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PEDAGÓGICA - Operação de migração para o novo data ... · A Revolução de 1930 identificada como o movimento armado liderado pelos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA TURMA - PDE/2012

Título: A Revolução de 1930 no Norte Pioneiro/PR e a Batalha em Quatiguá: História e Memória.

Autor Isaura Valle Borges

Disciplina/Área História

Escola de Implementação do Projeto e sua localização

Colégio Estadual João Marques da Silveira – EFM Praça Expedicionário Eurides Fernandes do Nascimento, 214 Centro.

Município da escola Quatiguá

Núcleo Regional de Educação Jacarezinho

Professor Orientador Professora Doutora Janete Leiko Tanno

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual do Norte do Paraná - Jacarezinho

Resumo

Esta Unidade Didática visa trabalhar com a Revolução de 1930, dando especial atenção às batalhas ocorridas na região do norte do Paraná e mais especificamente, na cidade de Quatiguá, cidade onde se localiza a escola no qual será implementado o projeto com os alunos do 9º ano. Este material didático poderá servir de apoio e contribuição no processo de ensino-aprendizagem. A Revolução de 1930, identificada como movimento armado, culminou com a deposição do presidente Washington Luis, pondo fim à Primeira República, este fato foi para muitos historiadores um dos acontecimentos mais importantes do século XX. É fundamental lembrar que a Revolução teve início no dia 3 de outubro, no Rio Grande do Sul, sob a liderança de Getúlio Vargas e em Quatiguá, os choques se verificaram entre os dias 12 e 13 de outubro. Busca-se, então, por meio do estudo da história nacional, mas em especial local, despertar nos alunos o gosto e a importância pelos estudos históricos, pela valorização da memória local e pela preservação do patrimônio histórico material e imaterial da cidade.

Palavras-chave Revolução de 1930; Batalha em Quatiguá; História e Memória.

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo

Alunos do 9º ano do Colégio Estadual João Marques da Silveira - EFM

REVOLUÇÃO DE 1930

APRESENTAÇÃO

Esta Unidade Didática que versa sobre o título: A Revolução de 1930 no Norte

Pioneiro/PR e a Batalha em Quatiguá: História e Memória, visa trabalhar com a

Revolução de 1930 dando especial atenção às batalhas ocorridas na região do norte

do Paraná e mais especificamente, na cidade de Quatiguá, cidade onde se localiza a

escola na qual será implementado o projeto com os alunos do 9º ano do Ensino

Fundamental.

Não se trata de uma explicação única e definitiva, nem de um material didático

auto-suficiente, mas pode servir de instrumento de apoio e contribuição para o

processo de ensino-aprendizagem em história do Brasil.

A Revolução de 1930 identificada como o movimento armado liderado pelos

estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba, culminou com a deposição do

presidente paulista Washington Luis, em 24 de outubro de 1930, o impedimento da

posse do candidato eleito Julio Prestes e a tomada de poder por Getúlio Vargas.

Esta Revolução que pôs fim à Primeira República foi para muitos historiadores

um dos acontecimentos mais importantes no cenário político brasileiro do século XX,

sendo que a década de 1930 também foi de muitas mudanças nos mais diversos

aspectos, entre eles, a aceleração do processo de urbanização e a participação cada

vez maior da burguesia na vida política brasileira.

É fundamental lembrar que a Revolução de 30, teve inicio em 3 de outubro, no

Rio Grande do Sul, sob a liderança civil do gaúcho Getúlio Vargas e sob a chefia militar

do tenente-coronel Góes Monteiro, e em Quatiguá, os choques se verificaram entre os

dias 12 e 13 de outubro.

Busca-se, então, por meio do estudo da história nacional, mas em especial

local, despertar nos alunos o gosto e a importância pelos estudos históricos, pela

valorização da memória local e por extensão pela preservação do patrimônio histórico

material e imaterial da cidade, da região e do país, mostrando os significados da

construção da memória pelos diversos setores da sociedade e sua relação com a

identidade individual e coletiva de um país.

INTRODUÇÃO - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais do Paraná, considerando a

diversidade cultural e a memória paranaense, sob uma perspectiva de inclusão social,

é necessário o comprimento da Lei n.º 13.381/01, que torna obrigatório, no Ensino

Fundamental e Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná

(2008).

Um dos objetivos fundamentais do ensino, atualmente, é mostrar a importância

do conhecimento histórico na formação intelectual do educando e de desenvolver a

compreensão histórica da realidade social, o que se tornou um dos principais desafios

enfrentados pelos docentes no cotidiano da sala de aula.

Vale salientar ainda que o aluno deve aprender à partir da sua realidade e

assim passar a valorizar o patrimônio histórico de sua cidade, de sua região, de seu

país e do mundo.

Para Schimdt e Cainelli:

É preciso destacar que a utilização da história local como estratégia pedagógica é uma maneira interessante e importante para articular os temas trabalhados em sala de aula. O uso dessa estratégia no trabalho com a história temática exige que se estabeleça de forma contínua e sistemática a articulação entre os conteúdos da história local, da nacional e da universal. (2004:115-116)

Seguindo tal perspectiva, este estudo visa trabalhar com a Revolução de 1930,

dando especial atenção às batalhas ocorridas na região do norte do Paraná e mais

especificamente, na cidade de Quatiguá, cidade onde se localiza a escola na qual o

projeto será implementado.

O MOVIMENTO DE 1930 FOI UMA REVOLUÇÃO?

Ao começar o texto com uma interrogação sobre se a Revolução de 1930 foi

realmente, uma Revolução, colocam-se em cheque parte da historiografia que discute

a temática, os livros didáticos que perpetuaram tal fato segundo essa concepção, a

memória oficial sobre o evento e levanta outra questão: se 1930 não foi uma

Revolução, foi o que? Essa é uma das mais importantes reflexões que devemos fazer

sobre o movimento que depôs Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder.

Como nos lembra Fausto (1997), o termo Revolução, no sentido estrito da

palavra, ocorre apenas quando provoca mudanças muito radicais e profundas em uma

sociedade, em que uma classe suprime o poder da outra, normalmente por meio da

violência, ou seja, quando existe uma ruptura. Assim, uma revolução representa uma

cisão, uma profunda transformação na sociedade e no poder político.

Segundo Fausto (1997), os debates a respeito do movimento que ocorreu em

1930 ser ou não uma revolução, provocou muitas discussões entre os historiadores,

conforme dito. Para os mais tradicionais, a subida de Getúlio Vargas ao poder foi uma

revolução. O autor aponta ainda que análises historiográficas recentes, no entanto,

questiona o valor do movimento e sua dimensão de ruptura na história brasileira,

mostrando-o como uma contra-revolução aos movimentos que se organizaram em

outros setores da sociedade, confirmando a frase atribuída ao político mineiro Antonio

Carlos de Andrada: “Façamos a revolução antes que o povo a faça”. Para alguns

historiadores, ainda, o movimento não passou de um golpe de composição civil e

militar, tal como depois viria se repetir em 1964.

Ainda segundo Fausto (1997), a corrente difundida por Virgínio Santa Rosa,

Guerreiro Ramos, Hélio Jaguaribe e Nelson Werneck Sodré defendia que a Revolução

de 1930 tinha sido um movimento de classes médias, entretanto decorrente de uma

questão econômica ligada à disputa entre os setores médios e grandes fazendeiros.

Atualmente, essa interpretação, é praticamente descartada.

Na opinião de Fausto (1997), a Revolução de 1930, deve ser entendida como

um desentendimento intra-oligárquico fortalecido por movimentos militares dissidentes,

que objetivavam golpear a hegemonia da burguesia cafeeira formada por produtores,

exportadores e comerciante ligados a este segmento econômico. Ou seja, em virtude

da incapacidade das demais frações da classe para assumir o poder de maneira

exclusiva, e com o colapso da burguesia do café, abriu-se um vazio de poder, que teria

gerado o Estado de Compromisso. O estado de Compromisso é, portanto um produto

da questão política do regionalismo.

De acordo com De Decca (2004), entende-se como revolução os

acontecimentos que causam mudança na estrutura de poder, ou seja, que outras

classes passem a ser dominantes em detrimento daquelas já instituídas no poder, fato

esse que não se pode considerar dentro da Revolução de 1930, por predominar o setor

político já dominante na época, não havendo participação efetiva de outras classes

como os camponeses e operários, por terem sido reprimidas no ato imediato de

supostas reações, passando então a meros espectadores do acontecimento.

No dizer de De Decca:

O problema era, portanto, não só conter uma possibilidade de revolução, mas principalmente impedir o avanço da arregimentação operária em torno do BOC – um partido de trabalhadores -, questão que desmascarou progressivamente as forças políticas que organizavam as classes dominantes e os setores médios urbanos, fossem elas governistas ou oposicionistas. (2004:205)

O MOVIMENTO ARMADO DE 1930

O período da história republicana brasileira que vai de 1899 a 1930 costuma

ser designado pelos historiadores de diferentes modos: República Oligárquica,

República do “Café-com-leite”, República Velha ou Primeira República. Como se pode

perceber as designações trazem explícitas as práticas políticas características do

período, ou os marcos políticos perpetuados por um tipo de memória que respondia

aos interesses de uma classe.

Durante a Primeira República, não havia partidos políticos nacionais, apenas

partidos regionais que atuavam em cada um dos Estados. Eles eram uma espécie de

rótulo vistoso, atrás dos quais os políticos se agrupavam, de acordo com as suas

conveniências. Não havia voto livre, e a fraude era generalizada, oficializada, praticada

pelo Governo e pela oposição, porque não existia outra forma de eleição.

Conforme ressalta SILVA (2004), nesta época as oligarquias agrárias

montavam uma rede de transmissão de poder que ia desde os municípios até o

governo federal, porém vários setores da sociedade davam sinais de

descontentamento. O primeiro surgiu na área cultural em fevereiro de 1922, com a

Semana da Arte Moderna, na qual vários artistas e intelectuais apresentaram obras

que rompiam com os padrões estéticos vigentes na época.

De acordo com Fausto (1997) ocorreu também uma movimentação do

operariado em torno dos ideais defendidos pelo Partido Comunista do Brasil, fundado

em 1922, inspirado na vitória comunista da Rússia, que promoveu a agitação do

quadro político tendo presença ativa no cenário nacional no período de 1920 e 1930.

O Tenentismo, movimento nascido no exército em 1922, composto por jovens

oficiais mostrava-se insatisfeito com a trajetória da Primeira República e acreditava que

somente o Exército poderia moralizar a vida pública por meio da adoção do voto

secreto e da implementação de medidas em defesa dos interesses econômicos

nacionais. Alguns defendiam que a intervenção poderia se dar de forma violenta, caso

fosse necessário. Esses pontos básicos do tenentismo marcaram profundamente a

história da atuação política do Exército.

Conforme Fausto:

O tenentismo produziu uma inflexão na vida política brasileira e deixou uma influência persistente, (...) como movimento organizado. Nos anos vinte, tornou-se para todas as camadas intermediárias e populares da sociedade, o grande depositário das esperanças de uma alteração da ordem vigente. ( 2006: 438)

As ações dos Tenentes deram-se entre 1922 a 1926, liderados por Miguel

Costa, oficial da Força Pública Paulista e Luiz Carlos Prestes, oficial do Exército

Brasileiro, que percorreram o Brasil enfrentando forças dos exércitos e oligarquias,

indo refugiar na Bolívia e Argentina, de onde mais tarde retornaram ao Brasil para

atuar na Revolução de 1930. Os principais tenentes do movimento armado foram:

Miguel Costa, Juarez Távora, Siqueira Campos, Nelson Etchegoyen, entre outros.

Os tenentes protagonizaram uma série de rebeliões contra o governo federal. A

primeira ação política tenentista ocorreu em julho de 1922, em reação à prisão do

marechal Hermes da Fonseca, na rebelião do Forte de Copacabana. Apenas 18

militares resistiram às tropas do governo e destes, somente dois sobreviveram.

Outro episódio ocorreu em 1924 quando os tenentes, sob o comando do

general Isidoro Dias Lopes e dos capitães Joaquim e Juarez Távora, tentaram ocupar a

cidade de São Paulo, de onde pretendiam articular revoltas militares em outros

estados. Houve rebelião no Rio Grande do Sul, sob o comando do capitão Luís Carlos

Prestes.

Expulsos de São Paulo, os rebeldes juntaram forças com os gaúchos formando

assim a Coluna Prestes percorrendo o país entre 1925 e 1927, mantendo acesa a ideia

da resistência à República oligárquica. Em 1926 em São Paulo surge o Partido

Democrático o qual iria atrair a maioria que tinha os mesmos ideais.

Como nos lembra Fausto (1997) o cenário brasileiro no final da década de

1920, abalado pela crise de 1929, não era promissor para a ordem oligárquica. A

situação piorou quando Washington Luis negou apoio ao candidato mineiro que

deveria substituí-lo, optando então pelo paulista Julio Prestes. O governador de Minas

Gerais, Antonio Carlos de Andrada, desapontado com Washington Luis pelo fato de ele

não tê-lo indicado como candidato à presidência, uniu-se aos políticos dos estados de

oposição à oligarquia cafeeira, rompendo assim, a política do café-com-leite.

Ainda segundo o autor, essa atitude do presidente empurrou mineiros e

gaúchos para um novo acordo, que incluiu também a dissidência paulista organizada

em torno do Partido Democrático, formando a Aliança Liberal composta pelos Estados

de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba que lançou a candidatura de Getúlio

Vargas à presidência e do paraibano João Pessoa para vice. A plataforma política da

Aliança Liberal defendia o voto secreto, o voto feminino, a regulamentação das leis

trabalhistas, o incentivo a indústria e a valorização da produção nacional. Essas

propostas atendiam às principais reivindicações dos tenentes e da burguesia industrial.

Nas eleições para Presidente da República, concorrendo Getúlio Vargas pela

oposição e Júlio Prestes pelo governo, todos viam como certa a vitória do candidato

Getúlio Vargas, porém o governo, controlando as eleições, proclamou eleito Júlio

Prestes para Presidente.

A suspeita de fraude nas eleições de 1930 serviu de pretexto para iniciar o

movimento pela deposição de Washington Luiz. Também o assassinato de João

Pessoa no dia 26 de julho de 1930, ocorrido em Recife, contribuiu para o

fortalecimento da articulação aliancista.

Os derrotados, entre eles Getúlio Vargas, aceitaram a vitória de Julio Prestes

sem contestação. No entanto, os tenentes e alguns membros das oligarquias

oposicionistas iniciaram as conspirações. Diante de tais acontecimentos, as eleições

presidenciais de 1930 podem então ser apontadas como um dos fatores que

impulsionou para a revolta armada de outubro, a partir do descontentamento de três

estados, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba contra a hegemonia paulista.

O MOVIMENTO ARMADO DE 1930 E SUAS BATALHAS

O movimento politico-militar que derrubou a República Velha, conforme nos

lembra Silva (2004), na citação abaixo, teve início no dia 03 de outubro de 1930, na

cidade de Porto Alegre, onde os aliancistas atacaram as principais unidades militares

da cidade. O ataque ao quartel da 3ª Região Militar foi comandado por Oswaldo

Aranha, Flores da Cunha e o capitão Agenor Barcelos; o morro do Menino Deus, onde

ficava um importante depósito de armamentos, foi assaltado por tropas sob o comando

de João Alberto e por fim, o 7º Batalhão de Caçadores, unidade que ofereceu maior

resistência, ficou a cargo do Coronel Alcides Etchegoyen e Góes Monteiro, o chefe

militar supremo da revolução.

Assim foi no dia 3. Apenas, enquanto o primeiro grupo de cinqüenta homens repetia a operação de rotina, um segundo grupo, armado, destacou-se com a missão de atacar e imobilizar as sentinelas. [...] Isso se passou exatamente às 5h25, antecedendo o sinal de um foguete lançado do morro do Menino-Deus, marcando a revolução geral. (SILVA, 2004:164)

Assim como nos diz Silva (2004), a capital gaúcha encontrava-se no dia 04 de

outubro inteiramente sob controle dos revolucionários. Vargas divulgou um manifesto

conclamando os gaúchos à luta. No interior do estado, a resistência legalista foi

pequena, restrita a poucas guarnições do Exército. No dia 5 de outubro todo o estado

havia aderido ao movimento. Entre os oficiais legalistas presos no Rio Grande do Sul

pelos aliancistas encontravam-se o general Gil de Almeida e o coronel Euclides

Figueiredo.

Dominada a situação no Rio Grande do Sul, foram formadas colunas que

partiram em direção ao norte. O coronel Alcides Etchegoyen e João Alberto

comandaram um grupo que se dirigiu ao interior de Santa Catarina e Paraná; uma

outra coluna, sob o comando do general Valdomiro Lima, seguiu o mesmo rumo, mas

logo retornou ao Rio Grande do Sul. Ptolomeu de Assis Brasil comandou o avanço

sobre o litoral catarinense com o objetivo de ocupar Florianópolis, onde enfrentou

resistência legalista; e um quarto grupo, sob o comando de Miguel Costa, tomou o

caminho de São Paulo, por via férrea, não encontrando qualquer obstáculo até a

cidade paranaense de Ponta Grossa.

De acordo com Silva (2004), em Curitiba o Major Plínio Tourinho, em acordo

com os gaúchos, conduziu um conjunto de ações que levou a adesão da guarnição

federal, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. O Presidente do Estado, Affonso

Camargo, sem apoio militar, retirou-se para Paranaguá. Dessa forma em 05 de

outubro, Curitiba encontrava-se sob o governo dos revoltosos e seu chefe era o

General da Reserva Mário Tourinho.

Um comboio aliancista no dia 10 de outubro, do qual faziam parte Getúlio

Vargas e Góes Monteiro, partiu do Rio Grande do Sul em direção à capital federal. Ao

chegar a Ponta Grossa, juntaram-se às forças amigas ali estacionadas para planejar o

ataque decisivo ao estado de São Paulo, que deveria cair sobre a localidade de Itararé.

Em Itararé a passagem era obrigatória para os que vinham do Sul. Os rebeldes

paranaenses foram seguidos pelos gaúchos que em Jaguariaíva adentraram pelo

Ramal Ferroviário do Paranapanema, atingindo sem dificuldades o Norte Pioneiro.

De acordo com Leite (1931), no dia 8 de outubro um comboio ferroviário

transportando um esquadrão da Brigada Militar chega até Colônia Mineira, atual

Siqueira Campos e daí seguindo até Affonso Camargo, (Joaquim Távora). Estas foram

as primeiras forças gaúchas que se avizinharam da divisa de São Paulo.

Foram os primeiros combatentes revolucionários que se aproximaram da fronteira. Por isto, os que primeiro se mediram com os que desceram de São Paulo. Atingindo a estação férrea de Jaguariaíva, onde a estrada se bifurca, deixaram a direção de Itararé para a direita e rumaram para Colônia Mineira (Siqueira Campos-PR), à esquerda. Atingiram-na sem tropeço. E não perderam tempo. Continuaram avançando, sempre pela via férrea. Transpuseram a estação Catiguá (Quatiguá-PR). Afinal aqui [...] tiveram contato com os primeiros adversários. ( LEITE, 1931:151)

A força legalista que os gaúchos enfrentaram em Joaquim Távora e depois em

Quatiguá era composta por elementos do Exército vindo de Quitaúna, Força Pública

Paulista, voluntários civis recrutados por Ataliba Leonel, deputado federal e chefe

político do interior de São Paulo.

Em vinte e um dias o movimento político-militar iniciado no Rio Grande do Sul

atingiu o Rio de Janeiro com o movimento dos generais que depuseram o Presidente

Washington Luis. Foi um avanço rápido para os padrões da época, vencidos os poucos

focos de resistência ao movimento, como por exemplo, o do Regimento comandado

pelo Coronel Acauã em Porto Alegre e da Companhia de Administração. Coube aos

revoltosos procurarem se aproximar o máximo possível da Capital da República e

neste momento a posição geográfica do Estado do Paraná chama a atenção por ser

vizinho de São Paulo, o principal defensor do Governo Federal. Itararé, Ourinhos e o

Vale da Ribeira ganharam especial atenção dos governos Federal e Paulista para

tentar conter o avanço gaúcho.

A BATALHA EM QUATIGUÁ

De acordo com o relato de Wanderley Véras, no dia 12 de outubro de 1930, o

Esquadrão da Brigada Militar do Rio Grande do Sul organizada pelo capitão Marinho,

encontrava-se estacionada em Quatiguá aguardando a chegada dos reforços do

Destacamento Etchegoyen. Com a chegada da vanguarda do Coronel Alcides

Etchegoyen, seu 1º Batalhão de Caçadores, comandada pelo Major Alcides Araújo,

vindo de trem da Colônia Mineira, avançaram cuidadosamente, desembarcando a um

quilometro antes da estação e seguiram pela linha férrea em direção à estação de

Quatiguá, dando assim aos gaúchos o incentivo decisivo para a sua ação.

Segundo Wanderley Verás1:

Seis e trinta do dia 12 de outubro. A vanguarda da columna Etchegoyen constituída pelo 1º B.C. da Carta Geral do Brasil e por uma companhia do 9º B.C., havia chegado aquella hora ao pequeno povoado de Quatiguá, no norte do Estado do Paraná, (...) Ahi fomos informados que em Affonso Camargo haviam chegado 80 caminhões conduzindo forças paulistas, bem como outros elementos adversários haviam sido assignalados em Santo Antonio da Platina, Ribeirão Claro, Jacarezinho e Carlópolis, onde se dizia ter o ex-deputado Ataliba Leonel, recrutado gente. (s/d, p.237, apud MIRANDA, 1933).

A tropa gaúcha recebeu informações, possivelmente dos núcleos do Partido

Democrático organizado em Ribeirão Claro e Jacarezinho, de que os paulistas

avançavam em sua direção.

Os paulistas se posicionaram em forma de meia lua com a Estação Férrea e os

gaúchos ao centro, pois era a melhor posição. Nessa edificação foi instalado o posto

de comando do destacamento, onde foi colocada uma seção de metralhadoras

pesadas. Os paulistas atacaram fortemente, mas a resistência dos gaúchos conseguiu

conter o ataque.

Nelson Etchegoyen, comandante da Artilharia rebelde, relata o combate que

transcorreu até as nove horas da manhã do dia 13 de outubro.

Às 2 horas tivemos ordem de seguirmos imediatamente para Quatiguá a fim de reforçarmos o restante do [1º] Destacamento, que seria atacado por forças paulistas, que durante toda a noite recebiam reforços, procurando envolver a estação, onde se achava tropa amiga; seguimos e apenas desembarcamos a nossa última peça de artilharia foi desencadeado violento ataque com tropas regulares da Força Pública Paulista. Nesse combate nossas tropas, fiéis às tradições de bravura dos seus antepassados, se portou com extraordinário heroísmo e sangue frio, derrotando de modo absoluto e formal, o inimigo [...]. (ETCHEGOYEN, 1931, apud MIRANDA, 1933:. 240).

A vitória do destacamento em Quatiguá foi garantida pela presença do 6º

Regimento de Artilharia Montada, vindo de Cruz Alta no Rio Grande do Sul, dando

cobertura à infantaria que pode assim avançar sobre as posições paulistas, tomando-

as. Diante de uma derrota, os paulistas começam a recuar, os gaúchos fecham o cerco

e buscam garantir o destino do movimento e a execução dos seus planos.

A saída dos paulistas foi bastante desordenada, contribuindo assim para

aumentar a confusão entre seus soldados, ainda descrente daquilo que presenciavam.

A tropa legalista seguiu em direção à divisa com São Paulo. Verás, baseado no

relatório do Coronel Alcides Etchegoyen, comenta as condições da retirada dos

legalistas, conforme segue abaixo:

O seu dispositivo esfrangalhou-se, o pânico se manifestou em suas fileiras, veio a desordem e a confusão. A ninguém mais seria dado conter aquella tropa cheia de terror, cujo pensamento único era fugir e cuja fuga era cortada pelo fogo das nossas metralhadoras pesadas que a fusilava em massa. As populações das cidades e villas, ao longo da via férrea Quatiguá - Jacaresinho são testemunhas do estado de desmantello e desmoralisação das tropas adversárias em fuga, as quaes tomadas de pavor e viajando em caminhões incendiavam, com auxilio de gazolina, as pontes e pontilhões ao longo da estrada, a fim de evitar a perseguição de nossa tropa e destruindo a dinamite de uma maneira bárbara as pontes lançadas sobre o Paranapanema e incendiando todas as balsas, botes e canoas existentes nos diversos passos daquele rio, abandonando em definitivo naquella região, o Estado do Paraná. (s/d, p. 243, apud MIRANDA, 1933)

Os legalistas destruíram as pontes sobre o Rio Paranapanema, a ponte

ferroviária da Viação São Paulo/Paraná, a ponte pênsil rodoviária (Ponte Pênsil Manoel

Alves de Lima) em Ribeirão Claro, impedindo assim o avanço gaúcho sobre São Paulo,

encerrando assim o combate em Quatiguá.

Entretanto, no Rio de Janeiro os Generais e Almirantes em um Golpe de

Estado depõem o presidente Washington Luiz e assim Vargas recebe da junta militar o

poder em suas mãos, no dia 03 de novembro.

________ 1 Wanderley Verás era sargento do Exército Brasileiro. Servia na Comissão da Carta Geral da República, responsável por serviços topográficos e cartográficos, atual Primeira Divisão de Levantamento do Exército com sede em Porto Alegre – RS. No dia 03 de Outubro de 1930 ele foi o responsável por abrir os portões de sua unidade para que essa fosse ocupada pelos revoltosos que tomavam todas as guarnições sediadas na capital gaúcha. Participou do Combate de Quatiguá engajado com uma Companhia da Carta Geral. Como participante e testemunha escreveu um relato noticioso que veio a ser publicado no jornal Correio do Povo de Porto Alegre e reproduzido na integra como anexo do livro do Coronel Alcebíades Miranda em 1931.

MATERIAL DIDÁTICO E ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

SUGESTÕES DE ATIVIDADES

PESQUISA E DEBATE

Brasil 1930: golpe ou revolução?

Vocês já estudaram ou leram notícias sobre golpes de Estado ou revoluções em

outros países? Que transformações ocorreram nesses países depois deles?

O estudo do tema proposto inicia-se por meio de um debate na sala de aula em

torno do conceito de “Revolução”, indagando os alunos sobre o que é revolução e qual

ideia que eles tem sobre o tema.

Nessa atividade, os alunos serão encaminhados ao laboratório de informática

para realizarem uma breve pesquisa sobre o conceito de “revolução”, cientes que a

palavra apresenta dois significados bem distintos, que devem ser anotados pelos

alunos em seu caderno.

Site sugerido: http://www.suapesquisa.com/historia/dicionario/revolucao.htm,

http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u40.jhtm Acessado em agosto/2012.

ATIVIDADES

a) Realização de uma pesquisa em livros didáticos, paradidáticos, em sites,

documentos de época, sobre a “Revolução de 1930”, analisando as diferentes

versões relacionadas ao movimento de 30.

b) Elaboração de uma síntese sobre o tema considerando o que estudou para

discussão com os colegas e, posterior explanação para a sala.

c) Responder: a Revolução de 30 representou uma continuidade ou uma ruptura?

Tire suas conclusões navegando no link abaixo, analisando o contexto histórico e

expresse sua opinião, fundamentada em argumentos lógicos sobre a questão.

http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/Revolucao30/RupturaContin

uidade

http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u40.jhtm Acesso : setembro/2012.

LEITURA E ANÁLISE DE TEXTO

Com base nas informações dos textos abaixo, responda a questão.

Documento 1:

“A Revolução de 1930 põe fim à hegemonia da burguesia do café, desenlace

escrito na própria forma de inserção do Brasil no sistema capitalista internacional.

Sem ser um produto mecânico da dependência externa, o episódio revolucionário

expressa a necessidade de reajustar a estrutura do país, cujo funcionamento,

voltado essencialmente para um único gênero de exportação, se torna cada vez

mais precário.”

FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930, historiografia e história.

16 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. p.149.

Documento 2:

“Como discurso do exercício de poder, revolução de trinta oculta o percurso das

classes sociais em conflito, não apenas anulando a existência de determinados

agentes, mas, principalmente, definindo enfaticamente o lugar de todos os agentes

sociais [...] Nessa memória histórica sobrelevam-se apenas alguns agentes sociais

ao passo que outros são de uma vez por todas suprimidos, não se tornando

estranha, tanto para a ótica do poder constituído nos anos trinta como para a

historiografia, a inexistência da ação política dos dominados durante esse período

histórico”.

DECCA, Edgar Salvadori de. 1930: o silêncio dos vencidos: memória, história e revolução – São Paulo: Brasiliense, 2004, 2ª reimpr.da 6. ed. De 1994 p.75-76.

a) Qual ideia sobre a Revolução de 1930 é defendida pelos autores Boris Fausto e

Edgar De Decca?

TRABALHO EM GRUPO

A estratégia utilizada nesta atividade será a realização da leitura do texto da revista

Mundo Jovem, sobre o título: “Revolução de 1930 – Um rearranjo da política

nacional?”. Em seguida, reunindo os alunos em grupos, será feito um debate sobre as

questões propostas no texto da revista que seguem abaixo.

Site da Revista Mundo Jovem, edição de julho de 2008, disponível em:

www.mundojovem.com.br Acesso: setembro de 2012.

a) O que motivou a união de Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba na

Revolução de 1930?

b) O que era a “República Velha”? Por que era tão contestada?

c) Por que a Revolução de 1930 foi apenas um rearranjo na política nacional,

mudando para não mudar?

VÍDEO

a) Assistir ao vídeo: “Principais aspectos da República Velha”, disponível em:

www.mundojovem.com.br/edicoes, edição de setembro de 2012.

http://cafehistoria.ning.com/video/video/show?id=1980410%3AVideo%3A21201

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnica.html?id=890 Acesso em 24/09/12.

Este vídeo apresentado por Boris Fausto (2002), relata sobre a República Velha

caracterizada pela dominação das oligarquias que, através de acordos políticos entre

governantes paulistas e mineiros, asseguram o controle da União na conhecida política

do café com leite.

b) Redigir um relatório sobre o tema explanado no vídeo.

SEMINÁRIO

“O seminário é um procedimento metodológico, que supõe o uso de técnicas para o

estudo e pesquisa em grupo sobre um assunto predeterminado. Cada grupo deve

eleger um representante para expor os resultados das pesquisas de forma a

compartilhar com toda a turma o conjunto dos assuntos pesquisados” disponível em:

www.coladaweb.com acessado em 13/10/12.

a) A partir do comentário acima, propor aos alunos que se dividam em grupos

para um Seminário. Cada grupo ficará responsável por ler, interpretar, problematizar e

apresentar um dos temas propostos relacionados à Revolução de 1930.

Grupo 1: Antecedentes da Revolução de 1930: Tenentismo.

Grupo 2: Antecedentes da Revolução de 1930: Coronelismo e as oligarquias.

Grupo 3: Antecedentes da Revolução de 1930: Aliança Liberal e as eleições de 1929.

Grupo 4: A Revolução de 1930: rupturas e continuidades.

b) Os alunos deverão aprofundar-se nos estudos da temática escolhida e,

portanto, além dos sites sugeridos, devem procurar outras referências como livros

didáticos, paradidáticos e revistas. O professor irá orientá-los neste trabalho de

levantamento e seleção das bibliografias.

c) Cada grupo é designado para fazer exposição temática do assunto estudado,

apresentando os principais conceitos e ideias do texto, usando para isso das mais

variadas estratégias como quadro de giz, slides, cartazes, filmes etc.

Sites para pesquisa disponível em:

http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/politica-do-cafe-com-leite.jhtm.

http://www.suapesquisa.com/historia

www.cpdoc.fgv.br

www.centrocultural.sp.gov.br

www.educador.brasilescola.com/

www.dominiopublico.gov.br

Acessados em setembro de 2012.

TRABALHANDO COM CHARGE

A charge é uma linguagem para as reflexões de natureza histórica, revelando a visão

critica de seu autor, relata um fato ocorrido em uma época definida, dentro de um

determinado contexto cultural, econômico e social específico e que depende do

conhecimento desses fatores para ser entendida, tendo como objetivo satirizar, um

acontecimento, por meio de uma caricatura, envolvendo um ou mais personagens. A

imagem é de rápida leitura, transmitindo múltiplas informações de uma só vez. É muito

utilizada em críticas políticas no Brasil e mais do que um simples desenho, ela é uma

crítica político-social onde expressa uma visão sobre determinadas situações

cotidianas através do humor e da sátira.

Disponível em: www.suapesquisa.com, acessado em 13/09/12.

a) No laboratório de informática da escola, os alunos irão navegar nos sites

sugeridos que tratam sobre as charges políticas. Acessado em: 28/09/2012.

http://www.revistadehistoria.com.br/secao/chargedomes/as-proximas-eleicoes-de-

cabresto

http://4.bp.blogspot.com/_d8G0wnAInIo/SqQOKqm7ceI/AAAAAAAAB1A/m9mFf0duXjs/

s400/Republica

http://ricafonte.com/historia/textos/Historia_Brasil/Rep%C3%BAblica/Rep%C3%BAblica

%20Velha%20Conferida%20exe_arquivos/image011.jpg

http://3.bp.blogspot.com/_0aXrS15Uu-g/TKItm-

OHWPI/AAAAAAAAAkE/BQJMYWRIdiY/s400/Cafe+com+leite.JPG

http://ecwaldeka.blogspot.com/2009/05/republica-do-cafe-com-leite.html

b) Nesta atividade propor aos alunos que observem atentamente cada detalhe dos

elementos que compõem as charges, os personagens, os acontecimentos

retratados, as críticas feitas pelo chargista, levantando suas hipóteses acerca da

ideia principal de cada charge.

c) A partir do tema discutido no seminário (atividade 5) cada grupo deve construir

uma charge, dando título e elaborando um texto explicando-a.

ANÁLISE DE DOCUMENTOS: História e Memória de Quatiguá

Reconstruir a memória histórica do ocorrido no município de Quatiguá, analisando as

batalhas entre as tropas legalistas e as de Getúlio Vargas durante a “Revolução de

1930”.

Foto aérea de Quatiguá em 1985, em destaque a Estação Ferroviária. (Foto: Acervo Particular Roberto Bondarik)

a) Vídeo

O Combate em Quatiguá - parte 01 e parte 02. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=Mnf1Y2c0A2U http://www.youtube.com/watch?v=IyyDEOExHno&feature=relmfu Acessados em outubro de 2012.

Este vídeo foi produzido pelo Professor Mestre Roberto Bondarik de acordo com suas

pesquisas históricas realizadas sobre o tema, e relata sobre o combate de Quatiguá

ocorrido em outubro de 1930 durante a Revolução. O filme reproduz uma sequência de

imagens usadas durante suas palestras.

b) Reportagem

Reportagem gravada pela TV Coroados em 1984, com os antigos moradores da cidade

de Quatiguá, mostrando os lugares onde houve a batalha.

c) Leitura de jornal

Ler e interpretar o Artigo do jornal (Folha de Londrina, Caderno 2 – Sexta-feira,

06/04/1984 pág.24), analisando os fatos relacionados ao movimento.

Após terem assistido ao vídeo, à reportagem e realizado a leitura dos documentos,

reflita sobre as questões abaixo:

� Que história foi contada (reconstrução da história)?

� Qual conceito de Revolução foi passada?

� Quais foram às forças que se enfrentaram na Batalha de Quatiguá?

� Quais as principais consequências que a Revolução de 30 trouxe para o

município?

d) Visita ao Patrimônio Histórico de Quatiguá

Foto do Obelisco. Outubro / 2012 (Foto: Acervo Particular Isaura Valle Borges)

Análise do bem cultural. Nessa atividade propor aos alunos que efetuem uma pesquisa

em bibliotecas, arquivos da prefeitura, com familiares e pessoas da comunidade a

respeito da história deste bem cultural.

� Qual a função de um monumento?

� O que é um obelisco?

� Quando foi construído?

� Qual o motivo da sua construção?

� Quem foi o autor da obra? A pedido de quem?

� Quais atividades são realizadas no lugar?

� Qual é o seu estado de conservação e limpeza?

� O que lhe chamou a atenção no obelisco?

Cada um dos participantes deverá procurar dados diferentes e juntar os resultados

para que possam ser partilhados com todos, apresentando o trabalho aos demais

alunos da escola através uma exposição.

e) Conferência de encerramento

Será realizada uma conferência pelo Professor Mestre Roberto Bondarik, no Colégio

Estadual João Marques da Silveira para os alunos do 9º ano, sobre a Batalha ocorrida

em Quatiguá e logo após será promovido um debate sobre o assunto.

REFERÊNCIAS CAMARGO, Aspásia. COLEÇÃO TEMAS BRASILEIRO. A REVOLUÇÃO de 30: seminário internacional realizado pelo Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea da Fundação Getulio Vargas. Brasília, D.F.: Ed. Universidade de Brasília, c1982. 722 p. Disponibilizado em: http://www.cpdoc.fgv.br FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. DE DECCA, Edgar Salvadori. 1930, o silêncio dos vencidos: memória, história e revolução. São Paulo: Brasiliense, 2004.

FAUSTO, Boris. TOMO III – O Brasil Republicano: Sociedade e Instituições (1889 – 1930). Vol 9, 8º ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006. FAUSTO, Boris. 1930 – A revolução de 1930: historiografia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO, SUPERINTENDÊNCIA DA EDUAÇÃO. Diretrizes Curriculares de História para a Educação Básica. Curitiba, 2008. LEITE, Aureliano, Memórias de um revolucionário: A Revolução de 1930, Pródomos e conseqüências. 1ª ed. São Paulo, 1931. MIRANDA, Alcebíades. Justitia Vanum Verbum: episódio da revolução de 1930. 2º ed. São Paulo: S.D.T. 1933. SCHMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo, Scipione, 2004 SILVA, Hélio. O Fim da Primeira República: 1927 - 1930 . 3ª ed. São Paulo:Editora Três, Editora do Brasil 21, 2004 ________. A Revolução Paulista: 1931 - 1933. 3ª ed. São Paulo: editora Três: Editora Brasil 21, 2004. SITES ACESSADOS

http://www.suapesquisa.com

http://educacao.uol.com.br

http://cpdoc.fgv.br

www.mundojovem.com.br

http://portaldoprofessor.mec.gov.br

www.coladaweb.com

www.centrocultural.sp.gov.br

www.educador.brasilescola.com

www.dominiopublico.gov.br

http://www.revistadehistoria.com.br

http://www.youtube.com