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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA
CRIMINAL DA COMARCA DE CASCAVEL/PR
LESADO LELÉU, brasileiro, casado, auxiliar de pedreiro, nascido em
03/01/1995, portador da carteira de identidade RG: 1.234.567-8, inscrito no CPF:
100.000.000-1 residente e domiciliado na Rua do Pepino, No 7, Cidade de
Cascavel-PR, através de seu procurador, Conforme se comprava em procuração
em anexo, regularmente inscrito na OAB:..., com escritório na Rua..., No...,
Cidade/UF..., respeitosamente, vem a Vossa Excelência formular o presente:
PEDIDO DE REVOGAÇÃO DE PRISÃO PREVENTIVA
Com fundamento no que dispõe o artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição
Federal, e artigo 315 do Código de Processo Penal, e de acordo com os fatos e
fundamentos que passa a expor:
1
I - DOS FATOS
O requerente encontra-se preso em virtude de prisão em flagrante delito
ocorrida no dia 18/07/2013, pela prática, em tese, do crime descrito no artigo 33 da
lei 11.343/06 que foi convertida no dia 19/07/2013 em prisão preventiva pelo juiz da
10a Vara Criminal da Comarca de Cascavel-PR.
II – DO DIREITO
Como se sabe a liberdade é uma dos direitos fundamentais de maior
importância, assim sendo a prisão tem que ser uma medida da mais extrema
necessidade, tendo em vista essa atitude do estado guarda imenso rigor, em
nenhuma hipótese, poderá a prisão se fundar somente no tipo criminal
hipoteticamente cometido. Terá que atender formalidades e requisitos exigidos em
lei e atender os preceitos constitucionais vigentes, pois para a privação da
liberdade, mesmo, sob custodia preventiva, deve fundar-se na cristalina legalidade.
Esse douto juízo, determinou a conversão da prisão que decorreu do
flagrante em custódia preventiva, arrolando requisitos que, a toda evidência, devem
estar plena e seguramente demonstrados nos autos. A menção aos autorizadores
da medida extrema não veio acompanhada de motivação, limitando-se a considerar
o delito imputado ao requerente de grave, sendo sua liberdade considerada um
entrave e uma inconveniência a instrução criminal, bem como considera o
requerente como um possível fugitivo tendo em vista sua recém maioridade e há
também a alegação por parte da Meritíssimo Juiz a garantia da ordem pública.
Da ausência de quaisquer requisitos autorizadores do decreto de prisão
preventiva conforme prevê artigo 312 do código de processo penal1: 1 Decreto-lei nº 3.689 de 3 de outubro de 1941.Código de Processo Penal: Disponível em
<http://www.planalto.gov.br> Acesso em: 29 de julho de 2013.
2
“Artigo 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da
ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução
criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova
da existência do crime e indício suficiente de autoria.”
a) DA CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO CRIMINAL
Ora considerar como necessária a prisão preventiva do requerente
considerando o bom andamento da instrução criminal não faz nenhum sentido, pois
para Antonio Scarance Fernandes2, entende que a prisão por conveniência da
instrução criminal "serve para garantir a prova", sendo exemplos típicos dessa
hipótese "a prisão porque há ameaça a testemunhas ou porque pode o acusado
fazer desaparecer importantes fontes de prova". O que não ocorre no caso em tela,
pois havendo necessidade de diligências policiais a liberdade do requerente não
seria empecilho para tal.
Assim traz Nilton Ramos3, sobre o tema:
“Decorrente a prisão preventiva da indicação da conveniência da
instrução criminal, deve o julgador fundamentar sua decisão, apontando
concretamente o fato ou fatos que impedem o andamento normal da
instrução criminal, por culpa do próprio indiciado acusado, estando solto,
como, por exemplo: o aliciamento das testemunhas (devidamente
comprovado); ocultação de provas etc. (...) Será, pois, irregular a prisão
de uma pessoa se o decreto não estiver convincentemente motivado,
limitando-se em meras conjecturas.”
2 FERNANDES, Antonio Scarance. Processo Penal Constitucional. São Paulo, Revista dos
Tribunais, 2004. P. 250.
3 SANTOS, Nilton Ramos Dantas. A defesa e a liberdade do réu no Processo Penal, Forense,
Rio de Janeiro, 1998, pp. 33/34.
3
É nesse sentido o entendimento de Fernando da Costa TOURINHO FILHO4:
“Se o indiciado ou réu estiver subordinando quaisquer pessoas que
possam depor contra ele, se estiver subordinando quaisquer pessoas
que possam levar ao conhecimento do Juiz elementos úteis ao
esclarecimento do fato, peitando peritos, aliciando testemunhas falsas,
ameaçando vítima ou testemunhas, é evidente que a medida será
necessária, uma vez que, de contrário, o Juiz não poderá colher, com
segurança, os elementos de convicção de que necessitará para o desate
do litígio penal.”
Analisando as citações acima podemos tirar que a decisão de fundamentar a
prisão preventiva decorrente da conveniência da instrução criminal não se coaduna
com a realidade, tendo em vista não ter esse douto juízo um caso concreto no qual
possa fundar tão grave decisão, logo, essa motivação fica de plano desqualificada
não tendo força legal para a manutenção do réu em custodia preventiva. Cabe
ainda ressaltar que tem haver uma razão aplausível, uma necessidade para
decretação de prisão preventiva e não só mera conveniência para instrução
criminal, pois somente conveniência não tem bases legais para decretação de
decisão tão danosa para o requerente.
b) DA GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA
Também não há necessidade de manter o requerente em prisão preventiva
sob o argumento de garantia da ordem pública, que na fundamentação do MM. Juiz
ser um dos quesitos no qual motivou a decisão de conceder prisão preventiva do
requerente. Observemos a doutrina, que é maciça e definitiva, com relação ao
significado de referido requisito.
4 FILHO, Fernando da Costa Tourinho. Prática de Processo Penal, São Paulo: Saraiva, 16ª edição, 2008 p. 184
4
Brilhantemente escreveu Tourinho Filho5:
“Diz-se ser necessária, para garantia da ordem pública, quando o
agente está praticando novas infrações penais, fazendo apologia de
crime, incitando à pratica do crime, reunindo-se em quadrilha ou bando.
Aí, a paz social exige a segregação provisória”
Para Fernando Capez6, a prisão preventiva que leva em conta o requisito da
garantia da ordem pública: “é decretada com a finalidade de impedir que o agente,
solto, continue a delinquir, ou de acautelar o meio social, garantindo a credibilidade
da justiça, em crimes que provoquem grande clamor popular”
Senão vejamos com as palavras de Roberto Delmanto Júnior7:
“não há como negar que a decretação da prisão preventiva com o
fundamento de que o acusado poderá cometer novos delitos baseia-se,
sobretudo, em dupla presunção: a primeira, de que o imputado realmente
cometeu um delito; a segunda de que, em liberdade e sujeito aos mesmos
estímulos, praticará outro crime ou, ainda, envidará esforços para
consumar o delito tentado.”
A própria Constituição Federal8 preceitua a respeito do princípio de
inocência, estabelecendo no artigo 5º, LVII, “que ninguém será considerado
culpado até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória”, pois, caso
5 FILHO, Fernando da Costa Tourinho. Prática de Processo Penal, São Paulo: Saraiva, 18ª edição, 2009. p. 352
6 CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 267.
7 DELMANTO JÚNIOR, Roberto. As modalidades de prisão provisória e seu prazo de duração.
2. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Renovar, 2001. p. 179.
8 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF,
Senado,1998. Disponível em <http://www.planalto.gov.br> Acesso em: 30 de julho de 2013.
5
contrário, parafraseando Vilmar Pacheco9 “estaremos tirando do juiz sua
imparcialidade e clamando por um estado vingativo, para atender a necessidade da
sociedade”.
.
Mais uma vez há outro quesito que carece ser desqualificada. A decisão
deste douto juízo fundou-se, entre outros, na garantia da ordem pública, sendo que
o requerente trata-se de réu primário com bons antecedentes criminais não sendo
ele figura passível de decisão de tamanha gravidade. O clamor popular não se
pode configura, apenas no anseio de uma comunidade pertencente a um bairro
somente, mas sim em uma ordem social bem maior, o que não houve no caso
discutido. Outro ponto que enfraquece o embasamento de Vossa Excelência no
que diz respeito a garantia da ordem pública, é o requerente não ser frequentador
de delegacias policias ou “figura” conhecida entre os policiais que patrulham essa
região. Também, nota-se que nem mesmo há uma acusação ou indicio do
requerente participe de organização criminosa ou, ate indícios que o mesmo viria
delinquir novamente, ou seja, ele não é um potencial perturbador da paz social.
Sendo assim novamente configura uma ilegalidade manter o requerente preso por
esse quesito.
c) DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
Outro ponto bem questionável e o mais esdruxulo foi a decisão do MM.Juiz
de embasar sua decisão para assegurar a aplicação da lei penal, transformando o
flagrante delito em prisão preventiva, levando em consideração a recém maioridade
do requerente, ora se maioridade fosse fundamentação legal para manter alguém
preso não haveria se quer um maior de idade respondendo processo em liberdade.
No que diz respeito à decretação da prisão preventiva para garantir a
aplicação da lei penal, deve haver um risco real de fuga do acusado, e, assim,
9 THUMS, Gilberto. PACHECO, Vilmar. Nova Lei de Drogas – Crimes, investigação e processo.
3ª Ed. Verbo Jurídico. Porto Alegre. 2010. P. 81.
6
risco de não aplicação da lei penal em caso de futura decisão condenatória. Frisa-
se que a decisão do magistrado deve sempre se basear em dados concretos de
realidade, não podendo revelar-se fruto de mera especulação teórica dos agentes
públicos, como ocorre com a simples alegação de maioridade. Vejamos o que
pensa os doutrinadores acerca do assunto:
Nas palavras de LUIZ FLÁVIO GOMES10, e o amparo de moderna
jurisprudência:
“a prisão cautelar não atrita de forma irremediável com a presunção da
inocência. Há, em verdade, uma convivência harmonizável entre ambas
desde que a medida de cautela preserve o seu caráter de
excepcionalidade e não perca a sua qualidade instrumental... a prisão
cautelar não pode, por isso, decorrer de mero automatismo legal, mas
deve estar sempre subordinada à sua necessidade concreta, real e
efetiva, traduzida pelo fumus boni iuris e o periculum in mora ”
Assim, para a decretação da prisão preventiva tendo como supedâneo
assegurar a aplicação da lei penal, esta só se justifica como bem acentuou o
eminente Min. Cezar Peluso do Supremo Tribunal Federal, se presentes dados
concretos da causa, ou seja, "fuga do réu e garantia de aplicação da lei penal,
sobretudo quando invocadas em decisão genérica, sem alusão a dados específicos
da causa, não constituem causas legais para decreto de prisão preventiva."
Dessa forma, também aqui, carece de qualquer fundamentação a decisão
judicial lançada pelo MM. Magistrado, o que a contamina de ilegalidade, lançar
como fundamentação uma recém adquirida maioridade e por isso o medo de fuga
do requerente, nos parece um quanto fantasioso por parte deste Douto Juízo, além
do mais, colocaremos a real situação em que se encontra a vida atual do
requerente.
10 GOMES, Luiz Flávio.Direito de apelar em liberdade, Revista dos Tribunais, 2ª Edição, p. 49
7
d) DAS CONDIÇÕES PESSOAIS DO ACUSADO
As Condições Pessoais do Acusado são plenamente favoráveis sendo ele,
réu primário e possuidor de bons antecedentes, não tendo como embasar sua
conduta atípica como reiterada, o MM Juiz. Outro ponto relevante que se deve
levar em consideração é do requerente possuir emprego, como se pode ver nas
copias em anexo da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS),
trabalhando na empresa “Construindo Historia” há 2 anos e exercendo atividades
na qualidade de empregado, sempre pautou-se por conduta reconhecidamente
abonada.
Quanta sua residência é a mesma, desde que o requerente nasceu,
conforme se comprova em copias de contas de luz em anexo, há também uma
questão social que deve ser levado em consideração, pois o requerente é o único
filho de pai desconhecido, sua mãe é portadora de deficiência visual e tem no seu
filho o porto seguro, o qual lhe ajuda tanto financeiramente quanto nos afazeres
diários. Sendo assim a medida tomada por esse Douto Juízo não atinge tão
somente a figura do requerente, mas também a da sua distinta Mãe.
Ressalta-se que, além de o indiciado ser absolutamente primário, o
suposto delito em comento não foi praticado com uso de violência física ou grave
ameaça. Ademais, é impossível de serem feitas assertivas lombrosianas sobre a
periculosidade do agente.
Em suma não há, por todo o exposto, razão para a protraída permanência
do requerente na prisão, comprovado que possui família, com a qual colabora e
endereço fixo, onde pode ser encontrado. Ademais, é pessoa de bons
antecedentes, sem registros de relevância.
8
e) DAS JURISPRUDÊNCIAS
Assim tem decidido os tribunais acerca do assunto. O Supremo Tribunal
Federal de há muito tem decidido nesse rumo, bem como o Superior tribunal de
Justiça, conforme jurisprudência:
DIREITO PENAL E PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO
DE DROGAS E ASSOCIAÇÃO PARA O TRÁFICO. PRISÃO EM
FLAGRANTE. CONDENAÇÃO. REGIME SEMI-ABERTO. DIREITO A
RECORRER EM LIBERDADE. PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE.
1. Ao preso em flagrante condenado à pena privativa de liberdade, a ser
cumprida em regime semi-aberto, é assegurado o direito de recorrer em
liberdade. Trata-se de idéia-força decorrente do princípio constitucional
da proporcionalidade, visto que a prisão provisória, medida cautelar, nas
circunstâncias, é mais gravosa que a reprimenda, finalidade precípua do
processo penal. 2. Ordem concedida para assegurar ao paciente o direito
de recorrer em liberdade. (HC 101.493/RS, Rel. Ministro Hamilton
Carvalhido, rel. p/Acórdão Ministra Maria Thereza de Assis Moura, 6ª
turma, julgado em 26/05/2008, DJe 28/10/2008)
Sobre o não preenchimento dos requisitos previstos no artigo 312 do Código
de Processo Penal, assim decidiu a 6a Turma do STJ.
PROCESSUAL PENAL. HABEAS-CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS.
PRISÃO PREVENTIVA. PRESSUPOSTOS. FUNDAMENTAÇÃO
DEFICIENTE. CUMPRIMENTO FORA DA COMARCA. PRECATÓRIA.
CPP, ART. 289. - A prisão preventiva, medida extrema que implica
sacrifício à liberdade individual, concebida com cautela à luz do princípio
constitucional da inocência presumida, deve fundar-se em razões
objetivas, demonstrativas da existência de motivos concretos
susceptíveis de autorizar sua imposição. Meras considerações sobre a
gravidade do delito, bem como sobre a prova da existência de crime e
indícios suficientes da autoria não justificam custódia preventiva, por
não atender aos pressupostos inscritos no art. 312, do CPP. - A
circunstância única de responder o réu em liberdade por anterior crime
9
de tráfico droga não impede a concessão de liberdade provisória, em
face do princípio Constitucional da presunção de inocência. Para o
cumprimento de ordem de prisão em lugar fora da jurisdição, é
imprescindível a expedição de carta precatória, contendo o inteiro teor do
mandado, nos termos do preceito inscrito no art. 289, do Código de
Processo Penal. - Habeas-corpus concedido. (STJ, 6ª Turma, HC
8486/MT, DJ 21/06/1999 p 00203, Relator Min. VICENTE LEAL)
Acerca da configuração do requisito prisão por garantia da ordem pública,
como embasamento para manter o paciente preso, é a categórica posição da
jurisprudência:
“PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA.
FUNDAMENTO DE GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. NÃO-
OCORRÊNCIA. 1) A prisão para garantir a ordem pública tem por
escopo impedir a prática de novos crimes, não se erigindo o fato objetivo
de ser o paciente jovem indicativo de sua necessidade, circunstância,
aliás, que deve recomendar maior cautela no manejo de excepcional
medida. Clamor popular, isoladamente, e gravidade do crime, com
proposições abstratas, de cunho subjetivo, não justificam o ferrete da
prisão, antes do trânsito em julgado de eventual sentença condenatória.
2) Ordem concedida.” (Acordão unânime da 6ª turma do STJ, HC nº
5626-MT, Relator Ministro Fernando Gonçalves – J. 20/05/97 – DJU 1
16.06.97 p. 27.403 – ementa oficial)
Salienta-se, ainda, que a mera referência sem a qualquer concretude dos
requisitos previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal ou, ainda, a
simples alusão à gravidade do delito, não possuem o condão de corresponder à
teleologia do citado artigo, cabendo ao magistrado, caso entenda ser impossível a
concessão da liberdade ao indiciado, com base no quadro fático presente nos
10
autos, fundamentar de forma pormenorizada o respectivo decreto da prisão
cautelar. Sendo assim ante o exposto passa-se aos pedidos.
III - DO PEDIDO
a) Ante todo o exposto, não se encontrando presentes os
requisitos necessários à manutenção da custódia, pugna-se pela REVOGAÇÃO
DA PRISÃO PREVENTIVA, expedindo-se em favor do indiciado o competente
ALVARÁ DE SOLTURA.
b) Caso contrário, requer que seja aplicada qualquer das
MEDIDAS CAUTELARES, CABIVEIS NO CASO EM TELA, PREVISTAS NO
ARTIGO 319 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, de forma a privilegiar a ulima
ratio da Lei 12.403/2011: a prisão processual como medida extrema, nos moldes
como vem sendo defendido pela doutrina penal e criminológica moderna.
São os termos em que pede deferimento.
Cascavel-PR, 1o de agosto de 2013.
ADVOGADO
ROL DE DOCUMENTOS
1) Cópia do auto em prisão em flagrante;
2) Cópia do despacho;
11
3) Cópia dos documentos pessoais (RG, CPF e CTPS);
4) Procuração do advogado;
5) Certidão de antecedentes criminais;
6) Comprovante de residência (conta de luz);
7) Laudo médico que comprava estado permanente de deficiência visual e
8) Declaração da empresa onde trabalha o requerente (atestando sua conduta ilibada).
RESPOSTA DAS PERGUNTAS
1) A decisão da Juíza não esta correta, pois não estão presentes os requisitos do artigo 312
do CPP. E porque esta em desacordo com o previsto no artigo 313, I e II do CPP que prevê para
prisão preventiva pena máxima superior a 4 anos e o artigo 155 caput do CP prevê pena máxima
12
até 4 anos. E quanto ao cometer dois crimes em pouco espaço de tempo é irrelevante, pois
interessa para prisão preventiva somente se o réu tiver sido condenado por outro crime doloso,
em sentença transitada em julgado.
2) Como há nos autos a materialidade delitiva e indícios da autoria e o artigo 366 do CPP diz
que se for o caso o juiz pode decretar a prisão preventiva basta esta presente os requisitos do
artigo 312 do CPP, e também o crime cometido se enquadra no artigo 313, inciso I do CPP.
Considero correta a decisão do Juiz.
13