Perfil e Funçao Do Grupoterapeuta

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PERFIL E FUNAO DO GRUPOTERAPEUTAFundamentos bsicos de grupoterapia. (ZIMERMAN, ) Cap 20

Conhecimento: solido respaldo terico- tcnico.Habilidades: resultam de uma atividade supervisionada, sendo que o aprendizado. extrado tanto dos acertos, como e principalmente dos erros, e s e possvel a partir da experincia prpria de cada um.Atitudes: refletem como ele como gente. ela se constitui em uma forma de comunicao no verbal, que atinge um nvel primitivo da organizao do self do paciente.Lembra, portanto, o que se passa na interao da me com o seu bebe.

Principais requisitos que, em termos ideais, so indispensveisna formao e pratica de um grupoterapeuta:1) Ele deve gostar de grupos, e acreditar nessa modalidade teraputica.2) Capacidade de ser Continente: poder conter os inevitveis momentos de sua ignorncia em relao ao que esta se passando no campo grupal. A outra razo, j aludida, a de poder conter as fortes, ansiedades provindas de cada um e de todos do grupo e que so depositadas de forma macia e volumosa dentro da sua pessoa.3) Capacidade de empatia: atributo de o grupoterapeuta poder se colocar no papel de cada paciente e de entrar dentro do "clima do grupo.4) Capacidade de intuio se refere a capacidade de olhar com um "terceiro olho, aquele que, a partir dos rgos dos sentidos e do respaldo terico latente em seu pr-consciente, esta captando o no-sensorial que vem do inconsciente dos indivduos e da gestalgrupal. E diferente de empatia, pois esta se refereao plano afetivo, enquanto que a intuio se processa no cognitivo.5) Capacidade de discriminao No campo grupal, costuma se processar um jogo muito rpido, e cruzado, de identificaes, as projetivas principalmente, e que adquirem uma feio caleidoscpica( que vo mudando) e, se o grupoterapeuta no conseguir discrimin-las, ha o risco da instalao de uma confuso nociva e ate o de um estado de caos.6) Capacidade em manter uma permanente inteireza de seu sentimento de identidade pessoal e de grupoterapeuta. Inteireza: Condio do que no sofreu alterao; em perfeito funcionamento; integridade fsica: inteireza fsica.7) Senso de tica: deve propiciar um alargamento do espao interior e exterior de cada um deles, atravs da aquisio do direito de ser livre, sem que isso, por sua vez, implique na invaso da liberdade dos outros do grupo.8) Modelo de identificao: ficar bem claro para o terapeuta que ele se constitui como um importante modelo para as necessrias renovadas identificaes dos pacientes. Para que estas se processam adequadamente, o mnimo que exige e que ele mantenha uma coerncia entre o que diz, o que faz e o que ele de verdade.9) Respeito: a capacidade de o grupoterapeuta, e, a partir dai, ser desenvolvida em cada um dos pacientes do grupo, voltar a olhar para as pessoas com a s quais esta em intima interao, com outros olhos.10) Capacidade de comunicao importante ressaltar a necessidade de que ele e os integrantes do grupo estejam falando a mesma linguagem conceituai e se comunicando, integrantes do grupo estejam falando a mesma linguagem conceituai e se comunicando, valoritivamente, em um mesmo comprimento de onda.11) Senso de humor Este atributo implica na capacidade de, sem nunca perder a seriedade da situao, poder atingir uma profundidade na comunicao, atravs de exclamaes, comentrios bem humorados, eventuais metforas, sorrisos e risos quando espontneos e apropriados, etc.12) Capacidade em extrair o denominador comum da tenso do grupo: indispensvel que o grupoterapeuta saiba detectar qual e a necessidade bsica, ou fantasia inconsciente, ou ansiedade, ou mau uso de alguma importante funo do ego, que esta emergindo como sendo comum a todos, em um determinado momento do campo grupal.13) Capacidade de sntese: quando se aproxima o termino da sesso, faca uma sntese no prolixa nem pedaggica dos principais movimentos que nela ocorreram, com o sentido de integrar os aspectos que apareceram dissociados e projetados, assim como o de construir uma uniformidade de comunicao e uma continuidade de coeso grupal.

GRUPOS COM CRIANAS, PBERES,ADOLESCENTES, CASAIS, FAMLIAS,PSICOSSOMTICOS, PSICTICOS, DEPRESSIVOSCap 21- Zimerman

O que vai distinguir um grupo de outro e:1) A finalidade para a qual um determinado grupo foi selecionado e composto.2) o consequente tipo, grau e nvel do manejo, tcnico; logo, da habilitao do coordenador. Viso panormica da existncia de outros grupos teraputicos que esto sendo muito utilizados na atualidade, e que no so os psicoterpicos analticos propriamente ditos. atualidade, e que no so os psicoterpicos analticos propriamente ditos.

GRUPOS DE AUTO-AJUDA - os grupos de auto-ajuda costumam operar sob a liderana de pessoas pertencentes a mesma categoria diagnostica dos demais integrantes e que passaram, ou esto passando, pelas mesmas dificuldades e experincias afetivas destes. O mecanismo de ao teraputica dos grupos de auto-ajuda decorrem dos seguintes fatores:Ha um melhor entendimento e aceitao por parte dos integrantes do grupo quando este for homogneo, pela razo de se utilizarem de uma mesma linguagem e partilharem as mesmas vivencias. Isso costuma propiciar, a curto prazo, uma necessria "adeso ao tratamento, por parte de pessoas que habitualmente fogem dele, como so, por exemplo, os hipertensos.Possibilita que as pessoas doentes aceitem e assumam a sua deficincia, de forma menos conflituosa e humilhante. Proporciona um maior envolvimento comunitrio, interativo. Possibilita novos modelos de identificao. Representa um estimulo a socializao. Comporta-se como um importante teste de confronto com a realidade.Exerce uma funo de continente, isto e a de conter e absorver as angustias e duvidas.Propicia um estimulo as capacidades positivas. Representa um reasseguramento aos integrantes de que eles no esto sozinhos, no so seres bizarros, que so respeitados em suas limitaes e que as mesmas no excluem uma boa qualidade de vida, apesar de suas limitaes. Por todas essas razoes, tal atividade grupai esta se constituindo em uma excelente indicao para pacientes muito prejudicados socialmente.em uma excelente indicao para pacientes muito prejudicados socialmente.

GRUPOS COM CRIANAS

A instituio de um setting apropriado para uma grupoterapia com crianas e de fundamental importncia. Deve haver uma estrita obedincia aos critrios de homogeneidade, quanto aos limites da faixa etria e ao tipo de patologia das crianas selecionadas (psicticas ou no psicticas, por exemplo).

Este tipo de grupo costuma exigir, sobretudo no caso de crianas mais regressivas, a participao de dois ou mais tcnicos.O setting deve contar com material que propicie o uso de jogos, brinquedos e brincadeiras; assim como e natural que haja contatos fsicos entre eles, inclusive o decorrente do uso do recurso da conteno fsica, antes aludida.Por outro lado, e indispensvel que haja um acompanhamento paralelo dos pais das crianas, de preferncia em grupo.

GRUPO COM PR-ADOLESCENTES (PBERES)Estes so grupos difceis de serem mantidos, especialmente devido a rotatividade dos pacientes ser muito grande. Uma segunda dificuldade se deve ao fato de que a intensa atividade motora (jogos, brincadeiras, empurres, etc.) substitui a comunicao verbal dos problemas e conflitos, assim como determina uma precria ateno para as interpretaes. entram em tratamento compelidos pelos pais, sem que eles prprios tenham definido uma motivao suficiente. e muito relevante a presena de ansiedades relacionadas ao corpo, as quais decorrem das prprias mudanas anatmicas e fisiolgicas.

GRUPO COM ADOLESCENTES

De um modo geral, os autores que se dedicam ao tratamento de adolescentesCOM ADOLESCENTES

De um modo geral, os autores que se dedicam ao tratamento de adolescentes recomendam o grupo como a terapia de escolha pelas seguintes razoes:a) Os adolescentes tem uma tendncia natural para se agruparem.b) Eles toleram melhor um enquadre grupal/ mais diludo, do que uma situao individual na qual os inquietantes sentimentos transferncias esto mais concentrados e, portanto, so sentidos como mais ameaadores.c) Ha um favorecimento na estruturao do sentimento de identidade (individual e grupai.d) O grupo propicia uma melhor elaborao, em conjunto, das inevitveis perdas (e ganhos) fsicas, psquicas e sociais, assim como uma transio de valores que so comuns a todos.O grupoterapeuta de adolescentes deve ter uma natural empatia com os mesmos, deve ter uma boa tolerncia as contestaes que, muitas vezes, assumem uma aparncia muito agressiva, deve tolerar e descodificar a comunicao no verbal dos actings e recomendvel que ele saiba, eventualmente, utilizar o recurso da psicodramatizaco.

TERAPIA DE CASALo grupoterapeuta deve conhecer muito bem quais os fatores que unem, ou desunem, os casais, sendo que, de acordo com a lei das combinaes, as subestrutura s psicolgicas de cada um dos cnjuges ira determinar se a configurao do casal ser predominantemente normal, ou se de natureza neurtica, perversa, ou ate mesmo psictica.O terapeuta de casal no pode se identificar, isto e, tomar partido, com um deles, contra o outro.