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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
Elton Fernando Scapaticci
Marcos Vinícius Beneciutti Blanco
Urbano Dario Cracco Junior
PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE
BEISEBOL DA CATEGORIA PRÉ - JUNIOR
LINS SP
2007
ELTON FERNANDO SCAPATICCI
MARCOS VINÍCIUS BENECIUTTI BLANCO
URBANO DARIO CRACCO JUNIOR
PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA CATEGORIA
PRÉ JUNIOR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Educação Física sob a orientação da professora Prof.ª Giseli Barros Silva e orientação técnica da Prof.ª Jovira Maria Sarraceni.
LINS SP
2007
Scapaticci, Elton Fernando; Blanco, Marcos Vinicius Beneciutti; Cracco Junior, Urbano Dario.
Perfil fisiológico de jogadores de beisebol da categoria Pré-Junior / Elton Fernando Scapaticci; Marcos Vinicius Beneciutti Blanco; Urbano Dario Cracco Junior
Lins, 2007. 98p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2007
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; Giseli Barros Silva
1. Perfil Fisiológico. 2. Beisebol. 3. Crianças. 4. Adolescentes. 5. Educação Física I Título.
CDU796.4
S295p
ELTON FERNANDO SCAPATICCI
MARCOS VINÍCIUS BENECIUTTI BLANCO
URBANO DARIO CRACCO JUNIOR
PERFIL FISIOLÓGICO DE JOGADORES DE BEISEBOL DA CATEGORIA
PRÉ JUNIOR
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do titulo de Licenciatura Plena em Educação Física.
Aprovada em: _____/_____/_____
Banca Examinadora:
Prof.ª Giseli Barros Silva
Titulação: Bacharel/Licenciatura em Educação Física.
Assinatura: _________________________________
1º Prof.(a): ______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
2º Prof.(a): ______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
DEDICATÓRIA
A Deus
Obrigado senhor, por ter me dado essa oportunidade de conseguir
realizar meu grande sonho que era de me formar como professor de Educação
Física, obrigado por iluminar meu caminho e me proteger nos momentos de
escuridão, com sua luz e benção. Sem sua presença eu não seria capaz de
concluir mais uma fase de minha vida. Graças a DEUS!!!
Elton
A minha mãe
Não existe palavras que possam expressar todo meu amor e meu
agradecimento a este ser tão maravilhoso, uma pessoa que me apoiou em
tudo, que me criou e que me ensinou a seguir pelo caminho correto, agradeço
a Deus por ter me dado uma mãe como você.
Eu te amo
Elton
Ao meu pai
Agradeço por me apoiar em todos os momentos de dificuldades, por
todos os momentos que passamos juntos como pai e filho e por todos os
conselhos que me ajudaram a ser como sou hoje. Obrigado Pai!!!
Elton
A minha noiva Ana Paula
Quando te conheci, houve um lugar, um tempo e um sentimento, o
tempo ficou marcado, o lugar será sempre lembrado, e o sentimento, jamais
terá terminado. Sua presença me fez sentir protegido e confiante para buscar e
atingir meus objetivos. Obrigado por permanecer sempre ao meu lado, dano-
me força para completar mais esta etapa. Agradeço a você toda a dedicação
comigo, e a Deus por ter colocado você em meu caminho.
Eu te amo
Elton
Ao meu irmão
Que sempre foi uma pessoa importante em minha vida, que mesmo em
momentos de dificuldades esteve do meu lado, sendo companheiro, amigo e
acima de tudo irmão. Obrigado por contribuir com minha felicidade.
Elton
Aos meus amigos e parceiros Marcão e Urbano
Antes de iniciar a graduação, pedi a Deus que as pessoas, que eu
conhecesse fossem de confiança. Gostaria de dizer a vocês que sou uma
pessoa muito feliz e convicto que realmente conheci os verdadeiros amigos, ou
melhor verdadeiros irmãos. Agradeço a vocês pela paciência e humor que
tiveram comigo durante esses quatro anos, que vivemos. Quero deixar bem
claro que vocês serão meus amigos para sempre, mesmo que a distancia nos
separe.
Abraços
Elton
Aos meus professores
Que de forma geral foram os causadores desta conquista tão esperada
por mim. Afirmo que sem vocês eu não seria capaz de conseguir chegar ao fim
de minha graduação. Se hoje sou um professor é por que vocês me ajudaram a
dar o passo. Em especial os professores Wonder, Hilinho, Flavio, Cristiano,
Darlan e Marcio, que me ajudaram através de seus ensinamentos conhecer o
meu potencial e acreditar cada vez mais em mim. Obrigado professores por
vocês existirem.
Abraços
Elton
Aos meus amigos de sala de aula
Que mesmo diretamente e indiretamente ajudaram-me a conquistar esta
etapa, quero deixar claro que vocês serão parte de minha vida para sempre.
Obrigado por vocês fazerem parte desta conquista.
Abraços
Elton
A Deus
Por me dar o dom mais preciso da vida, guiar meus passos e me
iluminar durante todos os momentos vividos ate hoje. Obrigado meu Pai por
encher meu coração de alegria, coragem, amor e muita fé. Amém
Urbano
Aos meus pais Dario e Elisa
Vocês me deram a vida e hoje dou-lhes o sorriso que trago agora em
minha face. O sorriso do trabalho, da luta e do carinho. Dou-lhes também uma
parte do meu futuro, dividindo com vocês os méritos desta conquista, porque
elas nos pertence, ela é tão vossa quanto minha. Sempre é preciso um olhar
de apoio, uma palavra de incentivo, um gesto de compreensão, uma atitude de
amor. E isso nunca faltou, por isso dedico a vocês a minha vitória. Obrigado!!!
Amo muito vocês beijos
Urbano
A meu irmão André
Você realmente é meu herói, apesar das nossas brigas amo muito você,
obrigado por ter me ensinado muitas coisas, e pelos conselhos, broncas, e por
ter me dado esta coisinha tão linda que é minha sobrinha Maria Elisa. Sou
muito feliz por ser seu irmão, por termos uma relação tão legal....
Urbano
Tia Olga
A senhora tia, que me ajudou, tenho a senhora como minha segunda
mãe e hoje estou aqui, e nunca vou esquecer a importância que teve nessa
conquista, nem os puxões de orelha e os conselhos, sempre na hora certa !!!
Muito obrigado
Urbano
Aos meus parceiros Marcão e Elton
Deus foi muito bom comigo, quando colocou vocês em minha vida, sem
vocês acho que esses quatro anos não seriam os mesmos, estudamos falamos
serio na hora certa, brincamos e falamos besteira também, principalmente do
bonecão. Vocês podem ter certeza de uma coisa, vocês nunca irão sair de meu
coração, porque vocês são mais que amigos, são verdadeiros irmãos para
mim. Tenho muito carinho por vocês e podem contar sempre comigo...
Abraços
Urbano
Aos colegas e Clientes da Clinica de Educação Física
A todos que estiveram comigo nestes anos de estágios, eu aprendi
muito com vocês, meus companheiros de trabalho, em especial, três
verdadeiros irmãos para mim, Vinicius, Bruna e Leandro, vocês soa
verdadeiros profissionais e amigos, obrigado por toda ajuda e aprendizagem!!!
Urbano
Aos meus professores
Aqueles que deveriam ser simplesmente professores e foram mestres. E
quando deveriam ser mestres, foram amigos e com essa amizade me
compreenderam e me incentivaram a seguir o meu caminho. A vocês Cristiano,
Gi, Kátia, Suely, Hilinho, Flavio e agradeço em especial Darlan e Wonder, que
foram muito mais que isso foi como pais, me apoiando e dando bronca quando
preciso. Espero que nossas amizades durem para resto de nossas vidas.
Obrigado por me fazerem ver como o estudo é importante na vida.
Muito Obrigado
Urbano
A Deus
Agradeço a ti senhor pela minha vida, pelas oportunidades oferecidas e
o mais importante pela minha família e amigos. Agradeço por trilhar meu
caminho com sua luz e benção, hoje posso dizer sou um Educador Físico e
concluo mais uma fase da minha vida com muita alegria. Graças a DEUS!!!
AMÉM
Marcos
Aos meus pais Cecílio e Celina
Por sempre estarem por perto, me auxiliando e guiando meus passos.
Por todo amor, carinho e atenção que me deram. Se hoje realizo meu sonho é
por que vocês se sacrificaram e sonharam junto comigo, me apoiaram e
acreditaram na minha capacidade. É com enorme prazer que hoje lhes dedico
uma das minhas maiores realizações... AMO VOÇÊS!!!
Marcos
Aos meus irmãos Mirela e Murilo
Que sempre em momentos de dificuldade, estiveram do meu lado, me
apoiando acreditando no meu potencial acima de tudo e me incentivando
desde o começo a lutar e assim concluir, mas este sonho em minha vida. Amo
vocês.
Marcos
Aos meus professores
Aqueles que deveriam ser simplesmente professores e foram mestres. E
quando deveriam ser mestres, foram amigos e com essa amizade me
compreenderam e me incentivou a seguir o meu caminho. Sou muito grato a
vocês. Abraços
Marcos
Aos meus parceiros Elton e Urbano
Não posso esquecer de vocês, sem vocês a vida não teria graça, seria
em preto e branco, agradeço a cada um de vocês pelo simples sorriso ate o
mais apertado abraço. Vocês amigos são o tempero de vida, nos trazem
alegria, seja o mais próximo ou o mais distante, com vocês aprendi algo que
vou me lembrar pro resto da minha vida. Aprendi como é tão bom ter amigos
como vocês.
Obrigado
Marcos
Aos meus amigos
A todos vocês que me incentivaram direta ou indiretamente a realizar
esse meu sonho e buscar essa grande conquista, espero ter amigos assim
para sempre, a final a vida sem vocês não teria graça.
Obrigado
Marcos
AGRADECIMENTOS
A Deus
Senhor é incomparável e inconfundível a sua infinita bondade, pois
compreendemos os anseios dos nossos corações e nos destes a necessária
coragem para atingirmos nosso objetivo . Oferecemos o nosso porvir e te
pedimos que continue planando o nosso caminho, para que possamos sempre
agir com eficiência em nosso trabalho. Somos gratos a Ti, oh Pai!, pois
oferecestes a nós uma grande oportunidade de lutarmos e alcançarmos a
Vitória.
Elton, Marcos e Urbano
A nossa orientadora Giseli
A você, a nossa gratidão por seus ensinamentos e pelo incentivo a nos
manter sempre preserverantes na busca, muitas vezes turbulentas, do
aprendizado. Os dias se seguirão, o conhecimento que foi concretizado dentro
de nós, através de seus exemplos e suas palavras, ficará eternamente em nós.
Obrigado por ser acima de tudo uma amiga sempre presente em tudo.
Com Gratidão
Elton, Marcos e Urbano
Ao professor Wonder
Agradecemos por sempre nos tirar dos apuros, estar sempre perto para
ajudar, mesmo às vezes com o tempo sempre limitado, você se esforçou e nos
ajudou a dar um grande passo em nossas vidas. Você é um grande e
verdadeiro amigo.
Elton, Marcos e Urbano
A professora Jovira
Esta pessoa maravilhosa que sempre esteve disposta a nos ajudar, tirar
duvidas e nos orientar não só neste trabalho mas também em nossas vidas, a
você prof. Jovira o nosso muito obrigado...!
Elton, Marcos e Urbano
As bibliotecárias do Unisalesiano
Vocês nós aguentaram nesses 4 anos, sempre atenciosas em nosso
atendimento, e acima de tudo amigas inesquecíveis.!!!
Elton, Marcos e Urbano
A todos os atletas do time de Beisebol
Agradecemos à dedicação e suor de todos que participaram e confiaram
em nosso trabalho, pois sem vocês não teríamos concluído este estudo. Muito
Obrigado.
Elton, Marcos e Urbano
Aos professores
Pela vontade e carinho de ensinar, hoje tudo que sei devo a vocês,
porque alunos fazem à escola, mas vocês fazem os alunos. A todos sem
restrição.
Nosso Muito Obrigado
Elton, Marcos e Urbano
Aos nossos amigos
Agradecemos à amizade, o carinho, o companheirismo e a dedicação de
todos os amigos, pessoas especiais que entraram em nossa vida e nela
permanecerão para sempre.
Obrigado
Elton, Marcos e Urbano
RESUMO
O conhecimento das variáveis aeróbias e anaeróbias, das medidas de composição corporal e a classificação da maturação sexual, parecem ser fundamentais na caracterização de qualquer modalidade esportiva, bem como no âmbito do treinamento desportivo, são de fundamental importância na prescrição e controle das cargas de trabalho. Nesse sentido, o conhecimento de tais variáveis ao longo do processo de formação desportiva torna-se importante na elaboração de estratégias de treinamento bem como valores de referência para futuras comparações. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo demonstrar o perfil fisiológico de jogadores de beisebol da categoria Pré-Junior. Para isso, participaram deste estudo 12 jogadores de beisebol da categoria pré-junior da cidade de Lins/SP, todos do sexo masculino (13,25 ± 0,62 anos; 48,98 ± 10,05 kg; 162,22 ± 8,62 cm; 15,08 ± 9,08 % de gordura). Estes foram avaliados no que diz respeito à: a) composição corporal: peso; estatura e porcentagem de gordura, b) aptidão aeróbia: determinação da capacidade (Lan) e da potência aeróbia máxima (VO2max), através de um protocolo incremental em esteira rolante (IMBRAMED, ATL 10200), cuja intensidade inicial foi de 7km/h com incrementos de 1km/h a cada 3 minutos até a exaustão voluntária, com mensuração continua das trocas gasosas durante o esforço, através de um analisador de gases (METALYZER 3B-CORTEX). Ao final de cada estágio foi coletado 25 microlitros ( l) de sangue arterializado do lóbulo da orelha, sem hiperemia, para a determinação do lactato sanguíneo através de analisador eletroquímico (YSI 1500 SPORT) e através da interpolação linear foi determinado a velocidade correspondente a uma concentração de 2,5mM, como a velocidade do Lan e c) Potência anaeróbia (PAN): determinada através do Running Based Anaerobic Sprint Test (RAST-TEST), este modelo de avaliação constitui-se na realização de seis corridas de 35 metros em pista demarcada, desenvolvendo o máximo de velocidade possível, com período de recuperação de 10 segundos entre cada corrida. Para o calculo da potência tanto absoluta (W) quanto relativa (W/kg), foi utilizado a equação: peso corporal x distancia² / tempo³. Todos os dados estão expressos em média e desvio padrão. Através disso, pode-se encontrar os seguintes valores para, VO2max (52,19 ± 4,88ml/kg/min), Lan (10,13 ± 1,65km/h), PAN max (284,70 ± 75,04 W; 5,76 ± 0,93 W/kg), PAN min (162,41 ± 46,17 W; 3,35 ± 0,87 W/kg) e PAN med (218,94 ± 56,62 W; 4,46 ± 0,79 W/kg), para a maturação sexual 10 indivíduos encontravam-se no nível 4 (púbere) e 2 no nível 5 (pós-pubere). Estes resultados podem fornecer subsídios para atletas, treinadores e pesquisadores a respeito desta modalidade esportiva, no sentido de selecionar e aprimorar cada vez mais os processos de treinamento
e conseqüentemente o rendimento de jogadores de beisebol da categoria pré-junior.
Palavras chave: Perfil Fisiológico; Beisebol; Crianças; Adolescentes; Educação Física.
ABSTRACT The knowledge of the aerobic and anaerobic variable, of the measures of
corporal composition and the classification of the sexual maturation, seems to be basic in the characterization of any sportive modality, as well as in the scope of the porting training, is of basic importance in the lapsing and control of work loads. In this direction, the knowledge of such variable throughout the process of porting formation becomes important in the elaboration of strategies of training as well as values of reference to future comparisons. In such a way, the present study has as objective to demonstrate the physiological profile of players of baseball category. For this, 12 players of baseball of the category had participated of the one of this study daily pay-junior of the city of Lins/SP, all of masculine sex (13,25 ± 0,62 years; 48,983 ± 10,056 kg; 162,22 ± 8,62 cm; 15,08 ± 9.08% of fat). These had been evaluated in what it says respect to: ) the corporal composition: weight; stature and percentage of fat, b) aerobic aptitude: determination of the capacity (Lan) and the maximum aerobic power (VO2max), through a incremental protocol in rolling mat (IMBRAMED, ATL 10200), whose initial intensity was of 7km/h with increments of 1km/h to each 3 minutes until the voluntary exhaustion, with mensuração continues of the gaseous exchanges during the effort, through an analyzer of gases (METALYZER 3B-CORTEX) to the end of each period of training was collected 25 microliters ( l) of arterialized blood of the lobe of the ear, without hyperemia, for the determination of sanguineous lactate through electrochemical analyzer (YSI 1500 SPORT) and through the interpolation threshold the speed was determined correspondent to a concentration of 2,5mM, as the speed of Lan and c) harnesses anaerobic: (PAN) determined through Running Based Anaerobic Sprint Test (RAST-TEST), this model of evaluation consists in the accomplishment of six races of 35 meters in demarcated track, developing the maximum of possible speed, with period of recovery of 10 seconds between each race. For the calculate it of in such a way absolute power (w) how much relative (W/kg), the equation was used: distance corporal weight x ²/time ³. All the data are express on average and shunting line standard. Through this, it can be found the following values for, VO2max (52,19 ± 4,88ml/kg/min), Lan (10,13 ± 1,65km/h), PAN max (284,70 ± 75,04 W; 5,76 ± 0,93 W/kg), PAN min (162.41 ± 46,17 W; 3,35 ± 0,87 W/kg) and PAN med (218,94 ± 56,62 W; 4,46 ± 0,79 W/kg), for the sexual maturation 10 individuals meet in level 4 (pubescent) and 2 in level 5 (after-pubere). These results can supply subsidies athlete, trainers and researchers regarding this esportiva modality, in the direction to select and to improve each time more the training processes and consequently the income of players of baseball of the category daily pay-Júnior.
Words key: Physiological profile; Baseball; Children; Adolescents; Physical Education.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Estágios de desenvolvimento dos genitais do sexo masculino ........ 34
Figura 2: Estágios de pilosidade pubiana masculina ....................................... 34
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Características biométricas dos voluntários ................................... 58
Tabela 2: Apresentação da idade cronológica e da maturação biológica ...... 58
Tabela 3: Características aeróbia para Limiar Anaeróbio e Consumo Máximo
de Oxigênio ..................................................................................................... 59
Tabela 4: Características anaeróbia em valores absolutos e em valores
relativos ........................................................................................................... 59
Tabela 5: Valores de estatura e peso de adolescentes ativos extraídos da
literatura........................................................................................................... 61
Tabela 6: Valores de estatura e peso em escolares extraídos da literatura. . 61
Tabela 7: Valores de potência anaeróbia em escolares................................. 72
Tabela 8: Valores de potência anaeróbia obtidas através do R.A.S.T.TEST. 72
LISTA DE ABRIVIATURAS E SIGLAS
ATP Adenosina Trifosfato FC Freqüência Cardíaca Km/h Quilômetros por hora LL Limiar de Lactato LAn Limiar Anaeróbio [lac] Concentração de Lactato M Metros Min Minutos mM Milimol O2
Oxigênio VO2 Consumo de Oxigênio VO2 max Consumo Máximo de Oxigênio VcL Velocidade de Corrida do Limiar CEF Clinica de Educação Física FCmax Freqüência Cardíaca Máxima cm Centímetros
Kg Quilograma W Watts W/kg Watts por Quilograma %G Percentual de Gordura IC Idade Cronológica MB Maturação Biológica PAN max Potencia Anaeróbia Máxima PAN med Potencia Anaeróbia Média PAN min Potencia Anaeróbia Mínima; MSSLac Máxima Fase Estável do Lactato RAST test Running Based Anaerobic Sprint Test TW Test de Wingate
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 18
1 CONCEITOS PRELIMINARES.............................................................. 23
1.1 Dinâmica do Jogo de Beisebol............................................................. 23
1.1.1 Características do Jogo de Beisebol.................................................... 24
1.2 Bioenergética ....................................................................................... 25
1.2.1 Trifosfato de Adenosina (ATP)............................................................. 27
1.3 Composição Corporal: Percentual de Gordura.................................... 28
1.4 Maturação Sexual ................................................................................ 31
1.5 Lactato: Produção e Remoção............................................................. 35
1.5.1 Limiar Anaeróbio (LAN)........................................................................ 41
1.6 Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 ) ................................................. 44
1.6.1 Valores de VO2 max. ........................................................................... 45
1.6.2 VO2 Pico .............................................................................................. 45
1.6.3 Fatores Determinantes do VO2 max.................................................... 46
1.6.3.1 Idade e Sexo ........................................................................................ 46
1.6.3.2 Fatores Genético.................................................................................. 47
1.6.4 Fatores Limitantes do VO2 max........................................................... 47
1.6.4.1 Ventilação Pulmonar e Difusão Alveolar-Capilar de Oxigênio ............ 47
1.6.4.2 Sistema de Transporte de Oxigênio e a Diferencia Artério Venosa de
Oxigênio ............................................................................................................ 48
1.6.5 Limitação Durante o Exercício ............................................................. 48
1.7 Potência Anaeróbia .............................................................................. 49
2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS............................................................... 51
2.1 Condições Ambientais.......................................................................... 52
2.2 Sujeitos................................................................................................. 52
2.3 Material................................................................................................. 52
2.4 Testes................................................................................................... 53
a) Antropometria................................................................................... 53
b) Composição corporal ....................................................................... 54
c) Teste Progressivo (TP) .................................................................... 54
d) Determinação do lactato sanguíneo ................................................ 55
e) Determinação da velocidade de corrida referente ao LAn .............. 55
f) Determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max)............. 55
g) Maturação biológica (MB) ................................................................ 56
h) Potência anaeróbia (PAN) ............................................................... 56
2.5 Procedimentos ..................................................................................... 57
2.6 ANALISE ESTATÍSTICA...................................................................... 57
3 RESULTADOS ..................................................................................... 57
4 DISCUSSÃO ........................................................................................ 59
5 CONCLUSÃO....................................................................................... 74
REFERÊNCIAS................................................................................................. 76
APÊNDICES ..................................................................................................... 93
a) Apêndice (A) Termo de consentimento ........................................ 94
b) Apêndice (B) Avaliação física ....................................................... 95
c) Apêndice (C) Avaliação de potência anaeróbia (R.A.S.T.) .......... 96
ANEXOS......... .................................................................................................. 97
a) Avaliação da maturação biológica ................................................... 98
18
INTRODUÇÃO
O beisebol vem crescendo no Brasil principalmente em cidades do
interior de São Paulo. Pesquisas para caracterização fisiológica de atletas de
beisebol, são escassos na literatura nacional e internacional, merecendo uma
atenção especial para este esporte, tão praticado em nosso país.
De acordo com (MUJIKA. et al. 1996) o beisebol é uma modalidade
esportiva coletiva, disputada entre duas equipes com nove jogadores que
alteram suas ações na fase de ataque e de defesa. As ações durante a defesa
acontecem, predominantemente, através de duas habilidades: o arremesso e o
catching (receber a bola com uma luva especifica), que são utilizadas para
evitar as conquistas das bases e, consequentemente, dos pontos. Durante a
fase de ataque, a rebatida e a corrida de bases são utilizadas para conquistar
bases e outros pontos. Nessas situações, o sistema energético predominante
(80%) é o sistema ATP-CP. (POWERS; HOWLEY, 2005).
Embora ainda não se tenham explicações adequadas para inúmeros
questionamentos relacionados com os efeitos da pratica da atividade física
envolvendo integrantes da população jovem, verifica-se que, nos últimos anos,
uma grande quantidade de informações vem sendo acumulada com referencia
ao assunto. Certamente, as lacunas existentes têm a ver com o fato de alguns
programas de atividade física induzirem modificações morfológicas e funcionais
na mesma direção do que é esperado para o próprio processo de maturação
biológica (GUEDES; GUEDES, 1995).
Os especialistas em pediatria enfatizam que as crianças, tanto funcional
quanto estruturalmente, não são semelhantes aos adultos (Astrand, 1992).
Em pessoas adultas, tem-se assumido que as alterações que
eventualmente, possam ocorrer caracterizam-se como uma resposta ao
processo de adaptação do estresse imposto pelo esforço físico. Entretanto, em
se tratando de crianças e adolescentes, as modificações que presumivelmente
ocorrem até que atinjam o estágio de maturidade podem ser tão grandes ou
maiores até do que as próprias adaptações resultantes de um programa de
atividade física (GUEDES; GUEDES, 1995).
19
Durante a fase pré-pubertária e pubertária a maturação biológica pode
deferir consideravelmente para a mesma idade cronológica por causa do
resultado das modificações ocasionadas pelo crescimento e desenvolvimento.
Observa-se nesse período que o nível de desempenho atingido em vários tipos
de esportes é mais dependente da idade esquelética do que da idade
cronológica (ROWLAND, 1996).
Assim a classificação em função da maturação biológica é fundamental
em estudos com crianças e adolescentes envolvidos com a pratica do
exercício, pois possibilita distinguir de maneira mais clara as adaptações morfo-
funcionais decorrentes de um programa de treinamento daquelas determinadas
pelo processo maturacional, o qual é intensificado na fase pubertária (BAR-OR,
1983).
Nesse sentido, parece ser fundamental em estudos realizados com
crianças e adolescentes, que se destinguam os efeitos do treinamento dos
possíveis efeitos provocados pela ação do crescimento, desenvolvimento e
maturação sobre as variáveis analisadas (TOURINHO FILHO; TOURINHO,
1998).
Atualmente um grande numero de institutos e pesquisadores estão
preocupados com os aspectos do treinamento em crianças. Esta preocupação
pode estar vinculada ao interesse de se criarem mais campeões olímpicos ou,
simplesmente ao fato de se conhecer a extensão dos efeitos da atividade física
e do esporte, já que estes são partes integrante da vida das crianças e
adolescentes (MÁCEK; VÁVRA, 1980).
Um dos objetivos básicos do treinamento do alto nível é a otimização de
cargas físicas, respeitando a individualidade do atleta e a especificidade
praticada (GAGLIARDI; KISS; OLIVEIRA, 1994, p. 68).
A busca de um índice que possa ao mesmo tempo realizar a avaliação e predição do desempenho aeróbio e que ainda possa ser utilizado para prescrição do treinamento aeróbio, tem sido objetivo de muitos estudos. (DENADAI, 1999, p. 5).
O consumo máximo de oxigênio (VO2max.) é o índice que melhor
representa, quantitativa e qualitativamente, a capacidade funcional do sistema
cardiorrespiratório durante a atividade física, sendo considerado o método
padrão-ouro entre todos os índices (ASTRAND; RODHAL, 1987).
20
É definido como a mais alta captação de oxigênio alcançada por um
individuo, respirando ar atmosférico ao nível do mar (ASTRAND, 1956).
Caracteriza-se pela perfeita integração do organismo em captar,
transportar e utilizar oxigênio para os processos aeróbios de produção de
energia durante esforço físico (DENADAI, 1999).
Em repouso, o VO2 mostra-se similar em indivíduos sedentários e
treinados. No entanto, durante o esforço físico máximo, os valores encontrados
em indivíduos treinados são visivelmente maiores em relação aos sedentários
(DENADAI, 1999).
Entretanto os estudos mais recentes têm verificado que a resposta do lactato sangüíneo ao exercício, tem se mostrado mais adequado, inclusive do que o VO2 max., para a avaliação e prescrição de treinamento aeróbio (DENADAI, 1999, p. 5).
O termo limiar anaeróbio (Lan) foi introduzido por WASSERMAN e
MCLLROY (1964), definido como a intensidade de esforço anterior ao aumento
exponencial do lactato no sangue em relação aos níveis de repouso.
A resposta do lactato sangüíneo (lac) durante exercício de cargas
crescentes possibilita a identificação do limiar anaeróbio (Lan) (PARDONO;
CAMPBEEL; SIMÕES, 2002, p. 870).
Em função disso, DENADAI (1999) propõe que para a determinação do
limiar anaeróbio (Lan) se faz necessário um teste incremental progressivo com
inclinação constante de 1% pois simula o mais parecido com corrida de
rua/pista. A intensidade de exercício corresponde a máxima fase estável de
lactato sangüíneo (MSSLac) pode ser definida como a máxima intensidade de
exercício de carga constante, onde se observa um equilíbrio entre a taxa de
formação e remoção do lactato sangüíneo, (HIGINO; DENADAI; 2002).
Portanto, a intensidade de trabalho corresponde ao inicio de acumulo de
lactato no sangue (OBLA), que pode ser expresso através da velocidade de
corrida no limiar anaeróbio (VCL) e determinado de forma direta ou indireta,
tem sido aceita como útil para a prescrição de exercício (KATCH, et al. 1978).
Em exercícios realizados em intensidade correspondente ao Lan e/ou
MSSLac, a maioria dos indivíduos consegue executar continuadamente por
aproximadamente 30 a 40 min; sem que ocorra acumulo de lac (BENEKE;
HUTLER; LEITHAUSER; 2000).
21
A [lac] de 4,0mM é freqüentemente utilizada como indicadora do Lan e
MSSLac em adultos. Entretanto, muitas crianças podem suportar cargas
próximas a exaustão sem exceder este valor de [lac], tornando discutível a sua
utilização como critério para avaliar os mais novos. Assim, foram sugeridos o
uso de critérios com menores valores como 2,5mM (WILLIAMS; ARMSTRONG;
KIRBY, 1990).
Tradicionalmente, no meio esportivo e na pesquisa envolvendo a
produção de energia metabólica durante o exercício físico, tem-se considerado
potência anaeróbia como o máximo de energia liberada por unidade de tempo
por esse sistema. Atualmente, o metabolismo anaeróbio tem também sua
significância prática, tanto em algumas modalidades esportivas, como em
algumas atividades do cotidiano. Assim, existe a necessidade de avaliação da
potência anaeróbia (FRANCHINI, 2002).
O Running-based Anaerobic Sprint Test (R.A.S.T.) que consiste na
realização de seis repetições de uma distância de 35 metros, à velocidade
máxima, com um intervalo de recuperação ativa entre repetições com duração
de 10 segundos. Por ser de maior facilidade de aplicação sugere-se que o teste
seja eficaz na avaliação da potência anaeróbia dos atletas de desportos
coletivos, fornecendo informações importantes para os treinadores na
planificação e condução no processo do treinamento (SIQUEIRA;
CRESCENTE; CARDOSO; 2005).
Objetivando treinamentos mais precisos para a melhora de determinadas capacidades físicas e menor desgaste, a proposta de utilização de índices (VO2max e Lan) que possam ao mesmo tempo, realizar avaliação, fornecer dados para prescrição e informação para se verificar adaptações fisiológicas do treinamento anaeróbio (PEREIRA; SANTOS, 2004, p. 11).
Entretanto, segundo BAR-OR (1983), é difícil interpretar estudos de
mudanças fisiológicas introduzidas pelo treinamento em crianças e jovens,
visto que os resultados podem ser confundidos pelo efeito do crescimento e do
desenvolvimento. De acordo com ARAÚJO (1985), entender os processos de
crescimento desenvolvimento e maturação possibilita explicar, por exemplo a
razão pela qual atletas com idades idênticas apresentam performances
significativamente diferentes entre os nove e dezessete anos de idade.
Esta pesquisa se propõe a uma investigação na área da fisiologia,
22
limitando-se a investigar e apresentar o perfil fisiológico de jogadores de
beisebol da cidade de Lins-SP, Brasil. Com isso, a presente pesquisa ocorrera
no Laboratório de Avaliação do Esforço Físico (LAEF) do centro Universitário
Católico Salesiano Auxilium, com jogadores de beisebol do sexo masculino, da
categoria pré-junior, tendo um tempo de treinamento superior a 2 anos.
Com isso o presente trabalho tem como objetivo geral: demonstrar o
perfil fisiológico de jogadores de beisebol da categoria pré-junior. O mesmo
possui como objetivo especifico:
a) determinar a velocidade correspondente à máxima fase estável do
lactato no teste progressivo;
b) determinar o consumo máximo de oxigênio (VO2max), através do
teste progressivo;
c) identificar o percentual de gordura segundo protocolo de
SLAUGHTER et al., 1998);
d) classificar jovens em função da maturação biológica de acordo com
TANNER (1962), modificado por MORRIS; UDRY, (1980);
e) a apresentação de dados que podem servir para a seleção de futuras
equipes desta categoria, bem como no âmbito do treinamento
desportivo, são de fundamental importância na prevenção e controle
de cargas de trabalho, alem de valores de referencia para futuras
comparações.
Este estudo será norteado pelo seguinte problema: Qual a importância
do conhecimento das respostas fisiológicas em jogadores adolescentes de
beisebol da categoria pré-junior?
Torna-se imperioso conhecer e sistematizar a maior quantidade e
diversidade de informação acerca dos jovens que são submetidos, desde muito
cedo, a atividades físicas organizadas, altamente especializadas e
sistemáticas, sobretudo na resposta ao treino e competição (SEABRA; MAÍA;
GARGANTA, 2001).
Contudo além do treino e variação no estatuto maturacional, outro fator
parece perfilar-se determinantemente, isto é, o processo de seleção pra um
determinado desporto. Os jovens atletas que vislumbram algum sucesso na
sua resposta ao treino e competição, são um grupo altamente selecionado,
23
tomando por base geralmente as suas habilidades, e alguns desportos, o
tamanho dos sujeitos (BAILEY; MIRWALD, 1988; MALINA, 1980).
Consideramos, pois, relevante identificar os efeitos do treino intensivo e
sistemático, da maturação e do processo de seleção, sobre os aspectos
somáticos, aptidão física geral e especifica e habilidades nos praticantes desta
modalidade. Este motivo torna-se importante quando se sabe que nunca foi
realizado nenhum estudo sobre esta temática no Brasil, e que são bem
escassas as pesquisas publicadas internacionalmente.
1 CONCEITOS PRELIMINARES
1.1 Dinâmica do jogo de beisebol
O beisebol é um jogo em que se utilizam um taco, uma bola e uma luva,
no qual os fundamentos do jogo são arremessar, acertar e pegar a bola.
Logicamente, a execução dessas três tarefas é algo mais complexo do
que parece, e é esse desafio que obriga os jogadores de beisebol a praticarem
tanto.
Ao contrário da maioria dos jogos, um jogo de beisebol não é limitado
pelo cronômetro. Os dois times adversários jogam durante um período de
entradas (innings), que são subdivididos em metades. Os jogos profissionais e
colegiais costumam ter nove entradas de duração.
O motor do esporte é composto de dois jogadores - o arremessador e o
rebatedor. Toda a ação em um jogo de beisebol gira em torno desses dois
combatentes.
Para iniciar o jogo, o arremessador tenta lançar a bola além do rebatedor
e atingir a luva do receptor ou tenta fazer com que o rebatedor acerte a bola
para colocá-la em jogo. Com a bola posta em jogo, os oito jardineiros tentam
pegá-la ou expulsar o rebatedor para que ele não alcance a base e, por fim,
marque um ponto (um run). O objetivo do rebatedor é colocar a bola em jogo
para que os oito jardineiros (fielders) não consigam pegá-la ou arremessá-la
24
para o outro campo e registrar uma eliminação.
Como qualquer esporte, é o campo que define o jogo de beisebol. Ao
contrário da maioria dos esportes coletivos, que acontecem em um campo
retangular (por exemplo, basquete, futebol americano e futebol), o beisebol é
praticado em um campo em formato de um quarto de círculo, como uma fatia
de bolo. O campo costuma ser chamado de diamante.
Durante uma entrada, os times se revezam nas tacadas. Enquanto um
time rebate, o outro coloca seus jogadores em áreas específicas do campo
para evitar que o time adversário consiga acertar e marcar runs. Um jogador do
time de ataque vai ao home plate, fica sobre a caixa do rebatedor e tenta
acertar a bola que o arremessador atira em sua direção.
No fim das entradas previstas, o time que tiver marcado mais runs é
declarado vencedor. Se o time da casa estiver na frente após o auge dessa
entrada, o time da casa vence o jogo e não precisa completá-lo. No entanto, se
os times estiverem empatados após nove entradas, continuarão jogando até
que um dos times tenha mais runs que o outro. Tenha em mente que o time da
casa sempre tem a chance de dar a última tacada (BONSOR; MARTIN, 2007).
1.1.1 Características do jogo de beisebol
O beisebol é uma modalidade esportiva coletiva, disputada entre duas
equipes com nove jogadores que alternam suas ações na fase de ataque e de
defesa. (MUJIKA et al. 1996). Trata-se de um esporte intervalado com períodos
curtos de repouso. O beisebol apesar de ser jogado com movimentos
explosivos e intensos, não são realizados em uma freqüência que leve a fadiga
anaeróbia.
As ações durante a defesa acontecem, predominantemente, através de
duas habilidades: o arremesso e o catching (receber a bola com uma luva
especifica), que são utilizadas para evitar as conquistas das bases e,
conseqüentemente, dos pontos. Durante a fase de ataque, a rebatida e a
corrida de bases são utilizadas para conquistar bases e outros pontos.
(MURPHY; FORNEY, 1997).
25
Nessas situações, o sistema energético predominante (80%) é o sistema
ATP-CP (POWERS; HOWLEY, 2005).
A habilidade de rebater a bola é descrita como uma cadeia cinética de
seqüências combinadas de movimentos iniciados com os pés, seguido por
outros movimentos como a rotação do tronco. Nesta fase, pernas e tronco
ganham uma grande aceleração. Quando ocorre a desaceleração do
movimento, há uma facilitação para que os braços realizem um movimento
similar ao de uma chicotada com o taco durante o swing. Esta habilidade é
caracterizada como uma atividade balística de alta velocidade (pico da
velocidade angular do taco é de 2,437 metros por segundo avaliado em
jogadores colegiais) (ANDERSON; LONGO, 1992).
Após a rebatida, o atleta deve deslocar-se o mais rápido possível para
alcançar a primeira base ou percorrer o maior número possível de bases. A
distância entre as bases é de 27,25 metros, e são denominadas: home base
(onde se inicia a corrida), primeira base, segunda base e terceira base, sendo
um total de quatro bases, que devem ser percorridas para se fazer um ponto.
Nesta área ocorrem todas as corridas do ataque, sendo que a quantidade de bases que se pode alcançar depende, principalmente, da velocidade do swing (movimento para rebater a bola), para rebater a bola e em percorrer no menor tempo possível um maior número de bases. Portanto, para o beisebol, seria interessante aumento da disponibilidade nas reservas dos fosfatos de alta energia e, conseqüentemente, uma melhora no desempenho do swing e na velocidade durante a corrida de bases (BATISTA JUNIOR et al. 2005, p. 86).
Portanto o rendimento que os atletas podem apresentar nos esportes
coletivos depende fundamentalmente dos aspectos técnicos, táticos, físicos e
psicológicos. No beisebol particularmente, a associação entre os níveis
apropriados de força rápida, velocidade e habilidade para a execução dos
movimentos (técnicos) permite que o atleta realize os fundamentos desta
modalidade com maior rapidez e precisão (BOMPA, 2001).
1.2 Bioenergética
26
A Bioenergética constitui um dos principais blocos temáticos da
Fisiologia, sendo essencialmente dedicada ao estudo dos vários processos
químicos que tomam possível a vida celular do ponto de vista energético.
Procura, entre outras coisas, explicar os principais processos químicos que
decorrem na célula e analisar as suas implicações fisiológicas, principalmente
em relação ao modo como esses processos se enquadram no conceito global
de homeostasia (BROOKS; FAHEI, 2000).
A compreensão daquilo que significa energia e da forma como o
organismo a pode adquirir, converter, armazenar e utilizar, é a chave para
compreender o funcionamento orgânico tanto nos desportos de rendimento,
como nas atividades de recreação e lazer. O estudo da bioenergética permite
entender como a capacidade para realizar trabalho (exercício) está dependente
da conversão sucessiva, de uma em outra forma de energia. Com efeito, a
fisiologia do trabalho muscular e do exercício é, basicamente, uma questão de
conversão de energia química em energia mecânica, energia essa que é
utilizada pelas miofibrilas (Feixes de delicadas fibrilas longitudinais envolvidas
por retículo sarcoplasmático e localizadas no interior de uma fibra muscular
esquelética. As fibrilas são constituídas, essencialmente, por miofilamentos
ultramicroscópicos espessos e delgados) para provocar o deslize dos
miofilamentos, resultando em ação muscular e produção de força. Para
compreender as necessidades energéticas de qualquer modalidade desportiva,
tanto ao nível do treino como da competição, é importante conhecê-la
profundamente. O sucesso de qualquer tarefa motora pressupõe que a
conversão de energia seja feita eficazmente, na razão direta das necessidades
energéticas dos músculos esqueléticos envolvidos nessa atividade Será
importante referir que o dispêndio energético depende de vários fatores, entre
os quais podemos referir à tipologia do exercício, a freqüência, a duração e a
intensidade, os aspectos de caráter dietético, as condições de exercitação
(altitude, temperatura e umidade), a condição física do atleta e a sua
composição muscular em termos de fibras (tipo I e ll) (FERREIRA, 2006).
Referindo-se à avaliação da performance, alguns investigadores
classificam as atividades em 3 grupos distintos: potência, velocidade e
resistência (endurance), aos quais associam um sistema energético específico,
27
respectivamente, os fosfatos de alta energia, a glicólise anaeróbia e o sistema
oxidativo. Como exemplos ilustrativos de atividades relacionadas aos sistemas
energéticos, podemos referir o lançamento do peso (potência), a corrida de
400m (velocidade) e a maratona (resistência).
Os dois primeiros sistemas energéticos são designados de anaeróbios, o
que significa que a produção de energia nas modalidades que os utilizam
preferencialmente não está dependente da utilização de oxigênio. Já a
produção de energia no sistema oxidativo decorre na mitocôndria e só é
possível mediante a utilização de oxigênio, razão pela qual se denomina este
tipo de sistema de aeróbia Deste modo, o sucesso e a operacionalidade de
cada um dos grupos de atividade encontra-se dependente do funcionamento
do sistema energético preferencialmente utilizado, razão pela qual faremos em
seguida uma caracterização bioenergética sumária de cada sistema (BROOKS;
FAHEI, 2000).
1.2.1 Trifosfato de adenosina (ATP)
O trifosfato de adenosina (ATP) é o único combustível que pode ser
usado diretamente pelo músculo esquelético para a contração. O estoque de
ATP no músculo esquelético humano é relativamente pequeno (cerca de 24mM
por quilo de matéria seca) e, por isso, deve sofrer contínua ressíntese a partir
de seus produtos de degradação, o difosfato de adenosina (ADP) e o
monofosfato de adenosina (AMP). Durante exercício submáximo (situação
estável), a ressíntese de ATP pode ser adequadamente obtida pela combustão
oxidativa dos estoques de gorduras e de carboidratos. No entanto, durante
exercício de alta intensidade (situação não-estável), a ativação relativamente
lenta e a taxa de liberação de energia da fosforilação oxidativa não conseguem
suprir as necessidades energéticas da contração. Nesse caso, a liberação de
energia anaeróbia é essencial para a continuidade da contração. Em geral, a
liberação de energia oxidativa requer vários minutos para atingir uma situação
estável, sobretudo por causa da quantidade e da complexidade das reações
envolvidas. Uma vez atingida a estabilidade, a taxa máxima de produção de
28
ATP encontra-se em tomo de 2,5mM kg por massa seca por segundo. Por
outro lado, a liberação de energia anaeróbia está restrita ao citossol, cuja
ativação é quase instantânea e cuja liberação de ATP excede a taxa de 11mM
por quilo de matéria seca por segundo. O problema é que isso se mantém
apenas por poucos segundos antes de começar a declinar. É evidente que as
ressínteses oxidativas e anaeróbias do ATP não devem ser consideradas
independentes uma da outra.
1.3 Composição corporal: Percentual de gordura
A composição corporal é um dos assuntos mais importantes dentro do
campo da Cineantropometria. Pode ser definida como sendo a quantificação
dos principais componentes estruturais do corpo humano (MALINA, 1969).
Através da composição corporal pode-se, além de determinar os
componentes do corpo humano de forma quantitativa, utilizar os dados desta
analise para detectar o grau de desenvolvimento e crescimento de crianças e
jovens, o status dos componentes corporais de adultos e idosos, bem como,
prescrever exercícios.
A composição corporal é um componente chave para a aptidão física e
saúde. Através do estudo da composição corporal é possível quantificar
gordura, músculo, osso e víscera, e, ainda, traçar um perfil individual ou de
grupos em relação a especialidade esportiva, posição de jogo, atividade física
ou sedentarismo. Para a analise da composição corporal é importante que se
entenda os modelos teóricos de fracionamento do corpo humano, haja vista,
que é impossível separar-se in vivo os componentes corporais (água, proteína,
mineral e gordura) (BEHNKE; WILMORE, 1974; HEYWARD, 1991).
Em crianças e jovens, o estudo da composição corporal é necessário
para auxiliar na estimativa de forma mais acurada dos componentes corporais
para a performance física e saúde, estudar alguns fatores como os genéticos,
nutricionais e influencia da atividade física sobre os músculos, ossos e gordura
( LOHMAN, 1986).
Os padrões mínimos de gordura essencial, para homens, situam-se em
29
torno de 3% e, para as mulheres, em torno de 12% do peso corporal total,
enquanto valores acima de 20% para homens e 30% para mulheres, podem
ser considerados como uma quantidade de gordura excessiva (McARDLE,
KATCH; KATCH, 1992). POLLOCK; WILMORE (1993) recomendam que o
peso de gordura não deveria exceder 20% e 27% do peso corporal total para o
homem e para a mulher, respectivamente. Já Heyward (1991) apresenta um
percentual de gordura dentro da normalidade entre 12% a 25% para mulheres
adultas jovens. Entretanto, para a população geral, recomenda níveis entre
12% e 18% para homens e 16% e 25% para mulheres. Estes parâmetros são
importantes tanto para a performance atlética (específicos para cada
modalidade), quanto para o bem-estar, sendo considerados indicadores da
saúde de uma população.
A composição corporal em atletas é um referencial importante obtido
pela antropometria; é a elaboração do perfil antropometrico especifico para
cada atleta. Ele serve como orientação para aqueles que pretendem iniciar
uma vida esportiva, indicando se um individuo terá maiores ou menores
possibilidades de desempenho em um determinado esporte. Um simples
exemplo pode ser a estatura, se o individuo possuir uma estatura elevada,
poderá optar por ser jogador de basquete, vôlei, saltador ou goleiro de futebol
(MARINS; GIANNICHI, 2003).
As mensurações regulares da composição corporal são úteis para os
atletas, a fim de monitorar as alterações durante a temporada, bem como no
período fora delas, assim, o atleta saberá se as alterações de seu peso
corporal representam ganhos ou perdas de gordura corporal. Não se deve
recomendar redução de porcentagem de gordura, pois apresenta erro na
mensuração que não pode ser ignorado. Com métodos adequados e
mensurações cuidadosas, a porcentagem de gordura pode ser estimada com
um erro de aproximadamente 3 a 4% de gordura, a mais ou a menos
(HOWLEY, 2005).
Os pontos de coleta da dobra cutânea são variados, seu emprego
depende do tipo de protocolo que será empregado para o calculo da
composição corporal. Atualmente existem dezenas de protocolos para calculo
da composição corporal devidamente validados cientificamente, sendo difícil
indicar a melhor formula. Isto é decorrente validado na distribuição e na
30
composição da gordura subcutânea levando-se em consideração somente
quatro fatores: idade; sexo; etnia e condicionamento físico. É evidente que
existirá sempre um protocolo mais adequado dependendo do tipo de população
a ser estudada. As correlações entre diversas técnicas nem sempre são
interessantes, assim o avaliador deverá optar por uma das técnicas, de acordo
com suas necessidades e objetivos (MARINS; GIANNIACHI, 2003).
Espessuras de dobras cutâneas.
Ao contrário do que se observa em adultos, raras são as equações com
medidas de espessura de dobras cutâneas propostas com o fim de estimar ao
parâmetros da composição corporal em jovens. Até certo ponto, essa situação
apresenta alguma incoerência. Levando-se em conta que as dificuldades para
persuadir as crianças e aos adolescentes a cooperarem com os procedimentos
de qualquer das técnicas empregadas em laboratório são significativamente
maiores que em adultos, parece existir maior necessidade de utilizar as
equações preditivas nesse segmento da população.
Dentre as poucas equações especificas para jovens apresentadas na
literatura, as sugeridas por Slaughter et al., (1988), são as que têm recebido
maior aceitação. Em sua proposição, foi envolvida a proporção de gordura em
relação ao peso corporal, obtida pelas informações provenientes de análise
multicompartimental como variável dependente e pelo somatório das medidas
de espessura das dobras cutâneas destacadas nas regiões tricipital e
subescapular como variável independente. O erro de predição produzido pelas
equações é estimado entre 3,6 e 3,9%.
As equações foram propostas com base nas variáveis referentes à etnia
(brancos e negros), ao nível maturacional segundo critérios propostos por
Tanner, (1962), (pré-púbere, púbere e pós-púbere) e à quantidade de gordura
corporal e tinham como ponto de corte o somatório das medidas de espessura
das dobras cutâneas destacadas nas regiões tricipital e subescapular ( 2)
menor ou igual a 35 mm:
( 2) 35 mm
Rapazes brancos:
Pré-púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)2 1,7
Púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)2 3,4
31
Pós-púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)
2 5,5
Rapazes negros:
Pré-púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)
2 3,5
Púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)
2 5,2
Pós-púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)
2 6,8
Moças brancas e negras de qualquer nível maturacional:
% gord = 1,33 ( 2)
0,013 ( 2)2 2,5
2 > 35 mm
Rapazes brancos e negros de qualquer nível maturacional:
% gord = 0,783 ( 2) + 1,6
Moças brancas e negras de qualquer nível maturacional:
% gord = 0,546 ( 2) + 9,7
Os pontos de coleta da dobra cutânea são os seguintes:
Tripicital: parte posterior do braço, no ponto medial de uma linha
imaginaria entre o ponto distal e proximal do tríceps (MARINS; GIANNICHI,
2003).
Subescapular: é obtida obliquamente ao eixo longitudinal, tendo como
orientação os arcos costais, estando localizada dois centímetros abaixo do
ângulo inferior da escapula (FERNANDO FILHO, 2003).
1.4 Maturação sexual
A maturação é caracterizada por um processo evolutivo do individuo,
devendo ser entendida como o conjunto de mudanças biológicas que ocorrem
de forma seqüencial e ordenada, que levam o individuo a atingir o estado
adulto. Este processo pode variar no seu ritmo e grau entre os indivíduos,
independentemente de sua raça, sexo ou meio em que vivem. Desta forma,
algumas crianças podem apresentar velocidade de maturação mais acelerada
que outras (precoce) ou mais lenta (tardia), porem com a mesma ordem
seqüencial (GUEDES; GUEDES, 1997; MATSUDO; MATSUDO, 1991).
32
De acordo como Beunen e Malina (1986) crescimento refere-se ao
aumento de tamanho, estatura e demais partes do corpo; já o termo maturação
é utilizado para indicar a evolução de determinado órgão para o estado de
maturidade final.
Neste contexto, no período da adolescência ocorrem grandes
modificações biológicas tanto em relação ao crescimento como a maturação,
promovendo mudanças no aspecto físico, assim como no desempenho motor
do jovem (BASTOS; HEGG, 1986; BEUNEN; MALINA, 1996; GUEDES;
GUEDES, 1997; JONES, HITCHEN; STRATTON, 2000; KATZMARZYK,
MALINA; BEUNEN, 1997; MALINA, 1988). Nesta fase acontecem entre outros
dois fenômenos biológicos relevantes: os estirões de crescimento em estatura
e peso, e a maturação sexual do adolescente. A influencia da maturação
biológica pode ser observada em diversos aspectos, tais como: na composição
corporal, no crescimento e no desempenho motor de cada individuo.
Durante a puberdade a variabilidade nas características físicas entre
indivíduos de uma mesma idade cronológica é insuficiente para determinar o
estagio maturacional do adolescente (MALINA; BOUCHARD, 1991).
Deste modo, não é possível afirmar se o melhor desempenho motor de
um jovem atleta é causado por apresentar um estagio maturacional mais
avançado ou por sua capacidade diferenciada para a atividade física/esportiva
considerada. Exemplificando, o desempenho diferenciado em um teste de
velocidade de 50 metros entre dois jovens atletas da mesma idade cronológica
caso estivessem em estagio maturacionais diferentes. Deste modo, torna-se de
fundamental importância a utilização de técnicas de avaliação eu permitem
estimar a maturação biológica desses indivíduos, a fim de minimizar esse tipo
de erro de interpretação. Tais recursos de avaliação podem auxiliar os
profissionais de Educação Física e Esporte que trabalham com indivíduos que
se encontram na puberdade (MARTIN et al., 2001).
Alguns métodos de avaliação da maturação biológica são descritos na
literatura, como a avaliação somática, esquelética, dental e sexual. A avaliação
somática é realizada através da utilização de medidas antropometricas; a
avaliação da maturação esquelética é feita mediante o uso de radiografias, com
a determinação do estado de ossificação e fusões das epífises ósseas
(GUEDES; GUEDES, 1997); a avaliação da maturação dental é realizada pela
33
idade de erupção de dentes temporários e permanentes; a avaliação da
maturação sexual pode ser avaliada pelo desenvolvimento das características
sexuais secundárias, através de perfis hormonais, assim como pela idade da
menarca nas meninas e da espermarca nos meninos.
O período da adolescência atrai atenção dos pesquisadores da área da
Educação Física e Esporte, principalmente no que se refere às mudanças
biológicas da puberdade. Umas das técnicas que tem sido usada para a
avaliação da maturação biológica são os estágios de maturação sexual
conforme proposto por Tanner (1962) são:
a) pilosidade pubiana para ambos os sexos;
b) desenvolvimento das mamas para o sexo feminino e desenvolvimento
dos genitais.
A maturação sexual pode ser avaliada através de estágios de desenvolvimento
que, de acordo com Tanner (1962) são:
a) cinco estágios para desenvolvimento dos genitais nos meninos;
b) cinco estágios de desenvolvimento das mamas nas meninas;
c) cinco estágios de pilosidade pubiana para ambos os sexos.
Originalmente foram propostos seis estágios para pilosidade pubiana e
tamanho de genitais; o que anteriormente era classificado como estágio seis,
hoje é considerado como estágio cinco.
Malina (1988), baseado nos estágios de desenvolvimento propostos por
Tanner (1962) para a avaliação do desenvolvimento das mamas para as
meninas e de genitais para os meninos, classificou os estágios da seguinte
forma: I: indica um estado de pré-adolescência; II: indica o inicio do período
pubernário; III e IV: indicam a continuidade do desenvolvimento, ou uma fase
intermediaria; V: indica a fase final do desenvolvimento, muito parecida com o
estado adulto.
Uma limitação desta técnica pode ser atribuída à dificuldade de ser
realizada devido à necessidade da presença de um médico especializado e um
local adequado, além de causar frequentemente constrangimento ao
adolescente por se colocar semi-nú diante do observador médico, ao mesmo
tempo causando desconforto ao observador.
Frente a esta limitação, foram realizados estudos através do
procedimento de auto-avaliação das características sexuais secundárias, a fim
34
de tornar possível a adoção de um método mais simples e pouco
constrangedor, no qual seria dispensável a presença de um profissional da
medicina (DUKE; LITT; GROSS, 1980; KREIPE; GEWANTER, 1985;
MATSUDO; MATSUDO, 1991; SCHLOSSBERGER, TURNER; IRWIN, 1992
entre outros). O próprio adolescente, diante de explicações prévias, visualizaria
as fotos relativas às Pranchas de Tanner e indicaria por si só o estágio
maturacional com o qual mais se identifica.
Dentro dessa perspectiva, Morris e Udry (1980) passaram a aplicar a
auto-avaliação utilizando-se do recurso Prancha de Tanner de forma
diferente: no lugar de fotos dos estágios maturacionais (teoricamente mais
constrangedoras para os jovens) os autores criariam desenhos dos respectivos
estágios procurando amenizar a utilização deste procedimento.
Fonte: Revista Paulista de Educação Física, 2001. Figura 1: Estágios de desenvolvimento dos genitais do sexo masculino.
Fonte: Revista Paulista de Educação Física, 2001. Figura 2: Estágios de pilosidade pubiana masculina.
35
1.5 Lactato: Produção e remoção
Desde que Fletcher; Hopkins em (1907 apud VILLAR; DENADAI, 1998)
demonstraram a formação de ácido lático durante a contração muscular, muita
atenção tem sido dada aos prováveis mecanismos que controlam sua produção
e remoção durante o exercício, onde novas pesquisas surgiram e evidenciaram
que o lactato produzido pode ser utilizado como substrato energético pelo
fígado, músculos esqueléticos e o coração. Este conceito de que o lactato pode
ser produzido num tecido e transportado a outro, para ser utilizado como fonte
de energia é denominada de lançadeira de lactato (POWERS; HOWLEY,
2005).
Para realizar quase todas as tarefas que nosso corpo necessita para a
nossa sobrevivência (funções biológicas), ou para que possa realizar uma ação
do nosso comando (movimentos e exercícios), é necessário um gasto de
energia para que isto aconteça. Esta energia é proveniente de uma molécula
chamada ATP (adenosina trifosfato
uma molécula universal condutora de
alta energia, produzida em todas as células vivas como um modo de capturar e
armazenar energia). Esta consiste de base púrica adenina e do açúcar de cinco
carbonos, ribose, aos quais são adicionados, de forma linear, três moléculas de
fosfato. À medida que o corpo vai realizando suas funções, o ATP é degradado
e, conseqüentemente, restaurado por outra fonte energética que pode ser
proveniente da fosfocreatina (intramuscular), das gorduras, dos carboidratos ou
das proteínas (FOSS; KETEYIAN, 2000).
Conforme as necessidades energéticas vão avançando, o corpo utiliza o
pouco ATP que ele tem disponível para realizar suas funções, à medida que o
ATP acaba, é solicitado o uso da fosfocreatina para ressintetizar o ATP, porém
a fosfocreatina também é pouca em nosso organismo. Então as necessidades
energéticas continuam e o nosso organismo solicita outro macronutriente para
realizar a ressíntese do ATP. Entretanto, neste momento o nosso corpo precisa
fazer uma escolha, ele precisa determinar qual substrato energético utilizar:
gordura, na forma de triglicerídeos, ou carboidratos, na forma de glicose ou
36
glicogênio muscular (BROOKS; FAHEI, 2000).
Essa escolha irá depender de dois fatores:
a) a velocidade de ressíntese do ATP;
b) se há ou não a presença de oxigênio durante o processo de
transformação.
Na presença de oxigênio e na pouca necessidade de solicitação o
organismo utilizaria a gordura para ressintetizar ATP, uma vez que a gordura
gera mais ATP que a glicose, e sua fonte é praticamente ilimitada no nosso
corpo, não levando-o ao risco de sofrer pela má utilização deste substrato. Por
outro lado, na necessidade de alta velocidade de ressíntese do ATP o
organismo irá optar pela glicose ou glicogênio hepático e muscular; como em
exercícios extenuantes e muito intensos. Isso também ocorreria na ausência de
oxigênio durante o processo de geração de energia, chamado de via glicolítica.
Essa via é capaz de gerar energia suficiente para ressíntese do ATP, mas
tendo como produto final o ácido lático (um subproduto tóxico gerado no
decorrer do ciclo de ressíntese do ATP), que faz com que o exercício seja
interrompido minutos depois pela instalação da fadiga muscular dos músculos
exercitados (McARDLE, 2001).
O lactato não deve ser encarado como um produto de desgaste
metabólico. Pelo contrário, proporciona uma fonte valiosa de energia química
que se acumula como resultado do exercício intenso. Quando se toma
novamente disponível uma quantidade suficiente de oxigênio durante a
recuperação, ou quando o ritmo do exercício diminui, o NAD (coenzima NADH
em sua forma oxidada) varre os hidrogênios ligados ao lactato para
subseqüente oxidação a fim de formar ATP. Os esqueletos de carbono das
moléculas de piruvato formados novamente a partir do lactato durante o
exercício serão oxidados para a obtenção de energia ou serão sintetizados
(transformados) para glicose (gliconeogênese) no ciclo de Cori. O ciclo de Cori
não serve apenas para remover o lactato, mas o utiliza também para
reabastecer as reservas de glicogênio depletadas no exercício árduo (SMITH,
et al., 1998).
Quando a oxidação do lactato iguala sua produção, o nível sangüíneo de
lactato se mantém estável, apesar de um aumento na intensidade do exercício
37
e no consumo de oxigênio. Para as pessoas sadias, porém destreinadas, o
lactato sangüíneo começa a acumular-se e sobe de maneira exponencial para
aproximadamente 55% de sua capacidade máxima para o metabolismo
aeróbio. A explicação habitual para um acúmulo do lactato sangüíneo durante o
exercício pressupõe uma hipoxia (falta de oxigenação da musculatura) tecidual
relativa. Quando o metabolismo glicolítico predomina, a produção de
nicotinamida adenina dinudeotidio (NADH
coenzima envolvida na
transferência de energia) ultrapassa a capacidade da célula de arremessar
seus hidrogênios (elétrons) através da cadeia respiratória, pois existe uma
quantidade insuficiente de oxigênio ao nível tecidual. O desequilíbrio na
liberação de oxigênio e a subseqüente oxidação fazem com que o piruvato
(substrato final da degradação da glicose; muito importante para a formação do
lactato) possa aceitar o excesso de hidrogênios, o que resulta em acúmulo de
lactato (FOSS; KETEYIAN, 2000).
O lactato é formado continuamente durante o repouso e o exercício
moderado. As adaptações musculares induzidas pelo treinamento aeróbio,
permitem os altos ritmos de renovação do lactato; assim sendo, o lactato
acumula-se em intensidades mais altas de exercício que no estado destreinado
(JUEL, 1998).
Outra explicação para o acúmulo de lactato durante o exercício poderia
incluir a tendência para a enzima desidrogenase lática (LDH) nas fibras
musculares de contração lenta favorecer a conversão de lactato para piruvato.
Portanto, o recrutamento das fibras de contração rápida com o aumento
da intensidade do exercício favorece a formação de lactato,
independentemente da oxigenação tecidual (BENEKE, et at., 2003).
Referindo-se ainda a formação de lactato, Denadai (1999) salienta que,
embora o músculo esquelético seja o maior sítio de produção e liberação de
lactato durante o exercício, outros órgãos (intestino, fígado, pele) também
podem produzir e liberar lactato. A maior produção de ácido láctico ocorre
durante exercícios que só podem ser mantidos entre 60 a 180 segundos,
quando este sistema é exigido ao máximo.
Segundo Ferreira (2006, p. 16) a produção e o acumulo de lactato são acelerados quando o exercício torna-se mais intenso e as células musculares não conseguem atender às demandas energéticas
38
adicionais aerobiamente nem oxidar o lactato com o mesmo ritmo de sua produção .
Durante um exercício exaustivo, os músculos e o sangue conseguem
tolerar o acumulo de apenas 60 a 70 gramas de acido lático, antes de surgir a
fadiga (FOSS; KETEYIAN, 2000).
Segundo McArdle; Katch; Katch, (2003), atletas de velocidade-potência
em geral alcançam níveis sanguíneos de lactato 20 a 30% mais altos que seus
congêneres destreinados durante o exercício máximo de curta duração.
Depois de sua formação no músculo, o lactato se difunde rapidamente
para o espaço intersticial e para o sangue, para ser tamponado e removido do
local do metabolismo energético. Dessa forma, a glicólise continua fornecendo
energia anaeróbia para a ressíntese do ATP. Essa via para a energia extra
continua sendo temporária, pois os níveis sangüíneos e musculares de lactato
aumentam e a regeneração do ATP não consegue acompanhar seu ritmo de
utilização. A fadiga se instala de imediato e diminui o desempenho nos
exercícios. A maior acidez intracelular e outras alterações medeiam a fadiga,
pela inativação de várias enzimas na transferência de energia e pela
deterioração das propriedades contráteis do músculo. Entretanto, a maior
acidez (pH mais baixo) por si só não explica a redução na capacidade de
realizar exercícios durante um esforço físico intenso (JUEL, 1998).
No exercício extenuante, quando as demandas energéticas ultrapassam
tanto o suprimento de oxigênio quanto seu ritmo de utilização, a cadeia
respiratória não consegue processar todo o hidrogênio ligado ao NADH. A
liberação contínua de energia anaeróbia na glicólise depende da
disponibilidade de NAD para oxidar 3-fosfogliceraldeído (subproduto da
degradação da glicose); caso contrário, o ritmo rápido da glicólise se esgota .
Durante a glicólise anaeróbia, NAD é liberado à medida que pares de
hidrogênios não oxidados em excesso se combinam temporariamente com o
piruvato para formar lactato. O acúmulo de lactato, e não apenas sua
produção, anuncia o início do metabolismo energético anaeróbio (SMITH, et al.,
2002).
A ressíntese dos fosfatos de alta energia (ATP) terá que prosseguir com um ritmo rápido para que o exercício extenuante possa continuar. A energia para fosforilar o ADP (resultado final do ATP depois de liberar energia), durante o exercício intenso deriva
39
principalmente do glicogênio muscular armazenado através da glicólise anaeróbia (ritmo máximo de transferência de energia igual a 45% daquele dos fosfatos de alta energia), com a subseqüente formação de lactato. De certa forma, a glicólise anaeróbica com formação de lactato poupa tempo. Torna possível a formação rápida de ATP pela fosforilação ao nível do substrato, mesmo quando o fornecimento de oxigênio continua sendo insuficiente e/ou quando as demandas energéticas ultrapassam a capacidade do músculo para a ressíntese aeróbia do ATP (FERREIRA, 2006, p.18).
Os acúmulos rápidos e significativos de lactato sangüíneo ocorrem
durante os exercícios máximos (extenuante) que dura entre 60 a 180
segundos. Uma redução na intensidade desse exercício árduo para prolongar o
período do exercício acarreta uma redução correspondente tanto no ritmo de
acúmulo quanto no nível final de lactato sangüíneo (FOSS, 2000).
Apesar do lactato sangüíneo permanecer elevado por uma a duas horas
após um exercício altamente anaeróbio, as concentrações sanguíneas e
musculares de H+ retornam ao normal em 30 a 40 minutos de recuperação
ativa. Além disso, exercícios de alta intensidade, onde as concentrações de
lactato se elevam muito, acima de seus níveis de repouso, tende a voltar a sua
normalidade por volta de 30 a 60 minutos após a atividade (HIGINO, 2001).
A recuperação ativa realizada após exercícios de alta intensidade,
aumenta a velocidade de remoção do lactato do músculo e da circulação, em
relação ao repouso passivo, sendo que sua remoção após um exercício intenso
pode ocorrer através da oxidação em CO2 e H2O pela musculatura,
gliconeogênese hepática e através da reconversão a glicogênio pela
glicogênese muscular e hepática (VILLAR, DENADAI, 1998; HIGINO, 2001).
Um exercício aeróbio de baixa intensidade realizado na fase de
recuperação durante 10
15 minutos será capaz de uma remoção do lactato
até duas vezes mais rápido quando comparado com uma recuperação inativa
sendo que sua remoção deve acontecer primeiramente no músculo e depois no
sangue (BOMPA, 2001).
De acordo com Higino, (2001) os atletas praticantes de atividades
aeróbias (fundistas) demonstram possuir uma melhor taxa de remoção de
lactato do que aqueles praticantes de atividades predominantemente
anaeróbias (velocista).
Em condições aeróbias, o ritmo de remoção do lactato por outros tecidos
40
corresponde a seu ritmo de formação, resultando na ausência de qualquer
acúmulo efetivo de lactato, isto é, a concentração sangüínea de lactato se
mantém estável. Somente quando a remoção não mantém paralelismo com a
produção, o lactato acumula-se no sangue (BIRCHER; KNECHTLE, 2004).
Existem quatro destinos possíveis para o ácido lático:
a) Excreção na Urina e no Suor. Sabe-se que o ácido lático é excretado
na urina e no suor. Entretanto, a quantidade de acido lático assim
removida durante a recuperação após um exercício é negligenciável.
b) Conversão em Glicose e/ou Glicogênio. Já que o ácido lático é um
produto da desintegração dos carboidratos (glicose e glicogênio),
pode ser transformado de novo em qualquer um desses compostos
no fígado (glicogênio e glicose hepáticos) e nos músculos (glicogênio
muscular), na presença de energia (ATP) necessária. Contudo, e
como já vimos, a ressíntese do glicogênio nos músculos e no fígado é
extremamente lenta, quando comparada com a remoção do ácido
lático. Além disso, a magnitude das alterações nos níveis sanguíneos
de glicose durante a recuperação também é mínima. Portanto, a
conversão do ácido lático em glicose e glicogênio é responsável
apenas por uma pequena fração do ácido lático total removido.
c) Conversão em proteína. Os carboidratos, incluindo o ácido lático,
podem ser convertidos quimicamente em proteína dentro do corpo.
Entretanto, também foi demonstrado nos estudos que apenas uma
quantidade relativamente pequena de ácido lático é transformada em
proteína durante o período imediato de recuperação após um
exercício.
d) Oxidação/Conversão em CO2 e H2O. O ácido lático pode ser usado
como combustível metabólico para o sistema do oxigênio,
predominantemente pelo músculo esquelético, porém o músculo
cardíaco, o cérebro, o fígado e o rim também são capazes dessa
função. Na presença de oxigênio, o ácido lático é transformado,
primeiro, em ácido pirúvico e, a seguir, em CO2 e H2O no ciclo de
Krebs e no sistema de transporte de elétrons, respectivamente. É
41
evidente que o ATP é ressintetizado em reações acopladas no
sistema de transporte de elétrons. (BENEKE; et al., 2003).
O uso de acido lático como combustível metabólico para o sistema
aeróbio é responsável pela maior parte do acido lático removido durante a
recuperação após um exercício intenso (FERREIRA, 2006, p. 20).
A capacidade de gerar altos níveis sangüíneos de lactato durante o
exercício máximo aumenta com o treinamento anaeróbio específico de
velocidade-potência e, subseqüentemente, diminui com o destreinamento.
A manutenção de um baixo nível de lactato conserva também as
reservas de glicogênio, o que permite prolongar a duração de um esforço
aeróbio de alta intensidade (BIRCHER; KNECHTLE, 2004).
Foi observado em pesquisas que, a elevação dos níveis de lactato
observada nos indivíduos treinados quando exercitados agudamente foi
significativamente menor que a observada nos sedentários. Tais resultados
reproduzem os achados clássicos descritos na literatura, o que nos permite
avaliar como eficazes, tanto na intensidade do exercício agudo na
determinação de modificações no metabolismo energético, quanto o protocolo
de treinamento físico na produção de adaptações orgânicas.
Em outras palavras, treinar para aumentar o limiar anaeróbico (FOSS;
KETEYIAN, 2000).
1.5.1 Limiar Anaeróbio (LAN)
O Limiar Anaeróbio é por Higino (2001) definido, como sendo a máxima
intensidade de exercício em que há um equilíbrio entre a produção e remoção
de lactato.
Atualmente, consideramos, basicamente, dois tipos de resposta
metabólica ao exercício dinâmico de longa duração:
a) uma carga que pode ser mantida em estado estável por bastante
tempo, em que as necessidades energéticas são supridas de forma
totalmente oxidativa, caracterizada por uma baixa concentração de
42
lactato resultante do equilíbrio entre a sua produção e eliminação;
b) uma carga durante a qual é necessária uma formação adicional de
ácido láctico para suprir as necessidades energéticas, o que conduz à
um acumulo progressivo e à inevitável fadiga resultando em
alterações do ambiente físico-químico das fibras. No entanto, entre
estes dois estados metabólicos, existe um estágio de transição
designado de limiar anaeróbio, que corresponde à intensidade
máxima de exercício em que se verifica um equilíbrio entre a
produção e a remoção de ácido láctico (SMITH, 2002).
Por outras palavras, o limiar anaeróbio corresponde a uma intensidade
de exercício crítica, a partir da qual qualquer incremento da carga, por pequeno
que seja, provoca a transição do metabolismo puramente oxidativo para o
parcialmente anaeróbio, com o concomitante aumento progressivo da
lactacidemia. Assim, os bons maratonistas apresentam limiares anaeróbios
elevados, porque só assim serão capazes de correr uma maratona utilizando
percentagens elevadas do seu VO2max. Por este motivo, nem sempre o atleta
com maior potência aeróbia vence este tipo de competição, dado que é
determinante conseguir manter velocidades elevadas de corrida com baixas
lactacidemias. De fato, as concentrações sanguíneas de lactato no final de uma
maratona situam-se, habitualmente, entre as 2-3mM.
De acordo com Denadai; Ortiz; Mello, (2004) o Lan é um excelente
preditor da performance em provas de 5000 metros. A determinação do Limiar
Anaeróbio (Lan), é influenciada pela duração do protocolo utilizado ou seja
quanto mais longa cada etapa, tanto menor o limiar, e pelo tipo de exercício
onde por exemplo o limiar reduz se for executado com uma bicicleta
ergométrica ao invés de uma esteira ergométrica (WEINECK, 2003).
Segundo Wasserman et al. (1973) o termo o Limiar Anaeróbio foi
primeiramente proposto por Wasserman; Mcllroy em (1964), onde definiram
como sendo o momento em que o lactato sangüíneo aumenta de forma abrupta
sendo considerado como um indicador do aumento da produção de lactato, e
interpretado como a forma de suprimento inadequado de oxigênio dentro do
músculo em exercício.
Segundo Powers; Howley (2000), muitos pesquisadores utilizam o termo
43
Limiar Anaeróbio (LAn) para descrever o súbito aumento do ácido láctico
durante o exercício progressivo, como sendo um ponto que representa o
aumento da dependência do metabolismo anaeróbio (glicólise).
As principais conclusões dos estudos que confirmaram o limiar
anaeróbio como parâmetro determinante na avaliação do exercício prolongado,
são basicamente as seguintes:
a) de uma forma geral, este tipo de exercício é efetuado utilizando
apenas uma fração do VO2max;
b) a performance na corrida de longa duração é determinada pela
capacidade de manter altas velocidades de corrida a uma elevada %
VO2max e com baixa lactacidemia;
c) dados laboratoriais recolhidos em corredores de meio-fundo e fundo
indicaram um baixo acumulo de lactato no sangue para cargas até
80% VO2max;
d) verificou-se a existência de um limite crítico (intensidade limiar) para
além do qual, qualquer aumento na velocidade de corrida
determinava um rápido aumento da lactacidemia;
e) os corredores com um limiar anaeróbio elevado são frequentemente
capazes de melhores performances do que corredores com um
VO2max superior, mas com um limiar inferior;
f) o VO2max revelou-se um critério insuficiente na avaliação da
resistência de média (esforços entre 10-30 min) e longa duração (30
min).
No entanto, a validade da grande maioria destes métodos tem sido
contestada por inúmeros investigadores. De fato, tem sido referido que tanto a
duração, como o tipo de incremento da carga por estágio, influenciam de forma
determinante o valor final encontrado para o limiar anaeróbio e muitos dos
métodos super valorizam frequentemente esse valor. Pesquisas conduzidas
por investigadores alemães com o objetivo de determinar qual a carga
constante mais elevada que poderia ser tolerada com uma lactacidemia
estabilizada, referem um valor médio de 4mM como correspondendo ao
44
equilíbrio máximo de lactato (WILMORE; COSTILL, 2001).
Em crianças menores 15 anos as respostas cardiorrespiratorias obtidas
nas intensidades de 2,5 e 4mM de lactato, foram comparadas às obtidas na
MSSLac, não foram encontradas diferenças no VO2 e na freqüência cardíaca
correspondente a 2,5mM e na MSSLac. Entretanto, os valores em 4mM foram
significantemente maiores. Em razão disso, os autores propõem a utilização da
concentração fixa de 2,5mM, para a avaliação e identificação da intensidade de
MSSLac em crianças, e não a concentração fixa de 4mM (WILLIAMS;
ARMSTRONG, 1991).
1.6 Consumo máximo de oxigênio (VO2)
O VO2max é denominado como a mais alta captação do consumo de
oxigênio que um indivíduo alcança respirando ar atmosférico ao nível do mar
(ASTRAND, 1956).
Denadai (1999), relata que a capacidade do ser humano para realizar
exercícios de média e longa duração dependem muito do sistema aeróbio.
Assim, um dos índices mais utilizados na avaliação da capacidade aeróbia é o
VO2max.
Leite (2000), relata que o VO2max é a maior quantidade de oxigênio que
o sistema cardiovascular é capaz de entregar aos tecidos do organismo,
durante uma atividade física máxima, sendo que, quanto mais se utilizar os
músculos durante uma atividade física, maior será o VO2max.
Denadai (1999), verificou que durante a atividade física, o requerimento
de oxigênio para os músculos ativos pode aumentar até em vinte vezes em
relação ao repouso, enquanto que para a musculatura inativa, o consumo
permanece inalterado.
Denadai et aI., (2000), relata que o VO2max é uma medida da
quantidade máxima de energia que pode ser produzida pelo metabolismo
aeróbio por uma determinada unidade de tempo, ou seja, da potência aeróbia.
Nahas (2001) descreve que para manter o organismo vivo e realizar
atividades físicas e mentais, as células necessitam de fornecimento constante
45
de oxigênio e de nutrientes, principalmente na forma de glicose, e cabe ao
sistema cardiorrespiratório fornecer elementos vitais ao organismo e eliminar
os subprodutos das reações químicas celulares, principalmente C02, ácido
lático e calor produzido pelas reações químicas.
Existem duas formas de expressar o VO2max, em l/min, para valores
absolutos e em ml/Kg/min, para valores relativos a massa corporal, sendo este
o mais utilizado, pois permite uma comparação mais precisa entre indivíduos
praticantes de corridas, por uma sustentação do peso corporal. Denadai
(1999), descreve que é importante destacar o modo pelo qual o VO2max é
expresso em valores absolutos (l/min) ou relativos (ml/Kg/min), influenciam em
seu grau de correlação com a performance.
1.6.1 Valores de VO2max
Quando realizados estudos em grupos heterogêneos (em todos os
aspectos), pode-se encontrar valores de VO2max bem mais elevados que dos
grupos homogêneos, que por sua vez, apresentam pequenas variações em
torno de 15 e 20%.
Segundo Denadai (1999), a performance aeróbia de um grupo
heterogêneo de atletas, recebe profunda influência do VO2max, porém, em
atletas altamente treinados, a predição de performance pelo VO2max pode
apresentar limitações.
Segundo Denadai (1999), os valores em repouso do VO2max são
bastante semelhante entre indivíduos treinados e sedentários, mas durante um
esforço máximo os indivíduos treinados possuem valores de VO2max, que são
duas vezes maior que os valores apresentados por indivíduos sedentários.
1.6.2 VO2 Pico
Foi verificado que o VO2 aumenta da mesma forma e proporção em que
aumenta a intensidade da atividade física, até que se consiga atingir uma
46
intensidade em que o VO2max não irá mais aumentar, mesmo com um maior
esforço do indivíduo na realização da atividade física É de grande importância
a escolha do protocolo e/ou ergômetro a ser utilizado e a atividade que o atleta
está habituado a realizar, pois isto poderá determinar o VO2 atingido durante o
esforço máximo. Denadai (1999), descreve que o termo VO2 pico vem sendo
utilizado em publicações mais recentes, mas ainda se utiliza o termo VO2max,
pois em quase todas as referências utilizadas usam este termo, devendo
assim, prescrever a forma original utilizada pelos autores.
1.6.3 Fatores Determinantes do VO2max
1.6.3.1 Idade e Sexo
Os valores de VO2max em crianças abaixo dos oito anos de idade, são
muito difíceis de serem encontrados. Segundo Denadai (1999), as crianças
abaixo desta idade, apresentam pouca atenção e baixa motivação, diminuindo
a confiabilidade dos dados, além dos protocolos e equipamentos serem
próprios para adultos, tomando-se os testes mais difíceis para esta faixa etária.
Astrand; Rodhal (1980), descrevem que seria interessante descobrir por
que o melhor desempenho em provas de resistência costuma ser obtido por
atletas com 25 a 30 anos de idade, enquanto que a capitação de oxigênio mais
alta em geral é alcançada por volta dos 18 aos 20 anos de idade.
O desempenho físico sofre um declínio com o passar dos anos, devido
ao envelhecimento das fibras musculares e redução da capacidade
cardiorrespiratória, além da perda de estímulos e a desaceleração no ritmo de
vida. Astrand; Rodhal (1980), relatam que em ambos os sexos existe um pico
dos 18 aos 20 anos, seguido por um declínio gradual na capacitação máxima
de oxigênio. Aos 65 anos de idade, o valor médio encontrado é de 70% do
valor de um indivíduo de 25 anos. A capacitação máxima de oxigênio para um
homem de 65 anos de idade é em média a mesma para uma mulher de 25
anos de idade. Sabe-se que ocorre uma diminuição de 7 a 9% por década dos
47
valores de VO2max, em função da faixa etária. Pollock; Wilmore (1993),
verificaram que indivíduos que realizavam treinamento regularmente durante
toda a vida, apresentaram uma diminuição de 5% do VO2max por década.
1.6.3.2 Fatores Genético
Leite (2000), ao avaliar o VO2max de uma população homogênea, a
variação dos resultados foi dependente dos valores genéticos pré-
determinados.
Existem poucos estudos sobre o efeito da hereditariedade sobre o
VO2max fazendo com que ele possa responder de 25 a 50% da variação do
VO2max.
Os fatores genéticos e ambientais são os principais influenciadores do
VO2max, sendo que o fator genético é que estabelece os limites para os
indivíduos.
1.6.4 Fatores Limitantes do VO2max
O VO2max parece ser limitado pela oferta central de oxigênio, que por
sua vez é influenciada pelo débito cardíaco e pelo conteúdo arterial de
oxigênio, sendo limitante em indivíduos altamente treinados mesmo havendo
adaptações periféricas com o treinamento.
1.6.4.1 Ventilação Pulmonar e Difusão Alveolar-Capilar de Oxigênio
Estudos atuais mostram que o sistema respiratório não limita o VO2max,
quando se trata de indivíduos saudáveis, exercitando-se ao nível do mar.
Segundo Denadai (1999), a ventilação pulmonar (VE) que é atingida
durante o esforço máximo, é geralmente inferior à ventilação voluntária
48
máxima, e a saturação sangüínea arterial de oxigênio permanece normal na
grande maioria dos casos, mesmo durante o esforço máximo, onde nem a VE,
nem a capacidade de difusão alvéolo-capilar de oxigênio, limitam o VO2max de
muitos indivíduos.
Luz; Mariano, (2004), as pessoas em repouso ou sob estresse, a
velocidade de difusão não é fator limitante, mas quando a pessoa se exercita
arduamente, existe uma real limitação de difusão.
Denadai (1999), concluiu que em alguns indivíduos altamente treinados,
o sistema respiratório pode limitar o VO2max.
1.6.4.2 Sistema de Transporte de Oxigênio e a Diferencia Artério Venosa de
Oxigênio
Estudos sobre a limitação do VO2max, ainda não estão totalmente
concluídos, pois duas diferentes escolas de pensamentos defendem, cada uma
sua hipótese. Uma aceita que a limitação é central, e a outra que a limitação é
periférica (LUZ; MARIANO, 2004). A primeira diz que dependerá do débito
cardíaco máximo e do conteúdo máximo de oxigênio arterial, oferta central de
oxigênio. Já a outra hipótese defendida, diz que a limitação é periférica, pois o
sangue deixa o coração em direção as extremidades com 97% de oxigênio.
Segundo Denadai (1999), a teoria periférica para a limitação do VO2max,
baseia-se principalmente no fato de que o VO2max é influenciado pelo
potencial oxidativo das fibras musculares, isto é, pela concentração de enzimas
oxidativas e também pelo número e tamanho das mitocôndrias.
1.6.5 Limitação durante o exercício
Limitações centrais:
a) Respiratória, dividi-se em: ventilação, ventilação pulmonar, difusão, de
O2 .
49
b) Circulação central, dividi-se em: debito cardíaco, pressão sanguínea
arterial, concentração de hemoglobina no sangue e volume
sanguíneo.
Limitações periféricas:
a) Circulação periférica, dividi-se em: distribuição do fluxo sanguíneo,
fluxo sanguíneo muscular, densidade capilar do músculo, difusão do
oxigênio e afinidade da hemoglobina.
b) Metabolismo muscular, dividi-se em: densidade mitocondrial,
atividades das enzimas oxidativas, deposito de energia e substratos,
massa muscular e tipo de composição das fibras.
1.7 Potência Anaeróbia
Durante as duas últimas décadas vem crescendo substancialmente o
interesse pela performance anaeróbica de crianças e adolescentes. No entanto
a capacidade de esforço anaeróbico do organismo humano, permanece ainda,
menos conhecida que a capacidade aeróbica. Além do mais, a aptidão
anaeróbica não tem recebido a mesma atenção, por parte de pesquisadores e
profissionais envolvidos na área. Nos altos níveis de aptidão anaeróbia
exigidos em muitos esportes, e também pela limitação que baixos níveis de
aptidão anaeróbica impõe a função diária em várias doenças pediátricas
(BLIMKIE et al., 1988; NINDL et at., 1995; MAYHEM; SALIM, 1990).
Diversos autores já enfatizaram a dificuldade em comparar os resultados
entre estudos, uma vez que diferentes protocolos, diferentes medidas e modo
de exercício são empregados. Isto se deve, em parte, a inexistência de
medidas diretas do metabolismo energético nos seus componentes alático e
lático. (ARMSTRONG et. al., 1997; BAR-OR, 1986; VAN PRAAGH, 1997).
A quantificação tanto da capacidade quanto da potência anaeróbica, tem
sido feita através de medidas indiretas com ênfase no trabalho mecânico:(ex.
Salto vertical, salto horizontal; corrida 36m. teste de 40 seg; teste de Margaria;
teste de Wingate; teste em esteira rolante; teste isocinético mono-articular,
50
teste de força-velocidade em cicloergômetro ou esteira; os métodos: déficit
máximo acumulado de oxigênio e potência crítica ). Os dados existentes
evidenciam a especificidade dos resultados em relação a forma de mensuração
e/ou protocolo utilizado (MARTIN; MALINA,1998).
Os aspectos evolucionários do sistema energético anaeróbico não foram
totalmente esclarecidos, particularmente, com respeito as diferenças sexuais. A
literatura tem demonstrado que alterações específicas relacionadas ao sexo
são perceptíveis no início da puberdade e ampliadas no final da adolescência,
as evidências até o momento, enfatizam as variações na massa muscular,
como sendo o fator preponderante; as interações com o meio ambiente e
outros fatores, além do biológico, ainda não foram explorados. Assim a
quantidade de músculo (área transversa e comprimento), a qualidade muscular
(tipo de fibra, substrato disponível), a arquitetura muscular (alinhamento das
fibras musculares), assim como a arquitetura músculo-esquelética (geometria
articular), a ativação neuro-muscular (recrutamento e coordenação), a
endurance muscular, (enzimas glicolíticas e estoques de creatinafosfato), a
resistência à fadiga (capacidade de tamponamento), já foram investigados e
são considerados fatores básicos; além disso, muitos deles devem ser
interpretados no contexto do crescimento e maturação (FROESE; HOUSTON,
1987; MARTIN; MALINA, 1998).
Para a avaliação funcional de atletas, vários são os testes que têm sido
empregados para a determinação da potência e da capacidade anaeróbia
(MARGARIA, 1966; SZÖGY; CHEREBETIU, 1986; BOSCO, 1987;
WANDEWALLE, 1987; BAR-OR, 1987; MEDBO et. al., 1988).
A maior parte destes testes, que são utilizados por pesquisadores e
treinadores, acabam apresentando pelo menos um destes inconvenientes:
a) dificuldade para diferenciar claramente a potência da capacidade
anaeróbia;
b) dificuldade para estabelecer a fronteira exata entre o metabolismo
aláctico e láctico e;
c) dificuldade em estabelecer testes específicos para cada esporte.
Entre os testes mais utilizados pelos laboratórios de Fisiologia do
Exercício, para a avaliação anaeróbia, está o Teste de Wingate (TW). Esta
51
grande utilização ocorre provavelmente, em função da simplicidade
metodológica e do fácil acesso ao material necessário para a execução do
teste. Além disso, o TW pode ser realizado em condições laboratoriais, o que
permite a princípio, um controle das condições ambientais, e um
acompanhamento muito grande do sujeito avaliado, o que acaba determinando
uma excelente reprodutibilidade para o teste (BAR OR, 1987).
Apesar das vantagens citadas anteriormente, as informações referentes
a validade do TW em avaliar a performance anaeróbia obtida durante a corrida,
ainda são escassas. Esta preocupação é importante, pois embora sejam
empregados nos dois testes (Wingate e corrida), preferencialmente os
membros inferiores, existem diferenças biomecânicas e fisiológicas, entre a
corrida e o ciclismo. Estas diferenças ficam bem evidentes, quando são
analisados os dados existentes na literatura, que compararam as avaliações
aeróbias (Consumo Máximo de Oxigênio e Limiar Anaeróbio) de diferentes
grupos de indivíduos (corredores, ciclistas, triatletas e sedentários), realizadas
nos dois ergômetros, mostrando, pelo menos para esta capacidade motora,
que a resposta é específica para o ergômetro utilizado (DENADAI et. al., 1994).
Embora exista escassez destas informações, várias equipes de esportes
coletivos (basquete, futebol, voleibol) apesar de empregarem principalmente a
corrida como meio de treinamento físico, vem utilizando o TW para realizar
avaliações e reavaliações da capacidade e potência anaeróbia (DENADAI;
GUGLIEMO; DENADAI, 1997)
No entanto as limitações apontadas ao teste do Wingate para estas
modalidades são minimizadas em um outro teste: Running-based Anaerobic
Sprint Test (R.A.S.T.), da Universidade de Wolverhampton, pois apresenta uma
maior facilidade de aplicação. O R.A.S.T. consiste na realização de seis
repetições de uma distância de 35 metros, à velocidade máxima, com um
intervalo de recuperação ativo entre repetições com duração de 10 segundos
(SIQUEIRA; CRESCENTE; CARDOSO; 2005).
2 CASUÍSTICAS E MÉTODOS
52
2.1 Condições ambientais
As avaliações foram realizadas no Laboratório de Avaliação do Esforço
Físico (LAEF) do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium de Lins
(Unisalesiano), durante o mês de junho de 2007, nos horários entre 14 horas e
18 horas, onde a temperatura e umidade relativa do ar foram monitoradas e
controladas ficando entre 25 ºC 29 ºC e 39 41%, respectivamente, no intuito
de amenizar qualquer efeito térmico sobre as variáveis estudadas.
2.2 Sujeitos
A amostra foi composta por doze (12) indivíduos do sexo masculino,
voluntários, aparentemente saudáveis, fisicamente ativos com média de idade
treze (13) anos. Todos os indivíduos treinados no período mínimo dois (2)
anos, fazendo parte da equipe de Beisebol da categoria pré-junior, da cidade
de Lins, estado de São Paulo. Os atletas treinavam de uma forma geral, isto é,
sem treinamento individualizado, durante três (3) vezes por semana, no horário
entre 15 horas e 18 horas. Antes de iniciarem os testes, seus responsáveis
tomaram conhecimento dos procedimentos aos quais as crianças seriam
submetidas e assinaram o termo de concordância referente à participação no
estudo.
2.3 Material
a) esteira rolante IMBRAMED, ATL 10200;
b) analisador eletroquímico YSL 1500, Sport ;
c) freqüencimetro cardíaco POLAR;
d) becher;
e) eppendorf;
53
f) capilar;
g) algodão;
h) luvas de procedimento;
i) lanceta;
j) álcool (70%);
k) pipeta de fluoreto de sódio;
l) fluoreto de sódio 2%;
m) compasso de dobras cutâneas CESCORF;
n) Estadiômetro;
o) balança de bioimpedância TANITA, TBF 305;
p) cronômetro;
q) esparadrapo;
r) analisador de gás METALYZER 3B;
s) fichas de coletas de dados;
t) computador.
2.4 Testes
O presente estudo foi norteado pelas seguintes avaliações:
a) Antropometria: os indivíduos foram submetidos a uma anamnese para
que se pudesse determinar o nível de atividade física, após a
anamnese foi mensurado o perfil antropometrico (GUEDES;
GUEDES, 2006). (APÊNDICE B).
Peso:o avaliado posicionou-se em pé, de frente para a escala da
balança, com afastamento lateral dos pés, estando à plataforma entre
os mesmos. Em seguida colocou-se sobre e no centro da plataforma,
ereto com o olhar num ponto fixo à frente, estando o individuo com o
mínimo de roupa possível. Foi realizada apenas uma medida
(FERNANDO FILHO, 2003).
Estatura: o avaliado ficou na posição ortostática: estando em pé,
posição ereta, braços estendidos ao longo do corpo, pés unidos,
procurando sempre o contato com o instrumento de medida as
54
superfícies posteriores do calcanhar, cintura pélvica, cintura escapular
e região e região occipital. A medida foi realizada com o avaliado em
apnéia inspiratória, de modo a minimizar possíveis variações sobre
esta variável antropometrica. A cabeça esteve posicionada segundo o
plano de Frankfurt, paralelo ao solo. A medida foi realizada com o
cursor em ângulo de 90º em relação à escala. Permitiu-se o avaliado
usar calção e camiseta, exigindo-se que esteja descalço (FERNANDO
FILHO, 2003).
b) Composição Corporal
Percentual de gordura: As dobras cutâneas das regiões tricipital, parte
posterior do braço, no ponto medial de uma linha imaginaria entre o
ponto distal e proximal do tríceps (MARINS; GIANNICHI, 2003), e
subescapular é obtida obliquamente ao eixo longitudinal, tendo como
orientação os arcos costais, estando localizada dois centímetros
abaixo do ângulo inferior da escapula (FERNANDO FILHO, 2003),
foram determinadas sempre do lado direito do voluntário. Foram
realizadas três mensurações em cada região, assumindo-se como
valor final a média desses valores. Todo o procedimento foi realizado
por um mesmo avaliador para que fosse minimizada a ocorrência de
erros. A predição da percentagem de gordura foi realizada segundo a
fórmula proposta por (SLAGHTER et al., 1998).
( 2) 35 mm
Rapazes brancos:
Pré-púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)2 1,7
Púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)2 3,4
Prós-púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)2 5,5
Rapazes negros:
Pré-púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)2 3,5
Púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)2 5,2
Prós-púbere % gord = 1,21 ( 2)
0,008 ( 2)2 6,8
c) Teste progressivo (TP) (APÊNDICE B).
55
O teste incremental (DENADAI, 1999), foi realizado na esteira rolante
(IMBRAMED, ATL 10200) onde, sua inclinação foi mantida fixa em 1%
(JONES; DOUST, 1996), já que está condição reflete mais
precisamente o custo energético da corrida em ambientes aberto. A
velocidade inicial foi de 7 km/h, sendo aumentada, 1 km/h a cada três
minutos, até a exaustão.
Antes do inicio da cada teste os indivíduos foram orientados a
respeito do desenvolvimento do teste e critérios para a interrupção. O
teste era interrompido se os avaliados sinalizarem através de gestos
pré-combinados, para fadiga, ou algum desconforto que impedisse a
continuidade do teste. Também foi realizado um aquecimento na
esteira rolante (IMBRAMED, ATL 10200) de 3 a minutos, na
velocidade de 5 a 7 km/h. Após o aquecimento os indivíduos
permaneceram cerca de 3 minutos sentados em repouso.
d) Determinação do lactato sangüíneo.
Para as concentrações de lactato, ao final de cada estágio foi
coletado 25 microlitros (ul) de sangue arterializado do lóbulo da
orelha, sem hiperemia, para a determinação do lactato sanguíneo. O
sangue foi imediatamente transferido para o microtubulos de
polietilenio com tampa tipo Eppendorf de 1,5ml, contendo 50
microlitros (ul) de fluoreto de sódio (1%), e imediatamente analisado.
Analise de lactato foi realizada através de analisador eletroquímico
modelo YSI 1500 Sport.
e) Determinação da velocidade de corrida referente ao LAn.
Através da interpolação liniar foi determinado a velocidade
correspondente a uma concentração de 2,5mM, de lactato sanguíneo
(limiar anaeróbio). Foi utilizado esta concentração e não 4 mm, como
sendo o critério para avaliar crianças mais novas (WILLIANS;
ARMSTRONG; KIRBY, 1990).
f) Determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max).
56
Durante a realização do teste progressivo (TP), na esteira
ergométrica, os indivíduos utilizaram uma mascará de tamanho
pequeno, de acordo com o rosto dos jovens avaliados. A mascará que
permitia a respiração pela boca e pelo nariz, conectada a analisador
de gases (METALYZER 3B), para medida de fluxo de ar e analises
dos gases espirados, utilizando-se da técnica breatch - by
breatch,
para mensurar o consumo maximo de oxigênio (VO2max.), havendo
sempre o cuidado de conferir se não apresenta vazamento na
conexão da mascará. Ao final de cada estágio foi mensurado a
freqüência cardíaca (FC). Adotou-se como VO2max o valor mais alto
de consumo obtido durante o teste, verificando, também, outras
reações que pudessem confirmar sua ocorrência: vermelhidão facial,
hipermentilação, freqüência cardíaca (FC) >
200 bpm, descompasso
de passadas e razão de trocas respiratórias (R) >
1,0 (MACHADO;
GUGLIELMO; DENADAI; 2002).
g) Maturação biológica (MB) (ANEXO A).
A maturação biológica foi determinada através da maturação sexual,
baseado nos estágios propostos por TANNER (1962) e na adaptação
proposta por MORRIS e UDRY (1980) para o uso dos desenhos. Os
avaliados receberam explicações previas sobre a utilização das
pranchas com desenhos. As pranchas continham os desenhos das
características de desenvolvimento de genitais e pilosidade pubiana
em cada estágio maturacional. Após as explicações preliminares os
meninos de posse das pranchas com desenho , fizeram à
identificação e anotação do estágio de desenvolvimento que mais se
aproximavam. Após estes procedimentos os avaliados foram
classificados em categorias de 1 a 5, de acordo com o protocolo
estabelecido.
h) Potencia Anaeróbia (PAN) (APÊNDICE C).
Para a avaliação da potencia anaeróbia foi empregado o Runnig
Based Anaerobic Sprint Test (RAST-TEST), da Universidade de
Wolverhampton, realizado na pista de atletismo do Unisalesiano de
57
Lins. Este modelo de avaliação constitui-se na realização de seis
corridas de35 metros em pista demarcada, desenvolvendo o máximo
de velocidade possível, com período de recuperação de 10 segundos
entre cada corrida. Para o calculo da potência foi utilizado a equação:
peso corporal x distância2 / tempo3.
2.5 Procedimentos
Após os responsáveis pelos jogadores terem lido, assinado e entregue o
termo de compromisso (APÊNDICE A), os mesmos foram convidados a
comparecerem ao Laboratório de Avaliação do Esforço Físico (LAEF), como
objetivo de determinar o Limiar Anaeróbio (Lan), consumo máximo de oxigênio
(VO2max) através do teste progressivo e da Potência Anaeróbia.
2.6 Análise estatística
Para interpretar os resultados coletados foi utilizada a estatística
descritiva mediante a medida de tendência central (media aritmética) e de
dispersão (desvio padrão).
3 RESULTADOS
Para melhor visualização dos dados, os mesmos foram dispostos em
tabela.
Na tabela 1 são apresentados às médias e desvios padrões das
características biométricas dos sujeitos para a idade, estatura, peso e
percentual de gordura.
58
TABELA 1 - Características biométricas (média + DP) dos voluntários (n = 12).
Idade (anos)
Estatura (cm)
Peso (kg)
% de Gordura
Média 13,25 162,22 48,98 15,08 DP 0,62 8,62 10,05 9,08
Fonte: Elaborada pelos autores.
Nos resultados biométricos foi possível observar que mesmo sendo um
grupo bastante homogêneo quanto à idade cronológica, ocorre uma
variabilidade no que diz respeito à estatura, peso e percentual de gordura,
mostrando que cada jogador procura adaptar seu biótipo ao esporte, de forma
que este obtenha seu melhor desempenho, na realização de sua função.
Na tabela 2 são apresentados, os dados de idade cronológica e
maturação biológica, foi demonstrado na tabela apenas os dois estágios
maturacionais em que os sujeitos do estudo se encontravam.
TABELA 2 Apresentação da idade cronológica (IC) e da maturação biológica (MB) dos 12 voluntários.
IC (anos) MB PUBERE PÓS-PUBERE
N
12 1 - 1
13 6 1 7
14 3 1 4
TOTAL 10 2 12
Fonte: Elaborada pelos autores.
Na tabela 2 pode-se dizer, que os sujeitos avaliados apresentam um
desenvolvimento sexual maior ao nível púbere.
Na tabela 3 são apresentados os dados em média e desvios padrões
para as variáveis aeróbias de limiar anaeróbio, consumo máximo de oxigênio e
velocidade máxima atingida no teste progressivo.
59
TABELA 3
Características aeróbia (média + DP) para Limiar Anaeróbio
(Lan), e Consumo Maximo de Oxigênio (VO2max).
Lan (km/h)
VO2 max (ml/kg/min)
Média 10,13 52,19 DP 1,65 4,88
Fonte: Elaborada pelos autores.
Na tabela 4 são apresentados às médias e desvios padrões para as
variáveis de potência anaeróbia, obtidas através do R.A.S.T TEST.
TABELA 4 - Características anaeróbia (média + DP) em valores absolutos (WATTS) e em valores relativos (WATTS/KG), para Potência Anaeróbia Máxima (PAN max), Potência Anaeróbia Média (PAN méd), Potência Anaeróbia Mínima (PAN min).
PAN max PAN méd PAN min
WATTS 284,70 ± 75,04 218,94 ± 56,62 162,41 ± 46,17
WATTS/KG 5,76 ± 0,93 4,46 ± 0,79 3,35 ± 0,87
Fonte: Elaborada pelos autores.
4 DISCUSSÃO
O crescimento não se faz de maneira constante, tanto o peso como a
estatura tem períodos de maior e menor desenvolvimento. E na puberdade que
o individuo adquire 25% de seu estatura (EST) e 50% do seu peso definitivo
ocorrendo alterações morfológicas e fisiológicas complexas (RIGON, 1993).
Apesar dos estudos com jovens fornecerem informações sobre
treinamento físico e crescimento, estes grupos seletos se diferenciam dos
adolescentes em tamanho corporal e maturação; assim, as diferenças no
crescimento e maturação entre jovens em treinamento e sem treinamento, nos
demais indicadores são atribuídas ao exercício físico regular (MALINA, 1997).
Resultados de Bielicki et al. (1994), evidenciaram que não houveram
60
diferenças na EST e no pico do incremento desta, entre adolescentes ativos e
inativos, mas o estirão de crescimento dos adolescentes normalmente
envolvidos com o esporte foi à característica dos amadurecidos mais
precocemente.
Na estatura diversos estudos, dentre esses o de Colantonio et al. (1999),
tem indicado que o treinamento não exerce influência sobre esta variável.
Adolescentes em treinamento podem vir a extrapolar as referências medianas
(MALINA, 1994), entretanto, esta alteração pode ser explicada por diversos
aspectos, entre alteração pode ser seleção natural que o esporte induz
(BEUNEN; MALINA, 1988).
No relatório dos jogos da juventude (1996), Gaya et al. (1997),
observaram na faixa etária de 16 anos, que adolescentes em treinamento para
o basquete e handebol tinham o maior EST quando o desempenho atlético
melhorava. Isso talvez possa ser atribuído ao processo de seleção natural
inerentes a estes esportes, mas não necessariamente que a performance ou
desempenho tenha influenciado o crescimento estatural.
Para efeito comparativo a tabela 5 apresenta a media dos valores
(média e desvio padrão) de estatura (cm) e peso (kg) de adolescentes
masculinos envolvidos em algum tipo de esporte.
No estudo de Malina (1994), envolvendo diversas amostras de
adolescentes fisicamente ativos e inativos, o autor não encontro diferenças
entre as amostras nas variáveis estatura e massa corporal (MC). Ainda que os
sujeitos dos estudos de Malina (1994), fossem praticantes dos mesmos
esportes do presente estudo, porem, de etnias diferentes, demonstrando que a
seleção desses adolescentes com relativo sucesso esportivo em muitos
esportes esta relacionada com o avançado estado biológica de maturação.
Em outro estudo Malina (1994), comparou que jovens em treinamento
excediam as medidas referenciais; também observou incrementos seculares de
1960 até meados da década de 80, pois os adolescentes que treinavam, nos
estudos mais recentes excederam os valores de estatura no percentil 90, e, de
peso nos percentis 75 e 90. Este mesmo autor, Malina (1994), aponta a
atividade física regular, incluindo treinamento para esporte, como um
importante suporte para o crescimento normal e maturação, e, que os valores
61
de EST e MC atingidos por muitos adolescentes em treinamento não
aparentava efeitos decorrentes do treinamento intensivo.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Outros estudos envolvendo adolescentes da rede publica e particular de
ensino, que tinham como atividade física apenas as aulas de educação física,
apresentam valores para a estatura e o peso corporal bem diferente de jovens
praticantes de esportes competitivos. Estes valores são apresentados em
média e desvio padrão na tabela 6.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Tabela 5 - Valores de estatura e peso de adolescentes ativos extraídos da literatura.
Autores Estatura (cm)
Peso (kg) Idade (anos)
Esporte N
FILARDO; PIRES-NETO; RODRIGUEZ -AÑEZ (2001)
177,1 ± 6,5 64,7 ± 7,9 16,5 ± 0,3 FUTSAL, HANDEBOL, BASQUETE VOLEIBOL.
41
COMAS et al. (1992)
172,22 ± 5,91
63,5 ± 7,5 16,0 ± 0,73 FUTEBOL -
SILVA et al. (2007)
171,95 ± 6,91
59,4 ± 7,69 14,4 ± 0,52 FUTEBOL 37
VILLAR; DENADAI (2001)
160,6 ± 6,0 50,8 ± 10,2 13,5 à 15,4 FUTEBOL 16
GRECCO; DENADAI (2006)
179 ±5,05 72,3 ± 5,96 14 à 16 BASQUETE 10
TOURINHO FILHO et al. (1998)
172 ± 6,90 63,9 ± 4,58 PUBERE BASQUETE, VOLEIBOL FUTEBOL
10
ANFILO; SHIGUNOV (2004)
197 86,0 14 à 17 VOLEIBOL 22
Tabela 6 - Valores de estatura (cm) e peso (kg) em escolares extraídos da literatura.
Autores Estatura (cm) Peso (kg) Idade (anos)
N
MACHADO; GUGLIELMO; DENADAI (2002)
163,3 ± 10,2 55,9 ± 14,2 14,1 ± 0,6
20
MACHADO; GUGLIELMO; DENADAI (2002)
164,2 ± 9,1 56,9 ± 13,4 13,9 ± 0,8
20
BORGES; MATSUDO; MATSUDO (2004)
156,5 ± 8,7 45,6 ± 8,4 13,4 ± 0,2
31
FILIPETTO; ROTH; KREBS (2001)
153,6 ± 21,3 50,4 ± 13,97
13 a 13 e 11 meses
50
62
Esta diferença entre adolescentes treinados e não treinados, na estatura
e peso corporal, podem ser explicados por diversos fatores, entre eles a própria
seleção natural que o esporte induz (BEUNEN; MALINA, 1988); pela tendência
regular de crescimento (SOUZA; PIRES-NETO, 1997); por quadros sociais e
políticos, que possam afetar o acesso a condições de vida, saúde e nutrição
adequada (MARTORREZ et al. 1988) e nível de maturação (BIELICKI et al.
1994).
Quando comparados valores de estatura e peso corporal encontrados
em nosso estudo, com os valores apresentados nas tabelas 5 e 6, podemos
observar que jogadores trinados apresentam uma maior estatura e peso em
relação a jogadores da categoria pré-junior, e que estes tem seus parâmetros
antropométricos proporcionais a adolescentes não treinados. Isso mostra que
jogadores de beisebol desta categoria não são selecionados em função deste
parâmetro, mostrando que as funções táticas e técnicas especificas do
beisebol não são influenciadas pelos valores de estatura e peso, e que as
diferenças encontradas com outros grupos podem indicar características
antropométricas exigidas a especificidade do esporte.
Podemos observar que a idade dos adolescentes treinados apresentado
na tabela 5, são superiores a dos jogadores avaliados neste estudo, isto talvez
tenha sido um fator de diferença quando comparados. Em nosso estudo os
sujeitos avaliados parecem ainda não ter atingido o surto de crescimento
(período circumpúbere) que segundo Gallahue, Ozmun (2003), um período de
tempo que dura quatro anos e meio. Os meninos, em média, iniciam seus
surtos de crescimento por volta da idade de 11 anos, alcançando a velocidade
de pico de altura por volta da idade de 13 anos e estabilizam-se
aproximadamente com a idade de 15 anos. O surto de crescimento
adolescente é altamente variável de individuo para individuo. Alguns terão
completado oi processo antes que outros tenham começado.
Pires e Lopes (2004), explicam que os estirão de crescimento é mais
tardio e prolongado nos rapazes, em torno dos 14 anos, deixando os rapazes
mais altos e mais pesados. Parece que a ação do sistema hormonal, que atua
na liberação dos hormônios de crescimento, também pode influenciar na
63
variabilidade dos índices de crescimento nas diferentes idades (FAGUNDES;
KREBS, 2005).
Armstrong e Wellsman (1997), enfatizam que os níveis de testosterona
em meninos são altamente correlacionados com os índices de crescimento
(massa e estatura) durante a adolescência.
Quando as alterações e diferenças do peso corporal entre adolescentes
podemos notar que estas são bem grandes Gallahue, Ozmun (2003), dizem
que tanto para meninos, o aumento no peso tende a acompanhar a curva geral
de aumento em altura. Já a velocidade do pico de peso que é o período de
crescimento do adolescente em que há maior ganho de peso e é geralmente
mais acentuada nos meninos e parece também que a velocidade de pico de
peso ocorre mais próxima da velocidade pico de altura em meninos (MALINA;
BOUCHARD, 1991).
Para Young; Steinhardt (1993) e Baumgartner; Jackson (1995) o nível de
aptidão e de atividade física tem correlação com percentual de gordura, pois
indivíduos com baixa aptidão e reduzida pratica de atividade física
apresentavam maior percentual de gordura. Já Gubiani; Pires-Neto (1999), ao
estudarem indivíduos que participavam de programas de exercício físico,
observaram diferenças significativas em perímetros, densidade corporal,
somatório de densidade corporal, percentual de gordura e massa gorda,
atribuídos ao tipo, regularidade e eficiência do programa de treinamento,
observações semelhantes a essas também foram relatadas por Ballor (1996), e
Cooper (1994).
No trabalho de Tourinho Filho et al. (1998), estes encontraram um
percentual de gordura em média de 14,38 ± 4,12%, para adolescentes
masculinos no nível de maturação púbere e praticantes de atividade com
predomínio aeróbio. Já estudos de Machado; Guglielmo, Denadai (2002), no
qual avaliaram crianças e adolescentes com idade entre 10 e 15 anos e não
praticantes de atividade física sistemática, o percentual de gordura médio
encontrado foi de 15,2 ± 7,77 essa diferença no percentual de gordura,
demonstra a ação do exercício físico sobre a gordura corporal, que refletem
diretamente a possível ação daquele sobre o equilíbrio energético (DESPRÉS
et al., 1990). McArdle (2001) cita os valores médio de percentual de gordura
encontrados na literatura para jogadores adultos de beisebol, para o autor esta
64
média estaria em torno de 13,4% de gordura corporal total. Wilmore (1983),
apresenta valores de 11,8 a 14,2% de gordura corporal total em jogadores de
beisebol adultos, porém o autor ressalta que estes são valores médios e não
representa a faixa que pode ser observada em outros trabalhos.
Os valores médios de percentual de gordura apresentados neste estudo,
demonstram um maior acumulo de gordura corporal quando comparados com
atletas treinados, isto pode ser explicado péla especificidade da atividade física
realizada, bem como os substratos energéticos utilizados para a realização
desta, como afirma Guedes, Guedes (1997), onde maiores mudanças na
quantidade de gordura corporal estão associadas a programas de exercício
físicos que predominam na utilização de energia proveniente do metabolismo
aeróbio, diferentemente do beisebol que tem como fonte energética o sistema
ATP e Creatina fosfato (POWERS; HOWLEY, 2005).
Quando observamos valores de percentual de gordura para jogadores
adulto de beisebol, notamos valores menores que os encontrados neste
estudo, ou seja, jogadores de beisebol da categoria pré-junior tem em média
um percentual de gordura maior que os jogadores adultos, isso parece claro
que quando tratamos crianças e adolescentes, um fator adicional que não pode
deixar de ser considerado é a interferência do próprio processo de maturação
biológica que ainda não atingiu seu estado adulto nesse período. Assim pode
ser que em alguns programas de exercício físico, se observem modificações
efetivas na composição corporal, enquanto em outros os efeitos provocados
pela maior demanda energética possam ser mascarados ou neutralizados
pelas mudanças relacionadas ao processo de maturação, assim como pelas
possíveis alterações nos hábitos alimentares, fazendo com que os resultados
encontrados não sejam consistidos em todos os estudos (GUEDES; GUEDES,
1997), estes mesmos autores dizem que outro fator que interfere ns
modificações da gordura corporal é a quantidade do consumo calórico e a
composição desse consumo traduzido pelas proporções dos nutrientes.
Em nosso estudo a maioria dos jovens avaliados encontravam-se nos
estágios de pilosidade 4, caracterizado como período púbere de
desenvolvimento maturacional. O mesmo resultado obtido por Ré et al., 2005,
que analisaram jovens na faixa etária de 13 anos freqüentadores de um
programa de iniciação esportiva, onde a maioria dos mesmos encontravam-se
65
divididos nos estágios de pilosidade 3 e 4, neste mesmo estudo, não foi
observado diferenças significativas a favor dos jovens em estágios
maturacionais mais avançados em nenhuma das variáveis estudadas. Esses
resultados são semelhantes aos obtidos por Bohme (1999), que não encontrou
diferenças significativas entre jovens atletas feminino de idade cronológica
semelhante, pertencente a diferentes estágios maturacionais e por Lariviere;
Lafond (1986), que não encontraram diferença significante em teste de
desempenho motor entre adolescentes praticantes de Hockey de uma mesma
equipe, em diferentes estágios maturacionais. Assim parece que outros fatores
contribuíram consideravelmente para que não ocorressem variações nos
resultados apresentados pelos jovens. Entre esses possíveis fatores, podem
ser citados a familiarização com tarefa motora solicitada, a maturação e o nível
de treinamento (MALINA; BOUCHARD, 2002).
Porém, são contrários aos obtidos por Ferreira et al. (1990), e Bale et al.
(1992), os quais reportaram uma correlação positiva e significante entre o
estagio de maturação biológica e o nível de desempenho motor. É possível que
o maior amplitude na faixa etária tenha contribuido para que esses autores
verificassem valores de correlação um pouco acima dos encontrados na
literatura.
Além disso, segundo Bohme (1999); Jones, Hitchen, Stratton (2000),
parece existir uma tendência no sexo masculino, no período inicial de
treinamento a longo prazo, a direcionar indivíduos que apresentem um
desenvolvimento esperado ou tardio, o que pode ser um erro, pois, não
necessariamente, os indivíduos precoces continuarão apresentando essa
vantagem na idade adulta.
Sendo assim, muitas vezes isso ocorre devido à falta de preocupação
com os resultados a longo prazo, são equipes de clubes, por exemplo, cujo
objetivo é obter resultados competitivos apenas nas categorias iniciais.
Além das modificações dimensionais, o período pubertário é também
assinalado por modificações fisiológicas importantes, as quais afetam os
sistemas orgânicos de uma forma geral e, como tal, tendem a refletir-se na
capacidade de esforço (SOBRAL, 1988). A potência aeróbia máxima, isto é, o
máximo volume de oxigênio que o individuo é capaz de consumir em uma
unidade de tempo (BAR-OR, 1983). Normalmente, as crianças possuem um
66
consumo de oxigênio consideravelmente alto, com valores variando entre 48 e
58 ml./ kg./ min., bem acima de 42 ml./ kg./ min., o que indica um bom nível de
condicionamento físico em adultos (STANGANELLI, 1991).
No estudo de Machado; Guglielmo; Denadai (2002), onde avaliaram
crianças e adolescentes brasileiros do sexo masculino, não participante de
qualquer programa de treinamento sistemático, com médio de idade 13,9 ± 0,8
anos, apresentavam um VO2max de 50,3 ± 5,5 ml./kg./min..
Outros estudos também têm encontrado valores entre 49 e 52,1
ml./kg./min. para meninos da faixa etária de 13 a 14 anos (ALLOR et al. 2000;
ERIKSSON; GRIMBY; SALTIN, 1973). Armstrong et al. (1996) apresentaram
valores típicos par os meninos de 48 a 50 ml./ kg./ min. ao longo da
adolescência.
Armstrong et al. (1996) apresentam valores típicos para os meninos de
48 a 50 ml./ kg./ min. Ao longo da adolescência.
Em um interessante estudo de Rodrigues et al. (2006), foi proposto à
classificação é apresentação dos valores de consumo máximo de oxigênio, em
uma amostra de adolescentes da população brasileira em diferentes faixas
etárias, no qual foi encontrado o VO2max de 45,49 ± 10,41 ml./kg./min. para a
população de meninos com idade de 13 anos, da rede publica de ensino. A
partir desses resultados foi elaborado uma classificação da aptidão
cardiorespiratória pelo consumo de oxigênio, onde a classificação boa estaria
entre 48,0 - 52,2 ml./kg./min. e excelente 52,3 ml./kg./min..
O comportamento do VO2max em nosso estudo foi similar dos descritos
nos estudos anteriores. Isso mostra que, quando comparamos jogadores de
beisebol com outras crianças e adolescentes da mesma faixa etária no que diz
respeito aos valores relativos de consumo máximo de oxigênio, não foi
encontrado grandes diferenças entre esses dois tipos de populações, isso nos
leva a crer que, o treinamento de beisebol para esta faixa etária não provoca
grandes modificações no sistema cardiorespiratório desses indivíduos. Esse
comportamento sugere, em princípio que os incrementos de VO2max
ocorreriam basicamente em função do aumento das dimensões corporais
(melhoras quantitativa), sem modificações qualitativas em função da idade, e
dos sistemas funcionais envolvidos na determinação do VO2max (DENADAI;
VILLAR, 2001).
67
Isso pode ser explicado pela especificidade do treinamento de Beisebol,
no qual suas capacidades físicas predominantemente de força rápida,
velocidade e habilidade para execução dos movimentos (técnicos) (BOMPA,
2001), são realizados com maior intensidade visando que o atleta realize os
fundamentos desta modalidade com maior rapidez e precisão.
No estudo de Andrade (2002), foi verificado que aos 13 anos de idade a
curva da aptidão física para o VO2max se estabiliza, o que poderia explicar o
fato de não termos encontrado diferenças na potência aeróbia entre os
jogadores de beisebol e adolescentes não ativos.
Outra razão sugerida para a baixa aptidão aeróbia nos jovens jogadores
de beisebol é que as crianças são ativas mesmo quando não fazem parte de
um treinamento regulamentado, dessa maneira, um programa adiciona pouco a
sua aptidão (BAR-OR, 1989).
O limiar anaeróbio parece oferecer melhor correlação do que o VO2max
quando da predição da performance dos adultos em corridas de longa
distancia. No entanto, existem poucas informações disponíveis sobre o limiar
anaeróbio e seu relacionamento com outros critérios no desempenho de
atividades de resistência aeróbia em crianças e adolescentes (STANGANELLI,
1991). De acordo com Wolfe et al. (1986), o limiar anaeróbio, expresso como
um percentual do VO2max, é consistente durante toda infância e é ligeiramente
maior daquele em adultos.
A utilização do LAn em nosso estudo e sua comparação com dados
publicados sobre a MSSLac é dificultado pelo fato de serem utilizados
diferentes metodologias para a sua determinação. Essas dificuldades são ainda
mais evidentes quando o grupo estudado é composto por crianças e
adolescentes, uma vez que não existe um consenso na literatura sobre qual
seria o melhor método para a determinação da MSSLac.
Bale (1992), observou níveis de lactato sanguíneo de crianças de 11
anos em exercícios máximos variando em torno de 7,5 a 8,5mM. Dessa
maneira, segundo Reybrouck (1989), uma limitação para o uso de níveis fixos
de lactato sanguíneo em crianças para indicar LAn justifica-se que tais valores
podem não representar a mesma intensidade relativa de exercício nas crianças
e nos adultos. Pelo fato de crianças apresentarem níveis máximos de lactato
sanguíneo significativamente mais baixos que os dos adultos, valores fixos
68
deste de 4mM, para indicar LAn, poderiam estar muito próximos dos valores
máximos que podem ser alcançados pelas crianças. Considera-se, nesse caso
que 4mM representam uma fração muito abaixo dos níveis máximos de lactato
sanguíneo observados em adultos (REYBROUCK, 1989). Tolfrey e Armstrong
(1995), consideram que, apesar de apropriado para o uso com adultos, o valor
referente ao lactato sanguíneo fixo de 4mM pode não ser apropriado para
crianças porque corresponde a um esforço mais próximo do máximo do que do
submáximo. Os autores, contudo, ressalvam que tal observação esta baseada
somente em uns poucos estudos, os quais diferem metodologicamente.
Para Tanaka; Shindo (1985), uma possível razão para que crianças
apresentem um limiar anaeróbio mais alto esta nas características da
musculatura esquelética. Níveis mais baixos de testosterona e, por
conseguinte, uma ação hormonal mais baixa sobre os músculos poderiam
conduzir a uma capacidade oxidativa relativamente mais alta, alem do fato de
crianças possuírem uma limitação real em relação ao metabolismo glicolítico e,
consequentemente, à produção de lactato (FARINATI, 1995). Nesse sentido,
tem-se sugerido, por meio de estudos em animais com administração de
testosterona ou castração, que a testosterona age sobre a musculatura
esquelética, aumentando a porção relativa de fibras de concentração rápida e a
atividade da fosforilase, que é uma enzima chave da glicogenolise e um
indicador da capacidade glicolítica (GUTMAN et al., 1970; KROTKIEWSKI et
al., 1980). Os resultados também mostraram que a VCL apresentou uma
relação inversamente proporcional Pa maturação óssea. Portanto, segundo
Tanaka e Shindo (1995), esses resultados indicam que a maturação é um dos
fatores que influenciam o limiar anaeróbio, o que provavelmente se deve, em
parte, uma ação mais baixa da testosterona sobre a musculatura esquelética.
Com relação a maximal lactate strady state (MSSLac), o ponto de
equilíbrio entre a produção e a remoção do lactato e que, presumivelmente,
representa a carga de trabalho submáxima mais alta que pode ser realizada
pelo metabolismo do sistema oxidativo e os valores fixos de lactato de 4mM
não apresentam uma alta correlação em crianças. No entanto, o consumo de
oxigênio e a freqüência cardíaca corresponde a 2,5mM em crianças não
diferem significativamente daquelas mensuradas no MSSLac. Por essa razão,
69
2,5mM de lactato em crianças pode ser usado de maneira similar aos valores
de 4mM em adultos (TOLFREY; ARMSTRONG, 1995).
Alguns estudos envolvendo jovens atletas de natação, encontraram uma
concentração media de lactato sangüíneo na MSSLac de 2,68 ± 1,05mM,
Kokubun (1996), e 3,2 ± 0,08mM Wakaysoushi et al. (1992).
Em nosso estudo utilizamos a concentração fixa de 2,5mM para a
determinação Lan, como descrito na literatura para a faixa etária estudada no
estudo (ARMSTRONG; WILLIAMS, 1991; CAVINATO, 2000; KOKUBUN, 1996;
BENEKE, 1996; GRECCO; DENADAI, 1997.)
Os achados de Williams, Armstrong (1991) mostraram que em crianças
de 13 anos, as respostas cardiopulmonares, (VO2 e a freqüência cardíaca) na
intensidade de maximal lactate strady state (MSSLac), comparadas com
níveis de esforços correspondentes a 2,5mM, não foram significativamente
diferentes. Por outro lado, os valores obtidos a 4 mM, foram significamente
maiores que os observados no MSSLac. Em função disso, os autores sugerem
a utilização de 2,5mM, aos níveis de 4mM, para avaliação e precisão de
treinamento em crianças.
No estudo de Cavinato (2000), avaliando jovens jogadores de futebol de
nível nacional, encontram [lac] de 2,52 ± 0,90mM , um minuto após uma corrida
de esforço máximo constante de 20 min, sendo este valor similar ao sugerido
como relevância fixa de [lac] no LAn (2,5mM) para crianças e adolescentes
demonstrando que a velocidade media neste esforço, pode ser uma alternativa
para a aproximação de LAn nesses indivíduos.
Por outro lado, em estudos relatados por Beneke et al. (1996), o
MSSLac obtido por crianças variou de 2,1 ± 0,5mM, passando por valores de
4,6 ± 1,3mM e chegando a alcançar até 5,0 ± 0,89mM de lactato sanguíneo.
Para os autores acima citados, diferenças nos tipos de exercicos (a maioria
realizados em cicloergômetro e esteira rolante), nos protocolos de testes e
definições do MSSLac podem ter influenciado os resultados.
Quando analisamos a velocidade media do limiar anaeróbio (Lan),
encontrada em nosso estudo, observamos que está de acordo com os achados
na literatura, para crianças e jovens treinados.
No estudo de Crescente et al. (2006), estes encontraram uma fraca
correlação não significativa (r= 0,369; p> 0,05) entre a velocidade de corrida
70
determinada pelo limiar ventilatório e a velocidade de corrida do limiar
anaeróbio predita pelo teste de Tanaka (1986), para isso foram escolhidos 10
atletas com idade de 13 anos, do sexo masculino, integrantes de uma equipe
da primeira divisão do futebol brasileiro. A velocidade media de limiar predita
pelo teste de TanaKa (1986), foi de 10,93 ± 0,49 km/h, já a velocidade média
determinada pelo método ventilatório foi de 10,04 ± 0,47 km/h, estas
velocidades estão bem próximas das determinadas pelo teste progressivo e
continuo, com coleta de lactato utilizado em nosso estudo.
Entretanto no estudo de Tourinho Filho et al. (1998), no qual avaliaram
38 alunos do sexo masculino com idade entre 15 e 18 anos, classificados nos
níveis 4 e 5 de maturação sexual, que participavam regularmente das
atividades esportivas (basquete, Voleibol ou futebol), duas vezes por semana
durante 90 minutos, os mesmos utilizaram a equação proposta por Tanaka
(1986), para estimar a velocidade de corrida do limiar. Para o nível de
maturação 4, os sujeitos apresentaram a velocidade de corrida do limiar em 9,2
km/h tendo média de idade 16,09 anos, e para o nível maturacional 5, e media
de idade 16,97 anos, apresentaram a velocidade de corrida do limiar em 8,4
km/h.
Neste estudo as velocidades de corrida do limiar foram inferiores as
obtidas em nosso trabalho, embora o nível de maturação fosse o mesmo, com
isso observou-se que a idade cronológica parece influenciar negativamente no
limiar anaeróbio. Como no estudo de Tourinho Filho et al. (1998), os fatores
que influenciam o limiar anaeróbio, não foram determinados em nosso estudo.
Pesquisando as mudanças no limiar anaeróbio e no consumo máximo
de oxigênio, após treinamento aeróbio em crianças na faixa etária de 12 anos
de idade, Mahon e Vaccaro (1989), concluíram, ao final do experimento, que
houve um aumento significativo do limiar anaeróbio de 19%, não importando a
maneira como era expresso, ml./kg./min ou como percentual do VO2max.
segundo os autores, o grande aumento ocorrido no grupo de treinamento
significou que o treinamento da resistência aeróbia promoveu alterações no
limiar anaeróbio.
Desta forma o limiar anaeróbio apresenta-se mais sensível aos efeitos
da atividade aeróbia sobre o organismo do que o VO2max (DAVIS, 1985), isso
significa que é possível, através da determinação do limiar anaeróbio, adequar
71
de forma mais precisa a intensidade e a duração da atividade física. Em outras
palavras, a prescrição da atividade física realizada através Lan possibilita a
execução de um programa de treinamento de resistência aeróbia muito mais
individualizado e eficiente. Considerando que a maior potencia glicolítica deve
ser elevada em consideração durante a execução de cargas de resistência na
idade infantil e jovem e, ainda, que a escolha dos métodos e conteúdos de
treinamento assim como a dosagem da intensidade e duração das cargas de
treinamento devem ser adaptadas à realidade fisiológica da idade (WEINECK,
1991).
Com relação aos resultados de potência anaeróbia em nosso trabalho,
não foram encontrados na literatura estudos conduzidos em crianças, em
função das características de analise deste estudo, no qual foi utilizado o
Running
based Anaerobic Sprint Test (R.A.S.T), pois além de ser de maior
dificuldade de aplicação, ele parece retratar bem a função exercida por atletas
de desportos acíclicos como o Beisebol, onde a corrida, a mudança de direção
e as ações de intensidades diferenciadas são a base do movimento diferente
da ação realizada através do ato de pedalar, utilizada na grande maioria dos
testes de potência anaeróbia.
Desta forma fica difícil estabelecer comparações com dados da
literatura, no entanto, alguns estudos usando diferentes métodos de
investigação têm fornecido resultados que envolveram a potência anaeróbica,
como no estudo de França; Bedu, Van Praagh (1998), onde os mesmos
analisaram a potência anaeróbia de escolares brasileiros com idade entre 9 e
18 anos de ambos os sexos, participantes regulares das aulas de Educação
Física. Os mesmos foram avaliados através do Teste de Força
velocidade
descrita por Van Praagh; França, (1998), realizado em um ciclo ergométrico,
marca Ergomeca de fabricação Francesa. O teste constitui na realização de 3
sprints máximos de curta duração, com carga de esforço progressivo, com um
período de repouso de 5 minutos entre cada sprint. Os autores encontraram os
valores de potência máxima em valores absolutos (W) de 531,9 ± 193,7 e de
15,6 ± 3,8 para os valores relativos (W/Kg) no grupo masculino.
Para efeito ilustrativo a tabela 7 apresenta as medidas dos valores
absolutos (W) e relativos (W/Kg) de escolares, cujos estudos utilizaram o teste
Força Velocidade.
72
Fonte: Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 1998.
Franchini et al. (1999), analisaram 19 judocas com média de idade de
20,2 ± 3,2 anos. Os mesmos foram divididos em 2 grupos e submetidos a 4
testes de Wingate para membros inferiores, semelhante ao adotado por Gaiga;
Docherty (1995), na versão para membros inferiores. A potência anaeróbia
média atingida pelos avaliados no primeiro teste foi de 5,73 ± 0,63 (W/Kg) e
5,30 ± 0,61 (W/Kg) e a potência pico foi de 7,56 ± 1,32 (W/Kg) e 7,29 ± 1,08
(W/Kg) para ambos os grupos. Em outros dois estudos Dallemole et al. (2005);
Capelli et al. (2005), avaliaram atletas de futebol profissional de sexo masculino
através do R.A.S.T. test, os resultados serão apresentados na tabela 8.
Fonte: Elaborada pelos autores.
Quando comparamos os achados de nossos estudos com os
Tabela 7 -Valores de potência anaeróbia em escolares extraídos da literatura.
Masculino
Autores Watts Watts/kg Idade (anos)
BEDU et al. (1994) 491,7 597,8
9,7 10,8
14,5 14,5
DELGADO et al. (1992)
367 8,3 P3
DUCHE et al. (1992) 11,3 14,3 FALGAIRETTE
(1991) 10,8 14,5
PIRNAY et al. (1986) 509,9 8,8 14,9
VAN PRAAGH (1991)
324 7 14,5
WILLIAMS (1997) 462,4 9,7 13,2
Tabela 8 - Valores de potência anaeróbia (média + DP) obtidas através do R.A.S.T. TEST, em jogadores de futebol profissional
Autores W/kg Idade (anos)
N
P.max P.med P.min
Dallemole et. al. 2005
10,16 ± 0,99 8,37 ± 0,58 6,56 ± 0,55 23 24
Capelli et. al.
2005 13,35 ± 2,64 10,14 ± 1,57 7,64 ± 1,06 21 25
73
apresentados na tabela 8, observamos que a potência anaeróbica parece ser
maior em adultos do que em crianças, o mesmo observado por Bar-Or (1983),
no qual o autor diz que em crianças, a capacidade para realizar atividades do
tipo anaeróbia é significativamente inferior a dos adolescentes e adultos.
Estudos transversais com Italianos, Africanos, Ingleses, e Americanos
de ambos os sexos têm indicado uma progressão em relação à idade na
performance de teste de potência máxima. (DAVIES; BARNES; GODFREY,
1972; DI PRAMPERO; CERRETELI, 1969; KUROWSKI, 1977; MARGARIA;
AGHEMO; ROVELLI, 1966).
Segundo dados apresentados por Imbar; Bar-Or (1986), de
aproximadamente, 300 homens Israelenses de 10 a 45 anos que realizaram o
teste anaeróbico de Wingate para ciclismo ou com a utilização dos braços
(manivela) para os testes, a potência máxima em um período de cinco
segundos e a potência média durante todo teste (30 segundos), foram mais
baixas nas crianças quando expressas em unidades de potência absoluta ou
corrigidas pelo peso corporal. Disso concluímos que a performance
anaeróbica progride com a idade e que este padrão é contrário ao que é
descrito para o consumo de oxigênio por quilograma de peso corporal, o qual,
em indivíduos do sexo masculino, permanece virtualmente sem modificações
da infância à fase adulta.
Em síntese parece razoável sugerir que a capacidade anaeróbia
significativamente inferior das crianças, adolescentes e adultos esta ligada a
estoques inferiores de fosfogênios (principalmente CP, já que a concentração
muscular de ATP é semelhante no adulto e na criança, 3,5 a 5mM e também,
ao menor valor, quer absoluto quer relativo da massa muscular já que, embora
tenha aumentado regularmente com a idade (SOBRAL, 1988), menor
concentração e taxa de utilização do glicogênio muscular antes da puberdade,
o que constitui uma desvantagem em situações de performance máxima com
10 a 60 segundos de duração (IMBAR; BAR-OR, 1986), menor atividade da
enzima fosforilase (SOBRAL, 1988), fosforofrutoquinase (ERIKSON et. al.,
1973) e lactato desidrogenase (KROTKIEWSKI; KARLSSON, 1980), e a niveis
mais baixos de testosterona (GUTMAN; HANZLIKOVA; LOJDAZ, 1970).
74
5 CONCLUSÃO
Com os presentes resultados pode-se concluir que jogadores de
beisebol desta categoria caracterizam-se por apresentar uma maturação sexual
e potencia aeróbia dentro da normalidade para a idade cronológica segundo o
descrito na literatura, isso mostra que, quando comparamos jogadores de
beisebol com outras crianças e adolescentes da mesma faixa etária no que diz
respeito aos valores de potencia aeróbia, não foram encontradas grandes
diferenças entre esses dois tipos de populações, isso nos leva a crer que, o
treinamento de beisebol para esta faixa etária não provoca grandes
modificações no sistema cardiorespiratório. Quanto à capacidade aeróbia
observamos que está parece ser induzida pela idade cronológica e biológica,
uma vez que os sujeitos deste estudo não realizavam nenhum tipo de treino
especifico para o desenvolvimento desta capacidade. Entretanto os valores de
potência anaeróbia encontrados neste estudo parecem ser influenciados pelas
funções táticas especificas exercida pelos atletas durante os treinos e os jogos,
onde predominam as capacidades de força rápida e velocidade, mostrando que
os jogadores de beisebol desta categoria parecem ter uma tendência maior as
características de potência anaeróbia. Isso nos leva a crer que parece ser
adequado incluir o condicionamento aeróbio como parte do programa de
treinamento de atletas envolvidos com as modalidades de característica
anaeróbia intermitente como o beisebol, já que principalmente a restauração
dos estoques de creatina fosfato (CP), realizadas nos períodos de recuperação
da partida, é influenciada pela aptidão aeróbia. Nesse sentido esperamos que
os resultados encontrados neste estudo possam fornecer subsídios para
atletas, treinadores e pesquisadores a respeito desta modalidade esportiva, no
sentido de selecionar e aprimorar cada vez mais os processos de treinamento
e conseqüentemente o rendimento de jogadores de beisebol da categoria pré-
junior. Além disso, fica evidente que, conhecer os eventos que marcam a
puberdade e aceitar a variabilidade em que eles ocorrem, é de suma
importância para o profissional que ira planejar os programas de atividade
física voltados para essa população especifica e este esporte. Apesar dessas
considerações, estamos cientes das limitações deste estudo principalmente em
75
relação ao tamanho da amostra e aos tipos de protocolos envolvidos na
pesquisa. Por isso deixamos aqui propostas para novos estudos à respeito
deste esporte pouco pesquisado e estudado em nosso país.
76
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92
APÊNDICES
93
APÊNDICE A
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu , autorizo meu filho
, portador da identidade de número , a participar
da avaliação física, que será realizado no Laboratório de Fisiologia da Clínica
de Educação Física do Unisalesiano, que serão utilizadas para o
desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso dos alunos do ultimo ano
de educação física.
Lins, , de 200 .
_______________________________. Assinatura de responsável
LINS SP
2007
94
APÊNDICE B
Avaliação Física
Data: ___/___/_______ Nome: _________________________________________________________ Data de Nascimento: ___/___/_______ Idade: _____________________
Antropometria
Peso: ___________________ Estatura: _____________________
Avaliação Aeróbia
Velocidade
Tempo
Ependorff
FC
Lactato
Repouso 1 3
7,0 km/h 3 6
8,0 km/h 6 9
9,0 km/h 9 12
10,0 km/h 12 15
11,0 km/h 15 18
12,0 km/h 18 21
13,0 km/h 21 24
14,0 km/h 24 27
15,0 km/h 27 30
16,0 km/h 30 33
Resultados
VO2 max.: ________________ml./kg./min.
Velocidade Máxima: ___________km/h
Velocidade do Limiar Anaeróbio: _________km/h
95
APÊNDICE C
AVALIAÇÃO DA POTÊNCIA ANAERÓBIA R. A. S. T.
TIME PRÉ JUNIOR DE BEISEBOL
NOME: IDADE: DATA: ___/___/2007.
PESO: _____KG.
FREQÜÊNCIA CARDÍACA DE REPOUSO: _________BPM
FREQÜÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA: ______________BPM
TIROS DE 35 METROS
POTÊNCIA MÁXIMA: ________W.
POTÊNCIA MÍNIMA: _________W.
POTÊNCIA MÉDIA: __________W.
INDICE DE FADIGA: _________W.
TEMPO segundo
1º
2º
3º
4º
5º
6º
96
ANEXOS
97
ANEXO A
AVALIAÇÃO DA MATURAÇÃO BIOLÓGICA
NOME:________________________________IDADE:__________
Fonte: Revista Paulista de Educação Física, 2001. Figura 1: Estágios de desenvolvimento dos genitais do sexo masculino.
Fonte: Revista Paulista de Educação Física, 2001. Figura 2: Estágios de pilosidade pubiana masculina.
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