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P-01: AS MEMÓRIAS EM PIUM: UMA OUTRA HISTÓRIA Expositor/autor: Adriene do Socorro Chagas. (Aluna de graduação do curso de Ciências Sociais, bolsista CNPq) [email protected] O presente trabalho é fruto de uma atividade de pesquisa em andamento na comunidade de Pium, esta fica às margens do rio que lhe dá o nome, localizada no município de Parnamirim. Através dos moradores mais antigos da comunidade, esse trabalho busca recolher narrativas, histórias de vida, sobre um passado cuja história oficial não registrou, resultando dessa maneira em uma outra história, a das vozes encobertas pelos considerados grandes feitos históricos, a da história positivista. E por meio dessas narrativas realizar-se-á uma reflexão sobre o tema da memória e sua relação com a questão da identidade, mais especificamente, a identidade étnica no estado do Rio Grande do Norte. Conhecer essa memória potiguar levar-nos-á a compreender sobremaneira o processo ideológico que as permeiam, bem como o presente, desta vez de um modo crítico e mais participativo. P-02: A CONSTRUÇÃO DO MITO DA “INTENTONA COMUNISTA” ATRAVÉS DA IMPRENSA POTIGUAR Autoras: Alessandra de Melo Torres (Graduanda do Departamento de História – UFRN) [email protected] Silvana Carla da Silva (Graduanda do Departamento de História – UFRN) [email protected] Françoise Dominique Valéry (Professora. Drª. do Departamento de Arquitetura – UFRN) Expositoras: Alessandra de Melo Torres Silvana Carla da silva O movimento denominado “Intentona Comunista” aconteceu no Rio Grande do Norte em 1935. Os militares, descontentes com a

PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

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P-01: AS MEMÓRIAS EM PIUM: UMA OUTRA HISTÓRIAExpositor/autor:

Adriene do Socorro Chagas.(Aluna de graduação do curso de Ciências Sociais, bolsista CNPq)[email protected]

O presente trabalho é fruto de uma atividade de pesquisa em andamento na comunidade de Pium, esta fica às margens do rio que lhe dá o nome, localizada no município de Parnamirim. Através dos moradores mais antigos da comunidade, esse trabalho busca recolher narrativas, histórias de vida, sobre um passado cuja história oficial não registrou, resultando dessa maneira em uma outra história, a das vozes encobertas pelos considerados grandes feitos históricos, a da história positivista. E por meio dessas narrativas realizar-se-á uma reflexão sobre o tema da memória e sua relação com a questão da identidade, mais especificamente, a identidade étnica no estado do Rio Grande do Norte. Conhecer essa memória potiguar levar-nos-á a compreender sobremaneira o processo ideológico que as permeiam, bem como o presente, desta vez de um modo crítico e mais participativo.

P-02: A CONSTRUÇÃO DO MITO DA “INTENTONA COMUNISTA” ATRAVÉS DA IMPRENSA POTIGUAR Autoras:

Alessandra de Melo Torres (Graduanda do Departamento de História – UFRN)[email protected] Silvana Carla da Silva(Graduanda do Departamento de História – UFRN)[email protected] Françoise Dominique Valéry (Professora. Drª. do Departamento de Arquitetura – UFRN)

Expositoras:Alessandra de Melo TorresSilvana Carla da silva

O movimento denominado “Intentona Comunista” aconteceu no Rio Grande do Norte em 1935. Os militares, descontentes com a situação política do país, uniram-se aos movimentos de oposição ao governo de Vargas, como o PCB. O movimento foi preparado para eclodir, simultaneamente, em alguns estados brasileiros no dia 27 de novembro de 1935, porém, no RN foi antecipado para o dia 23 do mesmo mês. Durante os quatro dias em que durou o levante, o jornal “A República”, Diário Oficial do Estado, narrou passo a passo do que ia acontecendo. O dito jornal abusou das palavras de caráter pejorativo e depreciativo para acusar e acima de tudo criar uma imagem negativa e até diabólica dos comunistas. Neste sentido, com base nos artigos coletados no jornal “A República”, referentes ao segundo semestre de 1935, o presente trabalho procurará demonstrar o mito criado em torno dos atuantes desse movimento, e repassado para a população local. Através desses artigos, pode-se perceber com clareza, a real intenção dos jornalistas vinculados ao governo do Estado, de transmitir uma imagem desqualificada dos participantes do movimento, bem como a todos os opositores do governo. Dentre os vários adjetivos atribuídos aos comunistas pelo referido jornal, tem-se: subversivos, rebeldes, desenfreados, perturbadores

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da ordem e das famílias, clastas perversas e até mesmo, soldados satânicos. Assim, estava criado o “mito do comunismo” entre a população, e o mais grave, uniu-se o significado de comunismo à desordem e selvageria. A partir de então, as pessoas, muitas vezes mal informadas, passaram a temer e repudiar o comunismo.

P-03: ÔNIBUS: NOVA TECNOLOGIA, NOVAS RELAÇÕES INTERPESSOAISExpositora/autora:

Aline Dantas de Araújo(Graduanda do Depto. de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN)[email protected]

Expositor/autor:Hélio Takashi Maciel de Farias(Graduando do Depto. de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN)[email protected]

Orientadora:Angela Lúcia de Araújo Ferreira(Profa. Dra. do Depto. de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN)[email protected]

As inovações técnicas que introduzem mudanças na estrutura urbana trazem novos hábitos ao cotidiano da sociedade. Em Natal, até a década de 1950, o bonde foi o principal meio de transporte coletivo. O ônibus surgiu, porém, como o substituto “moderno” dos velhos carris. Esse painel pretende discutir o que as especificidades do seu funcionamento provocaram, desencadeando e exigindo novos comportamentos dos citadinos, fossem eles usuários – forçados a se acostumar com os novos preços, a velocidade acelerada e as filas para abordagem e descida; ou os próprios funcionários das empresas – uma nova categoria profissional que se formou e defrontou-se com a necessidade de aprender na prática como lidar com as máquinas e com os passageiros. Tal situação, apresentada pela imprensa da época, causou insatisfação entre o público, acidentes de trânsito (atropelamentos e colisões) e de inúmeros conflitos interpessoais (de ofensas verbais a ameaças com armas brancas direcionadas aos passageiros). Assim, com o intuito de melhorar os serviços prestados pelas empresas de ônibus, foram promovidos “cursos de educação” para os funcionários, contratou-se mulheres - supostamente mais gentis - para o posto de cobradoras, e foi imposta, com maior rigidez, a fiscalização dos veículos e das atitudes dos motoristas. A partir dos sucessos e falhas dessas tentativas, a categoria profissional recém constituída se afirmou, destacando-se como uma nova protagonista dos “tempos modernos”. Do uso adequado desta nova tecnologia dependeu a aceitação do ônibus pela população, um passo importante para sua consolidação como transporte coletivo.

P-04: ARQUITETURA, URBANISMO E O MST: RESGATE DA ASSESSORIA DO DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA AO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRAExpositoras/autoras:

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Amadja Henrique Borges (Professora do Departamento de Arquitetura – UFRN) [email protected] Mariana Brito de Lima (Aluna do Departamento de Arquitetura – UFRN)[email protected]

Empreendimentos que levem à Reforma Agrária podem se constituir em expressivos desafios para nós, arquitetos e urbanistas, já que nos levam a questionar: qual a importância do nosso saber para o mundo rural e suas perspectivas de atuação? E quanto à universidade, num momento marcado por iniciativas que dêem retorno econômico diante do seu sucateamento? O nosso saber específico nos leva a compreender que urge a reforma agrária mas que é necessário que se planeje os novos assentamentos humanos dela decorrentes. As possibilidades de nossa participação enquanto professores e alunos de arquitetura e urbanismo de uma universidade pública se viabilizam no próprio desenho do habitat, de suas casas, seus equipamentos e na interpretação espacial do vivido, dos sonhos e desejos daqueles que vão habitar e trabalhar num novo local, com outras perspectivas. Este painel resgata atividades do Departamento de Arquitetura da UFRN desenvolvidas junto ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST, desde 1994. Foram realizados vários projetos e estudos, entre os quais os dos assentamentos Zabelê, Santa Teresinha, Terra Trabalho e Liberdade, uma tese, filmes, dois trabalhos finais de graduação, projetos arquitetônicos, como os do Centro de Formação em Ceará Mirim e da Sede do Movimento em João Câmara. Este ano nosso projeto de extensão, que também conta com a participação do Prof. Marcelo Tinôco, entre outros, visa desenvolver junto ao MST, uma experiência piloto de construção e gestão de um habitat para o atual Acampamento Maria da Paz, em João Câmara, estudando, também, novas formas de materiais alternativos, submetendo-as à decisão dos assentados. Por outro lado, o resgate de todas as atividades já realizadas pelo Departamento de Arquitetura fazem parte de nossa pesquisa “A Universidade e o MST”.

P-05: MST: HABITATS EM MOVIMENTO: TIPOLOGIAS DOS HABITATS DO MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA-MST EM SÃO PAULO E NO RIO GRANDE DO NORTE.Expositora/autora:

Amadja Henrique Borges (Professora do Departamento de Arquitetura – UFRN) [email protected] Colaboradora: Mariana Brito de Lima(Aluna do Departamento de Arquitetura – UFRN)[email protected]

Este painel apresenta as tipologias dos habitats do MST, relacionando-as com as necessidades específicas a esses assentamentos humanos. Ele foi montado a partir da tese de doutorado da professora Amadja Henrique Borges, defendida em 10 de maio de 2002 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU – USP.Como habitat, compreendemos o espaço da morada, de seus arredores, do acesso a equipamentos e serviços de infra-estrutura básica e social. Nesses assentamentos, há três tipologias específicas: as concentradas, com as famílias assentadas morando nas chamadas “agrovilas”, próximas umas das outras, mas separadas de suas áreas de produção; as

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dispersas, com as pessoas vivendo junto da produção, mas distantes dos equipamentos e da vida coletiva; e as mistas, onde algumas moram nos lotes de moradia e outras no de trabalho. Como necessidades específicas, compreendemos aquelas que atendem ao projeto do Movimento e, ao mesmo tempo, à melhoria das condições de vida daqueles que vivem o seu cotidiano no assentamento, assim como os seus projetos de vida. A partir de uma pesquisa em 39 assentamentos dos dois estados, vimos que o concentrado é o habitat mais adequado às necessidades específicas da organização e do trabalho, mas que são, principalmente, as tradições culturais das origens dos grupos sociais envolvidos, ou o seu vivido, que têm determinado as suas escolhas. Assim sendo, prevalece, em SP, os habitats dispersos, cujos moradores chamam de “sítio” e, no RN, os concentrados, cujos lotes de moradia são também conhecidos como “urbanos”. Como possível, apresentamos caminhos da construção de futuros habitats que tratem dos conflitos existentes em cada tipologia.

P-06: O AMBIENTE DE MANGUE NO LIXÃO DO ROGER – JOÃO PESSOA/PBAutor/ Expositor:

Ana Lucia do Nascimento Pereira

(Mestranda do Programa de Pós- Graduação em Geografia da UFRN)

O enfoque deste trabalho surge a partir do momento, onde o ser humano não encontra soluções para o acondicionamento de seus resíduos indesejáveis explorados e descartados à natureza, como é o caso da cidade de João Pessoa que absorve os dejetos de maneira irregular, impedindo ou condicionando um forte impacto ao ambiente local, causando uma paisagem assustadora no sentido humanitário para as pessoas que o têm como fonte de renda, e provoca enormes desastres ao ecossistema de mangue, que se encontra em situação de degradação. Nesse sentido procurou-se avaliar as condições ambientais do Lixão do Roger, através da disposição, e seus espaços, enfatizando os tipos de resíduos depositados neste ambiente de alta fragilidade, e também identificar locais que mais sofrem agressão ambiental, em especial no manguezal. Buscou-se identificar a produção de lixo recebido por toneladas no período de 1990 a 2002 neste lixão, analisando gráficos que demonstram em sua maioria o crescimento de resíduos do tipo: domiciliar e acumulado. Uma melhor qualidade ambiente do ecossistema “Manguezal” do Lixão do Róger passa por mudanças de comportamento e de educação ambiental, assim como de ações dos poderes públicos.

P-07: PRESENÇA DA LITERATURA ORAL EM CLÃ DO JABUTI, DE MÁRIO DE ANDRADEAutora/Expositora:

Ana Rosa de Mendonça NunesGraduanda do Depto. De Letras, [email protected]

Orientaor:Humberto Hermenegildo de AraújoProf. Dr. do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, UFRN

Levantamento de dados acerca das marcas da Literatura Oral nos poemas do livro Clã do Jabuti (1927), de Mário de Andrade, objetivando o estabelecimento de uma relação entre a

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moderna poesia brasileira e aquela literatura, por meio da identificação de registros de textos orais em poemas publicados. A partir da leitura da obra, e após uma análise com fundamentação teórica em material da teoria literária e da Literatura Comparada associada à História da Literatura Brasileira, procedeu-se o levantamento de dados já explicitado, concomitante a uma reflexão acerca do programa modernista, relacionando-o à prática do texto literário de Mário de Andrade e dos mais importantes poetas do Modernismo nacional. Os registros da oralidade estão representados nas formas de trechos de cantigas, lendas e mitos; provérbios, quadrinhas, músicas populares e termos lingüísticos, que aparecem sob a forma de citação direta ou indireta em 7 dos 22 poemas que compõem o livro Clã do Jabuti. Esse resultado, que indica uma tendência presente em outros livros publicados na mesma década, mantém o já tradicional diálogo entre o sistema literário brasileiro e o sistema da cultura oral brasileira. A importância de se estudar esta relação reside na necessidade de se demonstrar como as formas da oralidade se constituíram como um dos alicerces das fontes de pesquisa da poesia modernista da década de 20, e se integraram à forma literária escrita. Clã do Jabuti torna possível o estabelecimento de uma relação entre a literatura oral e a moderna literatura brasileira, aprofundando as indicações programáticas do Modernismo, e dando um sentido poético à brasilidade procurada sem a necessidade de seguir ao pé da letra as referidas indicações.

P-08: EDUCAÇÃO CORPORATIVA E ENSINO SUPERIOR: UMA REFLEXÃO INICIAL.Expositora/autora:

Anadir Pessoa Cavalcante Gomes(Professora do Curso de Pedagogia – Universidade Potiguar)[email protected]

A Sociedade do Conhecimento vem impondo às instituições uma mudança de postura, mediante seus trabalhadores. O patrimônio de maior valor das empresas não é mais os seus bens tangíveis, mas sim o conhecimento. Diante desse novo paradigma de sociedade proliferam nas universidades, cursos, cujo currículo baseia-se nos moldes da globalização econômica, no menor tempo de escolarização possível e nos critérios de qualidade definido pelas grandes empresas. Essa parceria, universidade–empresa vem consolidando, no Ensino Superior brasileiro, a realidade americana da modalidade Educação Corporativa\Universidade Corporativa. O presente trabalho tem como objetivo apresentar um pouco das reflexões, ainda preliminares, que estamos fazendo sobre a temática Educação Corporativa e Magistério Superior. As nossas reflexões são frutos de uma pesquisa bibliográfica que estamos realizando e que tem nos ajudado a conhecer de forma sistemática, o tema em investigação. Até o presente momento temos podido constatar que dos quatro elementos (aluno, professor, conteúdo, instituição) do processo ensino aprendizagem, apontado por Moreira (1997) como de fundamentais importância para melhoria do ensino superior, os elementos instituição e conteúdo, parecem protagonizar a educação corporativa. As reflexões feitas até o momento, como já dissemos, são iniciais, porém em consonância com o processo de profissionalização do magistério superior, processo ainda não considerado pela modalidade Educação Corporativa.

P-09: ENCONTRO DE EDUCAÇÃO DE CANGUARETAMA: UMA EXPERIÊNCIA DE SUCESSO

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Autoras/Expositoras:Anadir Pessoa Cavalcante Gomes [email protected](Professora do curso de Pedagogia – UnP)Maria da Piedade Pereira de Souza [email protected] (Estudante do curso de Pedagogia – bolsista do PROBIC / UnP)

Este trabalho apresenta uma experiência realizada na cidade de canguaretama – RN, quando na prática pedagógica II, do curso de pedagogia da UnP, foi preciso desenvolver um projeto de intervenção. Canguaretama foi o município escolhido para realização do mesmo, tendo em vista a necessidade de atualização e carência de qualificação profissional, dos professores locais. Sistematicamente há três anos, vem se realizando o Encontro de Educação de Canguaretama, trazendo temáticas como: educação: Em busca de novas maneiras de ensinar e aprender, Docência uma ação de ludicidade, Gestão participativa: Uma quebra de paradigma na escola, desenvolvidos a partir de: oficinas, palestras, minicursos, aula de campo, comunicações orais, painéis e mesas redondas, ministrados por professores e alunos das instituições universitárias do RN. Professores dos mais diversos municípios do RN têm participado, aumentando relativamente o número de participantes a cada encontro. A experiência vem se desenvolvendo com êxito e responsabilidade, por isso é importante continuar contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do sistema educacional brasileiro, em particular da cidade de Canguaretama, uma vez que a educação é considerada o maior patrimônio de um povo.

P-10: BALANÇO DO NEOLIBERALISMOApresentadoras/autoras:

Anna Karollyne Ferreira LopesCáthia Alessandra Varela Athaíde(Alunas do Curso de Graduação em Serviço Social – UFRN)[email protected]

O Neoliberalismo torna-se ideologia dominante numa época em que os EUA detêm a hegemonia exclusiva do planeta. É uma ideologia que procura responder à crise do estado nacional ocasionada de interligação crescente das economias das nações industrializadas por meio do comércio e das novas tecnologias. Enquanto o liberalismo clássico, da época da burguesia nascente, propôs os direitos do homem e do cidadão, entre os quais, o direito à educação, o neoliberalismo enfatiza mais direitos do consumidor do que as liberdades públicas e democráticas e contesta a participação do estado no amparo aos direitos sociais. Representa uma regressão do campo social e político e corresponde a um mundo em que o senso social e a solidariedade atravessam uma grande crise. É uma ideologia neoconservadora social e política, por isso afina-se facilmente com a sociedade administrada dos chamados países avançados, em que o cidadão foi reduzido a mero consumidor, e cresce no Brasil e em outros países da América Latina, vinculando-se à cultura política predominantemente conservadora. O neoliberalismo parte do pressuposto de que a economia internacional é auto-regulável, capaz de vencer as crises e, progressivamente, distribuir benefícios pela aldeia global, sem a necessidade de intervenção do Estado. Enquanto o liberalismo tinha por base o indivíduo, o neoliberalismo está na base das atividades do FMI, do Banco Mundial, dos grandes conglomerados e das corporações

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internacionais. A liberdade que postula é a liberdade econômica das grandes organizações, desprovida do conteúdo político democrático proposto pelo liberalismo clássico.

P-11: O ESPIRITO DA COISA: UMA ANÁLISE SOCIOLOGICA DA CONSTRUÇÃO DE IDENTIDADES ATRAVÉS DO CONSUMO.Autora/Expositora:

Anna Paola de Oliveira(Mestranda do Programa de Pós-Graduação em ciências Sociais – UFRN)

Orientador:Edmilson Lopes Junior(Professor do Departamento de Ciências Sociais – UFRN)

O objetivo deste trabalho foi verificar os dispositivos por meio dos quais os moradores de uma rua localizada na periferia de Campina Grande, PB, se identificam socialmente. Para tanto, realizamos um levantamento bibliográfico, seguido de uma observação observadora e realização de entrevistas semi-estruturadas em torno de temas chaves. O consumo se destacou como um dos dispositivos fundamentais que asseguram a identidade social do grupo. Pois este é um dispositivo por meio do qual os indivíduos se pensam e pensam suas relações sociais, comunicam-se, concedem status, criam novas formas de ação, ou seja, mais do que nunca, o consumo esta amarrado a uma teia de significados culturais na qual os próprios indivíduos tecem suas impressões, destacando tal consumo como um recurso para se pensar a instável ordem social, as interações incertas ou as afinidades com os demais. Estes foram os resultados parciais que obtivemos até este momento da pesquisa.

P-12: CINAS DE LINGUAGEM – UMA EXPERIÊNCIA BEM-SUCEDIDA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO RIO GRANDE DO NORTEAutoras/Expositora:

Arlene Isabel Venâncio de Souza.(Mestranda em Literatura Comparada do Departamento de Letras – UFRN)[email protected] Marly Rocha Medeiros de Vargas(Mestre em Educação – UFRN e Coordenadora das Oficinas de Linguagem na SECD/RN)[email protected]

O Presente resumo se pretende ao relato das experiências que compuseram os 10 (dez) anos de implantação das Oficinas de Linguagem nas escolas estaduais do Rio Grande do Norte, além de 3 (três) instituições voltadas para Educação Inclusiva, experiências essas configuradoras de avanço na esfera da Educação Especial do nosso Estado, tendo em vista a transformação por que passou o serviço de atendimento à criança e ao jovem portadores de dificuldades de linguagem, precisamente no que tange aos aspectos fonoarticulatórios, com reflexos sobretudo na escrita. As Oficinas de Linguagem emergiram em consonância com os novos postulados delineados pela Subcoordenadoria de Educação Especial – Órgão integrante da SECD/RN, trazendo, na base de sua proposta, mudanças de caráter não apenas terminológico, mas filosófico, teórico e metodológico.

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P-13: DIREITO FORÇA E PODER: PROTEÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOSExpositores/autores:

ARMANDO MOURY FERNANDESCÁRMEN CELESTE C. C. DE ALBUQUERQUECo-autor: ÉRICA CARVALHO(Alunos do 2º ano de Direito – FARN/FAL)[email protected]

Orientadores:Profº Esp.CLAUDOMIRO BATISTA DE OLIVEIRA JÚNIORProfª Ms.SARA ANDRADEProfº Dr.CARLOS ALBERTO NICOLETTI DA SILVA

Esta pesquisa tem o enfoque na proteção internacional de Direitos Humanos. Demonstrando que os direitos considerados como fundamentais em determinada época são definidos em função das evoluções históricas. O tema da Revolução Francesa: liberdade, igualdade e fraternidade, inspirou a evolução histórica das três gerações de direitos humanos. A idéia da primeira geração tinha como objetivo impor limites ao Estado. As transformações sociais foram base da segunda geração. Os massacres ocorridos, durante a Segunda Guerra Mundial, nos campos de concentração e o lançamento das bombas em Hiroshima e Nagasaki, acarretaram a necessidade da paz, formando a terceira geração. Com Carta de São Francisco, os direitos foram internacionalizados, e fundada a Organização das Nações Unidas. Existe uma grande polêmica sobre o status dos prisioneiros de guerra do Al-qaeda e do Talebã presos pelos Estados Unidos na guerra contra o terrorismo, e levados à base de Guantánamo. O tratamento dispensado a estes prisioneiros pode ir de encontro às a convenção de Genebra em 1949. A fase de responsabilidade individual dos crimes de guerra e com a implantação do Tribunal Penal Internacional pela Organização das Nações Unidas, dirigido para julgar os responsáveis pelas violações à convenção de Genebra, ocorridos na anterior Iugoslávia e Ruanda. O julgamento do ex-presidente iugoslavo Slobodan Milosevic é visto como um teste para as leis e instituições legais internacionais. Portanto, a garantia e a promoção dos direitos humanos são peças fundamentais para a obtenção do Estado de Direito, e consequentemente a paz. É por meio destes direitos que na evolução histórica são alcançadas as formas de defesa da humanidade.

P-14: A DINÂMICA DA EXCLUSÃO SOCIAL: O CASO DE MÃE LUIZA. Expositores:

Artemísia da Silva Lucena.(Graduanda do Curso de Serviço Social – UFRN)[email protected] Nuara de Sousa Aguiar.(Graduanda do Curso de Serviço Social – UFRN)[email protected]

Autores:

Artemísia da Silva LucenaFrancilene Soares de Medeiros

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Janne Celly Tibúrcio de MedeirosNuara de Sousa AguiarRaíssa Pinto Cardoso

O bairro de Mãe Luiza, localizado na Zona Leste de Natal, deixou de ser considerado favela desde a década de 60. No entanto, tal mudança, que se baseia em fatores como crescimento populacional, infra-estrutura e objetivos políticos tendem a mistificar o verdadeiro contexto de exclusão social do bairro. Porém, simplesmente dizer que sua população é excluída, é insuficiente para explicar a realidade, visto que esta é complexa e composta por vários meandros, os quais constituem-se vias de interpretação. O próprio termo exclusão social é digno de considerações mais aprofundadas, pois até em sua conceituação há divergências. Paugam (1996), por exemplo, admite ser um termo ainda contraditório e que abarca em seu universo preocupações, tais como precariedade do emprego, ausência de qualificação suficiente, incerteza do futuro. Já Castel (1997) conceitua a exclusão como sendo um processo de marginalização decorrente de uma deficitária integração no âmbito do trabalho, da moradia, da educação e da cultura e que tem como causa a desagregação das proteções ligadas ao trabalho, o que, por conseguinte, gera condições salariais, as quais não permitem a participação nos circuitos vivos de trocas sociais, por parte da população excluída. Sendo assim, o painel analisa o bairro de Mãe Luiza buscando caracterizar como se comporta sua dinâmica de exclusão social; de que forma a categoria trabalho relaciona-se com tal fenômeno; qual a postura da população diante do seu contexto sócio-econômico, político e cultural e quais têm sido as estratégias de sobrevivência por ela desenvolvida; além de pontuar os fatores que colaboraram para a amenização da exclusão social naquela comunidade.

P-15: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE PSICOLOGIA APLICADA – SEPA, DA UFRNExpositores:

Beatriz Furtado Lima(Aluna do Departamento de Psicologia – UFRN)Larissa Maria Gomes de Carvalho(Aluna do Departamento de Psicologia – UFRN)[email protected]

Autores:Beatriz Furtado Lima [email protected] Karin Juliane Duvoisin Bulik [email protected] Maria Gomes de Carvalho [email protected](Alunas do curso de Psicologia – UFRN)

Orientador:Prof. Francisco de Assis Medeiros da Silva(Professor do Departamento de Estatística da UFRN)

A Psicologia dispõe de uma gama de possibilidades de atuação no mercado. Entretanto, onde seu trabalho mais se destaca é na área clínica. O SEPA, Serviço de Psicologia Aplicada da UFRN, além de funcionar como uma clínica escola, abrindo oportunidade de experiência para os graduandos da área, também contribui facilitando e ampliando o acesso da população a um tratamento psicoterápico. O trabalho tem como objetivo traçar o perfil das pessoas que procuram o SEPA, focalizando, principalmente, os motivos que levam

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cada uma a buscar o atendimento psicológico. Utilizou-se os dados extraídos dos arquivos do SEPA, a partir de um formulário restrito às questões mais relevantes do objetivo proposto como data de nascimento, sexo, profissão, estado civil, razão da procura, entre outros, relativos ao ano de 2000, quando foram registrados 867 atendimentos. Desses, devido à grande diversidade de motivos encontrados, foram abordados apenas os 10 que mais se destacaram, os quais são: agressividade, depressão, queixas relativas à área escolar, ansiedade, dificuldade de aprendizagem, choro fácil, nervosismo, dificuldade de relacionamento pessoal, agitação e rebeldia. Observou-se que há uma considerável correlação entre os motivos e as características das pessoas. Com isso, é possível se vislumbrar o tipo de cliente que aguarda o psicólogo clínico no mercado de trabalho, bem como se ter uma melhor idéia de suas necessidades e o que os leva a procurar a psicoterapia.

P-16: QUEIXAS ESCOLARES: COMO PERCEBEM E ATUAM OS PSICÓLOGOS CLÍNICOS EM NATALExpositores:

Beatriz Furtado Lima (Aluna do Departamento de Psicologia – UFRN)Maria Christina Santos Barker (Aluna do Departamento de Psicologia – UFRN)

Autores:Beatriz Furtado Lima Domiciano C. Aguiar Filho Luiz Pereira da Silva Neto Maria Christina Santos Barker (Alunos do Curso de Psicologia da UFRN)

Orientador: Prof. Márcio Capriglione (Professor do Departamento de Psicologia - UFRN)

Atualmente, muitos problemas escolares estão sendo encaminhados para os psicólogos. Algumas escolas já possuem na sua equipe um psicólogo escolar. No entanto, no caso das instituições escolares da rede pública de Natal, nas quais não há psicólogo escolar, as queixas são tratadas com o encaminhamento dos alunos à psicoterapia clínica individual. Nosso trabalho teve como objetivo conhecer as principais razões e queixas que levam alunos do ciclo básico a serem encaminhados a psicólogos, bem como analisar como tem sido a atuação destes frente a essas questões. Escolhemos como amostra, entrevistar as psicólogas do SEPA (Serviço de Psicologia Aplicada da UFRN) que recebem alunos do ciclo básico da rede pública de ensino de Natal encaminhados por motivo de queixa escolar. As perguntas focalizaram questões sobre as queixas escolares, os tipos de intervenção e atuação dessas profissionais em relação às queixas. Segundo as entrevistadas, as queixas escolares mais freqüentes são: dificuldades de aprendizagem e concentração, agressividade, hiperatividade, baixo rendimento escolar, ansiedade, dificuldades de relacionamento com professores e colegas, bem como problemas de adaptação à escola. Percebemos que essas psicólogas consideram as queixas escolares, em geral, como sendo sintomas de outras causas emocionais e pessoais de cada criança, dando pouca importância ao contexto escolar. Consideramos que tal procedimento pode impedir que se investigue a

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fundo a dinâmica e metodologia da própria escola e que se busque e encontre outras alternativas para ajudar esses alunos a superarem seus problemas escolares.

P-17: SUICÍDIO: PROBLEMA SOCIAL E DE SAÚDE PÚBLICA.UM LEVANTAMENTO QUANTITATIVO NO SCIELO.Autores:

Beethoven Hortencio Rodrigues da Costa Elza Maria do Socorro DutraLaiane Cunha da Costa

Expositores:Beethoven Hortencio Rodrigues da CostaLaiane Cunha da Costa(Alunos do Curso de Psicologia – UFRN) [email protected]

Por Platão, Aristóteles, Hume, Kant, Camus e Durkheim, o suicídio foi abordado de várias maneiras. Entretanto, constata-se que ainda há poucas pesquisas sobre o assunto. Isto ficou evidente em uma pesquisa que realizamos no site do Scielo, The Scientific Electronic Library Online - SciELO especificamente nos periódicos de Ciências Humanas, em número de dezessete, nos últimos cinco anos, foi encontrado um único artigo: POZ, João Dal.Crônica de uma morte anunciada: do suicídio entre os Sorowaha. Rev.Antropol.,2000,vol.43, no.1, p.89-144.ISSN 0034-7701. Considerando que em alguns países, o suicídio é um problema de saúde pública, também foram pesquisados periódicos por assunto de saúde púbica, sendo encontrados doze artigos. Portanto, vê-se a necessidade de abordar esse tema diretamente relacionado ao sofrimento psíquico, consistindo num problema social e de saúde pública. Desses artigos, dois são do periódico Salud pública México, quatro da Revista de Saúde Pública e seis do Caderno de Saúde Pública, nos quais, são estudados por exemplo: a epidemiologia da intoxicação aguda por inseticidas, ideação suicida e características associadas em mulheres adolescentes, variações sazonais do suicídio. A informação científica é necessária para o conhecimento e resolução desse problema, por isso deve ser disseminada em congressos, artigos, etc; onde se deve ter como primordial que o suicídio é multideterminado, isto é, ele não pode ser atribuído ou justificado por uma única causa. O suicídio é a combinação de fatores biológicos, emocionais, sócio-culturais, filosóficos e religiosos que, culminam numa manifestação exacerbada contra si mesmo.

P-18: ASPIRAÇÕES PROFISSIONAIS DE ADOLESCENTES DA CIDADE DO NATAL – UM ESTUDO COMPARATIVOExpositores:

Bianca Tavares Rangel Renata Maria Santos de Oliveira(Alunas do Curso de Psicologia – UFRN)[email protected]

Autores:Andrezza Silva do Amaral; Ariane Cristiny da Silva Fernandes; Bianca Tavares Rangel; Larissa Maria Gomes de Carvalho; Renata Maria Santos de Oliveira;

Page 12: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

Rodrigo Tavares Pinheiro de Medeiros; Syméia Simião da Rocha; Vera Maria de Castro Saraiva.

Orientadora/Monitora:Drª. Clara M. Melo SantosRosângela Barros(Professoras do Departamento de Psicologia – UFRN)

A escolha profissional é considerada um tema central da adolescência, permeado por conflitos e influenciado por fatores biopsicossociais, marcando a inserção do jovem no “mundo adulto”. Assim, desenvolveu-se um estudo comparativo entre adolescentes, estudantes de escola pública localizada em bairro da periferia da cidade de Natal/RN e estudantes de escola particular de bairro da classe média alta deste município, buscando identificar diferenças e/ou semelhanças quanto aos aspectos relacionados às aspirações profissionais. Utilizou-se questionário com perguntas abertas, aplicado nas próprias instalações escolares. Entrevistaram-se 68 adolescentes, com faixa etária entre 15 e 19 anos: 36 estudantes de escola pública (17 meninos e 19 meninas) e 32 de escola particular (16 de cada sexo). Além das aspirações profissionais investigou-se outros aspectos: os motivos que os levaram a essa escolha, influências recebidas, se diante de uma nova possibilidade eles mudariam suas escolhas e o que achariam necessário fazer para alcançar seus objetivos. Observou-se que, enquanto 97% dos adolescentes da escola particular almejam profissões que exigem curso superior, apenas 39% dos pertencentes à escola pública apresentam esta opção. No plano hipotético, verifica-se que, entre os adolescentes da escola pública, a percentagem para curso superior conserva-se, enquanto que, para os da escola particular, esta percentagem diminui para 75%. Entre os motivos alegados para a escolha profissional, o caráter afetivo tende a prevalecer tanto no plano real como no hipotético entre os dois grupos pesquisados. Quanto às influências recebidas pelos jovens na sua escolha profissional, percebeu-se que, o fator “realização pessoal/identificação” tende a predominar nos dois grupos estudados. Foi possível verificar com a pesquisa que o meio social ao qual pertencem os adolescentes pode interferir no processo de escolha e aspiração profissional destes.

P-19: A DINÂMICA NA FORMAÇÃO DE COALIZÕES: O CASO DA UNIDADE POPULAR NO RNAutor/Expositor:

Bruno Cesário de Oliveira(Mestrando do Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais)[email protected]

Orientadora:

Ilza Araújo Leão de Andrade

O presente trabalho investiga o processo de formação de coalizões no plano estadual brasileiro. Realizamos um estudo de caso acerca da coalizão Unidade Popular, grupo liderado pelo PMDB no estado do Rio Grande do Norte e ocupante do governo estadual de 1995 a 2002. A expansão da Unidade Popular no Rio Grande do Norte e sua subseqüente redução, cobrindo particularmente o período citado, é objeto central do levantamento realizado, onde adotamos a perspectiva da teoria de coalizões desenvolvida por William Riker, que procura analisar como a formação de coalizões se dá em contextos de elevado

Page 13: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

uso de patronagem como recurso de poder político. O trabalho defende a hipótese de que a incerteza em relação ao pleito de 2002 impulsionou tentativas de expansão da coalizão que, por sua vez, foram determinantes para sua subseqüente redução. Assim, demonstramos através de dados eleitorais, bem como dados relativos à migração partidária, comparando diversos momentos da história política recente do RN, como se deu esse processo no estado do Rio Grande do Norte.

P-20: 1904 E 1958: A SECA NO DISCURSO DE MODERNIZAÇÃO DA CIDADE DO NATAL.Expositora/autora:

Caliane Christie Oliveira de Almeida Silva (Graduanda do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Bolsista PPPg, Base de Pesquisa Estudos do Habitat do Depto. de Arquitetura – UFRN) [email protected]

Expositor/autor:Francisco da Rocha Bezerra Junior(Graduando do Curso de Arquitetura e Urbanismo, Bolsa Cnpq, Base de Pesquisa Estudos do Habitat do Depto. de Arquitetura – UFRN)[email protected]

Orientadora:Angela Lúcia de Araújo Ferreira(Profa. Dra. do Depto. de Arquitetura e Urbanismo – UFRN)[email protected]

A história da seca é marcada por discursos que representam interesses políticos e econômicos concretizados, na maioria das vezes, em ações imediatistas e emergenciais. As secas de 1904 e 1958 ocorridas no estado do RN, porém, resultaram em discursos que propunham ações distintas, em que se percebe uma maior preocupação com questões referentes à modernização da capital. É objetivo deste painel estabelecer um paralelo entre essas duas secas, demonstrando as preocupações e as ações conseguintes dos governantes que resultaram em transformações em sua estrutura urbana. Em 1904, isso se traduzia em propostas e realizações pautadas por ideários higienistas, justificadas pelo agravamento das “condições sanitárias” exacerbadas pela presença de grande número de retirantes à procura de condições mínimas de trabalho e moradia na cidade, no entanto, os recursos eram direcionados para melhoramento do porto, calçamento e “aformoseamento” do seu espaço urbano, caracterizando a Belle Époque natalense. Em 1958, os projetos resultaram no crescimento físico-espacial da cidade e foram justificados por prepará-la para a industrialização, procurando substituir as velhas atuações de caráter imediatista, por medidas mais sociais dentro da política desenvolvimentista vigente no país. Em ambas as secas, a aplicação dos recursos federais e a utilização da mão-de-obra migrante se deram em das melhorias na infra-estrutura da cidade e de sua modernização urbana. Tais atitudes e discursos refletiam, nesses dois momentos, o desejo das elites políticas em transformar Natal numa capital, sobretudo “moderna”, como a dos grandes centros europeus.

P-21: A INFLUÊNCIA DOS ESTÁGIOS PROFISSIONAIS NO PROCESSO DE ANSIEDADE EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIAExpositoras:

Page 14: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

Camomila Lira Ferreira(Aluna do Departamento de Psicologia – UFRN)Carolina Monte Lague(Aluna do Departamento de Psicologia – UFRN)

Autoras:Camomila Lira [email protected] Monte [email protected](Alunas do Departamento de Psicologia – UFRN)

Orientadoras:Eulália Maria Chaves [email protected] Gomes da [email protected](Professoras do Departamento de Psicologia – UFRN)Katie Moraes de Almondes(Doutoranda da Psicobiologia – UFRN)[email protected]

A ansiedade é um sinal de alerta que impulsiona o indivíduo a uma resposta adaptativa frente a situações novas. Os estudantes do 5º ano de Psicologia da UFRN têm que realizar estágio curricular em uma das áreas de atuação em psicologia, cumprir demandas acadêmicas e horários exigidos pelas instituições onde estagiam - situações novas e desafiadoras. Assim, objetivou-se avaliar os escores de traço e estado de ansiedade desses estudantes. A amostra constituiu-se por 24 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 25,754,47 anos, que estavam realizando estágios nas áreas clínica, hospitalar, escolar e organizacional. Utilizou-se uma ficha de identificação e um Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE). Os resultados mostraram que os valores médios dos escores de traço e estado de ansiedade foram de 46,3311,07 e 47,679,10, respectivamente. Verificou-se, ainda, que os escores de traço e estado de ansiedade hospitalar e clínica foram os mais significativos: em hospitalar, 48,259,25 e 50,758,88, respectivamente e, em clínica, 43,6412,46 e 46,828,80, respectivamente. Assim, percebe-se que a situação de estágio é ansiogênica e que os estagiários de hospitalar, em especial, apresentam maiores escores de estado e traço de ansiedade, sugerindo que eles estão em situação de estresse, pois, além das demandas acadêmicas e dos estágios, ainda convivem com os fatores ansiogênicos enfermidade, dor e morte. Cabe uma reflexão sobre as conseqüências negativas da ansiedade, visto que os fatores ansiogênicos reduzem a atenção e concentração.

P-22: PADRÃO DO CICLO SONO VIGÍLIA EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE: A INFLUÊNCIA DOS ESTÁGIOS PROFISSIONAIS, DOS HORÁRIOS E DAS DEMANDAS ACADÊMICAS.

Expositoras:Camomila Lira Ferreira

Page 15: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

(Aluna do Departamento de Psicologia – Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN)

Carolina Monte Lague

(Aluna do Departamento de Psicologia – UFRN)

Autoras:Camomila Lira Ferreira

[email protected]

Carolina Monte Lague

[email protected]

(Alunas do Departamento de Psicologia – UFRN)

Orientadoras:Eulália Maria Chaves Maia

[email protected]

Neuciane Gomes da Silva

[email protected]

(Professoras do Departamento de Psicologia – UFRN)

Katie Moraes de Almondes

(Doutoranda da Psicobiologia – UFRN)

[email protected]

Estudos demonstram que horários escolares, demandas acadêmicas e plantões profissionais relacionam-se com privação de sono e baixo desempenho acadêmico, trazendo conseqüências negativas para a saúde. Assim, objetivou-se verificar o padrão de sono-vigília de estudantes de Psicologia do 5° ano da UFRN. Além das demandas acadêmicas e dos horários escolares (irregulares), eles cumprem as exigências e horários das instituições (horários de trabalho flexíveis) nas quais estão desenvolvendo seus estágios curriculares. A amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,54,95 anos. Observou-se que, durante a semana, em média, os estudantes dormiam às 23h51min00h40min e acordavam às 07h08min1h00min, tendo uma duração de sono de 07h03min1h13min. Durante os finais de semana, os estudantes dormiam às 24h54min1h37min e acordavam às 08h38min1h22min, com uma duração de sono de 07h38min1h12min. Os estudantes da amostra apresentam um padrão de sono e vigília caracterizado por horários tardios de início e fim de sono e deslocamento de fases, sem redução significativa na duração de sono, tanto na semana quanto no fim de semana, sugerindo que não há privação de sono. Esses resultados indicam que apesar do 5º ano ser um momento de densas demandas acadêmicas, de estágios e de horários sobrecarregados, os estudantes têm uma flexibilidade na distribuição dessas exigências ao longo do dia sem prejudicar a sua duração de sono e sem ocasionar privação de sono.

Page 16: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

P-23: PSICOLOGIA EDUCACIONAL EM UMA CRECHE FILANTRÓPICA: PERSPECTIVAS DE DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTILAutoras/expositoras:

Cássia Lidianne Medeiros Dantas Tasia Pereira de Moura Alunas do Departamento de Psicologia/UFRNE-mail: [email protected] para contato: 2066766

Co-autor:Périsson Dantas do NascimentoMestrando em Psicologia/UFRN, Supervisor do Projeto

Com a crescente inserção feminina no mercado de trabalho, aumenta também a exigência de opções de cuidados alternativos para bebês e crianças pequenas. Assim, a creche surge como instituição caracterizada por um trabalho assistencial e custodial, que objetiva integrar um trabalho educativo com objetivo de promover a o cuidado e a formação da criança. A instituição apresentada nesse trabalho atende 95 crianças de 3 a 7 anos, oriundas de famílias de baixa renda, sendo responsável por um trabalho educacional filantrópico. Visando delimitar o foco da intervenção, foi realizada uma pesquisa de diagnóstico institucional, coletando dados sobre seu histórico, estrutura e funcionamento por meio de observações do cotidiano escolar, entrevistas com os pais, direção e instrutores, e pesquisa documental. Temos a intenção de apresentar os resultados desse processo de investigação, que apontou como pontos significativos: a necessidade de atualização das metodologias e filosofias de trabalho; pouco envolvimento dos pais no cotidiano escolar dos filhos e a falta de espaços de trabalho lúdico dirigido com os alunos. A partir desses dados, estamos desenvolvendo nossa intervenção em três eixos: 1) capacitação das monitoras, por meio de dinâmicas de grupo, discussões e palestras sobre educação infantil, desenvolvimento cognitivo e emocional e relações interpessoais; 2) montagem de brinquedoteca para a potencialização do espaço lúdico para as crianças na instituição e 3) trabalho com os pais, visando discutir temas voltados para a educação infantil e o comprometimento da família com o desenvolvimento das crianças, tanto no aspecto cognitivo, quanto afetivo.

P-24: CIÊNCIAS DA SAÚDE NO SCIELO: UM LEVANTAMENTO QUANTITATIVO DE ESTUDOS SOBRE O SUICÍDIO.Autores:

Cinthya de Oliveira Borja Cíntia Gouveia Costa Leonardo Cavalcante de Araújo Mello Tatiana Minchoni Luciana Paixão de Cunha Pessoa Sheila Kaionara Ferreira do Rêgo (Alunos de Iniciação Científica do Curso de Psicologia/UFRN)Elza Dutra Profa. Dra. do PpgPsi/UFRN

Expositores: Cinthya de Oliveira Borja

Page 17: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

Cíntia Gouveia Costa(alunas de graduação do curso de Psicologia – UFRN)[email protected] [email protected]

O suicídio é uma das principais causas de mortes no mundo e é uma questão de saúde pública, pois o aumento da sua ocorrência indica um adoecimento da população. No entanto esse tema ainda é cercado de mitos e preconceitos, o que dificulta os estudos sobre esse fenômeno. Na tentativa de ampliar o conhecimento sobre essa temática, este estudo objetivou verificar, na livraria on-line Scielo, na área de Ciências da Saúde, a quantidade de publicações que têm como objeto de estudo, o suicídio. Para isso, foi feito um levantamento quantitativo do número de publicações sobre o suicídio, nos periódicos divulgados no Scielo, na referida área, no período de 1996 a 2002. Dentre os 32 periódicos revisados, 5 apresentaram artigos sobre a temática foco deste trabalho, contabilizando 15 artigos. Verifica-se que grande parte desses estudos estão associados à psiquiatria e relacionam o suicídio à depressão. A maioria dos estudos foi realizada no estado de São Paulo, confirmando achados anteriores, os quais mostram que é nas regiões sul e sudeste onde encontra-se o maior número de produções científicas acerca do suicídio. Consideramos este número pouco significativo, uma vez que a morte voluntária, deveria ser alvo de maior atenção e, assim, objeto de um maior número de estudos. Isto mostra a importância dessa pesquisa, que aponta para a necessidade de se estimular novos estudos, sendo necessário um maior aprofundamento desse assunto não somente pela área da saúde, mas de todas as outras, visto que para uma melhor compreensão desse fenômeno é imprescindível uma visão interdisciplinar que possa contemplar todos os aspectos dele constituintes.

P-25: A AFETIVIDADE COMO ESTRATÉGIA DE ACERCAMENTO TEXTUALExpositor/autor:

Claudia Gomes de Lima Autor/orientador:

Marly Amarilha (Aluna/bolsista do curso de Pedagogia – UFRN)[email protected]

O presente trabalho tem como objetivo discutir o papel da afetividade no acercamento e significação ao texto de literatura. Considerando a importância do assunto e a ausência de estudos que relacionem leitura e afeto, escolhi desenvolver o tema na tentativa de revelar a importância dessa relação para um melhor desenvolvimento dentro da sala de aula ao que se refere professor/aluno/texto em situação de leitura. O estudo toma como objeto de análise a 6a sessão de releitura realizada na pesquisa “O ensino de literatura: professores e aprendizes e a atuação na comunidade de intérpretes nas escolas da rede pública do Rio Grande do Norte – 2a etapa” (CNPq – PPPg, 2001), que teve por objetivo conhecer a dinâmica que constitui a comunidade de leitura instaurada na escola. Considerou a atuação do professor em atitude scaffolding (andaime) dos alunos e do texto literário acessível através da leitura oral e da discussão pós-leitura em situação experimental. O estudo fundamenta-se na Estética da Recepção, em especial, nas idéias de Iser (1991) e Jauss (1979) e nos estudos de Piaget (1970, 1973,1977) e Wallon (1972) sobre a relação entre

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afetividade e o processo de aprendizagem/desenvolvimento humano. Na sessão de leitura em foco, foi utilizada a mediação por andaime (scaffolding) (Graves e Graves, 1995) que consiste em uma leitura animada e apoiada por um leitor mais experiente. O afeto surgiu sob forma de motivação e curiosidade, o que tornou mais acessível a compreensão textual e a relação dos leitores/ouvintes com o mediador. Concluímos que as principais idéias apresentadas neste estudo são: a afetividade como elemento interferente na compreensão da leitura e como estratégia importante para a compreensão de um texto.

P-26: A ESCRITA E SEU DUPLO: CAMPOS MÚLTIPLOS DE OBSERVAÇÃO E INVENÇÃO.Expositora:

Cristiane Fernandes da Costa(Graduando em Ciências Sociais -UFRN)[email protected]

Orientadora:Profª. Drª. Maria de Lourdes Patrini(Professora do Departamento de Letras – UFRN

O pesquisador que suscita uma narrativa oral, dá ao narrador precisões sobre o objeto e o sentido de seu trabalho. Assim, este trabalho privilegia o estudo do diário de campo, no qual verifica-se a presença ao mesmo tempo de um diário no senso estrito do termo (um diário de etnógrafo) e também um diário pessoal íntimo do pesquisador. Integra nosso objeto de estudo alunos de graduação, iniciação científica e pós-graduação em Ciências Sociais e Humanas da UFRN, que estão realizando atividades de pesquisa ou desenvolvendo projetos individuais de pesquisa. Unindo teoria e prática, este trabalho fundamenta-se na interface disciplinar da análise interpretativa dos jogos de linguagem e da busca de identidade, através da narrativa de vida do indivíduo enquanto pesquisador. A análise desses diários de campo, se dá através do método proposto pelo sociólogo francês Jean-Claude Kaufmann, a Entrevista Compreensiva, pelas reflexões sobre o diário íntimo estudado por Philippe Lejeune e, as sociologias dos sistemas simbólicos segundo Nobert Elias e Pierre Bourdieu. Ela nos mostrará não só o desempenho destes alunos-pesquisadores junto ao trabalho de campo, observação e coleta de dados, mas também sua maneira de organizar e reorganizar os dados obtidos, estimuladas ou transformadas por novas leituras, pela sua inserção ao campo, pela condições de trabalho. A ansiedade diante do novo, enfim as marcas de um cotidiano que cada dia se impõe junto ao seu trabalho de pesquisador.

P-27: A VOZ DA PROFESSORA-CONTADORA: ORALIDADE E A PERFORMANCEExpositora:

Daniella Lago Alves Batista de Oliveira(graduando em Letras , Bolsista PPPg – padrão – UFRN)[email protected]

Orientadora:Profª. Drª. Maria de Lourdes Patrini (departamento de Letras - UFRN)

Page 19: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

A aquisição da oralidade, pelas crianças, é uma tarefa iniciada antes do contato com a escrita, caberia à escola unir esta competência àquela. Os estudos desenvolvidos a partir do projeto O CONTADOR DE HISTÓRIAS: PRÁTICAS DE ORALIDADE NA ESCOLA mostraram por quem e como a prática social de contar histórias é realizada nas escolas. Este projeto privilegiou dois aspectos que foram: o estudo da identidade dos agentes sociais que desenvolvem essa prática, assim como a forma adotada para a transmissão oral dos contos. Sobre este último aspecto, ressaltamos a análise sobre a performance das sessões de transmissão e recepção orais das histórias observadas e registradas em áudio-vídeo. Das 28 escolas visitadas da rede pública e privada do ensino fundamental de Natal, 11 fizeram parte da pesquisa. No que se refere a identidade dos contadores de histórias salientamos a predominância de mulheres - professoras-contadoras - as quais possuem, na sua maioria, um repertório de fonte escrita, apesar de algumas delas terem ouvido na infância contos oriundos da tradição oral. Essas professoras realizam o trabalho de contar histórias atendendo a um planejamento pessoal. Geralmente, as escolas não tem uma orientação voltada para a prática de contar. Em alguns casos a atitude das contadoras é de proporcionar aos seus alunos, por meio da leitura ouvida, um direcionamento para o encontro prazeroso com a leitura e com os valores de sua cultura. No entanto, as análises dos dados nos mostraram uma diversidade de questões referentes à prática de contar na escola que exigiram um olhar mais crítico e um aprofundamento de conceitos.

P-28: PRECONCEITO LINGÜÍSTICOAutoras/ Expositoras:

Denise Araújo Correia Leandro Garcia da Silva

O nosso objetivo, com essa breve explanação em cartaz, é de trazer o esclarecimento e mostrar como e porque acontece o preconceito lingüístico em nossa sociedade. Explicar em que conceito de linguagem ele está amparado (mesmo que inconscientemente), e porque ele é um engano do ponto de vista funcional e estilístico da linguagem. Demonstraremos a ligação existente entre o fenômeno e a confusão criada, no decorrer do tempo, entre língua e gramática normativa, gerando o aumento da cadeia preconceituosa (até por parte dos professores). E, por último, mostraremos como o real entendimento das variações lingüísticas e do papel da gramática prescritiva na língua contribuem para a dissolução do preconceito lingüístico, estendendo-se, inclusive, às salas-de-aula nas quais os professores sejam propagadores desse conhecimento. Tudo será mostrado de maneira simples e até didatizada para que os possíveis ouvintes compreendam e já sejam capazes de, pelo menos, encaminharem-se em uma reflexão sobre o assunto mais pautada em preceitos funcionais da linguagem.

P-29: SIGNIFICADO DO COMPROMETIMENTO COM O TRABALHO ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA REDE BÁSICA DE NATAL/RNAutor/expositor:

Emanoel B. de Lima(Psicólogo, aluno do Mestrado do Departamento de Psicologia da UFRN)[email protected] Yalle Fernandes dos Santos

Page 20: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

(Aluna do curso de psicologia da UFRN, bolsista de Iniciação Científica CNPQ/Balcão)[email protected]

Orientadora:Magda Dimenstein(Professora Departamento de Psicologia – UFRN)

São poucas as pesquisas que versam sobre o comprometimento com o trabalho não com profissionais do campo da saúde. A constatação desse fato e a observação da discrepância existente entre a proposta do Sistema Único de Saúde com a realidade vista nos serviços públicos de saúde e no discurso dos servidores acerca de sua atuação profissional, nos motivaram a realizar este estudo. Realizou-se entrevistas semi-estruturadas com 35 profissionais das seguintes categorias: 04 assistentes sociais, 08 enfermeiras, 06 odontólogos, 04 nutricionistas, 04 psicólogas e 09 médicos. A maioria dos entrevistado tem uma visão que ressalta os aspectos burocráticos do comprometimento tais como assiduidade, pontualidade e cumprimento de tarefas. Alguns profissionais associam o comprometimento à oferta de assistência humanizada; outros vão além desses dois aspectos ressaltando que o comprometimento implica no compromisso com o processo de transformação da realidade social em que trabalham. Por fim, há profissionais para quem o comprometimento é uma decorrência natural do amor pela profissão. Quase todos os profissionais avaliam que o servidor público da saúde, em geral, não é comprometido com o trabalho, mas ao se auto-avaliarem se identificam como profissionais comprometidos.

P-30: A COISA JULGADA NO PROCESSO COLETIVOApresentador/autor:

Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida(Graduando em Direito – UFRN)[email protected]

Com o surgimento da sociedade de massa, logo após a Segunda Guerra Mundial, apareceram também lesões a direitos e interesses que não eram apenas individuais, mas que atingiam todo um grupo, categoria, classe e a sociedade como um todo. Diante de tais lesões constatou-se que o processo civil de então só estava habilitado a proteger as lesões individuais, não possuindo instrumentos para inibir as lesões coletivas. Através de estudos. dos professores italianos Cappelletti, Vigoriti, dentre outros, esse assunto entrou em pauta perante os doutrinadores na tentativa de se buscar soluções para esta controvérsia. Então, surgiu um novo direito processual denominado “coletivo”, rompendo com alguns dos princípios arraigados aos conflitos individuais, notadamente a legitimidade ativa e a coisa julgada. Embasado na forte influência das “class actions” americanas e no sistema da coisa julgada já adotado pela lei da Ação Popular (4717/65), o legislador pátrio adotou no microssistema processual coletivo formado pelo Código de Defesa do Consumidor e pela Ação Civil Pública a seguinte sistemática da coisa julgada : a) O pedido da ação coletiva é procedente. Faz coisa julgada “erga omnes” para os direitos difusos e individuais homogêneos e “ultra partes” para os direitos coletivos, podendo a coletividade se socorrer do julgado para viabilizar indenização individual (secundum ementus litis); b) O pedido é rejeitado com suficiência de provas. Faz coisa julgada com relação aos legitimados da ação coletiva, ficando os direitos individuais resguardados (condenatórios); c) O pedido é rejeitado por insuficiência de provas. Não há coisa julgada para nenhum legitimado nem para o direito individual.

Page 21: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

P-31: O EXERCÍCIO DA CIDADANIA ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DAS AÇÕES COLETIVAS PELAS ASSOCIAÇÕES CIVISApresentador/autor:

Emanuel Dhayan Bezerra de Almeida(Graduando em Direito – UFRN)[email protected]

A Ação Civil Pública - ACP surgiu com a Lei n.º 7.347, de 24 de julho de 1985 com o objetivo de apurar a responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. Posteriormente, com a promulgação da Lei n.º 8.078/90 – Código de Defesa do Consumidor - passou a ACP a tutelar, também, outros interesses difusos e coletivos. Deste modo, a Ação Civil Pública passou a ser um dos mais importantes instrumentos de defesa dos interesses da sociedade. Possuem legitimidade para propor essa ação, entre outros : a União, Estados e Municípios (estes não cumprem as suas prerrogativas); a OAB (Apesar de concentrar excelentes advogados em suas comissões, desempenha um papel muito aquém do esperado); o Ministério Público (este por “acúmulo de serviços” ou por “negligência” não realiza o seu trabalho adequadamente, deixando a sociedade desprotegida) e as associações civis (Estas não se deram conta do poder que possuem). Deste modo, a sociedade civil enquanto legitimada para propor estas ações, não pode ficar esperando pela “boa vontade” dos outros legitimados. Ela precisa utilizar a força do direito para amparar de forma adequada os seus anseios, propondo ações civis públicas para possibilitar uma luta mais eficaz na defesa dos interesses da sociedade. Para tanto, necessário se faz a conscientização de que todos estamos envolvidos num destino comum, no qual têm importante papel as entidades associativas dos professores italianos Cappelletti, Vigoriti, dentre outros, esse assunto entrou em pauta perante os doutrinadores na tentativa de se buscar soluções para esta controvérsia. Então, surgiu um novo direito processual denominado “coletivo”, rompendo com alguns dos princípios arraigados aos conflitos individuais, notadamente a legitimidade ativa e a coisa julgada. Embasado na forte influência das “class actions” americanas e no sistema da coisa julgada já adotado pela lei da Ação Popular (4717/65), o legislador pátrio adotou no microssistema processual coletivo formado pelo Código de Defesa do Consumidor e pela Ação Civil Pública a seguinte sistemática da coisa julgada: a) O pedido da ação coletiva é procedente. Faz coisa julgada “erga omnes” para os direitos difusos e individuais homogêneos e “ultra partes” para os direitos coletivos, podendo a coletividade se socorrer do julgado para viabilizar indenização individual (secundum ementus litis); b) O pedido é rejeitado com suficiência de provas. Faz coisa julgada com relação aos legitimados da ação coletiva, ficando os direitos individuais resguardados (condenatórios); c) O pedido é rejeitado por insuficiência de provas. Não há coisa julgada para nenhum legitimado nem para o direito individual.

P-32: PRÁTICAS DE LINGUAGEM: LETRAMENTO E ETNOGRAFIAExpositor/autor:

Emília Neves Ortiz(Aluna da graduação do curso de Letras e bolsista PIBIC/CNPq em lingüística aplicada) [email protected]

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Esta proposta de trabalho pretende mostrar o início de minhas análises sobre os eventos e práticas de letramento na vida pessoal e profissional de alunas do Pró-básica da UFRN, Campus de Santa Cruz, do Curso de Letras. Essas alunas exercem também a função de professoras de língua Portuguesa. Este trabalho visa apresentar os primeiros resultados de uma pesquisa que teve início em setembro de 2002, na área de Lingüística aplicada. Para completar minhas análises fiz diversas leituras específicas a partir de pesquisas focalizando “As histórias de vida”.

P-33: A VISÃO (ARTE) DA FOTOGRAFIAExpositores/ autor:

Flávia Batista de Lima (Aluna do curso de Letras-Português e bolsista do PPPg - UFRN)[email protected] Lúcia Alvares de Medeiros(Aluna do curso de letras-Português)[email protected]

O objetivo desta exposição é apresentar a arte fotográfica como discurso que abarca a literatura, a arte e a política. Tem como objeto de estudo a obra de Walter Benjamim Magia e técnica, arte e política e suas relações frente à descoberta da identidade e seus mecanismos de preservação da memória. Também essa exposição procura mostrar a releitura do mito de Narciso pela imagem fotográfica. Assim como apresentar o uso de seus recursos, pela literatura do romancista e contista Caio Fernando de Abreu, na relação entre a memória do corpo pela imagem fotográfica junto ao discurso cinematográfico.

P-34: TRANSFORMAÇÕES E EXIGÊNCIAS DO MERCADO DE TRABALHO: O CASO DO CURSO DE DIREITO DA UFRN. Apresentador/autor:

Francilene Soares de Medeiros.(Bolsista PIBC/CNPq, graduanda do curso de Serviço Social – UFRN)[email protected]

Orientadora:

Maria Arlete Duarte de Araújo.(Profa. Dra. do Depto. de Ciências Administrativas – UFRN)[email protected]

No contexto mundial, grandes mudanças ocorreram nas formas de organização da produção no início do século XX, principalmente com o advento do fordismo. Acrescenta-se, posteriormente, com a expansão da globalização, das políticas neoliberais e a crise do próprio fordismo, uma nova conformação em termos de organização da produção. Entra, em cena a acumulação flexível, novo modelo de regulação regido eminentemente pela lógica do mercado. Tal reestruturação produtiva trouxe, pois, novas configurações para o mundo do trabalho. Destaca-se a desregulação e a precarização do trabalho e novas exigências quanto à formação profissional, a qual se dilui e dá espaço a idéia de competência, versatilidade e habilidades intelectuais. Exige-se um profissional polivalente, que esteja atualizado com as constantes inovações tecnológicas. Neste sentido apresenta-se como de grande importância analisar a forma como as instituições brasileiras de ensino

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superior têm se adequado a tais mudanças, qual o perfil e como tem sido a inserção no mercado de trabalho dos profissionais por elas formados. Diante da inviabilidade de se estudar todas as universidades brasileiras, a pesquisa deteve-se à análise da realidade da UFRN, mais especificamente do Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Sendo assim, o painel visa avaliar a percepção dos egressos do curso de Direito da UFRN, em 2000.1, em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes, em relação às exigências do mercado e identificar as dificuldades e os fatores decisivos, relacionados à formação acadêmica que viabilizam sua inserção no mercado de trabalho.

P-35: O CORPO COMO SIGNIFICADO NO AUXÍLIO DOS MALES DENTRO DO CONTEXTO SOCIAL DAS REZADEIRASExpositor/Autor:

Francimário Vito dos Santos(Discente do curso de Ciências Sociais da UFRN)Prof. Dr. Luiz Carvalho de Assunção(Docente do departamento de Antropologia da UFRN)E-mail: [email protected]

No presente trabalho abordaremos o cotidiano da prática da benzeção desenvolvida pela rezadeira Barica, residente no município de Cruzêta/RN. Tomamos como suporte as observações participantes durante as seções de curas com a clientela e a realização de entrevistas abertas com a rezadeira em sua residência. Objetivamos mostrar como o corpo e suas representações são usados nesta prática e também como compreender de que forma, o sentido de saúde e doença é construído pela comunidade e pela rezadeira. Assim, podemos concluir que, devido o corpo ser um instrumento moldado pela cultura na qual o indivíduo está inserido, não percebe-se o quanto é importante e significativo para a prática da benzeção. Portanto, é através do corpo que a abstração da reza e seus significados de cura se concretizam.

P-36: A EDUCAÇÃO NA VIDA DOS CATADORES DE LIXOAutoras/Expositoras:

Francisca das Chagas Nunes de Queiroz SouzaRoxana Silva(alunas do curso de Pedagogia UFRN-CERES)

Orientadora:Marluce Alves dos Santos

A década de 70, no Brasil, foi marcada por grandes preocupações na área educacional, com o alto índice de analfabetismos, onde o modelo de desenvolvimento implantado no mundo pela cultura ocidental foi responsável por uma avalanche de problemas sociais. Com base nesse referencial, esta pesquisa visa apontar as perspectivas de vida dos catadores de lixo residentes no Bairro Frei Damião em Caicó/RN, onde estes foram alunos de Projetos Educacionais para Erradicação do Analfabetismo. O trabalho foi realizado através de observação participante, visitas In loco e aplicação de questionário. O mesmo foi desenvolvido no ano de 2001. Participaram dessa amostra, 40 catadores de lixo, dentre eles 23 alunos participaram de algum projeto de erradicação do analfabetismo. Com base nos dados obtidos, foi possível detectar que apesar do trabalho de conscientização em relação à importância da educação para uma perspectiva de vida melhor, constatou-se a não

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freqüência dos catadores de lixo nas salas de aula. Observou-se também que a evasão se deve ao fato destes ter uma jornada de trabalho que chega a ser de 10hs diária, acompanhada de uma alimentação precária, há também uma péssima higienização corporal. Além disso, existe o não reconhecimento dessa profissão por parte da sociedade. Alguns se julgam desprivilegiados e abandonados, tanto pelas autoridades locais como também pôr parte do Estado, tendo que o trabalho de catar lixo é considerado como humilhante pôr parte da sociedade. Conclui-se portanto, que apesar dos catadores de lixo terem “consciência” da importância da educação nos dias atuais para sua melhoria de vida, percebemos que os programas desenvolvidos pelo Governo Federal não conseguem alcançar os objetivos propostos, pois não abarcam a realidade destes catadores.

P-37: AS CIDADES PEQUENAS E UM DE SEUS PROBLEMAS: O CASO DAS LAGOAS DE BOM JESUS-RNAutores/Expositores:

Francisco Ednardo Gonçalves(Mestrando do Programa de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia/UFRN. Bolsista da CAPES, vinculado a Base de Pesquisa: Unidade Interdisciplinar de Estudos sobre a Habitação e o Espaço Construído – DGE/UFRN)[email protected] Tiago Barreto de Andrade Costa(Graduando do Curso de Geografia da UFRN, vinculado ao Laboratório de Geoprocessamento – PPGG/DGO/UFRN)[email protected]

As cidades constituem o centro das transformações advindas da conflituosa relação entre sociedade e natureza, por agregarem num só espaço componentes complexos. Na atualidade, os problemas sócio-ambientais são perceptíveis na totalidade dos centros urbanos, independente de suas dimensões territoriais e do número de habitantes. A fim de contribuir para o debate em torno dessa problemática, o painel evidencia as principais implicações sócio-ambientais numa cidade pequena, tomando como recorte espacial Bom Jesus-RN. Para tanto, mostramos as alterações antropogênicas junto ao sistema lacustres desta cidade. Na realização desse estudo, recorremos ao levantamento de dados através de pesquisa em documentação indireta – pesquisa bibliográfica, levantamentos estatísticos – e pesquisa em documentação direta – estudo de campo para detecção da situação sócio-ambiental da cidade e registros fotográficos. Localizada na microrregião Agreste Potiguar, a 54 km da capital do estado, Bom Jesus possui 6.275 habitantes residindo na área urbana. Apesar do modesto tamanho, esta cidade convive com candentes problemas de natureza sócio-ambiental, dentre os quais destaca-se o assoreamento e a contaminação de duas lagoas intra-urbanas. Mesmo diante da significativa contribuição ao processo de ocupação histórica, tais lagoas estão sendo utilizadas como destino final de resíduos líquidos e sólidos, além de terem suas margens desordenadamente ocupadas.

P-38: A PROBLEMÁTICA EDIÇÃO DE A PORTA E O VENTOExpositora/autora:

Franselma Fernandes de Figueirêdo(Aluna do curso de Letras – UFRN)

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A Porta e o Vento (José Bezerra Gomes), publicada pela Fundação José Augusto em 1974, e com reedição em 1998, pela EDUFRN, é uma obra que merece atenção pela sua riqueza literária – apresenta o sertão do Seridó, com sua cultura, tradição e produção algodoeira – , pela sua simplicidade narrativa, com uma linguagem que muitas vezes vem em flashes, tão bem representados pelas frases curtas e precisas do texto que se quer fotográfico e ao mesmo tempo próximo da oralidade. Porém, em meio a tantos atributos, existem situações na narrativa que levam o leitor a questionar sua desenvoltura, resultando em problemas que muitas vezes interferem na leitura da obra. Outras vezes, situações apenas estéticas mas que também deixam determinadas lacunas que dificultam uma melhor compreensão e leitura. Neste sentido, partindo de uma análise da obra junto ao seu esboço encontrado na Fundação José Bezerra Gomes – Currais Novos, busca-se traçar um perfil destes problemas, no intuito de esclarecê-los ao leitor, visto que o esboço apresenta algumas explicações satisfatórias aos questionamentos.

P-39: FLORA HIPERXERÓFITA: INSTRUMENTO DE SUSTENTABILIDADE DA CAATINGAAutores:

Halyson Rodrigo de Araújo Dantas ([email protected] )Verônica Vera da Silva.(alunos do Curso de Geografia – UFRN/CERES).

Orientador:Renato de Medeiros Rocha ([email protected])

A atual crise ambiental no semi-árido brasileiro, com conseqüências tão alarmantes, poderia ser minimizada através do conhecimento mais aprofundado dos seus ecossistemas e recursos naturais. A Educação Ambiental torna-se o veículo de propagação da sustentabilidade, priorizando a conservação e o uso sustentável da diversidade biológica para o benefício das gerações presentes  e futuras. Foram coletadas 30 espécies arbóreo-arbustivas da vegetação hiperxerófita nativa do Seridó  (RN). Juntamente com a classificação cientifica, foram registradas e colocadas em fichas as informações colhidas com nativos da região sobre a sua utilização, características, curiosidades, relações com espécies animais, seu papel no ecossistema, etc. Este trabalho considera o uso da flora do semi-árido potiguar como um agente importante para ser utilizado no ensino fundamental, estimulando e valorizando um novo olhar sobre a caatinga, possibilitando um  trabalho agradável e interdisciplinar.

P-40: ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS: UM ASPECTO INTERESSANTE DA CRISTANDADE MEDIEVALExpositores/autores:

Hemeter Heberton Damasceno de [email protected] Ricardo José Vilar da [email protected] (Alunos do curso de história – UFRN)

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O movimento cruzadista constitui uma das passagens mais importantes da história da Idade Média, abordando diversos fatores em seu seio, desde a religiosidade presente na retomada da Terra Santa até os fatores econômicos conquistados com os primeiros sucessos do mesmo. Todavia, alguns de seus aspectos acabam por serem pouco explorados, embora exerçam papel fundamental na sua concepção. Este é o caso das ordens religioso - militares, que se caracterizavam como um verdadeiro “braço” armado da igreja cristã da época, destacando-se em especial a ordem dos Templários, primeira a ser legitimada, recebendo autorização papal e apoio de figuras como Bernardo de Clairvaux. Sua legitimação amplia o espaço dessas questões, permitindo observar um novo conceito de guerra medieval, com uma elite de cavaleiros que se diferencia do mundo secular por seguir uma regra monástica e ampliar o processo de sacralização da guerra. Sua história perpassa praticamente todo o período das Cruzadas, tendo um dramático desfecho em 1312, quando o papa Clemente V publicou uma bula (vox in excelso), suprimindo a ordem. Em 1314, seu último grão-mestre, Jacques de Molay, foi condenado à fogueira. Com base em pesquisa e interesse particulares, o painel expõe sinteticamente a história da ordem, bem como demonstra a importância da mesma no contexto cruzadista medieval, utilizando-se de bibliografia específica, fontes e dados de época.

P-41: MORTE: SUA REPRESENTAÇÃO ENTRE OS ESTUDANTES DE PSICOLOGIA DA UFRN Expositores/Autores:

Ilana Queiroz Pereira(Aluna do Curso de Psicologia- UFRN)[email protected] Moura Ramos(Aluna do Curso de Psicologia- UFRN)[email protected]

Autores: Eulália Maria Chaves Maia (Professora do Departamento de Psicologia- UFRN)Luciana Carla Barbosa Trindade de Oliveira (Psicóloga do Hospital Universitário Ana Bezerra- UFRN)Tatiana Pimentel de Paula (Aluna do Curso de Psicologia- UFRN) Remerson Russel Martins (Aluno do Curso de Psicologia- UFRN)

O tema morte vem ganhando um espaço cada vez maior no meio acadêmico, podendo ser encarada como parte do ciclo vital e não como a quebra deste. O Psicólogo, tendo como objeto de estudo o comportamento humano em diversos contextos, também encontrar-se-á com situações de separação, luto e perda, independente de sua área de atuação. Diante disso, este estudo busca verificar a representação de morte dos estudantes do 8º período do Curso de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para tal, a amostra foi composta por 31 estudantes, utilizando como instrumento questionário semi-aberto, acrescido de um instrumento gráfico (desenho temático/representação de morte). Diante da análise dos dados, observou-se que a maior parte dos entrevistados (61%) não pensa sobre a possibilidade da sua morte, enquanto que 39% cogitam essa possibilidade. Pode-se observar também, que os estudantes consideram ter uma maior facilidade em pensar na própria morte (45%) do que na morte do outro (26%), na medida em que 68% temem a

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morte de uma pessoa próxima, mais do que a própria (42%). Grande parte dos estudantes (81%) aponta o curso de Psicologia insuficiente para preparar o profissional para lidar com esse tema, ressaltando principalmente a falta de disciplinas que aborde a temática morte (48%), além da omissão desse assunto ao longo do curso (40%). Com base nesses resultados, pode-se constatar a grande influência das experiências de vida na representação de morte dos estudantes. Aos mesmo tempo em que se enfatizou a falta de preparação acadêmica para lidar com situação de perdas e luto na atuação profissionais.

P-42: A FORMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ASSENTAMENTO VALE DO LÍRIO NO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DE MIPIBU/RN.Expositores/Autores:

Iron de Medeiros Bezerra

[email protected] [email protected]

Thiago de Araújo Silva.

(Estudantes de Graduação do Curso de Geografia, Bacharelado – UFRN)

Orientador:Prof. Dr. Aldo Aloísio Dantas

A formação e organização do assentamento Vale do Lírio deu-se a partir da política de reforma agrária instituída no Governo FHC, a qual valorizava o pequeno produtor enquanto peça fundamental para o desenvolvimento do campo. No assentamento em estudo constata-se segundo os relatos dos próprios assentados que houve a melhoria nas condições de vida, mas no que se refere à exploração do trabalho, percebemos que estes trabalhadores estavam incluídos no programa do governo Federal que pretendia convencer os pequenos agricultores e os sem terras a aceitarem uma política em que a integração do capital seria a melhor maneira de diminuir as conseqüências da reforma agrária. Na verdade esse trabalhador é fortemente subordinado ao capital, uma vez que sua produção é conduzida para o mercado externo com atuação e implementação do capital estrangeiro vinculada a empresa Calimã Nordeste S.A. A criação do projeto de plantio de mamão para o Assentamento Vale do lírio veio a partir de uma queda na produção em Linhares/ES, grande produtora deste produto no Brasil, devido a uma praga que afetou muito suas plantações. É a através da política adotada pelo o órgão responsável que o Assentamento Vale do Lírio/RN está inserido. Nesse contexto é que procuramos entender sua formação e organização a partir da política adotada pelo o INCRA.

P-43: A MITIFICAÇÃO DO ADULTO ENQUANTO SER EM APRENDIZAGEMExpositoras/autoras:

Isabel Costa Andrade BarretoMaria Jucione da Silva(Alunas do Departamento de Letras – UFRN)[email protected]

Com pouco mais de 700 mil habitantes, Natal pode ser considerada uma cidade de médio porte. Por ser capital do Estado, recebe anualmente significativa porcentagem de adultos que vem em buscar de melhores condições de vida. Esses adultos vem sobrecarregando a já

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deficitária rede de serviços públicos do município do Natal. Instalam-se em áreas precárias. É fato consolidado que nas camadas mais empobrecidas da sociedade o adulto é mitificado como um ser incapacitado para a aprendizagem de novos conhecimentos. Esse fenômeno ocorre de forma inconsciente gerando bloqueios psicológicos, falta de credibilidade social e na área econômica, principalmente, surgem as piores excluções. São adultos com pouca ou nenhuma escolaridade o que gera uma massa de trabalhadores sem qualificação profissional Não havendo escolha, esses adultos serão admitidos no campo do subemprego. Culturalmente o adulto é considerado como um ser em situação estável, não passível de mudança, isso provoca um desinteresse pelo estudo da sua psicologia cognitiva e comportamental gerando sérios prejuízos para aqueles que lecionam ou que de alguma forma, trabalham com a aprendizagem do aluno adulto. Com base na experiência em sala de alfabetização de adultos e na pesquisa do pouco acervo bibliográfico, o painel analisa a situação cultural que gerou a mitificação do adulto como ser estável, incapacitado para novas assimilações conceituais.

P-44: PROBLEMAS E POTENCIALIDADES LOCAIS: UM DIAGNÓSTICO DE MACAÍBA (RN)Expositor(es)/autor(es):

Ivaneide Oliveira da SilvaLôidy Pereira de Lima(Alunas do curso de Ciências Sociais– UFRN) [email protected]

O novo modelo de gestão compartilhada entre governo e sociedade, desencadeado a partir do processo de descentralização impulsionado no país, exige um maior conhecimento das realidades locais. Nesse sentido, realizamos um diagnóstico do município de Macaíba/RN, com o objetivo de apontar os maiores problemas e potencialidades locais. O trabalho resulta de um levantamento de dados junto ao IBGE e IBAMA, entrevistas realizadas na sede e zona rural do município e da aplicação de questionários. Como resultados podemos destacar as dez maiores potencialidades municipais identificadas pelos entrevistados e os principais problemas sociais, político-institucionais, econômicos, científico-tecnológicos e ambientais, enfrentados pela realidade local.

P-45: DESIGUALDADE SOCIAL, CRIMINALIDADE E VIOLÊNCIA: PONTOS QUE SE CRUZAM NO PAINEL DA SOCIEDADE MODERNA.Expositoras/Autoras:

Jadla Marina Bezerra DantasNadja Thalita Mascena de Araújo(Alunas do 7º período do Curso de Direito – UFRN)Email: [email protected] / [email protected]

Nos dias atuais, uma discussão acerca do tratamento que o Estado dispensa ao problema da exclusão social e da violência tornou-se imperativa. Não se trata mais de buscar soluções a fim de resolver mazelas de uma pequena parcela da população, porque a verdade é que a violência já atinge, acrescente-se, com demasiada intensidade, todos os níveis da sociedade. A violência pode se manifestar de várias formas. Assim, citam-se homicídios como forma

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de manifestação desse fenômeno; porém, muitos atos violentos são praticados contra membros marginalizados da sociedade; que o digam os negros, os pobres, as mulheres, os presos, as crianças, os idosos... Não é demais pretender que essa questão seja pensada profundamente no contexto da sociedade capitalista que temos, sociedade essa, que gera desigualdade social, marginaliza e produz criminalidade. Se hoje o cidadão brasileiro se depara com tal nível de criminalidade e violência, certamente há uma razão para isso, e é agora, quando todos estão sensibilizados e carentes de soluções, que se tem o terreno fértil para o lançamento de uma proposta de profunda discussão e mais, de construção de uma sociedade de bases na qual haja lugar para a justiça, a igualdade. O que se pretende, portanto, com o painel em lume, é dar um enfoque à questão social frente a um relevante tema, que é o da violência.

P-46: DUAS FACES DA MOEDA: UMA NATAL QUE O TURISTA VÊ E OUTRA QUE NÃO DÁ PARA CRERAutor/Expositor:

Jane Roberta de Assis BarbosaJanaina Maria da Conceição SilveiraJuliana Maria Duarte UbaranaMariluce dos Santos Souza(Graduandas do Curso de Geografia da UFRN)Francisco Ednardo GonçalvesJosélia Carvalho de Araújo(Mestrandos do Programa de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia/UFRN)[email protected]

O padrão de desenvolvimento adotado pelas cidades brasileiras aliado a dinâmica do sistema econômico vigente, entre outros aspectos, contribuíram significativamente para o aprofundamento das desigualdades sócio-espaciais. Sendo assim, sinais de exclusão estão presentes na tessitura urbana da maioria das cidades brasileiras. Entretanto, na busca por novos investimentos econômicos, as cidades têm investido cada vez mais no embelezamento de algumas paisagens urbanas, que são amplamente divulgadas. Natal, capital do Rio Grande do Norte, através de investimentos públicos e privados, se enquadra nesse contexto, tendo como impulso as atividades ligadas ao setor terciário, principalmente o turismo. Entretanto, existem várias áreas da cidade que não se beneficiam de tais investimentos e convivem com sérios problemas de ordem sócio-espaciais expressos na paisagem. A partir de investigação preliminar realizada durante a disciplina de Geografia Urbana, no semestre 2002.2, este trabalho se propõe a fazer uma análise comparativa entre as paisagens urbanas de dois eixos viários na cidade do Natal. Um deles, o eixo rodoviário, privilegia um dos trajetos que geralmente é feito pelos turistas e vai do Complexo Viário do Quarto Centenário ao início da Rota do Sol, na sua porção sul, tendo aproximadamente 5 quilômetros de extensão. O outro, com aproximadamente 10 quilômetros de extensão, compreende o eixo ferroviário realizado pelo trem urbano de passageiros, no sentido norte, e vai da Estação Ferroviária no bairro da Ribeira à Estação do Conjunto Nova Natal, no bairro Potengi.

P-47: A ARTE COMO (P) ARTE DA ESPECIFICIDADE DO EGITO ANTIGO

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Expositores/autores:Jânio Gustavo Barbosa Luis Felipe Sousa Tavares Emidio(Graduandos em Licenciatura/Bacharelado- História)[email protected]

O Egito, enquanto estado teocrático da antiguidade, distingue-se dos seus contemporâneos e se eleva a um patamar único na história da humanidade. A religião durante muito tempo legitimou e representou essa singularidade, e a arte, talvez tenha sido seu principal artifício. Se havia arquitetura, era para facilitar a vida além-túmulo; se houve escultura ou pintura, era para representar a imagem e a história dos deuses. Era a arte a serviço da religião (sacerdotes e faraós). Mas, no período do Novo Império, durante o governo de Akhenaton, o rei herético, a arte ganhou um caráter especifico: a arte para a arte. Agora, não estava mais submissa à religião, mas representava o cotidiano, a vida do egípcio como realmente acontecia. É a relação dessa dualidade, a arte para a religião, e a arte dita humanista, que o painel proposto visa analisar.

P-48: PRAÇAS E CANTEIROS DA CIDADE: ESPAÇOS PÚBLICOS?Expositora:

Jennifer dos Santos Borges Autoras:

Jennifer dos Santos Borges (Graduanda do curso de Arquitetura e Urbanismo – UFRN)Ruth Maria da Costa Ataíde (Professora do Departamento de Arquitetura – UFRN)[email protected] / [email protected]

Os espaços públicos sempre exerceram papel fundamental no desenvolvimento de funções essenciais da cidade, tais como circulação, encontro e lazer, sendo de grande relevância na composição paisagística e no equilíbrio ambiental do meio urbano. Nas últimas décadas, com o reaparecimento da chamada cidade liberal e um suposto estado de falência do Estado, tem-se observado uma maior permissividade de usos e ocupações nessas áreas, relacionados sobretudo, ao desenvolvimento de atividades comerciais. Esse fenômeno caracteriza um processo de apropriação de caráter privado de áreas originalmente destinadas ao uso coletivo que, em certa medida, estaria contrariando o sentido do “público”. Da necessidade de conciliação de interesses diversos, surgem formas alternativas de gerenciamento desses espaços, fundamentadas no estabelecimento de parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, voltadas para a implantação ou viabilização de atividades comerciais. Esse quadro gera questionamentos quanto aos limites da ação do Estado e da sociedade na gestão dos espaços públicos urbanos, sinalizando para um debate sobre o sentido do público nos projetos urbanos desenvolvidos para essas áreas. Com o intuito de alimentar uma reflexão sobre a inserção dos espaços públicos de Natal/RN nesse contexto, pretende-se expor uma análise das novas formas de configuração verificadas em praças, canteiros e demais passeios públicos da cidade que tiveram seus espaços ocupados por usos ditos “indevidos”. Objetiva-se, assim, contribuir na discussão sobre processos de intervenção urbanística nesses espaços de modo a afirmar um modelo de gestão que assegure o direito ao bem-estar coletivo e que se paute pela manutenção de níveis desejáveis de vitalidade e qualidade ambiental urbana.

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P-49: UM OUTRO OLHAR DE POESIAApresentadoras/autora:

Joelma BezerraMarta Cristiane Aquino de Lima(Alunas do curso de Pedagogias – UFRN)[email protected]

A idéia deste trabalho situa-se na poesia enquanto elemento desencadeador dos processos de leitura e produção de textos. É importante enfatizar que a preocupação central consiste num relato de experiências focalizando o trabalho de poesia em sala de aula com os educandos de EJA. Não pretendemos explorar o sentido abrangente da poesia, mas levar a uma discussão e reflexão a respeito do enfoque dado pela mesma. A proposta metodológica no trabalho da poesia norteou no seu sentido, finalidade e a razão de sua utilização. Com base nisso, instigamos os educandos a exporem seus conhecimentos prévios por meio da participação em atividades de produção, permitindo a vivência de diversas ações: experimentar a sonoridade de outras palavras, planejar o texto, composição de repertório de conhecimento. Foi possível perceber que este momento de contato com texto poético propiciou um maior envolvimento dos educandos. De modo especial à interação do leitor com o texto possibilitou a descoberta de outras poesias, favorecendo a criação, reelaboração e a criticidade nas propostas de atividades ora referidas. Concluímos assinalando para a relevância de desenvolver atividades partindo de textos poéticos infantis em sala de aula com educandos de EJA, tendo em vista que possibilitou uma maior participação, interesse, socialização, interação com os textos e os colegas, ultrapassando as barreiras da sala de aula.

P-50: A PUBLICIDADE SOB A ÓPTICA DE OLIVIERO TOSCANI: HOQUE E CONSCIENTIZAÇÃO ATRAVÉS DA MENSAGEM PUBLICITÁRIAExpositor/autor:

José Augusto Peres Filho(Mestrando em Ciências Sociais – UFRN) [email protected]

O fotógrafo italiano Oliviero Toscani ganhou fama e projeção mundiais com as fotografias que fazia e ou utilizava nas campanhas publicitárias da grife Benetton, sobretudo nos anos 90. Podia-se gostar ou odiar aquelas fotos. Difícil era ficar indiferente. No painel pretendemos apresentar algumas das fotografias mais polêmicas apresentadas nas campanhas, acompanhadas de comentários do próprio Toscani, bem como de admiradores e de pessoas que não comungavam com o seu ponto de vista. A publicidade como instrumento de conscientização social ou de chamado à reflexão do indivíduo: essa é a condensação da idéia de Oliviero Toscani.

P-51: COMPLEXO VIÁRIO ULISSES DE GÓES NA ZONA NORTE DE NATAL-RN E OS IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAISAutores/Expositores:

Josélia Carvalho de Araújo(Mestranda do Programa de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia/UFRN.

Page 32: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

[email protected])Francisco Ednardo Gonçalves(Mestrando do Programa de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia/UFRN. Bolsista da CAPES, vinculado)[email protected]

A Zona Norte de Natal tem sido, durante suas três décadas de história, desvalorizada do ponto de vista imobiliário, face à precariedade das vias de acesso e aos congestionamentos de trânsito provocados pelo intenso deslocamento da população local para outras áreas da cidade. Essa condição impõe à sua população desgaste físico e posição segregada em relação ao espaço urbano de Natal. Visando amenizar tais problemas, o Estado vem implantando melhorias no seu sistema viário: duplicação da Estrada da Redinha; melhorias na avenida Tomaz Landim; e, por último, a construção do Complexo Viário Ulisses de Góes. Este possibilitou maior fluidez ao trânsito, entretanto, modificou a paisagem local, alterando aspectos históricos do bairro Igapó e provocando mudanças no comércio local, em que algumas vêm sendo substituídas por empresas de maior porte, e outras migrando para a Estrada da Redinha, além de residências que também foram transferidas. De forma mais expressiva o complexo viário, melhorou a qualidade de vida da população, reduzindo o tempo ocupado em congestionamentos de trânsito; apontando também para uma valorização imobiliária da área, pois começa a atrair novas empresas no entorno da obra. Por meio de pesquisa in loco, acompanhando a construção da referida obra, conversando com a população, fazemos uma análise dos efeitos do Complexo Viário Ulisses de Góes na vida da população da Zona Norte de Natal.

P-52: OS IMPACTOS SÓCIO-AMBIENTAIS DO COMPLEXO VIÁRIO ULISSES DE GÓES/ZONA NORTE DE NATAL/RNExpositores/autores:

Josélia Carvalho de AraújoFrancisco Ednardo Gonçalves(Mestrandos do Programa de Pós-Gradução e Pesquisa em Geografia/UFRN)[email protected] / [email protected]

A Zona Norte de Natal tem sido, durante suas três décadas de história, desvalorizada do ponto de vista imobiliário, face à precariedade das vias de acesso e aos congestionamentos de trânsito provocados pelo intenso deslocamento da população local para outras áreas da cidade. Essa condição impõe à sua população desgaste físico e posição segregada em relação ao espaço urbano de Natal. Visando amenizar tais problemas, o Estado vem implantando melhorias no seu sistema viário: duplicação da Estrada da Redinha; melhorias na Avenida Tomaz Landim; e, por último, o Complexo Viário Ulisses de Góes. Este possibilitou maior fluidez ao trânsito; e modificou a paisagem local, alterando aspectos históricos do bairro Igapó e provocando mudanças no comércio local, em que algumas vêm sendo substituídas por empresas de maior porte, e outras ainda migrando para a Estrada da Redinha: Residências também foram transferidas. De forma mais expressiva, o complexo viário melhorou a qualidade de vida da população, reduzindo o tempo gasto em congestionamentos de trânsito, apontando também para uma valorização imobiliária da área, pois começa a atrair novas empresas no entorno da obra. Por meio de pesquisa in loco, acompanhando a construção da referida obra, conversando com a população, fazemos uma

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análise dos efeitos do Complexo Viário Ulisses de Góes na vida da população da Zona Norte de Natal.

P-53: GANDAVO E SUA VISÃO PORTUGUESA DO BRASIL COLONIAL: OS CAMINHOS, AS DESCOBERTAS E AS SURPRESAS DA NOVA TERRAExpositor/autor:

Juliana Cavalcante de Azevedo(Aluna do Curso de História – UFRN)[email protected]

Durante o século XVI, com a descoberta das terras americanas pelos europeus, muitos viajantes percorreram o Atlântico com a finalidade de descrever as riquezas, belezas e novidades do novo continente. Na América portuguesa, Pero de Magalhães Gandavo foi um desses cronistas e, em duas obras - Tratado da Terra do Brasil e História da Província de Santa Cruz - se propôs a contar sucintamente o que viu e considerou mais impressionante, interessante e fantástico. As capitanias em que esteve são seqüencialmente descritas, partindo do Norte para Sul, permitindo uma identificação da posição de cada uma delas no mapa, assim como a produção agrícola, o número de "almas" e outras características importantes. Os nativos, sua fisionomia, suas aldeias e costumes também são descritos com, obviamente, uma dose generosa de eurocentrismo, vistos como selvagens e cruéis. A obra de Gandavo nos fornece informações importantes para um entendimento da vida no Brasil Colonial e, até certo ponto, da vida do Reino de onde veio. Com base em pesquisa realizada no universo de projeto, em que textos de cronistas e viajantes são lidos e analisados, o painel mostra através de figuras e textos a visão de Pero de Magalhães Gandavo sobre a terra a qual dedicou sua obra e a importância do mesmo para a historiografia brasileira.

P-54: CASA DA ESTUDANTE: INTEVENÇÃO PSICOLÓGICA EM UMA RESIDÊNCIA PARA ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIOAutoras/ expositoras:

Karina Machado GalvãoTâmara Silva LeiteAlunas do Departamento de Psicologia/UFRN

Co-autor:Périsson Dantas do NascimentoMestrando em Psicologia/UFRN – Supervisor do Projeto

Este trabalho está sendo realizado na Casa da Estudante do Rio Grande do Norte (CERN), que se caracteriza por abrigar jovens do sexo feminino situadas na faixa etária entre 14 e 24 anos, cujas famílias apresentam baixo nível sócio-econômico e residência no interior de Estado. Tais jovens pretendem estudar na capital e não possuem recursos para morar na cidade, como também não têm parentes responsáveis que possam abrigá-las. As candidatas à vaga na CERN passam por um exame de seleção e devem corresponder aos seguintes pré-requisitos: estar cursando o Ensino Médio ou cursinho, morar no interior e ter entre 14 e 24 anos. Nosso trabalho consistiu, inicialmente, em diagnosticar o perfil das moradoras e a situação de convivência na casa. Através de entrevistas semi-estruturadas e observações participantes no cotidiano, foi constatado que a maioria das jovens é filha de agricultor, não tem referência familiar em Natal, estuda em colégio público e trabalha para ajudar na sua

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manutenção, tendo poucas oportunidades de lazer. Observou-se ainda que muitas delas apresentavam baixa auto-estima, sentimento de solidão e conflitos relacionados à área de interesse profissional. Soma-se a isso uma grande dificuldade, de todo o grupo, no que diz

respeito ao relacionamento interpessoal, causada pela falta de confiança, respeito e limites. A intervenção psicológica teve como objetivo inicial tentar proporcionar um espaço de auto-conhecimento, escuta e reflexão inidvidual e coletiva. A metodologia utilizada baseou-se em reuniões semanais com dinâmicas de grupo. Por meio de avaliações e feedbacks coletados do grupo, observou-se como resultado um sentimento de amadurecimento coletivo, despertando as internas para novas formas de relacionamento e projetos de vida.

P-55: A FORMAÇÃO DO LEITOR ENTRE IMAGENS E PALAVRASExpositor/autor:

Kívia Pereira de MedeirosAutor/orientador:

Marly Amarilha(Aluna/Bolsista de iniciação científica do curso de Pedagogia – UFRN)[email protected]

Este estudo objetiva discutir a relevância das ilustrações nos livros de literatura infantil e suas contribuições na formação do leitor; salientando os aspectos dialógico e simbólico que tais elementos estéticos desenvolvem junto ao texto verbal. Conforme Camargo (1991) vivemos na civilização da imagem, todavia, não incorporamos a educação estética do olhar, posto que vemos imagens e ilustrações, mas não as olhamos de fato, não reconhecemos seu valor enquanto linguagem imbuída de intenções comunicativas e significados essenciais à leitura. Partindo do pressuposto de que linguagem é um sistema articulado de idéias, detentor de sentidos e significados, esse trabalho analisa sob uma perspectiva de interação, as duas linguagens (verbal e visual) do livro de Literatura Infantil, as quais propiciam ao texto, um caráter plurissígnico, e, ao leitor, maior autonomia no acercamento sobre a narrativa. O trabalho toma como objeto de estudo a sessão de releitura realizada na pesquisa “O ensino de literatura: professores e aprendizes e a atuação na comunidade de intérpretes nas escolas da rede pública do Rio Grande do Norte” – 2ª etapa (CNPq-PPPg, 2001), cujo objetivo foi conhecer a dinâmica que constitui a comunidade de leitura instaurada na escola; considerando-se, para tanto, a atuação do professor, em atitude scaffolding (andaimagem), dos alunos e do texto literário acessível através da leitura oral e da discussão pós-leitura em situação experimental. Esta análise se detém nos registros da 6ª sessão de releitura da referida pesquisa. O estudo apóia-se nas pesquisas de Amarilha (2001 e 2000); Coelho (1991); Santaella (1983) e Manguel (1997 e 2001). Cada sessão foi registrada em áudio, vídeo e observação in loco.

P-56: PREVISÃO E SIGNIFICAÇÃO: POR UM ENTENDIMENTO DA FORMAÇÃO DO LEITORExpositor/autor:

Kívia Pereira de MedeirosRafael Batista de MedeirosAutor: Claudia Gomes de Lima

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(Alunos/bolsistas de iniciação científica do curso de Pedagogia – UFRN)[email protected]

Orientador:

Marly Amarilha O presente estudo, integrado à pesquisa, O ensino de literatura: professores e aprendizes e a atuação na comunidade de intérpretes nas escolas da rede pública do Rio Grande do Norte – 2ª etapa (CNPq – PPPg), tem como objetivo discutir o papel da leitura da criança através do seu conhecimento prévio, focalizando os aspectos intersemióticos e extratextuais nesse processo. A previsão desencadeia possibilidades de leitura, visto que há muita ambigüidade no mundo e qualquer coisa que esteja diante de nós, pode ser interpretada ou relacionada de diversas formas. Uma mesma leitura pode ter vários significados, os quais estão vinculados ao repertório de leitura e ao conhecimento de cada mundo de cada leitor. Conforme Smith (1989), previsão é fazer perguntas e compreensão é respondê-las. No ato da leitura, fazemos perguntas e quando as respondemos, estamos compreendendo, vestindo de sentido o que lemos. O trabalho toma como objeto de estudo as sessões de leitura realizadas na referida pesquisa, cujo objetivo foi conhecer a dinâmica que constitui a comunidade de leitura instaurada na escola; considerando-se, para tanto, a atuação do professor em atitude scaffolding (andaimagem), dos alunos e do texto literário acessível através da leitura oral e da discussão pós-leitura em situação experimental. Encontram-se nesse processo de previsão/significação, estratégias que facilitam o acercamento do texto literário, tais como a mediação, o projeto gráfico do material de leitura utilizado e afetividade, por exemplo. Esses aspectos destacam-se no que tange à formação de leitores, posto que proporcionam a ampliação das possibilidades de leituras; favorecendo, destarte, a hipotetização e, conseqüentemente, a significação do texto lido.

P-57: PROCESSO DE URBANIZAÇÃO DO BAIRRO DAS QUINTASExpositores/ Autores:

Laélio Jorge da Costa Ferreira de MeloValéria Maria de Freitas Aires (Alunos do Departamento de Geografia – UFRN)[email protected]

O bairro das Quintas é um dos mais antigos da cidade do Natal. O topônimo Quintas é citado pela primeira vez no início do século XVIII, quando o governo português concede a uma leva de colonos glebas de terra que recebem a denominação de Quintas. No português lusitano, a palavra quinta designa uma propriedade rústica, sediada por uma casa de habitação, correspondendo aquilo que conhecemos no Brasil por granja ou sítio. O bairro permaneceu durante mais de 200 anos como área rural, conhecido na província apenas como via de ligação entre a capital e o interior. No inicio da década de 30, tal panorama modifica-se devido a um intenso processo de ocupação desse espaço, característica essa que faz com que a área adquira novas feições, graças a expansão do bairro do Alecrim rumo a zona oeste da cidade. Durante muito tempo, as Quintas foram associadas ao Alecrim, sendo, ainda hoje, para muitos natalenses, uma espécie de apêndice do mesmo. A infra-estrutura do bairro melhorou bastante, sobretudo na segunda metade do século passado. Entretanto, muito pouco sobrou da mata nativa que revestia o local. Foi a partir das Quintas que a zona oeste da cidade expandiu-se. Os bairros que surgiram após o processo de povoamento das Quintas, passaram a gravitar ao seu redor, de forma similar ao que

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acontecera no passado com o vizinho Alecrim. Por ser um bairro habitado por pessoas de origem humilde, a área sempre foi encarada com desdenho pela sociedade local. Atualmente, o bairro tenta se libertar dos estigmas preconceituosos, apostando na consolidação da crescente atividade comercial. Baseado em pesquisa piloto, o painel aborda o processo de urbanização, deste que é o mais tradicional bairro da zona oeste de Natal.

P-58: FELIPE CAMARÃO: UM BAIRRO MÚLTIPLOExpositores/Autores:

Laélio Jorge da Costa Ferreira de Melo Valéria Maria de Freitas Aires (alunos do Departamento de Geografia – UFRN)[email protected]

Felipe Camarão é um dos bairros mais estigmatizados da cidade do Natal. As freqüentes ocorrências, transformaram-no em sinônimo de violência e criminalidade. Muitos falam, mas poucos conhecem a história desse que é o maior bairro da periferia oeste da cidade do Natal. Até a primeira metade da década de 80, Felipe Camarão era um arrabalde rural, com uma população reduzida, repleto de granjas e pequenos sítios que lhe asseguravam uma paisagem bastante assemelhada com povoados do litoral e agreste potiguar. O avanço da sociedade empurrou para esse local afastado, milhares de famílias interioranas que buscavam na capital a oportunidade que não encontravam nos seus municípios. O que era um local de descanso para muitos natalenses, transformou-se radicalmente nas duas ultimas décadas, passando, a partir da segunda metade da década de 80, por um intenso processo de urbanização. As políticas públicas adotadas no bairro mostram-se ainda muito aquém da real necessidade do mesmo, fato esse, que acontece em quase toda periferia brasileira. Felipe Camarão é uma cidade a parte, é um espaço aparentemente homogêneo, mas, que se averiguado na prática, mostra uma grande diversidade de tipos e classes. Nem todos no bairro são miseráveis, assim como nem todas as localidades do bairro possuem uma mesma realidade. Baseado em pesquisa realizada junto a comunidade, o painel mostra as varias facetas desse bairro múltiplo.

P-59: POESIA E FILOSOFIA: MÚLTIPLAS LIMINARIDADESAutora/ Expositora:

Laís Karla da Silva Barreto(aluna do curso de Letras da UFRN e bolsista PIBIC-CNPq)[email protected]

Orientadora:Ilza Matias de Sousa

Na poesia brasileira moderna e pós-moderna, em meio ao domínio da razão e do materialismo tanto na criação literária como nos demais campos de atividades humanas, pode-se recuperar uma tradição ali enviezada que toma a "poiésis" como experiência metafísica, reabilitando o seu estágio sublime. Tal produção metafísica propõe o enigma das linguagens e dos signos na sua função poética. Utilizamos as relações de interdisciplinaridade Literatura e Filosofia para recuperar esse veio em autores do porte de Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Adélia Prado e Marco Lucchesi. Em nossas leituras desses poetas, ressaltam-se o legado metafísico que busca o sentido da verdade e do belo, traços transcendentais que continuam presentes na sociedade, no sujeito, na existência. Isso é claramente visto em poemas como: "Especulações em torno da palavra

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homem" (ANDRADE, Carlos Drummond, Antologia Poética), "Mar absoluto" (MEIRELES, Cecília, Antologia Poética), e na visão de Adélia Prado que concebe a poesia como ato criativo, revelação, dádiva. Dentro destas perspectivas propomos mostrar um pouco dessa união Literatura/Filosofia nesta exposição.

P-60: SEMIÓTICA E ESTÉTICA: DISCURSOS DO BELO E DO SUBLIMEAutora/ Expositora:

Laís Karla da Silva Barreto(aluna do curso de Letras da UFRN e bolsista PIBIC-CNPq)[email protected]

Orientadora:Ilza Matias de Sousa

Com o reconhecimento da necessidade que a abordagem semiótica tem para o mundo contemporâneo, entendido como tradução em signos e linguagens verbais e não-verbais, de onde emerge para os estudantes de Letras a dimensão semiótica como inegavelmente importante para a própria obra literária, oferecemos novas perspectivas e horizontes de leitura. A direção tomada compreende a semiótica de Charles Sanders Peirce associada à sua visão mesma da estética que remete à obra de Kant: trazendo subsídios importantes para as reflexões de Walter Benjamim, autor que consta também na nossa pesquisa bibliográfica . Nesta encontram-se os conceitos de Belo e Sublime que a modernidade e a pós-modernidade hoje retomam de maneira produtiva.

P-61: A EVOLUÇÃO SÓCIO-ESPACIAL DO BAIRRO ALECRIM (NATAL/RN)Expositores/Autores:

Luana Paôla Dantas da Silva(Aluna do Departamento de Geografia – UFRN)[email protected] Tavares(Aluna do Departamento de Geografia – UFRN)[email protected]

Autores:

André da Silva RochaJoão Arthur Sarmento VeríssimoLidyanne Kaline Souza do NascimentoTiago Barreto de Andrade Costa

Mesmo com um considerável número de habitantes, o Bairro do Alecrim, hoje, é mais caracterizado pelo seu comércio popular. Neste, pessoas advindas, em especial, das áreas mais populares da cidade e do interior do estado, espremem-se por entre camelôs, ônibus, carros e becos gerando um “balé anacrônico” em busca de preços baixos e outras pechinchas. Nem sempre o quadro sócio-espacial do bairro foi assim. Portanto, qual a trajetória desse espaço da cidade até o seu estágio atual? Que funções urbanas este bairro desenvolveu ao longo de sua história? Essas são as questões que o painel (confeccionado a partir de uma pesquisa desenvolvida na disciplina de Geografia Urbana pelos alunos do

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curso de Geografia) tenta responder, evidenciando as individualidades locais dos principais processos e formas espaciais manifestados nessa área até hoje.

P-62: ESCOLHA OU IMPOSIÇÃO SOCIAL? – CAMINHANDO PELO UNIVERSO DE ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI NO MUNICÍPIO DE NATAL/RN: SUAS CONCEPÇÕES SOBRE SUA TRAJETÓRIA, ATUAL SITUAÇÃO E PERSPECTIVAS FUTURASExpositoras:

Luciana Fernandes Matias(Graduanda do Depto. de Psicologia –UFRN)Soraya Guilherme Cavalcanti(Graduanda do Depto. de Psicologia –UFRN)

Autoras:Ariane Cristiny da Silva FernandesCamomila Lira FerreiraCarolina Monte LagueLuciana Fernandes MatiasSoraya Guilherme Cavalcanti(Graduandas do Depto. de Psicologia –UFRN)

O número de crianças e jovens em conflito com a lei tem aumentado no Brasil, despertando interesse em traçar seu perfil ou identificar múltiplos fatores envolvidos. Porém estudos na área não abarcam influências sociais da situação desses adolescentes, a partir de seus discursos. Assim, objetiva-se conhecer o universo desses adolescentes, através de dados de sua trajetória, atual situação e perspectivas para o futuro, com base em seus discursos, tentando verificar possíveis influentes de suas condutas ilegais. A amostra constituiu-se por nove adolescentes do sexo masculino à espera de julgamento, reclusos em instituição governamental de privação temporária de liberdade, aos quais se atribuía a autoria de um ato infracional. Utilizou-se um questionário semi-estruturado, para a caracterização da amostra, e outro aberto, relativo à situação atual do adolescente. Os participantes têm idade entre 15 e 18 anos, ensino fundamental incompleto, e quatro haviam sido acusados anteriormente. Já as expectativas quanto à sentença variam com a acusação, destacando-se um grande valor ao poder decisório do juiz. Em relação ao que pode tê-los levado ao conflito com a lei, os fatores externos são mais freqüente que os internos. Dentre os primeiros, destaca-se a influência dos amigos, e quanto à motivação interna, a raiva é a principal justificativa. A idéia de reconstrução da vida se fez presente como possibilidade futura, e como ideal a ser alcançado, sugerindo uma necessidade de mudança. Assim, pôde-se conhecer melhor a realidade de adolescentes acusados de um ato infracional, à espera do julgamento em Natal/RN, a forma pela qual compreendem a sua situação atual e o futuro que vislumbram, verificando suas crenças na influência social e individual.

P-63: EXCLUSÃO SOCIAL E MARGINALIZAÇÃO: EXCLUSÃO E/OU INSERÇÃO DA SOCIEDADE NATALENSE NA GESTÃO URBANA VIGENTE.Expositor(s)/autor(s):

Luciene de Vasconcelos CasadoLidyanne Kaline Souza do Nascimento

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(Alunas do Departamento de Geografia – Bolsistas do Programa Especial de Treinamento)[email protected] /[email protected] Co-autor: Prof. Dr. Anelino Francisco da Silva(Professor do Departamento de Geografia – UFRN, coordenador geral do projeto de pesquisa e Tutor do PET de Geografia)

A segunda guerra mundial configura o mais importante marco para a inserção de Natal no processo de urbanização brasileira. Rapidamente a população cresce e seu espaço urbano se expande em direção a outras áreas, encontrando-se hoje quase totalmente urbanizado e, a medida que isso ocorre, torna-se necessário uma devida intervenção do poder publico municipal no sentido de prover a cidade de instrumentos que regulem e disciplinem as diversas formas de uso e ocupação do solo urbano. Contudo, constata se que prevalecem os interesses do capital na organização do espaço urbano. Ao poder público cabe à missão de prover a cidade de uma infraestrutura básica e prestar à população serviços de boa qualidade (saúde, segurança, educação, transporte), sendo que nem sempre chegam a toda população e quando chegam, possuem deficiências. Dessa forma, com base numa pesquisa piloto, o painel analisa a estrutura urbana de Natal, em paralelo à participação urbana inserida e/ou excluída da gestão urbana vigente, na qual constatam-se diferenciações entre as zonas administrativas, norte, sul, leste e oeste, deixando-se refletir as dificuldades enfrentadas por parte dos citadinos, aqueles que se encontram a margem da configuração social desta cidade. Algumas ações emergem com o intuito de ajudar algumas comunidades, ou mesmo apenas indivíduos em situação inferior à qualidade de vida aceitável, porem problemas como, especulação imobiliária, desemprego, imigração, irresponsabilidade administrativa urbana, entre tantos outros, tornam-se obstáculos às classes menos favorecidas, estratificação entre ricos e pobres, produzindo um espaço paulatinamente dividido.

P-64: ALTERNATIVAS DE USOS DE MANGUEZAIS: O CASO DA APA DE BALBINO EM CASCAVEL-CEARÁ. (MONOGRAFIA DE BACHARELADO)Autor/Expositor:

Mardineuson Alves de SenaBolsista UFC/Prorenda Rural-GTZ/SDR. (Atualmente Mestrando no PPGe-UFRN)[email protected] (Fone: 664 9131)

Orientadora:Fátima Maria Soares, Depto. de Geografia-UFC

O presente trabalho trata do estudo da APA de Balbino, situada no município de Cascavel-Ceará. A comunidade está instalada em uma faixa litorânea, cortada por mangues, cursos d' água que drenam tabuleiros pré-litorâneos e dunas. Sua economia está relacionada com a pesca artesanal, atividades agrícolas de subsistência, turismo e pequenas comercializações. O objetivo é o de perceber a interação existente entre os fatores sócio-ambientais do local, com intuito de se pensar, em conjunto com os moradores, estratégias de sustentabilidade, através de um planejamento de uso do espaço em que vivem, em especial da área de manguezal. A metodologia utilizada foi: Viagens para reconhecimento da área e contatos com os moradores; leituras referentes aos temas da pesquisa e histórico da área;

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Participação em reuniões com as Entidades (UFC, CPP, Prorenda Rural, Terramar, CEAC-EMATERCE, Assoc. Amigos da Prainha do Canto Verde) e com lideranças e jovens do local; Planejamento participativo e assessoria/acompanhamento das ações a serem desenvolvidas com a participação da comunidade; Elaboração de um relatório final contendo os resultados e sugestões da pesquisa. Com o término da pesquisa, foi realizado um trabalho, visando o desenvolvimento da prática do ecoturismo e da educação ambiental, elementos escolhidos pela comunidade para nortear um processo de sustentabilidade. Espera-se que sejam positivos os impactos que serão gerados para a área em questão.

P-65: A EXPERIÊNCIA ESTÉTICA E A LINGUAGEM EM TUTAMÉIAExpositora/autora:

Maria Aparecida de Medeiros(Mestranda em Literatura – UFRN)[email protected]

Orientadora:Profª. Drª. Maria de Lourdes Patrini(Professora do Departamento de Letras – UFRN)

Este trabalho tem como percurso argumentativo a transmissão e recepção nos contos “Desenredo”, “Antiperipléia” e “Esses Lopes” da obra Tutaméia de Guimarães Rosa, tendo como base a leitura e performance levando em consideração certos recursos literários tais como: os provérbios, chistes, jogos de palavras e o discurso da magia através dos quais se percebe a interação entre o narrador e o leitor. O espaço limitado de que o autor dispunha nos contos foram escritos originalmente para publicação em revistas. Está sendo feita uma leitura da obra Tutaméia de Guimarães Rosa, levando em consideração os provérbios, chistes, jogos de palavras, tendo como propósitos a estética da recepção, já que de um lado situa-se o efeito, condicionado pela obra que transmite orientações prévias e, de certo modo, imutáveis, porque o texto conserva-se o mesmo ao leitor, de outro, a recepção condicionada pelo leitor, que contribui com suas vivências pessoais e códigos coletivos para dar vida à obra e dialogar com ela. De acordo com as leituras, percebe-se que a escritura de Guimarães Rosa tem seu entroncamento na tradição do conto popular. Alinhavada com um estilo bastante singular, que desarticula o cristalizado, essa forma primitiva de narrar é recuperada e revitalizada na prosa do escritor, onde ocorre a fusão entre o popular e o erudito, dando origem a um linguajar sertanejo estilizado que é comum tanto ao personagem quanto ao narrador. Não há dúvida de que os provérbios em Tutaméia são índices da voz narrativa e, como tal, dono de seu texto, o narrador pode modificá-lo à sua maneira. O escritor à luz do conhecimento da literatura antiga, através da escrita, transforma em arte acontecimentos atuais de um povo que aprendeu e com sua naturalidade, acredita e fala em forma de provérbio.

P-66: VIAGENS MODERNISTASAutora/Expositora:

Maria da Conceição Silva Dantas(Mestranda em Literatura comparada – UFRN)

A década de 20, no Rio Grande do Norte, ficou marcada pelas diversas mudanças ocorridas na política, na economia e nas relações da sociedade potiguar. Na política houve a queda da oligarquia Albuquerque-Maranhão e a ascensão de uma outra vinda do Seridó, tendo José Augusto e Juvenal Lamartine à frente. Na economia, iniciou-se a era da aviação comercial,

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e o estado passou a exportar algodão para a Europa. Nas relações sociais, o potiguar passou a manter um contato mais freqüente com outros estados do Nordeste e do Sul do país, o que foi facilitado com a popularização de revistas e periódicos, da aviação comercial e porque Natal servia de “caminho” para quem ia do Sul para o Norte e vice-versa. Neste mesmo vintênio ocorreu uma série de viagens pelo interior do estado; dentre as quais destaca-se àquela realizada por Luís da Câmara Cascudo, Mário de Andrade e Antônio Bento de Araújo Lima. Abordo de Oakland eles percorreram 1104 quilômetros em apenas cinco dias. Os relatos da viagem, escritos em forma de crônica, foram publicados por Mário em O Turista Aprendiz e por Cascudo e Bento no jornal natalense A República.

P-67: APOIO PEDAGÓGICO NA UNIVERSIDADE: A QUEM SERVE?Autora/Expositora:

Maria da Piedade Pereira de [email protected] (Estudante do curso de Pedagogia – bolsista do PROBIC / UnP)

Orientadora:Anadir Pessoa Cavalcante Gomes [email protected] (Professora do curso de Pedagogia – UnP)

A virada do século, no que concerne no ensino superior, esta sendo marcada por uma expansão de grandes proporções. O crescimento, no entanto, não é diretamente proporcional à qualidade do ensino que vem sendo oferecido na maioria das universidades brasileiras. Sendo o professor considerado, ao longo da historia, elemento capaz de compensar as demais deficiências da universidade com uma boa atuação, recai sobre ele a responsabilidade pela má qualidade do ensino superior. A Universidade Potiguar – UnP enquanto espaço dinâmico da universalidade de saberes, busca estabelecer o diálogo e as inter-relações necessárias ao desenvolvimento de uma prática pedagógica de qualidade através do Laboratório de Apoio Pedagógico – LAPe, criado para dar suporte às ações desenvolvidas pela Pró-Reitoria de Graduação, como apoio a dinamização dos projetos pedagógicos dos cursos, desenvolvendo um processo de formação pedagógica voltado para o profissionalismo do professor, oportunizando contato com mecanismos pedagógicos necessários a um desempenho profissional compatível com os avanços da ciência e sua incorporação no cotidiano educativo. Essa experiência onde o pedagogo é peça fundamental, tem apresentado aos pesquisadores informações relevantes para um estudo mais aprofundado sobre a especificidade do trabalho do pedagogo. Os resultados preliminares de nossa pesquisa conseguidos por meio de observações realizadas sobre o trabalho do pedagogo na UnP revelam o desenvolvimento de atividades como: seleção de professores, atendimento individual a professores, orientação e apoio a concretização dos projetos pedagógicos dos cursos. Tal prática vem delineando a especificidade do trabalho desse profissional que tem passado constantemente por um processo de indefinição.

P-68: O PROFESSOR ENTRE A SALA DE AULA E ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR: UMA EXPERIÊNCIA NO SESC/RNAutora/Expositora:

Maria da Piedade Pereira de [email protected]

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(Estudante do curso de Pedagogia – bolsista do PROBIC / UnP)Orientadora:

Anadir Pessoa Cavalcante Gomes [email protected] (Professora do curso de Pedagogia – UnP)

O presente estudo é resultado da experiência realizada na Escola SESC – Potilândia – Natal / RN, por ocasião da Prática Pedagógica III, do curso de Pedagogia da Universidade Potiguar, onde foi possível observar in loco um trabalho voltado para definição do perfil profissional do pedagogo. Conforme depoimentos das dezessete professores, a Escola SESC funciona há três anos e vem procurando trabalhar a gestão participativa. Uma das atividades que com bastante êxito e aceitação de todos tem acontecido, é a experiência de rodízio com a orientadora pedagógica, que anualmente é retirada da função de professora para desenvolver a atividade de orientadora. Tal experimento tem melhorado a qualidade dos trabalhos administrativos e pedagógicos da escola, fortalecendo a idéia de que o pedagogo é um profissional com competências para a gerir a sala de aula, bem como as atividades administrativas e pedagógicas.

P-69: A IMAGEM DO HABITAT RURAL: ESTUDO SOBRE A PERCEPÇÃO AMBIENTAL DO ASSENTAMENTO MARAJÓ – MST/RNExpositora/autora:

Mariana Brito de Lima(Aluna de Graduação em Arquitetura e Urbanismo e Aluna de Iniciação Científica. Departamento de Arquitetura– UFRN) [email protected]

Orientadora:

Amadja Henrique Borges(Professora do Departamento de Arquitetura – UFRN) [email protected]

Entender o significado de uma cidade para seus habitantes é a melhor maneira de perceber quais qualidades ambientais são mais significativas para o lugar. Nesta pesquisa pretende-se testar a metodologia criada por LYNCH (A imagem da Cidade, 1982, p. 11-23) para habitats urbanos em habitats rurais. Procuramos mostrar que esta metodologia aplica-se também em meios rurais, principalmente nos assentamentos do MST no RN, pois suas configurações espaciais se assemelham a povoados e vilarejos por possuírem habitats concentrados, chamados de agrovilas (BORGES, 2002, p. 165). Como recorte espacial, será analisado o assentamento Marajó (Município de João Câmara), que foi o primeiro assentamento ligado ao MST no RN. Esse estudo busca compreender a imagem desse habitat sob a ótica de seus moradores. O objetivo desse estudo é revelar como se comporta o imaginário coletivo de sua população em relação ao espaço de moradia. Serão analisados também, os resultados de uma pesquisa amostral, já realizada por este grupo de pesquisa e extensão, que apresenta o perfil desta população (faixa etária, escolaridade, gênero e outros), suas principais referências, sonhos e expectativas assim como desenhos elaborados pelos próprios assentados e imagens fotográficas. Este painel apresenta resultados parciais do trabalho de iniciação científica que procura compreender os habitats do MST presentes

Page 43: PERFIL DOS USUÁRIOS DO SERVIÇO DE … · Web viewA amostra constituiu-se por 16 alunos do 5º ano de Psicologia, com idade média de 26,5(4,95 anos. Observou-se que, durante a semana,

no Estado do Rio Grande do Norte. Ele faz parte da pesquisa “A Universidade e o MST” coordenado pela professora Amadja Henrique Borges.

P-70: “MENINO DE RUA, EU?!”: CONCEPÇÕES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RUA SOBRE ESSA CONDIÇÃOAutoras/Expositoras:

Marília B. DamascenoTásia P. de [email protected];Ana Karina Camboim Clara Maria M. SantosUniversidade Federal do Rio Grande do Norte

Como parte de um projeto mais amplo que visa a Caracterização Psicossocial de Crianças e Adolescentes em Situação de Rua de Natal, o presente trabalho pretende conhecer a compreensão dessas crianças e adolescentes sobre a condição “menino de rua”. Acredita-se que suas concepções sobre esta condição e sobre a rua possam influenciar sua permanência na rua bem como suas disposições em aderir aos programas de atendimento a esta população.Os participantes foram 253 crianças e adolescentes em situação de rua, 223 do sexo masculino e 30 do feminino, até 18 anos, encontrados em diferentes horários e locais: feiras, cruzamentos, praças etc. Através de um questionário semi-estruturado, investigou-se dados de identificação, familia, cotidiano nas ruas, entre outros. Os dados analisados aqui se referem às questões: “O que é a rua para você?”, “O que é ser menino de rua?” e “Você se considera menino de rua?”.Os resultados indicaram que a maioria dos entrevistados percebeu a rua como “lugar de liberdade”, “diversão”, “aprendizado” e ainda como lugar que possibilita seu sustento. Isto demonstra que os participantes deram à rua valor positivo. Por outro lado, apenas seis respostas dadas à segunda questão mencionaram características positivas, deixando clara a conotação fortemente negativa associada ao termo “menino de rua”. Verificou-se também que as seis respostas foram dadas exclusivamente por entrevistados que se consideraram meninos de rua. Um dos resultados relevantes é o fato de que apenas 8% dos entrevistados se consideraram “meninos de rua”, isto implica que grande parte das crianças e adolescentes em situação de rua – ou assim considerados por quem estuda e/ou trabalha com esta população – encontra-se fora do alcance dos programas de assistência aos mesmos, uma vez que eles não se incluem neste grupo.

P-71: EXPERIÊNCIAS E REFLEXÕES EM ATENÇÃO FARMACÊUTICA – UM PASSO PARA A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA.Expositor/autor:

Milena Thaísa Figueirêdo de Araújo(Aluna do 3º período do Curso de Farmácia - UFRN) [email protected]

A atenção farmacêutica compreende habilidades, compromissos, atitudes e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando

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uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mesuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. A implementação, por sua vez, desse conceito, apresenta inúmeras dificuldades, dentre as quais podemos destacar: a falta pontual do farmacêutico nas farmácias e drogarias, a ausência de uma Política Nacional de Assistência Farmacêutica, a inoperância da Vigilância Sanitária, a prevalência das atividades comerciais sobre as atividades sanitárias e a aceitação da drogaria como estabelecimento de dispensação de medicamentos. A atenção farmacêutica implica julgar e tomar decisões com o fim de evitar a iniciação, a manutenção ou a descontinuidade da terapia com medicamentos, contribuindo para a entrega do produto certo, no tempo certo, ao paciente certo e fornecendo informações para assegurar a esse último o uso racional dos medicamentos. Apenas isso, certamente, já justificaria a preeminente tentativa de superação das dificuldades acima apontadas, a fim de se atingir a melhoria do sistema de assistência à saúde para o público em geral. Com o presente painel pretende-se, portanto, alertar para a necessidade de implementação do conceito de atenção farmacêutica, em face dos resultados positivos que essa tarefa pode trazer para a saúde do público em geral.

P-72: O PARNASO NA PSICOGRAFIA DE CHICO XAVIERExpositora/autora:

Núbia de Fátima Rodrigues Cavalcante(Graduanda e Monitora do Departamento de Letras da Universidade Potiguar-UnP)[email protected]

Esta comunicação está situada na área de Literatura, pautada na obra “Parnaso de Além Túmulo”, psicografia de Chico Xavier (1932), constituída de 259 poesias elaboradas por 56 poetas que em vida física, pertenceram as correntes literárias do Romantismo e Simbolismo, mas que também marcaram época, pelas idéias do Parnasianismo, este, considerado por alguns estudiosos, como a soma de todas as tendências literárias. O objetivo é analisar a forma e a autenticidade literária dos poemas psicografados, através da mediunidade de Chico Xavier, estabelecendo relações de estilo e forma, discutindo assim a problemática do processo mediúnico como fator da psicologia humana. O tema hora abordado, nasceu do desejo de analisar a continuidade da poesia parnasianista, e se toda beleza formal dos seus poemas também havia morrido com o corpo físico de seus célebres poetas. Os estudos aplicados desenvolvidos por Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns (1944) e a História da Literatura Brasileira, desenvolvida por José Veríssimo (1998) subsidiam este painel.

P-73: O SUJEITO-MULHER NA OBRA ALÉM DO QUADRO, DE MARIA JUDITE DE CARVALHOAutora/Expositora:

Olívia Rocha FreitasMestranda em Literatura Comparada – UFRN

Orientadora:Profª. Drª. Maria de Lourdes Patrini(Departamento de letras – UFRN)

A crítica literária, por muitos anos, renegou a importância do estudo da literatura feminina. Além das autoras Simone de Beauvoir e Virginia Woolf, não houve interesse em

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aprofundar os conhecimentos sobre a escrita de outras mulheres. apenas na década de 60, um grupo de estudiosas começou a questionar a literatura patriarcal, podendo citar Kate Millet, entre outras. O gênero, como categoria de análise literária, começou a ser difundido na década de 80, trazendo um novo conceito e compreensão sobre a produção feminina, sua singularidade e linguagem própria. Ao analisar o conto da escritora Maria Judite de Carvalho “A Estrela, coitada”, do livro Além do Quadro, é nítida a interferência da ótica feminina criada pela autora ao compor suas personagens e perspectivas de mundo, no desenrolar da trama. A problemática do feminino vem como núcleo da narrativa, traçando aspectos físicos e psicológicos, enfocados de forma a delinear personagens reprimidas e marcadas por uma sociedade primordialmente masculina. O drama psicológico da mulher, no conto, está justamente em perceber seu lugar ínfimo na sociedade, em ter que se moldar ao espaço marcado que foi, para ela, pré-determinado. Embora a protagonista tente se posicionar criticamente e poder identificar a situação opressora a qual está envolvida, não consegue transgredir a sua atitude convencional. Mesmo havendo possibilidade de mudança, sua ação parece não ir além da constatação. Uma constatação que não gera rebeldia ou mudança de atitude, levando-a, conseqüentemente à frustração. Assim, esta análise do conto “A Estrela, coitada” colocará em pauta a discussão do feminino através de suas personagens vista sobre a ótica de uma autora essencialmente voltada para o universo feminino.

P-74: IMPACTOS E TRANSFORMAÇÕES DO DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO NO COMPLEXO LACUSTRE DE NÍSIA FLORESTA E NAS LAGOAS DE PITANGUI E JACUMÃExpositor/autor:

Pablo Guimarães Azevedo

Geovane de Souza Almeida

(Graduandos do curso de Geografia – UFRN)

Email: [email protected] /[email protected]

O turismo no RN, enquanto atividade econômica importante, constitui uma atividade recente, iniciada no estado a partir da década de 1980. Nesse período, a preocupação com a atividade turística por parte do Estado principalmente, acontecia de forma bastante pontual, de modo que essa atividade não exercia os mesmos impactos que atualmente a mesma detém. A construção da Via Costeira, Ponte de Igapó e implantação do Projeto Rota do Sol são alguns marcos importantes na história do fazer turístico no Rio grande do norte; a partir de então, tornaram-se ferramentas importantes com o objetivo de não somente dinamizar a atividade turística, mas também de expandi-la. Dessa maneira, podemos afirmar que algumas lagoas do município de Nísia Floresta e Extremoz são alvo dessa dinâmica e expansão do turismo, conseqüentemente, sofrem inúmeras transformações como: mudanças na paisagem natural e criação da uma estrutura turística deficitária. Assim, o presente resumo tem como objetivo principal analisar o desenvolvimento das atividades turísticas e seus impactos no complexo lacustre do município de Nísia Floresta/RN bem como nas lagoas de Pitangui e Jacumã, uma vez que essas lagoas são de extrema importância na dinâmica turística do Estado.

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P-75: FERRAMENTAS ESTATÍSTICAS PARA A ORGANIZAÇÃO HOSPITALARExpositor/Autor:

Paulo Ricardo Cosme BezerraProf. Substituto do Departamento de Estatística/ Mestrando do programa de Engenharia de Produção da UFRN.E-mail: [email protected]

O presente trabalho destina-se aos profissionais que estão iniciando no estudo dos métodos estatísticos para atuar na área hospitalar e têm como principal objetivo servir de roteiro e ajudá-los a entender como funciona tal serviço, tornando-se um desafio, porque até então o estatístico era visto como um profissional qualquer que realiza apenas atividades administrativas. Há instituições tão complexas, mesmo assim, não obtém níveis adequados de eficácia, e não há aplicação de normas e procedimentos técnicos. Os dados são tratados como meras informações e não tem um tratamento, tornando-se insignificantes. Surge então a necessidade de um manual de normas, serviços e rotinas para a partir daí ter um melhor aproveitamento dos recursos e dos dados disponíveis. Além disso, para a administração hospitalar é necessário estar atualizado com os problemas da instituição e obter auxílio na tomada de decisões com um maior grau de confiabilidade. Procuramos apresentar as técnicas necessárias à organização de um serviço de estatística hospitalar através das ferramentas para o controle estatístico de qualidade, utilização dos indicadores hospitalares mediante as fases do método estatístico. A finalidade é fornecer dados para avaliação da instituição e eficiência dos serviços prestados dentro do menor tempo, onde surge o estatístico como gerador de informação precisa, com qualidade que atua auxiliando vários profissionais.

P-76: O MODELO INPUT-TRANSFORMAÇÃO-OUTPUT: O PERFIL DA SAÚDE AVALIADO ATRAVÉS DE SEUS INDICADORES GLOBAISExpositor/Autor:

Paulo Ricardo Cosme Bezerra(Professor Substituto do departamento de Estatística/Mestrando do programa de Engenharia de Produção da UFRN)Dr. Rubens Eugênio Barreto Ramos(Coordenados do Programa de Engenharia de Produção da UFRN)E-mail: [email protected]

O conjunto de alterações que as organizações estão sofrendo, em vista as exigências de uma economia globalizada, tem uma referência bastante clara, sem a qual não farão nenhum sentido: O cliente. É o foco voltado para o cliente que pode calibrar as estratégias que estarão sendo traçadas para readequar às organizações a nova realidade, particularmente no Brasil (Shiozama, 1993).De acordo com Slack (1996). A administração da produção trata da maneira pela qual as organizações produzem bens ou serviços, através de um processo d3e transformação que pode ser observado pelo modelos input-transformação-output, que é utilizado para descrever a natureza da produção. Podemos verificar que qualidade hospitalar é vista sob a ótica de um modelo geral do sistema de produção, mensurado através de indicadores de input, de transformação e de output.

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Mostrar a saúde como um sistema de produção e que seus indicadores são uma condição básica para a realização da análise da qualidade da instituição e dos profissionais que nela prestam serviço à comunidade é o objetivo deste trabalho.A pesquisa de campo foi realizada em um hospital universitário situado na cidade de Natal/RN, onde foi verificado que o mesmo não apresenta indicadores satisfatórios.

P-77: SATISFAÇÃO DO CLIENTE, PESSOA JURÍDICA, QUANTO A AUTOMAÇÃO BANCÁRIAExpositor:

Paulo Ricardo Cosme [email protected] (Docente do departamento de Estatística da UFRN)

Autores:Ana Lissa O. RegoIane Metzer BarbozaKátia Lucianny de SouzaMaria Aldilene Dantas(Discente do curso de Estatística da UFRN)Sanara Cély A. dos S. Silva(Docente do departamento de Estatística da UFRN)

Qualidade tornou-se atualmente um fator significativo, conduzindo empresas nos mercados nacional e internacional ao êxito organizacional e ao crescimento. O retorno sobre o investimento obtido por meio de rigorosos eficazes programas de qualidade está gerando excelente rentabilidade nas empresas quando acompanhado de melhorias significativas na produtividade total, com menos custos e liderança competitiva. Constituindo em sua essência um meio para gerenciar a organização (Feigenbaum, 1994). O conjunto de alterações que as organizações estão sofrendo, em vistas as exigências de uma economia globalizada, tem uma referência bastante clara, sem a qual não farão nenhum sentido: O cliente. É o foco voltado para o cliente que pode calibrar as estratégias que estarão sendo traçadas para readequar às organizações a nova realidade, particularmente no Brasil (Shiozama, 1993). O presente trabalho tem como principal objetivo avaliar o grau de satisfação da clientela, pessoa jurídica, referente à automação em uma agência bancária na cidade de Natal/RN no ano de 2002. Os dados foram coletados através da aplicação direta de questionários, desenvolvidos para este fim, em 50 empresas cliente do banco. Em seguida realizou-se uma análise descritiva dos dados e verificou-se a existência de associação entre as variáveis. Podemos concluir que a clientela esta satisfeita com a automação bancária. Porém, acreditam que a substituição do homem pela máquina pode levar a uma redução de pessoal, desvalorização profissional e desemprego.

P-78: CENTRALIDADE DO TRABALHO E SÍNDROME DE BURNOUT PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE DA CIDADE DE NATAL.Autoras:

Pollyanna Carvalho de Siqueira Gê[email protected]ívia de Oliveira Borges

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[email protected](Departamento de Psicologia – UFRN)

As mudanças do trabalho põem dúvidas na importância do trabalho na vida da pessoas e da continuidade do emprego enquanto uma forma de inserção social, o que motiva estudos sobre centralidade no trabalho. No campo da saúde mental e trabalho, por sua vez, estudos identificam que profissionais de saúde, profissionais que desempenham atividades de serviços implicando em uma relação direta com o usuário, apresentam como reação ao estresse no trabalho a síndrome de burnout. Este estudo foi, então, planejado com profissionais de hospitais públicos em Natal, objetivando examinar se a atribuição de centralidade ao trabalho está associada à incidência da síndrome de burnout. A amostra foi composta de 148 sujeitos de diversas formações que responderam a questões sobre o MBI e centralidade do trabalho. As respostas foram registradas no banco de dados do SPSS for Windows visando submetê-las às análises estatísticas. Os resultados revelaram que as esferas de vida estão organizadas na seguinte ordem para estes profissionais: primeiramente a família, seguida pelas esferas do trabalho, lazer, religião e comunidade. Na escala absoluta de centralidade, 90,6% da amostra apresentaram escores a partir da mediana (m=5,2 e dp =1,2). Sobre à síndrome de burnout, a amostra apresentou média de 2,4 em Exaustão Emocional, de 3,9 em Diminuição de Realização e 1,8 em Despersonalização. Dois destes coeficientes correlacionam-se com a centralidade absoluta do trabalho, sendo um com exaustão emocional (r=-0,17, para p=0,05) e outro, com ceticismo (r=-0,17, para p=0,05). As correlações indicam, que os profissionais que tendem a atribuir mais importância ao trabalho apresentam menos exaustão emocional e despersonalização.

P-79: SIGNIFICADO DO TRABALHO PARA PROFISSIONAIS DO SETOR DE ATENDIMENTO NA REALIDADE DE NATAL-RN.Autoras:

Pollyanna Carvalho de Siqueira Gê[email protected] de Oliveira [email protected]

Estudos sobre significado do trabalho na área organizacional e do trabalho inspiram questões teóricas abstratas e construtos divergentes em sua constituição. O presente trabalho partirá de uma compreensão dinâmica e multideterminada, do processo de atribuir significado ao trabalho, visando contribuir na exploração de sua variabilidade por ocupações. O presente estudo foi desenvolvido com profissionais do setor de atendimento de uma organização filantrópica da cidade de Natal, buscando compreender como os mesmos associam os fatores valorativos (que definem como o trabalho deve ser) e os fatores descritivos (percepção de como o trabalho é concretamente). Desta forma, a uma amostra de 09 atendentes, aplicou-se o IMST (Inventário de Motivação e Significado do Trabalho), este inventário mensura quatro fatores valorativos e cinco fatores descritivos. As respostas foram registradas na forma de banco de dados do SPSS for Windows e desenvolvidas as correlações entre os fatores valorativos e descritivos. Verificou-se que a maioria dos coeficientes de correlação são estatisticamente significativos e que os atendentes concebem o trabalho enquanto prioritariamente um espaço para auto-expressão e realização pessoal (média = 3,6) e devendo também gerar bem-estar sócio-econômico (média =3,4). Entretanto os dados obtidos sobre os atributos descritivos apontam que os

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participantes atribuíram escores mais elevados aos atributos responsabilidade (média=3,1) e recompensa econômica (média=3,0). Percebemos um descompasso entre os atributos valorativo e descritivo destes atendentes o que possibilita interferência sobre sua satisfação, podendo gerar conseqüências sobre a qualidade do trabalho prestado.

P-80: O MITO, O HOMEM E A NATUREZA NA LITERATURA ANDO-BOLIVIANAAutor/Expositor:

Reny Gomes Maldonado(Professora Departamento Letras – UFRN)[email protected]

O tema é parte do trabalho da Tese de Doutoramento em Filologia Espanhola, nele destacamos a cultura ando-boliviana, enfatizando, principalmente, seus anseios, costumes e crenças. Estudar a literatura deste país é transcender entre o real e o imaginário, com uma natureza exótica, herdeira de personagens extraordinários – de um tempo anterior que nos mostra todo o seu esplendor e grandeza. Da narrativa atual, escolheu-se o autor Raúl Botelho Gosálvez, escritor de destaque, escreveu obras como Altiplano, considerada pelos críticos estrangeiros como uma das seis melhores de seu gênero em toda a literatura hispano-americana. Temos assim, um estudo que propõe um resgate do passado andino, abordando seus componentes míticos na literatura atual, com uma paisagem que ilustra e dá vida a esses personagens puramente fantásticos.

P-81: AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO APLICADA AO ESTUDO DA GEOGRAFIA UTILIZANDO FERRAMENTAS DE APOIO A TOMADAS DE DECISÕESAutores:

Ricardo Alexsandro de Medeiros Valentim (Expositor)(Aluno do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da [email protected])Lenilsom Medeiros(Aluno do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação da [email protected])

Orientador:Aluízio Ferreira Rocha Neto(Docente do curso de Bacharelado em Sistema de Informação da FARNEmail: [email protected])

Nesta nova ordem de ocupação dos espaços, surgem, de forma simultânea, vários conceitos aplicados ao estudo da Geografia. As diversas mudanças dos espaços geográficos contribuem para mudanças bastante significativas na vida terrestre. É neste contexto que as novas tecnologias de informação vêm se transformando em ferramentas bastante úteis no estudo do espaço geográfico, uma vez que estas permitem uma aplicação mais aprofundada de alguns conceitos, a fim de poder obter resultados mais precisos e consistentes, de forma mais produtiva. As tecnologias de informação aplicadas ao estudo da Geografia utilizam os SIGs (Sistemas de Informação Geográfica) para avaliação do espaço. Esta avaliação toma como parâmetro a construção de uma base de dados onde são aplicados diversos conceitos. Um dos mais relevantes é o de geo-referenciamento, no qual o sistema pode mapear e gerar

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várias análises, uma vez que este permite identificar a localização dos pontos no globo terrestre de forma escalar. Dessa forma, a base de dados é alimentada de acordo com as interações dos usuários, ou seja, ao seu contento. Neste contexto tecnológico, os sistemas de informação geográficos integrados com outras tecnologias servem como um meio definidor para análise e tomadas de decisões no estudo aplicado a Geografia. Com isso, à Geografia agregada às tecnologias de informação passa a incorporar novas tendências. É discutindo esta nova tendência que este trabalho se propõe a ilustrar ainda mais a usabilidade dos SIGs, no sentido de obter informações de melhor qualidade. Para tanto, discutimos a utilização de sistemas de apoio a tomadas de decisões integradas aos sistemas de informação geográfica.

P-82: "LITERATURA, CARICATURA E PROPAGANDA: MODERNIDADE NO RIO DE JANEIRO E EM SÃO PAULO"Autor/Expositor:

Rodrigo Aldeia Duarte(Mestrando em Memória Social e Documento pela UNIRIO)

Este estudo está centrado na análise dos documentos de propagação das idéias modernas – essencialmente os periódicos Klaxon (SP, 1922-3), Terra Roxa e Outras Terras (SP, 1926) e Dom Quixote (RJ, 1917-27) – visando apreender a influência desses grupos literários na constituição da identidade nacional e da idéia de modernidade no Brasil do início do século XX. Definitivamente, a década de 20 é o momento das vanguardas, da quebra com o “passadismo” e da tentativa de criação de uma nova arte no Brasil. Entretanto, na história de nossa cultura, bem como em nossa crítica literária, a década de 20 paulista, especialmente o marco de 1922, ficou emblematicamente caracterizada como sendo o próprio Modernismo brasileiro. Porém, pelo menos desde a última década do século XIX, já se pode encontrar indícios de uma mentalidade moderna em formação. Existem outras vertentes "modernistas" que ficaram esquecidas nessa reconstituição. Através dos trabalhos de Mônica Pimenta Velloso (1996) e de Ângela de Castro Gomes (1999), temos uma ampla visão acerca do grupo carioca alijado da alcunha de modernista, caracterizado pelo humor de crítica social, colocando-se através de sátiras, crônicas, caricaturas e propaganda. Contudo, no modernismo paulista também iremos muitas vezes encontrar o humor como via de acesso à modernidade. Pretende-se então demonstrar que os intelectuais boêmios do Rio expressavam as idéias modernas em sua produção com tanta acuidade quanto os paulistas, mas com uma linguagem diferente, que se valia da caricatura e da propaganda como elementos essenciais na veiculação de seu corolário.

P-83: MÍDIA E EDUCAÇÃO INFANTILNome do expositor/autor:

Sandro da Silva Cordeiro(Aluno do Curso de Pedagogia –UFRN)[email protected]

O mundo contemporâneo impõe novos paradigmas para o homem neste início de século e começo de milênio. As Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (NTIC) constituem-se numa recente realidade e seu alto poder de alcance é inegável, envolvendo a todos de tal maneira que tornaram-se peças fundamentais para o conforto, a informação e o entretenimento da população. A televisão, como uma das novas tecnologias, adquiriu um

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poder de abrangência significativo, graças ao baixo custo dos aparelhos e sua conseqüente popularização, atingindo a todos independentemente do nível sócio-econômico que detenham. Conforme dados estatísticos, 87,4% dos lares brasileiros possuem um aparelho de TV, garantindo um alcance ampliado e diversificado. Deste modo, as crianças em nosso país estão vendo mais televisão do que em outros países, destinando cerca de três a quatro horas diárias à televisão, permanecendo mais tempo diante da tela, do que exposta a situações de aprendizagem na escola, assegurando o predomínio da sua exposição exacerbada ao conteúdo televisivo tendo, ainda, o agravante de permanecerem sozinhas sem interagir com algum adulto. Levando-se em consideração as elucidações acima incitadas, o presente trabalho buscará tecer uma discussão teórica a respeito da mídia e seus impactos para o público infantil, priorizando os efeitos da televisão a esta fase da vida e os reflexos demonstrados por estes advindos de uma exposição em demasia ao conteúdo midiático, bem como o papel de pais e educadores na formação de telespectadores mais conscientes, seletivos e exigentes. Acredita-se que o corpus de conhecimentos aqui edificado possa contribuir para os leitores refletirem acerca da presença dos meios de comunicação de massa no cotidiano das crianças, auxiliando-os num melhor discernimento deste tema tão relevante e que ganhou enorme repercussão nas ultimas décadas.

P-84: VIOLÊNCIA CONTRA A MULHERAutora:

Suzana da Cunha JofferExpositora:

Débora Virgínia de Almeida SilvaEste trabalho tem por objetivo expor a violência contra a mulher, em suas mais diversas formas. Para tal fim, serão utilizados fotos, posters e folders, visando desmistificar uma realidade presente em todas as camadas sociais, com mulheres dos mais diversos graus de escolaridade e faixa etária. As vítimas do machismo e da covardia muitas vezes se tornam coniventes com a sua situação por tradicionalismo, medo, vergonha ou condição financeira.Através desse trabalho buscamos, não somente, mostrar o difícil preconceito enfrentado pelas mulheres, que atravessa séculos, como também, esclarecer a importância da denuncia, a qual passa a ser o único instrumento de mudança dessa realidade.

P-85: PSICOLOGIA: FORMAÇÃO E REPRESENTAÇÃO DA MORTE Expositores/Autores:

Tatiana Pimentel de Paula(Aluna do Curso de Psicologia- UFRN)[email protected] Russel Martins(Aluno do Curso de Psicologia- UFRN)[email protected]

Co-Autores: Eulália Maria Chaves Maia Luciana Carla Barbosa Trindade de Oliveira Lucila Moura Ramos Ilana Queiroz Pereira

Dentro da Psicologia, percebe-se a importância em desenvolver pesquisas que englobe os aspectos relacionados à morte. Isto reflete em um vasto campo de estudos e prática para

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este profissional que lida constantemente com questões vinculadas a perdas e luto em sua atuação. Esta pesquisa objetiva correlacionar a formação em Psicologia com a representação que os graduandos desse curso possuem da morte. Para isto, utilizou-se uma amostra de 31 estudantes do Curso de Psicologia (UFRN). Optou-se como instrumento um desenho representativo, acrescido de um questionário semi-estruturado, abrangendo a questão da morte e a influência exercida através do Curso de Psicologia na representação destes estudantes. Para a análise dos dados, as representações foram categorizadas nos seguintes grupos: recomeço, passagem/ mudança, término da vida e dúvida/desconhecido. Diante desta análise, obteve-se os seguintes resultados: 41,9% dos entrevistados possuem uma visão da morte caracterizada como uma passagem/mudança, enquanto que 25,8% percebem-na como o término da vida e 16,1% vêem-na como um recomeço. Constata-se, quanto à formação acadêmica, um despreparo na graduação, já que 81% dos entrevistados consideram o curso insuficiente para a formação profissional no tocante ao tema morte. Sendo que 48% dos entrevistados consideram que há insuficiência de disciplinas que tratem deste assunto e 40% relataram uma negligência durante o decorrer do curso. Com isto, verifica-se uma insuficiência acadêmica quanto à representação e o lidar com a morte nestes estudantes.

P-86: REALIDADE SOCIAL BRASILEIRA: A APLICAÇÃO DA PESB NO MUNICÍPIO DE JOÃO DIAS/RNAutor/Expositor:

Tiago Cruz Spinelli(Aluno do Departamento de Ciências Sociais – UFRN)[email protected]

Orientador:Prof. Dr. José Antonio Spinelli(Professor do Departamento de Ciências Sociais – UFRN)

A PESB - Pesquisa Social Brasileira, encabeçada pelo DATUFF (Núcleo de Pesquisa e Informação da UFF) e financiada pela Fundação Ford, colheu, em 2002, aproximadamente 2000 entrevistas nas diversas regiões do país. O objetivo geral do survey consistiu na busca da "opinião" do brasileiro, dos valores, percepções e visões de mundo. As duas versões do questionário dividiam-se em seis módulos: 1- valores e visões de mundo; 2- jeitinho/sociedade hierárquica/personalismo; 3- violência e criminalidade; 4- relações raciais; 5- saúde reprodutiva e sexualidade; 6- política; além de um perfil sócio-demográfico. No Rio Grande do Norte, as entrevistas foram aplicadas em Natal, nos bairros das Quintas e Nossa Senhora da Apresentação e no município de João Dias. A visão mais marcante foi na zona rural, onde as paisagens do sertão refletiam-se na melancolia seca de um povo hospitaleiro e sofrido pelo desamparo das águas e de políticas públicas adequadas. No início do século XXI nos deparamos com um mundo distante, seco, sofrido... e o pior: não conseguimos enxergar o homem, a fome, a luta pela sobrevivência e as feridas sociais do sertão. Permanecemos ainda distantes do que restou dos sorrisos, das estórias contadas pelos velhos, das brincadeiras, das danças, das feiras... nossas impressões ficaram presas às 60 páginas da viseira que denominamos questionário, revelando assim a ineficácia e limitação da "quantificação das sensações". Nessa perspectiva, centralizamos nesse trabalho a crítica à equação das opiniões e valores de uma realidade social peculiar, e ao abismo que nos deixa a léguas de compreender as vidas secas de João Dias.

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P-87: USUÁRIAS AVALIANDO PRÁTICAS E SERVIÇOS DE SAÚDE NA REDE BÁSICA DE NATAL/RNAutor/expositor:

Yalle Fernandes dos Santos(Aluna do curso de psicologia da UFRN, bolsista de Iniciação Científica CNPQ/Balcão)[email protected] Emanoel B. de Lima(Psicólogo, aluno do Mestrado do Depto. de Psicologia da UFRN)[email protected]

Orientadora:Magda Dimenstein(Professora Departamento de Psicologia – UFRN)

A partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), delineia-se no setor uma nova relação entre Estado e sociedade, que favorece um maior controle público sobre a assistência oferecida à população, vista, nesse caso, como co-responsável pela produção de práticas e serviços resolutivos e com qualidade. O objetivo deste trabalho é conhecer como as usuárias avaliam a qualidade da atenção recebida, tomando três eixos de análise: 1. acolhimento pelo corpo técnico e humanização das práticas de saúde, 2. funcionamento e organização do serviço e 3. instalações e equipamentos. Foram entrevistadas 39 usuárias distribuídas nos quatro distritos sanitários do município de Natal/RN. As usuárias avaliaram negativamente os aspectos do funcionamento e organização da unidade, bem como suas instalações e equipamentos. Em relação à questão da humanização e acolhimanto da atenção há uma avaliação positiva, pois 28 (71%) entrevistadas afirmam estarem satisfeitas com os profissionais neste aspecto. Este fator é o principal alvo das expectativas das usuárias, que esperam encontrar um atendimento que articule resolutividade com qualidade.