100
UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Educação Física Elton Fernando Scapaticci Marcos Vinícius Beneciutti Blanco Urbano Dario Cracco Junior PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA CATEGORIA PRÉ - JUNIOR LINS SP 2007

PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Educação Física

Elton Fernando Scapaticci

Marcos Vinícius Beneciutti Blanco

Urbano Dario Cracco Junior

PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE

BEISEBOL DA CATEGORIA PRÉ - JUNIOR

LINS SP

2007

Page 2: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

ELTON FERNANDO SCAPATICCI

MARCOS VINÍCIUS BENECIUTTI BLANCO

URBANO DARIO CRACCO JUNIOR

PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA CATEGORIA

PRÉ JUNIOR

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física sob a orientação da professora Prof.ª Giseli Barros Silva e orientação técnica da Prof.ª Jovira Maria Sarraceni.

LINS SP

2007

Page 3: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

Scapaticci, Elton Fernando; Blanco, Marcos Vinicius Beneciutti; Cracco Junior, Urbano Dario.

Perfil fisiológico de jogadores de beisebol da categoria Pré-Junior / Elton Fernando Scapaticci; Marcos Vinicius Beneciutti Blanco; Urbano Dario Cracco Junior

Lins, 2007. 98p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2007

Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Giseli Barros Silva

1. Perfil Fisiológico. 2. Beisebol. 3. Crianças. 4. Adolescentes. 5. Educação Física I Título.

CDU796.4

S295p

Page 4: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

ELTON FERNANDO SCAPATICCI

MARCOS VINÍCIUS BENECIUTTI BLANCO

URBANO DARIO CRACCO JUNIOR

PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA CATEGORIA

PRÉ JUNIOR

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,

para obtenção do titulo de Licenciatura Plena em Educação Física.

Aprovada em: _____/_____/_____

Banca Examinadora:

Prof.ª Giseli Barros Silva

Titulação: Bacharel/Licenciatura em Educação Física.

Assinatura: _________________________________

1º Prof.(a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: _________________________________

2º Prof.(a): ______________________________________________________

Titulação: _______________________________________________________

_______________________________________________________________

Assinatura: _________________________________

Page 5: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

DEDICATÓRIA

A Deus

Obrigado senhor, por ter me dado essa oportunidade de conseguir

realizar meu grande sonho que era de me formar como professor de Educação

Física, obrigado por iluminar meu caminho e me proteger nos momentos de

escuridão, com sua luz e benção. Sem sua presença eu não seria capaz de

concluir mais uma fase de minha vida. Graças a DEUS!!!

Elton

A minha mãe

Não existe palavras que possam expressar todo meu amor e meu

agradecimento a este ser tão maravilhoso, uma pessoa que me apoiou em

tudo, que me criou e que me ensinou a seguir pelo caminho correto, agradeço

a Deus por ter me dado uma mãe como você.

Eu te amo

Elton

Ao meu pai

Agradeço por me apoiar em todos os momentos de dificuldades, por

todos os momentos que passamos juntos como pai e filho e por todos os

conselhos que me ajudaram a ser como sou hoje. Obrigado Pai!!!

Elton

A minha noiva Ana Paula

Quando te conheci, houve um lugar, um tempo e um sentimento, o

tempo ficou marcado, o lugar será sempre lembrado, e o sentimento, jamais

terá terminado. Sua presença me fez sentir protegido e confiante para buscar e

atingir meus objetivos. Obrigado por permanecer sempre ao meu lado, dano-

me força para completar mais esta etapa. Agradeço a você toda a dedicação

comigo, e a Deus por ter colocado você em meu caminho.

Eu te amo

Elton

Ao meu irmão

Que sempre foi uma pessoa importante em minha vida, que mesmo em

momentos de dificuldades esteve do meu lado, sendo companheiro, amigo e

Page 6: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

acima de tudo irmão. Obrigado por contribuir com minha felicidade.

Elton

Aos meus amigos e parceiros Marcão e Urbano

Antes de iniciar a graduação, pedi a Deus que as pessoas, que eu

conhecesse fossem de confiança. Gostaria de dizer a vocês que sou uma

pessoa muito feliz e convicto que realmente conheci os verdadeiros amigos, ou

melhor verdadeiros irmãos. Agradeço a vocês pela paciência e humor que

tiveram comigo durante esses quatro anos, que vivemos. Quero deixar bem

claro que vocês serão meus amigos para sempre, mesmo que a distancia nos

separe.

Abraços

Elton

Aos meus professores

Que de forma geral foram os causadores desta conquista tão esperada

por mim. Afirmo que sem vocês eu não seria capaz de conseguir chegar ao fim

de minha graduação. Se hoje sou um professor é por que vocês me ajudaram a

dar o passo. Em especial os professores Wonder, Hilinho, Flavio, Cristiano,

Darlan e Marcio, que me ajudaram através de seus ensinamentos conhecer o

meu potencial e acreditar cada vez mais em mim. Obrigado professores por

vocês existirem.

Abraços

Elton

Aos meus amigos de sala de aula

Que mesmo diretamente e indiretamente ajudaram-me a conquistar esta

etapa, quero deixar claro que vocês serão parte de minha vida para sempre.

Obrigado por vocês fazerem parte desta conquista.

Abraços

Elton

A Deus

Por me dar o dom mais preciso da vida, guiar meus passos e me

iluminar durante todos os momentos vividos ate hoje. Obrigado meu Pai por

encher meu coração de alegria, coragem, amor e muita fé. Amém

Urbano

Page 7: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

Aos meus pais Dario e Elisa

Vocês me deram a vida e hoje dou-lhes o sorriso que trago agora em

minha face. O sorriso do trabalho, da luta e do carinho. Dou-lhes também uma

parte do meu futuro, dividindo com vocês os méritos desta conquista, porque

elas nos pertence, ela é tão vossa quanto minha. Sempre é preciso um olhar

de apoio, uma palavra de incentivo, um gesto de compreensão, uma atitude de

amor. E isso nunca faltou, por isso dedico a vocês a minha vitória. Obrigado!!!

Amo muito vocês beijos

Urbano

A meu irmão André

Você realmente é meu herói, apesar das nossas brigas amo muito você,

obrigado por ter me ensinado muitas coisas, e pelos conselhos, broncas, e por

ter me dado esta coisinha tão linda que é minha sobrinha Maria Elisa. Sou

muito feliz por ser seu irmão, por termos uma relação tão legal....

Urbano

Tia Olga

A senhora tia, que me ajudou, tenho a senhora como minha segunda

mãe e hoje estou aqui, e nunca vou esquecer a importância que teve nessa

conquista, nem os puxões de orelha e os conselhos, sempre na hora certa !!!

Muito obrigado

Urbano

Aos meus parceiros Marcão e Elton

Deus foi muito bom comigo, quando colocou vocês em minha vida, sem

vocês acho que esses quatro anos não seriam os mesmos, estudamos falamos

serio na hora certa, brincamos e falamos besteira também, principalmente do

bonecão. Vocês podem ter certeza de uma coisa, vocês nunca irão sair de meu

coração, porque vocês são mais que amigos, são verdadeiros irmãos para

mim. Tenho muito carinho por vocês e podem contar sempre comigo...

Abraços

Urbano

Aos colegas e Clientes da Clinica de Educação Física

A todos que estiveram comigo nestes anos de estágios, eu aprendi

muito com vocês, meus companheiros de trabalho, em especial, três

Page 8: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

verdadeiros irmãos para mim, Vinicius, Bruna e Leandro, vocês soa

verdadeiros profissionais e amigos, obrigado por toda ajuda e aprendizagem!!!

Urbano

Aos meus professores

Aqueles que deveriam ser simplesmente professores e foram mestres. E

quando deveriam ser mestres, foram amigos e com essa amizade me

compreenderam e me incentivaram a seguir o meu caminho. A vocês Cristiano,

Gi, Kátia, Suely, Hilinho, Flavio e agradeço em especial Darlan e Wonder, que

foram muito mais que isso foi como pais, me apoiando e dando bronca quando

preciso. Espero que nossas amizades durem para resto de nossas vidas.

Obrigado por me fazerem ver como o estudo é importante na vida.

Muito Obrigado

Urbano

A Deus

Agradeço a ti senhor pela minha vida, pelas oportunidades oferecidas e

o mais importante pela minha família e amigos. Agradeço por trilhar meu

caminho com sua luz e benção, hoje posso dizer sou um Educador Físico e

concluo mais uma fase da minha vida com muita alegria. Graças a DEUS!!!

AMÉM

Marcos

Aos meus pais Cecílio e Celina

Por sempre estarem por perto, me auxiliando e guiando meus passos.

Por todo amor, carinho e atenção que me deram. Se hoje realizo meu sonho é

por que vocês se sacrificaram e sonharam junto comigo, me apoiaram e

acreditaram na minha capacidade. É com enorme prazer que hoje lhes dedico

uma das minhas maiores realizações... AMO VOÇÊS!!!

Marcos

Aos meus irmãos Mirela e Murilo

Que sempre em momentos de dificuldade, estiveram do meu lado, me

apoiando acreditando no meu potencial acima de tudo e me incentivando

desde o começo a lutar e assim concluir, mas este sonho em minha vida. Amo

vocês.

Marcos

Page 9: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

Aos meus professores

Aqueles que deveriam ser simplesmente professores e foram mestres. E

quando deveriam ser mestres, foram amigos e com essa amizade me

compreenderam e me incentivou a seguir o meu caminho. Sou muito grato a

vocês. Abraços

Marcos

Aos meus parceiros Elton e Urbano

Não posso esquecer de vocês, sem vocês a vida não teria graça, seria

em preto e branco, agradeço a cada um de vocês pelo simples sorriso ate o

mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem

alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com vocês aprendi algo que

vou me lembrar pro resto da minha vida. Aprendi como é tão bom ter amigos

como vocês.

Obrigado

Marcos

Aos meus amigos

A todos vocês que me incentivaram direta ou indiretamente a realizar

esse meu sonho e buscar essa grande conquista, espero ter amigos assim

para sempre, a final a vida sem vocês não teria graça.

Obrigado

Marcos

Page 10: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

AGRADECIMENTOS

A Deus

Senhor é incomparável e inconfundível a sua infinita bondade, pois

compreendemos os anseios dos nossos corações e nos destes a necessária

coragem para atingirmos nosso objetivo . Oferecemos o nosso porvir e te

pedimos que continue planando o nosso caminho, para que possamos sempre

agir com eficiência em nosso trabalho. Somos gratos a Ti, oh Pai!, pois

oferecestes a nós uma grande oportunidade de lutarmos e alcançarmos a

Vitória.

Elton, Marcos e Urbano

A nossa orientadora Giseli

A você, a nossa gratidão por seus ensinamentos e pelo incentivo a nos

manter sempre preserverantes na busca, muitas vezes turbulentas, do

aprendizado. Os dias se seguirão, o conhecimento que foi concretizado dentro

de nós, através de seus exemplos e suas palavras, ficará eternamente em nós.

Obrigado por ser acima de tudo uma amiga sempre presente em tudo.

Com Gratidão

Elton, Marcos e Urbano

Ao professor Wonder

Agradecemos por sempre nos tirar dos apuros, estar sempre perto para

ajudar, mesmo às vezes com o tempo sempre limitado, você se esforçou e nos

ajudou a dar um grande passo em nossas vidas. Você é um grande e

verdadeiro amigo.

Elton, Marcos e Urbano

A professora Jovira

Esta pessoa maravilhosa que sempre esteve disposta a nos ajudar, tirar

duvidas e nos orientar não só neste trabalho mas também em nossas vidas, a

você prof. Jovira o nosso muito obrigado...!

Elton, Marcos e Urbano

Page 11: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

As bibliotecárias do Unisalesiano

Vocês nós aguentaram nesses 4 anos, sempre atenciosas em nosso

atendimento, e acima de tudo amigas inesquecíveis.!!!

Elton, Marcos e Urbano

A todos os atletas do time de Beisebol

Agradecemos à dedicação e suor de todos que participaram e confiaram

em nosso trabalho, pois sem vocês não teríamos concluído este estudo. Muito

Obrigado.

Elton, Marcos e Urbano

Aos professores

Pela vontade e carinho de ensinar, hoje tudo que sei devo a vocês,

porque alunos fazem à escola, mas vocês fazem os alunos. A todos sem

restrição.

Nosso Muito Obrigado

Elton, Marcos e Urbano

Aos nossos amigos

Agradecemos à amizade, o carinho, o companheirismo e a dedicação de

todos os amigos, pessoas especiais que entraram em nossa vida e nela

permanecerão para sempre.

Obrigado

Elton, Marcos e Urbano

Page 12: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

RESUMO

O conhecimento das variáveis aeróbias e anaeróbias, das medidas de composição corporal e a classificação da maturação sexual, parecem ser fundamentais na caracterização de qualquer modalidade esportiva, bem como no âmbito do treinamento desportivo, são de fundamental importância na prescrição e controle das cargas de trabalho. Nesse sentido, o conhecimento de tais variáveis ao longo do processo de formação desportiva torna-se importante na elaboração de estratégias de treinamento bem como valores de referência para futuras comparações. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo demonstrar o perfil fisiológico de jogadores de beisebol da categoria Pré-Junior. Para isso, participaram deste estudo 12 jogadores de beisebol da categoria pré-junior da cidade de Lins/SP, todos do sexo masculino (13,25 ± 0,62 anos; 48,98 ± 10,05 kg; 162,22 ± 8,62 cm; 15,08 ± 9,08 % de gordura). Estes foram avaliados no que diz respeito à: a) composição corporal: peso; estatura e porcentagem de gordura, b) aptidão aeróbia: determinação da capacidade (Lan) e da potência aeróbia máxima (VO2max), através de um protocolo incremental em esteira rolante (IMBRAMED, ATL 10200), cuja intensidade inicial foi de 7km/h com incrementos de 1km/h a cada 3 minutos até a exaustão voluntária, com mensuração continua das trocas gasosas durante o esforço, através de um analisador de gases (METALYZER 3B-CORTEX). Ao final de cada estágio foi coletado 25 microlitros ( l) de sangue arterializado do lóbulo da orelha, sem hiperemia, para a determinação do lactato sanguíneo através de analisador eletroquímico (YSI 1500 SPORT) e através da interpolação linear foi determinado a velocidade correspondente a uma concentração de 2,5mM, como a velocidade do Lan e c) Potência anaeróbia (PAN): determinada através do Running Based Anaerobic Sprint Test (RAST-TEST), este modelo de avaliação constitui-se na realização de seis corridas de 35 metros em pista demarcada, desenvolvendo o máximo de velocidade possível, com período de recuperação de 10 segundos entre cada corrida. Para o calculo da potência tanto absoluta (W) quanto relativa (W/kg), foi utilizado a equação: peso corporal x distancia² / tempo³. Todos os dados estão expressos em média e desvio padrão. Através disso, pode-se encontrar os seguintes valores para, VO2max (52,19 ± 4,88ml/kg/min), Lan (10,13 ± 1,65km/h), PAN max (284,70 ± 75,04 W; 5,76 ± 0,93 W/kg), PAN min (162,41 ± 46,17 W; 3,35 ± 0,87 W/kg) e PAN med (218,94 ± 56,62 W; 4,46 ± 0,79 W/kg), para a maturação sexual 10 indivíduos encontravam-se no nível 4 (púbere) e 2 no nível 5 (pós-pubere). Estes resultados podem fornecer subsídios para atletas, treinadores e pesquisadores a respeito desta modalidade esportiva, no sentido de selecionar e aprimorar cada vez mais os processos de treinamento

Page 13: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

e conseqüentemente o rendimento de jogadores de beisebol da categoria pré-junior.

Palavras chave: Perfil Fisiológico; Beisebol; Crianças; Adolescentes; Educação Física.

Page 14: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

ABSTRACT The knowledge of the aerobic and anaerobic variable, of the measures of

corporal composition and the classification of the sexual maturation, seems to be basic in the characterization of any sportive modality, as well as in the scope of the porting training, is of basic importance in the lapsing and control of work loads. In this direction, the knowledge of such variable throughout the process of porting formation becomes important in the elaboration of strategies of training as well as values of reference to future comparisons. In such a way, the present study has as objective to demonstrate the physiological profile of players of baseball category. For this, 12 players of baseball of the category had participated of the one of this study daily pay-junior of the city of Lins/SP, all of masculine sex (13,25 ± 0,62 years; 48,983 ± 10,056 kg; 162,22 ± 8,62 cm; 15,08 ± 9.08% of fat). These had been evaluated in what it says respect to: ) the corporal composition: weight; stature and percentage of fat, b) aerobic aptitude: determination of the capacity (Lan) and the maximum aerobic power (VO2max), through a incremental protocol in rolling mat (IMBRAMED, ATL 10200), whose initial intensity was of 7km/h with increments of 1km/h to each 3 minutes until the voluntary exhaustion, with mensuração continues of the gaseous exchanges during the effort, through an analyzer of gases (METALYZER 3B-CORTEX) to the end of each period of training was collected 25 microliters ( l) of arterialized blood of the lobe of the ear, without hyperemia, for the determination of sanguineous lactate through electrochemical analyzer (YSI 1500 SPORT) and through the interpolation threshold the speed was determined correspondent to a concentration of 2,5mM, as the speed of Lan and c) harnesses anaerobic: (PAN) determined through Running Based Anaerobic Sprint Test (RAST-TEST), this model of evaluation consists in the accomplishment of six races of 35 meters in demarcated track, developing the maximum of possible speed, with period of recovery of 10 seconds between each race. For the calculate it of in such a way absolute power (w) how much relative (W/kg), the equation was used: distance corporal weight x ²/time ³. All the data are express on average and shunting line standard. Through this, it can be found the following values for, VO2max (52,19 ± 4,88ml/kg/min), Lan (10,13 ± 1,65km/h), PAN max (284,70 ± 75,04 W; 5,76 ± 0,93 W/kg), PAN min (162.41 ± 46,17 W; 3,35 ± 0,87 W/kg) and PAN med (218,94 ± 56,62 W; 4,46 ± 0,79 W/kg), for the sexual maturation 10 individuals meet in level 4 (pubescent) and 2 in level 5 (after-pubere). These results can supply subsidies athlete, trainers and researchers regarding this esportiva modality, in the direction to select and to improve each time more the training processes and consequently the income of players of baseball of the category daily pay-Júnior.

Words key: Physiological profile; Baseball; Children; Adolescents; Physical Education.

Page 15: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Estágios de desenvolvimento dos genitais do sexo masculino ........ 34

Figura 2: Estágios de pilosidade pubiana masculina ....................................... 34

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Características biométricas dos voluntários ................................... 58

Tabela 2: Apresentação da idade cronológica e da maturação biológica ...... 58

Tabela 3: Características aeróbia para Limiar Anaeróbio e Consumo Máximo

de Oxigênio ..................................................................................................... 59

Tabela 4: Características anaeróbia em valores absolutos e em valores

relativos ........................................................................................................... 59

Tabela 5: Valores de estatura e peso de adolescentes ativos extraídos da

literatura........................................................................................................... 61

Tabela 6: Valores de estatura e peso em escolares extraídos da literatura. . 61

Tabela 7: Valores de potência anaeróbia em escolares................................. 72

Tabela 8: Valores de potência anaeróbia obtidas através do R.A.S.T.TEST. 72

LISTA DE ABRIVIATURAS E SIGLAS

ATP Adenosina Trifosfato FC Freqüência Cardíaca Km/h Quilômetros por hora LL Limiar de Lactato LAn Limiar Anaeróbio [lac] Concentração de Lactato M Metros Min Minutos mM Milimol O2

Oxigênio VO2 Consumo de Oxigênio VO2 max Consumo Máximo de Oxigênio VcL Velocidade de Corrida do Limiar CEF Clinica de Educação Física FCmax Freqüência Cardíaca Máxima cm Centímetros

Page 16: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

Kg Quilograma W Watts W/kg Watts por Quilograma %G Percentual de Gordura IC Idade Cronológica MB Maturação Biológica PAN max Potencia Anaeróbia Máxima PAN med Potencia Anaeróbia Média PAN min Potencia Anaeróbia Mínima; MSSLac Máxima Fase Estável do Lactato RAST test Running Based Anaerobic Sprint Test TW Test de Wingate

Page 17: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................. 18

1 CONCEITOS PRELIMINARES.............................................................. 23

1.1 Dinâmica do Jogo de Beisebol............................................................. 23

1.1.1 Características do Jogo de Beisebol.................................................... 24

1.2 Bioenergética ....................................................................................... 25

1.2.1 Trifosfato de Adenosina (ATP)............................................................. 27

1.3 Composição Corporal: Percentual de Gordura.................................... 28

1.4 Maturação Sexual ................................................................................ 31

1.5 Lactato: Produção e Remoção............................................................. 35

1.5.1 Limiar Anaeróbio (LAN)........................................................................ 41

1.6 Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 ) ................................................. 44

1.6.1 Valores de VO2 max. ........................................................................... 45

1.6.2 VO2 Pico .............................................................................................. 45

1.6.3 Fatores Determinantes do VO2 max.................................................... 46

1.6.3.1 Idade e Sexo ........................................................................................ 46

1.6.3.2 Fatores Genético.................................................................................. 47

1.6.4 Fatores Limitantes do VO2 max........................................................... 47

1.6.4.1 Ventilação Pulmonar e Difusão Alveolar-Capilar de Oxigênio ............ 47

1.6.4.2 Sistema de Transporte de Oxigênio e a Diferencia Artério Venosa de

Oxigênio ............................................................................................................ 48

1.6.5 Limitação Durante o Exercício ............................................................. 48

1.7 Potência Anaeróbia .............................................................................. 49

Page 18: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS............................................................... 51

2.1 Condições Ambientais.......................................................................... 52

2.2 Sujeitos................................................................................................. 52

2.3 Material................................................................................................. 52

2.4 Testes................................................................................................... 53

a) Antropometria................................................................................... 53

b) Composição corporal ....................................................................... 54

c) Teste Progressivo (TP) .................................................................... 54

d) Determinação do lactato sanguíneo ................................................ 55

e) Determinação da velocidade de corrida referente ao LAn .............. 55

f) Determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max)............. 55

g) Maturação biológica (MB) ................................................................ 56

h) Potência anaeróbia (PAN) ............................................................... 56

2.5 Procedimentos ..................................................................................... 57

2.6 ANALISE ESTATÍSTICA...................................................................... 57

3 RESULTADOS ..................................................................................... 57

4 DISCUSSÃO ........................................................................................ 59

5 CONCLUSÃO....................................................................................... 74

REFERÊNCIAS................................................................................................. 76

APÊNDICES ..................................................................................................... 93

Page 19: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

a) Apêndice (A) Termo de consentimento ........................................ 94

b) Apêndice (B) Avaliação física ....................................................... 95

c) Apêndice (C) Avaliação de potência anaeróbia (R.A.S.T.) .......... 96

ANEXOS......... .................................................................................................. 97

a) Avaliação da maturação biológica ................................................... 98

Page 20: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

18

INTRODUÇÃO

O beisebol vem crescendo no Brasil principalmente em cidades do

interior de São Paulo. Pesquisas para caracterização fisiológica de atletas de

beisebol, são escassos na literatura nacional e internacional, merecendo uma

atenção especial para este esporte, tão praticado em nosso país.

De acordo com (MUJIKA. et al. 1996) o beisebol é uma modalidade

esportiva coletiva, disputada entre duas equipes com nove jogadores que

alteram suas ações na fase de ataque e de defesa. As ações durante a defesa

acontecem, predominantemente, através de duas habilidades: o arremesso e o

catching (receber a bola com uma luva especifica), que são utilizadas para

evitar as conquistas das bases e, consequentemente, dos pontos. Durante a

fase de ataque, a rebatida e a corrida de bases são utilizadas para conquistar

bases e outros pontos. Nessas situações, o sistema energético predominante

(80%) é o sistema ATP-CP. (POWERS; HOWLEY, 2005).

Embora ainda não se tenham explicações adequadas para inúmeros

questionamentos relacionados com os efeitos da pratica da atividade física

envolvendo integrantes da população jovem, verifica-se que, nos últimos anos,

uma grande quantidade de informações vem sendo acumulada com referencia

ao assunto. Certamente, as lacunas existentes têm a ver com o fato de alguns

programas de atividade física induzirem modificações morfológicas e funcionais

na mesma direção do que é esperado para o próprio processo de maturação

biológica (GUEDES; GUEDES, 1995).

Os especialistas em pediatria enfatizam que as crianças, tanto funcional

quanto estruturalmente, não são semelhantes aos adultos (Astrand, 1992).

Em pessoas adultas, tem-se assumido que as alterações que

eventualmente, possam ocorrer caracterizam-se como uma resposta ao

processo de adaptação do estresse imposto pelo esforço físico. Entretanto, em

se tratando de crianças e adolescentes, as modificações que presumivelmente

ocorrem até que atinjam o estágio de maturidade podem ser tão grandes ou

maiores até do que as próprias adaptações resultantes de um programa de

atividade física (GUEDES; GUEDES, 1995).

Page 21: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

19

Durante a fase pré-pubertária e pubertária a maturação biológica pode

deferir consideravelmente para a mesma idade cronológica por causa do

resultado das modificações ocasionadas pelo crescimento e desenvolvimento.

Observa-se nesse período que o nível de desempenho atingido em vários tipos

de esportes é mais dependente da idade esquelética do que da idade

cronológica (ROWLAND, 1996).

Assim a classificação em função da maturação biológica é fundamental

em estudos com crianças e adolescentes envolvidos com a pratica do

exercício, pois possibilita distinguir de maneira mais clara as adaptações morfo-

funcionais decorrentes de um programa de treinamento daquelas determinadas

pelo processo maturacional, o qual é intensificado na fase pubertária (BAR-OR,

1983).

Nesse sentido, parece ser fundamental em estudos realizados com

crianças e adolescentes, que se destinguam os efeitos do treinamento dos

possíveis efeitos provocados pela ação do crescimento, desenvolvimento e

maturação sobre as variáveis analisadas (TOURINHO FILHO; TOURINHO,

1998).

Atualmente um grande numero de institutos e pesquisadores estão

preocupados com os aspectos do treinamento em crianças. Esta preocupação

pode estar vinculada ao interesse de se criarem mais campeões olímpicos ou,

simplesmente ao fato de se conhecer a extensão dos efeitos da atividade física

e do esporte, já que estes são partes integrante da vida das crianças e

adolescentes (MÁCEK; VÁVRA, 1980).

Um dos objetivos básicos do treinamento do alto nível é a otimização de

cargas físicas, respeitando a individualidade do atleta e a especificidade

praticada (GAGLIARDI; KISS; OLIVEIRA, 1994, p. 68).

A busca de um índice que possa ao mesmo tempo realizar a avaliação e predição do desempenho aeróbio e que ainda possa ser utilizado para prescrição do treinamento aeróbio, tem sido objetivo de muitos estudos. (DENADAI, 1999, p. 5).

O consumo máximo de oxigênio (VO2max.) é o índice que melhor

representa, quantitativa e qualitativamente, a capacidade funcional do sistema

cardiorrespiratório durante a atividade física, sendo considerado o método

padrão-ouro entre todos os índices (ASTRAND; RODHAL, 1987).

Page 22: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

20

É definido como a mais alta captação de oxigênio alcançada por um

individuo, respirando ar atmosférico ao nível do mar (ASTRAND, 1956).

Caracteriza-se pela perfeita integração do organismo em captar,

transportar e utilizar oxigênio para os processos aeróbios de produção de

energia durante esforço físico (DENADAI, 1999).

Em repouso, o VO2 mostra-se similar em indivíduos sedentários e

treinados. No entanto, durante o esforço físico máximo, os valores encontrados

em indivíduos treinados são visivelmente maiores em relação aos sedentários

(DENADAI, 1999).

Entretanto os estudos mais recentes têm verificado que a resposta do lactato sangüíneo ao exercício, tem se mostrado mais adequado, inclusive do que o VO2 max., para a avaliação e prescrição de treinamento aeróbio (DENADAI, 1999, p. 5).

O termo limiar anaeróbio (Lan) foi introduzido por WASSERMAN e

MCLLROY (1964), definido como a intensidade de esforço anterior ao aumento

exponencial do lactato no sangue em relação aos níveis de repouso.

A resposta do lactato sangüíneo (lac) durante exercício de cargas

crescentes possibilita a identificação do limiar anaeróbio (Lan) (PARDONO;

CAMPBEEL; SIMÕES, 2002, p. 870).

Em função disso, DENADAI (1999) propõe que para a determinação do

limiar anaeróbio (Lan) se faz necessário um teste incremental progressivo com

inclinação constante de 1% pois simula o mais parecido com corrida de

rua/pista. A intensidade de exercício corresponde a máxima fase estável de

lactato sangüíneo (MSSLac) pode ser definida como a máxima intensidade de

exercício de carga constante, onde se observa um equilíbrio entre a taxa de

formação e remoção do lactato sangüíneo, (HIGINO; DENADAI; 2002).

Portanto, a intensidade de trabalho corresponde ao inicio de acumulo de

lactato no sangue (OBLA), que pode ser expresso através da velocidade de

corrida no limiar anaeróbio (VCL) e determinado de forma direta ou indireta,

tem sido aceita como útil para a prescrição de exercício (KATCH, et al. 1978).

Em exercícios realizados em intensidade correspondente ao Lan e/ou

MSSLac, a maioria dos indivíduos consegue executar continuadamente por

aproximadamente 30 a 40 min; sem que ocorra acumulo de lac (BENEKE;

HUTLER; LEITHAUSER; 2000).

Page 23: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

21

A [lac] de 4,0mM é freqüentemente utilizada como indicadora do Lan e

MSSLac em adultos. Entretanto, muitas crianças podem suportar cargas

próximas a exaustão sem exceder este valor de [lac], tornando discutível a sua

utilização como critério para avaliar os mais novos. Assim, foram sugeridos o

uso de critérios com menores valores como 2,5mM (WILLIAMS; ARMSTRONG;

KIRBY, 1990).

Tradicionalmente, no meio esportivo e na pesquisa envolvendo a

produção de energia metabólica durante o exercício físico, tem-se considerado

potência anaeróbia como o máximo de energia liberada por unidade de tempo

por esse sistema. Atualmente, o metabolismo anaeróbio tem também sua

significância prática, tanto em algumas modalidades esportivas, como em

algumas atividades do cotidiano. Assim, existe a necessidade de avaliação da

potência anaeróbia (FRANCHINI, 2002).

O Running-based Anaerobic Sprint Test (R.A.S.T.) que consiste na

realização de seis repetições de uma distância de 35 metros, à velocidade

máxima, com um intervalo de recuperação ativa entre repetições com duração

de 10 segundos. Por ser de maior facilidade de aplicação sugere-se que o teste

seja eficaz na avaliação da potência anaeróbia dos atletas de desportos

coletivos, fornecendo informações importantes para os treinadores na

planificação e condução no processo do treinamento (SIQUEIRA;

CRESCENTE; CARDOSO; 2005).

Objetivando treinamentos mais precisos para a melhora de determinadas capacidades físicas e menor desgaste, a proposta de utilização de índices (VO2max e Lan) que possam ao mesmo tempo, realizar avaliação, fornecer dados para prescrição e informação para se verificar adaptações fisiológicas do treinamento anaeróbio (PEREIRA; SANTOS, 2004, p. 11).

Entretanto, segundo BAR-OR (1983), é difícil interpretar estudos de

mudanças fisiológicas introduzidas pelo treinamento em crianças e jovens,

visto que os resultados podem ser confundidos pelo efeito do crescimento e do

desenvolvimento. De acordo com ARAÚJO (1985), entender os processos de

crescimento desenvolvimento e maturação possibilita explicar, por exemplo a

razão pela qual atletas com idades idênticas apresentam performances

significativamente diferentes entre os nove e dezessete anos de idade.

Esta pesquisa se propõe a uma investigação na área da fisiologia,

Page 24: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

22

limitando-se a investigar e apresentar o perfil fisiológico de jogadores de

beisebol da cidade de Lins-SP, Brasil. Com isso, a presente pesquisa ocorrera

no Laboratório de Avaliação do Esforço Físico (LAEF) do centro Universitário

Católico Salesiano Auxilium, com jogadores de beisebol do sexo masculino, da

categoria pré-junior, tendo um tempo de treinamento superior a 2 anos.

Com isso o presente trabalho tem como objetivo geral: demonstrar o

perfil fisiológico de jogadores de beisebol da categoria pré-junior. O mesmo

possui como objetivo especifico:

a) determinar a velocidade correspondente à máxima fase estável do

lactato no teste progressivo;

b) determinar o consumo máximo de oxigênio (VO2max), através do

teste progressivo;

c) identificar o percentual de gordura segundo protocolo de

SLAUGHTER et al., 1998);

d) classificar jovens em função da maturação biológica de acordo com

TANNER (1962), modificado por MORRIS; UDRY, (1980);

e) a apresentação de dados que podem servir para a seleção de futuras

equipes desta categoria, bem como no âmbito do treinamento

desportivo, são de fundamental importância na prevenção e controle

de cargas de trabalho, alem de valores de referencia para futuras

comparações.

Este estudo será norteado pelo seguinte problema: Qual a importância

do conhecimento das respostas fisiológicas em jogadores adolescentes de

beisebol da categoria pré-junior?

Torna-se imperioso conhecer e sistematizar a maior quantidade e

diversidade de informação acerca dos jovens que são submetidos, desde muito

cedo, a atividades físicas organizadas, altamente especializadas e

sistemáticas, sobretudo na resposta ao treino e competição (SEABRA; MAÍA;

GARGANTA, 2001).

Contudo além do treino e variação no estatuto maturacional, outro fator

parece perfilar-se determinantemente, isto é, o processo de seleção pra um

determinado desporto. Os jovens atletas que vislumbram algum sucesso na

sua resposta ao treino e competição, são um grupo altamente selecionado,

Page 25: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

23

tomando por base geralmente as suas habilidades, e alguns desportos, o

tamanho dos sujeitos (BAILEY; MIRWALD, 1988; MALINA, 1980).

Consideramos, pois, relevante identificar os efeitos do treino intensivo e

sistemático, da maturação e do processo de seleção, sobre os aspectos

somáticos, aptidão física geral e especifica e habilidades nos praticantes desta

modalidade. Este motivo torna-se importante quando se sabe que nunca foi

realizado nenhum estudo sobre esta temática no Brasil, e que são bem

escassas as pesquisas publicadas internacionalmente.

1 CONCEITOS PRELIMINARES

1.1 Dinâmica do jogo de beisebol

O beisebol é um jogo em que se utilizam um taco, uma bola e uma luva,

no qual os fundamentos do jogo são arremessar, acertar e pegar a bola.

Logicamente, a execução dessas três tarefas é algo mais complexo do

que parece, e é esse desafio que obriga os jogadores de beisebol a praticarem

tanto.

Ao contrário da maioria dos jogos, um jogo de beisebol não é limitado

pelo cronômetro. Os dois times adversários jogam durante um período de

entradas (innings), que são subdivididos em metades. Os jogos profissionais e

colegiais costumam ter nove entradas de duração.

O motor do esporte é composto de dois jogadores - o arremessador e o

rebatedor. Toda a ação em um jogo de beisebol gira em torno desses dois

combatentes.

Para iniciar o jogo, o arremessador tenta lançar a bola além do rebatedor

e atingir a luva do receptor ou tenta fazer com que o rebatedor acerte a bola

para colocá-la em jogo. Com a bola posta em jogo, os oito jardineiros tentam

pegá-la ou expulsar o rebatedor para que ele não alcance a base e, por fim,

marque um ponto (um run). O objetivo do rebatedor é colocar a bola em jogo

para que os oito jardineiros (fielders) não consigam pegá-la ou arremessá-la

Page 26: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

24

para o outro campo e registrar uma eliminação.

Como qualquer esporte, é o campo que define o jogo de beisebol. Ao

contrário da maioria dos esportes coletivos, que acontecem em um campo

retangular (por exemplo, basquete, futebol americano e futebol), o beisebol é

praticado em um campo em formato de um quarto de círculo, como uma fatia

de bolo. O campo costuma ser chamado de diamante.

Durante uma entrada, os times se revezam nas tacadas. Enquanto um

time rebate, o outro coloca seus jogadores em áreas específicas do campo

para evitar que o time adversário consiga acertar e marcar runs. Um jogador do

time de ataque vai ao home plate, fica sobre a caixa do rebatedor e tenta

acertar a bola que o arremessador atira em sua direção.

No fim das entradas previstas, o time que tiver marcado mais runs é

declarado vencedor. Se o time da casa estiver na frente após o auge dessa

entrada, o time da casa vence o jogo e não precisa completá-lo. No entanto, se

os times estiverem empatados após nove entradas, continuarão jogando até

que um dos times tenha mais runs que o outro. Tenha em mente que o time da

casa sempre tem a chance de dar a última tacada (BONSOR; MARTIN, 2007).

1.1.1 Características do jogo de beisebol

O beisebol é uma modalidade esportiva coletiva, disputada entre duas

equipes com nove jogadores que alternam suas ações na fase de ataque e de

defesa. (MUJIKA et al. 1996). Trata-se de um esporte intervalado com períodos

curtos de repouso. O beisebol apesar de ser jogado com movimentos

explosivos e intensos, não são realizados em uma freqüência que leve a fadiga

anaeróbia.

As ações durante a defesa acontecem, predominantemente, através de

duas habilidades: o arremesso e o catching (receber a bola com uma luva

especifica), que são utilizadas para evitar as conquistas das bases e,

conseqüentemente, dos pontos. Durante a fase de ataque, a rebatida e a

corrida de bases são utilizadas para conquistar bases e outros pontos.

(MURPHY; FORNEY, 1997).

Page 27: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

25

Nessas situações, o sistema energético predominante (80%) é o sistema

ATP-CP (POWERS; HOWLEY, 2005).

A habilidade de rebater a bola é descrita como uma cadeia cinética de

seqüências combinadas de movimentos iniciados com os pés, seguido por

outros movimentos como a rotação do tronco. Nesta fase, pernas e tronco

ganham uma grande aceleração. Quando ocorre a desaceleração do

movimento, há uma facilitação para que os braços realizem um movimento

similar ao de uma chicotada com o taco durante o swing. Esta habilidade é

caracterizada como uma atividade balística de alta velocidade (pico da

velocidade angular do taco é de 2,437 metros por segundo avaliado em

jogadores colegiais) (ANDERSON; LONGO, 1992).

Após a rebatida, o atleta deve deslocar-se o mais rápido possível para

alcançar a primeira base ou percorrer o maior número possível de bases. A

distância entre as bases é de 27,25 metros, e são denominadas: home base

(onde se inicia a corrida), primeira base, segunda base e terceira base, sendo

um total de quatro bases, que devem ser percorridas para se fazer um ponto.

Nesta área ocorrem todas as corridas do ataque, sendo que a quantidade de bases que se pode alcançar depende, principalmente, da velocidade do swing (movimento para rebater a bola), para rebater a bola e em percorrer no menor tempo possível um maior número de bases. Portanto, para o beisebol, seria interessante aumento da disponibilidade nas reservas dos fosfatos de alta energia e, conseqüentemente, uma melhora no desempenho do swing e na velocidade durante a corrida de bases (BATISTA JUNIOR et al. 2005, p. 86).

Portanto o rendimento que os atletas podem apresentar nos esportes

coletivos depende fundamentalmente dos aspectos técnicos, táticos, físicos e

psicológicos. No beisebol particularmente, a associação entre os níveis

apropriados de força rápida, velocidade e habilidade para a execução dos

movimentos (técnicos) permite que o atleta realize os fundamentos desta

modalidade com maior rapidez e precisão (BOMPA, 2001).

1.2 Bioenergética

Page 28: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

26

A Bioenergética constitui um dos principais blocos temáticos da

Fisiologia, sendo essencialmente dedicada ao estudo dos vários processos

químicos que tomam possível a vida celular do ponto de vista energético.

Procura, entre outras coisas, explicar os principais processos químicos que

decorrem na célula e analisar as suas implicações fisiológicas, principalmente

em relação ao modo como esses processos se enquadram no conceito global

de homeostasia (BROOKS; FAHEI, 2000).

A compreensão daquilo que significa energia e da forma como o

organismo a pode adquirir, converter, armazenar e utilizar, é a chave para

compreender o funcionamento orgânico tanto nos desportos de rendimento,

como nas atividades de recreação e lazer. O estudo da bioenergética permite

entender como a capacidade para realizar trabalho (exercício) está dependente

da conversão sucessiva, de uma em outra forma de energia. Com efeito, a

fisiologia do trabalho muscular e do exercício é, basicamente, uma questão de

conversão de energia química em energia mecânica, energia essa que é

utilizada pelas miofibrilas (Feixes de delicadas fibrilas longitudinais envolvidas

por retículo sarcoplasmático e localizadas no interior de uma fibra muscular

esquelética. As fibrilas são constituídas, essencialmente, por miofilamentos

ultramicroscópicos espessos e delgados) para provocar o deslize dos

miofilamentos, resultando em ação muscular e produção de força. Para

compreender as necessidades energéticas de qualquer modalidade desportiva,

tanto ao nível do treino como da competição, é importante conhecê-la

profundamente. O sucesso de qualquer tarefa motora pressupõe que a

conversão de energia seja feita eficazmente, na razão direta das necessidades

energéticas dos músculos esqueléticos envolvidos nessa atividade Será

importante referir que o dispêndio energético depende de vários fatores, entre

os quais podemos referir à tipologia do exercício, a freqüência, a duração e a

intensidade, os aspectos de caráter dietético, as condições de exercitação

(altitude, temperatura e umidade), a condição física do atleta e a sua

composição muscular em termos de fibras (tipo I e ll) (FERREIRA, 2006).

Referindo-se à avaliação da performance, alguns investigadores

classificam as atividades em 3 grupos distintos: potência, velocidade e

resistência (endurance), aos quais associam um sistema energético específico,

Page 29: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

27

respectivamente, os fosfatos de alta energia, a glicólise anaeróbia e o sistema

oxidativo. Como exemplos ilustrativos de atividades relacionadas aos sistemas

energéticos, podemos referir o lançamento do peso (potência), a corrida de

400m (velocidade) e a maratona (resistência).

Os dois primeiros sistemas energéticos são designados de anaeróbios, o

que significa que a produção de energia nas modalidades que os utilizam

preferencialmente não está dependente da utilização de oxigênio. Já a

produção de energia no sistema oxidativo decorre na mitocôndria e só é

possível mediante a utilização de oxigênio, razão pela qual se denomina este

tipo de sistema de aeróbia Deste modo, o sucesso e a operacionalidade de

cada um dos grupos de atividade encontra-se dependente do funcionamento

do sistema energético preferencialmente utilizado, razão pela qual faremos em

seguida uma caracterização bioenergética sumária de cada sistema (BROOKS;

FAHEI, 2000).

1.2.1 Trifosfato de adenosina (ATP)

O trifosfato de adenosina (ATP) é o único combustível que pode ser

usado diretamente pelo músculo esquelético para a contração. O estoque de

ATP no músculo esquelético humano é relativamente pequeno (cerca de 24mM

por quilo de matéria seca) e, por isso, deve sofrer contínua ressíntese a partir

de seus produtos de degradação, o difosfato de adenosina (ADP) e o

monofosfato de adenosina (AMP). Durante exercício submáximo (situação

estável), a ressíntese de ATP pode ser adequadamente obtida pela combustão

oxidativa dos estoques de gorduras e de carboidratos. No entanto, durante

exercício de alta intensidade (situação não-estável), a ativação relativamente

lenta e a taxa de liberação de energia da fosforilação oxidativa não conseguem

suprir as necessidades energéticas da contração. Nesse caso, a liberação de

energia anaeróbia é essencial para a continuidade da contração. Em geral, a

liberação de energia oxidativa requer vários minutos para atingir uma situação

estável, sobretudo por causa da quantidade e da complexidade das reações

envolvidas. Uma vez atingida a estabilidade, a taxa máxima de produção de

Page 30: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

28

ATP encontra-se em tomo de 2,5mM kg por massa seca por segundo. Por

outro lado, a liberação de energia anaeróbia está restrita ao citossol, cuja

ativação é quase instantânea e cuja liberação de ATP excede a taxa de 11mM

por quilo de matéria seca por segundo. O problema é que isso se mantém

apenas por poucos segundos antes de começar a declinar. É evidente que as

ressínteses oxidativas e anaeróbias do ATP não devem ser consideradas

independentes uma da outra.

1.3 Composição corporal: Percentual de gordura

A composição corporal é um dos assuntos mais importantes dentro do

campo da Cineantropometria. Pode ser definida como sendo a quantificação

dos principais componentes estruturais do corpo humano (MALINA, 1969).

Através da composição corporal pode-se, além de determinar os

componentes do corpo humano de forma quantitativa, utilizar os dados desta

analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento de crianças e

jovens, o status dos componentes corporais de adultos e idosos, bem como,

prescrever exercícios.

A composição corporal é um componente chave para a aptidão física e

saúde. Através do estudo da composição corporal é possível quantificar

gordura, músculo, osso e víscera, e, ainda, traçar um perfil individual ou de

grupos em relação a especialidade esportiva, posição de jogo, atividade física

ou sedentarismo. Para a analise da composição corporal é importante que se

entenda os modelos teóricos de fracionamento do corpo humano, haja vista,

que é impossível separar-se in vivo os componentes corporais (água, proteína,

mineral e gordura) (BEHNKE; WILMORE, 1974; HEYWARD, 1991).

Em crianças e jovens, o estudo da composição corporal é necessário

para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais

para a performance física e saúde, estudar alguns fatores como os genéticos,

nutricionais e influencia da atividade física sobre os músculos, ossos e gordura

( LOHMAN, 1986).

Os padrões mínimos de gordura essencial, para homens, situam-se em

Page 31: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

29

torno de 3% e, para as mulheres, em torno de 12% do peso corporal total,

enquanto valores acima de 20% para homens e 30% para mulheres, podem

ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE,

KATCH; KATCH, 1992). POLLOCK; WILMORE (1993) recomendam que o

peso de gordura não deveria exceder 20% e 27% do peso corporal total para o

homem e para a mulher, respectivamente. Já Heyward (1991) apresenta um

percentual de gordura dentro da normalidade entre 12% a 25% para mulheres

adultas jovens. Entretanto, para a população geral, recomenda níveis entre

12% e 18% para homens e 16% e 25% para mulheres. Estes parâmetros são

importantes tanto para a performance atlética (específicos para cada

modalidade), quanto para o bem-estar, sendo considerados indicadores da

saúde de uma população.

A composição corporal em atletas é um referencial importante obtido

pela antropometria; é a elaboração do perfil antropometrico especifico para

cada atleta. Ele serve como orientação para aqueles que pretendem iniciar

uma vida esportiva, indicando se um individuo terá maiores ou menores

possibilidades de desempenho em um determinado esporte. Um simples

exemplo pode ser a estatura, se o individuo possuir uma estatura elevada,

poderá optar por ser jogador de basquete, vôlei, saltador ou goleiro de futebol

(MARINS; GIANNICHI, 2003).

As mensurações regulares da composição corporal são úteis para os

atletas, a fim de monitorar as alterações durante a temporada, bem como no

período fora delas, assim, o atleta saberá se as alterações de seu peso

corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal. Não se deve

recomendar redução de porcentagem de gordura, pois apresenta erro na

mensuração que não pode ser ignorado. Com métodos adequados e

mensurações cuidadosas, a porcentagem de gordura pode ser estimada com

um erro de aproximadamente 3 a 4% de gordura, a mais ou a menos

(HOWLEY, 2005).

Os pontos de coleta da dobra cutânea são variados, seu emprego

depende do tipo de protocolo que será empregado para o calculo da

composição corporal. Atualmente existem dezenas de protocolos para calculo

da composição corporal devidamente validados cientificamente, sendo difícil

indicar a melhor formula. Isto é decorrente validado na distribuição e na

Page 32: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

30

composição da gordura subcutânea levando-se em consideração somente

quatro fatores: idade; sexo; etnia e condicionamento físico. É evidente que

existirá sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de população

a ser estudada. As correlações entre diversas técnicas nem sempre são

interessantes, assim o avaliador deverá optar por uma das técnicas, de acordo

com suas necessidades e objetivos (MARINS; GIANNIACHI, 2003).

Espessuras de dobras cutâneas.

Ao contrário do que se observa em adultos, raras são as equações com

medidas de espessura de dobras cutâneas propostas com o fim de estimar ao

parâmetros da composição corporal em jovens. Até certo ponto, essa situação

apresenta alguma incoerência. Levando-se em conta que as dificuldades para

persuadir as crianças e aos adolescentes a cooperarem com os procedimentos

de qualquer das técnicas empregadas em laboratório são significativamente

maiores que em adultos, parece existir maior necessidade de utilizar as

equações preditivas nesse segmento da população.

Dentre as poucas equações especificas para jovens apresentadas na

literatura, as sugeridas por Slaughter et al., (1988), são as que têm recebido

maior aceitação. Em sua proposição, foi envolvida a proporção de gordura em

relação ao peso corporal, obtida pelas informações provenientes de análise

multicompartimental como variável dependente e pelo somatório das medidas

de espessura das dobras cutâneas destacadas nas regiões tricipital e

subescapular como variável independente. O erro de predição produzido pelas

equações é estimado entre 3,6 e 3,9%.

As equações foram propostas com base nas variáveis referentes à etnia

(brancos e negros), ao nível maturacional segundo critérios propostos por

Tanner, (1962), (pré-púbere, púbere e pós-púbere) e à quantidade de gordura

corporal e tinham como ponto de corte o somatório das medidas de espessura

das dobras cutâneas destacadas nas regiões tricipital e subescapular ( 2)

menor ou igual a 35 mm:

( 2) 35 mm

Rapazes brancos:

Pré-púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)2 1,7

Púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)2 3,4

Page 33: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

31

Pós-púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)

2 5,5

Rapazes negros:

Pré-púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)

2 3,5

Púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)

2 5,2

Pós-púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)

2 6,8

Moças brancas e negras de qualquer nível maturacional:

% gord = 1,33 ( 2)

0,013 ( 2)2 2,5

2 > 35 mm

Rapazes brancos e negros de qualquer nível maturacional:

% gord = 0,783 ( 2) + 1,6

Moças brancas e negras de qualquer nível maturacional:

% gord = 0,546 ( 2) + 9,7

Os pontos de coleta da dobra cutânea são os seguintes:

Tripicital: parte posterior do braço, no ponto medial de uma linha

imaginaria entre o ponto distal e proximal do tríceps (MARINS; GIANNICHI,

2003).

Subescapular: é obtida obliquamente ao eixo longitudinal, tendo como

orientação os arcos costais, estando localizada dois centímetros abaixo do

ângulo inferior da escapula (FERNANDO FILHO, 2003).

1.4 Maturação sexual

A maturação é caracterizada por um processo evolutivo do individuo,

devendo ser entendida como o conjunto de mudanças biológicas que ocorrem

de forma seqüencial e ordenada, que levam o individuo a atingir o estado

adulto. Este processo pode variar no seu ritmo e grau entre os indivíduos,

independentemente de sua raça, sexo ou meio em que vivem. Desta forma,

algumas crianças podem apresentar velocidade de maturação mais acelerada

que outras (precoce) ou mais lenta (tardia), porem com a mesma ordem

seqüencial (GUEDES; GUEDES, 1997; MATSUDO; MATSUDO, 1991).

Page 34: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

32

De acordo como Beunen e Malina (1986) crescimento refere-se ao

aumento de tamanho, estatura e demais partes do corpo; já o termo maturação

é utilizado para indicar a evolução de determinado órgão para o estado de

maturidade final.

Neste contexto, no período da adolescência ocorrem grandes

modificações biológicas tanto em relação ao crescimento como a maturação,

promovendo mudanças no aspecto físico, assim como no desempenho motor

do jovem (BASTOS; HEGG, 1986; BEUNEN; MALINA, 1996; GUEDES;

GUEDES, 1997; JONES, HITCHEN; STRATTON, 2000; KATZMARZYK,

MALINA; BEUNEN, 1997; MALINA, 1988). Nesta fase acontecem entre outros

dois fenômenos biológicos relevantes: os estirões de crescimento em estatura

e peso, e a maturação sexual do adolescente. A influencia da maturação

biológica pode ser observada em diversos aspectos, tais como: na composição

corporal, no crescimento e no desempenho motor de cada individuo.

Durante a puberdade a variabilidade nas características físicas entre

indivíduos de uma mesma idade cronológica é insuficiente para determinar o

estagio maturacional do adolescente (MALINA; BOUCHARD, 1991).

Deste modo, não é possível afirmar se o melhor desempenho motor de

um jovem atleta é causado por apresentar um estagio maturacional mais

avançado ou por sua capacidade diferenciada para a atividade física/esportiva

considerada. Exemplificando, o desempenho diferenciado em um teste de

velocidade de 50 metros entre dois jovens atletas da mesma idade cronológica

caso estivessem em estagio maturacionais diferentes. Deste modo, torna-se de

fundamental importância a utilização de técnicas de avaliação eu permitem

estimar a maturação biológica desses indivíduos, a fim de minimizar esse tipo

de erro de interpretação. Tais recursos de avaliação podem auxiliar os

profissionais de Educação Física e Esporte que trabalham com indivíduos que

se encontram na puberdade (MARTIN et al., 2001).

Alguns métodos de avaliação da maturação biológica são descritos na

literatura, como a avaliação somática, esquelética, dental e sexual. A avaliação

somática é realizada através da utilização de medidas antropometricas; a

avaliação da maturação esquelética é feita mediante o uso de radiografias, com

a determinação do estado de ossificação e fusões das epífises ósseas

(GUEDES; GUEDES, 1997); a avaliação da maturação dental é realizada pela

Page 35: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

33

idade de erupção de dentes temporários e permanentes; a avaliação da

maturação sexual pode ser avaliada pelo desenvolvimento das características

sexuais secundárias, através de perfis hormonais, assim como pela idade da

menarca nas meninas e da espermarca nos meninos.

O período da adolescência atrai atenção dos pesquisadores da área da

Educação Física e Esporte, principalmente no que se refere às mudanças

biológicas da puberdade. Umas das técnicas que tem sido usada para a

avaliação da maturação biológica são os estágios de maturação sexual

conforme proposto por Tanner (1962) são:

a) pilosidade pubiana para ambos os sexos;

b) desenvolvimento das mamas para o sexo feminino e desenvolvimento

dos genitais.

A maturação sexual pode ser avaliada através de estágios de desenvolvimento

que, de acordo com Tanner (1962) são:

a) cinco estágios para desenvolvimento dos genitais nos meninos;

b) cinco estágios de desenvolvimento das mamas nas meninas;

c) cinco estágios de pilosidade pubiana para ambos os sexos.

Originalmente foram propostos seis estágios para pilosidade pubiana e

tamanho de genitais; o que anteriormente era classificado como estágio seis,

hoje é considerado como estágio cinco.

Malina (1988), baseado nos estágios de desenvolvimento propostos por

Tanner (1962) para a avaliação do desenvolvimento das mamas para as

meninas e de genitais para os meninos, classificou os estágios da seguinte

forma: I: indica um estado de pré-adolescência; II: indica o inicio do período

pubernário; III e IV: indicam a continuidade do desenvolvimento, ou uma fase

intermediaria; V: indica a fase final do desenvolvimento, muito parecida com o

estado adulto.

Uma limitação desta técnica pode ser atribuída à dificuldade de ser

realizada devido à necessidade da presença de um médico especializado e um

local adequado, além de causar frequentemente constrangimento ao

adolescente por se colocar semi-nú diante do observador médico, ao mesmo

tempo causando desconforto ao observador.

Frente a esta limitação, foram realizados estudos através do

procedimento de auto-avaliação das características sexuais secundárias, a fim

Page 36: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

34

de tornar possível a adoção de um método mais simples e pouco

constrangedor, no qual seria dispensável a presença de um profissional da

medicina (DUKE; LITT; GROSS, 1980; KREIPE; GEWANTER, 1985;

MATSUDO; MATSUDO, 1991; SCHLOSSBERGER, TURNER; IRWIN, 1992

entre outros). O próprio adolescente, diante de explicações prévias, visualizaria

as fotos relativas às Pranchas de Tanner e indicaria por si só o estágio

maturacional com o qual mais se identifica.

Dentro dessa perspectiva, Morris e Udry (1980) passaram a aplicar a

auto-avaliação utilizando-se do recurso Prancha de Tanner de forma

diferente: no lugar de fotos dos estágios maturacionais (teoricamente mais

constrangedoras para os jovens) os autores criariam desenhos dos respectivos

estágios procurando amenizar a utilização deste procedimento.

Fonte: Revista Paulista de Educação Física, 2001. Figura 1: Estágios de desenvolvimento dos genitais do sexo masculino.

Fonte: Revista Paulista de Educação Física, 2001. Figura 2: Estágios de pilosidade pubiana masculina.

Page 37: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

35

1.5 Lactato: Produção e remoção

Desde que Fletcher; Hopkins em (1907 apud VILLAR; DENADAI, 1998)

demonstraram a formação de ácido lático durante a contração muscular, muita

atenção tem sido dada aos prováveis mecanismos que controlam sua produção

e remoção durante o exercício, onde novas pesquisas surgiram e evidenciaram

que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato energético pelo

fígado, músculos esqueléticos e o coração. Este conceito de que o lactato pode

ser produzido num tecido e transportado a outro, para ser utilizado como fonte

de energia é denominada de lançadeira de lactato (POWERS; HOWLEY,

2005).

Para realizar quase todas as tarefas que nosso corpo necessita para a

nossa sobrevivência (funções biológicas), ou para que possa realizar uma ação

do nosso comando (movimentos e exercícios), é necessário um gasto de

energia para que isto aconteça. Esta energia é proveniente de uma molécula

chamada ATP (adenosina trifosfato

uma molécula universal condutora de

alta energia, produzida em todas as células vivas como um modo de capturar e

armazenar energia). Esta consiste de base púrica adenina e do açúcar de cinco

carbonos, ribose, aos quais são adicionados, de forma linear, três moléculas de

fosfato. À medida que o corpo vai realizando suas funções, o ATP é degradado

e, conseqüentemente, restaurado por outra fonte energética que pode ser

proveniente da fosfocreatina (intramuscular), das gorduras, dos carboidratos ou

das proteínas (FOSS; KETEYIAN, 2000).

Conforme as necessidades energéticas vão avançando, o corpo utiliza o

pouco ATP que ele tem disponível para realizar suas funções, à medida que o

ATP acaba, é solicitado o uso da fosfocreatina para ressintetizar o ATP, porém

a fosfocreatina também é pouca em nosso organismo. Então as necessidades

energéticas continuam e o nosso organismo solicita outro macronutriente para

realizar a ressíntese do ATP. Entretanto, neste momento o nosso corpo precisa

fazer uma escolha, ele precisa determinar qual substrato energético utilizar:

gordura, na forma de triglicerídeos, ou carboidratos, na forma de glicose ou

Page 38: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

36

glicogênio muscular (BROOKS; FAHEI, 2000).

Essa escolha irá depender de dois fatores:

a) a velocidade de ressíntese do ATP;

b) se há ou não a presença de oxigênio durante o processo de

transformação.

Na presença de oxigênio e na pouca necessidade de solicitação o

organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP, uma vez que a gordura

gera mais ATP que a glicose, e sua fonte é praticamente ilimitada no nosso

corpo, não levando-o ao risco de sofrer pela má utilização deste substrato. Por

outro lado, na necessidade de alta velocidade de ressíntese do ATP o

organismo irá optar pela glicose ou glicogênio hepático e muscular; como em

exercícios extenuantes e muito intensos. Isso também ocorreria na ausência de

oxigênio durante o processo de geração de energia, chamado de via glicolítica.

Essa via é capaz de gerar energia suficiente para ressíntese do ATP, mas

tendo como produto final o ácido lático (um subproduto tóxico gerado no

decorrer do ciclo de ressíntese do ATP), que faz com que o exercício seja

interrompido minutos depois pela instalação da fadiga muscular dos músculos

exercitados (McARDLE, 2001).

O lactato não deve ser encarado como um produto de desgaste

metabólico. Pelo contrário, proporciona uma fonte valiosa de energia química

que se acumula como resultado do exercício intenso. Quando se toma

novamente disponível uma quantidade suficiente de oxigênio durante a

recuperação, ou quando o ritmo do exercício diminui, o NAD (coenzima NADH

em sua forma oxidada) varre os hidrogênios ligados ao lactato para

subseqüente oxidação a fim de formar ATP. Os esqueletos de carbono das

moléculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o

exercício serão oxidados para a obtenção de energia ou serão sintetizados

(transformados) para glicose (gliconeogênese) no ciclo de Cori. O ciclo de Cori

não serve apenas para remover o lactato, mas o utiliza também para

reabastecer as reservas de glicogênio depletadas no exercício árduo (SMITH,

et al., 1998).

Quando a oxidação do lactato iguala sua produção, o nível sangüíneo de

lactato se mantém estável, apesar de um aumento na intensidade do exercício

Page 39: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

37

e no consumo de oxigênio. Para as pessoas sadias, porém destreinadas, o

lactato sangüíneo começa a acumular-se e sobe de maneira exponencial para

aproximadamente 55% de sua capacidade máxima para o metabolismo

aeróbio. A explicação habitual para um acúmulo do lactato sangüíneo durante o

exercício pressupõe uma hipoxia (falta de oxigenação da musculatura) tecidual

relativa. Quando o metabolismo glicolítico predomina, a produção de

nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH

coenzima envolvida na

transferência de energia) ultrapassa a capacidade da célula de arremessar

seus hidrogênios (elétrons) através da cadeia respiratória, pois existe uma

quantidade insuficiente de oxigênio ao nível tecidual. O desequilíbrio na

liberação de oxigênio e a subseqüente oxidação fazem com que o piruvato

(substrato final da degradação da glicose; muito importante para a formação do

lactato) possa aceitar o excesso de hidrogênios, o que resulta em acúmulo de

lactato (FOSS; KETEYIAN, 2000).

O lactato é formado continuamente durante o repouso e o exercício

moderado. As adaptações musculares induzidas pelo treinamento aeróbio,

permitem os altos ritmos de renovação do lactato; assim sendo, o lactato

acumula-se em intensidades mais altas de exercício que no estado destreinado

(JUEL, 1998).

Outra explicação para o acúmulo de lactato durante o exercício poderia

incluir a tendência para a enzima desidrogenase lática (LDH) nas fibras

musculares de contração lenta favorecer a conversão de lactato para piruvato.

Portanto, o recrutamento das fibras de contração rápida com o aumento

da intensidade do exercício favorece a formação de lactato,

independentemente da oxigenação tecidual (BENEKE, et at., 2003).

Referindo-se ainda a formação de lactato, Denadai (1999) salienta que,

embora o músculo esquelético seja o maior sítio de produção e liberação de

lactato durante o exercício, outros órgãos (intestino, fígado, pele) também

podem produzir e liberar lactato. A maior produção de ácido láctico ocorre

durante exercícios que só podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos,

quando este sistema é exigido ao máximo.

Segundo Ferreira (2006, p. 16) a produção e o acumulo de lactato são acelerados quando o exercício torna-se mais intenso e as células musculares não conseguem atender às demandas energéticas

Page 40: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

38

adicionais aerobiamente nem oxidar o lactato com o mesmo ritmo de sua produção .

Durante um exercício exaustivo, os músculos e o sangue conseguem

tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido lático, antes de surgir a

fadiga (FOSS; KETEYIAN, 2000).

Segundo McArdle; Katch; Katch, (2003), atletas de velocidade-potência

em geral alcançam níveis sanguíneos de lactato 20 a 30% mais altos que seus

congêneres destreinados durante o exercício máximo de curta duração.

Depois de sua formação no músculo, o lactato se difunde rapidamente

para o espaço intersticial e para o sangue, para ser tamponado e removido do

local do metabolismo energético. Dessa forma, a glicólise continua fornecendo

energia anaeróbia para a ressíntese do ATP. Essa via para a energia extra

continua sendo temporária, pois os níveis sangüíneos e musculares de lactato

aumentam e a regeneração do ATP não consegue acompanhar seu ritmo de

utilização. A fadiga se instala de imediato e diminui o desempenho nos

exercícios. A maior acidez intracelular e outras alterações medeiam a fadiga,

pela inativação de várias enzimas na transferência de energia e pela

deterioração das propriedades contráteis do músculo. Entretanto, a maior

acidez (pH mais baixo) por si só não explica a redução na capacidade de

realizar exercícios durante um esforço físico intenso (JUEL, 1998).

No exercício extenuante, quando as demandas energéticas ultrapassam

tanto o suprimento de oxigênio quanto seu ritmo de utilização, a cadeia

respiratória não consegue processar todo o hidrogênio ligado ao NADH. A

liberação contínua de energia anaeróbia na glicólise depende da

disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeído (subproduto da

degradação da glicose); caso contrário, o ritmo rápido da glicólise se esgota .

Durante a glicólise anaeróbia, NAD é liberado à medida que pares de

hidrogênios não oxidados em excesso se combinam temporariamente com o

piruvato para formar lactato. O acúmulo de lactato, e não apenas sua

produção, anuncia o início do metabolismo energético anaeróbio (SMITH, et al.,

2002).

A ressíntese dos fosfatos de alta energia (ATP) terá que prosseguir com um ritmo rápido para que o exercício extenuante possa continuar. A energia para fosforilar o ADP (resultado final do ATP depois de liberar energia), durante o exercício intenso deriva

Page 41: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

39

principalmente do glicogênio muscular armazenado através da glicólise anaeróbia (ritmo máximo de transferência de energia igual a 45% daquele dos fosfatos de alta energia), com a subseqüente formação de lactato. De certa forma, a glicólise anaeróbica com formação de lactato poupa tempo. Torna possível a formação rápida de ATP pela fosforilação ao nível do substrato, mesmo quando o fornecimento de oxigênio continua sendo insuficiente e/ou quando as demandas energéticas ultrapassam a capacidade do músculo para a ressíntese aeróbia do ATP (FERREIRA, 2006, p.18).

Os acúmulos rápidos e significativos de lactato sangüíneo ocorrem

durante os exercícios máximos (extenuante) que dura entre 60 a 180

segundos. Uma redução na intensidade desse exercício árduo para prolongar o

período do exercício acarreta uma redução correspondente tanto no ritmo de

acúmulo quanto no nível final de lactato sangüíneo (FOSS, 2000).

Apesar do lactato sangüíneo permanecer elevado por uma a duas horas

após um exercício altamente anaeróbio, as concentrações sanguíneas e

musculares de H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperação

ativa. Além disso, exercícios de alta intensidade, onde as concentrações de

lactato se elevam muito, acima de seus níveis de repouso, tende a voltar a sua

normalidade por volta de 30 a 60 minutos após a atividade (HIGINO, 2001).

A recuperação ativa realizada após exercícios de alta intensidade,

aumenta a velocidade de remoção do lactato do músculo e da circulação, em

relação ao repouso passivo, sendo que sua remoção após um exercício intenso

pode ocorrer através da oxidação em CO2 e H2O pela musculatura,

gliconeogênese hepática e através da reconversão a glicogênio pela

glicogênese muscular e hepática (VILLAR, DENADAI, 1998; HIGINO, 2001).

Um exercício aeróbio de baixa intensidade realizado na fase de

recuperação durante 10

15 minutos será capaz de uma remoção do lactato

até duas vezes mais rápido quando comparado com uma recuperação inativa

sendo que sua remoção deve acontecer primeiramente no músculo e depois no

sangue (BOMPA, 2001).

De acordo com Higino, (2001) os atletas praticantes de atividades

aeróbias (fundistas) demonstram possuir uma melhor taxa de remoção de

lactato do que aqueles praticantes de atividades predominantemente

anaeróbias (velocista).

Em condições aeróbias, o ritmo de remoção do lactato por outros tecidos

Page 42: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

40

corresponde a seu ritmo de formação, resultando na ausência de qualquer

acúmulo efetivo de lactato, isto é, a concentração sangüínea de lactato se

mantém estável. Somente quando a remoção não mantém paralelismo com a

produção, o lactato acumula-se no sangue (BIRCHER; KNECHTLE, 2004).

Existem quatro destinos possíveis para o ácido lático:

a) Excreção na Urina e no Suor. Sabe-se que o ácido lático é excretado

na urina e no suor. Entretanto, a quantidade de acido lático assim

removida durante a recuperação após um exercício é negligenciável.

b) Conversão em Glicose e/ou Glicogênio. Já que o ácido lático é um

produto da desintegração dos carboidratos (glicose e glicogênio),

pode ser transformado de novo em qualquer um desses compostos

no fígado (glicogênio e glicose hepáticos) e nos músculos (glicogênio

muscular), na presença de energia (ATP) necessária. Contudo, e

como já vimos, a ressíntese do glicogênio nos músculos e no fígado é

extremamente lenta, quando comparada com a remoção do ácido

lático. Além disso, a magnitude das alterações nos níveis sanguíneos

de glicose durante a recuperação também é mínima. Portanto, a

conversão do ácido lático em glicose e glicogênio é responsável

apenas por uma pequena fração do ácido lático total removido.

c) Conversão em proteína. Os carboidratos, incluindo o ácido lático,

podem ser convertidos quimicamente em proteína dentro do corpo.

Entretanto, também foi demonstrado nos estudos que apenas uma

quantidade relativamente pequena de ácido lático é transformada em

proteína durante o período imediato de recuperação após um

exercício.

d) Oxidação/Conversão em CO2 e H2O. O ácido lático pode ser usado

como combustível metabólico para o sistema do oxigênio,

predominantemente pelo músculo esquelético, porém o músculo

cardíaco, o cérebro, o fígado e o rim também são capazes dessa

função. Na presença de oxigênio, o ácido lático é transformado,

primeiro, em ácido pirúvico e, a seguir, em CO2 e H2O no ciclo de

Krebs e no sistema de transporte de elétrons, respectivamente. É

Page 43: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

41

evidente que o ATP é ressintetizado em reações acopladas no

sistema de transporte de elétrons. (BENEKE; et al., 2003).

O uso de acido lático como combustível metabólico para o sistema

aeróbio é responsável pela maior parte do acido lático removido durante a

recuperação após um exercício intenso (FERREIRA, 2006, p. 20).

A capacidade de gerar altos níveis sangüíneos de lactato durante o

exercício máximo aumenta com o treinamento anaeróbio específico de

velocidade-potência e, subseqüentemente, diminui com o destreinamento.

A manutenção de um baixo nível de lactato conserva também as

reservas de glicogênio, o que permite prolongar a duração de um esforço

aeróbio de alta intensidade (BIRCHER; KNECHTLE, 2004).

Foi observado em pesquisas que, a elevação dos níveis de lactato

observada nos indivíduos treinados quando exercitados agudamente foi

significativamente menor que a observada nos sedentários. Tais resultados

reproduzem os achados clássicos descritos na literatura, o que nos permite

avaliar como eficazes, tanto na intensidade do exercício agudo na

determinação de modificações no metabolismo energético, quanto o protocolo

de treinamento físico na produção de adaptações orgânicas.

Em outras palavras, treinar para aumentar o limiar anaeróbico (FOSS;

KETEYIAN, 2000).

1.5.1 Limiar Anaeróbio (LAN)

O Limiar Anaeróbio é por Higino (2001) definido, como sendo a máxima

intensidade de exercício em que há um equilíbrio entre a produção e remoção

de lactato.

Atualmente, consideramos, basicamente, dois tipos de resposta

metabólica ao exercício dinâmico de longa duração:

a) uma carga que pode ser mantida em estado estável por bastante

tempo, em que as necessidades energéticas são supridas de forma

totalmente oxidativa, caracterizada por uma baixa concentração de

Page 44: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

42

lactato resultante do equilíbrio entre a sua produção e eliminação;

b) uma carga durante a qual é necessária uma formação adicional de

ácido láctico para suprir as necessidades energéticas, o que conduz à

um acumulo progressivo e à inevitável fadiga resultando em

alterações do ambiente físico-químico das fibras. No entanto, entre

estes dois estados metabólicos, existe um estágio de transição

designado de limiar anaeróbio, que corresponde à intensidade

máxima de exercício em que se verifica um equilíbrio entre a

produção e a remoção de ácido láctico (SMITH, 2002).

Por outras palavras, o limiar anaeróbio corresponde a uma intensidade

de exercício crítica, a partir da qual qualquer incremento da carga, por pequeno

que seja, provoca a transição do metabolismo puramente oxidativo para o

parcialmente anaeróbio, com o concomitante aumento progressivo da

lactacidemia. Assim, os bons maratonistas apresentam limiares anaeróbios

elevados, porque só assim serão capazes de correr uma maratona utilizando

percentagens elevadas do seu VO2max. Por este motivo, nem sempre o atleta

com maior potência aeróbia vence este tipo de competição, dado que é

determinante conseguir manter velocidades elevadas de corrida com baixas

lactacidemias. De fato, as concentrações sanguíneas de lactato no final de uma

maratona situam-se, habitualmente, entre as 2-3mM.

De acordo com Denadai; Ortiz; Mello, (2004) o Lan é um excelente

preditor da performance em provas de 5000 metros. A determinação do Limiar

Anaeróbio (Lan), é influenciada pela duração do protocolo utilizado ou seja

quanto mais longa cada etapa, tanto menor o limiar, e pelo tipo de exercício

onde por exemplo o limiar reduz se for executado com uma bicicleta

ergométrica ao invés de uma esteira ergométrica (WEINECK, 2003).

Segundo Wasserman et al. (1973) o termo o Limiar Anaeróbio foi

primeiramente proposto por Wasserman; Mcllroy em (1964), onde definiram

como sendo o momento em que o lactato sangüíneo aumenta de forma abrupta

sendo considerado como um indicador do aumento da produção de lactato, e

interpretado como a forma de suprimento inadequado de oxigênio dentro do

músculo em exercício.

Segundo Powers; Howley (2000), muitos pesquisadores utilizam o termo

Page 45: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

43

Limiar Anaeróbio (LAn) para descrever o súbito aumento do ácido láctico

durante o exercício progressivo, como sendo um ponto que representa o

aumento da dependência do metabolismo anaeróbio (glicólise).

As principais conclusões dos estudos que confirmaram o limiar

anaeróbio como parâmetro determinante na avaliação do exercício prolongado,

são basicamente as seguintes:

a) de uma forma geral, este tipo de exercício é efetuado utilizando

apenas uma fração do VO2max;

b) a performance na corrida de longa duração é determinada pela

capacidade de manter altas velocidades de corrida a uma elevada %

VO2max e com baixa lactacidemia;

c) dados laboratoriais recolhidos em corredores de meio-fundo e fundo

indicaram um baixo acumulo de lactato no sangue para cargas até

80% VO2max;

d) verificou-se a existência de um limite crítico (intensidade limiar) para

além do qual, qualquer aumento na velocidade de corrida

determinava um rápido aumento da lactacidemia;

e) os corredores com um limiar anaeróbio elevado são frequentemente

capazes de melhores performances do que corredores com um

VO2max superior, mas com um limiar inferior;

f) o VO2max revelou-se um critério insuficiente na avaliação da

resistência de média (esforços entre 10-30 min) e longa duração (30

min).

No entanto, a validade da grande maioria destes métodos tem sido

contestada por inúmeros investigadores. De fato, tem sido referido que tanto a

duração, como o tipo de incremento da carga por estágio, influenciam de forma

determinante o valor final encontrado para o limiar anaeróbio e muitos dos

métodos super valorizam frequentemente esse valor. Pesquisas conduzidas

por investigadores alemães com o objetivo de determinar qual a carga

constante mais elevada que poderia ser tolerada com uma lactacidemia

estabilizada, referem um valor médio de 4mM como correspondendo ao

Page 46: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

44

equilíbrio máximo de lactato (WILMORE; COSTILL, 2001).

Em crianças menores 15 anos as respostas cardiorrespiratorias obtidas

nas intensidades de 2,5 e 4mM de lactato, foram comparadas às obtidas na

MSSLac, não foram encontradas diferenças no VO2 e na freqüência cardíaca

correspondente a 2,5mM e na MSSLac. Entretanto, os valores em 4mM foram

significantemente maiores. Em razão disso, os autores propõem a utilização da

concentração fixa de 2,5mM, para a avaliação e identificação da intensidade de

MSSLac em crianças, e não a concentração fixa de 4mM (WILLIAMS;

ARMSTRONG, 1991).

1.6 Consumo máximo de oxigênio (VO2)

O VO2max é denominado como a mais alta captação do consumo de

oxigênio que um indivíduo alcança respirando ar atmosférico ao nível do mar

(ASTRAND, 1956).

Denadai (1999), relata que a capacidade do ser humano para realizar

exercícios de média e longa duração dependem muito do sistema aeróbio.

Assim, um dos índices mais utilizados na avaliação da capacidade aeróbia é o

VO2max.

Leite (2000), relata que o VO2max é a maior quantidade de oxigênio que

o sistema cardiovascular é capaz de entregar aos tecidos do organismo,

durante uma atividade física máxima, sendo que, quanto mais se utilizar os

músculos durante uma atividade física, maior será o VO2max.

Denadai (1999), verificou que durante a atividade física, o requerimento

de oxigênio para os músculos ativos pode aumentar até em vinte vezes em

relação ao repouso, enquanto que para a musculatura inativa, o consumo

permanece inalterado.

Denadai et aI., (2000), relata que o VO2max é uma medida da

quantidade máxima de energia que pode ser produzida pelo metabolismo

aeróbio por uma determinada unidade de tempo, ou seja, da potência aeróbia.

Nahas (2001) descreve que para manter o organismo vivo e realizar

atividades físicas e mentais, as células necessitam de fornecimento constante

Page 47: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

45

de oxigênio e de nutrientes, principalmente na forma de glicose, e cabe ao

sistema cardiorrespiratório fornecer elementos vitais ao organismo e eliminar

os subprodutos das reações químicas celulares, principalmente C02, ácido

lático e calor produzido pelas reações químicas.

Existem duas formas de expressar o VO2max, em l/min, para valores

absolutos e em ml/Kg/min, para valores relativos a massa corporal, sendo este

o mais utilizado, pois permite uma comparação mais precisa entre indivíduos

praticantes de corridas, por uma sustentação do peso corporal. Denadai

(1999), descreve que é importante destacar o modo pelo qual o VO2max é

expresso em valores absolutos (l/min) ou relativos (ml/Kg/min), influenciam em

seu grau de correlação com a performance.

1.6.1 Valores de VO2max

Quando realizados estudos em grupos heterogêneos (em todos os

aspectos), pode-se encontrar valores de VO2max bem mais elevados que dos

grupos homogêneos, que por sua vez, apresentam pequenas variações em

torno de 15 e 20%.

Segundo Denadai (1999), a performance aeróbia de um grupo

heterogêneo de atletas, recebe profunda influência do VO2max, porém, em

atletas altamente treinados, a predição de performance pelo VO2max pode

apresentar limitações.

Segundo Denadai (1999), os valores em repouso do VO2max são

bastante semelhante entre indivíduos treinados e sedentários, mas durante um

esforço máximo os indivíduos treinados possuem valores de VO2max, que são

duas vezes maior que os valores apresentados por indivíduos sedentários.

1.6.2 VO2 Pico

Foi verificado que o VO2 aumenta da mesma forma e proporção em que

aumenta a intensidade da atividade física, até que se consiga atingir uma

Page 48: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

46

intensidade em que o VO2max não irá mais aumentar, mesmo com um maior

esforço do indivíduo na realização da atividade física É de grande importância

a escolha do protocolo e/ou ergômetro a ser utilizado e a atividade que o atleta

está habituado a realizar, pois isto poderá determinar o VO2 atingido durante o

esforço máximo. Denadai (1999), descreve que o termo VO2 pico vem sendo

utilizado em publicações mais recentes, mas ainda se utiliza o termo VO2max,

pois em quase todas as referências utilizadas usam este termo, devendo

assim, prescrever a forma original utilizada pelos autores.

1.6.3 Fatores Determinantes do VO2max

1.6.3.1 Idade e Sexo

Os valores de VO2max em crianças abaixo dos oito anos de idade, são

muito difíceis de serem encontrados. Segundo Denadai (1999), as crianças

abaixo desta idade, apresentam pouca atenção e baixa motivação, diminuindo

a confiabilidade dos dados, além dos protocolos e equipamentos serem

próprios para adultos, tomando-se os testes mais difíceis para esta faixa etária.

Astrand; Rodhal (1980), descrevem que seria interessante descobrir por

que o melhor desempenho em provas de resistência costuma ser obtido por

atletas com 25 a 30 anos de idade, enquanto que a capitação de oxigênio mais

alta em geral é alcançada por volta dos 18 aos 20 anos de idade.

O desempenho físico sofre um declínio com o passar dos anos, devido

ao envelhecimento das fibras musculares e redução da capacidade

cardiorrespiratória, além da perda de estímulos e a desaceleração no ritmo de

vida. Astrand; Rodhal (1980), relatam que em ambos os sexos existe um pico

dos 18 aos 20 anos, seguido por um declínio gradual na capacitação máxima

de oxigênio. Aos 65 anos de idade, o valor médio encontrado é de 70% do

valor de um indivíduo de 25 anos. A capacitação máxima de oxigênio para um

homem de 65 anos de idade é em média a mesma para uma mulher de 25

anos de idade. Sabe-se que ocorre uma diminuição de 7 a 9% por década dos

Page 49: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

47

valores de VO2max, em função da faixa etária. Pollock; Wilmore (1993),

verificaram que indivíduos que realizavam treinamento regularmente durante

toda a vida, apresentaram uma diminuição de 5% do VO2max por década.

1.6.3.2 Fatores Genético

Leite (2000), ao avaliar o VO2max de uma população homogênea, a

variação dos resultados foi dependente dos valores genéticos pré-

determinados.

Existem poucos estudos sobre o efeito da hereditariedade sobre o

VO2max fazendo com que ele possa responder de 25 a 50% da variação do

VO2max.

Os fatores genéticos e ambientais são os principais influenciadores do

VO2max, sendo que o fator genético é que estabelece os limites para os

indivíduos.

1.6.4 Fatores Limitantes do VO2max

O VO2max parece ser limitado pela oferta central de oxigênio, que por

sua vez é influenciada pelo débito cardíaco e pelo conteúdo arterial de

oxigênio, sendo limitante em indivíduos altamente treinados mesmo havendo

adaptações periféricas com o treinamento.

1.6.4.1 Ventilação Pulmonar e Difusão Alveolar-Capilar de Oxigênio

Estudos atuais mostram que o sistema respiratório não limita o VO2max,

quando se trata de indivíduos saudáveis, exercitando-se ao nível do mar.

Segundo Denadai (1999), a ventilação pulmonar (VE) que é atingida

durante o esforço máximo, é geralmente inferior à ventilação voluntária

Page 50: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

48

máxima, e a saturação sangüínea arterial de oxigênio permanece normal na

grande maioria dos casos, mesmo durante o esforço máximo, onde nem a VE,

nem a capacidade de difusão alvéolo-capilar de oxigênio, limitam o VO2max de

muitos indivíduos.

Luz; Mariano, (2004), as pessoas em repouso ou sob estresse, a

velocidade de difusão não é fator limitante, mas quando a pessoa se exercita

arduamente, existe uma real limitação de difusão.

Denadai (1999), concluiu que em alguns indivíduos altamente treinados,

o sistema respiratório pode limitar o VO2max.

1.6.4.2 Sistema de Transporte de Oxigênio e a Diferencia Artério Venosa de

Oxigênio

Estudos sobre a limitação do VO2max, ainda não estão totalmente

concluídos, pois duas diferentes escolas de pensamentos defendem, cada uma

sua hipótese. Uma aceita que a limitação é central, e a outra que a limitação é

periférica (LUZ; MARIANO, 2004). A primeira diz que dependerá do débito

cardíaco máximo e do conteúdo máximo de oxigênio arterial, oferta central de

oxigênio. Já a outra hipótese defendida, diz que a limitação é periférica, pois o

sangue deixa o coração em direção as extremidades com 97% de oxigênio.

Segundo Denadai (1999), a teoria periférica para a limitação do VO2max,

baseia-se principalmente no fato de que o VO2max é influenciado pelo

potencial oxidativo das fibras musculares, isto é, pela concentração de enzimas

oxidativas e também pelo número e tamanho das mitocôndrias.

1.6.5 Limitação durante o exercício

Limitações centrais:

a) Respiratória, dividi-se em: ventilação, ventilação pulmonar, difusão, de

O2 .

Page 51: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

49

b) Circulação central, dividi-se em: debito cardíaco, pressão sanguínea

arterial, concentração de hemoglobina no sangue e volume

sanguíneo.

Limitações periféricas:

a) Circulação periférica, dividi-se em: distribuição do fluxo sanguíneo,

fluxo sanguíneo muscular, densidade capilar do músculo, difusão do

oxigênio e afinidade da hemoglobina.

b) Metabolismo muscular, dividi-se em: densidade mitocondrial,

atividades das enzimas oxidativas, deposito de energia e substratos,

massa muscular e tipo de composição das fibras.

1.7 Potência Anaeróbia

Durante as duas últimas décadas vem crescendo substancialmente o

interesse pela performance anaeróbica de crianças e adolescentes. No entanto

a capacidade de esforço anaeróbico do organismo humano, permanece ainda,

menos conhecida que a capacidade aeróbica. Além do mais, a aptidão

anaeróbica não tem recebido a mesma atenção, por parte de pesquisadores e

profissionais envolvidos na área. Nos altos níveis de aptidão anaeróbia

exigidos em muitos esportes, e também pela limitação que baixos níveis de

aptidão anaeróbica impõe a função diária em várias doenças pediátricas

(BLIMKIE et al., 1988; NINDL et at., 1995; MAYHEM; SALIM, 1990).

Diversos autores já enfatizaram a dificuldade em comparar os resultados

entre estudos, uma vez que diferentes protocolos, diferentes medidas e modo

de exercício são empregados. Isto se deve, em parte, a inexistência de

medidas diretas do metabolismo energético nos seus componentes alático e

lático. (ARMSTRONG et. al., 1997; BAR-OR, 1986; VAN PRAAGH, 1997).

A quantificação tanto da capacidade quanto da potência anaeróbica, tem

sido feita através de medidas indiretas com ênfase no trabalho mecânico:(ex.

Salto vertical, salto horizontal; corrida 36m. teste de 40 seg; teste de Margaria;

teste de Wingate; teste em esteira rolante; teste isocinético mono-articular,

Page 52: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

50

teste de força-velocidade em cicloergômetro ou esteira; os métodos: déficit

máximo acumulado de oxigênio e potência crítica ). Os dados existentes

evidenciam a especificidade dos resultados em relação a forma de mensuração

e/ou protocolo utilizado (MARTIN; MALINA,1998).

Os aspectos evolucionários do sistema energético anaeróbico não foram

totalmente esclarecidos, particularmente, com respeito as diferenças sexuais. A

literatura tem demonstrado que alterações específicas relacionadas ao sexo

são perceptíveis no início da puberdade e ampliadas no final da adolescência,

as evidências até o momento, enfatizam as variações na massa muscular,

como sendo o fator preponderante; as interações com o meio ambiente e

outros fatores, além do biológico, ainda não foram explorados. Assim a

quantidade de músculo (área transversa e comprimento), a qualidade muscular

(tipo de fibra, substrato disponível), a arquitetura muscular (alinhamento das

fibras musculares), assim como a arquitetura músculo-esquelética (geometria

articular), a ativação neuro-muscular (recrutamento e coordenação), a

endurance muscular, (enzimas glicolíticas e estoques de creatinafosfato), a

resistência à fadiga (capacidade de tamponamento), já foram investigados e

são considerados fatores básicos; além disso, muitos deles devem ser

interpretados no contexto do crescimento e maturação (FROESE; HOUSTON,

1987; MARTIN; MALINA, 1998).

Para a avaliação funcional de atletas, vários são os testes que têm sido

empregados para a determinação da potência e da capacidade anaeróbia

(MARGARIA, 1966; SZÖGY; CHEREBETIU, 1986; BOSCO, 1987;

WANDEWALLE, 1987; BAR-OR, 1987; MEDBO et. al., 1988).

A maior parte destes testes, que são utilizados por pesquisadores e

treinadores, acabam apresentando pelo menos um destes inconvenientes:

a) dificuldade para diferenciar claramente a potência da capacidade

anaeróbia;

b) dificuldade para estabelecer a fronteira exata entre o metabolismo

aláctico e láctico e;

c) dificuldade em estabelecer testes específicos para cada esporte.

Entre os testes mais utilizados pelos laboratórios de Fisiologia do

Exercício, para a avaliação anaeróbia, está o Teste de Wingate (TW). Esta

Page 53: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

51

grande utilização ocorre provavelmente, em função da simplicidade

metodológica e do fácil acesso ao material necessário para a execução do

teste. Além disso, o TW pode ser realizado em condições laboratoriais, o que

permite a princípio, um controle das condições ambientais, e um

acompanhamento muito grande do sujeito avaliado, o que acaba determinando

uma excelente reprodutibilidade para o teste (BAR OR, 1987).

Apesar das vantagens citadas anteriormente, as informações referentes

a validade do TW em avaliar a performance anaeróbia obtida durante a corrida,

ainda são escassas. Esta preocupação é importante, pois embora sejam

empregados nos dois testes (Wingate e corrida), preferencialmente os

membros inferiores, existem diferenças biomecânicas e fisiológicas, entre a

corrida e o ciclismo. Estas diferenças ficam bem evidentes, quando são

analisados os dados existentes na literatura, que compararam as avaliações

aeróbias (Consumo Máximo de Oxigênio e Limiar Anaeróbio) de diferentes

grupos de indivíduos (corredores, ciclistas, triatletas e sedentários), realizadas

nos dois ergômetros, mostrando, pelo menos para esta capacidade motora,

que a resposta é específica para o ergômetro utilizado (DENADAI et. al., 1994).

Embora exista escassez destas informações, várias equipes de esportes

coletivos (basquete, futebol, voleibol) apesar de empregarem principalmente a

corrida como meio de treinamento físico, vem utilizando o TW para realizar

avaliações e reavaliações da capacidade e potência anaeróbia (DENADAI;

GUGLIEMO; DENADAI, 1997)

No entanto as limitações apontadas ao teste do Wingate para estas

modalidades são minimizadas em um outro teste: Running-based Anaerobic

Sprint Test (R.A.S.T.), da Universidade de Wolverhampton, pois apresenta uma

maior facilidade de aplicação. O R.A.S.T. consiste na realização de seis

repetições de uma distância de 35 metros, à velocidade máxima, com um

intervalo de recuperação ativo entre repetições com duração de 10 segundos

(SIQUEIRA; CRESCENTE; CARDOSO; 2005).

2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS

Page 54: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

52

2.1 Condições ambientais

As avaliações foram realizadas no Laboratório de Avaliação do Esforço

Físico (LAEF) do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins

(Unisalesiano), durante o mês de junho de 2007, nos horários entre 14 horas e

18 horas, onde a temperatura e umidade relativa do ar foram monitoradas e

controladas ficando entre 25 ºC 29 ºC e 39 41%, respectivamente, no intuito

de amenizar qualquer efeito térmico sobre as variáveis estudadas.

2.2 Sujeitos

A amostra foi composta por doze (12) indivíduos do sexo masculino,

voluntários, aparentemente saudáveis, fisicamente ativos com média de idade

treze (13) anos. Todos os indivíduos treinados no período mínimo dois (2)

anos, fazendo parte da equipe de Beisebol da categoria pré-junior, da cidade

de Lins, estado de São Paulo. Os atletas treinavam de uma forma geral, isto é,

sem treinamento individualizado, durante três (3) vezes por semana, no horário

entre 15 horas e 18 horas. Antes de iniciarem os testes, seus responsáveis

tomaram conhecimento dos procedimentos aos quais as crianças seriam

submetidas e assinaram o termo de concordância referente à participação no

estudo.

2.3 Material

a) esteira rolante IMBRAMED, ATL 10200;

b) analisador eletroquímico YSL 1500, Sport ;

c) freqüencimetro cardíaco POLAR;

d) becher;

e) eppendorf;

Page 55: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

53

f) capilar;

g) algodão;

h) luvas de procedimento;

i) lanceta;

j) álcool (70%);

k) pipeta de fluoreto de sódio;

l) fluoreto de sódio 2%;

m) compasso de dobras cutâneas CESCORF;

n) Estadiômetro;

o) balança de bioimpedância TANITA, TBF 305;

p) cronômetro;

q) esparadrapo;

r) analisador de gás METALYZER 3B;

s) fichas de coletas de dados;

t) computador.

2.4 Testes

O presente estudo foi norteado pelas seguintes avaliações:

a) Antropometria: os indivíduos foram submetidos a uma anamnese para

que se pudesse determinar o nível de atividade física, após a

anamnese foi mensurado o perfil antropometrico (GUEDES;

GUEDES, 2006). (APÊNDICE B).

Peso:o avaliado posicionou-se em pé, de frente para a escala da

balança, com afastamento lateral dos pés, estando à plataforma entre

os mesmos. Em seguida colocou-se sobre e no centro da plataforma,

ereto com o olhar num ponto fixo à frente, estando o individuo com o

mínimo de roupa possível. Foi realizada apenas uma medida

(FERNANDO FILHO, 2003).

Estatura: o avaliado ficou na posição ortostática: estando em pé,

posição ereta, braços estendidos ao longo do corpo, pés unidos,

procurando sempre o contato com o instrumento de medida as

Page 56: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

54

superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular

e região e região occipital. A medida foi realizada com o avaliado em

apnéia inspiratória, de modo a minimizar possíveis variações sobre

esta variável antropometrica. A cabeça esteve posicionada segundo o

plano de Frankfurt, paralelo ao solo. A medida foi realizada com o

cursor em ângulo de 90º em relação à escala. Permitiu-se o avaliado

usar calção e camiseta, exigindo-se que esteja descalço (FERNANDO

FILHO, 2003).

b) Composição Corporal

Percentual de gordura: As dobras cutâneas das regiões tricipital, parte

posterior do braço, no ponto medial de uma linha imaginaria entre o

ponto distal e proximal do tríceps (MARINS; GIANNICHI, 2003), e

subescapular é obtida obliquamente ao eixo longitudinal, tendo como

orientação os arcos costais, estando localizada dois centímetros

abaixo do ângulo inferior da escapula (FERNANDO FILHO, 2003),

foram determinadas sempre do lado direito do voluntário. Foram

realizadas três mensurações em cada região, assumindo-se como

valor final a média desses valores. Todo o procedimento foi realizado

por um mesmo avaliador para que fosse minimizada a ocorrência de

erros. A predição da percentagem de gordura foi realizada segundo a

fórmula proposta por (SLAGHTER et al., 1998).

( 2) 35 mm

Rapazes brancos:

Pré-púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)2 1,7

Púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)2 3,4

Prós-púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)2 5,5

Rapazes negros:

Pré-púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)2 3,5

Púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)2 5,2

Prós-púbere % gord = 1,21 ( 2)

0,008 ( 2)2 6,8

c) Teste progressivo (TP) (APÊNDICE B).

Page 57: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

55

O teste incremental (DENADAI, 1999), foi realizado na esteira rolante

(IMBRAMED, ATL 10200) onde, sua inclinação foi mantida fixa em 1%

(JONES; DOUST, 1996), já que está condição reflete mais

precisamente o custo energético da corrida em ambientes aberto. A

velocidade inicial foi de 7 km/h, sendo aumentada, 1 km/h a cada três

minutos, até a exaustão.

Antes do inicio da cada teste os indivíduos foram orientados a

respeito do desenvolvimento do teste e critérios para a interrupção. O

teste era interrompido se os avaliados sinalizarem através de gestos

pré-combinados, para fadiga, ou algum desconforto que impedisse a

continuidade do teste. Também foi realizado um aquecimento na

esteira rolante (IMBRAMED, ATL 10200) de 3 a minutos, na

velocidade de 5 a 7 km/h. Após o aquecimento os indivíduos

permaneceram cerca de 3 minutos sentados em repouso.

d) Determinação do lactato sangüíneo.

Para as concentrações de lactato, ao final de cada estágio foi

coletado 25 microlitros (ul) de sangue arterializado do lóbulo da

orelha, sem hiperemia, para a determinação do lactato sanguíneo. O

sangue foi imediatamente transferido para o microtubulos de

polietilenio com tampa tipo Eppendorf de 1,5ml, contendo 50

microlitros (ul) de fluoreto de sódio (1%), e imediatamente analisado.

Analise de lactato foi realizada através de analisador eletroquímico

modelo YSI 1500 Sport.

e) Determinação da velocidade de corrida referente ao LAn.

Através da interpolação liniar foi determinado a velocidade

correspondente a uma concentração de 2,5mM, de lactato sanguíneo

(limiar anaeróbio). Foi utilizado esta concentração e não 4 mm, como

sendo o critério para avaliar crianças mais novas (WILLIANS;

ARMSTRONG; KIRBY, 1990).

f) Determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max).

Page 58: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

56

Durante a realização do teste progressivo (TP), na esteira

ergométrica, os indivíduos utilizaram uma mascará de tamanho

pequeno, de acordo com o rosto dos jovens avaliados. A mascará que

permitia a respiração pela boca e pelo nariz, conectada a analisador

de gases (METALYZER 3B), para medida de fluxo de ar e analises

dos gases espirados, utilizando-se da técnica breatch - by

breatch,

para mensurar o consumo maximo de oxigênio (VO2max.), havendo

sempre o cuidado de conferir se não apresenta vazamento na

conexão da mascará. Ao final de cada estágio foi mensurado a

freqüência cardíaca (FC). Adotou-se como VO2max o valor mais alto

de consumo obtido durante o teste, verificando, também, outras

reações que pudessem confirmar sua ocorrência: vermelhidão facial,

hipermentilação, freqüência cardíaca (FC) >

200 bpm, descompasso

de passadas e razão de trocas respiratórias (R) >

1,0 (MACHADO;

GUGLIELMO; DENADAI; 2002).

g) Maturação biológica (MB) (ANEXO A).

A maturação biológica foi determinada através da maturação sexual,

baseado nos estágios propostos por TANNER (1962) e na adaptação

proposta por MORRIS e UDRY (1980) para o uso dos desenhos. Os

avaliados receberam explicações previas sobre a utilização das

pranchas com desenhos. As pranchas continham os desenhos das

características de desenvolvimento de genitais e pilosidade pubiana

em cada estágio maturacional. Após as explicações preliminares os

meninos de posse das pranchas com desenho , fizeram à

identificação e anotação do estágio de desenvolvimento que mais se

aproximavam. Após estes procedimentos os avaliados foram

classificados em categorias de 1 a 5, de acordo com o protocolo

estabelecido.

h) Potencia Anaeróbia (PAN) (APÊNDICE C).

Para a avaliação da potencia anaeróbia foi empregado o Runnig

Based Anaerobic Sprint Test (RAST-TEST), da Universidade de

Wolverhampton, realizado na pista de atletismo do Unisalesiano de

Page 59: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

57

Lins. Este modelo de avaliação constitui-se na realização de seis

corridas de35 metros em pista demarcada, desenvolvendo o máximo

de velocidade possível, com período de recuperação de 10 segundos

entre cada corrida. Para o calculo da potência foi utilizado a equação:

peso corporal x distância2 / tempo3.

2.5 Procedimentos

Após os responsáveis pelos jogadores terem lido, assinado e entregue o

termo de compromisso (APÊNDICE A), os mesmos foram convidados a

comparecerem ao Laboratório de Avaliação do Esforço Físico (LAEF), como

objetivo de determinar o Limiar Anaeróbio (Lan), consumo máximo de oxigênio

(VO2max) através do teste progressivo e da Potência Anaeróbia.

2.6 Análise estatística

Para interpretar os resultados coletados foi utilizada a estatística

descritiva mediante a medida de tendência central (media aritmética) e de

dispersão (desvio padrão).

3 RESULTADOS

Para melhor visualização dos dados, os mesmos foram dispostos em

tabela.

Na tabela 1 são apresentados às médias e desvios padrões das

características biométricas dos sujeitos para a idade, estatura, peso e

percentual de gordura.

Page 60: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

58

TABELA 1 - Características biométricas (média + DP) dos voluntários (n = 12).

Idade (anos)

Estatura (cm)

Peso (kg)

% de Gordura

Média 13,25 162,22 48,98 15,08 DP 0,62 8,62 10,05 9,08

Fonte: Elaborada pelos autores.

Nos resultados biométricos foi possível observar que mesmo sendo um

grupo bastante homogêneo quanto à idade cronológica, ocorre uma

variabilidade no que diz respeito à estatura, peso e percentual de gordura,

mostrando que cada jogador procura adaptar seu biótipo ao esporte, de forma

que este obtenha seu melhor desempenho, na realização de sua função.

Na tabela 2 são apresentados, os dados de idade cronológica e

maturação biológica, foi demonstrado na tabela apenas os dois estágios

maturacionais em que os sujeitos do estudo se encontravam.

TABELA 2 Apresentação da idade cronológica (IC) e da maturação biológica (MB) dos 12 voluntários.

IC (anos) MB PUBERE PÓS-PUBERE

N

12 1 - 1

13 6 1 7

14 3 1 4

TOTAL 10 2 12

Fonte: Elaborada pelos autores.

Na tabela 2 pode-se dizer, que os sujeitos avaliados apresentam um

desenvolvimento sexual maior ao nível púbere.

Na tabela 3 são apresentados os dados em média e desvios padrões

para as variáveis aeróbias de limiar anaeróbio, consumo máximo de oxigênio e

velocidade máxima atingida no teste progressivo.

Page 61: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

59

TABELA 3

Características aeróbia (média + DP) para Limiar Anaeróbio

(Lan), e Consumo Maximo de Oxigênio (VO2max).

Lan (km/h)

VO2 max (ml/kg/min)

Média 10,13 52,19 DP 1,65 4,88

Fonte: Elaborada pelos autores.

Na tabela 4 são apresentados às médias e desvios padrões para as

variáveis de potência anaeróbia, obtidas através do R.A.S.T TEST.

TABELA 4 - Características anaeróbia (média + DP) em valores absolutos (WATTS) e em valores relativos (WATTS/KG), para Potência Anaeróbia Máxima (PAN max), Potência Anaeróbia Média (PAN méd), Potência Anaeróbia Mínima (PAN min).

PAN max PAN méd PAN min

WATTS 284,70 ± 75,04 218,94 ± 56,62 162,41 ± 46,17

WATTS/KG 5,76 ± 0,93 4,46 ± 0,79 3,35 ± 0,87

Fonte: Elaborada pelos autores.

4 DISCUSSÃO

O crescimento não se faz de maneira constante, tanto o peso como a

estatura tem períodos de maior e menor desenvolvimento. E na puberdade que

o individuo adquire 25% de seu estatura (EST) e 50% do seu peso definitivo

ocorrendo alterações morfológicas e fisiológicas complexas (RIGON, 1993).

Apesar dos estudos com jovens fornecerem informações sobre

treinamento físico e crescimento, estes grupos seletos se diferenciam dos

adolescentes em tamanho corporal e maturação; assim, as diferenças no

crescimento e maturação entre jovens em treinamento e sem treinamento, nos

demais indicadores são atribuídas ao exercício físico regular (MALINA, 1997).

Resultados de Bielicki et al. (1994), evidenciaram que não houveram

Page 62: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

60

diferenças na EST e no pico do incremento desta, entre adolescentes ativos e

inativos, mas o estirão de crescimento dos adolescentes normalmente

envolvidos com o esporte foi à característica dos amadurecidos mais

precocemente.

Na estatura diversos estudos, dentre esses o de Colantonio et al. (1999),

tem indicado que o treinamento não exerce influência sobre esta variável.

Adolescentes em treinamento podem vir a extrapolar as referências medianas

(MALINA, 1994), entretanto, esta alteração pode ser explicada por diversos

aspectos, entre alteração pode ser seleção natural que o esporte induz

(BEUNEN; MALINA, 1988).

No relatório dos jogos da juventude (1996), Gaya et al. (1997),

observaram na faixa etária de 16 anos, que adolescentes em treinamento para

o basquete e handebol tinham o maior EST quando o desempenho atlético

melhorava. Isso talvez possa ser atribuído ao processo de seleção natural

inerentes a estes esportes, mas não necessariamente que a performance ou

desempenho tenha influenciado o crescimento estatural.

Para efeito comparativo a tabela 5 apresenta a media dos valores

(média e desvio padrão) de estatura (cm) e peso (kg) de adolescentes

masculinos envolvidos em algum tipo de esporte.

No estudo de Malina (1994), envolvendo diversas amostras de

adolescentes fisicamente ativos e inativos, o autor não encontro diferenças

entre as amostras nas variáveis estatura e massa corporal (MC). Ainda que os

sujeitos dos estudos de Malina (1994), fossem praticantes dos mesmos

esportes do presente estudo, porem, de etnias diferentes, demonstrando que a

seleção desses adolescentes com relativo sucesso esportivo em muitos

esportes esta relacionada com o avançado estado biológica de maturação.

Em outro estudo Malina (1994), comparou que jovens em treinamento

excediam as medidas referenciais; também observou incrementos seculares de

1960 até meados da década de 80, pois os adolescentes que treinavam, nos

estudos mais recentes excederam os valores de estatura no percentil 90, e, de

peso nos percentis 75 e 90. Este mesmo autor, Malina (1994), aponta a

atividade física regular, incluindo treinamento para esporte, como um

importante suporte para o crescimento normal e maturação, e, que os valores

Page 63: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

61

de EST e MC atingidos por muitos adolescentes em treinamento não

aparentava efeitos decorrentes do treinamento intensivo.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Outros estudos envolvendo adolescentes da rede publica e particular de

ensino, que tinham como atividade física apenas as aulas de educação física,

apresentam valores para a estatura e o peso corporal bem diferente de jovens

praticantes de esportes competitivos. Estes valores são apresentados em

média e desvio padrão na tabela 6.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Tabela 5 - Valores de estatura e peso de adolescentes ativos extraídos da literatura.

Autores Estatura (cm)

Peso (kg) Idade (anos)

Esporte N

FILARDO; PIRES-NETO; RODRIGUEZ -AÑEZ (2001)

177,1 ± 6,5 64,7 ± 7,9 16,5 ± 0,3 FUTSAL, HANDEBOL, BASQUETE VOLEIBOL.

41

COMAS et al. (1992)

172,22 ± 5,91

63,5 ± 7,5 16,0 ± 0,73 FUTEBOL -

SILVA et al. (2007)

171,95 ± 6,91

59,4 ± 7,69 14,4 ± 0,52 FUTEBOL 37

VILLAR; DENADAI (2001)

160,6 ± 6,0 50,8 ± 10,2 13,5 à 15,4 FUTEBOL 16

GRECCO; DENADAI (2006)

179 ±5,05 72,3 ± 5,96 14 à 16 BASQUETE 10

TOURINHO FILHO et al. (1998)

172 ± 6,90 63,9 ± 4,58 PUBERE BASQUETE, VOLEIBOL FUTEBOL

10

ANFILO; SHIGUNOV (2004)

197 86,0 14 à 17 VOLEIBOL 22

Tabela 6 - Valores de estatura (cm) e peso (kg) em escolares extraídos da literatura.

Autores Estatura (cm) Peso (kg) Idade (anos)

N

MACHADO; GUGLIELMO; DENADAI (2002)

163,3 ± 10,2 55,9 ± 14,2 14,1 ± 0,6

20

MACHADO; GUGLIELMO; DENADAI (2002)

164,2 ± 9,1 56,9 ± 13,4 13,9 ± 0,8

20

BORGES; MATSUDO; MATSUDO (2004)

156,5 ± 8,7 45,6 ± 8,4 13,4 ± 0,2

31

FILIPETTO; ROTH; KREBS (2001)

153,6 ± 21,3 50,4 ± 13,97

13 a 13 e 11 meses

50

Page 64: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

62

Esta diferença entre adolescentes treinados e não treinados, na estatura

e peso corporal, podem ser explicados por diversos fatores, entre eles a própria

seleção natural que o esporte induz (BEUNEN; MALINA, 1988); pela tendência

regular de crescimento (SOUZA; PIRES-NETO, 1997); por quadros sociais e

políticos, que possam afetar o acesso a condições de vida, saúde e nutrição

adequada (MARTORREZ et al. 1988) e nível de maturação (BIELICKI et al.

1994).

Quando comparados valores de estatura e peso corporal encontrados

em nosso estudo, com os valores apresentados nas tabelas 5 e 6, podemos

observar que jogadores trinados apresentam uma maior estatura e peso em

relação a jogadores da categoria pré-junior, e que estes tem seus parâmetros

antropométricos proporcionais a adolescentes não treinados. Isso mostra que

jogadores de beisebol desta categoria não são selecionados em função deste

parâmetro, mostrando que as funções táticas e técnicas especificas do

beisebol não são influenciadas pelos valores de estatura e peso, e que as

diferenças encontradas com outros grupos podem indicar características

antropométricas exigidas a especificidade do esporte.

Podemos observar que a idade dos adolescentes treinados apresentado

na tabela 5, são superiores a dos jogadores avaliados neste estudo, isto talvez

tenha sido um fator de diferença quando comparados. Em nosso estudo os

sujeitos avaliados parecem ainda não ter atingido o surto de crescimento

(período circumpúbere) que segundo Gallahue, Ozmun (2003), um período de

tempo que dura quatro anos e meio. Os meninos, em média, iniciam seus

surtos de crescimento por volta da idade de 11 anos, alcançando a velocidade

de pico de altura por volta da idade de 13 anos e estabilizam-se

aproximadamente com a idade de 15 anos. O surto de crescimento

adolescente é altamente variável de individuo para individuo. Alguns terão

completado oi processo antes que outros tenham começado.

Pires e Lopes (2004), explicam que os estirão de crescimento é mais

tardio e prolongado nos rapazes, em torno dos 14 anos, deixando os rapazes

mais altos e mais pesados. Parece que a ação do sistema hormonal, que atua

na liberação dos hormônios de crescimento, também pode influenciar na

Page 65: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

63

variabilidade dos índices de crescimento nas diferentes idades (FAGUNDES;

KREBS, 2005).

Armstrong e Wellsman (1997), enfatizam que os níveis de testosterona

em meninos são altamente correlacionados com os índices de crescimento

(massa e estatura) durante a adolescência.

Quando as alterações e diferenças do peso corporal entre adolescentes

podemos notar que estas são bem grandes Gallahue, Ozmun (2003), dizem

que tanto para meninos, o aumento no peso tende a acompanhar a curva geral

de aumento em altura. Já a velocidade do pico de peso que é o período de

crescimento do adolescente em que há maior ganho de peso e é geralmente

mais acentuada nos meninos e parece também que a velocidade de pico de

peso ocorre mais próxima da velocidade pico de altura em meninos (MALINA;

BOUCHARD, 1991).

Para Young; Steinhardt (1993) e Baumgartner; Jackson (1995) o nível de

aptidão e de atividade física tem correlação com percentual de gordura, pois

indivíduos com baixa aptidão e reduzida pratica de atividade física

apresentavam maior percentual de gordura. Já Gubiani; Pires-Neto (1999), ao

estudarem indivíduos que participavam de programas de exercício físico,

observaram diferenças significativas em perímetros, densidade corporal,

somatório de densidade corporal, percentual de gordura e massa gorda,

atribuídos ao tipo, regularidade e eficiência do programa de treinamento,

observações semelhantes a essas também foram relatadas por Ballor (1996), e

Cooper (1994).

No trabalho de Tourinho Filho et al. (1998), estes encontraram um

percentual de gordura em média de 14,38 ± 4,12%, para adolescentes

masculinos no nível de maturação púbere e praticantes de atividade com

predomínio aeróbio. Já estudos de Machado; Guglielmo, Denadai (2002), no

qual avaliaram crianças e adolescentes com idade entre 10 e 15 anos e não

praticantes de atividade física sistemática, o percentual de gordura médio

encontrado foi de 15,2 ± 7,77 essa diferença no percentual de gordura,

demonstra a ação do exercício físico sobre a gordura corporal, que refletem

diretamente a possível ação daquele sobre o equilíbrio energético (DESPRÉS

et al., 1990). McArdle (2001) cita os valores médio de percentual de gordura

encontrados na literatura para jogadores adultos de beisebol, para o autor esta

Page 66: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

64

média estaria em torno de 13,4% de gordura corporal total. Wilmore (1983),

apresenta valores de 11,8 a 14,2% de gordura corporal total em jogadores de

beisebol adultos, porém o autor ressalta que estes são valores médios e não

representa a faixa que pode ser observada em outros trabalhos.

Os valores médios de percentual de gordura apresentados neste estudo,

demonstram um maior acumulo de gordura corporal quando comparados com

atletas treinados, isto pode ser explicado péla especificidade da atividade física

realizada, bem como os substratos energéticos utilizados para a realização

desta, como afirma Guedes, Guedes (1997), onde maiores mudanças na

quantidade de gordura corporal estão associadas a programas de exercício

físicos que predominam na utilização de energia proveniente do metabolismo

aeróbio, diferentemente do beisebol que tem como fonte energética o sistema

ATP e Creatina fosfato (POWERS; HOWLEY, 2005).

Quando observamos valores de percentual de gordura para jogadores

adulto de beisebol, notamos valores menores que os encontrados neste

estudo, ou seja, jogadores de beisebol da categoria pré-junior tem em média

um percentual de gordura maior que os jogadores adultos, isso parece claro

que quando tratamos crianças e adolescentes, um fator adicional que não pode

deixar de ser considerado é a interferência do próprio processo de maturação

biológica que ainda não atingiu seu estado adulto nesse período. Assim pode

ser que em alguns programas de exercício físico, se observem modificações

efetivas na composição corporal, enquanto em outros os efeitos provocados

pela maior demanda energética possam ser mascarados ou neutralizados

pelas mudanças relacionadas ao processo de maturação, assim como pelas

possíveis alterações nos hábitos alimentares, fazendo com que os resultados

encontrados não sejam consistidos em todos os estudos (GUEDES; GUEDES,

1997), estes mesmos autores dizem que outro fator que interfere ns

modificações da gordura corporal é a quantidade do consumo calórico e a

composição desse consumo traduzido pelas proporções dos nutrientes.

Em nosso estudo a maioria dos jovens avaliados encontravam-se nos

estágios de pilosidade 4, caracterizado como período púbere de

desenvolvimento maturacional. O mesmo resultado obtido por Ré et al., 2005,

que analisaram jovens na faixa etária de 13 anos freqüentadores de um

programa de iniciação esportiva, onde a maioria dos mesmos encontravam-se

Page 67: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

65

divididos nos estágios de pilosidade 3 e 4, neste mesmo estudo, não foi

observado diferenças significativas a favor dos jovens em estágios

maturacionais mais avançados em nenhuma das variáveis estudadas. Esses

resultados são semelhantes aos obtidos por Bohme (1999), que não encontrou

diferenças significativas entre jovens atletas feminino de idade cronológica

semelhante, pertencente a diferentes estágios maturacionais e por Lariviere;

Lafond (1986), que não encontraram diferença significante em teste de

desempenho motor entre adolescentes praticantes de Hockey de uma mesma

equipe, em diferentes estágios maturacionais. Assim parece que outros fatores

contribuíram consideravelmente para que não ocorressem variações nos

resultados apresentados pelos jovens. Entre esses possíveis fatores, podem

ser citados a familiarização com tarefa motora solicitada, a maturação e o nível

de treinamento (MALINA; BOUCHARD, 2002).

Porém, são contrários aos obtidos por Ferreira et al. (1990), e Bale et al.

(1992), os quais reportaram uma correlação positiva e significante entre o

estagio de maturação biológica e o nível de desempenho motor. É possível que

o maior amplitude na faixa etária tenha contribuido para que esses autores

verificassem valores de correlação um pouco acima dos encontrados na

literatura.

Além disso, segundo Bohme (1999); Jones, Hitchen, Stratton (2000),

parece existir uma tendência no sexo masculino, no período inicial de

treinamento a longo prazo, a direcionar indivíduos que apresentem um

desenvolvimento esperado ou tardio, o que pode ser um erro, pois, não

necessariamente, os indivíduos precoces continuarão apresentando essa

vantagem na idade adulta.

Sendo assim, muitas vezes isso ocorre devido à falta de preocupação

com os resultados a longo prazo, são equipes de clubes, por exemplo, cujo

objetivo é obter resultados competitivos apenas nas categorias iniciais.

Além das modificações dimensionais, o período pubertário é também

assinalado por modificações fisiológicas importantes, as quais afetam os

sistemas orgânicos de uma forma geral e, como tal, tendem a refletir-se na

capacidade de esforço (SOBRAL, 1988). A potência aeróbia máxima, isto é, o

máximo volume de oxigênio que o individuo é capaz de consumir em uma

unidade de tempo (BAR-OR, 1983). Normalmente, as crianças possuem um

Page 68: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

66

consumo de oxigênio consideravelmente alto, com valores variando entre 48 e

58 ml./ kg./ min., bem acima de 42 ml./ kg./ min., o que indica um bom nível de

condicionamento físico em adultos (STANGANELLI, 1991).

No estudo de Machado; Guglielmo; Denadai (2002), onde avaliaram

crianças e adolescentes brasileiros do sexo masculino, não participante de

qualquer programa de treinamento sistemático, com médio de idade 13,9 ± 0,8

anos, apresentavam um VO2max de 50,3 ± 5,5 ml./kg./min..

Outros estudos também têm encontrado valores entre 49 e 52,1

ml./kg./min. para meninos da faixa etária de 13 a 14 anos (ALLOR et al. 2000;

ERIKSSON; GRIMBY; SALTIN, 1973). Armstrong et al. (1996) apresentaram

valores típicos par os meninos de 48 a 50 ml./ kg./ min. ao longo da

adolescência.

Armstrong et al. (1996) apresentam valores típicos para os meninos de

48 a 50 ml./ kg./ min. Ao longo da adolescência.

Em um interessante estudo de Rodrigues et al. (2006), foi proposto à

classificação é apresentação dos valores de consumo máximo de oxigênio, em

uma amostra de adolescentes da população brasileira em diferentes faixas

etárias, no qual foi encontrado o VO2max de 45,49 ± 10,41 ml./kg./min. para a

população de meninos com idade de 13 anos, da rede publica de ensino. A

partir desses resultados foi elaborado uma classificação da aptidão

cardiorespiratória pelo consumo de oxigênio, onde a classificação boa estaria

entre 48,0 - 52,2 ml./kg./min. e excelente 52,3 ml./kg./min..

O comportamento do VO2max em nosso estudo foi similar dos descritos

nos estudos anteriores. Isso mostra que, quando comparamos jogadores de

beisebol com outras crianças e adolescentes da mesma faixa etária no que diz

respeito aos valores relativos de consumo máximo de oxigênio, não foi

encontrado grandes diferenças entre esses dois tipos de populações, isso nos

leva a crer que, o treinamento de beisebol para esta faixa etária não provoca

grandes modificações no sistema cardiorespiratório desses indivíduos. Esse

comportamento sugere, em princípio que os incrementos de VO2max

ocorreriam basicamente em função do aumento das dimensões corporais

(melhoras quantitativa), sem modificações qualitativas em função da idade, e

dos sistemas funcionais envolvidos na determinação do VO2max (DENADAI;

VILLAR, 2001).

Page 69: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

67

Isso pode ser explicado pela especificidade do treinamento de Beisebol,

no qual suas capacidades físicas predominantemente de força rápida,

velocidade e habilidade para execução dos movimentos (técnicos) (BOMPA,

2001), são realizados com maior intensidade visando que o atleta realize os

fundamentos desta modalidade com maior rapidez e precisão.

No estudo de Andrade (2002), foi verificado que aos 13 anos de idade a

curva da aptidão física para o VO2max se estabiliza, o que poderia explicar o

fato de não termos encontrado diferenças na potência aeróbia entre os

jogadores de beisebol e adolescentes não ativos.

Outra razão sugerida para a baixa aptidão aeróbia nos jovens jogadores

de beisebol é que as crianças são ativas mesmo quando não fazem parte de

um treinamento regulamentado, dessa maneira, um programa adiciona pouco a

sua aptidão (BAR-OR, 1989).

O limiar anaeróbio parece oferecer melhor correlação do que o VO2max

quando da predição da performance dos adultos em corridas de longa

distancia. No entanto, existem poucas informações disponíveis sobre o limiar

anaeróbio e seu relacionamento com outros critérios no desempenho de

atividades de resistência aeróbia em crianças e adolescentes (STANGANELLI,

1991). De acordo com Wolfe et al. (1986), o limiar anaeróbio, expresso como

um percentual do VO2max, é consistente durante toda infância e é ligeiramente

maior daquele em adultos.

A utilização do LAn em nosso estudo e sua comparação com dados

publicados sobre a MSSLac é dificultado pelo fato de serem utilizados

diferentes metodologias para a sua determinação. Essas dificuldades são ainda

mais evidentes quando o grupo estudado é composto por crianças e

adolescentes, uma vez que não existe um consenso na literatura sobre qual

seria o melhor método para a determinação da MSSLac.

Bale (1992), observou níveis de lactato sanguíneo de crianças de 11

anos em exercícios máximos variando em torno de 7,5 a 8,5mM. Dessa

maneira, segundo Reybrouck (1989), uma limitação para o uso de níveis fixos

de lactato sanguíneo em crianças para indicar LAn justifica-se que tais valores

podem não representar a mesma intensidade relativa de exercício nas crianças

e nos adultos. Pelo fato de crianças apresentarem níveis máximos de lactato

sanguíneo significativamente mais baixos que os dos adultos, valores fixos

Page 70: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

68

deste de 4mM, para indicar LAn, poderiam estar muito próximos dos valores

máximos que podem ser alcançados pelas crianças. Considera-se, nesse caso

que 4mM representam uma fração muito abaixo dos níveis máximos de lactato

sanguíneo observados em adultos (REYBROUCK, 1989). Tolfrey e Armstrong

(1995), consideram que, apesar de apropriado para o uso com adultos, o valor

referente ao lactato sanguíneo fixo de 4mM pode não ser apropriado para

crianças porque corresponde a um esforço mais próximo do máximo do que do

submáximo. Os autores, contudo, ressalvam que tal observação esta baseada

somente em uns poucos estudos, os quais diferem metodologicamente.

Para Tanaka; Shindo (1985), uma possível razão para que crianças

apresentem um limiar anaeróbio mais alto esta nas características da

musculatura esquelética. Níveis mais baixos de testosterona e, por

conseguinte, uma ação hormonal mais baixa sobre os músculos poderiam

conduzir a uma capacidade oxidativa relativamente mais alta, alem do fato de

crianças possuírem uma limitação real em relação ao metabolismo glicolítico e,

consequentemente, à produção de lactato (FARINATI, 1995). Nesse sentido,

tem-se sugerido, por meio de estudos em animais com administração de

testosterona ou castração, que a testosterona age sobre a musculatura

esquelética, aumentando a porção relativa de fibras de concentração rápida e a

atividade da fosforilase, que é uma enzima chave da glicogenolise e um

indicador da capacidade glicolítica (GUTMAN et al., 1970; KROTKIEWSKI et

al., 1980). Os resultados também mostraram que a VCL apresentou uma

relação inversamente proporcional Pa maturação óssea. Portanto, segundo

Tanaka e Shindo (1995), esses resultados indicam que a maturação é um dos

fatores que influenciam o limiar anaeróbio, o que provavelmente se deve, em

parte, uma ação mais baixa da testosterona sobre a musculatura esquelética.

Com relação a maximal lactate strady state (MSSLac), o ponto de

equilíbrio entre a produção e a remoção do lactato e que, presumivelmente,

representa a carga de trabalho submáxima mais alta que pode ser realizada

pelo metabolismo do sistema oxidativo e os valores fixos de lactato de 4mM

não apresentam uma alta correlação em crianças. No entanto, o consumo de

oxigênio e a freqüência cardíaca corresponde a 2,5mM em crianças não

diferem significativamente daquelas mensuradas no MSSLac. Por essa razão,

Page 71: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

69

2,5mM de lactato em crianças pode ser usado de maneira similar aos valores

de 4mM em adultos (TOLFREY; ARMSTRONG, 1995).

Alguns estudos envolvendo jovens atletas de natação, encontraram uma

concentração media de lactato sangüíneo na MSSLac de 2,68 ± 1,05mM,

Kokubun (1996), e 3,2 ± 0,08mM Wakaysoushi et al. (1992).

Em nosso estudo utilizamos a concentração fixa de 2,5mM para a

determinação Lan, como descrito na literatura para a faixa etária estudada no

estudo (ARMSTRONG; WILLIAMS, 1991; CAVINATO, 2000; KOKUBUN, 1996;

BENEKE, 1996; GRECCO; DENADAI, 1997.)

Os achados de Williams, Armstrong (1991) mostraram que em crianças

de 13 anos, as respostas cardiopulmonares, (VO2 e a freqüência cardíaca) na

intensidade de maximal lactate strady state (MSSLac), comparadas com

níveis de esforços correspondentes a 2,5mM, não foram significativamente

diferentes. Por outro lado, os valores obtidos a 4 mM, foram significamente

maiores que os observados no MSSLac. Em função disso, os autores sugerem

a utilização de 2,5mM, aos níveis de 4mM, para avaliação e precisão de

treinamento em crianças.

No estudo de Cavinato (2000), avaliando jovens jogadores de futebol de

nível nacional, encontram [lac] de 2,52 ± 0,90mM , um minuto após uma corrida

de esforço máximo constante de 20 min, sendo este valor similar ao sugerido

como relevância fixa de [lac] no LAn (2,5mM) para crianças e adolescentes

demonstrando que a velocidade media neste esforço, pode ser uma alternativa

para a aproximação de LAn nesses indivíduos.

Por outro lado, em estudos relatados por Beneke et al. (1996), o

MSSLac obtido por crianças variou de 2,1 ± 0,5mM, passando por valores de

4,6 ± 1,3mM e chegando a alcançar até 5,0 ± 0,89mM de lactato sanguíneo.

Para os autores acima citados, diferenças nos tipos de exercicos (a maioria

realizados em cicloergômetro e esteira rolante), nos protocolos de testes e

definições do MSSLac podem ter influenciado os resultados.

Quando analisamos a velocidade media do limiar anaeróbio (Lan),

encontrada em nosso estudo, observamos que está de acordo com os achados

na literatura, para crianças e jovens treinados.

No estudo de Crescente et al. (2006), estes encontraram uma fraca

correlação não significativa (r= 0,369; p> 0,05) entre a velocidade de corrida

Page 72: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

70

determinada pelo limiar ventilatório e a velocidade de corrida do limiar

anaeróbio predita pelo teste de Tanaka (1986), para isso foram escolhidos 10

atletas com idade de 13 anos, do sexo masculino, integrantes de uma equipe

da primeira divisão do futebol brasileiro. A velocidade media de limiar predita

pelo teste de TanaKa (1986), foi de 10,93 ± 0,49 km/h, já a velocidade média

determinada pelo método ventilatório foi de 10,04 ± 0,47 km/h, estas

velocidades estão bem próximas das determinadas pelo teste progressivo e

continuo, com coleta de lactato utilizado em nosso estudo.

Entretanto no estudo de Tourinho Filho et al. (1998), no qual avaliaram

38 alunos do sexo masculino com idade entre 15 e 18 anos, classificados nos

níveis 4 e 5 de maturação sexual, que participavam regularmente das

atividades esportivas (basquete, Voleibol ou futebol), duas vezes por semana

durante 90 minutos, os mesmos utilizaram a equação proposta por Tanaka

(1986), para estimar a velocidade de corrida do limiar. Para o nível de

maturação 4, os sujeitos apresentaram a velocidade de corrida do limiar em 9,2

km/h tendo média de idade 16,09 anos, e para o nível maturacional 5, e media

de idade 16,97 anos, apresentaram a velocidade de corrida do limiar em 8,4

km/h.

Neste estudo as velocidades de corrida do limiar foram inferiores as

obtidas em nosso trabalho, embora o nível de maturação fosse o mesmo, com

isso observou-se que a idade cronológica parece influenciar negativamente no

limiar anaeróbio. Como no estudo de Tourinho Filho et al. (1998), os fatores

que influenciam o limiar anaeróbio, não foram determinados em nosso estudo.

Pesquisando as mudanças no limiar anaeróbio e no consumo máximo

de oxigênio, após treinamento aeróbio em crianças na faixa etária de 12 anos

de idade, Mahon e Vaccaro (1989), concluíram, ao final do experimento, que

houve um aumento significativo do limiar anaeróbio de 19%, não importando a

maneira como era expresso, ml./kg./min ou como percentual do VO2max.

segundo os autores, o grande aumento ocorrido no grupo de treinamento

significou que o treinamento da resistência aeróbia promoveu alterações no

limiar anaeróbio.

Desta forma o limiar anaeróbio apresenta-se mais sensível aos efeitos

da atividade aeróbia sobre o organismo do que o VO2max (DAVIS, 1985), isso

significa que é possível, através da determinação do limiar anaeróbio, adequar

Page 73: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

71

de forma mais precisa a intensidade e a duração da atividade física. Em outras

palavras, a prescrição da atividade física realizada através Lan possibilita a

execução de um programa de treinamento de resistência aeróbia muito mais

individualizado e eficiente. Considerando que a maior potencia glicolítica deve

ser elevada em consideração durante a execução de cargas de resistência na

idade infantil e jovem e, ainda, que a escolha dos métodos e conteúdos de

treinamento assim como a dosagem da intensidade e duração das cargas de

treinamento devem ser adaptadas à realidade fisiológica da idade (WEINECK,

1991).

Com relação aos resultados de potência anaeróbia em nosso trabalho,

não foram encontrados na literatura estudos conduzidos em crianças, em

função das características de analise deste estudo, no qual foi utilizado o

Running

based Anaerobic Sprint Test (R.A.S.T), pois além de ser de maior

dificuldade de aplicação, ele parece retratar bem a função exercida por atletas

de desportos acíclicos como o Beisebol, onde a corrida, a mudança de direção

e as ações de intensidades diferenciadas são a base do movimento diferente

da ação realizada através do ato de pedalar, utilizada na grande maioria dos

testes de potência anaeróbia.

Desta forma fica difícil estabelecer comparações com dados da

literatura, no entanto, alguns estudos usando diferentes métodos de

investigação têm fornecido resultados que envolveram a potência anaeróbica,

como no estudo de França; Bedu, Van Praagh (1998), onde os mesmos

analisaram a potência anaeróbia de escolares brasileiros com idade entre 9 e

18 anos de ambos os sexos, participantes regulares das aulas de Educação

Física. Os mesmos foram avaliados através do Teste de Força

velocidade

descrita por Van Praagh; França, (1998), realizado em um ciclo ergométrico,

marca Ergomeca de fabricação Francesa. O teste constitui na realização de 3

sprints máximos de curta duração, com carga de esforço progressivo, com um

período de repouso de 5 minutos entre cada sprint. Os autores encontraram os

valores de potência máxima em valores absolutos (W) de 531,9 ± 193,7 e de

15,6 ± 3,8 para os valores relativos (W/Kg) no grupo masculino.

Para efeito ilustrativo a tabela 7 apresenta as medidas dos valores

absolutos (W) e relativos (W/Kg) de escolares, cujos estudos utilizaram o teste

Força Velocidade.

Page 74: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

72

Fonte: Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 1998.

Franchini et al. (1999), analisaram 19 judocas com média de idade de

20,2 ± 3,2 anos. Os mesmos foram divididos em 2 grupos e submetidos a 4

testes de Wingate para membros inferiores, semelhante ao adotado por Gaiga;

Docherty (1995), na versão para membros inferiores. A potência anaeróbia

média atingida pelos avaliados no primeiro teste foi de 5,73 ± 0,63 (W/Kg) e

5,30 ± 0,61 (W/Kg) e a potência pico foi de 7,56 ± 1,32 (W/Kg) e 7,29 ± 1,08

(W/Kg) para ambos os grupos. Em outros dois estudos Dallemole et al. (2005);

Capelli et al. (2005), avaliaram atletas de futebol profissional de sexo masculino

através do R.A.S.T. test, os resultados serão apresentados na tabela 8.

Fonte: Elaborada pelos autores.

Quando comparamos os achados de nossos estudos com os

Tabela 7 -Valores de potência anaeróbia em escolares extraídos da literatura.

Masculino

Autores Watts Watts/kg Idade (anos)

BEDU et al. (1994) 491,7 597,8

9,7 10,8

14,5 14,5

DELGADO et al. (1992)

367 8,3 P3

DUCHE et al. (1992) 11,3 14,3 FALGAIRETTE

(1991) 10,8 14,5

PIRNAY et al. (1986) 509,9 8,8 14,9

VAN PRAAGH (1991)

324 7 14,5

WILLIAMS (1997) 462,4 9,7 13,2

Tabela 8 - Valores de potência anaeróbia (média + DP) obtidas através do R.A.S.T. TEST, em jogadores de futebol profissional

Autores W/kg Idade (anos)

N

P.max P.med P.min

Dallemole et. al. 2005

10,16 ± 0,99 8,37 ± 0,58 6,56 ± 0,55 23 24

Capelli et. al.

2005 13,35 ± 2,64 10,14 ± 1,57 7,64 ± 1,06 21 25

Page 75: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

73

apresentados na tabela 8, observamos que a potência anaeróbica parece ser

maior em adultos do que em crianças, o mesmo observado por Bar-Or (1983),

no qual o autor diz que em crianças, a capacidade para realizar atividades do

tipo anaeróbia é significativamente inferior a dos adolescentes e adultos.

Estudos transversais com Italianos, Africanos, Ingleses, e Americanos

de ambos os sexos têm indicado uma progressão em relação à idade na

performance de teste de potência máxima. (DAVIES; BARNES; GODFREY,

1972; DI PRAMPERO; CERRETELI, 1969; KUROWSKI, 1977; MARGARIA;

AGHEMO; ROVELLI, 1966).

Segundo dados apresentados por Imbar; Bar-Or (1986), de

aproximadamente, 300 homens Israelenses de 10 a 45 anos que realizaram o

teste anaeróbico de Wingate para ciclismo ou com a utilização dos braços

(manivela) para os testes, a potência máxima em um período de cinco

segundos e a potência média durante todo teste (30 segundos), foram mais

baixas nas crianças quando expressas em unidades de potência absoluta ou

corrigidas pelo peso corporal. Disso concluímos que a performance

anaeróbica progride com a idade e que este padrão é contrário ao que é

descrito para o consumo de oxigênio por quilograma de peso corporal, o qual,

em indivíduos do sexo masculino, permanece virtualmente sem modificações

da infância à fase adulta.

Em síntese parece razoável sugerir que a capacidade anaeróbia

significativamente inferior das crianças, adolescentes e adultos esta ligada a

estoques inferiores de fosfogênios (principalmente CP, já que a concentração

muscular de ATP é semelhante no adulto e na criança, 3,5 a 5mM e também,

ao menor valor, quer absoluto quer relativo da massa muscular já que, embora

tenha aumentado regularmente com a idade (SOBRAL, 1988), menor

concentração e taxa de utilização do glicogênio muscular antes da puberdade,

o que constitui uma desvantagem em situações de performance máxima com

10 a 60 segundos de duração (IMBAR; BAR-OR, 1986), menor atividade da

enzima fosforilase (SOBRAL, 1988), fosforofrutoquinase (ERIKSON et. al.,

1973) e lactato desidrogenase (KROTKIEWSKI; KARLSSON, 1980), e a niveis

mais baixos de testosterona (GUTMAN; HANZLIKOVA; LOJDAZ, 1970).

Page 76: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

74

5 CONCLUSÃO

Com os presentes resultados pode-se concluir que jogadores de

beisebol desta categoria caracterizam-se por apresentar uma maturação sexual

e potencia aeróbia dentro da normalidade para a idade cronológica segundo o

descrito na literatura, isso mostra que, quando comparamos jogadores de

beisebol com outras crianças e adolescentes da mesma faixa etária no que diz

respeito aos valores de potencia aeróbia, não foram encontradas grandes

diferenças entre esses dois tipos de populações, isso nos leva a crer que, o

treinamento de beisebol para esta faixa etária não provoca grandes

modificações no sistema cardiorespiratório. Quanto à capacidade aeróbia

observamos que está parece ser induzida pela idade cronológica e biológica,

uma vez que os sujeitos deste estudo não realizavam nenhum tipo de treino

especifico para o desenvolvimento desta capacidade. Entretanto os valores de

potência anaeróbia encontrados neste estudo parecem ser influenciados pelas

funções táticas especificas exercida pelos atletas durante os treinos e os jogos,

onde predominam as capacidades de força rápida e velocidade, mostrando que

os jogadores de beisebol desta categoria parecem ter uma tendência maior as

características de potência anaeróbia. Isso nos leva a crer que parece ser

adequado incluir o condicionamento aeróbio como parte do programa de

treinamento de atletas envolvidos com as modalidades de característica

anaeróbia intermitente como o beisebol, já que principalmente a restauração

dos estoques de creatina fosfato (CP), realizadas nos períodos de recuperação

da partida, é influenciada pela aptidão aeróbia. Nesse sentido esperamos que

os resultados encontrados neste estudo possam fornecer subsídios para

atletas, treinadores e pesquisadores a respeito desta modalidade esportiva, no

sentido de selecionar e aprimorar cada vez mais os processos de treinamento

e conseqüentemente o rendimento de jogadores de beisebol da categoria pré-

junior. Além disso, fica evidente que, conhecer os eventos que marcam a

puberdade e aceitar a variabilidade em que eles ocorrem, é de suma

importância para o profissional que ira planejar os programas de atividade

física voltados para essa população especifica e este esporte. Apesar dessas

considerações, estamos cientes das limitações deste estudo principalmente em

Page 77: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

75

relação ao tamanho da amostra e aos tipos de protocolos envolvidos na

pesquisa. Por isso deixamos aqui propostas para novos estudos à respeito

deste esporte pouco pesquisado e estudado em nosso país.

Page 78: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

76

REFERÊNCIAS

ALLOOR, K.M. et. Al., Treadmill economy in girls and womem matched for height and neight. J. Appl Physiol, 2000. n.18, p.512-516.

ANABEL. N. et. al., Valores de consumo máximo de oxigênio determinado pelo teste cardiopulmonar em adolescentes: uma proposta de classificação. Jornal de Pediatria, Porto Alegre, v.82, n.6, nov/dez., 2006.

ANDERSEN, K.L. et. al., Plysical performance capacity ol childrem in norway. Part IV the rate of growth in maximal aerobe power and the influence of improved phypical education of children em a rural commuity. European Journal of applied Plysiology. N.35,p.49-58, 1976.

ANDERSON, T; LONGO, B. Relationships among temporal, Kinematics and anthropometric variables in the transverse plane during the baseball swing. Medicine and science in sports and exercise, 1992; 24: 5130.

ANDRADE, E. L. Atividade física, aptidão física, consumo alimentar e maturação sexual em adolescentes de uma escola publica de Ilhabela-SP. São Paulo, 2002. [Dissertação mestrado

Faculdade de Saúde Publica da USP.]

ANFILO, M. A.; SHIGUNOV, V. Reflexões sobre o processo de seleção e preparação de equipes: o caso da seleção brasileira masculina de voleibol infanto

juvenil. Revista Brasileira de Cineantropométria e Desempenho Humano. Florianópolis. V. 6, n. 1, p. 17-25. 2004.

ARAUJO, C.G.S. Fundamentos biológicos: Medicina desportiva. Rio de Janeiro, Ao livro técnico, 1985.

ARMSTRONG, N. et al., Is peak VO2 a maximal index of children s aerobic fitness? Int J Sports Med. 1996; 17: 356-59.

ARMSTRONG, N. et. Al., Performance on the wingate anaerobic test and maturation. Pediatric Exercise Science, v. 9, p. 253-261, 1997.

ARMSTRONG, N.; WELLSMAN, J. Aerobic exercise: growth and maturation. Young people & physical activity. New York: Oxford Univ. Press, 1997.

ARMSTRONG, N.; WILLIAMS, J. R.; KIRBY, B. J. The blood lactate response to exercise in 11 to 16 year old children with reference to cardiorespiratory variables, chonological age, sex and maturity. J Sports Sci. 1990; 8:297-8.

ASTRAND, P. O. Crianças e adolescente: desempenho, mensurações, educação. Revista Brasileira de Educação Física. v.6, n.2, p. 59-68, 1992.

ASTRAND, P. O.; Human physical fitness with special reference to six and age. Physiolver. 1956; 36: 307-36.

Page 79: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

77

ASTRAND, P. O.; RODAHL, K. Tratado de fisiologia do exercício, Tradução Edmundo Vieites Moraes, Giuseppe Taranto e José Ney Ferraz Guimorats. 2. ex. Rio de Janeiro: Internamericano, 1980.

ASTRAND, P. O.; RODHAL, K. Tratado de fisiologia do exercício. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.

BAILEY, D.; MIRWALD, R. The Effect of Training on the Growth and Development of the Child. In Malina R. (ed.), young Athletes

Biological, Psychological and Education Perspectives. Champaign: Human Kinetics Books, 33-47. 1988.

BALDWIN, J.; SNOW, R.J.; GIBALA, M.J.; GARNHAN, A.; HOWART, K. and M.A. February (2003). Glycogen availabity does not affect teed TCA cycle or TAN pools during prolonged, fatiguing exercise. J. Appl. Pliysiol. 94: 2181 2187.

BALE, P. The functional performance of children in relation to growth, maturation and exercise. Sports Medicine, v. 13, n. 13, p. 151-9, 1992.

BALE, P.; MAYHEW, j. L.; PIPER, EC.; BALL, T.E.; WILLMAN, M.K. Biological and performance variables in relation to age in male and female adolescent athletes. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Turin, v.32, n.2, p.142-8, 1992.

BALLOR, D. L. Exercise training and body composition changes. In: Roche, A. F., Heymsfield, S. B., Lohman, T. G. Human Body Composition. Champaign, IL: Human Kinetics, p. 287-304, 1996.

BAR-OR, O. Anaerobic Performance. In: Docherty, D. (ed.) Measurement in Pediatric Exercise Science. Champaign, IL, Canadian Society for Exercise Physiology, p. 161-l82, l986.

BAR-OR, O. Pediatric sports medicine for the practitioners. New York, Springer Verlag, 1983.

BAR-OR, O. The Wingate anaerobic test: An update on methodology, reliability and validity. Sports Medicine, v.50, p.273-282, 1987.

BAR-OR, O. Trainability of the prepubescent child. The Physician and Sports Medicine, v. 17, n. 5, p. 65-82, 1989.

BARROS, M. Z.; COLEHO, A. F. H.; MARCATO, A. R. Variação do lactato sanguíneo em consumo máximo de oxigênio em arbitro e árbitros assistentes de futebol de campo. 2003. Monografia (graduação em educação física). Faculdade de Educação Física de Lins, Lins.

BASTOS, F. V.; HEGG, R. V. The relationship of chronological age, body build, and sexual maturation to handgrip strength in school boys ages 10 to 17 years.

Page 80: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

78

In: DAY, J.A.P. Perspectives in Kim anthropometry. Champaing: Human Kinetics, 1986. p. 45-9.

BATISTA JUNIOR, J. et. al., Efeito da suplementação de creatina sobre o desempenho na velocidade do swing e no tempo para percorrer três bases (home base terceira base) em atletas da seleção brasileira de beisebol juvenil (16 a 18 anos). Revista brasileira ciência e movimento, Brasileira, v. 13, n. 4, p. 85 92, out./dez. 2005.

BAUMGARTNER, T. A.; JACKSON, A. S. Measurement for evaluation in physical education and exercise science. Dubuque, IO: Brown & Benchmark, 1995.

BAUMGARTNER, T.; JACKSON, A. S. Measurement for Elevation in Physical Educations and exercise Science. 4 ed. United States of America: Wm. C. Brown Publishers, 1991.

BEDU, M, et. al., Effect of chronic hypoxia socioeconomic status on anaerobic power of 1O to 12 year old Bolivian hoys. International Journal of Sports Medicine. v. 15, p.84-89, 1994.

BEHNKE, A. R.; WILMORE, J. W. Evaluation and regulation of body build and composition. New Jersey: Prentice Hall, Inc., Englewood clefs, 1974.

BENEKE, R. et. al., Effect of test in terruptions on blood lactate during conseant workload testing. Medicine & Science in sports exercise, vol.35 p. 1626-1630, 2003.

BENEKE, R. et. al., Maximal lactate steady state in children. Pediatric Exercise Science, n.8, p. 328-336, 1996.

BENEKE, R.; HUTLER, M.; LEITHAUSER, R. M. Maximal lactate

strady state independent of performance. Medicine and Science in sports and exercise, Modiran, v.32, p.1135-9, 2000.

BEUNEN, G.; MALINA, R. M. Growth and biological maturation: relevance to athletic performance. In: BAROR, O. The children and adolescent athlete. Pemrsylvania: Advisory Sub-Committee, 1996. p. 3-24. (The Concy-Clopaedio mof sports Science).

BEUNEN, G.; MALINA, R. M. Growth and physical performance relative to the timing of the adolescent spurt. Exercise and Sports Sciences Reviews, n. 16, p. 503-539, 1988.

BIELICKI, T.; KONIAREK, J.; MALINA, R. M. Interrelationships among certain measures of growth an maturation in boys during adolescence. Annals of Human Biology, v. 11, n. 3, p. 201-210, 1994.

Page 81: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

79

BIRCHER, S..; KNECHTLE, B. Relation ship between fat oxidation and lactate threshold in athletes and obese woman and men. Journal of Sports Science and medicine, vol. 3: p. 174-181, 2004.

BLIMKIE, C. J. R. el. al., Anaerobic power of arms in teenage boys and girls: relationship to Iean tissue. European. Journal of Applied Physiology, v. 57, p.677-683, 1988.

BÓHME, M. T. S. Aptidão física de jovens atletas do sexo feminino analisada em relação a determinados aspectos biológicos, idade cronológica e tipo de modalidade esportiva praticada. 1999. Tese (Livre Docência) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, São Paulo.

BOMPA, T. O. A periodização no treinamento esportivo. Manole. São Paulo, 1° ed. 2001.

BONSOR, K.; MARTIN, J. Como funciona a major legue de Beisebol. How strfl Works. São Paulo. 1998-2007. Desponivel em: http://www.esporte.hsw.uol.com.br/beisebol. HTM. acesso em: 7 agost. 2007.

BORGES, F. S.; MATSUDO, S. M. M.; MATSUDO, U. K. R. Perfil antropométrico e metabólico de rapazes pubertários da mesma idade cronológica em diferentes níveis de maturação sexual. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Brasília. V. 12, n. 4, p. 7-12, dez. 2004.

BOSCO, C., LUHTANEN, P. KOMI, P. V. A simple method for measurement of mechanical power in jumping. European Journal Applied Physiology, v.50, p.273-282, 1987.

BROOKS, G. A.; FAHEI, T. D. Exercise Physiology: Human Bioenergetics and its applications. 3rd edition. Iracmillan Publishing Company. New York, 2000.

BUSKIRK, E. R. The 1986 C. H. Mc Cloy research lecture body composition analysis: the past, present and future. Research Quarterly for exercise and sport, v.58, n.1, p. 1 10, 1987.

CAPELLI, L. et. al., Estudo comparativo de potencia e resistência anaeróbia em atletas de futebol profissional do sexo masculino e feminino. Edição Especial da Revista Brasileira de Ciência e movimento. São Paulo, v.13, n.4, p. 247, 2005.

CAVINATO, C. C.; LIMA, J. R. P.; DE OLIVEIRA, F. R. Teste de 20 min e limiar anaeróbico em jogadores de futebol. In: IV Congresso Paulista de

Educação Física. Anais, Jundiaí. 2000.

CAVINATO, C. C.; LIMA, J. R. P.; OLIVEIRA, F. R. Teste de 20 min e limiar anaeróbio em jovens jogadores de futebol. In: IV Congresso Paulista de Educação Física. Anais, Jundiaí, 2000.

Page 82: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

80

COLANTONIO, E. et al., Avaliação do crescimento e desempenho físico de crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 4, n. 2, p. 17-29, 1999.

COMAS, E. S.; PEREIRA, M. H. N.; MATSUDO, V. K. R. Comparação da aptidão física de jogadores de futebol de quatro categorias diferentes. Revista da Associação dos Professores de Educação Física de Londrina, v. 7, n. 13, p. 44-50, 1992.

COOPER, D. M. Evidence for and mechanisms of exercise modulation of growth

an overview. Medicine and Science in Sports Exercise, v. 26, n. 6, p. 733-740, 1994.

COSTA, R. F. Composição corporal teoria e pratica da avaliação. São Paulo: Manole, 2001.

CRESCENTE, L.A. et. al., Limiar anaeróbio em atletas mirins de futebol: correlação entre teste de Tanaka e limiar Ventilatorio. Revista Brasileira de Medicina do esporte. São Paulo, v.12, n.6, nov./dez. 2006.

DALLEMOLE, C. et. al., Característica antropometrica e da potencia anaeróbia em futebolistas profissionais de acordo com a posição do jogo. Edição Especial da Revista Brasileira de Ciência e movimento. São Paulo, v.13, n.4, p.115, 2005.

DAVIES, C. T. M.; BARNES, C.; GODFREY, S. Body composition and maximal exercise performance in children. Human Biological, v. 44, p. 195-214, 1972.

DAVIS, J. Anaerobic threshold: review of the concept and directions for future research. Medicine and Science in sports and exercise, v.17, n.1, p. 6-18, 1985.

DELGADO MENDESA, A. et. al., Evolution of the Force Velocity relationship variables on eyelet ergometer during puberty. In: Coudert. J & Van Praagh. E (eds). Pediatric Work Physiology. Paris. Masson, p. 151-154, 1992.

DENADAI, B. S., GUGLIEMO, L. G. A., DENADAI, M. L. D. R. Validade do teste de wingate para a avaliação da performance em corredores de 50 e 200 metros. Motriz. Rio Claro, v.3, n.2, p. 15-21, dez. 1997.

DENADAI, B. S., PIÇARRO, I. C., RUSSO, A. K. Consumo máximo de oxigênio e limiar anaeróbio determinados em testes de esforço máximo, na esteira rolante, bicicleta ergométrica e ergômetro de braço em triatletas brasileiros. Revista Paulista de Educação Física, v.8, p.49-57, 1994.

DENADAI, B. S.; Consumo máximo de oxigênio ou proposta de lactato sanguíneo. Revista brasileira de atividade física e saúde. São Paulo, v.4, n.2, p. 77-100, 1999.

Page 83: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

81

DENADAI, B. S.; ORTIZ, M. J.; MELLO, M. T. Idéias fisiológicas associadas com aperformance aeróbia em corredores de endurance . Efeitos da duração da prova. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Niterói, v.10, n.5, set/out. 2004.

DENADAI, B.S. Índices fisiológicos de avaliação aeróbio: conceitos e aplicações. Ribeirão Preto: B. D. S., 1999.

DENADAI, B.S.; VILLAR, R. Efeitos da idade na aptidão física em meninos praticantes de futebol de 9 a 15 anos. Revista Motriz, v.7, n.2, p. 33-98, jul/dez. 2001.

DENADAI, I. et. al., Avaliação aeróbia: determinação indireta da resposta do lactato sanguíneo. Rio Claro: Motriz, 2000.

DESPRÉS, J. P.; BOCHARD, C.; MALINA, R. M. Physical activity and coronary heat disease risk factors during childhood and adolescence. Exercise and Sports in Sports Reviews, v. 18, p. 243-261, 1990.

DI PRAMPERO, P. E.; CERRETELLI, P. Maximal muscular power (aerobic and anaerobic) in African natives. Ergonomics, v.12, p. 51-9, 1969.

DUCHÉ, P. et. al., Lougitudial approach of Bioenergetics profile in boys before and during puberty. In: Coudert, J. & Van Praagh. E, (eds). Pediatric Work Physiology. Paris, Masson, p.43-45, 1992.

DUKE, P. M.; LITT, I. F.; GROSS, R. T. Adolescents self-assessment of sexual maturation. Pediatrics, Elk Grove Village, v. 66, n. 6, p. 00-00, 1980.

ERIKSSON, B. O.; GOLLNICK, P. D.; SALTIN, B. Muscle metabolism and enzyme activities after training in boys 11-13 years old. Acta Physiological Scandinavica, v.87, p. 485-97, 1973.

ERIKSSON, B. O.; GRIMBY, G.; SALTIEN, B. Cardiac output and arterial blood gases during exercise in pubertal boys. J. Appl Physiology, n.31, p. 348-352, 1974.

FALGAIRETTE, G. et. al., Bio-energetic profile in 144 boys aged from 6 to 15 years with special referenced to sexual maturation. Europen Journal of Applied Physiology, v.62, p.151-156,1991.

FAGUNDES, T. KREBS, R. J. Perfil do crescimento somático de escolares de Santa Catarina. Revista Digital: Lecturas in Education Física, Bueno Aires, 2005, v. 10 (83).

FARINATTI, P. T. V. Crianças e atividade física. Rio de Janeiro, Sprint, 1995.

FILIPETTO, R.; ROTH, M. A.; KREBS, R. J. Perímetro cefálico, peso e estatura, de escolares na faixa etária dos 10 aos 13 anos de idade, de ambos

Page 84: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

82

os sexos da cidade de Santa Maria-RS. Kinesis. Santa Maria, v. 2, n. 24, p. 97-106, 2001.

FERNANDO FILHO, J. A pratica da avaliação física. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

FERREIRA, M.; FRANÇA, N. M.; SOUZA, M. T.; MATSUDO, V. K. R. Comparação da aptidão física de escolares de Itaquera (zona leste São Paulo) e São Caetano do Sul. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, São Caetano do Sul, v.4, n.2, p. 19-27, 1990.

FERREIRA, R.C. Efeitos fisiológicos da associação de um programa de treinamento de força explosiva e endurance em homens fisicamente ativos. 2006. Monografia (Graduação em Educação Física)

Faculdade de Educação Física de Lins, Lins.

FIGUEIRA, T. R.; DENADAI, B. S. Relações entre o limiar anaeróbio individual e máxima fase estável de lactato em ciclistas. Revista Brasileira de Ciências e Movimento. Brasília, v.12, n.2, p.91 95, jun. 2004.

FILARDO, R. D.; PIRES-NETO, C. S.; RODRIGUES-AÑEZ, C. R. Comparação de indicadores antropométricos e da composição corporal de escolares do sexo masculino participantes e não participantes de programas de treinamento. Revista brasileira atividade física e saúde. Curitiba-PR,V. 6, n. 1, p. 30-35, 2001.

FOSS, M. L.; KETEYIAN, S. J. Fox: Bases fisiológicas do exercício e do esporte. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.

FRANÇA, N. M.; BEDU, M.; VAN PRAAGH, E., Performance anaeróbico em escolares de ambos sexos no período puripubertário. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Londrina, v.3, n.1, p.5-13,1998.

FRANCHINI, E. et. al., Influencia da aptidão física sobre o desempenho de uma tarefa anaeróbia láctica Intermitente. Revista Motriz. Rio Claro, v.5, n.1, junh.1999.

FRANCHINI, E.Teste anaeróbico de Wingate Conceitos e aplicação.Revista de Mactegie de educação Fisic e esporte, v.1, n.1, p.11-27, 2002.

FROESE, E.A. & HOUSTON, M.E. Performance during the wingate anaerobic test and muscle morphology in msles and females. International journal of sports medicine, v.8, p.35-39, 1987.

GAGLIARDI, J.F.L.; KISS, M.A.P.D.; OLIVEIRA, F.R. Proposto de referencia para a prtescrição de treinamento aeróbio e anaeróbio para corredores de média e longa duração. Revista Paulista de Educação Física. São Pualo, v.8, n.2, p.68-76, jul/dez. 1994.

Page 85: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

83

GAIGA, M.C.; DOCHERTY, D. The effect of na interval training programo n intermittent anaerobic performance. Canadian Journal of applied plysiology. V.20,n.4,p.452-464,1995.

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: Bebês, crianças, adolescents e adultos. 2. ed. São Paulo: Phorte, 2003.

GAYA, A. et al., Os jovens atletas brasileiros

Relatório do estudo de

campo dos Jogos da Juventude de 1996. UFRGS

Centro Indesp de Excelência Esportiva, 1997.

GRECCO, C. C.; DENADAI, B. S. Efeitos do treinamento combinado de endurance e força no limiar anaeróbio de jogadores de basquetebol de 14 a 16 anos. Motriz. Rio Claro, v.12, n.1, p.51 58, jan./abr. 2006.

GRECCO, C. C.; DENADAI, B. S.; Correlação entre a velocidade de limiar anaeróbico com as performances nos 50,100,200 metros, em nadadores de 10 a 12 anos. Reo Ass Prof. Educação Física, n.12,p.39-41, 1997.

GREENHA FF, P. L.; GLEESON, M.; MAUGHAN, R. Bioquímica do Exercício e treinamento. 1. ed. São Paulo: Manole, 2000.

GUBIANI, G. L.; PIRES-NETO, C. S. Efeitos de um programa de step-training sobre variáveis antropométricas e composição corporal em universitárias. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 1, n. 1, p. 89-95, 1999.

GUEDES, P. D.; GUEDES, J. E. R. P. Aptidão Física relacionada à saúde de crianças e adolescentes: Avaliação referenciada por critério. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. Londrina. V.1, n.2, p. 27-38, 1995.

GUEDES, P. D.; GUEDES, J. E. R. P. Crescimento, composição corporal e desempenho motor de crianças e adolescentes. São Paulo: CLR Balieiro, 1997.

GUEDES, P. D.; GUEDES, J. E. R. P. Manual Prático para avaliação em educação física. 1. ed. Barueri: Manole, 2006.

GUTMAN, E.; HANZLIKOVA, V.; LOJDAZ, Z. Effect of androgen on histochemical fiber type. Histochemie, v.24, p.287-91, 1970.

HEYWARD, V. H. Advanced fitness assessment and exercise prescription. Champaing Human Kinetics Books, 1991.

HEYWARD, V. H.; STOLARCZYK, L. M. Avaliação da composição corporal aplicada. São Paulo: Manole, 2000.

HIGINO, W. P. ; DENADAI, B. S. Efeitos da utilização de diferentes tipos de exercício para indução do acumulo de lactato na determinação de intensidade

Page 86: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

84

do esforço correspondente ao lactato mínimo. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. V. 4, p. 143-146, 1998.

HIGINO, W. P. Determinação da velocidade de lactato mínimo em fundistas e velocistas: Efeito do tempo de aparecimento do pico de lactato no sangue. 2001. Dissertação (Mestrado em Ciências da Motricidade). Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, São Paulo.

HIGINO, W. P; DENADAI, B. S.; Efeito do período de recuperação sobre a validade do teste de lactato mínimo para determinar fase estável de lactato em corredores de fundo. Revista Paulista de Educação Física. São Pualo, v.16, n.1, p.5-15, jan/jun., 2002.

HOWLEY, E. T.; POWERS, S. K. Fisiologia do Exercício: Teoria e aplicação do condicionamento e a desempenho. 5. ed. Barueri; Manole, 2005.

IMBAR, O.; BAR-OR, O. Anairobic characteristics in male children and adolescents. Medicine and Science in Sports and Exercise, v.18, p.264-9, 1986.

JONES, A.M.; DOUST, J.H. A 1% treadmil grade most accurately reflects the energetic cost of outdoor running. Journal of sports sciences, v.14, p. 321-327, 1996.

JONES, M.A.; HITCHEN, P.J.; STRATTON, G. The importance of considering biological maturation when assessing physical fitness in girls and boys aged 10 to 16 years. Annals of Human Biology, Basingstone, v.27, n. 1, p. 57-65, 2000.

JUEL, C. Mucle pH regulation: role of training. Acta Plysiol Scond, v 162: p. 359-366, 1998. jumping. European Journal Applied Physiology, v.50, p.273-282.

KATCH, V. et. al., Validity of the relative percent concept for equating training intensity. European Journal of Applied Physiology, v. 39, p. 219-27, 1978.

KATZMARZYK, P. T.; MALINA, R. M.; BEUNEN, G. P. The contribution of biological maturation to the strength and motor fitness of children. Annals of Human Biology, Basingstoke, v. 24, n. 6, 493-505,1997.

KOKUBUN, E. Velocidade critica como estimador de limiar anaeróbio na natação. Revista Paulista de educação Física, n.10, p. 5-20, 1996.

KREIPE, R. E.; GEWANTER, H. L. Physical maturity screening for participation in sports. Pediatric, Elk Grove Village, v. 75, n. 6, p. 1076-80, 1985.

KROTKIEWSKI, M.; KARLSSON, J. Effects of castration and testoterone substitution on body composition and muscle metabolism in rats. Acta Physiologica Scandinavica, v.109, p. 233-7, 1980.

Page 87: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

85

KUROWSKI, T.T. Anaerobic power of children fron ages 9 through 15 years. Florida, 1977. Thesis (M.Sc.) Florida State University. P.18-43. 1997.

LARIVIÈRE, G.; LAFOND, A. Physical maturity in young elite ice hockey players. Canadian Journal of Applied Sport Science, Champaign, v. II, p.24, 1986.

LEITE, P.F. Fisiologia do exercício: ergometria e condicionamento físico, cardiologia esportiva. 4 ed. São Paulo: Robe, 2000.

LOHMAN, T.G. Advances in Body Composition Assessment. Mon. 3. Champing, Illinois: Human Kinetics Publishers, 1992.

LOHMAN, T.G. Applicability of body composition technigires and constants for children and youths. Exercise and Sports Sciences Review , V.14, p. 325

357, 1986.

LOPES, A. S.; NETO, C.S.P. Composição corporal e equações preditas da gordura em crianças e jovens. Revista Brasileira de atividade e saúde. Londrina, v.1, n.4, p. 38-52, 1996.

LUZ, C. C.; MARIANO, T. G. Avaliação de Vo2 max em jogadores profissionais de futebol. 2004. Monografia (Graduação em Educação Física). Faculdade de Educação Física de Lins, Lins.

MÁCEK, M..; VÁVRA, J. The adjustment of oxygen uptake at the onset of exercise: A comparison between prepubertal boys and young adults. International Journal medicine, v. 1, p. 75-77, 1980.

MACHADO, F. A.; GUGLIELMO, L. G. A.; DENADAI, B. S. Velocidade de corrida associada ao consumo máximo de oxigênio em meninos de 10 a 15 anos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. [s.i.], v. 8, n., p. 1-6, jan./ fev. 2002.

MAHON, A. D.; VACCARO, P. Ventilatory threshold and VO2max changes in children following endurance training. Medicine and Science in Sports and Exercise, v. 4, p. 425-31, 1989.

MALINA, R. M. Biological maturity status of young athletes. In:___. Young athletes: biological, psychological, and educational perspectives. Champaign: Human Kinetics, 1988. p. 121-40.

MALINA, R. M. Physical activity and training: effects on stature and adolescent growth spurt. Medicine and Science in Sports Exercise, v. 26, n. 6, p. 759-766, 1994.

MALINA, R. M. Physical growth and biological maturation of young athletes. Exercise Sport Science Reviews, n. 22, p. 389-434, 1994.

Page 88: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

86

MALINA, R. M. Prospective and retrospective longitudinal studies of the growth, maturation, and fitness of polish youth active in sports. International Journal of Sport Medicine, v. 18, p. 179-185, 1997.

MALINA, R. M. quantification of fat, muscle and home in man. Clinical Orthopedics related Research. V.65, p. 9-38, 1969.

MALINA, R. M.; BEUNEN, G. Monitoring of growth and maturation. In: BAR-OR, O. The Child and Adolescent Athlete. Pennsylvania: Advisory Sub-committee, 1996. p. 647-72. (The Encyclopedia of Sports Science).

MALINA, R. M.; BIELICK, T. Retrospective longitudinal growth study of boys and girls active in sport. Acta paediatr, n. 85, p. 570-576, 1996.

MALINA, R. M.; BOUCHARD, C. (1991). Growth maturation and Physical Activity (Chapters 16 e 17). Champaing, IL: Human Kinetics.

MALINA, R. M.; BOUCHARD, C. Growth, maturation and physical activity. Champaign: Human Kinetics,1991.

MALINA, R. Physical Activity, Growth, and Funcional Capacity. In Johnston F, Roche A, Susanne C (eds.), Human Physical Growth and Maturation. New York: Plenum Press, 303-327. 1980.

MALINA, R.; BOUCHARD, C. Atividade física do atleta jovem: do crescimento à maturação. São Paulo: Rocca, 2002.

MARGARIA, R.; AGHEMO, P.; ROVELLI, E. Measurement of muscular power (anaerobic) in man. Journal of Applied Physiology, v. 21, p. 1662-4, 1966.

MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação & Prescrição de atividade física. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.

MARTIN, J.J. & MALINA, R.M. Developmental variations in anaerobic performance associated with age and sex. In: Van Praagh, E. (ed) Pediatric Anaerobic Performance. Champaingn-IL, Human Kinetics, p.45-64, 1998.

MARTIN, R. H. C. et. al. Auto-Avaliação da maturação sexual masculina por meio da utilização de desenhos e fotos. Revista Paulista da Educação Física. São Paulo, V.15, n.2, p.212-22, jul./dez. 2001.

MARTORREZ, R. et al., Body proportions in three ethnic groups: children and youths 2-17 years in NHANES II and HHANES. Human Biology. V. 60, n. 2, p. 205-222, 1988.

MATSUDO, V. K. R.; MATSUDO, S. M. Validade da auto-avaliação na determinação da maturação sexual. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, São Caetano do Sul, v.5, n.2, p. 18 35, 1991.

Page 89: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

87

MATTOS, C.M.G.; SUTTI, E.A. Perfil antropometrico de da flexibilidade de meninos de escolinha de voleibol categoria mirim da cidade de Lins. 2005. Monografia (graduação em educação física).

Faculdade de Educação Física

de Lins, Lins.

MAYHEW, J.L. & SALIM, P.C. Gender differences in anaserobic power tests. European Journal of Applied Plysiology.v.60, p.133-138, 1990.

McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. Rio de Janeiro: Guana baro Korogan S.A., 1992.

McARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Nutrição: Para o desporto e o Exercício. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

McARDLE, W.D.; KATCH, F.L.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, maturação e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

MEDBO, J. I. et al. Anaerobic capacity determined by maximal accumulated O2 deficit. Journal Applied Physiology, v. 64, p.50-60, 1988.

MELO, J. C. et al., Velocidade critica, limiar anaeróbico e intensidade de nado na máxima fase estável de lactato sanguíneo em nadadores juniores, Cs,dI.Monografia (graduação em Educação Física)

Faculdade de Educação Física, Universidade de Campinas, Campinas.

MORRIS, N. M.; UDRY, J. R. Validation of a self- administered instrument to assess stage of adolescent development. Journal of Youth and Adolescence, New York, v. 9, n. 3, 1980.

MUJIKA, I. et al., A. Creatina supplementation and sprint performance in soccer players. Medicine and science in sports and exercise. 1996; 28 (11): 1435 - 41.

MURPHY, P; FORNEY, J. Complete conditioning for baseball. Champain. Human Kinetics, 1997.

NAHAS, M.V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. Londrina: Midiofraf, 2001.

NINDL, B.C. et al. Lower ande upper body anaeronbic performance in male and female adolescent athletes. Medicine and Science in Sports and Exercise, v.27, n.1, p.235-241, 1995.

PARDONO, E.; CAMPBELL, C.S.; SIMOES, H.G. Effect of the inital workload, stoge duration and increment patter on lactate minimasa test. In: ANNUL CONGRESS OF THE EUROPEAN COLLEGE OF SPORT AND SCIENCE, 7, 2002, Athens. Book s Abstract...Athens: ELSS, 2002, n.5. v.2, p.870.

Page 90: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

88

PEREIRA, L. A.; SANTOS, T. O. Treinamento em vVo2 max em jogadores de futsal. 2004. Monografia (Graduação em Educação Física). Faculdade de Educação Física de Lins, Lins.

PEREIRA, L.A. A determinação da máxima fase estável de lactato sanguíneo na corrida continua e intermitente na esteira rolante em praticantes de corrida de fundo (10km). 2006. Monografia (graduação em educação física). Faculdade de Educação Física de Lins, Lins.

PIRES, M. C.; LOPES A. S. Crescimento físico e características sociodemográficas em escolares no município de Florianópolis

SC, Brasil. Revista Brasileira Cineantropometrica e Desenvolvimento Humano. 2004; v. 6, p. 17-26.

PIRNAY. F & CRIELAARD, J.M. Évolution de la puissance anaerobie alactique (sprint) chez lês enfants dês deux sexes. In: Benezis, C. et al.(eds) L enfant, L adolescent et lê Sport. Paris, Masson, p.27-30, 1986.

POLLOCK, M. L.; WILMORE, J. H. Exercício na saúde e na doença: Avaliação e Prescrição para prevenção e reabilitação. 2. ed., São Paulo: MEDSI, 1993.

POLLOCK, M.L.; WILMORE, J.H. exercício na saúde e na doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. Tradução: Mauricio Real Rocha. 2 ed. Rio de Janeiro: Medse, 1993.

POWERS, S.K.; HOWLEY, E.T. Fisiologia do Exercício: Teoria e aplicação ao condicionamento e ao desempenho. 5 ed. São Paulo: Manole. 2005.

RÉ, A.H.N. Relação entre crescimento, desempenho motor, maturação biológica e idade cronológica em jovens do sexo masculino. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, v.19, n.2, p.153-62, abr/jun. 2005.

REYBROUCK, T. M. The use of the anaerobic threshold in pediatric exercise testing. In: BAR-OR, O., ed. Advances in pediatric sport sciences. Champaing, Human Kinetics, 1989. v. 3, Cap. 5, p. 131-49.

RIGON, M. Z. P. Avaliação do crescimento e desenvolvimento puberal de escolares de 10 anos do município de Agudo-RS. Monografia de especialização. Santa Maria, Rs Brasil, URSM, 1993.

RODRIGUES, et. al., Valores de consumo de oxigênio determinados pelo teste cardiopulmonar em adolescentes: uma proposta de classificação. Journal de Pediatria. Porto Alegre, v.82, n. 6, nov./ dez. 2006.

ROWLAND, T.W. (1996). Developmental exercise plysiolgy. Champain: human kinetics.

Page 91: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

89

SCHLOSSBERGER, N.; TURNER, R. A.; IRWIN, C. E. Validity of self-report of pubertal maturation in early adolescents. Journal of Adolescent Health, New York, v. 13, p. 109-13, 1992.

SEABRA, A.; MAIA, J. A.; GARGANTA, R. Crescimento maturação, aptidão física, força explosiva e habilidades motoras especificas. Estudo em jovens futebolistas e não futebolistas do sexo masculino dos 12 aos 16 anos de idade. Revista de Ciência do Desporto. Porto, v.1, n. 2, p. 27-35, 2001.

SILVA , S. A. et al., Estudo dos diferentes níveis de maturação, aptidão física e habilidade motora especifica na categoria infantil de futebol. ANAIS, Edição especial da Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Suplemento especial 15 (4) Suppl ISSN: 0103-1716. São Paulo. Out. 2007.

SIQUEIRA, O.; CRESCENTE, L.; CARDOSO, M. Avaliação da potencia anaeróbia em atletas de esportes coletivos, 2005. Monografia (graduação em educação física)

Universidade Federal do rio Grande do Sul, Porto Alegre.

SLAUGHTER, M. H. et. al. Skin fold equations for estimation of body fatness in children and youth : Human Biology, V.60, p. 709 23, 1988.

SMITH, E.W. et al., Lactate distribuition in the blood during steady

state exercise. Medicine & Science in sports exercise, vol. 30: p. 1424-1429, 1998.

SMITH, M.F. et al., Method of lactate elevation does not affect the determination of the lactate minimum. Medicine & Science in sports exercise. V 34: p. 1744-1749, 2002.

SOBRAL, F. Adolescente atleta. Lisboa, Livros Horizonte, 1988. SOUZA, O. F.; PIRES-NETO, C. S. Tendência secular sobre o crescimento físico da estatura e peso. Kinesis, n. 15, p. 93-103, 1997.

STANGANELLI, L. C. R. Mudanças no VO2max e limiar anaeróbio em crianças pré-púberes ocorridas após treinamento de resistência aeróbia. Festur, v. 3, n. 2, p. 42-5, 1991.

SZÖGY, A., CHEREBETIU, G. Minutentest auf dem Fahrradergometer zur Bestimmung der anaeroben TANAKA, H. Prediting running velocily at blood lactate threshold from runnig performance testes in adolescentes boys. Curopean Journal of applied plysiology, v.55, p.344-8, 1986.

TANAKA, H. Predicting running velocity of blood lactate threshold from running performance teste adolescents boys. European Journal of Applied Phsiology, v. 55, p. 344-8, 1986.

TANAKA, H.; SHINDO, M. Running velocity at blood lactate threshold of boys aged 6-15 years compared with untrained young males. International Journal of Sports Medicine, v. 6, p. 90-4, 1985.

Page 92: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

90

TANNER, J. M. Growth at adolescence. 2 nd, ed. Oxford: Blackwell Scientific, 1962.

TOLFREY, K.; ARMSTRONG, N. Child

adult differences in whole blood

lactate responses to incremental treadmill exercise. British Journal of Sports Medicine, v. 29, n. 3, p. 196--, 1995.

TOURINHO FILHO, H. et al. Velocidade de corrida no limiar anaeróbio em adolescentes masculinos. Revista Paulista de Educação Física. São Paulo, v.12, n.1, p. 31-41, jan/jun. 1998.

TOURINHO FILHO, H.; TOURINHO, L.S.P.R. Crianças, adolescentes e atividade física: Aspectos maturacionais e funcionais. Revista Brasileira de Educação Física. São Paulo, v.12, n.1, p. 71-84, jan/jun. 1998.

VAN PRAAGH, E & FRANÇA, N.M. Measuring maximal short-term power output during growth, In: Van Praagh, E. (ed.) Pediatric Anaerobic Performance. Champaign0IL, Human Kinetics, p.155-189,1998.

VAN PRAAGH, E. Devolopmental aspects of anaerobic function. In: Armstrong, N. et al (eds) Children and Exercise XIX, London, E & FN Spon, p.267-290, 1997.

VAN PRAAGH, E. et al. Grender difference in the relationship of anaerobic power output to body composition in cvhilden.Pediatric Exercise Science. V.2, p.336-348, 1990.

VAN PRAAGH, E. et al. Oxygene uptake during a 30-s supramaximal exercise in 7 to 15 year old boys. In: Frenkel, R. & Szmoidis, I. (eds) Children and Exercise xv, Nevi, Budapest, p.281-287, 1991.

VILLAR, R.; DANADAI, B.S. Efeitos da corrida em pista ou de deep Walter running na taxa de remoção do lactato sangüíneo durante a recuperação ativa após exercícios de alta intensidade. Revista Motriz. Rio Claro, v.4, n.2, p. 98-103, dez. 1998.

WAKAYSOSHI, K. et al., Does citical swmming velocity represent exercise intensity at maximal lactate steady state. Eur J.Appl Physiol Occup Physiol, n.66, p.90-95, 1992.

WANDEWALLE, H., PERES, G., MONOD, H. Standard anaerobic exercise tests. Spots Medicine, v.4, p.268-289, 1987.

WASSERMAN, K. et al. Anaerobic Threshold and respiratory gás exchange during exercise. European Journal of applied physiology, v.35, p. 236-245, 1973.

Page 93: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

91

WASSERMAN, K.; MCLLROY, M.B.Deterting the threshold of anaerobic metabolism in cardiac patienes dunning exercise. Amy Cardio. 1964; 14: 844-52.

WEINECK, J. Biologia do esporte. São Paulo, Manole, 1991.

WEINECK, J. Treinamento Individual. 9 ed. Barueri, Manole, 2003.

WILLIAMS, C. (1997), Children s and adolescents anaerobic performance during cycle ergometry. Sports Med., 24 (4): 227-240.

WILLIAMS, K. R.; ARMSTRONG, N. Relation ship of maximal lactate strady state to performance at fixed blood lactate reference values in children. Pediatric exercise science, v.3, p. 333-341, 1991.

WILMORE, J. H. Body composition in sport and exercise: Directions for future research. Medicine and Science in Sports and exercise. V. 15, p. 21-31, 1983.

WILMORE, J.H.; COSTILL, D.L. Fisiologia do esporte e do exercício. Manole, São Paulo; 2001.

WOLFE, R. R. et al., anaerobic threshold as a predictor of athletic performance in prepubertal female runners. American Journal of Diseases of Children, v. 140, p. 922-4, 1986.

YOUNG, D. R.; STEINHARDT, M. A. The importance of physical fitness versus physical activity for coronary artery disease risk factors: a cross-sectional study. Research Quarterly for Exercise and Sport, v. 64, n. 4, p. 377-384, 1993.

Page 94: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

92

APÊNDICES

Page 95: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

93

APÊNDICE A

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu , autorizo meu filho

, portador da identidade de número , a participar

da avaliação física, que será realizado no Laboratório de Fisiologia da Clínica

de Educação Física do Unisalesiano, que serão utilizadas para o

desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso dos alunos do ultimo ano

de educação física.

Lins, , de 200 .

_______________________________. Assinatura de responsável

LINS SP

2007

Page 96: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

94

APÊNDICE B

Avaliação Física

Data: ___/___/_______ Nome: _________________________________________________________ Data de Nascimento: ___/___/_______ Idade: _____________________

Antropometria

Peso: ___________________ Estatura: _____________________

Avaliação Aeróbia

Velocidade

Tempo

Ependorff

FC

Lactato

Repouso 1 3

7,0 km/h 3 6

8,0 km/h 6 9

9,0 km/h 9 12

10,0 km/h 12 15

11,0 km/h 15 18

12,0 km/h 18 21

13,0 km/h 21 24

14,0 km/h 24 27

15,0 km/h 27 30

16,0 km/h 30 33

Resultados

VO2 max.: ________________ml./kg./min.

Velocidade Máxima: ___________km/h

Velocidade do Limiar Anaeróbio: _________km/h

Page 97: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

95

APÊNDICE C

AVALIAÇÃO DA POTÊNCIA ANAERÓBIA R. A. S. T.

TIME PRÉ JUNIOR DE BEISEBOL

NOME: IDADE: DATA: ___/___/2007.

PESO: _____KG.

FREQÜÊNCIA CARDÍACA DE REPOUSO: _________BPM

FREQÜÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA: ______________BPM

TIROS DE 35 METROS

POTÊNCIA MÁXIMA: ________W.

POTÊNCIA MÍNIMA: _________W.

POTÊNCIA MÉDIA: __________W.

INDICE DE FADIGA: _________W.

TEMPO segundo

Page 98: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

96

ANEXOS

Page 99: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

97

ANEXO A

AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO BIOLÓGICA

NOME:________________________________IDADE:__________

Fonte: Revista Paulista de Educação Física, 2001. Figura 1: Estágios de desenvolvimento dos genitais do sexo masculino.

Fonte: Revista Paulista de Educação Física, 2001. Figura 2: Estágios de pilosidade pubiana masculina.

Page 100: PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA … · mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com

This document was created with Win2PDF available at http://www.daneprairie.com.The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.