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ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA Prof. Marcos Leandro
EM RESUMO:
PELE = Epiderme + derme.
TECIDO SUBCUTNEO = Hipoderme (NO FAZ PARTE DA PELE).
RGO ANEXOS = PLOS, GLNDULAS, UNHAS, RECEPTORES...
A pele constitui um manto contnuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao meio ambiente.
Esse invlucro somente interrompido ao nvel dos orifcios naturais (narinas, boca, nus) onde se prolonga pela respectiva mucosa.
De todos os rgos do corpo, nenhum mais facilmente inspecionado e exposto infeco, doena e a leso, que a pele.
Pele ou Ctis
Devido a sua visibilidade, a pele reflete nossas emoes e alguns aspectos da fisiologia normal, como ruborizar-se e transpirar.
As alteraes da pele podem ser causadas por problemas dos rgos internos, sangue ou infeces sistmicas, ou envolver apenas a pele em si, como verrugas, manchas senis ou espinhas.
A localizao da pele torna-a vulnervel leses por trauma, luz solar, micrbios ou poluentes no ambiente.
Pele ou Ctis
FUNES DA PELE
Regular a temperatura corporal. A pele auxilia na
regulao trmica do organismo pela eliminao do
suor, fazendo a temperatura do corpo permanecer
constante, independente das variaes externas.
Remover gua, sais e vrios compostos orgnicos.
Detectar estmulos relacionados temperatura, ao
tato, presso e dor.
FUNES DA PELE
Proteger contra substncias nocivas ao
organismo nas formas lquida, slida e gasosa,
alm dos microrganismos, parasitas e insetos.
Auxiliar nas respostas imunolgicas (cls de
Langerhans).
FUNES DA PELE
Iniciar a sntese de vitamina D, pela ao dos raios ultravioletas.
nica vitamina que pode ser produzida no corpo.
Transformao de colesterol em Vitamina.
Auxilia na fixao e absoro do clcio.
EPIDERME
A epiderme (epi = acima de) composta de epitlio escamoso estratificado queratinizado e contm 4 (quatro) ou 5 (cinco) camadas distintas de clulas.
Na maioria das regies do corpo, a epiderme tem 4 (quatro) camadas reconhecveis. Nas regies expostas a maior frico, como nas palmas das mos, pontas dos dedos e nas plantas dos ps, a epiderme mais espessa (1 a 2 mm) e nas plpebras 0,5 mm.
A exposio constante da pele, fina ou espessa, frico ou presso estimula a formao de um calo, um espessamento anormal da epiderme.
CLULAS PRESENTES NA EPIDERME:
QUERATINCITOS
MELANCITOS
CLULAS DE LANGERHANS
CLULAS DE MERKEL
QUERATINCITOS
Cerca de 90% das clulas na epiderme conhecido como queratincto (queratino = semelhante ou com a consistncia de chifre; citos = clulas), uma clula que sofre queratinizao.
Protena resistente que ajuda a proteger a pele e os tecidos subjacentes do calor, microrganismos, agentes qumicos e impermeabilizante.
QUERATINCITOS
medida que as clulas se movem para a superfcie, acumulam queratina, uma protena que ajuda a proteger a pele e o tecido subjacente.
Eventualmente, as clulas queratinizadas descarnam e so substitudas pelas clulas subjacentes que, por sua vez, tornam-se queratinizadas.
Todo o processo dura de 2 (duas) a 4 (quatro) semanas.
MELANCITOS
Melancito (melano = negro) 8% das clulas.
Ele produz melanina (pigmento preto-
amarelado), um dos pigmentos responsveis
pela cor da pele, e absorve radiao ultravioleta
(UV) reduzindo seus efeitos danoso.
Os prolongamentos longos e afilados dos melancitos se estendem entre os queratincitos e transferem grnulos de melanina a eles.
Uma vez nos queratincitos, os grnulos de melanina se agrupam, formando um vu protetor em torno do ncleo, no lado voltado para a superfcie, protegendo o DNA nuclear da radiao UV.
CLULAS DE LANGERHANS
Formadas a partir da medula ssea
vermelha e migram pra epiderme,
onde representam pequena frao
das clulas epidrmicas.
Estas clulas funcionam nas
respostas imunolgicas, e so
facilmente lesadas pela radiao UV.
CLULAS DE MERKEL
Estas clulas esto
localizadas na camada mais
profunda da epiderme.
As clulas de Merkel
funcionam na sensao do
tato.
DERME
A segunda principal parte da pele, composta de
tecido conjuntivo contendo fibras colgenas e fibras
elsticas, e poucas clulas.
A combinao de fibras colgenas e fibras elsticas
d pele sua fora, extensibilidade e elasticidade.
Extensibilidade a capacidade de distenso, e,
elasticidade a capacidade de retornar forma
original aps uma extenso.
DERME
Isto pode ser observado na obesidade, na gestao ou no edema.
As estrias (faixa) aparecem quando ocorrem rupturas na derme devido extenso extrema.
A derme mais espessa nas palmas das mos e nas plantas dos ps, e muito fina nas plpebras e no escroto.
DERME
A regio inferior da derme consiste de tecido conjuntivo denso e irregular, tecido adiposo, folculos pilosos, nervos, glndulas sebceas e ductos de glndulas sudorparas.
Os receptores de frio e calor so encontrados nas partes superior e mdia da derme.
COR DA PELE
MELANINA + CAROTENO + HEMOGLOBINA
Colorao de amarelo plido ao marrom e ao preto.
Mais abundantes nas regies:
Membranas mucosas / pnis / mamilos dos seios
TELA SUBCUTNEA OU HIPODERME
HIPO: abaixo de.
Profundamente pele encontramos um plano formado por tecido conjuntivo frouxo que , denominado tela subcutnea (tecido subcutneo).
A tela subcutnea permite o deslizamento da pele sobre os planos e camadas subjacentes.
O tecido conjuntivo frouxo que constitui a tela subcutnea pode ser enriquecido por grande quantidade de clulas gordurosas formando uma camada varivel de tecido adiposo que recebe o nome de panculo adiposo (DEPSITO DE GORDURA).
Cada plo um fio de clulas fundidas,
mortas e queratinizadas.
Esto presentes na maioria das regies
da pele, com exceo nas palmas das
mos e dedos e sola do p
Estes msculos contraem-se sob estresses de
medo e frio, puxando os plos para uma posio vertical, resultando na pele arrepiada.
Circunda a raiz do pelo
A cor do plo devida melanina em suas clulas queratin.
Ela sintetizada por melancitos na matriz do bulbo, e passa
s clulas da raiz do corpo.
O plo escuro contm principalmente melanina.
Os plos loiro e ruivo contm variantes de melanina em que h
ferro e mais enxofre.
O plo grisalho ocorre com o declnio na sntese da melanina.
O plo branco resulta do acmulo de bolhas de ar na haste do
plo.
Em geral, os plos do couro cabeludo crescem por cerca de 3 anos
e repousam por cerca de 1 a 2 anos. Em qualquer momento, a maioria
dos plos est em estgio de crescimento.
A perda normal de plos no couro cabeludo aprox. de 100 plos
por dia.
Tanto a velocidade do crescimento quanto o ciclo de reposio
podem ser alterados por qualquer um dos seguintes fatores: gentica,
doena, rdio e quimioterapia, dieta, idade, sexo e estresse emocional.
CABELO: proteger o couro cabeludo de leses dos raios solares e
perda de calor.
SOBRANCELHAS e CLIOS: protegem os olhos de partculas
estranhas.
PLOS DAS NARINA: protegem as narinas de partculas estranhas.
PLOS CANAL EXTERNO DO OUVIDO: protegem os ouvidos de
partculas estranhas.
SENSAO DO TATO: receptores do tato, associados aos folculos
pilos, so ativados sempre que um plo movido, mesmo que
lentamente.
UNHAS
UNHAS
As unhas so placas de clulas epidrmicas duras, queratinizadas e agrupadas de maneira bastante compacta.
As clulas formam a cobertura clara e slida sobre a superfcie dorsal da poro livre dos dedos.
UNHAS Cada unha consiste de um corpo, uma margem livre
e uma raiz.
Funcionalmente, as unhas auxiliam:
Na preenso e na manipulao de pequenos objetos
Fornecem proteo s extremidades dos dedos
Permitem o coar de vrias partes do corpo.
UNHAS
Glndulas sebceas
Glndulas sudorparas
Glndulas mamrias
Glndulas ceruminosas
Sebace = gorduroso
Esto situadas na derme.
So constitudas por um nmero varivel de pequenas concavidades (alvolos) que se intercomunicam livremente e se relacionam com um largo e curto ducto excretor do plo.
O ducto excretor das glndulas sebceas abre-se no folculo do plo.
A contrao das fibras do msculo eretor do plo determina compresso da glndula sebcea, auxiliando na expulso da substncia gordurosa que produz.
Ao nvel das plpebras encontramos as glndulas sebceas ciliares que desembocam no folculo e contribuem para a formao de uma substncia comumente chamada de remela.
Um outro tipo especial de glndulas sebceas representado pelas glndulas areolares que esto situadas nas arolas das mamas.
O produto das glndulas sebceas o sebo ou secreo sebcea.
O sebo impede a impregnao da pele pela gua e alm disso lubrifica-a impedindo o seu ressecamento.
So muito mais numerosas que as glndulas sudorparas.
So encarregadas de segregar o suor e traz-lo superfcie da pele, atravs de poros ou folculos pilosos.
Em nosso organismo existem aproximadamente 2 (dois) milhes de glndulas sudorparas.
As glndulas sudorparas segregam o suor que lquido, incolor, de sabor salgado, rico em gua e cloreto de sdio; ainda, o suor pode conter amnia e uria, auxiliando os rins na eliminao dessas substncias.
O suor tem a composio semelhante urina diluda.
A eliminao mdia de suor de 700 (setecentas) gramas por dia, podendo a quantidade variar com a temperatura, exerccios musculares e emoes.
Sudori: suor; para: que produz
As glndulas mamrias so glndulas sudorparas modificadas.
So glndulas que secretam leite e colostro, lquido nutritivo materno, destinado a alimentar a criana nos primeiros tempos de vida extra-uterina.
*Colostro - secreo produzida pelas glndulas mamrias durante a gravidez, e at mais ou menos 48 - 72 horas aps o parto, quando ento ser substitudo pelo leite.
No interior da mama que encontramos a
parte glandular, a qual est situada na tela
subcutnea, envolta por abundante tecido
adiposo.
E principalmente esse tecido adiposo que
determina o volume e a forma da mama.
Ceruminosas (cer = cera).
As glndulas ceruminosas esto presentes no meato acstico externo, o canal da orelha externa.
Seus ductos excretrios desembocam diretamente na superfcie do canal auditivo externo (meato acstico externo) ou nos ductos das glndulas sebceas.
A secreo combinada das glndulas ceruminosas + sebceas denominada CERMEN CERA DE OUVIDO
O cermen e os plos no meato acstico externo formam uma barreira viscosa contra os corpos estranhos.
a inflamao das glndulas sebceas, quando essas
glndulas crescem em tamanho e aumentam sua produo
de sebo.
Inicio na puberdade (80% dos adolescentes).
Decorrente da estimulao dos hormnios (homem:
testosterona e na mulher: hormnios produzidos no ovrios e
glndulas adrenais)}.
Inflao da glndula sebcea em decorrncia a colonizao
de bactrias (Propionibacterium acnes), as quais encontram
um meio favorvel (rico em lipdios)
- aumento da produo e secreo
sebcea;
- hiperqueratinizao com obstruo
do folculo pilossebceo
- proliferao e ao das bactrias;
- reao inflamatria local.
Conseqncias
Cistos
Cicatrizes
Quelides
Desordem fibroproliferativa
PSORASE
A psorase uma doena da pele bastante frequente e crnica, na
qual os queratincitos se dividem e migram da camada basal para a
camada crnea mais rapidamente que o normal.
Eles se descamam prematuramente e os queratincitos imaturos
produzem queratina anormal, que forma as escamas na superfcie
da pele, mais frequente nos cotovelos, joelhos e couro cabeludo
(caspas).
Sua causa desconhecida.
Fenmenos emocionais so frequentemente
relacionados com o seu surgimento ou sua agravao,
provavelmente atuando como fatores desencadeantes
de uma predisposio gentica para a doena.
TRATAMENTO: cremes tpicos e fototerapia com UV
suprimem a diviso celular, diminuem a velocidade do
crescimento celular ou inibem a queratinizao.
PSORASE
VITILIGO
Doena de causa desconhecida, o vitiligo caracteriza-se pela formao de manchas
acrmicas (sem pigmentao) na pele.
As leses formam-se devido diminuio ou ausncia de melancitos (clulas responsveis
pela formao do pigmento melanina, que d cor
pele) nos locais afetados.
VITILIGO
A causa disto ainda no est clara mas fenmenos auto-imunes parecem estar
associados ao vitiligo. Alm disso comum a
correlao com alteraes ou traumas
emocionais que poderiam atuar como fatores de
desencadeamento ou agravao da doena.
Hansenase (Lepra)
A hansenase, antigamente chamada de lepra,
uma doena infecciosa, de evoluo crnica
(muito longa) causada pelo Mycobacterium
leprae, microorganismo que acomete
principalmente a pele e os nervos das
extremidades do corpo.
Epidemiologia
As queimaduras so a 4 maior causa de morte por injria (injusto) nos EUA
Estima-se que ocorrem um milho de acidentes com queimaduras por ano no Brasil
2/3 dos acidentes ocorrem dentro do ambiente domiciliar
58% das vtimas so crianas
O principal agente causal lquido/alimento super aquecido
Conceito de Queimaduras
So leses coagulativas (isto que desnaturam, coagulando as protenas dos tecidos) envolvendo diversas camadas do corpo , causadas pelos vrios tipos de agentes agressores.
Classificaes
Quanto ao agente causal:
Fsicos: temperatura: vapor, objetos aquecidos, gua quente, chama, etc. eletricidade : corrente eltrica, raio, etc. radiao : sol, aparelhos de raios X, raios ultra-violetas, nucleares, etc.
Qumicos: produtos qumicos: cidos, bases, lcool, gasolina, etc. e
Biolgicos: animais: lagarta-de-fogo, gua-viva, medusa, etc. e vegetais : o ltex de certas plantas, urtiga, etc.
Quanto a profundidade da leso e sua severidade.
1 Grau
Envolve somente a epiderme;
Caracterizada por dor moderada e eritema Vermelhido)
No sangra , geralmente seca;
Queimadura de Sol (exemplo);
As funes da pele permanecem inalteradas;
Cura em 3-6 dias e pode ser acompanhada de descamao e desprendimento da pele.
Normalmente no chega na emergncia.
Fotos( 1 Grau)
Quanto a profundidade da leso e sua severidade.
2 Grau
Destruio da epiderme e, possivelmente, poro da derme;
H perda de algumas funes da pele;
mida (formao ppulas fluido tecidual);
Edema;
Vermelhido;
Dolorosa
Cura 4-6 semanas (sem infeco secundria);
Possibilidade de formao de cicatriz
Quanto a profundidade da leso e sua severidade.
3 Grau
Destri uma poro da epiderme, a derme subjacente e estruturas
anexas (msculos, nervos , vasos sanguneos e outros);
As funes da pele so perdidas;
Variam em aparncia: leses brancas, avermelhadas ou
carbonizadas (Tecido negro) e secas.
Pouca ou nenhuma dor INSESVEL (perca das terminaes
nervosas sensoriais).
mida
No cicatriza espontaneamente, necessita de enxerto.
Classificao
Quanto a profundidade da leso
4 Grau
Necrose Total
Carbonizao
Tecido negro
Necrose Total
Carbonizao
Tecido negro
Fisiopatologia
ENTENDENDO O COMPLEXO MECANISMO DE LESO DA
QUEIMADURA
Fisiopatologia Agresso do tecido
Vaso
Pele Exposio do Colgeno
Liberao de Substncias Vasoativas
Extravasamento de Plasma (Eletrlitos , Protenas e etc).
PRXIMA AULA
Enxertos de pele Cor da pele como um sinal diagnstico Ciantico Ictercia Eritema