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Relatório Anual 2006 AÇO SEM FRONTEIRAS
Brasilwww.gerdau.com.br
Argentinawww.sipargerdau.com.ar
Canadá e Estados Unidoswww.gerdauameristeel.com
Chilewww.gerdauaza.cl
Colômbiawww.diaco.com.co
Espanhawww.sidenor.com
Peruwww.sider.com.pe
Uruguaiwww.gerdaulaisa.com.uy
www.gerdau.com
Missão
O Grupo Gerdau é uma empresa com foco em siderurgia, que busca satisfazer as necessidadesdos clientes e criar valor para os acionistas, comprometida com a realização das pessoas
e com o desenvolvimento sustentado da sociedade.
Perfil
Ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.
Visão
O Grupo Gerdau é um dos agentes do processo de consolidação da siderurgia no mundo. Ocupa a posição de 14º maior produtor de aço e é líder no segmento de aços longos nas Américas. Possui 231 unidadesindustriais e comerciais, além de quatro joint ventures e uma empresa coligada, o que faz com que esteja presenteno Brasil, na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru, no Uruguai, nos Estados Unidos, no Canadáe na Espanha. Em todos os países onde opera busca ter uma forte presença de mercado. Fornece aço para os setores da construção civil, indústria e agropecuária.
Investe continuamente na capacitação de quase 32 mil profissionais e no desenvolvimento das comunidadesonde está inserido, apoiando, em conjunto com colaboradores voluntários e em parceria com agentes da sociedade,mais de 800 projetos sociais.
Cumpre importante papel de preservação do meio ambiente, ao reciclar anualmente 10,4 milhões de toneladasde sucata ferrosa, transformando materiais obsoletos para a sociedade em novos produtos. Hoje é um dosmaiores recicladores do mundo.
As ações de suas empresas estão presentes nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto e Madri, somandouma média diária de negociações de US$ 60 milhões. O Grupo Gerdau possui mais de 113 mil acionistas.
Ao longo dos anos, o Grupo tem rompido limites e barreiras. É uma atuação sem fronteiras, que alinha processose operações globais, na busca da eficiência e do crescimento com rentabilidade, sempre comprometidocom o desenvolvimento sustentável.
Foto da capa. O aço Gerdau, produzido por colaboradores como Leandro Ferreira de Azevedo, daGerdau São Paulo, proporciona confiança e qualidade a grandes obras, como o E-Tower, um dos maismodernos edifícios da cidade de São Paulo, onde trabalha a administradora Mayra Carolina Zika. Peloprojeto, o engenheiro Ricardo Leopoldo e Silva França ganhou o prêmio Talento Engenharia Estruturalde 2006, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece). Com36 andares, é um prédio ambientalmente correto, com uso racional de água e energia, geradores a gás,coleta seletiva e compactação de lixo
Valores
• Cliente satisfeito
• Segurança total no ambiente de trabalho
• Pessoas comprometidas e realizadas
• Qualidade em tudo que faz
• Empreendedorismo responsável
• Integridade
• Crescimento e rentabilidadeR
elatório Anual 2006 A
ÇO
SEM FRO
NTEIRA
S
Principais indicadores
Margens financeiras
2005 2006
Margem bruta 27,5% 27,6%
Margem líquida 15,2% 14,9%
Margem EBITDA 23,7% 22,7%
Mercado de capitais
2005 2006
Metalúrgica Gerdau S.A.
Dividendos (R$ por ação) 2,95 2,26
Dividend yield (%)* 6,1 5,2
Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 31,5 27,5
Valor de mercado (R$ milhões) 5.980 8.063
Gerdau S.A.
Dividendos (R$ por ação) 1,80 1,35
Dividend yield (%)* 4,6 3,9
Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 32,0 27,4
Valor de mercado (R$ milhões) 17.371 23.062
Gerdau Ameristeel Corp.
Dividendos (US$ por ação) 0,22 0,30
Dividend yield (%)* 3,9 3,4
Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 18,7 20,4
Valor de mercado – Nyse – US$ milhões 1.717 2.723
Valor de mercado – Toronto – Cdn$ milhões 2.009 3.178
*Relação entre o dividendo pago por ação e a cotação no último dia do ano**Relação entre o lucro líquido e o patrimônio líquido consolidados
Produção e vendas
2005 2006
Produção de aço –
placas, blocos e tarugos (mil toneladas) 13.680 15.586
Produção de laminados (mil toneladas) 10.806 12.716
Vendas físicas (mil toneladas)* 13.551 14.819
*Excluídas as vendas para empresas controladas
Colaboradores
2005 2006
Número de colaboradores 25.253 31.563
Número de prestadores de serviços 11.747 13.298
Investimentos em capacitação (R$ milhões) 32,8 40,3
Ano R$ US$
2005 2,3407 1,00
2006 2,1380 1,00
Meio ambiente
2005 2006
Reaproveitamento
de águas industriais (%) 96,8 97,3
Reaproveitamento de co-produtos
(% do total gerado) 80,0 76,7
1DVA é resultado das receitas de produtos e serviços menos os custos relativos a matérias-primas e bens de consumo, serviços de terceiros, depreciação e amortizações, equivalência patrimonial e receitas financeiras
Unidades siderúrgicasUnidades de transformaçãoUnidades de corte e dobra de açoCentros de serviços de aços planosUnidades comerciaisUnidades de coleta e processamento de sucataÁreas de extração de minério de ferroUnidades de produção de ferro-gusa sólidoTerminais portuários privativos
Empresa coligadaUnidades siderúrgicasUnidades de transformação
Joint venturesUnidade siderúrgicaUnidades de transformaçãoUnidades de corte e dobra de aço
Sede do Grupo Gerdau
Brasil
Colômbia
Peru
Estados Unidos
Canadá
Argentina
Chile
Uruguai
Espanha
O Grupo Gerdau no mundo
371570
67424
322
52
145
Principais indicadores
Margens financeiras
2005 2006
Margem bruta 27,5% 27,6%
Margem líquida 15,2% 14,9%
Margem EBITDA 23,7% 22,7%
Mercado de capitais
2005 2006
Metalúrgica Gerdau S.A.
Dividendos (R$ por ação) 2,95 2,26
Dividend yield (%)* 6,1 5,2
Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 31,5 27,5
Valor de mercado (R$ milhões) 5.980 8.063
Gerdau S.A.
Dividendos (R$ por ação) 1,80 1,35
Dividend yield (%)* 4,6 3,9
Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 32,0 27,4
Valor de mercado (R$ milhões) 17.371 23.062
Gerdau Ameristeel Corp.
Dividendos (US$ por ação) 0,22 0,30
Dividend yield (%)* 3,9 3,4
Retorno sobre o patrimônio líquido (%)** 18,7 20,4
Valor de mercado – Nyse – US$ milhões 1.717 2.723
Valor de mercado – Toronto – Cdn$ milhões 2.009 3.178
*Relação entre o dividendo pago por ação e a cotação no último dia do ano**Relação entre o lucro líquido e o patrimônio líquido consolidados
Produção e vendas
2005 2006
Produção de aço –
placas, blocos e tarugos (mil toneladas) 13.680 15.586
Produção de laminados (mil toneladas) 10.806 12.716
Vendas físicas (mil toneladas)* 13.551 14.819
*Excluídas as vendas para empresas controladas
Colaboradores
2005 2006
Número de colaboradores 25.253 31.563
Número de prestadores de serviços 11.747 13.298
Investimentos em capacitação (R$ milhões) 32,8 40,3
Ano R$ US$
2005 2,3407 1,00
2006 2,1380 1,00
Meio ambiente
2005 2006
Reaproveitamento
de águas industriais (%) 96,8 97,3
Reaproveitamento de co-produtos
(% do total gerado) 80,0 76,7
1DVA é resultado das receitas de produtos e serviços menos os custos relativos a matérias-primas e bens de consumo, serviços de terceiros, depreciação e amortizações, equivalência patrimonial e receitas financeiras
Unidades siderúrgicasUnidades de transformaçãoUnidades de corte e dobra de açoCentros de serviços de aços planosUnidades comerciaisUnidades de coleta e processamento de sucataÁreas de extração de minério de ferroUnidades de produção de ferro-gusa sólidoTerminais portuários privativos
Empresa coligadaUnidades siderúrgicasUnidades de transformação
Joint venturesUnidade siderúrgicaUnidades de transformaçãoUnidades de corte e dobra de aço
Sede do Grupo Gerdau
Brasil
Colômbia
Peru
Estados Unidos
Canadá
Argentina
Chile
Uruguai
Espanha
O Grupo Gerdau no mundo
371570
67424
322
52
145
Relatório Anual 2006 AÇO SEM FRONTEIRAS
Brasilwww.gerdau.com.br
Argentinawww.sipargerdau.com.ar
Canadá e Estados Unidoswww.gerdauameristeel.com
Chilewww.gerdauaza.cl
Colômbiawww.diaco.com.co
Espanhawww.sidenor.com
Peruwww.sider.com.pe
Uruguaiwww.gerdaulaisa.com.uy
www.gerdau.com
Missão
O Grupo Gerdau é uma empresa com foco em siderurgia, que busca satisfazer as necessidadesdos clientes e criar valor para os acionistas, comprometida com a realização das pessoas
e com o desenvolvimento sustentado da sociedade.
Perfil
Ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.
Visão
O Grupo Gerdau é um dos agentes do processo de consolidação da siderurgia no mundo. Ocupa a posição de 14º maior produtor de aço e é líder no segmento de aços longos nas Américas. Possui 231 unidadesindustriais e comerciais, além de quatro joint ventures e uma empresa coligada, o que faz com que esteja presenteno Brasil, na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru, no Uruguai, nos Estados Unidos, no Canadáe na Espanha. Em todos os países onde opera busca ter uma forte presença de mercado. Fornece aço para os setores da construção civil, indústria e agropecuária.
Investe continuamente na capacitação de quase 32 mil profissionais e no desenvolvimento das comunidadesonde está inserido, apoiando, em conjunto com colaboradores voluntários e em parceria com agentes da sociedade,mais de 800 projetos sociais.
Cumpre importante papel de preservação do meio ambiente, ao reciclar anualmente 10,4 milhões de toneladasde sucata ferrosa, transformando materiais obsoletos para a sociedade em novos produtos. Hoje é um dosmaiores recicladores do mundo.
As ações de suas empresas estão presentes nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto e Madri, somandouma média diária de negociações de US$ 60 milhões. O Grupo Gerdau possui mais de 113 mil acionistas.
Ao longo dos anos, o Grupo tem rompido limites e barreiras. É uma atuação sem fronteiras, que alinha processose operações globais, na busca da eficiência e do crescimento com rentabilidade, sempre comprometidocom o desenvolvimento sustentável.
Foto da capa. O aço Gerdau, produzido por colaboradores como Leandro Ferreira de Azevedo, daGerdau São Paulo, proporciona confiança e qualidade a grandes obras, como o E-Tower, um dos maismodernos edifícios da cidade de São Paulo, onde trabalha a administradora Mayra Carolina Zika. Peloprojeto, o engenheiro Ricardo Leopoldo e Silva França ganhou o prêmio Talento Engenharia Estruturalde 2006, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece). Com36 andares, é um prédio ambientalmente correto, com uso racional de água e energia, geradores a gás,coleta seletiva e compactação de lixo
Valores
• Cliente satisfeito
• Segurança total no ambiente de trabalho
• Pessoas comprometidas e realizadas
• Qualidade em tudo que faz
• Empreendedorismo responsável
• Integridade
• Crescimento e rentabilidade
Relatório A
nual 2006 AÇ
O SEM
FRON
TEIRAS
DestaquesEntrada em novos mercados de atuação:Espanha e Peru
Mensagem do presidente do ConselhoGrupo Gerdau: um dos agentes do processo de consolidação da siderurgia mundial
Governança corporativaNova etapa na evolução da governança corporativa
Gestão de riscosSistemas e ferramentas asseguram menorexposição e agregam competitividade
EstratégiaCriação de valor, com equilíbrio entre crescimento e rentabilidade
02
04
08
19
22
Desempenho dos negócios e investimentosCrescimento da produção consolidada supera média mundial do setor
Aços Longos BrasilAços EspeciaisAçominasAmérica do SulAmérica do Norte
FinançasReceita líquida atinge R$ 23,5 bilhões e lucro cresce 7,6%
Mercado de capitaisMais liquidez para as ações das empresas do Grupo
28
41
46
Gestão ambientalRedução do impacto da atividade industrial e uso responsável de recursos
72
ClientesRelacionamento marcado por confiança e parceria de longo prazo
ColaboradoresPessoas comprometidas em adicionar valor aos negócios
AcionistasDesempenho das ações supera importantes índices do mercado de capitais
ComunidadesCompromisso com o desenvolvimento sustentável das comunidades
FornecedoresEstímulo ao aprimoramento da cadeia produtiva da siderurgia
Governo e sociedadeParticipação ativa em discussões de interesse nacional
54
55
61
62
68
69
Sumário
26 SEM FRONTEIRAS PARA CRESCER
52 SEM FRONTEIRAS PARA DESENVOLVER
70 SEM FRONTEIRAS PARA RESPEITAR
78
80
82
88
114
Linha do tempoTrajetória de crescimento iniciada há mais de 100 anos
Produção do açoSaiba como é produzido o aço nas unidades Gerdau
GlossárioTermos técnicos da siderurgia e do mercado de capitais
Demonstrações contábeis resumidas
Informações e contatos
2Relatório Anual Gerdau 2006
Março
Usina siderúrgica Gerdau São Paulo é inaugurada para atender ao mercado internobrasileiro. É a mais moderna produtora de vergalhões do país, com capacidadeinstalada de 900 mil toneladas de aço por ano.
Callaway Building Products, no Tennessee (Estados Unidos), é adquirida pelaGerdau Ameristeel. A companhia, que oferece serviço de corte e dobra devergalhões, reforça a estratégia de adicionar valor aos produtos de aço para a construção civil, principal mercado da empresa.
Abril
As companhias de capital aberto no Brasil – Metalúrgica Gerdau S.A. e Gerdau S.A. – bonificam os acionistas em 50%, iniciativa que aumenta a liquidez e oferece maior oportunidade de acesso aos títulos.
Fevereiro
Gerdau Ameristeel assume a Fargo Iron and Metal Company, na Dakota do Norte (Estados Unidos), o que amplia a sua capacidade de armazenamento e processamento de sucata, matéria-prima para a produção de aço.
Janeiro
Corporación Sidenor, principal produtora de aços especiais da Espanha, tem 40% de seu capital social adquirido pelo Grupo Gerdau. A operação totalizou US$ 340,2 milhões, o que inclui dívidas de US$ 121 milhões. Esse investimento,o primeiro na Europa, consolida a estratégia de tornar-se um fornecedor global daindústria automotiva. O Grupo já atuava no segmento de aços especiais por meio da Gerdau Aços Especiais Piratini, no Rio Grande do Sul.
Destaques
Junho
Sheffield Steel, nos Estados Unidos, passa a fazer parte da Gerdau Ameristeel,por US$ 187 milhões, o que inclui dívidas de US$ 84 milhões. Com unidadesem Oklahoma, Illinois e Missouri, a empresa vende cerca de 550 mil toneladasde produtos acabados por ano – principalmente vergalhões e barras – e permite à Gerdau Ameristeel expandir sua cobertura geográfica para a região central do país.
3DESTAQUES
Gerdau Açominas, maior usina do Grupo Gerdau, comemora 20 anos de operaçãoe anuncia a instalação de um novo lingotamento contínuo de placas, no valor deUS$ 275 milhões. Esse investimento integra-se ao programa de US$ 1,5 bilhãojá em andamento na Gerdau Açominas, que, entre outras melhorias, ampliará a capacidade instalada da unidade de 3 milhões de toneladas para 4,5 milhões detoneladas, direcionadas principalmente ao mercado internacional.
Siderperu amplia atuação do Grupo Gerdau na América do Sul. A organizaçãoadquiriu o controle da maior siderúrgica do Peru, com produção de 400 miltoneladas de produtos acabados. Em novembro, a participação acionária na Siderperu evolui para 83%, com a aquisição de 33% do seu capital social. O investimento total na siderúrgica somou US$ 203,1 milhões, o que incluidívida líquida de US$ 102 milhões.
Novembro
É concluída a operação de Senior Liquidity Facility no valor de US$ 400 milhões. Essa linha de crédito equivale a umseguro que visa diminuir a exposição da companhia a eventuais riscos de liquidez no mercado financeiro internacional.
Gerdau Ameristeel estende sua atuação para a Costa Oeste dos Estados Unidos,ao estabelecer a joint venture Pacific Coast Steel, uma das maiores fornecedorasde aço cortado e dobrado para a construção civil do país, o que representainvestimento de US$ 104 milhões.
Grupo Gerdau anuncia evolução de sua governança corporativa. É a quarta sucessãoao longo de uma história de cinco gerações em mais de 100 anos. Em janeirode 2007, André Gerdau Johannpeter assume a função de diretor-presidente(CEO) no lugar de Jorge Gerdau Johannpeter, o qual permanece na presidênciado Conselho de Administração. Claudio Gerdau Johannpeter torna-se diretor-geral de Operações (COO). Ambos já atuavam como vice-presidentes executivos.Além disso, dois vice-presidentes executivos seniores – Frederico GerdauJohannpeter e Carlos Petry – deixam as funções executivas, permanecendo no Conselho de Administração.
Dezembro
Gerdau S.A. e Metalúrgica Gerdau S.A. passam a compor o Índice deSustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Corporación Sidenor conclui a aquisição da siderúrgica GSB Acero S.A., naEspanha, por US$ 157 milhões, incluindo dívidas de US$ 14 milhões. A empresapode produzir mais de 200 mil toneladas por ano de aços especiais destinadosprincipalmente à indústria automotiva.
4Relatório Anual Gerdau 2006
Mensagem do presidente do Conselho
“Em 2006, reforçamos a visão de ser uma empresasiderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.Mantivemos uma estratégia de ampliação permanentede produtividade, eficiência e escala”
espanhola GSB Acero, como parte da estratégia
de crescimento no setor de aços especiais da Europa.
E avançamos na América do Norte. Foi ampliada
a presença no centro dos Estados Unidos, a partir
da aquisição da Sheffield Steel Corporation, usina
em Oklahoma. Também alcançamos a Costa Oeste
do país, ao assumir o controle da joint venture Pacific
Coast Steel, na Califórnia. A Gerdau Ameristeel
Corporation, empresa responsável pelas operações
do Grupo Gerdau no Canadá e nos Estados Unidos,
tem forte presença na região leste dos dois países.
Para manter a competitividade dos negócios,
a Gerdau Ameristeel anunciou, no final de 2006,
a desativação da aciaria de Perth Amboy, Nova
Jersey. Foi mantida a operação da laminação
dessa unidade nos níveis atuais de produção,
de aproximadamente 500 mil toneladas anuais
de fio-máquina. Após a desativação da aciaria,
Perth Amboy passou a ser suprida com aço
de outras unidades da Gerdau Ameristeel.
No Brasil, a capacidade de produção cresceu mais
de 20% em 2006 na comparação com 2005. Foi
inaugurada a Gerdau São Paulo, a primeira nova usina
construída pelo Grupo Gerdau no país em 25 anos,
capaz de produzir anualmente até 900 mil toneladas
de aço. Também iniciamos as obras de um novo
alto-forno na Gerdau Açominas, o que vai elevar
o volume de aço produzido de 3 milhões para
4,5 milhões de toneladas.
Lucro recorde
O ano de 2006 foi muito positivo para o Grupo Gerdau.
Mais do que o cenário siderúrgico internacional
favorável, os resultados mostram que conseguimos
expandir as operações e conquistar novos patamares
de eficiência. A produção do Grupo Gerdau
cresceu 13,9%, acima da média mundial de 8,8%.
O faturamento atingiu R$ 27,5 bilhões, 7,2% maior
que o do ano anterior. Em dólares, o faturamento
cresceu 17,4%, devido à valorização de 8,7%
do real diante da moeda norte-americana no período,
e chegou a US$ 12,9 bilhões. O lucro líquido
totalizou R$ 3,5 bilhões, uma evolução de 7,6%.
Em 2006, reforçamos a visão de ser uma empresa
siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.
Mantivemos uma estratégia de ampliação permanente
de produtividade, eficiência e escala, com investimentos
contínuos em tecnologia e recursos humanos.
Buscamos também oportunidades de crescimento,
com a clara determinação de ser um dos agentes
do processo de consolidação da indústria siderúrgica.
Grupo Gerdau entra na Europa
No período, o Grupo Gerdau passou a atuar em novos
mercados com a aquisição de 40% da Sidenor (Espanha),
concluída em 2006, e da Siderperu (Peru). Além
disso, a Sidenor assumiu o controle da empresa
5MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO
André Gerdau Johannpeter tornou-se diretor-presidente
(CEO), assumindo a minha posição executiva. Claudio
Gerdau Johannpeter passou a ser diretor-geral de
Operações (COO). Ambos já eram vice-presidentes
executivos. Além disso, eu e dois vice-presidentes
executivos seniores – Frederico Gerdau Johannpeter
e Carlos Petry – passamos a atuar apenas no
Conselho de Administração.
Continuamos trabalhando para aprimorar a eficiência
e a produtividade das operações. Isso só é possível
graças aos investimentos em atualização tecnológica,
às avançadas práticas de gestão e à contínua
capacitação dos colaboradores. Essa conjugação
de fatores nos coloca entre as melhores empresas
siderúrgicas do mundo e nos distingue no mercado
pela qualidade dos produtos e serviços. A busca
constante pela melhoria faz com que níveis
diferenciados de rentabilidade estejam presentes
em períodos favoráveis, como também em momentos
mais difíceis do mercado.
O Grupo Gerdau não quer ser apenas uma empresa
internacional, mas uma organização sem fronteiras.
Isso significa ser um player siderúrgico global em
processos, qualidade, serviços e produtividade.
Estamos alcançando esse objetivo por meio do
apoio de uma consistente estrutura de planejamento
estratégico e da utilização do sistema de gestão
Gerdau Business System (GBS), o qual permite que
as melhores práticas internacionais nos processos
operacionais ou funcionais sejam replicadas
em todas as operações.
Governança e sustentabilidade
Buscamos também a contínua evolução da governança
corporativa do Grupo Gerdau. Em janeiro de 2007,
6Relatório Anual Gerdau 2006
Essa transformação vinha ocorrendo gradualmente
desde 2000 e se encerrou com o alcance de três
importantes objetivos: a consolidação do Conselho
de Administração, com a participação de membros
independentes; a consolidação do Comitê Executivo,
formado por uma nova geração de gestores;
e o atendimento às expectativas dos acionistas
de manutenção de um sistema de governança
corporativa moderno e profissional.
A política de boas práticas do Grupo Gerdau contempla
também a adoção de rigorosos padrões internacionais
nas operações. Na área de segurança, por exemplo,
são estabelecidas metas cada vez mais exigentes
na busca do índice de acidente zero. Algumas áreas
industriais já atuam há quase 20 anos sem nenhum
registro de acidente com perda de tempo. Infelizmente,
apesar dos esforços em manter o ambiente de
trabalho livre de acidentes, foram registrados em
2006 três óbitos. Essas tristes ocorrências nos fazem
perseguir ainda mais o aprimoramento do sistema
de segurança e o objetivo de zerar os acidentes.
A segurança é prioritária na cultura da organização
e está expressa nos valores do Grupo Gerdau.
Acreditamos no poder transformador das pessoas
e na sua contribuição para o desenvolvimento do
negócio. Por isso, investimos na capacitação
dos profissionais, preparando-os para uma atuação
global. Em 2006, os recursos destinados para
essas atividades somaram R$ 40,3 milhões.
Também buscamos estabelecer um relacionamento
consistente, transparente e duradouro com os
colaboradores. Na América do Norte, a Gerdau
Ameristeel continua trabalhando para a resolução
de seus acordos sindicais. Em 2006, a empresa
concluiu acordos na unidade de coleta e processamento
de sucata Manitoba Metals (Canadá), no terceiro
trimestre, e na Gerdau Ameristeel Perth Amboy
(Estados Unidos), no quarto trimestre. Em março
de 2007, novos acordos foram feitos, abrangendo as
operações norte-americanas em Beaumont, Texas,
St. Paul, Minnesota, e Wilton, Iowa. A companhia
acredita que as negociações estão em franco andamento
e mantém-se otimista sobre as perspectivas de
estabelecer acordos em outras unidades na América
do Norte, conciliando o interesse de ambas as partes.
Na comunidade, investimos no desenvolvimento
das populações vizinhas às unidades Gerdau, por
meio da participação em 817 ações sociais. Uma
grande contribuição tem sido dada pelo Instituto
Gerdau, que apóia iniciativas com foco na difusão
do conhecimento, por meio do ensino formal,
cultura, empreendedorismo, esporte, entre outros.
Buscamos sempre ir além da destinação de recursos
e estabelecer soluções integradas entre os negócios
do Grupo Gerdau, o poder público, a iniciativa privada
e as organizações civis. Entendemos que essa é a forma
de tornar nossas ações perenes e multiplicadoras.
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO
7
Em relação ao meio ambiente, trabalhamos cada vez
mais para reduzir o impacto das atividades industriais.
Ao longo dos anos, temos seguido essa linha de
atuação. Em 2006, foram investidos US$ 78,8 milhões
em tecnologias ambientais, sendo 77% destinados
para sistemas de proteção da qualidade do ar.
Também apresentamos alto índice de reaproveitamento
de materiais: hoje o Grupo Gerdau é um dos maiores
recicladores do mundo ao reutilizar anualmente
10,4 milhões de toneladas de sucata, principal
matéria-prima do processo produtivo. O consumo
de sucata traz benefícios que incluem a redução
das emissões de carbono, a otimização dos processos,
a diminuição do uso de energia, a obtenção de custos
mais competitivos e o aumento da produtividade.
Futuro
As perspectivas para os próximos anos apontam
crescente demanda por aço – conseqüência do
desenvolvimento econômico global. Com base nessa
expectativa, serão investidos nos próximos três
anos US$ 4 bilhões em melhorias e expansões,
o que não inclui potenciais aquisições. O baixo
endividamento e a alta geração de caixa permitem
que o Grupo Gerdau se expanda com consistência
e segurança.
Entendemos que a nova geração de executivos terá
um grande desafio pela frente: continuar a trajetória
de crescimento e rentabilidade que acompanha
o Grupo há mais de um século. Para atingir esse
objetivo, eles terão como aliada a prática do
trabalho em equipe e o ambiente aberto de diálogo
entre os diferentes níveis da organização. Esses
diferenciais, importantes suportes no contínuo
desenvolvimento da corporação, foram impressos
pelas principais lideranças nas últimas décadas.
O grupo de executivos que completa o ciclo atual
foi o responsável direto pelo salto de produção
registrado nos últimos 30 anos, de 840 mil toneladas
em 1977 para 15,6 milhões de toneladas de aço.
Por essa valorosa contribuição, não podemos deixar
de expressar os nossos agradecimentos. Da mesma
maneira, somos gratos aos nossos colaboradores,
cujo entusiasmo tem conseguido tornar o Grupo
Gerdau uma organização absolutamente diferenciada,
e aos clientes, acionistas, fornecedores, financiadores
e à comunidade, que sempre têm nos apoiado.
Jorge Gerdau JohannpeterPresidente do Conselho de Administração
“A nova geração de executivos terá um grandedesafio pela frente: continuar a trajetória decrescimento e rentabilidade que acompanha o Grupo há mais de um século”
8Relatório Anual Gerdau 2006
Governança corporativa
Negócios Aços Longos Brasil) e Expedito Luz
(secretário-geral e vice-presidente Jurídico).
A definição da nova estrutura levou em conta
a dimensão, a complexidade e os desafios do Grupo
Gerdau para atuação no mercado global. Também
considerou as melhores práticas de grandes
empresas no mundo.
O Grupo Gerdau tem compromisso histórico com
as boas práticas de governança corporativa e com
o fortalecimento do mercado de capitais e, por isso,
aderiu em 2001 (Gerdau S.A.) e em 2003 (Metalúrgica
Gerdau S.A.) ao Nível 1 de Governança Corporativa
Diferenciada da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).
Além disso, as empresas de capital aberto do Grupo
mantêm uma política de divulgação de informações
que define os critérios seguidos no relacionamento
com investidores, o que inclui o anúncio de atos
e fatos relevantes. O objetivo é manter um fluxo
rápido e eficiente na comunicação, considerando
regras de sigilo e confidencialidade. Essa política
abrange acionistas controladores, administradores,
membros dos conselhos de Administração e Fiscal
e de quaisquer órgãos com atribuições técnicas ou
consultivas que, em virtude de cargo, função
ou posição, tenham acesso a informações do Grupo.
O Grupo Gerdau divulgou, em novembro de 2006,
uma nova etapa de sua governança corporativa,
marcada pela quarta sucessão ao longo de cinco
gerações. Jorge Gerdau Johannpeter, Frederico
Gerdau Johannpeter e Carlos Petry, que acumulavam
os cargos de diretor-presidente e vice-presidentes
executivos seniores, respectivamente, e de membros
do Conselho de Administração, passam a dedicar-se
exclusivamente à função de conselheiros. Esse
processo começou em 2000 e, desde então, vem
provocando mudanças estruturais importantes
na organização, com destaque para a criação
do Comitê Executivo em 2002.
A eleição de André Gerdau Johannpeter como
diretor-presidente (Chief Executive Officer – CEO)
e de Claudio Gerdau Johannpeter como diretor-geral
de Operações (Chief Operating Officer – COO) consolidou
o processo de sucessão, o qual incluiu ações internas
e apoio de consultorias internacionais especializadas.
O Comitê Executivo conta ainda com Filipe Affonso
Ferreira (vice-presidente de Controladoria e Tecnologia
da Informação), Mario Longhi Filho (vice-presidente
da Operação de Negócios América do Norte), Osvaldo
Burgos Schirmer (vice-presidente de Finanças e Relações
com Investidores), Paulo Fernando Bins de Vasconcellos
(vice-presidente da Operação de Negócios Aços Especiais),
Ricardo Gehrke (vice-presidente da Operação de
Foi anunciada em 2006 a quarta sucessão ao longode cinco gerações. O processo, iniciado em 2000,segue as melhores práticas do mercado e provocamudanças estruturais importantes na organização
GOVERNANÇA CORPORATIVA
9
Também delibera sobre a destinação do lucro líquido
do exercício e a distribuição de dividendos, além
de eleger os membros do Conselho de Administração
e do Conselho Fiscal. As Assembléias Gerais
Extraordinárias (AGEs) são convocadas sempre
que houver necessidade de aprovação de matérias
que não estejam contidas na competência da AGO.
Assembléia geral de acionistas
Anualmente ocorre uma Assembléia Geral Ordinária
(AGO) para deliberar sobre matérias específicas,
como, por exemplo, a apresentação das contas
pelos administradores, o exame, a discussão
e a votação das demonstrações financeiras.
10Relatório Anual Gerdau 2006
Conselho de Administração
Possui oito membros – quatro representantes dos
controladores, um dos acionistas minoritários e três
não-integrantes do grupo de controle. Os integrantes
desse órgão acompanham a execução das políticas
por ele estabelecidas e são responsáveis pela definição
da estratégia de longo prazo, escolha da Diretoria
e designação dos membros do Comitê Executivo,
além de decidirem sobre assuntos relevantes para
os negócios e as operações. O mandato de um membro
do Conselho de Administração é de um ano, com
a possibilidade de reeleições. São realizadas
entre oito e dez reuniões ordinárias ao ano e,
dependendo da necessidade, reuniões extraordinárias.
A remuneração do Conselho é fixada pela Assembléia
Geral de Acionistas.
Conselho Fiscal
Os Conselhos Fiscais da Metalúrgica Gerdau S.A.
e da Gerdau S.A. são integrados por três membros
cada, sendo dois indicados pelos controladores e
um pelos acionistas minoritários. O Conselho Fiscal
da Gerdau S.A. possui especialista em finanças
e exerce funções de Comitê de Auditoria, de forma
a atender às recomendações da legislação norte-
americana (Sarbanes-Oxley Act) e às adaptações
sugeridas pela Comissão de Valores Mobiliários
(CVM). Ambos os Conselhos são responsáveis por
monitorar e fiscalizar os atos dos administradores,
opinar e emitir pareceres sobre o Relatório da
Administração, opinar sobre as propostas dos
membros do Conselho de Administração, analisar
e emitir pareceres sobre as demonstrações contábeis,
entre outras atribuições. O mandato é de um ano
com possibilidade de reeleição pela Assembléia
Geral de Acionistas, que também estabelece
a remuneração dos membros do Conselho Fiscal.
Comitês do Conselho de Administração
A estrutura de governança é complementada pelos
comitês de apoio ao Conselho de Administração:
Comitê de Governança Corporativa, Comitê de
Estratégia e Comitê de Remuneração e Sucessão.
O Comitê de Governança Corporativa é responsável,
principalmente, por monitorar, aprimorar e recomendar
ao Conselho de Administração princípios, diretrizes
e melhores práticas de governança, cumprindo
importante papel na evolução das relações do Grupo
com diversos públicos, em especial os mercados
financeiro e de capitais. O Comitê de Estratégia
tem a incumbência de avaliar os ambientes político,
econômico e social, e recomendar ao Conselho
de Administração políticas de natureza estratégica
e investimentos relevantes. O de Remuneração e
Sucessão, criado em 2002, tem a função de revisar
e sugerir políticas de avaliação de desempenho e de
remuneração dos executivos estratégicos do Grupo,
bem como identificar sucessores.
Diretoria e Comitê Executivo
A gestão do Grupo é feita pela Diretoria, cujo Comitê
Executivo (CEG) coordena e supervisiona as Operações
de Negócios e os Processos Funcionais, de acordo
com as políticas definidas pelo Conselho de Administração.
O CEG é composto de um diretor-presidente, um
diretor-geral de Operações e cinco vice-presidentes.
Desde o início de 2007, o diretor-presidente, André
Gerdau Johannpeter, é responsável pela condução geral
dos negócios, apresentação de planos ao Conselho
de Administração, além de liderar a proposição
e aplicação das estratégias aprovadas. O diretor-geral
de Operações, Claudio Gerdau Johannpeter, tem como
função principal a coordenação das Operações
de Negócios – Aços Longos Brasil, Aços Especiais,
Açominas, América do Sul e América do Norte.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
11
Finanças e Relações com Investidores, Contabilidade
e Auditoria, Jurídico, Tecnologia de Gestão, Estratégia
e Desenvolvimento de Negócios, Tecnologia da
Informação, Assuntos Institucionais e Comunicação
Corporativa e Responsabilidade Social.
O Comitê Executivo recebe o suporte dos Comitês
de Apoio, criados de acordo com critérios de
especialização e conhecimento técnico, e dos
de Excelência, os quais têm a função de identificar
as melhores práticas de gestão e estimular
o intercâmbio de conhecimentos entre as unidades.
Alguns exemplos desses comitês são o de Divulgação,
o de Gestão de Riscos, o de Recursos Humanos
e o de Meio Ambiente.
As reuniões do CEG ocorrem quinzenalmente. As
responsabilidades dos seus membros são divididas
em Operações de Negócios e Processos Funcionais.
As Operações de Negócios são definidas a partir
da linha de produtos ou da localização geográfica
das unidades: Aços Longos Brasil, Aços Especiais,
Açominas, América do Sul (Argentina, Chile,
Colômbia, Peru e Uruguai) e América do Norte
(Estados Unidos e Canadá).
Os Processos Funcionais, que fornecem suporte
a todas as operações do Grupo, incluem Marketing
e Vendas, Industrial, Logística, Metálicos,
Suprimentos, Planejamento Operacional, Gestão
de Pessoas e Desenvolvimento Organizacional,
André Gerdau Johannpeter e Claudio Gerdau Johannpeter assumiram, a partir de 1º de janeiro de 2007, os cargos de diretor-presidente (CEO) e diretor-geral de Operações (COO), respectivamente
12Relatório Anual Gerdau 2006
divulgação e reúne-se regularmente para revisar
os dados publicados. Esse comitê é integrado
pelos diretores de Relações com Investidores,
de Controladoria, Jurídico, Contábil e Financeiro.
Auditoria independente
A política em relação à contratação de auditorias
externas assegura que não haja conflito de interesses,
perda de objetividade ou independência do auditor
no seu relacionamento com o Grupo Gerdau. Em
atendimento à Instrução 308 da Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), está prevista a troca de auditoria
externa a cada cinco anos, o que ocorrerá em 2007.
Sarbanes-Oxley
O Grupo Gerdau deverá completar, no primeiro
semestre de 2007, a fase de certificação de
conformidade à Lei Sarbanes-Oxley, que deve
ser seguida pelas empresas que negociam ações
no mercado de capitais norte-americano. Foram
mapeados todos os processos envolvidos na
apuração e na consolidação das demonstrações
financeiras e realizadas auditorias internas
e externas para verificar a adequação e a eficiência
dos controles internos. Esse processo conta com
o apoio do Comitê de Gestão de Riscos.
Adicionalmente, um Comitê de Divulgação
supervisiona todos os materiais exigidos para
Comitê de gestores de Meio Ambiente da Gerdau Ameristeel realiza encontros periódicos para debater melhorias na área ambiental
GOVERNANÇA CORPORATIVA
13
Código de Ética
As Diretrizes Éticas Gerdau são pautadas pela
seriedade e coerência e definem as relações do
Grupo com seus colaboradores, clientes, acionistas,
fornecedores, comunidades, concorrentes e meio
ambiente. O Grupo Gerdau mantém canais que
incentivam a livre expressão de opiniões, atitudes
e preocupações de todos os públicos. Por isso,
traz em seu website o espaço Fale com a Gerdau,
e em sua intranet, o Canal da Ética, uma linha
de comunicação direta com os colaboradores,
que garante o anonimato e a confidencialidade
no tratamento das informações recebidas.
14Relatório Anual Gerdau 2006
Membros do Conselho de Administração
Jorge Gerdau JohannpeterPresidente
Nascido em 1936, é graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS). Trabalha no Grupo Gerdau desde 1954, quando começou
como auxiliar. De 1983 a 2006 foi diretor-presidente do Comitê Executivo Gerdau (CEG).
Germano H. Gerdau JohannpeterVice-presidente
Nascido em 1932, estudou Administração de Empresas na Fundação Getulio Vargas (FGV).
Trabalha no Grupo Gerdau desde 1951.
Klaus Gerdau JohannpeterVice-presidente
Nascido em 1935, possui graduação em Engenharia Civil, Elétrica e Mecânica pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Trabalha no Grupo Gerdau desde 1954.
Frederico C. Gerdau JohannpeterVice-presidente
Nascido em 1942, formou-se em Administração de Empresas pela Universidade Federal
do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem mestrado em Negócios, Finanças, Custos e Investimentos
pela Universidade de Köln, na Alemanha. Trabalha no Grupo Gerdau desde 1961. Até 2006
foi vice-presidente executivo sênior do CEG.
GOVERNANÇA CORPORATIVA
15
André Pinheiro de Lara ResendeConselheiro desde 2002
Nascido em 1951, é graduado em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio
de Janeiro (PUC-RJ), fez mestrado na Fundação Getulio Vargas (FGV) e possui Ph.D. pelo
Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Foi presidente do BNDES,
assessor especial da Presidência da República, negociador-chefe da dívida externa, diretor-
presidente da Companhia Siderúrgica Tubarão, vice-presidente executivo do Unibanco, sócio-
diretor do Banco Garantia e diretor da Dívida Pública e Mercado Aberto do Banco Central,
entre outros.
Affonso Celso PastoreConselheiro desde 2002
Nascido em 1939, formou-se em Economia pela Universidade de São Paulo (USP), onde
também realizou o seu doutorado. Atua como professor da Fundação Getulio Vargas (FGV)
no Rio de Janeiro e consultor na área de economia. Foi secretário da Fazenda do Estado
de São Paulo e presidente do Banco Central do Brasil.
Carlos J. PetryVice-presidente
Nascido em 1941, formou-se em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS). Trabalha no Grupo Gerdau desde 1965, e até 2006 foi vice-presidente executivo
sênior do CEG. É conselheiro desde 1981.
Oscar de Paula Bernardes NetoConselheiro desde 2002
Nascido em 1946, é graduado em Engenharia Química e em Administração pela Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). É presidente e diretor do Latin America Internet Development
Group e sócio-diretor da Íntegra Associados, Reestruturação Empresarial Ltda. É membro do
Conselho de Administração de diversas empresas no Brasil e no exterior, incluindo Suzano
BahiaSul S.A., Satipel Industrial S.A., Grupo RBS, São Paulo Alpargatas S.A., Delphi Corporation
(Estados Unidos) e Johnson Electric (Hong Kong). É também membro do Conselho Consultivo
da Bunge Brasil, Alcoa Brasil e Veirano.
Osvaldo Burgos Schirmer. Vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores. Nascido em 1950, é formado em
Administração de Empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e tem MBA pela Illinois University,
nos Estados Unidos. Atua na organização desde 1986.
16Relatório Anual Gerdau 2006
Jorge Gerdau Johannpeter – PresidenteFrederico C. Gerdau Johannpeter – Vice-presidente executivo sêniorCarlos J. Petry – Vice-presidente executivo sênior
André Gerdau Johannpeter. Diretor-presidente (CEO) e presidente do Comitê Executivo Gerdau (CEG). Anteriormente era
vice-presidente executivo. Nascido em 1963, é graduado em Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e complementou sua formação acadêmica com os cursos General Business Administration, na
Universidade de Toronto (Canadá); Marketing, em Ashridge (Inglaterra); e Advanced Management Program na Wharton School –
Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos). Trabalha no Grupo desde 1980 e já exerceu a função de Chief Operating Officer
(COO) da Gerdau Ameristeel.
Claudio Gerdau Johannpeter. Diretor-geral de Operações (COO). Anteriormente era vice-presidente executivo. Nascido em 1963,
é formado em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e realizou os cursos Operations
Management, na University of London (Canadá); Executive Development, na Penn State (Estados Unidos); e Advanced Management
Program, em Harvard (Estados Unidos). Atua na organização desde 1982 e, a partir de 2002, passou a ser responsável pelas
operações Açominas, Aços Especiais e pelos processos industriais no Brasil e no exterior.
Filipe Affonso Ferreira. Vice-presidente de Controladoria e Tecnologia da Informação. Nascido em 1965, é formado em
Administração de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC–Campinas). Atua no Grupo desde 2004.
Mario Longhi Filho. Vice-presidente da Operação de Negócios América do Norte. Nascido em 1954, formou-se em Engenharia
Metalúrgica pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Ingressou na organização em 2005.
Paulo Fernando Bins de Vasconcellos. Vice-presidente da Operação de Negócios Aços Especiais. Nascido em 1945,
formou-se em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atua no Grupo desde 1970.
Ricardo Gehrke. Vice-presidente da Operação de Negócios Aços Longos Brasil. Nascido em 1957, formou-se em Administração
de Empresas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Ingressou na Gerdau em 2004.
Expedito Luz. Secretário-geral e vice-presidente Jurídico. Nascido em 1951, formou-se em Direito pela Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e é mestre pela Columbia Law School, nos Estados Unidos. Trabalha na organização
desde 1976 e atualmente desempenha também a função de secretário-geral do Conselho de Administração.
Membros do Comitê Executivo Gerdau
Estrutura a partir de janeiro de 2007:
Em 1º de janeiro de 2007, deixaram de fazer parte do Comitê Executivo Gerdau:
GOVERNANÇA CORPORATIVA
17
André Beaudry – Vice-presidente de Projetos Estratégicos
André Pires de Oliveira Dias – Diretor de Investimentos
Antônio Marques de Almeida – Diretor de Serviços Compartilhados Gerdau
Breno Lucki – Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios
Carlos Alberto Varela da Silva – Diretor de Tecnologia da Informação
Cláudio Mattos Zambrano – Diretor de Tecnologia de Gestão
Dirceu Tarcisio Togni – Diretor Industrial
Érico Teodoro Sommer – Diretor de Energia e Meio Ambiente
Francisco Deppermann Fortes – Diretor de Recursos Humanos
Geraldo Toffanello – Diretor de Contabilidade
João Aparecido de Lima – Vice-presidente de Desenvolvimento Organizacional
Joaquim de Souza Gomes – Diretor de Metálicos
José Maurício Werneck G. da Silva – Diretor Financeiro
Mario Santanna Junior – Diretor-executivo da Gerdau Florestal
Paulo Perlott Ramos – Diretor de Marketing e Vendas
Renato Gasparetto Jr. – Diretor de Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa
Ruy Lopes Filho – Vice-presidente de Projetos Estratégicos
Sirleu José Protti – Diretor-executivo de Serviços Compartilhados Gerdau
Aços Longos BrasilRicardo Gehrke – Vice-presidente executivo
André Felipe Gueiros Reinaux – Diretor de Marketing
Fernando José Dutra Parreira – Diretor-executivo Gerdau Sul
Fladimir Batista Lopes Gauto – Diretor-executivo da Comercial Gerdau
Gerson Marcos Venzon – Diretor-executivo Comercial
Heitor L. Beninca Bergamini – Diretor de Suprimentos Metálicos
Hermenio Pinto Gonçalves – Diretor-executivo Gerdau Minas Gerais
Julio Carlos Lhamby Prato – Diretor-executivo das Unidades Industriais
Nestor Mundstock – Diretor-executivo da Gerdau Cosigua
Ney Mauro Simone da Silva – Diretor de Recursos Humanos
Paulo Ricardo Tomazelli – Diretor de Vendas Diretas Industriais e Aplicações Especiais
Renato Silva Bernardes – Diretor de Vendas e Distribuição
Tadeu Petterle – Diretor de Suprimentos Gerais
Vice-presidentes e diretores corporativos
Vice-presidentes e diretores das Operações de Negócios
18Relatório Anual Gerdau 2006
Aços EspeciaisPaulo Fernando Bins de Vasconcellos – Vice-presidente executivo
Joaquim Guilherme Bauer – Diretor-executivo da Gerdau Aços Especiais Piratini
Ricardo Giuzeppe Mascheroni – Diretor Comercial da Gerdau Aços Especiais Piratini
AçominasLuiz André Rico Vicente – Vice-presidente
Alfredo Huallem – Diretor Comercial
Manoel Vitor de Mendonça Filho – Diretor Industrial
Omar de Oliveira Fantoni – Diretor de Planejamento e Recursos Humanos
América do SulMárcio Pinto Ramos – Diretor-executivo América do Sul
Eduardo Ermida Moretti – Diretor-geral da Diaco
Hermann Von Mühlenbrock Sotto – Gerente-geral da Gerdau AZA
João Carlos Salin Gonçalves – Diretor de Suprimentos Metálicos
José Pedro Sintas – Diretor-executivo da Gerdau Laisa
Juan Manoel Romero – Presidente-executivo da Diaco
Luís Pécora Nova – Diretor-executivo da Sipar Gerdau
Luiz Augusto Polacchini – Diretor-executivo da Siderperu
América do NorteMario Longhi Filho – Presidente e CEO da Gerdau Ameristeel
J. Neal McCullohs – Vice-presidente de Vendas e das Unidades de Transformação
Jack C. Peterson – Vice-presidente de Sistemas de Gestão
James S. Rogers – Vice-presidente de Recursos Humanos
Matt C. Yeatman – Vice-presidente de Operação e Suprimento de Sucata
Michael P. Christy – Vice-presidente de Suprimentos e de Logística
Michael P. Mueller – Vice-presidente de Operações Siderúrgicas
Robert E. Lewis – Vice-presidente, conselheiro-geral e secretário corporativo
Tom J. Landa – Vice-presidente de Finanças e diretor financeiro
Diretores do Instituto Gerdau
Klaus Gerdau Johannpeter – Presidente
José Paulo Soares Martins – Diretor-executivo
GESTÃO DE RISCOS
19
Gestão de riscos
Sistemas e ferramentas gerenciais permitem um monitoramento constante e eficiente de todos os riscos inerentes à operação e à atuação no mercado global
Essas iniciativas, aliadas a um modelo estruturado
de governança corporativa, permitem que o Grupo
Gerdau mantenha uma posição diferenciada no
mercado siderúrgico global e assegure níveis
adequados de transparência aos investidores.
Riscos de mercado
O mercado siderúrgico mundial é cíclico, ou seja,
sua rentabilidade sofre o impacto das oscilações
periódicas na demanda e na oferta global de aço.
O consumo, por sua vez, é influenciado pela
conjuntura interna de cada país e também pela
economia global. A demanda por aço é historicamente
correlacionada com o crescimento da economia.
Em alguns países, normalmente os menos desenvolvidos,
a correlação é mais alta. Esse comportamento
decorre do fato de a siderurgia estar diretamente
relacionada aos setores impulsionadores do
desenvolvimento, como o da construção civil,
o de obras de infra-estrutura, o metal-mecânico,
o automobilístico e o agropecuário, entre outros.
Para detectar oportunidades e minimizar possíveis
impactos negativos em seu desempenho, o Grupo
Gerdau analisa as tendências econômicas de cada
país onde atua e as perspectivas dos principais
setores consumidores de aço.
O Grupo Gerdau administra os riscos inerentes
a sua atividade, mediante a utilização de ferramentas
gerenciais que asseguram menor exposição a uma
série de fatores – industriais, ambientais, financeiros,
legais, de mercado, entre outros – e agregam
competitividade à gestão dos negócios.
A governança corporativa do Grupo Gerdau determina
que suas operações tenham uma gestão integrada
de riscos, apoiada pelo Comitê de Gestão de Riscos.
Esse processo atende, também, aos requerimentos
da lei norte-americana Sarbanes-Oxley, a qual exige
que os administradores se responsabilizem pela
adequada estrutura de controles internos. Essa
legislação deve ser seguida pelas empresas com
ações negociadas na Bolsa de Valores de Nova
York, como é o caso da Gerdau S.A. e da Gerdau
Ameristeel Corporation.
Os riscos relevantes às operações e os respectivos
controles internos são monitorados diretamente
pelas unidades. Os gestores das unidades têm
a responsabilidade pela gestão desses riscos
relevantes, assim como pelo desenvolvimento
de ações para minimizá-los de forma eficiente.
Os controles internos são testados e analisados
por auditorias internas e externas e acompanhados
pelo Conselho Fiscal, que exerce a função de Comitê
de Auditoria, a fim de garantir sua confiabilidade
e transparência.
Combina atuação global com operações regionais –
unidades em diferentes nações que compram
matérias-primas e vendem produtos principalmente
nas regiões onde estão inseridas –, além de uma
plataforma de exportações a partir do Brasil. Dessa
forma, possui flexibilidade para ajustar seus volumes
de produção à demanda. Em prolongadas situações
de baixo desempenho econômico, a dificuldade em
adaptar-se ao novo patamar do mercado pode contribuir
para abruptas reduções de preços e, conseqüentemente,
para a diminuição das margens financeiras
necessárias para a sustentabilidade do negócio.
Para diferenciar-se da concorrência, o Grupo Gerdau
oferece produtos com maior valor agregado, por
meio do beneficiamento de aços longos e planos –
como o serviço de corte e dobra de vergalhões
e a sua montagem na obra –, da produção de aços
especiais e de padrões diferenciados de qualidade
e de atendimento aos prazos de entrega. O Grupo
conta também com um sistema próprio de distribuição.
Riscos de investimentos
Por estar inserido em um mercado cíclico, o Grupo
Gerdau possui rigorosos métodos de avaliação
de investimentos, com controles de alçadas
de aprovações determinados pelo seu processo
de governança corporativa. As decisões seguem
uma visão de longo prazo e buscam assegurar
a competitividade das operações em diferentes
situações de mercado.
Riscos de oscilação dos preços
de matérias-primas
Variações nos preços de matérias-primas, como
minério de ferro, sucata, carvão mineral e energia
elétrica, têm impacto direto nos custos de produção
do aço. O Grupo Gerdau busca administrar a exposição
a essas variáveis por meio de contratos de fornecimento
de médio e longo prazos, quando aplicáveis.
Riscos de acidentes com pessoas
A segurança das pessoas no ambiente de trabalho,
independentemente de serem colaboradores ou
prestadores de serviços, é um compromisso que
está expresso nos valores do Grupo Gerdau.
Todas as unidades têm como meta zerar o número
de acidentes e, algumas delas, já se tornaram
referência mundial nessa área. Seguem o sistema
de gestão da segurança, um conjunto de exigentes
procedimentos, treinamentos e programas de
prevenção definidos no Gerdau Business System
(ver Colaboradores). Além disso, auditorias internas
e externas são realizadas periodicamente para
assegurar a eficiência das práticas.
Riscos ambientais
Potenciais riscos ambientais, assim como
o desempenho dos principais indicadores nessa
área, são acompanhados permanentemente pelo
Sistema de Gestão Ambiental (SGA), utilizado pelas
unidades do Grupo. Com isso, são monitoradas
todas as etapas do processo industrial, desde
a obtenção de matérias-primas até a distribuição,
incluindo a correta destinação dos co-produtos
(ver Gestão ambiental).
Formulado em conformidade com a norma ISO 14001,
o Sistema de Gestão Ambiental contribui para
a definição de metas, ações e procedimentos
de forma padronizada, garantindo maior eficiência
nos resultados.
20Relatório Anual Gerdau 2006
21GESTÃO DE RISCOS
Riscos financeiros
O Grupo Gerdau mantém uma política conservadora
na gestão de riscos financeiros. Utiliza instrumentos
de proteção às variações de taxas de juros, câmbio
e preços de alguns insumos, como energia e gás, neste
caso, quando aplicáveis. Também possui como norma
negociar de forma equilibrada contratos de alta
liquidez em mercados futuros e de derivativos,
os quais são contabilizados conforme as regras
do Fasb 133 (USGAAP).
Ao longo dos anos, o Grupo Gerdau também tem
conseguido um hedge natural para o risco de câmbio,
por meio das exportações a partir do Brasil e da
geração de caixa em moeda forte (dólar e euro),
proporcionada pelas operações nos Estados Unidos,
no Canadá e na Espanha.
Riscos legais
Pela sua atuação internacional, o Grupo Gerdau está
exposto a diversos riscos legais. Por isso, procura
estar permanentemente atualizado sobre as mudanças
na legislação e, conseqüentemente, garantir
o cumprimento de todas as suas obrigações.
A Hora da Segurança, realizada diariamente em todas as unidades, é uma das ferramentas para reforçar a segurança no ambiente de trabalho
22Relatório Anual Gerdau 2006
Estratégia
A atuação do Grupo Gerdau é conduzida pela aspiraçãode crescimento com rentabilidade e pelo compromissocom a criação de valor para os acionistas, combinandodiferenciais que asseguram competitividade
A sociedade tem um grande desafio pela frente:
crescer economicamente e, ao mesmo tempo,
utilizar de forma consciente os recursos naturais
e diminuir o impacto das atividades industriais
no meio ambiente. Por isso, o Grupo Gerdau realiza
investimentos contínuos na atualização tecnológica
dos equipamentos de preservação ambiental.
A organização também busca ampliar o reaproveitamento
dos co-produtos gerados no processo industrial –
pó de aciaria, escória, carepa, entre outros – por
diferentes setores da economia. Além disso,
é um dos maiores recicladores do mundo, ao utilizar
a sucata ferrosa como uma das principais matérias-
primas para a produção do aço.
A atuação do Grupo Gerdau é amparada por uma
liderança com visão de longo prazo e apoiada por
um moderno sistema de governança corporativa.
As práticas são consolidadas globalmente por meio
da utilização do Gerdau Business System (GBS).
Permeando todos esses processos estão os
colaboradores Gerdau, pessoas identificadas
com a cultura e os valores da organização
e comprometidas com os resultados. Para isso,
é preciso superar barreiras de língua, hábitos
e costumes e preservar a diversidade de cada região.
Com a visão de ser uma siderúrgica global, entre
as mais rentáveis do setor, a aspiração estratégica
do Grupo Gerdau é de crescimento e rentabilidade.
Para atingir esse objetivo, sustenta sua atuação em
diferenciais competitivos: liderança nos mercados,
diversificação geográfica, player em todos os
segmentos e corporação integrada. A organização
busca satisfazer as necessidades dos clientes
e criar valor para os acionistas, comprometida com
a realização das pessoas e com o desenvolvimento
sustentado da sociedade.
O Grupo trabalha para se manter entre os principais
agentes do processo de consolidação da siderurgia
mundial. Para isso, tem expandido sua atuação
geográfica, assim como a capacidade de produção
e a eficiência operacional nas regiões onde já está
presente. Avalia permanentemente oportunidades
de crescimento que combinem ampliação dos
negócios e retorno do capital investido com o
objetivo de adicionar valor de forma sustentada
aos acionistas. Para consolidar sua posição no
mercado, busca estabelecer alianças e parcerias
estratégicas, ampliar o fornecimento de serviços
aos clientes e aumentar a linha de produtos com
maior valor agregado.
ESTRATÉGIA
23
participação relevante de mercado nos países onde
opera, solidez financeira, acesso a bolsas de valores
internacionais e experiência na reversão de resultados
das empresas adquiridas.
Outros fatores reforçam a capacidade do Grupo para
seguir com sua estratégia: tecnologia atualizada, custo
de produção competitivo, diversificados processos
produtivos, fontes múltiplas de matérias-primas,
24Relatório Anual Gerdau 2006
Gerdau Business System (GBS)
Sistema único, que consolida as melhores práticas
do Grupo Gerdau em todos os processos de negócio,
o Gerdau Business System (GBS), estruturado a partir
de 2002, auxilia líderes e equipes das unidades
a atuarem de forma integrada e alinhada, levando
a empresa à excelência nos negócios que opera.
A partir de uma base de informações constantemente
atualizada, contendo as melhores práticas internas e
externas de cada processo, o GBS define também a
estrutura e a metodologia necessárias para sustentar
o negócio.
Uma das partes relevantes do GBS é o conceito de gaps
em relação às práticas de excelência. As oportunidades
de melhorias nos processos são identificadas e tratadas
por meio de projetos e ações específicos, resultando
em um atendimento aos clientes diferenciado.
Capaz de difundir uma linguagem comum entre
as Operações do Grupo Gerdau, o GBS é um aliado
fundamental para promover a integração da organização
em todos os países nos quais opera, favorecendo
a troca de conhecimento entre unidades e a
incorporação de novos negócios. Atualmente
o GBS está sendo consolidado no Grupo Gerdau
e é aplicado em todas as operações.
Cada macroprocesso do negócio – Marketing e Vendas, Industrial, Logística, entre outros – é coordenado por um process owner, que atua com os process leaders das operações nos diversos países onde o Grupo Gerdau está presente
ESTRATÉGIA
25
CRESCIMENTO EM AÇOS ESPECIAISO segmento de aços especiais é um dos principais focos do Grupo Gerdau. O objetivo é seguir na busca
de oportunidades de novos negócios nessa área, posicionando-se geograficamente para melhor atender
às demandas das diversas cadeias globais ligadas, principalmente, à indústria automobilística. Nessa
direção, em 2006 o Grupo Gerdau adquiriu 40% dos ativos da espanhola Sidenor, que recentemente
assumiu 100% da GSB Acero, também da Espanha.
A capacidade total de produção de aços especiais foi ampliada em 2006 de 500 mil para mais de 1 milhão
de toneladas. Atualmente, o Grupo Gerdau é líder nos mercados latino-americano e espanhol, mantendo
participação relevante na Europa.
José Miguel Jorrin de Cos, colaborador da usinade Reinosa (Espanha), participa da produção de peças de mais de cem toneladas utilizadasem motores de propulsão de navios
26Relatório Anual Gerdau 2006
NEGÓCIOS
Sem fronteiras para crescer
28 Desempenho dos negócios e investimentos
41 Finanças
46 Mercado de capitais
NEGÓCIOS
27
O aço produzido pelo colaborador da Gerdau AZA (Chile), Sérgio Ulloa,está presente na estrada Costanera Norte, na capital Santiago,utilizada diariamente pela profissional de comunicação Gina Figueroa
28
Desempenho dos negócios e investimentos
Produção de aço evolui 13,9% em relação a 2005,acima da média global do setor, de 8,8%, impulsionada,principalmente, pelo crescimento econômico mundiale pela aquisição de novas empresas
O mercado siderúrgico mundial registrou em 2006
mais um recorde de produção, ao atingir 1,2 bilhão
de toneladas, volume 8,8% superior ao registrado
no ano anterior. Em uma década, a produção global
evoluiu 65,3% e, nos últimos cinco anos, 45,7%,
principalmente pela forte demanda na China e nos
demais países da Ásia.
Em 2006, a produção de aço do Grupo Gerdau cresceu
acima da média global. Evoluiu 13,9% comparativamente
à de 2005, totalizando 15,6 milhões de toneladas,
o que se justifica pelo crescimento econômico
mundial, pela consolidação de empresas siderúrgicas
no Peru e na Espanha e pelo esforço comercial em
conquistar novos espaços no mercado.
No período, foram investidos US$ 2 bilhões, sendo
50% referentes a aquisições de novas empresas
e o restante à expansão produtiva e à atualização
tecnológica das unidades existentes. Com isso,
a capacidade anual de produção de aço do Grupo
Gerdau passou de 16,5 milhões para 19,2 milhões
de toneladas, o que representou um acréscimo de
16,7%. Em laminados, o crescimento foi maior, de
28,6%, atingindo 17 milhões de toneladas por ano.
Para os próximos três anos (2007-2009), os
investimentos devem somar US$ 4 bilhões, que
Relatório Anual Gerdau 2006
serão destinados à expansão das capacidades
instaladas e à modernização das unidades. Esse
montante não inclui investimentos em aquisições.
29NEGÓCIOS
Operações de Negócios
A atuação do Grupo Gerdau é dividida em cinco
Operações de Negócios:
• Aços Longos Brasil
• Aços Especiais (Brasil e Espanha)
• Açominas (Brasil)
• América do Sul (Argentina, Chile, Colômbia,
Peru e Uruguai)
• América do Norte (Estados Unidos e Canadá)
Ao todo são 231 sites industriais e comerciais, assim
como quatro joint ventures e uma empresa coligada.
Investimentos (US$ milhões)
2006
Imobilizado
Brasil 694,4
América do Norte 238,9
América do Sul 52,4
Europa 17,9
Aquisições
América do Norte 298,7
América do Sul 203,1
Europa 497,2
Total 2.002,6
30Relatório Anual Gerdau 2006
Aços Longos Brasil
Líder no mercado brasileiro, o Grupo Gerdau ampliou
principalmente o atendimento ao setor da construção
civil em 2006, ao inaugurar a usina siderúrgica Gerdau
São Paulo e expandir os serviços de corte e dobra
de vergalhões.
A Gerdau São Paulo é a primeira usina construída
pelo Grupo no Brasil nos últimos 25 anos – todo o
crescimento até então fora decorrente de aquisições
e expansões em unidades existentes. Com investimento
total de US$ 243 milhões, a unidade é a mais
moderna siderúrgica produtora de vergalhões do
país e tem capacidade para produzir até 900 mil
toneladas de aço e 600 mil toneladas de vergalhões
para o setor de construção civil.
Ao longo do ano, a demanda por aço da construção
civil foi ampliada por medidas governamentais de
redução de impostos e de juros e de estímulo ao
crédito. O setor cresceu 4,5% em 2006, percentual
superior aos 2,9% de evolução do PIB brasileiro.
Como resultado, a produção da Operação de Negócios
Aços Longos Brasil atingiu no período 3,8 milhões
de toneladas, o que representa um aumento de
3,8% sobre 2005.
Além disso, a melhoria na distribuição e na logística
contribuiu para ampliar a cobertura geográfica dos
produtos ampliados – telas, colunas e outras opções
de acabamento em que o vergalhão já vem soldado
e pronto para aplicação – e os serviços de corte
e dobra. Esse trabalho permitiu diminuir custos
de fretes, reduzir perdas e aprimorar o atendimento
aos clientes. Dentro das unidades industriais,
o processo de logística também foi revisado,
o que se traduziu em mais produtividade e melhor
atendimento aos prazos.
No Brasil, a Comercial Gerdau é um importante
canal de vendas e conta com a linha completa
• 9 unidades siderúrgicas (Brasil)
• 4 unidades de transformação (Brasil)
• 2 unidades de produção de ferro-gusa sólido (Brasil)
• 26 unidades de corte e dobra de aço (Brasil)
• 7 unidades de coleta e processamento de sucata (Brasil)
• 1 terminal portuário privativo (Brasil)
• 68 unidades comerciais (Brasil)
• 6 centros de serviços de aços planos (Brasil)
• 1 joint venture – unidade de transformação (Brasil)
Unidades Longos Brasil
de aços longos, especiais e planos, produzidos
pelas usinas Gerdau e por outras siderúrgicas.
Com 68 filiais no território nacional, é o principal
distribuidor de aço no país e possui uma grande
variedade de produtos para construção civil,
indústria, metalurgia e agropecuária. Também
oferece serviços que agregam valor aos produtos,
como corte e dobra de vergalhões e beneficiamento
de aços planos.
Em 2006, o aço Gerdau fez parte de grandes obras,
como o Complexo dos Jogos Panamericanos (RJ) –
que inclui o Estádio João Havelange e a Vila Olímpica –,
a ampliação dos portos de Santos (SP), Suape
(PE) e Navegantes (SC), a expansão do Aeroporto
de Congonhas (SP) e a construção da Biblioteca
Nacional (DF).
Perspectivas
No segmento de aços longos, o Grupo Gerdau continuará
investindo em produtos de maior valor agregado –
os produtos ampliados e o serviço de corte e dobra
de vergalhões –, diante das boas perspectivas de
crescimento da economia nacional. Está nos planos
de expansão a inauguração de novas unidades
de corte e dobra em diversas regiões do Brasil.
A MARCA GRAVADA NO AÇOA qualidade dos produtos é uma marca registrada do Grupo Gerdau no mercado brasileiro. Sob o slogan
“Quando é bom, dá para ver que é Gerdau”, o Grupo passou a incluir a logomarca GG nas cantoneiras
e nos perfis destinados à indústria. Com isso, os clientes têm a garantia de adquirir produtos
normatizados, que correspondem às expectativas de segurança necessárias.
Ao longo de dois anos de trabalho, foi constatado que os clientes finais respondem positivamente
à vinculação da marca ao produto. Os estudos avaliaram itens como a preferência na forma da gravação
até impactos no manuseio e na estocagem do aço.
31NEGÓCIOS
Logomarca GG diferencia as cantoneiras e os perfis Gerdau no mercado
32Relatório Anual Gerdau 2006
Aços Especiais (Brasil e Espanha)
Em 2006, o Grupo Gerdau assumiu 40% das ações
da Corporación Sidenor, maior produtora de aços
especiais da Espanha, um negócio que envolveu
US$ 340,2 milhões em recursos, valor que inclui
dívidas de US$ 121 milhões. Em dezembro,
a Corporación Sidenor adquiriu a GSB Acero. Essa
operação totalizou US$ 157 milhões, considerando
a dívida líquida de US$ 14 milhões.
Os investimentos em expansão e ganhos de eficiência
e qualidade permitiram à Operação de Negócios
de Aços Especiais atingir produção de 1 milhão
de toneladas em 2006. Esse volume foi direcionado
para a indústria automotiva, destino de 80% das vendas,
e para os setores de máquinas e equipamentos,
petroquímico, de energia, de ferramentas manuais,
entre outros.
Os aços especiais do Grupo Gerdau são principalmente
utilizados na fabricação de autopeças, componentes
que exigem elevados padrões de qualidade e segurança.
Estão presentes no motor, na caixa de câmbio e no
sistema de direção e suspensão de automóveis,
caminhões, ônibus, motocicletas e tratores.
O Grupo Gerdau é um fornecedor diferenciado da
cadeia automotiva internacional e seus produtos
estão em todos os continentes, sendo utilizados
pelas principais montadoras do mundo.
O ano de 2006 consolidou o Grupo Gerdau como
um dos líderes mundiais nesse segmento, não só
pela qualidade do aço e tecnologia produtiva, mas
também pelos mais de 40 trabalhos de pesquisa
e desenvolvimento realizados no Brasil e na Espanha.
A criação de novos tipos de aço e de processos
de produção eficientes faz do Grupo uma referência
mundial no setor. A Operação de Negócios Aços
Especiais possui corpo técnico especializado,
instalações com os mais modernos equipamentos,
além de trabalhar em parceria e cooperação com
as principais universidades e centros de pesquisa
do Brasil e da Europa. Essa é uma forma de garantir
que os clientes tenham a sua disposição o que há
de mais avançado em aços especiais (ver Cooperação
tecnológica internacional).
No ano, os investimentos totais em atualização
tecnológica realizados nas unidades da Espanha
somaram US$ 17,9 milhões.
Perspectivas
As expectativas para 2007 são de crescimento do
Grupo Gerdau no setor de aços especiais, que se
dará pela busca de novas oportunidades de negócio,
em especial na China, na Índia e nos países do
Leste Europeu, onde a indústria automotiva tem
apresentado taxas expressivas de expansão.
Nos mercados em que já atua, o Grupo Gerdau tem
como desafio manter seus níveis de competitividade,
tanto por meio da melhoria dos seus processos
industriais e da criação de soluções tecnológicas
como do desenvolvimento de novos produtos.
Unidades Aços Especiais
• 1 unidade siderúrgica (Brasil)
• 1 empresa coligada (Espanha)
COOPERAÇÃO TECNOLÓGICA INTERNACIONALO Grupo Gerdau e a Daido Steel, empresa japonesa líder mundial em tecnologia de aços especiais,
firmaram, em dezembro, um acordo de cooperação tecnológica para o desenvolvimento de aços especiais
destinados a montadoras do Japão com fábricas instaladas no Brasil. As duas companhias já realizam
intercâmbio tecnológico para melhoria de processos desde 1995.
Essa parceria somou-se aos diversos projetos que o Grupo Gerdau vem desenvolvendo com as
montadoras japonesas já instaladas no Brasil e reforça sua posição de liderança nesse mercado.
33NEGÓCIOS
Os aços especiais Gerdau são utilizados pelosetor automobilístico em peças que exigemalta qualidade, segurança e confiabilidade
Açominas
Desempenho operacional, diversificação geográfica
de vendas, mix de produtos com maior valor agregado
e melhoria dos preços internacionais do aço estão
entre os destaques da Gerdau Açominas em 2006.
No período, a produção foi de 2,9 milhões de
toneladas, praticamente o mesmo volume de 2005.
Instalada em Ouro Branco (MG), a Gerdau Açominas
é a maior usina do Grupo. Sua localização é estratégica
em relação ao abastecimento de minério de ferro, à
proximidade com os principais centros consumidores
no Brasil e à infra-estrutura para exportação, com
acesso a ferrovias e ao Terminal Portuário Privativo
de Praia Mole em Vitória (ES).
Atualmente, está em pleno andamento o programa
de expansão da unidade, cuja capacidade instalada
crescerá de 3 milhões para 4,5 milhões de toneladas,
iniciativa que envolve US$ 1,5 bilhão em recursos
(ver Gerdau Açominas: competitividade reconhecida).
O aço produzido pela Gerdau Açominas é utilizado
especialmente na construção civil, na indústria naval
e automobilística, em eletrodomésticos e em peças
de forjaria. Em 2006, a unidade firmou presença
no exigente segmento de fio-máquina europeu
e ampliou o market share em perfis estruturais no
Brasil e em diversos mercados da América Latina.
Para atuar em um segmento diferenciado de mercado,
a Gerdau Açominas passou a produzir o fio-máquina
de alto carbono. Exemplos de aplicação desse produto
são o PC Wire, arame que dá mais resistência ao
concreto em obras de grande porte, e o Bead Wire,
utilizado na indústria de pneus. Os perfis laminados
obtiveram a certificação CE Marking, a qual atesta
que o produto segue as especificações exigidas
pelo mercado europeu, e a homologação internacional
para atendimento ao setor naval. No total, foram
lançados 26 produtos em 2006, sendo 20 no
segmento de fio-máquina e seis no de blocos,
placas e tarugos.
No período, as exportações responderam por 70%
do volume comercializado e a Ásia se manteve
como o principal destino. A Gerdau Açominas
expandiu suas exportações para regiões que
consomem produtos de maior valor agregado –
exemplo da Europa, dos Estados Unidos e da
América Latina – e conquistou mercado no Oriente
Médio e na África. Além disso, foi ampliado
o volume de vendas no mercado brasileiro.
Perspectivas
Para 2007, a expectativa é consolidar a posição
internacional, aproveitando o aumento da capacidade
produtiva para 4,5 milhões de toneladas a partir
do segundo semestre, quando entra em atividade
o segundo alto-forno. No período, haverá volume
adicional de 500 mil toneladas, produção que será
basicamente embarcada para o exterior, na busca
de novos mercados e aplicações.
Unidades Açominas
• 1 unidade siderúrgica (Brasil)
• 3 áreas de extração de minério de ferro (Brasil)
• 1 terminal portuário privativo (Brasil)
34Relatório Anual Gerdau 2006
GERDAU AÇOMINAS: COMPETITIVIDADE RECONHECIDAA Gerdau Açominas é uma das usinas siderúrgicas mais competitivas do mundo. Possui gestão
diferenciada e produtos de qualidade com forte presença no mercado global. Essas características
impulsionaram a decisão do maior investimento do Grupo Gerdau, no valor de US$ 1,5 bilhão. Com
isso, a capacidade da usina crescerá de 3 milhões para 4,5 milhões de toneladas a partir do segundo
semestre de 2007.
Seguindo as práticas de sustentabilidade, a unidade continuará com 70% de auto-suficiência energética,
a partir da utilização de mais um turbogerador soprador para o abastecimento do novo alto-forno
e o aproveitamento de gases gerados no processo industrial. Para manter os patamares de proteção
ambiental, estão sendo instalados novos equipamentos de reaproveitamento das águas industriais,
que hoje chega a 95% do volume utilizado. Também será preservado um cinturão verde de 1,7 mil
hectares. A entrada em operação do novo alto-forno permitirá a criação de mais 1,5 mil empregos
permanentes, entre colaboradores diretos e prestadores de serviços.
Essa competitividade foi reconhecida em 2006 com a premiação Balanced Scorecard Hall of Fame, seção
América Latina. O prêmio é entregue às organizações que se destacam pelo alcance de resultados
diferenciados a partir da utilização do Balanced Scorecard, ferramenta de gerenciamento que integra
o Gerdau Business System (GBS).
35NEGÓCIOS
Os colaboradores Dimas Antônio da Rocha e Juliana Lopes Andrade trabalham nas obrasde expansão da usina em Minas Gerais
36Relatório Anual Gerdau 2006
América do Sul (Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai)
Os resultados obtidos na América do Sul em 2006
refletem o bom desempenho da economia da região,
o ingresso no Peru e o contínuo esforço na melhoria
dos processos de gestão. Com a compra da Siderperu,
o Grupo passou a operar a maior siderúrgica daquele
país (ver Gerdau chega ao Peru).
Além disso, a Diaco (Colômbia) passou a ser consolidada
a partir do final de 2005, assim como 100% da Sipar
(Argentina), operações que impactaram positivamente
o desempenho do exercício. De acordo com a Comissão
Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal),
a evolução estimada para o PIB da América Latina
é de 5,3% em 2006. Com exceção do Chile, o setor
da construção civil apresentou crescimento expressivo
em praticamente toda a região.
Como resultado, as operações, no conjunto, produziram
1,2 milhão de toneladas, 131,3% mais em comparação
com 2005.
Na Colômbia, o Grupo Gerdau reforçou a liderança
de mercado e cresceu de forma expressiva. Líder
também no Uruguai, suas vendas foram impulsionadas
pelas obras na cidade turística de Punta del Este
e pela instalação de complexos industriais no país.
Na Argentina, apesar do grande crescimento da
construção civil, o desempenho do Grupo Gerdau
foi menos favorável em decorrência da política
de controle de preços definida pelo governo
e dos reajustes dos custos de energia elétrica
e de mão-de-obra.
Em 2006, as unidades na Argentina, no Chile,
na Colômbia, no Peru e no Uruguai receberam
US$ 52,4 milhões em investimentos em atualização
tecnológica e expansão da capacidade produtiva.
Perspectivas
A estratégia de crescimento do Grupo Gerdau na
América do Sul será mantida em 2007, seja por
investimentos nas atuais unidades industriais, seja
por aquisições. Na Colômbia e no Peru, há potencial
de crescimento na medida em que são mercados
fortemente importadores de aço e podem ser supridos,
no futuro, com produção local. No Chile, a situação
econômica estável abre novas possibilidades de
crescimento. No Uruguai, a ampliação da Gerdau
Laisa garantirá a capacidade para atender à demanda
do país nos próximos dez anos. Apesar das
dificuldades impostas pelo período de transição
pelo qual está passando a Argentina, o Grupo
Gerdau continuará investindo no país, sobretudo
por acreditar no seu processo de desenvolvimento
econômico e social.
• 10 unidades siderúrgicas (Argentina, Chile,Colômbia, Uruguai e Peru)
• 11 unidades de corte e dobra de aço (Argentina,Chile, Colômbia e Uruguai)
• 6 unidades comerciais (Chile)
• 1 joint venture – unidade de corte e dobra de aço (Chile)
Unidades América do Sul
A Colômbia absorveu o maior volume de recursos,
em razão do projeto de aumento da capacidade da
Diaco de 380 mil toneladas para 530 mil toneladas
anuais. No Uruguai, a Laisa teve sua capacidade
ampliada de 70 mil para 100 mil toneladas a partir
da instalação de um novo forno elétrico a arco.
Na América do Sul, o Grupo Gerdau forneceu aço para
importantes obras, como o projeto TransMilenio,
sistema de corredores de ônibus instalado em Bogotá.
GERDAU CHEGA AO PERUEm 2006, o Grupo Gerdau ingressou no mercado peruano, ao assumir o controle acionário da Siderperu,
maior siderúrgica do país. A Siderperu produz aços longos (80% do total) e planos (20%).
Foram adquiridos 83,3% do capital social da empresa, cuja maioria das ações pertencia ao governo
do Peru, que completou o processo de privatização da companhia. O valor total para aquisição dessa
participação foi de US$ 203,1 milhões, o que inclui dívida líquida de US$ 102 milhões.
Ao assumir o controle da Siderperu, o Grupo comprometeu-se a modernizar os processos de produção
do aço. Para isso, conforme acordo firmado com o governo peruano, serão investidos pelo menos
US$ 100 milhões nos próximos cinco anos.
Localizada em Chimbote, a Siderperu ampliou sua produção de 350 mil para 400 mil toneladas anuais,
por meio de um trabalho de melhoria de gestão iniciado a partir do segundo semestre de 2006.
37NEGÓCIOS
Agustín Bellido, Luis Cubas e Jorge Pajares, daSiderperu, passam a fazer parte do Grupo Gerdau
38Relatório Anual Gerdau 2006
América do Norte
A Gerdau Ameristeel, empresa responsável pelas
operações nos Estados Unidos e no Canadá, apresentou
o melhor desempenho financeiro e operacional de
sua história. No período, a produção chegou a 6,8
milhões de toneladas e superou em 8,1% o volume
verificado em 2005, o que permitiu ultrapassar o
crescimento da produção da siderurgia dos Estados
Unidos (+3,8%) e do Canadá (+0,7%), segundo
dados do International Iron and Steel Institute (IISI).
Esse resultado foi influenciado pelo aumento
da demanda da construção civil e da indústria,
impulsionado pela evolução de 3,3% do PIB norte-
americano e de 2,7% da economia canadense.
O desempenho da Gerdau Ameristeel também
foi reflexo dos investimentos na otimização
da capacidade instalada, em produtos de maior
valor agregado e consolidações de empresas.
Em 2006, foi adquirida a Sheffield Steel, por
US$ 187 milhões, o que inclui dívidas de US$ 84 milhões.
Além disso, a Gerdau Ameristeel estendeu sua atuação
para a Costa Oeste dos Estados Unidos, ao
estabelecer a joint venture Pacific Coast Steel, uma
das maiores fornecedoras de aço cortado e dobrado
para a construção civil do país (ver Rumo ao Oeste).
Outras aquisições aumentaram a competitividade da
Gerdau Ameristeel nos Estados Unidos. A Callaway
Building Products (Tennessee), produtora de vergalhões
cortados e dobrados, reforçou a estratégia de adicionar
valor aos produtos de aço para a construção civil,
principal mercado da empresa. Já a aquisição da
Fargo Iron and Metal Company (Dakota do Norte)
assegurou maior capacidade de armazenamento
e processamento de sucata, matéria-prima para
a produção de aço.
Além disso, foram investidos US$ 238,9 milhões na
atualização e na expansão de suas unidades industriais,
com destaque para a modernização da área de
acabamento do laminador de Whitby (Canadá) e para
a nova aciaria de Jacksonville (EUA). As áreas de
armazenamento de produtos das usinas de Cartersville
(EUA) e Knoxville (EUA) e de processamento de sucata
em Jacksonville também receberam recursos.
Para manter a competitividade dos negócios, a Gerdau
Ameristeel anunciou no final de 2006 a desativação
da aciaria de Perth Amboy, Nova Jersey. Foi mantida
a operação da laminação dessa unidade nos níveis
atuais de produção, de aproximadamente 500 mil
toneladas anuais de fio-máquina. Após a desativação
da aciaria, Perth Amboy passou a ser suprida com
tarugos de outras unidades da Gerdau Ameristeel.
Em 2006, a Gerdau Ameristeel desenvolveu novos
produtos para fortalecer o relacionamento com
consumidores e atender às demandas do mercado.
Um exemplo é a nova composição química usada
na produção dos parafusos de ancoragem 18 Jumbo.
O tratamento térmico que completa o processo faz
com que o produto tenha mais qualidade e os custos
de fabricação sejam reduzidos. O parafuso é utilizado
para fixar torres de transmissão de energia elétrica.
A empresa desenvolveu a solução em parceria com
clientes e obteve a patente do processo.
Outro exemplo de inovação é o ZbarTM, uma
revolucionária solução em aço para ser utilizada
em pontes e obras expostas a climas e ambientes
adversos. O ZbarTM é um vergalhão com maior
valor agregado, revestido com camadas de zinco
e de polímeros. A aplicação multiplica o efeito
anticorrosivo nas barras e aumenta a vida das
estruturas, as quais podem durar até cem anos
em ambientes agressivos.
RUMO AO OESTECom a aquisição da Sheffield Steel, usina siderúrgica em Oklahoma, e do controle da joint venture
Pacific Coast Steel, na Califórnia, a Gerdau Ameristeel expandiu sua atuação para o Sudoeste e para
a Costa Oeste dos Estados Unidos. As duas operações permitiram a expansão para um novo mercado
de vergalhões e de produtos e serviços de alto valor agregado.
A Pacific Coast Steel é especializada em corte e dobra e montagem de produtos de aço em projetos de
construção. Tem como diferencial a qualidade dos serviços prestados aos clientes. É considerada uma
das maiores fornecedoras de aço cortado e dobrado do país, com significativa presença de mercado na Costa
Oeste. A empresa tem capacidade de processamento de aço de cerca de 200 mil toneladas por ano.
A Sheffield Steel, com vendas anuais de aproximadamente 550 mil toneladas de produtos acabados,
possui também duas laminadoras e três unidades de transformação, em Oklahoma, Illinois e Missouri.
39NEGÓCIOS
O aço cortado e dobrado da PCS foi utilizado na obra de expansão da linha de trem MissionValley East, em San Diego (Estados Unidos)
40
Os produtos da Gerdau Ameristeel foram utilizados
em inúmeras obras, hospitais, prédios, estações
de tratamento de água e pontes em toda a América
do Norte.
Perspectivas
Entre os principais desafios da Gerdau Ameristeel
em 2007 está a consolidação da sua presença
no segmento de aços longos, a ampliação da
capacidade de obtenção e processamento de
Relatório Anual Gerdau 2006
sucata, da linha de produtos, de operações que
agregam valor ao aço e da abrangência geográfica
para o Oeste.
A perspectiva da Gerdau Ameristeel para 2007
é otimista. A empresa acredita que pode ser
beneficiada pelos fortes fundamentos da economia
dos Estados Unidos.
Banco Gerdau
No Brasil, o Grupo Gerdau conta ainda com o Banco
Gerdau. A instituição desenvolve produtos e serviços
financeiros para impulsionar o volume de negócios
e garantir a satisfação de clientes e fornecedores
do setor siderúrgico, de acordo com suas necessidades
de financiamento. Em quase 13 anos de existência,
o banco já concedeu US$ 2,1 bilhões em empréstimos.
Somente em 2006, foram atendidos 719 clientes,
por meio de aproximadamente 270 operações de
fundos e de CDBs e 450 operações de empréstimos.
No período, os financiamentos totalizaram
US$ 310 milhões.
Unidades América do Norte
Os produtos Gerdau Ameristeel estão presentes no Georgia Aquarium, o maior aquário do mundo, localizado em Atlanta (Estados Unidos)
• 16 unidades siderúrgicas (EUA e Canadá)
• 11 unidades de transformação (EUA)
• 33 unidades de corte e dobra de aço (EUA)
• 17 unidades de coleta e processamento de sucata (EUA e Canadá)
• 2 joint ventures – unidades siderúrgica, detransformação e de corte e dobra de aço (EUA e Canadá)
NEGÓCIOS
41
Finanças
Com faturamento superior ao do exercício anterior,o Grupo Gerdau registra aumento de 9,8% na receitalíquida de vendas, enquanto o EBITDA apresentaevolução de 5,4% em relação a 2005
Faturamento e receita líquida
Em 2006, o faturamento consolidado atingiu
R$ 27,5 bilhões, 7,2% superior ao exercício
anterior. A receita líquida cresceu 9,8%, alcançando
R$ 23,5 bilhões. No período, as vendas físicas
somaram 14,8 milhões de toneladas, o que representa
evolução de 9,4% (ver Desempenho dos negócios
e investimentos).
O maior crescimento da receita líquida ocorreu
na América do Sul, onde foi verificada ampliação
de 93,4% para R$ 2,3 bilhões. Na América do Norte,
a receita aumentou 6,7%, alcançando R$ 10,7 bilhões.
No período, também passaram a ser considerados
os resultados correspondentes à participação na
Sidenor. Na Espanha, a receita do Grupo Gerdau
somou R$ 806 milhões.
A receita líquida no Brasil caiu 4,9%, reflexo da redução
de 18,1% nas exportações e do efeito do câmbio
sobre as vendas externas. Por outro lado, os volumes
comercializados no mercado brasileiro cresceram
12,6%, pelo bom momento da construção civil.
A consistência da evolução da receita é apontada
pela taxa composta de crescimento médio anual
(CAGR), de 26,6% de 2002 a 2006.
A margem bruta consolidada atingiu 27,6%,
praticamente o mesmo resultado de 2005.
EBITDA
A geração de caixa operacional, representada pelo
EBITDA, alcançou R$ 5,3 bilhões, acréscimo de 5,4%
sobre 2005. O incremento da geração de caixa em
ritmo inferior ao da receita e do lucro bruto ocorreu
em razão do aumento de custos
e despesas no período.
Por esse motivo, a margem EBITDA, como proporção
da receita líquida, passou de 23,7%, em 2005, para
22,7%. Já a taxa composta de crescimento médio
anual (CAGR) do EBITDA, no período de 2002 a 2006,
foi de 25,9%.
42Relatório Anual Gerdau 2006
Resultado financeiro
No ano, o resultado financeiro líquido (receitas
financeiras menos despesas financeiras) foi
positivo em R$ 321,7 milhões, em comparação
aos R$ 29,9 milhões negativos em 2005. Excluídas
as receitas com as variações cambiais decorrentes
da valorização do real no período sobre a dívida em
moeda estrangeira (R$ 289,4 milhões) e com receitas
de variações monetárias (R$ 131 mil), o resultado
ficou positivo em R$ 32,2 milhões. No ano anterior,
foram registrados R$ 176,6 milhões negativos.
O efeito da variação cambial sobre os investimentos
do Grupo Gerdau no exterior resultou em uma equivalência
patrimonial negativa de R$ 244,8 milhões no exercício,
valor que também inclui ágios amortizados no período,
entre outros.
Passivo financeiro
A dívida líquida (empréstimos e financiamentos mais
debêntures menos disponibilidades e títulos e valores
mobiliários) era de R$ 3,1 bilhões em 31 de dezembro
de 2006, em comparação a R$ 2,2 bilhões
no encerramento de 2005.
Considerando-se apenas a dívida bruta (empréstimos
e financiamentos mais debêntures), 21,6% eram de
curto prazo (R$ 2 bilhões) e 78,4% de longo prazo
(R$ 7,1 bilhões). O prazo médio da dívida era de
9 anos e 2 meses em dezembro de 2006.
Em 31 de dezembro de 2006, a dívida bruta era
composta de 27,7% em moeda nacional, 47,0% em
moeda estrangeira contratada pelas empresas no
Brasil e 25,3% em diferentes moedas contratadas
pelas subsidiárias no exterior.
No final do exercício, as disponibilidades de caixa,
somadas às aplicações financeiras, totalizavam
R$ 6 bilhões, dos quais R$ 2,2 bilhões (36,5%)
EBTDA (R$ milhões)
2005 2006 Var. 06/05
Lucro bruto 5.892 6.496 10,2%
Despesas com vendas (514) (517) 0,5%
Despesas gerais/administrativas (1.140) (1.641) 43,9%
Depreciação e amortizações 839 1.011 20,6%
EBITDA 5.076 5.349 5,4%
Despesas financeiras líquidas (sem variações monetárias e cambiais) (177) 32 -
Variações cambiais e monetárias 147 290 97,3%
EBTDA 5.046 5.671 12,4%
NEGÓCIOS
43
Endividamento (R$ milhões)
31/12/2005 31/12/2006
Curto prazo
Moeda nacional (Brasil) 228 503
Moeda estrangeira (Brasil) 350 576
Empresas no exterior 752 882
Total 1.330 1.961
Longo prazo
Moeda nacional (Brasil) 1.497 2.010
Moeda estrangeira (Brasil) 3.245 3.683
Empresas no exterior 1.579 1.412
Total 6.321 7.105
Dívida bruta 7.651 9.066
Disponibilidade e Aplicações Financeiras 5.464 5.967
Dívida líquida 2.187 3.099
Indicadores
31/12/2005 31/12/2006
Dívida líquida / Capitalização líquida total* 17,7% 19,6%
Dívida bruta / EBITDA 1,5x 1,7x
Dívida líquida / EBITDA 0,4x 0,6x
*Capitalização total: patrimônio líquido + dívida líquida
estavam indexados em moeda estrangeira,
principalmente ao dólar norte-americano.
A relação entre a dívida líquida e o EBITDA ficou
em 0,6 vez, muito abaixo do limite máximo de 2,5
vezes estabelecido na política de endividamento
do Grupo, correspondendo a pouco mais de sete
meses de geração de caixa. O desempenho aponta
que a aquisição de novos ativos durante o ano,
no valor total de US$ 1 bilhão, não comprometeu
o endividamento do Grupo.
Lucro líquido
O lucro líquido consolidado atingiu R$ 3,5 bilhões
em 2006, acréscimo de 7,6% sobre o ano anterior.
A margem líquida, entretanto, foi de 14,9% ante
15,2% em 2005. Apesar de a operação no Brasil
ter apresentado recuo de 4,9% no lucro líquido,
a margem manteve-se estável em 23,6%. O lucro
na América do Norte evoluiu 18,3%, com melhoria
de margem de 6,8% para 7,6%. Na América do Sul –
Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai –, apesar
do crescimento de 74,1% do resultado, a margem
decresceu de 13,8% para 12,4%, como efeito do
impacto dos custos de matéria-prima e despesas
de consolidação de aquisições e fortes investimentos
realizados na região.
Grau de investimento
Em janeiro de 2007, a Gerdau recebeu o Grau
de Investimento (Investment Grade) da Fitch Ratings
para o crédito corporativo em moeda local e estrangeira
de longo prazo (BBB-) e na escala nacional, em moeda
local (AA+), com perspectiva estável.
De acordo com a Fitch, o rating atribuído à Gerdau
reflete a facilidade do Grupo em acessar o mercado
financeiro internacional e o fato de a maior parte do
44Relatório Anual Gerdau 2006
Demonstração do Valor Adicionado (DVA)
O valor adicionado do Grupo Gerdau atingiu
R$ 10,8 bilhões em 2006, 3,6% superior ao
de 2005. Ele é resultante das receitas de produtos
e serviços no montante de R$ 27,2 bilhões, menos
os custos de R$ 16,4 bilhões relativos a matérias-
primas e bens de consumo, serviços de terceiros,
depreciação e amortizações, equivalência patrimonial
e receitas financeiras.
seu endividamento ser garantida pelas empresas
operacionais no Brasil. O rating mostra ainda a
situação favorável dos negócios das subsidiárias
brasileiras, bem como a sólida situação financeira
da empresa demonstrada pela baixa alavancagem
e saudável liquidez.
O rating BBB- é superior ao risco soberano brasileiro
devido aos benefícios das operações na América do
Norte, às expressivas exportações a partir do Brasil
e à forte posição de caixa.
SEGURO DE LIQUIDEZUma operação de Senior Liquidity Facility, contratada em novembro de 2006, reflete o compromisso
do Grupo Gerdau de ampliar seu crescimento global com níveis adequados de segurança financeira.
Essa linha de crédito, no valor de US$ 400 milhões, equivale a um seguro de liquidez.
O mecanismo garante o acesso ao crédito mesmo se houver redução de oferta de recursos nos mercados
financeiros e de capitais. Desempenha o papel de ferramenta adicional para melhor administrar
a exposição a riscos conjunturais.
A linha de crédito estará disponível por três anos. Caso os recursos sejam utilizados, o prazo para
pagamento é de dois anos a partir da efetivação de cada desembolso. Os custos envolvem taxa
de 0,27% ao ano, mais juros equivalentes à Libor acrescida de 0,30% a 0,40% ao ano.
NEGÓCIOS
45
2005 2006
Lucro líquido do exercício 3.245.240 3.492.289
Equivalência patrimonial 131.195 244.804
Provisão para riscos de crédito (12.792) 18.476
Ganho na alienação de imobilizado 10.642 49.609
Perda na alienação/incorporação de investimentos (305.844) (3.628)
Variações monetárias e cambiais (1) (82.009) (269.187)
Depreciações e amortizações 838.606 1.011.426
Imposto de renda e contribuição social 50.965 (61.622)
Juros sobre a dívida 520.126 741.937
Contingências/depósitos judiciais (66.845) (10.871)
Variação de contas a receber de clientes 466.687 (109.356)
Variação nos estoques 144.981 (249.936)
Variação de fornecedores (133.785) 106.234
Outras contas da atividade operacional 147.852 (575.475)
Caixa líquido da atividade operacional 4.955.019 4.384.700
Aquisição/alienação de imobilizado (1.641.230) (2.281.155)
Acréscimo de intangível - (3.781)
Acréscimo de diferido (27,905) (1.446)
Aquisição/alienação de investimentos (97.679) (1.290.685)
Recebimento de dividendos/juros sobre o capital próprio - -
Aplicação de caixa em investimentos (1.766.814) (3.577.067)
Fornecedores de imobilizado (28.636) 86.839
Debêntures (91.117) (474.631)
Aportes de financiamentos 1.951.045 4.607.269
Amortização de financiamentos (476.266) (3.120.291)
Pagamento de juros de financiamentos (420.528) (529.130)
Mútuos com partes relacionadas 11.808 (42.598)
Aumento de capital/ variações nas ações em tesouraria 533.393 58.094
Pagamento de dividendos/juros sobre o capital próprio e participações (1.077.179) (1.070.197)
Caixa líquido da atividade financeira 402.520 (484.645)
Variação no saldo do caixa 3.590.725 322.988
Saldo do caixa
No início do exercício 2.041.967 5.464.694
Efeito de câmbio sobre movimentação de caixa (210.426) (173.640)
Saldo inicial de empresas consolidadas no exercício 42.428 352.781
No final do exercício 5.464.694 5.966.823
Composição do caixa final
Disponibilidades 1.185.495 703.233
Títulos e valores mobiliários 4.279.199 5.263.590
(1) Inclui ganho e ou perda de swap
Demonstração do Fluxo de Caixa – Gerdau S.A. Consolidado(valores expressos em milhares de reais)
46
Mercado de capitais
Empresas de capital aberto do Grupo Gerdau alcançam valor de mercado recorde em 2006 e as ações apresentam altos níveis de liquidez nas bolsas onde são negociadas
As ações das empresas do Grupo Gerdau apresentaram
em 2006 um desempenho superior aos índices de
mercado das bolsas de valores em que são negociadas.
O Grupo possui três companhias abertas: Metalúrgica
Gerdau S.A. (com papéis na Bolsa de Valores de
São Paulo), Gerdau S.A. (em São Paulo, Nova York
e Madri) e Gerdau Ameristeel Corp. (em Nova York
e Toronto). No total, as empresas Gerdau têm uma
base de 113,3 mil acionistas.
Os níveis de liquidez evoluíram em comparação
aos anos anteriores, com ampliação do valor
médio diário de negociações. Esse comportamento
reflete o esforço do Grupo Gerdau em crescer com
rentabilidade, apresentar transparência e manter
permanente contato com acionistas, investidores
e analistas do mercado de capitais.
Esse desempenho é associado ainda à política atrativa
de remuneração dos acionistas, por meio da distribuição
de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio
e pela bonificação das ações.
Relatório Anual Gerdau 2006
47NEGÓCIOS
Essa intensificação do relacionamento com o mercado
proporcionou também bons resultados nos Estados
Unidos e no Canadá. A partir de 2006, o desempenho
da Gerdau Ameristeel passou a ser acompanhado
por analistas das instituições internacionais JP Morgan
e Goldman Sachs.
Incentivo aos pequenos investidores
O Grupo Gerdau tem feito bonificações aos detentores
de papéis da Metalúrgica Gerdau S.A. e da Gerdau
S.A., como forma de ajustar os preços, ampliar
a liquidez e permitir que pequenos investidores
tenham maior acesso a suas ações, por meio
de lote-padrão de valor mais acessível. Em abril
de 2006, foi concedida uma bonificação em ações
de 50% sobre o montante de papéis em circulação.
Bonificações – Metalúrgica Gerdau S.A.
Data % Custo unitário atribuído*
30/04/2003 100 R$ 30,78
30/04/2004 30 R$ 30,78
31/03/2005 50 R$ 20,01
31/03/2006 50 R$ 20,01
*Conforme o § 1º do art. 25 da IN/SRF 25/2001
Bonificações – Gerdau S.A.
Data % Custo unitário atribuído*
30/04/2003 30 R$ 11,70
29/04/2004 100 R$ 11,70
31/03/2005 50 R$ 11,70
31/03/2006 50 R$ 11,70
*Conforme o § 1º do art. 25 da IN/SRF 25/2001
Recompra
As empresas Gerdau adotam, esporadicamente,
um programa de compra de ações de sua própria
emissão. O objetivo é mostrar a confiança no
potencial de valorização dos papéis em bolsas
de valores. Essa política tem se mostrada correta
e é avaliada positivamente pelo mercado de capitais.
Os papéis são adquiridos para permanência em
tesouraria, atendendo ao Programa de Incentivo de
48Relatório Anual Gerdau 2006
Longo Prazo da organização. Em 2006, na Metalúrgica
Gerdau S.A., foram recomprados 958,3 mil títulos,
que somaram R$ 35,2 milhões. Na Gerdau S.A. foram
2,4 milhões de títulos no valor de R$ 73,5 milhões,
ou 78,6% do total previsto.
Índice de sustentabilidade
As ações das empresas Gerdau no Brasil
passaram a integrar, no final de 2006, o Índice
de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa
de Valores de São Paulo (Bovespa). Compõem
o ISE ações de 34 empresas com maior liquidez
na Bolsa e reconhecido comprometimento com
a sustentabilidade do negócio.
Segundo a metodologia do ISE, as companhias são
selecionadas a partir da análise do triple bottom
line, conceito que avalia elementos econômico-
financeiros, sociais e ambientais. A esses princípios
foram acrescidos indicadores de governança
corporativa, gerais e de natureza do produto.
Os papéis das empresas Gerdau representam
5,2% do índice.
Valorização das ações
Metalúrgica Gerdau S.A. – Os papéis PN (GOAU4)
valorizaram-se 43,3%, enquanto o Ibovespa registrou
alta de 33,0%. Nos últimos cinco anos, as ações
apresentaram variação de 1.904,4%, em comparação
a 227,6% do Ibovespa.
Gerdau S.A. – Os papéis PN (GGBR4) valorizaram-se
38,5% na Bovespa. Desde 2002, acumulam variação
positiva de 1.243,2%. Na Bolsa de Valores de Nova
York (Nyse), os ADRs da Gerdau S.A. (GGB)
apresentaram desempenho positivo de 46,5%,
enquanto o índice Dow Jones evoluiu 16,3%
no período. Na Bolsa de Valores de Madri (Latibex),
as ações (XGGB) tiveram valorização de 48,8%, ante
variação de 23,8% do índice de referência do mercado.
Gerdau Ameristeel Corporation – As ações da
Gerdau Ameristeel Corp. (GNA.TO) valorizaram-se
59,1% na Bolsa de Valores de Toronto, para uma
variação de 14,5% do índice TS 300. Na Bolsa
de Valores de Nova York, a alta dos papéis (GNA)
foi de 59,6%.
Remuneração aos acionistas
Na Gerdau S.A. e na Metalúrgica Gerdau S.A.,
a política de remuneração aos acionistas prevê
o pagamento de dividendos equivalentes a no
mínimo 30% do lucro líquido ajustado do exercício.
A Gerdau Ameristeel Corp. distribui dividendo fixo
e, pelo terceiro ano consecutivo, pagou dividendos
especiais suplementares em razão do bom desempenho
alcançado em cada um desses períodos.
Em 2006, os dividendos e/ou juros sobre capital
próprio totalizaram R$ 416,3 milhões na Metalúrgica
Gerdau S.A., com dividend yield (dividendos por
ação/cotação das ações no último dia do exercício)
de 5,2%. Na Gerdau S.A., a remuneração aos acionistas
somou R$ 895,1 milhões e representou um dividend
yield de 3,9%.
Em razão do bom resultado obtido, a Gerdau
Ameristeel pagou, no primeiro trimestre de 2006,
dividendos especiais de US$ 0,22 por ação, o que
totalizou US$ 67,1 milhões. Adicionalmente, distribuiu
dividendos fixos trimestrais de US$ 0,02 por ação,
somando um total no ano de US$ 91,4 milhões
(retorno de 3,4%).
NEGÓCIOS
49
50Relatório Anual Gerdau 2006
Gerdau S.A. DR (Bolsa de Valores de Madrid - Latibex)
2002* 2003 2004 2005 2006**
Rentabilidade 3,1% 196,8% 78,0% 53,2% 48,8%
Cotação máxima (€) 1,42 4,01 7,45 10,96 17,70
Cotação mínima (€) 1,23 1,18 3,38 5,58 10,64
Cotação final do ano (€) 1,37 4,01 7,20 10,96 16,30
* Cotações a partir de 02/12/2002. Fonte: Bloomberg** Período: 01/01/2006 a 29/12/2006
Metalúrgica Gerdau S.A. (Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa)
2002 2003 2004 2005 2006*
Rentabilidade 87,9% 159,7% 121,9% 21,0% 43,3%
Cotação máxima (R$) 4,47 11,65 25,90 30,68 43,95
Cotação mínima (R$) 2,38 4,11 11,67 16,79 30,27
Cotação final do ano (R$) 4,47 11,65 25,90 30,68 43,95
* Período: 01/01/2006 a 28/12/2006
Gerdau S.A. (Bolsa de Valores de São Paulo - Bovespa)
2002 2003 2004 2005 2006*
Rentabilidade 60,3% 149,1% 64,4% 36,7% 38,5%
Cotação máxima (R$) 4,63 11,38 19,86 25,21 36,11
Cotação mínima (R$) 2,83 4,06 9,67 13,28 25,02
Cotação final do ano (R$) 4,53 11,38 18,90 25,21 34,91
* Período: 01/01/2006 a 28/12/2006
Gerdau S.A. ADR (Bolsa de Valores de Nova York - Nyse)
2002 2003 2004 2005 2006*
Rentabilidade (7,6%) 115,6% 70,2% 43,6% 46,5%
Cotação máxima (US$) 3,11 4,55 8,09 11,21 18,10
Cotação mínima (US$) 1,53 1,80 3,54 5,93 11,61
Cotação final do ano (US$) 1,97 4,49 8,00 11,12 16,31
* Período: 01/01/2006 a 28/12/2006
MAIS NEGÓCIOS E LIQUIDEZEm 2006 houve expressivo aumento da demanda por ações das empresas Gerdau.
Os negócios com as ações preferenciais da Metalúrgica Gerdau S.A. na Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa) movimentaram R$ 4,1 bilhões durante o ano (+49,1%) em 150.184 transações (+21,7%).
O valor médio diário atingiu R$ 15,7 milhões contra R$ 9,8 milhões no ano anterior. A quantidade
de ações transacionadas cresceu 43,1%, totalizando 94,1 milhões.
As ações da Gerdau S.A. movimentaram R$ 10,7 bilhões na Bovespa, 18,2% acima do volume do
ano anterior. O valor médio diário das negociações foi de R$ 39,2 milhões contra R$ 32,4 milhões
em 2005, com 376.166 negócios no ano (+ 8,9%). A quantidade de ações negociadas totalizou
308,7 milhões em 2006, 5,5% superior à de 2005. Na Nyse, os ADRs movimentaram US$ 6,1
bilhões (+108,0%). A média diária alcançou US$ 24,3 milhões e, no ano, foram transacionados
373,7 milhões de títulos (+70,1%). Na Bolsa de Valores de Madri (Latibex) foi negociado 1,8 milhão
de ações preferenciais, o que representa € 24,6 milhões (+26,2%).
O movimento com ações da Gerdau Ameristeel cresceu 54,7% na Bolsa de Toronto, para Cdn$ 1,1 bilhão,
com média diária de Cdn$ 4,3 milhões. Foram negociados 104 milhões de títulos (104,1 milhões
em 2005). Na Nyse, o movimento totalizou US$ 952,6 milhões, 113,2% acima do ano anterior, com
média diária de US$ 3,8 milhões. As transações somaram 104 milhões de papéis (80,6 milhões
no ano anterior).
NEGÓCIOS
51
Gerdau Ameristeel Corp. (Bolsa de Valores de Toronto)
2002 2003 2004 2005 2006*
Rentabilidade 35,9% 89,9% 71,9% (14,5%) 59,1%
Cotação máxima (Cdn$) 6,34 4,65 8,16 8,82 12,17
Cotação mínima (Cdn$) 1,66 1,36 4,05 5,07 6,54
Cotação final do ano (Cdn$) 2,26 4,58 7,89 6,54 10,41
* Período: 01/01/2006 a 29/12/2006
Gerdau Ameristeel Corp. (Bolsa de Valores de Nova York - Nyse)
2004* 2005 2006**
Rentabilidade 41,4% (9,9%) 59,6%
Cotação máxima (US$) 6,98 7,14 10,83
Cotação mínima (US$) 4,43 4,11 5,72
Cotação final do ano (US$) 6,60 5,59 8,92
* Cotações a partir de 15/10/2004. Fonte: Bloomberg** Período: 01/01/2006 a 29/12/2006
52Relatório Anual Gerdau 2006
RELACIONAMENTOS
Sem fronteiras para desenvolver
54 Clientes
55 Colaboradores
61 Acionistas
62 Comunidades
68 Fornecedores
69 Governo e sociedade
RELACIONAMENTOS
53
A sucata coletada por Raimundo Nonato de Andrade (ao centro) vira aço nas mãos do colaborador Valdeci Pereira (à dir.). EdirobsonBarbosa (à esq.), serralheiro, transforma o aço Gerdau em produtosque facilitam o dia-a-dia de centenas de pessoas em Minas Gerais. E é por fazer parte dessa rede que o Grupo Gerdau consegueapoiar instituições sociais, como a escola da educadora MariaAparecida Alves
54
Clientes
Cursos gratuitos de capacitação de clientes reúnemmais de 35 mil profissionais no Brasil em 2006,estimulando o desenvolvimento da construção civil,da indústria e da agropecuária
O Grupo Gerdau acredita que precisa entender tão
bem os negócios de seus clientes quanto os de suas
próprias empresas. Por isso, trabalha para identificar
as necessidades dos clientes e desenvolver soluções
inteligentes que o consolidem como um fornecedor
diferenciado frente à siderurgia global. Também realiza
pesquisas de satisfação, parcerias no aprimoramento
de produtos e programas de relacionamento para
aperfeiçoar e definir as prioridades de cada segmento
de mercado.
Exemplos não faltam. No Brasil, o Grupo Gerdau
estimula o desenvolvimento dos negócios de seus
clientes a partir de cursos de capacitação gratuitos.
Os treinamentos fornecem desde conhecimentos
técnicos sobre como ampliar o uso dos produtos
em aço, ferramentas para aumentar a produtividade
de suas atividades, práticas para otimizar a gestão
financeira até conceitos de marketing e de segurança
no ambiente de trabalho. No ano de 2006 foram
capacitadas mais de 35 mil pessoas, abrangendo
Relatório Anual Gerdau 2006
os setores da construção civil, da indústria
e da agropecuária.
No segmento de aços especiais e de aços longos,
assim como na Gerdau Açominas, o Grupo Gerdau
realiza pesquisas com clientes, que apontam índices
diferenciados de satisfação e preferência, em quesitos
como qualidade, assistência técnica, logística
e atendimento comercial.
Para reforçar a proximidade com os clientes
e aperfeiçoar o sistema de atendimento a esse
público, o Grupo Gerdau estruturou em 2006
um novo modelo de atendimento na Operação
de Negócios Aços Longos Brasil. Focado no cliente
final, o sistema procura estreitar o relacionamento
por meio do atendimento personalizado.
Além disso, são desenvolvidos diversos produtos
que proporcionam importantes ganhos na cadeia
produtiva (ver Desempenho dos negócios
e investimentos).
Palestra do programa Profissional do Aço busca contribuir para o aperfeiçoamento de serralheiros
55RELACIONAMENTOS
Transformar o Grupo Gerdau em uma empresa
siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.
É isso que move os mais de 30 mil profissionais
que atuam nas unidades do Grupo na América do Sul,
América do Norte e Europa. A organização compartilha
valores e conhecimentos, ao combinar expertise
técnica, industrial e comercial, reunindo o que cada
Investimentos em treinamento e desenvolvimento de pessoas ultrapassam R$ 40 milhões. O objetivo é formar profissionais diferenciados e que agreguemvalor ao negócio
Colaboradores
operação de negócio tem de melhor, além de buscar
os exemplos de gestão mais eficientes no mercado.
Para isso, o Grupo Gerdau cada vez mais desenvolve
sistemas globais de gestão de pessoas, com o objetivo
de formar profissionais diferenciados, capazes
de agregar valor ao negócio.
Quadro funcional
2004 2005 2006
Nº de colaboradores 24.148 25.253 31.563
Nº de prestadores de serviços 9.468 11.747 13.298**
Nº de trainees e estagiários 1.241 1.467 1.317
Nível de escolaridade:
% com Ensino Fundamental 14,2 12,4 19,9**
% com Ensino Médio 68,2 68,2 61,6**
% com Curso Superior 17,6 19,4 18,5**
Número de mulheres que trabalham no Grupo 1.657 1.347 2.308
% de cargos de chefia ocupados por mulheres 10,9 11,6 13,3
Idade média dos colaboradores* N.D.(a) 38 37
% de colaboradores acima de 45 anos 29,0 17,8 33,0
Média de antiguidade (tempo de casa – anos) 12 10 11
*Não considera parte da Diaco**Não considera Gerdau Ameristeel(a)Não disponível
56Relatório Anual Gerdau 2006
Reconhecimento
O Grupo Gerdau não mede esforços para oferecer
a seus profissionais condições de crescer, ampliar
sua visão do mundo, correr riscos e assumir
responsabilidades, sentir prazer em perseguir
resultados e antecipar o futuro.
Para estimular esses comportamentos diferenciados,
acredita que é importante valorizar seus colaboradores,
pois o reconhecimento dá impulso à satisfação
pessoal e profissional.
Em 2006, foi revisado o Sistema Gerdau de
Reconhecimento, para ser aplicado em todas
as esferas do Grupo. O novo sistema, que passará
a ser utilizado pelas unidades em 2007, sustenta-se
nos seguintes princípios:
• Ser justo e igual para todos e, como tal,
por todos percebido.
• Reforçar positivamente os comportamentos esperados.
• Ser sistemático e imediato ao sucesso ou resultado
alcançado, valorizando comportamentos e atitudes.
Comunicação interna
O Grupo Gerdau mantém diálogo franco e direto
com os colaboradores. Possui um sistema global
de comunicação interna, pautado pela consistência
entre o discurso e a prática, pela liberdade de
expressão, pelo respeito e dignidade no tratamento
e pela transparência e franqueza. Em 2006, o sistema
passou a abranger as empresas na Argentina,
no Chile, na Colômbia e no Uruguai e quatro
unidades na América do Norte, garantindo agilidade
e eficiência na divulgação das informações para
os colaboradores.
• Associar, às ações formais e informais, uma
efetiva celebração pelos sucessos e resultados
alcançados.
Remuneração
A política de remuneração do Grupo Gerdau busca
valorizar o desempenho diferenciado individual
e das equipes. Para isso, além da remuneração
fixa, os colaboradores recebem um valor variável,
de acordo com metas atingidas e resultados obtidos
em cada Operação de Negócios e em cada unidade.
Essa prática, transparente, estimula o autodesenvolvimento
profissional e contribui para o crescimento do Grupo
como um todo.
Taxa de rotatividade (Turnover)* 7,0%
Tempo de casa igual ou superior a 20 anos 12,2%
* Razão entre o número de colaboradores desligados no ano e o total de colaboradores, multiplicada por 100
Não considera Sidenor (Espanha) e Siderperu (Peru)
RELACIONAMENTOS
57
Pesquisa de opinião interna
Os resultados da Pesquisa Opinião demonstram,
a cada ano, evolução positiva nos principais indicadores.
O índice geral de satisfação atingiu 88%, enquanto
o índice de favorabilidade chegou a 78%. A pesquisa
contou com a participação de 92% dos colaboradores
do Brasil, da Argentina, do Chile, da Colômbia e do
Uruguai, que representam 18.111 pessoas.
Em 2006, o Grupo Gerdau recebeu o título de empresa
com melhor clima organizacional do Brasil. O prêmio foi
concedido pela consultoria Hay Group, uma das mais
importantes do mundo na área de gestão de clima.
Formação e educação
No ano, os investimentos em capacitação somaram
R$ 40,3 milhões, o que representa um crescimento
de 23,0% sobre o ano anterior. Em 2006, foi realizado
1,6 milhão de horas de treinamento.
O Grupo Gerdau possui programas de desenvolvimento
profissional em todos os níveis. A cada ano, estimula
o aprimoramento da capacidade de liderança de
seus executivos, fundamental para a consolidação
dos negócios no cenário mundial. Em 2006, foram
realizadas mais de 40 mil horas de capacitação
nessa iniciativa. Também foi criado o Programa
Bruno Mannella, um dos colaboradores da Gerdau Ameristeel Cambridge (Canadá) que participaram de treinamentos de segurança em 2006
Novos talentos
Uma das principais iniciativas para atrair e formar
novos talentos é o programa de trainees. No ano,
15.724 candidatos concorreram a 139 vagas no
Brasil. Na América do Norte, foram selecionados
33 jovens e na Argentina, no Chile, na Colômbia
e no Uruguai, mais 33.
Ao longo de dois anos, os jovens recém-formados
atuam com profissionais experientes, o que ajuda
a capacitá-los para o dia-a-dia do negócio,
preparando-os para os desafios futuros.
Segurança e bem-estar
O Grupo Gerdau acredita que nenhuma situação de
emergência, produção ou resultados pode justificar
a falta de segurança das pessoas, sejam colaboradores
ou prestadores de serviços. Todas as unidades
adotam o sistema de gestão da segurança,
um rigoroso conjunto de práticas com padrões
de Coaching, que pretende estabelecer um processo
contínuo e estruturado de capacitação de pessoas,
no qual líder e colaborador trabalham juntos para
o desenvolvimento do profissional menos experiente.
Com o mesmo espírito, o Grupo Gerdau acredita
no conceito fundamental de que cada colaborador
é responsável por buscar seu aperfeiçoamento,
crescimento, capacitação e desenvolvimento pessoal.
Outro exemplo importante é o Gerdau Business Program,
um MBA iniciado em 2006 com um grupo de 30
executivos, que tem o objetivo de oferecer capacitação
e desenvolvimento na Teoria do Negócio Gerdau. São
trabalhados os mais modernos conceitos e práticas de
administração, o que acelera o processo dos executivos
para assumirem desafios de liderança global, relacionados
ao ritmo de crescimento da empresa.
O Grupo possui também programas estruturados
para o desenvolvimento de habilidades industriais
e comerciais. Em 2006, o Sistema de Capacitação
Industrial (SCI) foi intensificado entre os colaboradores
da área de produção no Brasil, na Argentina, no Canadá,
na Colômbia e nos Estados Unidos, somando um total
de 1,4 milhão de horas. No Brasil, teve continuidade
o Sistema de Capacitação Comercial (SCC), que
totalizou 17,8 mil horas de treinamento.
Em 2007, o Grupo Gerdau deve colocar em prática
um programa de capacitação de engenheiros.
A iniciativa visa aprimorar o modelo de capacitação
técnica, de modo que os profissionais sejam
preparados para uma atuação global.
58Relatório Anual Gerdau 2006
Treinamento e desenvolvimento
2004* 2005* 2006**
Investimento (R$ milhões) 27,9 32,8 40,3
Horas de capacitação (em milhões) 1,6 1,7 1,6
Horas de capacitação por colaborador 89 80 52
* Não considera América do Norte, Espanha, Peru e parte da Colômbia (Diaco)** Não considera Peru
de excelência internacionalmente reconhecidos,
cujo objetivo é chegar ao índice zero de acidentes.
Além disso, são realizados investimentos contínuos
em equipamentos e materiais de proteção, assim
como em campanhas de conscientização e treinamentos.
Como resultado desse trabalho, houve queda de
41,0% na taxa de freqüência de acidentes com
perda de tempo por milhão de horas trabalhadas
em relação a 2005, chegando a 2,3 em 2006.
No ano, foi dado início à Política de Conseqüências,
que visa estabelecer os procedimentos adequados
a cada situação, a partir da identificação dos
comportamentos seguros e de risco entre os
colaboradores. Para dar suporte à adesão foi
realizada a campanha Nada Vale Mais que
uma Vida, com a capacitação dos colaboradores
do Grupo no Brasil. No próximo ano, o programa
será levado às demais unidades na América do Sul.
O Grupo Gerdau promove ainda campanhas
regulares de prevenção de doenças, com
a abordagem de temas como AIDS, alcoolismo,
nutrição, obesidade, entre outros.
Benefícios
Contribuir para a melhoria da qualidade de vida
dos colaboradores é uma das prioridades do Grupo
Acordos sindicais
Em todos os países onde opera, o Grupo Gerdau
pauta as negociações sindicais pelo diálogo aberto,
pelo respeito e pela ampla troca de expectativas,
argumentações e justificativas.
Na América do Norte, a Gerdau Ameristeel continua
trabalhando para a resolução de seus acordos sindicais.
Em 2006, a empresa concluiu acordos na unidade
de coleta e processamento de sucata Manitoba
Metals (Canadá), no terceiro trimestre, e na Gerdau
Ameristeel Perth Amboy (Estados Unidos), no quarto
trimestre. Em março de 2007, novos acordos foram
feitos, abrangendo as operações norte-americanas
em Beaumont, Texas, St. Paul, Minnesota, e Wilton,
Iowa. A companhia acredita que as negociações
estão em franco andamento e mantém-se otimista
sobre as perspectivas de estabelecer acordos em
outras unidades na América do Norte, conciliando
o interesse de ambas as partes.
Gerdau. Em todos os países, a organização possui
programas de benefícios que atendem às principais
necessidades dos colaboradores e de seus familiares,
de acordo com características locais. São oferecidos,
por exemplo, assistência médica e odontológica,
financiamentos educacionais e habitacionais,
seguros de vida, auxílio no caso de afastamento
e planos de previdência privada.
RELACIONAMENTOS
59
Benefícios (R$ milhões)
2004 2005 2006
Alimentação 33,4 44,5 49,1
Transporte 33,7 42,0 50,3
Previdência privada 83,2 78,3 80,5
Saúde 161,7 168,9 189,0
MOTIVAÇÃO EM ALTAO Grupo Gerdau concluiu em 2005 a aquisição da siderúrgica colombiana Diaco e, desde então, iniciou
um processo de modernização da gestão de pessoas na empresa. Os novos programas, focados na
capacitação e no reconhecimento, ampliaram as perspectivas profissionais dos 2 mil colaboradores
da Colômbia. “O sistema nos faz enxergar um horizonte muito transparente, o que aumenta nossa
motivação. Sabemos o que planejamos e o que vamos fazer”, diz Luz Adiela Jaramillo, gerente
de Tecnologia de Gestão.
Com base no modelo global do Grupo Gerdau, foi introduzido o Sistema de Capacitação Industrial (SCI),
que beneficia atualmente 1,8 mil pessoas da área industrial. Além disso, 62 executivos participaram
de um programa de desenvolvimento para identificar seus pontos fortes e as oportunidades de melhoria.
Entre os destaques do período está também a adoção do programa de trainees e de um sistema
de comunicação interna, ambos alinhados ao modelo global do Grupo Gerdau.
As mudanças já mostraram resultados positivos. Em 2006, foram criados 17 Grupos de Solução
de Problemas, formados por colaboradores que desenvolveram alternativas inteligentes para ampliar
a produtividade industrial, reduzir desperdícios e aumentar a segurança no ambiente de trabalho, entre
outros. Profissionais da aciaria da usina de Tuta, por exemplo, conseguiram diminuir o tempo médio
de parada do forno elétrico em três minutos por corrida, o que representa um ganho potencial de
produção de 4,1%. Além disso, a pesquisa de opinião realizada pela primeira vez na Diaco teve
a participação de 88,0% dos profissionais, mesmo percentual de entrevistados que respondeu
positivamente à pergunta sobre sua satisfação em trabalhar no Grupo.
Os colaboradores da Diaco (Colômbia), Alejandro Mantilla e Alvaro Gómez participam de programas de capacitação e motivação que já mostraram resultados como aumento de produtividade e satisfação no trabalho
60Relatório Anual Gerdau 2006
RELACIONAMENTOS
61
claras e alinhadas às práticas de mercado.
Os estatutos da Gerdau S.A. e da Metalúrgica
Gerdau S.A. prevêem o pagamento de dividendos
trimestrais e a distribuição de no mínimo 30%
do lucro líquido ajustado, enquanto a lei vigente
no Brasil exige um mínimo de 25%. No caso
da Gerdau Ameristeel Corporation, seguindo
as melhores práticas da América do Norte,
os dividendos são fixos, pagos também
trimestralmente, e eventualmente complementados
por dividendos especiais anuais, quando
o desempenho do exercício permite.
Os acionistas minoritários da Gerdau S.A. e da
Metalúrgica Gerdau S.A. possuem o direito de tag
along concedido pelo Grupo, que garante aos
detentores de ações ordinárias e preferenciais
o recebimento de 100% do valor pago aos
controladores em eventual alienação do controle
da companhia. A Lei das Sociedades Anônimas
no Brasil assegura o recebimento de 80% do valor
pago ao controlador apenas aos minoritários
detentores de ações ordinárias.
O Grupo Gerdau atende seus mais de 113 mil
acionistas de acordo com as mais rigorosas
normas de transparência. Em todos os investimentos
realizados, pauta-se pelo equilíbrio entre crescimento
e rentabilidade, trabalhando para oferecer ganhos
diferenciados aos acionistas, sem comprometer
resultados futuros. Além disso, possui uma estrutura
de governança corporativa que fornece segurança
e consistência às decisões, alinhada aos melhores
modelos de gestão global.
Com acionistas e investidores, o Grupo Gerdau
investe em um relacionamento de longo prazo.
Mantém canais de comunicação permanentes
e realiza visitas, conferências e apresentações
em diversos mercados financeiros no mundo.
Também possui um website com informações
específicas para o acionista individual e para
o profissional gestor de clubes, fundos e carteiras
de investimentos.
Suas três empresas de capital aberto – Gerdau S.A.,
Metalúrgica Gerdau S.A. e Gerdau Ameristeel
Corporation – possuem políticas de remuneração
Acionistas
A relação do Grupo com os acionistas é regida pelatransparência, expressa tanto na estrutura de governança,que garante decisões seguras e consistentes, comona comunicação, permanente e acessível
62Relatório Anual Gerdau 2006
Comunidades
Por meio da mobilização dos seus diversos públicos,o Grupo Gerdau amplia a abrangência dos projetossociais que apóia e contribui para a busca porsoluções perante os desafios globais
O Grupo Gerdau acredita que o envolvimento
da sociedade é fundamental para o desenvolvimento
de soluções inteligentes perante os desafios globais.
Também tem a convicção de que apenas a transferência
de recursos não é suficiente para transformar realidades.
Por isso, busca ampliar a abrangência dos projetos
sociais que apóia por meio da mobilização de seus
colaboradores, clientes, fornecedores, comunidades,
poder público e instituições sociais. O Grupo Gerdau
também transfere para as lideranças dos seus
projetos sociais o que tem de melhor: as práticas
de gestão que o ajudaram a ser um dos maiores
produtores de aço do mundo.
As políticas e diretrizes de responsabilidade social
são coordenadas pelo Instituto Gerdau, que também
colabora com todas as áreas de negócios para
identificar oportunidades de desenvolvimento de
projetos de sustentabilidade. Em 2006, o Grupo
destinou R$ 51,6 milhões para 817 iniciativas que
beneficiaram cerca de 13,2 milhões de pessoas.
Em menos de dois anos de atuação, o Instituto
Gerdau obteve conquistas importantes: sistematizou
o repasse de verbas para as comunidades, traçando
parâmetros e critérios claros para isso; integrou as
experiências desenvolvidas pelas diversas unidades;
uniu os colaboradores voluntários em torno
de projetos comuns; criou canais de comunicação
e ferramentas para interagir com os diversos públicos
envolvidos nas ações; e promoveu o compartilhamento
e a disseminação de experiências bem-sucedidas.
Atualmente, o Instituto coordena iniciativas no Brasil
e, a partir de 2007, passará a atuar na Argentina,
no Chile, na Colômbia e no Uruguai e, em 2008, nos
Estados Unidos, no Canadá, na Espanha e no Peru.
No Brasil, uma das formas de o Instituto Gerdau
estimular clientes, fornecedores, parceiros e comunidade
a desenvolver iniciativas sociais é por meio do Fundo
Pró-Infância dos Profissionais Gerdau. O projeto informa
e sensibiliza a sociedade para a importância da
destinação de parte do Imposto de Renda devido
a instituições sociais focadas no atendimento de
crianças e adolescentes. Em 2006, foram realizadas
61 palestras de mobilização, que incentivaram
a adoção do programa por importantes entidades
brasileiras, como a Federação das Indústrias
do Estado de São Paulo (Fiesp).
Desde o seu lançamento, o Fundo Pró-Infância
dos Profissionais Gerdau já destinou mais de
R$ 16,5 milhões – recursos do Grupo Gerdau
e dos colaboradores – para 202 projetos sociais,
beneficiando 28,3 mil crianças e adolescentes.
63RELACIONAMENTOS
Áreas de atuação
O Grupo Gerdau apóia iniciativas nas áreas
de educação e mobilização solidária, de acordo
com as necessidades das comunidades locais.
EducaçãoQualidade na educação
Ao longo de 2006, apoiou 94 projetos para a melhoria
da qualidade da educação, principalmente do Ensino
Fundamental, os quais receberam R$ 7,8 milhões.
As iniciativas focaram, especialmente, a capacitação
de educadores e a melhoria da gestão das instituições
de ensino público, beneficiando 595,2 mil professores,
estudantes e diretores de escolas.
Exemplo de projeto:
PARCERIA PARA A TRANSFORMAÇÃO SOCIAL
O Grupo Gerdau, por meio do Instituto Gerdau,
anunciou em 2006 o apoio institucional ao Canal
Futura, projeto social de comunicação coordenado
pela Fundação Roberto Marinho, que beneficia milhões
de brasileiros, com impacto direto em aproximadamente
12 mil escolas públicas, creches, hospitais, presídios,
centros de saúde, universidades, ONGs, bibliotecas,
sindicatos, empresas e órgãos públicos. Criado em
1997 e mantido por 13 empresas e instituições
da iniciativa privada, o Canal Futura contribui para
a formação e o desenvolvimento da população
brasileira. Atualmente, cerca de 19 milhões
de pessoas, em todo o país, acompanham
a programação do canal.
64Relatório Anual Gerdau 2006
“O Grupo Gerdau é um parceiro histórico da Fundação
Roberto Marinho. Juntos, realizamos projetos importantes,
como o Prêmio Jovem Cientista, pioneiro no estímulo
à pesquisa científica. O apoio ao Canal Futura vem
consolidar a posição do Grupo frente à urgente
necessidade de se resgatar a qualidade do ensino
brasileiro”, declara Hugo Barreto, secretário-geral
da Fundação Roberto Marinho e presidente do
Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Gife).
A parceria está intensificando a atuação do Canal
Futura nas comunidades vizinhas às principais
unidades do Grupo Gerdau. O Instituto Gerdau
pode sugerir temas específicos para a produção
de programas sobre educação, meio ambiente,
consumo consciente, formação de mão-de-obra,
atividades extracurriculares para alunos da rede
pública, entre outros.
Educação para o empreendedorismo e a competitividade
O Grupo Gerdau acredita que atitudes empreendedoras
transformam realidades, criam empregos e melhoram
a qualidade de vida das pessoas. Em 2006, foram
investidos R$ 12,5 milhões em 82 projetos, que
atenderam cerca de 2,6 milhões de pessoas.O voluntário Dave Lovell, colaborador da Gerdau Ameristeel Cambridge,no Canadá (ao centro, sentado), e jovens do programa Junior Achievement
Estudantes da Escola Municipal Humberto de Souza Mello (RJ) sãobeneficiados pela programação do Canal Futura
Exemplo de projeto:
JOVENS SÃO PREPARADOS PARA O MERCADO
DE TRABALHO
O Grupo Gerdau apóia desde 1994 a Junior
Achievement, organização sem fins lucrativos
que treina estudantes dos Ensinos Fundamental,
Médio e Universitário para o mundo dos negócios.
O objetivo é despertar, ainda na escola, o espírito
empreendedor nos jovens, estimular o desenvolvimento
pessoal, proporcionar uma visão clara do mundo
dos negócios e facilitar o acesso ao mercado
de trabalho.
Para isso, oferece programas teóricos e práticos de
educação e experiências no sistema da livre iniciativa.
Os jovens criam empresas, desenvolvem produtos,
acompanham o dia-a-dia de um profissional, entre
outras ações. O projeto conta com o trabalho
voluntário de colaboradores do Grupo Gerdau, que
participam do desenvolvimento dos estudantes. Em
2006, a Junior Achievement esteve presente em
cerca de cem países, beneficiando mais de 7 milhões
de jovens. Somente no Brasil, a organização atendeu
211,4 mil alunos.
RELACIONAMENTOS
65
Educação em gestão da qualidade no Terceiro Setor
Coloca à disposição de organizações do Terceiro
Setor metodologias e ferramentas que visam ampliar
a qualidade da gestão desses empreendimentos.
No ano, foram destinados R$ 40,6 mil para dois
projetos, que capacitaram 40 representantes
de instituições.
Exemplo de projeto:
A MELHOR FORMA DE COOPERAR
O Grupo Gerdau acredita que a utilização
de ferramentas de gestão adequadas multiplica
a capacidade transformadora das instituições
sociais. Por isso, criou o Programa de Desenvolvimento
de Lideranças, realizado em parceria com a ONG
Parceiros Voluntários.
Ao longo do ano, quase 40 lideranças de escolas
públicas e organizações da sociedade civil foram
capacitadas para tornar seus projetos e suas
iniciativas auto-sustentáveis, ou seja, aprenderam
práticas de gestão modernas, capazes de impulsionar
resultados e beneficiar a comunidade. Essa atividade
foi feita por colaboradores voluntários do Grupo
Gerdau. O curso teve duração de 86 horas.
O trabalho foi desenvolvido em 2006 nas cidades
de Charqueadas e Sapucaia do Sul (RS), onde
estão localizadas usinas siderúrgicas do Grupo.
Educação pela cultura e pelo esporte
As iniciativas buscam estimular o desenvolvimento
da auto-estima e da sensibilidade principalmente
de crianças e adolescentes, privilegiando programas
esportivos e culturais que promovam a inclusão
social. Em 2006, 97 programas foram apoiados,
os quais receberam R$ 19 milhões em investimentos,
atendendo mais de 1,6 milhão de pessoas.
Exemplos de projetos:
ESPORTE FORMA JOVENS CIDADÃOS
A prática do esporte é uma das alternativas mais
eficazes para estimular crianças e adolescentes
a tornarem-se cidadãos conscientes e responsáveis
de seu papel na sociedade. Com essa convicção,
o Grupo Gerdau apoiou a criação da Fundação
Tênis no Brasil e no Uruguai, que beneficia jovens
em situação de vulnerabilidade social. Por meio das
aulas de tênis, os participantes aprendem valores
como responsabilidade, respeito e cooperação,
fundamentais para a formação de bons cidadãos.
Em 2006, cerca de 450 crianças foram beneficiadas
pelo projeto em Porto Alegre (Brasil) e Maldonado
(Uruguai). Em 2007, o programa deverá ser expandido
para a capital uruguaia, Montevidéu.
Integrantes da Sociedade Amigas da Criança, em Sapucaia do Sul (RS),fazem parte do Programa de Desenvolvimento de Lideranças
Jovens esportistas, coordenadores da Fundação Tênis, de Maldonado (Uruguai),e representantes da Gerdau Laisa no encerramento das atividades de 2006
66Relatório Anual Gerdau 2006
Estudantes de Bilbao (Espanha) assistem à apresentaçãopromovida pela Asociación Bilbaína de Amigos de la Ópera (Abao)
Educação ambiental
O trabalho de ampliar a consciência ambiental
das comunidades é feito por meio de projetos
que incentivam uma relação sustentável com
o meio ambiente. No ano, o Grupo Gerdau destinou
R$ 1,1 milhão para 35 iniciativas, que beneficiaram
773 mil pessoas.
Exemplo de projeto:
CONTRIBUIÇÃO PARA AS GERAÇÕES FUTURAS
Conter o aquecimento global é um dos grandes
desafios da humanidade. Pensando nisso, a Gerdau
AZA, no Chile, firmou convênio com a organização
não-governamental RPA Cultiva para reflorestar
o Cerro Calán, uma das mais importantes colinas
de Santiago. Milhares de estudantes plantarão
16 mil árvores nativas em uma área de 30 hectares,
iniciativa que deve ser concluída em 2007.
Anualmente, as árvores produzirão 1,4 mil toneladas
de oxigênio e retirarão 360 toneladas de pó da atmosfera.
A Região Metropolitana de Santiago é considerada
uma das áreas com maior concentração de poluição
atmosférica do planeta. Pelas suas características
geográficas – a cidade é cercada pela Cordilheira
dos Andes, que impede a dissipação de poluentes –,
o reflorestamento é considerado a grande solução
para a melhoria da qualidade do ar de Santiago.
O sucesso do projeto, segundo Guillermo Scallan,
diretor da RPA Cultiva, se deve principalmente ao
apoio da Gerdau AZA. A iniciativa recebeu o Selo
Bicentenário, reconhecimento entregue pela
presidente do Chile, Michelle Bachelet, pela
contribuição ao desenvolvimento do país.
Jovens do Colégio Santa Marta, da comunidade de Ñuñoa (Chile), duranteo plantio de mudas de árvores para o reflorestamento do Cerro Calán
POPULARIZAÇÃO DA ÓPERA
Tornar a ópera um estilo musical popular e ao alcance
de todos. Esse foi o compromisso assumido pela
siderúrgica espanhola Sidenor ao apoiar a Asociación
Bilbaína de Amigos de la Ópera (Abao), uma das
mais relevantes e tradicionais difusoras da arte
lírica na região de Bilbao.
A Abao desenvolve cursos e concertos didáticos,
direcionados a grupos escolares, e visitas guiadas
aos ensaios e à montagem de determinadas obras.
Tudo isso para aumentar o interesse do público
jovem pela ópera. As ações permitem que crianças
e adolescentes conheçam de perto a magia e o
encanto de uma produção de ópera – estilo artístico
que emociona platéias do mundo inteiro.
As temporadas musicais organizadas pela entidade
já ganharam reconhecimento nacional e internacional.
Cada temporada recebe, em média, 70 mil espectadores.
Sem fins lucrativos, a associação foi fundada em 1953
e atualmente conta com cerca de 6,5 mil sócios.
RELACIONAMENTOS
67
Mobilização solidária
Atender às necessidades emergenciais das
comunidades é outro foco das ações sociais
do Grupo Gerdau. Essas iniciativas incluem desde
a doação de alimentos e agasalhos até a criação
de restaurantes populares para comunidades
de baixa renda.
Em 2006, os 507 projetos apoiados pelo Grupo Gerdau
nessa área receberam R$ 11,2 milhões em investimentos,
beneficiando 7,7 milhões de pessoas.
Exemplo de projeto:
VOLUNTARIADO ENVOLVE COLABORADORES
DO BRASIL E DOS ESTADOS UNIDOS
O trabalho voluntário tem mobilizado os colaboradores
do Grupo Gerdau. No Brasil, a Copa Voluntário
Gerdau, uma iniciativa do Instituto Gerdau realizada
em 2006 para incentivar as ações nessa área,
reuniu mais de 6 mil profissionais. Nos Estados
Unidos, a Gerdau Ameristeel Knoxville Fabrication
(Tennessee), a Gerdau Ameristeel Jackson
(Tennessee) e a Gerdau Ameristeel Wilton (Iowa)
firmaram parceria com as câmaras de comércio
locais e criaram uma rede de voluntariado para
ajudar as escolas da região.
A Copa Voluntário Gerdau beneficiou 130,5 mil
pessoas em 76 cidades brasileiras. As instituições
receberam doações, consultoria de gestão, além de
serem estimuladas a realizar atividades de geração
de renda. O resultado de uma dessas tarefas
fez com que a creche Tia Madalena (PE) criasse
uma cooperativa para a produção de bijuterias.
O dinheiro arrecadado com a venda dos produtos
é utilizado na promoção de melhorias para a creche.
“O trabalho voluntário gera uma mudança tão grande
que se percebe no brilho dos olhos, na fisionomia,
no sorriso das pessoas. Mexe com a sensibilidade
e o engrandecimento é mútuo”, disse a colaboradora
da Gerdau Açonorte, Maria Áurea Ferreira Viana Barros.
As unidades da Gerdau Ameristeel passaram
a fazer parte do programa nacional Partnership
in Education. Os colaboradores ensinam técnicas
de negócios para os jovens, acompanham os que
precisam de reforço extraclasse, além de mostrarem
aos estudantes o dia-a-dia de uma empresa, a partir
de visitas às fábricas. “É muito gratificante
acompanhar uma criança na escola. Você sai
de lá com uma sensação boa”, declara a mentora
e colaboradora da Gerdau Ameristeel, Lisa Bryson.
Lisa Bryson, em frente à escola Pond Gap, em Knoxville (Estados Unidos), onde realiza trabalho voluntário
68Relatório Anual Gerdau 2006
Fornecedores
Grupo Gerdau estimula fornecedores a adotarempráticas responsáveis em relação às pessoas e aomeio ambiente por considerar esse público parceiroestratégico para o sucesso do negócio
18 meses, que estimula o aumento da competitividade.
As companhias são responsáveis pelo fornecimento
de equipamentos, peças, manutenção e serviços
e, ao longo do treinamento, analisam a melhoria
de desempenho em determinados indicadores de
gestão e estabelecem planos de ação para melhorá-los.
Perfil dos fornecedores
O Grupo Gerdau contrata, na medida do possível,
fornecedores locais para impulsionar o desenvolvimento
das regiões onde está inserido. Nas operações Aços
Longos e Aços Especiais, no Brasil, 30% a 35% do
valor total de produtos e serviços adquiridos provém
de companhias regionais. Na América do Norte,
a participação de empresas regionais chega a 50%.
Destacam-se cooperativas criadas com mão-de-obra
local, que atuam, por exemplo, no transporte
de passageiros, na engenharia de projetos e no
fornecimento de medicamentos e gêneros alimentícios.
O estímulo ao empreendedorismo também é uma prática
comum. No Uruguai, 50% dos fornecedores da Gerdau
Laisa são micro, pequenas e médias empresas.
Os padrões de contratação e a atuação dos
fornecedores estão expressos nas diretrizes
éticas do Grupo Gerdau (www.gerdau.com).
O Grupo Gerdau considera seus fornecedores aliados
importantes para o alcance de metas relacionadas
à qualidade dos produtos e serviços, à segurança
no ambiente de trabalho e à responsabilidade social
e ambiental. Isso significa que eles são co-responsáveis
pelo seu sucesso. Por isso, cada vez mais, o Grupo
Gerdau exige que os fornecedores sigam práticas
responsáveis em relação às pessoas e ao meio ambiente.
Para reforçar essa orientação, são realizados
auditorias periódicas e treinamentos com a cadeia
de fornecedores, focados no aprimoramento
da qualidade de gestão e no desenvolvimento
dos negócios, no estímulo ao investimento social
e à cidadania, entre outros.
No Brasil, um dos destaques é o projeto que estimula
a formação de cooperativas para a reciclagem e venda
de sucata, matéria-prima fundamental na atividade
siderúrgica. A iniciativa está fundamentada em três
pilares: geração de renda, aprimoramento dos negócios
e educação ambiental. O projeto piloto está sendo
realizado nos municípios de Divinópolis e Barão de
Cocais (MG), em parceria com o Compromisso
Empresarial para a Reciclagem (Cempre). Em 2007,
a ação será desenvolvida em mais oito municípios.
Na Região Sul do país foram selecionadas 40 empresas
para participar do Programa Desenvolvimento de
Fornecedores Gerdau, uma iniciativa com duração de
69RELACIONAMENTOS
Nos países em que opera, o Grupo Gerdau participa
ativamente das discussões de interesse nacional.
Atua em parceria com entidades empresariais para
otimizar estruturas que propiciem crescimento
econômico, bem como para melhorar a gestão dos
governos, por meio da difusão de modernas práticas
gerenciais.
No ano de 2006, por exemplo, uniu-se a lideranças
nacionais para lançar o Compromisso Todos pela
Educação, movimento para garantir o direito à educação
Governo e sociedade
O empenho na discussão e na resolução dequestões de interesse da sociedade em geralinspira parcerias com entidades empresariais e com governos
pública de qualidade de forma que, até 2022,
bicentenário da Independência do Brasil, todas
as crianças e jovens tenham acesso a um ensino
básico de qualidade, que os prepare para os desafios
do século XXI.
Apóia organizações como Unesco, World Economic
Forum, Movimento Brasil Competitivo, Ação Empresarial,
Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável (CEBDS), entre outros. Nos próximos
anos, a atuação do Grupo Gerdau com a sociedade
e os governos será ampliada a partir do estabelecimento
de diretrizes e políticas globais.
Campanhas políticas
Todas as contribuições financeiras a campanhas
políticas são transparentes, de conhecimento público
e seguem a legislação eleitoral.
No ano de 2006, as contribuições somaram
R$ 20,5 milhões no Brasil, valor destinado
a candidatos aos governos e às câmaras federal
e estaduais. Em 2006, as unidades do Grupo
Gerdau nos demais países não fizeram doações
para partidos políticos.
Lançamento oficial do Compromisso Todos pela Educação no Museudo Ipiranga (SP), em setembro de 2006
70Relatório Anual Gerdau 2006
Delbert Wyatt participa do processo de reciclagem na GerdauAmeristeel Jackson (Estados Unidos), onde cerca de 700 miltoneladas de sucata foram reaproveitadas em 2006
MEIO AMBIENTE
71
MEIO AMBIENTE
Sem fronteiras para respeitar
72 Gestão ambiental
72Relatório Anual Gerdau 2006
Gestão ambiental
A atuação sustentável é a base da política de meio ambiente do Grupo Gerdau, que investiuUS$ 78,8 milhões em 2006 em tecnologias de preservação da natureza
O cuidado e o respeito com o meio ambiente são
parte fundamental das atividades do Grupo Gerdau.
Em 2006, os investimentos na área somaram
US$ 78,8 milhões, valor 2,6% maior em comparação
a 2005.
A política de meio ambiente tem como objetivo
estabelecer condutas que assegurem o atendimento
das necessidades de conservação ambiental
e contribuam para o desenvolvimento da sociedade.
Para tanto, busca a melhoria contínua dos processos,
dentro dos conceitos de sustentabilidade; compartilha
com todos os colaboradores a responsabilidade
e o comprometimento com o Sistema de Gestão
Ambiental; garante o desempenho das tecnologias
de proteção do meio ambiente; atende consistentemente
às exigências da legislação ambiental; trata de
forma planejada as potenciais fontes de impacto
no ar, na água e no solo; e investe em projetos para
redução e reutilização dos co-produtos industriais.
Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
Adotado em todas as usinas Gerdau, o Sistema de
Gestão Ambiental (SGA) começou a ser desenvolvido
em 1999 e está alinhado à norma ISO 14001. O SGA
estabelece a análise de milhares de atividades industriais.
O objetivo é garantir o pleno acompanhamento
do processo, desde a utilização de matérias-primas,
passando pela parte industrial e de distribuição
de produtos e pela correta destinação dos co-produtos
gerados no processo. Em constante evolução, o SGA
passou por reformulação em 2006, o que incluiu
a padronização dos indicadores ambientais em
todas as unidades do Grupo.
Nota explicativa: Os números mencionados neste capítulo não incluem Sidenor, Siderperu e a joint venture Gallatin Steel
73MEIO AMBIENTE
ISO 14001
Atualmente, 20 unidades têm a certificação ambiental
ISO 14001. Está em curso a busca da certificação
de todas as operações do Grupo Gerdau.
Ar
Um dos impactos ambientais resultantes da produção
de aço é a emissão de partículas sólidas na atmosfera.
Com o objetivo de reduzir essas emissões, o Grupo
Sistema de despoeiramento da Gerdau AZA (Chile), uma das tecnologias que contribuem para a preservação do meio ambiente
74Relatório Anual Gerdau 2006
dispõe de eficientes sistemas de despoeiramento,
compostos de equipamentos capazes de filtrar as
partículas. Esse material filtrado é um co-produto
aplicável em outros setores da economia. Dessa
maneira, o Grupo Gerdau reafirma seu compromisso
em buscar soluções mais sustentáveis para
suas atividades.
Em 2006, o índice de emissão de gás carbônico
ficou em 593 quilos por tonelada de aço produzido.
As emissões estão muito abaixo da média da siderurgia
mundial, de 1,7 mil quilos por tonelada, de acordo
com os dados mais recentes do International Iron
and Steel Institute (IISI). O Grupo Gerdau procura,
continuamente, implantar melhorias para diminuir
a geração desse gás. Entre elas estão a substituição
de óleo por gás natural nos fornos de aquecimento,
a utilização crescente de fontes de energia
alternativas, a contínua atualização tecnológica,
o uso de sucata como principal matéria-prima,
entre outras coisas.
Água
Durante a produção do aço, a água é utilizada em larga
escala para a refrigeração dos equipamentos e produtos.
Ao longo dos anos, o Grupo Gerdau tem buscado otimizar
o uso desse recurso natural cada vez mais escasso.
Por meio de novas tecnologias e de ações de
conscientização, a quantidade de água captada
foi reduzida de 46 milhões de metros cúbicos
para 44 milhões de metros cúbicos em 2006.
O reaproveitamento das águas no processo
produtivo foi de 97,3% no período.
Matéria-prima
O Grupo Gerdau é um dos maiores recicladores
do continente americano, ao reaproveitar anualmente
10,4 milhões de toneladas de sucata ferrosa. No
ano, 69,6% da produção foi feita com o uso desse
insumo, ante 68,6% no exercício anterior. O consumo
de sucata no Grupo Gerdau cresceu 8,8% na
comparação com 2005.
Em algumas unidades maiores, a organização possui
mega shredders, equipamentos capazes de processar
1,2 mil veículos por dia, transformando-os em
pequenos fragmentos de sucata.
O consumo de sucata pelas operações do Grupo
traz benefícios que incluem a redução das emissões
de CO2, a otimização dos processos, a diminuição
do uso de energia, a obtenção de custos mais
competitivos e o aumento da produtividade.
Além disso, o fortalecimento da rede de coleta
e processamento de sucata resulta em empregos
e renda a milhares de cidadãos, além de contribuir
com a diminuição do volume de lixo destinado a aterros.
Para reforçar o uso de sucata em seus processos
industriais, o Grupo Gerdau tem uma rede própria
de coleta e processamento do material. São sete
unidades no Brasil e mais 17 na América do Norte.
MEIO AMBIENTE
75
Biodiversidade
A manutenção de áreas verdes no entorno das
unidades é mais um compromisso do Grupo Gerdau
com a promoção da sustentabilidade. Em 2006,
do total de 17.127 hectares de propriedade da
organização, 1.735 hectares eram áreas de reserva
legal ou preservação permanente e 4.499 hectares,
de matas nativas.
Co-produtos
O Grupo Gerdau desenvolve estudos com centros
de pesquisa para ampliar a utilização de co-produtos
resultantes da produção de aço por diversos setores da
economia e pela própria siderurgia. Esses materiais são
aplicados em pavimentação de estradas e na fabricação
de cimento, plástico e pigmentos, entre outras.
Em 2006, o percentual de reaproveitamento de
co-produtos atingiu 76,7%, índice próximo aos 80%
registrados em 2005. A pequena redução se deve
ao nível mais baixo de reutilização das unidades
incorporadas ao Grupo em 2006.
O Grupo Gerdau também cuida para que os co-produtos
não-aproveitáveis sejam devidamente armazenados
ou encaminhados a aterros apropriados. O total
desses materiais gerados em 2006 foi de 360,5
quilos por tonelada (356,1 quilos no ano anterior).
As áreas verdes correspondem a mais de 36% do espaço totalocupado pelas unidades Gerdau. Somente na Gerdau Riograndense(RS), a área de preservação ambiental atinge 43 hectares
76Relatório Anual Gerdau 2006
Energia
Reduzir o consumo e desenvolver novas fontes
de energia são dois grandes desafios do setor
siderúrgico. O uso de energias alternativas, como
o gás proveniente de aterro de lixo orgânico em
substituição ao gás natural, ou a produção de gás
por meio da combustão de pneus velhos, é um exemplo
de importantes conquistas na busca permanente
por melhores práticas de sustentabilidade.
Em 2006, o Grupo utilizou 564 KWh de energia
por tonelada de aço produzido, um pouco abaixo
dos 570,7 KWh registrados no ano anterior.
Educação ambiental
Para incentivar o comprometimento dos colaboradores
com o meio ambiente, o Grupo Gerdau realiza
anualmente campanhas de conscientização, palestras
e cursos específicos. Em 2006, foram 18 mil
participações e 45 mil horas de capacitação.
Centro de educação ambiental Germinar (MG), da Gerdau Açominas, beneficiou 27 mil estudantes, educadores e colaboradores em 2006
77MEIO AMBIENTE
RIQUEZA NO PÓ DE ACIARIAApós três anos de pesquisas, o Grupo Gerdau passou a fornecer pó de aciaria para a indústria cimenteira.
A Gerdau Açonorte (PE) e a Gerdau Cearense (CE) abastecem algumas produtoras de cimento da Região
Nordeste do Brasil com o material. Em 2007, o objetivo é ampliar o fornecimento do pó de aciaria para
as indústrias da Região Sudeste.
O pó é rico em componentes como zinco e óxido de ferro, sendo o último um importante insumo na
fabricação de cimento, pois é utilizado para corrigir o nível de calcário no clínquer, principal matéria-
prima do cimento.
O sucesso de experiências como essa reforça o esforço do Grupo na busca permanente de aplicações
sustentáveis para os seus co-produtos, em um movimento no qual a organização, a sociedade e o meio
ambiente são beneficiados.
Pó de aciaria fornecido pelo Grupo é utilizado na produção de cimentopor empresas da construção civil
78Relatório Anual Gerdau 2006
João Gerdau, imigrantealemão, e seu filhoHugo lançam asbases do GrupoGerdau com aFábrica de PregosPontas de Paris,em Porto Alegre.
1901 1907 1946 1948 1963 1967 1969 1971 1980
Curt Johannpeter,genro de Hugo,assume a direção da Gerdau e comandauma fase decisivade expansão dosnegócios. No anoseguinte, as açõesda organizaçãopassam a sernegociadas na Bolsa de Valores de Porto Alegre.
O Grupo chega ao Nordeste do Brasil, com a siderúrgica Açonorte (PE).
A criação daFundação Gerdau,com programas nas áreas da saúde,educação, habitaçãoe assistência social,expressa a culturade responsabilidadesocial da organização.
Marco do início dainternacionalização,com a siderúrgicaLaisa, no Uruguai.
Os negócios de JoãoGerdau são divididosem dois ramosindependentes: Hugodirige a Fábrica dePregos Pontas deParis e seu irmãoWalter responde pelaFábrica de MóveisGerdau, ambas emPorto Alegre. Maistarde, em 1930,os dois participamda criação do Centrode indústria Fabril do Estado do RioGrande do Sul,futura Federação das Indústrias do Estado.
O Grupo ingressa na siderurgia, com a usina Riograndense,em Porto Alegre,antecipando oconceito de minimill,modelo baseado no uso de sucata e na comercializaçãoregional que permitecustos operacionaismais competitivos.
Início da construçãoda Gerdau Cosigua,no Rio de Janeiro,e o ingresso no segmento de distribuição deaço, com a primeiraComercial Gerdau,em São Paulo.
A Fábrica de AramesSão Judas Tadeu,em São Paulo (SP),marca a expansãopara a RegiãoSudeste do Brasil.
1901 1971 1980
79LINHA DO TEMPO
1989 1992 1998 1999 2001 2002 2004 2005 2006
Entrada na Américado Norte, com asiderúrgica CourticeSteel, hoje GerdauAmeristeel Cambridge,na província deOntário (Canadá). A presença no paísé reforçada em1995, ano em queassume a MRM,em Manitoba.
O Grupo compraparte do capitalsocial da laminadoraSipar, na Argentina,e, em 2005, assume seu controle.
Expansão do GrupoGerdau nas Américas.Na Colômbia, éanunciado acordopara aquisição docontrole da Diaco e da Sidelpa. NaAmérica do Norte,são adquiridos osativos da North StarSteel, e a GerdauAmeristeel ingressana Nyse.
A organizaçãocompleta 100 anosde atividades comcapacidade instaladade 8,4 milhões de toneladas de aço por ano e lucro líquido de R$ 551 milhões.Assume o controleda Açominas, da qual era sócia desde 1997. Essa é a maior usina do Grupo Gerdau.
Grupo Gerdau adquire a Siderperu, no Peru,assim como o controle dajoint venture Pacific CoastSteel, a Sheffield Steel, aCallaway Building Productse a Fargo Iron and MetalCompany, todas nosEstados Unidos. NaEspanha, a Sidenor passaa controlar a siderúrgicaespanhola GSB Acero. NoBrasil, entra em operaçãoa Gerdau São Paulo (SP).Ocorre ainda a quartasucessão em mais de100 anos de história:André Gerdau Johannpeterassume a função de diretor-presidente e Claudio GerdauJohannpeter passa aatuar como diretor-geralde Operações.
Aquisição dasiderúrgica AZA,atual Gerdau AZA,no Chile, e da AçosFinos Piratini (RS).Lançado o GG 50,primeiro vergalhãono Brasil com marca e garantiade qualidade.
Assume o controleda Ameristeel ecomeça a produziraço nos EstadosUnidos. A GerdauS.A., empresa decapital aberto noBrasil, é listada na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse).
Grupo amplia suapresença no mercadoglobal, ao anunciar,no final do ano,a aquisição de 40% da espanhola Sidenor,em operação concluídaem 2006. No Brasil, acapacidade de produçãoda Gerdau Aços EspeciaisPiratini (RS) é expandidapara 500 mil toneladasanuais de produtosacabados. No período,ocorre a criação do Instituto Gerdau,responsável por coordenaras políticas e diretrizesde responsabilidadesocial do Grupo.
Grupo Gerdau e Co-Steel realizam fusãode suas operaçõessiderúrgicas naAmérica do Norte,criando a GerdauAmeristeel, com 11usinas siderúrgicase 29 centros debeneficiamento de aço.
1989 1999 2005
80
Produção do aço
Relatório Anual Gerdau 2006
Alto-forno
Ferro-gusa
Sucata
Conversor
Formador de espiras
Máquina de pregos
Arame trefilado
Trefila Fio-máquina
Processos de solda
Forno panela
Forno elétrico a arco
Minério de ferro
Usinas integradas
Pregos Arames para soldase eletrodos
VergalhãoCA-60
Aramerecozido
Tela soldadanervurada
Usinassemi-integradas
81PRODUÇÃO DO AÇO
Panela
Lingotamento contínuo
Forno de reaquecimentoLaminador
Bloco
Galvanização
Leito deresfriamento
Tarugos
Arame farpado
Arameovalado
Aramegalvanizado
Perfis estruturais
Barrase perfis
VergalhãoGG 50
82
Glossário
Aços planos – Classificação de produtos de aço
que inclui chapas e tiras. Os aços planos são
usados nas partes externas de automóveis,
em eletrodomésticos, etc.
ADR – Sigla de American Depositary Receipts.
Título representativo de ações de empresas não-
americanas emitido e negociado no mercado
de capitais dos Estados Unidos.
Alto-forno – Forno de grandes dimensões, revestido
com tijolos refratários, usado em usinas siderúrgicas
integradas para produzir ferro-gusa a partir do minério
de ferro.
Amortização – Procedimento contábil que reduz
gradualmente o valor de custo de um ativo com
tempo de vida limitado. No caso de ativos fixos,
o termo usado é depreciação e, para bens esgotáveis
(recursos naturais), emprega-se o termo exaustão –
ambos significam, essencialmente, amortização.
Ativos – Qualquer bem com valor comercial ou valor
de troca pertencente a uma sociedade, instituição
ou pessoa física.
B
Balanced Scorecard – Ferramenta integrada para
gerenciar a execução da estratégia por meio de objetivos,
indicadores e projetos relacionados entre si e
distribuídos em diferentes perspectivas de negócio.
Barra – Produto longo, retilíneo, cuja seção transversal
é constante e constitui figura geométrica simples.
Bonificação – Distribuição de ações aos acionistas,
resultante de aumento do capital social por incorporação
de reservas e emissão de novos papéis.
A
Aciaria – Área de uma usina siderúrgica onde o aço
é produzido.
Acionista minoritário – Detentor de uma quantidade
de ações insuficiente para exercer o controle
acionário de uma empresa.
Ação ordinária – Título representativo da menor
parcela em que se divide o capital social de uma
sociedade anônima, que confere a seu titular
o direito de voto em assembléia.
Ação preferencial – Título representativo da menor
parcela em que se divide o capital social de uma
sociedade anônima, que oferece a seu detentor
prioridade no recebimento de dividendos e/ou,
no caso de dissolução da empresa, no reembolso
de capital. Em geral, não concede direito de voto
em assembléia.
Aço – Liga de ferro e carbono (até 1,5%) que pode
conter adicionalmente outros elementos químicos,
visando à melhoria de suas propriedades.
Aço galvanizado – Aço revestido por uma camada
de zinco, que protege contra a corrosão superficial
e melhora o aspecto visual do produto.
Aços especiais (longos) – Seu processo de fabricação
assegura características físicas e metalúrgicas
específicas e adequadas aos requisitos de aplicações
especiais, como para as indústrias automotiva, petrolífera,
de ferramentas e de máquinas e equipamentos.
Aços longos – Classificação de produtos de aço em
que uma das dimensões (o comprimento) predomina
sobre as demais. Inclui barras, perfis, fio-máquina,
vergalhão, perfis estruturais e arames. É a principal
linha de produtos Gerdau.
Relatório Anual Gerdau 2006
83GLOSSÁRIO
C
Capacidade – Índice do potencial de produção
que mede a saída de um processo. É possível que
a capacidade de um processo seja maior do que
a capacidade geral da unidade industrial.
Capital social – É a soma de todos os recursos,
bens e valores utilizados pelos sócios para
a constituição de uma empresa.
Carepa – Produto da oxidação do ferro na superfície
dos aços, formado durante o processo de laminação
a quente, ou então quando o metal é exposto a qualquer
condição de alta temperatura.
Coaching – Relação interpessoal, na qual uma
pessoa atua para identificar e ampliar ao máximo
o potencial e o desempenho de um indivíduo ou de
uma equipe na busca de crescimentos pessoal
e profissional.
Companhia de capital aberto – Característica do
tipo de sociedade em que o capital dos sócios
é representado por ações negociadas em Bolsas
de Valores ou no mercado de balcão.
Conselho de Administração – Órgão colegiado
de governança da empresa, formado por membros
eleitos pela assembléia geral. A ele compete, entre
outras atribuições (art. 142 da Lei 6.404/76),
eleger e destituir os diretores, acompanhar e se
manifestar sobre a gestão e, de forma geral, fixar
a orientação dos negócios da companhia.
Conselho Fiscal – Órgão colegiado de governança
da companhia, composto de pessoas que não
trabalham na empresa e que não são os seus
administradores, eleitos pela assembléia geral.
Tem a função de, entre outras coisas (art. 163
da Lei 6.404/76), fiscalizar os atos dos administradores
e verificar o cumprimento dos seus deveres legais
e estatutários.
Conversor LD – Equipamento que refina o ferro-gusa
líquido e a sucata de aço graças a reações químicas
produzidas por sopros de oxigênio em alta pressão.
Co-produto – Produto secundário de um processo
industrial, desejável ou não.
D
Despoeiramento – Sistema usado para filtrar, com
alta eficiência, as minúsculas partículas sólidas
decorrentes do processo de produção de aço.
Diretoria – Composta de membros eleitos pelo
conselho de administração, ou na ausência deste,
pela assembléia geral, a diretoria é responsável
pela representação e administração da companhia.
Dívida bruta – Valor referente a financiamentos
bancários mais debêntures emitidas pela empresa.
Dívida líquida – Dívida bruta menos as disponibilidades
de caixa e aplicações financeiras.
Dividendo – Valor distribuído aos acionistas, em dinheiro,
na proporção da quantidade de ações possuídas.
Resulta dos lucros obtidos por uma empresa
no exercício corrente ou em exercícios passados.
DR – Sigla de Depositary Receipts. É um
comprovante do depósito de instrumento financeiro
em uma instituição custodiante, com vistas aos
mercados internacionais.
84
E
EBITDA – Do inglês earnings before interest, taxes,
depreciation and amortization (lucro antes dos juros,
impostos, depreciação e amortizações). Também
conhecido como Lajida ou geração de caixa operacional.
É o lucro bruto menos as despesas com vendas
gerais/administrativas, mais depreciação e amortizações.
EBTDA – Do inglês earnings before, taxes, depreciation
and amortization (lucro antes de impostos, depreciação
e amortizações). É o lucro bruto menos as despesas
com vendas gerais/administrativas menos ou
mais despesas financeiras líquidas, depreciações
e amortizações.
Empresa global – Aquela que mantém operações
em vários países, utiliza processos integrados
de gestão e produção, oferece produtos em
diferentes regiões do mundo e replica globalmente
suas vantagens competitivas.
Equivalência patrimonial – Reconhecimento, no
resultado da controladora, das variações patrimoniais
de uma controlada ou coligada.
Escória – Composto de óxidos metálicos e não-
metálicos que se forma na superfície do aço
durante seu processo de fabricação.
F
Fasb 133 – Norma contábil norte-americana.
Faturamento – É o resultado financeiro da venda
de produtos ou serviços de uma empresa.
Ferro-gusa – Produto do alto-forno, resultante
da redução do minério de ferro com carvão vegetal
ou coque. É matéria-prima líquida ou sólida das
aciarias para a fabricação do aço.
Relatório Anual Gerdau 2006
Fio-máquina – Produto de aço redondo obtido
no processo de laminação. O fio-máquina
é normalmente trefilado e utilizado na produção
de arames, parafusos e pregos.
Forno elétrico a arco – Equipamento de produção
de aço onde a carga metálica (sucata + ferro-gusa
sólido) é fundida graças à energia proveniente
de um arco elétrico gerado por eletrodos.
G
Galvanização – Recobrimento de aço com uma
fina camada de zinco para aumentar a resistência
à corrosão superficial e melhorar o aspecto visual
do produto.
Governança corporativa – Sistema pelo qual as
sociedades são dirigidas e monitoradas, envolvendo
os relacionamentos entre acionistas/cotistas,
Conselho de Administração, Diretoria, auditoria
independente e Conselho Fiscal. As boas práticas
de governança corporativa têm a finalidade de
aumentar o valor da empresa, facilitar seu acesso ao
capital e contribuir para a sua perenidade (definição
do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).
H
Hedge – Mecanismos adotados por compradores
e vendedores para se resguardarem de flutuações
de preços ou moedas.
I
Investment grade – Grau de investimento.
Classificação de risco de agências especializadas,
concedido a empresas ou países avaliados como
capazes de honrar seus compromissos.
GLOSSÁRIO
85
M
Margem bruta – Equivale ao lucro bruto dividido
pela receita líquida. É expressa em percentagem.
O percentual representa o montante de cada
unidade monetária de receita líquida que resultou
em lucro bruto.
Margem EBITDA – Equivale ao EBITDA dividido
pela receita líquida, expresso em percentagem.
O percentual representa o montante de cada
unidade monetária de receita líquida que resultou
em EBITDA.
Margem líquida – Equivale ao lucro líquido dividido
pela receita líquida. É expressa em percentagem.
O percentual representa o montante de cada
unidade monetária de receita líquida que resultou
em lucro líquido.
Market share – Medida da participação de uma
marca ou produto no mercado.
Mercado de capitais – Mercado em que são negociados
ativos financeiros, como ações e debêntures.
N
Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa –
Conjunto de normas de conduta para empresas,
administradores e controladores consideradas
importantes para uma boa valorização das ações
e outros ativos emitidos pela companhia. As companhias
de Nível 1 se comprometem, principalmente, com
melhorias na prestação de informações ao mercado
e com a dispersão acionária.
J
Joint venture – É o investimento conjunto de duas
empresas em uma terceira companhia.
L
Laminação – Processo de conformação mecânica
realizado a frio ou a quente, com modificações na
forma e dimensões da seção transversal do material
inicial, usualmente proveniente da aciaria.
Laminado – Produto do processo de conformação
chamado de laminação, no qual a matéria-prima
sofre compressões sucessivas até adquirir a forma
e as dimensões desejadas.
Libor – Sigla de London Interbank Offered Rate. Taxa
de juros estabelecida entre bancos internacionais, entre
bancos e grandes empresas e entre bancos e governos,
no mercado do eurodólar. Normalmente acrescida
de prêmios, em empréstimos de maior risco.
Lingotamento contínuo – Processo que continuamente
produz tarugos ou placas a partir do aço líquido
vazado por meio de um molde.
Liquidez – Maior ou menor facilidade de se negociar
um título, convertendo-o em dinheiro.
Logística – É o processo de planejamento, implantação
e controle dos fluxos de entrada e saída de materiais,
assim como armazenagem, serviços e informações,
que abrange desde os fornecedores até os clientes.
Lucro líquido – Resultado final apurado em um
determinado período, após o registro de todas
as receitas e despesas.
86
O
ONGs – Organizações não-governamentais, sem fins
lucrativos nem vínculos com governos, sindicatos
ou partidos políticos, que desenvolvem ações
em diferentes áreas, com o objetivo de melhorar
determinados aspectos da sociedade.
P
Panela – Equipamento que tem a função de armazenar
o aço líquido para ajustar a composição química
(adições de ligas para acertar os níveis de manganês,
silício e carbono), homogeneizar a temperatura e
composição e aumentar o nível de limpidez do aço.
Papéis (referente ao mercado de capitais) – Títulos
negociáveis que representam a menor parcela em
que se divide o capital de uma sociedade anônima.
Passivo – Compreende todas as obrigações, dívidas
e participações de acionistas de uma empresa.
Patrimônio líquido – O valor líquido dos bens de
uma empresa. Representa a diferença entre o valor
total dos bens e o valor da dívida com terceiros.
Perfil – Produto industrial cuja seção transversal
reta é composta de figuras geométricas simples.
Geralmente usado para fins estruturais.
Perfis estruturais – Grupo de produtos de aço que
inclui perfis I, H, vigas de abas largas e estacas-
prancha. São usados na construção de edifícios,
prédios industriais, reforços de pontes, etc.
Placa – Produto siderúrgico do segmento de aços
planos, base para a produção de chapas e tiras.
Relatório Anual Gerdau 2006
Produtividade – Relação entre o que é produzido e
os recursos necessários para a produção. No setor
siderúrgico, um dos indicadores mais usuais é
tonelada por homem/ano.
R
Rating – Avaliação ou classificação de risco atribuída
a uma instituição ou título por ela emitido em função
de uma análise efetuada por empresa especializada,
que avalia a qualidade de crédito do emissor.
Receita líquida – Receita bruta menos impostos
incidentes sobre as vendas, fretes e descontos.
Reciclagem – Processo de reaproveitamento
de sucata ferrosa para a produção de aço.
S
Sarbanes-Oxley – Lei aprovada pelo Congresso dos
Estados Unidos para proteger os investidores da
possibilidade de fraudes contábeis nas corporações.
As regras e aplicações emendam e complementam
a legislação vigente para as empresas de capital
aberto que negociam ações nas bolsas norte-americanas.
Senior Liquidity Facility – Linha de crédito que fica
disponível para a empresa, para ser utilizada em
momentos desfavoráveis do mercado financeiro ou
de capitais, com a garantia de acesso a recursos
em condições pré-contratadas.
Shredder – Equipamento que limpa e fragmenta
a sucata.
Sucata – Material ferroso que é reprocessado
para a produção do aço.
GLOSSÁRIO
87
Trefilação – Processo de conformação a frio de material,
no qual o fio-máquina é transformado em arame.
Trefilados – Produtos obtidos por trefilação de barras
laminadas ou de fio-máquina.
U
Usina integrada – Usina siderúrgica que produz aço,
usando como matéria-prima o minério de ferro.
Usina semi-integrada – Usina siderúrgica que possui
no processo de fabricação as etapas de refino e
conformação, partindo da sucata e/ou ferro-esponja
e do ferro-gusa para a produção do aço.
V
Vergalhão – Barra de aço nervurada comprida,
de seção circular, usada como reforço estrutural
na construção de estradas, pontes, prédios, etc.
Y
Yield – Indicador que mede o retorno financeiro anual
de uma ação sob a forma de dividendos ou juros
sobre o capital próprio. É a relação do dividendo,
juros sobre o capital próprio por ação em relação
à cotação do papel no final de determinado período.
Sustentabilidade – Princípio de atuação de uma
sociedade que mantém as características necessárias
para um sistema social justo, ambientalmente
equilibrado e economicamente próspero por um
período de tempo longo e indefinido. Atende, assim,
às necessidades do presente sem comprometer
a possibilidade de as gerações futuras atenderem
às suas próprias necessidades.
Swap – Contratos de proteção contra riscos
financeiros, tais como juros, moedas, etc.
T
Tag along – Direito que assegura aos acionistas
minoritários a extensão das condições oferecidas
aos acionistas controladores, no caso de venda
do controle da companhia.
Tarugo – Produto de aço de seção pequena, produzido
pelo lingotamento contínuo ou por meio de laminação
de seções maiores. O formato da seção é normalmente
quadrado. É matéria-prima para a laminação de
produtos longos.
Tela (soldada nervurada) – Armação em formato de
grade feita de vergalhão nervurado e utilizada como
estrutura para a construção de lajes.
Terceiro Setor – É constituído por organizações sem
fins lucrativos e não-governamentais (Primeiro Setor)
nem privadas (Segundo Setor).
Trainee – Jovem recém-egresso do Ensino Superior
que é preparado de forma consistente e acelerada
para assumir futuras posições na empresa.
114Relatório Anual Gerdau 2006
Informações e contatos
Grupo Gerdau
Av. Farrapos, 1811
Porto Alegre – RS – Brasil
Tel.: +55 (51) 3323.2000
www.gerdau.com/faleconosco
Serviços aos acionistas
Banco depositário das ações escriturais
Banco Itaú S.A.
Superintendência de Serviços para Empresas
Av. Engenheiro Armando de Arruda Pereira, 707
9º Andar – Torre Eudoro Villela
Jabaquara – São Paulo – SP – CEP 04344-902
Tel.: +55 (11) 5029.7780
Fax: +55 (11) 5029.1917
E-mail: [email protected]
Banco Depositário de ADRs
The Bank of New York
101 Barclay Street, 22W
Nova York – NY 10286 – EUA
Tel.: +1 (610) 382.7836
E-mail: [email protected]
Atendimento a acionistas
Av. Farrapos, 1811
Bairro Floresta – Porto Alegre – RS
CEP 90220-005
Tel.: 0800.702.2001 / +55 (51) 3323.2211
Fax: +55 (51) 3323.2281
E-mail: [email protected]
www.gerdau.com/ri
Serviços aos analistas e investidores
Metalúrgica Gerdau S.A. e Gerdau S.A.
Av. Farrapos, 1811
Bairro Floresta – Porto Alegre – RS
CEP 90220-005
Tel.: +55 (51) 3323.2703
Fax: +55 (51) 3323.2281
E-mail: [email protected]
www.gerdau.com/ri
Gerdau Ameristeel Corp.
4221 W. Boy Scout Blvd. – Suite 600
Tampa – FL 33607 – EUA
Tel.: +1 (813) 286.8388
E-mail: [email protected]
www.gerdauameristeel.com
Créditos fotográficos e ilustrações
Igor Pessoa (capa), Leonid Streliaev (sumário, pág. 5, 15,21, 57, 64, 75,79), Arquivo Sidenor (pág. 2, 79), GH Digital(pág. 2), Arquivo Gerdau Ameristeel (pág. 2, 12), LeoDrumond/Agência Nitro (pág.3, 35, 52, 53) Arquivo PCS(pág. 3, 39), Arquivo GSB (pág. 3), Mathias Cramer (pág.11), John Skelley (pág. 12), Ivson Miranda (pág.14, 15),José Antonio Gutierrez (pág. 25), Divulgação CostaneraNorte (pág. 26), Lya Ramírez Astudillo (pág. 27, 66), ArquivoGerdau (pág. 31, 78, 79, 80, 81), Produ-Video Eventos(pág. 33), Yonnel Bonilla Luna (pág. 37), Kieran Reynolds(pág. 40), Fábio M. Salles/Casa da Photo (pág. 54), ArquivoDiaco (pág. 60), Carlos Fernando Teixeira de Macedo (pág.64), Eneida Serrano (pág. 65), Diario La República del Este(pág. 65), Rosa Ugarte (pág. 66), David Massengill (pág.67), Janete Longo (pág. 69), Gabriel Mendes, (pág. 70,71), Jorge Cubillos (pág. 73), Henry Yu (Pág.76), GettyImages (pág. 77), Newton Verlangiere (pág. 80, 81)
Agradecemos a todos que contribuíram no fornecimento das informações e imagens para esta publicação
Coordenação
Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Gerdau
Redação e supervisão da produção
Assuntos Institucionais e Comunicação Corporativa do Grupo Gerdau e Editora Contadino
Projeto gráfico
fmcom
Tradução
Scientific Linguagem
Impressão
Gráficos Burti
Papel e tinta
Papel couché fosco 230 g (capa) e 170 g (miolo) produzido pela Cia. Suzano a partir do cultivo de florestas plantadas,certificado pelo Forest Stewardship Council (FSC). Impressocom tinta à base de soja
Tiragem
3.950 exemplares em português, 1.250 em inglês e 1.800 em espanhol
Créditos
A Gerdau acredita na importância de avaliar e buscar a melhoria contínua de todos os seus processos, produtos e serviços.Para isso, gostaríamos de conhecer a sua opinião sobre o Relatório Anual 2006. Avalie a abrangência, a relevância,a qualidade das informações e a apresentação gráfica deste relatório. A sua opinião é muito importante.
Acesse o website www.gerdau.com/relatoriogerdau e responda à pesquisa de opinião ou mande um e-mail [email protected], fazendo sugestões sobre aspectos que podem ser aperfeiçoados.
Relatório Anual 2006 AÇO SEM FRONTEIRAS
Brasilwww.gerdau.com.br
Argentinawww.sipargerdau.com.ar
Canadá e Estados Unidoswww.gerdauameristeel.com
Chilewww.gerdauaza.cl
Colômbiawww.diaco.com.co
Espanhawww.sidenor.com
Peruwww.sider.com.pe
Uruguaiwww.gerdaulaisa.com.uy
www.gerdau.com
Missão
O Grupo Gerdau é uma empresa com foco em siderurgia, que busca satisfazer as necessidadesdos clientes e criar valor para os acionistas, comprometida com a realização das pessoas
e com o desenvolvimento sustentado da sociedade.
Perfil
Ser uma empresa siderúrgica global, entre as mais rentáveis do setor.
Visão
O Grupo Gerdau é um dos agentes do processo de consolidação da siderurgia no mundo. Ocupa a posição de 14º maior produtor de aço e é líder no segmento de aços longos nas Américas. Possui 231 unidadesindustriais e comerciais, além de quatro joint ventures e uma empresa coligada, o que faz com que esteja presenteno Brasil, na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru, no Uruguai, nos Estados Unidos, no Canadáe na Espanha. Em todos os países onde opera busca ter uma forte presença de mercado. Fornece aço para os setores da construção civil, indústria e agropecuária.
Investe continuamente na capacitação de quase 32 mil profissionais e no desenvolvimento das comunidadesonde está inserido, apoiando, em conjunto com colaboradores voluntários e em parceria com agentes da sociedade,mais de 800 projetos sociais.
Cumpre importante papel de preservação do meio ambiente, ao reciclar anualmente 10,4 milhões de toneladasde sucata ferrosa, transformando materiais obsoletos para a sociedade em novos produtos. Hoje é um dosmaiores recicladores do mundo.
As ações de suas empresas estão presentes nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York, Toronto e Madri, somandouma média diária de negociações de US$ 60 milhões. O Grupo Gerdau possui mais de 113 mil acionistas.
Ao longo dos anos, o Grupo tem rompido limites e barreiras. É uma atuação sem fronteiras, que alinha processose operações globais, na busca da eficiência e do crescimento com rentabilidade, sempre comprometidocom o desenvolvimento sustentável.
Foto da capa. O aço Gerdau, produzido por colaboradores como Leandro Ferreira de Azevedo, daGerdau São Paulo, proporciona confiança e qualidade a grandes obras, como o E-Tower, um dos maismodernos edifícios da cidade de São Paulo, onde trabalha a administradora Mayra Carolina Zika. Peloprojeto, o engenheiro Ricardo Leopoldo e Silva França ganhou o prêmio Talento Engenharia Estruturalde 2006, promovido pela Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece). Com36 andares, é um prédio ambientalmente correto, com uso racional de água e energia, geradores a gás,coleta seletiva e compactação de lixo
Valores
• Cliente satisfeito
• Segurança total no ambiente de trabalho
• Pessoas comprometidas e realizadas
• Qualidade em tudo que faz
• Empreendedorismo responsável
• Integridade
• Crescimento e rentabilidade
Relatório A
nual 2006 AÇ
O SEM
FRON
TEIRAS