Percurso - Enem - Redação 2019

Apostila Didática 2020

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1. Tipo Textual 104

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2. Gênero Textual

3. O texto dissertativo - argumentativo: um gênero escolar

4. A divisão estrutural da dissertação

a. A introdução

b. O desenvolvimento do texto dissertativo-argumentativo c. A conclusão do texto dissertativo-argumentativo

5. As competências avaliadas na prova de redação do ENEM

Competência I

Competência II

Competência III

Competência IV

Competência V

6. Propostas de redação

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REDAÇÃO

Redação - Curso Enem 2019

CAPÍTULO 1Tipo Textual

Tipo Textual

O objetivo desta apostila é orientar o estudo da elaboração do texto dissertativo-argumentativo, a modalidade textual mais cobrada nos vestibulares e nas provas de redação do ENEM. Para a construção desse tipo de texto, que avalia a competência do aluno para posicionar-se diante de fatos, é essencial fazer uma boa leitura dos textos motivadores, compreender o tema, selecionar e organizar os argumentos a partir da proposta e do conhecimento de mundo para, finalmente, construir um texto coeso, dentro da norma padrão da Língua Portuguesa e dos limites estruturais da dissertação argumentativa. Para iniciarmos o estudo, é importante entendermos, ainda que de forma breve, os conceitos de tipo e de gênero textual.

1. Tipo TextualA expressão tipo textual é utilizada para indicar a natureza linguística própria da composição de determinado texto. Nesse sentido, elementos como aspectos sintáticos, escolhas lexicais (adequação vocabular), emprego de tempos verbais e relações lógicas estabelecidas, em conjunto, formam as características das tipologias textuais, que abrangem categorias conhecidas como:

• Narração: apresentar sequências de acontecimentos;

• Dissertação: apresentar uma reflexão teórica ou não sobre um fato;

• Descrição: apresentar minuciosamente detalhes de seres, eventos, situações, espaços, etc;

• Injunção: incitar a ação, dar ordens ou instruções.

O texto cobrado na prova do Enem, assim como na maioria dos vestibulares, é do tipo dissertativo-argumentativo. A dissertação pode se aproximar da exposição (dissertativo-expositivo), quando apresenta ideias e informações, ou pode tender à argumentação (tipo dissertativo-argumentativo), quando as ideias são concatenadas com a finalidade de delimitar um posicionamento acerca de determinado tema. Nesse caso, os argumentos podem ser construídos, por exemplo, a partir de dados concretos, de evidências, de citações, de notícias ou de fatos. As características inerentes à dissertação argumentativa são avaliadas em uma das competências da Prova de Redação do ENEM, a competência II, sobre a qual falaremos em um próximo tópico.

Fazer uma dissertação argumentativa significa analisar uma questão de forma crítica, discutir algum tema ou debater algum assunto (usualmente, nas provas aparecem assuntos atuais que dividem opiniões). Tal dissertação deve ser feita de maneira organizada e ordenada a partir de uma estrutura padrão, com começo, meio e fim. A linguagem deve ser objetiva e, geralmente, deve estar de acordo com a norma-padrão. É importante evitar gírias, expressões chulas e palavras excessivamente rebuscadas. A clareza é uma das características que mais qualificam uma dissertação. Entretanto, é necessário considerar que é possível, e até mesmo necessário, a utilização, no texto modelo ENEM, de sequências tipológicas diferentes: na proposta de intervenção, utilizam-se sequências injuntivas. Para a construção da argumentação, é possível valer-se de recursos narrativos, ao apresentar reportagens ou notícias recentes, por exemplo.

2. Gênero textual

Utilizamos a expressão gênero textual para referirmo-nos aos textos materializados que circulam socialmente, ou seja, que encontramos em nosso dia a dia. Tal conceito, portanto, apro-xima-se da abordagem de língua como interação e atuação social e histórica, em que as práticas comunicativas, sejam elas orais, sejam escritas, demandam formas específicas de textos, com características relativamente estáveis. Essas formas relati-vamente estáveis, denominamos gêneros textuais.

Para cada situação sociocomunicativa, ou, em outras palavras, para cada contexto de interação, as formas de texto “com-portam-se” de modos diferentes. São vários os fatores que influenciam esse comportamento, como o contexto em que o texto é produzido, a finalidade daquela interação, os inter-locutores e o meio de circulação. Se a produção do texto está ligada a essas condições de produção, está claro que, quanto melhor a adequação do texto à situação sociocomunicativa, mais bem-sucedida será a interação. Os textos variam, dessa forma, a partir dos contextos em que estão inseridos, e, as-sim, delimitam os gêneros textuais – categoria discursiva que caracteriza as especificidades dos diversos tipos de texto que fazem parte das práticas comunicativas.

Entende-se, portanto, que a classificação dos gêneros textuais está intimamente ligada às condições de produção e às prá-ticas sociais da língua. Assim, para produzir um texto, oral ou escrito, é necessário levar em consideração as relações sociais entre os interlocutores e os propósitos comunicativos – ele-

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mentos determinantes na textualidade e condicionantes ex-ternos à língua. Entretanto, para que a comunicação seja, de fato, efi caz, há elementos linguísticos, formais, que também devem ser levados em consideração: cada forma textual car-rega aspectos sintáticos, adequação vocabular, emprego de tempos verbais e relações lógicas estabelecidas próprios, ou seja, tipologias textuais próprias. Esses elementos atuam em conjunto com as exigências socioculturais e formam os gêne-ros textuais, possibilitando, dessa forma, sentido ao texto.

Como já estudamos no tópico anterior, os tipos textuais são restritos. Já os gêneros são inúmeros ao considerarmos as múltiplas possibilidades de situações comunicativas discur-sivas. Alguns exemplos, muito utilizados no nosso dia a dia, são telefonemas, mensagens de WhatsApp, aula expositiva, lista de compras, notícia, editorial, carta, artigo de opinião etc. Para resumir, gêneros textuais são defi nidos como realizações linguísticas concretas delimitadas por propriedades socio-comunicativas e formadas a partir de sequências tipológicas específi cas. Vale lembrar que um gênero também pode ser composto por sequências tipológicas diversas, mas, em geral, há um tipo predominante. Observe a tabela a seguir:

as ideias e informações. Nesse caso, o objetivo é convencer o leitor da pertinência das interpretações realizadas e do sentido construído.

Uma vez explicitadas as diferenças entre o tipo textual disser-tativo-expositivo e o tipo textual argumentativo, é hora de trabalharmos o texto dissertativo-argumentativo como gêne-ro, ou seja, em seu uso materializado, na maioria das vezes, limitado à comunidade e às práticas escolares.

Esse gênero textual tem como propósito fundamentar, a par-tir de uma linguagem objetiva e clara e de um vocabulário adequado, o ponto de vista defendido e apresentado pelo autor. Para tanto, é importante que ele se valha de uma ar-gumentação consistente e de raciocínios lógicos associados a evidências concretas, próprias da realidade que faz parte da vida tanto do leitor quanto do autor, coerentes com o que se observa no mundo. Esse gênero textual, tendo em vista essa fi nalidade, deve orientar-se no sentido de fazer com que o leitor enxergue como admissível o posicionamento do autor; por isso, é importante evitar proselitismos e estratégias dis-cursivas sensacionalistas, apelativas. Lembre-se: não devemos subestimar a inteligência de nosso interlocutor para convencê--lo da pertinência do posicionamento defendido. Há, portan-to, três recursos que devemos considerar na produção do gê-nero dissertativo-argumentativo, que chamarei de três pilares dissertativos, sobre os quais procuraremos entender melhor no decorrer desta apostila e do curso.

1) Estrutura padrão com introdução, desenvolvimento e con-clusão;

2) Apresentação de um ponto de vista e de ideias que o sus-tentem;

3) Linguagem coesa, objetiva e de acordo com a norma pa-drão.

Vamos compreendê-los melhor na sequência. A partir da divi-são estrutural, observe como o ponto de vista é apresentado e sustentado por meio de recursos semânticos (de sentido) e linguísticos (coesivos, lexicais e gramaticais).

4. A divisão estrutural dadissertaçãoO texto dissertativo-argumentativo deve apresentar uma se-quência lógica, em que o sentido seja construído a partir da apresentação do tema, da delimitação de um ponto de vista claro e evidente (introdução), da apresentação de elementos pertinentes que o comprovem (desenvolvimento) e do fecha-mento das ideias apresentadas (conclusão). Essa divisão estru-tural é avaliada pela banca do ENEM, em todas as competên-cias, mas, mais especifi camente, pela competência II. É impor-tante, para garantirmos uma boa nota, compreendermos as funções de cada um desses planos estruturais a os recursos de que podemos nos valer a fi m de viabilizá-los.

a) A introdução

A introdução do texto dissertativo-argumentativo tem duas funções, apresentação do tema e da tese:

Situação/ Domínio

discursivo

Tipo textual (sequência tipológica)

predominante

Propósito comunicativo

Gênero oral ou escrito (exemplo)

JornalísticoDissertativo-

argumentativo

Apresentar

posicionamento

Artigo de

Opinião

Publicitário InjuntivoPromover ideia

ou produto

Anúncio

Publicitário

Jornalístico Narrativo Levar à refl exão Crônica

EducativoDissertativo-

expositivo

Explanar

conteúdo Aula expositiva

3. O texto dissertativo – argumentativo: um gênero escolarAntes de começarmos a trabalhar com os parâmetros estrutu-rais do texto dissertativo-argumentativo, é necessário escla-recermos a defi nição desse termo enquanto tipo e enquanto gênero textual. Há, em primeiro plano, a defi nição da sequ-ência tipológica dissertativa, cujo objetivo é discorrer, discutir sobre determinado assunto a partir do encadeamento lógico de ideias e de informações. Dentro dessa defi nição, há deli-mitações que conduzem o texto dissertativo a duas possibi-lidades:

• Dissertativo-expositivo: tipo textual que reconhece apenas a exposição ou explanação de ideias e de informações, sem necessidade de um posicionamento. Aqui, o objetivo é apenas fazer com que o leitor ou o ouvinte informe-se sobre determinado tema.

• Dissertativo-argumentativo: tipo de texto em que o posicionamento do autor deve ser claro e evidenciado por meio da construção de uma tese, e as relações argumentativas devem se manifestar por meio do encadeamento lógico entre

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Tipo Textual

• Apresentação e contextualização do tema proposto:

O tema proposto deve ser apresentado na introdução de forma clara e “sem rodeios”. Para que isso ocorra, é essencial que o aluno compreenda o recorte temático e a delimitação proposta pela coletânea de textos motivadores. Por exemplo, em 2016 o tema da redação do ENEM foi “Caminhos para se combater a intolerância religiosa no Brasil”. Um dos erros mais frequentes dos candidatos foi uma abordagem superficial, em que se trabalhava apenas o assunto intolerância religiosa, quando o que deveria ter sido trabalhado eram as formas de se combater esse problema. Lembre-se: tema não é sinônimo de assunto.

Para que o tema seja mais bem compreendido, é esperado do candidato não só que ele interprete a proposta, mas que arti-cule as ideias centrais dos textos da coletânea de motivadores, a partir de questionamentos como: em que medida cada um deles contribui para a delimitação do tema em questão? Qual o recorte apresentado por cada um deles? É possível resumi--los em ideias chave? Delimitado, então, o recorte temático, é hora de apresentá-lo. A apresentação do tema, como já foi dito, deve ser direta e, a fim de que a contextualização seja fei-ta de modo eficaz, é interessante explorar elementos que di-zem da atualidade e da relevância dele. Assim, é produtivo que a introdução forneça a resposta para questionamentos como: por que esse tema é atual? Qual a importância de discuti-lo? É preciso que desde o início o leitor não tenha dúvidas sobre o conteúdo do texto que está lendo, bem como sobre a perspec-tiva assumida por quem escreve.

• Tese

Depois de explicitar o tema, cabe ao candidato evidenciar a tese, ou seja, formular um ponto de vista que será defendido ao longo do texto. O termo tese refere-se a um período que traz consigo a delimitação de um posicionamento acerca do tema apresentado.

Importante lembrar que a competência III da prova de redação do ENEM verifica a capacidade do candidato de escolher e de relacionar as informações para defender seu ponto de vista. Se o ponto de vista não estiver claro e evidente, é dificultada a avaliação da consistência argumentativa. Ou seja, a ausên-cia ou a ineficácia da tese não só compromete a competência II, uma vez que enfraquece o plano estrutural da introdução, como também enfraquece a consistência argumentativa do texto.

Há uma grande diferença entre a delimitação de um ponto de vista, ou seja, do posicionamento assumido pelo candidato, e a constatação de um fato. O modo como se posiciona diante de determinado tema não é pura e simplesmente a confirma-ção de um fato ou de algo já preestabelecido pela proposta ou até mesmo pela realidade objetiva em que estamos inseridos. É necessária uma formulação a que se chega por meio de um raciocínio lógico, que será demonstrado ao longo do texto, sustentada pela visão de mundo que se tem. O ato de cons-tatar dados e fatos concretos, sem criar hipóteses ou sem mo-dalizações, é apenas uma comprovação ou verificação de uma ideia e, nesse sentido, é insuficiente para a delimitação da tese.

EXEMPLOS DE INTRODUÇÃO (Textos nota 1000 – Enem)

Observe, a seguir, exemplos de introdução de textos que atin-giram a nota máxima na prova de redação do Enem. É possível

perceber, em cada uma delas, a eficácia da contextualização do tema e a clareza da tese. No primeiro exemplo, a análise desses elementos está descrita. Procure fazer o mesmo com os outros.

1. Enem 2016 – Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil

É notória a necessidade de se ir de encontro à intolerância religiosa no país vigente. Diante disso, averígua-se, desde o período da Colonização brasileira, um esforço etnocêntrico de catequização dos indígenas nativos, como forma de suprimir a crença politeísta local. Tal processo de aculturação e subju-go acometeu, sobretudo, os negros africanos, os quais eram, constantemente, codificados e abominados por suas religiões e cultos. Por essa razão, faz-se necessário pautar, no século XXI, o continuísmo desse preconceito religioso e os desdobramen-tos dessa faceta caótica.

Análise

Tema: intolerância religiosa, etnocentrismo, aculturação.

Relevância: É notória a necessidade de se ir de encontro à in-tolerância religiosa no país vigente.

Contextualização: desde o período da Colonização brasilei-ra, um esforço etnocêntrico de catequização dos indígenas nativos, como forma de suprimir a crença politeísta local. Tal processo de aculturação e subjugo acometeu, sobretudo, os negros africanos, os quais eram, constantemente, codificados e abominados por suas religiões e cultos.

Tese: faz-se necessário pautar, no século XXI, o continuísmo desse preconceito religioso e os desdobramentos dessa faceta caótica.

2. Enem 2015 – A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

A mulher vem, ao longo dos séculos XX e XXI, adquirindo va-liosas conquistas, como o direito de votar e ser votada. Entre-tanto, a violência contra este gênero parece não findar, mesmo com a existência de dispositivos legais que protegem a mulher. A diminuição dos índices deste tipo de violência ocorrerá no momento em que os dispositivos legais citados passarem a ser realmente eficazes e o machismo for efetivamente combatido, desafios esses que precisam ser encarados tanto pelo Estado quanto pela sociedade civil.

3. Enem 2014 – Publicidade infantil em questão no Brasil

Revolução Técnico-Científica do século XX inaugurou a Era da Informação e possibilitou a divulgação de propagandas nos meios de comunicação, influenciando o consumo dos indiví-duos de diferentes faixas etárias. Nesse contexto, a publicidade destinada ao público infantil é motivo de debates entre edu-cadores e psicólogos no território nacional. Assim, a proibição parcial da divulgação de produtos para as crianças é essencial para um maior controle dos pais e para um menor abuso de grandes empresas sobre os infantes.

4. Enem 2013 – Efeitos da implantação da Lei Seca no Brasil

Dentro os costumes cultivados pela humanidade durante toda a sua trajetória, consumir bebidas alcoólicas em momentos



festivos ou apenas para descontração é, sem dúvidas, um dos mais marcantes. No Brasil, então, isso não se dá de outra ma-neira. Sendo nosso país um dos maiores consumidores de cer-veja do mundo, carnavais, festas juninas ou mesmo encontros semanais entre amigos têm sempre que vir acompanhados do álcool. Todavia, a utilização deste torna-se irresponsável quando o indivíduo dirige após o seu consumo e, portanto, a medida da Lei Seca faz-se necessária para a manutenção de uma sociedade tranquila.

5. Enem 2012 - Movimento imigratório para o Brasil no sé-culo 21

Político. Econômico. Religioso. Esses são alguns dos motivos que já levaram a existência de muitos fluxos migratórios pelo mundo. Cidadãos da Somália que fugiam da guerra civil de seu país para territórios vizinhos. Mexicanos em busca do "so-nho americano" nos Estados Unidos. Calvinistas perseguidos na Europa na época da Contrarreforma que se deslocaram para outros continentes. Enfim, a migração ocorro por diver-sas razões. Observando o quadro geral do movimento migra-tório para o Brasil no século XXI, percebe-se que uma de suas principais causas é a econômica.

b) O desenvolvimento do texto dissertativo – argu-mentativo

Depois da apresentação do tema e do ponto de vista do au-tor na introdução, é hora de desenvolver a argumentação de forma pertinente e objetiva. Essa argumentação deve ser construída a partir de elementos lógicos e tangíveis, baseados em evidências da realidade. Na prova de redação do ENEM, para demonstrar competência argumentativa, ou seja, a ca-pacidade de fundamentação do ponto de vista apresentado, é importante atentar-se para quatro elementos fundamentais para uma defesa do posicionamento - ou seja, da tese -, mais bem elaborada:

1. Seleção de argumentos pertinentes;

2. Interpretação as informações e dos dados utilizados;

3. Organização das ideias e respeito à hierarquia dos ar-gumentos;

4. Relação de sentido entre as partes do texto e a tese.

Vamos entender melhor cada um desses elementos:

• Seleção de argumentos pertinentes

Um dos elementos mais importantes para uma boa argumen-tação é a seleção de argumentos pertinentes para defender o ponto de vista. É essencial que haja diversidade nas infor-mações e na perspectiva, autoral e teórica, a partir da qual se analisa um tema. Esse conjunto de informações e de pontos de partida para análise deve apoiar-se nos textos motivado-res, mas devem fundamentalmente extrapolá-los.

Para exemplificar essa diversidade, vamos considerar o tema do Enem 2016, “Caminhos para combater a intolerância reli-giosa no Brasil”. Podemos nos apoiar em um dos textos mo-tivadores para construir o argumento de que esse tipo de preconceito está ligado às religiões de matrizes africanas. A partir daí, é possível inferir que ele é fruto de uma dominação cultural etnocêntrica, em que a religião dos povos dominados, por exemplo, dos negros, é subalternizada, logo, um dos cami-

nhos possíveis para combatê-lo seria a busca por uma equida-de cultural. Para fundamentar essa ideia autoral que partiu de um dos textos motivadores, é possível eleger teóricos como Gilberto Freyre, que estuda as matrizes culturais brasileiras e a hierarquias entre elas. Perceba que essa lógica argumentativa adveio de uma análise que parte de uma perspectiva cultural e que utiliza elementos teóricos sociológicos para fundamen-tá-la.

Outro argumento possível, em continuidade, seria dizer que esse preconceito fere elementos constitucionais, respaldados pela legislação, também presente na coletânea de motiva-dores. Isso ocorre, é possível dizer, inclusive em âmbitos de decisões políticas que, não raro, partem de dogmas religiosos específicos, quando as práticas do Estado deveriam ser laicas. Assim, combater a intolerância religiosa implica, necessaria-mente, combater a não laicidade do estado. Perceba que, nes-se segundo argumento, analisamos o tema a partir da pers-pectiva política.

Essa construção argumentativa, aqui ensaiada e apresentada de forma resumida, parte de diversos aspectos e perspectivas. São vários os pontos de partida para se analisar um tema: so-cial, cultural, científico, político, dentre outros. Assim, deve-se buscar a diversidade dessas maneiras de análise, consideran-do aquela mais adequada para a defesa do ponto de vista.

• Interpretação das informações e dos dados utilizados

Interpretar dados e informações significa contextualizá-los em relação ao tema e ao ponto de vista defendido e apresen-tado na tese. É importante lembrar que uma tese se sustenta como verdadeira apenas quando apoiada em argumentos que a comprovem em uma continuidade de sentido. Essa con-tinuidade deve ser explicitada no decorrer do texto. Quando isso não ocorre – erro muito comum entre os estudantes –, os argumentos tornam-se inócuos, e a tese, ineficaz.

Argumentos, em um texto dissertativo-argumentativo, são encadeamentos de ideias, opiniões e fatos comprováveis pelo autor. É exatamente a interpretação desses elementos que faz com que o texto seja, de fato, argumentativo, uma vez que é passível de questionamento pelo leitor. A possibilidade de se refutar o que foi escrito indica que a abordagem do autor foi essencialmente, acertadamente, argumentativa, e não apenas baseada em apresentação de fatos, dados e explicações sem a devida interpretação ou, ainda, em apresentação de proseli-tismos ou de crenças. Ao contrário do que muitos alunos pen-sam e fazem, não é necessário expor inúmeras informações para que o argumento se construa. Esse caminho, aliás, torna o texto expositivo, e a nota fica bem comprometida. Por outro lado, quando essas informações são selecionadas e interpre-tadas, fica claro como elas se relacionam ao posicionamento do autor, já apresentado na tese. Temos, assim, a possibilidade de um texto com força argumentativa.

• Organização das ideias e respeito à hierarquia dos ar-gumentos

Para que a seleção de ideias e a interpretação de informações e dados se deem de modo eficiente, é necessário que todos esses elementos estejam organizados. É por isso que o respei-to à função dos argumentos no texto é fundamental para a ga-rantia de uma boa nota. As informações selecionadas devem ser hierarquizadas, pois, para a fundamentação de um ponto


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Tipo Textual

de vista, há argumentos e informações mais importantes, cen-trais (que dialogam diretamente com o ponto de vista apre-sentado) e aqueles que são secundários ou periféricos (que conduzem o autor aos argumentos centrais). Os argumentos centrais são aqueles que se constituem como eixo argumen-tativo e, quando não estão devidamente ordenados, tornam-se menos persuasivos, portanto, menos eficazes.

Além da hierarquização dos argumentos e dos elementos es-truturais, é importante também se valer de estratégias para demonstrar competência argumentativa. Apoiado nessas es-tratégias, o leitor acompanha o raciocínio lógico elaborado pelo autor na construção de sentido e na defesa do ponto de vista. No decorrer das aulas, estudaremos algumas dessas estratégias - como conceituação, definição, apresentação de dados, citação, alusão histórica – que também podem ser uti-lizadas na introdução, criando efeitos distintos. Por exemplo, a alusão histórica na introdução pode servir para contextualizar o tema. Já na argumentação, ela pode servir para embasar a análise realizada.

Não basta, portanto, para a obtenção de eficácia argumenta-tiva, selecionar boas informações e ideias e interpretá-las. É, ainda, necessária uma boa organização entre elas, levando em consideração a função de cada argumento na defesa do ponto de vista, o que pode ser qualificado por meio do uso de estratégias argumentativas.

• Relação de sentido entre as partes do texto e a tese

Outro elemento fundamental para uma argumentação con-sistente diz respeito à relação que as ideias e as informações estabelecem com o tema, entre si e com a tese. A articulação lógica entre esses elementos é essencial e se dá em três âmbi-tos textuais: sintático (elementos coesivos), lexical (escolha de vocabulário) e semântico (construção de sentido). Essa articu-lação não tem compromisso apenas com a retomada do pon-to de vista que foi apresentado, mas também com a maneira como se constrói sentido no texto.

As relações lógicas entre os argumentos, centrais e periféri-cos, demarcam finalidade, causa, justificativa, consequência, exemplificação, condição. Essas relações, em geral, são cons-truídas por meio de conectivos e/ou de modalizadores. São também reforçadas ou enfraquecidas de acordo com o vo-cabulário utilizado. Dessa forma, o aluno deve estar atento ao uso correto deles. Ou seja, elementos do plano linguístico (como escolha lexical e uso de conectivos) são determinantes para a organização das ideias e para a concatenação de argu-mentos de maneira clara e inequívoca.

Vejamos, por exemplo, a seguinte situação: ao produzir o desenvolvimento de seu texto, o aluno opta por começar o segundo parágrafo utilizando o conectivo “primeiramente” e, posteriormente, no terceiro parágrafo, “em segundo lugar”. No entanto, esses conectivos só podem ser utilizados a fim de se estabelecer uma relação hierárquica entre os dois parágrafos, ou seja, o uso desses termos implica necessariamente o esta-belecimento da noção de que o primeiro argumento é mais relevante que o segundo. Muitas vezes, entretanto, o aluno não tem em mente esse objetivo; ele usa essa estratégia como uma espécie de muleta argumentativa, por não saber como substituí-la. Esse recurso, porém, se utilizado inadequada-mente, prejudica a formação de sentido do texto por não dar conta de articular as suas partes de modo coeso e coerente.

Nesse sentido, nota-se que a tessitura textual opera com a re-tomada e a apresentação de ideias, e o leitor deve ter acesso não apenas a fragmentos, mas a esses elementos como um todo. Esse procedimento é responsável pela produção de sentido, que só é possível por meio da determinação das re-lações. Quando argumentos “surgem” no texto sem assumir função relevante e sem se relacionar aos demais elementos, a coerência necessária para a comprovação do ponto de vista é comprometida. Logo, a eficácia argumentativa só se constitui quando as ideias são bem selecionadas, devidamente inter-pretadas, organizadas e, por fim, conectadas.

c) A conclusão do texto dissertativo-argumentativo

A conclusão do texto dissertativo-argumentativo é o reforço da tese que foi apresentada na introdução e sustentada ao longo do desenvolvimento. Para que esse reforço ocorra de forma eficiente, é importante que o caminho analítico segui-do seja claramente definido, em uma sequência lógica inequí-voca. É importante que já se pense previamente a reflexão do tema, o direcionamento e o planejamento do texto conside-rando o ponto de chegada. Caso contrário, a conclusão apare-cerá como algo inesperado e surpreendente. Assim, ainda que a conclusão venha no último parágrafo do texto, construímos toda a redação para chegar até ela.

É importante não acrescentar informações novas na conclu-são. Lembre-se de que as informações utilizadas no texto têm o propósito de fundamentar o ponto de vista. Ao chegar à conclusão, espera-se que o candidato já o tenha fundamenta-do. É hora de reiterá-lo e de reforçá-lo. Como se sabe, a prova de redação do ENEM exige que se apresentem propostas de intervenção para os problemas relativos ao tema abordados no texto. Essa proposta, avaliada pela competência V, tam-bém deve estar no parágrafo de conclusão, que, finalmente, concretiza-se a partir de três funções:

1. Retomada da tese;

2. Síntese da discussão;

3. Proposta de intervenção.

Para que fique claro para o leitor que se trata do fechamento do texto, é necessário que o candidato se valha de estrutu-ras linguísticas, coesivas e lexicais, adequadas a esse plano textual, por exemplo, conectivos como “portanto”, ou “logo” para o início do parágrafo conclusivo, ou expressões como “conclui-se que” ou “entende-se que” na articulação entre as frases. Dessa forma, é possível construir a linearidade do texto dissertativo-argumentativo e a sequência lógica com um sen-tido completo.

2. As competências avaliadas na prova de redação do ENEM• COMPETÊNCIA I – DEMONSTRAR DOMÍNIO DA NORMA PADRÃO DA LÍNGUA ESCRITA

Essa competência leva em consideração a adequação da es-crita à norma padrão, considerando que essa adequação é sustentada por três aspectos:

1. Léxico (escolha e adequação vocabular);2. Gramática (respeito às normas gramaticais); 3. Construção sintática (fluidez da leitura).



O candidato, dessa forma, deve demonstrar competência em todos os três aspectos para garantir uma nota satisfatória. Primeiramente, é importante atentar-se às construções sin-táticas, ou seja, à forma como se estruturam as orações e os períodos do texto. Destacamos alguns erros sintáticos mais comuns que comprometem a nota nesta competência (e tam-bém na competência que avalia os aspectos argumentativos, visto que compromete a compreensão das ideias): falta de paralelismo, uso inadequado de vírgulas, períodos longos e parágrafos frasais. É fundamental a releitura do texto com um olhar atento a essas questões.

Tão importante quanto a construção sintática, o candidato também deve observar se, em seu texto, há a presença de er-ros:

Gramaticais: concordância, flexão, regência, colocação pro-nominal.

De convenções da escrita: separação silábica, uso do hífen de acordo com o novo acordo ortográfico, uso correto de le-tras maiúsculas e minúsculas, ortografia, acentuação.

De respeito à modalidade formal: uso adequado ao registro formal, sem marcas de oralidade ou coloquialismos.

De vocabulário: precisão e adequação das palavras selecio-nadas para a construção do texto.

Portanto, se você costuma perder pontos nesta competência, busque estudar os aspectos enumerados acima e adequá-los em seu texto.

• COMPETÊNCIA II – COMPREENDER A PROPOSTA DE REDAÇÃO E APLICAR CONCEITOS DAS VÁRIAS ÁREAS DE CONHECIMENTO PARA DESENVOLVER O TEMA, DENTRO DOS LIMITES ESTRUTURAIS DO TEXTO DISSERTATIVO-AR-GUMENTATIVO EM PROSA

Essa competência avalia três elementos. Atente-se a cada um deles.

1. Adequação ao texto dissertativo-argumentativo:

Aqui é importante que o candidato faça, de fato, uma redação dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumen-tativo, conforme já estudamos nesta apostila em um tópico anterior. Caso isso não aconteça – por exemplo, quando não há um ponto de vista explícito ou quando há muitas informa-ções e pouca análise, e o texto torna-se expositivo –, há com-prometimento grave na nota, inclusive, é possível zerá-la.

2. Compreensão da proposta de redação

Compreender a proposta de redação é, antes de tudo, com-preender o recorte temático proposto. É importante lembrar que tema não é sinônimo de assunto. A partir da frase temáti-ca, espera-se que o candidato explore, de forma completa, to-das as palavras ali enunciadas. Além disso, é importante lem-brar que a proposta não se restringe a essa frase temática. Faz parte dela, também, a coletânea de textos motivadores, que deve servir de orientação para a construção argumentativa do texto. Dessa forma, compreender a proposta significa enten-der o recorte a partir da frase temática e dos textos motivado-res. Novamente, caso isso não ocorra, o candidato é altamente prejudicado, sob pena de ter sua prova de redação zerada.

3. Uso de conceitos das várias áreas de conhecimento

Uma das habilidades exigidas na prova do ENEM é a de ma-nejar, para fundamentar o ponto de vista, seus conhecimen-tos adquiridos ao longo de sua experiência de vida, seja na escola, seja em suas vivências pessoais e individuais. Fazem parte desse conjunto de conhecimentos, que denominamos repertório sociocultural, todas as informações adquiridas a partir das disciplinas escolares, de livros, filmes, músicas, ex-periências ou observações. São possiblidades:

Atualidades: dados, exemplos, notícias, fatos recentes, com-parações com outros países;

Outras disciplinas: história, geografia, biologia, física;

Política: eventos políticos, Constituição, Código Penal, Estatu-tos, Declarações;

Artes e Humanidades: filosofia, música, literatura, cinema, artes plásticas.

Entretanto, não é a utilização de inúmeras informações das mais variadas áreas do conhecimento que garante a nota má-xima nesta competência. É imprescindível que o repertório sociocultural seja PRODUTIVO, isto é, que tenha, com efei-to, a finalidade de fundamentar o ponto de vista e que esteja relacionado intimamente à argumentação desenvolvida a fim de comprová-la – essa é uma das maiores dificuldades dos alunos. Para tanto, deixe claro para o leitor o que você quer provar ao utilizar determinada informação e explicite a manei-ra como ela se relaciona ao ponto de vista apresentado. Caso contrário, o texto fica sujeito a se tornar expositivo e pouco analítico. Além disso, busque diversificar a natureza das infor-mações. Se, por exemplo, for introduzir o texto com uma alu-são histórica, fundamente a argumentação por meio de uma análise sociológica. Observe o exemplo abaixo.

“Periferias: ambiente de tráfico de drogas, de roubo, de tiro-teios, de assaltos. Essas são formas de se caracterizar a reali-dade e o dia a dia do espaço hostil que muitos jovens vivem hoje no Brasil. Por essa linha de pensamento do filósofo Rou-sseau a respeito do determinismo social que diz “ o homem é fruto do meio,” é possível relacionar o quanto o contexto de extrema violência gera atitudes também violentas. Para mu-dar essa realidade, é necessário mudar o meio em que se vive”. (texto produzido por uma aluna de Ensino Médio)

Perceba que o uso da ideia de Rousseau, um clichê, diga-se de passagem, não está articulado com o argumento que a aluna queria defender de que o contexto influencia hábitos violen-tos em jovens de periferia. Há, portanto, repertório sociocultu-ral, mas com uso superficial, não produtivo. Em uma atividade de reescrita, a mesma aluna reestruturou o parágrafo:

“Periferias: ambiente de tráfico de drogas, de tiroteios, de assal-tos. Essas são formas de caracterizar a realidade e o dia a dia de muitos jovens brasileiros. Se o meio determina o homem, con-forme postulou o filósofo Jean Jacques Rousseau, é possível inferir como esse cenário, marcado fortemente pela vio-lência, pode gerar também atitudes violentas. Dessa forma, conclui-se que apenas mudando o contexto, determinante no comportamento violento dos jovens, é possível mudar as re-ferências e as maneiras como a juventude da periferia se desen-volve”. (texto produzido por uma aluna de Ensino Médio)


REDAÇÃO


Tipo Textual

Perceba, agora, como a relação entre repertório e argumento está mais bem trabalhada. Logo, se está articulado, de forma evidente, à discussão apresentada pela aluna, o uso do reper-tório sociocultural torna-se produtivo.

• COMPETÊNCIA III – SELECIONAR, RELACIONAR, ORGA-NIZAR E INTERPRETAR INFORMAÇÕES, FATOS, OPINIÕES E ARGUMENTOS EM DEFESA DE UM PONTO DE VISTA

Essa competência avalia a eficácia da defesa e do desenvolvi-mento do ponto de vista apresentado pelo candidato na tese. Avalia, dessa forma, a construção do sentido e os recursos mo-bilizados na defesa do ponto de vista. Quanto mais bem sele-cionado, organizado, interpretado e relacionado a ele, melhor será a nota nesta competência. Quando trabalhamos o plano estrutural do desenvolvimento nesta apostila, você pôde es-tudar, de forma mais detalhada, a função de cada um desses verbos na construção argumentativa.

Como já vimos, a presença de um ponto de vista é essencial para a produção de um texto dissertativo-argumentativo. É ele que vai guiar todo o processo de produção textual e é a partir dele que o candidato vai atribuir sentido a seus argu-mentos. Há várias maneiras de construí-los, por exemplo:

• Argumento de raciocínio lógico: é aquele construído a partir de conexões lógicas, como causa/consequência, analogia/comparação, dedução, indução.

• Argumento de provas concretas: são construídos a partir de dados, estatísticas, exemplos, fatos, leis, notícias. É fundamental que a fonte seja explicitada, nestes casos.

• Argumento de autoridade: é a citação de um especialista, de teóricos ou de autoridades no assunto.

Um dos tópicos avaliados nesta competência é a eficácia do projeto de texto. Não é funcional apenas “despejar” citações, dados e ilustrações que não estejam interligadas e que es-tejam desconectadas da tese. Há alguns erros que são corri-queiros nos textos dos alunos e que enfraquecem a defesa do ponto de vista, a saber:

• apresentação de interpretações ou opiniões como se fossem fatos inequívocos ou verdades absolutas;

• seleção de informações pouco relevantes, incoerentes com o ponto de vista escolhido;

• apresentação de dados ou de informações inverídicos, que não são recentes ou não são de fonte confiável;

• generalizações;

• apresentação de argumentos sem a devida problematização;

• apresentação de dados, fatos e informações sem interpretação ou sem interpretação que se relaciona com o ponto de vista.

Para uma boa nota, portanto, é importante observar se todos os elementos escolhidos atuam a favor da defesa do ponto de vista adotado. A fim de que isso ocorra, o texto deve partir de um bom planejamento, que deve ser feito, minimamente, em pensamento (idealmente, por escrito) no processo de produ-ção textual. Quanto mais explícito, lógico e estratégico esse projeto se mostra, melhor a nota nesta competência. Esse pla-nejamento, articulado a um desenvolvimento consistente de argumentos, configura-se como a autoria do texto.

• COMPETÊNCIA IV – DEMONSTRAR CONHECIMENTO DOS MECANISMOS LINGUÍSTICOS NECESSÁRIOS PARA A CONSTRUÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO

"A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifício semântico." M. Halliday

Esta competência avalia a coesão textual, ou seja, o modo como são interligados os elementos do texto: palavras, frases, períodos, parágrafos, ideias e opiniões. São os recursos lin-guísticos que formam sequências veiculadoras de sentido. Os elementos coesivos dão um caráter linear ao texto, uma vez que se manifesta na organização sequencial do texto.

Esses elementos podem ser gramaticais – como uso de arti-gos, de pronomes ou de numerais responsáveis pela retoma-da ou antecipação de ideias, de preposições, de conjunções, de conectores ou de advérbios –, ou lexicais, como sinônimos ou hiperônimos. A competência IV, portanto, avalia se o reper-tório de recursos coesivos é diversificado e utilizado de manei-ra adequada, ou seja, se contribui para a organização e para a compreensão das ideias apresentadas. Veja algumas palavras e expressões utilizadas como recursos coesivos e seus respec-tivos sentidos:

Outros recursos coesivos

a) e, além de, além disso, ademais, ainda, mas também, bem como, também – servem para acrescentar ideias, argumentos.

b) embora, não obstante, apesar de, a despeito de, contudo – estabelecem relação de concessão.

c) mas, porém, entretanto, no entanto, sob outro ponto de vis-ta, de outro modo, por outro lado, em desacordo com – esta-belecem oposição entre ideias.

d) assim, dessa forma, portanto, desse modo, enfim, ora, em resumo, em síntese – servem para complementar e concluir ideias.

e) assim como, da mesma forma que, como, tal que – estabe-lecem relação de comparação de semelhança.

f) de fato, realmente, é verdade que, evidentemente, obvia-mente, está claro que – são usadas para fazer constatações ou para se admitir um fato.

g) porque, devido a, em virtude de, tendo em vista isso, face a isto – servem para introduzir explicações.

h) sobretudo, principalmente, essencialmente – são usados para dar ênfase ou destaque a algum fato ou ideia

i) antes que, enquanto, depois que, quando, no momento em que – estabelecem relação de temporalidade.

(http://docente.ifrn.edu.br/marcelmatias/Disciplinas/lingua-portuguesa/lingua-portuguesa-2015.2-eventos-e-guia-de-turismo/quadro-de-elementos-

coesivos-sequenciais/view adaptado)

• COMPETÊNCIA V – ELABORAR PROPOSTA DE INTER-VENÇÃO PARA O PROBLEMA ABORDADO, RESPEITANDO OS DIREITOS HUMANOS

Esta competência verifica se o candidato demonstra não ape-nas capacidade de problematizar a realidade que o cerca e de se posicionar de maneira crítica diante dela, mas se ele con-segue mobilizar intervenções com o objetivo de solucionar os problemas apontados, analisados a partir das perspectivas sociais, culturais, políticas ou científicas. Ou seja, verifica a ca-



pacidade do participante de agir sobre e nessa realidade, obviamente, respeitando os direitos humanos.

Para que a nota do candidato seja máxima na competência V, ela deve ser muito bem elaborada, com quatro elemen-tos básicos, (AÇÃO INTERVENTIVA, AGENTE, MODO/MEIO de execução dessa ação, FINALIDADE e EFEITO dela) e, ainda, um detalhamento da ação. É importante que o candidato saiba que o que está sendo avaliado não é a quantidade de propostas, mas a qualidade, dentro dos parâmetros apresentados acima, e, sobretudo, se a proposta está efe-tivamente articulada à problematização apresentada e à discussão desenvolvida no texto. Perceba que há algumas estruturas linguísticas que evidenciam e auxiliam a constru-ção de uma proposta de intervenção. Por exemplo, pode-se fazer a utilização de modalizadores, como o verbo “dever” ou, também, de algumas formulações com o verbo ser + adjetivo, como “é necessário”, “é preciso”, “é importante” etc.

Para ser bem detalhada e bem articulada, a proposta deve res-ponder a perguntas como: quem irá realizar? (agente); o que será realizado? (ação); como será realizado? (meios); com qual finalidade e quais os possível efeitos? (finalidade/efeito). Além disso, essas perguntas devem ser respondidas com alto grau de detalhamento. A seguir, observe alguns exemplos de res-postas para essas perguntas:

1. QUEM?

Agentes: os pais, a família, a escola, o governo (especificar), as mídias, a sociedade em geral, ONG, igreja, associação de bairro etc.

2. O QUÊ?

Ações que esses agentes devem colocar em prática: orien-tar, educar, promover palestras e debates, proibir, criar e regu-lamentar leis, ampliar leis já criadas, fiscalizar etc.

3. COMO?

Meios de realizar as ações (com detalhamento): mediante o diálogo, mediante a promoção de palestras acerca do tema proposto etc.

4. PARA QUÊ?

Finalidade/Efeito: aqui, é importante a apresentação do pro-blema em que se pretende atuar e intervir por meio da pro-posta e dos seus possíveis desdobramentos positivos. Dica: neste momento, faça a retomada da problematização apre-sentada e do tema. A finalidade também pode ser construída a partir de uma frase de arremate que evidencie a marcação de sua conclusão.

Detalhamento: O detalhamento da proposta diz respeito à explicação e a como ela será realizada. Pode ser feito por meio da inclusão de orações explicativas e restritivas, em que se anuncia uma exemplificação, uma justificativa, uma especifi-cação, etc.

Exemplo:

É evidente, portanto, a necessidade de se divulgar campanhas (ação), em todo o território nacional (detalhamento), que tenham como objetivo promover o respeito entre as diversas manifestações culturais e religiosas (finalidade), a partir de meios midiáticos, como a televisão e a rádio (detalhamento), que apresentam notável influência sobre a população (deta-lhamento). Para isso, o Governo Federal (agente) deve dire-cionar recursos provenientes do recolhimento de impostos (meio). Somado a isso, com apoio financeiro e aporte teórico do MEC (detalhamento), as escolas (agente) devem trabalhar (ação), por meio de dinâmicas, palestras e trabalhos (meio), a importância da diversidade religiosa. Dessa forma, adultos e crianças serão sensibilizados para construírem uma democra-cia religiosa e combaterem a intolerância (efeito).

Observe, agora, a grade de correção da prova de redação do ENEM.

I - Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.

200Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência.

160 Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.

120 Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita.

80 Demonstra domínio insuficiente da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.

40 Demonstra domínio precário da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa, de forma sistemática, com diversificados e frequentes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenções da escrita.

0 Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da Língua Portuguesa.

II - Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo em prosa.

200 Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo, e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo.

160 Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.

120 Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.

80 Desenvolve o tema recorrendo à cópia de trechos dos textos motivadores ou apresenta domínio insuficiente do texto dissertativo-argumentativo, não atendendo à estrutura com proposição, argumentação e conclusão.


REDAÇÃO


Tipo Textual

Agora que você já conhece os pilares do texto dissertativo-argumentativo, as competências avaliativas da prova de redação do ENEM e a grade de avaliação, é hora de praticar. Selecionamos algumas propostas de redação de vestibulares anteriores e elaboramos algumas propostas inéditas. Atente-se às instruções abaixo para elaborar os textos:

INSTRUÇÕES:

• o rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado;

• o texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas;

• a redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

• desrespeitar os direitos humanos;

• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”;

• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;

• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

40 Apresenta o assunto, tangenciando o tema, ou demonstra domínio precário do texto dissertativo-argumentativo, com traços constantes de outros tipos textuais.

0 Fuga ao tema/não atendimento à estrutura dissertativo-argumentativa.

III - Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.

200 Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista.

160 Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.

120 Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista.

80 Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, mas desorganizados ou contraditórios e limitados aos argumentos dos textos motivadores, em defesa de um ponto de vista.

40 Apresenta informações, fatos e opiniões pouco relacionados ao tema ou incoerentes e sem defesa de um ponto de vista.

0 Apresenta informações, fatos e opiniões não relacionados ao tema e sem defesa de um ponto de vista.

IV - Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários à construção da argumentação.

200 Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.

160 Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.

120 Articula as partes do texto, de forma mediana, com inadequações e apresenta repertório pouco diversificado de recursos coesivos.

80 Articula as partes do texto, de forma insuficiente, com muitas inadequações e apresenta repertório limitado de recursos coesivos.

40 Articula as partes do texto de forma precária.

0 Ausência de marcas de articulação, resultando em fragmentação das ideias.

V - Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando os direitos humanos.

200 Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

160 Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

120 Elabora, de forma mediana, proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.

80 Elabora, de forma insuficiente, proposta de intervenção relacionada ao tema ou não articulada com a discussão desenvolvida no texto.

40 Apresenta proposta de intervenção vaga, precária ou relacionada apenas ao assunto.

0 Não apresenta proposta de intervenção ou apresenta proposta não relacionada ao tema ou ao assunto.



9. PROPOSTAS DE REDAÇÃOPROPOSTA 1

TEXTO I

Homofobia (homo, pseudoprefi xo de homossexual, fobia do grego φόβος "medo", "aversão irreprimível") é uma série de atitudes e sentimentos negativos em relação a pessoas homossexuais, bissexuais e, em alguns casos, contra transgêneros e pessoas inter-sexuais. As defi nições para o termo referem-se variavelmente a antipatia, desprezo, preconceito, aversão e medo irracional. A ho-mofobia é observada como um comportamento crítico e hostil, assim como a discriminação e a violência com base na percepção de que todo tipo de orientação sexual não-heterossexual é negativa.

Entre as formas mais discutidas estão a homofobia institucionalizada (por exemplo, patrocinada por religiões ou pelo Estado), a lesbofobia (a homofobia como uma intersecção entre homofobia e sexismo contra as lésbicas), e a homofobia internalizada, uma forma de homofobia entre as pessoas que experimentam atração pelo mesmo sexo, independentemente de se identifi carem como LGBT.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Homofobia

TEXTO II

A cada 25 horas, uma pessoa LGBT é assassinada no Brasil, aponta ONG

No dia 17 de maio, Dia Internacional contra a Homofobia, a população LGBT não tem muito o que comemorar. O preconceito, a falta de representatividade e a escassez de políticas públicas levam a dados alarmantes de violência: em 2017, até o início deste mês, 117 pessoas foram assassinadas no Brasil devido à homofobia. É um assassinato a cada 25 horas. A informação é do Grupo Gay da Bahia (GGB).

Em 2016, segundo a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais, 340 LGBTs foram mortos no Brasil. A GGB, por sua vez, contabilizou 343. É quase uma vítima por dia, sendo até então, o maior número já registrado na his-tória. Em 2015, foram registradas 318 mortes, segundo informações do grupo.

Nas redes sociais, a população LGBT pede por mais respeito e por mais segurança. No Twitter, a hashtag "Love is love" (Amor é amor em português) está entre os assuntos mais comentados desde a manhã desta quarta-feira. Internautas se mobilizam contra a homofobia e clamam pela conscientização e pela desconstrução da população (...).

TEXTO III

Fonte: https://homofobiamata.wordpress.com/ ATUALIZADO EM 02/11/17


REDAÇÃO


Tipo Textual

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dis-sertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios de combater a homofobia no brasil”, apresentando uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 2

TEXTO I

Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA

Art. 4.º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.

Art. 7.º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais pública s que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Fonte: lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente e dá outras providências.

TEXTO II

Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos, diz relatório da Organização Mundial da Saúde. O índice brasileiro está acima da média latino-americana, estimada em 65,5. No mundo, a média é de 46 nascimentos a cada mil. Em países como os Estados Unidos, o índice é de 22,3 nascimentos a cada 1 mil adolescentes de 15 a 19 anos. O relatório da OMS foi divulgado no dia 28 de Fevereiro de 2018 e as taxas se referem ao último período analisado - entre 2010 e 2015. Um outro ponto divulgado pela entidade é que a América Latina é a única região do mundo com uma tendência crescente de gravidez entre adolescentes menores de 15 anos.

Fonte: Adaptado de https://g1.globo.com/bemestar/noticia/brasil-tem-gravidez-na-adolescencia-acima-da-media-latino-americana-diz-oms.ghtml

https://latuffcartoons.wordpress.com/tag/homofobia/

TEXTO IV



TEXTO III

TEXTO IV

Fonte: Ministério da saúde

PROPOSTA DE REDAÇÃO

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Gravidez precoce em de-bate no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


REDAÇÃO


Tipo Textual

PROPOSTA 3TEXTO I

Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo. A palavra tem origem no grego demokratía que é com-posta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder). Neste sistema político, o poder é exercido pelo povo por meio do sufrágio universal. É um regime de governo em que todas as importantes decisões políticas estão com o povo, que elegem seus representantes por meio do voto. (...). A democracia tem princípios que protegem a liberdade humana e baseia-se no governo da maioria, associado aos direitos individuais e das minorias. Uma das principais funções da democracia é a proteção dos direitos humanos fundamentais, como as liberdades de expressão, de religião, a proteção legal, e as oportunidades de participação na vida política, econômica e cultural da sociedade. Os cidadãos têm os direitos expressos e os deveres de participar no sistema político que vai proteger seus direitos e sua liberdade.

Fonte: https://www.significados.com.br/democracia/

TEXTO II

Capítulo IV CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 Dos Direitos Políticos

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito II - referendo III - iniciativa popular.

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para:

a) os analfabetos b) os maiores de setenta anos c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

Diretas Já - São Paulo/ Março de 1983 - Abril de 1984



TEXTO IV

TEXTO V


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância do voto para a so-ciedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


REDAÇÃO


Tipo Textual

PROPOSTA 4TEXTO I

O direito à moradia digna foi reconhecido e implantado como pressuposto para a dignidade da pessoa humana, desde 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos e, foi recepcionado e propagado na Constituição Fe-deral de 1988, em seu artigo 6º: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma des-ta Constituição.” A definição do Comitê dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU em 1991 foi de que moradia não se resume apenas a quatro paredes com um teto para proteger as pessoas das variações climáticas, por exemplo. Por moradia, deveria se entender um local salubre, com condições mínimas à sobrevivência, como saneamento – água, tubulação para esgoto, coleta de lixo, pavimentação – e luz elétrica. Além de seguro e acessível aos serviços públicos básicos, tais quais escolas, postos de saúde, praças e pontos de ônibus – ou de outros transportes coletivos.

Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php/

TEXTO II

Segundo o Censo 2010 do IBGE, o Brasil tinha cerca de 11,4 milhões de pessoas morando em favelas e cerca de 12,2% delas (ou 1,4 milhão) estavam no Rio de Janeiro. Considerando-se apenas a população desta cidade, cerca de 22,2% dos cariocas, ou praticamente um em cada cinco, eram moradores de favelas. No entanto, ainda em 2010, Belém era a capital brasileira com a maior proporção de pessoas residindo em ocupações desordenadas: 54,5%, ou mais da metade da população. Salvador (33,1%), São Luís (23,0%) Recife (22,9%) e o Rio (22,2%) vinham a seguir. Já a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) tem informações anuais sobre saneamento básico e adequação de moradias. Segundo a PNAD 2015, cerca de 72,5% dos domicílios urbanos do país contavam com os três serviços básicos de saneamento: conexão à rede de esgoto, coleta de lixo e água encanada. Isso significa que aproximadamente 18,7 milhões de domicílios urbanos não contavam com pelos menos um dos três serviços. A distribuição regional desses serviços de saneamento é bastante desigual, segundo a PNAD. Na região Norte, apenas 23,6% dos domicílios urbanos contavam com os três serviços, enquanto no Sudeste, esse percentual chegava a 93,1%. Os três estados brasileiros com as menores proporções de domicílios urbanos com acesso aos três serviços básicos de saneamento eram Amapá (3,7%), Piauí (11,9%) e Rondônia (13,2%). No extremo oposto, estavam São Paulo (94,8%), Distrito Federal (90,4%) e Minas Gerais (89,7%).

Fonte: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br-agencia-de-noticias/noticias/15700-dados-do-censo-2010-mostram-11-4-milhoes-de-pessoas-vivendo-em-favelas.html

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “os desafios para a saúde pública no brasil” apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Moradia no Brasil: direito ou privilégio?”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO IVTEXTO III



PROPOSTA 5TEXTO I

A luta pela terra é antiga. Atualmente, muitos movimentos sociais (trabalhadores rurais, indígenas, quilombolas) lutam pelo acesso e pela permanência na terra. O respeito à dignidade da pessoa humana acarreta direitos vários, como direito à vida e a ter res-guardada a sua integridade física. Envolve também o dever do Estado em cumprir com programas e providências para assegurar o mínimo de existência digna para o cidadão, como direito ao trabalho, à moradia, à alimentação, à saúde, à educação, ao transporte etc. O direito à terra é um direito inserto nesta categoria de respeito à dignidade da pessoa. A reforma agrária é uma das formas de se reorganizar a estrutura fundiária. O artigo 184, da Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, determina que a União desapropriará, por interesse público, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não cumpra sua função social.

Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=2912, por Cristiane de Souza Reis

TEXTO II

Funeral de um Lavrador

Chico Buarque/João Cabral de Melo Neto

Esta cova em que estás com palmos medida

É a conta menor que tiraste em vida

É de bom tamanho nem largo nem fundo

É a parte que te cabe deste latifúndio

Não é cova grande, é cova medida

É a terra que querias ver dividida

É uma cova grande pra teu pouco defunto

Mas estarás mais ancho que estavas no mundo

É uma cova grande pra teu defunto parco

Porém mais que no mundo te sentirás largo

É uma cova grande pra tua carne pouca

Mas a terra dada, não se abre a boca

É a conta menor que tiraste em vida

É a parte que te cabe deste latifúndio

É a terra que querias ver dividida

Estarás mais ancho que estavas no mundo

É uma cova grande pra teu defunto parco

Porém mais que no mundo te sentirás largo

É uma cova grande pra tua carne pouca

Mas a terra dada, não se abre a boca

Mas a terra dada, não se abre a boca.

TEXTO III

De acordo com o IBGE, enquanto os estabelecimentos rurais de menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7% da área total ocu-pada pelos estabelecimentos rurais, a área ocupada pelos estabelecimentos de mais de mil hectares concentra mais de 43% da área total. A concentração e a desigualdade regional são comprovadas pelo Índice de Gini da estrutura agrária do País. Quanto mais perto esse índice está de 1, maior a concentração. Os dados mostram um agravamento da concentração de terras nos últimos 10 anos. O Censo do IBGE mostrou um Gini de 0,872 para a estrutura agrária brasileira no Censo divulgado, superior aos índices apurados nos anos de 1985 (0,857) e 1995 (0,856).

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,distribuicao-de-terras-e-desigual-mostra-estudo-do-ibge,443477

• 7,4% dos alunos afirmaram que na maior parte do tempo ou sempre se sentiram humilhados por provocações, nos últimos


REDAÇÃO


Tipo Textual

TEXTO IV


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A questão fundiária no Brasil: um problema histórico”, apresentando uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacio-ne, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 9TEXTO I

“...temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, ali-mente ou reproduza as desigualdades”.

(Santos, Boaventura de Sousa. Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitanismo multicultural. Introdução: para ampliar o cânone do reconhecimento, da

diferença e da igualdade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003, p.56)

TEXTO II

“A raiz da violência simbólica estaria deste modo presente nos símbolos e signos culturais, especialmente no reconhecimento tácito da autoridade exercida por certas pessoas e grupos de pessoas. Deste modo, a violência simbólica nem é percebida como violência, mas sim como uma espécie de interdição desenvolvida com base em um respeito que "naturalmente" se exerce de um para outro. Como exemplo disto temos a atitude de professores, a qual pressupõe o uso legitimado de estratégias punitivas em relação aos alunos (como reprovações e castigos) que não se enquadram nos moldes sociais da instituição escolar. No que tange à concordância entre o dominado e o dominador, este aspecto da argumentação de Bourdieu é muito pouco entendido, pois algumas pessoas entendem como se houvesse um acordo formalmente estabelecido no qual a dominação é reconhecida como legítima, quando na verdade esta se dá pela ação das forças sociais e pela estrutura das normas internas do campo do mundo social em que os indivíduos se inserem, e que de certa maneira se incorporam (até mesmo corporalmente) em seus hábitos”.

http://xucurus.blogspot.com.br/2011/05/pierre-bourdieu-e-violencia-simbolica.html

TEXTO III



TEXTO IV TEXTO V


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Empatia e respeito à diversidade no Brasil”, apresentando uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 7TEXTO I

Números oficiais do próprio CFM indicam que 70% dos médicos brasileiros concentram-se nas regiões Sudeste e Sul do país. E em geral trabalham nas grandes cidades. Boa parte da clientela dos hospitais municipais do Rio de Janeiro, por exemplo, é formada por pacientes de municípios do interior. Segundo pesquisa encomendada pelo Conselho, se a média nacional é de 1,95 médicos para cada mil habitantes, no Distrito Federal esse número chega a 4,02 médicos por mil habitantes, seguido pelos estados do Rio de Janeiro (3,57), São Paulo (2,58) e Rio Grande do Sul (2,31). No extremo oposto, porém, estados como Amapá, Pará e Maranhão registram menos de um médico para mil habitantes.

Adaptado http://vestibular.brasilescola.uol.com.br/banco-de-redacoes/tema-os-caminhos-viaveis-para-uma-saude-publica-qualidade.htm

TEXTO II• desrespeitar os direitos humanos;


REDAÇÃO


Tipo Textual

TEXTO III

A causa mais comum de mortes no Brasil, as doenças cardiovasculares, matam cerca de 820 brasileiros a cada dia no país, e são responsáveis por 16,2% dos gastos com saúde pública, o que em valores, são gastos da ordem de R$ 10,7 milhões por dia, apenas revendo os dados do SUS. Outro fator com grande impacto é o tabagismo. Aproximadamente 18% da população é fumante, e este grupo gasta 26% a mais em saúde, quando interna fica 114% mais tempo internado e faltam 40% mais vezes ao trabalho. Outro monstro silencioso – o sedentarismo. 60 A 70% dos brasileiros são sedentários. Isto implica em 36% mais despesas com saúde, e quando internados, ficam 54% mais tempo nos hospitais. E isto só irá piorar, pois mais de 60% dos nossos jovens (menores que 18 anos), têm critérios para o sedentarismo.

Fonte: http://saopaulotimes.r7.com/sp/a-importancia-da-medicina-preventiva-porque-e-muito-melhor-prevenir-do-que-remediar/ adaptado


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “os desafios para a saúde pública no brasil” apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coeren-te e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 8TEXTO I

Bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas. O termo bullying tem origem na palavra inglesa bully, que significa valentão, brigão. Mes-mo sem uma denominação em português, é entendido como ameaça, tirania, opressão, intimidação, humilhação e maltrato. Para Telma Vinha, doutora em Psicologia Educacional e professora da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), para ser dada como bullying, a agressão física ou moral deve apresentar quatro características: a intenção do autor em ferir o alvo, a repetição da agressão, a presença de um público espectador e a concordância do alvo com relação à ofensa.

Fonte: http://novaescola.org.br/formacao/bullying-escola-494973.shtml (fragmento)

TEXTO II

A respeito do bullying, o IBGE apurou que

• 7,4% dos alunos afirmaram que na maior parte do tempo ou sempre se sentiram humilhados por provocações, nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa;

• 19,8% dos estudantes disseram ter esculachado, zombado, mangado, intimidado ou caçoado algum de seus colegas de escola nos 30 dias anteriores à pesquisa;

• Os principais motivos das provocações dos colegas foram a aparência do corpo (15,6%) e aparência do rosto (10,9%).

Fonte: http://teen.ibge.gov.br/especiais-teen/pense/pense-pag-7.html (dados relativos ao ano de 2015)

TEXTO III

A lei nº 13.185/2015, de 6 de novembro de 2015, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, obriga escolas e clubes a adotarem medidas de prevenção e combate ao bullying. O Programa de Combate à Intimidação Sistemática define bullying como a prática de atos de violência física ou psíquica exercidos intencional e repetidamente por um indivíduo ou grupo contra uma ou mais pessoas com o objetivo de intimidar ou agredir, causando dor e angústia à vítima. Docentes e equipes pedagógicas deverão ser capacitados para implementar ações de prevenção e solução do problema. Além disso, pais e familiares serão orientados para identificar vítimas e agressores. Outro ponto presente no documento é a realização de campanhas educativas e o fornecimento de assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores.

TEXTO IV

O cyberbullying é uma versão eletrônica do bullying praticada por meio de agressões verbais e escritas utilizando-se a internet. A vítima recebe mensagens ameaçadoras, conteúdos difamatórios, imagens obscenas, palavras maldosas e cruéis, insultos, ofensas, extorsão etc., e tudo isso pode alcançar milhões de pessoas em questão de segundos. Outro termo originado das novas tecnolo-gias é mobilebullying, que diz respeito a qualquer perseguição causada por meio de mensagens de texto, fotos e vídeos enviados por celulares. Muitas vezes o mobilebullying torna-se cyberbullying, pois as informações são transmitidas do celular para a inter-net, já que hoje muitos celulares têm acesso à rede mundial de computadores.

Fonte: http://bullyingcyberbullying.com.br/bullying/o-que-e-cyberbullying/




A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “os desafi os para a saúde pública no brasil” apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coeren-te e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 9TEXTO I

“As comunidades, os povos e as nações indígenas são aqueles que, contando com uma continuidade histórica das sociedades anteriores à invasão e à colonização que foi desenvolvida em seus territórios, consideram a si mesmos distintos de outros setores da sociedade, e estão decididos a conservar, a desenvolver e a transmitir às gerações futuras seus territórios ancestrais e sua iden-tidade étnica, como base de sua existência continuada como povos, em conformidade com seus próprios padrões culturais, as instituições sociais e os sistemas jurídicos.”

Nações Unidas, 1986

TEXTO II

Desde 1500 até a década de 1970 a população indígena brasileira decresceu acentuadamente e muitos povos foram extintos. O desaparecimento dos povos indígenas passou a ser visto como uma contingência histórica, algo a ser lamentado, porém inevitá-vel. No entanto, este quadro começou a dar sinais de mudança nas últimas décadas do século passado. O contingente de brasilei-ros que se considerava indígena cresceu 150% na década de 90. O percentual de indígenas em relação à população total brasileira saltou de 0,2% em 1991 para 0,4% em 2000, totalizando 734 mil pessoas.

TEXTO IV

Lê-se: “Bomba de efeito retardado e consequências imprevisíveis”.

FONTE: http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao


REDAÇÃO


Tipo Textual

TEXTO III TEXTO IV

Constituição Federal 1988 Capítulo VIII Dos Índios

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direi-tos originários sobre as terras que tradicionalmente ocu-pam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.

§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utiliza-das para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cul-tural, segundo seus usos, costumes e tradições.

§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “os desafios para a saúde pública no brasil” apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coeren-te e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 10TEXTO I

A Lei nº 12.587, que está em vigência desde 2012, tem como objetivos melhorar a acessibilidade e a mobilidade das pessoas e cargas nos municípios e integrar os diferentes modos de transporte. A legislação, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, dá prioridade aos meios de transporte não motorizados e ao serviço público coletivo, além da integração entre os modos e serviços de transporte urbano. Após tramitar por 17 anos, a lei estipulava o prazo de três anos para que os mais de 1,7 mil municípios com população superior a 20 mil habitantes entregassem seus planos. Em 2015, apenas 500 prefeituras conseguiram cumprir o primeiro prazo estabelecido, que foi posteriormente alterado pela lei 13.406/2016. Com a mudança, além do limite de entrega ter sido estendido para abril de 2018, os planos de mobilidade terão de ser compatibilizados com os planos diretores municipais.

http://www.ebc.com.br/especiais/mobilidade-sustentavel

TEXTO II

De acordo com dados publicados no anuário 2017 da Confederação Nacional dos Transportes, a frota de automóveis no Brasil é de 51,2 milhões, o equivalente a um carro para cada quatro brasileiros. Outra estatística que chama a atenção é o número de mortes no trânsito, que segundo o Ministério da Saúde, em 2015, somaram 37.306 em todo o Brasil.

http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-07/mobilidade-urbana-e-desafio-para-cidades-e-trabalhadores

TEXTO III




TEXTO IV TEXTO V


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Mobilidade urbana: um desafio para as cidades brasileiras”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 11TEXTO I

Caminhamos hoje por mais uma das transições sociais que transformam a sociedade ao longo dos tempos. Para compreender este processo, é preciso não só entender as mudanças da própria sociedade, sejam estas no seu modo de agir, pensar e se rela-cionar, mas também a evolução dos dispositivos que propuseram e/ou fizeram parte dessas modificações. Entende-se, então, que as transformações sociais estão diretamente ligadas às transformações tecnológicas da qual a sociedade se apropria para se desenvolver e se manter. Novas concepções surgiram, novas práticas, ocupações, tudo mudou em tão pouco tempo. Fala-se em Sociedade Midiática, em Era Digital, Era do Computador; a sociedade passou a ser denominada não por aquilo que é ou pelos seus feitos, mas a partir dos instrumentos que passou a utilizar para evoluir.

Fonte: http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2007/resumos/R1533-1.pdf

TEXTO II

Com o rápido avanço da tecnologia, os seres humanos perdem, pouco a pouco, uma parte de sua liberdade, sem sequer se pre-ocuparem com isso, lamenta o filósofo francês Jean-Michel Besnier. Para esse professor de filosofia da Sorbonne, que se define como humanista, as pessoas deveriam se questionar sobre o tema para tentar pôr limites. “Estamos entrando em uma nova era de aceleração do progresso técnico e científico. A informática, matriz de todas essas mudanças, aplica-se a todos os âmbitos. Um avanço maior foi a descoberta, na década de 1960, da estrutura do DNA, que contém o patrimônio genético. Desde então, perce-be-se o ser humano como um suporte de informação. As nanotecnologias, a biotecnologia, a informática e as ciências cognitivas estão convergindo para tornar realidade objetos cada vez menores, sempre mais eficientes e inteligentes. Estamos cada vez mais cercados de máquinas que são pensadas para facilitar nossa vida. O carro autônomo, por exemplo, é pensando para melhorar a circulação, a segurança e para nos poupar tempo. Mas as pessoas podem se sentir cada vez mais privadas de iniciativa. Já não estamos encarregados de grande coisa e, no fim, já não somos responsáveis. Nós nos tornamos cada vez menos livres - portanto, menos morais - e nos comportamos cada vez mais como máquinas. Isso abre as portas para uma desumanização. Ser livre é aceitar a sorte, tomar riscos.

”Fonte: https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/tecnologia-deixa-homem-cada-vez-menos-livre-diz-filosofo-frances-19238566#ixzz594eyrJhj


REDAÇÃO


Tipo Textual

TEXTO III

Pela internet Gilberto Gil

Criar meu web site Fazer minha home-page Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse informar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve um oriki do meu velho orixá Ao porto de um disquete de um micro em Taipé Um barco que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré Que leve meu e-mail até Calcutá Depois de um hot-link Num site de Helsinque Para abastecer Eu quero entrar na rede Promover um debate Juntar via Internet Um grupo de tietes de Connecticut De Connecticut de acessar O chefe da Mac Milícia de Milão Um hacker mafioso acaba de soltar Um vírus para atacar os programas no Japão Eu quero entrar na rede para contactar Os lares do Nepal, os bares do Gabão Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular Que lá na praça Onze Tem um videopôquer para se jogar


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Impactos da tecnologia na sociedade contemporânea”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO IV



PROPOSTA 12TEXTO I

Conforme o relatório do primeiro Encontro Nacional Sobre População em Situação de Rua, organizado e realizado em 2005 pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome por meio da Secretaria Nacional de Assistência Social, a caracterização da população em situação de rua ficou definida como: grupo populacional heterogêneo, composto por pessoas com diferentes realidades, mas que têm em comum a condição de pobreza absoluta, vínculos interrompidos ou fragilizados e falta de habitação convencional regular, sendo compelido a utilizar a rua como espaço de moradia e sustento, por contingência temporária ou de forma permanente.

Fonte: adaptado de http://docplayer.com.br/3159793-Relatorio-do-i-encontro-nacional-sobre-populacao-em-situacao-de-rua.html

TEXTO II

O Brasil não conta com dados oficiais sobre a população em situação de rua. Esta ausência prejudica a implementação de políticas públicas voltadas para este contingente e reproduz a invisibilidade social da população de rua no âmbito das políticas sociais. Uma pesquisa publicada pelo Ipea com base em dados de 2015 projetou que o Brasil tem pouco mais de 100 mil pessoas vivendo nas ruas. O Texto para Discussão Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil aponta que os grandes municípios abrigavam, naquele ano, a maior parte dessa população. Das 101.854 pessoas em situação de rua, 40,1% estavam em municípios com mais de 900 mil habitantes e 77,02% habitavam municípios com mais de 100 mil pessoas. Já nos municípios menores, com até 10 mil habitantes, a porcentagem era bem menor: apenas 6,63%.··.

Fonte: adaptado de http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=29303

TEXTO III

O bicho Manuel Bandeira

Vi ontem um bicho Na imundice do pátio Catando comida entre os detritos.

Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade.

O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato.

O bicho, meu Deus, era um homem


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Pessoas em situação de rua no Brasil: uma questão social”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO IV

TEXTO IV


REDAÇÃO


Tipo Textual

PROPOSTA 13

TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I

A Constituição Federal de 1988 decreta o direito à vida. E para reforçar esse direito, a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, institui a legalidade sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fi ns de transplante e tratamento, caso seja de livre vontade e autorizada pelo doador ou seu familiar responsável. A doação de órgãos é livre. O artigo 2º da Lei nº 9.434 autoriza a realização do transplante de órgãos somente em estabelecimentos de saúde e médico-cirúrgicas de remoção e transplante per-mitidos pelo órgão de gestão nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). O doador deve decidir livremente sobre a sua vontade de realizar a doação e para isso deve ser bem informado. Para que esse direito seja exercido mesmo após a morte, cabe aos familiares saberem o desejo do doador e cabe ao potencial doador manifestar e expor essa vontade ainda em vida. Somente com o consen-timento dos familiares a doação de órgãos após a morte poderá ser realizada.

Fonte: adaptado de: https://blog.ipog.edu.br/gestao-e-negocios/transplantes-e-doacoes-de-orgaos/

TEXTO II

O número de órgãos doados é maior do que o número total de doadores porque, na maioria dos casos (65%), uma mesma pessoa doa mais de um órgão. Apesar da melhora nos indicadores, milhares de brasileiros ainda morrem enquanto esperam por um órgão no país. No primeiro semestre de 2017, 1.158 pessoas morreram na fi la. Os hospitais identifi caram 36,6 possíveis doadores para cada 1 milhão de pessoas, mas o número de pacientes que realmente tiveram seus órgãos doados foi de 16,2 a cada 1 milhão de pessoas.

Fonte:https://www.nexojornal.com.br/expresso


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafi os para a ampliação da doação de órgãos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO IV

TEXTO III



PROPOSTA 14

TEXTOS MOTIVADORES

TEXTO I

A Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens culturais de natureza material e imaterial. Nesses artigos da Constituição, reconhece-se a inclusão, no patrimônio a ser preservado pelo Estado em parceria com a sociedade, dos bens culturais que sejam referências dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.

Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: [...]

III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência.

BRASIL. Constituição Federal. Disponível em: http://www.cultura.gov.br. Acesso em: 05 de Junho 2018

TEXTO II

Os bens culturais de natureza imaterial dizem respeito àquelas práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares (como mercados, feiras e santuários que abrigam práticas culturais coletivas). O patrimônio imaterial é transmitido de geração a geração, constan-temente recriado pelas comunidades e grupos em função de seu ambiente, de sua interação com a natureza e de sua história, ge-rando um sentimento de identidade e continuidade, contribuindo para promover o respeito à diversidade cultural e à criatividade humana.

Disponível em: http://www.cultura.gov.br. Acesso em: 05 de Junho 2018

: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234

TEXTO III

O patrimônio material protegido pelo Iphan é composto por um conjunto de bens culturais classificados segundo sua natureza, conforme os quatro Livros do Tombo: arqueológico, paisagístico e etnográfico; histórico; belas artes; e das artes aplicadas. Os bens tombados de natureza material podem ser imóveis, como as cidades históricas, sítios arqueológicos e paisagísticos e bens indivi-duais; ou móveis, como coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.

Disponível em: http://www.cultura.gov.br. Acesso em: 05 de Junho 2018

: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/234

TEXTO IV

IPEA, 2010

IPEA, 2010


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A importância da valo-rização do patrimônio cultural brasileiro”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


REDAÇÃO


Tipo Textual

PROPOSTA 15 TEXTO I

A Lei nº 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resídu-os: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos. Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal e metropolitano e municipal.. (...)

Fonte: adaptado de http://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental/a3p/eixos-tematicos/gest%C3%A3o-adequada-dos-res%C3%ADduos (trecho)

TEXTO II

Dados da décima edição (2016) do estudo Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, realizado pela Associação Brasileira de Empre-sas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), indicam que a tarefa de acabar com os lixões até 2014, como prevê a Política Nacional de Resíduos Sólidos, está se revelando árdua para os municípios. Das 64 milhões de toneladas de resíduos gerados no ano passado, 24 milhões seguiram para destinos inadequados, como lixões. Isso equivale a 168 estados do Maracanã lotados de lixo, sendo que outras 6,2 milhões de toneladas sequer foram coletadas. Em média cada brasileiro gerou 383 kg de lixo por ano, um aumento de 1,3% de resíduos por habitante em relação a 2011. O Nordeste é a região que tem a maior quantidade de resíduos sem destinação adequada, encaminhando diariamente 65% do lixo coletado para lixões ou aterros controlados, os quais, do ponto de vista ambiental, pouco se diferenciam dos próprios lixões. Nos próximos slides, você confere a gestão de resíduos sólidos urbanos por Estado e no Distrito Federal.

Fonte: https://exame.abril.com.br/tecnologia/quanto-lixo-os-brasileiros-geram-por-dia-em-cada-estado/

TEXTO III

Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos de 2016, lançado pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).https://exame.abril.com.br/brasil/os-numeros-malcheirosos-da-gestao-de-lixo-no-brasil/




A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios da gestão de resíduos sólidos no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e

PROPOSTA 16TEXTO I

CAPÍTULO IDISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 4. A disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a promoção:

I - do direito de acesso à internet a todos; II - do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na vida cultural e na condução dos assuntos públicos; III - da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias e modelos de uso e acesso; e IV - da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a comunicação, a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e bases de dados.

BRASIL. LEI Nº 12.965 de 23 de abril de 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br.

TEXTO II

Os impactos sociais da informática, conquista da ciência e da tecnologia, são capazes de levar a uma transformação maior que a da máquina a vapor. Uma sociedade baseada cada vez mais na troca de valores simbólicos, do dinheiro à informação, vai mudar o eixo da economia, acabar com o conceito atual de trabalho, valorizar mais que tudo o conhecimento e a aprendizagem. Neste cenário, os excluídos serão cada vez mais excluídos - com o poder se concentrando nas esferas virtuais (com profundo controle nas esferas reais) - a não ser que se implementem eficazes e massivas ações para promover sua "inclusão digital".

FONTE:<http://www.cidec.futuro.usp.br/artigos/artigo6.html>

TEXTO III

TEXTO IV

relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


REDAÇÃO


Tipo Textual


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para a inclusão digital no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

DADOS: PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio) de 2014. Fonte: : https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/06/05/Se-a-internet-%C3%A9-uma-ferramenta-pol%C3%ADtica-como-ficam-os-desconectados

Fonte: https://wj132inclusaodigital.files.wordpress.com/2013/12/2.png?w=438&h=359

TEXTO IV



PROPOSTA 17 TEXTO I

A Organização das Nações Unidas (ONU), no Protocolo de Palermo (2003), define tráfico de pessoas como “o recrutamento, o trans-porte, a transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo-se à ameaça ou ao uso da força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de exploração”.

Fonte: http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/assuntos-fundiarios-trabalho-escravo-e-trafico-de-pessoas/trafico-de-pessoas

TEXTO IITexto III

De corpo franzino, os cabelos negros e lisos batendo na cintura, Carina, de 32 anos, não para de jogar os longos fios para a frente do corpo enquanto fala. “Eu prefiro eles curtos, mas uso assim para esconder essa cicatriz enorme, de quando tentaram me matar", justifica, mostrando uma marca feita a faca, que começa na orelha esquerda e vai até o pescoço. Carina, que aqui tem o verdadeiro nome trocado por questões de segurança, foi traficada para ser vítima de exploração sexual na Espanha, em 2004, e depois no Caribe, em 2010. A história dela se repete:

Levantamento do GLOBO nos 16 Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP), do Ministério da Justiça, aponta aumento de 8% de vítimas deste crime entre 2015 e 2016: pulou de 740 para 797 pessoas. Esses centros agem na prevenção ao crime e na assistência aos envolvidos.

Entre os grandes estados, o líder na origem das vítimas é Minas Gerais (de 112 para 432). Também houve altas em Paraná (de 4 para 57), Amazonas (de 1 para 9) e Ceará (de 4 para 5 vítimas), entre outros. Registraram queda São Paulo (de 249 para 96) e Goiás (de 310 para 116).

(...) Ainda que a quantidade dos envolvidos tenha aumentado, houve, no entanto, uma queda de 10% (de 163 para 146) no número de casos recebidos por esses núcleos. Para os coordenadores desses locais, a falta de recursos, a escassez de mão de obra e ainda a pouca divulgação do crime inviabilizam número maior de denúncias.

(...) O Itamaraty não comenta sobre as políticas de enfrentamento a este crime, mas diz que, pela natureza do fenômeno, é provável que esse número de vítimas “seja muito maior” porque, segundo o órgão, “elas raramente se veem como tal” e, de modo geral, “somente recorrem à ajuda do governo em casos extremos”. (...)

Fonte: http://www.politize.com.br/trafico-de-pessoas-no-brasil-e-no-mundo/

Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/vitimas-de-trafico-humano-aumentam-nos-dois-ultimos-anos-21213894#ixzz5QAPEOrlH


REDAÇÃO


Tipo Textual

Texto IV

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, na modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema “Caminhos para o com-bate ao tráfico de pessoas no Brasil”, apresentando proposta de intervenção social. Selecione, organize e relacione, de forma coer-ente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 18TEXTO I

Folclore, substantivo masculino1. conjunto de costumes, lendas, provérbios, manifestações artísticas em geral, preservado por um povo ou grupo populacional, por meio da tradição oral; populário.2. ciência das tradições, dos usos e da arte popular de um país ou região.Origem• ETIM ing. folk 'povo, nação, raça' + lore 'ato de ensinar, instrução, educação, lição'

TEXTO II Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão; II - os modos de criar, fazer e viver; III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

§ 1º O poder público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação. § 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem. § 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais. § 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na forma da lei. § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de reminiscências históricas dos antigos quilombos.

https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_216_.asp



TEXTO III

Para um país como o Brasil, em que a diversidade cultural é imensa, pode parecer estranho quando se fala na história dos nossos antepassados. Ainda mais se pensarmos na forma como ocorreu a formação da nossa sociedade, a partir das influências recebidas dos diferentes ciclos migratórios. Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade. A despeito da visão europeia, que ainda é predominante nos livros didáticos e paradidáticos, há outra corrente que defende que a história da humanidade seja contada com base em outros relatos e visões de mundo.

Disponível em: http://jornalggn.com.br/.

TEXTO IV


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Preservação do folclore em questão no Brasil, apresentando uma proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 19TEXTO I

Há sempre uma concepção de memória social implicada a escolha do que conservar e do que interrogar. Há nessa escolha, uma aposta, um penhor, uma intencionalidade quanto ao porvir. Tanto quanto o ato de recordar, nossa perspectiva conceitual põe em jogo um futuro, ela desenha um mundo possível, a vida que se quer viver e aquilo que se quer lembrar. O conceito de memória, produzido no presente, é uma maneira de pensar o passado em função do futuro que se almeja. Seja qual for a escolha teórica em que nos situemos, estaremos comprometidos éticos e politicamente

GONDAR, J; DODEBEI, V. O que é memória social?. Rio de Janeiro: Contracapa, 2005.

TEXTO II

O incêndio no Museu Nacional do Brasil foi um incêndio de grandes proporções que atingiu a sede do Museu Nacional na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, na noite de 2 de setembro de 2018, destruindo quase a totalidade do acervo histórico e científico con-struído ao longo de duzentos anos, e que abrangia cerca de vinte milhões de itens catalogados. Além do seu rico acervo, também o edifício histórico que abrigava o Museu, antiga residência oficial dos Imperadores do Brasil, foi extremamente danificado com rachaduras, desabamento de sua cobertura, além da queda de lajes internas. Aproximadamente 18,5 milhões (92.5 %) dos 20 mil-hões de itens do museu foram destruídos.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio_no_Museu_Nacional_do_Brasil_em_2018

TEXTO III

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu, em dezembro de 2010, o dia 24 de março como o Dia Internacional do Direito à Verdade. A motivação para a criação da data foi a importância em destacar um direito que está intimamente relacionado com o propósito nuclear dos direitos humanos: o respeito à dignidade humana. O direito à verdade refere-se a uma intenção da humani-dade em deixar evidentes os seus erros mais sombrios. A data escolhida homenageia particularmente o Arcebispo Oscar Romero, assassinado em El Salvador em 24 de março de 1980, por se recusar a ficar em silêncio perante a violência, os abusos e a injustiça.

http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2013/05/comissao-nacional-da-verdade-completa-um-ano-de-trabalhos-em-prol-dos-direitos-humanos


REDAÇÃO


Tipo Textual

TEXTO IV

A destruição do passado (....) é um dos fenômenos mais lúgubres do final do séc. XX. Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem relação com o passado público da época em que vivem. Por isso, os historiadores, cujo ofício é lembrar o que os outros esquecem, tornam-se mais importantes que nunca no fim do segundo milênio.

HOBSBAWN, E.. A Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991(trad. Marcos Santarrita). São Paulo: Cia das Letras,1995

TEXTO V

Quem construiu a Tebas de sete portas?Nos livros estão nomes de reis.Arrastaram eles os blocos de pedra?E a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes?Em que casas da Lima dourada moravam os construtores?Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralhada China ficou pronta?A grande Roma está cheia de arcos do triunfo.Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares?

BRECHT, B. Perguntas de um trabalhador que lê.


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redi-ja um texto dissertativo-argumentativo, na modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema “A importância da memória na construção da cidadania”, apresentando proposta de intervenção social. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA 20TEXTO I

“Se meus versos de amor não chegam até você, é porque estão presos na Marginal Tietê. Se meus versos de amor não chegam inteiros, é porque se acidentaram na Marginal Pinheiros.” É com poemas como esse que os Poetas Ambulantes transformam a experiência dos passageiros de ônibus, trens e metrôs da cidade de São Paulo. Infelizmente, a rima não foge às estatísticas. Em 2017, 883 pessoas não chegaram aos seus destinos e morreram nas vias paulistanas, segundo dados do governo estadual. Mais difícil de quantificar, porém, é o número de cidadãos que adoecem todo ano por causa do trânsito, da poluição e da sensação de insegurança típicas de uma grande metrópole (...), cenário que ainda conta com mudanças climáticas e falta de saneamento e infraestrutura adequada.

Fonte: https://saude.abril.com.br/bem-estar/os-problemas-de-saude-que-atingem-as-grandes-cidades/

TEXTO II

Um levantamento feito pela Secretaria de Estado da Saúde aponta que, em média, 106 pessoas são internadas por dia em hospitais públicos no estado de São Paulo com AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou AVE (Acidente Vascular Encefálico). Segundo a Secretar-ia, houve 38,9 mil internações por AVC no SUS (Sistema Único de Saúde) paulista em 2010, número acima das 36,1 mil registradas no ano anterior. Um dos motivos apontados pelos líderes da pesquisa é o estilo de vida urbano atual, que faz com que as pessoas sejam mais estressadas, sedentárias, consumam alimentos ricos em gorduras, fiquem acima do peso e desenvolvam pressão alta e diabetes antes do que acontecia antigamente.

Fonte: https://www.minhavida.com.br/saude/noticias/13797-rotina-nas-grandes-cidades-aumenta-as-chances-de-avc

TEXTO III

O estudo “Tipologia Intraurbana: Espaços de diferenciação socioeconômica nas Concentrações Urbanas do Brasil”, do IBGE (Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatística), analisa concentrações urbanas com mais de 300 mil habitantes do Brasil para traçar um perfil das condições de vida nas cidades. A pesquisa usa dados do Censo de 2010 para 13 variáveis socioeconômicas diferentes, como: saneamento básico, grau de instrução, rendimento domiciliar, domicílios com internet, domicílios de alvenaria, densidade domiciliar. E, a partir delas, classifica as diferentes áreas das cidades de acordo com a seguinte escala:



Fonte: https://www.nexojornal.com.br/grafico/2018/01/17/Quais-capitais-brasileiras-t%C3%AAm-as-melhores-e-piores-condi%C3%A7%C3%B5es-de-vida

TEXTO IVNão existe amor em SPCriolo Nó na orelha (2011)

Não existe amor em SP Um labirinto místico Onde os grafites gritam Não dá pra descrever Numa linda frase De um postal tão doce Cuidado com doce São Paulo é um buquê Buquês são flores mortas Num lindo arranjo Arranjo lindo feito pra vocêNão existe amor em SP Os bares estão cheios de almas tão vazias A ganância vibra, a vaidade excita Devolva minha vida e morra afogada em seu próprio mar de fel Aqui ninguém vai pro céu


A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, na modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema Caminhos para a garantia da qualidade de vida nos centros urbanos brasileiros, apresentando proposta de intervenção social. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


REDAÇÃO


Tipo Textual

Referências

ANTUNES, I. Língua, texto e ensino – outra escola possível. São Paulo: Parábola, 2009.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

COROA, M. L. M. S. Coerência Textual – Unidade 18 – TP 5 – Estilística, Coerência e Coesão. Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II. DIPRO/ FNDE/ MEC. 2008a.

_______________. Tipos Textuais – Unidade 11 – TP 3 – Gêneros e Tipos Textuais. Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar – GESTAR II. DIPRO/FNDE/MEC. 2008b.

DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita. In: ______. Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004.

GONZAGA, Elen de Sousa. “Seleção e Avaliação de Argumentos” in: Textos dissertativo-argumentativos: subsídios para qualificação de avaliadores / Lucília Helena do Carmo Garcez, Vilma Reche Corrêa, organizadoras. – Brasília: Cebraspe, 2016.

KLEIMAN, A. B. Letramento e formação do professor: quais as práticas e exigências no local de trabalho? In: ____________ (Org.). A formação do professor: perspectivas da linguística aplicada. Campinas: Mercado de Letras, 2001.

KOCH, I. Introdução à Linguística Textual. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

KOCH, Ingedore. Principais mecanismos de Coesão Textual em Português. Campinas: Cadernos de Estudos Linguísticos/UNICAMP. v. 15, pp. 73-80, 1988.

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KOCH, Ingedore; TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. 18. ed. São Paulo: Contexto, 2013.

ARCUSCHI, L. A. Oralidade e ensino de língua: uma questão pouco “falada”. In: DIONÍSIO, A. P.; BEZERRA, M. A. (Orgs.). O livro didático de português. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002a.

__________. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. P.; BEZERRA, M. A. (Orgs.). O livro didático de português. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002a.

MARCUSCHI, Luis Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008, p. 155.

POSSENTI, S. Indícios de autoria. Perspectiva, Florianópolis, v. 20, n.1, jan./jun. 2002.

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Percurso - Enem - Redação 2019