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Código: PE-2E7-01730-C Existe Revisão em Andamento SEGURANÇA NA ENTRADA E EXECUÇÃO DE TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS Órgão aprovador: UN-BC/SMS Órgão gestor: UN-BC/SMS Data de implantação: 10/03/2008 Assinatura: Cremilson da Silva Rangel Filho Tipo de Cópia Impressa: Não Controlada 1 OBJETIVO Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. Coordenador Técnico: José Henriques da Silva Tavares - chave PMD2 2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA E COMPLEMENTARES NR 33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS NBR 14787 - ESPAÇO CONFINADO - PREVENÇÃO DE ACIDENTES, PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO PG-21-00125 - MGR/BC - MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS PE-2E7-01507 - MS - PT - PERMISSÃO PARA TRABALHO PG-2E7-00315 - MS - PREPARAÇÃO / LIBERAÇÃO - EQUIPAMENTOS CLASSE A PG-2E7-00332 - MS - ELETRICIDADE

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Código: PE-2E7-01730-C

Existe Revisão em Andamento

SEGURANÇA NA ENTRADA E EXECUÇÃO DE TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

 Órgão aprovador: UN-BC/SMS Órgão gestor: UN-BC/SMS

Data de implantação: 10/03/2008Assinatura: Cremilson da Silva Rangel Filho

Tipo de Cópia Impressa:Não Controlada

1 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.

Coordenador Técnico: José Henriques da Silva Tavares - chave PMD2

2 DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA E COMPLEMENTARES

NR 33 - SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

NBR 14787 - ESPAÇO CONFINADO - PREVENÇÃO DE ACIDENTES, PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO

PG-21-00125- MGR/BC - MANUAL DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

PE-2E7-01507- MS - PT - PERMISSÃO PARA TRABALHO

PG-2E7-00315- MS - PREPARAÇÃO / LIBERAÇÃO - EQUIPAMENTOS CLASSE A

PG-2E7-00332- MS - ELETRICIDADE

PG-2E7-00303- FORNECIMENTO DE DADOS SOBRE EXPOSIÇÃO A AGENTES AMBIENTAIS PARA CONTRATADAS

3 DEFINIÇÕES

Para melhor entendimento deste padrão, aplicam-se as definições de 3.1 a 3.22

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3.1 Área ClassificadaÁrea na qual está presente uma atmosfera explosiva de gás, ou ainda é esperada estar presente, em quantidades tais que requeiram precauções especiais para a construção, instalação e uso de equipamentos.

3.2 Atmosfera IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à SaúdeQualquer atmosfera que apresente risco imediato à vida ou produza imediato efeito debilitante à saúde.

3.3 Avaliações iniciais da atmosferaConjunto de medições preliminares realizadas na atmosfera do espaço confinado.

3.4 BloqueioDispositivo que impede a liberação de energias perigosas tais como: pressão, vapor, fluídos, combustíveis, água e outros visando à contenção de energias perigosas para trabalho seguro em espaços confinados.

3.5 Condição IPVSQualquer condição que coloque um risco imediato de morte ou que possa resultar em efeitos à saúde irreversíveis ou imediatamente severos ou que possa resultar em dano ocular, irritação ou outras condições que possam impedir a saída de um espaço confinado.

3.6 ContaminantesGases, vapores, névoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera do espaço confinado.

3.7 Deficiência de OxigênioAtmosfera contendo menos de 20,9 % (vinte vírgula nove porcento) de oxigênio em volume na pressão atmosférica normal, a não ser que a redução do percentual seja devidamente monitorada e controlada.

3.8 Enriquecimento de OxigênioAtmosfera contendo mais de 23 % (vinte e três porcento) de oxigênio em volume na pressão atmosférica normal.

3.9 EtiquetagemColocação de rótulo (etiqueta) num dispositivo isolador de energia para indicar que o dispositivo e o equipamento a ser controlado não podem ser utilizados até a sua remoção.

3.10 Espaço confinadoQualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, possui meios limitados de entrada e saída, a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

3.11 InertizaçãoDeslocamento da atmosfera existente em um espaço confinado por um gás inerte, resultando numa atmosfera não combustível e com deficiência de oxigênio.

3.12 Intrinsecamente Seguro

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Situação em que o equipamento não pode liberar energia elétrica ou térmica suficientes para, em condições normais ou anormais, causar a ignição de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.

NOTA 1: a certificação de conformidade de equipamentos elétricos é regida pelo REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS PARA ATMOSFERAS POTENCIALMENTE EXPLOSIVAS, NAS CONDIÇÕES DE GASES E VAPORES INFLAMÁVEIS aprovado pela portaria nº 83 de 03 de abril de 2006 pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO.

3.13 Leitura diretaDispositivo ou equipamento que permite realizar leituras de contaminantes em tempo real.

3.14 Lista nominal de pessoal autorizado a entrar no espaço confinadoRelação nominal dos trabalhadores x função autorizados a entrar em um determinado espaço confinado. Esta lista deverá ser elaborada pelo supervisor da equipe de trabalhadores. Ver ANEXO F.

3.15 Permissão para Entrada em Espaço ConfinadoDocumento escrito (três vias) contendo o conjunto de medidas de controle visando à entrada e desenvolvimento de trabalho seguro, além das medidas de emergência e resgate em espaços confinados. Ver ANEXO D.

NOTA 2: adicionalmente deverá ser emitida a Permissão para Trabalho conforme PE-2E7-01507 MS - PT - PERMISSÃO PARA TRABALHO para cada etapa do serviço a ser executado.

3.16 Prática RecomendadaItem não mandatório que pode ser aplicado ou não, a critério da Unidade Marítima.

3.17 Responsável TécnicoTécnico de Segurança do Trabalho habilitado para identificar os espaços confinados existentes na Unidade Marítima e elaborar as medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e resgate.

3.18 Riscos PsicossociaisInfluência na saúde mental dos trabalhadores, provocada pelas tensões da vida diária, pressão do trabalho e outros fatores adversos.

3.19 Supervisor de Entrada (Emitente da Permissão para Entrada em Espaço Confinado)Técnico de Segurança do Trabalho capacitado para emitir a Permissão para Entrada em Espaço Confinado, necessária ao desenvolvimento seguro da entrada e do trabalho no interior do espaço confinado.

3.20 Trabalhador AutorizadoTrabalhador capacitado para entrar no espaço confinado, ciente dos seus direitos e deveres e com conhecimento dos riscos e das medidas de controle existentes.

3.21 VigiaTrabalhador designado para permanecer fora do espaço confinado e que é responsável pelo

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acompanhamento, comunicação e ordem de abandono para os trabalhadores.

3.22 Zona 1Área na qual uma atmosfera explosiva de gás consiste em uma mistura com ar e substâncias inflamáveis em forma de gás, vapor ou névoa, que pode ocorrer ocasionalmente em condições normais de operação.

4 DIRETRIZES GERAIS

É vedada a entrada e realização de qualquer trabalho em espaços confinados sem a emissão da Permissão para Entrada em Espaço Confinado e a respectiva Permissão para Trabalho. Todos os espaços confinados devem ser considerados inseguros para entrada, até que sejam providos de condições mínimas de segurança e saúde.

4.1 EPI

4.1.1 Todos os trabalhadores e equipe de resgate em espaços confinados, adicionalmente ao prescrito na permissão para entrada e na PT, deverão portar e utilizar corretamente o seguinte equipamento:

Cinto de segurança tipo pára-quedista para trabalhos e resgate em espaço confinado.

4.1.2 Em função do trabalho a ser executado, o profissional de segurança deverá definir EPI complementar.

4.2 FERRAMENTAS

4.2.1 Antes da realização de qualquer trabalho, os equipamentos de resgate, ferramentas e acessórios a serem utilizados devem ser inspecionados de modo que estejam em perfeitas condições de uso;

4.2.2 As ferramentas manuais devem estar bem afixadas ou arriadas em bolsas de lona ou cestas para evitar a possibilidade de queda das mesmas;

4.2.3 Todos os equipamentos de ventilação ou exaustão devem ser aterrados a fim de evitar a ocorrência de eletricidade estática;

4.2.4 A avaliação de riscos atmosféricos no espaço confinado deve ser realizada com equipamento de detecção/monitorização de leitura direta, calibrado e com certificado;

4.2.5 No interior de espaço confinado deverá haver: 02 (duas) lanternas portáteis caso a equipe seja composta por até 03 (três)

trabalhadores, e adicionalmente 01 (uma) lanterna para cada grupo de 03 (três) trabalhadores. A lanterna deverá ter a classificação Grupo IIA, T3;

01 (um) rádio comunicador com tipo de proteção Equipamento de Segurança Intrínseca Exi.

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4.3 MÉTODOS

4.3.1 O trabalho em espaço confinado deve ser realizado somente por pessoal treinado e autorizado para tal, não sendo permitido o trabalho de forma individual ou isolada.

4.3.2 Inicialmente, deve-se realizar a avaliação do oxigênio, uma vez que a avaliação da inflamabilidade é diretamente relacionada com a concentração de oxigênio presente no espaço confinado.

4.3.3 Não será permitido o ingresso no espaço confinado quando os percentuais em volume de Oxigênio for abaixo de 19,5% e acima de 23%.

4.3.4 A exaustão/insuflação forçada, quando aplicável, deve ser mantida respectivamente para o exterior ou interior do espaço confinado, de forma ininterrupta, durante a execução dos serviços e, em caso de interrupção, o trabalho deve ser suspenso com a conseqüente retirada dos trabalhadores.

4.3.5 Nos espaços confinados que armazenam gases ou vapores inflamáveis devem ser instalados equipamentos de ventilação e eliminação de gases que garantam uma vazão mínima de 12 renovações de ar por hora. Para os demais casos, deve ser garantida uma vazão mínima de 6 renovações de ar por hora.

4.3.6 Todos os equipamentos de ventilação devem ser instalados em locais seguros e isentos de contaminantes.

4.3.7 Na realização de trabalhos no interior de equipamentos, deverão ser utilizados preferencialmente exaustores/sopradores pneumáticos.

4.3.8 Em casos específicos poderão ser adotadas “CABANAS PRESSURIZADAS”.

4.3.9 Quando necessário a movimentação de equipamentos elétricos em locais com diferença de altura, recomenda-se o uso de um cabo auxiliar, evitando assim, que o equipamento seja içado pelo seu próprio cabo elétrico.

4.3.10 Os circuitos elétricos e/ou outras fontes de energia conectados ao espaço confinado que possam tornar-se fonte de risco para os trabalhadores, devem ser desligados e/ou desconectados, bloqueados e etiquetados.

4.3.11 Deve ser elaborado um cadastro de todos os espaços confinados existentes na instalação no qual deverão constar, no mínimo, as seguintes informações:

Nome do espaço confinado; TAG do espaço confinado, o qual deverá estar afixado no acesso primário ao

mesmo; Descrição do tipo de equipamento (ex: tanque, vaso de pressão etc.), incluindo

informações de projeto; Temperatura, pressão, fluidos (líquidos, gases e vapores) presentes durante a

operação do equipamento ou quaisquer outros produtos químicos utilizados no espaço confinado;

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Número de acessos (bocas de visita), sendo estes detalhados com fotos e/ou informações de projeto;

Dimensionamento da equipe e equipamentos mínimos para resgate em cada espaço confinado. É recomendável o uso de fotos do espaço confinado e/ou de planta de projeto detalhando pontos de fixação e a forma de uso dos equipamentos de resgate;

Avaliação dos riscos inerentes ao espaço confinado com as respectivas ações de bloqueio.

NOTA 3: A avaliação de riscos não desobriga à realização da APN-2 relativa ao trabalho a ser executado no interior do espaço confinado. Ela deverá servir como fonte de informações do espaço confinado a ser acessado.

4.3.12 Deve ser elaborado e implementado os procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados cadastrados, incluindo no mínimo:

a) descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da análise de riscos;b) descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergência;c) seleção e técnicas de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;d) acionamento de equipe responsável, pública ou privada, pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado; e) exercício simulado anual de salvamento nos possíveis cenários de acidentes em espaços confinados.

4.3.13 Todo espaço confinado deverá estar identificado e sinalizado de modo permanente, de acordo com o ANEXO C – Sinalização para Identificação de Espaço Confinado.

4.3.14 A execução de qualquer trabalho no interior de espaços confinados deve ser precedida por um estudo de análise de riscos.

4.3.15 Na impossibilidade técnica de se adequar o ambiente aos limites de tolerância estabelecidos na NR-15 ou na ausência destes, os valores adotados pela ACGIH ou ainda aqueles estabelecidos em acordo coletivo de trabalho desde que mais rigorosos que os critérios técnicos-legais; devem ser utilizados Equipamentos de Proteção Individual - EPI e Equipamentos de Proteção respiratória – EPR, conforme as orientações da Instrução Normativa nº 1 do Ministério do Trabalho e Emprego.

4.3.16 Nos trabalhos de pintura, inspeções ou atividades que utilizam solventes orgânicos deve ser mantido monitoramento quanto à formação de atmosferas explosivas e tóxicas no local onde são utilizados, em função da volatilidade dos solventes utilizados.

4.3.17 Durante os trabalhos em espaços confinados as condições de desconforto térmico ou sobrecarga térmica deverão ser analisadas.

4.3.18 A Permissão para Entrada em Espaço Confinado cujo modelo se encontra no ANEXO D – Permissão para Entrada em Espaço Confinado, deverá ser totalmente preenchida, assinada, entendida por todos os trabalhadores autorizados, devendo uma cópia ser mantida fixada no local

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de trabalho juntamente com a PT e visível a todos quantos necessitarem verificar o andamento do trabalho.

NOTA 4: uma via da Permissão para Entrada em Espaço Confinado deve ser arquivada, juntamente com a PT, quando houver, por período mínimo de 5 (cinco) anos.

PREPARAÇÃO PARA A ENTRADA

4.3.20 Retirada de Operação

4.3.20.1 Na retirada de operação de equipamentos considerados como espaços confinados as seguintes ações devem ser adotadas, sempre que cabíveis, conforme o tipo de equipamento:

a) Desenergizar os equipamentos elétricos do espaço confinado a ser trabalhado e adotar medidas de bloqueio e sinalização que evitem o seu acionamento acidental, conforme PG-2E7-00332 MS - ELETRICIDADE;

b) Desconectar e pluguear os alívios térmicos e outras conexões afins;

c) Certificar que foi efetuada a remoção de toda fonte de ignição nas proximidades do espaço confinado;

d) Certificar que o equipamento está eletricamente aterrado e que não haja possibilidade de ocorrência de descarga eletrostática;

e) Etiquetagem de advertência.

4.3.21 Drenagem e Despressurização

4.3.21.1 Quando necessário, antes de se iniciar o trabalho, o espaço confinado deve ser drenado e despressurizado por vias normais ou adotando-se procedimentos alternativos que previnam a ocorrência de vazamentos de óleo ou de substâncias nocivas para o meio ambiente.

4.3.21.2 Durante a drenagem os "vents" devem ser mantidos abertos de modo a evitar danos estruturais aos equipamentos.

4.3.21.3 Quando pertinente, os gases e vapores provenientes da despressurização devem ser enviados para a tocha.

4.3.22 Isolamento

4.3.22.1 Todas as tubulações que convergem para o espaço confinado devem ser isoladas com flange cego ou raquete, o mais próximo possível do espaço confinado, para evitar o retorno de produtos ou entrada indevida de outras substâncias.

4.3.22.2 Deve ser elaborado um plano de raqueteamento, contemplando o espaço confinado, todas as tubulações, os pontos a serem flangeados e raqueteados, bem como a identificação das raquetes.

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4.3.22.3 É recomendado a utilização de desenho esquemático ou fluxograma de processo como representação no plano de raqueteamento.

4.3.22.4 Os dispositivos de bloqueio tais como raquetes e flanges cegos, devem ser adequados à classe de pressão do equipamento ou sistema.

4.3.23 Purga e Descontaminação

4.3.23.1 Quando necessário, depois do isolamento deve ser processada a purga ou descontaminação ou a inertização do espaço confinado, por meio de lavagem com água ou injeção de vapor d’água ou gás inerte.

4.3.23.2 Quando a purga for realizada através de injeção de água ou vapor d’água, o sentido do fluxo deve ser do ponto mais baixo para o ponto mais elevado do espaço confinado. No caso de injeção de água, deve-se certificar que a estrutura de sustentação esteja dimensionada para carga adicional de água.

4.3.23.3 Após a purga deve ser garantido o isolamento do espaço confinado também em relação às fontes de injeção de água ou de vapor d’água.

4.3.23.4 No caso de purga com vapor d’água, após o término da injeção e bloqueio, deve ser garantida a admissão de ar atmosférico para prevenir o diferencial de pressão provocado pela condensação do vapor.

4.3.24 Avaliação ambiental

4.3.24.1 Antes da entrada devem ser executadas avaliações iniciais da atmosfera fora do espaço confinado e em seguida em diversos pontos do espaço confinado para a verificação da concentração de oxigênio e presença de contaminantes gasosos, tóxicos ou inflamáveis, considerando as suas densidades relativas e deficiência/enriquecimento de oxigênio através de leituras nos terço inferior, médio e superior do espaço confinado, obrigatoriamente.

4.3.24.2 Estes testes devem ser realizados após a purga, com a temperatura próxima a do ambiente.

4.3.24.3 Para a realização destes testes, caso tenha sido utilizada a ventilação forçada, esta deverá estar desligada há pelo menos 15 (quinze) minutos.

4.3.24.4 Antes de efetuar a avaliação da atmosfera é indispensável que o equipamento esteja certificado, calibrado e tenha passado por um teste de resposta (aferição ou teste de funcionamento) com kit fornecido pelo fabricante do equipamento, incluindo gases com concentrações conhecidas. O teste deverá seguir as instruções do fabricante do equipamento.

4.3.24.5 Se necessário, deverá ser avaliada também a exposição ao ruído e ao calor utilizando-se equipamentos adequados, calibrados e certificados.

4.3.24.6 Caso seja observada a presença de contaminantes que não possam ser identificados ou quantificados o trabalho não deverá ser executado.

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4.3.25 Liberação de entrada

4.3.25.1 Antes da entrada em espaços confinados deve ser emitida a Permissão para Entrada em Espaço Confinado (ANEXO D) sendo também necessária a emissão da Permissão para Trabalho específica para a tarefa a ser executada no interior do espaço confinado.

4.3.25.2 A entrada de trabalhadores no espaço confinado somente será autorizada depois de implementadas todas as recomendações de segurança bem como assegurada a utilização dos EPIs recomendados. Deverão ser oferecidas condições para garantir a adequada hidratação durante a realização dos trabalhos.

4.3.25.3 O número de pessoas a entrar no espaço confinado deve ser o mínimo necessário para a execução do trabalho, sendo obrigatória a presença permanente do Vigia junto a entrada do espaço confinado.

4.3.25.4 A execução de trabalhos no interior de um espaço confinado deve ser realizada por, pelo menos, 2 (dois) trabalhadores.

4.3.25.5 Não havendo a possibilidade de permanência dos 2 (dois) trabalhadores, deve-se manter a visualização do trabalhador pelo Vigia ou por outro trabalhador que esteja em espaço intermediário e em contato com o Vigia. Também devem ser previstas condições para um eventual resgate do trabalhador no espaço confinado, mesmo inconsciente.

4.3.25.6 Os equipamentos de resgate devem estar disponíveis nos locais de acesso ao espaço confinado e em perfeitas condições de uso.

4.3.25.7 A entrada em atmosferas imediatamente perigosas a vida ou a saúde (IPVS) só será admitida em condições de emergência, visando salvar vidas. Somente a Equipe de Resgate poderá executar essa tarefa. Neste caso, deve-se utilizar máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape.

4.3.25.8 Adicionalmente aos requisitos acima listados, para a execução de trabalhos devem ser atendidos os seguintes itens:

Instalação de cabo-guia desde a entrada primária do espaço confinado até o local de realização dos trabalhos, a ser utilizado em caso de evacuação do local;

Iluminação adequada em todo o percurso e no local de execução do trabalho, de forma a que o trabalhador não necessite utilizar sua lanterna de mão para locomoção ou durante a realização dos trabalhos;

Escadas fixas, removíveis ou outros meios de acesso que garantam a segurança do trabalhador no seu deslocamento, não sendo admitidas improvisações que representem riscos ao trabalhador como apoio dos pés em equipamentos, tábuas ou materiais soltos;

Pisos adequados (com a instalação de estruturas de andaimes se necessário), planos, não escorregadios ou alagados;

Proteção para cantos vivos, partes pontiagudas ou afiadas com as quais o trabalhador possa vir a ter contato em caso de queda ou esbarrão.

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4.3.25.9 As características do(s) produto(s) químico(s) contido(s) e as condições da atmosfera do espaço confinado devem ser conhecidas, para então, determinar qual a estratégia a ser seguida.

4.3.25.10 Antes da abertura de qualquer acessório ligado ao espaço confinado em questão, deve ser assegurado que este se encontre despressurizado e os gases e vapores oriundos da despressurização sejam alinhados para um local seguro.

4.3.25.11 No caso do emprego de produtos químicos para enxaguar ou limpar os espaços confinados, deve-se ter conhecimento da FISPQ.

4.3.25.12 Nos locais onde haja impossibilidade de se conseguir o 0% (zero por cento) do LIE em entrada para inspeção a frio, o limite aceito é de 10% (dez por cento) do LIE, porém, neste caso, devem ser tomadas precauções especiais por parte dos órgãos envolvidos, sendo que os equipamentos de iluminação devem estar adequados para Zona 1.

4.3.25.13 É recomendado o uso de proteção respiratória para os casos em que, na presença de gases/vapores tóxicos ou fumos em suspensão, os odores gerados causem desconforto ao trabalhador, mesmo quando abaixo do limite de tolerância.

4.3.26 Fonte de Ignição quando o espaço confinado contenha ou conteve combustíveis e inflamáveis

4.3.26.1 As áreas adjacentes à entrada do espaço confinado devem estar livres de fontes de ignição e serem avaliadas quanto à presença de combustíveis e inflamáveis.

4.3.26.2 Os equipamentos de combate a incêndios devem estar disponíveis e prontos para uso nas imediações do espaço confinado.

4.3.26.3 Qualquer equipamento que possa se constituir em fonte de ignição deverá ser afastado do espaço confinado no momento de sua abertura, mantendo esta condição, até que se garanta que a atmosfera do espaço confinado esteja livre de inflamáveis.

4.3.26.4 Devem ser tomadas precauções, por pessoa habilitada, para prevenir a possibilidade de geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática sendo necessário verificar as condições de aterramento.

4.3.27 Riscos

4.3.27.1 Quando da inspeção do espaço confinado para emissão da Permissão de Trabalho, os riscos deverão ser identificados, avaliados, eliminados ou mitigados.

4.3.27.2 Cuidados especiais, tais como monitoramento da atmosfera e proteção respiratória, deverão ser seguidos para trabalhos em esgoto devido a produção de gases tóxicos e inflamáveis serem constantes e de difícil isolamento, isto é, dificilmente se consegue eliminar os gases dentro de um sistema de esgoto.

4.3.27.3 Caso seja necessária a remoção de borra, deverá ser avaliada a possibilidade de liberação de gases tóxicos e inflamáveis, nesta ocasião.

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4.3.27.4 Deficiência de oxigênio causada por Bactéria Redutora de Sulfato (BRS), oxidação de metais, combustão e deslocamento de gases.

4.3.28 Monitoramento

4.3.28.1 Os trabalhadores devem ser treinados no uso e estar equipados com monitores portáteis de detecção de gases (oxigênio, inflamáveis e tóxicos), que disponham de alarmes sonoro e visual.

4.3.28.2 No caso de estarem presentes no espaço confinado mais de 01 (um) trabalhador, o emprego de um único monitor é aceitável.

43.28.3 O monitoramento da atmosfera do espaço confinado deve ser mantido continuamente até a conclusão do trabalho. Devem ser monitorados, no mínimo, oxigênio (O2), monóxido de carbono (CO), gás sulfídrico (H2S) e limite inferior de explosividade (LIE). Outros contaminantes, caso existam, deverão ser monitorados periodicamente, segundo avaliação do Supervisor de Entrada.

4.3.29 Meios de fuga

4.3.29.1 Deverão ser previstos meios de fuga do espaço confinado para evacuação rápida, caso seja necessário.

4.3.29.2 Os trabalhadores deverão portar equipamento autônomo de respiração para fuga.

4.3.29.3 A critério do Supervisor de Entrada, que baseado na inexistência de contaminantes e/ou deficiência de Oxigênio, a obrigatoriedade do uso do equipamento autônomo de respiração poderá ser suprimida.

4.3.30 Trabalhos a quente

4.3.30.1 Deverá ser precedida de uma permissão para trabalho à quente, independente da permissão de entrada em espaços confinados.

4.3.30.2 Para a realização de trabalhos de corte e solda no interior do espaço confinado, precauções adicionais de segurança deverão ser adotadas, dentre estas, incluem-se, mas não se limitam às seguintes:

Os cilindros dos conjunto oxi-corte deverão permanecer fora do espaço confinado; As mangueiras que conduzem os gases deverão permanecer no espaço confinado

o tempo mínimo necessário; O combate a incêndios no interior do espaço confinado deverá se dar com água; O conjunto oxi-acetilênico deverá estar em conformidade com a N-2349 -

Segurança nos trabalhos de soldagem e corte.

4.3.30.3 Sempre que o trabalho a ser realizado gerar fumos e/ou gases tóxicos, deve ser instalado equipamento de exaustão succionando o mais próximo possível do ponto de geração

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do contaminante e lançando-o num local seguro fora do espaço confinado, sem prejuízo do sistema de ventilação.

4.3.30.4 Quando da realização de serviços em piso, paredes ou anteparas e teto de Espaços Confinados, os compartimentos adjacentes deverão ser avaliados.

4.3.31 Limpeza

4.3.31.1 Para limpeza de tanques ou vasos classe A, os seguintes procedimentos devem ser seguidos:

Antes de efetuar a descarga de qualquer produto contido no espaço confinado, certificar-se que este produto não vai encontrar no seu caminho qualquer fonte de ignição;

Para o bombeamento dos resíduos de fundo de espaço confinado, deve ser aberta a entrada de serviço e utilizado um equipamento auxiliar de bombeio devidamente aprovado;

Quando o equipamento de bombeio perder sucção, o restante do resíduo existente no fundo do espaço confinado deve ser retirado com recursos manuais;

Nos espaços confinados aparafusados, o resíduo deve ser retirado pela porta de inspeção;

Antes de se realizar a abertura de inspeção, deve-se certificar que não exista nenhuma fonte de ignição que possa ser atingida pelos vapores pesados liberados do espaço confinado e, em seguida, remover as chapas de abertura inferior de limpeza;

Durante os 15 (quinze) minutos iniciais da operação de lavagem com mangueira pela abertura de limpeza, o Encarregado do Serviço e sua turma devem ficar do lado de fora da abertura de limpeza;

Enquanto o espaço confinado estiver sendo lavado internamente com mangueira, o Supervisor de Entrada deve usar o oxi-explosímetro nas proximidades do local em que o jato de mangueira estiver batendo, por pelo menos 15 (quinze) minutos iniciais da operação de lavagem;

Após os primeiros 15 (quinze) minutos, a lavagem deve ser interrompida e a área onde o sedimento do espaço confinado foi espalhado pelo jato de água da mangueira deve ser explorada pelo Supervisor de Entrada que deve usar oxi-explosímetro tanto na abertura superior de limpeza como na inferior;

Depois da aeração e antes que se realize qualquer serviço de reparo na parte interna ou externa do espaço confinado, o Supervisor de Entrada deve certificar-se de que o mesmo está desgaseificado e em condições seguras para o trabalho.

4.3.31.2 Ao fazer uso de vapor d'água instalar a conexão bem próxima do fundo do espaço confinado e manter constantemente aberta o vent atmosférico próximo ao teto.

4.3.31.3 Manter o vapor a uma temperatura mínima de 77 °C (170°F).

4.3.31.4 Serragem ou terra podem ser espalhadas sobre o fundo do espaço confinado como auxílio à limpeza e para evitar que os trabalhadores escorreguem, sendo a remoção feita por material não ferroso, a fim de evitar fagulhas.

4.3.31.5 Não executar nenhum reparo no espaço confinado enquanto a remoção dos resíduos estiver sendo efetuada.

4.3.31.6 Os resíduos que possam conter sulfeto de ferro devem ser conservados molhados

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durante, e após, sua remoção do interior do espaço confinado até que seja encaminhado para lugar seguro.

4.3.31.7 Os resíduos retirados do espaço confinado devem ser descartados conforme procedimentos estabelecidos no PG-21-00125 – MGR/BC – Manual de Gerenciamento de Resíduos. Toda a área deve ser mantida limpa e isenta de resíduos.

4.3.31.8 Não é permitido trabalho a quente ou utilizar qualquer outra fonte de ignição próximo aos espaços confinados que estejam em preparação para entrada.

4.3.32 Comunicação

4.3.32.1 Deve ser utilizado um sistema de comunicação eficaz, via rádio, com o objetivo de manter contato entre as pessoas no interior do espaço confinado e o vigia e também entre o vigia e a equipe de resgate. Caso a comunicação seja interrompida, em uma das situações, o pessoal deve abandonar o espaço confinado, não devendo retornar até que seja restabelecido o sistema de comunicação. O sistema de comunicação deve ser adequado para a utilização em áreas classificadas.

4.3.32.2 Para os casos em que seja garantido que os trabalhadores estejam no campo visual do vigia, o uso do rádio no interior do espaço confinado pode ser dispensado.

4.3.33 Emergência e Resgate

4.3.33.1 Cada membro da equipe de resgate deverá ter equipamento de proteção individual respiratória e de resgate que forem necessários para operar em espaços confinados e serem treinados para seu uso adequado.

4.3.33.2 Cada membro da equipe de resgate deverá ser treinado para desempenhar as tarefas de resgate designadas e conhecer os riscos inerentes ao espaço confinado.

4.3.33.3 Cada membro da equipe de resgate deverá fazer resgate simulado, ao menos uma vez a cada ano, por meio de treinamentos simulados nos quais eles removam manequins ou pessoas dos atuais espaços confinados ou espaços confinados simulados.Todos os equipamentos, ferramentas e materiais devem ser recolhidos após o término do trabalho.

4.3.33.4 Cada membro da equipe de resgate deverá ser treinado em primeiros socorros básicos e em ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

4.4 Mão-de-Obra

4.4.1 Equipe de Trabalho

4.4.1.1 A equipe de trabalho em espaço confinado deverá ter composição mínima de:

01 (um) trabalhador; 01 (um) vigia.

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4.4.1.2 Quando aplicável, deverá ser previsto na permissão de trabalho o revezamento dos trabalhadores no interior do espaço confinado, sem prejuízo dos demais itens deste padrão.

4.4.2 Equipe de Resgate

4.4.2.1 A composição mínima de uma Equipe de Resgate deverá ser definida pelo gerente da unidade, assessorado pelo responsável técnico, devidamente treinado em serviços de resgate.

NOTA 5: o pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.

4.4.3 Treinamento

4.4.3.1 Equipe de Resgate

4.4.3.1.1 Os integrantes da Equipe de Resgate deverão cursar o treinamento básico com carga horária e conteúdo programático definido no ANEXO A – Programa de Treinamento em Espaços Confinados, tendo como pré-requisito possuírem treinamento em primeiros socorros - modalidade 2, conforme PE-2E7-01695 - TREINAMENTO EM PRIMEIROS SOCORROS e o treinamento em proteção respiratória, conforme padrão PG-2E7-00048 - PPR - PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA. A reciclagem deverá ser a cada 5 (cinco) anos.

NOTA 6: A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários de acidentes identificados na análise de risco.

4.4.3.2 Trabalhadores em espaço confinado, vigias e emitentes de PT

4.4.3.2.1 Deverão cursar curso específico com carga horária mínima de 16 (dezesseis) horas e reciclagem a cada 12 (doze) meses e com o seguinte conteúdo programático:

a) Definições;b) Reconhecimento, avaliação e controle de riscos;c) Funcionamento de equipamentos utilizados;d) Procedimentos e utilização da Permissão para Entrada em Espaços Confinados;e) Noções de resgate e primeiros socorros.

4.4.3.3 Supervisores de Entrada

4.4.3.3.1 Deverão cursar curso específico com carga horária mínima de 40 (quarenta) horas e reciclagem a cada 5 (cinco) anos com o seguinte conteúdo programático:

a) Definições;b) Reconhecimento, avaliação e controle de riscos;c) Funcionamento de equipamentos utilizados;d) Procedimentos e utilização da Permissão para Entrada em Espaços Confinados;e) Noções de resgate e primeiros socorros;f) Identicação dos espaços confinados;g) Critérios de indicação e uso de equipamentos para controle de riscos;h) Legislação de segurança e saúde no trabalho;

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i) Programa de proteção respiratória;j) Área classificada;j) Operações de salvamento.

4.4.3.4 Ao término do treinamento deve-se emitir o certificado em duas vias, contendo o nome do trabalhador, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço confinado, data e local de realização do treinamento, com as assinaturas dos instrutores e do responsável técnico. Uma cópia do certificado deve ser entregue ao trabalhador e a outra cópia deve ser arquivada na empresa na qual mantém vínculo empregatício.

4.4.3.5 A entidade responsável pelo treinamento deve garantir a rastreabilidade dos certificados por um período de acordo com a sua validade.

4.4.3.6 Os cursos em Espaços Confinados deverão ser ministrados somente por empresas credenciadas pela UN-BC, conforme determina o PE-2E7-00290 - CREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÕES DE TREINAMENTOS EM SMS.

4.4.3.7 Sempre que houver a realização de trabalhos em espaços confinados, o Supervisor de Entrada deverá ministrar palestra conforme jogo de transparências padrão (ANEXO B – Palestra sobre Espaços Confinados)

4.4.4 ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES

4.4.4.1 Compete aos Gerentes (GEPLAT)

4.4.4.1.1 Promover a manutenção do cadastro atualizado de todos os espaços confinados existentes, em conformidade com o item 4.3.12.

4.4.4.1.2 Promover a elaboração e implementação de procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados cadastrados, em conformidade com o item 4.3.13.

4.4.4.1.3 Promover a sinalização permanente junto a entrada do espaço confinado, inclusive dos desativados, em conformidade com o item 4.3.14

4.4.4.1.4 Assegurar-se de que uma Equipe de Resgate treinada esteja sempre de prontidão para efetuar um resgate caso seja necessário.

4.4.4.1.5 Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvolverão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores.

4.4.4.1.6 Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que ele possam atuar em conformidade com a NR-33.

4.4.4.1.7 Designar na reunião de planejamento, o número de trabalhadores autorizados que participarão das operações de entrada, e dos trabalhos no interior do espaço confinado,

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identificando os deveres de cada um, bem como da supervisão dos trabalhos no exterior e no interior do espaço confinado.

NOTA 7: O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços confinados deve ser determinado conforme a análise de risco, levando-se em conta a capacidade dos recursos disponíveis de prover condições seguras em caso de abandono do espaço confinado.

4.4.4.1.8 Garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco grave e iminente para sua segurança e saúde ou a de terceiros.

4.4.4.1.9 Implantar um sistema de controle e arquivamento seguro dos procedimentos e da Permissão para Entrada em Espaço Confinado e sua respectiva Permissão para Trabalho, de modo a garantir a rastreabilidade desta documentação, por um período de 5 (cinco) anos.

4.4.4.1.10 Promover a revisão dos procedimentos de entrada em espaços confinados quando da ocorrência de qualquer uma das circunstâncias abaixo:

a) Entrada não autorizada num espaço confinado;b) Identificação de riscos não descritos na Permissão para Entrada em Espaço Confinado e sua respectiva Permissão para Trabalho;c) Acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;d) Qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado;e) Solicitação da CIPA;f) Identificação de condição de trabalho mais segura.

4.4.4.2 Compete ao Supervisor de Entrada (Técnico de Segurança)

4.4.4.2.1 Elaborar e manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados existentes, em conformidade com o item 4.3.12.

4.4.4.2.2 Elaborar os procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados cadastrados, em conformidade com o item 4.3.13.

4.4.4.2.3 Certificar-se da sinalização permanente junto a entrada do espaço confinado, inclusive dos desativados, em conformidade com o item 4.3.14.

4.4.4.2.4 Assegurar-se de que todo o pessoal envolvido com os trabalhos em espaços confinados esteja treinado.

4.4.4.2.5 Ministrar palestra sobre espaços confinados ao pessoal envolvido, conforme jogo de transparências padrão, disponível no ANEXO B – Palestra sobre Espaços Confinados.

4.4.4.2.6 Certificar-se da disponibilidade de todos os recursos humanos e materiais necessários para a segurança dos trabalhadores antes da entrada destes no espaço confinado.

4.4.4.2.7 Assegurar-se de que todo o equipamento necessário à entrada no espaço confinado

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esteja disponibilizado e em perfeitas condições de uso.

4.4.4.2.8 Assegurar-se da disponibilidade do equipamento de resgate em perfeitas condições e da sua correta instalação.

4.4.4.2.9 Certificar-se da disponibilidade da equipe de resgate capacitada.

4.4.4.2.10 Assegurar-se de que as fichas de segurança dos produtos químicos envolvidos no trabalho estejam disponíveis.

4.4.4.2.11 Certificar-se do isolamento e sinalização de todas as linhas que chegam e saem do espaço confinado.

4.4.4.2.12 Orientar quanto à instalação do sistema de insuflação / exaustão.

4.4.4.2.13 Efetuar as avaliações ambientais por ocasião da abertura e antes da entrada no espaço confinado, registrando-as na Permissão para Entrada em Espaço Confinado e a monitoração constante conforme o cenário.

4.4.4.2.14 Preencher o formulário de Permissão para Entrada em Espaço Confinado (ANEXO D), e suas recomendações.

4.4.4.2.15 Certificar-se de que todos os trabalhadores constantes da lista norminal de pessoal autorizado a entrar no espaço confinado estejam equipados com todos os EPI´s especificados na Permissão para Entrada em Espaço Confinado e nas Recomendações Adicionais de Segurança da respectiva PT.

4.4.4.2.16 Orientar os trabalhadores, vigias e equipe de resgate, quanto às particularidades do espaço confinado, condições de trabalho prescritas e eventual resgate.

4.4.4.2.17 Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local.

4.4.4.2.18 Cancelar a Permissão para Entrada em Espaço Confinado quando a situação de risco justificar.

4.4.4.2.19 Encerrar a Permissão para Entrada em Espaço Confinado após o término dos serviços.

4.4.4.2.20 Arquivar as cópias dos procedimentos e da Permissão para Entrada em Espaço Confinado e sua respectiva Permissão para Trabalho, em conformidade com o item 4.4.4.1.9.

4.4.4.3 Compete aos Trabalhadores Autorizados

4.4.4.3.1 Conhecer os riscos e as medidas de controle existentes no local de trabalho e cumprir o procedimento para entrada no espaço confinado.

4.4.4.3.2 Portar, conhecer e fazer uso correto de todo o equipamento prescrito na Permissão para Entrada em Espaço Confinado e seguir as recomendações da mesma.

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4.4.4.3.3 Conhecer e executar a função que irá desempenhar na equipe.

4.4.4.3.4 Assinar a lista nominal de pessoal autorizado a entrar no espaço confinado, por ocasião da entrada e da saída do espaço confinado.

4.4.4.3.5 Comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para a sua segurança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento.

4.4.4.3.6 Seguir as orientações oriundas do Vigia ou do Supervisor de Entrada.

4.4.4.3.7 Abandonar o local imediatamente quanto solicitado pelo Vigia ou quando haja mudanças das condições de risco.

4.4.4.4 Compete ao Vigia

4.4.4.4.1 Conhecer os riscos inerentes ao serviço e as medidas de prevenção, incluindo os sinais de mal estar aparente.

4.4.4.4.2 Somente permitir a entrada de trabalhadores constantes da lista nominal de pessoal autorizado a entrar no espaço confinado e manter continuamente a contagem precisa de trabalhadores presentes no espaço confinado.

4.4.4.4.3 Permanecer junto a entrada, fora do espaço confinado, durante as operações e até a sua substituição por outro Vigia. Esta substituição deve ser registrada na lista nominal com o seu respectivo horário.

4.4.4.4.4 Acionar a Equipe de Resgate quando necessário.

4.4.4.4.5 Manter comunicação com os trabalhadores para monitorá-los e alertá-los quanto à necessidade de abandonar o espaço confinado.

4.4.4.4.6 Não realizar outra tarefa que possa comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados.

4.4.4.4.7 Observar as atividades no interior e no exterior do espaço confinado certificando-se das condições de segurança dos trabalhadores para a permanência no espaço confinado ou ordenar a saída, mediante as seguintes situações:

Sinais de mal estar aparente em um dos trabalhadores; Identificação de risco interno ou externo aos trabalhadores no espaço confinado; Ou caso não possa cumprir, de maneira efetiva e segura, todas as suas atribuições.

4.4.4.4.8 Operar os equipamentos movimentadores de pessoas em situação normal e de emergência.

4.4.4.4.9 Impedir a entrada de pessoal não autorizado no espaço confinado.

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4.4.4.4.10 Manter a sala de controle informada sobre a entrada e saída de trabalhadores em espaço confinado.

NOTA 8: O Vigia não pode adentrar em hipótese alguma no espaço confinado.

4.4.5 CONDIÇÕES DE SAÚDE FÍSICO-MENTAIS PARA TRABALHADORES EM ESPAÇO CONFINADO

4.4.5.1 Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelece a NR 7 - PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.

4.4.5.2 Cada trabalhador em espaço confinado deverá preencher e assinar a declaração constante no ANEXO E – Declaração de Condições Físico-mentais, devendo ser feita uma vez a cada embarque.

4.4.5.3 É recomendada a avaliação dos sinais vitais dos trabalhadores que irão desenvolver trabalhos em espaços confinados, sendo os resultados registrados no SD 2000 (Prática Recomendada).

4.4.5.3.1 O comprovante com o registro da avaliação dos sinais vitais já realizada, emitido pelo Técnico de Enfermagem, deverá estar anexado junto à Permissão para Entrada em Espaço Confinado. Neste comprovante deverá constar até que data o trabalhador está liberado para acessar o espaço confinado.

5. CONDIÇÕES ESPECIAIS

5.1 Em locais elevados

Seguir orientações do PE-2E7-1720 MS - LOCAIS ELEVADOS - TRABALHOS

5.2 Sobre o mar

Seguir orientações do PE-2E7-1521 MS - SOBRE O MAR - TRABALHOS

6. ANEXOS

6.1 ANEXO A – PROGRAMA DE TREINAMENTO EM ESPAÇOS CONFINADOS

6.2 ANEXO B – PALESTRA SOBRE ESPAÇOS CONFINADOS