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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS CLAUDIO AGUIAR IVANOF JOSÉ GUILHERME ZANGALLI MAXIMILIANO JOSÉ DE QUEIROZ VITOR IDAGOMAR OLIVEIRA DA SILVA PERFIL MEDICAMENTOSO DE PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA CIDADE DE POPULINA-SP FERNANDÓPOLIS 2012

Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

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Page 1: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

CLAUDIO AGUIAR IVANOF JOSÉ GUILHERME ZANGALLI

MAXIMILIANO JOSÉ DE QUEIROZ VITOR IDAGOMAR OLIVEIRA DA SILVA

PERFIL MEDICAMENTOSO DE PACIENTES HIPERTENSOS E

DIABÉTICOS NA CIDADE DE POPULINA-SP

FERNANDÓPOLIS 2012

Page 2: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

CLAUDIO AGUIAR IVANOF

JOSÉ GUILHERME ZANGALLI

MAXIMILIANO JOSÉ DE QUEIROZ

VITOR IDAGOMAR OLIVEIRA DA SILVA

PERFIL MEDICAMENTOSO DE PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA

CIDADE DE POPULINA-SP

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Graduação em

Farmácia da Fundação Educacional de

Fernandópolis como exigência parcial para obtenção

do título de bacharel em farmácia.

Orientador: Prof. Msc. Roney Eduardo Zaparoli

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS – SP

2012

Page 3: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

CLAUDIO AGUIAR IVANOF

JOSÉ GUILHERME ZANGALLI

MAXIMILIANO JOSÉ DE QUEIROZ

VITOR IDAGOMAR OLIVEIRA DA SILVA

PERFIL MEDICAMENTOSO DE PACIENTES HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA

CIDADE DE POPULINA-SP

Trabalho de conclusão de curso aprovado como

requisito parcial para obtenção do título de bacharel

em farmácia.

Aprovado em: 19 de novembro de 2012.

Banca examinadora Assinatura Conceito

Prof. Msc. Roney Eduardo Zaparoli

Profª. Vanessa Maira Rizzato Silveira

Profaª. Msc. Vania Luiza Ferreira

Lucatti Sato

Prof. Msc. Roney Eduardo Zaparoli

Presidente da Banca Examinadora

Page 4: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus pela saúde e sabedoria proporcionada

para a realização desse trabalho. Agradecemos aos nossos familiares pelo apoio

indispensável.

Agradecemos também a banca examinadora, em especial ao nosso

orientador Roney Eduardo Zaparoli pela paciência, dedicação e disponibilidade.

Agradecemos aos funcionários da UBS da cidade de Populina-SP por

disponibilizar os prontuários dos pacientes para realização da pesquisa.

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Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais. Teus passos ficaram. Olhes para trás, mas vá em frente, pois há muitos que precisam que chegues para poderem seguir- te.

Charles Chaplin

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RESUMO

A hipertensão arterial é um distúrbio que atinge desde jovens até idosos. Existem genericamente dois tipos de hipertensão arterial, sendo elas, essencial e secundaria. Hipertensão no pós parto sem a evolução para pré eclampsia após a 20ª semana de gestação, tem-se diagnostico de hipertensão gestacional. O tratamento tem como objetivo a prevenção de doenças cardiovasculares e renais, o beneficio deste tratamento deve ser constatado pela redução da incidência de infarto do miocárdio, acidentes vascular cerebral entre outras, recomenda- se iniciar com tratamento medicamentoso apenas nas hipertensões moderada a severa, já com hipertensão leve a moderada, iniciar o tratamento adotando medidas como, mudanças no estilo de vida. O diabetes mellitus é causado pela deficiência relativa da insulina, existem particularmente dois tipos de diabetes mellitus, tipo 1, sendo insulino dependente, ou seja, tem necessidade de aplicação de insulina exógena e também antidiabéticos orais. A tipo 2, outro tipo, é a não insulino dependente, que acontece quando há resistência a insulina, havendo necessidade do uso de antiabéticos orais. A diabetes gestacional é uma necessidade de insulina em mulheres grávidas onde esta pode ser extinta no pós parto devido ao retorno do controle glicemico. Tem sido muito comum a prescrição de mais de um medicamento, trazendo como conseqüência interações entre os fármacos, onde posteriormente os efeitos podem ser benéficos, obtendo-se proveito melhor dos fármacos ou tendo efeitos maléficos. Existem interações especificas de formas diferentes, sendo elas interações de efeito, farmacocinéticas, farmacodinâmicas, e interações de sinergismo. Efeitos adversos na combinação de fármacos têm chamado atenção, requerendo um cuidado maior com interações, visando sempre diminuí-los. Neste trabalho buscou- se a identificação de tratamentos para verificação de possíveis interações medicamentosas entre fármacos e posteriormente a eficácia dos tratamentos. Foram coletados, através de UBS de Populina-SP, os medicamentos utilizados, sexo, idade e valores pressóricos e glicêmicos dos pacientes hipertensos e diabéticos. Ficou comprovada a incidência de pacientes hipertensos/diabéticos de diferentes tratamentos, onde na maioria houve utilização de diuréticos associados a outros fármacos, observando varias interações medicamentosas, sendo algumas positivas e outras negativas. Ressaltou-se também o número maior de pacientes com hipertensão sistólica isolada e diabetes mellitus tipo 2. O estudo teve como finalidade fazer um levantamento de pacientes, tratamentos e pesquisas com ênfase em interações entre medicamentos, onde se notou que alguns pacientes podem ser prejudicados em função dessas interações. Teve-se o objetivo alcançado ao observar através da pesquisa e evidencias clinicas que poderia haver tratamentos eficientes e outros prejudiciais.

Palavras-chave: Hipertensão, Diabetes, Interações Medicamenosas, Efeitos adversos

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ABSTRACT

Hypertension is a disorder that affects from young to the elderly. There are generally two types of hypertension, which were essential and secondary. Hypertension postpartum without progression to pre-eclampsia after 20 weeks of gestation, has diagnosis of gestational hypertension. Treatment is aimed at the prevention of cardiovascular and renal disease, the benefit of this treatment should be determined by reducing the incidence of myocardial infarction, cerebrovascular accidents among others, recommended to start with drug therapy only in moderate to severe hypertensions, already with mild to moderate hypertension, start treatment by adopting measures such as changes in lifestyle. Diabetes mellitus is caused by a relative deficiency of insulin, there are two particular types of diabetes mellitus, type 1, being insulin dependent, or in need of application of exogenous insulin and oral hypoglycemic agents also. The type 2, otherwise, is not insulin dependent, what happens when there is insulin resistance, requiring the use of oral antiabéticos. Gestational diabetes is a need for insulin in pregnant women where it can be extinguished due to postpartum return of glycemic control. It has been very common prescription of more than one drug drive, causing interactions between drugs, where later the effects can be beneficial to yield advantage of better drugs or having harmful effects. There specific interactions in different ways, and they interactions end, pharmacokinetic, pharmacodynamic and interactions of synergism. Adverse effects of drugs in combination have called attention, requiring greater care with interactions, always seeking to diminish them. In this study we sought to identify treatments to investigate possible drug interactions between drugs and subsequently the effectiveness of treatments. We collected through UBS Populina-SP, medications used, sex, age and blood pressure levels and blood glucose of patients with hypertension and diabetes. It was proved the incidence of hypertensive / diabetic different treatments, where most use of diuretics was associated with other drugs, noting several drug interactions, some being positive and others negative. It was also emphasized the greater number of patients with isolated systolic hypertension and type 2 diabetes mellitus. The study aimed to survey patients, treatments and research with an emphasis on interactions between drugs, where it was noticed that some patients may be harmed due to these interactions. Had the goal is achieved by looking through the research and clinical evidence that could be effective treatments and other harmful.

Keywords: Hypertension, Diabetes, Medicamenosas Interactions, Adverse Effects

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação da hipertensão arterial 16

Tabela 2 - Valores de referência da glicemia sanguínea 20

Tabela 3 - Algumas interações entre anti- hipertensivos e anti-diabéticos 35

Tabela 4 – Tratamentos dos pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de

Populina-SP 39

Tabela 5 - Interações medicamentosas 47

Page 9: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Medicamentos utilizados na hipertensão sistólica isolada 42

Figura 2 - Medicamentos utilizados na hipertensão leve 43

Figura 3 - Medicamentos utilizados na diabetes mellitus tipo 1 44

Figura 4 - Medicamentos utilizados na diabetes mellitus tipo 2 44

Figura 5 - Tipos de hipertensão apresentada 45

Figura 6 - Tipos de diabetes apresentada 46

Page 10: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AAS – Ácido acetilsalicílico

ARADOIS – Antagoistas dos receptores da angiotensina II

ATP – Adenosina trifosfato

AVE – Acidente vascular encefálico

CAD – Cetoacidose diabética

IECA – Inibidores da enzima conversora da angiotensina

NPH – Neutral protamina hagedorn

PA – Pressão arterial

PZI – Insulina-protamina-zinco

UBS – Unidade básica de saúde

Page 11: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13

1 HIPERTENSÃO .............................................................................................. 16

1.1 Classificação da hipertensão arterial ....................................................... 16

1.2 Tratamento .................................................................................................. 18

1.2.1 Tratamento medicamentoso........................................................................ 18

1.2.2 Tratamento não medicamentoso................................................................. 18

2 DIABETES ...................................................................................................... 20

2.1 Valores de referência ................................................................................. 20

2.2 Tipos de diabetes ....................................................................................... 21

2.3 Problemas relacionados aos medicamentos na diabetes........................ 23

2.3.1 Acidose lática ............................................................................................ 23

2.3.2 Cetoacidose diabética ............................................................................... 24

2.3.3 Cetose ....................................................................................................... 25

2.3.4 Sindrome hiperosmolar não-cetótica ......................................................... 25

3 EFEITOS ADVERSOS DE ALGUNS ANTI-HIPERTENSIVOS E

ANTIDIABÉTICOS ............................................................................................ .. 26

4 ALGUNS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO

ARTERIAL E DIABETES ................................................................................... 27

4.1 Medicamentos para hipertensão arterial .................................................. 27

4.1.1 Diuréticos..................................................................................................... 27

4.1.2 Antagonistas adrenérgicos.......................................................................... 28

4.1.3 Bloqueadores do canal de cálcio................................................................. 29

4.1.4 Inibidores da enzima conversora da angiotensina....................................... 30

4.1.5 Antagonistas dos receptores da angiotensina II.......................................... 30

4.1.6 Inibidor plaquetário....................................................................................... 31

4.2 Medicamentos para diabetes ................................................................... . 31

4.2.1 Sulfoniluréias................................................................................................ 31

4.2.2 Biguanidas.................................................................................................... 32

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4.2.3 Anti-hiperglicemiantes.................................................................................. 32

5 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA ................................................................. 33

5.1 Algumas interações entre anti- hipertensivos e anti- diabéticos ........... 35

6 O MUNICÍPIO DE POPULINA-SP .................................................................. 39

7 OBJETIVOS .................................................................................................... 40

7.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 40

7.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 40

8 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 41

9 RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 42

9.1 Tratamentos dos pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de Populina-

SP......................................................................................................................... 42

9.2 Medicamentos utilizados na hipertensão sistólica isolada .................... 45

9.3 Medicamentos utilizados na hipertensão leve ......................................... 46

9.4 Medicamentos utilizados nas diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 .............. 47

9.5 Tipos de hipertensão apresentada ........................................................... 48

9.6 Tipos de diabetes apresentada ................................................................. 49

9.7 Interações medicamentosas ..................................................................... 50

10 CONCLUSÃO ............................................................................................... 53

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 54

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 55

Page 13: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

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INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial é um distúrbio comum que agrava toda a população,

desde jovens até idosos. Pode levar a um aumento na probabilidade de trombose

coronariana, insuficiência renal e doenças cardiovasculares (RANG et al 2003;

FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004; SILVA, 2006).

O risco para eventos cardiovasculares aumenta a partir de 115 mmHg para

pressão sistólica e 75 mmHg para pressão diastólica, e seu tratamento reduz os

acidentes cerebrovasculares em ate 42% e coronários em 33% (FUCHS;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004; SILVA, 2006).

Existem genericamente dois tipos de hipertensão, a essencial e a

secundaria. A hipertensão gestacional é o diagnostico realizado no pós parto, e que

não tenha evoluído para pré eclampsia, ou seja, não atingiu valores de 140 mmHg

para pressão sistólica e 90 mmHg para pressão diastólica após a 20ª semana de

gestação (RANG et al., 2003; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004; SILVA,

2006).

O tratamento tem como objetivo a prevenção de doenças cardiovasculares e

renais. O tratamento medicamentoso deve ser desenvolvido por profissionais

competentes, já o não-medicamentoso deve-se adotar mudanças no estilo de vida.

O beneficio deve ser constatado pela redução de incidência de infarto do miocárdio,

acidente vascular cerebral entre outras (RANG et al 2003; FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004; SILVA, 2006).

Nos casos de hipertensão leve a moderada, deve-se iniciar com tratamento

não medicamentoso e na hipertensão moderada a grave inicia-se com tratamento

medicamentoso. Durante a gestação deve-se monitorar os sinais de pré eclampsia e

abordar o tratamento não medicamentoso (SILVA, 2006; FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004).

No diabetes, uma síndrome causada pela deficiência relativa ou absoluta de

insulina, há uma alteração na função secretora do pâncreas ou uma resistência à

ação da insulina nos tecidos (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

O Diabetes Mellitus tipo 1 se caracteriza por um distúrbio catabólico em que

há ausência de insulina sendo necessário a aplicação de insulina exógena e

também antidiabéticos orais (SILVA, 2006; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA,

Page 14: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

14

2004).

O Diabetes Mellitus Tipo 2 uma resistência à insulina, com o

comprometimento da secreção de insulina, é necessário a adição de antidiabéticos

orais (SILVA, 2006; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

O diabetes na gestação costuma aumentar a necessidade fisiológica de

insulina na gravidez, devido aos riscos para o recém nascido. É necessário um

controle rígido, com dieta e aplicações de insulina (SILVA, 2006; FUCHS;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

No tratamento antidiabético, as sulfonamidas são bem toleradas, tendo

efeito adverso mais comum a hipoglicemia, assim como a insulina e outros

antidiabéticos orais (SILVA, 2006; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

Dentre as complicações do diabetes são citadas, entre outras, a Acidose

Lática, Cetoacidose Diabética, Cetose , Síndrome Hiperosmolar não-cetótica (SILVA,

2006; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004; ANDRADE; IHARA; TROSTER,

2007; ROCHA, 2012).

Tem sido comum a prescrição de mais de um medicamento, administrados

juntos ou seqüencialmente, observando-se duas ocasiões: indiferentismo

farmacológico, quando uma substancia associada tem sua ação, sem prejudicar a

outra, e interação farmacológica, quando há interferência de uma substancia em

outra. O aumento e o antagonismo dos efeitos podem ser benéficos, aproveitados

nas terapias, justificando o uso das associações medicamentosas no aumento da

eficácia ou evitando efeitos indesejáveis, com maior e melhor proveito dos fármacos

envolvidos (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

Existem interações especificas de formas diferentes, como as farmacêuticas.

São aquelas que acontecem antes da administração dos fármacos. Pode ocorrer

também interação farmacocinética. Esse tipo de interação acontece nos processos

de absorção, distribuição, biotransformação e excreção. As interações

farmacodinâmicas envolvem o mecanismo de ação, onde são processados os

efeitos desejados. Interações de efeitos acontecem quando a associação de

fármacos tem efeitos similares ou opostos sobre uma função fisiológica do

organismo, sem que haja interação direta de um sobre o outro. Interações de

sinergismo é uma associação de medicamentos que resulta no efeito maior de que

se usados isoladamente (SILVA, 2006; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004;

SECOLI, 2001; RANG et al 2003).

Page 15: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

15

Essa pesquisa na UBS da cidade de Populina, aborda a identificação de

pacientes hipertensos e diabéticos com o intuito de analisar os tratamentos, visando

às interações entre os medicamentos envolvidos e posteriormente a eficácia dos

tratamentos.

Page 16: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

16

1 HIPERTENSÃO

A hipertensão arterial, conhecida popularmente como “pressão alta”, é o

distúrbio mais comum que agrava toda a população, desde jovens até idosos. Se

não tratado de maneira efetiva, pode levar a um aumento na probabilidade de

trombose coronariana, insuficiência renal e doenças cardiovasculares, dando-se

destaque ao acidente vascular encefálico (AVE). Por essa multiplicidade de

conseqüências, torna-se uma doença da classe crônico-degenerativa,

caracterizando-a como um dos maiores fatores de redução na expectativa e

qualidade de vida das pessoas (RANG et al 2003; FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004; SILVA, 2006).

O risco para eventos cardiovasculares aumenta a partir de 115mmHg para

pressão sistólica e 75mmHg para pressão diastólica. A elevação da pressão arterial

acomete o individuo a riscos de acordo com seu nível pressórico, não existindo um

ponto que delimite os valores pressóricos normais e anormais. A ausência de

sintomas e cura, assim como a necessidade de mudança no estilo de vida são

algumas das situações adversas encontradas para controlar a hipertensão (FUCHS;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004; SILVA, 2006).

O tratamento eficaz da hipertensão reduz os acidentes cerebrovasculares

em 42%, e eventos coronários em 33%. É considerado hipertenso o individuo que

possuir valores pressóricos de 140mmHg para pressão sistólica e 90mmHg para

pressão diastólica (SILVA, 2006).

1.1 Classificação da hipertensão arterial

A hipertensão arterial pode ser classificada da seguinte forma: Pré-

hipertensão, quando os níveis de pressão sistólica estão entre 130 e 139 mmHg e

pressão diastólica entre 85 e 89 mmHg. Hipertensão leve é considerada quando

valores entre 140 e 159 mmHg para pressão sistólica e entre 90 e 99 mmHg para

pressão diastólica. Hipertensão moderada é constatada quando os níveis de

pressão sistólica esta entre 160 e 179 mmHg e pressão diastólica entre 100 e 109

Page 17: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

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mmHg. Hipertensão severa é avaliada quando os níveis de pressão sistólica

superam 180 mmHg e em níveis diastólico esta acima de 110 mmHg. Hipertensão

sistólica isolada se dá quando os níveis de pressão sistólica estão acima de 140

mmHg e a pressão diastólica abaixo de 90 mmHg (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS

DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2010).

Na Tabela 1 encontra-se um resumo da classificação da hipertensão arterial.

Tabela 1 – Classificação da hipertensão arterial

Classificação Sistólica Diastólica

Pré – Hipertensão 130 a 139 85 a 89

Leve 140 a 159 90 a 99

Moderada 160 a 179 100 a 109

Severa >180 >110

Sistólica Isolada >140 < 90

Fonte: VI Diretrizes brasileiras de hipertensão. Adaptado

Existem genericamente 2 tipos de hipertensão: essencial ou idiopática e

secundária. A essencial acomete 95 a 97% dos casos e esta relacionada aos

hábitos do dia-a-dia como, a ingestão de sódio e baixa ingestão de potássio,

obesidade, falta de exercícios físicos, álcool e estresse. A secundaria, cujas causas

vasculares, neurológicas e endócrinas podem ser identificadas e tratadas com

especificidade (RANG et al., 2003; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004;

SILVA, 2006).

Hipertensão gestacional é o diagnostico realizado no pós-parto caso tenha

hipertensão durante a gestação, e que essa não tenha evoluído para pré-eclampsia

(SILVA, 2006).

A pré-eclampsia ocorre após a 20ª semana de gestação, quando atinge

valores de 140 mmHg para pressão sistólica e 90mnHg para pressão diastólica.

Umas das formas curativas para essa doença é o parto, que ao mesmo tempo pode

ser deletério para o feto. O tratamento é indicado apenas a anti-valores,

acentuadamente elevados sendo que não ha consenso sobre esses valores. Os

mais comuns são 105 ou 110 mnHg para hipertensão diastólica (FUCHS;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

Page 18: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

18

1.2 Tratamento

O tratamento da hipertensão arterial tem como objetivo a prevenção de

doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. Assim, fica claro que antes

de iniciar um tratamento medicamentoso, deve-se tratar as causas referentes a cada

caso, pois a adição de medicamentos poderá ser ineficaz e provocar efeitos

colaterais indesejáveis (RANG et al 2003; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA,

2004; SILVA, 2006).

1.2.1 Tratamento medicamentoso

O tratamento medicamentoso deve ser desenvolvido por profissional

competente e ser baseado no estudo farmacológico das drogas e perfil do paciente.

Assim o beneficio do tratamento deve ser constatado pela redução de incidência de

infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca entre outras

conseqüências (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004; SILVA, 2006).

1.2.2 Tratamento não-medicamentoso

O tratamento não-medicamentoso esta relacionado ao estilo de vida e deve

ser estimulado em todos os pacientes com hipertensão. Com relação a esse

tratamento devemos considerar, controle de peso, estilo alimentar, atividades físicas,

redução do consumo de sal, ácidos graxo insaturados, fibras, álcool, cessação do

tabagismo, estresse. Esses fatores possuem valores comprovados na redução da

pressão arterial quando há modificação no estilo de vida (VI DIRETRIZES

BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA,

2004).

Page 19: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

19

Os medicamentos mais comuns para a redução da hipertensão arterial na

pré-eclampsia são: hidralazina, labetol e nifedipino (FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004).

Nos casos de hipertensão leve a moderada, iniciar com o tratamento não-

medicamentoso. Na hipertensão moderada a grave é indicado o tratamento

medicamentoso, preferencialmente com metildopa. (SILVA, 2006)

Em incidências de pré- eclampsia e desfechos maternos e fetais, não há

diferença. Na comparação entre fármacos, a mortalidade fetal é maior em pessoas

tratadas com metildopa. O melhor é não usá-la como anti-hipertensivo preferencial

no caso de pré-eclampsia. Se após 12 semanas do parto, a hipertensão continuar,

constata-se que essa elevação corresponde a uma manifestação inicial de

hipertensão crônica. Durante a gestação devem-se monitorar os sinais de pré-

eclampsia e abordar o tratamento não medicamentoso (FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004).

Page 20: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

20

2 DIABETES

O diabetes é uma doença comum, que atinge grande parte da população

brasileira. Em suas complicações acarretam alto grau de mortalidade. É uma

síndrome causada pela deficiência relativa ou absoluta de insulina, pois o pâncreas

tem uma alteração na sua função secretora ou uma resistência a ação da insulina

nos tecidos alvo. Sua manifestação é através de hiperglicemia e também com

anormalidades no metabolismo de lipídeos, proteínas e complicações

macrovasculares, microvasculares e neuropáticas. O diagnostico clínico do diabetes

é a partir de sintomas clássicos como polidipsia, polifadiga e emagrecimento. Mas

em muitos casos a suspeita diagnostica parte de queixas inespecíficas feitas pelo

próprio paciente como cansaço, visão turva e parestesias. Outros são totalmente

assintomáticos, tendo o diagnostico somente através de exames de glicemia e

glicosúria, feitos em pessoas com fatores de risco como: idade avançada, histórico

familiar de diabetes, obesidade (geral ou central), sedentarismo, presença de

hipertensão ou dislipidemia e uso crônico de diabetogênicas. (FUCHS;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004)

2.1 Valores de referência

Os valores de glicose plasmática para diagnóstico de diabetes mellitus e

seus estágios pré-clínicos podem ser: glicemia de jejum alterada quando o nível

glicêmico sanguíneo se encontra entre 110 e 126 g/dl e após 2 horas a ingestão de

75g de glicose deve-se estar abaixo de 140 g/dl. A tolerância à glicose diminuída

pode ser observada quando em jejum a glicemia sanguínea esta abaixo de 126 g/dl

e após 2 horas a ingestão de 75g de glicose se encontra entre 140 e 200 g/dl. O

diabetes pode ser diagnosticado quando o nível de glicose sanguínea em jejum

estiver acima de 126 g/dl e após 2 horas a ingestão de 75 g de glicose ou até

mesmo casualmente (com os sintomas clássicos) estiver acima de 200 g/dl. (SILVA,

2006)

Page 21: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

21

Um resumo dos valores de referencia estão presentes na Tabela 2.

Tabela 2 - Valores de referência da glicemia sanguinea.

Categorias Jejum 2h após 75g de

Glicose

Casual

(qualquer hora

do dia)

Normal >70 e <110 <140 (se

realizada)

Glicemia de jejum

alterada

>110 e <126 <140 (se

realizada)

Tolerância à

glicose diminuída

<126 >140 e <200

Diabete >126 >200 >200 (com

sintomas

clássicos)*

*sintomas clássicos são poliúria, polidipsia, perda inexplicada de peso.

Fonte: Farmacologia, Penildon Silva. Adaptado

2.2 Tipos de diabetes

O diabetes tipo 1 e 2 é identificado através de testes, sendo eles: teste de

hemoglobina glicada (AC1): que indica os niveis de açúcar no sangue nos últimos 2-

3 meses. O exame mede a porcentagem de açúcar ligada à hemoglobina. Quanto

maior o nível de açúcar no sangue, maior será a porcentagem de hemoglobina

glicada. Níveis acima de 6.5% em 2 testes distintos indica que o paciente tem

diabetes. E resultados entre 5.4 e 6.5% indicam um estado de pré-diabetes. Faz-se

também o teste de glicemia em jejum: em que amostras de sangue são coletadas e

o nível global de açúcar é medido em mg/dL ou mmol/L. Níveis acima de 126 mg/dL

indicam diabetes. Níveis entre 110 e 125 mg/dL indicam um estado pré-diabético,

sendo que abaixo de 110 mg/dL é considerado normal. Após o diagnóstico, o

paciente deverá passar por exames de sangue periódicos para avaliar a evolução da

doença e eficácia dos tratamentos. Níveis de colesterol também são medidos, bem

Page 22: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

22

como as funções renais e presença de doença celíaca, pressão arterial também são

medidos. E se necessário o médico pode aumentar as doses de insulina (FUCHS;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

A Diabetes mellitus tipo 1, foi conhecida durante muito tempo como diabetes

juvenil, pela incidência ser predominante em jovens; porém pode aparecer em

adultos, especialmente não-obesos. É um distúrbio catabólico em que há ausência

de insulina, glucagon elevado ou há falha de estímulos insulinogênicos nas células

beta do pâncreas. O tratamento não farmacológico é coadjuvante essencial, mas

não suficiente; por isso a adição da insulina exógena (FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004; SILVA, 2006).

A farmacocinética e a experiência clinica são os parâmetros que orientam

para a escolha da insulina. É comum a associação de mais de um tipo, com o intuito

de mimetizar a secreção fisiológica de insulina nos estados basal e pós-prandial. De

acordo com o tipo da preparação, a insulina leva mais, ou menos tempo para ter sua

ação. A insulina cristalina, com a adição de protamina e zinco deram origem à

insulina-protamina-zinco (PZI) e à Neutral Protamine Hagedorn (NPH). A

classificação delas é dada de acordo com o tempo de ação. Assim sendo, conforme

o caso usa-se a insulina cristalina de ação curta, a NPH de ação intermediária e a

PZI de ação longa (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

Os pacientes diagnosticados com diabetes tipo 2 têm resistência à insulina e

o comprometimento com a secreção de insulina. Muitas vezes esses pacientes são

obesos e normalmente adultos, e sua incidência aumenta com a idade. O

tratamento se inicia com medidas não-farmacológicas (alimentação, atividade física).

Quando não se obtém uma resposta satisfatória, são introduzidos então os

antidiabéticos orais e, quando necessário, a insulina. Os antidiabéticos orais

reduzem a incidência de complicação do diabetes tem boa aceitação dos pacientes,

é de fácil prescrição e ainda não causa aumento de peso comparado à insulina. Isso

faz com que esse tipo de medicação seja de primeira escolha em pacientes com o

diabetes tipo 2, que não respondem ao tratamento não-farmacológico. Com a perda

progressiva da função pancreática, que é comum em pacientes com diabetes tipo 2,

o uso de insulina pode passar a ser necessário, para o controle do quadro

metabólico (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

O diabetes na gestação costuma aumentar a necessidade fisiológica de

insulina durante a gravidez, principalmente em função das alterações metabólicas

Page 23: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

23

pela produção dos hormônios placentários e maternos (lactogênio placentário

humano, progesterona, estrógeno). Devido aos riscos de hiperglicemia para o

recém-nascido, é feito um controle metabólico rígido, com glicemias de jejum e pré-

prandiais até 105 mg/dl, e 2 horas pós-prandial até 120mg/dl. De inicio é feito uma

dieta apropriada. Se esta não for suficiente para alcançar os valores pretendidos,

passa a ser usado insulina no tratamento. Vale lembrar que nesse tratamento é

contra indicado os antidiabéticos orais. Em mulheres com diabetes prévio à

gestação, o risco de complicações no decorrer da gravidez é aumentado. Há um

maior risco de má formação na criança, a macrossomia. O número de aplicações de

insulina pode ser aumentado, sendo de 3 a 4 aplicações ao dia e a dosagem pode

variar no decorrer da gravidez. Durante o parto, o controle da glicemia é feito com o

uso de dextrose e insulina. Após a retirada da placenta e do feto, as necessidades

de insulina podem cair rapidamente. No caso de diabetes gestacional, a paciente

pode não precisar do uso de insulina no pós-parto (FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004; SILVA, 2006).

Os medicamentos são classificados de acordo com o mecanismo de ação:

os hipoglicemiantes orais, que estimulam a célula beta ao aumento da insulinemia

(sulfonilurérias, nateglinida, repaglinida); os sensibilizadores de insulina, que tem

ação periférica aumentando a ação insulínica e a captação da glicose pelas células

(metformina e tiazolidinedionas) e os anti-hiperglicêmicos, que tem ação de bloqueio

da absorção intestinal de carboidratos, e assim reduzindo a glicemia (acarbose)

(SILVA, 2006).

2.3 Problemas relacionados aos medicamentos na diabetes

2.3.1 Acidose lática

Acidose lática é o acumulo de acido lático no corpo. A acidemia lática é

causada por situações de hiperprodução ou subutilização do ácido lático. Pode

ocorrer de distúrbios da remoção de ácido lático através de mecanismos de

oxidação ou conversão de glicose, ou porque o organismo necessita regenerar ATP

Page 24: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

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por hipóxia tecidual (ANDRADE; IHARA; TROSTER, 2007).

Deve existir cautela no uso de metformina em pacientes idosos, porque a

idade está muito ligada à redução da função renal e acumulação da droga. Isto pode

resultar em acidose lática, que ocorre em pacientes com distúrbios renais. Com isso,

é sugerido que a dose inicial de metformina para pacientes geriátricos seja reduzida

em 33% comparadas a outros pacientes com diabetes tipo 2 (ANDRADE; IHARA;

TROSTER, 2007).

2.3.2 Cetoacidose diabética (CAD)

Quando há falta de insulina e o corpo não consegue usar a glicose como

fonte de energia, passa a usar os estoques de gordura do corpórea como fonte de

energia, e assim pode haver acumulo de corpos cetônicos, que causam acidez do

estomago, onde essa acidez torna-se desfavorável, pois a maioria das

reações químicas que acontecem em nossas células dependem de uma faixa muito

estreita de pH estomacal. É uma complicação que pode levar o paciente à morte e

tem maior frequência em diabéticos tipo 1. Pode ocorrer pela falta de insulina, em

paciente não-diagnosticado com a doença, por não ocorrer a administração da

mesma ou administrá-la em doses muito baixas. Pode acontecer também em

situações de stresse ou na ação de outros hormônios antagonistas. As reações mais

comuns na CAD são: poliúria, polidpisa, hiperventilação, desidratação, hálito

cetônico e a diminuição no nível de consciência. No tratamento objetiva-se corrigir a

desidratação, acidose e as deficiências de insulina e potássio. A causa dessa

complicação deve ser investigada, dando atenção até mesmo às pequenas

infecções (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

No tratamento deve-se usar insulina regular, aspart ou lispro com doses

correspondentes a 0,1U/kg/hora, usando 10U/hora, até livrar a urina das acetonas,

hidratando o paciente com solução salina, até sua glicemia cair para 250mg/dl. Se a

cetonúria persistir, deve-se acrescentar uma solução glicosada, assim revertendo a

cetose, sem provocar hipoglicemia (SILVA, 2006).

Page 25: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

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2.3.3 Cetose

É um sintoma que precede a CAD, e varia desde a simples presença de

cetonúria associada à hiperglicemia, até um quadro semelhante a CAD, mas sem

tantas mudanças no pH e bicarbonato arteriais. Com uma rápida detecção é possível

prevenir a maioria dos casos de CAD, orientando o paciente a medir a cetonúria com

fitas reagentes caso a glicemia ultrapasse 300mg/dl e em casos de estresse agudo

ou se sentir náuseas e vômitos. Em caso de o paciente apresentar cetonúria positiva

com hiperglicemia, deve-se iniciar o tratamento imediato, para evitar uma evolução

para cetoacidose (FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

2.3.4 Sindrome hiperosmolar não-cetótica

Essa síndrome ocorre em pacientes com a diabetes tipo 2, tem um maior

risco de morte do que a cetoacidose. Em sua ação causa hiperglicemia acentuada,

cetose ausente ou discreta, hiperosmolaridade sérica e desidratação profunda

gravidade do distúrbio e sim da doença que está causando o mesmo. Níveis

elevados de acidemia provocam efeitos sobre as células, podendo levar á morte,

sendo assim o organismo tem diversas linhas de defesa contra as sobrecargas

ácidas, como tamponamento extracelular por bicarbonato, tamponamento

respiratório pela excreção de CO2 e o tamponamento ósseo e intracelular. Essas

respostas fisiológicas do corpo têm como objetivo manter os pH no meio interno,

com níveis compatíveis com o funcionamento celular. Quando o corpo não consegue

tamponar a sobrecarga de ácidos, pode ser necessário o uso farmacológico de

agentes alcalinizantes (ROCHA, 2012).

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3 EFEITOS ADVERSOS DE ALGUNS ANTI-HIPERTENSIVOS E

ANTIDIABÉTICOS

Nenhum medicamento tem mais superioridade que o outro para o tratamento

anti-hipertensivo. A hidralazina apresentou alguns desfechos comparados às outras

opções, como: hipotensão materna, partos cesáreos, placenta previa, baixos

escores de Apgar entre outros. Betabloqueadores podem causar doença

broncopulmonar obstrutiva crônica, insuficiência circulatória periférica e distúrbio de

condição atrioventricular. Quando usado em diabéticos do tipo 1, causa

mascaramento da hipoglicemia e bloqueio da glicogenólise. Diuréticos podem

agravar situações de hiperuricemia e espoliam potássio. IECA e ARADOIS podem

danificar a função renal de pacientes com obstrução de artérias renais. Também é

preocupação a freqüência de disfunção sexual (FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004).

No tratamento antidiabético, as sulfonamidas são bem toleradas, tendo o

efeito adverso mais comum a hipoglicemia. O aparecimento deve-se à potência e

duração da ação do agente, onde maior incidência acontece com clorpropamida e

glibenclamida. As sulfoniluréias aumentam o apetite e produzem ganho ponderal,

ocasionando problema para pacientes obesos, podendo acontecer erupções

cutâneas e lesões na medula óssea. Assim como as sulfonamidas, a insulina tem

como efeito adverso mais comum a hipoglicemia, que quando induzida por insulina

pode apresentar hiperglicemia de rebote, devido à liberação de hormônios contra-

reguladores. A hipersensibilidade à insulina humana não é comum, porém pode

acorrer, causando reações locais ou sistêmicas (RANG et al., 2003).

A hipoglicemia é um efeito adverso muito comum em pacientes que fazem

uso se insulinas ou antidiabéticos orais. As manifestações clínicas são secundárias à

ativação simpática, causando tremores, sudorese e inquietude, ou neuroglicopenia

(redução da glicose cerebral, alterações de comportamento, convulsões, e até o

coma). O paciente percebendo sintomas de hipoglicemia, leve ou moderada, deve

então fazer a ingestão de um liquido açucarado ou bombons (glicose de rápida

absorção); se for uma hipoglicemia grave, deve ser tratado com glicose venosa

(SILVA,2006; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

Page 27: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

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4 ALGUNS MEDICAMENTOS UTILIZADOS NO CONTROLE DE HIPERTENSÃO

ARTERIAL E DIABETES

4.1 Medicamentos para hipertensão arterial

4.1.1 Diuréticos

Entre os fármacos conhecidos desta classe podem ser citados:

hidroclorotiazida que tem ação diurética e anti- hipertensiva. Sua ação começa após

2 horas da administração do medicamento por via oral e tem duração de 4 horas. Ele

afeta o mecanismo da reabsorção eletrolítica do túbulo renal, aumentando a

excreção de sódio e cloreto em quantidade aproximadamente equivalente, não

afetando a pressão arterial normal. A hidroclorotiazida é indica pelo seu efeito

diurético, nos seguintes casos: Insuficiência cardíaca congestiva, cirrose hepática,

edema associado com terapia com corticosteróides, edemas relacionados com

disfunções renais como síndrome nefrótica aguda e insuficiência renal crônica. Tem

que ser administrado com cautela em pacientes com doença renal severa, pois os

tiazidicos podem precipitar aparecimento de azotemia (BULA DO

HIDROCLOROTIAZIDA, NEO QUÍMICA).

A furosemida é um diurético do grupo dos saluréticos e tem ações em toda a

região do nefron, com exceção do túbulo distal. Promove um aumento da eliminação

de sódio e água. Quando administrado, cerca de 60% a 70% da droga são

absorvidos. O alimento diminui a velocidade da absorção, mas não altera o afeito do

diurético. Em pacientes com doença renal em fase terminal sua absorção é

diminuída de 43% a 46%; é, provavelmente, reduzida em pacientes com intestino

edematoso causado por insuficiência cardíaca congestiva. Sua ação diurética inicia-

se após 20 a 30 minutos da administração da droga, atingindo seu efeito maximo em

1 a 2 horas. A furosemida atravessa a barreira placentária e é eliminada

principalmente na urina e pela via biliar fecal. Está indicada no tratamento de

edemas devidos a distúrbios cardíacos, hepáticos e renais, insuficiência cardíaca

aguda, especialmente no edema pulmonar, (BULA DO NEOSEMID,NEO QUÍMICA).

Page 28: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

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4.1.2 Antagonistas adrenérgicos

Desta classe podemos citar: atenolol agindo como um beta-bloqueador

seletivo, isto é, age sobre os receptores adrenérgicos-1 do coração. Assim como

outros beta-bloqueadores, possui efeitos inotrópicos negativo e, portanto, deve ser

evitado na insuficiência cardíaca descompensada. O atenolol tem como objetivo o

tratamento da hipertensão arterial. É provável que sua ação na redução da

freqüência cardíaca, faça com que fique eficaz na eliminação ou redução de

sintomas de paciente com angina. O atenolol é bem tolerado na maioria da

população, mas, a possibilidade da sua resposta pode ser menor em pacientes

negros. Não há metabolismo hepático significativo e, 90% da quantidade absorvida

alcançam a circulação sistêmica inalterada. É indicada no controle da hipertensão

arterial, no controle da angina pectoris, controle de arritmias cardíacas e no

tratamento de infarto do miocárdio (BULA DO TELOL, GEOLAB).

A metildopa é um anti hipertensivo capaz de reduzir a pressão arterial tanto

na posição deitada quanto na ereta. Ela não tem efeito direto na função cardíaca e

geralmente não reduz a taxa de filtração glomerular, o fluxo sanguíneos renal ou a

fração de filtração. Em alguns pacientes, a freqüência cardíaca se reduz. Pode ser

útil no controle da pressão arterial elevada e pode ajudar a retardar a progressão da

insuficiência renal e o dano devido à manutenção da pressão sanguínea elevada.

Está indicada para o tratamento da pressão arterial leve, moderada ou grave (BULA

DO METILDOPA, MEDLEY).

O cloridrato de propranolol é um agente bloqueador de receptores beta

adrenérgicos, não seletivo, não possuindo qualquer outra atividade sobre o sistema

nervoso autônomo. O mecanismo de ação do propranolol não está totalmente

elucidado. Entre a ação anti hipertensiva estão à diminuição do débito cardíaco,

inibição da secreção de renina pelos rins e a diminuição do tônus simpáticos

provenientes dos centros vasomotores do cérebro. Está indicado no tratamento de

hipertensão e pode ser usado isoladamente ou em associações com outros agentes

anti hipertensivos, especialmente com uns diuréticos tiazídico. Não está, porém

indicado para as emergências hipertensivas (BULA DO CLORIDRATO DE

PROPRANOLOL, MEDLEY).

Page 29: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

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4.1.3 Bloqueadores do canal de cálcio

Podemos citar os seguintes fármacos desta classe: o nifedipino que é um

éter dimetilico e um ácido derivado da didropiridina que está ligado ao grupo 2-

nitrofenila. É um vaso dilatador periférico. Seu efeito tóxico na angina é resultado de

dois mecanismos, o relaxamento e a prevenção do espasmo arterial coronariano,

melhorando a circulação colateral. Esse medicamento é absorvido rapidamente e

tem alta ligação às proteínas plasmáticas e sua biodisponibilidade aumenta na

insuficiência hepática. Sua ação inicia-se em 20 minutos, atingindo a máxima

concentração plasmática entre uma a duas horas, tendo uma duração no seu

mecanismo de ação de 4 a 8 horas, sendo biotransformado, principalmente, por

oxidação hepática dando três metabolitos inativos. São excretados por via renal e

fecal. Está indicada no tratamento da insuficiência coronariana aguda e crônica

(apenas em pacientes devidamente betas bloqueados), hipertensão arterial

sistêmica (BULA DO NEO FEDIPINO, NEO QUÍMICA).

O besilato de anlodipino atua como inibidor do influxo de cálcio (bloqueador

do canal de cálcio), no bloqueio do canal de cálcio. Isso resulta uma redução na

concentração de cálcio intracelular, dilatação das arteriolas periféricas e dos vasos

cerebrais. Seu mecanismo de ação esta ligado devido ao efeito relaxante direto na

musculatura lisa vascular. Nos casos de hipertensão aguda, o anlodipino não está

relacionado como tratamento, devido ao seu lento início de ação. Mostra-se

adequado em pacientes que está com problemas de asma, diabetes e gota. Indicado

de primeira linha no tratamento de hipertensão arterial como monodroga ou em

associações com outros anti hipertensivos, no tratamento de isquemia miocárdica

(BULA DO TENSALIV, NEO QUÍMICA).

4.1.4 Inibidores da enzima conversora da angiotensina

Desta classe podemos citar: captopril, agindo como um inibidor competitivo

da enzima conversora da angiotensina (IECA). Essa inibição faz com que o captopril

elabore uma inibição da conversão da angiotensina 1 em angiotensina 2, potente

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vasoconstritor, provocando assim uma inibição na secreção de aldosterona. O

captopril quando administrado via oral, é rapidamente absorvido, o pico sanguineo é

atingido em 1 hora; porém, a presença de alimento no trato gastrintestinal reduz a

absorção em cerca de 30% a 40%, sendo indicado, administrar o medicamento 1

hora antes das refeições. Está indicada no tratamento de hipertensão arterial

sistêmica e no tratamento da hipertensão vascular renal. É utilizado após o infarto do

miocárdio em paciente clinicamente estável para melhorar a sobrevida e para

diminuir a incidência de insuficiência cardíaca e infartos recorrentes; porém, ele

retarda a progressão de nefropatia em pacientes portadores de diabetes melitus tipo

1 e 2 (BULA DO CAPOX,GEOLAB).

Enalapril é um derivado de dois aminoácidos, L-alanina e L-prolina. Após

sua administração, é absorvido e hidrolisado e enalaprilato, que é um inibidor da

enzima conversora da angiotensina, não sulfidrilico. Ele tem pouca atividade

farmacologia ate ser hidrolisado. Quando administrado por via oral, tem cerca de

60% de biodisponibilidade, que não são reduzidas pelos alimentos, as

concentrações máximas ocorrem durante 1 hora e quase toda a droga é eliminada

pelos rins. É indicado em todo o grau de hipertensão essencial, todos os graus de

insuficiência cardíaca e também para aumentar a sobre vida e reduzir a

hospitalização por insuficiência cardíaca (BULA DO MALEATO DE ENALAPRIL,

NEO QUÍMICA).

4.1.5 Antagonista do receptor da angiotensina II

Desta classe podemos citar a losartana potássica que age dilatando os

vasos sanguíneos para ajudar o coração a bombear o sangue para todo o corpo

com mais facilidade. Essa ação ajuda a reduzir a pressão alta. Esse medicamento

ajuda também a diminuir o risco de doenças do coração e dos vasos sanguíneos,

como derrame (acidente vascular cerebral). Além de tudo isso esse medicamento

ajuda a proteger os rins se o paciente tiver diabetes tipo 2. A dose recomendada

para ser administrada é de 50mg por dia. Essa dose pode ser aumentada para

100mg uma vez ao dia (BULA DO LOSARTANA POTASSICA, MEDLEY).

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4.1.6 Inibidor plaquetário

Entre os fármacos conhecidos desta classe podemos citar o ácido

acetilsalicílico pertence ao grupo de fármacos antinflamatório não esteróides. Seu

mecanismo de ação está relacionado com a inibição irreversível da enzima

ciclooxigenase. O ácido acetil salicílico também inibe a agregação plaquetária,

bloqueando a síntese do tromboxano A2 nas plaquetas. Está Indicado no tratamento

do alívio sintomático da cefaléia, odontalgia, dor de garganta, mialgia. No resfriado

comum age no alívio assintomático da dor e febre (BULA DO ACIDO ACETIL

SALICÍLICO, SANOFI AVENTIS).

4.2 Medicamentos para diabetes

4.2.1 Sulfoniluréia

Desta classe podemos citar o glibenclamida é um antidiabético oral da

classe dos sulfoniluréias e tem potente ação hipoglicemiante e ótima tolerabilidade.

Ela atua sobre as células betas do pâncreas estimulando a produção de insulina e

normalizando o metabolismo dos carboidratos. A absorção da glibenclamida pode

ser lenta em pacientes hiperglicêmicos e pode ate diferir com o tamanho da partícula

usada na preparação. Seu metabolismo é quase todo no fígado, 50% das doses

excretadas na urina e 50% nas fezes. É utilizado no tratamento oral do diabetes

melito não insulino-dependente (BULA GLICAMIN, GEOLAB).

4.2.2 Biguanidas

Entre os fármacos mais conhecidos podemos citar o cloridrato de

metformina é um anti-diabético de uso oral, que esta indicado pra o tratamento de

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diabetes tipo 2, associado juntamente com uma alimentação balanceada ou até

mesmo com outros antidiabéticos orais como, por exemplo, os da classe

sulfoniluréias, pode também ser usado para o tratamento de diabetes tipo 1, em

complementação com a insulinoterapia (BULA CLORIDRATO DE METFORMINA,

BIOSINTETICA).

4.2.3 Anti- hiperglicemiante

Podemos citar os seguintes fármacos desta classe: Insulina regular que é

indicada no tratamento de diabetes mellitus que começa a reduzir o açúcar do

sangue de 10 a 20 minutos após a administração, atingindo efeito máximo de 1 a 4

horas, tendo duração de 24 horas (BULA DA INSULINA REGULAR, NOVO

NORDISK).

Insulina nph é utilizada no tratamento de diabetes mellitus tipo 1. Agente

antidiabético, usado na diminuição dos níveis de glicose no sangue; ao ser usado

subcutaneamente, apresenta um rápido inicio de ação atingindo seu efeito máximo

entre 1 e 3 horas e com duração de aproximadamente 24horas (BULA DA INSULINA

NPH, NOVO NORDISK).

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5 INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA

Ha grande variedade de fármacos existentes no mercado. Muitos têm

mostrado eficácia quando prescritos isoladamente; outros são prescritos associados

dependendo da necessidade de cada paciente buscando melhorias na ação ou

efeito, complementando a eficácia terapêutica. Tem sido comum a prescrição de

mais de um medicamento, sendo administrados juntos ou seqüencialmente. Com a

incidência de exposições, podem-se observar duas ocasiões: indiferentismo

farmacológico, quando uma substancia associada tem sua ação, sem prejudicar a

outra e, interação farmacológica, quando há interferência de uma substancia em

outra. Se a alteração do efeito for qualitativa, haverá diversidade dos efeitos comuns

do medicamento; se quantitativa, poderá aumentar, diminuir ou cessar o efeito do

fármaco. O aumento e o antagonismo dos efeitos podem ser benéficos, serem

aproveitados nas terapias, ou por outro lado inúteis ou absurdos e prejudiciais. As

interações que trazem benefícios justificam o uso das associações medicamentosas

para que aumente a eficácia ou evite efeitos indesejáveis, havendo um proveito

melhor dos fármacos envolvidos. Em idosos, tem sido comum as interações

adversas, devido a problemas de varias insuficiência fisiológicas, como cardíacas,

renais e outras. A idade prejudica também os processos farmacocinéticos, porque na

maioria das vezes são submetidos à polifarmácia (FUCHS; WANNMACHER;

FERREIRA, 2004).

Existem interações específicas de formas diferentes, como as farmacêuticas,

também conhecidas como incompatibilidade medicamentosa. São aquelas que

acontecem antes da administração dos fármacos, destacando-se a mistura de dois

ou mais medicamentos em seringa que pode causar: alterações organolépticas,

diminuição da atividade, inativação farmacológica, origem a outro composto e

aumento da toxicidade (SILVA, 2006).

Pode ocorrer também interação farmacocinética. Esse tipo de interação

acontece nos processos de absorção, distribuição, biotransformação e excreção. A

absorção pode sofrer varias alterações, como aumento e diminuição, aceleração ou

retardo, formação de complexos não - absorvíveis e competição durante o transporte

intestinal. A distribuição de uma substancia pode ser alterada por outro que afeta o

fluxo sanguíneo ou a afinidade de ligação a proteínas, podendo acontecer uma

Page 34: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

34

competição pelos mesmos sítios de ligação. Enzimas responsáveis pela

biotransformação podem ser induzidas ou inibidas por um fármaco. Na excreção,

pode haver aceleração ou retardo do processo, causadas por alterações de pH

urinário, fluxo plasmático renal e capacidade funcional do rim (FUCHS;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004; RANG et al., 2003).

As interações farmacodinâmicas envolvem o mecanismo de ação que

ocorrem nos sítios de ação dos fármacos, onde são processados os efeitos

desejados. O efeito pode ser alterado devido à ação dos fármacos no mesmo

receptor ou enzima, fazendo com que uma substancia possa estimular a

receptividade celular ou inibir enzimas que o inativa, aumentando assim o efeito do

agonista. A diminuição do efeito pode acontecer devido à competitividade de

mesmos receptores. Interações de efeitos acontecem quando a associação de

fármacos tem efeitos similares ou opostos sobre uma função fisiológica do

organismo, sem que haja interação direta de um sobre o outro. Interações de

sinergismo é uma associação de medicamentos que resulta no efeito maior de que

se usados isoladamente. O sinergismo pode acontecer de forma aditiva que são

medicamentos de mesmo efeito, somação que tem ação de diferentes formas e

potencialização que têm ação em diferentes receptores farmacológicos. O

sinergismo pode trazer tanto efeitos terapêuticos como tóxicos, assim como as

demais interações (SILVA, 2006; FUCHS; WANNMACHER; FERREIRA, 2004;

SECOLI 2001).

As vantagens das sinergias são significativas, destacando-se: aumento de

eficácia terapêutica, redução de efeitos tóxicos, obtenção de maior duração de efeito

pelo impedimento (excreção do fármaco), combinação de latência curta com efeito

prolongada e impedimento ou retardo de emergências de células malignas.

Antagonistas, também são vantajosos quando se devem anular efeitos indesejáveis

de determinado fármaco ou quando se necessita inativar algum composto causador

de intoxicação. As desvantagens podem ser observadas no conjunto de efeitos

indesejáveis, quando os fármacos associados têm o mesmo perfil toxicológico. Por

isso, é necessário atenção com medicamentos de uso simultâneo que tenham

diferentes espectros de feitos adversos. As associações de doses fixas podem

mostrar ainda mais desvantagens, como a dificuldade na descoberta de possíveis

reações adversas e até mesmo nos ajustes de doses individuais. Associações

também não devem ser usadas para a ocultação de falta de diagnostico. É

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indispensável que o medicamento consumido seja específico (FUCHS;

WANNMACHER; FERREIRA, 2004).

5.1 Algumas interações entre os anti- hipertensivos e antidiabéticos

Nos últimos anos tem sido crescente a incidência simultânea de pessoas

com hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus, requerendo uma atenção

maior para possíveis interações entre as duas classes de medicamentos (AMARAL;

PARASSOLO, 2011).

A interação entre captopril/enalapril e furosemida/hidroclorotiazida pode

resultar em hipotensão postural, com possíveis diminuições do efeito da furosemida.

O mecanismo dessa interação seria, possivelmente, a inibição da produção da

angiotensina II exercida pelos IECA (MORENO et al., 2007).

Já na interação entre glibenclamida/insulina/metformina e enalapril/captopril

pode haver aumento do risco de desenvolvimento de hipoglicemia, tendo como

mecanismo a suspeita de que ocorra o aumento temporário da sensibilidade à

insulina devido ao captopril (VOSGERAU, CABRERA, SOUZA 2011).

Na interação entre metformina/glibenclamida/insulia e

hidroclorotiazida/furosemida pode ocorrer diminuição da eficácia da glibenclamida,

continuando mesmo após de muitos dias sem uso de hidroclorotiazida. Também

pode ocorrer hiponatremia (deficiência de sódio no sangue), podendo resultar em

edema cerebral, uma vez que a hidroclorotiazida pode diminuir a sensibilidade à

insulina dos receptores teciduais, diminuindo a secreção de insulina ou aumentando

a perda de potássio, causando hiperglicemia (FORMIGHIERI, 2008).

A interação entre enalapril/captopril e AAS pode resultar na diminuição da

eficácia do captopril. O efeito hipotensor e vasodilatador dos inibidores da enzima

conversora de angiotensina podem ser reduzidos e o mecanismo de interação pode

resultar na inibição da síntese de prostaglandinas (AMARAL; PARASSOLO, 2011).

Propranolol/atenolol e hidroclorotiazida interagem resultando em

hiperglicemia, hipertrigliceridemia, e o mecanismo dessa interação pode se dar por

possível bloqueio das células beta do pâncreas (VOSGERAU, CABRERA, SOUZA

2011).

Page 36: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

36

Propranolol/atenolol e captopril são usados em conjunto na diminuição da

PA e tem como mecanismo de interação a inibição da enzima conversora da

agiotensina I em angiotensina II e bloquear os receptores beta (FORMIGHIERI

2008).

A interação entre metformina e glibenclamida resulta na redução da

glicemia plasmática e da hemoglobina glicada, pois seu mecanismo de interação

permite a capacidade de a insulina exercer seus efeitos adequadamente e combater

a hiperglicemia plasmática (AMARAL; PARASSOLO, 2011).

A interação entre propranolol/atenolol e AAS faz com que as atividades dos

beta-bloqueadores na diminuição da pressão cardíaca e sobre a fração da ejeção do

ventrículo esquerdo possam ser atenuadas por salicilatos e o mecanismo dessa

interação se da pelofato de os salicilatos poderem inibir a biossíntese de

prostaglandinas envolvidas na atividade anti-hipertensiva dos beta-bloqueadores

(FORMIGHIERI 2008).

A interação entre glibenclamida/insulina e AAS pode gerar o risco do

aumento da hipoglicemia e no mecanismo de interação, os salicilatos reduzem a

glicemia e aumentam a secreção de insulina e também a inibição da síntese de

prostaglandinas pode inibir de forma aguda a resposta da insulina à glicose

(AMARAL; PARASSOLO, 2011).

A interação insulina/glibenclamida/metformina e propranolol/atenolol pode

resultar em hipoglicemia, hiperglicemia e hipertensão, que tem como mecanismo

bloqueio de células beta, causando acumulo de insulina exógena (VOSGERAU,

CABRERA, SOUZA 2011).

A interação entre metformina e insulina pode reduzir a hiperglicemia

plasmática, tendo como mecanismo de interação a complementação da insulina

exógena à falta do agente hipoglicemiante, impedindo a resistência à ação do

agente (FORMIGHIERI 2008).

Na interação hidroclorotiazida e AAS podem ocorrer a dimuniução da ação

anti-hipertensiva, onde no mecanismo de interação os salicilatos inibem a síntese de

prostaglandinas, podendo diminuir o efeito anti-hipertensivo dos diuréticos

(AMARAL; PARASSOLO, 2011).

A interação entre lozartan e hidroclorotiazida resulta na diminuição da PA e o

mecanismo de interação se da pela inibição dos receptores da angiotensina,

impedindo a vasoconstrição e a diminuição dos níveis de sódio, vasodilatação e

Page 37: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

37

aumento da síntese das prostaglandinas (MORENO et al., 2007).

A interação anlodipino e atenolol pode causar hipotensão e/ou bradicardia,

podendo ser potencializados os efeitos farmacológicos de ambos; no mecanismo de

ação pode haver possibilidade de sinergismo ou adição de efeitos (AMARAL;

PARASSOLO, 2011).

A interação anlodipino e hidroclorotiazida resulta na diminuição da PA; tem

como mecanismo de interação a inibição da entrada de cálcio através da membrana

celular, induzindo o relaxamento do músculo liso vascular e vasodilatação

(MORENO et al., 2007).

A interação entre captopril e nifedipino resulta na diminuição da PA; no

mecanismo da interação são causadores de sinergismo ou adição dos efeitos

(FORMIGHIERI, 2008).

Na interação metildopa e propranolol pode ocorrer exagerada resposta

hipertensiva, taquicardias ou arritmias durante estresse fisiológico, e o mecanismo

dessa interação é o antagonismo paradoxal de efeitos hipotensivos (MORENO et al.,

2007).

A interação de nifedipino e propranolol podem ocasionar hipotensão e/ou

bradicardia, podendo ser potencializados os efeitos farmacológicos de ambos, tendo

como mecanismo de interação a possibilidade de sinergismo ou adição de efeitos.

Podemos visualizar as possíveis interações na tabela abaixo (FORMIGHIERI, 2008).

A Tabela 3 mostra um resumo das possíveis interações.

Page 38: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

38

Tabela 3 – Algumas interações entre anti-hipertensivos e antidiabéticos

Medicamentos Interação Medicamentosa Relevância Clinica

Captopril, enalapril Furosemida, hidroclorotiazida Redução da PA

Glibenclamida, insulina, metformina

Enalapril, captopril Potencialização do efeito

hipoglicemiante

Metformina, glibenclamida, insulina

Hidroclorotiazida, furosemida Redução do efeito

hipoglicemiante

Enalapril, captopril AAS Redução do efeito anti

hipertensivo

Propranolol, atenolol Hidroclorotiazida Pode causar hiperglicemia

Propranolol, atenolol Captopril Redução da PA

Metformina Glibenclamida Redução da glicemia

Propranolol, atenolol AAS Redução do efeito hipotensivo em

altas doses

Glibenclamida, insulina AAS Pode ocorrer hipoglicemia

Insulina, glibenclamida, metformina

Propranolol, atenolol O propranolol inibe a resposta em

hipoglicemia

Metformina Insulina Redução da glicemia

Hidroclorotiazida AAS Pode reduzir o efeito anti

hipertensivo

Lozartan Hidroclorotiazida Redução da PA

Anlodipino Atenolol Redução da PA

Anlodipino Hidroclorotiazida Redução da PA

Captopril Nifedipino Redução da PA

Metildopa Propranolol Aumento da PA

Nifedipino Propranolol Redução severa da PA

Fonte: Possíveis interações medicamentosas entre os anti-hipertensivos e antidiabéticos em

participantes do grupo HIPERDIA de Parobé, RS. Adaptado

Page 39: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

39

6 O MUNICÍPIO DE POPULINA-SP

A cidade recebeu o nome de Populina, sendo o sentido real da palavra

reunião de povos. Há 4.223 habitantes em Populina e contém uma área de 316km2

e com uma renda de R$ 10.630.737,00, segundo o Censo 2010. A primeira família a

chegar foi a do Sr. Antônio Alves de Oliveira em 1.915 e em seguida a do Sr. Jonas

Gonçalves de Menezes. A vila foi se desenvolvendo passando a ser Distrito de Paz

de Populina, criada no Município de Estrela D’ Oeste. Populina tornou se município

pela Lei n° 5.285, de 18/02/1959, instalado em 01/01/60 (IBGECIDADES, 2010).

Page 40: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

40

7 OBJETIVOS

7.1 Objetivo Geral:

Realizar um levantamento dos pacientes hipertensos/diabéticos, tratamentos

e medicamentos disponíveis na UBS de Populina-SP para as respectivas patologias.

7.2 Objetivos específicos:

• Verificar possíveis interações entre medicamentos utilizados nos

tratamentos

• Efetividade dos tratamentos feito pelos pacientes.

• Verificar racionalidade nas associações medicamentosas utilizadas.

Page 41: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

41

8 MATERIAIS E MÉTODOS

Coleta de informações sobre pacientes hipertensos e diabéticos usuários da

rede publica da cidade de Populina-SP.

Dentre as informações coletadas estão:

Medicamentos utilizados nos tratamentos

Sexo e idade dos pacientes

Valores pressóricos e glicêmicos

Foram utilizados dados de cinqüenta pacientes, sendo estes todos,

existentes e atendidos pela UBS de Populina-SP

A pesquisa foi realizada na data 04 de outubro de 2012

As informações estavam presentes nos prontuários dos pacientes da UBS de

Populina-SP que foram liberados mediante contato com funcionários da rede

publica.

Page 42: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

42

9 RESULTADOS E DISCUSSÃO

9.1 Tratamentos dos pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de Populina-SP

Tabela 4 - Pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de Populina-SP

QUANTIDADE - JOVENS

QUANTIDADE - ADULTOS

QUANTIDADE - IDOSOS

HIPERTENSÃO DIABETES TRATAMENTO

0

1

0

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 1

INIBIDOR PLAQUETARIO; DIURETICOS;

ARADOIS; ANTAGONISTA ADRENERGICO;

SENSIBILIZADOR DA INSULINA,

HIPOGLICEMIANTE; ANTI-

HIPERGLICEMIANTE

0

0

1

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 1

ANTI-HIPERGLICEMIANTE; HIPOGLICEMIANTE; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA; DIURÉTICO; INIBIDOR

PLAQUETÁRIO

0

0

1

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 1

ANTI-HIPERGLICEMIANTE;

DIURÉTICO; HIPOGLICEMIANTE; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA

0

1

1

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2

HIPOGLICEMIANTE; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA; ANTAGONISTA ADRENÉRGICO;

DIURÉTICO; IECA

0

0

1

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2

IECA; BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO;

HIPOGLICEMIANTE; DIURÉTICO;

SENSIBILIZADOR DA INSULINA

0

1

2

SISTOLICA ISOLADA

TIPO 2

HIPOGLICEMIANTE; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA; DIURÉTICO; ANTAGONISTA ADRENÉRGICO

Page 43: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

43

9.1 Tratamentos dos pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de Populina-SP

(CONTINUAÇÃO)

0

0

1

SISTOLICA ISOLADA

TIPO 2

ARADOIS; ANTAGONISTA ADRENÉRGICO;

DIURÉTICO; INIBIDOR PLAQUETÁRIO;

HIPOGLICEMIANTE

0

1

1

SISTOLICA ISOLADA

TIPO 2

IECA; ANTAGONISTA ADRENÉRGICO;

DIURÉTICO; HIPOGLICEMIANTE

0

0

1

SISTOLICA ISOLADA

TIPO 2

ANTI-ARRITMICO; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA

0

0

2

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2

ANTAGONISTA ADRENÉRGICO; ANTI-

ARRITMICO; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA; DIURÉTICO

0

0

1

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2

ARADOIS; DIURÉTICO; HIPOGLICEMIANTE; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA;

0 1 1 SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2 HIPOGLICEMIANTE; DIURÉTICO; IECA;

0

0

2

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2

IECA; HIPOGLICEMIANTE;

DIURÉTICO; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA;

0 1 1 SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2 DIURÉTICO; ANTAGONISTA ADRENÉRGICO;

HIPOGLICEMIANTE;

0 1 2 SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2 DIURÉTICO; IECA; SENSIBILIZADOR DE

INSULINA;

0

1

1

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2

ARADOIS; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA; ANTAGONISTA

ADRENÉRGICO;

0 1 0 SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2 IECA; HIPOGLICEMIANTE;

0

0

1

SISTÓLICA ISOLADA

TIPO 2

DIURÉTICO; IECA; INIBIDOR

PLAQUETÁRIO; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA;

0

1

1

LEVE

TIPO 1

DIURÉTICO; BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO; HIPOGLICEMIANTE;

ANTI-HIPERGLICEMIANTE

0

1

2

LEVE

TIPO 1

DIURÉTICO; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA; IECA; ANTAGONISTA

ADRENÉRGICO; ANTI-HIPERGLICEMIANTE

Page 44: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

44

9.1 Tratamentos dos pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de Populina-SP

(CONCLUSÃO)

0

1

1

LEVE

TIPO 1

ARADOIS; DIURÉTICO; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA; ANTI-HIPERGLICEMIANTE;

0

1

1

LEVE

TIPO 1

IECA; DIURÉTICO; HIPOGLICEMIANTE;

INIBIDOR PLAQUETÁRIO; ANTI-HIPERGLICEMIANTE;

0

0

1

LEVE

TIPO 2

BLOQUEADOR ADRENÉRGICO;

SENSIBILIZADOR DA INSULINA;

HIPOGLICEMIANTE

0

1

2

LEVE

TIPO 2

DIURÉTICOS; HIPOGLICEMIANTE; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA

0 0 2 LEVE TIPO 2 HIPOGLICEMIANTE; DIURÉTICO; ARADOIS;

0

1

1

LEVE

TIPO 2

DIURÉTICO; IECA; BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO; HIPOGLICEMIANTE;

0 1 0 LEVE TIPO 2 SENSIBILIZADOR DA INSULINA; ARADOIS;

DIURÉTICO;

0

0

2

LEVE

TIPO 2

HIPOGLICEMIANTE; DIURÉTICO; INIBIDOR

PLAQUETÁRIO; SENSIBILIZADOR DA

INSULINA;

0

1

0

SEVERA

TIPO 2

ARADOIS; INIBIDOR PLAQUETÁRIO;

BLOQUEADOR DO CANAL DE CÁLCIO;

SENSI. DE INSULINA;

Fonte: Elaboração própria

Page 45: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

45

9.2 Medicamentos utilizados na hipertensão sistólica isolada

Figura 1 - Medicamentos utilizados na hipertensão sistólica isolada

Fonte: Elaboração própria

Na Figura 1 observa-se a representação dos medicamentos utilizados na

hipertensão sistólica isolada.

Nesse tipo de hipertensão é indicado o tratamento com diuréticos e

Bloqueadores do canal de cálcio. Contudo a segunda classe citada não esta sendo

utilizada na maioria dos tratamentos, comprovando que existem falhas nas terapias

destes hipertensos (GUS, 2009)

Page 46: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

46

9.3 Medicamentos utilizados na hipertensão leve

Figura 2 - Medicamentos utilizados na hipertensão leve

Fonte: Elaboração própria

Os resultados representados na Figura 2 mostram as classes de

medicamentos utilizados pelos pacientes com hipertensão leve na cidade de

Populina. Temos como destaque a classe dos diuréticos, sendo usado por 95% dos

pacientes e também os IECA’s ,com uso de 35 % dos pacientes.

Considerando o tratamento com o uso de Diuréticos e IECA os mais

indicados para este tipo de hipertensão, pode-se verificar que grande parte dos

tratamentos estão sendo eficazes (SANTELLO; MION, 1998).

Page 47: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

47

9.4 Medicamentos utilizados nas diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2

Figura 3 - Medicamentos utilizados na diabetes Figura 4 - Medicamentos utilizados na diabetes

mellitus tipo 1 mellitus tipo 2

Fonte: Elaboração própria Fonte: Elaboração própria

É possível observar nas Figuras 3 e 4 a relação dos pacientes com diabetes

do tipo 1 e 2, que ambos fazem uso de anti-diabéticos orais, porém o que os

diferenciam, é o uso de insulina por todos os diabéticos do tipo 1.

Page 48: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

48

9.5 Tipos de hipertensão apresentada

Figura 5 - Tipos de hipertensão apresentada

Fonte: Elaboração própria

A Figura 5 mostra os tipos de hipertensão, onde a hipertensão sistólica

isolada destacou- se entre as demais.

Provavelmente fatores que contribuíram foram raça, idade, sexo, presença

de proteinúria maciça, tempo de evolução e o aumento do índice de massa corpórea

do diabete mellitus, sendo determinantes na elevação da pressão arterial,

particularmente a pressão sistólica nos pacientes diabéticos (CRUZERA; UTIMURA;

ZATZ, 1998)

Page 49: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

49

9.6 Tipos de diabetes apresentada

Figura 6 – Tipos de diabetes apresentada

Fonte: Elaboração própria

A Figura 6 é uma comparação entre diabéticos insulinodependentes e

diabéticos do tipo 2, nota- se superioridade três vezes maior de diabéticos não

insulinodependentes em relação aos diabéticos de tipo 1.

Page 50: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

50

9.7 Interações medicamentosas

Tabela 5 – Interações medicamentosas

Medicamentos Interação

Acido Acetilsalicilico + Captopril Acido Acetilsalicilico + Bloqueador beta-Adrenérgico Acido Acetilsalicilico + Diureticos

Redução dos efeitos anti hipertensivos em pacientes com déficit de renina Redução do efeito anti hipertensivo, esse efeito é observado com doses superiores a 2 mg por dia Reduz o efeito natriurético da espironolactona e também reduz o efeito diurético da furosemida

Amiodarona + Bloqueadores Beta-Adrenérgicos Amiodarona + Diuréticos Tiazidicos Amiodarona + Propranolol

Fibrilação Ventricular. Assistolia Redução do efeito do antiarrítmico. Risco de intoxicação. (a hipocalemia causada pelo diurético é responsável pela exacerbação dos efeitos dos antiarrítmicos) Fibrilação ventricular. Assistolia

Captopril + Diureticos poupadores de potássio Captopril + Diuréticos tiazidicos Captopril + Hipoglicemiantes Orais Captopril + Insulina

Risco de hipercalemia, especialmente em pacientes com insuficiência renal, aumento do efeito anti-hipertensivo Aumento do risco de lesão renal. Aumento do efeito anti-hipertensivo Causa Hipoglicemia. Captopril aumenta a sensibilidade a insulina Aumenta a sensibilidade a insulina

Enalapril + Acido acetilsalicílico Enalapril + Diuréticos Enalapril + diuréticos poupadores de potássio Enalapril + fármacos hipotensores Enalapril +Hipoglicemiantes

Redução do efeito anti hipertensivos em pacientes com déficit de renina Potencialização do efeito hipotensor. Risco de insuficiência renal e hipotensão severa em pacientes com grande perda de liquido ou hiponatremia Risco de hipocalemia Potencialização do efeito hipotensor Risco de hipoglicemia

Espironolactona + Anti-hipertensivo Espironolactona + IECA Espironolactona + diuréticos tiazidicos Espironolactona + diuréticos tiazidicos

Potencial ação do efeito hipotensor Risco de hipercalemia Compensação dos níveis séricos de potássio Compensação dos níveis séricos de potássio

Page 51: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

51

9.7 Interações medicamentosas

(Conclusão)

Furosemida + Anti-hipertensivo Furosemida + Bloqueador beta-adrenergico Furosemida + Diuréticos perdedores de potássio Furosemida + Diuréticos poupadores de potássio Furosemida + Derivados das sulfoniluréias Furosemida + Insulina Furosemida + Propranolol

Potencialização do efeito hipotensor, risco de hipotensão ortostática Potencializa o efeito dos beta bloqueadores Aumento do efeito diurético, risco de hipocalemia Aumento do efeito diurético, compensação da perda de potássio causado pela furosemida Redução do efeito hipoglicemiante Redução do efeito hipoglicemiante Potencialização do bloqueio exercido pelo propranolol

Nifedipino + Anti-hipertensivos Nifedipino + Bloqueador beta adrenérgicos Nifedipino + hipoglicemiantes orais Nifedipino + Insulina

Iniciar tratamento com doses baixas de nifedipino, risco de hipertensão severa Potencialização do efeito anti-hipertensivo, em raras ocasiões pode sofrer insuficiência cardíaca congestiva Redução do efeito hipoglicemiante Redução do efeito hipoglicemiante

Metformina + Diuréticos Acidose lática

Metildopa + Bloqueadores Alfa- Adrenérgicos Metildopa + Bloqueadores Beta- Adrenérgicos Metildopa +Diuréticos Metildopa + Hipoglicemiantes Orais Metildopa + Nifedipino

Possível incontinência urinária Hipertensão Potencialização do efeito hipotensor (Efeito hipotensor aditivo) Potencialização do Efeito hipoglicemiante Risco de Hipotensão grave

Atenolol Não Possui interação medicamentosa com anti-hipertensivos e anti-diabeticos

Losartana Não Possui interação medicamentosa com anti-hipertensivos e anti-diabeticos

Hidroclorotiazida Não Possui interação medicamentosa com anti-hipertensivos e anti-diabeticos

Glibenclamida Não Possui interação medicamentosa com anti-hipertensivos e anti-diabeticos

Fonte: Elaboração própria Informações disponíveis em P.R. Vade-mécum

Page 52: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

52

Foi possível observar na pesquisa a incidência de interações

medicamentosas positivas e interações cuja combinação resultasse em efeitos

maléficos para terapêutica, sendo algumas delas:

A seguir algumas interações positivas: Espironolactona associado a

diuréticos tiazidicos proporciona compensação dos níveis séricos de potássio;

furosemida com propranolol provoca potencialização do bloqueio exercido pelo

propranolol; furosemida usado com diuréticos poupadores de potássio causa

aumento do efeito diurético, compensação da perda de potássio causado pela

furosemida. Algumas interações negativas: metformina com diuréticos causa acidose

lática; enalapril associado a diuréticos provoca potencialização do efeito hipotensor e

risco de insuficiência renal e hipotensão severa em pacientes com grande perda de

liquido ou hiponatremia; metildopa utilizado com nifedipino proporciona risco de

hipotensão grave.

Page 53: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

53

10 CONCLUSÃO

Ficou comprovada, através dos resultados obtidos na cidade de Populina, a

existência de muitos pacientes hipertensos/diabéticos, e de diferentes tratamentos

para estes.

Em quase todos os tratamentos a classe de Diuréticos esteve presente,

sendo muitas vezes utilizado em associação com outros fármacos, com o intuito de

otimizar a ação anti-hipertensiva.

Foi possível observar que a UBS da cidade possui uma boa variedade de

medicamentos, sendo estes, suficientes para controlar as patologias. Possui também

uma ótima estrutura para atender seus pacientes, sendo realizadas semanalmente

reuniões entre diabéticos e hipertensos, para que estes obtenham informações e

esclareçam duvidas.

Pode- se observar muitas interações medicamentosas, sendo algumas

positivas, e outras negativas, podendo causar uma piora na qualidade de vida do

paciente.

Houve incidente utilização de inibidor plaquetário em tratamentos com mais

de dois anti- diabéticos.

Observou- se, número maior de pacientes com hipertensão sistólica isolada

e diabetes mellitus tipo 2, sendo esses idosos e adultos, não havendo presença de

jovens com hipertensão e diabetes.

Page 54: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

54

11 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo da população hipertensa diabética do município de Populina teve

como finalidade fazer um levantamento da quantidade de pacientes, os tratamentos

atribuídos estes, realização de pesquisas com ênfase em interações

medicamentosas que são de grande relevância considerando os medicamentos

destinados às duas patologias.

Nota-se que muitos pacientes podem ser prejudicados em função dessas

interações, sendo de extrema importância que os médicos da UBS considerem-nas

para melhor eficácia da terapêutica, realizar também sempre revisões nos

tratamentos para ver se há necessidade de troca ou inclusão de novos fármacos.

O trabalho teve seu objetivo alcançado ao se observar através de pesquisa e

evidências clinica a confirmação das hipóteses onde poderia haver tratamentos

eficientes e outros consideravelmente prejudiciais. Houve racionalidade nas

associações medicamentosas utilizadas.

Page 55: Perfil medicamentoso de pacientes hipertensos e diabéticos na cidade de populina sp

55

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