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Pediatria vol. 4 Principais temas para provas SIC PEDIATRIA

Pediatria vol. 4 - s3.sa-east-1.amazonaws.com · Especialista em Nutrologia Pediátrica pela ... (IPPMG/UFRJ) e em Oncologia Pediátrica pelo Instituto Nacional do Câncer do Rio

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Principais temas para provas

SIC PEDIATRIA

Produção Editorial: Fátima Rodrigues MoraisCoordenação Editorial e de Arte: Martha Nazareth Fernandes LeiteProjeto Gráfico: SONNE - Jorlandi Ribeiro

Diagramação: Diego Cunha Sachito - Jorlandi Ribeiro - Jovani Ribeiro - Paulo Sergio Gualtieri Criação de Capa: R2 EditorialAssistência Editorial: Tatiana Takiuti Smerine Del FiorePreparação de Originais: Andreza Queiroz Revisão Final: Henrique Tadeu Malfará de SouzaRevisão de Texto e de Provas: Caroline R. dos Anjos - Marcela Zuchelli Marquisepe Maria Adriana Taveira - Mariana Rezende Goulart - Mônica d’AlmeidaServiços Editoriais: Eliane Cordeiro - Tatiana AlvesServiços Gráficos: Thaissa Câmara Rodrigues

Abril, 2018Proibida a reprodução total ou parcial.

Os infratores serão processados na forma da legislação vigente.Direitos exclusivos para a língua portuguesa licenciados

à Medcel Editora e Eventos Ltda.Av. Paulista, 1776 - 2º andar - São Paulo - Brasil

www.medcel.com.br(11) 3511 6161

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

O conteúdo deste livro é específico para provas, visando, principalmente, informar o leitor sobre as tendências das avaliações e prepará-lo para elas. Além disso, não é recomendado para a prática médica ou para a formação acadêmica. Acrescente-se que há a probabilidade de discordâncias entre conceitos das diferentes instituições, e que as informações contidas neste material estão de acordo com o regime vigente no momento da publicação, a serem complementadas conforme surgirem novos conhecimentos.

Principais temas em Pediatria / Kátia Tomie Kozu - Marcelo Higa - Maria Teresa Luis Luis - Ana Thamilla Fonseca - Danniella Corrêa Netto Pedroso Lenharo - Adriana Prado Lombardi - José Roberto Vasconcelos de Araújo - Juliana Tiemi Saito Komati - Eva Fabiana Angelo Sendin - Liane Guidi Oka-moto Gabriel Fernando Todeschi Variane - Raphael Roto - Thalita Feitosa Costa - Fernanda Martins - Cassia Maria Abrantes do Amaral - Hannah Bryskier Gleitzmann - Vivian Amaral - Lygia de Souza Lima Lauand - Luana Bessa - 1. ed. -- São Paulo: Medcel, 2018. -- (Principais temas em Pediatria)

1. Pediatria - Concursos - 2. Residentes (Medicina)

© 2018 by

PRINCIPAIS TEMAS EM PEDIATRIAKátia Tomie Kozu - Marcelo Higa - Maria Teresa Luis Luis - Ana Thamilla Fonseca - Danniella Corrêa Netto Pedroso Lenharo - Adriana Prado Lombardi - José Roberto Vasconcelos de Araújo - Juliana Tiemi Saito Komati - Eva Fabiana Angelo Sendin -

Liane Guidi Okamoto Gabriel Fernando Todeschi Variane - Raphael Roto - Thalita Feitosa Costa - Fernanda Martins - Cassia Maria Abrantes do Amaral - Hannah Bryskier Gleitzmann - Vivian Amaral -

Lygia de Souza Lima Lauand - Luana Bessa

Autoria e colaboração

Kátia Tomie KozuGraduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). Especialista em Pediatria pelo Hospital Briga-deiro. Especialista em Reumatologia Pediátrica pelo Ins-tituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Mestranda em Pediatria pelo HC-FMUSP.

Marcelo HigaGraduado em Medicina pelo Centro Universitário Lusía-da (UNILUS). Especialista em Alergologia e Imunologia pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Maria Teresa Luis LuisGraduada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Pediatria pelo Hospital Municipal Infantil Menino Jesus. Especialista em Nutrologia Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Título de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Ana Thamilla FonsecaGraduada pela Faculdade de Medicina de Santo Amaro (UNISA). Especialista em Pediatria pela Faculdade de Medicina do ABC (FMABC).

Danniella Corrêa Netto Pedroso Lenharo Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas e Bioló-gicas de Botucatu (FCMBB). Especialista em Pediatria e em Neonatologia pelo Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (ICr-FMUSP). Título de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasi-leira de Pediatria (SBP).

Adriana Prado LombardiGraduada em Medicina e especialista em Pediatria pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade São Francisco. Especialista em Neonatologia pela Materni-dade de Campinas. Pós-graduada em Homeopatia pela Escola Paulista de Homeopatia.

José Roberto Vasconcelos de AraújoGraduado em Medicina e especialista em Pediatria pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Títu-lo de especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Membro da Sociedade Médica de Pediatria. Mé-dico pediatra atuante em Emergência e Enfermaria do Hospital do Complexo Hospitalar Ouro Verde, e em Uni-dade Básica de Saúde, em Campinas.

Juliana Tiemi Saito KomatiGraduada em Medicina pela Faculdade Evangélica do Pa-raná. Especialista em Pediatria pela Secretaria de Estado da Saúde – Hospital Infantil Cândido Fontoura. Especia-lista em Gastroenterologia Pediátrica pelo Departamen-to de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Mestre em Pediatria e Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP. Título de especialista em Pedia-tria pela Associação Médica Brasileira (AMB), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG).

Eva Fabiana Angelo SendinGraduada pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA). Especialista em Dor e Cuidados Paliativos pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Fa-culdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Pós-graduada pelo curso Pallium Latino Ameri-ca Avançado em Cuidados Paliativos.

Liane Guidi OkamotoGraduada em Medicina pela Universidade Severino Sombra (USS). Especialista em Pediatria pelo Hospi-tal Brigadeiro e em Gastroenterologia pelo Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

Gabriel Fernando Todeschi VarianeGraduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Pediatria pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP). Título de especialista em Pediatria (TEP) pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Especiali-zando em Neonatologia pelo Serviço de Neonatologia do Departamento de Pediatria da ISCMSP. Instrutor do Curso de Suporte Avançado de Vida em Pediatria – PALS (Pediatric Advanced Life Support) –, treinado e creden-ciado pela American Heart Association.

Raphael RotoGraduado em Medicina e especialista em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Thalita Feitosa CostaGraduada em Medicina e especialista em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Fernanda MartinsGraduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Especialista em Pediatria pelo Instituto de Puericultura e Pediatria Mar-tagão Gesteira (IPPMG/UFRJ) e em Oncologia Pediátrica pelo Instituto Nacional do Câncer do Rio de Janeiro (INCA-RJ). Título de especialista em Pediatria pela Associação Médica Brasileira (AMB). Médica oncologista pediátrica

do Hospital Prontobaby. Instrutora do curso de Emer-gências Pediátricas, do Centro de Treinamento Berkeley, e do PALS (Pediatric Advanced Life Support), dos Cursos de Urgência e Emergência (CUREM) .

Cassia Maria Abrantes do AmaralGraduada pela Faculdade de Medicina da Pontifícia Uni-versidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Especialista em Nefropediatria e mestre em Pediatria pela Univer-sidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Professora da Universidade Anhembi Morumbi.

Hannah Bryskier Gleitzmann Graduada pela Escola de Medicina Souza Marques (EMS-M-RJ). Residência em Pediatria pelo Instituto Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). Cursando especialização em Alergia e Imunologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) .

Vivian AmaralGraduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Especialista em Pediatria pelo Instituto Nacional da Mulher, da Criança e do Ado-lescente Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ). Residente em Terapia Intensiva Pediátrica pelo Instituto da Crian-ça do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).

Lygia de Souza Lima LauandGraduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP). Especialista em Pediatria e Puericultura e em Gastroenterologia e Hepatologia Pe-diátrica pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (ISCMSP), departamentos dos quais é mé-dica assistente. Médica preceptora da Residência Médica de Pediatria do Hospital Municipal da Criança e do Ado-lescente de Guarulhos, SP.

Luana Bessa Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Pediatria pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Facul-dade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP). Médica plantonista do pronto-socorro infantil dos Hospitais Sepaco e Cruz Azul.

Atualização 2018Lygia de Souza Lima Lauand

Revisão de conteúdoJoão Guilherme Palma Urushima

Revisão técnicaCinthia Ribeiro FrancoDan Yuta NagayaDaniela Andrea Medina MacayaEdivando de Moura BarrosLuan FortiLucas Kenzo MiyaharaMariana da Silva Vilas BoasMatheus Fischer Severo Cruz HomemNadia Mie Uwagoya TairaPriscila Schuindt de Albuquerque SchilRyo ChibaViviane Aparecida QueirozWilian Martins GuarnieriWilliam Vaz de SousaYuri Yamada

Apresentação

O ensino médico é desafiador por natureza, e o estudante que se decide pelos fascinantes caminhos da Medicina sabe disso. Fascínio advindo, em grande parte, justamente das inúmeras possibilidades e, até mesmo, obri-gatoriedades que se abrem para esse aluno logo que ele ingressa no ensino superior, a ponto de ser quase impossível determiná-las ou mensurá-las.

Dessa rotina faz parte, por exemplo, um inevitável período de aulas práti-cas e horas em plantões de vários blocos, não só o responsável por grande parte da experiência que determinará a trajetória profissional desse aluno, como também o antecedente imediato do seu ingresso em um programa de Residência Médica que seja referência, no mínimo, em todo o país – o que exigirá dele um preparo minucioso e objetivo.

Esse é o contexto em que toda a equipe de conteúdo da Medcel, forma-da por profissionais das áreas pedagógica e editorial e médicos das mais diferentes especialidades, preparou a Coleção SIC Principais Temas para Provas. O material didático destaca-se pela organização e pelo formato de seus capítulos, inteiramente voltado à interação, com recursos gráficos e dicas sobre quadros clínicos, diagnósticos, tratamentos, temas frequentes em provas, leituras recomendadas e outros destaques, sem os quais o alu-no não deve prestar nenhum exame. Tudo isso somado às questões ao fi-nal, todas comentadas a partir de uma estrutura que lhe permite identificar o gabarito de imediato.

Com tudo isso, nossa equipe reforça o ideal de oferecer ao candidato uma preparação completa e lhe assegura um excelente estudo.

Índice

Capítulo 1 - Febre na infância ......................... 151. Introdução ...................................................................162. Criança com febre .....................................................163. Transição epidemiológica .......................................164. Conduta no paciente com suspeita de

bacteriemia oculta – protocolo de risco ........... 175. Conclusão ....................................................................18Resumo ............................................................................. 19

Capítulo 2 - Imunizações .................................211. Introdução .................................................................. 222. Bases imunológicas para as vacinações .......... 233. Fatores que podem interferir na resposta

imunológica da vacinação .................................... 254. Tipos de vacinas ....................................................... 265. Contraindicações à vacinação ...............................276. Vacinas ........................................................................ 297. Calendário vacinal ....................................................57Resumo ............................................................................. 61

Capítulo 3 - Convulsão na criança ................ 651. Defi nição ..................................................................... 662. Fisiopatologia ............................................................ 663. Classifi cação das crises ...........................................674. Etiologia das crises epilépticas .............................675. Abordagem diagnóstica ......................................... 686. Convulsão febril ....................................................... 69

7. Epilepsia benigna parcial da infância (rolândica) ................................................................... 69

8. Crises de ausência (pequeno mal) ...................... 699. Outras crises de relevância na Pediatria .......... 7010. Tratamento da crise convulsiva na

fase aguda............................................................... 7011. Princípios do tratamento farmacológico

ambulatorial ............................................................. 71Resumo .............................................................................72

Capítulo 4 - Convulsão febril ..........................731. Introdução ...................................................................742. Avaliação diagnóstica ..............................................74

3. Evolução .......................................................................754. Tratamento .................................................................75Resumo .............................................................................76

Capítulo 5 - Meningites e meningoencefalites ..........................................771. Defi nição ..................................................................... 782. Etiologia ...................................................................... 783. Patogenia ................................................................... 794. Quadro clínico ...........................................................805. Diagnóstico ................................................................ 836. Tratamento ................................................................ 857. Profi laxia .....................................................................88Resumo ............................................................................90

Capítulo 6 - Refl uxo gastroesofágico ...........911. Introdução .................................................................. 922. Refl uxo fi siológico .................................................... 923. Doença do refl uxo gastroesofágico ................... 924. Fisiopatologia ............................................................ 925. Quadro clínico ............................................................936. Diagnóstico .................................................................937. Tratamento ................................................................. 968. Conclusão ....................................................................97Resumo ............................................................................ 98

Capítulo 7 - Doenças exantemáticas............ 991. Introdução ................................................................1002. Conceito ....................................................................1003. Formas de manifestação ....................................1004. Sarampo ....................................................................1015. Rubéola .................................................................... 1066. Varicela-zóster ........................................................ 1087. Exantema súbito ou roséola infantil ................ 1138. Eritema infeccioso ................................................. 1159. Mononucleose infecciosa ..................................... 11710. Escarlatina ............................................................. 12011. Doença de Kawasaki ............................................122Resumo ...........................................................................125

Questões:Organizamos, por capítulo, questões de instituições de todo o Brasil.

Anote:O quadrinho ajuda na lembrança futura sobre o domínio do assunto e a possível necessidade de retorno ao tema.

QuestõesCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

2015 - FMUSP-RP1. Um homem de 22 anos, vítima de queda de moto em ro-dovia há 30 minutos, com trauma de crânio evidente, tra-zido pelo SAMU, chega à sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de atendimento pré-hos-pitalar informou que o paciente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu 1L de solução cristaloide até a chegada ao hospital. Exame físico: SatO2 = 95%, FC = 140bpm, PA = 80x60mmHg e ECG = 3. Exames de imagem: raio x de tórax e bacia sem alterações. A ultrassonografia FAST revela grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de tratar o choque desse paciente é:a) infundir mais 1L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e en-caminhar para laparotomiab) infundir mais 3L de cristaloide, aguardar exames labo-ratoriais para iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar para laparotomiac) infundir mais 3L de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encaminhar para laparotomiad) infundir mais 1L de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado e encami-nhar o paciente para laparotomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - SES-RJ2. Para avaliar inicialmente um paciente com traumatis-mo cranioencefálico, um residente utilizou a escala de Glasgow, que leva em conta:a) resposta verbal, reflexo cutâneo-plantar e resposta motorab) reflexos pupilares, resposta verbal e reflexos profundosc) abertura ocular, reflexos pupilares e reflexos profundosd) abertura ocular, resposta verbal e resposta motora

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFES3. A 1ª conduta a ser tomada em um paciente politrau-matizado inconsciente é:

a) verificar as pupilasb) verificar a pressão arterialc) puncionar veia calibrosad) assegurar boa via aéreae) realizar traqueostomia

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFG4. Um homem de 56 anos é internado no serviço de emergência após sofrer queda de uma escada. Ele está inconsciente, apresenta fluido sanguinolento não coa-gulado no canal auditivo direito, além de retração e movimentos inespecíficos aos estímulos dolorosos, está com os olhos fechados, abrindo-os em resposta à dor, e produz sons ininteligíveis. As pupilas estão isocóricas e fotorreagentes. Sua pontuação na escala de coma de Glasgow é:a) 6b) 7c) 8d) 9

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2015 - UFCG 5. Um homem de 20 anos foi retirado do carro em cha-mas. Apresenta queimaduras de 3º grau no tórax e em toda a face. A 1ª medida a ser tomada pelo profissional de saúde que o atende deve ser:a) aplicar morfinab) promover uma boa hidrataçãoc) perguntar o nomed) lavar a facee) colocar colar cervical

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei dificuldade para responder

2014 - HSPE6. Um pediatra está de plantão no SAMU e é acionado para o atendimento de um acidente automobilístico. Ao chegar ao local do acidente, encontra uma criança de 5 anos próxima a uma bicicleta, sem capacete, dei-tada no asfalto e com ferimento cortocontuso extenso no crânio, após choque frontal com um carro. A criança está com respiração irregular e ECG (Escala de Coma de Glasgow) de 7. O pediatra decide estabilizar a via aérea

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Comentários:Além do gabarito o�cial divulgado pela instituição, nosso

corpo docente comenta cada questão. Não hesite em retornar ao conteúdo caso se sinta inseguro. Pelo

contrário: se achá-lo relevante, leia atentamente o capítulo e reforce o entendimento nas dicas e nos ícones.

ComentáriosCirurgia do Trauma

Atendimento inicial ao politraumatizado

Questão 1. Trata-se de paciente politraumatizado, ins-tável hemodinamicamente, com evidência de hemope-ritônio pelo FAST. Tem indicação de laparotomia explo-radora, sendo que a expansão hemodinâmica pode ser otimizada enquanto segue para o centro cirúrgico.Gabarito = D

Questão 2. A escala de coma de Glasgow leva em con-ta a melhor resposta do paciente diante da avaliação da resposta ocular, verbal e motora. Ainda que a avaliação do reflexo pupilar seja preconizada na avaliação inicial do politraumatizado, ela não faz parte da escala de Glasgow.Gabarito = D

Questão 3. A 1ª conduta no politraumatizado com rebai-xamento do nível de consciência é garantir uma via aérea definitiva, mantendo a proteção da coluna cervical.Gabarito = D

Questão 4. A pontuação pela escala de coma de Glasgow está resumida a seguir:

Abertura ocular (O)

Espontânea 4

Ao estímulo verbal 3

Ao estímulo doloroso 2

Sem resposta 1

Melhor resposta verbal (V)

Orientado 5

Confuso 4

Palavras inapropriadas 3

Sons incompreensíveis 2

Sem resposta 1

Melhor resposta motora (M)

Obediência a comandos 6

Localização da dor 5

Flexão normal (retirada) 4

Flexão anormal (decor-ticação) 3

Extensão (descerebração) 2

Sem resposta (flacidez) 1

Logo, o paciente apresenta ocular 2 + verbal 2 + motor 4 = 8.Gabarito = C

Questão 5. O paciente tem grande risco de lesão térmica de vias aéreas. A avaliação da perviedade, perguntando-se o nome, por exemplo, é a 1ª medida a ser tomada. Em caso de qualquer evidência de lesão, a intubação orotra-queal deve ser precoce.Gabarito = C

Questão 6. O tiopental é uma opção interessante, pois é um tiobarbitúrico de ação ultracurta. Deprime o sistema nervoso central e leva a hipnose, mas não a analgesia. É usado para proteção cerebral, pois diminui o fluxo sanguí-neo cerebral, o ritmo metabólico cerebral e a pressão in-tracraniana, o que é benéfico para o paciente nesse caso.Gabarito = A

Questão 7. Seguindo as condutas preconizadas pelo ATLS®, a melhor sequência seria:A: via aérea definitiva com intubação orotraqueal, man-tendo proteção à coluna cervical.B: suporte de O2 e raio x de tórax na sala de emergência.C: garantir 2 acessos venosos periféricos, continuar a infusão de cristaloides aquecidos e solicitar hemoderi-vados. FAST ou lavado peritoneal caso o raio x de tórax esteja normal.D: garantir via aérea adequada e manter a oxigenação e a pressão arterial.E: manter o paciente aquecido.Logo, a melhor alternativa é a “c”. Gabarito = C

Questão 8. O chamado damage control resuscitation, que deve ser incorporado na próxima atualização do ATLS®, está descrito na alternativa “a”. Consiste na contenção precoce do sangramento, em uma reposição menos agressiva de cristaloide, mantendo certo grau de hipo-tensão (desde que não haja trauma cranioencefálico as-sociado), e no uso de medicações como o ácido tranexâ-mico ou o aminocaproico.Gabarito = A

Questão 9. O tratamento inicial de todo paciente poli-traumatizado deve sempre seguir a ordem de priorida-des proposta pelo ATLS®. A 1ª medida deve ser sempre garantir uma via aérea pérvia com proteção da coluna cervical. Nesse caso, a fratura de face provavelmente in-viabiliza uma via aérea não cirúrgica, e o paciente é can-didato a cricotireoidostomia. Após essa medida, e garan-

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Capítulo 8 - Neoplasias em Pediatria .........1271. Introdução ................................................................ 1282. Leucemias ................................................................. 1283. Linfomas .................................................................... 1314. Tumores do sistema nervoso central .............. 1345. Massas abdominais ................................................135Resumo ..........................................................................140

Capítulo 9 - Normas para comunicantes de doenças infecciosas ........................................ 1411. Introdução ................................................................ 1422. Doença meningocócica ......................................... 1423. Meningite por Haemophilus influenzae ......... 1444. Cólera ........................................................................ 1445. Hepatite A .................................................................1456. Hepatite B ................................................................ 1467. Rubéola .......................................................................1478. Varicela ..................................................................... 1489. Coqueluche .............................................................. 14810. Difteria .................................................................... 14911. HIV ............................................................................. 15012. Doenças de notificação compulsória ............. 150Resumo ...........................................................................152

Capítulo 10 - Acidentes na infância e na adolescência .....................................................1531. Introdução ................................................................ 1542. Hospitalizações por causas externas .............. 1543. Mortalidade por causas externas .....................1554. Tipos de acidentes ................................................. 1585. Conclusão ..................................................................169Resumo ...........................................................................172

Capítulo 11 - Resiliência e maus-tratos contra crianças e adolescentes ....................1731. Introdução .................................................................1742. Maus-tratos como parte da violência social

brasileira ...................................................................1753. Notificação como instrumento de prevenção

aos maus-tratos e promoção de proteção ... 1804. Sobre o Conselho Tutelar .....................................1815. Proposta de ficha de Notificação

Compulsória ............................................................. 181Resumo .......................................................................... 184

Neoplasias em Pediatria

Pascale Gonçalves MassenaLygia de Souza Lima Lauand

O câncer é uma doença que se desenvolve em consequên-cia de alterações nos genes que regulam o ciclo celular. Na infância, cerca de 90 a 95% dos cânceres são causa-dos por mutações esporádicas. Apenas 5 a 10% dos casos são atribuídos a síndromes genéticas ou fatores heredi-tários. Os tumores pediátricos são diferentes dos adultos no prognóstico e nas localizações. Enquanto nos adultos a maior parte dos tumores é de origem epitelial (mama, cólon, próstata e pulmão, por exemplo), em crianças os mais comuns estão localizados n o sistema linfo-hema-topoético (leucemias e linfomas) e no sistema nervoso central. A adolescência é uma fase de transição entre a prevalência de neoplasias mais comuns na infância e as que acometem mais os adultos.

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sic pediatria130

mação do diagnóstico e o início do tratamento específico. As crianças com LLA que receberam corticoide antes do diagnóstico são considera-das de alto risco e recebem tratamentos mais agressivos.

O tratamento específico da LLA é a quimioterapia, que é ajustada ao grupo risco, e os pacientes têm taxas de sobrevida livre de doença que variam entre 79 e 82%. O transplante de medula óssea é indicado em poucas situações, como na recidiva precoce.

B - Leucemia mieloide aguda

Tabela 4 - Fatores de risco para o desenvolvimento de leucemia mieloide aguda

- Exposição a radiação ionizante;

- Agentes quimioterápicos;

- Solventes orgânicos;

- Hemoglobinúria paroxística noturna;

- Síndrome de Down;

- Anemia de Fanconi;

- Síndrome de Bloom;

- Síndrome de Kostman;

- Síndrome de Shwachman-Diamond;

- Síndrome de Diamond-Blackfan;

- Síndrome de Li-Fraumeni;

- Neurofibromatose tipo 1.

ImportanteA síndrome de Down está

relacionada a risco 15 a 20 vezes maior de desen-volvimento de leucemias agudas em relação à po-

pulação geral. A leucemia mieloide aguda é mais comum que a linfoide

aguda nos primeiros 3 anos de vida.

a) Quadro clínicoOs sinais e sintomas estão relacionados, principalmente, à substituição da medula óssea por células malignas, levando a um quadro de insu-ficiência medular secundária. Os sintomas de deficiência no funciona-mento da medula óssea presentes na LLA também podem fazer parte do quadro clínico da Leucemia Mieloide Aguda (LMA).

Figura 1 - Nódulos subcutâneos ou “blueberry muffin”

Tabela 5 - Sintomas da doença extramedular da leucemia mieloide aguda incomuns na leucemia linfoide aguda

- Nódulos subcutâneos ou “blueberry muffin”;

- Infiltração da gengiva;

- Massas: cloromas ou sarcomas granulocíticos.

Figura 2 - Cloroma

b) DiagnósticoO hemograma evidencia anemia normo/normo, plaquetopenia, leucopenia ou, mais frequente-mente, leucocitose com mieloblastos na peri-feria. Diante da suspeita clínica, o diagnóstico pode ser confirmado por meio de análise do as-pirado e biópsia da medula óssea. A principal característica é a presença de mais de 20% das

Acidentes na infância e na adolescência

Eva Fabiana Angelo SendinLiane Guidi Okamoto Adriana Prado LombardiJosé Roberto Vasconcelos de Araújo Marcelo Higa

Os acidentes, ou lesões não intencionais, representam a principal causa de morte de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. No total, morrem cerca de 4.000 crianças até 14 anos, 70.000 hospitalizadas anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, confi gurando-se como séria questão de saúde pública. Dentre as hospitalizações, as quedas ocupam 55% dos casos, seguidas de acidentes de trânsito, queimaduras e intoxicações. Os acidentes mais comuns na faixa pediátrica são os traumatismos envol-vendo os casos de atropelamento e as quedas, seguidos pelas lesões por corpo estranho com a introdução volun-tária ou involuntária de qualquer objeto dentro de uma cavidade. Os engasgos também são importante causa de acidentes na infância; a maioria ocorre em lacten-tes e crianças quando estas se alimentam ou brincam e estão na presença de pais ou cuidadores. Para esses casos, deve-se proceder a golpes dorsais e compressões torácicas nos lactentes, a fi m de desengasgá-los. Em crianças acima de 1 ano, deve ser empregada a manobra de Heimlich, com essa fi nalidade. As intoxicações exó-genas também são importante causa de acidentes na infância e correspondem às consequências clínicas e/ou bioquímicas da exposição aguda a substâncias químicas encontradas no ambiente ou isoladas, sendo a ingesta de medicamentos a principal causa dessas intoxicações.

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Maria Teresa Luis LuisAna Thamilla Fonseca Daniella Corrêa Netto Pedroso LenharoFernanda Martins Lygia de Souza Lima Lauand

acidentes na infância e na adolescência 157

grandes quantidades de água, como rios, piscinas, lagos e praias (Figu-ras 10 e 11).

Também chamado de “booster”, o assento de elevação é recomendado para crianças que pesam entre 18 e 36kg ou com até 1,45m de altura. Ele funciona apenas como um dispositivo de elevação, que fica preso ao carro, mas exige o uso do cinto de 3 pontos. Se o carro não tem encosto de cabeça, o uso desse equipamento não é indicado. Nesses casos, o ideal é instalar ou adquirir uma cadeirinha adequada ao tamanho da criança. A Tabela 2 resume o tipo correto de dispositivo a ser usado por idade e peso da criança.

Tabela 2 - Tipo de dispositivo a se usar de acordo com faixa etária e peso

Tipos de assentos

“Bebê-conforto” ou conversível

Cadeira de segurança

Assento de elevação ou

“booster”

Cinto de segurança de 3

pontos

Peso e idade

Desde o nascimento até 13kg ou conforme reco-mendação do fabricante (aproximadamente 1 ano de idade)

De 9 a 18kg, aproxi-madamente de 1 a 4 anos de idade

De 18 até 36kg, aproximadamente de 4 a 10 anos de idade

Acima de 36kg e no mínimo 1,45m de altura, aproximada-mente 10 anos de idade

Posição

Voltada para o vidro tra-seiro (de costas para o movimento) com inclinação sugerida de 45° ou conforme instruções do fabricante

Voltada para frente, na posição vertical, no banco de trás

No banco traseiro, com cinto de 3 pon-tas

Até 10 anos de idade, no banco tra-seiro do carro, com cinto de 3 pontas

Fonte: site Criança Segura.

Figura 10 - Distribuição das mortes em decorrência de aci-dentes por causa em crianças de 5 a 9 anosFonte: Ministério da Saúde, DATASUS, 2014.

Figura 11 - Distribuição das mortes em decorrência de aci-dentes por causa em crianças de 10 a 14 anosFonte: Ministério da Saúde, DATASUS, 2014.

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vol. 4

Principais temas para provas

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Febre na infância

2017 - UFSC1. Uma criança de 5 anos, com odinofagia, febre há 10 dias, exsudato nas amígdalas, linfonodomegalias cervi-cais, axilares e inguinais e hepatoesplenomegalia, pro-vavelmente, apresenta: a) amigdalite estreptocócicab) mononucleose infecciosac) febre reumáticad) síndrome de Stevens-Johnsone) síndrome de Reye

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

2017 - AMRIGS2. Um escolar de 6 anos, previamente saudável e eutrófi co, com esquema vacinal atualizado, é levado ao pronto atendi-mento por febre persistente, vômitos e dor na região nucal. Ao exame físico, está prostrado, irritado, taquicárdico e com sinais de acidose e má perfusão periférica. No abdome e nas pernas, tem petéquias e pequenos hematomas. Diante des-sas manifestações clínicas, deve-se considerar que:a) ceftriaxona intravenosa é o tratamento de escolha e

deve ser iniciado imediatamenteb) vancomicina intravenosa é o tratamento de escolha e

deve ser iniciado logo após o resultado do liquor; não é necessário esperar os resultados do antibiograma

c) todos os contatos hospitalares do paciente deverão fazer uso de rifampicina oral, por 5 dias

d) o isolamento das vias aéreas e precauções cutâneas devem ser instituídos imediatamente e se estender por 5 dias após o início da antibioticoterapia

e) a letalidade dessa doença é praticamente inexistente em países economicamente desenvolvidos

Tenho domínio do assunto Refazer essa questãoReler o comentário Encontrei difi culdade para responder

2017 - UFMT3. Com relação aos exames laboratoriais necessários para a investigação de febre sem sinais localizatórios, assinale a afi rmativa correta:a) para os lactentes menores de 3 meses, o número total

de leucócitos entre 5.000/mm3 e 15.000/mm3 indica infecção bacteriana grave relacionada a bacteriemia oculta por germe Gram positivo

b) na análise do hemograma, o percentual de bastões tem o melhor valor preditivo para as infecções bacte-rianas

c) os níveis de procalcitonina se elevam mais rapida-mente do que os níveis de Proteína C Reativa (PCR) em infecções bacterianas graves

d) nos lactentes maiores do que 3 meses, a contagem total de leucócitos entre 10.000/mm3 e 12.000/mm3 sugere infecção bacteriana grave

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2017 - UFCG4. Uma criança de 2 anos apresenta febre há 3 dias. Vem sendo medicada com paracetamol, e a Tax varia entre 39,2 e 37,1°C. A mãe nega outros sintomas. É levada ao pediatra que, após anamnese cuidadosa e exame físico minucioso, não encontra anormalidades, exceto leve abatimento do estado geral. Com relação à síndrome febril, assinale as afi rmativas Verdadeiras com (V) e as Falsas com (F).( ) A conduta adequada para o caso é continuar medican-do a criança com antitérmico, pois é provável tratar-se de infecção viral benigna.( ) Deverá manter a criança no setor de observação do hospital e solicitar exames para investigação.( ) Há risco imediato de convulsão febril.( ) O problema da criança é febre sem sinais de localiza-ção e poderá ter resolução espontânea.( ) O uso de roupas leves, aumento de oferta de líquidos e banhos com água tépida são consideradas medidas terapêuticas ultrapassadas para uma criança com febre alta.A sequência correta é:a) V, F, F, V, Fb) F, F, F, V, Fc) V, F, F, V, Vd) F, F, V, V, Fe) V, F, F, F, F

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2017 - FUNDHACRE5. Febre em crianças é um motivo comum de consultas em Atenção Primária à Saúde. Frequentemente, o aten-dimento é um “encaixe” ou “consulta aberta”. Indepen-dentemente da causa de febre, na maioria das vezes

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Febre na infância

Questão 1. Analisando as alternativas:a) Incorreta. É o principal diagnóstico diferencial, mas a adenomegalia e hepatoesplenomegalia não são encon-tradas nesses casos.b) Correta. Quadro característico da doença, com febre persistente, odinofagia, adenomegalia e hepatoespleno-megalia. c) Incorreta. A febre reumática é uma complicação não supurativa da amigdalite estreptocócica, com apresen-tação após a resolução do quadro inicial.d) Incorreta. A síndrome de Stevens-Johnson é uma doença causada pela hipersensibilidade a imunocomple-xos, com acometimento de mucosas e pele. e) Incorreta. A síndrome de Reye é caracterizada por en-cefalopatia e hepatopatia graves, causada pelo uso de ácido acetilsalicílico na vigência de quadro viral.Gabarito = B

Questão 2. A questão descreve uma criança com diagnóstico provável de meningococcemia. Analisando as alternativas: a) Correta. A cultura de sangue periférico deve ser colhi-da antes do início da infusão do antibiótico, se possível.b) Incorreta. O tratamento empírico a ser administrado em meningites bacterianas é realizado com as cefalos-porinas de 3ª geração.c) Incorreta. Somente os contatos íntimos do paciente necessitam fazer quimioprofi laxia e, no caso, como há suspeita de meningococcemia, a duração da profi laxia é de 2 dias.d) Incorreta. O isolamento do paciente só está indicado nas primeiras 24 horas após o início do tratamento.e) Incorreta. A letalidade da meningococcemia é alta, mesmo entre pacientes de bom nível socioeconômico e fácil acesso a serviços de saúde.Gabarito = A

Questão 3. Analisando as alternativas:a) Incorreta. O número de leucócitos abaixo de 5.000/mm3 e acima de 20.000/mm3 indica alto risco para bac-teriemia oculta.b) Incorreta. O valor absoluto de bastões maior do que 1.000/mm3 é o melhor valor preditivo para as infecções bacterianas.

c) Correta. A proteína C reativa é um marcador tardio de infecção bacteriana.d) Incorreta. São considerados fatores de alto risco para bacteriemia oculta os valores de leucócitos menores que 5.000/mm3 e maiores que 20.000/mm3.Gabarito = C

Questão 4. Analisando as alternativas:I - Correta. As principais causas de febre sem sinais lo-calizatórios são doenças virais benignas, portanto, sem necessidade de tratamento específi co. II - Incorreta. A criança está assintomática, sem sinais de gravidade; portanto, não há indicação de mantê-la em observação. Entretanto, como há febre acima de 39°C, há indicação de coleta de urina tipo I pelo risco de ITU febril.III - Incorreta. Apesar de o risco de convulsão febril exis-tir pela faixa etária e presença de febre, esta não deve ser uma preocupação imediata.IV - Correta. A etiologia na maioria dos casos é viral, por isso não há tratamento específi co a ser administrado.V - Incorreta. O uso de roupas leves e banho com água tépida auxiliam a queda da temperatura. Na criança com febre, aumenta a perda insensível de água, portanto ela deve receber uma oferta de líquidos maior.Gabarito = A

Questão 5. Analisando as alternativas:I - Paracetamol. A principal via de metabolização do pa-racetamol é a via hepática, por 3 processos metabólicos diferentes. Após a saturação das vias metabólicas prin-cipais, o paracetamol é depurado por via oxidativa, pro-duzindo um metabólito altamente tóxico que, acumula-do, resulta em necrose hepática irreversível.II - Ácido acetilsalicílico. A síndrome de Reye ocorre após uma infecção viral, como infecção respiratória aguda, diarreia aguda, varicela e infl uenza, associada ao uso de aspirina durante o período da doença.III - Dipirona. A possibilidade de a dipirona produzir dis-crasias sanguíneas, como a agranulocitose e a anemia aplásica, ainda é controversa na literatura científi ca.IV - Ibuprofeno. A retenção hidrossalina é a complica-ção mais frequente relacionada ao uso de AINEs. Está presente em quase todos os pacientes expostos a essas drogas, mas é reversível após a descontinuação do tra-tamento.Gabarito = B

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