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República de Moçambique
Ministério da Administração Estatal
Edição 2014
PERFIL DO DISTRITO DE MOMA
PROVÍNCIA DE NAMPULA
ERATI
MOMA
RIBAUE MALEMA
MECUBURI MEMBA
LALAUA MUECATE
NAMPULA
MONAPO
MECONTA MOGINCUAL
MOGOVOLAS
NACAROA
MOSSURIL
ANGOCHE
MURRUPULA
NACALA-A-VELHA NACALA
ANGOCHE
CIDADE_DE_NAMPULA
Moma
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A informação incluída nesta publicação provém de fontes consideradas fiáveis e tem uma natureza informativa.
Copyright © 2012 Ministério da Administração Estatal
Todos os direitos reservados.
Publicado por
MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL
Direcção Nacional de Administração Local
Maputo - Moçambique
Primeira edição, primeira impressão 2012
Esta publicação está disponível na Internet em http://www.portaldogoverno.gov.mz
Moma
Índice ________________________________________________________________________________________________
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Índice
Prefácio v
Siglas e Abreviaturas vii
1 Breve Caracterização do Distrito 1 1.1 Localização, Superfície e População 1 1.2 Clima, Relevo e Solos 1 1.3 Recursos Naturais 2 1.4 Infraestruturas 3 1.5 Economia e Serviços 4 1.6 História, Cultura e Sociedade 5
2 Demografia 7 2.1 Estrutura etária e por sexo 7 2.2 Traço sociológico 8 2.3 Analfabetismo e Escolarização 9
3 Habitação e Condições de Vida 10
4 Organização Administrativa e Governação 14 4.1 Governo Distrital 14 4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais 17 4.2.1 Secretaria Distrital 17 4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas 17 4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia 18 4.2.3.1 Educação 19 4.2.3.2 Cultura 21 4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social 22 4.2.4.1 Saúde 22 4.2.4.2 Acção Social 23 4.2.4.3 Género 25 4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas 28 4.2.5.1 Ordenamento Territorial 28 4.2.5.2 Infraestruturas 28 4.3 Finanças Públicas e Investimento 29 4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública 32 4.5 Constrangimentos e Perspectivas 32
5 Actividade Económica 33 5.1 População economicamente activa 33 5.2 Pobreza e Segurança Alimentar 36 5.3 Infraestruturas de base 37 5.4 Uso e Cobertura da Terra 38 5.5 Sector Agrário 41
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Índice ________________________________________________________________________________________________
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5.5.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo 41 5.5.2 Pecuária 42 5.5.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia 43 5.6 Indústria, Comércio e Serviços 43
6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local 44 6.1 Visão 44 6.2 Problemas e Potencialidades 44 6.3 Objectivos estratégicos específicos 45
Lista de quadros Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012 7 Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento 7 Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão 8 Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico 8 Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil 8 Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo 8 Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português 9 Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 9 Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade 10 Quadro 10. Tipo de habitações 10 Quadro 11. Habitações segundo o material de construção 11 Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia 13 Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis 13 Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar 19 Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino 19 Quadro 16. Taxas de escolarização 20 Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2013 20 Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído 21 Quadro 19. Indicadores de cuidados de saúde, 2013 22 Quadro 20. Quadro epidemiológico 23 Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007 23 Quadro 22. População deficiente, 2007 24 Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa 24 Quadro 24. Subsídio de alimentos 25 Quadro 25. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais) 26 Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT) 30 Quadro 27. Projectos de iniciativa local financiados 30 Quadro 28. Sector económico do investimento local 30 Quadro 29. Investimento local em infraestruturas escolares 31 Quadro 30. Fundo de Investimentos 31
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Quadro 31. População segundo a condição de actividade 33 Quadro 32. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 34 Quadro 33. População activa, ocupação e ramo de actividade, 2007 35 Quadro 34. Fontes de água 37 Quadro 35. Uso e Cobertura da Terra 38 Quadro 36. Produção agrícola, por principais culturas: 2011-2012 42 Quadro 37. Efectivo pecuário 42 Quadro 38. Produção na pesca artesanal (toneladas) 43
Lista de figuras
Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna ........................................... 9 Figura 2. Tipo de habitações ................................................................................................. 11 Figura 3. Habitações segundo o material de construção .................................................. 12 Figura 4. Habitações e condições básicas existentes ......................................................... 12 Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado ......................... 19 Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído ........................... 21 Figura 7. Indicadores de escolarização por sexos .............................................................. 26 Figura 8. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo ............................. 27 Figura 9. População segundo a posição no trabalho e sexo ............................................. 27 Figura 10. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade ................................. 34 Figura 11. População activa, segundo a ocupação principal ............................................ 35 Figura 12. População activa, segundo o ramo de actividade ............................................ 36 Figura 13. Explorações segundo a sua utilização ............................................................... 40 Figura 14. Explorações por classes de área cultivada ........................................................ 40
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Siglas e Abreviaturas
APEs Agentes Polivalentes Elementares
BCI Banco Comercial e de Investimentos
BIM Banco Internacional de Moçambique
CDPRM Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique
CENACARTA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção
CFM Caminhos de Ferro de Moçambique
CGRN Comité de gestão de recursos naturais
CISM Centro de Investigação em Saúde da Malária
CL’s Conselhos Locais
CNCS Conselho Nacional de Combate ao SIDA
COVs Crianças Órfãs e Vulneráveis
DNAL Direcção Nacional da Administração Local
DNPO Direcção Nacional do Plano e Orçamento
DPOPH Direcção Provincial de Obras Públicas e Habitação
DPPF Direcção Provincial do Plano e Finanças
DPS Direcção Provincial de Saúde
DTS Doença de Transmissão Sexual
EDM Electricidade de Moçambique
EN Estrada Nacional
EN1 Estrada Nacional nº 1
EP1 Ensino Primário do 1º Grau
EP2 Ensino Primário do 2º Grau
EPC Escola Primária Completa
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ESG1 Ensino Secundário Geral do 1º ciclo
ESG2 Ensino Secundário Geral do 2º ciclo
ET Ensino Técnico
FDD Fundo de Desenvolvimento Distrital
GD Governo Distrital
IAF Inquérito aos agregados familiares, sobre o orçamento familiar
IFP Instituto de Formação de Professores
INE Instituto Nacional de Estatística
IPCC’s Instituições de participação e consulta comunitária
ITS’s Infecções de Transmissão Sexual
LOLE Lei dos Órgãos Locais do Estado
MAE Ministério da Administração Estatal
Mcel Moçambique Celular
MF Ministério das Finanças
MINAG Ministério da Agricultura
MPD Ministério da Planificação e Desenvolvimento
ONGs Organizações Não Governamentais
ORAM Organização de Ajuda Mútua
PA Posto Administrativo
PARPA Plano de Acção Para Redução da Pobreza Absoluta
PEDD Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas
PQG Programa Quinquenal do Governo
PRM Polícia da República de Moçambique
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PSAA Pequeno Sistema de Abastecimento de Água
SD Secretaria Distrital
SDAE Serviço Distrital de Actividades Económicas
SDEJT Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
SDPI Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas
SDSMAS Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
SIFAP Sistema de Formação em Administração Pública
STV Soico Televisão
TDM Telecomunicações de Moçambique
VODACOM Operadora de telefonia móvel
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1 Breve Caracterização do Distrito
1.1 Localização, Superfície e População
O distrito de Moma está localizado na parte Sul da província de Nampula, confinando a
Norte com o distrito de Mogovolas, a Sul com o Oceano Índico, a Este com o distrito de
Angoche e a Oeste com os distritos de Pebane e Gilé da Zambézia.
A superfície do distrito1 é de 5.774 km2 e a sua população está estimada em 350 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 60,6
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 388 mil habitantes.
A relação de dependência económica potencial é de aproximadamente 1:1.1, isto é, por cada
10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa. A população é jovem (46%,
abaixo dos 15 anos de idade), maioritariamente feminina (taxa de masculinidade de 50%) e
de matriz rural (taxa de urbanização de 7%).
1.2 Clima, Relevo e Solos
A região compreendida pela faixa costeira apresenta um clima do tipo sub-húmido seco,
onde a precipitação média anual varia entre 800 e 1000 mm (Mossuril) e, a temperatura
média durante o período de crescimento das culturas excede os 25ºC (24 a 26ºC). A
evapotranspiração potencial é da ordem dos 1400 a 1600 mm.
O norte de Nampula (Memba) apresenta valores médios anuais de precipitação mais baixos,
entre os 600 e 800 mm. A baixa pluviosidade associada à temperatura elevada resulta numa
deficiência de água crítica para a produção agrícola através da ocorrência de secas frequentes
e sub-períodos secos durante o período de crescimento.
Mais para sul e em direcção á região costeira do norte da Zambézia, incluindo os distritos
costeiros de Angoche e Moma na província de Nampula, a precipitação média anual volta
aos valores entre 800 e 1000 mm, embora a evapotranspiração potencial seja superior aos
1500 mm e a temperatura em regra superior a 24ºC.
As planícies costeiras na região são dissecadas por alguns rios que sobem da costa para o
interior, gradualmente passando para um relevo mais dissecado com encostas mais
1 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
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declivosas intermédias, da zona subplanáltica de transição para a zona litoral. Esta zona
corresponde à área costeira da província.
Caracteriza-se pelos seus solos arenosos, lavados a moderadamente lavados,
predominantemente amarelos a castanho-acinzentados, quer seja os da cobertura arenosa do
interior (Ferralic Arenosols), quer seja os das dunas arenosas costeiras (Haplic Arenosols), e
ainda pelos solos da faixa do grés costeiro, de textura arenosa a franco argilo arenosa de cor
alaranjada (Ferralic Arenosols). Os solos arenosos hidromórficos de depressões e baixas
ocorrem alternados com as partes de terreno mais elevadas (Gleyic Arenosols).
1.3 Recursos Naturais
A fauna bravia está, hoje, fracamente representada. De facto, muitas das espécies que
outrora constituíam o potencial faunístico do distrito, nomeadamente, leões, elefantes,
rinocerontes, búfalos, zebras, vários tipos de antílopes, porcos-bravos, estão praticamente
extintas, sendo que a prática sistemática de queimadas descontroladas, o desenvolvimento
descontrolado de actividades económicas e sociais e o uso de armas de fogo terão ditado a
extinção das referidas espécies. Actualmente, a fauna do distrito comporta apenas gazelas,
alguns antílopes e porcos-bravos, hipopótamos, macacos, répteis, coelhos, roedores e aves
diversas.
As areias pesadas representam o minério com peso económico mais significativo e com
larga perspectiva de desenvolvimento. As mesmas localizam-se na zona de Thopuitho no
Posto Administrativo de Larde, estando a ser exploradas pela KENMAR, a empresa
concessionária.
Outros minérios importantes, do ponto de vista económico, existentes no Distrito de
Moma, são as pedras semipreciosas e o ouro, que podem ser encontrados no Posto
Administrativo de Chalaua, nas zonas de Mavuco e Piqueira, respectivamente.
Sendo Moma um distrito onde o acesso à energia eléctrica é quase nulo, é compreensível
que a população viva unicamente do carvão e da lenha, como alternativas para a confecção
dos seus alimentos e necessidades afins. Este facto conduz, obviamente, a uma situação de
exploração contínua da lenha e carvão o que, quando se associa à ausência prevalecente de
um programa específico de reposição florestal, gera implicações ambientais altamente
negativas.
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No domínio da construção de casas para habitação, onde o modelo de pau-a-pique é o mais
comum, particularmente nas regiões do interior, o corte sistemático de árvores acaba
contribuindo, sobremaneira, para o depauperamento das florestas e, consequentemente, do
meio ambiente, para além de criar condições permissivas à erosão e tendências de
desertificação no campo.
1.4 Infraestruturas
O Distrito conta com uma rede rodoviária de 597,7 km de estradas, sendo 310,7 km de
estradas classificadas e 285 km de estradas não classificadas, dos quais 387,7 km são
transitáveis.
Em termos de frota de transportes colectivos de passageiros o Distrito de Moma conta com
os transportadores abulantes provenientes da Cidade de Nampula praticando a rota Moma-
Nametil-Nampula.
O Distrito tem 12 postos rádios, que permitem a comunicação entre a Sede do Distrito e os
Postos Administrativos, Unidades Sanitárias periféricas e outros pontos da Província.
O Distrito é coberto por 3 redes de telefonia móvel que operam na Província com
cobertura total. Também possui uma rede de telefonia fixa das (TDM) na sede do distrito e
em Topuitho.
O Distrito beneficia da Energia Eléctrica de Cahora Bassa que abastece dois (3) Postos
Administrativos, designadamente Larde, Moma-Sede e Chalaua.
O distrito possui 142 escolas (das quais, 98 do ensino primário nível 1, 40 do ensino
primário nível 2, 3 do ensino Secundario nível 1 e 1 do ensino Secundário nível 2) e está
servido por 15 unidades sanitárias, que possibilitam o acesso progressivo da população aos
serviços do Sistema Nacional de Saúde, apesar de a um nível bastante insuficiente.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitabilidade.
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1.5 Economia e Serviços
A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares.
Existem pequenas infraestruturas de rega com capacidade para fazer irrigação de superfície e
represas com potencial para irrigar pequenas áreas agrícolas (Localidade de M´pago).
De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações
familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
A faixa costeira é dominada pelo sistema de produção baseado na cultura da mandioca,
consociada com leguminosas de grão como o feijão nhemba e o amendoim.
O arroz de sequeiro é a cultura produzida nas planícies aluvionares dos principais rios que
drenam a costa e planícies estuarinas, sendo normalmente produzidos em bacias de
inundação preparadas para o efeito. Há ainda a referir a importância do coqueiro e do
cajueiro no sistema de produção da zona costeira, quer como um produto que garante a
segurança alimentar ou como fonte de rendimento para as famílias rurais.
O sistema agro-silvícola do cajú é o mais representativo chegando mesmo a ser dominante.
A consociação mais importante do caju compreende culturas como a mandioca e milho,
seguindo o padrão tradicional de rotação e pousio de médio e longo prazo, dependendo
bastante da idade dos cajueiros e sua produtividade. Uma particularidade da zona é que
praticamente toda a mandioca fica dentro da zona do cajueiro. O coqueiro na província
apresenta uma distribuição alargada para o interior.
Na presente campanha agrícola 2011/2012, foram planificados 110.418,9 hectares de
culturas diversas, contra 98.956,8 hectares de 2010/2011, representando um crescimento de
3,7% e um grau de realização de 92,9% em relação à área planificada, sendo 24.976,8 ha de
cereais, 18.133 ha de leguminosas e 57.600,4 ha de raízes e tubérculos.
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
É grande o potencial comercial das madeiras nativas como o jambire e a umbila, e Moma
tem grande potencial madeireiro. A madeira não é muito utilizada como material de
construção. A lenha é a fonte de energia mais utilizada.
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A caça e a pesca são um suplemento dietético para as famílias. Os animais mais caçados são
o cudo, o xipenhe, o porco-do-mato, a galinha-do-mato e a perdiz. A proximidade do litoral
e a existência de rios e lagos, faz da pesca uma actividade de rendimento importante para as
famílias, bem como uma fonte suplementar de alimento.
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
Apesar do seu afastamento em relação a centros urbanos importantes, o distrito de Moma já
efectua trocas comerciais com outros mercados da região. Os habitantes do distrito
deslocam-se aos distritos vizinhos, e também às cidades de Nampula e Angoche, para
comprar comida, sendo também comum virem ao distrito comerciantes da capital
provincial, de Pemba e mesmo da Tanzânia, para comprar os produtos locais.
1.6 História, Cultura e Sociedade
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital.
No Distrito funcionam 4 Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos
pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes
envolvem os membros dos 14 Conselhos Consultivos de Localidade.
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do
PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,
bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local, e
projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são
submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.
No âmbito da implementação do Decreto 15/2000 sobre as autoridades comunitárias, de
acordo com as entidades distritais, foi levado a cabo um trabalho de divulgação do mesmo
em todos os Postos Administrativos, Localidades, Aldeias e Povoações, tendo sido
envolvidas todas as camadas sociais. Este trabalho culminou com a legitimação pelas
respectivas comunidades dos Líderes Comunitários e com o seu reconhecimento pela
autoridade competente.
A relação entre a Administração e as autoridades comunitárias é positiva e tem contribuído
para a solução dos vários problemas locais, nomeadamente os surgidos devido aos conflitos
de terras existentes no distrito.
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A população, devidamente mobilizada pelas autoridades comunitárias, participa activamente
na abertura de estradas terciárias, que tem facilitado o escoamento dos excedentes agrícolas,
na construção de escolas com material precário, casas para alguns Presidentes das
Localidades e enfermeiros, na conservação de fontes de água, na denúncia de malfeitores e
na localização de terrenos para vários fins socioeconómicos e culturais, sempre que
necessário.
A religião dominante é a Muçulmana, praticada pela maioria da população do distrito.
Existem outras crenças no distrito, sendo prática corrente que os representantes das
hierarquias religiosas se envolvam, em coordenação com as autoridades distritais, em várias
actividades de índole social.
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2 Demografia222 A superfície do distrito3 é de 5.774 km2 e a sua população está estimada em 350 mil
habitantes à data de 1/7/2012. Com uma densidade populacional aproximada de 60,6
hab/km2, prevê-se que o distrito em 2020 venha a atingir os 388 mil habitantes.
2.1 Estrutura etária e por sexo A estrutura etária do distrito reflecte uma relação de dependência económica de 1:1.1, isto é,
por cada 10 crianças ou anciões existem 11 pessoas em idade activa. Com uma população
jovem (45%, abaixo dos 15 anos), tem um índice de masculinidade de 102% (por cada 100
pessoas do sexo feminino existem 102 do masculino) e uma taxa de urbanização do distrito
é de 8%, concentrada na Vila de Moma.
Quadro 1. População por posto administrativo, 1/7/2012
TOTAL Grupos etários
0 - 4 5 - 14 15 - 44 45 - 64 65 e mais Distrito de Moma 349,864 58,812 97,803 146,816 35,499 10,934 Homens 176,570 29,812 50,292 70,898 19,162 6,405 Mulheres 173,295 29,000 47,511 75,919 16,337 4,529 P.A. de Macone Sede 185,345 30,849 52,120 78,032 18,550 5,795 Homens 93,603 15,707 27,056 37,228 10,181 3,431 Mulheres 91,747 15,144 25,062 40,798 8,380 2,363 P. A. de Chalaua 87,075 14,441 24,028 36,871 9,189 2,545 Homens 44,586 7,349 12,361 18,622 4,810 1,446 Mulheres 42,492 7,094 11,667 18,260 4,370 1,101 P. A. de Larde 44,448 7,810 12,157 18,637 4,412 1,431 Homens 21,813 3,758 6,067 8,760 2,405 823 Mulheres 22,626 4,043 6,092 9,874 2,009 609 P. A. de Mucuali 32,997 5,712 9,497 13,276 3,348 1,164 Homens 16,567 2,998 4,808 6,287 1,767 706 Mulheres 16,430 2,719 4,690 6,987 1,578 456 Fonte : INE, Dados do Censo de 2007. Das pessoas residentes no distrito, 95% nasceram no próprio distrito, o que denota fluxos
de migração baixos.
Quadro 2. Pessoas residentes no distrito, segundo o local de nascimento
Local de Nascimento
No próprio distrito
Noutro distrito da mesma província
Noutra Província
Total 95.2% 4.1% 0.8% -‐ Homens 95.0% 4.2% 0.9% -‐ Mulheres 95.4% 3.9% 0.7%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
2 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 3 Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção http://www.cenacarta.com
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2.2 Traço sociológico
Das 87 mil famílias4 do distrito, o tipo sociológico familiar principal é o nuclear com filhos
(39%), isto é, com um ou mais parentes para além de filhos e têm, em média, 3.6 membros.
Quadro 3. Agregados familiares, segundo a dimensão % de agregados, por dimensão
1 - 2 3 - 5 6 e mais
31.7% 52.9% 15.4% Fonte : INE, Dados do Censo de 2007 e Pro je c ções g lobais da população .
Quadro 4. Agregados familiares, segundo o tipo sociológico TIPO SOCIOLÓGICO DE AGREGADO FAMILIAR
Unipessoal Monoparental (1) Nuclear
Alargado (2) Masculino Feminino Com filhos Sem filhos
12.1% 1.9% 6.8% 39.2% 12.7% 27.3%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. 1) Família com um dos pais. 2) Família nuclear ou monoparental com ou sem filhos e um ou mais parentes.
Na sua maioria casados após os 12 anos de idade, têm crença religiosa, dominada pela
religião Islâmica.
Quadro 5. Distribuição da população, segundo o estado civil Com 12 anos ou mais, por Estado civil
Total Solteiro Casado ou
união Separado/ Divorciado Viúvo
100.0% 22.8% 68.6% 5.2% 3.4%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007. Tendo o Emakhuwa como língua materna dominante, constata-se que 31% da população do
distrito (com 5 ou mais anos de idade) tem conhecimento da língua portuguesa, sendo este
domínio predominante nos homens, dada a sua maior inserção na vida escolar e no
mercado de trabalho.
Quadro 6. População com 5 anos ou mais, por língua materna e sexo
TOTAL GRUPO ETÁRIO
5 - 9 10 - 14 15 - 19 20 - 44 45 e mais TOTAL 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% Emakhuwa 94.6% 96.7% 94.2% 93.4% 92.3% 94.4% Elomwe 0.2% 0.1% 0.1% 0.2% 0.3% 0.3% Português 3.1% 1.3% 4.1% 4.6% 4.0% 3.0% Outras 2.1% 1.9% 1.6% 1.7% 3.4% 2.2%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca – Censo de 2007.
4 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007.
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Figura 1. População com 5 anos ou mais, por língua materna
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Quadro 7. População de 5 anos ou mais e conhecimento de Português
Sabe falar Português Não sabe falar Português
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 30.7% 42.2% 19.1% 69.3% 57.8% 80.9%
5 - 9 anos 11.4% 12.7% 10.2% 88.6% 87.3% 89.8%
10 - 14 anos 38.3% 41.9% 34.2% 61.7% 58.1% 65.8%
15 - 44 anos 47.3% 62.4% 33.3% 52.7% 37.6% 66.7%
45 anos ou mais 33.3% 50.7% 16.2% 66.7% 49.3% 83.8%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca .
2.3 Analfabetismo e Escolarização
Com 31% da população alfabetizada, predominantemente homens, o distrito tem uma taxa
de escolarização normal, constatando-se que 43% dos seus habitantes declararam no Censo
2007 que frequentavam ou já frequentaram antes a escola, ainda que maioritariamente
somente até ao nível primário.
Quadro 8. População com 15 ou mais anos, e alfabetização, 2012 Taxa de analfabetismo
TOTAL Homens Mulheres
Total 68.8% 52.0% 85.1% 15 - 19 anos 55.4% 39.5% 70.2% 20 - 24 anos 65.3% 45.6% 80.9% 25 - 29 anos 70.9% 52.2% 86.5% 30 - 44 anos 69.2% 51.2% 87.7% 45 anos ou mais 78.4% 64.0% 95.4%
P.A. de Macone Sede 66.9% 50.0% 83.2% P. A. de Chalaua 69.3% 52.7% 86.2% P. A. de Larde 73.9% 58.1% 88.9%
P. A. de Mucuali 71.1% 53.2% 88.1%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Emakhuwa, 94,6%
Elomwe, 0,2% Português,
3,1%
Outras, 2,1%
Moma
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3 Habitação e Condições de Vida555 As características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e
o acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do
nível de vida das famílias. As características do parque habitacional duma sociedade
constituem um indicador bastante relevante do nível de desenvolvimento socioeconómico.
Quadro 9. Habitações segundo o regime de propriedade
Total de Habitações 100.0% -‐ Próprias 94.9% -‐ Alugadas 0.7% -‐ Cedidas ou emprestadas 3.1% -‐ Outro regime 1.3%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A maioria (95%) das cerca de 87 mil habitações6 existentes no distrito são de propriedade
própria. O tipo de habitação dominante é a palhota (97%). A casa mista, que é um tipo de
habitação que combina materiais de construção duráveis e materiais de origem vegetal,
representa 2% do parque habitacional do distrito.
Quadro 10. Tipo de habitações
Casa convencional7 ou apartamento8 0.4% Casa mista9 1.9% Casa básica10 0.6% Palhota11, casa improvisada12 e outras 97.1% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
5 Os dados demográficos e da habitação, excepto nota contrária, estão referidos a 1/8/2007, última data censitária. 6 Estimativa para 2012 a partir das projecções da população do Censo de 2007. 7Casa convencional - é uma unidade habitacional unifamiliar que tenha quarto(s), casa de banho, cozinha dentro de casa, e
construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Pode ser de rés-do-chão,
mais de 1 ou 2 pisos. 8Flat/apartamento - é uma unidade habitacional que tenha quarto(s) casa de banho, cozinha pertencente a uma unidade
habitacional multifamiliar com 1 ou mais pisos podendo ser de um bloco ou conjunto de blocos. 9Casa mista – é uma casa construída com materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão),
materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc.) e adobe. 10Casa básica – é uma unidade habitacional que só tem quarto(s) e não tem casa de banho e ou cozinha, sendo construída com
materiais duráveis (bloco de cimento, tijolo, chapa de zinco/lusalite, telha/lage de betão). Inclui-se nesta categoria o conjunto de
quartos geminados (casa comboio) que utilizam os mesmos serviços (casa de banho, cozinha e água). 11Palhota – é uma casa cujo material predominante na construção é de origem vegetal (capim, palha, palmeira, colmo, bambu,
caniço, adobe, paus maticados, etc.). 12Casa improvisada – são habitações construídas com material improvisado e precário, tal como papel, saco, cartão,, latas, cascas de
árvores, etc.
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Figura 2. Tipo de habitações
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Apesar de as condições de habitação serem diferentes entre as zonas urbanas e rurais do
distrito, verifica-se um padrão comum dos materiais de construção caracterizado por:
• O principal material usado nas paredes das casas é o bloco de adobe (63%);
• O principal material usado na cobertura das casas é capim ou palha (97%); e
• O principal material usado no pavimento das casas é adobe (82%).
Quadro 11. Habitações segundo o material de construção
Em % Total Urbano Rural Paredes 100.0% 100.0% 100.0% -‐ Blocos de cimento ou tijolo 1.1% 3.6% 0.9% -‐ Blocos de adobe 63.3% 64.3% 63.3% -‐ Caniço / Paus 35.1% 31.8% 35.4% -‐ Madeira / Zinco 0.0% 0.0% 0.0% -‐ Outro material 0.5% 0.2% 0.5% Cobertura 100.0% 100.0% 100.0% -‐ Chapas ou telhas 2.5% 5.6% 2.2% -‐ Laje de betão 0.2% 0.6% 0.1% -‐ Capim ou outro material 97.3% 93.8% 97.6% Pavimento 100.0% 100.0% 100.0% -‐ Cimento, parquet ou mosaico 3.3% 9.2% 2.8% -‐ Adobe 82.0% 81.8% 82.0% -‐ Sem nada 14.7% 9.0% 15.2%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Casa convencional
ou Apartamento ,
0,4%
Casa mista , 1,9%
Casa básica , 0,6%
Palhota , 97,1%
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Figura 3. Habitações segundo o material de construção
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
O gráfico e quadro seguintes mostram a distribuição percentual das habitações segundo o
grau de acesso aos serviços básicos.
• A principal fonte de energia usada pelas famílias é o petróleo (90%);
• Cerca de 16% das famílias tem acesso a fontes de água potável13; e
• Cerca de 2% das famílias usam sistemas de saneamento melhorados14.
Figura 4. Habitações e condições básicas existentes
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
13Água canalizada (dentro e fora da casa), fontenário e poço/furo protegido c/ bomba. 14Retrete ligada a fossa séptica, Latrina melhorada e Latrina tradicional melhorada.
1,1%
63,3%
35,1%
0,0% 2,5%
97,3%
3,3%
82,0%
14,7%
Casas com energia
eléctrica, 0,6%
Casas que usam fontes de água potável, 16,2%
Casas com sistemas de saneamento melhorados,
1,9%
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Quadro 12. Habitações, água, saneamento e energia
HABITAÇÕES E CONDIÇÕES BÁSICAS EXISTENTES TOTAL Casa convencional
Casa mista
Casa básica Palhota
ENERGIA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Electricidade 0.4 3.2 1.1 1.5 0.4 Gerador/placa solar 0.4 10.2 3.6 6.9 0.2 Gás 0.0 0.0 0.0 0.5 0.0 Petróleo/parafina/querosene 89.8 75.5 89.9 66.8 90.0 Velas 0.7 4.7 1.4 6.7 0.7 Baterias 0.5 1.5 0.8 2.0 0.5 Lenha 7.1 3.8 3.0 15.5 7.1 Outras 1.0 1.2 0.2 0.1 1.0 ÁGUA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Água canalizada 0.3 33.2 0.3 0.3 0.2 - dentro da casa 0.1 32.4 0.1 0.0 0.0 - fora de casa 0.2 0.9 0.3 0.3 0.2 Não-canalizada 99.7 66.8 99.7 99.7 99.8 - fontenário 3.4 6.7 4.3 21.5 3.2 - poço/furo protegido c/ bomba 13.9 16.9 23.5 12.8 13.7 - poço sem bomba 74.0 39.4 66.7 57.9 74.4 - rio/lago/lagoa 7.8 3.2 4.8 4.2 7.9 - chuva 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 - mineral 0.1 0.6 0.2 3.2 0.1 - outros 0.4 0.0 0.2 0.1 0.4 SANEAMENTO 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 Retrete ligada a fossa séptica 0.2 12.2 0.5 6.6 0.1 Latrina melhorada 0.6 8.5 1.7 8.6 0.5 Latrina tradicional melhorada 0.7 2.9 2.5 4.3 0.6 Latrina não melhorada 5.0 11.1 13.8 27.2 4.5 Não tem retrete/latrina 93.6 65.3 81.5 53.3 94.3
Fonte: Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo de 2007.
No que diz respeito a posse de bens, a incidência da posse de bens duráveis pelas famílias
residentes no distrito é apresentada na tabela seguinte.
Quadro 13. Famílias, segundo a posse de casa própria e bens duráveis Casa
própria Rádio Televisor Telefone
fixo Computador Carro Motorizada Bicicleta Nenhum
bem
94.9% 45.6% 0.7% 0.1% 0.0% 0.1% 1.2% 39.1% 40.3% Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Constata-se que, exceptuando a casa própria, 40 por cento das famílias não possuem
nenhum dos bens listados na tabela e observados aquando do Censo da População de 2007.
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4 Organização Administrativa e Governação O distrito tem quatro Postos Administrativos: Moma-Sede, Chalaua, Larde e Mucuali que,
por sua vez, estão subdivididos em 14 Localidades.
POSTO ADMINISTRATIVO LOCALIDADE Moma- Sede Macone- sede
Mirripi
Jagoma
Pilivili
Naicole
M`pago
Chalaua Chalaua - sede
Namiwi
Nailocne
Piqueira
Larde Larde - sede
Topuitho
Mucuali Mucuali-sede
Najaca
4.1 Governo Distrital O Governo Distrital é dirigido pelo Administrador de Distrito e, ao abrigo da Lei nº 8/2003
de 19 de Maio, está estruturado na Secretaria Distrital e nos seguintes Serviços Distritais:
• Actividades Económicas;
• Saúde, Mulher e Acção Social;
• Educação, Juventude e Tecnologia; e
• Planeamento e Infraestruturas.
De acordo com o Estatuto Orgânico do Governo Distrital aprovado pelo Decreto nº
6/2006 de 12 de Abril, a Estrutura Tipo do Governo Distrital é apresentada em seguida.
Estrutura Tipo do Governo Distrital
Fonte: Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril
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Para além destes serviços, funcionam ainda as seguintes instituições públicas:
• Tribunal Judicial;
• Registo e Notariado;
• Comando Distrital da PRM;
• Procuradoria Distrital da República;
• Alfândegas;
• Migração;
• SISE.
Com um total de 1.264 funcionários em 2013 (dos quais, 255 são mulheres), do pessoal da
Administração Distrital 4,7 % tem formação superior, 49,4 % formação média, 22%
formação técnica e 9,5% Assistentes técnicos e as restantes carreiras corresponde a 14,4% .
O Distrito possui um Conselho Consultivo Distrital presidido pelo Administrador Distrital.
No Distrito funcionam 4 Conselhos Consultivos dos Postos Administrativos, presididos
pelo respectivo Chefe do Posto Administrativo. No seu funcionamento participativo estes
envolvem os membros dos 14 Conselhos Consultivos de Localidade.
Os membros dos Conselhos Consultivos do Distrito são envolvidos na apreciação do
PEDD e PESOD e na avaliação periódica dos instrumentos da planificação territorial local,
bem como no que se refere à opinião sobre a viabilidade de projectos de iniciativa local, e
projectos com impacto directo nas comunidades, no âmbito de investimento local, que são
submetidos posteriormente para decisão do Conselho Consultivo Distrital.
No contexto da reforma do sector público, foi nomeado o Secretário Permanente Distrital,
foram institucionalizados os Conselhos Locais (Localidade, Posto Administrativo e
Distrito), Balcão de Atendimento Único Distrital (BAUD), descentralizados os
investimentos no distrito, tramitados os expedientes para a nomeação de directores dos
serviços distritais bem como dos chefes de Localidade.
A governação tem por base os Presidentes das Localidades, Autoridades Comunitárias e
Tradicionais. Os Presidentes das Localidades são representantes da Administração e
subordinam-se ao Chefe do Posto Administrativo e, consequentemente, ao Administrador
Distrital, sendo coadjuvados pelos Chefes de Aldeias, Secretários de Bairros, Chefes de
Quarteirões e Chefes de Blocos.
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4.2 Síntese das atribuições e da actividade dos órgãos distritais
Nesta secção, sem pretender ser exaustivo transcrevendo o rol de tarefas realizadas, focam-
se as principais actividades de intervenção pública directa que contribuem para o
desenvolvimento social e económico do distrito.
4.2.1 Secretaria Distrital
A Secretaria Distrital dirigida por um Secretário Permanente Distrital é o órgão do Governo
Distrital que tem como principais funções e realizou actividades no âmbito de (a) prestar
assistência técnica e administrativa ao Governo Distrital; (b) assegurar a gestão dos recursos
humanos, materiais e financeiros do Governo Distrital; (c) assistir na organização e controlo
das actividades do Governo distrital, bem como na elaboração de relatórios de análise de
actividades do Governo Distrital; e (d) garantir a assistência técnica e administrativa
necessária ao funcionamento dos postos administrativos, localidades e povoações.
Estrutura Orgânica da Secretaria Distrital
Fonte: MAE/DNAL.
4.2.2 Serviço Distrital de Actividades Económicas
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
a promoção do uso adequado do solo e a gestão florestal; (b) o incentivo da produção
alimentar e de culturas de rendimento; (c) o fomento pecuário e a construção comunitária
de tanques carracicidas; (d) a emissão de licenças de pesca artesanal, caça e de abate, bem
como o combate a caça furtiva; (e) a promoção da piscicultura e da apicultura; (f) a
divulgação do potencial económico, industrial, turístico e cinegético local; (g) a promoção da
pequena indústria e mineração artesanal; (h) a emissão de pareceres sobre pedidos de
licenciamento de actividades económicas, licenciar actividades comerciais e emitir licenças
turísticas; (i) efectuar o recenseamento das actividades de artesanato; e (j) promover
mecanismos de financiamento das actividades produtivas.
SecretariaGeral
Repartição de Planificaçãoe Desenvolvimento Local
Secretário PermanenteDistrital
Repartição deFinanças
Repartição de Administração Locale Função Pública
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Agricultura e Desenvolvimento Rural
Moma é um distrito com uma densidade populacional moderada, e cerca de metade da
população reside na sede distrital. São reportados alguns conflitos pela posse da terra,
principalmente nas zonas de M'Pivi, Uala, Chalaua, Mucúali e Larde, para cuja solução e
moderação, tem contribuído a Administração em coordenação com anciãos influentes.
De um modo geral, a agricultura no distrito é praticada em regime de consociação de
culturas com base em variedades locais e, em algumas regiões, com o recurso à tracção
animal e tractores.
O cenário de estiagem e seca caracterizado por chuvas irregulares e abaixo do normal criam
frequentemente uma situação de insegurança alimentar, exigindo do Governo Distrital
iniciativas enérgicas de mitigação, de que se destacam:
Distribuição de sementes e utensílios agrícolas às vítimas das cheias;
Reabilitação de valas de drenagem nas baixas do distrito;
Fomento de batata-doce de polpa alaranjada; e
Aquisição e distribuição de bovinos de fomento.
É de referir que o Governo local tem promovido várias iniciativas, sendo uma delas a
formação de associações de camponeses como forma de facilitar a canalização dos apoios
quer do Governo e ONG’s.
A pesca artesanal é uma das fontes de rendimento do Distrito, tendo o Governo local
incentivado esta actividade, através da promoção de encontros com os pescadores para
transmissão de orientações sobre o registo da produção pesqueira e outras recomendações.
4.2.3 Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
garantir o funcionamento de estabelecimentos de ensino, formação de professores,
alfabetização, educação de adultos e educação não formal; (b) realizar estudos sobre cultura,
diversidade cultural, valores locais e línguas nacionais; (c) promover o fabrico de
instrumentos musicais tradicionais; (d) incentivar o desenvolvimento de associações juvenis,
bem como promover iniciativas geradoras de emprego, autoemprego e outras fontes de
rendimento dos jovens; e (e) promover o uso de novas tecnologias.
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4.2.3.1 Educação
Da população com 15 anos ou mais de idade 31% é alfabetizada e 43% das pessoas com 5
anos ou mais de idade, predominantemente homens, declararam no Censo 2007 que
frequentavam ou já frequentaram antes o nível primário do ensino. A análise por sexos
revela um melhor padrão de escolarização nos homens.
Quadro 14. População com 5 anos ou mais, e frequência escolar
P O P U L A Ç Ã O Q U E:
FREQUENTA FREQUENTOU NUNCA FREQUENTOU
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 19.5% 22.5% 16.4% 23.6% 31.5% 15.5% 57.0% 46.0% 68.0%
P.A. de Macone Sede 21.5% 24.8% 18.2% 23.4% 31.0% 15.7% 55.1% 44.2% 66.1%
P. A. de Chalaua 15.6% 17.1% 14.0% 26.3% 34.7% 17.5% 58.1% 48.1% 68.4%
P. A. de Larde 18.6% 22.7% 14.6% 19.8% 27.7% 12.3% 61.6% 49.6% 73.1%
P. A. de Mucuali 19.3% 23.8% 15.0% 22.2% 30.8% 13.8% 58.4% 45.5% 71.1%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 1997. A análise do nível de ensino frequentado pela população que actualmente atende a escola,
revela uma concentração significativa no nível primário de ensino.
Quadro 15. População de 5 anos ou mais, por nível de ensino
NÍVEL DE ENSINO QUE FREQUENTA
Total AEA EP1 EP2 ESG1 ESG2 Técnico Superior TOTAL 100.0% 8.9% 76.0% 10.2% 4.3% 0.5% 0.1% 0.0% 5 - 9 anos 100.0% 0.7% 99.3% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 0.0% 10 - 14 anos 100.0% 1.0% 90.0% 8.4% 0.6% 0.0% 0.0% 0.0% 15 - 19 anos 100.0% 4.8% 54.6% 27.8% 11.8% 0.9% 0.1% 0.0% 20 - 24 anos 100.0% 23.8% 31.4% 17.1% 23.5% 3.6% 0.5% 0.1% 25 e + anos 100.0% 47.2% 40.5% 6.6% 4.1% 0.9% 0.3% 0.3% HOMENS 100.0% 5.5% 75.3% 12.4% 5.9% 0.7% 0.1% 0.1% MULHERES 100.0% 13.5% 77.0% 7.1% 2.1% 0.2% 0.1% 0.0% EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos; ESG2 - 11º e 12º Anos; ET – Ensino técnico; CFP – Curso de formação de professores; AEA -Alfabetização e educação de adultos.
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Figura 5. População (5 anos ou mais) por grau de ensino frequentado
Fonte de dados : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Alfab., 8,9%
EP1, 76,0%
EP2, 10,2% ESG1, 4,3%
ESG2, 0,5% Técnico, 0,1%
Superior, 0,0%
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Um aspecto importante é a observação das taxas de escolarização bruta e líquida. A
primeira taxa calcula-se dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino
(independentemente da idade) pela população do grupo etário correspondente à idade
oficial para o referido nível15. Para calcular a segunda taxa , divide-se o total de alunos cuja
idade coincide com a idade oficial para o nível pela população do grupo etário
correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais comuns para estimar o
desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.
Quadro 16. Taxas de escolarização
Taxas de escolarização
Taxa Bruta de Escolarização Taxa Líquida de Escolarização
TOTAL H M TOTAL H M EP1 69.1 77.8 60.1 29.5 31.8 27.1 EP2 35.6 46.6 22.6 3.0 3.5 2.5 ESG1 12.2 18.0 5.4 1.3 1.6 0.8 ESG2 2.7 4.3 1.1 0.2 0.3 0.1
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007 .
O nível de cobertura escolar no distrito é baixo, verificando-se taxas brutas e líquidas de
escolarização baixas. A taxa líquida de escolarização no EP1 confirma este facto, ao indicar
que 30% das crianças de 6 a 10 anos frequentam o nível de ensino correspondente a sua
idade, neste caso o EP1, e que somente 3% das crianças de 11 a 12 anos frequentam o nível
de ensino correspondente a idade, o EP2. Em geral, os rapazes apresentam melhores
indicadores. A situação global descrita reflecte, para além de factores socioeconómicos, o
facto de a rede escolar existente e o efectivo de professores, apesar de terem vindo a evoluir
a um ritmo significativo, serem insuficientes, o que é agravado por baixas taxas de
aproveitamento e altas taxas de desistência em algumas localidades do distrito, devido ao
facto de haverem muitos casamentos prematuros e emigração de jovens.
Quadro 17. Escolas, alunos e professores, 2013 NÍVEIS DE ENSINO N.º de N.º de Alunos N.º de Professores
Escolas M HM M HM TOTAL DO DISTRITO 142 33.522 66.024 22 876 EP1 98 24.832 55.060 18 656
EP2 40 2.241 6.427 4 166
ESG I 3 1072 3.872 0 44
ESG II 1 192 665 0 10 Fonte : SDEJT EP1 - 1º a 5º anos; EP2 - 6º e 7º anos; ESG I - 8º a 10º Anos.
15EP1 – 6 a 10 anos; EP2 – 11 a 12 anos; ESG1 – 13 a 15 anos; ESG2 – 16 a 17 anos; Superior – 18 a 22 anos.
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Em termos de grau de ensino concluído, constata-se que do total de população com 10 anos
ou mais de idade, 14% concluiu algum nível de ensino, na sua maioria o nível primário.
Quadro 18. População de 10 anos ou mais, por nível de ensino concluído
NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO
Nenhum TOTAL Alfab. Primário Secund. Técnico C.F.P. Superior
TOTAL 13.9% 0.2% 11.2% 2.3% 0.0% 0.1% 0.0% 86.1%
10 - 14 anos 7.2% 0.1% 6.8% 0.3% 0.0% 0.0% 0.0% 92.8%
15 - 19 anos 22.9% 0.1% 20.2% 2.5% 0.0% 0.0% 0.0% 77.1% 20 - 24 anos 20.4% 0.2% 16.2% 3.9% 0.0% 0.1% 0.0% 79.6% 25 - 29 anos 14.5% 0.3% 11.1% 3.0% 0.1% 0.1% 0.0% 85.5%
30 e + anos 12.0% 0.3% 9.0% 2.5% 0.1% 0.1% 0.0% 88.0%
HOMENS 21.2% 0.2% 17.0% 3.8% 0.1% 0.1% 0.0% 78.8%
MULHERES 6.5% 0.3% 5.4% 0.9% 0.0% 0.0% 0.0% 93.5%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Figura 6. População (10 anos ou mais) por grau de ensino concluído
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
4.2.3.2 Cultura
Na área da cultura existem vários grupos que praticam diverso tipo de danças e cânticos
típicos de toda a região. No concernente à juventude, destaca-se a existência de grupos
activistas e associações juvenis que de dedicam a motivar boas práticas entre os seus
concidadãos.
Têm sido promovidas várias actividades, nomeadamente a participação no Festival Nacional
de Dança Popular, o fomento do associativismo juvenil e de grupos culturais, bem como o
apoio ao desenvolvimento das artes plásticas, em particular a
escultura.
Alfab., 0,2% Primário, 11,2% Secund., 2,3%
Técnico, 0,0%
C.F.P., 0,1%
Superior, 0,0%
Nenhum, 86,1%
Moma
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4.2.4 Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
assegurar o funcionamento das unidades sanitárias e incentivar a medicina tradicional; (b)
promover acções de apoio e protecção da criança, da pessoa portadora de deficiência e do
idoso; (c) desenvolver acções de prevenção da violência doméstica e de abuso de menores; e
(d) promover a igualdade e equidade do género.
4.2.4.1 Saúde
A rede de saúde do distrito inclui 15 unidades sanitárias (1 hospital distrital, 2 centros de
saúde I, 11 centros de saúde III e 1 postos de saúde) e, apesar de estar a evoluir a bom
ritmo, é insuficiente, evidenciando os seguintes índices de cobertura média:
Uma unidade sanitária por cada 24 mil pessoas;
Um médico por cada 18 mil habitantes; e
Um profissional técnico para cada 5.554 residentes no distrito.
A Direcção Distrital de Saúde distribui regularmente por cada Centro de Saúde “Kits A e B”
e pelos Postos de Saúde “Kits B”. A tabela seguinte apresenta, para o ano de 2003, a
posição de alguns indicadores que caracterizam o grau de acesso e de cobertura dos serviços
do Sistema Nacional de Saúde.
Quadro 19. Indicadores de cuidados de saúde, 2013
Indicadores Partos 14.390 Vacinação 162.536 Saúde materno-infantil 223.722 Consultas externas 344.987
Fonte : SDSMAS
De referir ainda a existência de vários programas de cuidados de saúde primários a vários
níveis que denotam uma evolução positiva nos últimos anos, nomeadamente:
• Saúde ambiental: Esta actividade está sendo realizada em todas as unidades sanitárias,
bem como em brigadas móveis e nos locais de interesse público
• Saúde Ocupacional: Realizadas visitas de trabalho as empresas para vacinação aos
trabalhadores, bem como a todos os outros que manipulam géneros alimentícios
• Saúde reprodutiva
• Saúde Infantil, Nutrição, Saúde Escolar
• Suplementação de Vitamina ‘A’
Moma
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• Programa alargado de vacinação
• Saúde Mental.
O quadro epidémico do distrito é dominado pela malária, diarreia e DTS e SIDA que, no
seu conjunto, representam quase a totalidade dos casos de doenças notificados no distrito.
Quadro 20. Quadro epidemiológico
Doenças
Casos Óbitos
2012 2013 2012 2013
Malária
0-4 anos 14359 22609 5 11
5+ anos 15555 18200 9 7
S. Febril
0-4 anos 9151 10069 0 0
5+ anos 8856 10311 0 0
Diarreias 0-4 anos 6840 6041 1 0
5-14 anos 2457 1910 2 0
15 + anos 3548 2497 1 0
Disenterias 1853 1644 0 0
PFA 0 6 0 0
Sarampo (Suspeitas) 11 6 0 0 Cólera todas as idades 0 0 0 0 Meningite 0 1 0 1 Tétano neonatal 0 2 0 0 Raiva (mordedura canina) 50 154 0 0
Fonte: SDSMAS
4.2.4.2 Acção Social
No distrito existem, segundo os dados do Censo de 2007, cerca de 14 mil órfãos (na sua
maioria órfãos de pai e entre os 10 e 14 anos de idade) e cerca de 8.200 pessoas portadoras
de deficiência (96% com debilidade física e 4% com doenças mentais).
Quadro 21. População de 0-14 anos, por condição de orfandade, 2007
População Órfão de: 0-‐14 anos Total Mãe Pai Pai e Mãe Total 100.0% 9.0% 3.1% 5.2% 0.7% -‐ Homens 100.0% 9.2% 3.1% 5.3% 0.7% -‐ Mulheres 100.0% 8.9% 3.1% 5.0% 0.7% Grupos etários: -‐ 0 a 4 anos 100.0% 3.8% 1.2% 2.2% 0.3% -‐ 5 a 9 anos 100.0% 9.9% 3.6% 5.7% 0.7% -‐ 10 a 14 anos 100.0% 16.8% 5.8% 9.4% 1.5%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Moma
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Quadro 22. População deficiente, 2007
Grupos de Idade População Sem Com deficiência
Total Deficiência Total Física Mental Total 100.0% 97.4% 2.6% 2.5% 0.1% 0 - 14 100.0% 98.7% 1.3% 1.2% 0.1% 15 - 44 100.0% 97.2% 2.8% 2.7% 0.2% 45 e mais 100.0% 92.5% 7.5% 7.4% 0.1%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A tabela seguinte apresenta a distribuição percentual das 8.200 pessoas portadoras de
deficiência, segundo a causa.
Quadro 23. População portadora de deficiência, segundo a causa
TOTAL Física Mental
Total 100.0% 100.0% 100.0%
À nascença 24.0% 22.8% 48.6%
Doença 59.1% 59.8% 44.1%
Minas/Guerra 1.1% 1.1% 1.0%
Serviço Militar 0.6% 0.6% 0.0%
Acidente de Trabalho 3.5% 3.7% 0.8%
Acidente de Viação 1.6% 1.6% 0.0%
Outras 10.2% 10.4% 5.5% Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A integração e assistência social a pessoas, famílias e grupos sociais em situação de pobreza
absoluta, dá prioridade à criança órfã, mulher viúva, idosos e deficientes, doentes crónicos e
portadores do HIV-SIDA, toxicodependentes e regressados.
Tem existido coordenação das acções de algumas organizações não governamentais,
associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de oportunidades e de
direito entre homem e mulher em todos os aspectos de vida social e económica, e a
integração, quando possível, no mercado de trabalho, em processos de geração de
rendimentos e na vida escolar.
Durante o ano findo foram atendidas 411 crianças vulneráveis e órfãs de mãe/pai ou de
ambos, dos 0-5 anos de idade, que passaram a beneficiar de produtos de primeira
necessidade.
Moma
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Quadro 24. Subsídio de alimentos
Fonte: SDSMAS; PPD= Pessoa Portadora de Deficiência, DC=Doente Crónico.
4.2.4.3 Género
O distrito tem uma população estimada de 350 mil habitantes - 173 mil do sexo feminino -
sendo 7% dos agregados familiares do tipo monoparental chefiados por mulheres.
Ao nível do distrito tem-se privilegiado a coordenação das acções de algumas organizações
não governamentais, associações e sociedade civil, promovendo a criação de igualdade de
oportunidades e direitos entre sexos em todos aspectos de vida social e económica, e a
integração da mulher no mercado de trabalho, processos de geração de rendimentos e vida
escolar.
Esta coordenação recorre a mecanismos de troca de informação, diálogo e concertação da
acção, evitando a sobreposição de actividades e racionalizando recursos de forma a
melhorar a eficácia e eficiência das acções governamentais e das iniciativas da comunidade e
do sector privado.
Tendo por língua materna dominante o Emakhuwa, 19% das mulheres do distrito com 5 ou
mais anos de idade têm conhecimento da língua portuguesa, sendo este domínio mais
acentuado nos homens (42%), dada a sua maior inserção na vida escolar e no mercado de
trabalho. A taxa de analfabetismo na população feminina é de 85%, sendo de 52% no caso
dos homens.
Das mulheres do distrito com mais de 5 anos, 68% nunca frequentaram a escola (no caso
dos homens só 46% nunca estudaram) e 5% concluíram o ensino primário (no caso dos
homens, 17% terminaram o primário).
LOCAL Nº DE IDOSOS
PPD DC TOTAL
Moma-Sede 788 43 4 835 Chalaua 456 69 4 529 Larde 729 6 0 735 Mucuali 624 26 1 651 Distrital 2597 144 9 2750
Moma
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Figura 7. Indicadores de escolarização por sexos
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
No que diz respeito ao acesso a novas tecnologias também se verifica um desequilíbrio entre
sexos, como se pode deduzir da tabela seguinte.
Quadro 25. Uso de novas tecnologias (10 anos ou mais)
Número de pessoas que usou: % de pessoas
Computador Internet c/ Telemóvel
Total 0.1% 0.0% 1.3% -‐ Homens 0.1% 0.0% 2.3% -‐ Mulheres 0.0% 0.0% 0.4%
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
No tocante a actividade económica, de um total em 2012 de 173 mil mulheres, 97 mil estão
em idade de trabalho (mais de 15 anos), das quais 76 mil são economicamente activas16. A
população não economicamente activa de mulheres com 15 anos ou mais (21%) é
constituída principalmente por senhoras domésticas (14%) e estudantes a tempo inteiro
(3%). O nível da participação no trabalho das mulheres (79%) é inferior ao dos homens
(82%).
16Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa na actividade económica e que
tenha 15 anos de idade e mais. Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram
activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez.
52%
42% 46%
17%
85%
19%
68%
5%
Taxa de analfabecsmo
Sabe falar Português Sem frequencia escolar
Ensino primário concluído
Homens
Mulheres
Moma
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Figura 8. População (15 anos ou mais), segundo a actividade e sexo
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição das mulheres economicamente activas residentes no distrito de acordo com a
posição no processo de trabalho e o sector de actividade é a seguinte:
Cerca de 96% são trabalhadoras agrícolas, familiares ou por conta própria;
1% são comerciantes, artesãs, ou empresárias; e
As restantes 3% são, na maioria, trabalhadoras do sector de serviços, incluindo
empregadas do sector comercial formal e informal.
Figura 9. População17 segundo a posição no trabalho e sexo
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
17 Com 15 anos ou mais.
Trabalha, 80,5% Trabalha, 82,4% Trabalha, 78,6%
Só estuda, 5,1% Só estuda, 7,1% Só estuda, 3,1%
Doméscco(a), 10,4%
Doméscco(a), 6,4%
Doméscco(a), 14,2%
Total Homem Mulher
Homem, 12,6% Homem, 7,2%
Homem, 67,1%
Homem, 0,9% Homem, 12,3%
Mulher, 1,6% Mulher, 1,2%
Mulher, 96,3%
Mulher, 0,1% Mulher, 0,8%
Assalariados Comerciantes e artesaos Camponeses Empresarios Outras
Moma
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4.2.5 Serviço Distrital de Planeamento e Infraestruturas
Este Serviço é dirigido por um director e tem como funções específicas de entre outras: (a)
elaborar propostas de Plano de Estrutura e de Ordenamento Territorial; (b) promover a
construção de fontes de abastecimento de água potável bem como a gestão dos respectivos
sistemas de abastecimento; (c) assegurar, em colaboração com outras entidades, a
disponibilidade do sistema de fornecimento de energia eléctrica e a promoção do
aproveitamento energético dos recursos hídricos e uso de energias renováveis; (d) assegurar
a reabilitação, manutenção das estradas não classificadas, pontes e outros equipamentos de
travessia; (e) promover a construção, manutenção e reabilitação de infraestruturas e edifícios
públicos, bem como de valas de irrigação, jardins públicos, infraestruturas desportivas e
parques de estacionamento; (f) promover o uso da bicicleta e da tracção animal; (g) elaborar
propostas de gestão ambiental; e (g) garantir a prestação dos serviços públicos tais como
cemitérios, matadouros, mercados e feiras, limpeza e salubridade, iluminação pública, jardins
campos de jogos e parques de diversão.
4.2.5.1 Ordenamento Territorial
Durante 2011 foi realizado o trabalho de identificação e levantamento de espaços para
urbanização das Sedes dos Postos Administrativos de Larde e Mucuali.
Foram, ainda, realizados trabalhos de ordenamento da Localidade Administrativa de
Jagoma, que culminaram no parcelamento de cerca de 572 talhões, dos quais 186 foram
distribuídos às populações.
4.2.5.2 Infraestruturas
Têm a seu cargo a execução do investimento e promoção da manutenção de infraestruturas
locais, nomeadamente:
Construção de uma residência do tipo II na Localidade de Pilivili, Posto
Administrativo de Macone, pertencente à Direcção Provincial de Pescas de
Nampula, obra que foi financiada pelo IDPPE e adjudicada à Empresa New line
Construções;
Construção de 2 aquedutos na Estrada Chalaua/Namiwi sobre os rios Nanvava e
Sancusse;
Construção de um Centro de Saúde tipo II em Topuitho, Posto Administrativo de
Larde (Kenmere);
Moma
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Manutenção de rotina do troço Moma/Micane, numa extensão de 20 km;
Manutenção de Rotina no troço Micane/Chalaua, numa extensão de 67 km;
Manutenção de Rotina da Estrada Cruz. R324/ponta caldeira, numa extensão de
30Km;
Manutenção de Rotina de Estrada Chalaua/Muquiquisa, numa extensão de 17 km;
Manutenção de rotina de Estrada Micane/Rio Miluli.
De referir que já foram abertos 36 furos de água nas diversas comunidades dos Postos
Administrativos de Macone, Mucuali e Chalaua, dos quais 11 estão equipados com bombas
Afridev. Está em reabilitação o PSAA, obra que inclui a substituição de 8 condutas
principais.
Continuam as actividades de reabilitação de PSAA, tendo já sido concluídos, faltando a
conduda principal de distribuição de águas aos bairros da Vila-Sede.
4.3 Finanças Públicas e Investimento
O financiamento do funcionamento dos Governos Distritais e das funções para eles
descentralizadas é assegurado por via de:
(i) Receitas próprias18que provém da comparticipação das receitas fiscais e consignadas ao
nível Distrital e as correspondentes taxas, licenças e serviços cobrados pelo Governo
Distrital; e
(ii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas correntes;
(iii) Transferências ou dotações orçamentais centrais para despesas de investimento (Fundo
de Desenvolvimento Distrital, Fundo de Investimento em Infraestruturas);
18 Receitas próprias do distrito provenientes de serviços e licenças cobradas fora do território das autarquias locais são: (a) utilização do património
público sob gestão do distrito; (b) ocupação e aproveitamento do domínio público e aproveitamento de bens de utilidade pública; (c) pedidos de uso e
aproveitamento da terra nas áreas cobertas por planos de urbanização; (d) loteamento e execução de obras particulares; (e) realização de infraestruturas
simples; (f) ocupação da via pública por motivo de obras e utilização de edifícios; (g) exercício da actividade de negociante e comércio a título precário;
(h) ocupação e utilização de locais reservados nos mercados e feiras; (i) autorização de venda ambulante nas vias e recintos públicos; (j) aferição e
conferição de pesos, medidas e aparelhos de medição; (k) autorização para o emprego de meios de publicidade destinados a propaganda comercial; (l)
licenças de pesca artesanal marítima e em águas interiores; (m) licenças turísticas nos termos de legislação específica; (n) licenças para a realização de
espectáculos públicos; (o) licenças de caça e abate; (p) licenças e taxas de velocípedes com ou sem motor; (q) estacionamento de veículos em parques ou
outros locais a esse fim destinados; (r) utilização de instalações destinadas ao conforto, comodidade ou recreio público; (s) realização de enterros,
concessão de terrenos e uso de instalações em cemitérios.
Constituem ainda receitas do distrito as taxas e tarifas por prestação dos serviços, nos casos em que os órgãos do distrito tenham sob sua
administração directa, a prestação de serviço público: (a) abastecimento de água; (b) fornecimento de energia eléctrica; (c) utilização de matadouros; (d)
recolha, depósito e tratamento de resíduos sólidos de particulares e instituições; (e) ligação, conservação e tratamento dos esgotos; (f) utilização de infra
estruturas de lazer e gimno-desportivas; (g) utilização de latrinas públicas; (h) transportes urbanos; (i) construção e manutenção de ruas privadas; (j)
limpeza e manutenção de vias privadas; (k) utilização de tanques carracicidas; (l) registos determinados por lei.
Moma
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(iv) Fundos Sectoriais Descentralizados, nomeadamente dos sectores de águas, estradas,
educação e agricultura;
(v) Donativos provenientes de ONGs, cooperação internacional ou entidades privadas.
O Governo Distrital teve em 2011 a seguinte execução orçamental.
Quadro 26. Execução orçamental (em ‘000 MT)
Rubricas 2011
DESPESA TOTAL 124.347
Despesa corrente 106.356 - Despesas com pessoal 94.499 - Bens e serviços 11.733 - Outros gastos materiais 124
Despesa de Investimento 17.991 - Fundo de desenvolvimento distrital 7.355 - Fundo de investimentos em infraestruturas 10.636 - Fundos sectoriais descentralizados s.i.
Fonte: Ministério das Finanças, Conta Geral do Estado, 2011.
No âmbito do investimento de iniciativa local (vulgo 7 milhões) o Governo Distrital
implementou 267 projectos locais de desenvolvimento em 2013, dos quais 26 para produção
de comida e 241 para geração de emprego e rendimento, tendo beneficiado a 804 pessoas.
Quadro 27. Projectos de iniciativa local financiados
Finalidade dos Projectos No de Projectos
Financiados Número de
Beneficiários Desembolsos (em ‘000 MT)
Taxa de Reembolso
(em %) 2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013 2011 2012 2013
Produção de comida 52 19 26 431 198 152 3.662 4.564 770 Geração de Emprego 5 4 5 38 15 21 500 1.780 360 Geração de Rendimento 53 132 236 388 369 631 3.193 3.564 8.726 Total 110 155 267 851 583 804 7.355 9.908 9.856 9,9 4,3 4,9
Fonte: Secretaria Distrital
A distribuição dos projectos financiados por sector de actividade é apresentada na tabela
seguinte.
Quadro 28. Sector económico do investimento local
Sector Económico dos Projectos
No de Projectos Financiados
2011 2012 2013 Agricultura 46 19 26 Pecuária 13 7 22 Agropecuário 1 7 2 Indústria 4 2 2 Comércio 33 113 205 Pesca 10 7 7 Outro 3 1 3 Total 110 156 267
Fonte: Secretaria Distrital
Moma
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De referir, ainda, que o número de projectos aprovados mas não financiados (por diversos
motivos) foi em 2012 de 1 e em 2013 foi de 3 projectos, devido ao atraso no tratamento dos
documentos pelos mutuários para legalizar o financiamento e à não abertura de contas
bancarias.
Durante 2011-2013, para além dos investimentos já mencionados anteriormente, há a referir
as seguintes iniciativas patrocinadas pelo Governo Distrital via FDD:
Ø Financiamento dum projecto de aquisição de um tractor e respectivas alfaias, que
impulsionam o aumento das áreas de cultivo no Posto Administrativo de Mucuali;
Ø Financiados projectos de grande impacto sócio-económico na vida da comunidade,
tal como a implantação de uma indústria panificadora na Vila-sede de Moma.
No âmbito da construção de infraestruturas escolares durante o ano de 2013 foram
construídas 20 salas de Aulas, 16 latrinas e 4 blocos Administrativos segundo o quadro
abaixo.
Quadro 29. Investimento local em infraestruturas escolares
Instituição Salas Latrinas Ponto de situação Localização
EPC de M´pivi 05 04 concluída 100% Localidade de Macone EPC de Nacara 05 04 concluída 100% Localidade de Piqueira EPC de Nacocolo 05 04 concluída 100% Localidade Macone EPC de Micane 05 04 concluída 100% Localidade de M´pago Total 20 16 concluídas 100%
Fonte: SDPI
Quadro 30. Fundo de Investimentos Projecto Localização Ponto de situação
Construção da Secretaria Administrativa da Localidade
Mirrupi Fase acabamentos
Construção da residência do Tipo II Chalaua Concluída e entregue provisoriamente Construção da residência do Tipo II Moma-Sede Concluída e entregue provisoriamente Construção de tanque carracicida Jagoma Concluída Instalação da conduta de distribuição de água potável
Moma-Sede Concluída e entregue provisoriamente
Reabilitação da residência oficial do Administrador
Moma-Sede Concluída e entregue provisoriamente
Reabilitação da residência do Secretario Permanente Distrital
Moma-Sede Concluída e entregue provisoriamente
Fonte: SDPI
Moma
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4.4 Justiça, Ordem e Segurança pública
Os serviços de justiça no distrito estão representados por um conservador e uma
conservatória do registo civil e por um assistente técnico.
Os assaltos não armados, o contrabando de mercadorias, casos de fogo posto e de
homicídio são os crimes mais frequentes no distrito.
Porém, os níveis de criminalidade no Distrito têm reduzido de forma significativa mercê da
pronta intervenção das forças da Lei e Ordem, permitindo, assim, a livre circulação de
pessoas e bens.
4.5 Constrangimentos e Perspectivas
No geral, de acordo com o Governo Distrital, são os seguintes os princ ipais
constrangimentos observados durante a governação dos últimos anos:
Fraca cobertura em abastecimento de água potável;
Insuficiência de efectivo policial para garantir a ordem e tranquilidade públicas;
Elevado nível de degradação das vias de acesso
Falta de uma agência bancária.
Falta de uma escola Secundária Geral de raiz;
Falta de um centro de saúde na Sede do Posto Administrativo de Mucuali;
Ausência de um programa de construções para atender o crescimento do aparelho
de estado.
As minas constituem ou constituíram, em algumas zonas identificadas, uma ameaça à
segurança da população e ao desenvolvimento económico. A acção de desminagem em
curso no país desde 1992, tem permitido diminuir o seu risco, sendo hoje a situação
existente no país e neste distrito mais controlada e conhecida.
Face às restrições orçamentais existentes, tem sido essencial para a prossecução da
actividade do Governo Distrital e para o progresso do distrito, o envolvimento consciente e
participação comunitária, e o apoio do sector privado e de vários organismos internacionais
que operam neste distrito.
Moma
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5 Actividade Económica 5.1 População economicamente activa
De um total em 2012 estimado de 350 mil habitantes, 193 mil estão em idade de trabalho
(mais de 15 anos).
Quadro 31. População segundo a condição de actividade19
Total Homens Mulheres
Total 193,249 96,465 96,784 Trabalhou 77.5% 78.8% 76.2% Não trabalhou, mas tem emprego 0.8% 0.9% 0.6% Ajudou familiares 2.2% 2.7% 1.8% Procurava novo emprego 0.1% 0.1% 0.0% Procurava emprego pela 1ª vez 0.2% 0.3% 0.0% População economicamente activa 20 80.7% 82.8% 78.6% Doméstico(a) 10.4% 6.4% 14.2% Somente estudante 5.1% 7.1% 3.1% Reformado(a) 0.1% 0.2% 0.1% Incapacitado(a) 1.8% 1.6% 2.0% Outra 1.9% 1.9% 1.9% População não activa 19.3% 17.2% 21.4%
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
Verifica-se que 81% da população de 15 anos ou mais (156 mil pessoas) constituem a
população economicamente activa (PEA) do distrito. O nível da participação masculina na
PEA é superior à feminina: 83% contra 79%.
A população não economicamente activa (19%) é constituída principalmente por mulheres
domésticas e estudantes a tempo inteiro.
19Referido a situação na semana anterior a realização do Censo 2007. 20Segundo recomendações internacionais, a PEA é a população que participa na actividade económica com 15 anos de idade e mais.
A PEA compreende, pois, as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que procuram activamente um trabalho (desocupadas),
incluindo aquelas que o fazem pela primeira vez. A análise da PEA que é apresentada nesta secção seguiu esta recomendação.
Moma
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Figura 10. População com 15 anos ou mais, segundo a actividade
Fonte : Inst i tuto Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição da população economicamente activa indica que 82% são camponeses por
conta própria, na sua maioria mulheres. A percentagem de trabalhadores assalariados é de
7% da população activa e é dominada por homens (as mulheres assalariadas representam
2% da população activa feminina e 13% no caso dos homens).
Quadro 32. População activa21, ocupação e ramo de actividade, 2007
RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL
OCUPAÇÃO PRINCIPAL
Assalariados Comerciantes
& Trabalhadores Empresário Outras e
Total Técnicos Operários Serviços Artesãos Camponeses Patrão desconhecido
Total 100.0% 7.1% 1.2% 0.8% 5.1% 4.2% 81.5% 0.5% 6.6%
- Homens 100.0% 12.6% 2.1% 1.4% 9.1% 7.2% 67.1% 0.9% 12.3%
- Mulheres 100.0% 1.6% 0.4% 0.2% 1.0% 1.2% 96.3% 0.1% 0.8% Agricultura, silvicultura e pesca 100.0% 2.1% 0.0% 0.0% 2.0% 0.0% 91.7% 0.1% 6.1% Indústria, energia e construção 100.0% 77.6% 1.0% 2.8% 73.8% 0.1% 1.0% 0.6% 20.6% Comércio, Transportes Serviços 100.0% 28.9% 16.3% 9.2% 3.4% 59.0% 1.7% 5.2% 5.1% [1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
21Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Trabalhou 81%
Doméscco(a) 10%
Somente estudante
5%
Outra 4%
Moma
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Figura 11. População activa, segundo a ocupação principal
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
A distribuição segundo o ramo de actividade reflecte que a actividade dominante no distrito
é agrária, que ocupa 89% da população activa do distrito. O comércio e outros serviços tem
tido uma importância crescente, ocupando já 7% da população activa do distrito.
Quadro 33. População activa22, ocupação e ramo de actividade, 2007
RAMOS DE ACTIVIDADE TOTAL
OCUPAÇÃO PRINCIPAL
Assalariados Comerciantes Trabalhadores Empresário Outras e
Total Técnicos Operários Serviços e Artesãos Camponeses Patrão desconhecido
Total 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0% 100.0%
- Homens 50.6% 89.1% 85.3% 86.9% 90.4% 85.9% 41.6% 92.1% 93.9%
- Mulheres 49.4% 10.9% 14.7% 13.1% 9.6% 14.1% 58.4% 7.9% 6.1% Agricultura, silvicultura e pesca 88.7% 25.7% 1.5% 3.5% 35.1% 0.4% 99.8% 18.5% 81.4% Indústria, energia e construção 4.2% 45.3% 3.4% 14.6% 60.2% 0.1% 0.1% 5.4% 13.0% Comércio, Transportes Serviços 7.2% 29.0% 95.1% 82.0% 4.7% 99.5% 0.2% 76.1% 5.6%
[1] Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez. Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
22Com 15 anos ou mais, excluindo os que procuram emprego pela primeira vez.
Assalariados, 7,1%
Comerciantes e artesaos, 4,2%
Camponeses, 81,5%
Empresarios, 0,5%
Outras, 6,6%
Moma
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Figura 12. População activa, segundo o ramo de actividade
Fonte : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Dados do Censo de 2007.
5.2 Pobreza e Segurança Alimentar Este distrito apresenta um agravamento no Índice de Incidência da Pobreza23 desde um
nível de 54% em 1997 para 59% no ano de 200724.
Este distrito tem sido alvo de calamidades naturais que afectam a vida social e económica da
comunidade. Estes desastres, associados à fraca produtividade agrícola, conduzem a níveis
de segurança alimentar de risco, sobretudo os camponeses de menos posses, idosos e
famílias chefiadas por mulheres, numa situação potencialmente vulnerável.
Efectivamente, dadas as tecnologias primárias utilizadas e, consequentemente, os baixos
rendimentos das culturas, a colheita principal é, em geral, insuficiente para cobrir as
necessidades de alimentos básicos, que só são satisfeitas com a ajuda alimentar, a segunda
colheita, rendimentos não agrícolas ou outros mecanismos de sobrevivência.
Nos períodos de escassez, as famílias recorrem a uma diversidade de estratégias de
sobrevivência que incluem a participação em programas de "comida pelo trabalho", a
recolha de frutos silvestres, a venda de lenha, carvão, estacas, caniço, bebidas e a caça.
23O Índice de Incidência da Pobreza (poverty headcount índex) é a proporção da população cujo consumo per capita está abaixo da linha
da pobreza. 24Relatório da Pobreza e Bem-Estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional - Ministe ́rio da Planificac ̧a ̃o e Desenvolvimento,
Direcc ̧a ̃o Nacional de Estudos e Ana ́lise de Poli ́ticas, Outubro de 2010(District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and
2007Based on consumption adjusted for calorie underreporting).
Agricultura, silvicultura e pesca, 88,7%
Indústria, energia e construção,
4,2%
Comércio, Transportes Serviços, 7,2%
Moma
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PÁGINA37
As famílias com homens activos recorrem ao trabalho remunerado nas cidades mais
próximas, já que as oportunidades de emprego no distrito são reduzidas, dado que a
economia ter por base, essencialmente, as relações familiares.
Para atenuar os efeitos desta situação, as autoridades distritais lançaram um plano de acção
para redução do impacto da estiagem incluindo sementes e culturas resistentes e introdução
de tecnologias adequadas ao sector familiar.
5.3 Infraestruturas de base
O Distrito conta com uma rede rodoviária de 597,7 km de estradas, sendo 310,7 km de
estradas classificadas e 285 km de estradas não classificadas, dos quais 387,7 km são
transitáveis.
Em termos de frota de transportes colectivos de passageiros o Distrito de Moma conta com
os transportadores abulantes provenientes da Cidade de Nampula praticando a rota Moma-
Nametil-Nampula.
O Distrito tem 12 postos rádios, que permitem a comunicação entre a Sede do Distrito e os
Postos Administrativos, Unidades Sanitárias periféricas e outros pontos da Província.
O Distrito é coberto por 3 redes de telefonia móvel que operam na Província com
cobertura total. Também possui uma rede de telefonia fixa das (TDM) na sede do distrito e
em Topuitho.
O Distrito dispunha em 2013 de 330 fontes de água potável, das quais 57 poços e 273 furos,
contra 315 fontes de água, das quais 258 furos, em 2012. Porém, apenas 211 fontes estão
operacionais, servindo cerca de 66.900 habitantes.
Quadro 34. Fontes de água
Indicadores Existentes 2013
N0 furos 273 N0 poços 57 N0 PSAA 1 N0 de Caleiras 11 Total de fontes 330
N0 de benificiários 66.900
Nº de fontes avariadas 62
Fonte: SDPI
Moma
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O Distrito beneficia da Energia Eléctrica de Cahora Bassa que abastece dois (3) Postos
Administrativos, designadamente Larde, Moma-Sede e Chalaua.
O Distrito beneficia da Energia Eléctrica de Cahora Bassa, que abastece dois Postos
Administrativos, nomeadamente Larde e Moma-Sede.
Apesar dos esforços realizados, importa reter que o estado geral de conservação e
manutenção das infraestruturas não é suficiente, sendo de realçar a rede de bombas de água
a necessitar de manutenção, bem como a rede de estradas e pontes que, na época das
chuvas, tem problemas de transitabilidade.
5.4 Uso e Cobertura da Terra A agricultura é a actividade dominante e envolve quase todos os agregados familiares.
Quadro 35. Uso e Cobertura da Terra Classe Área (ha) (%)
Cultivado Sequeiro 95199.79 16.49 Área Habitacional Semi Urbanizada 123.51 0.02 Solo Sem Vegetação 3734.81 0.65 Formação Herbácea Inundável 6166.87 1.07 Formação Herbácea Inundada 1509.03 0.26 Mangais (localmente degradados) 14408.77 2.5 Formação Herbácea Degradada Inundável 493.9 0.09 Formação Herbácea 95716.6 16.58 Moita (arbustos baixos) 3233.24 0.56 Matagal Médio 8574.69 1.48 Matagal Aberto 141071.54 24.43 Formação Herbácea Arborizada 118395.13 20.5 Floresta de Baixa Altitude Aberta 87486.98 15.15 Floresta de Baixa Altitude Fechada 298.77 0.05 Oceano 0.76 0.0 Lagos, Lagoas 1023.84 0.18 TOTAL 577438.06 100.00
Fonte : Centro Nacional de Cartogra f ia e Teledete c ção (CENACARTA).
Moma
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Moma
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A restante informação desta secção25 foi extraída dos resultados do Censo Agropecuário
realizado pelo INE em 2009/10 e tem por objectivo descrever os traços gerais que
caracterizam a base agrícola do distrito.
O distrito possui cerca de 73 mil explorações agrícolas com uma área média é de 1.3
hectares, sendo 95% ocupadas com a exploração de culturas alimentares.
Figura 13. Explorações segundo a sua utilização
Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010
Com um grau de exploração familiar dominante, 87% das explorações do distrito têm
menos de 2 hectares.
Figura 14. Explorações por classes de área cultivada
Fonte de dados : Ins t i tu to Nacional de Estat í s t i ca , Censo agropecuár io , 2009-2010
25Apesar das reservas a colocar na representatividade dos dados ao nível distrital, a sua análise permite observar tendências e os principais aspectos estruturais.
100,0% 95,1%
60,1%
Total Com culturas alimentares Com árvores de fruta
< 1 ha 48,4%
1 a 2 ha 38,9%
2 a 5 ha 12,3%
5 a 20 ha 0,3%
>= 20 ha 0,0%
Moma
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PÁGINA41
Na sua maioria os terrenos não estão titulados e, quando explorados em regime familiar,
têm como responsável o homem da família, apesar de na maioria dos casos ser explorada
por mulheres a trabalharem sozinhas ou com a ajuda das crianças da família. A maioria da
terra é explorada em regime de consociação de culturas alimentares.
5.5 Sector Agrário
5.5.1 Produção agrícola e sistemas de cultivo
De um modo geral, a agricultura é praticada manualmente em pequenas explorações
familiares em regime de consociação de culturas com base em variedades locais.
A produção agrícola é feita predominantemente em condições de sequeiro, nem sempre
bem sucedida, uma vez que o risco de perda das colheitas é alto, dada a baixa capacidade de
armazenamento de humidade no solo durante o período de crescimento das culturas.
Algumas famílias empregam métodos tradicionais de fertilização dos solos como o pousio
das terras, a incorporação no solo de restolhos de plantas, estrume ou cinzas. Para além das
questões climáticas, os principais constrangimentos à produção são as pragas, a seca, a falta
ou insuficiência de sementes e pesticidas.
A faixa costeira é dominada pelo sistema de produção baseado na cultura da mandioca,
consociada com leguminosas de grão como o feijão nhemba e o amendoim.
O arroz de sequeiro é a cultura produzida nas planícies aluvionares dos principais rios que
drenam a costa e planícies estuarinas, sendo normalmente produzidos em bacias de
inundação preparadas para o efeito. Há ainda a referir a importância do coqueiro e do
cajueiro no sistema de produção da zona costeira, quer como um produto que garante a
segurança alimentar ou como fonte de rendimento para as famílias rurais.
O sistema agro-silvícola do cajú é o mais representativo chegando mesmo a ser dominante.
A consociação mais importante do caju, compreende culturas como a mandioca e milho,
seguindo o padrão tradicional de rotação e pousio de médio e longo prazo, dependendo
bastante da idade dos cajueiros e sua produtividade.
Uma particularidade da zona, é que praticamente toda a mandioca fica dentro da zona do
cajueiro. O coqueiro na província apresenta um distribuição alargada para o interior.
Moma
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PÁGINA42
Quadro 36. Produção agrícola, por principais culturas: 2011-2012
Fonte: SDAE
5.5.2 Pecuária
O fomento pecuário no distrito tem sido fraco. Porém, dada a tradição na criação de gado e
algumas infraestruturas existentes, verificou-se algum crescimento do efectivo pecuário.
Dada a existência de áreas de pastagem, há condições para o desenvolvimento da pecuária,
sendo as doenças e a falta de fundos e de serviços de extensão, os principais obstáculos ao
seu desenvolvimento.
Os animais domésticos mais importantes para o consumo familiar são as galinhas, os patos
e os cabritos, enquanto que, para a comercialização, são os bois, os cabritos, os porcos e as
ovelhas.
Quadro 37. Efectivo pecuário Espécie 2011 Bovinos 5.629 Caprinos 15.770 Ovinos 8.970 Galináceos 44.159 Patos 22.837 Coelhos 290 Suínos 2.153 Gatos 1.034 Total 100.842 Fonte: SDAE
Culturas
Área Planif./ha Área semeada Plano 2012
Produção (ton)
2011 2012 2011 2012 2011 2012
Milho 10984 11013 10991 10304 8810,40 8792,8 7661,8 Mapira 8253 8335,5 8196 3469,3 6668,40 4917,6 1987,9 Mexoeira 1185 1196,9 1201 591,5 957,50 720,6 252,1 Arroz 4387,87 4431,8 5124 4504,9 5628,20 6148,8 4211,2 Feijão 9339 9525,8 9342 8804,2 4762,90 3736,8 4263,1 Amendoim 8438,7 8607,5 8816 11054,8 4471,90 4408 4807,4 Mandioca 47226,8 56672,2 47600 56512 311696,90 261800 247670,4 Batata-doce 919 928,2 1100 620,3 2227,68 2640 1336,6 Hortícolas 636,5 649 641,8 291 4869,30 432,6 2434,7 Sub-total 91369,8 101359,9 9301,8 96152,5 350097,18 293597,2 274624,97 Gergelim 3195 3259 3814 1761,7 1988 2288,4 122 Algodão 5800 5800 2132 4671,2 3017 4066 2062,4 Sub-total 8995 9059,5 5946 6432,9 5004 3354,40 2184,4 Total 100364,8 110418,9 98956,8 102585,4 355126,5 296951,6 276809,5
Moma
________________________________________________________________________________________________
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5.5.3 Pescas, Florestas e Fauna bravia
É grande o potencial comercial das madeiras nativas como o jambire e a umbila, e Moma
tem grande potencial madeireiro. A madeira não é muito utilizada como material de
construção. A lenha é a fonte de energia mais utilizada.
O distrito tem laranjeiras, tangerineiras, papaieiras, mangueiras, bananeiras e limoeiros, que
são comercializados localmente ou nos distritos vizinhos e nas cidades de Nampula e de
Angoche. Para além do consumo fresco dos frutos, alguns são processados para o fabrico
de bebidas alcoólicas tradicionais. O maior constrangimento da silvicultura em Moma é a
falta de sementes, a falta e insuficiente qualidade de terra, as pragas e a falta de hábitos.
A caça e a pesca são um suplemento dietético para as famílias. Os animais mais caçados são
o cudo, o xipenhe, o porco-do-mato, a galinha-do-mato e a perdiz. A proximidade do litoral
e a existência de rios e lagos, faz da pesca uma actividade de rendimento importante para as
famílias, bem como uma fonte suplementar de alimento.
Quadro 38. Produção na pesca artesanal (toneladas)
Espécies Real 2011 Real 2012 Real 2013 Camarão 2.143,8 287,7 400,7 Peixe 271,3 3.762,7 2.607,9 Cefalópodes 35,6 38,4 150,7 Caranguejo 10,4 24,75 43,0 Lagosta 70 3 0,7 Tubarão 2,6 3,4 0,2 Outros 200,2 188,6 471,2 Total 2.733 4.308,0 4.688,7
Fonte: SDAE
5.6 Indústria, Comércio e Serviços
A pequena indústria local (pesca, carpintaria e artesanato) surge como alternativa à
actividade agrícola, ou prolongamento da sua actividade.
Apesar do seu afastamento em relação a centros urbanos importantes, o distrito de Moma já
efectua trocas comerciais com outros mercados da região. Os habitantes do distrito
deslocam-se aos distritos vizinhos, e também às cidades de Nampula e Angoche, para
comprar comida, sendo também comum virem ao distrito comerciantes da capital
provincial, de Pemba e mesmo da Tanzânia, para comprar os produtos locais.
Moma
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6 Visão e Estratégia de Desenvolvimento Local Este capítulo tem como base as conclusões do PEDD - Plano Estratégico de
Desenvolvimento Distrital.
6.1 Visão
“Melhorar as condições de vida da população de Moma, visando o seu bem-
estar.”
6.2 Problemas e Potencialidades
PROBLEMAS POTENCIALIDADES P.A. DE MACONE • Água imprópria para o consumo • Frequência de doenças incluindo HIV/SIDA • Fraca cobertura da rede escolar • Degradação de vias de acesso • Falta de Banco • Falta de equipamento agrícola • Desemprego • Fecalismo a céu aberto • Queimadas descontroladas • Uso de artes nocivas na actividade pesqueira • Amarelecimento letal do coqueiro • Ocorrência de erosão costeira
• Mar • Terra fértil para agricultura. • Rios e lagos • Florestas e diversos recursos (plantas) • Existência de palmar • Força humana para trabalhar(mulheres e homens • Clima favorável para a produção agropecuária • Plantas medicinais
P.A. DE CHALAUA • Água imprópria para o consumo • Frequência de doenças s/ tratamento • Degradação de vias de acesso • Fraca cobertura da rede sanitária • Energia de HCB
• Terra para agricultura • Rios e lagos • Riqueza florestal, proliferando essências como
jambir, umbila, metonha, pau-preto, etc. • Pedras semi-preciosas-Mavuco • Ouros(Piqueira) • Plantas medicinais para tratamentos tradicionais
de doenças • Areia branca e pedras para a construção civil • Animais de caça • Força humana para trabalhar (Mulheres e
homens) • Montanhas • Cajueiros
Moma
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P.A. DE LARDE • Água imprópria para o consumo • Degradação de vias de acesso • Erosão costeira e no interior • Frequência de doenças incluindo HIV/SIDA • Uso de artes nocivas na actividade pesqueira • Queimadas descontroladas • Fecalismo a céu aberto • Fraca cobertura da rede sanitária • Energia de HCB na sede do P.Administrativo
• Minérios pesadas das areias costeiras (Topuitho) • Terra para agricultura • Baixas vastas para produção de arroz • Coqueiros • Cajueiros • Mar com os seus recursos • Clima favorável para produção agropecuária • Rios e lagoas • Recursos florestais • Plantas medicinais para tratamento tradicional de
doenças P.A. DE MUCUALI • Água imprópria para consumo • Frequência de doenças s/ assistência • Pessoas não conseguem comunicar à distância • Muitas crianças s/ acesso à EPC • Podridão radicular da mandioca origina
perdas de produção • Camponeses não comercializam produtos
devido deficientes vias de acesso • Energia de HCB • Queimadas descontroladas
• Terra fértil para agricultura • Madeira • Culturas de rendimento (amendoim, castanha de
caju, gergelim, arroz, milho, feijões, algodão e legumes)
• Rios e lagoas • Gados(bovino, caprino) • Estradas • Pessoas para trabalhar (mulheres e homens) • Cajueiros • Recursos florestais • Comércio(lojas e barracas) • Animais de caça • Plantas medicinais para tratamento tradicional de
doenças.
6.3 Objectivos estratégicos específicos
POTENCIAR EM 10% A ACTIVIDADE ECONÓMICA DO DISTRITO
Para que este objectivo seja alcançado o sector das actividades económicas vai empreender
algumas acções como sendo:
• Transmitir técnicas melhoradas de produção agrícola , pesqueira e mineira a 80
grupos de cidadãos correspondentes a 2.800 pessoas. As técnicas serão transmitidas
por 10 extensionistas na base de campos de demonstração.
• Incentivar o Associativismo em diferentes áreas económicas (Comércio, Agricultura,
Turismo e Pesca).
Moma
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• Afectar 10 técnicos extensionistas nos diferentes Postos Administrativos
• Fazer o repovoamento pecuário com 200 cabeças
• Produzir 100.000 mudas de fruteiras e plantas de sombra até ao ano de 2013
• Melhorar o sistema de irrigação dos campos agrícolas dos associados e pessoas
singulares, mediante o potenciamento em 10 motobombas; sendo 2 em cada Posto.
• Adquirir 2 fabriquetas.
• Realizar 2 formações aos Associados mineiros
• Criar 1 micro projecto de pesca, conservação e comercialização do pescado
• Introduzir 85 juntas para a tracção animal, aquisição 6 de tractores agrícolas
• Produzir 250.000 mudas de cajueiros.
• Produzir 100.000 mudas de coqueiros
• Multiplicar 100ha de estacas de mandioqueira.
• Reabilitar 4 represas.
• Construir 4 mercados de peixe.
• Adquirir 2 barcos a motor fora do bordo
• Construir 2 talhos.
MELHORAR EM 30% OS CUIDADOS PRIMÁRIOS DE SAÚDE
No que respeita a melhoria dos Cuidados primários de Saúde, para que o sector alcance
aquilo que pretende nos próximos cinco anos, o esforço será em:
• Afectar 60 técnicos qualificados em todas Unidades Sanitárias e colocar
equipamentos nas unidades
• Construir 4 maternidades e 10 casas mãe espera, 88 para melhorar o atendimento as
parturientes
• Criar 10 núcleos de combate ao HIV/SIDA
• Capacitar 10 funcionários para melhor resposta e atendimento público
MELHORAR EM 40% O ACESSO Á EDUCAÇÃO BÁSICA
A melhoria da Educação Básica será nos seguintes domínios:
Moma
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• Ampliar a actual rede escolar de 84 escolas para 128 escolas e afectar 530
professores, sendo 310 do EP1, 130 do EPC e 90 do ESG.
• Construir 70 salas de aulas com material convencional ou local melhorado.
• Atingir 102 salas de aulas de construção convencional.
• Converter 15 EP1 em EPCs das 74 EP1 existentes.
• Aumentar de 432 centros de AEA para 530 centros e contratar 1.750
alfabetizadores.
• Abertura de 250 centros de alfabetização
MELHORAR EM 30% A CIRCULAÇÃO DE PESSOAS E BENS
A melhoria da circulação de pessoas e bens será feita nos seguintes moldes:
• Reabilitar 335kms de estradas vicinais
• Fazer manutenção de 88,5 kms de estradas terciárias
• Fazer manutenção de 266,6 kms de estradas classificadas
• Construir 17 pontes de betão armado
• Construir 31 aquedutos
AUMENTAR EM 20% A COBERTURA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
POTÁVEL E SANEAMENTO
MELHORAR EM 10% AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS
FUNCIONÁRIOS DA FUNÇÃO PÚBLICA
Para melhorar as condições de trabalho dos funcionários da Função Pública, o Governo
Local vai empreender algumas acções tais como: Construção de edifícios, residências e
aquisição de meios circulantes.
- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2010, Governo
Distrital.
- Balanço do Plano Económico e Social Durante o Ano de 2011, Governo
Distrital.
- CENACARTA - http://www.cenacarta.com
- Conta Geral do Estado 2011 e 2010 – Ministério das Finanças, Direcção Nacional
do Orçamento.
- District Poverty Maps for Mozambique: 1997 and 2007 - Based on
consumption adjusted for calorie underreporting - Ministério do Plano e Finanças,
Direcção Nacional de Estudos e Análise de Políticas.
- Estrutura Tipo do Governo Distrital - Decreto nº 6/2006 de 12 de Abril.
- Fichas estatísticas para o perfil distrital – Serviços Distritais
- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Censo agropecuário, 2009-2010.
- Instituto Nacional de Estatística, Dados do Recenseamento da População de 2007.
- Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.
- Ministério da Educação, Estatísticas Escolares.
- Ministério da Saúde, Estatísticas da Saúde.
- Perfil Distrital de 2005, Ministério da Administração Estatal, Direcção Nacional da
Administração Local.
- Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital, Governo Distrital (Plano para
cinco anos)
- Regulamento da Lei dos Órgãos Locais, n.º 8/2003 de 27 de Março.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2010,
Governo Distrital.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
Governo Distrital.
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDAE
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDPI
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDSMAS
- Relatório de Balanço das Actividades Desenvolvidas durante o Ano de 2011,
SDEJT
- Relatório sobre Pobreza e Bem-estar em Moçambique: 3ª Avaliação Nacional
(Outubro de 2010), Ministério do Plano e Finanças, Direcção Nacional de Estudos e
Análise de Políticas.
- Revista de Marketing Territorial – Ministério da Administração Estatal, Direcção
Nacional de Promoção do Desenvolvimento Rural.
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informativa.
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Direcção Nacional de Administração Local
Maputo - Moçambique
Primeira edição, primeira impressão 2012
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