado o cadáver: I - daquele que houver demonstrado esse desejo, por instrumento público ou particular; II - se a família do morto assim o desejar, desde que o de cujus não haja feito declaração em contrário, por uma das formas a que se refere o item anterior. Parágrafo único - Para os efeitos do disposto no inciso II do caput deste artigo, considera-se família o cônjuge, descendentes, ascendentes e irmãos, se maiores e capazes, atuando um na falta do outro e na ordem ora estabelecida. Art. 26 - Em caso de morte violenta, a cremação, atendidas as condições do artigo anterior, só poderá ser levada a efeito mediante prévio e expresso consentimento da autoridade competente, nos termos da legislação aplicável. Art. 27 - O Executivo poderá determinar, observadas as cautelas indicadas nos artigos anteriores, a cremação de cadáveres de indigentes e daqueles cujos corpos não forem reclamados, independentemente de pagamento dos preços respectivos. Art. 28 - Os restos mortais, após a regular exumação, poderão se incinerados, mediante consentimento expresso da família do de cujus. Art. 29 - As cinzas resultantes da cremação do cadáver ou incineração de restos mortais serão recolhidas em urnas e estas guardadas em nichos.

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§ 1° - Dessas urnas constarão os dados relativos à identidade do de cujus, as datas do falecimento e da cremação ou incineração. § 2° - As urnas a que se refere este artigo poderão ser entregues a quem o de cujus houver indicado ou retiradas pela família do morto. § 3° - Nos casos do art. 27, as cinzas terão o destino que definir o Executivo. Art. 30 - A cremação de cadáveres e a incineração de restos mortais estão sujeitas a prévio pagamento dos preços respectivos, bem como a guarda das cinzas resultantes destas práticas, cujos valores máximos serão fixados em decreto. Art. 31 - Os fornos crematórios e os incineradores de restos mortais serão instalados nas necrópoles ou fora delas, respeitando-se, neste último caso, as regras de uso e ocupação do solo, posturas municipais, ambientais e sanitárias. CAPÍTULO IV DOS VELÓRIOS Art. 32 - Serão construídos velórios para a vigília de pessoa falecida e demonstração de pesar e solidariedade aos familiares do morto. § 1° - Em toda necrópole deverá ser instalado um velório, podendo o Executivo fixar outros locais para a sua construção. § 2° - O Executivo estimulará a instalação de velório dentro da área de conglomerado populacional urbano carente ou a uma distância máxima de 500 (quinhentos) metros deste. Art. 33 - Cada velório deverá ter pelo menos: I - 5 (cinco) cômodos de vigília, sendo pelo menos 1 (um) reservado para os casos do art. 34, parágrafo único; II - 2 (dois) sanitários, um para cada sexo; III - 1 (um) espaço reservado a atividades religiosas, sem distinção de credo. Art. 34 - O Executivo fixará os preços máximos dos serviços prestados pelo velório. Parágrafo único - Será gratuito o serviço de velório para pessoas que não possam pagar os preços respectivos ou cujos corpos não forem reclamados, mediante requisição do Executivo. Art. 35 - Os espaços exteriores aos cômodos de vigília e ao espaço destinado a atividades religiosas poderão ser utilizados para fins de publicidade, respeitadas as normas pertinentes. Art. 36 - É permitida a instalação no velório, em local que respeite a vigília nos cômodos próprios e a realização das

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atividades religiosas, de lanchonetes e de lojas que comercializem produtos compatíveis com a natureza do local, a critério do Executivo. Parágrafo único - Quando o velório for delegado, a exploração da lanchonete e loja poderá, a critério do delegatário, ser transferida a terceiros, respeitada a data de término da delegação recebida. CAPÍTULO V DA DELEGAÇÃO Seção I Do Processo de Delegação Art. 37 - A instalação e exploração de necrópoles, fornos crematórios e velórios poderão ser delegados, mediante licitação. Art. 38 - As propostas dos interessados deverão estar instruídas, além dos documentos previstos na legislação pertinente, com: I - prova de propriedade do imóvel, sua ou de seus antecessores, por mais de 20 (vinte) anos; II - prova de inexistência de ônus real gravando o imóvel; III - projeto completo do que se pretende fazer, com memorial descritivo. § 1° - em caso de necrópole, a proposta deverá conter ainda: I - planta cotada do terreno, em escala 1/1.000, em papel tela, com indicação clara e precisa de suas confrontações e sua situação em relação a logradouros e estradas já existentes; II - planta em perspectiva, em cores, com indicação das vias internas de circulação; III - planta dos edifícios internos, obrigatórios ou autorizados que se pretenda instalar, inclusive o destinado à administração. § 2° - O terreno destinado à implantação de necrópole não poderá ter área inferior a 100.000m2 (cem mil metros quadrados), nem superior a 600.000m2 (seiscentos mil metros quadrados). Art. 39 - O delegatário não poderá recusar qualquer serviço por razões de ordem religiosa, política ou racial. Parágrafo único - É permitida a delegação de necrópole para uma religião específica, aplicando-se, neste caso, as duas últimas restrições do caput, e sendo liberada a instalação de mais de uma necrópole numa mesma zona. Art. 40 - O delegatário é obrigado a: I - manter em livro próprio o registro das inumações, velórios e cremações, em ordem cronológica e com indicações necessárias, no primeiro caso, à identificação do jazigo; II - manter as instalações nas mais perfeitas condições de limpeza e higienização;

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III - impedir o uso indevido de sua área, mantendo serviço de vigilância permanente; IV - cumprir as obrigações assumidas com os particulares; V - manter o serviço durante o horário fixado em decreto pelo Executivo, inclusive nos dias não-úteis; VI - manter livros, fichas e outros materiais de expedie nte de acordo com modelos fornecidos pelo Executivo; VII - construir apenas os prédios e instalações permitidas pelo Executivo; VIII - cumprir e fazer cumprir as determinações dos regulamentos municipais atinentes à espécie; IX - sujeitar-se à fiscalização do Executivo, facilitando a ação de seus agentes. Parágrafo único - No caso de necrópole, o delegatário é ainda obrigado a: I - comunicar ao Executivo, até o quinto dia útil do mês seguinte, as inumações e exumações, neste último caso com seus motivos, efetuadas no mês anterior; II - colocar à disposição do Executivo, para inumação de pessoas que não possam pagar os preços respectivos e daquelas cujos corpos não forem reclamados, a quota mínima de 5% (cinco por cento) do total dos jazigos. Art. 41 - O delegatário é o responsável direto pelos tributos que incidirem sobre o imóvel e a atividade. Seção II Das Penalidades Art. 42 - O delegatário que infringir as regras desta Lei se sujeitará às seguintes penalidades: I - advertência; II - multa; III - cassação da delegação. Art. 43 - A advertência será aplicada, no caso de primeira infração dentro de um ano civil, e implica o dever de fazer cessar imediatamente a irregularidade e/ou reparar o dano causado. Art. 44 - Em caso de primeira reincidência num ano civil, será aplicada multa: I - de 50 (cinqüenta) UFPBHs - Unidades Fiscais Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte - para necrópole; II - de 10 (dez) UFPBHs - Unidades Fiscais Padrão da Prefeitura de Belo Horizonte - para fo rnos crematórios e velórios. § 1° - A multa aplicada será cobrada em dobro e em triplo, respectivamente, na segunda e na terceira reincidências. § 2° - Para aplicação da primeira multa será considerado reincidência o não-cumprimento da segunda parte do artigo anterior.

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Art. 45 - A penalidade de cassação da delegação será aplicada: I - na segunda reincidência num ano civil, nos casos de cobrança de preço acima do tabelado ou pelo não-oferecimento da gratuidade nas hipóteses previstas nesta Lei; II - na quarta reincidência num ano civil, nos demais casos. CAPÍTULO VI DAS DEMAIS ATIVIDADES DO SERVIÇO FUNERÁRIO Seção I Da venda de Urnas Mortuárias e Objetos Correlatos Art. 46 - A venda de urnas mortuárias e objetos correlatos será feita em estabelecimentos públicos ou privados, após outorga de licença específica e Alvará de Localização e Funcionamento. Parágrafo único - Poderão ser outorgadas licenças e alvarás em qualquer quantidade, independentemente de limite de interessados. Art. 47 - Os estabelecimentos de que trata o artigo anterior poderão fabricar suas próprias urnas mortuárias ou adquiri-las de terceiros. Art. 48 - O Executivo baixará, em decreto, a definição de modelos de urnas mortuárias, com suas especificações, respeitadas as seguintes condições: I - deverão existir pelo menos três modelos, sendo um de luxo, um convencional e outro simples; II - todos os modelos deverão ser de madeira, tanto nas quatro laterais, quanto no fundo e na tampa e revestidos por dentro; III - haverá tamanhos distintos para adulto e infante em cada um dos modelos básicos previstos no inciso I. § 1° - Os estabelecimentos que comercializam urnas mortuárias poderão criar novos modelos, exceto de qualidade inferior ao modelo simples. § 2° - O Executivo fixará os preços máximos para os modelos que estabelecer em decreto, sendo livres os estabelecimentos para fixarem os preços daqueles por eles criados, bem como para reduzi-los em relação aos instituídos pelo Poder Público. Art. 49 - Na falta de urnas mortuárias dos modelos fixados pelo Executivo, os estabelecimentos são obrigados a fornecer ao interessado outro de qualidade superior, em disponibilidade, pelo preço do que se encontra em falta. Art. 50 - O valor referente a transporte da urna mortuária até o local do velório e, posteriormente, deste até a necrópole ou forno crematório, será incluído no preço da urna mortuária.

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Art. 51 - Os estabelecimentos que comercializam urnas mortuárias são obrigados a doar urnas do modelo simples para inumação de pessoas que não possam pagar os preços respectivos ou cujos corpos não forem reclamados, mediante requisição do Executivo ou daquele a quem este delegar tal atribuição. § 1° - A requisição de que trata o caput será feita mediante sistema de rodízio, obedecendo a critérios estabelecidos em decreto. § 2° - A obrigação de que trata o caput caberá a qualquer estabelecimento, devendo fazer imediata entrega no local onde se fará o velório. § 3° - O estabelecimento que tiver que doar a urna mortuária, nos termos deste artigo, será responsável também pelas despesas com o transporte previsto no artigo anterior. § 4° - Mensalmente os estabelecimentos farão entre si o rateio das despesas que tiverem no período, em decorrência do disposto neste artigo. Art. 52 - Em caso de infração às normas desta Seção, serão aplicadas ao infrator as penalidades dos arts. 42 a 45, sendo que a multa aplicável em caso de primeira reincidência será a do art. 44, I. Seção II Da Ornamentação de Templos e Velórios Art. 53 - As atividades de ornamentação de templos e velórios poderão ser executadas por pessoa física ou jurídica contratada diretamente pela família do de cujus. Art. 54 - Para o exercício das atividades de que trata o artigo anterior será necessária prévia outorga de Alvará de Localização e Funcionamento. Art. 55 - Os preços pela prestação dos serviços de ornamentação são livres. Seção III Do Cemitério para Animais Art. 56 - O Município poderá instalar ou permitir que se instalem cemitérios destinados à inumação de pequenos animais. Parágrafo único - O terreno onde for instalado o cemitério de que trata este artigo não poderá ter área inferior a 5.000m2 (cinco mil metros quadrados), nem superior a 30.000m2 (trinta mil metros). Art. 57 - A inumação será feita em sepultura, vedada a construção sobre ela, admitindo-se a colocação de lápide ou placa, na qual poderá constar o nome do adquirente da concessão e o do animal.

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Parágrafo único - Decorridos 5 (cinco) anos da inumação, os ossos serão retirados e colocados em nichos, com a indicação de que trata o caput. Art. 58 - O adquirente deverá pagar os preços correspondentes à inumação e à conservação da sepultura, este último feito anualmente. Parágrafo único - A falta do pagamento do preço de conservação por 3 (três) anos, consecutivos ou alternados, implicará a caducidade da concessão e conseqüente retirada dos ossos da sepultura, dando-se-lhe o destino usual dos animais mortos no Município. Art. 59 - No caso de delegação de cemitério para pequenos animais, o delegatário é obrigado a cumprir o disposto no caput do art. 40. Art. 60 - É vedada a construção de templo religioso de qualquer credo no cemitério para animais. Art. 6l - Aplicam-se, para a licitação correspondente, as regras previstas no Capítulo V desta Lei, no que couber. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 62 - Em caso de necessidade pública de cassação de funcionamento da necrópole, o Executivo manterá a destinação anterior na parte já utilizada com sepultamento, mediante desapropriação por interesse social, ou transferirá os restos mortais para outra necrópole dentro da mesma zona. Art. 63 - Os veículos só podem entrar nas necrópoles por ocasião de enterros ou velórios e nos horários de visita. Art. 64 - Ficam ratificadas as concessões de jazigos em caráter perpétuo referidas no Anexo desta Lei, nas condições em que elas foram outorgadas, inclusive gratuidade. Art. 65 - O contrato celebrado em 25 de agosto de 1944 entre a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte e a Santa Casa de Misericórdia fica denunciado por razões de interesse público, sem direito a indenização de qualquer espécie, por força do art. 37, XXI, e art. 170 da Constituição Federal. Parágrafo único - O contrato referido no caput deixará de produzir seus efeitos 6 (seis) meses após a publicação desta Lei. Art. 66 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário, especialmente: I- Decreto n° 19, de 27 de outubro de 1948; II - Lei n° 21, de 4 de junho de 1948; III- Lei n° 30, de 28 de junho de 1948; IV - Lei n° 80, de 31 de março de 1949;

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V- Lei n° 127, de 4 de março de 1950; VI - Lei n° 264, de 4 de janeiro de 1952; VII- Lei n° 300, de 5 de setembro de 1952; VIII-Lei n° 324, de 2 de fevereiro de 1953; IX - Lei n° 336, de 7 de julho de 1953; X- Lei n° 348, de 1° de outubro de 1953; XI - Decreto n° 293, de 4 de janeiro de 1954; XII- Decreto n° 300, de 11 de fevereiro de 1954; XIII-Lei n° 372, de 23 de fevereiro de 1954; XIV- Lei n° 378, de 30 de março de 1954; XV - Lei n° 380, de 10 de abril de 1954; XVI- Lei n° 393, de 23 de julho de 1954; XVII -Lei n° 414, de 25 de novembro de 1954; XVIII -Lei n° 454, de 29 de janeiro de 1955; XIX - Decreto n° 371, de 24 de março de 1955; XX- Lei n° 505, de 28 de outubro de 1955; XXI - Lei n° 553, de 31 de julho de 1956; XXII- Lei n° 643, de 1° de outubro de 1957; XXIII- Lei n° 670, de 6 de dezembro de 1957; XXIV - Lei n° 832, de 8 de julho de 1960; XXV- Lei n° 843, de 31 de outubro de 1960; XXVI - Lei n° 867, de 25 de março de 1961; XXVII- Lei n° 963, de 18 de dezembro de 1962; XXVIII-Decreto n° 1.040, de 25 de janeiro de 1963; XXIX-Lei n° 1.028, de 9 de julho de 1963; XXX- Decreto n° 1.120, de 23 de agosto de 1963; XXXI - Decreto n° 1.122, de 23 de agosto de 1963; XXXII- Decreto n° 1.279, de 5 de janeiro de 1965; XXXIII-Decreto n° 1.376, de 17 de dezembro de 1965; XXXIV -Lei n° 1.226, de 3 de janeiro de 1966; XXXV - Lei n° 1.249, de 8 de junho de 1966; XXXVI- Lei n° 1.251, de 21 de junho de 1966; XXXVII-Lei n° 1.347, de 18 de abril de 1967; XXXVIII- Lei n° 1.462, de 29 de março de 1968; XXXIX - Lei n° 1.629, de 2 de abril de 1969; XL - Lei n° 1.667, de 11 de junho de 1969; XLI - Lei n° 1.669, de 23 de junho de 1969; XLII - Decreto n° 1.767, de 30 de abril de 1969; XLIII - Decreto n° 1.890, de 3 de julho de 1970; XLIV - Decreto n° 2.028, de 12 de julho de 1971; XLV - Lei n° 1.964, de 19 de julho de 1971; XLVI - Lei n° 2.065, de 10 de maio de 1972; XLVII - Decreto n° 2.348, de 12 de abril de 1973; XLVIII- Lei n° 2.184, de 10 maio de 1973; XLIX - Decreto n° 2.736, de 10 de março de 1975; L - Decreto n° 2.931, de 10 de setembro de 1976; LI - Decreto n° 2.937, de 20 de setembro de 1976; LII - Decreto n° 3.008, de 21 de janeiro de 1977; LIII - Decreto n° 3.114, de 22 de setembro de 1977; LIV - Decreto n° 3.129, de 12 de outubro de 1977; LV - Decreto n° 3.244, de 11 de maio de 1978; LVI - Decreto n° 3.334, de 11 de setembro de 1978; LVII - Decreto n° 3.374, de 27 de outubro de 1978; LVIII - Decreto n° 3.497, de 21 de maio de 1979; LIX - Decreto n° 3.675, de 1° de fevereiro de 1980; LX - Decreto n° 3.814, de 30 de setembro de 1980;

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LXI - Decreto n° 4.034, de 18 de setembro de 1981; LXII - Decreto n° 4.214, de 14 de abril de 1982; LXIII - Decreto n° 4.249, de 29 de junho de 1982; LXIV - Decreto n° 4.260, de 14 de julho de 1982; LXV - Decreto n° 4.552, de 26 de setembro de 1983; LXVI - Lei n° 3.798, de 27 de junho de 1984; LXVII - Lei n° 3.822, de 27 de julho de 1984; LXVIII- Decreto n° 4.879, de 17 de dezembro de 1984; LXIX - Decreto n° 5.646, de 9 de junho de 1987; LXX - Decreto n° 5.858, de 22 de janeiro de 1988; LXXI - Decreto n° 5.982, de 30 de junho de 1988; LXXII - Decreto n° 5.983, de 30 de junho de 1988; LXXIII- Decreto n° 6.204, de 27 de dezembro de 1988; LXXIV - Lei n° 6.042, de 9 de dezembro de 1991; LXXV - Decreto n° 6.888, de 18 de junho de 1991; LXXVI - Decreto n° 7.059, de 28 de novembro de 1991; LXXVII- Decreto n° 7.214, de 6 de maio de 1992. Palácio Francisco Bicalho, 29 de agosto de 1994. Alencar da Silveira Júnior Presidente em exercício Betinho Duarte Secretário-Geral