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Perfil Nacionalda Gestão
de SubstânciasQuímicas
2003
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e Sustancias Quím
icas
Brasil
República Federativa do Brasil
PresidenteLuiz Inácio Lula da Silva
Vice-presidenteJosé Alencar Gomes da Silva
Ministério do Meio Ambiente
MinistraMarina Silva
Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos
SecretáriaMarijane Lisboa
Comissão Nacional de Segurança Química - CONASQ
Presidência e Secretaria Executiva:
Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Qualidade
Ambiental nos Assentamentos Humanos – SQA/MMA
Vice-Presidência:
Ministério da Saúde – MS
Membros:
• Ministério do Meio Ambiente – MMA
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis – IBAMA
• Ministério da Saúde – MS
• Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS/MS
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
• Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
• Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento – MAPA
• Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT
• Ministério da Integração Nacional – MI
• Ministério de Minas e Energia – MME
• Ministério das Relações Exteriores – MRE
• Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior – MDIC
• Ministério do Trabalho e Emprego – MTE
• Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO
• Ministério dos Transportes – MT
• Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT
• Associação Brasileira das Entidades Estaduais de
Meio Ambiente – ABEMA
• Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM
• Central Única dos Trabalhadores – CUT
• Confederação Nacional dos Químicos – CNQ/CUT
• Fórum Brasileiro de Organizações Não
Governamentais e Movimentos Sociais para o Meio
Ambiente e o Desenvolvimento – FBOMS
• Universidade de Brasília – UnB
• Universidade de São Paulo – USP
• Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS
Equipe Técnica
Ministério do Meio Ambiente
Secretaria de Qualidade Ambiental nos
Assentamentos Humanos
Assessora Especial
Marília Marreco Cerqueira
Gerente do Projeto de Redução de Riscos
Ambientais
Marisa Zerbetto
Coordenador
Sérgio Grein Teixeira
Consultores
Gilson da Silva Spanemberg
Maria Angélica Garcia
Sérgia de Souza Oliveira
Colaboradores
André Luiz Dutra Fenner
Kênia Godoy
Instituições Executoras
Ministério do Meio Ambiente – MMA
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS
Projeto Gráfico e Diagramação
TDA Desenho & Arte
Créditos fotográficos
Capa: Armando Waak, Eraldo Peres, Guilherme
Lessa, Haroldo Palo Júnior, AGB International,
Eraldo Peres, Haroldo Palo Júnior, Keystone.
Perfil nacional da gestão de substâncias químicas
/ Brasília: MMA, 2003.
280p.
1. Substâncias químicas – Meio Ambiente.
2. Substâncias químicas – Gestão I. Brasil.
Ministério do Meio Ambiente.
CDU 54-4
ISBN 85-87166-56-5
Ministério do Meio Ambiente – MMA
Centro de Informação, Documentação Ambiental e
Editoração Luís Eduardo Magalhães – CID Ambiental
Esplanada dos Ministérios – Bloco B – térreo
CEP 70068-900 Brasília-DF
Tel.: 55 61 317 1235
Fax: 55 61 224 5222
E-mail: [email protected]
Capítulo 1. Marco de Informação Nacional Tabela 1.1 Panorama do Setor Industrial e do Setor Agropecuário (1999), 39 Tabela 1.2 Condição do Produtor (1996), 40 Tabela 1.3 Atividade Econômica (1996), 40 Tabela 1.4 Utilização das Terras (1996), 41 Tabela 1.5 Detalhamento da Produção Agrícola por Região (1999), 41 Tabela 1.6 Detalhamento da Produção Industrial por Região (1999), 42 Tabela 1.7 Indústria – Distribuição Setorial (1999), 43
Capítulo 2. Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas Tabela 2.1 Denominações das Substâncias Selecionadas, de Acordo com a
CNAE, 47 Tabela 2.2 Capítulos da Tarifa Externa Comum (TEC) Relacionados ao Perfil
Nacional, 50 Tabela 2.3 Produção da Indústria de Álcalis e Cloro Derivados, 53 Tabela 2.4 Produção e Importação Nacional de Fertilizantes, 58 Tabela 2.5 Produção de Gases Industriais (1999 e 2000), 60 Tabela 2.6 Produção de Produtos Petroquímicos Básicos (1999 e 2000), 63 Tabela 2.7 Importação de Petroquímicos Básicos (1998 a 2001) , 64 Tabela 2.8 Exportação de Petroquímicos Básicos (1998 a 2001), 64 Tabela 2.9 Produção de Intermediários de Resinas e Fibras (1999 e 2000), 66 Tabela 2.10 Importação de Intermediários de Resinas e Fibras (1998 a 2001), 66 Tabela 2.11 Exportação de Intermediários de Resinas e Fibras (1998 a 2001), 67 Tabela 2.12 Produção, Exportação e Importação de Farmoquímicos (1998 a 2001), 68 Tabela 2.13 Principais Produtos Farmoquímicos Importados, 69 Tabela 2.14 Principais Produtos Farmoquímicos Exportados, 70 Tabela 2.15 Dez Agrotóxicos com Maior Volume de Consumo (2000), 71
Lista de Tabelas
Tabela 2.16 Agrotóxicos com Cinco Maiores Volumes de Consumo, por Classe de Uso (2000), 71
Tabela 2.17 Vendas de Agrotóxicos no Brasil 1999 a 2001 (Valor US$ 1.000), 72 Tabela 2.18 Vendas e Uso de Agrotóxicos por Estado (1999 a 2001), 73 Tabela 2.19 Importação de Agrotóxicos , 74 Tabela 2.20 Exportação de Agrotóxicos (1998 a 2001), 75 Tabela 2.21 Importação e Exportação de Fungicidas, 77 Tabela 2.22 Importação e Exportação de Herbicidas, 78 Tabela 2.24 Importação e Exportação de Inseticidas, 82 Tabela 2.25 Produção de Tintas e Vernizes (1999 e 2000), 83 Tabela 2.26 Balança Comercial Total – Indústria de Tintas e Vernizes, 86 Tabela 2.27 Fabricação de Tintas de Impressão (1999 e 2000), 87 Tabela 2.28 Fabricação de Impermeabilizantes, Solventes e Produtos Afins (1999 e
2000), 88 Tabela 2.29 Importação de Catalisadores (1998 a 2001), 89 Tabela 2.30 Exportação de Catalisadores (1998 a 2001), 89 Tabela 2.31 Produção de Aditivos (1999 e 2000), 92 Tabela 2.32 Importação de Chumbo (1998 a 2001), 94 Tabela 2.33 Exportação de Chumbo (1998 a 2001), 95 Tabela 2.34 Importação de Cromo (1998 a 2001), 97 Tabela 2.35 Exportação de Cromo (1998 a 2001), 98 Tabela 2.36 Importação de Cádmio (1998 a 2001), 99 Tabela 2.37 Importação de Mercúrio (1998 a 2001), 100 Tabela 2.38 Importação de Arsênio (1998 a 2001), 100 Tabela 2.39 Importação de Amianto (1998 a 2001), 102 Tabela 2.40 Exportação de Amianto (1998 a 2001), 102 Tabela 2.41 Embalagens de Agrotóxicos (1987 a 1997 – unidades), 104 Tabela 2.42 Resíduos Químicos da Unicamp – Totalização Anual, 105 Tabela 2.43 Importação de Resíduos (1998 a 2001), 106 Tabela 2.44 Exportação de Resíduos (1998 a 2001), 107
Capítulo 3. Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Co-mércio e Uso de Substâncias Químicas Tabela 3.1 Número de Plantas Químicas por Unidade da Federação, 110 Tabela 3.2 Substâncias Prioritárias por Setor Analisado, 111 Tabela 3.3 Produção Química em Larga Escala (1999), 113 Tabela 3.4 Relato de Alguns Acidentes com Substâncias Químicas, 116 Tabela 3.5 Acidentes Ambientais Industriais no Estado de São Paulo (1997 a
2002), 117 Tabela 3.6 Casos de Contaminação Ambiental por Substâncias Químicas (1992 a
2002), 122 Tabela 3.7 Importação de Produtos Químicos em Larga Escala (1999), 125 Tabela 3.8 Produtos com Maior Valor de Importação e de Exportação (2001), 126 Tabela 3.9 Intoxicação Humana por Agentes Tóxicos (Brasil, 2001), 129
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas
Capítulo 4. Legislação Federal Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas, 135
Capítulo 5. Ministérios, Comissões Interministeriais e Outras Institui-ções que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas Tabela 5.1 Responsabilidades de Instituições Oficiais Brasileiras na Gestão de
Substâncias Químicas, 169 Tabela 5.2 Comissões Interministeriais Relacionadas à Gestão de Substâncias
Químicas, 174
Capítulo 6. Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interes-se Público e de Pesquisa Tabela 6.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial, 182 Tabela 6.2 Grupos Relevantes de Interesse Público, 188 Tabela 6.3 Resumo da Disponibilidade de Conhecimento Especializado Fora do
Governo, 193
Capítulo 7. Uso e Acesso aos Dados Tabela 7.1 Disponibilidade das Informações, 198 Tabela 7.2 Localização da Informação Nacional, 199 Tabela 7.3 Disponibilidade de Literatura Internacional, 202 Tabela 7.4 Disponibilidade de Bases de Dados Internacionais, 204
Capítulo 8. Infra-Estrutura Técnica Tabela 8.1 Laboratórios Credenciados pelo Inmetro e Cadastrados pelo
IBAMA, 212 Tabela 8.2 Laboratórios de Análise de Resíduos de Agrotóxicos Credenciados pelo
MAPA, 215 Tabela 8.3 Laboratórios Certificados para Análise de Substâncias Químicas pelo
Ministério da Saúde (MS)/INMETRO, 218
Capítulo 9. O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química Tabela 9.1 Participação em Organismos, Programas e Instituições
Internacionais, 222 Tabela 9.2 Participação em Atos Internacionais, 226 Tabela 9.3 Participação como Receptor em Projeto Relevante de Assistência
Técnica, 233
Capítulo 10. Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público Tabela 10.1 Material Didático Destinado ao Público e ao Trabalhador, 242 Tabela 10.2 Informação Eletrônica, 251
Lista de Tabelas
Capítulo 2. Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas Gráfico 2.1 Produção da Indústria de Álcalis e Cloro Derivados, 53 Gráfico 2.2 Produção, Importação e Exportação de Soda Líquida, 54 Gráfico 2.3 Valor da Produção e Vendas de Intermediários para Fertilizantes (1999 e
2000), 55 Gráfico 2.4 Importação de Intermediários de Fertilizantes (1998 a 2001), 56 Gráfico 2.5 Exportação de Intermediários de Fertilizantes (1998 a 2001), 56 Gráfico 2.6 Valor da Produção e Vendas de Fertilizantes Nitrogenados, Fosfatados e
Potássicos (1999 e 2000), 57 Gráfico 2.7 Produção e Importação Nacional de Fertilizantes, 58 Gráfico 2.8 Fertilizante entregue ao Consumidor Final (2000), 59 Gráfico 2.9 Quantidade Comercializada de Fertilizantes, por Área Plantada (1992 a
2000), 59 Gráfico 2.10 Produção e Vendas de Gases Industriais (1999 e 2000), 60 Gráfico 2.11 Produção de Gases Industriais (1999 e 2000), 61 Gráfico 2.12 Importação de Gases Industriais (1998 a 2001), 62 Gráfico 2.13 Exportação de Gases Industriais (1998 a 2001), 62 Gráfico 2.14 Valor da Produção e Vendas de Petroquímicos Básicos (1999 e 2000), 63 Gráfico 2.15 Valor da Produção e Vendas de Resinas e Fibras, 65 Gráfico 2.16 Valor da Produção e Vendas de Farmoquímicos, 68 Gráfico 2.17 Produção, Importação e Exportação de Farmoquímicos (1998 a 2001), 69 Gráfico 2.18 Vendas de Agrotóxicos no Brasil (1999 a 2001), 72 Gráfico 2.19 Uso de Agrotóxicos (Kg/ha) e Área Plantada (ha), 73 Gráfico 2.20 Agrotóxicos Comercializados, por Classe Toxicológica, 74 Gráfico 2.21 Importações de Agrotóxicos (1998 a 2001), 75
Lista de Gráficos
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas
Gráfico 2.22 Exportação de Agrotóxicos (1998 a 2001), 76 Gráfico 2.23 Produção de Tintas (1992 a 2001), 84 Gráfico 2.24 Valor da Produção e Vendas de Tintas e Vernizes, 85 Gráfico 2.25 Importação e Exportação da Indústria de Tintas e Vernizes (1999 a
2001), 86 Gráfico 2.26 Valor da Produção e Vendas de Tintas de Impressão, 87 Gráfico 2.27 Valor da Produção e Vendas de Impermeabilizantes, Solventes e Produtos
Afins, 88 Gráfico 2.28 Importação de Catalisadores (1998 a 2001), 90 Gráfico 2.29 Exportação de Catalisadores (1998 a 2001), 91 Gráfico 2.30 Valor da Produção e Vendas de Aditivos de Uso Industrial, 92
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas
Capítulo 1. Marco de Informação Nacional Mapa 1. Divisão Geográfica Brasileira, 38
Capítulo 2. Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas Quadro 2.1 Nomenclaturas de Estatísticas de Produção e de Comércio Exterior de
Substâncias Químicas, 46 Quadro 2.2 Sistema ALICE-Web, 49
Capítulo 4. Legislação Federal Quadro 4.1 Licenciamento Ambiental, 134
Capítulo 5. Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Institui-ções que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas Quadro 5.1 Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA, 156 Quadro 5.2 Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQ, 173
Capítulo 7. Uso e Acesso aos Dados Quadro 7.1 Rede de Intercâmbio de Informações INFOCAP, 203
Capítulo 9. O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química Quadro 9.1 AGENDA 21 e Segurança Química, 223 Quadro 9.2 Fórum Intergovernamental de Segurança Química, 224 Quadro 9.3 Sistema Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos, 225 Quadro 9.4 Convenção de Basiléia, 227 Quadro 9.5 Convenção de Estocolmo, 228 Quadro 9.6 Convenção de Roterdã, 229 Quadro 9.7 Convenção de Viena e Protocolo de Montreal, 232
Lista de Quadros e Mapa
ABEMA Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente
ABICLOR Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados
ABIFARMA Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica
ABIQUIF Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica
ABIQUIM Associação Brasileira da Indústria Química
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRAFATI Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas
ACPO Associação de Combate aos POPs e Associação de Consciência à
Prevenção Ocupacional
AENDA Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas
AISA Grupo de Trabalho para Assuntos Internacionais em Saúde e Ambiente (MS)
ALADI Associação Latino-Americana de Integração
ALICEWEB Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior via Internet
ANB Acordo Nacional do Benzeno
ANDA Associação Nacional para Difusão de Adubos
ANDEF Associação Nacional de Defesa Vegetal
ANTAQ Agência Nacional dos Transportes Aquaviários
ANTT Agência Nacional dos Transportes Terrestres
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
BPL Boas Práticas de Laboratório
Lista de Siglas e Abreviaturas
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas Lista de Siglas e Abreviaturas
CANPAT Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
CAS Chemical Abstracts Services (Serviços de Monografias de Substâncias
Químicas)
CATI Coordenadoria de Assistência Técnica Integral
CBC Conselho Brasileiro de Calibração
CBM Conselho Brasileiro de Metrologia
CDTN Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear
CEDEC Coordenadoria da Defesa Civil
CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem
CEPED Centro de Pesquisa e Desenvolvimento
CEPIS Centro Pan-Americano de Engenharia Sanitária e Ciências do Ambiente
CEPPA Centro de Processamento de Alimentos
CESTEH Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
CETIND Centro de Tecnologia Industrial
CGT Confederação Geral dos Trabalhadores
CIDASC Companhia de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina
CIOSL Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho
CIPAR Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural
CIST Comissão Interinstitucional da Saúde do Trabalhador
CIT Centro de Informação Toxicológica
CLAV Coordenação de Laboratórios Vegetais
CMM Companhia Mineira de Metais
CNAE Classificação Nacional de Atividades Econômicas
CNC Confederação Nacional do Comércio
CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear
CNI Confederação Nacional da Indústria
CNPA Comissão Nacional Permanente do Amianto
CNPBz Comitê Nacional Permanente do Benzeno
CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CNPS Conselho Nacional da Previdência Social
CNRH Conselho Nacional de Recursos Hídricos
CNS Conselho Nacional de Saúde
CNSTMA Coletivo Nacional de Saúde no Trabalho e Meio Ambiente
CNT Confederação Nacional dos Transportes
CNTI Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria
CNTL Centro Nacional de Tecnologias Limpas
COANA Coordenação Geral de Administração Aduaneira
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas Lista de Siglas e Abreviaturas
COBRAC Companhia Brasileira de Chumbo
CODETEC Companhia de Desenvolvimento Tecnológico
COF Comitê Organizador da Participação Brasileira no FISQ
COFIS Coordenação Geral de Fiscalização
CONAMA Conselho Nacional de Meio Ambiente
CONCLA Comissão Nacional de Classificação
Conmetro Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
COPANT Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas
COPASQ Comissão Coordenadora do Plano de Ação para a Segurança Química
COPESA Comissão Permanente de Saúde Ambiental
CPAQ Comissão Interministerial da Convenção de Proibição de Armas Químicas
CPqAM Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães
CRA/BA Centro de Recursos Ambientais/Bahia
CTAA Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos
CTTP Comissão Tripartite Paritária Permanente
CUT Central Única dos Trabalhadores
DAC Departamento de Aviação Civil (MD – Aeronáutica)
DDIV Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal
DDT Diclorodifeniltricloroetano
DIDEC/GO Diretoria da Defesa Civil/Goiás
DME Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais
DNBS Departamento de Assuntos Nucleares e de Bens Sensíveis
DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral
DPAD Divisão de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável
DPC Diretoria de Portos e Costas (MD – Marinha)
DPF Departamento da Polícia Federal
DPRF Departamento da Polícia Rodoviária Federal
DRT Delegacia Regional do Trabalho
DSST Departamento de Segurança e Saúde do Trabalhador
EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EPI Equipamento de Proteção Individual
FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos
FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
FATMA/SC Fundação do Meio Ambiente/Santa Catarina
FEAM/MG Fundação Estadual de Meio Ambiente/Minas Gerais
FEEMA/RJ Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente/Rio de Janeiro
FEPAM/RS Fundação Estadual de Proteção Ambiental/Rio Grande do Sul
FIERGS Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul
FIOCRUZ Fundação Oswaldo Cruz
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas Lista de Siglas e Abreviaturas
FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
FISQ Foro Intergovernamental de Segurança Química
FNECDC Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor
FNMA Fundo Nacional de Meio Ambiente
FOB Free on Board
FSP Faculdade de Saúde Pública
FUNASA Fundação Nacional de Saúde
FUNDACENTRO Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho
GGLAS Gerência Geral de Laboratórios em Saúde Pública (ANVISA)
GINC Global Information Network on Chemicals (Rede Global de Informações
sobre Substâncias Químicas)
GT Grupo de Trabalho
GTZ Gesellschft Fur Technische Zusammenarbeit – Sociedade Alemã de Coo-
peração Técnica
GWh Giga Watts hora
HCB Hexaclorobenzeno
HCBD Hexaclorobutadieno
IAAC International Accreditation Cooperation (Cooperação Internacional de
Credenciamento)
IAF International Accreditation Forum
IAL Instituto Adolfo Lutz
IAP Instituto Ambiental do Paraná
IATA Associação Internacional do Transporte Aéreo
IATCA International Auditor and Training Certification Associations (Associações
de Certificação Internacional de Treinamento e de Auditores)
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IBS Instituto Brasileiro de Siderurgia
IDEC Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor
ILAC International Laboratory Accreditation (Credenciamento Internacional de
Laboratórios)
IMA/AL Instituto do Meio Ambiente/Alagoas
INC Comitê Intergovernamental Negociador
INCQS Instituto de Controle da Qualidade em Saúde
INFOCAP Rede de Intercâmbio de Informações para a Capacitação na Gestão Sau-
dável de Substâncias Químicas
Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
INPEV Instituto Nacional do Processamento de Embalagens Vazias
INSTCUT Instituto Nacional de Saúde no Trabalho da Central Única dos Trabalhadores
INTERTOX Grupo de Assessoria e Consultoria Toxicológica
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas Lista de Siglas e Abreviaturas
INTOX Rede Internacional de Toxicologia
IPCC International Panel on Climate Change (Painel Internacional sobre a
Mudança do Clima)
IPCS Programa Internacional de Segurança Química
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
IRPTC International Register of Potentially Toxic Chemicals (Registro Internacional
de Substâncias Químicas Potencialmente Tóxicas)
ISER Instituto de Estudos da Religião
ISIC International Standard Industrial Classification of All Economic Activities
(Classificação Industrial Padrão Internacional de Todas as Atividades
Econômicas)
ISO International Standardization Organization (Organização Internacional de
Padronização)
ITAL Instituto de Tecnologia de Alimentos
LABTOX/ITEP Laboratório de Toxicologia do Instituto Tecnológico de Pernambuco
LACENs Laboratórios Centrais de Saúde Pública
LAFC Laboratório de Análise de Fertilizantes e Corretivos
LAFC/UNISC Laboratório de Análise Foliar de Adubos e Corretivos da Universidade de
Santa Cruz do Sul
LARP/USP Laboratório de Resíduos de Pesticidas da Universidade de São Paulo
MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
MCPA Ácido (4-cloro-2-metilfenoxi) acético
MCT Ministério da Ciência e Tecnologia
MDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
MI Ministério da Integração Nacional
MJ Ministério da Justiça
MMA Ministério do Meio Ambiente
MME Ministério das Minas e Energia
MPS Ministério da Previdência Social
MRE Ministério das Relações Exteriores
MS Ministério da Saúde
MSDS Material Safety Data Sheet (Ficha de Dados de Segurança sobre Materiais)
MT Ministério dos Transportes
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NBR Norma Brasileira
NCM Nomenclatura Comum do Mercosul
NR Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho
NRR Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Rural
OCDE Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
OEMA Órgão Estadual de Meio Ambiente
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas Lista de Siglas e Abreviaturas
OIT Organização Internacional do Trabalho
OMS Organização Mundial da Saúde
ONU Organização das Nações Unidas
OPAS Organização Pan-Americana da Saúde
PADCT Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico
PARA Programa Nacional de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
PBCO Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e do Consumo de Subs-
tâncias que Destroem a Camada de Ozônio
PCB Bifenilas policloradas
PCMSO Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PDO Potencial de Destruição da Camada de Ozônio
PIB Produto Interno Bruto
PIC Consentimento Prévio Informado
PNMA Programa Nacional de Meio Ambiente
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
POP Poluente Orgânico Persistente
PPA Plano Plurianual de Investimentos
PPRA Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PRODAT Programa de Melhoria das Informações Estatísticas sobre Doenças e Aci-
dentes do Trabalho
PROEDUC Programa Nacional de Educação em Segurança e Saúde do Trabalhador
PRORISC Projeto de Redução de Riscos Ambientais
PVC Policloreto de vinila
RBJA Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental
REBLAS Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde
REBRAMAR Rede Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos
REDEC 1/2 Coordenadoria Regional de Defesa Civil Litoral – Cubatão (SP)
REPAMAR Rede Pan-Americana de Manejo Ambiental de Resíduos
REPIDISCA Rede Pan-Americana de Informação sobre Saúde e Ambiente
RMMG Rede Mineira de Laboratórios, Metrologia e Ensaios
SBTox Sociedade Brasileira de Toxicologia
SDI Sistema Dinâmico de Informações
SECEX Secretaria de Comércio Exterior (Ministério do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior)
SEDEC Secretaria Nacional de Defesa Civil (Ministério da Integração Regional)
SEMA/AP Secretaria de Estado do Meio Ambiente/Amapá
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
SEPATR Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas Lista de Siglas e Abreviaturas
SESMT Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho
SIA Sistema Integrado de Informações sobre Agrotóxicos
SINDAG Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola
SINDEC Sistema Nacional de Defesa Civil
SINITOX Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas
Sinmetro Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
SINVAS Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde
SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho
SIREQ Sistema sobre Informações de Riscos de Exposição Química
SIRETOX Sistema de Informações sobre Riscos de Exposição Química
SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente
SIT Secretaria de Inspeção do Trabalho
SITIVESP Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo
SNRH Sistema Nacional de Recursos Hídricos
SOMA/CE Secretaria de Ouvidoria Geral e Meio Ambiente do Estado do Ceará
SQA Secretaria de Qualidade Ambiental (Ministério do Meio Ambiente)
SRF Secretaria da Receita Federal (Ministério da Fazenda)
SRH Secretaria de Recursos Hídricos (Ministério do Meio Ambiente)
SSST Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho (Ministério do Trabalho e
Emprego)
STI Secretaria de Tecnologia Industrial (Ministério do Desenvolvimento, Indús-
tria e Comércio)
STN Scientific and Technical Information Network (Rede de Informações Técni-
cas e Científicas)
SUBSIDEC/DF Subsecretaria do Sistema de Defesa Civil do Distrito Federal
SUS Sistema Único de Saúde
TEC Tarifa Externa Comum
TECPAR Instituto de Tecnologia do Paraná
Tep Toneladas equivalentes de petróleo
UEL Universidade Estadual de Londrina
UFPR Universidade Federal do Paraná
UFRJ Universidade Federal do Rio de Janeiro
UFSC Universidade Federal de São Carlos
UnB Universidade de Brasília
UNICAMP Universidade de Campinas
UNICEF United Nations Children’s Fund (Fundo das Nações Unidas para a Infância)
USP Universidade de São Paulo
VAS Vigilância Ambiental em Saúde
Sumário
Apresentação, 25
Resumo Executivo, 27
1. Marco de Informação Nacional, 371.1 Informações Gerais, 371.2 Estrutura Política e Geográfica, 381.3 Setor Industrial e Setor
Agropecuário, 391.3.1 Agropecuária Brasileira, 391.3.2 Setor Industrial, 41
2. Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas, 452.1 Produção, Importação e Exportação de
Substâncias Químicas , 512.1.1 Produtos Químicos Inorgânicos, 52
2.1.1.1 Produção de Cloro e Álcalis, 522.1.1.2 Produção de Intermediários para
Fertilizantes, 542.1.1.3 Produção de Fertilizantes
Fosfatados, Nitrogenados e Potássicos, 57
2.1.1.4 Gases Industriais, 60
2.1.2 Produtos Químicos Orgânicos, 632.1.2.1 Petroquímicos Básicos, 632.1.2.2 Intermediários para Resinas e Fibras, 65
2.1.3 Fabricação de Produtos Farmacêuticos, 672.1.3.1 Produtos Farmoquímicos, 67
2.1.4 Agrotóxicos, 702.1.4.1 Fungicidas, 762.1.4.2 Herbicidas, 782.1.4.3 Acaricidas, 792.1.4.4 Inseticidas, 81
2.1.5 Fabricação de Tintas, 832.1.5.1 Vernizes, Esmaltes, Lacas e Produtos Afins , 832.1.5.2 Tintas de Impressão, 872.1.5.3 Impermeabilizantes, Solventes e Produtos Afins, 87
2.1.6 Produtos e Preparados Químicos Diversos, 882.1.6.1 Catalisadores, 882.1.6.2 Aditivos de Uso Industrial, 91
2.1.7 Metais e seus Compostos, 932.1.7.1 Chumbo, 932.1.7.2 Cromo, 962.1.7.3 Cádmio, 982.1.7.4 Mercúrio, 992.1.7.5 Arsênio, 1002.1.7.6 Amianto (Asbestos), 101
2.2 Resíduos Químicos, 103
3. Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas, 1093.1 Preocupações com a Produção, 109
3.1.1 Localização do Parque Industrial, 1093.1.2 Substâncias mais produzidas, 1103.1.3 Tecnologia, 1133.1.4 Emissões , 1143.1.5 Acidentes, 1153.1.6 Áreas Contaminadas, 118
3.2 Preocupações com o Comércio, 1243.2.1 Importação e Exportação, 125
3.2.1.1 Substâncias Mais Comercializadas, 1253.2.1.2 Tráfico de Substâncias e de Resíduos, 126
3.2.2 Transporte, 1273.3 Preocupações com o Uso, 127
3.3.1 Uso de Agrotóxicos e Afins, 1273.3.2 Uso de Metais Pesados, 130
3.3.2.1 Uso do Mercúrio, 1303.3.2.2 Uso de Resíduos de Chumbo, 130
4. Legislação Federal, 1334.1 Estrutura Legal e Aspectos Constitucionais, 1334.2 Legislação Federal, 134
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas
5. Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas, 1555.1 Instituições, 155
5.1.1 Ministério do Meio Ambiente – MMA, 1555.1.2 Ministério da Saúde – MS, 1585.1.3 Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, 1615.1.4 Ministério dos Transportes – MT, 1625.1.5 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, 1635.1.6 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, 1635.1.7 Ministério das Relações Exteriores – MRE , 1645.1.8 Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT, 1645.1.9 Ministério de Minas e Energia – MME, 1655.1.10 Ministério da Justiça – MJ, 1655.1.11 Ministério da Defesa – MD, 1665.1.12 Ministério da Educação – MEC, 1665.1.13 Ministério da Fazenda – MF, 1665.1.14 Ministério da Integração Nacional – MI, 1665.1.15 Ministérios Públicos Federal e Estaduais, 1675.1.16 Poder Legislativo, 1675.1.17 Órgãos Estaduais de Meio Ambiente – OEMA , 1675.1.18 Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Meio Ambiente –
ABEMA, 1685.2 Comissões Interministeriais, 173
6. Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa, 1816.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial, 1826.2 Grupos Relevantes de Interesse Público, 1886.3 Órgãos Relevantes de Pesquisa, 1916.4 Resumo de Organizações Especializadas Fora do Governo, 1936.5 Mecanismos Não Regulamentares de Gestão de Substâncias
Químicas, 1946.5.1 Série ISO 14000, 1946.5.2 Programa de Atuação Responsável, 194
7. Uso e Acesso aos Dados, 1977.1 Qualidade e Quantidade das Informações Disponíveis, 1977.2 Localização da Informação Nacional, 1987.3 Disponibilidade de Literatura Internacional, 2027.4 Sistemas de Intercâmbio de Informações Nacionais, 2047.5 Resumo Descritivo das Principais Bases de Dados Existentes no
País, 2047.6 Disponibilidade e Uso das Informações para a Gestão Nacional de
Substâncias Químicas, 207
8. Infra-Estrutura Técnica, 2098.1 Educação e Pesquisa Universitária, 2098.2 Credenciamento de Laboratórios, 210
8.2.1 Credenciamento junto ao INMETRO, 2108.2.2 Credenciamento junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), 2138.2.3 Credenciamento junto ao Ministério da Saúde (MS), 216
Sumário
9. O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química, 221
10. Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público, 23510.1 Informações aos Trabalhadores, 23510.2 Informações ao Público, 23710.3 Conscientização e Educação para Participação Pública Ativa, 239
Referências, 257
Anexo I, Relação de Contatos, 265
Anexo II, Memória Técnica, 279
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas
Apresentação
O Ministério do Meio Ambiente – MMA tem desenvolvido inúmeras iniciativas voltadas à implementação da Agenda 21, compromisso assumido pelos países por ocasião da Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – CNU-
MAD, realizada no Rio de Janeiro em 1992. O Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas é documento essencial para subsidiar ações inseridas no contexto do Capítulo 19 da Agenda 21, que trata da Gestão Ambientalmente Saudável de Substâncias Químicas Tóxicas, incluindo a Prevenção do Tráfico de Produtos Perigosos e Tóxicos.
O Fórum Intergovernamental de Segurança Química – FISQ, estabelecido em 1994, du-rante a Conferência Internacional sobre Segurança Química, realizada em Estocolmo, com o objetivo de definir prioridades e mecanismos para implementar o Capítulo 19 da Agenda 21, reforçou a necessidade de os países elaborarem seus respectivos perfis nacionais de gestão das substâncias químicas.
No Brasil, o tratamento das questões de segurança química, incluindo-se o desdobra-mento das diretrizes internacionais para esse tema, se dá por meio da Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQ, instituída pela Portaria MMA n° 319, de 27 de de-zembro de 2000. No âmbito da CONASQ, estabeleceu-se a incumbência de o Ministério do Meio Ambiente coordenar a elaboração do Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas.
Considerando-se o conhecimento do ciclo de vida das substâncias químicas fundamen-tal – desde sua produção, importação, exportação, armazenamento, transporte, distribui-ção e uso, até a disposição final –, o Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas pretende contribuir para uma melhor compreensão dos problemas reais e potenciais relacionados a substâncias químicas no Brasil, assim como dos mecanismos de gestão disponíveis. Seus objetivos específicos incluem: • gerar informações que permitam formular e aperfeiçoar políticas públicas sobre subs-
tâncias químicas no Brasil; • conhecer a real situação da gestão de substâncias químicas no País; • identificar as categorias de substâncias químicas que são objeto de controle e vigilân-
cia no País e aquelas que necessitam de controle;
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 26
• disponibilizar meios para a definição de prioridades na gestão, prevenção e controle de riscos relacionados à produção, movimentação e uso de substâncias químicas;
• conscientizar instituições governamentais e de outros setores, assim como a socie-dade civil organizada de forma geral, para a importância da gestão responsável de substâncias químicas e de sua parcela de responsabilidade.
O Ministério do Meio Ambiente – MMA agradece a participação dos parceiros na execução deste trabalho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e a Orga-nização Pan-Americana de Saúde – OPAS, como também a colaboração dos membros da CONASQ e das demais instituições que disponibilizaram informações para subsidiar a elaboração do documento.
MARINA SILVA Ministra do Meio Ambiente
Resumo Executivo
O Fórum Intergovernamental de Segurança Química – FISQ, criado pela Conferência Internacional de Segurança Química, realizada em Estocolmo, Suécia, em 1994, constitui um mecanismo de cooperação entre governos, ins-
tituições intergovernamentais e organismos não-governamentais, com os propósitos de promover a avaliação dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente decorrentes do uso de substâncias químicas, e de incentivar a gestão ambientalmente segura de substâncias químicas. O Fórum, que atua na área precípua de segurança química, tem por finalidades: orientar a formulação e a implementação de políticas específicas; estimular a cooperação regional e sub-regional, visando o estabelecimento de estratégias coordenadas e integra-das; estimular a aceitação dos temas; e promover a melhor compreensão dos problemas atraindo o apoio político necessário para as ações.
Entre as primeiras prioridades identificadas pelo FISQ, encontra-se a realização por to-dos os países de Perfil Nacional sobre a Gestão de Substâncias Químicas, com o objetivo principal de fornecer um panorama da situação da gestão de substâncias químicas, para subsidiar decisões sobre políticas públicas e prioridades de ação, visando o aumento dos níveis de segurança química.
O Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas constitui um conjunto de in-formações geradas pelos diferentes agentes que participam da gestão da segurança química, abrangendo as etapas do ciclo de vida das substâncias – produção, importação, exportação, uso, transporte, armazenamento e destinação final.
Como objeto do Perfil Nacional, as seguintes categorias de substâncias químicas foram selecionadas: • produtos químicos inorgânicos (cloro e álcalis; intermediários para fertilizantes; fer-
tilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos; gases industriais; outros produtos inorgânicos);
• produtos químicos orgânicos (petroquímicos básicos; intermediários para resinas e fibras; outros produtos químicos orgânicos);
• produtos farmoquímicos; • agrotóxicos (inseticidas, fungicidas, herbicidas, outros agrotóxicos);
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 28 Resumo Executivo 29
• tintas, vernizes, esmaltes, lacas; tintas de impressão; impermeabilizantes, solventes e produtos afins;
• produtos e preparados químicos diversos (catalisadores, aditivos de uso industrial, outros produtos químicos); e
• metais e seus compostos (chumbo, cromo, cádmio, mercúrio), arsênio, amianto.A distribuição do conteúdo do Perfil Nacional está definida de forma didática e apre-
senta dez Capítulos e dois Anexos.
Capítulo 1 – Marco de Informação NacionalO Capítulo 1 apresenta informações gerais sobre o País, sua divisão político-administrativa e demografia, bem como o papel do setor agrícola e do industrial na economia brasileira.
País de dimensões continentais e com uma população de mais de 170 milhões, o Brasil é uma República Federativa, na qual as relações entre a União, os 26 Estados e Distrito Federal e os 5.561 Municípios constituem força determinante na sua dinâmica política, econômica e social.
A economia do País, em termos da contribuição para o Produto Interno Bruto – PIB, é distribuída entre os seguintes setores: industrial (35,60% do PIB em 1999), agropecuário (8,19%), de serviços (49,11%) e de comércio (7,10%). As regiões Sudeste e Sul respondem, juntas, por cerca de 75% do PIB nacional.
Utilizando-se o conceito de agronegócios – que considera desde o produto primário até sua industrialização e comercialização, incluindo os setores fornecedores de insumos, máquinas e implementos –, a geração de renda agropecuária alcança cerca de 27% do PIB. O setor apresenta resultado positivo constante de superávit na balança comercial, o que atesta sua competitividade e importância na geração de divisas para o País.
A indústria tem tido significativo papel no crescimento do PIB, das exportações e do ní-vel de emprego formal. Nos anos 90, a indústria brasileira respondeu, em média, por 37% do PIB, empregando 20% da população economicamente ativa. Nesse período, observou-se o crescimento das exportações de manufaturados, os quais representaram, em 2000, cerca de 59% das exportações, melhorando o equilíbrio da balança comercial.
Os segmentos industriais que apresentaram em 2000 as maiores taxas de utilização da capacidade instalada foram: celulose, papel e papelão (94%), borracha (91%), produtos metalúrgicos (88%), têxtil (88%), e vestuário e artefatos de tecidos (88%). A indústria de produtos químicos, entre as indústrias de transformação, apresentou, em 1999, um valor de transformação industrial equivalente a 13,97% do total, enquanto emprega 5,87% do total da mão-de-obra.
Capítulo 2 – Produção, Exportação, Importação e Uso de Substâncias QuímicasNo Capítulo 2 há um conjunto de informações estatísticas relacionadas à produção, impor-tação, exportação e uso das substâncias químicas selecionadas.
No ano 2000, o Brasil possuía em torno de 218 mil de estabelecimentos industriais, que geravam quase 5 milhões de empregos. Neste mesmo ano, a indústria química brasileira representou aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto do País e, em 2001, obteve um rendimento líquido de 38,3 bilhões de dólares, sendo classificada como uma das nove maiores indústrias químicas do mundo.
Em valor, as exportações em 2002, comparadas com as do ano 2001, aumentaram 8,44% e as importações caíram 6,32%. Em volume de produtos químicos, o Brasil importou 16,43 milhões de toneladas em 2001 e 17,1 milhões de toneladas em 2002, enquanto exportou 4,93 milhões de toneladas em 2001 e 5,7 milhões de toneladas em 2002.
Do total de 2002, 16,7 milhões de toneladas (importadas) e 5,5 milhões de toneladas (exportadas) foram de produtos químicos de uso industrial, ou seja, 97,8% e 97,2%, respectivamente. No Brasil, isso representa aproximadamente três mil produtos,
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 28 Resumo Executivo 29
produzidos por cerca de 800 empresas. Os dados apresentados mostram a grande diversidade do setor.
A crise de energia, ocorrida no ano de 2001, afetou diversos setores da indústria química. O grupo de produtos cloro e álcalis foi o mais afetado, sendo que sua produção caiu 14,8% e o volume de vendas, 18,4%, em relação ao ano 2000. O mesmo aconteceu com o grupo de intermediários para fibras sintéticas, com redução de 12,4% no volume produzido e 10,7% no volume de vendas. O setor de elastômeros apresentou, em 2001, uma redução de 10,4% na produção e 8,2% no volume de vendas. O grupo de resinas ter-moplásticas apresentou redução de 5% na produção e 2,9% no volume de vendas. Neste grupo, as exportações caíram 15% em virtude do excesso de oferta e dos baixos preços no mercado internacional. O único grupo que apresentou crescimento foi o grupo de resinas termofixas, utilizadas no setor moveleiro e no calçadista, com aumento de 11% na produ-ção e 10% no volume de vendas.
No que diz respeito a outros setores de produção da indústria química, a indústria farmacêutica obteve um faturamento líquido em 2001 de US$ 5,7 bilhões, 15 % menor do que no ano 2000; as exportações cresceram 11,1%, atingindo US$ 200 milhões, e as importações, da ordem de US$ 1,43 bilhão, foram 6,7% maiores do que no ano 2000, gerando um déficit de US$ 1,23 bilhão na balança comercial.
O setor de tintas e vernizes reportou um crescimento de 1,5% nas vendas em 2001, em relação ao ano anterior. Entretanto, o faturamento líquido foi 8% menor que em 2000, atingindo US$ 1,4 bilhão.
O segmento de fertilizantes apresentou uma redução de 6,7% no faturamento em 2001, atingindo o valor de US$ 2,8 bilhões, apesar do registro de aumento nas vendas. A quanti-dade de fertilizantes comercializada, por área plantada, vem aumentando gradativamente nos últimos oito anos. Os cinco estados brasileiros com maior volume de utilização, por unidade de área, em 2000, foram: Distrito Federal (252,23 kg/ha); Amapá (243,90 kg/ha); Minas Gerais (219,28kg/ha); São Paulo (213,60 kg/ha) e Goiás (193,28 kg/ha) (IBGE, 2002).
No segmento dos agrotóxicos, em que o Brasil é o quarto maior consumidor mundial, o faturamento líquido, em 2001, caiu 8% em relação ao ano 2000, alcançando US$2,3 bilhões.
O consumo nacional de agrotóxicos, em 2000, foi de 131.970 toneladas. Neste montan-te estão incluídos, além dos herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas, os reguladores de crescimento, feromônios, bactericidas e moluscicidas. O consumo de enxofre, óleo mineral, cobre, óleo vegetal, adjuvante e espalhante adesivo foi de 30.491 toneladas. Os cinco Estados brasileiros com maior volume de consumo de agrotóxicos foram: Paraná (24.680 t); São Paulo (24.370 t); Rio Grande do Sul (17.278 t); Mato Grosso do Sul (16.653 t) e Goiás (11.885 t).
Na relação dos agrotóxicos mais consumidos, no ano 2000, o glifosato está em primeiro lugar, com um consumo de 39.515 toneladas.
Sobre a balança comercial de agrotóxicos, observa-se tendência a uma estabilidade na importação, com os herbicidas apresentando valores, tanto em média como absolutos, quase duas vezes superiores aos dos inseticidas.
Em relação aos metais pesados, observa-se a exportação de minérios de chumbo e a importação de chumbo semimanufaturado; uma produção muito reduzida de cromita (0,17% da produção nacional de metais) e uma importação de 10,1 mil toneladas de cro-mita e de aproximadamente 38 mil toneladas de compostos químicos de cromo; importa-ção de óxido de cádmio (125 toneladas em 2001); importação de mercúrio manufaturado, numa média de 58,8 toneladas no período de 1998 a 2001. Ainda se pode observar a importação relativamente reduzida de arsênio (28 t em 2001).
A produção de fibra de amianto gira em torno de 200 mil toneladas ao ano, extraída to-talmente de mina a céu aberto, que possui uma capacidade instalada de 240 mil toneladas ao ano de fibra tratada, com recuperação de aproximadamente 88% das fibras no processo
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 30 Resumo Executivo 31
de tratamento. A extração e o beneficiamento são mecanizados e são produzidos quase todos os tipos de fibras. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de amianto, exportan-do cerca de 30% de sua produção. Em 2000, a produção brasileira de fibras de crisotila foi de 209.332 toneladas, representando 10,8% da crisotila produzida mundialmente.
Capítulo 3 – Preocupações Prioritárias com a Produção, Comércio e Uso de Substâncias QuímicasA indústria química e a indústria de transformação que utiliza em seus processos substân-cias químicas como insumo constituem objeto de preocupação, na fase de produção, principalmente em decorrência dos impactos mais visíveis decorrentes de sua atividade: a emissão de poluentes, a geração e disposição inadequada de resíduos, a ocorrência de acidentes industriais. Para se ter uma visão mais abrangente desse quadro, são apresenta-dos neste Capítulo aspectos da localização do Parque Industrial Brasileiro, que apresenta significativa concentração regional; dos volumes de produção; de tecnologia; e dos im-pactos propriamente ditos: emissões, resíduos, acidentes e áreas contaminadas.
Localização do parque industrialO Brasil possui cerca de 882 plantas químicas concentradas, em sua maioria, nas regiões Sudeste e Sul. O Estado de São Paulo concentra o maior número de plantas, com cerca de 485; em segundo lugar está o Estado do Rio de Janeiro, com 88 plantas; e em terceiro, o Estado do Rio Grande do Sul, com 66 plantas químicas. Conseqüentemente, o Estado que apresenta o maior número de relatos de acidentes e de áreas contaminadas é São Paulo. Por outro lado, São Paulo possui o levantamento mais completo sobre este tema por se dedicar à segurança química há mais tempo.
Grandes volumes de produção e comércioEm relação às substâncias com maior volume de comércio, sobressaem os setores de fer-tilizantes, petroquímicos básicos, cloro e álcalis. Alguns desses setores da indústria quími-ca produzem insumos para outro setor, e o público tem acesso restrito aos produtos e, portanto, é reduzida a possibilidade de exposição. No entanto, sua movimentação gera riscos, especialmente no transporte rodoviário, no qual o número de acidentes é significa-tivo. Quanto aos produtos de uso do público em geral, os fertilizantes e os agrotóxicos se destacam dos demais.
TecnologiaEntre os problemas e restrições ao desenvolvimento e à competitividade da indústria quí-mica nacional, constata-se que tem havido baixo investimento do setor em tecnologia de processo e paralisação de diversos centros de pesquisa tecnológica das empresas quími-cas brasileiras. Isto afeta não apenas a balança comercial, mas reflete na substituição de processos e de tecnologias voltados para o que se denomina Produção Mais Limpa, que propõe a utilização contínua de uma estratégia ambiental integrada preventiva, aplicada a processos, produtos e serviços, para aumentar a eco-eficiência e reduzir riscos para seres humanos e para o meio ambiente.
Atualmente, no Brasil, existem várias iniciativas destinadas a incentivar programas de Produção Mais Limpa, como as coordenadas pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas – CNTL, sediado no Rio Grande do Sul junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial – SENAI e à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS, e pelos Núcleos Estaduais de Produção Mais Limpa dos Estados do Ceará, de Pernambuco, da Bahia, do Mato Grosso, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Santa Catarina. O Senai e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SE-BRAE, por meio de convênio com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvi-mento Sustentável – CBDS, vêm participando da criação de núcleos estaduais e treinando
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 30 Resumo Executivo 31
pessoal na metodologia de Produção Mais Limpa. Em vários estados, empresas do setor de química têm sido envolvidas nesses programas.
Emissões de poluentesAs emissões de poluentes sobre o ar, a água e o solo constituem objeto de preocupação principalmente em relação a áreas de alta densidade industrial e populacional. Enquanto existe relativo controle sobre a poluição da água e sobre emissões atmosféricas, ainda é mais difícil o controle sobre a emissão de poluentes no solo.
Estão em funcionamento redes de monitoramento da qualidade do ar e da água em vários estados brasileiros, que facilitam a adoção de medidas preventivas e corretivas re-lacionadas à poluição e contaminação desses compartimentos ambientais. O Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR, instituído pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente e voltado para as fontes fixas, utiliza como instrumentos (i) os padrões de qualidade do ar e da emissão na fonte; (ii) a Rede Nacional de Monitoramento da Qua-lidade do Ar; e (iii) o inventário de fontes e poluentes atmosféricos.
AcidentesA preocupação com acidentes, no Brasil, se refere à necessidade de uma estrutura de prevenção, que passa pela aplicação mais eficaz da legislação e das medidas de monito-ramento ambiental, assim como pela melhoria das condições de atendimento a emergên-cias. Entre as condições que devem ser aperfeiçoadas, está a disponibilidade de laborató-rios para efetuarem as análises de amostras de compartimentos ambientais contaminados, para rápido conhecimento das substâncias envolvidas no acidente. Isto depende de con-vênios entre instituições e laboratórios, assim como de disposição dos recursos financeiros para cobrir o custo das análises. Outras condições de atendimento emergencial abran-gem, por exemplo, o mapeamento de recursos e equipamentos, o mapeamento de vulne-rabilidade, a coordenação interinstitucional e a disponibilidade de pessoal capacitado.
Em São Paulo, entre 1997 e 2002, ocorreram cerca de 200 acidentes ambientais em indústrias, assim dispostos: 21 em 1997; 31 em 1998; 30 em 1999; 37 em 2000; 49 em 2001 e 32 até novembro de 2002. O ácido clorídrico e a amônia estiveram envolvidos em aciden-tes em todos os anos pesquisados.
Áreas contaminadasMuitas áreas contaminadas são decorrentes de atividades industriais já encerradas, cuja empresa responsável às vezes entrou em concordata ou cujos responsáveis não são locali-zados. Torna-se por vezes difícil a identificação de responsabilidades, e – mesmo quando tal identificação é reconhecida técnica e judicialmente – também a execução da exigência de recuperação da área degradada e de ressarcimento por danos ambientais e à saúde de populações. Enquanto permanecem as pendências judiciais, o risco de contaminação hu-mana e ambiental cresce.
A preocupação com áreas contaminadas diz respeito às seguintes questões básicas: • maior responsabilidade por parte do setor privado; • identificação da área e de seus riscos à saúde humana e ao meio ambiente; • identificação do(s) responsável(eis) pela contaminação e, portanto, pela reparação de
danos; • adjudicação do responsável e obrigatoriedade de arcar com o ônus da reparação; • alocação de recursos financeiros para reparação dos danos nos casos de responsa-
bilidade difusa e de pendência judicial, até mesmo como medida de prevenção de aumento dos riscos associados à área contaminada; disseminação do uso de seguros que cubram danos e despesas de descontaminação;
• aumento da capacitação institucional dos órgãos federais, estaduais e municipais de saúde e de meio ambiente para o tratamento efetivo da questão.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 32 Resumo Executivo 33
Intoxicação humanaO Sistema de Informações Tóxico-farmacológicas – SINITOX revela que, no ano de 2001, foram registrados 2.690 casos de intoxicação humana por exposição a agrotóxicos de uso agrícola, e 1.583 casos envolvendo agrotóxicos de uso doméstico, representando 5,96% e 3,51% dos registros daquele ano, respectivamente (Sinitox, 2002). Foram registrados, no total, 91 óbitos no Brasil, destes 45 na região Sul. Os óbitos por envenenamento estão relacionados principalmente às exposições agudas aos agrotóxicos.
Resíduos de agrotóxicos em alimentosOutra preocupação se refere à presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos. O pro-blema reside principalmente no uso indiscriminado de agrotóxicos e na precariedade da fiscalização no campo. Além do uso de produtos não autorizados para a cultura, também é comum o não atendimento aos intervalos de segurança entre a última aplicação e a co-lheita.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA implantou, em junho de 2001, o Programa Nacional de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA, nos Es-tados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco. No primeiro ano de atuação do programa foram analisadas 1.295 amostras e 81,2 %, 1.051 amostras, exibiam resíduos de agrotóxicos. Destas, 22,17% (233) exibiam percentual de resíduos que ultrapassava os limi-tes máximos permitidos. Das que ultrapassaram o limite máximo permitido, 74 continham resíduos de agrotóxicos não autorizados para as respectivas culturas. Ainda segundo os resultados, as culturas que apresentaram a maior concentração de contaminação foram: morango (50% das amostras); mamão (31%) e tomate (27%).
Metais pesadosA excessiva utilização do mercúrio na formação do amálgama (liga de ouro-mercúrio), com técnicas precárias de garimpagem de ouro, levou à emissão de mercúrio para os diferen-tes compartimentos ambientais, tendo como principal área de ocorrência a Amazônia.
A contaminação por chumbo na cidade de Santo Amaro da Purificação, no Estado da Bahia, já foi também comprovada por vários trabalhos científicos em grupos de pesquisa, principalmente na Universidade Federal da Bahia.
Capítulo 4 – Legislação FederalO quadro de referência legal é apresentado no Capítulo 4 e reúne a relação de instrumen-tos legais vigentes. Constata-se que existe uma base legal considerável sobre os controles aplicados à produção, ao comércio exterior, ao transporte, ao uso e à destinação final de produtos químicos. Muitas regulamentações refletem a implementação no Brasil de acor-dos e convenções internacionais, como é o caso, por exemplo, da Convenção da Basiléia, do Protocolo de Montreal, da Marpol e das Convenções da Organização Internacional do Trabalho – OIT.
Dentre os inúmeros documentos legais, destacam-se os seguintes: • a Constituição Federal, que determina as bases de responsabilidade, nos três níveis
de governo, para os setores de saúde e meio ambiente agirem de forma a garantir, respectivamente, a segurança e saúde da população e a proteção do meio ambiente;
• a Política Nacional de Meio Ambiente e seus desdobramentos, que tem o licencia-mento ambiental como principal instrumento de gestão do território e de controle sobre atividades potencialmente poluidoras;
• a legislação sobre agrotóxicos, seus componentes e afins, que envolve os setores de agricultura, saúde e meio ambiente;
• a regulamentação do setor de saúde e segurança do trabalhador; • a regulamentação do transporte de produtos perigosos, baseada nas Recomenda-
ções das Nações Unidas para esse tipo de transporte.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 32 Resumo Executivo 33
Os esforços na aplicação da legislação vigente incluem a capacitação de pessoal, o aumento do número de fiscais e a intensificação da fiscalização.
Capítulo 5 – Ministérios, Comissões Interministeriais e Outras Institui-ções que Atuam na Gestão de Substâncias QuímicasO panorama institucional do Governo Federal, no que se refere à gestão de substâncias químicas, é apresentado no Capítulo 5, em que são descritas as competências e responsa-bilidades dos Ministérios e agências e órgãos vinculados. São também apresentadas as Comissões Interministeriais relacionadas aos assuntos tratados entre os vários setores de governo. Constata-se que já estão implantados mecanismos de tratamento multi e inter-disciplinar de diferentes aspectos da gestão de substâncias químicas, permitindo-se o encaminhamento de discussões, análises e soluções de forma integrada. Em muitos des-ses grupos de trabalho participam também representantes do setor produtivo e de orga-nizações não-governamentais.
São quatorze Ministérios e diversos órgãos e agências a eles vinculados envolvidos com a gestão de substâncias químicas, no Poder Executivo. No Poder Legislativo têm participa-ção importante as Comissões da Câmara Federal e do Senado que tratam de projetos de lei. Atuam o Poder Judiciário e o Ministério Público em questões contenciosas.
Em nível estadual, os órgãos estaduais de meio ambiente, que se congregam na As-sociação Brasileira das Entidades Estaduais de Meio Ambiente – ABEMA, e as secretarias setoriais têm papel preponderante na gestão de substâncias químicas na sua área de com-petência e como fornecedor das informações particulares de cada estado.
Entre as Comissões Interministeriais, cabe assinalar a Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQ, que reúne 22 instituições do Governo Federal, e a ABEMA, represen-tantes da indústria e de organizações não-governamentais e de universidades. Os princi-pais objetivos da CONASQ são de articulação institucional e fomento de discussões sobre segurança química, visando implementação do Programa Nacional de Segurança Química – PRONASQ, definido em função das necessidades e das possibilidades de melhoria da gestão de substâncias químicas no País e das diretrizes adotadas pelo Fórum Intergover-namental de Segurança Química – FISQ.
O Programa Nacional de Segurança Química compreende dez linhas de ação: • Mecanismos de controle e fiscalização na gestão de substâncias químicas; • Rede de Intercâmbio e Difusão de Informações para a Segurança Química no Brasil; • Redução das Vulnerabilidades aos Acidentes com Produtos Químicos; • Áreas Contaminadas; • Sistema Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos; • Segurança Química nas Universidades e Instituições de Pesquisa; • Implementação de Convenções Internacionais (Estocolmo, Roterdã); • Manejo Integrado de Pragas e Vetores; • Inventário de Emissões e Transferência de Poluentes; • Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas.
Capítulo 6 – Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Inte-resse Público e de PesquisaO Capítulo 6 apresenta o panorama de atuação das instituições dos setores da indústria e de representação da sociedade, como as organizações não-governamentais e de pesqui-sa. Existem iniciativas significativas nesses setores, mas ainda pontuais e restritas a poucas instituições. Também são descritos, neste capítulo, dois instrumentos voluntários de ges-tão que estão sendo utilizados por inúmeras empresas: a certificação ambiental e o Pro-grama de Atuação Responsável.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 34 Resumo Executivo 35
Em relação às associações do setor industrial, destaca-se o trabalho da Associação Bra-sileira da Indústria Química – ABIQUIM. Entidade sem fins lucrativos, a ABIQUIM congrega mais de 150 indústrias químicas de grande, médio e pequeno porte, concentradas princi-palmente nos segmentos de química industrial de base. Representa o setor nas negocia-ções de acordos nacionais e internacionais relacionados a produtos químicos. A ABIQUIM é também responsável pela coordenação, em nível nacional, do programa Atuação Res-ponsável®, do programa Plastivida® e pela operação do Pró-Química®, além de adminis-trar o Comitê Brasileiro de Normas Técnicas, da ABNT, para a área química. O Programa Atuação Responsável se propõe a ser um instrumento eficaz para o direcionamento do gerenciamento ambiental. É baseado em Princípios Diretivos e utiliza Códigos de Práticas Gerenciais para sua aplicação. A Plastivida é uma Comissão de Reciclagem de Plásticos da ABIQUIM que representa um grupo de empresas comprometidas em promover a co-existência harmoniosa entre os plásticos manufaturados e o meio ambiente, por meio da divulgação de informações sobre processos de reciclagem, coleta seletiva e a importância do plástico na vida moderna. O Pró-Química, serviço de utilidade pública, é um sistema de informações e comunicações desenvolvido com o objetivo de fornecer, por telefone, orientações de natureza técnica em caso de emergências com produtos químicos.
Em relação às organizações não-governamentais, têm atuação mais significativa o Gre-enpeace e as associações relacionadas à contaminação pelo amianto e pelos poluentes orgânicos persistentes. O Greenpeace utiliza sua rede de informações internacional para denunciar casos de comércio ilegal de resíduos e tem atuado também na denúncia de casos de áreas contaminadas e no encaminhamento de soluções técnicas adequadas para esses casos. A Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto – ABREA tem, entre seus objetivos, conscientizar a população, trabalhadores e grupos de interesse público sobre os riscos do amianto; propor ações judiciais em favor de seus associados e das vítimas em geral; e integrar-se a outros movimentos sociais e organizações não-governamentais pró-banimento do amianto, em níveis nacional e internacional. A Associação de Combate aos Poluentes Orgânicos Persistentes – ACPO, fundada em 1994, é uma entidade pública com personalidade jurídica e sem fins lucrativos, formada, basicamente, por trabalhadores contaminados com substâncias tóxicas no Pólo Petroquímico de Cubatão, em São Paulo.
Entre as instituições de pesquisa, as universidades destacam-se. Suas ações vão desde a simples separação dos resíduos orgânicos e recicláveis, até procedimentos ambien-talmente legais de tratamento e disposição final de resíduos perigosos. Citam-se como exemplos: • O Instituto de Ciência e Tecnologia em Resíduos para o Desenvolvimento Sustentável
– ICRT, que congrega pesquisadores e professores de Universidades Públicas e Institu-tos de Pesquisa do Estado de São Paulo, atua com os objetivos de desenvolvimento, difusão e intercâmbio de conhecimentos científicos e tecnológicos, especialmente relacionados a resíduos, saúde, educação e meio ambiente;
• A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP criou, em ou-tubro de 2000, o Programa de Infra-Estrutura para Tratamento de Resíduos Químicos, por intermédio do qual foram financiados projetos de implementação de Programa de Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios em 19 instituições de pesquisa do Estado de São Paulo.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 34 Resumo Executivo 35
Capítulo 7 – Uso e Acesso aos DadosO Capítulo 7 trata das principais bases de dados nacionais e internacionais disponíveis sobre substâncias químicas, identificando a tipologia das informações e a disponibilidade de acesso e uso.
No Brasil, apesar da existência e disponibilidade qualitativa e quantitativa de informa-ção referente à gestão de substâncias químicas, ela é: • insuficiente, pois não apresenta dados para grande parte de substâncias que circulam
e são manipuladas no País; • assistemática, por apresentar lacunas na disponibilidade e distribuição; • disseminada em muitas instituições, o que dificulta a sua localização e, em alguns ca-
sos, gera duplicidade ou características contraditórias.
Capítulo 8 – Infra-Estrutura TécnicaAssim como é importante haver disponibilidade e confiabilidade dos sistemas de informa-ção, é essencial capacidade técnica, geral e laboratorial, para efetuar, também com con-fiabilidade, as análises de substâncias e produtos químicos que embasam seu gerencia-mento. No Capítulo 8, são apresentadas as referências nacionais que constituem infra-estrutura técnica de suporte à gestão de substâncias químicas. São também incluídas as informações referentes ao credenciamento de laboratórios, assim como relações da sua disponibilidade no País.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq mantém um diretório dos grupos de pesquisa no Brasil, cujo registro atual relaciona 457 grupos de pesquisa em química, representando 5,35% dos grupos de pesquisa cadastrados; 171 gru-pos de pesquisa em bioquímica; 137 em engenharia química. Por setor de atividade, estão registrados 587 grupos de pesquisa da indústria química, representando um universo de 1.221 linhas de pesquisa, o que totaliza 6,9% do total de grupos cadastrados.
Os laboratórios envolvidos direta ou indiretamente na gestão de substâncias químicas no Brasil atuam principalmente em duas instâncias: • realização de bioensaios e análises físico-químicas como prestadores de serviços; • consecução de pesquisas e fornecimento de suporte técnico-científico para tomadas
de decisão ou para acumulação de conhecimento.A infra-estrutura técnica no Brasil relacionada especialmente à prestação de serviços
evoluiu sobremaneira em função da regulamentação do uso, produção, importação e exportação de algumas substâncias químicas e, em especial, dos produtos agrotóxicos no final dos anos 80.
Capítulo 9 – O Brasil no Contexto Internacional de Segurança QuímicaO Capítulo 9 mostra a participação nacional junto aos fóruns internacionais e na efetivação de acordos e convenções internacionais voltadas para a segurança química. O Brasil parti-cipa ativamente de dezessete iniciativas internacionais de interesse para a gestão de subs-tâncias químicas. Há internalização de seus instrumentos por meio da Legislação Federal ou de programas específicos de prevenção, controle e redução de riscos ambientais e à saúde humana. Muitos Ministérios, órgãos e agências do Governo Federal estão envolvi-dos no acompanhamento e na implementação desses instrumentos.
Entre as principais áreas temáticas dos acordos internacionais estão a poluição mari-nha, as mudanças climáticas, a destruição da camada de ozônio, os resíduos perigosos, os poluentes orgânicos persistentes, o direito de saber, prevenção de acidentes, saúde e segurança do trabalhador, agrotóxicos, armas químicas e gestão ambientalmente susten-tável de substâncias químicas.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 36
Capítulo 10 – Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do PúblicoA percepção, o entendimento e a conscientização dos trabalhadores e da população em geral em relação à segurança química são abordados no Capítulo 10. É também apresen-tada uma relação de referências bibliográficas sobre o assunto e indicação de fontes de consulta em diferentes áreas de atuação governamental e não-governamental.
Apesar de serem ainda insuficientes as iniciativas de educação ambiental nessa área e não apresentarem caráter sistemático e permanente, podem-se citar os seguintes progra-mas da FUNDACENTRO que enfocam a relação entre substância química e ambiente de trabalho: • Programa Nacional de Educação em Segurança e Saúde do Trabalhador – PROEDUC,
que desenvolve ações educativas, estimula a produção literária, promove a socializa-ção dos conhecimentos e experiências em segurança e saúde do trabalhador, contem-plando até mesmo áreas como grandes acidentes industriais e agrotóxicos;
• Programa de Agricultura, que aborda questões relacionadas à saúde ocupacional na agricultura; suas principais ações desenvolvidas na área rural estão voltadas para a prevenção dos riscos representados pelo uso de agrotóxicos e pelas máquinas e equi-pamentos agrícolas e florestais.
Podem também ser citados o Projeto de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno, do Núcleo de Saúde Coletiva do CPqAM/Fiocruz, e o Curso de Capacitação Profissional em Agricultura Sustentável, da Fundação Gaia.
Complementando o documento, seguem-se os Anexos:Anexo I – Relação de Contatos;Anexo II – Memória Técnica.
C A P Í T U L O
1.1 Informações Gerais
Segue, abaixo, relação de informações gerais sobre o Brasil, sendo que os dados demográfi-cos e econômicos têm como fonte o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
• Nome oficial: República Federativa do Brasil • Forma de governo: República presidencialista • Idioma: Português • Área: 8.514.204,9 km2
• Extensões de fronteira: 15.735 km com 10 países limítrofes e 7.367 km com o Oceano Atlântico • População total: 169.799.170 (Censo de 2000) 174.822.778 (estimativa em 19/08/02) • População urbana: 81,25% (Censo de 2000) • População rural: 18,75% (Censo de 2000) • Idade média da população: entre 15 e 64 anos (64,55%) • Faixa em idade de trabalho: entre 15 e 64 anos (64,55%) • Taxa de natalidade: 19,89 (por mil habitantes, 2001) • Esperança de vida: 68,82 anos • Taxa de alfabetização: 82,2% (1999) Média do nível educacional da população: Anos de estudo das pessoas de 10 anos ou mais (%) – 1999 Sem instrução ou menos de 1 ano: 13,4 1 a 3 anos: 18,3 4 a 7 anos: 34,2 8 a 10 anos: 14,8 11 anos e mais: 19,0
Marco de Informação Nacional
1
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 38 Capítulo 1 • Marco de Informação Nacional 39
• Taxa de desemprego: 6,2 % (2001) • Produto Interno Bruto (PIB): R$ 963.868.000.000 (1999) • Participação (%) no valor adicionado a preços básicos (2000): Indústria: 37,52 Agropecuária: 7,69 Serviços: 58,88 Dummy financeiro: -4,10 • Consumo de energia elétrica (GWh): 307.449 (Eletrobrás, 2000) • Consumo total de energia primária (tep): 258 x 106 (MME, 2000)
1.2 Estrutura Política e Geográfica
A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A capital – Brasília – está localizada no Distrito Federal, na região central do País. Há 5.561 municípios distribuídos em 26 Esta-dos e no Distrito Federal e em cinco regiões geográficas: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O Mapa 1 ilustra a divisão dos estados brasileiros.
Mapa 1. Divisão Geográfica Brasileira
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Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 38 Capítulo 1 • Marco de Informação Nacional 39
1.3 Setor Industrial e Setor Agropecuário
A Tabela 1.1 apresenta panorama do setor industrial e do setor agropecuário brasileiros, por meio da participação setorial no PIB, do número de pessoas ocupadas em cada setor e dos principais produtos e áreas de serviços.
Tabela 1.1 Panorama do Setor Industrial e do Setor Agropecuário (1999)
SetorParticipação
no PIB (%)
Pessoas
Ocupadas*Principais Produtos em cada Setor
Indústria 35,60 13.804.961
Produtos alimentícios e bebidas;
produtos químicos, refino de petróleo
e produção de álcool; metalurgia, veícu-
los automotores, máquinas e equipa-
mentos; minerais não-metálicos; têxteis,
vestuário, calçados e construção civil
Agropecuária 8,19 17.372.105
Arroz; cana-de-açúcar; milho; cacau; fei-
jão; banana; café; laranja; soja; algodão;
aves; bovinos
Prestação de
Serviços
49,11
13.849.433
Serviços
Auxiliares da
Atividade Eco-
nômica
2.782.543
Transportes e
Comunicação2.815.179
Social 6.774.080
Administração
Pública3.315.247
Comércio 7,10 9.618.374
Outros 1.344.297
TOTAL 100,00 71.672.219
Fonte: IBGE
*Estão incluídos trabalhadores formais e informais
1.3.1 Agropecuária Brasileira1
O setor agropecuário brasileiro contribui com cerca de 7,6% na formação do Produto In-terno Bruto (PIB), o que corresponde a R$ 86 bilhões em valores de 2000. Utilizando-se o atual conceito de agronegócios – que considera desde o produto primário até sua indus-trialização e comercialização, incluindo os setores fornecedores de insumos, máquinas e implementos –, a geração de renda do setor eleva-se para cerca de 27% do PIB, ou seja, perto de R$ 306,86 bilhões.
1 Fonte: Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 40 Capítulo 1 • Marco de Informação Nacional 41
A atividade rural emprega cerca de 24% de toda população economicamente ativa, pouco mais de 16,6 milhões de trabalhadores. Hoje, é o segmento que mais emprega no Brasil. O desempenho da agricultura, isoladamente, pode ser avaliado pelas safras de grãos, especialmente de soja, milho, arroz, feijão e trigo, com volumes da ordem de 80 milhões de toneladas/ano.
A produção de carnes, em torno de 15 milhões de toneladas/ano, também tem sua par-ticipação expressiva no PIB. São produzidos, por ano, perto de 6,8 milhões de toneladas de carne bovina; 6,3 milhões de toneladas de carne de frango; e 2 milhões de toneladas de carne suína.
Outras culturas expressivas, das quais o Brasil lidera a produção mundial, são a cana-de-açúcar, com 339 milhões de toneladas; frutas cítricas, com 32 milhões de toneladas; e café, com mais de 27,5 milhões de sacas. A esse conjunto, soma-se, ainda, a produção florestal – principalmente madeira e carvão vegetal – e o setor de pescados, responsáveis por receita anual superior a R$ 4 bilhões. A agropecuária tem ampliado sua participação na pauta de exportações do País, proporcionando receita cambial em torno de US$ 19 bilhões por ano, o que representa 33% das vendas externas brasileiras ao Exterior. O setor agropecuário registra, atualmente, superávit na balança comercial de cerca de US$ 14,5 bilhões/ano, sendo o único setor da economia a apresentar resultado positivo em um período recente, o que atesta sua competitividade e importância na geração de divisas para o País.
As Tabelas a seguir caracterizam o setor agropecuário.
Tabela 1.2 Condição do Produtor (1996)
Condição do produtor Estabelecimentos Área (ha)
Proprietário 3.604.343 331.654.891
Arrendatário 268.294 8.649.002
Parceiro 277.518 3.174.527
Ocupante 709.710 10.132.826
Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 1995/1996
Tabela 1.3 Atividade Econômica (1996)
Tipo de Atividade Estabelecimentos Área (ha)
Lavoura temporária 1.864.107 63.004.851
Horticultura e produtos de viveiros 78.210 1.023.644
Lavoura permanente 533.214 17.170.240
Pecuária 1.350.432 213.910.973
Produção mista (lavoura e pecuária) 838.455 39.625.901
Silvicultura e exploração florestal 158.408 16.050.470
Pesca e aqüicultura 9.044 297.150
Produção de carvão vegetal 27.995 2.528.016
Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 1995/1996
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 40 Capítulo 1 • Marco de Informação Nacional 41
Tabela 1.4 Utilização das Terras (1996)Tipo de Uso Informantes Área (ha)
Lavouras permanentes 1.532.854 7.541.626
Lavouras temporárias 3.863.301 34.252.829
Lavouras temporárias em descanso 718.563 8.310.029
Pastagens naturais 1.914.596 78.048.463
Pastagens plantadas 1.618.411 99.652.009
Matas e florestas naturais 1.955.577 88.897.582
Matas e florestas plantadas 398.473 5.396.016
Produtivas não-utilizadas 821.784 16.360.085
Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 1995/1996
Tabela 1.5 Detalhamento da Produção Agrícola por Região (1999)
Região Principais ProdutosParticipação da Agropecuá-
ria no PIB da Região (%)
Participação da Região
no PIB Nacional (%)
Norte
Mandioca; milho;
cana-de-açúcar; arroz;
laranja
13,3 4,6
Nordeste
Cana-de-açúcar; fru-
tas; mandioca; milho;
feijão
10,6 12,7
Centro-OesteSoja; sorgo; algodão;
girassol; arroz; milho 14,8 7,5
Sudeste
Cana-de-açúcar; café;
laranja; outras frutas;
milho; soja; mandioca;
tomate; batata inglesa
4,9 59,1
Sul
Soja; trigo; milho;
arroz; feijão; tabaco;
maçã; alho; cebola
14,4 16,1
Fonte: IBGE
1.3.2 Setor Industrial
Na década de 1990, a indústria brasileira respondeu, em média, por 37% do PIB, empre-gando 20% da população economicamente ativa. Nesse período, observou-se o cresci-mento das exportações de manufaturados, os quais representaram, em 2000, cerca de 59% das exportações. Esse é fator de contribuição para melhorar o equilíbrio da balança comercial.
A indústria foi, em 2000, um dos maiores responsáveis pelo crescimento do PIB, das exportações e do nível de emprego formal. O número de empregados no setor chegou a 5.945.628. Considerando-se a distribuição geográfica do crescimento industrial, a taxa de cinco estados foi superior à média nacional (5,0%), no ano 2000: Rio Grande do Sul e Ceará (ambos com taxa de crescimento de 8,8%); Minas Gerais (6,9%); Rio de Janeiro e Espírito Santo (6,7% cada um).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 42 Capítulo 1 • Marco de Informação Nacional 43
Os segmentos industriais que apresentaram em 2000 as maiores taxas de utilização da capacidade instalada foram: celulose, papel e papelão (94%); borracha (91%); metalurgia (88%); têxtil (88%) e vestuário e artefatos de tecidos (88%). A seguir, são apresentadas ta-belas que detalham a distribuição industrial por setores caracterizados pela distribuição da produção por região (Tabela 1.6), assim como pelo número de pessoas empregadas e pelo valor da transformação industrial (Tabela 1.7).
Tabela 1.6 Detalhamento da Produção Industrial por Região (1999)
Região Principais Setores/Produtos Participação da
Indústria no PIB da
Região (%)
Participação da
Região no PIB
Nacional (%)
Norte Alimentos; madeira e móveis;
construção civil; eletroeletrôni-
ca, mecânica e de transporte;
minérios
27,7 4,6
Nordeste Alimentos; têxteis e vestuário;
produtos da metalurgia e me-
cânica; móveis; petroquímicos;
calçados
33,4 12,7
Centro-Oeste Alimentos; produtos da metalur-
gia; minérios; construção civil
16,5 7,5
Sudeste Metalurgia; siderurgia; mecânica;
automobilística; agroindústria;
alimentos; minérios; eletroeletrô-
nicos; químicos
39,1 59,1
Sul Alimentos; químicos; vestuário e
calçados; agroindústria; papel e
celulose; fertilizantes; têxteis
34,3 16,1
Fonte: IBGE
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 42 Capítulo 1 • Marco de Informação Nacional 43
Tabela 1.7 Indústria – Distribuição Setorial (1999)
Pessoas Empregadas Valor da Transformação
Industrial
No de pessoas % doTotal R$ 1.000 % doTotal
INDÚSTRIA 5.003.642 100,00 209.964.490 100,00
Indústrias extrativas 91.008 1,82 6.510.380 3,10
Extração de carvão mineral 3.683 0,07 148.178 0,07
Extração de petróleo e serviços
correlatos
2.392 0,05 95.271 0,05
Extração de minerais metálicos 24.883 0,50 4.722.608 2,25
Extração de minerais não-metálicos 60.050 1,20 1.544.323 0,74
Indústrias de transformação 4.912.634 98,18 203.454.110 96,90
Produtos alimentícios e bebidas 929.706 18,58 34.263.296 16,32
Produtos do fumo 17.346 0,35 2.188.501 1,04
Produtos têxteis 260.988 5,22 6.522.288 3,11
Artigos do vestuário e acessórios 378.441 7,56 4.071.538 1,94
Artefatos de couro e calçados 283.831 5,67 4.027.235 1,92
Produtos de madeira 199.084 3,98 2.881.829 1,37
Celulose, papel e produtos de papel 134.540 2,69 8.440.465 4,02
Edição, impressão e reprodução
de gravações
195.790 3,91 8.771.327 4,18
Refino de petróleo e produção
de álcool
93.014 1,86 20.829.226 9,92
Produtos químicos 293.561 5,87 29.340.740 13,97
Artigos de borracha e plástico 253.510 5,07 7.908.111 3,77
Produtos de minerais não-metálicos 275.702 5,51 7.452.599 3,55
Metalurgia básica 173.831 3,47 12.921.909 6.,15
Produtos de metal 283.703 5,67 7.321.202 3,49
Máquinas e equipamentos 305.444 6,10 12.062.146 5,74
Máquinas para escritório e infor-
mática
15.493 0,31 1.564.758 0,75
Máquinas, aparelhos e materiais
elétricos
131.370 2,63 4.986.214 2,37
Material eletrônico e de comu-
nicações
73.087 1,46 6.080.667 2,90
Equipamento de instrumentação
e precisão
51.644 1,03 1.737.028 0,83
Veículos automotores 252.225 5,04 12.513.028 5,96
Outros equipamentos de transporte 39.847 0,80 3.075.450 1,46
Móveis e indústrias diversas 265.812 5,31 4.396.056 2,09
Reciclagem 4.316 0,09 98.497 0,05
Fonte: Pesquisa Industrial Anual 1999, IBGE
C A P Í T U L O 2
A s categorias de substâncias consideradas prioritárias – em função, principalmente, de seu risco potencial à saúde e ao meio ambiente – para consideração pelo Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas são:
• Produtos químicos inorgânicos (cloro e álcalis; intermediários para fertilizantes; fer-tilizantes fosfatados, nitrogenados e potássicos; gases industriais; outros produtos inorgânicos);
• Produtos químicos orgânicos (petroquímicos básicos; intermediários para resinas e fibras; outros produtos químicos orgânicos);
• Produtos farmoquímicos; • Agrotóxicos (inseticidas, fungicidas, herbicidas, outros agrotóxicos); • Tintas, vernizes, esmaltes, lacas; tintas de impressão; impermeabilizantes, solventes e
produtos afins; • Produtos e preparados químicos diversos (catalisadores, aditivos de uso industrial,
outros produtos químicos); e • Metais e seus compostos (chumbo, cromo, cádmio, mercúrio), arsênio e amianto/
asbestos.Nos agrupamentos acima definidos, observa-se mescla de substâncias bem especificadas, como no caso dos metais, e atividades industriais envolvendo várias substâncias.
Para fins de coleta de dados estatísticos sobre produção, importação e exportação, foram consideradas a Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE, utilizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e a Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, que define os Capítulos da Tarifa Externa Comum – TEC e é utilizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, como descrito no Quadro 2.1. A coleta de informações e dados apresentados neste Capítulo foi realizada em outubro de 2002 e reflete, portanto, as nomenclaturas vigentes e os dados disponíveis naquela data.
Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 46 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 47
Quadro 2.1 Nomenclaturas de Estatísticas de Produção e de Comércio Exterior de Substâncias Químicas
Estatísticas de Produção: Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAEAs estatísticas de produção são coletadas obedecendo-se à Classificação Nacio-nal de Atividades Econômicas – CNAE, adotada oficialmente pelo Sistema Esta-tístico Nacional e pelos órgãos federais gestores de registros administrativos. A CNAE foi desenvolvida tendo como referência a International Standard Industrial Classification of All Economic Activities (ISIC) das Nações Unidas e implementada em 1995 pelo Sistema Nacional e órgãos da administração federal. O responsável pela gestão e pela manutenção da CNAE é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir das deliberações da Comissão Nacional de Classifi-cação (CONCLA). A CNAE utiliza seqüência de códigos que progressivamente detalham os setores de cada grupo de atividade econômica, seguindo desde a seção até subclasses, passando por divisões, grupos e classes. Informações mais detalhadas sobre a CNAE podem ser encontradas no site do IBGE no seguinte endereço eletrônico: http://www1.ibge.gov.br/concla/cnae.
Estatísticas de Comércio Exterior – Nomenclatura Comum do Mercosul – NCMAs informações do Sistema de Análise das informações de Comércio Exterior pela Internet, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, denominado ALICE-Web (ver Capítulo 8), são expressas em Dólares dos Estados Unidos, na condição de venda FOB (Free on Board), e em quilograma líquido. Estão disponíveis para consulta as seguintes informações, tanto para exportação como para importação: mercadoria; país; bloco econômico; unidade da Federa-ção (Estados e Distrito Federal); vias de transporte e porto.
O ALICE-Web utiliza a Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, composta de oito dígitos, sendo os seis primeiros formados pelo Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (capítulo, posição e subposição), e os dois últimos (item e subitem) criados de acordo com a definição estabelecida entre os países do Mercosul. A classificação das mercadorias na NCM rege-se pe-las Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado – SH. A composi-ção dos códigos do SH, formado por seis dígitos, permite que sejam atendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria constitutiva e aplicação, em um ordenamento lógico, crescente e de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias. A união aduaneira no Mercosul implicou a adoção de uma Tarifa Externa Comum – TEC. A TEC correlaciona os códigos da NCM com os direitos de importação incidentes sobre cada um desses itens.
Informações detalhadas dessa metodologia podem ser encontradas no item Metodologia de Produção Estatística no Comércio Exterior, no seguinte endere-ço eletrônico: http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br.
Correspondência entre NomenclaturasNão existe correspondência direta entre as classificações utilizadas pelo IBGE e pelo MDIC. Para as substâncias de interesse deste Perfil, a Tabela 2.1 apresenta as corres-pondentes denominações conforme a CNAE, enquanto a Tabela 2.2 apresenta sua localização dentro dos capítulos da TEC. A leitura das estatísticas apresentadas deve, portanto, considerar este aspecto.Foram utilizadas diversas outras fontes de informa-ção existentes, mas tendo-se como referência as duas relações acima apresentadas. Fontes: IBGE, MDIC, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 46 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 47
A Tabela 2.1 apresenta a relação de substâncias de acordo com a CNAE. Com relação às atividades industriais, a principal Divisão da CNAE avaliada foi a de número 24, excetuan-do-se desta divisão os grupamentos relacionados à fabricação de resinas e elastômeros; à fabricação de fibras, fios, cabos e filamentos contínuos artificiais e sintéticos e à fabricação de sabões detergentes, produtos de limpeza e artigos de perfumaria. Do Grupo 24.9 da CNAE, relacionado à fabricação de produtos e preparados químicos diversos, excluíram-se: a fabricação de adesivos e selantes; de explosivos; a fabricação de chapas, filmes, papéis e outros materiais e produtos químicos para fotografia; e a fabricação de fitas virgens.
Tabela 2.1 Denominações das Substâncias Selecionadas, de Acordo com a CNAE
Divisão Grupo Classe Denominação
Seção Industrial C – Indústrias Extrativas
13 Extração de minerais metálicos
13.2 Extração de minerais metálicos não-ferrosos
13.29-3 Extração de outros minerais metálicos não-ferrosos
• Cromo
• Mercúrio
14 Extração de minerais não-metálicos
14.2 Extração de outros minerais não-metálicos
14.29-0 Extração de outros minerais não-metálicos
• Amianto/asbestos
Seção Industrial D – Indústrias de Transformação
24 Fabricação de produtos químicos
24.1 Fabricação de produtos químicos inorgânicos
24.11-2 Fabricação de cloro e álcalis
24.12-0 Fabricação de intermediários para fertilizantes
24.13-9 Fabricação de fertilizantes fosfatados, nitrogenados e
potássicos
24.14-7 Fabricação de gases industriais
24.19-8 Fabricação de outros produtos químicos inorgânicos
• Chumbo
• Cromo
24.2 Fabricação de produtos químicos orgânicos
24.21-0 Fabricação de produtos petroquímicos básicos
24.22-8 Fabricação de intermediários para resinas e fibras
24.29-5 Fabricação de outros produtos químicos orgânicos
24.5 Fabricação de produtos farmacêuticos
24.51-1 Fabricação de produtos farmoquímicos
24.6 Fabricação de agrotóxicos (defensivos agrícolas)
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Tabela 2.1 Denominações das Substâncias Selecionadas, de Acordo com a CNAE (Cont.)
Divisão Grupo Classe Denominação
24.61-9 Fabricação de inseticidas
24.62-7 Fabricação de fungicidas
24.63-5 Fabricação de herbicidas
24.69-4 Fabricação de outros agrotóxicos
24.8 Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e pro-
dutos afins
24.81-3 Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas
24.82-1 Fabricação de tintas de impressão
24.83-0 Fabricação de impermeabilizantes, solventes e produ-
tos afins
24.9 Fabricação de produtos e preparados químicos
diversos
24.93.7 Fabricação de catalisadores
24.94-5 Fabricação de aditivos de uso industrial
24.99-6 Fabricação de outros produtos químicos
26 Fabricação de produtos de minerais não-metálicos
26.9 Aparelhamento de pedras e fabricação de outros
produtos de minerais não-metálicos
26.99-9 Fabricação de outros produtos de minerais não-me-
tálicos
Amianto/asbestos
27 Metalurgia básica
27.4 Metalurgia de metais não-ferrosos
27.49-9 Metalurgia de outros metais não-ferrosos e suas ligas
• Chumbo
• Cádmio
28 Fabricação de produtos de metal – exclusive máqui-
nas e equipamentos
28.9 Fabricação de produtos diversos de metal
28.99-1 Fabricação de outros produtos elaborados de metal
• Chumbo
Para obtenção dos dados de importação e exportação dos produtos químicos, foi uti-lizado, como referência, o Banco de Dados do Sistema ALICE-Web (v. Quadro 2.2), que é o sistema de informações de comércio exterior pela Internet, da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC. A Ta-bela 2.2 apresenta as categorias de substâncias objeto deste documento de acordo com os capítulos da TEC.
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Quadro 2.2 Sistema ALICE-Web
O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior pela Internet, deno-minado ALICE-Web, da Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, foi desenvolvido para modernizar as formas de acesso e a sistemática de disseminação dos da-dos estatísticos das exportações e das importações brasileiras. O ALICE-Web é atualizado mensalmente, quando da divulgação da balança comercial, e tem por base os dados obtidos a partir do Sistema Integrado de Comércio Exterior – SIS-COMEX, sistema que administra o comércio exterior brasileiro.
O acesso ao ALICE-Web é gratuito, bastando o interessado preencher ficha de cadastro para receber por meio eletrônico a senha de acesso.
A seguir, apresentam-se os conceitos e as definições relativos às variáveis de consulta disponíveis no ALICE-Web:
Exportação – corresponde às mercadorias embarcadas para o Exterior, sem retorno previsto;
Importação – corresponde à entrada de mercadorias originárias do Exterior, sem retorno previsto;
Mercadoria – corresponde a todo produto objeto de exportação ou importa-ção. Para efeito de classificação de mercadorias, o Brasil passou a utilizar, desde 1996, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), utilizada igualmente pelos demais países partícipes do bloco (Argentina, Paraguai e Uruguai), baseado no Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias – SH.
Nomenclatura Comum do Mercosul – A NCM é composta de oito dígitos, sendo os seis primeiros formados pelo Sistema Harmonizado (capítulo, posição e subposição), e os dois últimos (item e subitem) criados de acordo com a defini-ção estabelecida entre os países do Mercosul. A classificação das mercadorias na NCM rege-se pelas Regras Gerais para a Interpretação do Sistema Harmonizado. Para obter maiores detalhes sobre a classificação de mercadorias na NCM, além da Tabela de Ajuda e o contido no tópico variáveis de consulta, consulte Classifi-cação de Mercadorias na NCM.
País de destino (exportação) – Para efeito de divulgação estatística de ex-portação, país de destino é aquele conhecido no momento do despacho como o último país para onde os bens se destinam.
País de origem (importação) – Para efeito de divulgação estatística de im-portação, é o país onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os mi-nerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o país de origem é aquele no qual foi completada a última fase de proces-samento para que o produto adote sua forma final (como conceito definido pela convenção de Kyoto).
Bloco econômico – os países são agrupados por blocos econômicos seguin-do a constituição de regiões geoeconômicas e acordos internacionais. Um país pode fazer parte de mais de um bloco econômico.
Estado produtor (Unidade da Federação exportadora) – para efeito de divulgação estatística de exportação, é a Unidade da Federação onde foram cultivados os produtos agrícolas, extraídos os minerais ou fabricados os bens manufaturados, total ou parcialmente. Neste último caso, o estado produtor é aquele no qual foi completada a última fase do processo de fabricação para que o produto adote sua forma final (conceito de origem).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 50 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 51
Estado importador (Unidade da Federação importadora) – para efeitos estatísticos, define-se como estado importador a Unidade da Federação do do-micílio fiscal do importador.
Via de transporte – Na exportação, é a modalidade utilizada para o trans-porte da mercadoria a partir do último local de embarque para o Exterior. Na importação, configura-se por meio de acesso da mercadoria ao primeiro local de entrada no território nacional. De acordo com o estabelecido no âmbito dos países do Mercosul, o Brasil adota as seguintes modalidades de transporte: marí-tima, fluvial, lacustre, aérea, postal, ferroviária, rodoviária, tubo-conduto, linha de transmissão e meios próprios.
Porto – Na exportação, é o porto ou localidade onde ocorrerá o efetivo em-barque da mercadoria, ou seja, o último local habilitado do território nacional de onde sairá a mercadoria com destino ao Exterior. Na importação, é o local onde ocorrerá o efetivo desembarque da mercadoria, isto é, o primeiro local credencia-do do território nacional aonde chegará a mercadoria proveniente do exterior.
Tabela 2.2 Capítulos da Tarifa Externa Comum (TEC) relacionados ao Perfil Nacional
Capítulo Título Substância do Perfil Nacional
25 (parcial) Sal, enxofre, terras e pedras, gesso e
cimento
Amianto (asbestos)
26 (parcial) Minérios, escórias e cinzas Metais
28* Produtos químicos inorgânicos Cloro e álcalis; intermediários para
fertilizantes; gases industriais; outros
produtos inorgânicos
Metais
29* Produtos químicos orgânicos Petroquímicos básicos; intermediários
para resinas e fibras; outros produtos
químicos orgânicos
30* (parcial) Produtos Farmacêuticos Produtos farmoquímicos
31* Adubos e Fertilizantes minerais ou
químicos
Fertilizantes fosfatados, nitrogenados
e potássicos
32* Extratos tanantes e tintoriais, taninos
e seus derivados, pigmentos e outras
matérias corantes
Tintas, vernizes, esmaltes e lacas;
tintas de impressão; impermeabilizan-
tes, solventes e produtos afins
38* Produtos diversos da indústria química Catalisadores, aditivos de uso indus-
trial, outros produtos químicos
68 (parcial) Obras de pedra, gesso, cimento
Amianto, mica etc.
Amianto (asbestos)
78 (parcial) Chumbo e suas obras Chumbo
81 (parcial) Outros metais comuns, ceramais, obras
desses materiais
Cromo
Cádmio
85 (parcial) Máquinas, aparelhos e material elétrico,
suas partes etc.
Chumbo
*Capítulos da TEC que compõem a indústria química
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 50 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 51
2.1 Produção, Importação e Exportação de Substâncias Químicas
Dados da Confederação Nacional da Indústria – CNI mostram que o Brasil possuía, no ano 2000, 218.171 estabelecimentos industriais, gerando 4.863.434 empregos industriais (CNI, 2002).
A importância da indústria química na formação do PIB brasileiro é determinada pelo conceito de valor adicionado (ou valor agregado) que, segundo dados de 2000, chega a cerca de 2,9% do PIB (ABIQUIM, 2002).
O faturamento líquido da indústria química brasileira em 2001, considerando todos os segmentos, atingiu US$ 38,3 bilhões, 12% menor do que o do ano 2000. Em termos de faturamento líquido, a indústria química brasileira é a 9a maior do mundo.
Em 2001, as vendas caíram 5,4% em relação ao observado no ano anterior. O déficit na balança comercial brasileira de produtos químicos foi de US$ 6,6 bilhões em 2000, US$ 7,2 bilhões em 2001 e US$ 6,3 bilhões em 2002.
Dados da Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM apontam que, em valor, as exportações em 2002, comparadas com as do ano 2001, aumentaram 8,44% e as importações caíram 6,32%. Em volume de produtos químicos, o Brasil importou 16,43 milhões de toneladas em 2001 e 17,1 milhões de toneladas em 2002, enquanto exportou 4,93 milhões de toneladas em 2001 e 5,7 milhões de toneladas em 2002.
Do total de 2002, 16,7 milhões de toneladas (importadas) e 5,5 milhões de toneladas (exportadas) foram de produtos químicos de uso industrial, ou seja, 97,8% e 97,2%, respectivamente.
O segmento dos produtos químicos de uso industrial é aquele que congrega os produtos que são utilizados no âmbito de outros setores industriais ou na própria indústria química. No Brasil, isto representa aproximadamente três mil produtos, produzidos por cerca de 800 empresas.
O levantamento setorial estatístico deste segmento é feito pela ABIQUIM, por meio do Sistema Dinâmico de Informações – SDI, que se baseia em informações de 209 produtos químicos de uso industrial que, no total, em 2001, alcançaram a produção física de 30.612,7 mil toneladas.
Analisando o desempenho do setor, o Relatório Anual da ABIQUIM sobre o ano 2001 mostra que praticamente todos os setores investigados, do segmento de produtos quími-cos industriais, apresentaram redução tanto na produção quanto no volume de vendas.
O grupo de produtos cloro álcalis foi o mais afetado pela crise de energia elétrica. A sua produção e o volume de vendas caíram 14,8% e 18,4%, respectivamente, em relação ao ano 2000. O mesmo aconteceu com o grupo de intermediários para fibras sintéticas, com redução de 12,4% no volume produzido e 10,7% no volume de vendas. O setor de elastômeros apresentou, em 2001, redução de 10,4% na produção e 8,2% no volume de vendas. O grupo de resinas termoplásticas apresentou redução de 5,0% na produção e 2,9% no volume de vendas. Neste grupo, as exportações caíram 15,0% em virtude do excesso de oferta e dos baixos preços no mercado internacional. O único grupo que apre-sentou crescimento foi o grupo de resinas termofixas, utilizadas nos setores moveleiro e calçadista, com aumento de 11,0% na produção e 10,0% no volume de vendas.
Com relação a outros setores de produção da indústria química, o mesmo relatório apresenta informações relevantes. Segundo o documento, a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica – ABIFARMA relata que o setor obteve faturamento líquido em 2001 de US$ 5,7 bilhões, 15,0% menor do que no ano 2000; as exportações cresceram 11,1%, atingindo US$ 200 milhões, e as importações, da ordem de US$ 1,43 bilhões, foram 6,7% maiores do que o ano 2000, gerando déficit de US$ 1,23 bilhões na balança comercial.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 52 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 53
O setor de tintas e vernizes reportou, por intermédio da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – ABRAFATI, crescimento de 1,5% nas vendas em 2001, em relação ao ano anterior. Entretanto, o faturamento líquido foi 8,0% menor que em 2000, atingindo US$ 1,4 bilhão.
Sobre os agrotóxicos, o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola – SINDAG informou que o faturamento líquido do segmento caiu 8,0% em relação ao ano 2000, alcançando US$ 2,3 bilhões. O segmento de fertilizantes, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos – ANDA, apresentou redução de 6,7% no faturamento em 2001, atingindo o valor de US$ 2,8 bilhões, apesar do registro de aumento nas vendas.
Estudo que avalia os gargalos tecnológicos determinantes da importação de produtos químicos cita que o valor das importações brasileiras sofreu grande aceleração ao longo da década de 90, o que não foi acompanhado pela exportação (ABIQUIM, 2000).
Confirmando essa tendência, o Relatório Anual da ABIQUIM mostra que as expor-tações em 2001 foram 12,3% menores do que no ano anterior, movimentando US$ 3,5 bilhões, enquanto as importações movimentaram US$ 10,8 bilhões e aumentaram 1,0% sobre o valor importado no ano 2000. Em termos de volume, as exportações caíram 11,0% e as importações 0,53%, sendo 4,9 milhões de toneladas exportadas e 16,43 milhões de toneladas importadas. No entanto, em 2002, as exportações (em valor e em volume) e as importações (em volume) aumentaram, enquanto as importações em valor caíram.
2.1.1 Produtos Químicos Inorgânicos
2.1.1.1 Produção de Cloro e ÁlcalisOs principais produtos da indústria de cloro e álcalis são: ácido clorídrico, cloro, hipoclori-to de sódio, soda cáustica (hidróxido de sódio) e barrilha (carbonato de sódio).
No Brasil, o cloro foi industrializado a partir de 1933. Hoje, o setor tem nove unidades fabris, com capacidade de produção de 1,2 milhão de t/ano e faturamento superior a R$ 500 milhões. A produção brasileira representa 60% do mercado latino-americano, mas o consumo do cloro no Brasil ainda é muito baixo (ABICLOR, 2001). Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Álcalis e Cloro Derivados – ABICLOR, o nível de utilização da capacidade instalada em 2001 foi de 76,1%, 12,5% menor que a de 2000, fato que ocorreu em função da redução de 25% no consumo de energia imposta ao setor. A Tabela 2.3 e as Gráficos 2.1 e 2.2 apresentam dados desse setor.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 52 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 53
Tabela 2.3 Produção da Indústria de Álcalis e Cloro Derivados
Produção (t) Importação (t) Exportação (t)
2000 2001 2000 2001 2000 2001
Soda Líquida 1.302.858 1.128.981 263.950 360.412 62.361 25.354
Soda Fundida 420 275
Soda em Escamas 45.127 39.244
Cloro 1.175.229 1.018.814 2.931 2.088 1.099 127
Ácido Clorídrico 135.895 131.178 – – 75 75
Hipoclorito de Sódio 56.128 58.174
Barrilha 190.616 194.837 393.844 430.796
Total 2.906.273 2.571.503
Fonte: ABICLOR, 2001
Figura 2.1 Produção da Indústria de Álcalis e Cloro derivados
Fonte: ABICLOR, 2002
A produção de soda líquida, principal produto do setor, apresentou, em 2001, redução de 13,3% em relação ao ano anterior. A produção nacional não atende à demanda, geran-do a necessidade de importação de soda cáustica, que, em 2001, foi 36,5% superior à de 2000. Este fato pode ser creditado também à meta de redução no consumo de energia.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 54 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 55
Figura 2.2 Produção, Importação e Exportação de Soda Líquida
Fonte: ABICLOR, 2002
Em termos de valor da produção e vendas, os dados constantes da pesquisa industrial de 1999 e 2000 indicam redução de 5,32% no valor da produção e de 11,07% no valor das vendas.
2.1.1.2 Produção de Intermediários para FertilizantesRelacionada à subclasse 24.12-0, da CNAE, esta categoria compreende a fabricação de intermediários para adubos e fertilizantes, tais como: ácido nítrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico, amônia (amoníaco liquefeito), fosfatos de amônio, uréia etc.
Segundo a Pesquisa Industrial 2000, do IBGE, a produção de intermediários para fertilizan-tes apresentou valor de R$ 1,713 milhão, em 1999, e de R$ 1,028 milhão em 2001. Por proce-dimentos metodológicos de não-identificação (sigilo), utilizados pelo IBGE quando existem apenas um ou dois informantes do setor, as quantidades produzidas são agregadas a um item denominado “outros” na pesquisa, impossibilitando o seu conhecimento real.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 54 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 55
Figura 2.3 Valor da Produção e Vendas de Intermediários para Fertilizantes – 1999 e 2000
Fonte: IBGE, 2000
Com relação à importação e à exportação de intermediários para fertilizantes – prin-cipalmente o ácido nítrico, o sulfúrico e o fosfórico – e a amônia (amoníaco liquefeito), o Brasil importou, em média, no período de 1998 a 2001, 260 mil toneladas de ácido sulfú-rico e 149 mil toneladas de ácido fosfórico, enquanto a média de importação de ácido nítrico e amônia líquida foi de 12 e 16 toneladas, respectivamente. O Brasil exportou, em média, nestes mesmos anos, 23 mil toneladas de amônia líquida, 5 mil toneladas de ácido sulfúrico e 2 mil toneladas de ácido nítrico. Os Gráficos 2.3, 2.4 e 2.5 apresentam dados do setor.
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Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 56 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 57
Figura 2.4 Importação de Intermediários de Fertilizantes – 1998 a 2001
Fonte: ALICE-Web, 2002
Figura 2.5 Exportação de Intermediários de Fertilizantes – 1998 a 2001
Fonte: ALICE-Web, 2002
Os dados de importação e exportação de 2002, do ALICE-Web, até setembro, regis-tram a importação de 245 mil toneladas de ácido sulfúrico e a exportação de 80 mil tonela-das de amônia, mantendo a liderança na importação e na exportação, respectivamente.
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2.1.1.3 Produção de Fertilizantes Fosfatados, Nitrogenados e PotássicosEste item inclui a fabricação de adubos e fertilizantes fosfatados, nitrogenados e potássi-cos, compostos e complexos, para uso agrícola e doméstico, e a fabricação de fertilizantes compostos NPK etc. Não estão incluídas a fabricação de adubos e fertilizantes naturais e a fabricação de agrotóxicos.
Com relação ao valor da produção e das vendas de fertilizantes no Brasil (Figura 2.6), os dados da Pesquisa Industrial (IBGE, 2000) mostram aumento no valor da produção da ordem de 29%, e nas vendas de 26%, entre os anos de 1999 e 2000.
Figura 2.6 Valor da Produção e Vendas de Fertilizantes Nitrogenados, Fosfatados e Potássicos – 1999 e 2000
Fonte: IBGE, 2000
Segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos – ANDA, o setor sofreu, em 2001, redução de 6,5% no seu faturamento em relação ao ano anterior, apesar de haver sido registrado aumento das vendas. A importação e a produção de fertilizantes apresen-taram crescimento nos últimos quatro anos, mas a importação vem crescendo mais acen-tuadamente (Tabela 2.4 e Gráfico 2.7).
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Tabela 2.4 Produção e Importação Nacional de Fertilizantes
Produção
(t métricas)
Importação
(t métricas)
Total
(t métricas)
1998 7.407.034 7.426.013 14.833.047
1999 7.536.985 7.059.457 14.596.442
2000 7.985.131 10.300.648 18.285.779
2001 7.597.279 9.740.520 17.337.799
Total 30.526.429 34.526.638
Fonte: ANDA, 2002
Figura 2.7 Produção e Importação Nacional de Fertilizantes
Fonte: ANDA, 2002
O uso de fertilizantes expressa a intensidade de uso na produção agrícola de um ter-ritório, em determinado período. A quantidade de fertilizantes entregue ao consumidor final, em 2000, dos três principais nutrientes, N, P2O5 e K2O, fontes de nitrogênio, fósforo e potássio, respectivamente, está apresentada no Gráfico 2.8.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 58 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 59
Figura 2.8 Fertilizante entregue ao Consumidor Final – 2000
Fonte: ANDA, 2002
A quantidade de fertilizantes comercializada (Gráfico 2.9), por área plantada, vem au-mentando gradativamente nos últimos oito anos. Os cinco estados brasileiros com maior volume de utilização, por unidade de área, em 2000, foram: Distrito Federal (252,23 kg/ha); Amapá (243,90 kg/ha); Minas Gerais (219,28kg/ha); São Paulo (213,60 kg/ha) e Goiás (193,28 kg/ha) (IBGE, 2002).
Figura 2.9 Quantidade comercializada de fertilizantes, por área plantada (1992–2000)
Fonte: IBGE, 2002
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2.1.1.4 Gases IndustriaisEsta subclasse da CNAE contempla a fabricação de gases industriais ou médicos, líquidos ou comprimidos como: gases elementares (oxigênio, nitrogênio, hidrogênio, etc.); ar líqui-do ou comprimido; gases refrigerantes; gases inertes como dióxido de carbono; misturas de gases industriais; acetileno, etc. Compreende, também, a fabricação de gelo seco (ani-drido carbônico). O Gráfico 2.10 mostra o comportamento do valor da venda e da produ-ção entre os anos de 1999 e 2000.
Figura 2.10 Produção e Vendas de Gases Industriais – 1999 e 2000
Fonte: IBGE, 2000
A Tabela 2.5 e o Gráfico 2.11 apresentam os gases industriais, cujo quantitativo de pro-dução foi disponibilizado na Pesquisa Industrial do IBGE, de 2000.
Tabela 2.5 Produção de Gases Industriais (1999 e 2000)
Gases Industriais 1999 2000
Acetileno (kg) 6.818.479 9.137.900
Argônio (gases raros) (m3) 14.185.053 52.993.677
Dióxido de carbono (gás carbônico, anidrido carbônico) (kg) 527.048.203 298.746.104
Gases raros não-especificados (kg) 13.250.951 7.296.072
Hidrogênio (m3) 11.857.050 73.257.461
Nitrogênio (m3) 657.797.628 431.538.347
Oxigênio (m3) 579.735.226 2.947.368.330
Fonte: IBGE, 2000
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Figura 2.11 Produção de Gases Industriais (1999–2000)
Fonte: IBGE, 2000 e 2002
A importação e a exportação desses gases vêm apresentando redução, confor-me mostram os Gráficos 2.12 e 2.13, produzidos a partir dos quantitativos do ALICE-Web. A importação não segue o padrão acentuado de queda das exportações.
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Figura 2.12 Importação de Gases Industriais (1998–2001)
Fonte: ALICE-Web
Figura 2.13 Exportação de Gases Industriais (1998–2001)
Fonte: ALICE-Web, 2002
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2.1.2 Produtos Químicos Orgânicos
2.1.2.1 Petroquímicos BásicosNa CNAE, esta subclasse compreende a fabricação de produtos da primeira geração pe-troquímica, como: eteno, propeno, benzeno, tolueno, xilenos, butadieno, butenos, meta-nol e naftaleno.
A Tabela 2.6 apresenta os petroquímicos básicos cujo quantitativo de produção foi dis-ponibilizado, o que não significa serem os de maior valor, mas, sim, aqueles cujo número de informantes permite a publicação pelo IBGE com a manutenção do sigilo.
Tabela 2.6 Produção de Produtos Petroquímicos Básicos (1999 a 2000)
Produtos Petroquímicos Básicos 1999 (t) 2000 (t)
Benzeno 845.498 887.538
Etileno não-saturado 2.725.294 2.953.724
Metanol (álcool metílico) 7.071 20.720
Tolueno nd* 203.711
Fonte: IBGE, 2000 e 2002.
*nd = não-disponível
O Gráfico 2.14 compara o valor total das vendas e o da produção, de 1999 e 2000, em mil Reais, mostrando aumento tanto no valor da produção quanto das vendas.
Figura 2.14 Valor da Produção e Vendas de Petroquímicos Básicos (1999 e 2000)
Fonte: IBGE, 2000 e 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 64 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 65
Em pesquisa com alguns produtos petroquímicos básicos, observa-se que o álcool me-tílico (metanol) é o líder nas importações, segundo dados do Sistema ALICE-Web (Tabela 2.7). Quanto às exportações, o benzeno é o líder desta classe (Tabela 2.8).
Tabela 2.7 Importação de Petroquímicos Básicos (1998 a 2001)
1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Etileno (não-saturado) 10.024 1.931 2.418 17.728
Propeno (propileno) 0 3.878 0,23 11.379
Buteno (butadieno) e seus isômeros 275 2.669 178 194
Isopreno 0,002 0,001 0 0,002
Benzeno 0,122 0,576 1,605 0,568
Tolueno 844 184,713 31,735 20.960,906
o-Xileno 0,641 524,095 5.717,685 4.379,811
m-Xileno 1,304 4,729 1,645 2,415
p-Xileno 75.232 25.932,983 78.711,199 89.580,243
Mistura de isômeros de Xileno 8,367 0,730 8,431 10,789
Naftaleno 239,515 218,007 17,004 99,816
Metanol (álcool metílico) 194.620,661 266.708,442 278.640,454 242.027,504
Fonte: ALICE-Web, 2002
Tabela 2.8 Exportação de Petroquímicos Básicos (1998 a 2001)
1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Etileno (não-saturado) 13.271,914 1,379 4.535,798 0,306
Propeno (propileno) 93.904,720 52.077,487 43.758,641 70.521,371
Buteno (butadieno) e seus isômeros 6.713,756 1.801,672 8.599,679 10.533,168
Isopreno 13.354,690 12.386,253 11.305,126 13.962,116
Benzeno 312.718,216 413.503,228 336.100,877 216.316,230
Tolueno 31.004,346 74.194,740 30.973,808 66.945,892
o-Xileno 1.586,559 7.639,192 13.675,784 2.997,506
m-Xileno 9.192,905 12.382,699 15.299,851 2.100,893
p-Xileno 0 16.786,154 5.013,586 0
Mistura de isômeros de Xileno 14.430,514 4.743,635 1.385,898 474,657
Naftaleno 55,266 0,075 0,133 0
Metanol (álcool metílico) 0,849 0,001 0,538 0,392
Fonte: ALICE-Web, 2002
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2.1.2.2 Intermediários para Resinas e FibrasEsta subclasse da CNAE compreende a fabricação de produtos intermediários para resi-nas termoplásticas e termofixas, tais como cloreto de vinila monômero, dicloroetano, esti-reno, etilbenzeno, anidrido maleico, bisfenol A etc. Inclui também a fabricação de produ-tos intermediários para plastificantes, como: anidrido ftálico, octanol, iso-butanol etc.; a fabricação de produtos intermediários para fibras, como o ácido adípico, caprolactama, ácido tereftálico, acrilonitrila, adipato de hexametilenodiamina, dimetiltereftalato, monoe-tilenoglicol etc. Não inclui a fabricação de resinas termoplásticas nem a fabricação de re-sinas termofixas.
Todos os itens constantes da Pesquisa Industrial 2000 do IBGE apresentam o valor da produção e da venda dos intermediários de resinas de fibras, mas apenas alguns produtos apresentam a quantidade de produção e de venda (Gráfico 2.15).
Figura 2.15 Valor da Produção e Vendas de Resinas e Fibras
Fonte: IBGE, 2000
A Tabela 2.9 apresenta os itens da Pesquisa Industrial do IBGE cujo quantitativo de produção foi disponibilizado.
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Tabela 2.9 Produção de Intermediários de Resinas e Fibras (1999 e 2000)
Intermediários de Resinas e Fibras 1999 (t) 2000 (t)
Ácido adípico - 88.384,889
Álcool sec-butílico ou álcool ter-butílico 55.774,522 -
Anidrido ftálico 48.326,162 75.409,189
Ésteres de metila do ácido metacrílico - 19.004,500
Estireno - 464.008,672
Fenol (hidroxibenzeno) e seus sais 27.619,220 -
Hexametilenodiamina e seus sais - -
Metanal (formaldeído) 33.705,277 116.081,000
Fonte: IBGE, 2000 e 2002
Com relação às importações de intermediários de resinas e fibras, os produtos que sobressaem, entre os pesquisados, são o fenol (hidroxibenzeno) e seus sais, o acetato de vinila e o estireno, sendo este o que apresentou os maiores volumes nos anos 1998 a 2001 (Tabela 2.10).
Tabela 2.10 Importação de Intermediários de Resinas e Fibras (1998 a 2001)
1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Estireno 73.747,601 116.229,115 65.178,427 42.780,794
1,2 Dicloroetano (cloreto de etileno) 0,404 1,192 1,138 45.266,255
Álcool sec-butílico (2-butanol) 685,286 523,716 459,654 45,590
Álcool ter-butílico (2-metil e propanol) 282,267 101,821 231,440 114,756
Fenol (hidroxibenzeno) e seus sais 12.494,702 14.843,433 35.586,292 17.360,967
1-Cloro 2,3 epoxi propano (epicloridrina) 7.948,398 9.415,171 10.589,471 11.237,372
Metanal (formaldeído) 38,123 8,770 24,444 35,107
Acetato de vinila 10.405,163 12.996,535 16.779,666 13.451,805
Ácido metacrílico 1.891,916 2.254,050 2.734,062 2.744,080
Ácido adípico 40,698 437,972 3.496,960 6.735,854
Anidrido ftálico 9.589,861 1.808,125 150,515 15,024
Hexametilenodiamina e seus sais 105,568 1.052,749 100,733 304,978
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 66 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 67
Quanto às exportações de intermediários de resinas e fibras (Tabela 2.11), o produto que apresentou os maiores valores de comércio foi o 1,2 dicloroetano (cloreto de etileno).
Tabela 2.11 Exportação de Intermediários de Resinas e Fibras (1998 a 2001)
1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Estireno 194,985 7,541 91.932,265 19,620
1,2 Dicloroetano (cloreto de etileno) 147.537,969 150.238,071 166.965,816 93.220,195
Álcool sec-butílico (2-butanol) 25,440 15,840 0 0
Álcool ter-butílico
(2-metil e propanol)0,076 2,004 0 0
Fenol (hidroxibenzeno) e seus sais 3.639,519 7.269,883 8.960,048 2.962,509
1-Cloro 2,3 epoxi propano (epiclo-
ridrina)0 0,013 0 0,146
Metanal (formaldeído) 61,140 349,001 139,276 332,053
Acetato de vinila 15.290,053 6.335,020 19.229.406 16.500,396
Ácido metacrílico 0 0 0,125 0,300
Ácido adípico 20.581,034 13.907,512 13.489,398 11.868,722
Anidrido ftálico 305,000 1.480,893 2.732,344 4.263,340
Hexametilenodiamina e seus sais 12,600 7,700 3,850 0
Fonte: ALICE-Web, 2002
2.1.3 Fabricação de Produtos Farmacêuticos
2.1.3.1 Produtos FarmoquímicosNa CNAE, esta subclasse compreende a fabricação de substâncias químicas ativas utiliza-das nas preparações de medicamentos, como antibióticos, vitaminas, sulfas, plasma, alca-lóides etc., além da transformação do sangue e a fabricação de seus derivados e a fabrica-ção de açúcares e adoçantes de síntese. Não inclui a fabricação de intermediários para fármacos, as preparações farmacêuticas e a coleta do sangue humano.
A Pesquisa Industrial do IBGE (2000) apresenta apenas os valores de produção e venda, não estando disponibilizados os valores de volume de produção e de ven-das (Gráfico 2.16).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 68 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 69
Figura 2.16 Valor da Produção e Vendas de Farmoquímicos
Fonte: IBGE, 2000
Apesar de o Capítulo 30 da TEC apresentar informações de importação e exportação dos produtos farmacêuticos, os produtos considerados farmoquímicos pela CNAE estão apresentados no Capítulo 29, que trata dos produtos químicos orgânicos. A Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica – ABIQUIF, que congrega empresas do setor farmo-químico e produtoras de matérias-primas para medicamentos, apresenta os dados desa-gregados de produção, importação e exportação (Tabela 2.12 e o Gráfico 2.17).
Tabela 2.12 Produção, Exportação e Importação de Farmoquímicos (1998 a 2001)
Produção local estimada
(Milhões de US$)Exportações
(Milhões de US$)Importações
(Milhões de US$)
1998 466 182 1.169
1999 470 166 1.057
2000 426 142,1 871,0
2001 380 116,5 908,8
Fonte: ABIQUIF, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 68 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 69
Figura 2.17 Produção, Importação e Exportação de Farmoquímicos – 1998 a 2001
Fonte: ABIQUIF, 2002
A Tabela 2.13 apresenta os dez principais farmoquímicos importados e a Tabela 2.14, os dez principais exportados.
Tabela 2.13 Principais Produtos Farmoquímicos Importados
2000 (Milhões de US$) 2001 (Milhões de US$)
Acetato de ciproterona 24,3 Ivermectina 18,9
Ivermectina 20,3 Acetato de ciproterona 15,3
Dipirona 15,3 Dipirona 13,8
Metildopa 14,5 Cefaclor, cefalexina, cefalotina 12,3
Acetato de alfa-tocoferol 12,3 Amoxicilina e seus sais 12,2
Cefaclor,cefalexina, cefalotina 11,7 Metildopa 11,2
Vitamina C 10,4 Vitamina C 10,8
Amoxicilina e seus sais 9,8 Acetato de alfa-tocoferol 10,5
Zidovudina (AZT) 8,3 Abamectina 10,2
Ampicilina e seus sais 7,0 Zidovudina (AZT) 9,6
Fonte: ABIQUIF (SECEX), 2002
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Tabela 2.14 Principais Produtos Farmoquímicos Exportados
2000 (Milhões de US$) 2001 (Milhões de US$)
Rutina 16,5 Rutina 9,8
Nitrato e cloridrato de pilo-
carpina12,6 Extrato de glândulas 6,8
Cimetidina 8,0 Cefaclor,cefalexina,cefalotina 6,7
Outras cefalosporinas 6,9 Outras cefalosporinas 4,7
Trimetoprima 6,7 Heparina 4,3
Extrato de glândulas 6,7Nitrato e cloridrato de pilo-
carpina4,1
Heparina 4,4 Insulina 2,6
Cefaclor,cefalexina, cefalotina 2,7 Tianfenicol e ésteres 1,2
Insulina 2,1 Nicarbazina 0,7
Extrato de fígado 1,3 Metronidazol 0,7
Fonte: ABIQUIF (SECEX), 2002
2.1.4 Agrotóxicos
Os dados de agrotóxicos são acompanhados por várias associações, entre elas o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola – SINDAG, a Associação Nacional de Defesa Vegetal – ANDEF e a Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrí-colas – AENDA. Atualmente, o SINDAG disponibiliza a maior parte dos dados estatísticos do setor.
O uso de agrotóxicos está entre os principais instrumentos do atual modelo de de-senvolvimento da agricultura brasileira; em conseqüência, com o aumento do volume de vendas e devido aos efeitos adversos que podem causar, aumenta a preocupação com a exposição humana e ambiental a esses produtos (IBGE, 2002).
De acordo com o relatório de consumo de ingredientes ativos de agrotóxicos e afins no Brasil, elaborado pelo IBAMA (2000), o qual contempla 284 ingredientes ativos e a partici-pação de 52 empresas fabricantes e importadoras, o consumo nacional de agrotóxicos na-quele ano foi de 131.970 toneladas. Neste montante estão incluídos, além dos herbicidas, inseticidas, fungicidas e acaricidas, os reguladores de crescimento, feromônios, bacterici-das e moluscicidas. O consumo de enxofre, óleo mineral, cobre, óleo vegetal, adjuvante e espalhante adesivo foi de 30.491 toneladas.
Os cinco estados brasileiros com maior volume de consumo de agrotóxicos foram: Paraná (24.680 t); São Paulo (24.370 t); Rio Grande do Sul (17.278 t); Mato Grosso do Sul (16.653 t) e Goiás (11.885 t).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 70 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 71
Na relação dos dez agrotóxicos mais consumidos, no ano 2000, o glifosato está em primeiro lugar, com um consumo de 39.515 toneladas (Tabela 2.15).
Tabela 2.15 Dez Agrotóxicos com Maior Volume de Consumo (2000)
Ingrediente Ativo Classe de Uso Consumo Nacional (t)
Glifosato Herbicida 39.515,248
Enxofre Acaricida 11.924,971
Atrazina Herbicida 9.641,942
2,4-D Herbicida 9.016,003
Óleo MineralAcaricida/Adjuvante/Fungicida/
Inseticida8.618,376
Sulfosate Herbicida 6.395,510
Mancozeb Fungicida 5.434,920
Endosulfan Inseticida 5.346,629
Oxicloreto de cobre Fungicida 4.484,423
Trifluralina Herbicida 3.313,580
Fonte: IBAMA, 2000
A Tabela 2.16 apresenta a distribuição nacional de consumo de agrotóxicos, por classe de uso, listando os cinco maiores volumes de consumo de cada classe.
Tabela 2.16 Agrotóxicos com Cinco Maiores Volumes de Consumo, por Classe de Uso (2000)
Herbicidas (toneladas)Inseticidas
(toneladas)Acaricidas (toneladas)
Fungicidas
(toneladas)
Glifosato 39.515,248Endo-
sulfan5.346,629 Propargite 697,560
Manco-
zeb5.434,920
Atrazina 9.641,942Meta-
midofós2.223,191 Dicofol 337,021
Carben-
dazin1.467,021
2,4-D 9.016,003Mono-
crotofós2.007,578
Óxido de
Fenbutatin 265,280
Chloro-
thalonil1.093,240
Sulfosate 6.395,510Clorpiri-
fós1.990,739 Cyhexatin 172,500
Thio-
fanato
Metílico
1.053,990
Diuron 3.283,320Methi-
dation1.494,121 Amitraz 86,590
Disulfo-
ton570,540
Fonte: IBAMA, 2000
Segundo dados do SINDAG, as vendas de agrotóxicos no ano 2001 atingiram o valor de US$ 2.287.482 mil, correspondendo a uma redução de aproximadamente 8,5% em rela-ção ao ano anterior (Tabela 2.17 e o Gráfico 2.18). O comércio mais significativo em termos de vendas é o de herbicidas que, no período de 1999 a 2001, oscilou entre 48 e 50% do total das vendas destes anos.
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Tabela 2.17 Vendas de Agrotóxicos no Brasil (1999 a 2001 – Valor US$ 1.000)
Ano Herbicidas Fungicidas Inseticidas Acaricidas Outros Total
1999 1.175.933 422.476 596.051 78.726 55.881 2.329.067
2000 1.300.515 380.418 689.953 65.560 63.512 2.499.958
2001 1.143.089 362.606 630.773 66.326 84.688 2.287.482
(Valor US$ 1.000) Fonte: SINDAG, 2002
Figura 2.18 Vendas de Agrotóxicos no Brasil – 1999 a 2001
Fonte: SINDAG, 2002
Os dez estados brasileiros com maior volume de vendas de agrotóxicos são apresenta-dos na Tabela 2.18. O Estado de São Paulo é líder no volume de vendas e de uso de agro-tóxicos, apesar de ser o terceiro estado brasileiro em área plantada das principais culturas. O único estado que apresentou aumento no volume de vendas, de 1999 a 2001, foi o Mato Grosso. O Gráfico 2.19 apresenta dados de área plantada e uso de agrotóxicos.
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Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 72 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 73
Tabela 2.18 Vendas e Uso de Agrotóxicos por Estado (1999 a 2001)
EstadoVendas (US$ 1.000) Área Plantada
das Principais
Culturas (ha)*
Uso de
Agrotóxico
(kg/ha)*1999 2000 2001 Média
São Paulo 517.734 512.068 445.219 491.673 5.590.773 5,52
Paraná 368.113 417.102 400.514 395.243 8.009.135 2,81
Rio Grande
do Sul276.187 299.867 259.509 278.521 6.898.808 2,62
Minas Gerais 247.493 243.754 190.626 227.291 4.027.356 3,45
Goiás 188.331 215.389 206.641 215.453 3.076.084 4,03
Mato Grosso 262.925 346.628 339.453 142.150 4.830.355 3,90
Bahia 77.759 84.981 72.550 78.430 4.021493 0,42
Santa Cata-
rina73.269 76.064 70.430 73.254 1.686.276 2,82
Espírito
Santo56.872 30.496 26.278 37.882 728.760 3,00
Pernambuco 24.982 27.373 22.932 25.095 1.175.738 1,30
Fonte: SINDAG, 2002; IBGE, 2002
Figura 2.19 Uso de Agrotóxicos (Kg/ha) e Área Plantada (ha)
Fonte: SINDAG, 2002; IBGE, 2002
Com relação à toxicidade dos produtos presentes no mercado (formulações), em 2002, a classe toxicológica predominante foi a Classe III, dos produtos denominados mediana-mente tóxicos (faixa azul), seguidos pela Classe II, altamente tóxicos (faixa amarela), Classe IV, dos produtos pouco tóxicos (faixa verde) e, finalmente, a Classe I onde estão os produ-tos extremamente tóxicos (faixa vermelha) (MAPA) (Gráfico 2.20).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 74 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 75
A tendência observada nos últimos 4 anos foi de aumento do número de produtos das Classes III e IV e comportamento mais estável no número de produtos das Classes I e II disponíveis no mercado. Neste levantamento não estão incluídos os produtos técnicos.
Figura 2.20 Agrotóxicos Comercializados, por Classe Toxicológica
Fonte: MAPA
Sobre a balança comercial de agrotóxicos, foram utilizados dados e informações do Sistema ALICE-Web e do SINDAG. Os dados de importação, disponibilizados pelo Siste-ma ALICE-Web (Tabela 2.19 e o Gráfico 2.21), não congregam todos os agrotóxicos exis-tentes e registrados no país, mas apenas os que são importados e exportados. Observa-se tendência a uma estabilidade na importação, com os herbicidas apresentando valores, tanto em média como absolutos, quase duas vezes superiores ao segundo colocado, os inseticidas.
Tabela 2.19 Importação de Agrotóxicos
1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t) Média (t)
Herbicidas 31.367 26.760 36.775 44.619 34.880
Fungicidas 7.403 7.340 6.202 9.527 7.618
Inseticidas 16.459 16.494 15.634 17.274 15.819
Acaricidas 7.431 3.524 4.168 4.267 4.717
Outros 489 428 440 764 530
Fonte: ALICE-Web e SINDAG, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 74 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 75
Figura 2.21 Importações de Agrotóxicos – 1998–2001
Fonte: ALICE-Web, 2002
Os dados de exportação de agrotóxicos por classe de uso estão representados na Tabela 2.20 e no Gráfico 2.22. Tanto em média como em valores absolutos, os herbicidas apresentam-se como o de maior volume de exportação.
Tabela 2.20 Exportação de Agrotóxicos (1998 a 2001)
1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t) Média (t)
Herbicidas 15.642.959 11.016.268 7.576.381 9.842.890 11.019.625
Inseticidas 5.647.266 4.696.194 5.427.961 4.419.143 5.047.641
Fungicidas 6.272.577 8.668.222 10.910.465 5.049.963 7.725.306,8
Acaricidas 31.195 126.721 351.957 735.931 311.451
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 76 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 77
Figura 2.22 Exportação de Agrotóxicos (1998–2001)
Fonte: ALICE-Web, 2002
Análise detalhada do volume de importação e exportação dos agrotóxicos que pos-suem código NCM está apresentada nos itens a seguir.
2.1.4.1 FungicidasEntre os fungicidas monitorados pelo banco de dados ALICE-Web, apresentaram maior volume de importação, em 2000 e 2001, aqueles à base de hidróxido de cobre (Tabela 2.21). A existência de códigos NCM agregados impede a identificação de outros produtos, mas os fungicidas à base de hidróxido de cobre representaram, em 2001, aproximadamen-te 50% do valor do item agregado outros. Em segundo lugar, em volume de importação, aparecem os fungicidas à base de mancozeb ou de maneb.
Quanto à exportação, o Brasil apresenta volume considerável de exportações de fun-gicidas, com destaque para a exportação de fungicidas à base de mancozeb e maneb, seguido pelos fungicidas à base de hidróxido de cobre e à base de ziram ou de enxofre (Tabela 2.21).
Os fungicidas à base de sulfiram e de thiram não apresentaram, no período investiga-do, volume de importação ou de exportação.
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, Exp
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Tabela 2.21 Importação e Exportação de Fungicidas
Fungicidas Importação (t) Exportação (t)
1998 1999 2000 2001 Até 09/2002 1998 1999 2000 2001 Até 09/2002
Para uso Domissani-
tário Direto379,256 3,760 0 19,800 0 174,892 872,218 263,569 10,624 16,228
À base de hidróxido
de cobre etc.11,040 0 574,542 1.584,984 830,190 994,794 943,244 758,875 545,503 296,125
À base de ziram ou
de enxofre1.831,100 240,000 0 0 0 144,080 215,584 138,504 335,728 168,932
À base de mancozeb
ou de Maneb0 284,400 150,821 446,000 0 2.903,906 4.790,243 6.672,834 3.141,107 2.280,299
À base de sulfiram 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
À base de compos-
tos de cromo/cobre
ou arsênio
1,107 1,397 2,394 157,036 836,939 0 21,600 99,000 68,400 53,200
À base de thiram 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
À base de
pentaclorofenol/
seus sais etc.
1,550 0,160 0,167 0,053 0,027 1,297 0,211 0,408 0,468 0,102
Outros 2.498,211 2.715,349 2.374,700 3.170,048 3417,229 2.055,205 1.825,333 2.977,683 2.361,122 2.235,179
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 78 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 79
2.1.4.2 HerbicidasOs herbicidas são, sem dúvida, o tipo de agrotóxicos com maior volume de comércio no Brasil (Tabela 2.22). A importação de herbicidas à base de glifosato, seus sais etc. apresen-ta-se com o maior volume apenas superado, nos anos de 1998 a 2000, pelos herbicidas destinados ao uso domissanitário direto. Em terceiro lugar, estão os herbicidas à base de atrazina, alaclor, diuron, ametrina (agregados num único código NCM).
Destaca-se o aumento do volume de importação dos herbicidas à base de 2,4-D/de 2,4-Db/seus derivados de MCPA, a partir de 2001, quando teve a mais alta importação dos últimos quatro anos. Segundo dados do ALICE-Web, até setembro de 2002, a importação atingiu o montante de 9.557 kg sendo, até aquele mês, o herbicida com maior volume de importação do ano.
A importação do pentaclorofenol e de seus sais vem diminuindo gradativamente ao longo destes últimos quatro anos. Até setembro de 2002, a importação registrada no ano foi de 27 kg. À exceção do ano de 1998, a exportação deste herbicida sempre superou o volume importado.
Com relação à exportação, o glifosato, seus sais etc. continuam sendo os de maior volume, seguidos pelos herbicidas a base de dicloreto de paraquat, propanil, etc. (agrega-dos em um único código NCM).
Tabela 2.22 Importação e Exportação de Herbicidas
Herbicidas Importação (t) Exportação (t)
1998 1999 2000 2001Até 09/
20021998 1999 2000 2001
Até
09/
2002Uso Domissa-
nitário Direto11,135 9,973 8,440 10,608 6,160 0,543 0,296 0,142 0,020 0,009
À base de
2,4-D/de
2,4-Db/seus
derivados de
MCPA
0,082 0,007 0 0, 806 9,557 0,057 0 0,051 0 0,057
À base de
atrazina, ala-
clor, diuron ou
ametrina
2,005 2,519 1,216 1,991 1,234 0,130 0,834 0,935 1,108 1,175
À base
glifosato,seus
sais, de ima-
zaquim etc.
8,567 8,861 6,093 12,017 8,029 4,536 3,152 1,436 5,176 6,933
À base de
dicloreto de
paraquat,
propanil etc.
0,032 0,113 0,154 0 0 3,418 2,977 1,884 1,793 0,796
Outros 4,223 4,836 3,866 5,297 3,199 5,662 3,545 2,720 2,268 0,770
Fonte: ALICE-Web,2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 78 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 79
2.1.4.3 AcaricidasOs códigos NCM dos acaricidas são muito agregados, não permitindo realizar muitas infe-rências a partir dos dados. Mesmo assim, é possível observar que o volume de acaricida envolvido no comércio externo de agrotóxicos é bastante reduzido em comparação com os outros agrotóxicos. Os produtos à base de amitraz, clorfenvinfos, metamidofos etc. apresentam o maior volume de importação e exportação.
O volume de exportação brasileira dos acaricidas à base de amitraz, clorfenvinfos, metamidofos etc. e dos acaricidas a base de ciexatin, óxido de fembutatin, etc. supera consideravelmente o volume importado (Tabela 2.23).
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, Imp
ortação
, Exp
ortação
e Uso
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stâncias Quím
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Tabela 2.23 Importação e Exportação de Acaricidas
Acaricidas Importação (t) Exportação (t)
1998 1999 2000 2001Até 09/
20021998 1999 2000 2001
Até 09/
2002
À base de amitraz, clorfenvin-
fos, metamidofos, etc.0,310 0,584 0,599 0,360 0,298 6,364 44,090 180,790 194,477 635,561
À base de ciexatin, óxido de
fembutatin, etc.0 0 0 0 0 6,720 24,165 62,791 12,025 16,769
Outros 4.467,130 3.523,425 3.910,132 2.313,984 3.048,300 18,111 58,466 108,376 110,243 83,601
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 80 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 81
2.1.4.4 InseticidasOs inseticidas são os que possuem o maior nível de desagregação de códigos tarifários. Os inseticidas de uso domissanitário representam aproximadamente 62% do volume total de inseticidas importados.
Entre os inseticidas utilizados na agricultura, ou seja, não computando os produtos para uso domissanitário, os produtos à base de fosfeto de alumínio representam 10% do total importado, seguidos pelos inseticidas à base de cipermetrina ou permetrina, com aproximadamente 5% do total importado.
Os inseticidas à base de acefato ”bacillus thuringiensis” vêm apresentando aumento no volume importado. No ano de 2002, até o mês de setembro, o volume importado já excedia em mais de 50% o valor total importado no ano anterior.
Quanto à exportação de inseticidas, entre os códigos tarifários existentes, os insetici-das à base de dissulfoton ou de endossulfan são os que apresentam o maior volume de exportação, se não considerarmos os de uso domissanitário.
A Tabela 2.24 apresenta dados de importação e exportação de inseticidas.
Perfil Nacio
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, Imp
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, Exp
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e Uso
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stâncias Quím
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Tabela 2.24 Importação e Exportação de Inseticidas
Inseticidas Importação (t) Exportação (t)
1998 1999 2000 2001Até 09/
20021998 1999 2000 2001
Até 09/
2002
Uso Domissanitário Direto 8.618,367 9.705,272 8.439,532 10.608,429 6.816,043 814,548 1.062,254 1.769,740 2.387,450 1.731,065
À base de acefato ”bacillus
thuringiensis”24,502 203,903 303,428 180,583 425,363 15,605 5,398 6,368 8,588 0
À base de cipermetrinas ou
de permetrina132,034 225,373 364,412 297,388 226,290 112,570 234,434 314,017 135,719 81,141
À base de monocrotofós ou
de dicrotofós0 0 0 0 0 502,304 395,917 353,613 147,837 0
À base de dissulfoton ou de
endossulfan0 0 0 0 0 724,071 585,110 596,369 758,832 0
À base de fosfeto de alu-
mínio371,733 351,295 342,660 615,694 231,348 266,726 294,300 288,476 228,533 139,646
À base de triclorfon ou de
diclorvos58.251 25.264 12.480 30.168 39.936 48.265 33.625 43.717 91.035 88.067
À base de óleo mineral 3.662 13.394 657 51.296 0 35.725 166.895 97.043 0 0
Outros 4.843.585 5.969.048 6.171.146 5.266.737 3.055.125 3.127.452 1.918.261 1.958.618 1.995.974 2.379.224
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 82 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 83
2.1.5 Fabricação de Tintas
2.1.5.1 Vernizes, Esmaltes, Lacas e Produtos afins Esta subclasse na CNAE compreende a fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas para pintura e repintura de imóveis, automóveis e móveis, além da fabricação de pigmen-tos e corantes preparados, como, por exemplo, o pó-xadrez. Não estão incluídas a fabri-cação de corantes e pigmentos em forma básica ou concentrada, a fabricação de tintas de impressão e a fabricação de tintas para escrever e desenhar.
Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – ABRAFATI, as empresas pioneiras de tintas no Brasil dedicaram-se à linha imobiliária, mas, com a aceleração do progresso tecnológico entre os fabricantes de tintas, outros segmentos foram se estrutu-rando, como é o caso das tintas industriais e da pintura e repintura automotiva. O processo de rápida industrialização e urbanização do Brasil exigiu que o setor de tintas evoluísse para acompanhar o ritmo de crescimento e as expectativas. Atualmente, o setor possui capacidade produtiva de 1 bilhão de litros e faturamento próximo a 1,5 bilhão de dólares. Os fabricantes respondem, de forma direta, por mais de 20 mil empregos, envolvendo indiretamente universo estimado em 300 mil profissionais (ABRAFATI, 2002). A Tabela 2.25 e o Gráfico 2.23 apresentam dados de produção de tintas e vernizes para o período de 1999 e 2000.
Tabela 2.25 Produção de Tintas e Vernizes (1999 e 2000)
Produção de Tintas e Vernizes 1999 (t) 2000 (t)
Composições vitrificáveis (vidrados), engobos e preparações semelhantes 95.201 119.351
Esmaltes metálicos líquidos, fritas metálicas, fritas de vidro e outros vidros
em pó, em grânulos, em lâminas ou em flocos157.754 191.663
Opacificantes e cores preparados para as indústrias de cerâmica, da
esmaltagem ou vidreira- 13.536
Pigmentos (incluídos pós e flocos metálicos); folhas para marcar a ferro;
tinturas e matérias corantes não-especificadas21.013 54.912
Tintas e vernizes dissolvidos em meio aquoso, para construção 465.513 573.969
Tintas e vernizes dissolvidos em meio aquoso, para fins industriais em
geral – exceto para fins automotivos e construção33.729 44.737
Tintas e vernizes dissolvidos em meio aquoso, para fins
automotivos – exceto repintura- 2.653
Tintas e vernizes dissolvidos em meio aquoso, para repintura automotiva 12.930 -
Tintas e vernizes dissolvidos em meio não-aquoso, para construção 80.999 96.755
Tintas e vernizes dissolvidos em meio não-aquoso, para fins
automotivos – exceto repintura8.892 18.826
Tintas e vernizes dissolvidos em meio não-aquoso, para fins industriais
em geral – exceto para fins automotivos e construção58.998 77.298
Tintas e vernizes não-especificados para fins industriais em geral – exceto
para fins automotivos e construção10.372 34.864
Tintas e vernizes não-especificados, para construção 12.042 10.946
Tintas e vernizes não-especificados, para repintura automotiva - 9.290
Fonte: IBGE, 2000
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 84 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 85
Figura 2.23 Produção de Tintas (1992–2001)
Fonte: ABRAFATI
Dados sobre o valor de produção e de vendas, disponibilizados na Pesquisa Industrial do IBGE (Gráfico 2.24), para todos os produtos desta subclasse da CNAE, demonstram que o valor da produção e das vendas aumentou. Segundo informações da ABRAFATI, o setor registrou crescimento de 1,5% nas vendas de 2001, em relação a 2000, mas o fatura-mento líquido foi 8,0% menor, atingindo US$ 1,4 milhão.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 84 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 85
Figura 2.24 Valor da Produção e Vendas de Tintas e Vernizes
Fonte: IBGE, 2002
O Sindicato da Indústria de Tintas e Vernizes do Estado de São Paulo – SITIVESP realiza levantamentos sobre a balança comercial do setor de tintas, classificando-as como: tintas e vernizes (base solventes e base água), outras tintas e vernizes; tintas artísticas e educativas e tintas para impressão. No levantamento da balança comercial total, o valor total médio das importações e exportações, ocorridas entre 1999 e 2001, foi de US$ 125.077 mil e US$ 56.070 mil, respectivamente.
A Tabela 2.26 e o Gráfico 2.25 apresentam os dados de importação e exportação, em toneladas, da indústria de tintas e vernizes, no período de 1999 a 2001, e informações so-bre os dois primeiros trimestres de 2002.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 86 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 87
Tabela 2.26 Balança Comercial Total – Indústria de Tintas e Vernizes
IMPORTAÇÃO (t)
Produto 1999 2000 20011o e 2o Trim.
2002
Tintas e Vernizes – Base Solventes 25.552 12.814 10.035 4.422
Tintas e Vernizes – Base Água 8.949 9.355 8.846 4.298
Outras Tintas e Vernizes 485 612 929 388
Tintas Artísticas e Educativas 77 81 40 24
Tintas para Impressão 12.655 15.198 17.042 6.351
Total 47.718 38.060 36.892 15.483
EXPORTAÇÃO (t)
Produto 1999 2000 20011o e 2o Trim.
2002
Tintas e Vernizes – Base Solventes 15.445 14.707 13.595 5.445
Tintas e Vernizes – Base Água 11.324 10.203 10.133 4.510
Outras Tintas e Vernizes 687 730 1.181 359
Tintas Artísticas e Educativas 563 597 564 245
Tintas para Impressão 664 728 4.835 2.358
Total 28.683 26.965 30.308 12.917
Fonte: Sistema ALICE-Web; Departamento Econômico – SITIVESP
Figura 2.25 Importação e Exportação da Indústria de Tintas e Vernizes (1999–2001)
Fonte: SITIVESP
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 86 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 87
2.1.5.2 Tintas de ImpressãoEsta subclasse da CNAE inclui a fabricação de tintas gráficas e exclui a de tintas para es-crever e desenhar. O valor da produção e vendas do setor, entre 1999 e 2000, segundo a Pesquisa Industrial do IBGE, registrou aumento de 27% na produção e 30% nas vendas. As informações da pesquisa foram obtidas de quinze empresas, em 1999, e de quatorze em-presas, em 2000 (Tabela 2.27 e o Gráfico 2.26).
Tabela 2.27 Fabricação de Tintas de Impressão (1999 e 2000)
Produção (t) Vendas (t)
1999 2000 1999 2000
Tintas de impressão 105.955 112.943 92.897.165 104.349.369
Fonte: IBGE, 1999 e 2000
Figura 2.26 Valor da Produção e Vendas de Tintas de Impressão
Fonte: IBGE, 2002
2.1.5.3 Impermeabilizantes, Solventes e Produtos AfinsDe acordo com a CNAE, esta subclasse compreende a fabricação de produtos utilizados como impermeabilizantes em pinturas, “tíneres” (solventes utilizados para diminuir a vis-cosidade de tintas e removê-las), e outros produtos afins, como, por exemplo, massas para vidro e pintura, secantes etc. O Gráfico 2.27 apresenta dados de valor de produção e ven-das do setor.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 88 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 89
Figura 2.27 Valor da Produção e Vendas de Impermeabilizantes, Solventes e Produtos Afins
Fonte: IBGE, 2002
Entre os produtos informados na pesquisa industrial do IBGE, a quantidade produzida é registrada para apenas três deles (Tabela 2.28).
Tabela 2.28 Fabricação de Impermeabilizantes, Solventes e Produtos Afins (1999 e 2000)
1999 (t) 2000 (t)
Mástiques de vidraceiro (massa), ceras de calafate,
indutos utilizados em pintura, impermeabilizantes e
semelhantes
53.588 72.920
Sais e Ésteres do ácido 2-etilexanóico, de outros tipos 74.499 –
Solventes e diluentes orgânicos compostos,
não-especificados; preparações para remover tintas– 75.267
Fonte: IBGE, 2000, 2002
2.1.6 Produtos e Preparados Químicos Diversos
2.1.6.1 CatalisadoresNa relação da CNAE, esta subclasse compreende a fabricação de catalisadores para a in-dústria química em geral, como sais de níquel, prata, pentóxido de vanádio, cobalto, óxi-do crômico, óxido de molibdênio etc. Inclui também a fabricação de produtos utilizados como catalisadores em processos industriais do tipo esterificação, hidrogenação de áci-dos graxos e triglicerídeos, craqueamento de petróleo, desidrogenação de álcoois, con-densação de polímeros, polimerização, alquilação, etc., bem como a fabricação de catali-sadores para automóveis.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 88 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 89
Na Pesquisa Industrial do IBGE, apenas no ano 2000, foi informado o volume de pro-dução, e somente de dois tipos de catalisadores: catalisador em suporte, tendo níquel ou seus compostos como substância ativa, com 938 toneladas; e catalisador em suporte, tendo metal precioso ou seus compostos como substância ativa, com 1.608 toneladas.
Com relação ao comércio exterior, podem ser encontradas informações sobre os inicia-dores, os aceleradores e as preparações catalíticas, no Capítulo 38 da TEC, sob o Código 38.15. A Tabela 2.29 e o Gráfico 2.28 fornecem dados de importação de catalisadores, en-quanto a Tabela 2.30 e o Gráfico 2.29, de exportação. Os catalisadores para craqueamento de petróleo lideram o volume de comércio, por isso o Gráfico 2.29 apresenta informações sobre eles em separado.
Tabela 2.29 Importação de Catalisadores (1998 a 2001)
Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Tendo como substância ativa o níquel ou um
composto de níquel815 446 637 566
Tendo como substância ativa metal precioso ou
composto de metal precioso371 382 470 241
Para craqueamento de petróleo 1.421 882 3.348 1.072
Outros 1.190 512 618 739
Tendo como substância ativa o
isoprenilalumínio (IPRA)24 17 10 13
Fonte: ALICE-Web,2002
Tabela 2.30 Exportação de Catalisadores (1998 a 2001)
Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Tendo como substância ativa o níquel ou com-
posto de níquel60 95 53 0,064
Tendo como substância ativa metal precioso ou
composto de metal precioso49 73 162 432
Para craqueamento de petróleo 5.785 6.558 6.420 3.543
Outros 100 71 88 70
Tendo como substância ativa o
isoprenilalumínio (IPRA)11 9 0,6 0,7
Fonte: ALICE-Web
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 90 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 91
Figura 2.28 Importação de Catalisadores – 1998 a 2001
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 90 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 91
Figura 2.29 Exportação de Catalisadores (1998–2001)
Fonte: ALICE-Web
2.1.6.2 Aditivos de Uso IndustrialEsta subclasse da CNAE compreende a fabricação de compostos químicos utilizados como auxiliares de processo ou de desempenho do produto final nos diversos segmentos de mercado, como o sucro-álcool, papel e celulose, construção civil, alimentos, couro, têxtil, lubrificantes etc., além da fabricação de óleos essenciais e de lubrificantes sintéticos não-derivados do petróleo.
O comportamento do valor da venda e da produção, do total dos produtos que fazem parte desta subclasse, está representado no Gráfico 2.30. Em 1999, 82 empresas repassa-ram para o IBGE informações; em 2000, 103 empresas enviaram informações.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 92 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 93
Figura 2.30 Valor da Produção e Vendas de Aditivos de Uso Industrial
Fonte: IBGE, 2002
Sobre o volume de produção, os dados da CNAE apontam para maior participação do setor produtivo no envio de informações. Em 1999, o aditivo informado com maior volume de produção foi o de misturas odoríferas para indústrias não-especificadas, com volume de produção de 48.614 toneladas, seguido pelos aditivos para óleos lubrificantes, com 45.445 toneladas. Já em 2000, o aditivo com maior volume de produção passou a ser o aditivo para óleos lubrificantes, com produção de 67.281 toneladas. Em segundo lugar, estão os óleos essenciais não-especificados, com 47.056 toneladas (Tabela 2.31).
Tabela 2.31 Produção de Aditivos (1999 e 2000)
1999 (t) 2000 (t)
Misturas de substâncias odoríferas
utilizadas como matérias básicas
para indústrias não-especificadas
48.614 Aditivos para óleos lubrificantes 67.281
Aditivos para óleos lubrificantes 45.445Óleos essenciais não-especifica-
dos47.056
Misturas de substâncias odoríferas
utilizadas como matérias básicas
para as indústrias alimentícias e de
bebidas
30.639 Ácido cítrico, seus sais e ésteres 32.457
Preparações lubrificantes (óleos de
corte, antiaderentes, antiferrugem,
anticorrosão, desmoldantes etc.)
27.509
Misturas de substâncias odoríferas
utilizadas como matérias básicas
para indústrias não-especificadas
29.217
Óleos essenciais de laranja 11.423 Lecitinas e outros fosfoaminolipí-
deos
19.719
Fonte: IBGE, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 92 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 93
2.1.7 Metais e seus Compostos
Foram encontrados na TEC vários códigos NCM que fazem referência aos metais e seus compostos. Foram selecionados aqueles códigos que mais bem representam o metal puro, eliminando-se os códigos que tratam de produtos processados que contêm o metal. Para mais expor as informações, os códigos foram separados em bens primários, semima-nufaturados, manufaturados e compostos químicos.
2.1.7.1 ChumboSegundo o Sumário Mineral 2001, do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, o Brasil é detentor de reserva da ordem de 950 mil toneladas e participa com 0,7% do total mundial. As reservas estão localizadas principalmente nos estados de Minas Ge-rais (43,5%), Rio Grande do Sul (40,1%), Paraná (11,7%); Bahia e outros estados apresentam os 4,7% restantes de reserva (DNPM, 2001).
Em 2000, a produção brasileira de concentrado de chumbo, em termos de metal conti-do, foi de 8,8 mil t contra 10,3 mil t, em 1999. O consumo interno aparente de concentrado de chumbo apresentou crescimento de 9,6%, em 2000, comparado com o ano anterior. O DNPM informa que, atualmente, nossa demanda está voltada para o segmento de fabri-cação de acumuladores (baterias), óxidos, soldas e munições, que consomem em torno de 76,0%.
As importações apresentaram crescimento, em 2000, de cerca de 25,9% em relação ao ano anterior. Os produtos com maior volume de importação são os semimanufaturados, que representam mais de 80% do total das importações realizadas (Tabela 2.32).
O Brasil importou chumbo semimanufaturado, em 2000, principalmente do Peru (62,0%), Venezuela (9,0%), China (7,0%), Reino Unido (6,0%) e Argentina (5,0%).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 94 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 95
Tabela 2.32 Importação de Chumbo – 1998 a 2001
Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Bens Primários
2607.00.00 Minérios de chumbo
e seus concentrados
0 0 0 128,609
Semimanufaturados
7801.10.11 Chumbo refinado,
eletrolítico em lin-
gotes
42.191,828 50.031,344 56.732,315 49.093,025
7801.10.19 Outras formas brutas
de chumbo refinado,
eletrolítico
3.936,873 0,066 781,851 0,043
7801.10.90 Outras formas brutas
de chumbo refinado
10.636,204 4.068,240 11.583,061 16.085,464
7801.99.00 Outras formas brutas
de chumbo
1.441,792 387,032 1.525,484 3.936,224
7802.00.00 Desperdícios e resí-
duos de chumbo
0 0 0 0
Manufaturados
7804.20.00 Pós e escamas de
chumbo
48,869 0,975 0,189 0,315
2620.20.00 Cinzas e resíduos
contendo chumbo
0 0 0 0
Compostos Químicos
2824.10.00 Monóxido de chum-
bo (litargirio, massi-
cote)
7.638,024 6.227,450 6.793,688 9.359,144
2824.90.00 Outros óxidos de
chumbo
0,032 0,116 2,204 3,345
2830.90.14 Sulfeto de chumbo 0,525 0,051 0,025 0
2833.29.50 Sulfato neutro de
chumbo
29,225 29,501 31,068 6,101
2835.10.21 Fosfonato (fosfito)
dibásico de chumbo
18,000 18,000 18,000 17,800
2836.70.00 Carbonato de chum-
bo
4,042 168,017 42,153 171,807
2839.90.40 Silicato de chumbo 84,580 56,300 40,120 43,000
2841.80.20 Tungstato (volframa-
to) de chumbo
0 0 0 0
2841.90.11 Titanato de chumbo 0 0 0 0
2904.10.12 Metanossulfonato de
chumbo
1,915 0,479 0,319 0,600
TOTAL 66.031,909 60.987,571 77.550,477 78.845,477
Fonte: ALICE-Web
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 94 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 95
O país exportou, em 2000, para os Estados Unidos (86,0%) e Itália (14,0%), 20 mil tone-ladas de concentrado sulfetado de chumbo (teor de 63,0% Pb) a um preço médio de US$ FOB 126,60/t. A principal exportação brasileira é de minérios de chumbo, responsáveis por mais de 98% das exportações (Tabela 2.33).
Tabela 2.33 Exportação de Chumbo – 1998 a 2001
Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Bens Primários
2607.00.00 Minérios de chumbo e seus concentrados
11.228,476 9.723,160 20.677,410 11.224,724
Semimanufaturados
7801.10.11 Chumbo refinado, ele-trolítico em lingotes
44,260 0 9,020 9,490
7801.10.19 Outras formas brutas de chumbo refinado, eletrolítico
0 0 0 3,110
7801.10.90 Outras formas brutas de chumbo refinado
0 3 0 7,680
7801.99.00 Outras formas brutas de chumbo
3,200 1,040 0 0
7802.00.00 Desperdícios e resíduos de chumbo
0 3,655 0 0
Manufaturados
7804.20.00 Pós e escamas de chumbo
0,400 8 0 0
2620.20.00 Cinzas e resíduos con-tendo chumbo
0 0 0 0
Compostos Químicos
2824.10.00 Monóxido de chumbo (litargirio, massicote)
20,000 0 0,100 0
2824.90.00 Outros óxidos de chumbo
0 0 0 25,500
2830.90.14 Sulfeto de chumbo 6,000 0 0 0
2833.29.50 Sulfato neutro de chumbo
0 0 0 0
2835.10.21 Fosfonato (fosfito) dibásico de chumbo
5,040 3,360 9,240 7,560
2836.70.00 Carbonato de chumbo 0 0 0 0
2839.90.40 Silicato de chumbo 0 0 0 0
2841.80.20 Tungstato (volframato) de chumbo
0 0 0 0
2841.90.11 Titanato de chumbo 5,000 2,000 8,950 2,500
2904.10.12 Metanossulfonato de chumbo
0 0 0 0
Total 11.312,376 9.733,226 20.704,720 11.280,564
Fonte: ALICE-Web
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 96 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 97
2.1.7.2 CromoPara fins de avaliação quantitativa, foram selecionados, na relação de produtos dos Capí-tulos 26, 28 e 81 da TEC, aqueles que faziam referência específica ao cromo.
O minério de cromita – FeO, Cr2O3 ou Fe(CrO2)2 – é o mais abundante composto de cromo encontrado na natureza e pode conter de 40 a 50% de cromo. As reservas de cro-mita (como Cr2O3) no Brasil estão avaliadas em aproximadamente 6.110 mil toneladas, distribuídas em 3 estados: Bahia, com 70%; Amapá, com 24%, e Minas Gerais, com 6%. A capacidade nominal instalada de produção, de 366,8 mil t/ano de concentrado, está distri-buída entre a Bahia (45,5%) e o Amapá (54,5%) (DNPM, 2001).
A produção brasileira de cromita em 2000 foi de 600 mil t, equivalente a 276,1 mil t de Cr2O3 contido, representando incremento de 33,3% em comparação com o ano anterior e de 32,0% em relação a 1998.
No Brasil, a cromita é utilizada na fabricação de ferro-ligas (98%) e na indústria refratária (2,0%). Com relação ao setor de ferro-ligas, a produção brasileira, em 2000, atingiu 142,5 mil t, sendo 87,2% de ferro-cromo-alto carbono (Fe-Cr-AC), 7,3% de ferro-cromo-baixo carbono (Fe-Cr-BC) e 5,5% de ferro-silício-cromo (Fe-Si-Cr).
O consumo interno de cromita, em 1999, foi de 91 mil toneladas em Cr2O3; 95 mil to-neladas em ferro-cromo; e 38 mil toneladas em compostos químicos. A participação do cromo (cromita) na Produção Mineral Brasileira, por substância, é de apenas 0,17% (DNPM, 2001).
O Brasil importou, em 2001, 10,1 mil toneladas de cromita, além de aproximadamente 38 mil toneladas de compostos químicos de cromo. No total dos itens investigados, o país importou, em 2001, 48,6 mil toneladas. Os principais fornecedores de cromita para o Brasil são o Japão (62,0%), a República da África do Sul (20,0%) e as Filipinas (10,0%). Com relação aos compostos químicos, 93% das importações do ano 2000 foram oriundas da Argentina, do Uruguai, da Itália e dos EUA (DNPM, 2001). O crescimento da importação de cromita, verificado no ano de 2000, em relação aos anos anteriores e a 2001, deveu-se ao preço favorável do concentrado importado e do frete. A Tabela 2.34 apresenta dados de importação de cromo.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 96 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 97
Tabela 2.34 Importação de Cromo (1998 a 2001)
Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Bens Primários
2610.00.10 Cromita (minérios de
cromo)
9.768,968 8.482,267 47.626,010 10.169,440
2610.00.90 Outros minérios de cro-
mo e seus concentrados
8,001 0,139 69,550 120,680
Semimanufaturados
8112.20.10 Cromo em bruto 158,650 220,166 227,819 223,600
8112.20.90 Obras de cromo, des-
perdícios e resíduos de
cromo
8,010 18,556 29,264 26,761
8112.21.10 Cromo em formas brutas 0 0 0 0
8112.21.20 Cromo em pó 0 0 0 0
8112.22.00 Desperdícios e resíduos
do cromo
0 0 0 0
8112.29.00 Obras e outros
produtos do cromo
0 0 0 0
Compostos Químicos
2826.19.10 Trifluoreto de cromo 0,080 0,080 2,000 4,000
2819.10.00 Trióxido de cromo 3.105,558 3.096,577 2.720,149 2.785,434
2819.90.10 Óxidos de cromo 403,449 1.283,163 359,147 227,245
2819.90.20 Hidróxidos de cromo 65,661 28,400 16,558 14,313
2827.39.93 Cloreto de cromo 2,052 1,990 4,112 2,437
2833.23.00 Sulfato de cromo 30.580,084 31.706,004 31.198,715 35.019,701
2835.29.40 Fosfato de cromo 0 0 0 0
Fonte: ALICE-Web
O Brasil exportou 78,5 mil toneladas de cromita, em 2001, e 47 toneladas de compostos químicos (Tabela 2.35). O país praticamente não exporta os produtos semimanufaturados investigados. Toda a exportação do ano 2000 teve como destino a Noruega (91,0%), para produção de ferro-cromo, e a Suécia (9%). A Argentina, o Chile e o Peru são os principais países importadores dos compostos químicos de cromo (DNPM, 2001).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 98 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 99
Tabela 2.35 Exportação de Cromo (1998 a 2001)
Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Bens Primários
2610.00.10 Cromita (minérios de
cromo)
154.498,975 194.368,064 142.532,136 78.514,600
2610.00.90 Outros minérios de
cromo e seus concen-
trados
21,826 118,280 73,040 73,140
Semimanufaturados
8112.20.10 Cromo em bruto 0 3,000 0 0
8112.20.90 Obras de cromo, des-
perdícios e resíduos de
cromo
0 0,400 3,050 2,276
8112.21.10 Cromo em formas
brutas
0 0 0 0
8112.21.20 Cromo em pó 0 0 0 0
8112.22.00 Desperdícios e resídu-
os do cromo
0 0 0 0
8112.29.00 Obras e outros produ-
tos do cromo
0 0 0 0
Compostos Químicos
2826.19.10 Trifluoreto de cromo 0 0 0 0
2819.10.00 Trióxido de cromo 1,768 1,550 0,260 0,050
2819.90.10 Óxidos de cromo 0,600 84,924 104,079 47,099
2819.90.20 Hidróxidos de cromo 0 0,185 0 0
2827.39.93 Cloreto de cromo 0 0 0 0,250
2833.23.00 Sulfato de cromo 0 0 0 0
2835.29.40 Fosfato de cromo 0 0 0 0
Fonte: ALICE-Web
2.1.7.3 CádmioO cádmio e o zinco são encontrados em minérios e minerais geralmente em uma relação 1:100 e 1:1000. Por ser subproduto da produção do zinco, os níveis de produção do cád-mio seguem os níveis de produção do zinco. O cádmio é obtido durante os processos eletrolíticos de fundição utilizados para refinações de zinco e outros metais. Todos os con-centrados de zinco apresentam como constituinte menor e inevitável de 0,1 a 0,3% de cádmio.
O Brasil não possui reservas importantes de zinco e não é auto-suficiente em cádmio, dependendo de importações para suprir o consumo interno. O Anuário Brasileiro 2001, do DNPM, mostra que a única fonte de cádmio brasileira fica em Paracatu (MG), com produ-ção de minério, em 2000, de 10,0 toneladas. O cádmio é utilizado em recobrimento de aço e ferro; como estabilizador para PVC (cloreto de polivinila); como pigmentos para plásticos e vidro; em baterias de níquel-cádmio e em ligas.
O Brasil apresenta-se como importador de cádmio; o principal produto importado é o óxido de cádmio, que mantém constância no volume importado. Em 2001, foram importa-das 125 toneladas do óxido de cádmio.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 98 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 99
Os principais países de origem das importações brasileiras são: México (90%) e China, Peru e Bélgica, de produtos semimanufaturados; e EUA (56%) Alemanha (28%), Itália, Rei-no Unido e Suécia, de produtos manufaturados. Com relação aos compostos químicos, os principais países de origem são: Bélgica (69%), Reino Unido (22%), México, Argentina e Áustria.
Não foram encontrados registros significativos de exportação de cádmio, exceto 100 toneladas de cádmio bruto, em 1999. Observa-se, entretanto, que, em 2000 e 2001, foram registradas exportações de pequenas quantidades de óxido de cádmio, 1 e 0,7 toneladas, respectivamente.
Apesar de não exportar o produto puro, o Brasil exporta pigmentos e preparações à base de compostos de cádmio, na média de 59 toneladas por ano (entre 1999 e 2000), sen-do os principais países importadores a Bélgica (100%), de cádmio bruto; e a África do Sul (22%), a Argentina (18%), o Peru (12%), a Colômbia (11%) e o México (11%), de compostos químicos.
A Tabela 2.36 fornece dados de importação de cádmio.
Tabela 2.36 Importação de Cádmio (1998 a 2001)
Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Semimanufaturados
8107.10.10 Cádmio em bruto 31,002 45,491 10,300 15,000
8107.10.90 Desperdícios e resíduos de cádmio e
pó de cádmio
0,046 37,571 2,014 0,015
8107.20.10 Cádmio em formas brutas 0 0 0 0
8107.30.00 Desperdícios e resíduos do cádmio 0 0 0 0
Manufaturados
8107.20.20 Cádmio em pó 0 0 0 0
8107.90.00 Obras de cádmio 0,004 0,028 0,046 46,887
Compostos Químicos
2825.90.10 Óxido de cádmio 132,091 124,209 128,807 125,902
2827.39.91 Cloreto de cádmio 0,042 0,038 0,017 0,015
2830.30.00 Sulfeto de cádmio 1,121 0 0 0
Fonte: ALICE-Web
2.1.7.4 MercúrioO Brasil não possui reservas de mercúrio e não existem dados de produção. Não temos exportação significativa desta substância, mas o Sistema ALICE-Web registra a exportação de 17 toneladas, em 1999; 7 toneladas, em 2000; e 25 Kg em 2001, de mercúrio manufatu-rado, para a Argentina (99%).
As principais aplicações do mercúrio são a mineração de ouro e o uso de derivados na indústria e nas células de eletrólise do sal para produção de cloro. O uso na agricultura está proibido no país.
O principal produto importado é o mercúrio manufaturado, na média de 58,8 toneladas no período de 1998 a 2001. O composto químico com maior volume de importação foi o cloreto mercuroso, com acentuada alta nos anos de 2000 e 2001. As importações de mer-cúrio destinam-se aos seguintes setores: revendedoras 83%; odontologia 10,4%; químico 5,5%; termômetros 0,9% e lâmpadas 0,2%. Segundo dados do Banco de Dados ALICE, nos últimos quatro anos, 1998 a 2001, o Brasil importou, em média, 3 milhões de unidades de
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 100 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 101
lâmpadas de vapor de mercúrio/sódio ou de halogenetos metal (Código NMC 853932-00) e exportou, em média, 5.800 mil unidades. O valor médio das exportações teve elevação em 2000, totalizando 18.727.100 unidades. Nos anos de 1998, 1999 e 2001, o valor das ex-portações ficou em torno de 1 milhão de unidades de lâmpadas.
Com relação à importação (Tabela 2.37), os principais países de origem do mercúrio manufaturado são: Federação da Rússia (44%), Espanha (24%), Argélia (11%), Rep. Cen-tro Africana (5%) e Finlândia (4%). Os compostos químicos de mercúrio provêm do Chile (61%), Alemanha (19%) e Suíça (19%).
Tabela 2.37 Importação de Mercúrio (1998 a 2001)
Código Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Manufaturados
2805.40.00 Mercúrio 82,276 49,720 40,537 62,545
Compostos Químicos
2827.39.30 Cloreto de mercúrio I (cloreto mercu-
roso)
0,055 0,034 0,530 0,513
2833.29.40 Sulfato de mercúrio 0,050 0,077 0,061 0,072
2837.19.13 Cianeto de mercúrio 0,001 0 0 0
2931.00.10 Organo mercuriais 0 0,064 2,282 0,136
2834.2920 Nitrato de mercúrio 0,012 0,015 0,014 0,006
Fonte: ALICE-Web
2.1.7.5 ArsênioO arsênio (As) é elemento tóxico de ocorrência natural na crosta terrestre, encontrado em quantidades muito pequenas, em minérios de ouro, antimônio e manganês. Apresenta-se na forma de compostos orgânicos e inorgânicos, oriundos de fontes naturais e/ou antro-pogênicas. A arsenopirita, que contém ferro, enxofre e arsênio, é o mineral mais rico em arsênio, em depósitos ricos em sulfetos.
O arsênio e seus compostos são empregados na indústria química, na fabricação de herbicidas, pesticidas e na fabricação de vidros e na produção de semicondutores.
Com relação à balança comercial de arsênio, foram investigados três códigos NCM, entre os seis encontrados (Tabela 2.38). Os códigos não-analisados (3105.30.10; 3808.20.25 e 0402.10.10) são de produtos que contêm arsênio ou misturas com outros compostos químicos.
Tabela 2.38 Importação de Arsênio (1998 a 2001)
Código Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Semimanufaturados
2620.60.00 Cinzas e resíduos, contendo arsênio,
mercúrio etc.
0 0 0 0
Manufaturados
2804.80.00 Arsênio 26,003 17,834 62,023 28,801
Compostos Químicos
2812.10.15 Tricloreto de arsênio 0 0 0 0
Fonte: ALICE-Web
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2.1.7.6 Amianto (Asbestos)Para análise deste item, foram utilizados dados e informações disponibilizadas pelo DNPM no Sumário e no Balanço Mineral. Para análise da exportação e importação de amianto, foram selecionados códigos NCM, desde que fizessem referência ao mineral na sua forma mais pura. Não foram investigados itens relacionados a roupas, discos de freio etc.
Amianto é a denominação dada a silicatos fibrosos abundantemente encontrados na natureza. Existem cerca de trinta minerais que se enquadram nessa terminologia, porém são exploradas comercialmente as variedades crisotila (amianto branco), que correspon-de a 97% do consumo mundial, seguida da amosita (amianto marrom) e da crosidolita (amianto azul). A crisotila pertence ao grupo dos serpentinitos (fibras sedosas e crespas), e os demais tipos de amianto estão classificados no grupo dos anfibólios (fibras retas e cilíndricas) (DNPM, 2001).
Segundo o DNPM, em 2001, a produção de fibra de amianto girou em torno de 200.000 t/ano, extraída totalmente na mina situada no Município de Minaçu, no estado de Goiás. A mina de Cana Brava é a céu aberto, possui capacidade instalada de 240 mil toneladas/ano de fibra tratada, com recuperação de aproximadamente 88% das fibras no processo de tratamento. A extração e o beneficiamento são mecanizados e são produzidos quase to-dos os tipos de fibras. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de amianto, exportando cerca de 30% de sua produção. Em 2000, a produção brasileira de fibras de crisotila foi de 209.332 t, representando 10,8% da crisotila produzida mundialmente.
O principal emprego do amianto no Brasil tem sido na fabricação de artefatos de fibro-cimento, como telhas, caixas d’água, tubos, entre outros, que representam cerca de 90% da utilização. Aproximadamente 9% do amianto consumido no País são empregados em materiais de fricção. O restante – 1% – é distribuído entre as indústrias de papelão, têxteis, filtros, isolantes, entre outros.
Os principais fornecedores de amianto para o Brasil, em 2000, foram a África do Sul (28,0%), o Canadá (26,0%), o Zimbábue (20,0%), a Suazilândia (16,0)% e a Rússia (8,0%). As importações de amianto, no período de 1988 a 2000, tiveram crescimento médio de 17,31%. As importações devem-se ao tipo de fibra, uma vez que fibras extralongas, do grau 1 a 3, são escassas no mercado interno. Atualmente é permitida apenas a importação de fibras de amianto crisotila. A Tabela 2.39 apresenta dados de importação de amianto.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 102 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 103
Tabela 2.39 Importação de Amianto (1998 a 2001)
Código Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Bens Primários
2524.00.10 Amianto (asbestos) em
fibras, não-trabalhado
39.597,424 24.049,329 35.491,460 33.135,725
2524.00.20 Amianto (asbestos) em pó 0 0 0 0
2524.00.90 Outras formas de amianto
(asbestos)
0 0 0 0
Manufaturados
6812.10.10 Amianto (asbestos) em
fibras, trabalhado
1,765 0,161 6,252 11,930
6812.20.00 Fios de amianto ou das
misturas
204,870 149,137 200,419 98,340
6812.90.20 Amianto trabalhado, em fibras 0 0 0 0
6812.90.30 Misturas à base de amianto
ou de amianto
0 0 0 0
6812.90.90 Outras obras de amianto ou
das misturas
42,756 46,848 18,232 4,962
Fonte: ALICE-Web, 2002
As exportações brasileiras de amianto apresentaram crescimento médio em torno de 3,5% ao ano, no período de 1988 a 2001, e incluíram praticamente todos os tipos de fibra consumida no mercado externo (Tabela 2.40). Em 2000, aproximadamente 34,7% da pro-dução de fibras de crisotila foram destinadas ao mercado externo.
Tabela 2.40 Exportação de Amianto (1998 a 2001)
Código Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
Bens Primários
2524.00.10 Amianto (asbestos) em
fibras, não-trabalhado
51.239,000 49.418,950 63.133,800 53.917,600
2524.00.20 Amianto (asbestos) em pó 0 0,080 0 0
2524.00.90 Outras formas de amianto
(asbestos)
0 0,937 0 0,080
Manufaturados
6812.10.10 Amianto (asbestos) em
fibras, trabalhado
0,007 0,430 3,332 0,053
6812.20.00 Fios de amianto ou das
misturas
0 0 0 0
6812.90.20 Amianto trabalhado, em
fibras
0,338 0 0 0
6812.90.30 Misturas à base de amianto
ou de amianto
0 0 0 0
6812.90.90 Outras obras de amianto ou
das misturas
85,017 55,051 88,311 57,270
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 102 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 103
Os principais países importadores do amianto brasileiro foram: Índia (37,0%), Tailândia (11,0%), Japão (10,0%), México (9,0%) e Indonésia (6%), além de Chile, Arábia Saudita, Emira-dos Árabes, Malásia, Angola, Turquia, Uruguai, Colômbia, Bolívia, Argentina, entre outros.
2.2 Resíduos Químicos
De forma geral, detecta-se a falta de dados e informações sobre as atividades de geração de resíduos industriais, em termos nacionais, e os quantitativos associados.
Com relação aos resíduos químicos, algumas iniciativas pontuais visando a conhecer o problema têm sido detectadas.
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) é uma das poucas instituições que possui dados quantitativos relacionados a fontes poluidoras, fruto de inventário de resíduos sólidos industriais realizado em 1996. Neste inventário, estão listadas 110 mil fontes poluidoras do Estado, estimando-se em 26 milhões de toneladas a movimentação de resíduos industriais por ano, sendo mais de 535 mil toneladas de resíduos perigosos – Classe I – e 25 milhões de toneladas de resíduos Classe II. Das 535 mil toneladas de resíduo Classe I, 53% são tratados, 31% são estocados e 16% são dispostos no solo.
Segundo o inventário, a atividade industrial que mais gera resíduos perigosos é a quí-mica, com 177 mil t/ano, aproximadamente 33% do total de resíduos Classe I gerados no estado.
Segundo dados do Programa Terra Limpa, de reciclagem de embalagens de agrotó-xicos implantado no interior do Paraná, que estabelece procedimentos corretos de mani-pulação e destino para as embalagens de agrotóxicos, o estado é responsável por 23% da produção nacional de grãos, correspondendo a 14 milhões de unidades de embalagens descartadas anualmente.
Segundo dados do Instituto Nacional do Processamento de Embalagens Vazias – INPEV, fundado por empresas manipuladoras de agrotóxicos com o objetivo de criar sistema de processamento das embalagens vazias, no primeiro semestre de 2002, haviam sido recolhidos 1.819.179 kg de embalagens vazias.
No levantamento realizado pela Associação Nacional de Defesa Vegetal – ANDEF, so-bre os tipos de embalagens de agrotóxicos comercializadas no País, no período de 1987 a 1997 (Tabela 2.41), destaca-se a redução das embalagens de vidro, metal e fibrolatas e o aumento das embalagens plásticas e de papel. O aparecimento das embalagens hidros-solúveis veio como a solução mais adequada para a redução do número de embalagens vazias no campo, mas nem todos os agrotóxicos são compatíveis com este material.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 104 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 105
Tabela 2.41 Embalagens de Agrotóxicos (1987 a 1997 – unidades)
Embala-
gens
1987 1989 1991 1993 1995 1997
Metáli-
cas
3.858.799 3.508.866 3.638.713 1.272.402 1.691.128 1.432.452
Plásticas:
PEAD – – 11.008.785 7.495.513 25.061.731 25.241.148
COEX – – 6.779.724 4.663.640 13.871.909
PET – – 5.943.200 5.694.779 6.527.567 9.244.125
TOTAL 5.344.734 6.918.463 23.731.709 17.853.932 31.589.298 48.357.182
Vidros 12.031.872 12.567.854 6.625.166 1.737.591 2.428.838 417.468
Hidros-
solúveis
– – – – – 3.855.993
Sacos
Plásticos
4.186.110 7.590.177 8.104.407 7.018.295 18.702.542 13.364.786
Sacos
de Papel
1.071.457 889.527 2.456.737 1.464.240 4.184.805 3.207.664
Car-
tuchos
de Car-
tolina
2.570.321 1.687.051 2.667.151 2.422.174 3.371.205 8.807.643
Caixas
Coleti-
vas de
Papelão
1.440.303 3.263.633 3.774.574 3.987.178 6.157.645 7.146.957
Fibrolatas 1.117.800 896.482 193.460 430.434 317.662 413.990
Fonte: ANDEF, 2002
Outro aspecto a ser considerado nos resíduos é a existência, ainda não muito freqüen-te, mas já sinalizando a sua importância, de programas de controle de geração de resíduos em instituições de pesquisa, principalmente as Universidades. Uma das pioneiras neste tema é, por exemplo, a Universidade de Campinas – UNICAMP, cujo resultado do trabalho (Tabela 2.42) é tornado público por meio da rede mundial de computadores.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 104 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 105
Tabela 2.42 Resíduos Químicos da Unicamp – Totalização Anual
Correntes de Resíduos Quantidade – Passivo (t) Quantidade – Geração
Contínua* (t)
Solventes 20,000 6,000
Resíduos de pesticidas e/ou herbicidas 0,800 0,160
Resíduos aquosos sem metais pesados 4,000 1,000
Resíduos aquosos com metais pesados 4,000 1,000
Sólidos perigosos 0,800 0,100
Desconhecidos 2,000 0,400
Óleos especiais (PCBs) 0,400 -
Misturas 1,000 0,200
Ácidos e bases 3,000 0,600
Oxidantes 2,000 0,400
Redutores 2,000 0,400
TOTAL 40,000 10,260
Fonte: http://www.cgu.inicamp.br/residuos/proc.htm, 2002
Nas Tabelas 2.43 e 2.44 são apresentados dados de importação e exportação de resí-duos mais relacionados com os produtos objeto deste capítulo.
A exportação brasileira dos produtos investigados não é significativa, à exceção dos resíduos de plástico. O código agregado de resíduos e cinzas contendo metais e compos-tos, que vem registrando em torno de 700 toneladas de resíduos exportados por ano, não permite conhecer-se que tipo de metal está sendo comercializado.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 106 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 107
Tabela 2.43 Importação de Resíduos (1998 a 2001)
Código Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
3825.41.00 Resíduos halogenados de
solventes orgânicos
0 0 0 0
3825.49.00 Outros resíduos de solventes
orgânicos
0 0 0 0
3825.50.00 Resíduos de soluções desoxi-
dantes para metais etc.
0 0 0 0
3825.61.00 Resíduos das indústrias quí-
micas contendo constituintes
orgânicos
0 0 0 0
3825.69.00 Outros resíduos das indústrias
químicas/conexas
0 0 0 0
3915.10.00 Desperdícios, resíduos e apa-
ras de polímeros de etileno
1.219,694 2.203,962 1.989,958 291,517
3915.20.00 Desperdícios, resíduos e apa-
ras de polímeros de estireno
15,306 0,500 78,944 22,940
3915.30.00 Desperdícios, resíduos etc. de
polímeros de cloreto de vinila
2.252,044 544,351 927,206 37,479
3915.90.00 Desperdícios, resíduos e apa-
ras de outros plásticos
666,694 751,214 4.784,047 2.379,981
7802.00.00 Desperdícios e resíduos de
chumbo
0 0 0 0
8107.10.90 Desperdícios e resíduos de
cádmio e pó de cádmio
0,046 37,571 2,014 0,015
8107.30.00 Desperdícios e resíduos de
cádmio
0 0 0 0
8112.20.90 Obras de cromo, desperdícios
e resíduos de cromo
8,010 18,556 29,264 26,761
8112.22.00 Desperdícios e resíduos do
cromo
0 0 0 0
2620.20.00 Cinzas e resíduos contendo
chumbo
0 0 0 0
2620.29.00 Outras cinzas e resíduos 0 0 0 0
2620.60.00 Cinzas e resíduos, contendo
arsênio, mercúrio etc.
0 0 0 0
2620.90.90 Cinzas e resíduos, contendo
outros metais ou compostos
0 0 0 0
2620.99.90 Cinzas e resíduos, contendo
outros metais
0 0 0 0
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 106 Capítulo 2 • Produção, Importação, Exportação e Uso de Substâncias Químicas 107
Tabela 2.44 Exportação de Resíduos (1998 a 2001)
Código Descrição 1998 (t) 1999 (t) 2000 (t) 2001 (t)
3825.41.00 Resíduos halogenados de sol-
ventes orgânicos
0 0 0 0
3825.49.00 Outros resíduos de solventes
orgânicos
0 0 0 0
3825.50.00 Resíduos de soluções desoxi-
dantes para metais etc.
0 0 0 0
3825.61.00 Resíduos das indústrias quí-
micas contendo constituinte
orgânicos
0 0 0 0
3825.69.00 Outros resíduos das indústrias
químicas/conexas
0 0 0 0
3915.10.00 Desperdícios, resíduos e aparas
de polímeros de etileno
154,011 459,672 2.286,749 314,679
3915.20.00 Desperdícios, resíduos e aparas
de polímeros de estireno
0 0 0 80,748
3915.30.00 Desperdícios, resíduos etc. de
polímeros de cloreto de vinila
0 0,300 0 9,000
3915.90.00 Desperdícios, resíduos e aparas
de outros plásticos
100,119 638,899 3.352,674 8.705,902
7802.00.00 Desperdícios e resíduos de
chumbo
0 3,655 0 0
8107.10.90 Desperdícios e resíduos de
cádmio e pó de cádmio
0 0 0 0
8107.30.00 Desperdícios e resíduos do
cádmio
0 0 0 0
8112.20.90 Obras de cromo, desperdícios
e resíduos de cromo
0 0,400 3,050 2,276
8112.22.00 Desperdícios e resíduos do
cromo
0 0 0 0
2620.20.00 Cinzas e resíduos contendo
chumbo
0 0 0 0
2620.29.00 Outras cinzas e resíduos 0 0 0 0
2620.60.00 Cinzas e resíduos, contendo
arsênio,mercúrio etc.
0 0 0 0
2620.90.90 Cinzas e resíduos, contendo
outros metais ou compostos
524,000 677,423 1.074,588 717,113
2620.99.90 Cinzas e resíduos, contendo
outros metais
0 0 0 0
Fonte: ALICE-Web, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 108
As empresas especializadas em tratamento de resíduos atuam na interface entre geradores de resíduos, transportadores, recicladores, fabricantes de equipamentos, con-sultores, pesquisadores, órgãos de controle ambiental e governos municipal, estadual e federal. A Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos – ABETRE (www.abetre.com.br) congrega atualmente dez empresas de tratamento de resíduos in-dustriais, apresentadas a seguir com indicação das áreas de atuação: • Boa Hora Central de Tratamento de Resíduos Ltda. (Mauá, SP): monitoramento, aterro
industrial Classe II e III, incineração de resíduos da área de saúde; • CETREL S/A – Empresa de Proteção Ambiental (Camaçari, Bahia): incineração e ater-
ros industriais, consultoria; • Ecossistema Gerenciamento de Resíduos (São José dos Campos, SP): gerenciamento
integrado; aterros de Classe I e II; coleta e transporte; tratamento de resíduos; • Essencis Soluções Ambientais S.A. (São Paulo, SP): reaproveitamento de resíduos;
incineração; inertização; • Estre – Empresa de Saneamento e Tratamento de Resíduos Ltda. (São Paulo, SP): dis-
posição, tratamento e gerenciamento de resíduos; • Resicontrol S/A (São Paulo, SP): gerenciamento de resíduos; • Sistemas Ambientais Comercial Ltda. – SASA (Mato Dentro, SP): tratamento e disposi-
ção final de resíduos urbanos e industriais; • Teris do Brasil S.A. (Taboão da Serra, SP): incineração de resíduos; • Tribel – Tratamento de Resíduos Industriais de Belfort Roxo (RJ).
Foram também identificadas as seguintes empresas: Apliquim (SP), firma de consultoria e de processamento de resíduos; Brasil Recicle (SC), especializada em descontaminação de lâmpadas especiais; Sílex/Getecno (RS), especializada em reciclagem total de resíduos perigosos; e Mega Reciclagem (PR), especializada na destinação final de lâmpadas de vapores metálicos e na descontaminação do mercúrio e outros metais pesados contidos nesse material.
C A P Í T U L O 3
E ste capítulo apresenta as preocupações prioritárias relacionadas às etapas de produção, comércio e uso de substâncias químicas.
3.1 Preocupações com a Produção
A indústria química e a indústria de transformação, que utilizam em seus processos subs-tâncias químicas como insumo, constituem objeto de preocupação, na fase de produção, principalmente em decorrência dos impactos mais visíveis decorrentes de sua atividade: a emissão de poluentes, a geração e disposição inadequada de resíduos, a ocorrência de acidentes industriais. Para se ter uma visão mais abrangente dessa Tabela, são apresenta-dos a seguir aspectos da localização do parque industrial brasileiro, que apresenta signifi-cativa concentração regional, dos volumes de produção, de tecnologia, e dos impactos propriamente ditos: emissões, resíduos, acidentes e áreas contaminadas.
3.1.1 Localização do Parque Industrial
Segundo levantamento disponibilizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, o Brasil possui cerca de 882 plantas químicas. Estas plantas químicas se concentram, em sua maioria, nas regiões Sudeste e Sul, como mostra a Tabela 3.1. O Estado de São Paulo concentra o maior número de plantas, com cerca de 485; em segundo lugar, está o Estado do Rio de Janeiro, com 88 plantas; e em terceiro, o Estado do Rio Grande do Sul, com 66 plantas químicas.
Conseqüentemente, o Estado que apresenta o maior número de relato de acidentes e de áreas contaminadas é o Estado de São Paulo. Por outro lado, este é o Estado que possui o levantamento mais completo sobre este tema por se dedicar à segurança química há mais tempo.
Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção , Comércio
e Uso de Substâncias Químicas
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 110 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 111
Tabela 3.1 Número de Plantas Químicas por Unidade da Federação
Unidade da Federação No de Plantas Químicas
Alagoas 3
Amazonas 5
Bahia 59
Ceará 3
Espírito Santo 3
Goiás 5
Maranhão 1
Minas Gerais 68
Pará 3
Paraíba 4
Paraná 42
Pernambuco 18
Piauí 1
Rio de Janeiro 70
Rio Grande do Norte 3
Rio Grande do Sul 66
Santa Catarina 20
São Paulo 485
Sergipe 3
Total 882
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, 2002
Outra preocupação se refere à localização de cada unidade industrial em relação ao ambiente urbano e natural adjacente. Esta questão passou a ser objeto de atenção es-pecífica no processo de licenciamento ambiental das unidades industriais implementado a partir da década dos 80. Até então, grande parte das indústrias já estava instalada e operando, e muitas vezes em locais próximos a cursos d’água ou a áreas residenciais den-samente populosas, aumentando os riscos de impactos negativos em caso de acidente ou de disposição inadequada de resíduos.
Caso exemplar dessa situação é a localização da Indústria Cataguazes de Papéis, às margens do rio Pomba, em Minas Gerais. Iniciado em 29 de março de 2003, o vazamento de 1,2 bilhão de litros de dejetos químicos, decorrente do rompimento de uma barragem de contenção de resíduos, contaminou os rios Pomba e Paraíba do Sul, em uma extensão de mais de 180 quilômetros, afetando o abastecimento de água em oito municípios do Rio de Janeiro, atingindo mais de 500.000 pessoas e, inclusive, atividades industriais que faziam uso da água dessa região. Entre os resíduos lançados, foram identificados enxofre, chumbo, soda cáustica, lignina, sulfeto de sódio e antraquinona (FEAM/MG, FEEMA/RJ).
3.1.2 Substâncias mais produzidas
A primeira abordagem para a definição de preocupações prioritárias relacionadas às subs-tâncias químicas recai sobre as substâncias cujo volume em circulação no país atinge cotas
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 110 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 111
elevadas. Outra abordagem para priorizar uma substância decorre da descoberta de ocor-rências advindas de mau gerenciamento. Entretanto, o fato de possuir um maior volume de produção ou importação não caracteriza uma substância como prioritária. Devem ser considerados, também, outros fatores, como o perigo inerente da substância e a probabi-lidade dela vir a causar algum dano, ou seja, o seu risco para a saúde e para o meio am-biente.
Quando se aborda o volume de movimentação, algumas substâncias se destacam em suas respectivas categorias, conforme mostra a Tabela 3.2.
Tabela 3.2 Substâncias Prioritárias por Setor Analisado
Produção Importação Exportação Uso
Cloro Álcalis Soda líquida e
*Cloro
Barrilha Soda líquida –
Intermediário
de Fertilizantes
*Ácido Sulfúrico Ácido Sulfúrico Amônia –
Fertilizantes – – – Nutriente: K2O
Gases Indus-
triais
Oxigênio Oxigênio Oxigênio –
Petroquímicos
básicos
Etileno não satu-
rado e *Propeno
– – –
Resinas e
Fibras
Estireno e *Di-
cloroetano
*Metanol – –
Farmoquímicos – Acetato de Cipro-
terona
Ivermectina
Rutina –
Tintas e
Vernizes, etc.
Tintas e vernizes
para construção
(base água)
Tintas e vernizes
(base solvente)
Tintas e
vernizes (base
solvente)
Tintas imobili-
árias
Tintas de
impressão
– – – –
Impermeabi-
lizantes,
solventes, etc.
Sais de ésteres
do ácido
2-etilxanóico.
Solventes e
diluentes orgâ-
nicos compostos
(não especifica-
dos) e prepa-
rações para
remover tintas
– – –
Catalisadores Catalisadores
em suporte,
tendo um metal
precioso, ou
seus compostos,
como substância
ativa
Catalisadores para
craqueamento de
petróleo
Catalisadores
para craque-
amento de
petróleo
–
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 112 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 113
Tabela 3.2 Substâncias Prioritárias por Setor Analisado - (Cont.)
Produção Importação Exportação Uso
Aditivos de uso
industrial
Mistura de subs-
tâncias odorí-
feras,
Aditivos para
óleos lubrifican-
tes
– – –
Agrotóxicos
Herbicidas – Glifosato
2,4D; 2,4DB, deri-
vados MCPA
Glifosato Glifosato
Fungicidas – Hidróxido de
Cobre
Mancozeb,
Maneb
Mancozeb
Inseticidas – Fosfeto de alumí-
nio
Endosulfan Endosulfan
Acaricidas – – Amitraz,
Clorfenvifos,
Metamidofos
Propargite
Substâncias Específicas
Chumbo Minério de
chumbo
Chumbo refinado
eletrolítico, em
lingotes
Minério de
chumbo
–
Cromo Cromita Cromita Cromita –
Cádmio – Óxido de Cádmio – –
Mercúrio – Mercúrio manufa-
turado
Cloreto de
Mercúrio I
Organo-
mercuriais
Sulfato de Mercúrio
– –
Arsênio – Arsênio manufatu-
rado
– –
Amianto Fibra Crisotila Fibra Crisotila,
extralonga (grau 1
a 3), não trabalhada
Fibra Crisotila
não trabalhada
Fibra Crisotila
Fontes: V. Capítulo 2 deste documento * Fonte: ABIQUIM, 2002
Tendo como referência o princípio de que os produtos com maior volume de movimen-tação no país devem ser alvos prioritários para ações de gestão, a Tabela 3.3 apresenta levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM, no ano de 1999, sobre produtos que estavam sendo pesquisados pelo International Council of Chemical Associations.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 112 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 113
Tabela 3.3 Produção Química em Larga Escala – 1999
Número CAS Nome do Produto Capacidade
Instalada
(ton./ano)
Produção
(ton./ano)
Importação
(ton./ano)
1 7664-93-9 Ácido Sulfúrico 5.573.050 4.881.577 139.066
2 7664-41-7 Amônia 1.389.301 1.331.113 138.674
3 7782-50-5 Cloro 1.384.026 1.166.600 3.429
4 115-07-1 Propeno, grau polí-
mero (propileno)
1.358.000 888.758 3.878
5 75-34-3 Dicloroetano (DCE) 740.000 558.930 1
6 7697-37-2 Ácido Nítrico 506.050 525.011 11
7 75-01-4 Cloreto de Vinila 479.000 426.167 62.303
8 50-00-0 Formaldeído (aldeí-
do fórmico) solução
37%
517.680 395.786 9
9 75-21-8 Óxido de Eteno
(óxido de etileno)
302.000 261.266 2
10 1333-86-4 Negro de Carbono
(Negro de fumo)
248.000 221.501 20.547
Fonte: ABIQUIM, 2002
3.1.3 Tecnologia
O documento Identificação dos Gargalos Tecnológicos Determinantes da Importação de Produtos Químicos, publicado pela ABIQUIM em 2000, revela que, entre os problemas e restrições ao desenvolvimento e à competitividade da indústria química nacional, tem havido baixo investimento do setor em tecnologia de processo e paralisação de diversos centros de pesquisa tecnológica das empresas químicas brasileiras. Esta é uma questão que afeta não apenas a balança comercial, mas tem reflexos sobre a substituição de pro-cessos e de tecnologia voltados para o que se denomina Produção Mais Limpa, que pro-põe a utilização contínua de uma estratégia ambiental integrada preventiva, aplicada a processos, produtos e serviços, para aumentar a eco-eficiência e reduzir riscos para seres humanos e para o meio ambiente.
Atualmente, no Brasil, existem várias iniciativas destinadas a incentivar programas de Produção Mais Limpa, como as coordenadas pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas – CNTL, sediado no Rio Grande do Sul junto ao Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-trial – SENAI e à Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul – FIERGS, e pelos Núcleos Estaduais de Produção Mais Limpa dos Estados do Ceará, de Pernambuco, da Bahia, de Mato Grosso, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Santa Catarina. O SENAI e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SE-BRAE, por meio de convênio com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvi-mento Sustentável – CBDS, vêm participando da criação de núcleos estaduais e treinando pessoal na metodologia de Produção Mais Limpa. Em vários estados, empresas do setor de química têm sido envolvidas nesses programas.
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3.1.4 Emissões
As emissões de poluentes sobre o ar, a água e o solo constituem objeto de preocupação principalmente em relação a áreas de alta densidade industrial e populacional. Enquanto existe relativo controle sobre a poluição da água e sobre emissões atmosféricas, ainda é mais difícil o controle sobre a emissão de poluentes no solo.
A introdução de substâncias tóxicas na água é uma das causas mais complexas de deterioração da qualidade da água, principalmente quando se refere a agrotóxicos. Al-guns estados brasileiros possuem um sistema de monitoramento bem estruturado para o controle de qualidade deste recurso. Como exemplo, são apresentados alguns dados das redes de monitoramento dos Estados de São Paulo e Bahia.
Em São Paulo, a Rede de Monitoramento de Qualidade das Águas Interiores do Estado possui, atualmente, 136 pontos de amostragem, sendo 29 coincidentes com captações de água para abastecimento público. Quanto às águas subterrâneas, a Rede de Moni-toramento possui 146 poços tubulares profundos de abastecimento público distribuídos nos 10 principais sistemas aqüíferos do estado e nas 22 Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos com ênfase nos municípios do oeste do Estado em função do maior uso do recurso hídrico subterrâneo. São principais áreas ambientais críticas do Estado de São Paulo, em relação à qualidade de seus recursos hídricos subterrâneos, os Sistemas Aqüífe-ros Bauru e Guarani, onde deverão ser mapeadas e preservadas suas áreas de recarga em função de sua alta vulnerabilidade e importância econômica (Cetesb, 2002).
O Aqüífero Guarani é um reservatório subterrâneo que abrange trechos de oito esta-dos brasileiros e de três países vizinhos. Pesquisa realizada pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, São Paulo) encontrou níveis de agrotóxicos próximos ao limite considerado perigoso, em trechos paulistas do reservatório, na região de Ribeirão Preto. Esta região é dominada pelas plantações de cana-de-açúcar e o seu abastecimento é feito quase que exclusivamente do subsolo. As áreas de recarga no interior paulista foram consideradas como de alto risco de contaminação.
O Estado da Bahia possui um Programa de Monitoramento de Bacias Hidrográficas, que contempla treze bacias do Estado. Em um estudo realizado entre 1999 e 2000, ob-jetivando identificar produtos orgânicos persistentes, o CRA/BA encontrou resíduos de agrotóxicos organoclorados em seis bacias, em limites superiores ao estabelecido pela Resolução CONAMA n° 20/86. Na bacia do rio São Francisco, dos 17 pontos de coleta, dez apresentaram índices de organoclorados acima dos padrões. Os produtos encontrados foram o lindano (BHC), o aldrin e o metoxicloro. Em um ponto, no Município de Rodelas, na Barragem de Itaparica, foram encontrados todos os produtos investigados (aldrin, BHC, DDT, dieldrin, endrin, heptacloro e metoxicloro). Nas outras bacias hidrográficas (do rio Vaza Barris, do Recôncavo Sul, do Leste, do rio Jequitinhonha e do Extremo Sul) apenas o lindano foi encontrado.
Com relação à poluição atmosférica, no Brasil, grande parte dos agravos e óbitos por problemas respiratórios nos últimos anos está associada à deterioração da qualidade do ar, sobretudo nas grandes cidades. Estudos realizados em São Paulo indicaram um au-mento de 30% no número de mortes de crianças menores de cinco anos, em função de doenças respiratórias, associando o fato a uma elevação de 75 mg/m3 na concentração de dióxido de nitrogênio (Ibama, 2002).
Automóveis, veículos pesados e indústrias são as principais fontes de poluição atmos-férica dos centros urbanos. A concentração de poluentes no ar também é resultado de emissão proveniente das fontes estacionárias e móveis, conjugada a fatores como o clima, geografia, uso do solo, distribuição e tipologia de fontes, condições de emissão e disper-são dos poluentes (IBGE, 2002).
O Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar – PRONAR –, voltado para as
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 114 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 115
fontes fixas, utiliza como instrumentos (i) os padrões de qualidade do ar e da emissão na fonte; (ii) a Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar; e (iii) o inventário de fontes e poluentes atmosféricos.
Atualmente, o monitoramento da qualidade do ar é realizado nas principais cidades e regiões metropolitanas de 15 estados e do Distrito Federal, sendo que seis deles contam com rede automatizada.
Em relação às fontes móveis, desde 1986, o Programa de Controle da Poluição do ar por Veículos Automotores – PROCONVE – atua na promoção da redução de emissões veiculares e melhoria de qualidade dos combustíveis.
O controle da poluição e contaminação do solo é parte integrante dos procedimentos de licenciamento ambiental, tendo sido iniciado controle mais rígido a partir da adoção de medidas especificamente dirigidas aos tanques e reservatórios de postos de combus-tíveis. No âmbito da Secretaria de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente está sendo coordenado estudo sobre poluentes do solo visando adoção de padrões de qualidade específicos.
3.1.5 Acidentes
A preocupação com acidentes diz respeito à necessidade de uma estrutura de prevenção, que passa pela aplicação mais eficaz da legislação e das medidas de monitoramento am-biental, assim como pela melhoria das condições de atendimento a emergências. Entre as condições que devem ser aperfeiçoadas, está a disponibilidade de laboratórios para efe-tuarem as análises de amostras de compartimentos ambientais contaminados, para rápido conhecimento das substâncias envolvidas no acidente. Isto depende de convênios entre instituições e laboratórios, assim como de disposição dos recursos financeiros para cobrir o custo das análises. Outras condições de atendimento emergencial dizem respeito, por exemplo, ao mapeamento de recursos e equipamentos, ao mapeamento de vulnerabilida-de, à coordenação interinstitucional e à disponibilidade de pessoal capacitado.
São apresentados a seguir alguns dados sobre acidentes envolvendo substâncias e produtos químicos. Não estão incluídos os acidentes com petróleo e seus derivados.
O Relatório Anual do Programa Atuação Responsável, implantado pelas associadas da ABIQUIM, relata que em 1999 ocorreram 13 eventos de fogo ou explosão, com perda de propriedade acima de 25 mil dólares, e 13 eventos com vazamento de produto inflamável em quantidade acima de 2.300 kg; em 2000 ambos os números baixaram para cinco ocor-rências.
De forma geral, dentre os principais acidentes ocorridos nos últimos anos, podem ser destacados os listados na Tabela 3.4. Essa Tabela inclui tanto os acidentes industriais am-pliados (acidentes maiores) como os acidentes ligados ao transporte, ao armazenamento, aos rejeitos perigosos, às tubulações, aos reservatórios, etc., encontrados na literatura, ou informados por instituições. Segundo documento do Ibama (2002), os registros de aciden-tes com produtos perigosos no Brasil são provocados, na maioria dos casos, devido à falta de observação às normas de segurança.
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Tabela 3.4 Relato de Alguns Acidentes com Substâncias Químicas
Local/Ano/Substância Relato
Rio de Janeiro – RJ,
1982
Pentaclorofenato de
sódio
Um carregamento de “pó da China” chegou ao mercado de São
Sebastião, em embalagens não padronizadas e foram descarregadas
por operários sem qualquer equipamento de proteção e dispostas de
forma inadequada. Causou a morte de, pelo menos, três operários.
Cubatão – SP, 1985
Amônia
Rompimento de tubulação de amônia com vazamento de 30 toneladas
do produto, retirada de 6.500 pessoas da área.
Santos – SP, 1991
Acrilonitrila
Explosão seguida de incêndio de local de estocagem, contaminando
ar e mar.
Cubatão – SP, 1992
Cloro
Vazamento de 300 kg de cloro de uma indústria, causando a intoxica-
ção de 37 pessoas.
Pará, 1997
Nitrato de amônio
Explosão de uma carreta transportando 14 toneladas do produto, e um
caminhão tanque, resultando em nove lesionados e 18 vítimas fatais -
os dois motoristas e 16 pessoas da comunidade e motoristas de outros
veículos que pararam para prestar auxílio.
Santos – SP, 1998
Diciclopentadieno
- DCPD
Explosão seguida de incêndio de tanque, com 80 toneladas de DCPD,
na Ilha de Barnabé. Contaminação e fogo no estuário.
Rio Grande – RS, 1998
Ácido sulfúrico
Derramamento de 12 mil toneladas da substância no Porto de Rio
Grande, no canal de ligação entre a lagoa dos Patos e o oceano.
Contaminação do mar e impacto na atividade econômica de cerca de
6.500 pescadores.
Conceição de Feira
- Ba, 1999
Uréia e alquilbenzeno
linear
Tombamento de vagão de trem na Ferrovia Centro Atlântica com dano
ambiental. Foram tomadas medidas para o destombamento e para
recuperação da área degradada.
Fontes: SIRETOX, 2002; IBAMA, 2002; Freitas, 2000; Freitas e Amorim, 2001;
Coordenadorias de Defesa Civil e a rede mundial de computadores.
3.1.5.1 Acidentes Industriais
Alguns estados brasileiros possuem forte estrutura para atendimento a emergências, como é o caso de São Paulo. Segundo dados da CETESB, entre 1997 e 2002 ocorreram cerca de 200 acidentes ambientais em indústrias, sendo 21 em 1997; 31 em 1998; 30 em 1999; 37 em 2000; 49 em 2001 e 32 até novembro de 2002.
A Tabela 3.5 apresenta as substâncias envolvidas nos acidentes registrados em São Paulo, no período de 1997 a 2002. Observa-se que o ácido clorídrico e a amônia estiveram envolvidos em acidentes em todos os anos pesquisados.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 116 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 117
Tabela 3.5 Acidentes Ambientais Industriais no Estado de São Paulo (1997 a 2002)
Substância Envolvida 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Ácido Clorídrico 1 3 2 1 3 1
Ácido clorosulfônico 1 1 1
Ácido Nítrico 1
Ácido sulfúrico 1 1 1
Acrilamida 1
Acrilato de Butila 1
Agrotóxico 1 1
Álcool etílico 1 1 1
Amônia 5 7 4 4 7 8
BHC 1
Cola 1
Cloreto de benzalcônio 1
Cloreto de metila 1
Cloro 1 1
Dimetil diclorosilano 1
Dióxido de enxofre 1 1
Emulsão asfáltica 1 1 1 1
Enxofre 1
Hidróxido de Potássio 1
Hidróxido de Sódio 1 2
Não Identificados 2 1 5 7 6 7
Nitrocelulose 1 1
Óleo Mineral 1 1
Óleo refrigerante 1
Peróxido de Hidrogênio 1
Polivinil Butiral 1
Produtos químicos diversos 6 4 1 6 1
Resíduos 4 5 4 6 8 1
Resina 1
Sebo branqueado 1
Solvente 1 1 1
Tetracloreto de carbono 1
Thinner 1
Tintas 1
Tolueno 1
Vinhoto (vinhaça ou restilo) 1 1 1 1
Total 21 31 30 37 49 32
Fonte: Setor de Operações de Emergência, CETESB, 2002
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3.1.5.2 Acidentes no Transporte
O Brasil não possui um sistema estruturado de informações sobre o transporte de produ-tos perigosos, o que prejudica o entendimento da gravidade do problema. Contudo, vá-rios estados possuem um sistema de atendimento emergencial que prevê a ação coorde-nada dos órgãos de fiscalização do transporte rodoviário, concessionárias de rodovias, órgãos de defesa civil e órgãos de meio ambiente.
Dentre algumas iniciativas pontuais de formular um perfil da situação, encontra-se a do governo da Bahia, que realizou um diagnóstico parcial das condições de segurança do transporte rodoviário de produtos perigosos no Estado. O trabalho foi uma amostragem pontual no tempo e no espaço, mas útil como diagnóstico preliminar, realizado no Posto 1 da Polícia Rodoviária Federal, BR - 116/SUL (Feira de Santana/BA), considerado o princi-pal Anel Rodoviário do Norte/Nordeste. Foram abordados 74 veículos que transportavam produtos classificados como perigosos, num período de 6 horas. Dentre os resultados encontrados, foram identificados 24 tipos de produtos perigosos, sendo os principais: óleo Diesel (22,4%), gasolina e GLP (9,6% cada), monoetilenoglicol (MEG) e produto não classificado (8,0%). Sobre o atendimento de emergências com produtos perigosos, 20,0% dos condutores responderam que já tiveram participação em ações emergenciais, sendo que 33,3% atenderam acidentes envolvendo óleo Diesel, 16,7% cargas não identificadas e 8,3% produtos não classificados. Apenas 8,5% já sofreram acidentes, destes, 20% com ácido sulfúrico e o restante não envolveram produtos perigosos.
3.1.6 Áreas Contaminadas
Segundo a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB, uma área contaminada pode ser definida como área, local ou terreno onde há comprovadamente poluição ou contaminação causada pela introdução de quaisquer substâncias ou resíduos que nela tenham sido depositados, acumulados, armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou até mesmo natural.
Muitas das áreas contaminadas são decorrentes de atividades industriais já encerradas, cuja empresa responsável às vezes entrou em concordata ou cujos responsáveis não são localizados. Torna-se por vezes difícil a identificação de responsabilidades, e – mesmo quando tal identificação é reconhecida técnica e judicialmente – a execução da exigência de recuperação da área degradada e de ressarcimento por danos ambientais e à saúde de populações. Enquanto permanecem as pendências judiciais, o risco de contaminação humana e ambiental cresce.
A preocupação com áreas contaminadas abrange as seguintes questões básicas: • maior responsabilidade por parte do setor privado; • identificação da área e de seus riscos à saúde humana e ao meio ambiente; • identificação do(s) responsável(eis) pela contaminação e, portanto, pela reparação de danos; • adjudicação do responsável e obrigatoriedade de ele arcar com o ônus da reparação; • alocação de recursos financeiros para reparação dos danos nos casos de responsabili-
dade difusa e de pendência judicial, inclusive como medida de prevenção de aumen-to dos riscos associados à área contaminada; disseminação do uso de seguros que cubram danos e despesas de descontaminação;
• aumento da capacitação institucional dos órgãos federais, estaduais e municipais de saúde e de meio ambiente para o tratamento efetivo da questão.
A Prefeitura de São Paulo recentemente regulamentou lei municipal que obriga pro-prietários de terrenos suspeitos de contaminação a apresentar laudos toxicológicos de subsolos antes do início de obras naqueles terrenos. Esta é uma medida preventiva que
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 118 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 119
deve ser aplicada concorrentemente com os controles sobre a ocupação irregular dos terrenos urbanos.
O levantamento no país das áreas contaminadas, identificando sua localização e as substâncias presentes, é incipiente, à exceção de alguns estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Alguns casos de contaminação urbana por resíduos químicos são largamente conhecidos e discutidos, como, por exemplo, os descritos a seguir.
Cidade dos Meninos (RJ)No Município de Caxias (RJ), uma fábrica do Instituto de Malariologia, órgão do antigo Ministério da Educação e Saúde, instalado na área denominada Cidade dos Meninos (de-vido à presença no local de internato masculino), produziu na década dos 50 o hexacloro-ciclohexano (HCH), inseticida utilizado no controle de vetores transmissores de doenças. A fábrica iniciou desmonte em 1962, mas permaneceram no local cerca de 13 mil m2 de resí-duos químicos.
Em 1989, a Feema tomou conhecimento pela imprensa da venda do HCH, popularmente conhecido como “pó de broca”, em feiras de Duque de Caxias e realizou uma retirada de cerca de 40 toneladas de HCH puro que foram armazenadas em bombonas na Refinaria de Duque de Caxias da Petróleo Brasileira S/A. Mas a contaminação dos diversos compartimentos ambientais é composta de mistura dos seguintes compostos químicos: isômeros do hexaclorociclohexano (HCH), diclorodifeniltricloroetano (DDT) e seus metabólitos, triclorofenol (TCP), policlorados dibenzodioxina (PCDD) e policlorados dibenzeno furano (PCDF).
Identificou-se que a área contaminada atinge aproximadamente 150 mil m2 e uma população estimada diretamente exposta de 370 famílias que moram perto do local. Também como população exposta incluem-se cerca de 60 famílias residentes ao longo do canal do Pilar e do rio Capivari, cursos d´água que delimitam a Cidade dos Meninos, e ex-trabalhadores da área e ex-internos da Fundação Abrigo Cristo Redentor. Desde 1989 é travado intenso embate político, jurídico e técnico objetivando encontrar soluções para o problema.
Cubatão (SP)Na década de 60, a indústria química Clorogil, adquirida pela Rhodia S.A. em 1976, se instalou na cidade de Cubatão com a finalidade de produzir agrotóxicos e solventes clora-dos. A empresa produziu mensalmente, entre 1966 e 1978, cerca de 82 toneladas de pen-taclorofenol e 215 toneladas de pentaclorofenato de sódio (“pó da China”), tendo como subproduto 600 toneladas de ácido clorídrico. A partir de 1974, passou a fabricar, também, cerca de 18 mil toneladas por ano de tetracloreto de carbono e percloroetileno.
Em 1978, devido a inúmeras complicações de ordem trabalhista na área de higiene e segurança do trabalho, a fábrica de pentaclorofenol foi fechada. Em 1993, a fábrica de tetracloreto de carbono e de percloroetileno também foi fechada.
Durante a atividade, a empresa contaminou a sua própria área e depositou os resídu-os da produção de pentaclorofenol, percloroetileno e tetracloreto de carbono em locais inadequados para esse fim, por serem próximos a áreas povoadas e com possibilidade de contaminação de rios e mangues da região.
A Rhodia, que mantinha depósitos no “lixão” municipal, no Vale dos Pilões, na beira do rio Cubatão, na região de Samaritá, em São Vicente, e no Sítio do Coca em Itanhaém reconheceu como áreas de contaminação ambiental: • Cubatão: rio Perequê (despejo de efluentes), área da fábrica, morro sobre a fábrica,
áreas externas e em direção ao rio Perequê; • São Vicente: trechos da estrada Padre Manoel da Nóbrega, bairro Quarentenário; • Itanhaém: Sítio do Coca, trechos da estrada do Rio Preto; • Santos e Guarujá: estuário (ACPO, 2002).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 120 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 121
Foram identificados muitos problemas de saúde entre os trabalhadores, como cloracne e lesões hepáticas orgânicas e funcionais. A contaminação ocupacional dos 30 trabalha-dores da fábrica foi reconhecida judicialmente. Foram também registradas mortes por intoxicação pelos produtos fabricados, cuja manipulação acontecia de maneira rudimentar e perigosa.
Estima-se que a empresa tenha gerado em torno de 20 mil toneladas de resíduos tó-xicos, cuja composição aproximada é de 70% a 80% de hexaclorobenzeno _ HCB e 10% a 15% de hexaclorobutadieno HCBD. Outras substâncias aparecem em menor quantidade, como o tetraclorobenzeno, pentaclorobenzeno, clorofórmio, percloroetileno e tetraclore-to de carbono. Várias referências citam a presença de elevados níveis de HCB no solo, nos pescados (caranguejos, camarões e peixes), no sangue e no leite materno dos moradores, nos trabalhadores da fábrica e no rio Cubatão antes da captação de água potável para a população da Baixada Santista.
Contaminação Química na Baía de Sepetiba (RJ) A contaminação química na Baía de Sepetiba (RJ) é decorrente de lixo tóxico abandonado pela empresa Ingá Mercantil, localizada na Ilha da Madeira, Município de Itaguaí e que teve a falência decretada há três anos. Em um dique abandonado no pátio da empresa, foram encontrados cerca de 2,5 milhões de toneladas de rejeitos de minério (zinco, cád-mio, chumbo e arsênio). Trata-se de uma lama misturada a metais pesados deixada a céu aberto. Algumas citações o consideram o maior depósito de lixo químico a céu aberto do país. Pesquisadores da UFRJ já identificaram alto teor de chumbo no dique e de cádmio nas goiabas. Uma lagoa vizinha chamada lagoa das Marrecas também já se encontra con-taminada. Estudos da Agência GTZ confirmaram a contaminação das ostras em níveis no-venta vezes acima dos permitidos pela OMS. Um problema sério ocorre na época das chuvas quando existe a possibilidade de transbordamento do dique. Noticia-se que em 1999 vazaram para a Baía de Sepetiba cerca de 300 a 400 toneladas de zinco. Em 1999, a empresa foi condenada, por meio de ação do Ministério Público Estadual, a construir um depósito industrial e remover os rejeitos sólidos contaminados. A empresa funcionou por 40 anos lançando chumbo, cádmio, zinco na atmosfera, no solo e nas águas, além de gran-de quantidade de gás arsênico. Uma das últimas ações sobre a área foi uma discussão sobre a possibilidade de o governo do Rio de Janeiro confiscar os bens dos responsáveis para custear o saneamento do problema.Fonte: http://www.painelbrasil.com.br/extra/pauta_028.htm, acesso em 28/11/2002
Metais Pesados em Três Marias (MG)A Companhia Mineira de Metais (CMM), localizada em Três Marias (MG), que funciona desde 1956, identificou área contaminada com metais pesados nos arredores da fábrica, oriundos dos rejeitos do processo industrial, principalmente zinco, cádmio, chumbo e co-bre. A CMM tentou várias soluções sem sucesso e atualmente está implantando uma téc-nica desenvolvida pela Universidade Federal de Lavras (MG), de recomposição florística em áreas de solos contaminados com metais pesados. Esta técnica é conhecida como fitorre-mediação (tratamento com plantas). O projeto está sendo trabalhado em escala piloto.Fonte: http://www.revista.fapemig.br/9/meioambiente.html, acesso em 13/11/2002
Organoclorados em Cubatão (SP)Duzentos mil litros de terra contaminada por organoclorados, oriundos de um aterro da indústria Carbocloro, foram doados à Prefeitura de Cubatão e estão no aterro municipal de lixo domiciliar. A empresa alega que as substâncias presentes na terra não vieram de sua planta industrial, que fabrica soda cáustica, cloro e matéria-prima para PVC. Foram
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 120 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 121
identificados hexaclorobenzeno (HCB), pentaclorofenol, tetracloroetileno e 1,2 dicloroeta-no, em níveis até cem vezes superiores ao limite de intervenção fixado pela CETESB. O local onde a terra foi retirada fica próximo à localização da empresa Rhodia. A Carbocloro adquiriu a área em 1978 e estava fazendo terraplanagem, mas só notou a contaminação após a doação da terra à prefeitura. Estão em estudos os relatórios enviados pela empre-sa para se saber a origem dos poluentes.Fonte: http://folha.uol.com.br/folha/, acesso em 17/11/2002.
Cal Contaminada em Santo André (SP)A empresa Solvay Indupa do Brasil mantém em sua unidade de Santo André um depósito a céu aberto de mais de 1 milhão de toneladas de cal contaminada com dioxinas – resíduo da fabricação de plástico PVC, atividade hoje interrompida. Segundo avaliação da própria empresa, há mais de 11 toneladas de percloroetileno e pelo menos 50 toneladas de mer-cúrio nos diques de resíduos. As águas subterrâneas e sedimentos do rio Grande, que abastece a represa Billings, responsável pelo fornecimento de água para 2,5 milhões de habitantes daquela região, também foram contaminadas com mercúrio e organoclorados.
O caso teve repercussão internacional, pois a cal era utilizada na secagem de farelo de polpa cítrica exportada para a Alemanha e outros países da Europa, onde servia de ração para o gado, contaminando sua produção de leite.
A contaminação foi revelada por denúncia da organização não-governamental (ONG) Greenpeace, em março de 1999 e imediatamente confirmada pelo Ministério da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento – MAPA. Em julho de 1999, a empresa assinou um termo de compromisso com a CETESB e o Ministério Público de São Paulo, comprometendo-se a passar as informações necessárias para esclarecer as razões da contaminação do depósito de cal. Em dezembro do mesmo ano, a Solvay assinou acordo com o Ministério Público, a CETESB e o Greenpeace, obrigando-se a descontaminar o leito do rio Grande e o seu depósito de cal em um prazo de dois anos. Até o presente, a empresa considera suficiente o confinamento da área, o que é contestado pelo Greenpeace, que sugere também ações mais definitivas de tratamento do resíduo. A situação permanece sem encaminhamento definitivo.
A ONG Greenpeace elaborou e publicou, em junho de 2002, documento relacionando casos de contaminação ambiental e da saúde humana por substâncias químicas envolven-do empresas privadas. Um resumo do trabalho está apresentado na Tabela 3.6.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 122 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 123
Tabela 3.6 Casos de Contaminação Ambiental por Substâncias Químicas (1992 a 2002)
Local Atividade Substância
Envolvida
Breve Relato
Bauru - SP Fábrica de bate-
rias automotivas
Chumbo Contaminação de solo e ar na unidade
de reciclagem de baterias usadas. Setor
metalúrgico parado desde janeiro 2002.
Contaminação de leite, ovos e hortelã,
produzidos em chácaras próximas.
Santo
Antonio
da Posse
- SP
Aterro industrial Resíduos perigo-
sos
Aterro de recepção de resíduos indus-
triais de 61 indústrias, fechado desde
1987. Em torno de 150 mil toneladas
de resíduos perigosos depositados em
22 mil metros quadrados. Contamina-
ção de solo, águas subterrâneas. Até
2001 não havia registro de indivíduos
contaminados.
Belo Jar-
dim
- PE
Fábrica de bate-
rias automotivas
Chumbo Contaminação de trabalhadores no iní-
cio dos aos 90, contaminação da bacia
do rio Ipojuca, com o lançamento de
resíduos ácidos e sais de chumbo. Em
janeiro de 2002 o Ministério Público Fe-
deral arquivou um processo por já estar
satisfeito com as melhorias realizadas.
Belfort
Roxo
- RJ
Produção de
poliuretanos,
vernizes, produ-
tos veterinários e
formulações de
agrotóxicos.
PCBs, chumbo e
mercúrio
Denúncia, em 2001, devido à contami-
nação do rio Sapucaí por incineração
de substâncias poluentes. Em 2001,
o Ministério Público Estadual abriu
Inquérito civil público para investigar
denúncias, mas, até abril de 2002, ainda
não havia sido concluído o caso.
Cubatão
- SP
Produção de cloro
líquido e soda
cáustica
Resíduos mercu-
riais
Parte da produção é feita por meio de
células de mercúrio. Acúmulo de 3 mil
toneladas de resíduos mercuriais. Em
1990, a indústria foi reconhecida como
fonte de mercúrio para o rio Cubatão,
com altos valores de mercúrio no sedi-
mento a jusante da indústria. Transfe-
rência de parte dos resíduos para São
José dos Campos (SP). Vários pontos
em discussão por ações civis públicas.
Mauá - SP Fábrica de
equipamentos
automotivos
Resíduos, com-
postos orgânicos
voláteis (cloro-
benzeno, tolueno,
benzeno)
Área de 160 mil metros quadrados,
utilizada como depósito clandestino de
resíduos tóxicos. Em 1993, o terreno foi
vendido e foi construído um condo-
mínio residencial no local. Discussão
ainda no âmbito da Promotoria Pública
de Mauá.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 122 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 123
Tabela 3.6 Casos de Contaminação Ambiental por Substâncias Químicas (1992 a 2002 – cont.)
Local Atividade Substância
Envolvida
Breve Relato
Guarujá
- SP
Produção de
poliestireno, látex,
polióis, espuma
de poliuretano e
resinas epóxi.
Tetracloreto de
carbono
Terrenos contaminados com tetra-
cloreto de carbono. Questão sendo
discutida no âmbito do órgão ambien-
tal estadual e do Ministério Público
Federal desde 2000.
Betim e
Formiga
- MG
Produção de cal Dioxinas e furanos Cerca de 40 mil toneladas de sucatas
industriais utilizadas para alimentar
fornos em Formiga (MG), dentre elas
plásticos clorado (PVC). Resíduos pro-
venientes de industrias de Betim (MG).
Em 1996, havia cerca de 70 toneladas
de cinzas de fornos de cal, despeja-
dos a céu aberto diretamente no solo.
Processo para definição de responsabi-
lidades em trâmite na Justiça.
Sapucaia
do Sul - RS
Siderúrgica PCBs e metais
pesados (cádmio,
mercúrio, zinco de
chumbo)
Processamento diário de cerca de 450
toneladas de sucata para produção
do aço. Contaminantes presentes em
amostras de poeiras coletadas no en-
torno da fábrica. Empresa está revendo
o processo de controle de resíduos da
usina. Assunto em discussão entre a
empresa e o órgão ambiental.
Guaíba
- RS
Produção de celu-
lose e papel
Cloro, dioxinas e
furanos
Contaminação do meio ambiente
com substâncias formadas durante o
branqueamento com cloro da polpa de
celulose. A empresa alega monitorar o
lançamento no rio Guaíba desde 1992.
Em julho de 2001, foi firmado compro-
misso entre o governo do Rio Grande
do Sul, o órgão estadual de meio
ambiente, a empresa e o Ministério
Público Estadual, quando foi eliminado
o cloro do processo de branqueamento
da celulose. Foi finalizada a ação civil
pública contra a empresa.
Paulínia
- SP
Fabricação de
agrotóxicos
Aldrin, Endrin e
Dieldrin
Contaminação do lençol freático decor-
rente de vazamento devido a rachadura
em piscina de contenção de resíduos.
Várias ações em andamento envolven-
do o órgão ambiental do estado, a Pre-
feitura de Paulínia, o Ministério Público
e a associação de moradores.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 124 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 125
Tabela 3.6 Casos de Contaminação Ambiental por Substâncias Químicas (1992 a 2002 – cont.)
Local Atividade Substância
Envolvida
Breve Relato
Vila
Carioca
- SP
Armazenamento
de combustíveis e
agrotóxicos
Benzeno, tolueno,
xileno, chumbo,
etilbenzeno,
outros metais
pesados, aldrin,
dieldrin, e isodrin
Contaminação de águas subterrâneas
da região. Contaminação do solo com
chumbo.
Em abril de 2002, a empresa se com-
prometeu em descontaminar a área, de
180 mil metros quadrados, até 2003.
Santo
André - SP
Fabricação de
plástico PVC
Dioxinas, per-
cloroetileno,
mercúrio
Atividade industrial interrompida.
Depósito a céu aberto com mais de um
milhão de toneladas de cal contamina-
da com dioxinas, além de 11 toneladas
de percloroetileno e cerca de 50 tonela-
das de mercúrio nos diques de resídu-
os. Contaminação de águas subterrâ-
neas e sedimentos do rio Grande, que
abastece a represa Billings. A empresa
tem negociado e discutido soluções
junto ao órgão ambiental e o Ministério
Público do Estado.
Jacareí
- SP
Reciclagem de
baterias
Chumbo Armazenamento de 120 mil toneladas
de escória contaminada com chumbo,
a céu aberto. Contaminação da água,
solo e hortaliças produzidas em um
raio de 400 metros. Em março de 2002
foi autorizada a remoção para o aterro
Ecossistema, em São José dos Cam-
pos. A empresa informou ao Ministério
Público que gastará cerca de R$20
milhões para remoção da escória.
Caçapava
-SP
Produção de ligas
de alumínio
Resíduos Armazenamento de forma irregular de
resíduos da produção de alumínio.
Fonte: Greenpeace, 2002
3.2 Preocupações com o Comércio
As preocupações relacionadas ao comércio incluem prioritariamente o controle sobre grandes volumes de substâncias em circulação; o controle sobre importação e exportação de substâncias, produtos e resíduos, de forma a atender às prescrições legais; e as dificul-dades de cumprimento da legislação sobre o transporte.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 124 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 125
3.2.1 Importação e Exportação
3.2.1.1 Substâncias mais ComercializadasA Tabela 3.2 (v. item 3.1.1) apresenta substâncias que se destacam no comércio exterior, enquanto a Tabela 3.7 apresenta substâncias com maiores volumes de importação. Como complemento, a Tabela 3.8 apresenta os principais produtos com maior valor de importa-ção e exportação para o ano de 2001. As três Tabelas ressaltam a presença majoritária dos produtos relacionados a fertilizantes, petroquímicos básicos e agrotóxicos, podendo tais setores, nestes termos, ser considerados prioritários.
Tabela 3.7 Importação de Produtos Químicos em Larga Escala (1999)
Número
CAS
Nome do Produto Capacidade
Instalada
(ton./ano)
Produção
(ton./ano)
Importação
(ton./ano)
IMPORTAÇÃO
1 7783-20-2 Sulfato de Amônio 294.704 202.204 1.142.931
2 1310-73-2 Hidróxido de Sódio 195.200 49.874 429.633
3 497-19-8 Carbonato neutro de
Sódio (Barrilha)
240.000 208.834 352.073
4 7757-82-6 Sulfato de Sódio 72.370 51.314 295.741
5 67-56-1 Metanol
(álcool metílico)
248.070 215.492 266.708
6 7664-93-9 Ácido Sulfúrico 5.573.050 4.881.577 139.066
7 7664-41-7 Amônia 1.389.301 1.331.113 138.674
8 64-19-7 Ácido Acético
(ácido acético glacial)
23.707 20.152 112.390
9 8050-09-7 Colofônia (Breu) 72.600 n.d. 74.906
10 75-01-4 Cloreto de Vinila 479.000 426.167 62.303
Fonte: ABIQUIM, 2002
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 126 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 127
Tabela 3.8 Produtos com Maior Valor de Importação e de Exportação (2001)
Código NCM Nome US$ FOB
IMPORTAÇÃO
31042090 Outros cloretos de potássio 516.455.703
31054000 Diidrogeno-ortofosfato de amônio, mesmo misturado com
hidrogeno-ortofosfato de diamônio (fosfato diamônico ou
diamonical)
238.713.834
39076000 Tereftalato de polietileno 179.943.087
31022100 Sulfato de amônio 115.447.926
31021010 Uréia mesmo em solução aquosa, com teor de nitrogênio
superior a 45%, em peso
112.720.831
29349099 Outros ácidos nucléicos e seus sais; outros compostos hete-
rocíclicos
92.287.796
38220090 Outros reagentes de diagnóstico ou de laboratório 92.146.625
38083029 Outros herbicidas 92.096.862
28151200 Hidróxido de sódio (soda cáustica) em solução aquosa (lixívia
de soda cáustica)
86.923.814
38081029 Outros inseticidas 77.557.091
EXPORTAÇÃO
28182010 Alumina calcinada 198.375.567
39012029 Polietileno de densidade igual ou superior a 0,94, sem carga 145.741.485
29091910 Éter metil-ter-butílico (MTBE) 119.610.962
28046900 Outros silícios 113.339.210
39011092 Polietileno de densidade inferior a 0,94, sem carga 76.794.159
29022000 Benzeno 63.595.305
35030019 Outras gelatinas e seus derivados 53.982.577
37032000 Outros papéis, cartões e têxteis, fotográficos, sensibilizados,
não impressionados, para fotografia a cores (policromos)
51.698.539
40021919 Outras borrachas de estireno-butadieno (SBR) 51.352.986
29053100 Etilenoglicol (etanodiol) 45.800.017
Fonte: ABIQUIM, 2002
3.2.1.2 Tráfico de Substâncias e de ResíduosO tráfico de substâncias e de resíduos perigosos, e ainda de produtos contendo resíduos perigosos constitui preocupação dos órgãos de controle de importação e de controle ambiental. Cabe maior rigor na aplicação da legislação, controle ostensivo nas fronteiras e melhoria dos sistemas de informação de apoio. No caso específico de resíduos, é neces-sária agilidade na ratificação e implementação da emenda da Convenção da Basiléia que se refere ao veto à exportação de lixo tóxico de países desenvolvidos para países em de-senvolvimento.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 126 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 127
3.2.2 Transporte
O transporte de produtos perigosos, objeto de extensa legislação voltada para a garantia de níveis aceitáveis de segurança (v. Capítulo 4), vem sendo, com base na Resolução CO-NAMA n° 237/1997, também objeto do licenciamento ambiental por parte de órgãos es-taduais e municipais de meio ambiente. Tanto empresas transportadoras como vias de transporte estão sendo submetidas ao licenciamento ambiental; enquanto os operadores de ferrovias e órgãos ou concessionárias responsáveis pelas rodovias têm o licenciamento baseado na provisão de plano de emergência para o caso de acidentes com produtos perigosos, o licenciamento do transportador – pessoa física ou jurídica – constitui duplici-dade de exigências em relação à regulamentação federal desse tipo de transporte. Tanto o transportador autônomo como a empresa transportadora têm sérias dificuldades em atender às exigências dos órgãos ambientais estaduais e municipais, devido ao grande número de estados e municípios a serem atendidos e tendo em consideração as exigên-cias burocráticas e o custo delas decorrente.
As preocupações prioritárias nessa atividade devem ser, portanto, a reversão da so-breposição da legislação ambiental sobre a de transportes e o reforço da aplicação da le-gislação vigente, que é baseada em recomendações estabelecidas pelas Nações Unidas. Nesse sentido, esforços devem ser dirigidos, portanto, para a capacitação dos agentes de fiscalização, especialmente as Polícias Rodoviárias Federal e Estaduais, uma vez que a maior parte desse transporte é realizada por rodovias. Tais esforços certamente resultariam também na redução de acidentes no transporte, aspecto contemplado na seção 3.1.5.
3.3 Preocupações com o Uso
As preocupações com o uso inadequado de substâncias químicas decorrem diretamente dos casos de contaminação que afetam pessoas e o meio ambiente. A Tabela 3.9 apresen-ta informações contidas no Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas – SI-NITOX, relacionadas ao ano de 2001. Os agentes selecionados para apresentação neste Tabela representaram, em 2001, aproximadamente 31% dos casos registrados no SINI-TOX. Se incluirmos todos os agentes registrados no sistema, o que apresentou maior percentual de casos foram os acidentes com medicamentos, com um total de 12.386 casos e 23 óbitos em 2001. Os agrotóxicos de uso agrícola estão em 7o lugar em número de ca-sos, mas em primeiro lugar em número de óbitos.
3.3.1 Uso de Agrotóxicos e Afins
O uso dos agrotóxicos se apresenta hoje como um grave problema, que envolve países de diferentes graus de desenvolvimento. Estima-se que anualmente três milhões de pessoas sejam contaminadas por agrotóxicos em todo o mundo, sendo 70% desses casos nos paí-ses em desenvolvimento (WHO, 1985 apud Peres, 2001). O Brasil é um dos quatro maiores consumidores de agrotóxicos do mundo.
O Sistema de Informações Tóxico-farmacológicas – SINITOX revela que, no ano de 2001, foram registrados 2.690 casos de intoxicação humana por exposição a agrotóxicos de uso agrícola, e 1.583 casos envolvendo agrotóxicos de uso doméstico, representando 5,96% e 3,51% dos registros daquele ano, respectivamente (SINITOX, 2002). Foram regis-trados, no total, 91 óbitos no Brasil, sendo 45 na região Sul. Os óbitos por envenenamento estão relacionados principalmente às exposições agudas aos agrotóxicos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 128 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 129
Outra preocupação diz respeito à presença de resíduos de agrotóxicos em alimentos. O problema reside principalmente no uso indiscriminado de agrotóxicos e na precarie-dade da fiscalização no campo. Além do uso de produtos não autorizados para a cultura, também é comum o não atendimento aos intervalos de segurança entre a última aplicação e a colheita.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA implantou, em junho de 2001, o Programa Nacional de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA, nos Es-tados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Pernambuco. No primeiro ano de atuação do programa, foram analisadas 1.295 amostras e 81,2 %, 1.051 amostras, exibiam resíduos de agrotóxicos. Destas, 22,17% (233) exibiam percentual de resíduos que ultrapassava os limi-tes máximos permitidos. Das que ultrapassaram o limite máximo permitido, 74 continham resíduos de agrotóxicos não autorizados para as respectivas culturas. Ainda segundo os resultados, as culturas que apresentaram a maior concentração de contaminação foram: morango (50% das amostras); mamão (31%) e tomate (27%).
Perfil Nacio
nal da G
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e Substâncias Q
uímicas
128C
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lo 3 • Preo
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as a Prod
ução, C
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e Substâncias Q
uímicas
129
Tabela 3.9 Intoxicação Humana por Agentes Tóxicos – Brasil, 2001
Agente Total de
Casos
Registrados
(%)
Óbitos Zona de Ocorrência dos Casos No Casos por Regiões do País (óbitos) No Casos por Circunstância
Acidente
Rural Urbana Ignorada Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-
Oeste
Individual Coletivo Ambiental
Agrotóxicos
(uso agrícola)
2.690 (5,96%) 91 989 1.625 76 - 189 (28) 375 (4) 1.880
(45)
246 (14) 824 51 24
Agrotóxicos
(uso doméstico)
1.583 (3,51%) 2 65 1.477 41 8 132 (1) 689 622 (1) 132 898 39 11
Raticidas 2 .744
(6,08%)
31 206 2.500 38 7 740 (22) 992 (3) 856 (3) 149 (3) 1.012 20 3
Domissanitários 4.131 (9,15%) 6 41 4.033 57 11 277 (3) 1.847 1.834 (3) 162 3.429 27 3
Produtos Quí-
micos Indus-
triais
2.635 (5,84%) 8 66 2.506 63 9 186 (1) 707 (2) 1.521 (5) 212 1.736 62 13
Metais 219 (0,49%) - 4 210 5 1 3 20 184 11 153 5 3
Fonte: MS/FIOCRUZ/SINITOX
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 130 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 131
3.3.2 Uso de Metais Pesados
Segundo o IBAMA (2002), o lançamento na água de efluentes industriais contendo metais pesados está concentrado em poucos municípios. Os dez municípios que apresentam os maiores lançamentos de metais na água são os seguintes: São Paulo/SP (61,1 t); Volta Redonda/RJ (29,6 t); Rio de Janeiro/RJ (26,2 t); Cubatão/SP (24,1 t); Ipatinga/MG (20,2 t); Camaçari/BA (19,7 t); Belo Horizonte/MG (17,1 t); Guarulhos/SP (15,7 t); Joinville/SC (15,7 t) e Timóteo/MG (11,3 t).
As preocupações principais se referem ao uso de mercúrio e de chumbo, como apre-sentado a seguir.
3.3.2.1 Uso do MercúrioA excessiva utilização do mercúrio na formação do amálgama (liga de ouro-mercúrio), com técnicas precárias de garimpagem de ouro, levou à emissão de mercúrio para os diferen-tes compartimentos ambientais.
No Brasil, inúmeros trabalhos de pesquisa têm sido gerados com o objetivo de discutir a contaminação por mercúrio, sendo que a maior parte se concentra na região da Ama-zônia Legal. Também são encontrados alguns estudos enfocando outras áreas, como nos Estados de Minas Gerais e de Goiás.
A exposição ao mercúrio metálico pode ocorrer por meio de seu uso industrial, princi-palmente nas regiões Sul e Sudeste do país, e na mineração do ouro. Estudo no Município de Poconé (MT), mostrou dois tipos de exposição em dois grupos de pessoas expostas ao mercúrio metálico: pessoas que moravam até a 400 metros das lojas que compravam e purificavam o ouro e pessoas que moravam na periferia da cidade e realizavam queima de amálgamas no interior das casas. Nestas pessoas foram encontradas concentrações de mercúrio metálico na urina de 4,89 ug/L e >10ug/L, respectivamente (CÂMARA et al, 2000). O limite recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de 4ug/L.
Outra rota de exposição ao mercúrio é por meio da ingestão de peixes dos rios amazô-nicos pelos índios e ribeirinhos. Por ser esta a maior fonte de proteína da região, têm sido constantemente relatados em trabalhos científicos altos índices de contaminação nesta população. MALM (1998) relata que nestes casos a concentração de metilmercúrio em amostras de cabelo de índios e ribeirinhos pode alcançar de 10 a 15 ug/L. O limite reco-mendado pela Organização Mundial de Saúde é de 2,0 ug/L.
As principais áreas contaminadas por mercúrio no Brasil se encontram na região da Amazônia Legal, mas o número de pessoas expostas diretamente ao mercúrio em garim-pos é difícil de precisar.
3.3.2.2 Uso de Resíduos de ChumboEste caso, também bastante estudado, trata da contaminação por chumbo no Estado da Bahia, mais especificamente na cidade de Santo Amaro da Purificação. Este caso já origi-nou vários trabalhos científicos em grupos de pesquisa, principalmente na Universidade Federal da Bahia.
A Companhia Brasileira de Chumbo – COBRAC, subsidiária da empresa francesa Pe-narroya Oxyde S.A., instalou-se no local em 1956 para produzir lingotes de chumbo, em um local às margens do rio Subaé, a 10 km de sua foz na Bahia de Todos os Santos. O processo baseava-se na obtenção do óxido de chumbo (PbO) por meio de ustulação oxi-dante da galena (PbS). O processo tem como subproduto escórias que contêm até 2% em peso de óxido de chumbo (PbO) e traços de cádmio (Cd), antimônio (Sb) e arsênio (As). Em 1989, a Cobrac foi incorporada à empresa Plumbum Mineração e Metalurgia Ltda., que produziu, até 1994, 491 mil toneladas de escória a partir do concentrado de chumbo beneficiado nas minas de Boquira (BA), depositando escória e poeiras de processo em locais sem impermeabilização e, a céu aberto, no terreno da indústria. Após 38 anos de
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 130 Capítulo 3 • Preocupações Prioritárias Relacionadas a Produção, Comércio e Uso de Substâncias Químicas 131
atividade, o empreendimento foi desativado e, por exigência do Centro de Recursos Am-bientais – CRA/BA, a escória foi reunida e depositada em um vale, entre as edificações da usina e do rio Subaé.
Os resíduos da Plumbum foram dispostos em terrenos sem impermeabilização prévia, o que, com a ação do intemperismo, ocasionou a contaminação dos solos e das águas na área de depósito, como do rio Subaé que margeia a área industrial da Plumbum. A área urbana de Santo Amaro da Purificação também foi afetada pelo uso indevido dos resídu-os, como as escórias, para pavimentação de vias públicas, pátio de escolas e calçadas; foram também usadas como material agregado na fabricação de tijolo, lajotas, pisos de residências e na confecção de telhas.
Pesquisas realizadas no local diagnosticaram que, no período de atividade industrial da Plumbum, foram contaminados por chumbo e cádmio, solos no entorno da usina; sedi-mentos do rio Subaé e manguezais de seu estuário; vegetais produzidos próximo à cidade e crianças com idades de até 10 anos residentes no raio de 900 m a partir da chaminé da usina. As principais fontes de contaminação detectadas foram: particulados expelidos pela chaminé da usina metalúrgica; efluentes líquidos despejados diretamente no rio Subaé ou por transbordamento da bacia de rejeitos e/ou águas de drenagem da área de estoca-gem de escória, disposta num terreno sem impermeabilização prévia. O fato da escória, classificada como resíduo do tipo Classe I (perigoso) pela NBR 10.004, ter sido utilizada localmente como revestimento e pisos de residências, em aterros e em pavimentação de ruas e estradas, agravou a situação.
C A P Í T U L O 4
E ste capítulo apresenta a base de referência constitucional e de leis, decretos e portarias, em nível federal, pertinente à gestão de substâncias químicas.
4.1 Estrutura Legal e Aspectos Constitucionais
Na forma federativa de governo adotada no Brasil, em que prevalece o regime de descen-tralização territorial e político-administrativa, a distribuição de competências é operada, constitucionalmente, entre a União, os Estados e os Municípios. Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas dos Estados e Municípios. Entre as competências comuns aos três níveis de governo, encontram-se o cuidado da saúde e assistência públi-ca, a proteção do meio ambiente e o combate à poluição em qualquer de suas formas. As disposições legais estabelecidas em nível federal sobre tais questões podem, portanto, ser objeto de legislação suplementar nos demais níveis de governo. Enquanto não podem contrariar a norma federal, os Estados e Municípios podem adotar medidas e padrões mais restritivos que os adotados pela União (Dias, 2002).
É princípio constitucional o direito de todos à saúde, ao acesso aos serviços públicos de saúde e ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Enquanto a saúde é um bem de interesse público tutelado pelo Estado, o meio ambiente constitui bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletivi-dade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
A Constituição Federal e a Lei n° 8.080/1990 determinam como competência do Siste-ma Único de Saúde, entre outras atribuições: a) controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde
e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemo-derivados e outros insumos;
b) executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;
Legislação Federal
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 134 Capítulo 4 • Legislação Federal 135
c) ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; d) participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico; e) incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico; f) fiscalizar e inspecionar alimentos (controlar seu teor nutricional), bem como bebidas e
águas para consumo humano; g) participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; h) colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
A Lei 6.938, de 31/08/1981, instituiu a Política Nacional de Meio Ambiente e teve seus pressupostos básicos incorporados ao texto constitucional de 1988. Visando assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente equilibrado, a Constituição dá ao Poder Público, entre outras, as incumbências de:a) controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substân-
cias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;b) promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;c) exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora
de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental.Considerando a importância do processo de licenciamento ambiental como um dos
principais instrumentos legais na implementação e operação de indústrias, no Quadro 4.1 mais informações foram consolidadas.
4.2 Legislação Federal
A Tabela 4.1 apresenta uma relação dos principais documentos da legislação federal sobre aspectos direta ou indiretamente relacionados à segurança química.
Quadro 4.1 Licenciamento Ambiental
Licenciamento AmbientalO licenciamento ambiental foi instituído por um conjunto de leis, decretos, nor-mas técnicas e administrativas que consubstanciam as obrigações e responsabi-lidades do Poder Público e dos responsáveis por projetos e empreendimentos, para a autorização e para a implantação de qualquer atividade, potencial ou efetivamente capaz de alterar as condições do meio ambiente. Do mesmo modo que o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental, o zoneamento e a avaliação de impacto ambiental, o licenciamento ambiental é um dos instru-mentos de caráter preventivo criado para a execução dos objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente, em especial, o de harmonizar o desenvolvimento econômico e social com a proteção do meio ambiente, promovendo o uso racio-nal dos recursos ambientais.
Este instrumento foi criado pela Lei no 6.938 de 31 de agosto de 1981, tendo sido regulamentado pelos Decretos no 88.351, de 01/06/1983, e no 99.274, de 7/06/1990 e por uma série de resoluções do CONAMA. De modo geral, as normas complementares e os procedimentos administrativos para sua efetiva utilização são determinados pelos Órgãos Estaduais de Meio Ambiente – OEMA, nos casos de competência estadual, ou pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, nos casos de competência federal.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 134 Capítulo 4 • Legislação Federal 135
As modificações introduzidas pela Lei no 7.804, de 18 de julho de 1989, não alteraram as bases e os mecanismos antes instituídos, definindo, porém, que, no caso de obras e atividades com significativo impacto ambiental, de âmbito nacional ou regional, e, em casos especiais regulamentados por resoluções do CONAMA, o licenciamento ambiental é de competência do IBAMA. A partir da Reforma Constitucional de 1988, alguns municípios instituíram o licenciamento ambiental em suas leis orgânicas ou complementares.
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório – EIA/RIMA constituem pressuposto básico para a instalação de obra ou atividade potencial-mente causadora de significativa degradação do meio ambiente.
O licenciamento ambiental, conforme instituído pela citada lei e seus regula-mentos, constitui um sistema que se define como o processo de acompanhamen-to sistemático das conseqüências ambientais de uma atividade que se pretenda desenvolver. Tal processo se desenvolve desde as etapas iniciais do planejamen-to da atividade, pela emissão de três licenças, a licença prévia (LP) a licença de instalação (LI) e a licença de operação (LO), contendo, cada uma delas, restrições que condicionam a execução do projeto e as medidas de controle ambiental da atividade. O processo inclui ainda as rotinas de acompanhamento das licenças concedidas, vinculadas ao monitoramento dos efeitos ambientais do empreendi-mento, componentes essenciais do sistema.
Após duas décadas de sua implantação, pode-se garantir que o Sistema de Licenciamento Ambiental – SLA – contribuiu para a construção de um novo para-digma envolvendo meio ambiente e desenvolvimento.
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Decreto Legis-
lativo n° 32, de
16 de junho de
1992
MMA Substâncias do
Protocolo de
Montreal
Aprova o texto das emendas do
Protocolo de Montreal adotadas em
Londres (1990).
Decreto Legis-
lativo n° 60, de
19 de abril de
1995
MD - Marinha, MT,
ANTAQ
Produtos peri-
gosos
Ratifica o texto da Convenção
Internacional para a Prevenção da
Poluição por Navios (Marpol 73/78).
Decreto Legis-
lativo n° 9, de
29 de fevereiro
de 1996
MD, MCT, MRE Armas Químicas Aprova o texto da Convenção Interna-
cional sobre a Proibição do Desenvol-
vimento, Produção, Estocagem e Uso
de Armas Químicas e sobre a Destrui-
ção das Armas Químicas existentes no
mundo, assinada pelo Brasil em
13 de janeiro de 1993.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 136 Capítulo 4 • Legislação Federal 137
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Lei n° 4.797, de
20 de outubro
de 1965
IBAMA Preservativos de
madeira
Determina como obrigatório, em
todo o território nacional, em servi-
ços de utilidade pública, explorados
por empresas estatais, paraestatais e
privadas destinadas aos transportes
ferroviários e rodoviários, serviços
telegráficos, telefônicos e de
fornecimento de eletricidade, o
emprego de madeiras preservadas,
especialmente preparadas e traba-
lhadas para esse fim.
Lei n° 6.360, de
23 de setem-
bro de 1976
MS Produtos sane-
antes, insetici-
das, domissani-
tários, raticidas,
desinfetantes e
detergentes
Dispõe sobre a vigilância sanitária a
que ficam sujeitos produtos sane-
antes domissanitários, inseticidas,
raticidas, desinfetantes, detergentes.
A extração, produção, fabricação,
transformação, síntese, purificação,
embalagem, reembalagem, impor-
tação ou expedição desses produtos
pelas empresas devem ser autori-
zadas pelo Ministério da Saúde e
licenciadas pelos órgãos sanitários
estaduais. São definidos os conteú-
dos de rótulos, registros e os respec-
tivos controles.
Lei n° 6.368, de
21 de outubro
de 1976
MS, MJ Farmoquímicos Dispõe sobre medidas de prevenção
e repressão ao tráfico ilícito e uso
indevido de substâncias entorpecen-
tes ou que determinem dependên-
cia física ou psíquica.
Lei n° 6.514, de
22 de dezem-
bro de 1977
MTE Todas Alterou o Capítulo V, do Título II,
da CLT – Consolidação das Leis do
Trabalho, relativo à Segurança e
Medicina do Trabalho – artigos 154
a 201.
Lei no 6.938, de
31 de agosto
de 1981
SISNAMA Todas Dispõe sobre a Política Nacional de
Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e
aplicação; e dá outras providências.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 136 Capítulo 4 • Legislação Federal 137
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Lei no 7.347, de
24 de julho de
1985
MJ Todas Disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causa-
dos ao meio ambiente, ao consumi-
dor, a bens e direitos de valor artísti-
co, estético, histórico, turístico e
paisagístico.
Lei no 7.802, de
11 de julho de
1989
MAPA, MS, MMA Agrotóxicos,
seus componen-
tes e afins
Dispõe sobre a pesquisa, a experi-
mentação, a produção,
a embalagem e rotulagem,
o transporte, o armazenamento,
a comercialização, a propaganda
comercial, a utilização, a importação,
a exportação, o destino final
dos resíduos e embalagens,
o registro, a classificação, o controle,
a inspeção e a fiscalização de
agrotóxicos, seus componentes e
afins, e dá outras providências.
Lei n° 8.078, de
11 de setem-
bro de 1990
MJ Substâncias quí-
micas em geral
Dispõe sobre a proteção do
consumidor e dá outras providên-
cias.
Lei n° 9.017, de
30 de março
de 1995
MJ Substâncias en-
torpecentes ou
que determinem
dependência fí-
sica ou psíquica
Determina normas de controle e
fiscalização sobre produtos e
insumos químicos que possam ser
destinados à elaboração de cocaína,
em suas diversas formas, e de outras
substâncias entorpecentes ou que
determinem dependência física
ou psíquica.
Lei n° 9.055, de
1° de junho de
1995
DNPM, IBAMA,
OEMA
Amianto/
asbestos
Disciplina a extração, industriali-
zação, utilização, comercialização
e transporte do asbesto/amianto
e dos produtos que o contenham,
bem como as das fibras naturais e
artificiais, de qualquer origem, utili-
zadas para o mesmo fim.
Lei n° 9.294, de
15 de julho de
1996
MS Agrotóxicos e
outras substân-
cias químicas
Determina as restrições ao uso e
à propaganda de agrotóxicos e
outras substâncias químicas.
Lei n ° 9.605,
de 12 de feve-
reiro de 1998
Órgãos de Meio
Ambiente
Todas Dispõe sobre as sanções penais e
administrativas derivadas de con-
dutas e atividades lesivas ao meio
ambiente.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 138 Capítulo 4 • Legislação Federal 139
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Lei n° 9.966, de
29 de abril de
2000
MMA, MT, MD
– Marinha
Óleo e outras
substâncias no-
civas a ambien-
tes aquáticos
Dispõe sobre a prevenção, o contro-
le e a fiscalização da poluição causa-
da por lançamento de óleo e outras
substâncias (nocivas ou perigosas)
em águas sob jurisdição nacional e
dá outras providências.
Lei n° 9.974, de
6 de junho de
2000
MAPA, MS, MMA Agrotóxicos,
seus
componentes e
afins
Altera a Lei n° 7.802, de 11 de
julho de 1989, que dispõe sobre
a pesquisa, a experimentação,
a produção, a embalagem e
rotulagem, o transporte,
o armazenamento, a
comercialização, a propaganda
comercial, a utilização,
a importação, a exportação,
o destino final dos resíduos
e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção
e a fiscalização de agrotóxicos, seus
componentes e afins, e dá outras
providências.
Lei n° 9.976, de
3 de julho de
2000
MS, MMA Cloro flúor
carbono
Dispõe sobre a produção de cloro e
dá outras providências.
Lei n° 10.167,
de 27 de
dezembro de
2000
MS Agrotóxicos,
seus
componentes e
afins
Define as restrições à propaganda.
Lei no 10.165
de 27 de
dezembro de
2000
MMA Todas Modifica a Lei no 6.938, de 31
de agosto de 1981, que dispõe
sobre a Política Nacional de Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos
de formulação e aplicação.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 138 Capítulo 4 • Legislação Federal 139
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Lei n° 10.357,
de 27 de
dezembro de
2001
MJ, MS Substâncias
entorpecentes
ou que
determinem
dependência
física ou
psíquica
Estabelece normas de controle e
fiscalização sobre produtos químicos
que direta ou indiretamente possam
ser destinados à elaboração ilícita
de substâncias entorpecentes,
psicotrópicas ou que determinem
dependência física ou psíquica, e
dá outras providências.
Lei n° 10.409,
de 11 de
janeiro de 2002
MS, MJ Substâncias
entorpecentes
ou que
determinem
dependência
física ou
psíquica
Dispõe sobre a prevenção, o
tratamento, a fiscalização, o controle
e a repressão à produção, ao uso
e ao tráfico ilícitos de produtos,
substâncias ou drogas ilícitas que
causem dependência física ou
psíquica, assim descritos pelo
Ministério da Saúde, e dá outras
providências.
Lei no 10.650,
de 16 de abril
de 2003
SISNAMA Todas Obriga as instituições públicas
integrantes do SISNAMA a
fornecerem todas as informações
ambientais que estejam sob sua
guarda.
Decreto Lei
n° 2.063, de 6
de outubro de
1983
MT Cargas ou
produtos
perigosos
Dispõe sobre multas a serem
aplicadas por infrações à
regulamentação, para a execução
do serviço de transporte rodoviário
de cargas ou produtos perigosos.
Decreto n°
79.094, de 5 de
janeiro de 1977
MS Domissanitários Regulamenta a Lei n° 6.360, de
23 de setembro de 1976.
Decreto n°
83.239, de 6
de fevereiro de
1979
MS Domissanitários Regulamenta a Lei n° 6.360, de
23 de setembro de 1976.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 140 Capítulo 4 • Legislação Federal 141
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Decreto n°
96.044, de 18
de maio de
1988
MT Produtos
perigosos
Aprova o regulamento para o
Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos.
Decreto n°
97.409, de 23
de dezembro
de 1988
MDIC Todas Promulga a Convenção Internacional
sobre Sistema Harmonizado de
Designação e Codificação de
Mercadorias.
Decreto n°
97.507, de 13
de fevereiro de
1989
DNPM, IBAMA Metais pesados Dispõe sobre licenciamento de
atividade mineral, o uso de mercúrio
metálico e do cianeto em áreas de
extração de ouro, e dá outras
providências.
Decreto n°
97.626, de 10
de abril de
1989
IBAMA, MS,
MDIC, MTE, MCT,
MAPA
Todas Dispõe sobre a realização de
estudos sobre o controle, produção,
comércio e uso de técnicas e
métodos de substâncias químicas
que comportem risco para a vida.
Decreto n°
97.634, de 10
de abril de
1989
IBAMA Metais pesados Dispõe sobre o controle e produção,
importação e comercialização de
mercúrio metálico.
Decreto n°
98.973, de 21
de fevereiro de
1990
MT Produtos
perigosos
Dispõe sobre o Regulamento do
Transporte Ferroviário de Produtos
Perigosos, no qual são definidas
as normas para a classificação, a
identificação e a rotulagem para o
transporte ferroviário de produtos
químicos.
Decreto no
99.274, de 6 de
junho de 1990
SISNAMA Todas Regulamenta a Lei no 6.902, de
27 de abril de 1981 e a Lei no
6.938, de 31 de agosto de 1981.
Decreto n° 126,
de 22 de maio
de 1991
MTE Amianto/
asbestos
Promulga a Convenção n° 162, da
Organização Internacional do
Trabalho – OIT– sobre a utilização
do asbesto com segurança.
Decreto no 875,
de 19 de julho
de 1993
MMA, IBAMA Resíduos Promulga o texto da Convenção
sobre o controle de movimentos
transfronteriços de resíduos
perigosos e seu depósito.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 140 Capítulo 4 • Legislação Federal 141
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Decreto n°
1.797, de
25 de janeiro
de1996
MD - Exército,
MRE, MT
Produtos
perigosos
Dispõe sobre a execução do Acordo
de Alcance Parcial para a Facilitação
do Transporte de Produtos
Perigosos entre Brasil, Argentina,
Paraguai e Uruguai, de 30 de
dezembro de1994.
Decreto n°
2.018, de 1°
de outubro de
1996
MAPA, MS, MMA Agrotóxicos,
seus
componentes e
afins
Regulamenta a Lei n° 9294, de 15 de
julho de 1996, que dispõe
sobre as restrições ao uso e à
propaganda de agrotóxicos.
Decreto n°
2.350, de 15
de outubro de
1997
DNPM, IBAMA Amianto/
asbestos
Regulamenta a Lei n° 9.055, de
1° de junho de 1995 sobre o
amianto/asbestos.
Decreto n°
2.508, de 4 de
fevereiro de
1998
MD–Marinha, MT/
ANTAQ
Poluentes
marinhos
Ratifica a Convenção Internacional
para a Prevenção da Poluição
Causada por Navios, Londres,
em 2 de novembro de 1973, seu
Protocolo, concluído em Londres,
em 17 de fevereiro de 1978,
suas Emendas de 1984 e seus
Anexos Opcionais III, IV e V.
Decreto n°
2.657, de 3 de
julho de 1998
MTE Todas Promulga a Convenção n° 170
da OIT, relativa à Segurança na
Utilização de Produtos Químicos no
Trabalho, assinada em Genebra, em
25 de junho de 1990.
Decreto n°
2.699, de 30 de
julho de 1998
MMA Substâncias do
Protocolo de
Montreal
Promulga a Emenda ao Protocolo de
Montreal sobre Substâncias que
destroem a Camada de
Ozônio, assinada em Londres,
em 29 de junho de 1990.
Decreto n°
2.866, de 7 de
dezembro de
1998
MT, MRE Produtos
perigosos
Dispõe sobre a execução do
Primeiro Protocolo Adicional ao
Acordo de Alcance parcial para
a Facilitação do Transporte de
Produtos Perigosos, firmado em 16
de julho de 1998, entre os Governos
do Brasil, Argentina, Paraguai e do
Uruguai.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 142 Capítulo 4 • Legislação Federal 143
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Decreto n°
3.048, de 6 de
maio de 1999
MS Domissanitários Aprova o Regulamento da
Previdência Social e, especialmente,
Anexo IV, que determina a
classificação e o tempo de
exposição aos agentes nocivos,
então inclusos o arsênio e seus
compostos, asbestos, benzeno,
berílio, bromo, cádmio, chumbo,
cloro, cromo, dissulfeto de carbono,
fósforo, iodo, manganês, mercúrio,
níquel, sílica e outras substâncias
químicas preocupantes para a saúde
do trabalhador.
Decreto n°
3.179, de 21 de
setembro de
1999
Órgãos de Meio
Ambiente
Todas Regulamenta a lei de crimes
ambientais n° 9.605, de 12 de
fevereiro de1998.
Decreto n°
3.665, de 20 de
novembro de
2000
MD - Exército Substâncias
explosivas
Dá nova redação ao Regulamento
para a Fiscalização de Produtos
Controlados (R-105).
Decreto no
3.942, de 27 de
setembro de
2001
SISNAMA Todas Dá nova redação aos artigos 4o, 5o,
6o, 7o, 10 e 11 do Decreto no 99.274,
de 6 de junho de 1990.
Decreto no
4.074, de 4 de
janeiro de 2002
MAPA, MS, MMA Agrotóxicos,
seus
componentes e
afins
Regulamenta a Lei no 7.802 de 11 de
julho de 1989 e revoga os Decretos
no 98.816 de 11 de janeiro de1990,
n° 99.657 de 26 de outubro de 1990,
n° 991 de 24 de novembro de 1993,
n° 3,550 de 27 de julho de 2000,
3.694 de 21 de dezembro de 2000 e
n° 3.828 de 31 de maio de 2001.
Decreto n°
4.085, de 15 de
janeiro de 2002
MTE Todas Promulga a Convenção n° 174 da
OIT e a Recomendação n° 181 sobre
a Prevenção de Acidentes Industriais
Maiores.
Decreto n°
4.097, de 23 de
janeiro de 2002
MT Produtos
perigosos
Altera a redação dos itens 7° e 19°
dos Regulamentos para transporte
rodoviário e ferroviário de produtos
perigosos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 142 Capítulo 4 • Legislação Federal 143
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Decreto n°
4.136, de 20
de fevereiro de
2002
MD - Marinha, MT,
ANTAQ, órgãos
de meio ambiente
Óleos e
substâncias
nocivas a
ambiente
aquáticos
Dispõe sobre a especificação das
sanções aplicáveis às infrações às
regras de prevenção, controle e
fiscalização da poluição causada
por lançamento de óleo e outras
substâncias nocivas ou perigosas
em águas sob jurisdição nacional,
prevista na Lei n° 9.966, de
28 de abril de 2000.
Decreto n°
4.262, de 10 de
junho de 2002
MJ, MS Substâncias
entorpecentes
ou que
determinem
dependência
física ou
psíquica
Regulamenta a Lei n° 10.357,
de 27 de dezembro de 2001,que
estabelece normas de controle e
fiscalização sobre produtos químicos
que direta ou indiretamente possam
ser destinados à elaboração ilícita
de substâncias entorpecentes
psicotrópicas ou que determinem
dependência física ou psíquica,
e dá outras providências.
Decreto no
4.581, de 7 de
janeiro de 2003
MMA, IBAMA Resíduos Promulga a Emenda ao Anexo I e
adoção dos Anexos VIII e IX da
Convenção de Basiléia.
Portaria
Interministerial
no 19, de 29 de
janeiro de 1981
MME, MMA,
IBAMA
Bifenil
Policlorados
Proíbe, em todo o território
nacional, a implantação de
processos que contenham, como
finalidade principal, a produção de
Bifenil Policlorados – PCB.
Portaria
Interministerial
n° 3, de 28 de
abril de 1982
MS, MTE Benzeno Proíbe em todo o território
nacional a fabricação de produtos
que contenham benzeno em sua
composição, admitida, porém,
a presença dessa substância
como agente contaminante com
porcentual não superior a 1
(um por cento), em volume.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 144 Capítulo 4 • Legislação Federal 145
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Portaria
Interministerial
n° 292, de 28
de abril de
1989
MF, MS, MMA,
IBAMA
Preservativos
de madeira
Determina que as empresas que se
dediquem à indústria e comércio de
preservativos e preservação de
madeiras se obriguem ao registro
junto ao Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis. Dentre os dados
solicitados para o registro, deverá
ser apresentada a Licença de
Operação expedida pelo órgão
ambiental competente.
Portaria n°
3.214, de 8 de
junho de 1978
MTE Todas Aprova as Normas
Regulamentadoras
de Segurança e Medicina do
Trabalho – NR. A atualização
contínua dessas normas se dá por
meio de portarias promulgadas pelo
MTE.
Vinculados à gestão de substâncias
químicas podem ser citados: NR-4:
Serviços Especializados em
Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho – SESMT;
NR-5: Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes - CIPA;
NR-6:
Equipamentos de Proteção
Individual – EPI; NR-7: Programa
de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO; NR-
9: Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais – PPRA; NR-16:
Atividades e operações perigosas;
NR-20:
Líquidos e combustíveis inflamáveis;
NR-26: Sinalização de segurança e
NR-29: Norma Regulamentadora
de Segurança e Saúde no Trabalho
Portuário.
Portaria n°
329, de 2 de
setembro de
1985
MAPA Agrotóxicos,
seus
componentes e
afins
Proíbe a comercialização, uso e
distribuição de produtos agrotóxicos
organoclorados destinados à
agropecuária.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 144 Capítulo 4 • Legislação Federal 145
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Portaria n°
3.067, de 12 de
abril de 1988
MTE Fertilizantes,
agrotóxicos e
afins
Aprova as Normas e
regulamentadoras
Rurais (NRR), relativas à segurança e
higiene do trabalho rural. Está
inclusa a NRR 5, que trata de produtos
químicos (especialmente agrotóxicos
e afins, fertilizantes e corretivos).
Estabelece, entre outros, a exigência
de rotulagem dos produtos químicos
segundo a legislação vigente,
conservação nas embalagens
originais, transporte em recipientes
rotulados, herméticos e resistentes,
cuidados com embalagens marcadas
como frágeis e recomendações
especiais quanto a vazamentos. Além
da NRR 5, podem ser citadas as
seguintes Normas Regulamentadoras
Rurais relativas à segurança e higiene
do trabalho rural: NRR-1: Disposições
gerais; NRR-2: Serviço Especializado
em Prevenção de Acidentes do
Trabalho Rural - SEPATR; NRR-3:
Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR;
e NRR-4: Equipamentos de Proteção
Individual - EPI.
Portaria n°
534, de 19 de
setembro de
1988
MS Domissanitários Proíbe a fabricação e a
comercialização de produtos
saneantes domissanitários
sob a forma de aerossóis que
contenham produtos à base de
clorofluorcarbonos.
Portaria n° 435-
P (Ministério
do Interior), de
9 de agosto de
1989
IBAMA Metais pesados Implanta o registro obrigatório
no IBAMA, de equipamentos
destinados ao controle da
substância mercúrio metálico em
atividades de garimpagem de ouro.
Portaria n°
45, de 10 de
dezembro de
1990
MAPA Agrotóxicos Estabelece procedimentos para
registro de agrotóxicos, seus
componentes e afins.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 146 Capítulo 4 • Legislação Federal 147
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Portaria n° 1,
de 28 de maio
de 91
MTE Amianto/
asbestos
Altera o Anexo 12 da NR 15, que
institui os limites de tolerância para
poeiras de asbestos. Aplica-se a
toda e qualquer atividade em que
haja exposição dos trabalhadores ao
amianto. Proíbe a utilização de
qualquer tipo de asbesto do grupo
dos anfibólios e dos produtos que o
contenham. Exige também, junto ao
Ministério do Trabalho e Emprego,
o cadastro das empresas envolvidas
na produção, utilização ou
comercialização dessas fibras.
Além disso, determina os critérios
para a rotulagem.
Portaria n° 63,
de 15 de junho
de 1992
MAPA - Secretaria
Nacional
de Defesa
Agropecuária
Aldrin Proíbe, em todo o território
nacional, a produção, exportação,
importação, comercialização e a
utilização do ingrediente ativo
Aldrin, organoclorado, destinado à
agropecuária.
Portaria n°
82, de 08 de
outubro de
1992
MAPA - Secretaria
Nacional
de Defesa
Agropecuária
Clorobenzilato Proíbe, em todo o território
nacional, a produção, exportação,
importação, comercialização e
a utilização do ingrediente ativo
clorobenzilato, organoclorado,
destinado à agropecuária; e dá
outras providências.
Portaria n°
91, de 30 de
novembro de
1992
MAPA - Secretaria
Nacional
de Defesa
Agropecuária
Hexaclorocicl
opentadieno,
dodecacloro
Proíbe a importação da matéria-
prima hexaclorociclopentadieno
para ser utilizado na fabricação do
ingrediente ativo do dodecacloro;
proíbe em todo o território nacional,
a partir de 1° de maio de 1993, o
registro,a produção, a importação, a
exportação, a comercialização
e a utilização de iscas formicidas à
base de dodecacloro; e dá
outras providências.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 146 Capítulo 4 • Legislação Federal 147
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Portaria no 3,
de 26 de maio
de 1995
MTE - SSST Todas Oficializa as Normas de
Segurança e Saúde no Trabalho
Portuário (NR portuárias). Inclui,
entre outras, a NRP 7, que classifica
os produtos perigosos em nove
categorias, conforme às normas
internacionais, a identificação
e numeração de acordo com as
Recomendações das Nações Unidas
para o Transporte de Mercadorias
Perigosas, e as medidas de
segurança a serem adotadas.
Portaria no
14, de 20 de
dezembro de
1995
MTE Benzeno Altera o item “Substâncias
cancerígenas” do Anexo 13 da
Norma Regulamentadora NR 15
– Atividades e operações insalubres,
e acrescenta o Anexo 13-A Benzeno.
Portaria n°
138, de 21 de
novembro de
1996
MAPA Agrotóxicos,
seus
componentes e
afins
Define o credenciamento de
entidades privadas de ensino e
de pesquisa para desenvolver
pesquisas e ensaios experimentais
com agrotóxicos.
Portaria n° 204,
de 26 de maio
de 1997
MT Produtos
perigosos
Aprova as Anexas Instruções
Complementares ao Regulamento
dos Transportes Rodoviário e
Ferroviário de Produtos Perigosos.
Portaria n°
409, de 12 de
setembro de
1997
MT Produtos
perigosos
Desclassifica o produto n° 2.489 –
Difenilmetano-4,4’-Diisocianato,
como perigoso e retificar a Tabela
6.1 da Portaria 204/1997.
Portaria IBAMA
n° 113/97-N,
de 25/09/1997
IBAMA Todas Obriga ao registro no Cadastro
Técnico Federal de Atividades
Potencialmente Poluidoras ou
Utilizadoras de Recursos Ambientais,
as pessoas físicas ou jurídicas
que se dedicam a atividades
potencialmente poluidoras e/ou a
extração, produção, transporte e
comercialização de produtos
potencialmente perigosos ao meio
ambiente.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 148 Capítulo 4 • Legislação Federal 149
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Portaria n° 11,
de 8 de janeiro
de 1998
MS Aldrin, B.H.C.,
Clorobenzilato,
DDT, Endrin,
Heptacloro,
Lindano,
Paration e P.C.P.
Exclui da “Relação de Substâncias
com Ação Tóxica sobre Animais
ou Plantas cujo Registro pode ser
Autorizado no Brasil, em Atividades
Agropecuárias e Produtos
Domissanitários”, constante da
Portaria n° 10, de 8 de fevereiro de
1985, D.O.U. de 14 de fevereiro
de 85, Anexos I e II, as seguintes
monografias: A-09 Aldrin, B-04
B.H.C., C-16 Clorobenzilato, D-07
DDT, E-03 Endrin, H-01 Heptacloro,
L-01 Lindano, P-02 Paration E P-24
P.C.P. Pentaclorofenol.
Portaria n°
101, de 30 de
março de 1998
MT Produtos
perigosos
Retifica a Portaria n° 204/1997.
Portaria n° 43,
de 7 de agosto
de 1998
MD - Exército,
MRE
Substâncias
explosivas
Estabelece Regulamento Técnico
de Embalagem de Produtos
Classe 1 – Explosivos.
Portaria n°
402, de 9 de
setembro de
1998
MT Produtos
perigosos
Retifica a Portaria n° 204/1997.
Portaria n°
490, de 16 de
novembro de
1998
MT Produtos
perigosos
Altera a Portaria n° 402, de 9 de
setembro de 1998.
Portaria
Denatran n°
38, de 10 de
dezembro de
1998
MT, MJ Produtos
perigosos
Acrescenta ao Anexo IV da Portaria
Denatran n° 1/98, os códigos das
infrações referentes ao Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos.
Portaria n°
342, de 11 de
outubro de
2000
MT Produtos
Perigosos
Reclassifica o Alquil Fenóis Sólidos,
N.E. (n° ONU 2.430), Classe 8 e
retifica/autorizar o Óleo Combustível
Tipo C, como substância da Classe
9, ONU 3082.
Portaria n°
22, de 19 de
janeiro de 2001
MT, MJ, Polícia
Rodoviária
Produtos
perigosos
Aprova as Instruções para
Fiscalização do Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos
no Mercosul.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 148 Capítulo 4 • Legislação Federal 149
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Portaria n° 170,
de 9 de maio
de 2001
MT Produtos
perigosos
Exclui da Portaria n° 204, de
20 de maio de 1997, as informações
correspondentes a produtos
perigosos.
Portaria n° 254,
de 10 de julho
de 2001
MT Produtos
perigosos
Altera as Instruções omplementares
ao Regulamento do Transporte
Terrestre de Produtos Perigosos.
Portaria n° 349,
de 10 de junho
de 2002
MT/ANTT, MJ,
Polícia Rodoviária
Produtos
perigosos
Aprova as Instruções para
Fiscalização de Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos
no Âmbito Nacional.
Portaria
Normativa do
IBAMA n° 434,
de 9 de agosto
de 1989
IBAMA Mercúrio
metálico
Implanta o Sistema de
Cadastramento e Notificação
de pessoas físicas e jurídicas
que importem, produzam e
comercializem a substância mercúrio
metálico.
Portaria
Normativa n°
434, de 9 de
agosto de 1989
IBAMA Mercúrio
metálico
Implanta o Sistema de
Cadastramento e Notificação de
Pessoas Físicas e Jurídicas que
importem, produzam e
comercializem Hg metálico.
Portaria
Normativa n°
435-P, de 9 de
agosto de 1989
IBAMA Mercúrio
metálico
Implanta o registro obrigatório
junto ao IBAMA de equipamentos
destinados ao controle do Hg
metálico.
Portaria
Normativa n°
29 do IBAMA,
de 2 de maio
de 1995
IBAMA Substâncias do
Protocolo de
Montreal
Regulamenta o cadastro de
empresas que produzem, importam,
comercializam ou utilizam
substâncias controladas pelo
Protocolo de Montreal.
Portaria
Normativa no
151 do IBAMA,
de 24 de
novembro de
1997
IBAMA Preservativos de
madeira
Dispõe sobre a documentação
para adequação de registro de
produto preservativo de madeira.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 150 Capítulo 4 • Legislação Federal 151
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Resolução
CONAMA no
5, de 20 de
novembro de
1985
Orgãos Estaduais
de Meio Ambiente
Pentaclorofenol
e
entaclorofenato
de sódio
Condiciona as atividades de
transporte, estocagem e uso de
pentaclorofenol e pentaclorofenato
de sódio a prévio licenciamento por
Órgão Estadual de Meio Ambiente.
Resolução
CONAMA n°
1-A, de 23 de
janeiro de 1986
Orgãos Estaduais
de Meio Ambiente
Produtos
perigosos
Estabelece que para o transporte de
produtos perigosos os órgãos
estaduais de meio ambiente
deverão, quando conveniente,
adotar medidas especiais em
conjunto com os órgãos de trânsito.
Resolução
CONAMA n°
14, de 18 de
março de 86
Órgãos Estaduais
de Meio Ambiente
Pentaclorofenol
e
entaclorofenato
de sódio
Condiciona as atividades de
transporte, estocagem e uso de
pentaclorofenol e pentaclorofenato
de sódio a prévio licenciamento por
Órgão Estadual de Meio Ambiente.
Resolução
CONAMA n°
20, de 18 de
junho de 1986
MMA Poluentes
aquáticos
Estabelece limites máximos
aceitáveis de substâncias
potencialmente prejudiciais à
qualidade das águas.
Resolução
CONAMA n° 7,
de 18/09/1987
Órgãos de Meio
Ambiente
Amianto/
asbestos
Regulamenta o uso de amianto no
Brasil.
Resolução
CONAMA n°
6, de 17 de
outubro de
1990
Órgãos de Meio
Ambiente
Dispersantes de
petróleo
Regulamenta a aplicação de
dispersantes químicos em
vazamentos, derrames e descargas
de petróleo e seus derivados.
Resolução
CONAMA n°
8, de 19 de
setembro de
1991
IBAMA Resíduos Proíbe a entrada no Brasil de
materiais residuais para destinação
final e incineração.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 150 Capítulo 4 • Legislação Federal 151
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Resolução
CONAMA no 5,
de 5 de agosto
de 1993
IBAMA Resíduos Dispõe sobre a definição de
normas mínimas para tratamento
de resíduos sólidos oriundos
dos serviços de saúde, portos
e aeroportos, bem como a
necessidade de estender aos
terminais ferroviários e rodoviários.
Resolução
CONAMA n°
37, de 30 de
dezembro de
1994
IBAMA Resíduos Define procedimentos de
importação e exportação de
resíduos, considerando a Convenção
da Basiléia.
Resolução
CONAMA n°
19, de 24 de
outubro de
1996
Órgãos de Meio
Ambiente
Amianto/
asbestos
Estabelece critérios de impressão de
legenda em peças que contêm
amianto (asbestos).
Resolução
CONAMA n°
23, de 12 de
dezembro de
1996
IBAMA Resíduos
perigosos
Complementada pela Resolução no
235/97, que dispõe sobre a
classificação de resíduos e
proibição da importação daqueles
considerados perigosos.
Resolução
CONAMA n°
235, de 7 de
janeiro de 1997
IBAMA Resíduos
perigosos
Altera o anexo 10 da Resolução n°
23/1996, sobre resíduos perigosos.
Resolução
CONAMA n°
228, de 20 de
agosto de 1997
IBAMA Metais pesados Dispõe sobre a importação de
sucatas e resíduos de acumuladores
elétricos de chumbo.
Resolução
CONAMA n°
237, de 19 de
dezembro de
1997
Órgãos de Meio
Ambiente
Todas Determina a necessidade de prévio
licenciamento ambiental junto ao
órgão federal competente para a
localização, construção, instalação,
ampliação, modificação e operação
de empreendimentos e atividades
utilizadoras de recursos ambientais
(consideradas efetiva ou
potencialmente poluidoras).
Nessa Resolução estão inclusas a
indústria de produtos minerais
não metálicos, a indústria química e
o transporte de produtos perigosos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 152 Capítulo 4 • Legislação Federal 153
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Resolução
CONAMA n°
257, de 30 de
junho de 1999
Órgãos de Meio
Ambiente
Metais pesados Estabelece os procedimentos de
reutilização, reciclagem, tratamento
ou disposição final de pilhas e
baterias, que contenham em suas
composições chumbo, cádmio,
mercúrio e seus compostos.
Resolução
CONAMA n°
264, de 26 de
agosto de 1999
Órgãos de Meio
Ambiente
Resíduos
perigosos
Determina procedimentos para o
licenciamento de fornos rotativos de
produção de clínquer para
atividades de co-processamento de
resíduos.
Resolução
CONAMA n°
267, de 14 de
setembro de
2000
Órgãos de Meio
Ambiente
Substâncias do
Protocolo de
Montreal
Proíbe o uso de substâncias
controladas que destroem a
Camada de Ozônio.
Resolução
CONAMA n°
269, de 14 de
setembro de
2000
Órgãos de Meio
Ambiente
Dispersantes
químicos
Regulamenta o uso de dispersantes
químicos em casos de
derramamento de óleo no mar.
Resolução
CONAMA no
283, de 12 de
setembro de
2001
IBAMA Resíduos Dispõe sobre o tratamento e
disposição final dos resíduos de
serviços de saúde.
Resolução
CONAMA no
313, de 29 de
setembro de
2002
IBAMA Resíduos Dispõe obre o Inventário de
resíduos industriais e estoques de
PCB, resultante da resolução 06/86.
Resolução
CONAMA n°
316, de 29 de
setembro de
2002
Órgãos de Meio
Ambiente
Resíduos Estabelece os procedimentos e os
critérios para o funcionamento de
sistemas de tratamento térmico de
resíduos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 152 Capítulo 4 • Legislação Federal 153
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Resolução RDC
n° 347, de 16
de
setembro de
2002
ANVISA Agrotóxicos e
preservantes de
madeira
Determina a publicação da relação
de monografias dos ingredientes
ativos de agrotóxicos e preservantes
de madeira, e dá outras
providências.
Resoluções
CONAMA n°
5, de 20 de
novembro
de 1985 e n°
14, de 18 de
março de 1986
Órgãos de Meio
Ambiente
Pentaclorofenol
e
entaclorofenato
de sódio
Condiciona as atividades de
transporte, estocagem e uso dessas
substâncias a prévio licenciamento
pelo OEMA.
Instrução n°
1.602, de 7/88
DAC – MD -
Aeronáutica
Artigos
perigosos
Dispõe sobre normas para o
transporte aéreo de artigos
perigosos.
Instrução
Normativa no
1, de 20 de
dezembro de
1995
MTE Benzeno Altera o texto que dispõe sobre a
“Avaliação das Concentrações de
benzeno em Ambientes de
Trabalho” referentes ao Anexo 13-A
Benzeno da NR no 15.
Instrução
Normativa no
2, de 20 de
dezembro de
1995
MTE Benzeno Aprova o texto que dispões sobre a
“Vigilância da Saúde dos
Trabalhadores na Prevenção da
Exposição Ocupacional ao
Benzeno”, referentes ao Anexo 13-A
Benzeno da NR no 15.
Instrução
Normativa n°
5, de 20 de
outubro de 992
IBAMA Preservativos de
madeira
Dispõe sobre o registro de produtos
para a preservação da madeira de
unidades industriais e preservadoras
de madeira, cadastro de usuários,
rotulagem e embalagem,
comercialização, destinação final de
resíduos, embalagens e importação.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 154
Tabela 4.1 Legislação Federal Pertinente à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Instrumento
Legal
Órgão(s)
Envolvido(s) na
Aplicação
Categoria de
Uso de Substân-
cias Químicas
Contempladas
Objetivo da Legislação
Instrução
Normativa n° 6,
de 6 de junho
de 2001
IBAMA Poluentes
aquáticos
Atendendo ao disposto na Lei
no 9.966, de 28 de abril de 2000,
no artigo 4o, Parágrafo Único,
divulga e mantém atualizada a lista
de substâncias classificadas por
categorias, de acordo com o risco
produzido, quando descarregadas
na água (Marpol 73/78) e
estabelecidas de forma anexa.
NBR n° 14.725 MTE Todas Aplica-se a todos os ramos
a atividade econômica em
que são utilizados produtos
químicos (produção, manuseio,
armazenamento, transporte,
destinação dos resíduos, emissões,
manutenção, limpeza, etc.). Dispõe
que todo produto classificado como
perigoso, de acordo com o Sistema
Global de Harmonização (GHS) e o
Comitê da ABNT CB-10, deve ter
elaborada a Ficha de Segurança
de Produto Químico (FISPQ). As
responsabilidades são divididas
entre fornecedores, empregadores
e trabalhadores. A FISPQ apresenta
informações sobre vários aspectos
desses produtos químicos
(substâncias ou preparados)
quanto à proteção, segurança,
saúde e meio ambiente. A FISPQ
fornece, para esses aspectos,
conhecimentos básicos sobre os
produtos químicos, recomendações
sobre medidas de proteção e
ações em situação de emergência.
Determina também: a avaliação
dos produtos químicos quanto
ao seu grau de periculosidade;
a elaboração de programas de
proteção eficazes contra os perigos
provocados pelos produtos
químicos aos trabalhadores e a
obrigação das empresas.
NBR no 13.295 MTE Cloro Dispõe sobre a distribuição e
manuseio de Cloro.
C A P Í T U L O 5
A presenta-se neste Capítulo a estrutura de governo relacionada à gestão de substâncias químicas, representada pelos Ministérios e seus órgãos vinculados; pelos Poderes Legislativo e Judiciário; pelo Ministério Público; pelos órgãos es-
taduais de meio ambiente e pela Associação que os congrega; pelas comissões e grupos de trabalho interministeriais.
5.1 Instituições
5.1.1 Ministério do Meio Ambiente – MMA
O Ministério do Meio Ambiente é o órgão central e de articulação do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA (v. Quadro 5.1), tendo por áreas de competência, entre outras: as políticas nacionais do meio ambiente e dos recursos hídricos; proposição de estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais para a melhoria da qualidade ambiental e dos recursos naturais; políticas para a integração do meio ambiente e produção.
A atuação do SISNAMA é efetivada mediante articulação coordenada dos órgãos e entidades que o constituem, observando a garantia de acesso da opinião pública às in-formações relativas às agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental. E cabe aos Estados, Distrito Federal e Municípios a regionalização das medidas, elaborando normas e padrões supletivos e complementares, podendo fixar parâmetros de emissão de agentes poluidores, observada a Legislação Federal (Oliveira, 2000).
Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam
na Gestão de Substâncias Químicas
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 156 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 157
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMAO Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA é órgão colegiado de caráter nor-mativo, deliberativo e consultivo do Ministério do Meio Ambiente, e integra a estrutura do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA com a finalidade de: • assessorar, estudar e propor ao Conselho do Governo e demais órgãos governa-
mentais, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recur-sos naturais;
• deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; e
• praticar outros atos e atividades compatíveis com sua finalidade.Entre suas competências incluem-se:
• estabelecer, mediante proposta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Re-cursos Naturais Renováveis – IBAMA, dos demais órgãos integrantes do SISNAMA e de Conselheiros do CONAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
• estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qua-lidade do meio ambiente, a fim de que haja o uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos;
• estabelecer sistemática de monitoramento, avaliação e cumprimento das normas am-bientais;
• avaliar regularmente a implementação e a execução da política e normas ambientais do país, estabelecendo sistemas de indicadores;
• elaborar, aprovar e acompanhar a implementação da Agenda Nacional do Meio Am-biente, a ser proposta aos órgãos e às entidades do SISNAMA, sob a forma de reco-mendação;
• deliberar, sob a forma de resoluções, proposições, recomendações e moções, visando o cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente.
Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos – SQAEstabelece políticas e normas, define estratégias, implementa programas e projetos refe-rentes às diferentes formas de poluição, degradação ambiental e riscos ambientais; à avaliação de impactos ambientais e ao licenciamento; ao monitoramento da qualidade do meio ambiente; aos resíduos danosos à saúde e ao meio ambiente; à política ambiental urba-na; ao ordenamento territorial e à gestão integrada do ambiente costeiro e do marinho.
Além disso, é responsável pelo resgate de informações relacionadas à gestão das subs-tâncias químicas no país, com a finalidade de identificar demandas e promover o comércio e manejo de tais substâncias.
Quadro 5.1 Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMAO Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, instituído pela Lei Federal n° 6.938, de 31 de agosto de 1981, compõe-se basicamente de duas esferas: a de formulação da Política Nacional do Meio Ambiente e articulação interinstitucional e a de exe-cução das ações de conservação do meio ambiente e de melhoria da qualidade ambiental.
À primeira esfera correspondem o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA, órgão superior, e o Ministério do Meio Ambiente, órgão central e de articulação do Sistema.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 156 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 157
À segunda esfera pertencem o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, executor de política federal do meio am-biente no marco que a legislação específica; os órgãos da administração pública federal (setoriais) executores de políticas públicas relacionadas com a do meio ambiente; os Órgãos Estaduais de Meio Ambiente – OEMA (seccionais) e, à me-dida que se forem organizando, os órgãos municipais de meio ambiente (locais).
Secretaria de Recursos Hídricos – SRHA SRH, criada em 1995 como parte integrante da estrutura básica do Ministério do Meio Ambiente e do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos -SNRH, tem sob sua responsabilidade as seguintes tarefas: • formular a Política Nacional de Recursos Hídricos; • integrar a gestão dos recursos hídricos com a gestão ambiental; • prover os serviços de Secretaria-Executiva do Conselho Nacional de Recursos Hídricos; • O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos – SNRH apresenta, em
sua estrutura, as seguintes instâncias, com suas principais funções respectivas; • Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH e Conselhos Estaduais de Recursos
Hídricos: subsidiar a formulação da Política de Recursos Hídricos e dirimir conflitos. • SRH/MMA: formular a Política Nacional de Recursos Hídricos e subsidiar a formulação
do Orçamento da União; • Agência Nacional de Águas – ANA: implementar o Sistema Nacional de Recursos Hí-
dricos, outorgar e fiscalizar o uso de recursos hídricos de domínio da União; • Órgão Estadual: outorgar e fiscalizar o uso de recursos hídricos de domínio do Estado; • Comitê de Bacia: decidir sobre o Plano de Recursos Hídricos (quando, quanto e o
motivo de cobrança pelo uso de recursos hídricos); • Agência de Água: sediar o escritório técnico do comitê de Bacia; • Organizações Civis de Recursos Hídricos, legalmente constituídas: atuar em ensino e pes-
quisa de recursos hídricos; defender interesses de diferentes grupos da sociedade.
Departamento de Articulação Institucional e Agenda 21Compete a esse Departamento acompanhar o desenvolvimento da Agenda 21 nacional e estimular a implementação das Agendas 21 Regionais e Locais; formular e implementar estratégias e mecanismos de fortalecimento institucional dos órgãos e entidades que compõem o sistema nacional do meio ambiente; promover a articulação institucional para a implementação do processo de descentralização e repartição de competências entre os três níveis de governo; e coordenar os programas com financiamentos de organismos in-ternacionais estrangeiros.
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMAO Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA, criado pela Lei no 7.735, de 22 de fevereiro de 1989, constitui o principal executor da polí-tica federal de meio ambiente, das diretrizes do Ministério do Meio Ambiente, ao qual está vinculado, das resoluções do órgão deliberativo do SISNAMA e demais legislações pertinentes.
Entre os objetivos finais do IBAMA definidos para o cumprimento de sua missão insti-tucional, incluem-se: • reduzir os efeitos prejudiciais e prevenir acidentes decorrentes da utilização de agen-
tes e produtos agrotóxicos, seus componentes e afins, bem como seus resíduos;
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 158 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 159
• promover a adoção de medidas de controle de produção, utilização, comercialização, movimentação e destinação de substâncias químicas e resíduos potencialmente peri-gosos;
• executar o controle e a fiscalização ambiental nos âmbitos regional e nacional; • intervir nos processos de desenvolvimento geradores de significativo impacto am-
biental, no âmbito regional e nacional; • monitorar as transformações do meio ambiente e dos recursos naturais; • executar ações de gestão, proteção e controle da qualidade dos recursos hídricos; • promover a pesquisa, a difusão e o desenvolvimento técnico-científico voltados para a
gestão ambiental; • promover o acesso e o uso sustentado dos recursos naturais;e • desenvolver estudos analíticos, prospectivos e situacionais verificando tendências e
cenários, para o planejamento ambiental.
O IBAMA é também o Centro Nacional Coordenador da Rede Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos – REBRAMAR, a qual tem os seguintes objetivos: • promover o desenvolvimento de programas de integração entre os agentes que ge-
ram resíduos, aqueles que os controlam e a comunidade; • disseminar tecnologias apropriadas e estratégicas já existentes sobre o manejo am-
biental de resíduos; • propiciar uma maior participação das universidades; • difundir o conhecimento sobre a avaliação e o controle de riscos ocupacionais gera-
dos por resíduos perigosos e tóxicos; • coletar, sistematizar, gerar e disseminar informações sobre o tema; • evitar a duplicação de esforços regionais, procurar utilizar a informação e tecnologias
existentes.
Diretoria de Licenciamento e Qualidade Ambiental – DILIQCoordenação Geral de Controle e Qualidade Ambiental – CGQUACoordenação de Avaliação e Controle de Substâncias Químicas – COASQ, à qual compete a gestão de substâncias químicas, agrotóxicos, seus componentes e afins. Coordena e orienta as ações de registro de preservativos de madeira e de agrotóxicos e afins não agrícolas. Pro-move o desenvolvimento e a implantação e manutenção de sistemas de controle e apoio à fiscalização de aspectos da gestão de substâncias químicas e produtos perigosos.
5.1.2 Ministério da Saúde – MS
Ao Ministério da Saúde impõe-se o desafio de garantir o direito do cidadão ao atendimen-to à saúde e prover condições para que esse direito esteja ao alcance da população, inde-pendentemente da condição social de cada um. Cabe destacar que saúde, segundo o Artigo 2o da Lei n° 8.080/90, é um direito fundamental do ser humano e tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país. Dizem respeito também à saúde, as ações que se destinam a garantir às pessoas e à coletividade condições de bem-estar físico, mental e social.
Compete ao Ministério da Saúde: • formular e implementar a Política Nacional de Saúde; • coordenar e fiscalizar o Sistema Único de Saúde; • promover a saúde ambiental e adotar ações de promoção, proteção e recuperação da
saúde individual e coletiva, até mesmo a dos trabalhadores e dos índios;
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 158 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 159
• manter o sistema de informações de saúde; • providenciar ação preventiva em geral, vigilância e controle sanitário de fronteiras e de
portos marítimos, fluviais e aéreos; • manter a vigilância de saúde, especialmente sobre drogas, medicamentos e alimentos; • desenvolver pesquisa científica e tecnologia na área de saúde.
O Sistema Único de Saúde – SUS, implementado pelo MS: • controla e fiscaliza procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde; • executa as ações de vigilância sanitária, ambiental e epidemiológica, bem como as de
saúde do trabalhador; • participa do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; • colabora na proteção do ambiente de trabalho; e • atua na regulamentação, controle e rotulagem de produtos dietéticos e aditivos
alimentares, limites de contaminantes, resíduos de medicamentos veterinários e de agrotóxicos em alimentos, produtos de higiene, perfumarias, cosméticos, corantes, no processo de registro de agrotóxicos e afins.
Por força do disposto na Lei no 7.802/89, o Ministério da Saúde deve analisar, do ponto de vista toxicológico, todos os agrotóxicos, seus componentes e afins, e emitir pareceres a respeito da pesquisa e experimentação, do registro, cancelamento, alteração e renovação de registro dos mesmos ao órgão responsável pelo registro – o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA.
Para atendimento às demandas e competências do Ministério da Saúde (MS) relaciona-das à segurança química e protocolos internacionais no âmbito de saúde ambiental foram criadas comissões internas e interministeriais e mecanismos de cooperação, destacando-se: • Comissão Permanente de Saúde Ambiental – COPESA, criada no âmbito do MS, por
meio da Portaria n° 2253/GM, que é composta pela SVS/MS, ANVISA, FIOCRUZ, Se-cretaria de Políticas de Saúde do MS – SPS, Secretaria de Assistência à Saúde do MS – SAS, Secretaria-Executiva do MS e Gabinete do Ministro da Saúde e tem o objetivo de possibilitar a construção da política de saúde ambiental do MS;
• Termo de Cooperação Técnica – TCT, celebrado entre o MS e o MMA, em 07 de novem-bro de 2001, com o objetivo de ampliar e manter a cooperação interministerial no tocante aos assuntos de saúde e do meio ambiente, de modo a conjugar ações de ambos os Ministérios em benefício da saúde da população e da integridade do meio ambiente;
• Grupo de Trabalho para Assuntos Internacionais em Saúde e Ambiente – AISA, oficia-lizado pela Portaria n° 922, de 21 de junho de 2001, voltado para discutir e internalizar os aspectos relacionados à saúde e meio ambiente nos acordos, tratados, conven-ções, protocolos e outros instrumentos de direito internacional público. É por meio do Fórum que o MS vem discutindo a implementação da Agenda 21 e das Convenções de Roterdã, Basiléia e Estocolmo.
Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS/MSA SVS/MS tem a missão de implantar, em todo território nacional, a Vigilância Ambiental em Saúde – VAS. O SINVAS prioriza, entre outras atividades, a informação no campo da vigilância ambiental em saúde relacionada à qualidade da água para consumo humano, contaminantes ambientais químicos e físicos que possam interferir na qualidade da água, ar e solo, e os riscos decorrentes de desastres naturais e de acidentes com produtos peri-gosos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 160 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 161
As tarefas fundamentais da VAS se referem ao conjunto de ações e serviços que pro-porcionam o conhecimento e a detecção de fatores de risco do meio ambiente que inter-ferem na saúde humana. Destacam-se os seguintes objetivos: • produzir, integrar, processar e interpretar informações, visando disponibilizar ao SUS
instrumentos para o planejamento e execução de ações relativas às atividades de pro-moção da saúde e de prevenção e controle de doenças relacionadas ao ambiente;
• identificar os riscos e divulgar as informações referentes aos fatores condicionantes e determinantes das doenças e agravos a saúde relacionados ao ambientes naturais e antrópicos;
• intervir, com ações diretas de responsabilidade do setor ou demandando para outros setores, a fim de eliminar os principais fatores ambientais de riscos à saúde humana;
• promover ações junto aos órgãos afins, para proteção, controle e recuperação da saú-de e do meio ambiente, quando relacionadas aos riscos à saúde humana;
• conhecer e estimular a interação entre saúde, meio ambiente e desenvolvimento vi-sando o fortalecimento da participação da população na promoção da saúde e quali-dade de vida.
O SINVAS demanda articulação do MS com os Ministérios do Meio Ambiente, do Tra-balho e Emprego, das Relações Exteriores, da Educação e do Planejamento, entre outros órgãos e agências do Governo Federal. A participação social no SINVAS se dá por inter-médio do Conselho Nacional de Saúde – CNS, do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA e por meio de outros mecanismos de articulação com setores da sociedade, como o setor privado, organizações não-governamentais (ONG), representação sindical, entre outros.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISAA ANVISA promove a proteção da saúde da população por intermédio do controle sanitá-rio da produção e da comercialização de produtos e serviços submetidos à vigilância sani-tária, e até mesmo dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. Exerce o controle de portos, aeroportos e fronteiras e a interlocução junto ao Ministério das Relações Exteriores e instituições estrangeiras para tratar de assuntos internacionais na área de vigilância sanitária.
Atua especialmente na regulamentação, no controle e na fiscalização de produtos e serviços referentes a substâncias químicas que envolvam risco à saúde pública.
Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ As atividades desenvolvidas pela instituição estão agrupadas em programas de referência em saúde. São destacadas as seguintes unidades vinculadas: Instituto Oswaldo Cruz, Es-cola Nacional de Saúde Pública, o Instituto de Tecnologia em Fármacos, o Instituto Nacio-nal de Controle e Qualidade em Saúde.
A FIOCRUZ promove atividades de ensino, investigação, publicações em assuntos de saúde publica, saúde dos trabalhadores, ecotoxicologia e assuntos afins e também ofere-ce cursos de pós-graduação nessas áreas.
Além disso, por meio do Programa de Informação e Comunicação em Saúde e Ciência & Tecnologia, a FIOCRUZ, há alguns anos, implantou o Sistema Nacional de Informações Tó-xico-Farmacológicas – SINITOX. Por este Sistema são consolidadas, analisadas e divulgadas as Estatísticas Nacionais de Intoxicações em Seres Humanos, as quais fornecem informações sobre farmoquímicos e demais agentes tóxicos às autoridades de Saúde Pública, aos profis-sionais de saúde e áreas afins e à população em geral. Desde 1995, o SINITOX está integrado ao Programa Internacional de Segurança Química da OMS – IPCS/INTOX.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 160 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 161
Conselho Nacional de Saúde – CNSO Conselho Nacional de Saúde – CNS tem por finalidade atuar na formulação e controle da execução da Política Nacional de Saúde, até mesmo nos aspectos econômicos e finan-ceiros, nas estratégias e na promoção do processo de controle social em toda a sua ampli-tude, no âmbito dos setores público e privado.
Conforme o Decreto no 99.438/90, as atribuições e as competências do Conselho Na-cional de Saúde incluem: • deliberar sobre: formulação de estratégia e controle da execução da política nacional
de saúde em âmbito federal; critérios para a definição de padrões e parâmetros assis-tenciais;
• manifestar-se sobre a Política Nacional de Saúde; • decidir sobre: planos estaduais de saúde, quando solicitado pelos Conselhos Esta-
duais de Saúde; divergências levantadas pelos Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde, bem como por órgãos de representação na área da saúde; credenciamento de instituições de saúde que se candidatem a realizar pesquisa em seres humanos;
• opinar sobre a criação de novos cursos superiores na área de saúde, em articulação com o Ministério da Educação;
• acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e tecnológica na área de saúde, para a observância de padrões éticos compatíveis com o desenvol-vimento sócio-cultural do País.
A Comissão Nacional de Saúde foi constituída no âmbito do CNS, formada por vários representantes do governo e dos trabalhadores.
5.1.3 Ministério do Trabalho e Emprego – MTE
Secretaria de Inspeção do Trabalho – SITSubordinada diretamente ao Ministério do Trabalho e Emprego, formula e propõe as dire-trizes de inspeção do trabalho, bem como normas de atuação da área de segurança e saúde do trabalhador. Além disso, supervisiona e avalia as atividades de fiscalização e de segurança e saúde no trabalho, no âmbito das unidades descentralizadas e acompanha o cumprimento, em nível nacional, dos acordos e convenções ratificados pelo Governo Bra-sileiro junto a organismos internacionais, em especial à Organização Internacional do Tra-balho - OIT, nos assuntos de sua área de competência.
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho – DSSTEsse Departamento, por meio da Coordenação-Geral de Normatização e Análise de Re-cursos – CGNAR e da Coordenação de Normatização de Segurança e Saúde no Trabalho – CONOR, subsidia a formulação e proposição das diretrizes e normas de atuação da área de segurança e saúde no trabalho, bem como coordena e executa a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho – CANPAT.
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO
Diretoria TécnicaCoordenação de Higiene no TrabalhoPlaneja, coordena, acompanha e avalia programas, projetos, pesquisas e serviços na área de higiene do trabalho, com o objetivo de identificar, prevenir e controlar a exposição ocupacional dos trabalhadores aos agentes químicos presentes no ambiente de trabalho. A Divisão de Agentes Químicos fornece suporte técnico-científico a entidades públicas e
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 162 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 163
privadas, aliás no que se refere ao aprimoramento da legislação brasileira; fomenta e par-ticipa de intercâmbio técnico-científico com entidades nacionais e internacionais.
Coordenação de Segurança no Processo de TrabalhoRealiza estudos e pesquisas sobre gerenciamento de riscos e sistemas de proteção coletiva e individual. Investiga e analisa acidentes. Realiza ensaios e testes para a avaliação da qualidade de equipamentos de proteção individual, contando com laboratórios especializados.
Coordenação de Segurança RuralOrienta, planeja, coordena e avalia programas, projetos, pesquisas e atividades visando a identificação, a prevenção e a proposição de medidas de eliminação ou controle da expo-sição dos trabalhadores a fatores, condições e agentes de risco nos ambientes de trabalho na agricultura, pecuária e exploração florestal. Por meio da Divisão de Agrotóxicos atua especificamente na identificação de agentes químicos nos processos de trabalho utiliza-dos em fitotecnia e zootecnia, propondo medidas de controle dos riscos de tais agentes nos ambientes de trabalho.
No âmbito de ambas as instituições citadas, existe o Programa Trabalho Seguro e Sau-dável. As ações do programa são executadas pela Tabela funcional do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho - DSST e da FUNDACENTRO e suas unidades descentra-lizadas, e em parceria com os segmentos organizados representativos de empregadores e trabalhadores.
Existe o Conselho Curador na FUNDACENTRO, com caráter tripartite e deliberativo. Desde 1996, vem funcionando a Comissão Tripartite Paritária Permanente – CTPP, cuja instituição cabe ao DSST, com o objetivo deliberar sobre prioridades e acompanhar a construção e atualização das Normas Regulamentadoras.
A FUNDACENTRO é um órgão de estudos e pesquisas e presta assessoria a órgãos governamentais, como o Ministério Público, a Polícia Civil e o Poder Judiciário.
Outros canais participativos estão funcionando, tais como câmaras técnicas e comis-sões tripartites nacionais ou regionais, com atenção dirigida a vários setores da atividade econômica, especialmente nos temas benzeno, agrotóxicos, metais pesados e prevenção de acidentes maiores. Todos eles obedecem às diretrizes traçadas pela CTPP, trabalhan-do na elaboração ou revisão de normas regulamentadoras, buscando acordos coletivos, desenvolvendo ações educativas, estudos e pesquisas, editando publicações, produzindo vídeos, etc.
5.1.4 Ministério dos Transportes – MT
Em junho de 2001, foram criados a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ e o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes – DNIT – com o fim de reestruturar o setor. Cabe às duas agências citadas, segundo o disposto na Lei no 10.233, de 05 de junho de 2001, estabele-cer os padrões e as normas técnicas complementares relativos às operações de transporte terrestre e aquaviário de cargas especiais e perigosas. No Capítulo 4 são apresentadas as principais normas baixadas pelo Ministério dos Transportes para a regulamentação do transporte de produtos perigosos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 162 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 163
5.1.5 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Secretaria de Defesa Agropecuária – SDAA SDA propõe subsídios à formulação da política agrícola no que se refere à defesa agro-pecuária; normatiza e supervisiona, na forma da legislação específica (Capítulo 4), as ativi-dades de fiscalização da produção, da comercialização e da utilização de agrotóxicos, seus componentes e afins. Essa Secretaria também implementa as ações decorrentes de deci-sões de organismos internacionais e acordos com governos estrangeiros relativos a essas substâncias químicas.
5.1.6 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC
Entre outros assuntos, o MDIC tem como área de competência: • a política de desenvolvimento da indústria, do comércio e dos serviços; • a metrologia, a normalização e a qualidade industrial; • as políticas de comércio exterior, a regulamentação e a execução dos programas e
atividades relativas ao comércio exterior. Ao MDIC está subordinado o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Quali-
dade Industrial – INMETRO.
Secretaria de Tecnologia Industrial – STIÀ STI compete promover a estruturação e o reforço da infra-estrutura tecnológica de apoio ao setor produtivo, estando inclusa a indústria química.
Departamento de Política Tecnológica Esse Departamento formula, propõe e promove políticas de desenvolvimento tecnológi-co, em articulação com outros órgãos de governo, incluindo a incorporação de tecnolo-gias limpas. Um exemplo é o Programa Brasileiro de Prospectiva Tecnológica Industrial, cujo público-alvo são os acadêmicos em geral, as associações de classe, os cidadãos, os empresários, as empresas, as entidades de pesquisa, governamentais e as instituições de pesquisa. Esse Programa apresenta interfaces com empresas exportadoras, Governo Fe-deral, setor produtivo (empresários e trabalhadores).
O Programa Brasileiro de Prospectiva Tecnológica Industrial se propôs, inicialmente, a realizar os estudos prospectivos de quatro cadeias produtivas que constituem objeto do Fórum de Competitividade da Secretaria de Desenvolvimento da Produção, sendo uma delas a indústria de transformados de plásticos.
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – CONMETROO CONMETRO é um colegiado interministerial que exerce a função de órgão normativo do Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – SINMETRO. Atualmente, o CONMETRO é integrado por representantes dos Ministérios da Ciência e Tecnologia, da Saúde, do Trabalho e Emprego, do Meio Ambiente, das Relações Exterio-res, da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, da Justiça e da Defesa, e pelos Presiden-tes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, da Confederação Nacional da Indústria – CNI e do Instituto de Defesa do Consumidor – IDEC.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 164 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 165
Entre as competências do CONMETRO estão: • formular,coordenar e supervisionar a política nacional de metrologia, normalização e certi-
ficação da qualidade de produtos, serviços e pessoal, prevendo mecanismos de consulta que harmonizem os interesses públicos, das empresas industriais e dos consumidores;
• estimular as atividades de normalização voluntária no país; • estabelecer regulamentos técnicos referentes a materiais e produtos industriais; • fixar critérios e procedimentos para certificação da qualidade de materiais e produtos
industriais.
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETROO INMETRO é o órgão executor do CONMETRO e tem entre suas competências e atribui-ções: • executar as políticas nacionais de metrologia e qualidade; • fomentar a utilização da técnica de gestão da qualidade nas empresas brasileiras; • planejar e executar as atividades de credenciamento de laboratórios de calibração de
ensaios, de provedores de ensaios de proficiência, de organismos de certificação, de inspeção, de treinamento e de outros, necessários ao desenvolvimento da infra-estru-tura de serviços no país; e
• coordenar, no âmbito do SINMETRO, a certificação compulsória e voluntária de pro-dutos, de processos, de serviços e a certificação voluntária de pessoal.
5.1.7 Ministério das Relações Exteriores – MRE
No contexto da segurança química, cabe ao Ministério das Relações Exteriores articular a posição brasileira na negociação de instrumentos internacionais, bem como atuar nesses foros, além de gerir aspectos políticos atinentes a questões ambientais em geral. O MRE trabalha ainda como ponto focal em instâncias diversas, tais como o protocolo de Quioto e o IPCC. Na estrutura do Itamaraty, as áreas responsáveis pelo tema da segurança quími-ca são o Departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais – DME e a Divisão de Políti-ca Ambiental e Desenvolvimento Sustentável – DPAD.
5.1.8 Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT
Responsável pela formulação e implementação da Política Nacional de Ciência e Tecnolo-gia, o MCT tem suas ações pautadas nas disposições do Capítulo IV da Constituição Fede-ral de 1988 e é o órgão central do Sistema Federal de Ciência e Tecnologia.
Departamento de Assuntos Nucleares e de Bens Sensíveis – DNBSO DNBS exerce a função de secretaria-executiva da Comissão Interministerial para a apli-cação no país da Convenção para a Proibição de Armas Químicas.
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPqO CNPq é uma fundação de fomento à pesquisa, vinculada ao MCT, cuja missão é promo-ver e fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico do país e contribuir na formula-ção das políticas nacionais de ciência e tecnologia. Compete ao CNPq, como órgão de fomento à pesquisa, participar com o MCT na formulação, execução, acompanhamento, avaliação e difusão da Política Nacional de Ciência e Tecnologia. Para o cumprimento de
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 164 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 165
sua missão, o CNPq realiza duas atividades básicas: fomento à pesquisa e formação de recursos humanos voltados para as atividades de ciência e tecnologia.
5.1.9 Ministério de Minas e Energia – MME
Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM Compete ao DNPM a autorização para importação de asbesto/amianto, da variedade crisotila, em qualquer de suas formas, bem como o cadastramento das empresas importadoras. O DNPM deve fornecer, semestralmente, à Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, relação atualizada das empresas cadastradas e aptas a realizar importação de amianto/asbestos.
Programa de Matérias-Primas e Produtos Básicos da Indústria PetroquímicaEste programa objetiva aumentar a oferta de produtos básicos da indústria petroquímica para atendimento ao mercado. A estratégia de implementação consiste em aumentar o valor agregado de correntes do refino ou de gás natural como insumo da indústria petro-química, por meio de parcerias com empresas privadas visando integração do refino com a primeira e segunda geração do setor petroquímico.
Constam do programa oito ações, mas apenas três tiveram orçamento para 2001: am-pliação e modernização da fábrica de fertilizantes nitrogenados (concluída), implantação de complexo de ácido acrílico de 160 mil toneladas ao ano na Refinaria Henrique Lage (SP) e implantação de Pólo Gás-Químico no Rio de Janeiro com capacidade de produção de 500 mil toneladas ao ano de eteno. Essas priorizações fazem prever um aumento na participação desse setor no mercado.
5.1.10 Ministério da Justiça – MJ
Departamento da Polícia Rodoviária Federal – DPRFO DPRF, órgão específico singular, integrante da estrutura regimental do MJ, tem por fina-lidade, entre outras: • preservar a ordem, a segurança pública e a incolumidade das pessoas, o patrimônio
da União e o de terceiros, assim como exercer o planejamento, a coordenação e a supervisão do policiamento rodoviário, executando operações relacionadas com os serviços de segurança pública, por meio do patrulhamento ostensivo das rodovias e estradas federais;
• exercer os poderes de autoridade de trânsito, cumprindo e fazendo cumprir a legisla-ção e demais normas pertinentes, bem como executar o policiamento, a fiscalização e a inspeção do transporte de bens, além de supervisionar, inspecionar e fiscalizar o transporte de cargas;
• autuar infratores, impor multas, aplicar penalidades administrativas e adotar as demais medidas cabíveis relativas ao transporte de cargas perigosas;
• credenciar, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de guincho e remoção de veículos, de escolta e transporte de cargas de produtos perigosos;
• colaborar e atuar na prevenção e repressão dos crimes contra a vida, os costumes, o patrimônio, a ecologia e o meio ambiente, do furto e roubo de veículos e outros bens, do tráfico de entorpecentes e drogas afins, do contrabando, do descaminho e dos demais crimes previstos na Lei.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 166 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 167
Departamento da Polícia Federal – DPFDivisão de Repressão a Entorpecentes – DREA DRE faz parte da estrutura do Departamento de Polícia Federal e tem a atribuição de prevenir e reprimir o tráfico de entorpecentes, bem como exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteira para esse assunto.
5.1.11 Ministério da Defesa – MD
Comando da MarinhaA Marinha é responsável pela aplicação no país das convenções internacionais relaciona-das à prevenção da poluição ambiental causada por navios, plataformas e suas instalações de apoio, como a Convenção Marpol (v. Capítulo 10), que inclui, além do óleo, outras subs-tâncias consideradas poluentes marinhos.
Comando da AeronáuticaDepartamento de Aviação Civil – DACO DAC, órgão subordinado ao Comando da Aeronáutica – Ministério da Defesa, tem a missão de estudar, orientar, planejar, controlar, incentivar e apoiar as atividades da Aviação Civil pública e privada, além de manter o relacionamento com outros órgãos no trato dos assuntos de sua competência. A partir de seu Departamento de Cargas Aéreas exerce a função de fiscalização e controle do transporte aéreo de mercadorias perigosas.
5.1.12 Ministério da Educação – MEC
Sob responsabilidade do Ministério da Educação estão as universidades e centros de pes-quisas federais que podem contribuir em termos de pesquisa, difusão de tecnologia, for-mação e divulgação científica.
5.1.13 Ministério da Fazenda – MF
Secretaria da Receita Federal – SRFA SRF, órgão subordinado ao Ministério da Fazenda, dispõe de duas coordenações para o controle de substâncias que entram no país: Coordenação Geral de Fiscalização – COFIS e Coordenação Geral de Administração Aduaneira – COANA.
5.1.14 Ministério da Integração Nacional – MI
Conselho Nacional de Defesa CivilSecretaria Nacional de Defesa Civil – SEDECA Secretaria Nacional de Defesa Civil – SEDEC, no âmbito do Ministério da Integração Nacional, é o órgão central do Sistema Nacional de Defesa Civil - SINDEC, responsável por coordenar as ações de defesa civil, em todo o território nacional. A atuação de defesa civil tem o objetivo de reduzir desastres e compreende ações de prevenção, de prepara-ção para emergências e desastres, de resposta ao desastre e de reconstrução. É uma atu-ação multissetorial e deve ser executada pelos três níveis de governo – federal, estadual e municipal – com ampla participação da comunidade.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 166 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 167
O SINDEC é ainda constituído dos seguintes outros órgãos: • Órgão Superior: Conselho Nacional de Defesa Civil – CONDEC, ao qual compete,
entre outras atribuições, aprovar a Política Nacional de Defesa Civil e as diretrizes de ação governamental de Defesa Civil;
• Órgãos Regionais: Coordenadorias Regionais de Defesa Civil, responsáveis por com-patibilizar e consolidar os planos e programas estaduais de defesa civil, no âmbito de cada região;
• Órgãos Estaduais: Coordenadorias Estaduais de Defesa Civil e Coordenadoria de Defesa Civil do Distrito Federal, responsáveis, respectivamente, pelos planos e pro-gramas estaduais e do Distrito Federal de defesa civil;
• Órgãos Municipais: Comissões Municipais de Defesa Civil, responsáveis pela imple-mentação dos planos de defesa civil;
• Órgãos Setoriais: Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, envolvidos nas ações de Defesa Civil;
• Órgãos de Apoio: Instituições públicas e privadas, organizações não-governamentais e comunitárias, clubes de serviços e associações que prestam ajuda aos órgãos do Sistema Nacional de Defesa Civil, em circunstâncias de desastres, caracterizando a participação da cidadania.
5.1.15 Ministérios Públicos Federal e Estaduais
Procuradoria Geral da RepúblicaProcuradoria Geral do TrabalhoProcuradoria Geral dos Direitos do ConsumidorEsses órgãos têm atribuições no âmbito da complementação ou aperfeiçoamento legal e na fiscalização e cumprimento dos preceitos legais estabelecidos, cuja competência inclui: • ação direta de inconstitucionalidade por omissão; • argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da Constituição
Federal; • ação penal pública, na forma da Lei; • inquérito civil e a ação civil pública, o que assegura a proteção do meio ambiente.
5.1.16 Poder Legislativo
O Poder Legislativo trata de projetos de lei relacionados a todas as matérias objeto de legislação, até mesmo saúde, meio ambiente, tecnologia e agricultura. Destacam-se as comissões parlamentares do Congresso Nacional (Senado Federal e Câmara dos Deputa-dos), bem como das assembléias legislativas estaduais, como os principais fóruns de de-bate, no âmbito do Legislativo, sobre as iniciativas de legislação.
5.1.17 Órgãos Estaduais de Meio Ambiente – OEMA
Os órgãos estaduais de meio ambiente (OEMA) exercem papel fundamental na gestão de substâncias químicas no Brasil, uma vez que a eles cabe a implementação da legis-lação relativa ao licenciamento e à autorização do uso de substâncias perigosas em suas jurisdições.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 168 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 169
Alguns órgãos estaduais vêm-se revelando bastante participativos no processo de ges-tão de substâncias químicas, como: • Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – CETESB/SP; • Centro de Recursos Ambientais – CRA/BA; • Fundação Estadual de Meio Ambiente – FEAM/MG; • Instituto Ambiental do Paraná – IAP/PR; • Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente – FEEMA/RJ; • Fundação do Meio Ambiente – FATMA/SC; • Fundação Estadual de Proteção Ambiental – FEPAM/RS.
5.1.18 Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Meio Ambiente – ABEMA
A ABEMA é uma sociedade civil de direito privado, que se propõe a representar os órgãos estaduais de meio ambiente do país, veiculando seus interesses e atuando no sentido de fortalecer a participação de estados na definição e na execução da política ambiental bra-sileira. A ABEMA mantém intercâmbio com associações congêneres no âmbito nacional e interna-cional e promove a cooperação entre seus associados e entidades governamentais e privadas, tendo como foco principal a busca pelo desenvolvimento sustentável (ABEMA, 2002).
A ABEMA busca uma relação articulada entre União, Estados e Municípios com base nos princípios de gestão ambiental compartilhada e de descentralização de políticas pú-blicas. Promove a cooperação e o intercâmbio de informações ambientais entre os órgãos de meio ambiente do país. Além disso, propõe e viabiliza programas e projetos de rele-vante interesse ambiental, atuando no sentido de intensificar a participação das institui-ções brasileiras na definição e na execução das políticas de meio ambiente.
Seu objetivo principal é o fortalecimento institucional do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA e do Sistema Nacional de Recursos Hídricos – SNRH. Além disso, promove a participação da sociedade nos mecanismos de gestão ambiental e na arti-culação com os demais setores para viabilizar programas e projetos que contemplem o desenvolvimento sustentável. Também promove a incorporação da variável ambiental nas estratégias de crescimento do país e no conjunto das políticas setoriais, buscando sempre um modelo de desenvolvimento eqüitativo e equilibrado.
A Tabela 5.1 apresenta de forma sumarizada as áreas de responsabilidades das institui-ções oficiais brasileiras na gestão de substâncias químicas.
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
168C
apítu
lo 5 • M
inistérios, C
om
issões Interm
inisteriais e outras Instituiçõ
es que A
tuam na G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
169
Tabela 5.1 Responsabilidades de Instituições Oficiais Brasileiras na Gestão de Substâncias Químicas
EV/M Produtos Importação Produção Armazenamento Transporte Distribuição/
Comercialização
Uso/
Manuseio
Emergências Disposição
Final
Meio Ambiente Inorgânicos X
Orgânicos X
Farmoquímicos
Agrotóxicos X X X
Tintas/vernizes/
lacas/afins
Preparados
Metais e seus
compostos
X X
Asbestos X X X X
Saúde Inorgânicos X X X
Orgânicos X X X
Farmoquímicos X X X X X X X
Agrotóxicos X X X X X X
MAPA Agrotóxicos X X X X X X X
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
170C
apítu
lo 5 • M
inistérios, C
om
issões Interm
inisteriais e outras Instituiçõ
es que A
tuam na G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
171
Tabela 5.1 Responsabilidades de Instituições Oficiais Brasileiras na Gestão de Substâncias Químicas
EV/M Produtos Importação Produção Armazenamento Transporte Distribuição/
Comercialização
Uso/
Manuseio
Emergências Disposição
Final
Trabalho Inorgânicos X X
Orgânicos X X
Farmoquímicos X X
Agrotóxicos X X X X X X
Tintas/vernizes/
lacas/afins
X X
Preparados X X
Metais e seus
compostos
X
Asbestos X X
Desenvolvimen-
to, Ind. e
Comércio
Exterior
Inorgânicos X X X
Orgânicos X X X
Farmoquímicos X X X
Agrotóxicos X X X
Tintas/vernizes/
lacas/afins
X X X
Preparados X X
Metais e seus
compostos
X X X
Asbestos X X X
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
170C
apítu
lo 5 • M
inistérios, C
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issões Interm
inisteriais e outras Instituiçõ
es que A
tuam na G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
171
Tabela 5.1 Responsabilidades de Instituições Oficiais Brasileiras na Gestão de Substâncias Químicas
EV/M Produtos Importação Produção Armazenamento Transporte Distribuição/
Comercialização
Uso/
Manuseio
Emergências Disposição
Final
Ciência e
Tecnologia
Todas X X
MRE Inorgânicos X
Orgânicos X
Farmoquímicos X
Agrotóxicos X
Metais e seus
compostos
X
Asbestos
Transportes Todas X
Defesa Civil Todas X
Fazenda Inorgânicos X X
Orgânicos X X
Farmoquímicos X X
Agrotóxicos X X
Tintas/vernizes/
lacas/afins
X
Preparados X
Metais e seus
compostos
X X
Asbestos X X
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
172C
apítu
lo 5 • M
inistérios, C
om
issões Interm
inisteriais e outras Instituiçõ
es que A
tuam na G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
173
Tabela 5.1 Responsabilidades de Instituições Oficiais Brasileiras na Gestão de Substâncias Químicas
EV/M Produtos Importação Produção Armazenamento Transporte Distribuição/
Comercialização
Uso/
Manuseio
Emergências Disposição
Final
Defesa Inorgânicos X
Orgânicos X
Tintas/vernizes/
lacas/afins
X
Preparados X X
Asbestos X
Minas e Energia Inorgânicos X X
Metais e seus
compostos
X X
Asbestos X X X
OEMA Todas X X X X X X X X
X = Resposta Positiva
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 172 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 173
5.2 Comissões Interministeriais
A Tabela 5.2 apresenta as Comissões Interministeriais em vigência e atuantes sobre aspec-tos da gestão de substâncias químicas. Considerando a importância da Comissão Nacio-nal de Segurança Química - CONASQ, informações mais detalhadas sobre ela estão reu-nidas no Quadro 5.2.
Quadro 5.2 CONASQ
Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQA Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQ foi criada pela Portaria MMA n° 319, de 27 de dezembro de 2000.
Os principais objetivos da CONASQ são de articulação institucional e fomen-to de discussões sobre segurança química, visando implementação do Programa Nacional de Segurança Química – PRONASQ, definido em função das necessidades e das possibilidades de melhoria da gestão de substâncias químicas no país e das diretrizes adotadas pelo Fórum Intergovernamental de Segurança Química – FISQ.
A estrutura da CONASQ é a seguinte: Presidência: Ministério do Meio Am-biente – MMA; Vice-Presidência: Ministério da Saúde – MS; Secretaria-Executiva: MMA; Plenário: instituições indicadas; Coordenadoria Técnica e Subcoordenadoria.
A CONASQ é composta por 22 instituições do setor público, do privado e de organizações não-governamentais: Ministério das Relações Exteriores – MRE; Mi-nistério dos Transportes – MT; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-to – MAPA; Ministério do Trabalho e Emprego – MTE; Ministério da Saúde – MS; Secretaria de Vigilância em Saúde – SVS/MS; Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC; Ministério das Minas e Energia – MME; Mi-nistério da Ciência e Tecnologia – MCT; Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos – SQA/MMA e da Assessoria Internacional; Ministério da Integração Nacional, por meio da Secretaria Nacional de Defesa Civil – SEDEC/MI; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária – ANVISA; Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ; Fundação Jor-ge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO; Central Única dos Trabalhadores – CUT; Amigos da Terra do Brasil, representando o Fórum Nacional de ONG; Universidade de Brasília – UnB; Universidade de São Paulo – USP; Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Meio Ambiente – ABEMA; Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM; Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS.
O Programa Nacional de Segurança Química compreende dez linhas de ação: • Mecanismos de controle e fiscalização na gestão de substâncias químicas; • Rede de Intercâmbio e Difusão de Informações para a Segurança Química no Brasil; • Redução das Vulnerabilidades aos Acidentes com Produtos Químicos; • Áreas Contaminadas; • Sistema Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos; • Segurança Química nas Universidades e Instituições de Pesquisa; • Implementação de Convenções Internacionais (Estocolmo, Roterdã); • Manejo Integrado de Pragas e Vetores; • Inventário de Emissões e Transferência de Poluentes; • Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 174 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 175
Tabela 5.2 Comissões Interministeriais Relacionadas à Gestão de Substâncias Químicas
Nome Tipo de
Mecanismo
Membros Atuação
Comissão
Nacional de
Segurança
Química
– CONASQ
(criada pela
Portaria n°
319/MMA,
de 27/12/
2000) (v.
BOX 5.1)
Instância de
articulação
intersetorial
e descentra-
lização para
a gestão de
substâncias
químicas
Presidência:
MMA
Vice-Presidência:
MS
Secretaria-
do: SQA/MMA
Membros: (v. BOX
5.1)
V. BOX 5.1
Comissão
Tripartite
Paritária
Permanen-
te - CTPP
(criada pela
Portaria
no 2/ MTE
-SSST, de
11/04/1996)
Instância de
consulta da
SSST para a
elaboração de
política e dire-
trizes da área
de segurança
e saúde do
trabalhador
Governo:· MS,
MPAS· MTE/
SSST· MTE/
FUNDACENTRO;
Empregadores: ·
CNC, CNI, CNA,
CNT e CNF; Tra-
balhadores:· FS,
CUT e CGT .
Auxiliar na definição dos temas relaciona-
dos à Segurança e Saúde do Trabalhador
a serem regulamentados e acompanhar
sua normalização. A Portaria estabelece
nova metodologia para elaboração de
regulamentações na área, segundo as
etapas: eleição/priorização do tema a ser
regulamentado ou revisto, elaboração
de texto técnico básico, consulta pública
por meio da publicação do texto técnico
básico no Diário Oficial da União, cons-
tituição de grupo de trabalho tripartite
para análise e elaboração de proposta de
regulamentação, análise da proposta de
regulamentação pela Secretaria de
Segurança e Saúde no Trabalho - SSST
e publicação de portaria. A intenção é a
elaboração de política e diretrizes da área,
entendendo que democratiza a estrutura-
ção das ações de prevenção de acidentes
e doenças decorrentes do trabalho e
aumenta o compromisso dos demais
setores (empregadores e trabalhadores)
na adoção de medidas efetivas para a me-
lhoria das condições e dos ambientes de
trabalho e a conseqüente diminuição dos
índices destes acidentes (MTE, 2002).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 176 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 177
Tabela 5.2 Comissões Interministeriais Relacionadas à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Nome Tipo de
Mecanismo
Membros Atuação
Comitê
Técnico de
Assessora-
mento de
Agrotóxicos
– CTAA
(por força
do disposto
na Lei n°
7.802, de
11/07/89)
Comitê Técni-
co Interminis-
terial
MAPA (2 mem-
bros), MS (2
membros) e MMA
(2 membros)
Racionalizar e harmonizar procedimentos
técnico-científicos e administrativos nos
processos de registro e adaptação de
registro de agrotóxicos, seus componen-
tes e afins;
Propor a sistemática incorporação de
tecnologia de ponta nos processos de
análise, controle e fiscalização de agro-
tóxicos, seus componentes e afins e em
outras atividades cometidas aos órgãos
federais competentes estabelecidos na
Lei de Agrotóxicos;
Elaborar, rotinas e procedimentos visando
implementação da avaliação de risco de
agrotóxicos e afins;
Analisar propostas de edição e alteração
de atos normativos sobre as matérias refe-
rentes ao disposto na Lei de Agrotóxicos
e sugerir ajustes e adequações considera-
das cabíveis;
Propor critérios de diferenciação de
agrotóxicos, seus componentes e afins
em classes, em função de sua utilização,
de seu modo de ação e de suas caracte-
rísticas toxicológicas, ecotoxicológicas ou
ambientais;
Assessorar os órgãos responsáveis na
concessão do registro para uso emergen-
cial de agrotóxicos e afins e no estabe-
lecimento de diretrizes e medidas que
possam reduzir os efeitos danosos
desses produtos sobre a saúde humana e
o meio ambiente;
Estabelecer as diretrizes a serem obser-
vadas no Sistema de Informações sobre
Agrotóxicos – SIA, acompanhar e supervi-
sionar as suas atividades;
e manifestar-se sobre os pedidos de can-
celamento ou de impugnação de agrotó-
xicos de seus componentes e afins.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 176 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 177
Tabela 5.2 Comissões Interministeriais Relacionadas à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Nome Tipo de
Mecanismo
Membros Atuação
Comissão
Intermi-
nisterial
da Con-
venção de
Prevenção
de Armas
Quími-
cas-CPAQ
(criada pelo
Decreto n°
2.074, de
14/11/1996)
Comissão In-
terministerial
Secretariado:
MCT; Governo·
MJ · MF· MRE·
MDIC· MCT
Acompanhar a observância dos dispositi-
vos da CPAQ por parte de pessoas físicas
e jurídicas;
Colher e processar as informações e da-
dos necessários à elaboração das decla-
rações;
Acompanhar e viabilizar as inspeções no
Brasil;
Aplicar sanções administrativas previstas
em lei. Compete às pessoas físicas e/ou
jurídicas: não realizar nem contribuir com
atividades não permitidas pela Conven-
ção;
Prestar todas as informações solicitadas
pela Comissão Interministerial; e
Receber as inspeções da CtPAQ e permitir
que as atividades de inspeção desenvol-
vam com transparência.
Grupo de
Estudos
Tripartite
para Imple-
mentação
da Conven-
ção OIT 174
- GET/OIT
174 (
Portaria n°
11/MTE, de
08/01/1998)
Grupo de Es-
tudos Intermi-
nisterial
Secretariado:
MTE e FUNDA-
CENTRO
Governo: MTE;
FUNDACENTRO/
MTE; SVS/MS;
FIOCRUZ/MS;
Secretaria de
Defesa Civil/MIN;
IBAMA/MMA;
MCT; ABIN.
Empregado-
res: ABIQUIM/
CNI, CNI, CNT,
CNC. Trabalhado-
res: CUT; Força
Sindical; SDS;
CGT.
A finalidade é a de:
Formular propostas para uma política
nacional sobre a prevenção de grandes
acidentes industriais (acidentes amplia-
dos), com a autonomia para estabelecer
o diálogo com comunidades expostas e
outros setores interessados com o tema;
Capacitar técnicos de
governo,empregadores e trabalhadores e
outros interessados, por meio de cursos,
seminários regionais e nacionais;
Produzir informação e sua difusão por
meio de cursos, seminários, e pela home
page do GET/OIT 174;
Produzir material técnico-educativo;
Traduzir documentos internacionais (espe-
cialmente da OIT) sobre o tema;
Elaborar mapeamento preliminar das
instalações;
Buscar harmonia das legislações federal,
estaduais e municipais sobre o tema;
Criar grupos regionais para atuação e
atividades de apoio;
Articular com projeto regionais desenvol-
vidos pelas DRT e Fundacentro (e outras
entidades); e
Elaborar propostas de regulamentação da
Convenção 174 da OIT.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 178 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 179
Tabela 5.2 Comissões Interministeriais Relacionadas à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Nome Tipo de
Mecanismo
Membros Atuação
Grupo
Nacional
de Trabalho
sobre a
Convenção
de Roterdã
- GT-PIC
Grupo de Tra-
balho Intermi-
nisterial
Secretariado:
SQA/MMA;
Governo:· MMA;
· MAPA;· MS;·
MDIC;· MRE;·
IBAMA;· ANVISA
Atender às demandas do Secretariado da
Convenção de Roterdã, a fim de seja rati-
ficada pelo Brasil de acordo com os textos
aprovados em setembro de 1999.
Grupo
Nacional
de Trabalho
sobre a
Conven-
ção de
Estocolmo
- GT-POP
Grupo de Tra-
balho Intermi-
nisterial
Secretariado:
SQA/MMA;
Governo: MRE;·
MDIC;· MAPA;·
MS;· MTE;·
ANVISA;· IBAMA·
Assessorias
Internacionais
dos respectivos
Ministérios
Atender às demandas do Secretariado da
Convenção de Roterdã, a fim de seja rati-
ficada pelo Brasil de acordo com os textos
aprovados em maio de 2001.
Coletivo
Nacional
de Saúde
no Traba-
lho e Meio
Ambiente
- CNSTMA
Dirigentes sin-
dicais de todo
o país (sindi-
catos, federa-
ções, confede-
rações e CUT
estaduais)
Dirigentes sin-
dicais de todo o
país
Subsidiar tecnicamente as discussões
e a tomada de decisão dos dirigentes
sindicais do coletivo na implementação de
ações políticas que visam a melhoria dos
ambientes de trabalho. É composto de
diversos grupos temáticos que exercem
papel fundamental em todo o processo
de discussões e efetivação das políticas
públicas voltadas para o interes se dos
trabalhadores na área de Saúde do Tra-
balhador. Os principais grupos temáticos
são: benzeno, asbesto e alumínio.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 178 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 179
Tabela 5.2 Comissões Interministeriais Relacionadas à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Nome Tipo de
Mecanismo
Membros Atuação
Comissão
Interinsti-
tucional da
Saúde do
Trabalhador
- CIST
Instância
subordinada
ao Conselho
Nacional de
Saúde
Governo:Ministé-
rio da Integração
Nacional/Defesa
Civil • FIOCRUZ/
MS; IBAMA/
MMA; DRT/MTE;
FUNDACENTRO/
MTE; Emprega-
dos: Social De-
mocracia Sindical
Coordenador do
GET CUT• CGT;·
CNI; Confede-
ração Nacional
do Comércio
-CNC • Confe-
deração Nacional
dos Transportes
- CNT • Força
Sindical
Tem como objetivo debater e propor
políticas públicas na área de saúde do
trabalhador no âmbito do SUS. Emite
parecer prévio sobre políticas de saúde
do trabalhador a serem referendadas pelo
Conselho Nacional de Saúde.
C A P Í T U L O 6
S ão descritas e analisadas neste Capítulo atividades relevantes de instituições e organizações não-governamentais que apóiam esforços nacionais para a gestão de substâncias químicas. Tais organizações incluem o setor industrial, grupos de
interesse público e órgãos de pesquisa. Também são descritos dois instrumentos voluntá-rios de gestão que estão sendo utilizados por inúmeras empresas: a certificação ambiental e o Programa de Atuação Responsável.
É apresentado também um panorama preliminar dos principais programas e atividades em realização fora da esfera governamental, com base em informação disponibilizada pe-las próprias instituições.
No Brasil, existem várias associações organizadas que representam os interesses de indústrias com atuação no ramo químico. Entretanto, boa parte delas tem como objetivos principais apenas congregar as indústrias pertencentes ao seu setor e estimular a produ-ção de seus materiais no país, participando do esforço exportador nacional, sem, contudo, internalizar práticas e posturas gerenciais voltadas à saúde, segurança e ambiente. Assim, adotou-se como critério apenas a citação de instituições e grupos com ações realmente efetivas e direcionadas à gestão de substâncias químicas no âmbito de suas atividades, ou que apóiem estas iniciativas. As Tabelas 6.1 e 6.2 apresentam tais informações.
Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de
Interesse Público e de Pesquisa
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 182 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 183
6.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial
Tabela 6.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA – ABIQUIM
A Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM, entidade sem fins lucrativos, congrega
mais de 150 indústrias químicas de grande, médio e pequeno portes, concentradas principal-
mente nos segmentos de química industrial de base. Representa o setor nas negociações de
acordos nacionais e internacionais relacionados a produtos químicos.
A ABIQUIM é também responsável pela coordenação, em nível nacional, do programa Atuação
Responsável®, do programa Plastivida® e pela operação do Pró-Química®, além de administrar o
Comitê Brasileiro de Normas Técnicas, da ABNT, para a área química.
Atuação
Responsável®Parte integrante de uma família de programas conhecidos como “Respon-
sible Care”, que estão sendo implantados em vários países em todos os
continentes, o Atuação Responsável foi adotado oficialmente no Brasil pela
ABIQUIM em 1992. O Programa se propõe a ser um instrumento eficaz para
o direcionamento do gerenciamento ambiental. O Programa é baseado em
Princípios Diretivos e utiliza Códigos de Práticas Gerenciais para sua aplica-
ção. Sua execução é conduzida por Comissões de Lideranças Empresariais,
constituídas no âmbito da ABIQUIM e instaladas nas principais áreas de
concentração de empresas químicas no Brasil, ouvidos os Conselhos Comu-
nitários Consultivos, formados por lideranças locais.
Os Códigos, em número de seis, abrangem todas as etapas do ciclo de vida
dos produtos químicos, além de tratarem de peculiaridades dos próprios
produtos. São eles: Segurança de Processos; Saúde e Segurança do Traba-
lhador; Proteção Ambiental; Transporte e Distribuição; Diálogo com a Comu-
nidade e Preparação para o Atendimento a Emergências; Gerenciamento de
Produtos.
Para dar suporte ao desenvolvimento do Atuação Responsável, a ABIQUIM
elabora e publica guias técnicos, promove eventos e cursos para conscienti-
zação e treinamento, além de atividades complementares (v. também item 6.4).
Plastivida® A Plastivida, Comissão de Reciclagem de Plásticos da ABIQUIM, representa
um grupo de empresas comprometidas em promover a coexistência har-
moniosa entre os plásticos manufaturados e o meio ambiente, por meio da
divulgação de informações sobre processos de reciclagem, coleta seletiva
e a importância do plástico na vida moderna. Representantes das principais
empresas produtoras de resinas termoplásticas do Brasil integram a referida
Comissão, que tem entre suas atribuições acompanhar a implantação do
programa, promover estudos e estabelecer intercâmbios com entidades
científicas e ambientalistas do país e do exterior em assuntos relacionados à
reciclagem de plásticos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 182 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 183
Tabela 6.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial (cont.)
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA – ABIQUIM
Pró-Química® O Pró-Química, serviço de utilidade pública, é um sistema de informações e
comunicações desenvolvido pela ABIQUIM, em operação desde 1989, com
o objetivo de fornecer, por telefone, orientações de natureza técnica em
caso de emergências com produtos químicos, além de estabelecer contato
com o fabricante, transportador e entidades públicas e privadas que devem
ser acionadas em ocorrências dessa natureza. A Central de Informações
opera ininterruptamente 24 horas por dia, inclusive nos sábados, domingos
e feriados, recebendo os chamados pelo telefone 0800 11 8270 (Discagem
Direta Gratuita) de qualquer parte do território nacional, sempre que ocorrer
uma situação claramente emergencial envolvendo produtos químicos, tanto
durante o transporte como em locais fixos. O Pró-Química fornece, também,
informações relacionadas ao manuseio, transporte e armazenamento de
produtos químicos.
SASSMAQ O Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade
- SASSMAQ - é aplicado ao serviço de logística para produtos químicos e
tem como objetivo aperfeiçoar o processo de avaliação destas empresas
de forma que elas, cada vez mais, atendam aos padrões técnicos desejados
pela indústria química, visando reduzir ao mínimo os riscos provenientes das
operações de transporte e distribuição.
2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO ALUMÍNIO – ABAL
A Associação Brasileira do Alumínio – ABAL – atualmente congrega 56 empresas associadas.
Entre seus objetivos, destacam-se a difusão dos usos de alumínio e o incentivo às suas novas
aplicações e a solidarização dos interesses econômicos das indústrias de alumínio e representa-
ção desses interesses junto aos órgãos governamentais. A ABAL congrega 100% dos produtores
de alumínio primário e empresas transformadoras de alumínio que representam cerca de 80%
do consumo doméstico, além de empresas consumidoras de produtos de alumínio, fornecedo-
res de insumos, serviços e comerciantes.
A Comissão de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SSMA) da
ABAL está empenhada em identificar e divulgar as melhores práticas e resultados de SSMA
tanto externamente como entre as empresas associadas.
3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE CLORO, ÁLCALIS E DERIVADOS – ABICLOR
A Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados – ABICLOR – tem como
missão desenvolver e implementar iniciativas que promovam a indústria brasileira produtora e
consumidora de cloro-soda e derivados, assim como colaborar com as autoridades e a popula-
ção nos campos da segurança, saúde e ambiente. No Brasil, a CLOROSUR, também chamada
de ABICLOR, congrega aproximadamente 22 empresas entre sócios produtores e sócios contri-
buintes. Entre os princípios de atuação da CLOROSUR, são destacados: a valorização do uso do
cloro-soda e derivados; divulgação das melhores tecnologias para estocagem, uso, manuseio e
distribuição desses produtos; realização de estudos técnicos, mediante parcerias com as comu-
nidades científica e acadêmica; e criação de comitês de trabalho para uniformização de procedi-
mentos relacionados ao ciclo de vida dos produtos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 184 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 185
Tabela 6.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial (cont.)
4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMBALAGEM – ABRE
A Associação Brasileira de Embalagem – ABRE é uma entidade com mais de 210 associados,
cujos objetivos são representar os interesses da indústria de embalagem, fomentar as atividades
deste setor com base no incremento comercial, bem como, proporcionar ferramentas e esti-
mular o constante aprimoramento das embalagens brasileiras. A representatividade da ABRE
abrange toda a cadeia produtiva de embalagem, fornecedores de matérias-primas e insumos,
agências de design e usuários. As principais áreas estratégicas que norteiam a atuação da
entidade são: suporte de tecnologia, normalização, intercâmbio de informações, articulação
internacional, incremento e fortalecimento de negócios, defesa institucional da embalagem.
A entidade possui três Comitês instituídos, a saber: Comitê Brasileiro de Embalagem e Acon-
dicionamento (ABNT/CB-23), Comitê de Meio Ambiente e Comitê de Design. O ABNT/CB-23
congrega diversas Comissões de Estudos, cada uma representando um segmento do setor
de embalagem, e acumula em seu portfólio mais de 100 normas já elaboradas. Assessoram
a indústria nacional e são base para regulamentos técnicos do INMETRO e para a Legislação
Brasileira. O Comitê de Meio Ambiente foi formado pela ABRE para proporcionar aos seus asso-
ciados a cobertura e a representação no mercado de embalagem em face das diversas questões
ambientais em que o setor está inserido. Entre as ações deste Comitê, estão: o acompanha-
mento de projetos de lei estaduais e federais sobre a conduta e responsabilidade das empresas
fabricantes de embalagem, a divulgação de novas tecnologias disponíveis, e cursos e seminários
sobre gestão ambiental.
5. ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA DIFUSÃO DE ADUBOS – ANDA
Fundada em 1967, a Associação Nacional Para Difusão de Adubos – ANDA congrega 125
empresas associadas produtoras de fertilizantes e suas matérias-primas. Entre seus objetivos,
destacam-se a difusão do uso correto de fertilizantes minerais, defesa da imagem e do uso
dos fertilizantes minerais, elaboração de políticas oficiais regulatórias para o funcionamento
das empresas do setor, e serviços de acompanhamento estatístico das atividades do ramo de
fertilizantes.
A ANDA atua, ainda, na promoção de cursos e palestras dirigidos a pessoas envolvidas na
assistência técnica ao produtor rural, além de participar de eventos destinados à divulgação de
tecnologias modernas para o desenvolvimento da produção agrícola.
6. ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA VEGETAL – ANDEF
A Associação Nacional de Defesa Vegetal – ANDEF – promove a defesa vegetal no Brasil, orien-
tando-se pelos princípios que regem as práticas da agricultura sustentável. Sua missão é criar
condições favoráveis ao desenvolvimento do setor de produtos fitossanitários no Brasil, atuando
na defesa de suas associadas, respeitando o homem e o ambiente, promovendo o uso correto e
seguro destes produtos e visando a melhoria da produtividade e qualidade da produção agríco-
la. Entre seus comitês e grupos de trabalho, merecem destaque o Comitê de Gerenciamento de
Embalagens (COGEM), Comitê de Educação, Treinamento e Uso Seguro (CETUS), e Grupo de
Legislação Estadual e Municipal (GLESTAM). A ANDEF também publica manuais para atender
necessidades do setor, entre eles: Uso Correto e Seguro de Produtos Fitossanitários; Uso Cor-
reto de EPI; Destinação Final de Embalagens Vazias de Agrotóxicos; Manual de Transporte de
Produtos Fitossanitários.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 184 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 185
Tabela 6.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial (cont.)
7. ORGANIZAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO – ONIP
A Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP, criada em 1999, é uma instituição de
âmbito nacional que tem por finalidade principal atuar como fórum de articulação e cooperação
entre as companhias de exploração, produção, refino, processamento, transporte e distribuição
de gás, petróleo e derivados, empresas fornecedoras de bens e serviços do setor petrolífero,
organismos governamentais e agências de fomento, de forma a contribuir para o aumento da
competitividade global do setor. Paralelamente a suas atividades de mobilização e articulação,
de âmbito nacional, a ONIP atua primordialmente como um centro de captação, tratamento e
difusão de informações.
8. COMPROMISSO EMPRESARIAL PARA RECICLAGEM – CEMPRE
O Compromisso Empresarial para Reciclagem – CEMPRE é uma associação sem fins lucrativos
dedicada à promoção da reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo.
Fundado em 1992, o CEMPRE é mantido por empresas privadas de diversos setores. Atualmen-
te, o CEMPRE congrega 17 empresas.
A entidade trabalha para conscientizar a sociedade sobre a importância da redução, reutilização
e reciclagem de lixo mediante publicações, pesquisas técnicas, seminários e bancos de dados.
Os programas de conscientização são dirigidos principalmente para formadores de opinião, tais
como prefeitos, diretores de empresas, acadêmicos e organizações não-governamentais .
9. CENTRO NACIONAL DE TECNOLOGIAS LIMPAS – CNTL
No Brasil, o Centro Nacional de Tecnologias Limpas – CNTL – está localizado, desde 1995, na
Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul - FIERGS. A principal preocupação do Centro é
comprometer os empresários, principalmente da indústria, com o conceito de Produção Mais
Limpa.
O CNTL atua, fundamentalmente, em quatro eixos: disseminação de informação; implantação
de programas de Produção Mais Limpa nos setores produtivos; capacitação de profissionais; e
formulação de políticas públicas e estratégias para a adoção e valorização do enfoque à
prevenção da poluição.
10. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS – ABETRE
A Associação Brasileira de Empresas de Tratamento, Recuperação e Disposição de Resíduos
Especiais – ABETRE reúne 15 organizações que alocam e tratam de maneira segura o resíduo
industrial perigoso. Entre os serviços prestados pelas entidades associadas, destacam-se: coleta
e transporte de resíduos; manuseio e acondicionamento de resíduos; disposição em aterro in-
dustrial; pré-tratamento de resíduos por processo químico; co-processamento e incineração de
resíduos; dimensionamento de estações de tratamento de efluentes industriais; etc.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 186 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 187
Tabela 6.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial (cont.)
11. FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SÃO PAULO – FIESP
As Federações das Indústrias (FI) dos Estados Brasileiros são entidades de classe que, além de
estabelecerem perfeita sintonia com as necessidades e evolução do parque produtivo nacional,
funcionam como o termômetro das aspirações socioeconômicas de um país em luta constante pelo
desenvolvimento. Neste documento, será citada a FIESP como representante destas Federações.
A FIESP reúne 129 sindicatos de indústrias, que desenvolvem ações de apoio e representativida-
de aos diversos setores da cadeia produtiva paulista. A tônica da sua atuação é levar a indústria
nacional à posição de destaque entre as mais avançadas do mundo. A estrutura operacional
da FIESP é formada por departamentos de apoio às empresas e sindicatos associados e que
oferecem serviços nas áreas de: tecnologia, relações internacionais e comércio exterior, infra-
estrutura, capacitação e recursos humanos, competitividade, estudos e pesquisas econômicas,
legislação, meio ambiente e desenvolvimento sustentável.
Um dos produtos importantes da FIESP é a publicação da Agenda de Conformidade Ambien-
tal da Indústria Paulista, em que são propostos e desenvolvidos projetos e formas de atuação
destinados a promover o setor industrial paulista à excelência no desempenho ambiental, como
fator de competitividade.
12. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
A Confederação Nacional da Indústria – CNI é uma entidade máxima de representação do
setor industrial brasileiro, e coordena um sistema formado pelas 27 Federações de Indústria dos
Estados e do Distrito Federal, às quais estão filiados sindicatos patronais. Administra, ainda, o
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço Social da Indústria (SESI) e o
Instituto Euvaldo Lodi (IEL).
A CNI tem dois objetivos principais: atuar na defesa dos interesses da indústria e prestar servi-
ços. A CNI produz e divulga informações de interesse para a indústria e para a sociedade por
meio de estudos, análises e pesquisas editados em manuais e periódicos. Suas ações abran-
gem aspectos relacionados à política econômica e industrial, comércio exterior e integração
internacional, relações do trabalho, ação legislativa, qualidade, produtividade, tecnologia, meio
ambiente e sistemas de informação.
Outra iniciativa visando o estímulo das boas práticas empresariais que conduzam a indústria
brasileira a produzir de forma eficiente e sustentada é o Prêmio CNI, conferido em quatro
categorias: Qualidade e Produtividade; Ecologia; Design; e Interação Universidade Indústria.
Na categoria Ecologia, as modalidades abrangidas incluem a conservação dos insumos de
produção, educação ambiental, projetos cooperativos entre organizações não-governamentais
ambientalistas e a indústria, e micro e pequena indústria.
13. CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL – CNA
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, com sede em Brasília, desempenha
a função de foro de debates e decisões dos produtos rurais. Em um contexto de permanentes
mudanças, de busca de soluções e modernização da atividade rural, a CNA lidera o sistema
organizacional que envolve toda a produção do setor. A entidade exerce, junto aos setores pú-
blico e privado, a função de interlocutora da classe rural nas discussões e decisões que afetam a
agropecuária.
Com o objetivo de bem informar o meio rural e a sociedade, a entidade mantém publicações
técnicas, interpreta e analisa a conjuntura econômica agropecuária e promove pesquisas de
assuntos pertinentes ao setor.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 186 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 187
Tabela 6.1 Organizações Relevantes do Setor Industrial (cont.)
14. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE QUÍMICA FINA – ABIFINA
A ABIFINA foi fundada em 1986, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento tecnológico e
industrial de empresas nacionais atuantes no setor da química fina, área que apresentou forte
crescimento empresarial entre 1985 e 1991. O complexo industrial da química fina compreende
produtos químicos denominados intermediários de síntese e de usos (princípios ativos), bem
como as especialidades químicas encontradas nos segmentos industriais de produtos farmacêu-
ticos, defensivos agrícolas e animais, catalisadores, produtos de alta tecnologia na área química,
aromas e fragrâncias, bem como de empresas de base tecnológica prestadoras de serviços
especializados nessa área. Sob a articulação da ABIFINA, em conjunto com outras associações,
foi preparada uma proposta, entregue ao atual governo, de política tecnológica, industrial e de
comércio exterior para o complexo industrial de química fina.
15. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA – FEBRAFARMA
A FEBRAFARMA nasce da reunião de seis entidades representativas do setor, que congregam
um total de 250 empresas de capital nacional e estrangeiro em operação no Brasil. A missão da
Febrafarma é promover uma ação coordenada das entidades que a compõem, no sentido de
estabelecer um diálogo construtivo e permanente com a sociedade e com as autoridades go-
vernamentais responsáveis pela área de Saúde. Seu objetivo é encontrar soluções para os temas
de interesse da indústria farmacêutica, levando em conta a realidade social do Brasil. As ações
da FEBRAFARMA obedecerão a uma estratégia comum e integrada, estabelecida a partir de um
modelo profissional e legítimo de representação de suas associadas.
A FEBRAFARMA assume o compromisso de ser transparente em suas ações, adotando um
papel pró-ativo na sua comunicação com a sociedade, o mercado e as autoridades. A entida-
de estimulará o desenvolvimento de pesquisas de novos medicamentos no país, as iniciativas
científicas inovadoras e relevantes para a sociedade, bem como a organização de programas de
educação médica contínua que assegurem melhoria no desempenho profissional.
Entre os compromissos da entidade está o estímulo à capacitação, ao desenvolvimento tecno-
lógico e ao respeito ao meio ambiente na indústria farmacêutica instalada no Brasil.
16. SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE TINTAS E VERNIZES DO ESTADO DE SÃO PAULO –
SITIVESP
O SITIVESP atua em prol dos interesses do setor com livre trânsito junto aos órgãos do governo,
federações e confederações, por meio da presidência e suas diretorias. No âmbito do comércio
exterior, participa das reuniões da Associação Latino-Americana de Integração – ALADI, e do
Protocolo de Expansão Comercial, do Mercosul.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 188 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 189
6.2 Grupos Relevantes de Interesse Público
Tabela 6.2 Grupos Relevantes de Interesse Público
1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS EXPOSTOS AO AMIANTO – ABREA
A Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto – ABREA – é uma organização sem fins lucrati-
vos, fundada em 1995, em Osasco, São Paulo. Seus principais objetivos são: aglutinar trabalha-
dores e os expostos ao amianto em geral; cadastrar os expostos e vítimas do amianto e encami-
nhá-los para exames médicos; conscientizar a população, trabalhadores e grupos de interesse
público sobre os riscos do amianto; propor ações judiciais em favor de seus associados e das
vítimas em geral; integrar-se a outros movimentos sociais e organizações não-governamentais
pró-banimento do amianto em níveis nacional e internacional.
A ABREA é filiada à Rede Ban Asbestos (Ban Asbestos Network), constituída por cidadãos de
todos os continentes que atuam voluntariamente em prol de um mundo sem amianto. Essa
Rede foi criada durante o “Seminário Internacional Sobre o Amianto: Uso Controlado ou Bani-
mento?”, ocorrido em São Paulo, em 1994. Deste evento resultou a Declaração de São Paulo,
documento-guia que norteia as ações da Rede em todo o mundo.
2. ASSOCIAÇÃO DE COMBATE AOS POLUENTES ORGÂNICOS PERSISTENTES – ACPO
A Associação de Combate aos Poluentes Orgânicos Persistentes – ACPO, fundada em 1994, é
uma entidade pública com personalidade jurídica e sem fins lucrativos formada, basicamente,
por trabalhadores contaminados com substâncias tóxicas no Pólo Petroquímico de Cubatão, SP.
É apoiada pela assistência voluntária de colaboradores como médicos, engenheiros, jornalistas,
professores e outros profissionais comprometidos com a defesa do meio ambiente e a melhoria
das condições de trabalho na indústria química brasileira.
3. GREENPEACE BRASIL
A Campanha de Substâncias Tóxicas do Greenpeace atua no encerramento da fabricação, uso e
disposição de substâncias tóxicas sintéticas, especialmente os poluentes orgânicos persistentes.
A alternativa defendida pelo Greenpeace é a Produção Limpa, conceito que inclui desde o questio-
namento da necessidade de determinados produtos até a proibição de tecnologias e compostos
tóxicos, bem como a implantação de métodos e materiais de produção limpos e seguros.
Em junho de 2002, a entidade apresentou o Relatório de Crimes Ambientais Corporativos no
Brasil, documento que fornece informações sobre as empresas, o tipo de incidente, o efeito na
população e no ambiente, e desfecho legal e os danos causados.
4. AMIGOS DA TERRA/BRASIL – AT/BR
Amigos da Terra/Brasil – AT/BR – atua na defesa do meio ambiente e em prol de uma visão
de mundo que priorize o desenvolvimento a partir de bases ecologicamente sustentáveis.
A entidade foi criada em 1964, e no início da década de 80 passou a integrar a Federação
Internacional Friends of the Earth, incorporando uma dimensão transnacional a sua atuação. É
membro do Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentais e Movimentos Sociais Para
o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. Desde o ano de 2000, Amigos da Terra/Brasil mantém
um Programa em Segurança Química, cujos principais esforços vêm sendo concentrados na
conscientização da opinião, a partir da participação e organização de eventos, e na participação
na formulação e implementação de políticas públicas voltadas para este tema.
A entidade é membro da Comissão Coordenadora do Plano de Ação Para Segurança Química
(COPASQ), representando o Fórum Brasileiro de Organizações Não-Governamentais e Movi-
mentos Sociais. Está, atualmente, envolvida na ampliação do diálogo para a formação de uma
Rede Nacional de Organizações Não-Governamentais em Segurança Química.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 188 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 189
Tabela 6.2 Grupos relevantes de interesse público (cont.)
5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT
Fundada em 1940, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o órgão responsável
pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológi-
co brasileiro.
A ABNT está estruturada em duas categorias de Comitês Técnicos de Normalização: Comitê
Brasileiro (ABNT/CB) e Organismo de Normalização Setorial (ABNT/ONS). Todo o trabalho
dos Comitês Brasileiros e Organismos de Normalização Setorial é orientado para atender ao
desenvolvimento da tecnologia e participação efetiva na normalização internacional e regional.
A ABNT possui, atualmente, 50 Comitês (CB) e 3 Organismos de Normalização Setorial (ONS),
atuando em diversas áreas. Merecem destaque o CB-09 (Gases Combustíveis), CB-10 (Química),
CB-23 (Embalagem e Acondicionamento), CB-32 (Equipamentos de Proteção Individual), CB-35
(Alumínio) e CB-38 (Gestão Ambiental).
CB-09
Gases Combustíveis
Normalização dos gases considerando produtos e serviços relacionados
à exploração, produção, armazenagem, transporte dutoviário e utilização
nos segmentos industrial, comercial, residencial e automotivo.
CB-10
Química
Normalização na área química compreendendo produtos inorgânicos,
orgânicos, produtos químicos diversos no que concerne à terminolo-
gia, requisitos e generalidades.
CB-23
Embalagem e Acondi-
cionamento
Normalização para embalagem e acondicionamento de embalagens
de papel, metálicas, de vidro, plásticas, etc.
CB-32
Equipamentos de Pro-
teção Individual
Normalização no âmbito de vestimentas e equipamentos individuais
destinados à proteção de pessoas contra riscos (proteção respiratória,
proteção auditiva, luvas e óculos de segurança, etc.
CB-35
Alumínio
Normalização no campo do alumínio compreendendo suas ligas,
produtos brutos, acabados, revestimentos.
CB-38
Gestão Ambiental
Normalização no campo de ferramentas e sistemas de gestão am-
biental e fixação de níveis de desempenho ambiental.
6. SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA – SBQ
A Sociedade Brasileira de Química – SBQ, fundada em 1977, é uma entidade aberta à parti-
cipação de profissionais em química e áreas afins. Desde a sua criação, a SBQ vem atuando
de forma expressiva no desenvolvimento e consolidação da comunidade química brasileira, e
na divulgação da Química e de suas importantes relações, aplicações e conseqüências para o
desenvolvimento do país e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Contando com cerca de 3.000 sócios, 23 secretarias regionais espalhadas por todo o país, e
com 12 divisões científicas concernentes às principais áreas da Química, a SBQ constitui-se em
uma das maiores sociedades científicas brasileiras. O desenvolvimento e amadurecimento da
comunidade química brasileira podem ser ainda evidenciados pela publicação de três revistas
pela SBQ – Química Nova, que é enviada a todos os sócios, Journal of the Brazilian Chemical
Society (JBCS) – que divulgam parte substancial da produção da pesquisa brasileira em Química
nos contextos nacional e internacional. Além dessas duas revistas a SBQ edita ainda a Química
Nova na Escola – especificamente dirigida a professores que ensinam Química nas escolas bra-
sileiras. A SBQ possui 12 divisões científicas relacionadas às principais áreas da química, entre
estas a Divisão de Química Ambiental.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 190 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 191
Tabela 6.2 Grupos relevantes de interesse público (cont.)
7. SOCIEDADE BRASILEIRA DE TOXICOLOGIA – SBTox
A Sociedade Brasileira de Toxicologia – SBTox busca o desenvolvimento do conhecimento des-
ta ciência aplicada por meio de atividades como a publicação da Revista Brasileira de Toxicolo-
gia, a realização do Congresso Brasileiro de Toxicologia, bem como outros eventos científicos.
A Sociedade Brasileira de Toxicologia apóia atividades realizadas pelos seus associados que
propiciem o debate de temas relacionados à área e atualização da comunidade científica.
8. SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA – SBPC
Fundada há mais de 50 anos, a Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência – SBPC é
uma entidade voltada, principalmente, para a defesa do avanço científico e tecnológico, e do
desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Para tanto, reúne representantes de todas as
áreas da ciência. Com sede nacional em São Paulo, a SBPC tem secretarias regionais, cobrindo
todos os Estados brasileiros, as quais promovem encontros e atividades de difusão científica
em todo o país. Algumas dessas Secretarias promovem semanalmente conferências de divulga-
ção científica destinadas ao grande público, geralmente em locais e horários de fácil acesso. A
SBPC mantém vários projetos nacionais de publicação, entre eles: Jornal da Ciência, Ciência e
Cultura, Ciência Hoje, e Ciência Hoje na Escola.
9. INSTITUTO BRASIL PNUMA – BRASIL PNUMA
O Instituto Brasil Pnuma – BRASIL PNUMA – como Comitê Brasileiro do Programa das Nações
Unidas para o Meio Ambiente, é uma entidade privada sem fins lucrativos. Está sediado no Rio
de Janeiro desde 1991, e tem como atividade principal a divulgação dos resultados do trabalho
do PNUMA e suas publicações. O BRASIL PNUMA apóia a realização de encontros, seminários
e palestras sobre temas diversos relacionados ao meio ambiente, tais como: “Desenvolvimento
Sustentável”, “O Estado do Meio Ambiente Mundial”, “Agenda 21”, “Cidadania e Meio Am-
biente”, “ISO 14000”, “Mitos e Realidades no Meio Ambiente”, etc.
10. INSTITUTO NACIONAL DE SAÚDE NO TRABALHO DA CENTRAL ÚNICA DOS TRABA-
LHADORES – INSTCUT
Em atividade desde outubro de 1990, o Instituto Nacional de Saúde no Trabalho da
CUT – INSTCUT – é o órgão de assessoria técnica e política da CUT para a área de saúde, con-
dições de trabalho e meio ambiente, atuando nas áreas de documentação, formação, publica-
ção, comunicação, estudos, pesquisa e informação.
O INSTCUT participa de alguns Grupos de Trabalho Temáticos (GT), os quais exercem papel
fundamental em todo o processo de discussão e efetivação das políticas públicas voltadas para
o interesse dos trabalhadores na área de Saúde do Trabalhador. Tem como principal objetivo
propor e organizar ações, sendo o elo do técnico com a política de ação da CUT. Na área de
segurança química, os principais Grupos de Trabalho Temáticos são: GT Benzeno, constituído
em 1994, com o objetivo de organizar a intervenção dos dirigentes da CUT nas negociações
tripartites que se desenvolviam nacionalmente para regulamentar o uso do benzeno no país;
GT Amianto, cujas ações priorizam o banimento do uso do amianto no Brasil; e GT Alumínio,
que tem como principal objetivo estruturar e ampliar as discussões que permeiam a extração
mineral e produção de alumínio no Brasil, bem como seus impactos sociais, econômicos e
ambientais.
11. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL – ABES
A ABES é uma Organização Não-Governamental, que busca incentivar a congregação de
todos os profissionais que trabalham com Saneamento Ambiental e promover Melhoria da
Qualidade de Vida de nossa sociedade. É uma associação que congrega empresas públicas e
privadas, profissionais de nível superior e nível médio que atuam em saneamento e meio am-
biente e estudantes universitários.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 190 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 191
Tabela 6.2 Grupos relevantes de interesse público (cont.)
12. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ADVOGADOS AMBIENTALISTAS – ABAA
Fundada em 1° de dezembro de 1993, a ABAA tem entre seus principais objetivos a difusão das
normas jurídicas de Direito Ambiental e seu estudo científico junto aos diversos segmentos da
sociedade, por intermédio da realização de congressos, debates, conferências, reuniões, cursos,
publicações, pareceres, dentre outros meios hábeis. Busca promover o desenvolvimento da
advocacia ambiental, lutando pela integração e organização dos profissionais da área, visando o
aperfeiçoamento e melhoria do mercado de trabalho. Procura, ainda, colaborar com as auto-
ridades governamentais e lideranças empresariais no sentido de aperfeiçoar o ordenamento
jurídico ambiental.
13. INSTITUTO ETHOS DE EMPRESAS E RESPONSABILIDADE SOCIAL
O Instituto ETHOS é uma associação de empresas de qualquer tamanho e setor interessadas
em desenvolver suas atividades de forma socialmente responsável num permanente processo
de avaliação e aperfeiçoamento. A missão do ETHOS é disseminar a prática da responsabilida-
de social empresarial ajudando as empresas a: compreender e incorporar de forma progressiva
o conceito do comportamento empresarial socialmente responsável; implementar políticas e
práticas que atendam elevados critérios éticos, contribuindo para alcançar sucesso econômico
sustentável a longo prazo; assumir suas responsabilidades com todos aqueles que são influen-
ciados por suas atividades; demonstrar aos seus acionistas a relevância de um comportamento
socialmente responsável para o retorno de longo prazo sobre seus investimentos; identificar
formas inovadoras e eficazes de atuar em parceria com as comunidades na construção do bem-
estar comum; prosperar, contribuindo para um desenvolvimento social, econômico e ambiental-
mente sustentável.
6.3 Órgãos Relevantes de Pesquisa
Poucas são as instituições de ensino e pesquisa no Brasil que formam profissionais real-mente capazes de dominar procedimentos básicos de segurança química e proteção am-biental. O gerenciamento da produção, manipulação, armazenamento, transporte e dis-posição final de resíduos químicos, gerados nos laboratórios de universidades e unidades de pesquisa do país, ainda é uma disciplina em aberto. Embora a segurança no trabalho químico e a preservação ambiental sejam exigências legais, na prática, esses aspectos têm sido tratados com descaso nos meios universitários e de pesquisa brasileiros.
Percebe-se uma carência de profissionais habilitados e lacunas no processo de comuni-cação entre esses atores, devido a níveis diferenciados de conhecimentos, oportunidades e motivação. Raras são as universidades e órgãos de pesquisa que atendem a legislação ambiental, e tampouco existem mecanismos que regulem a cobrança para o gerencia-mento adequado de substâncias químicas perigosas.
A situação pode ser considerada preocupante, especialmente devido à inexistência no setor de uma atitude ambientalmente responsável e compromissada com a correta destinação de substâncias químicas. O resultado de tal postura vem gerando um passivo químico de difícil gerenciamento.
Entretanto, algumas instituições de ensino e pesquisa têm conduzido iniciativas com características bastante positivas em termos de segurança química. Este é o caso de Uni-versidades Federais, como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universi-dade de Brasília (UnB), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), a Universidade Federal do Paraná (UFPR); Universidades Estaduais, como a Universidade de
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 192 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 193
Campinas (UNICAMP) e a Universidade de São Paulo (USP); além de algumas Universida-des Privadas, como a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
As ações dessas instituições vão desde a simples separação dos resíduos orgânicos e recicláveis, até procedimentos ambientalmente legais de tratamento e disposição final de resíduos perigosos. Um aspecto que merece ser revisto é o fato dessas instituições con-templarem, em muitos casos, apenas as faculdades e institutos de química no âmbito de suas ações em segurança química. É consenso que não somente nessas Unidades ocorre a manipulação de substâncias químicas, assim como o armazenamento desses materiais e a conseqüente geração de resíduos.
Recentemente, foi criado o Instituto de Ciência e Tecnologia em Resíduos para o De-senvolvimento Sustentável – ICRT, o qual congrega pesquisadores e professores de Uni-versidades Públicas (USP, UNESP, UNICAMP, UFSCar) e Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo (IPT, IPEM). Entre os objetivos do ICRT, estão o desenvolvimento, difusão e intercâmbio de conhecimentos científicos e tecnológicos, especialmente relacionados a resíduos, saúde, educação e meio ambiente, visando a promoção da sustentabilidade no processo de desenvolvimento. O Instituto também pretende atuar na elaboração de uma revista com artigos voltados para as pesquisas em resíduos e gestão ambiental, além da realização de projetos e eventos científicos. Atualmente, o ICRT está sediado na Escola Politécnica da USP.
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP – criou, em ou-tubro de 2000, o Programa de Infra-Estrutura para Tratamento de Resíduos Químicos. Por intermédio deste Programa, foram financiados projetos de 19 instituições de pesquisa do Estado de São Paulo. Tais projetos dizem respeito a um Programa de Gerenciamento de Resíduos de Laboratórios, contando com a aquisição de pequenos equipamentos, treina-mento de pessoal e reformas nas instalações para analisar, tratar ou descartar resíduos. Adicionalmente, o Programa visa o credenciamento de laboratórios para o aperfeiçoa-mento de pessoal técnico que trabalha com produtos perigosos ou agressivos ao meio ambiente, procurando propiciar uma solução definitiva para o problema de tratamento de resíduos químicos gerados nas atividades de ensino e pesquisa.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 192 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 193
6.4 Resumo de Organizações Especializadas Fora do Governo
A Tabela 6.3 apresenta um resumo da disponibilidade de conhecimento especializado fora do Governo.
Tabela 6.3 Resumo da Disponibilidade de Conhecimento Especializado Fora do Governo
Campo de
Conhecimento
Institutos
de
Pesquisa
Universi-
dades
Indústria Grupos de
Consumi-
dores /
Grupos
Ambienta-
listas
Sindicatos Organiza-
ções
Profissio-
nais
Coleta de Dados X X X X X X
Teste de Subs-
tâncias Químicas
X X X X
Análise de Risco X X X
Redução de
Risco
X X X
Análise de Políti-
cas Públicas
X X X X X X
Treinamento e
Educação
X X X X X X
Pesquisa de
Alternativas
X X X X X X
Monitoramento X X X X
Fiscalização X X X X X X
Informações aos
Trabalhadores
X X X X X X
Informações ao
Público
X X X X X X
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 194 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 195
6.5 Mecanismos Não Regulamentares de Gestão de Substâncias Químicas
Entre os mecanismos não regulamentares, cujo cumprimento depende exclusivamente do interesse voluntário dos envolvidos na gestão de substâncias químicas, podem ser citadas as normas da Série ISO 14000 e o Programa de Atuação Responsável, a seguir comentados.
6.5.1 Série ISO 14000
O objetivo dessa Série é estabelecer normas técnicas internacionais visando uniformizar parâmetros de comparação entre as empresas e a ISO 14000 é a série que estabelece um padrão para a gestão ambiental das empresas, com o intuito de reduzir os impactos nega-tivos de suas atividades sobre o meio ambiente.
Assim sendo, essas normas fomentam a prevenção de processos de contaminação e poluição ambientais, uma vez que orientam a organização quanto à estrutura, forma de operação e de levantamento, armazenamento, recuperação e disponibilização de dados e resultados, entre outras orientações, inserindo a organização no contexto ambiental.
Tais como as normas ISO 9000, as normas ISO 14000 também facultam a implemen-tação prática de seus critérios. Entretanto, devem refletir o pretendido no contexto de planejamento ambiental, incluindo planos dirigidos a tomadas de decisões que favoreçam a prevenção ou mitigação de impactos ambientais como contaminações de solo, água, ar, flora e fauna, além de processos escolhidos como significativos no contexto ambiental (Embrapa, 2000).
Nas diretrizes da Rio+10, o desenvolvimento sustentável está sendo encarado como algo que não pode ser alcançado sem mudanças fundamentais na maneira em que as sociedades industriais produzem e consomem. Para mudar os padrões insustentáveis de produção e consumo, o intento é encorajá-las a adotar iniciativas voluntárias, até mesmo certificação, como a ISO 14000.
O Ministério do Meio Ambiente – MMA estabeleceu uma série de indicadores de de-sempenho para avaliar o benefício da implantação de sistemas de gestão ambiental – SGA nas empresas, com base na ISO 14031. Para avaliação do desempenho ambiental, os in-dicadores possibilitam a verificação dos resultados em melhoria da qualidade ambiental ou redução da degradação ambiental, em decorrência da redução da carga poluidora que seria lançada no meio ambiente.
No contexto das pequenas e médias empresas, o MMA, juntamente com o Sebrae, apóia a implementação de Planos de Melhoria de Desempenho Ambiental, em conformi-dade com os requisitos da ISO 14001. Esse programa abrange a elaboração do planeja-mento e da política ambiental, a identificação dos aspectos e impactos e das respectivas ações de gestão e controle, saúde e segurança ocupacional.
6.5.2 Programa de Atuação Responsável
A Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM vem, desde 1992, aplicando o Programa de Atuação Responsável, uma iniciativa voluntária desenvolvida pelas empresas a ela associadas, que, como ocorre em outros países, tem a finalidade de aprimorar as atividades e produtos da indústria, tornando-os melhores e mais seguros, de modo a não prejudicarem a saúde e nem poluírem o meio ambiente. Baseado em princípios éticos e nas melhores práticas de gerenciamento disponíveis, o Programa de Atuação Responsável está sendo utilizado na busca desse ideal que a ABIQUIM acredita ser possível atingir, a
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 194 Capítulo 6 • Atividades Relevantes da Indústria, de Grupos de Interesse Público e de Pesquisa 195
partir de um esforço concentrado por parte de todas as empresas associadas. O Programa Atuação Responsável é obrigatório a todas as empresas associadas da ABIQUIM .
Segundo a ABIQUIM, o compromisso do setor com o meio ambiente não se limita ao processo de fabricação de matérias-primas. As modernas concepções de gestão ambien-tal adotadas pelo setor buscam assegurar o controle sobre o ciclo de vida do produto de forma completa. Por isso, as empresas de resinas participam da Plastivida, comissão da ABIQUIM que visa estimular o reaproveitamento de plásticos manufaturados e o trabalho conjunto com outras entidades de materiais recicláveis e prefeituras, a fim de ampliar a coleta seletiva do lixo (ABIQUIM, 2002).
F ornece-se agora um panorama da disponibilidade de dados para a gestão de substâncias químicas no país e a infra-estrutura correspondente. Além disso, analisa-se a forma como as informações são acessadas e utilizadas para fins de
redução de riscos químicos em nível local e nacional.
7.1 Qualidade e Quantidade das Informações Disponíveis
A Tabela 7.1 fornece um panorama sobre a disponibilidade de dados para o desenvolvi-mento de diferentes atividades de gestão de substâncias químicas.
Uso e Acesso aos Dados
7C A P Í T U L O
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 198 Capítulo 7 • Uso e Acesso aos Dados 199
Tabela 7.1 Disponibilidade das Informações
Dados Necessá-
rios Para
Agrotóxicos
(agricultura,
saúde
pública e
consumo
público)
Substâncias
Químicas
Industriais
Substâncias
Químicas
para
Consumo
Público
Resíduos
Químicos
Substâncias
Químicas
Proibidas ou
de Uso
Severamente
Restrito
Definição do Ní-
vel de Prioridade
X X X X X
Avaliação do
Impacto da Subs-
tância, Segundo
Condições Locais
XX X X X X
Análise de Risco
(meio ambiente,
saúde)
XX X X – X
Classificação,
Rotulagem
X X X X X
Registro XX X X X X
Licenciamento XX X X X X
Autorização XX X X X X
Decisões de Re-
dução de Risco
X X X – –
Prevenção e Con-
trole de Acidentes
X X X – –
Controle de Into-
xicações
X X X X X
Inventários de
Emissões
– – – – –
Inspeções e Audi-
torias
X X X X X
Informações aos
Trabalhadores
X X X – –
Informações ao
Público
X – – – –
XX: Elevada disponibilidade X: Média disponibilidade –: Baixa disponibilidade ou inexistência
7.2 Localização da Informação Nacional
A Tabela 7.2 indica a natureza dos dados nacionais relacionados à gestão de substâncias químicas que se encontram disponíveis, além de fornecer informações práticas sobre como se obtêm dados.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 174 Capítulo 5 • Ministérios, Comissões Interministeriais e outras Instituições que Atuam na Gestão de Substâncias Químicas 175
Tabela 5.2 Comissões Interministeriais Relacionadas à Gestão de Substâncias Químicas (cont.)
Nome Tipo de
Mecanismo
Membros Atuação
Comissão
Nacional
Permanente
do Benzeno
– CNPBz
(Firmado
o Acordo
Nacional
do Benzeno
em 20/
12/1995 e
regulamen-
tado pela
Portaria n°
14/MTE
-SSST, de
20/12/1995)
Instância inte-
rinstitucional
consultiva
Governo:
· MTE/SSST ,
MTE/DRT, MTE/
FUNDACENTRO,
· MS/FIOCRUZ,
MPAS/INSS, MS/
ANVISA· MDIC
Trabalhadores:
· CUT, Força Sin-
dical, CNTI: Em-
pregadores:· CNI,
SINPROQUIM,
IBS, ABIQUIM,
IBPG, Petrobrás
Acompanhar a implantação e o desenvol-
vimento do ANB e da NR 15 - Atividades
e Operações insalubres do MTE e auxiliar
os Órgãos Públicos nas ações que visem o
cumprimento dos dispositivos legais que
o acompanham;
Conhecer, analisar e propor soluções para
os impasses que vierem a ocorrer no cum-
primento do ANB;
Complementar o presente acordo nas
questões relacionadas ao suporte aos
trabalhadores com alterações da saúde
provenientes da exposição ocupacional
ao benzeno;
Propor e acompanhar estudos, pesquisas
e eventos científicos para a prevenção da
exposição ocupacional ao benzeno;
Propor inclusões e alterações nos dis-
positivos legais que regulamentam a
prevenção da exposição ocupacional ao
benzeno;
Apreciar as solicitações de prorrogação de
prazos para adequação ao VRT e deliberar
sobre sua aprovação;·
Deliberar sobre a concessão e manuten-
ção do Certificado de Utilização Controla-
da do Benzeno.
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
198C
apítu
lo 7 • U
so e A
cesso ao
s Dad
os
199
Tabela 7.2 Localização da Informação Nacional
Tipo de Informação Localização Fonte da Informação Quem tem Acesso Como Obter Dados Formato
Estatísticas de Produção IBGE
SINDAG/ANDEF/AENDA
MAPA
ABIQUIM/ABICLOR
IBGE/CONCLA
Relatórios
MAPA
Relatórios
Público em geral
Público em geral
Público em geral
Público em geral
Pesquisa no banco de dados
Pesquisa/Solicitação
Pesquisa no banco de dados
Pesquisa/Solicitação
Digital
Dig./Imp.
Digital
Dig./Imp.
Estatísticas de Importação MDIC SECEX Público em geral Pesquisa no banco de dados Digital
Estatísticas de Exportação MDIC SECEX Público em geral Pesquisa no banco de dados Digital
Estatísticas de Uso de
Substâncias Químicas
IBGE
SINAG/ANDEF/AENDA
MAPA
ABIQUIM/ABICLOR
IBGE/CONCLA
Relatórios
MAPA
Relatórios
Público em geral
Público em geral
Público em geral
Público em geral
Pesquisa no banco de dados
Pesquisa/Solicitação
Pesquisa no banco de dados
Pesquisa/Solicitação
Digital
Dig./Imp.
Digital
Dig./Imp.
Relatórios de Acidentes
Industriais
ABIQUIM
MI
MTE
CETESB/FEEMA
Pró-Química
SINDEC
FUNDACENTRO
CETESB/FEEMA
Público em geral
Público em geral
Público em geral/Trabalhador
Público em geral/Restrição
Solicitação
Solicitação
Solicitação
Solicitação
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
200C
apítu
lo 7 • U
so e A
cesso ao
s Dad
os
201
Tabela 7.2 Localização da Informação Nacional (cont.)
Tipo de Informação Localização Fonte da Informação Quem tem Acesso Como Obter Dados Formato
Relatórios de Acidentes no
Transporte
ABIQUIM
CETESB
MI
Pró-Química
CETESB
SINDEC
Público em geral
Público/Restrito
Público em geral
Solicitação
Solicitação
Solicitação
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Informação Sobre Saúde
Ocupacional (agricultura)
MTE
MS
FUNDACENTRO
FUNASA
Público em geral / Trabalhador Solicitação
Solicitação
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Informação Sobre Saúde
Ocupacional (indústria)
MS
CUT
MTE
FUNASA
INSTCUT
FUNDACENTRO
Público em geral
Público em geral /Trabalhador
Público em geral /Trabalhador
Solicitação
Solicitação
Solicitação
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Estatísticas de Intoxicação MS/FIOCRUZ
MS
SINITOX/CIT
ANVISA
Público em geral
Público em geral
Solicitação
Solicitação
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Informações Sobre Resídu-
os Perigosos
IBAMA
CETESB
ABEMA
INTERTOX
REBRAMAR
CETESB
ABEMA
SIRETOX
Público em geral
Público em geral
Público em geral
Público em geral
Pesquisa no banco de dados
Pesquisa no banco de dados
Solicitação
Aquisição (pago)
Dig./Imp.
Digital
Dig./Imp.
Digital
Registro de Pesticidas MS
MAPA
ANVISA
SIA
Público em geral
Público em geral
Pesquisa/Solicitação
Pesquisa no banco de dados
Dig./Imp.
Digital
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
200C
apítu
lo 7 • U
so e A
cesso ao
s Dad
os
201
Tabela 7.2 Localização da Informação Nacional (cont.)
Tipo de Informação Localização Fonte da Informação Quem tem Acesso Como Obter Dados Formato
Registro de Substâncias
Químicas Tóxicas
MS
MMA
ANVISA
SQA
Público em geral
Público em geral
Pesquisa no banco de dados
Solicitação
Digital
Dig./Imp.
Inventário das Substâncias
Químicas Existentes
MS FUNASA Público em geral/Restrito Solicitação Dig./Imp.
Registro de Importação CNI CNI Privada Solicitação Dig./Imp.
Registro de Produtores MS ANVISA Público em geral Solicitação Dig./Imp.
Decisões PIC MMA
MRE
SQA
DPAD/ MRE
Público em geral
Público em geral
Solicitação
Solicitação
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Decisões POP MMA
MRE
SQA
DPAD/ MRE
Público em geral
Público em geral
Solicitação
Solicitação
Dig./Imp.
Dig./Imp.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 202 Capítulo 7 • Uso e Acesso aos Dados 203
7.3 Disponibilidade de Literatura Internacional
As Tabelas 7.3 e 7.4 ilustram as bases de dados e fontes de literatura internacional sobre gestão de substâncias químicas que podem ser acessadas no Brasil, incluindo sua localiza-ção, a fim de facilitar o acesso por parte dos interessados.
No âmbito do Fórum Intergovernamental para Segurança Química – FISQ, está sendo estruturada uma rede de informações sobre capacitação para a gestão de substâncias químicas, como mostra o Quadro 7.1.
Tabela 7.3 Disponibilidade de Literatura Internacional
Tipo de Informação Localização Quem tem
Acesso
Como Obter Dados
Documentos Sobre Crité-
rios de Saúde Ambiental
(OMS)
OPAS, MS, SIRE-
TOX, SIREQ, Univer-
sidades (USP/FSP),
SBTox
Público em geral
Órgãos do go-
verno
Consulta em biblioteca
Internet/Solicitação/
Aquisição
Pesquisa em banco de
dados
Manuais de Saúde e
Segurança (OMS)
MS, OPAS Público em geral Consulta em biblioteca
Solicitação
Fichas Internacionais de
Informações de Segu-
rança Sobre Produtos
Químicos (OMS/FISPQ)
OPAS
SIRETOX
Público em geral
Público em geral
Solicitação
Pesquisa em banco de
dados
Documentos de Orien-
tação de Decisões Sobre
Substâncias Químicas
Sujeitas ao PIC (FAO/
PNUMA)
MMA
MS
MRE
Público em geral
Público em geral
Público em geral
Internet/Solicitação
Pesquisa em banco de
dados
Formulários de Informa-
ções de Segurança Sobre
Pesticidas (FAO/OMS)
OPAS
MS, MMA
Público em geral
Técnicos
Internet/Solicitação
Pesquisa em banco de
dados
Documentos da Reunião
Conjunta FAO/OMS
Sobre Resíduos de Pes-
ticidas
OPAS
MS
Público em geral
Público em geral
Internet/Solicitação
Fichas de Dados Sobre
Segurança de Materiais
(indústria)
OPAS
ABIQUIM
Público em geral
Público em geral
Internet/Solicitação
Pesquisa em banco de
dados
Informação Sobre Saúde
Ocupacional (indústria)
MTE (FUNDACEN-
TRO)
OPAS
Público em geral
Trabalhadores
Internet/Solicitação
Pesquisa em banco de
dados
Diretrizes OCDE Para
Testes de Substâncias
Químicas
MS Público em geral Solicitação
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 202 Capítulo 7 • Uso e Acesso aos Dados 203
Tabela 7.3 Disponibilidade de Literatura Internacional
Tipo de Informação Localização Quem tem
Acesso
Como Obter Dados
Princípios de Boas Práti-
cas Laboratoriais
OPAS
INMETRO
Público em geral
Público em geral
Internet/Solicitação
Internet/Solicitação
Princípios de Boas Práti-
cas de Manufatura
ABIQUIM Público em geral
Empresas asso-
ciadas
Solicitação
Rede Mundial de Biblio-
tecas Sobre Assuntos
Ambientais (OMS/
PNUMA)
OPAS Público em geral Internet/Solicitação
Rede Mundial de Infor-
mações Sobre Produtos
Químicos (OMS/PNUMA)
OPAS
INFOCAP
Público em geral
Público em geral
Internet/Solicitação
Internet/Pesquisa no
Sistema
Transporte de Produtos
Perigosos (ONU, IATA,
IMO)
MT
INMETRO
Público em geral
Público em geral
Solicitação
Solicitação
Quadro 7.1 Rede de Intercâmbio de Informações INFOCAP
A Rede de Intercâmbio de Informações em Capacitação para a Gestão Segura de Substâncias Químicas, mais conhecida pela sua sigla em inglês INFOCAP (In-formation Exchange Network on Capacity Building for the Sound Management of Chemicals), está sendo estruturada pelo Secretariado do Fórum Intergover-namental de Segurança Química _ FISQ, o qual convida Governos, Organizações Não-Governamentais do Meio Acadêmico e de Interesse Público, Indústrias e Sindicatos a participarem desta rede de intercâmbio.
A rede INFOCAP é um meio informal e flexível de troca de informações en-tre as partes interessadas. Ele foi concebido para melhorar a comunicação e o acesso das informações e de experiências de projetos de reforço da capacidade de gestão ecologicamente racional das substâncias químicas. A rede INFOCAP procura estabelecer ligações entre as necessidades dos países em matéria de reforço das capacidades, das competências e dos recursos dos diversos governos e organizações.
As características principais da rede INFOCAP são: existir em função das ne-cessidades dos países e das organizações, apoiar-se sobre as informações já exis-tentes, permitir acesso às informações, e estar aberta aos governos e a diversas organizações.
As principais vantagens da rede INFOCAP são: organizar as trocas de informa-ções sobre o reforço de capacitação em relação a todos os produtos químicos em qualquer estado; reforçar a cooperação, envolvendo todas as partes interessadas no seu funcionamento; ajudar na tomada de decisões; e evitar a duplicação de ações e de esforços, permitindo acesso fácil à informação em diversas línguas.
Para maiores informações, visite o web site: www.infocap.info
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 204 Capítulo 7 • Uso e Acesso aos Dados 205
Tabela 7.4 Disponibilidade de Bases de Dados Internacionais
Base de Dados Localização Quem tem Acesso Como Obter
Dados
Base de Dados CAS Bibliotecas de
Universidades
(USP)
Público em geral
Pesquisadores
Consulta à base
de dados
Base de Dados IRPTC OPAS
Internet
Público em geral Solicitação/
Aquisição
Base de Dados CIS OIT MTE Público em geral Solicitação/
Aquisição
Base de Dados IPCS INTOX OPAS
MS
Órgãos do governo
Público em geral
Solicitação
Consulta
Base de Dados de Serviços
de Fichas Sobre Substâncias
Químicas
OPAS Público em geral Solicitação
Rede Mundial de Informações
Sobre Substâncias Químicas
(GINC)
Bibliotecas de
Universidades
Pesquisadores Pesquisa paga
Base de Dados STN Sem dados Sem dados Sem dados
7.4 Sistemas de Intercâmbio de Informações Nacionais
O fluxo de informação entre organizações internacionais e as partes envolvidas no país ocorre de forma independente por cada instituição, de acordo com sua área de atuação e interesse.
O intercâmbio de informações nacionais entre diversos ministérios e outras instituições se dá de forma bilateral, pela Internet (por meio de páginas na web). Uma das prioridades da Comissão Nacional de Segurança Química – CONASQ é a implementação de uma rede de informações sobre capacitação para a gestão saudável de substâncias químicas, que deve funcionar como um mecanismo de troca de informações multifacetado e dese-nhado para aumentar a cooperação entre as instituições e entre os países.
A meta global e de longa duração de uma rede de informações sobre capacitação será facilitar o intercâmbio sistemático e a acessibilidade pública da informação e experiências relevantes para o planejamento, implementação, avaliação e capacitação de coordenação de projetos para a gestão de substâncias químicas em todos os estágios do ciclo de vida das mesmas – importação, produção, distribuição, armazenamento, transporte, uso e dis-posição.
7.5 Resumo Descritivo das Principais Bases de Dados Existentes no País
O Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas – SINITOX coordenado pela FIOCRUZ, tem como principal atribuição gerenciar o processo de coleta, compilação, aná-lise e divulgação dos casos de intoxicação e envenenamento registrados por uma rede composta por 31 Centros de Controle de Intoxicações, localizados em 17 estados brasilei-
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 204 Capítulo 7 • Uso e Acesso aos Dados 205
ros. O resultado do trabalho é divulgado pela publicação Estatística Anual dos Casos de Intoxicação e Envenenamento. A base de dados do SINITOX contempla, para o período de 1985 a 2000, 740.848 casos de intoxicação e envenenamento, ou somente um dos dois casos, e 4.890 óbitos. Entre os agentes tóxicos considerados pelo SINITOX, destacam-se os agrotóxicos fitossanitários e domissanitários, metais, produtos químicos industriais, medicamentos, alimentos, entre outros.
O Grupo de Assessoria e Consultoria Toxicológica – INTERTOX desenvolveu o Sistema de Informações Sobre Riscos de Exposição Química – SIRETOX, concebido com a preten-são de disponibilizar informações toxicológicas sobre substâncias e produtos químicos. Sustenta o Sistema a intensa pesquisa em fontes seguras de bases e bancos de dados nacionais e internacionais, além da avaliação criteriosa das informações encontradas. In-formações como perigos, primeiros socorros, manuseio e armazenamento, propriedades físicas e químicas, dados de produção e comércio de substâncias químicas estão dispo-níveis no SIRETOX. Os dados do Sistema podem ser acessados gratuitamente por um período de 30 dias, após o cadastro do usuário interessado.
O Centro de Recursos Ambientais – CRA, da Bahia, desenvolveu o Sistema Sobre Infor-mações de Riscos de Exposição Química – SIREQ, visando subsidiar e garantir os trabalhos realizados na instituição. O SIREQ é um banco de dados avançado contendo um grande volume de informações sobre substâncias químicas potencialmente perigosas para o homem e o ambiente, como: empresas que manipulam, composição, perigos, primeiros socorros, combate a incêndio, derramamento/vazamento, EPI, toxicologia, tratamento e disposição, banco de acidentes químicos, entre outras. Atualmente, este sistema possui 46 substâncias químicas cadastradas, cujas informações são atualizadas mensalmente e disponibilizadas na Intranet do CRA. Pretende-se que este produto, em breve, esteja dis-ponível também em CD-ROM, para uso em locais onde não haja acesso à Internet.
O Pró-Química, serviço de utilidade pública, é um sistema de informações e comu-nicações desenvolvido pela ABIQUIM, em operação desde 1989, com o objetivo de fornecer, por telefone, orientações de natureza técnica em caso de emergências com produtos químicos, além de estabelecer contato com o fabricante, transportador e en-tidades públicas e privadas que devem ser acionadas em ocorrências dessa natureza.A Central de Informações opera ininterruptamente 24 horas por dia, inclusive nos sábados, domingos e feriados, recebendo os chamados pelo telefone 0800 11 8270 (Discagem Di-reta Gratuita) de qualquer parte do território nacional, sempre que ocorrer uma situação claramente emergencial envolvendo produtos químicos, tanto durante o transporte como em locais fixos. O Pró-Química fornece, também, informações relacionadas ao manuseio, transporte e armazenamento de produtos químicos.
A Fundação Nacional de Saúde – FUNASA opera um Sistema de Informação Sobre Áreas com Solos Contaminados – SINSOLO, disponível em sua página na Internet para a entrada de dados. Este sistema disponibiliza dados como fonte da informação, localização da área contaminada, caracterização das substâncias contaminantes e da área, e avaliação preliminar de risco ambiental e de riscos à saúde, entre outros.
A ANVISA, o IBAMA e o MAPA, em atendimento ao art. 94 do Decreto no 4.074, de 4 de janeiro de 2002, instituíram o Sistema Integrado de Informações sobre Agrotóxicos – SIA, o qual é constituído de quatro módulos principais, sendo três deles (de componentes, produto técnico e produto formulado) para permitir a interação eletrônica entre os órgãos registrantes e destes com as empresas, e um módulo de informações de produtos registra-dos. O módulo pós-registro constitui uma fonte permanente e atualizada de informação, dos atos e decisões relativos aos produtos avaliados e registrados nos órgãos, permitindo livre acesso a todos os atores sociais interessados em dados e orientações técnicas dos produtos que atualmente possuem uso autorizado no Brasil. Os dados e informações de mais de 1000 produtos formulados, 500 produtos técnicos e 400 ingredientes ativos (mo-
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 206 Capítulo 7 • Uso e Acesso aos Dados 207
nografias) constituem ainda importante ferramenta para atuação da extensão rural, fiscali-zação e pesquisa da área de agrotóxicos.
O Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, pela Internet, denomina-do ALICE-Web, da Secretaria de Comércio Exterior – SECEX, do Ministério do Desenvol-vimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, foi desenvolvido a fim de modernizar as formas de acesso e a sistemática de disseminação dos dados estatísticos das exportações e importações brasileiras (v. Capítulo 2). O Sistema tem por período de consulta bases mensais a partir de janeiro de 1989 até o último mês disponível de 2003. Atualmente, o acesso ao ALICE-Web é gratuito, e a consulta pode ser efetuada por produto, país de origem e destino, blocos econômicos, Unidade da Federação, por zona produtora e do-micílio fiscal, forma de transporte e por porto de embarque e desembarque.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE constitui o principal provedor de dados e informações do país, que atendem às necessidades dos mais diversos segmentos da sociedade civil, bem como dos órgãos das esferas governamentais federal, estadual e municipal. O IBGE oferece uma visão completa e atual do país, por meio do desempenho de suas principais funções, como: produção, análise, coordenação e consolidação de in-formações estatísticas; estruturação de um sistema de informações ambientais; documen-tação e disseminação de informações; e coordenação dos sistemas estatísticos nacionais. Para estabelecer as normas de utilização e garantir a padronização e o monitoramento das classificações estatísticas nacionais, foi criada a Comissão Nacional de Classificação – CONCLA. Entre as classificações importantes da CONCLA, com interface na gestão de substâncias químicas, podem ser citadas, além da Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE (v. Capítulo 2), a classificação de lixo e resíduos tóxicos, a classifica-ção de fontes de emissão de poluição e a classificação de atividades e equipamentos/instalações de proteção ambiental.
Os dados sobre agrotóxicos e afins são acompanhados por várias associações no Brasil, entre as quais o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos Para Defesa Agrícola – SINDAG, a Associação Nacional de Defesa Vegetal – ANDEF, a Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas – AENDA, e a Associação Nacional Para Difusão de Adubos – ANDA. As bases de dados dessas associações incluem informações como dis-tribuição e vendas de agrotóxicos e afins, por Estado, levantamentos de embalagens de agrotóxicos, ingredientes ativos comercializados, agrotóxicos comercializados, estatísticas de consumo, importações e exportações de agrotóxicos, entre outras.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA coordena a Rede Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos – REBRAMAR, a qual é integrante da Rede Pan-Americana de Manejo Ambiental de Resíduos – REPAMAR, admi-nistrada pela Organização Pan-Americana de Saúde – OPAS. A sua proposta é facilitar o intercâmbio, a difusão e o acesso de seus membros aos conhecimentos e experiências que dizem respeito ao manejo ambiental de resíduos, mediante a geração, a coleta, a sistema-tização e a disseminação de informações.
A FUNDACENTRO tem desenvolvido um amplo conjunto de ações, entre as quais merece destaque o Programa de Melhoria das Informações Estatísticas Sobre Doenças e Acidentes do Trabalho (PRODAT). O PRODAT é voltado para atender à necessidade de melhoria de dados, estatísticas e indicadores sobre doenças e acidentes de trabalho no Brasil, por meio da capacitação de equipes técnicas para gerir e operar banco de dados e realizar análise e modelagem estatística, e pelo desenvolvimento de metodologia e pro-gramas para o acesso integrado às bases de dados corporativas.
O acesso ao banco de dados do Programa Internacional sobre Segurança Química – IPCS, Substâncias Químicas Perigosas e Tóxicas – INCHEM, pela OPAS no Brasil, é des-tinado, apenas, às agências de governo.
O Centro Pan-Americano de Engenharia Sanitária e Ciências do Ambiente – CEPIS é o centro de tecnologia ambiental da OPAS, cuja missão é cooperar com os países das Amé-
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 206 Capítulo 7 • Uso e Acesso aos Dados 207
ricas na avaliação e controle dos fatores ambientais de risco que afetam a saúde das suas populações, essencialmente por meio da disseminação de informação. Entre seus Portais de acesso à informação na área de gestão de substâncias químicas, convém citar o Portal de Avaliação de Impacto Ambiental e na Saúde, Portal de Toxicologia, Portal de Saúde dos Trabalhadores, Portal de Desastres, e Portal de Resíduos Perigosos. O CEPIS promo-ve a troca de informação especializada por meio da Rede Pan-Americana de Informação Sobre Saúde e Ambiente – REPIDISCA, cujo objetivo é difundir as informações disponíveis a respeito de saúde ambiental, epidemiologia ambiental, toxicologia ambiental, resíduos perigosos, entre outros. A REPIDISCA dispõe de banco de dados e sistemas de informa-ção atualizados, em nível mundial, sendo gratuitos esses serviços.
7.6 Disponibilidade e Uso das Informações para a Gestão Nacional de Substâncias Químicas
A informação, a educação e a comunicação (interpessoal e de massa), têm sido reconheci-das mundialmente como ferramentas fundamentais para a promoção da saúde e do bem-estar da população. O direito de acesso à informação, por todos, é considerado como um importante instrumento para a redução de riscos, conforme citado no Capítulo 19 da Agenda 21.
No Brasil, apesar da existência e disponibilidade qualitativa e quantitativa de infor-mação referente à gestão de substâncias químicas, a mesma possui três características principais: • mostra-se insuficiente, não apresentando dados para uma grande quantidade de
substâncias que circulam e são manipuladas no país; • apresenta-se assistemática, com lacunas na disponibilidade e distribuição; • encontra-se disseminada em muitas instituições, dificultando a sua localização e, em
alguns casos, sendo gerada em duplicidade ou com características contraditórias.
Segundo a FIOCRUZ (2001), as informações a serem construídas e disseminadas pu-blicamente, para que apresentem qualidade satisfatória, necessitam de quatro atributos essenciais: exatidão científica (credibilidade); adequabilidade; acessibilidade; e inteligibili-dade. A presença desses critérios, nem sempre verificados nas bases de dados nacionais, é fundamental para a adoção de medidas de proteção e tomadas de ações em situações de emergência.
Outra característica observada em relação à qualidade e quantidade de informação é o decréscimo de suas disponibilidades à medida que a substância avança no seu ciclo de vida. Ou seja, para determinadas substâncias podem ser encontrados dados satisfatórios relacionados a sua produção, usos, estatísticas de importação e exportação, mas, em con-trapartida, a total ausência de informações associadas ao seu transporte, armazenamento e disposição final.
Quanto à localização da informação, constata-se que: • os arquivos, de maneira geral, são assistemáticos e não estão projetados para inter-
câmbios intra ou interinstitucionais; • muitos arquivos estão disponíveis apenas na forma impressa, não tendo sido a base de
dados ainda digitalizada; • não existe uma política clara a respeito de “quem” pode ou “como” se pode acessar
a informação, apesar desta estar disponível geralmente ao público ; e • os mecanismos de envio de informações, após terem sido solicitados, ainda não são
suficientemente eficientes, seguros e rápidos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 208
O acesso às informações é livre e sem restrições, na maioria das vezes, desde que os materiais solicitados se encontrem em condições de serem localizados. Tais informações e dados se encontram, de modo geral, no formato de arquivos impressos manualmente, além de uma parcela disponível em arquivos informatizados. Neste último caso, os regis-tros estão formatados em editores de texto, planilhas eletrônicas e, em poucos casos, banco de dados.
Verifica-se que existem lacunas significativas no sistema de acesso à literatura e bases de dados sobre gestão de substâncias químicas, em nível nacional e internacional. A disse-minação dessas informações, muitas vezes, é viabilizada apenas com base na boa vontade e interesse voluntário dos profissionais que atuam nas instituições envolvidas com o tema, superando a eficiência de escoamento de dados de programas estruturados sistematica-mente e oficialmente implementados. Dessa maneira, nem todas as partes interessadas possuem acesso aos dados em questão. O acesso à literatura e bancos de dados inter-nacionais está disponível, principalmente, nas bibliotecas das principais universidades do país, assim como na Internet. O aumento das facilidades de uso da Internet tem propor-cionado um acesso mais rápido às bases de dados internacionais.
Finalmente, com o propósito de ampliar a disponibilidade e sustentabilidade de siste-mas de informações e bases de dados específicos sobre gestão de substâncias químicas no país, os seguintes itens necessitam ser implementados (FIOCRUZ, 2001): • convencimento da sociedade quanto aos seus benefícios; • conscientização e disponibilidade dos benefícios a todos por parte dos tomadores de
decisão e definidores de políticas; • garantia de recursos humanos e financeiros suficientes para operação dos sistemas de
informação e bancos de dados; • base legislativa que garanta fundos para sua manutenção e adoção de políticas que
promovam o acesso à informação, como o direito ao saber; • tecnologias de gerenciamento dos sistemas e bases de dados disponíveis a todos.
C A P Í T U L O 8
8.1 Educação e Pesquisa Universitária
A atual estrutura de formação no país compreende a educação superior e a educação profissional. Enquanto a educação superior abrange cursos de graduação e pós-gradua-ção, a educação profissional responde por cursos em três níveis: básico (cursos livres que não seguem regulamentação curricular); técnico (cursos que pressupõem a finalização, pelo aluno, da educação básica de 11 anos); e tecnológico (formação superior de gradua-ção e pós-graduação).
Em nível técnico, aspectos da gestão de substâncias químicas podem ser abordados, por exemplo, nos cursos realizados pelas instituições federais de educação tecnológica: Centros Federais de Educação Tecnológica (em número de 70); Escolas Agrotécnicas Fe-derais (37) e Escolas Vinculadas às Universidades (30). É característica dessas instituições o direcionamento de cursos técnicos que possam atender à demanda do mercado de trabalho local; assim, por exemplo, o Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia oferece cursos de análise de processos industriais químicos, tecnologia ambiental, proces-sos petroquímicos, química básica, química analítica avançada, segurança em laboratórios e tratamento de água.
Em nível universitário, na área de química, incluindo-se as titulações de licenciatura, ba-charelado, engenharia, industrial e tecnológica e abrangendo também cursos de farmácia e bioquímica, existem atualmente 506 cursos credenciados pelo Ministério da Educação – MEC (www.mec.gov.br). Segundo dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pes-soal de Nível Superior – CAPES, na área de química e de engenharia química, existem, no total, 61 cursos de mestrado e 39 de doutorado reconhecidos pelo MEC (www.capes.gov.br). Nesses dados, estão consideradas as instituições federais, estaduais, municipais e privadas.
Complementarmente, existem outras áreas de educação que apresentam interface com a gestão de substâncias químicas, como, por exemplo, no caso de agronomia, ciência e tecnologia de alimentos, saúde pública, engenharia ambiental e sanitária.
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq mantém diretório dos grupos de pesquisa no Brasil, cujo registro atual relaciona 457 grupos de
Infra-Estrutura Técnica
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 210 Capítulo 8 • Infra-Estrutura Técnica 211
pesquisa em química, representando 5,35% dos grupos de pesquisa cadastrados; 171 gru-pos de pesquisa em bioquímica; 137 em engenharia química. Por setor de atividade, estão registrados 587 grupos de pesquisa da indústria química, representando universo de 1.221 linhas de pesquisa, o que totaliza 6,9% do total de grupos cadastrados. A Universidade de São Paulo – USP e a Universidade de Campinas – UNICAMP, juntas, totalizam 22% do total das pesquisas constantes desse diretório do CNPq. Informações mais detalhadas podem ser obtidas junto ao CNPq (www.cnpq.br/gpesq3/).
Os temas das linhas de pesquisa são variados e envolvem pesquisa básica e aplicada nos seus múltiplos aspectos. Assim, em química orgânica, as pesquisas envolvem produtos naturais, química orgânica sintética, físico-química orgânica e fotoquímica. Em química inorgânica, incluem-se compostos de coordenação, cinética e bioinorgânica e processos catalíticos. Em química analítica, as atividades estão centradas no desenvolvimento de métodos de separações, detecções e determinações de constituintes. As pesquisas em físico-química envolvem principalmente espectroscopia, eletroquímica, físico-química teó-rica, estudo de cristais líquidos, difração de raios-X, termodinâmica e termoquímica.
Além das universidades, constituem também importantes centros de pesquisa as se-guintes instituições: Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear – CDTN; Centro de pesquisa e Desenvolvimento – CEPED; Centro de Tecnologia Industrial – CETIND; Companhia de Desenvolvimento Tecnológico – CODETEC; Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ; Instituto Adolfo Lutz – IAL; Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT; Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL; Instituto Nacional de Tecno-logia – INT.
8.2 Credenciamento de Laboratórios
Os laboratórios envolvidos direta ou indiretamente na gestão de substâncias químicas no Brasil atuam principalmente em duas instâncias: • Realização de bioensaios e análises físico-químicas como prestadores de serviços; e • Consecução de pesquisas e fornecimento de suporte técnico-científico para tomadas
de decisão ou para acumulação de conhecimento.
A infra-estrutura técnica no Brasil relacionada especialmente à prestação de serviços evoluiu sobremaneira em função da regulamentação do uso, da produção, da importação e da exportação de algumas substâncias químicas e, em especial, dos produtos agrotóxi-cos no final da década de 80 (Capítulo 4).
Os critérios para o credenciamento de laboratórios variam dependendo da instância institucional ao qual se vincula e da legislação aplicável. Não obstante a infra-estrutura técnica existente no país, incluindo a capacidade laboratorial instalada nas instituições téc-nico-científicas de ensino, sobressai a análise de agrotóxicos, seus componentes e afins. Os laboratórios prestadores de serviços para análises físico-químicas e bioensaios desses produtos, que servem de suporte para o registro junto aos órgãos responsáveis pela saú-de, pelo meio ambiente e pela agricultura, são submetidos a regimes de credenciamento específicos.
8.2.1 Credenciamento junto ao INMETROO IBAMA possui um cadastro de laboratórios aptos para a prestação de serviços na área de ecotoxicologia, cujos ensaios servem de base para a avaliação do potencial ecotoxico-lógico de substâncias químicas, atendendo à legislação vigente. Esses laboratórios são credenciados pelo INMETRO, órgão vinculado ao SINMETRO (v. Capítulo 5).
O INMETRO é o organismo de credenciamento brasileiro e baseia o credenciamento nas normas e guias da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, da Comissão
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 210 Capítulo 8 • Infra-Estrutura Técnica 211
Pan-Americana de Normas Técnicas – COPANT e do Mercado Comum do Sul – MERCO-SUL, assim como nas orientações do International Accreditation Forum – IAF, do Interna-tional Laboratory Accreditation – ILAC, da International Auditor and Training Certification Association – IATCA e da International Accreditation Cooperation – IAAC.
O credenciamento significa reconhecimento formal de que um organismo de certifica-ção, de treinamento, de inspeção, de ensaios de proficiência ou laboratório, está operan-do sistema da qualidade documentado e demonstrou competência técnica para realizar serviços específicos, avaliados segundo critérios estabelecidos pelo INMETRO, baseados em guias e normas internacionais.
O INMETRO é também assessorado pelos Comitês Técnicos do CONMETRO na pre-paração dos documentos que servem de base para o credenciamento.
As etapas principais da fase de concessão do credenciamento são: a solicitação formal do credenciamento; a análise da documentação encaminhada; e a avaliação in loco. No caso de aprovação, a decisão sobre o credenciamento é formalizada pelo INMETRO por meio de contrato e certificado de credenciamento. A fase de manutenção do credencia-mento envolve avaliações periódicas, com o objetivo de verificar a permanência das con-dições que deram origem ao credenciamento.
A Tabela 8.1 apresenta a relação dos laboratórios credenciados pelo INMETRO, de acordo com sua característica – se governamental, instituto de pesquisa, universidade ou privado –, para prestação de serviços às empresas interessadas no registro ou na avaliação ecotoxicológica de agrotóxicos junto ao IBAMA. Até o momento, foram credenciados onze laboratórios de acordo com os procedimentos adotados pelo INMETRO.
Na página eletrônica do INMETRO (www.inmetro.gov.br), são apresentados os critérios para o credenciamento de laboratório de ensaio, segundo os princípios das Boas Práticas de Laboratórios (BPL). Esses critérios fazem parte da Norma NIT-DICLA-028 do INMETRO, que estabelece os critérios que os laboratórios de ensaios que trabalham no escopo de toxicologia, ecotoxicologia e ecossistemas, a serem atendidos para o credenciamento, segundo escopo de referência da OECD (INMETRO, 2002).
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 212 Capítulo 8 • Infra-Estrutura Técnica 213
Tabela 8.1 Laboratórios Credenciados pelo Inmetro e Cadastrados pelo IBAMA
Laboratório Estudos
Laboratório Central Agro
BASF S.A.
Estado físico, aspecto, cor e odor; grau de pureza; ponto/faixa
de fusão; solubilidade/miscibilidade; pH; coeficiente de partição
(octanol/água); densidade; viscosidade; corrosividade; estabilida-
de térmica e ao ar; ponto de fulgor
Laboratório de Ensaios
Físico-Químicos
BASF S.A.
Estado físico, aspecto, cor, odor; grau de pureza; solubilidade/
miscibilidade; pH; densidade; viscosidade; distribuição de partí-
culas por tamanho; estabilidade térmica e ao ar; ponto de fulgor
Unidade de Resíduos
BASF S.A.
Determinação de resíduos em alimentos
BIOAGRI Laboratórios Ltda. Estado físico, aspecto, cor, odor; identificação molecular; grau de
pureza; impurezas metálicas; ponto/faixa de fusão; ponto/faixa
de ebulição; solubilidade/miscibilidade; pH; constante de dis-
sociação em meio aquoso; constante de formação de complexo
com metais em meio aquoso; hidrólise; coeficiente de partição
(octanol/água); densidade; tensão superficial de soluções; vis-
cosidade; distribuição de partículas por tamanho; corrosividade;
estabilidade térmica e ao ar; ponto de fulgor; volatilidade;
Toxicidade para microorganismos do solo, algas, organismos do
solo “minhoca”, abelhas; toxicidade aguda e crônica para micro-
crustáceos; toxicidade aguda e crônica para peixes; bioconcen-
tração em peixes;
Biodegrabilidade imediata; biodegrabilidade em solo; mobilida-
de; adsorção/dessorção;
Genotoxicidade em procariontes e eucariontes
BIOAGRI Laboratórios Ltda.
Filial Distrito Federal
Toxicidade para aves – dose única e dieta;
Toxicidade oral aguda para ratos, oral em doses repetidas para
ratos – 28 dias, oral curto prazo para ratos – 90 dias; toxicidade
inalatória aguda para ratos; cutânea aguda para ratos; irritação
cutânea primária em coelhos e irritação ocular primária em coe-
lhos;
Potencial embriofetotóxico-teratogênico em ratos ou coelhos;
efeitos sobre reprodução e prole, em duas gerações sucessivas;
potencial carcinogênico – médio prazo
BIOENSAIOS Análise e
Consultoria Ambiental Ltda.
Estado físico, aspecto, cor; grau de pureza; impurezas metálicas;
solubilidade/miscibilidade; pH; fotólise; coeficiente de partição
(octanol/água); densidade; corrosividade; estabilidade térmica e
ao ar; tensão superficial; viscosidade, distribuição de partículas
por tamanho; ponto de fulgor; propriedades oxidantes; liposso-
lubilidade
Toxicidade para microorganismos do solo, algas, organismos do
solo “minhoca”, abelha; toxicidade aguda e crônica para micro-
crustáceos; toxicidade aguda e crônica para peixes; bioconcen-
tração em peixes;
Biodegradabilidade imediata; biodegradabilidade em solo; mo-
bilidade; adsorção/dessorção; lixiviação em colunas
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 212 Capítulo 8 • Infra-Estrutura Técnica 213
Tabela 8.1 Laboratórios Credenciados pelo Inmetro e Cadastrados pelo IBAMA
Laboratório Estudos
Centro de Energia Nuclear
na Agricultura (CENA)
Biodegradabilidade imediata; biodegradabilidade em solos;
mobilidade; adsorção/dessorção
Laboratório de Formula-
ções DOW AGRO Sciences
Industrial Ltda.
Estado físico, aspecto, cor, odor; miscibilidade; pH; densidade
de líquidos e sólidos; tensão superficial de solução; viscosidade;
distribuição de partículas por tamanho; corrosividade; estabilida-
de térmica e ao ar; ponto de fulgor
Laboratório de Genotoxici-
dade – GENOTOX/UFRGS
Potencial genotóxico para procariontes e eucariontes
TASQA Serviços
Analíticos Ltda.
Estado físico, aspecto, cor, odor; identificação molecular; grau de
pureza; impurezas metálicas; ponto/faixa de fusão; solubilidade/
miscibilidade; pH; constante de dissociação em meio aquoso;
hidrólise; coeficiente de participação (octanol/água); densida-
de; tensão superficial de soluções; viscosidade; distribuição de
partículas por tamanho; estabilidade térmica e ao ar; volatilidade
e propriedades oxidantes.
TECAM – Tecnologia Am-
biental S.A.
Toxicidade para algas, abelhas, aves – dose única e dieta; toxici-
dade aguda e crônica para macrocrustáceos; toxicidade aguda e
crônica para peixes, bioconcentração em peixes;
Toxicidade oral aguda para ratos; toxicidade oral a curto prazo
para ratos; toxicidade aguda oral para ratos doses repetidas;
toxicidade inalatória aguda para ratos; toxicidade cutânea aguda
para ratos; toxicidade cutânea a curto prazo para ratos; irritação
cutânea primária para coelhos; irritação ocular a curto prazo para
coelhos;
Potencial genotóxico para procariontes e eucariontes
Fonte: IBAMA (2002)
8.2.2 Credenciamento junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)A Coordenação de Laboratórios Vegetais – CLAV é um órgão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, subordinado à Secretaria de Defesa Agropecuária – SDA e ao Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal –DDIV, cuja responsabilidade pre-cípua é a de organizar e estimular o desenvolvimento de rede laboratorial para capacitar tecnologicamente o MAPA no sentido de promover serviços analíticos para os segmentos do agronegócio. O credenciamento pelo MAPA/DDIV/SDA/CLAV representa o reconheci-mento legalizado da competência do laboratório para realizar análise de rotina e emissão de laudos técnicos ou de laudos oficiais.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 214 Capítulo 8 • Infra-Estrutura Técnica 215
O laboratório interessado no credenciamento deve estar legalmente constituído e: • Dispor de instalações adequadas em áreas apropriadas às finalidades; • Estar adequadamente equipado para a execução das determinações propostas; • Dispor de área compatível com o volume de amostras analisadas; • Cumprir todas as disposições legais, sobre a segurança do trabalho, relativas à atividade; • Ter instalações de acordo com as normas de higiene, segurança e medicina do trabalho; • Estar sob a responsabilidade técnica de profissional de nível superior com formação
correlata e com registro no respectivo Conselho de Classe; • Dispor de pessoal técnico e de apoio com adequada capacitação na área de análises
laboratoriais e em número compatível com os serviços a serem realizados; • Dispor de Manual de Qualidade e trabalhar segundo suas orientações; e • Adotar programas de qualidade intralaboratoriais e/ou interlaboratoriais, bem como
participar dos controles laboratoriais propostos pela CLAV.
A CLAV está envolvida em: • Desenvolvimento e validação de metodologias analíticas; • Validação interlaboratorial de Metodologias analíticas; • Implantação de rede de laboratórios credenciados do MAPA; • Implantação do Sistema de Qualidade Laboratorial da Rede CLAV; • Controles interlaboratoriais e intralaboratoriais; • Capacitação técnica; • Análise fisico-química, microbiológica, biológica e fisiológica de insumos agrícolas e
produtos e subprodutos de origem vegetal; • Representação técnica em fórum internacional e nacional; • Análises fiscais, periciais, de importação, exportação, orientação e identificação de
produtos de origem vegetal; • Emissão de certificado e boletim de análise; • Cooperação técnica nacional e internacional; e • Vistoria, auditoria e supervisão de laboratórios.
A seguir, é apresentada relação dos laboratórios credenciados pelo MAPA para análise de agrotóxicos, seus componentes e afins. O MAPA credencia esses laboratórios com o objetivo de subsidiar o processo de avaliação da eficácia agronômica para o registro ou a renovação de registro de uso no Brasil e da análise de resíduos de agrotóxicos.
Os laboratórios credenciados em análises de agrotóxicos, seus componentes e afins são os seguintes (AGROFIT, 2002): • Laboratório de Agrotóxicos – CEPPA/Universidade Federal do Paraná – UFPR/
Laboratório de Controle de Qualidade de Agrotóxicos; • Laboratório de Agrotóxicos – TECPAR/Instituto de Tecnologia do Paraná – TECPAR/
Laboratório de Controle de Qualidade de Agrotóxicos; • Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – CATI; • Laboratório de Agrotóxicos - BIOAGRI/BIOAGRI – Laboratórios Ltda.; • Laboratório de Agrotóxicos FMC/Laboratório de Análises e Qualidade/FMC do Brasil
Indústria e Comércio S/A; e • Laboratório de Análises de Agrotóxicos (TASQA).
A Tabela 8.2 apresenta os laboratórios credenciados em análise de resíduos de agro-tóxicos.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 214 Capítulo 8 • Infra-Estrutura Técnica 215
Tabela 8.2 Laboratórios de Análise de Resíduos de Agrotóxicos Credenciados pelo MAPA
Laboratório Métodos
Laboratório de Resíduos de
Pesticidas da ESALQ/USP
(LARP/USP)
Multirresíduos com varredura de um número significativo de
moléculas, incluindo os metabólitos com confirmação CG/MS e
HPLC/MS para moléculas identificadas;
Métodos para moléculas específicas (especiais);
Desenvolvimento de equipamentos e técnicas analíticas;
Métodos de extração automatizados;
Capacidade operacional em número de amostra/mês – 500
amostras de diferentes matrizes vegetais
CROMA/USP Instituto de
Química São Carlos
Multirresíduos com varredura de um número significativo de
moléculas, incluindo os metabólitos com confirmação CG/MS e
HPLC/MS para moléculas identificadas;
Métodos para moléculas específicas (especiais);
Desenvolvimento de equipamentos e técnicas analíticas;
Métodos de extração automatizados;
Capacidade operacional em número de amostra/mês – 500
amostras de diferentes matrizes vegetais
Instituto Biológico de São
Paulo (IBSP)
Multirresíduos com varredura para moléculas, incluindo os meta-
bólitos com confirmação CG/MS para moléculas identificadas;
A metodologia analítica está atualizada e revalidada para matri-
zes de várias frutas e hortaliças;
Métodos para moléculas específicas (especiais);
Capacidade operacional em número de amostra/mês – 120
amostras de diferentes matrizes vegetais
Instituto Tecnológico de
Pernambuco (ITEP)
Laboratório de Toxicologia
(LABTOX)
Multirresíduos com varredura de número significativo de molé-
culas, incluindo os metabólitos com confirmação CG/MS para
moléculas identificadas;
Métodos para moléculas específicas (especiais);
Capacidade operacional em número de amostra/mês – 120
amostras de diferentes matrizes vegetais
Instituto de Tecnologia do
Paraná (TECPAR)
ND
Laboratório de Agrotóxi-
cos (CEPPA)/Universidade
Federal do Paraná (UFPR)
Multirresíduos com varredura para moléculas, incluindo os meta-
bólitos com confirmação CG/MS para moléculas identificadas;
A metodologia analítica está atualizada e revalidada para matri-
zes de várias frutas e hortaliças;
Métodos para moléculas específicas (especiais);
Capacidade operacional em número de amostra/mês – 120
amostras de diferentes matrizes vegetais
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 216 Capítulo 8 • Infra-Estrutura Técnica 217
Tabela 8.2 Laboratórios de Análise de Resíduos de Agrotóxicos Credenciados pelo MAPA
Laboratório Métodos
BIOAGRI Laboratórios Ltda. Multirresíduos com varredura para moléculas, incluindo os me-
tabólitos com confirmação CG/MS e HPLC/MS para moléculas
identificadas;
A metodologia analítica está atualizada e revalidada para matri-
zes de várias frutas e hortaliças;
Métodos para moléculas específicas (especiais);
Capacidade operacional em número de amostra/mês – 100
amostras de diferentes matrizes vegetais
Laboratório de Análises de
Resíduos de Agrotóxicos
(TASQA)
Multirresíduos com varredura para moléculas, incluindo os meta-
bólitos, com confirmação CG/MS para moléculas identificadas;
A metodologia analítica está atualizada e revalidada para matri-
zes de várias frutas e hortaliças;
Métodos para moléculas específicas (especiais);
Capacidade operacional em número de amostra/mês – 150
amostras de diferentes matrizes vegetais
QUIMIPLAN – Análises e
Consultoria Ltda./ Labo-
ratório de Controle de
Qualidade de Resíduos de
Químicos
Multirresíduos com varredura para moléculas, incluindo os meta-
bólitos com confirmação CG/MS para moléculas identificadas;
A metodologia analítica está atualizada e revalidada para matri-
zes de várias frutas e hortaliças;
Métodos para moléculas específicas (especiais);
Capacidade operacional em número de amostra/mês – 80 amos-
tras de diferentes matrizes vegetais
Fonte: MAPA, 2002.
Nota: ND = Não-Disponível
Os laboratórios oficiais para análise de fertilizantes e corretivos são denominados LAFC e localizam-se em Caratinga/MG, Varginha/MG, Goiânia/GO, Belém/PA, Recife/PE, Porto Alegre/RS e Jundiaí/SP.
Os laboratórios credenciados para análise de fertilizantes e corretivos são o Laborató-rio de Análise Foliar de Adubos e Corretivos da Universidade de Santa Cruz do Sul (RS) e o Laboratório da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola – CIDASC, Florianó-polis (SC).
Informações mais detalhadas sobre os laboratórios credenciados junto ao MAPA po-dem ser obtidas na página eletrônica www.agricultura.gov.br/das/ddiv/clav/.
8.2.3 Credenciamento junto ao Ministério da Saúde (MS)A Rede Brasileira de Laboratórios Analíticos em Saúde – REBLAS foi estabelecida com o principal objetivo de prestar serviços laboratoriais relacionados a análises prévias, de con-trole fiscal e de orientação de produtos sujeitos ao regime de Vigilância Sanitária. A Rede é composta por laboratórios oficiais e privados autorizados pela Agência Nacional de Vi-gilância Sanitária – ANVISA, mediante habilitação pela Gerência Geral de Laboratórios em Saúde Pública – GGLAS/ANVISA e/ou credenciamento pelo INMETRO.
As análises prévias para registro de produtos, quando não-regidas por legislação espe-cífica, e as análises de orientação poderão ser realizadas por laboratórios pertencentes à REBLAS. Já as análises de controle fiscal, quando regidas pela legislação vigente, devem ser realizadas pelo Instituto de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS e Laboratórios Centrais de Saúde Pública – LACENs. Estes são instituídos pelo governo – federal, es-
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 216 Capítulo 8 • Infra-Estrutura Técnica 217
tadual, municipal e distrital – ou por entidades especializadas, quando autorizadas pela ANVISA – REBLAS, 2001. Informações mais detalhadas podem ser obtidas na página www.anvisa.gov.br/toxicologia/estrutura/reblas.htm.
A Tabela 8.3 apresenta a relação de laboratórios prestadores de serviços na área de saúde pública.
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
218C
apítu
lo 8 • Infra-E
strutura Técnica219
Tabela 8.3 Laboratórios Certificados para Análise de Substâncias Químicas pelo Ministério da Saúde (MS)/INMETRO
Nome/Local
Característica Agência
Certificadora BPL*
Finalidade/Escopo Análise
Química*
Análise de
Resíduos*
Bioagri
Piracicaba/SP
Privado INMETRO S Análises químicas e toxicológicas S S
Bioensaios Análises e
Consultoria Ambiental
Ltda.
Viamão/RS
Privado INMETRO S Serviços e consultoria técnica para análises
toxicológicas, análises químicas, análises
microbiológicas
S N
Centro de Estudos do
Mar (CEM)
Pontal do Sul/PR
Convênio com a
UFPR
INMETRO EA Realização dos bioensaios da avaliação da
toxicidade aguda/crônica para uma série de
organismos-teste
S N
Centro de Pesquisas
Químicas, Biológicas
e Agrícolas (CPQBA)/
UNICAMP
Campinas/SP
– – N Projetos de pesquisa e de desenvolvimento
tecnológico e industrial, além de serviços es-
pecializados nas áreas de Química, Biologia
e Agrícola, em parceria com outras unidades
da UNICAMP, atendendo à demanda da
indústria e de órgãos governamentais
S S
Instituto Adolfo Lutz
(IAL)
São Paulo/SP
Governo – S Vigilância à saúde, tanto a vigilância epide-
miológica (doenças transmissíveis) como
a vigilância sanitária (controle de produtos
relacionados à saúde)
S S
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
218C
apítu
lo 8 • Infra-E
strutura Técnica219
Tabela 8.3 Laboratórios Certificados para Análise de Substâncias Químicas pelo Ministério da Saúde (MS)/INMETRO (cont.)
Nome/Local
Característica Agência
Certificadora BPL*
Finalidade/Escopo Análise
Química*
Análise de
Resíduos*
Laboratórios do Tecpar
Curitiba/PR
Instituto de Pes-
quisa e Organis-
mo Certificador
(Credenciado
pelo INMETRO)
INMETRO S Vários relacionados à gestão de substâncias
químicas
S S
Laboratórios Ecolyzer
São Paulo/SP
Privado – N nd S N
Laboratórios UFSCAR
São Carlos/SP
Universidade nd nd Análises microbiológicas e físico-químicas S N
Laboratórios UnB
Brasília/DF
Universidade nd N Análises em química ambiental S N
Pró Ambiente
Porto Alegre/RS
Privado nd EA Serviços e suporte técnico de análises
toxicológicas, análises químicas, análises
microbiológicas
S N
Setor de Tecnologia
Centro de Processamen-
to de Alimentos
(CEPPA)/UFPR
Curitiba/PR
Órgão do Setor
de Tecnologia da
UFPR
INMETRO EA Pesquisas de resíduos de agrotóxicos em
alimentos
S S
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
220
Tabela 8.3 Laboratórios Certificados para Análise de Substâncias Químicas pelo Ministério da Saúde (MS)/INMETRO (cont.)
Nome/Local
Característica Agência
Certificadora BPL*
Finalidade/Escopo Análise
Química*
Análise de
Resíduos*
Tasqa Serviços Analíticos
Paulínea/SP
Privado nd EA Monitoramento de Agentes Químicos em
Ambiente de Trabalho, Caracterização de
Efluentes Industriais Líquidos, Sólidos e
Resíduos Sólidos, Análise de Metais, Cro-
matografia Gasosa, Cromatografia Líquida,
Treinamento
S N
TECAM
São Paulo/SP
Privado INMETRO S Prestação de serviços na área de análises de
toxicologia
S S
TECAM
São Paulo/SP
Privado INMETRO S Prestação de serviços na área de análises de
toxicologia
S S
Fonte: ANVISA (2002) Nota: * S (sim); N (não); nd = não-disponível; EA = em andamento; BPL = Certificação em Boas Práticas de Laboratório
O Brasil participa ativamente de convenções e acordos internacionais relacionadas à gestão de substâncias químicas, assim como de reuniões de peritos e de pro-gramas específicos, como é o caso da Avaliação Global do Mercúrio e da Abor-
dagem Estratégica Internacional da Gestão de Substâncias Químicas, coordenados pela Unidade Química do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente – PNUMA.
Uma relação dos principais organismos internacionais e respectivos pontos focais na-cionais e instituições envolvidas é apresentada na Tabela 9.1.
A Tabela 9.2 apresenta os acordos e convenções internacionais relacionados com segurança química, os respectivos pontos focais nacionais e uma relação de instituições envolvidas e ações de acompanhamento e implementação.
Na Tabela 9.3 estão relacionados projetos de assistência técnica em que o Brasil parti-cipa como receptor de doação por organismo internacional.
Algumas informações especificamente relacionadas à Agenda 21, ao Fórum Intergo-vernamental de Segurança Química – FISQ, às Convenções e outros instrumentos são apresentadas do Quadro 9.1 ao 9.7.
O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química
9C A P Í T U L O
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 222 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 223
Tabela 9.1 Participação em Organismos, Programas e Instituições Internacionais
Atividade / Institui-
ção/ Organismo
Internacional
Ponto Focal Nacional
(Ministério / Agência)
Outros Ministérios /
Agências Envolvidos
Atividades Nacionais
Relacionadas
Fórum Intergoverna-
mental de Segurança
Química (FISQ)
SQA/MMA Membros da CO-
NASQ*
Plano de Ação para
Segurança Química;
Prioridades de Ação
para depois de 2000;
Declaração da Bahia
Programa das Nações
Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA)
MRE e SQA /MMA IBAMA, outros mem-
bros da CONASQ
Projeto de Avalia-
ção do Mercúrio;
Abordagem Estraté-
gica Internacional da
Gestão de Subs-
tâncias Químicas;
Proposta de Projeto
de Implementação
da Convenção de
Estocolmo; PRTR
Centros de Produção
Mais Limpa (UNEP/
UNIDO)
FIERGS - SENAI/RS
(Centro Nacional de
Tecnologias Limpas)
MMA, MDIC, MCT Desenvolvimento e
Aplicação de Tecno-
logias Limpas
Programa Interna-
cional de Segurança
Química (IPCS)
MRE, MS Membros da CO-
NASQ
Organização Mundial
da Saúde (OMS) e
Organização Pan-
Americana de Saúde
(OPAS)
MRE, MS MRE, MMA, ANVISA,
FUNASA
Organização das
Nações Unidas para
Agricultura e Alimen-
tação (FAO)
MRE, MAPA MMA, IBAMA, AN-
VISA
Manejo integrado de
pragas e vetores
Organização das
Nações Unidas para
o Desenvolvimento
Industrial (UNIDO)
MRE, MDIC
Organização Inter-
nacional do Trabalho
(OIT)
MRE, MTE Implementação das
Convenções OIT
Mercosul – Subgrupo
de trabalho 6 – Meio
Ambiente
MMA MRE Programas de
Gestão Ambiental
de Substâncias e
Produtos Químicos
e de Emergências
Ambientais
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 222 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 223
Tabela 9.1 Participação em Organismos, Programas e Instituições Internacionais (cont.)
Atividade / Institui-
ção/ Organismo
Internacional
Ponto Focal Nacional
(Ministério / Agência)
Outros Ministérios /
Agências Envolvidos
Atividades Nacionais
Relacionadas
Agenda 21 Nacional MMA Presidência da Re-
pública, MRE, MPO,
MCT, MS, IBAMA,
ANVISA, Governos
estaduais e munici-
pais
Agenda 21 Nacional
Sistema Globalmente
Harmonizado de Clas-
sificação e Rotulagem
de Substâncias Quími-
cas -GHS
MTE MDIC, MS, MI, MMA,
MT, ANTT, ANTAQ,
MD (Marinha e Aero-
náutica)
Incorporação na
regulamentação bra-
sileira das decisões
tomadas no âmbito
do GHS
Recomendações da
ONU para o Trans-
porte de Produtos
Perigosos
MT, ANTT, ANTAQ MD (Marinha e Aero-
náutica)
Atualização da
regulamentação do
transporte de produ-
tos perigosos
Recomendações da
ONU para o Trans-
porte de Produtos
Perigosos
MT, ANTT, ANTAQ MD (Marinha e Aero-
náutica)
Atualização da
regulamentação do
transporte de produ-
tos perigosos
*(V. composição no Capítulo 5)
Quadro 9.1 AGENDA 21 e Segurança Química
Áreas Temáticas do Capítulo 19 da AGENDA 21Manejo Ecologicamente Saudável das Substâncias Químicas Tóxicas, incluída a Prevenção do Tráfico Internacional Ilegal dos Produtos Tóxicos e PerigososÁrea A - Ampliação e Aceleração da Avaliação Internacional dos Riscos QuímicosÁrea B - Harmonização da Classificação e Rotulagem de Substâncias QuímicasÁrea C - Intercâmbio de informações sobre Substâncias Químicas Tóxicas e Ris-cos QuímicosÁrea D - Implementação de Programas de Redução de RiscosÁrea E - Fortalecimento da Capacidade Institucional e Funcional, no nível nacio-nal, para a Gestão de Substâncias QuímicasÁrea F - Prevenção do Tráfico Ilegal Internacional de Produtos Tóxicos e Perigosos
Áreas Temáticas do Capítulo 20 da AGENDA 21Manejo Ambientalmente Saudável dos Resíduos Perigosos, incluindo a Preven-ção do Tráfico Internacional Ilícito de Resíduos Perigosos.
Na Tabela de um manejo integrado do ciclo de vida, o objetivo geral é impe-dir, tanto quanto possível, e reduzir ao mínimo a produção de resíduos perigosos e submeter esses resíduos a um manejo que impeça que sejam provocados da-nos ao meio ambiente.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 224 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 225
Área A - Promoção da prevenção e redução ao mínimo dos resíduos perigososÁrea B - Promoção e fortalecimento da capacidade institucional do manejo de resíduosÁrea C - Promoção e fortalecimento da cooperação internacional para o manejo dos movimentos transfronteiriços de resíduos perigososÁrea D - Prevenção do tráfico internacional de resíduos perigosos
Quadro 9.2 Fórum Intergovernamental de Segurança Química
Fórum Intergovernamental de Segurança Química – FISQA Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento – CNU-
MAD – enfatizou a necessidade de ampliar a colaboração com governos, indústrias,
sindicatos, consumidores, corporações profissionais e organizações internacionais como
OIT, OMS e PNUMA, tendo como ponto alto o fortalecimento do Programa Internacional
de Segurança Química – IPCS – na questão do controle dos danos provocados por estes
produtos, sugerindo aliás a criação de um fórum sobre segurança química.
O Fórum Intergovernamental de Segurança Química – FISQ – foi criado pela Con-
ferência Internacional de Segurança Química, realizada em Estocolmo, Suécia, em 1994,
quando ocorreu sua primeira reunião, também chamada de Fórum I. A segunda reunião
(Fórum II) foi realizada em Ottawa, Canadá, em 1997, e a terceira reunião (Fórum III), em
Salvador, Brasil, em 2000. O Fórum III aprovou as prioridades para depois de 2000 e a De-
claração da Bahia sobre Segurança Química. O Fórum IV será realizado no período de 1 a
7 de novembro de 2003 em Bancoc, Tailândia.
O Fórum apresenta-se como um mecanismo de cooperação entre governos, insti-
tuições intergovernamentais e organismos não-governamentais, com os propósitos de
promover a avaliação dos riscos à saúde humana e ao meio ambiente, decorrentes do uso
de substâncias químicas, e de incentivar a gestão ambientalmente segura dessa atividade.
O Fórum, atuando na área precípua de segurança química, tem por finalidades: orientar a
formulação e a implementação de políticas específicas; estimular a cooperação regional
e sub-regional, visando o estabelecimento de estratégias coordenadas e integradas; esti-
mular a aceitação dos temas; e promover a melhor compreensão dos problemas atraindo
o apoio político necessário para as ações.
Dentre as suas funções básicas, destacam-se: indicar prioridades para as ações de
cooperação na área de segurança química; propor estratégias internacionais para a iden-
tificação e avaliação de riscos; apoiar os esquemas de colaboração de entidades nacio-
nais, regionais e internacionais com atuação na área de segurança química; promover o
fortalecimento dos mecanismos nacionais de coordenação, e a capacitação institucional e
profissional para a gestão das substâncias químicas. Para mais informações:
http://www.who.int/ifcs
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 224 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 225
Quadro 9.3 Sistema Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos
Sistema Global HarmonizadoDe Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos – GHS O mandato internacional para a elaboração do Sistema Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) foi estabelecido no pará-grafo 19.27 do Capítulo 19 da Agenda 21:
“Um sistema global harmonizado para classificação e rotulagem, incluindo fichas de informações de segurança de produtos químicos e símbolos facilmente compreensíveis deveriam estar disponíveis, se possível, até o ano 2000”.
O trabalho foi coordenado pelo Programa Internacional para a Gestão Segura de Produtos Químicos e implementado por três pontos focais: Organização In-ternacional do Trabalho – OIT; Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE; e o Subcomitê de Especialistas no Transporte de Produtos Perigosos do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas. Após mais de uma década de trabalho o documento GHS foi adotado na 4ª sessão, em de-zembro de 2002, pelo Subcomitê de Especialistas em Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos do Conselho sobre o Desenvolvimento Sustentável – Jo-hannesburg 2002: “os países são encorajados a implementar o GHS o mais breve possível, a fim de que esteja totalmente operacional até 2008”.
Países, organismos internacionais, fabricantes e usuários de produtos quími-cos se beneficiarão com a implementação deste Sistema Global Harmonizado, pelo aumento da proteção para os seres humanos e ao meio ambiente; facilidade para o comércio internacional de produtos químicos e redução da necessidade de testes e avaliação, dentre outros aspectos.
Para mais informações: Subcomitê de Especialistas e documentos das sessões: www.unece.org/trans/
danger/danger.htmTexto do documento: www.unece.org/trans/publi/ghs/officialtext.htmlImplementação no Brasil: www.desenvolvimento.gov.br/comext/ghs/ghs.htm
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 226 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 227
Tabela 9.2 Participação em Atos Internacionais
1. Convenção de Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços
de Resíduos Perigosos e sua Eliminação
Ponto Focal:
Divisão de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Ministério das Relações Exte-
riores (MRE).
Autoridade Competente:
Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do Ministério do Meio Am-
biente (SQA/MMA) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério da Saúde (MS),
Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Aplicação da Convenção, por meio de legislação e fiscalização; Decreto Legislativo de dezem-
bro de 2001 ratificou os Anexos da Convenção; Resolução CONAMA no 37, de 30/12/1994, que
definiu procedimentos de importação e exportação de resíduos; Resolução CONAMA no 257,
de 30/06/1999, que estabeleceu procedimentos sobre pilhas e baterias; estão sendo realizados
Inventários de Resíduos Industriais pelos órgãos estaduais de meio ambiente; a Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP – está promovendo discussão sobre proposta de
Plano de Gestão de Resíduos Industriais; Grupo de Trabalho para Assuntos Internacionais em
Saúde e Ambiente (AISA), do Ministério da Saúde, também discute a internalização dessa Con-
venção no âmbito da Saúde.
2. Convenção de Roterdã
Autoridades Nacionais Designadas:
Divisão de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Ministério das Relações Exte-
riores (MRE); Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do Ministério do
Meio Ambiente (SQA/MMA);
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Ministério do Desenvolvimento, In-
dústria e Comércio Exterior (MDIC); Ministério da Saúde (MS); Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE); Ministério da Fazenda (MF); Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Encaminhamento do processo de ratificação da Convenção; implementação da Convenção no
país, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 226 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 227
Quadro 9.4 Convenção de Basiléia
Convenção de Basiléia sobre o Controle de MovimentosTransfronteiriços de Resíduos Perigosos e sua Eliminação Basiléia, Suíça, 22/03/1989Vigência Geral: 05/05/1992Vigência no Brasil: 30/12/1992 – Decreto Legislativo no 34 de 16/06/1992, publi-cado em 17/06/1992A Convenção da Basiléia tem por objetivos (i) estabelecer obrigações visando reduzir os movimentos transfronteriços de resíduos perigosos ao mínimo e com manejo eficiente e ambientalmente seguro, (ii) minimizar a quantidade e toxicida-de dos resíduos gerados e seu tratamento (depósito e recuperação) ambiental-mente seguro e próximo da fonte geradora e (iii) assistir os países em desenvol-vimento na implementação destas provisões.
O tema desta Convenção está associado aos capítulos 19, 20 e 37 da Agenda 21. Antes mesmo de haver assinado e ratificado a Convenção, o Governo Brasi-leiro já havia editado medidas reguladoras em meados da década de 80, com o objetivo de impedir a entrada de resíduos no país para qualquer finalidade, mesmo para a reciclagem de componentes ou reaproveitamento de materiais. A questão de resíduos perigosos permeia as áreas ambientais, econômicas, co-merciais, sociais, de saúde e trabalho (saúde ocupacional). Deste modo, faz-se necessário que esses setores estejam envolvidos e discutam, para que se chegue a um denominador comum para resolução dos problemas e demandas referentes a resíduos perigosos, bem como para o cumprimento de obrigações do Brasil em face da Convenção.
O IBAMA é o órgão anuente das operações comerciais de controle da im-portação e exportação de resíduos, dentro do Sistema Integrado de Comércio Exterior – SISCOMEX.
As ações para a implementação da Convenção se vêm processando, não somente por intermédio do estabelecimento de marcos regulatórios, como tam-bém de atividade de acompanhamento e avaliação da eficácia dessas normas, como, por exemplo, da Resolução CONAMA no 37, de 30/12/1994, que definiu procedimentos de importação e exportação de resíduos, e da Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA n° 257/1999 sobre o geren-ciamento ambiental adequado de pilhas e baterias, cuja avaliação do plano de coleta apresentou uma eficiência de 98% no setor de baterias automotivas, no período 2000/2001.
Outra ação importante em execução objetiva, a viabilização do Inventário Na-cional de Resíduos Industriais, tendo o MMA disponibilizado recursos por inter-médio do Fundo Nacional de Meio Ambiente – FNMA, para os Órgãos Estaduais de Meio Ambiente realizarem os inventários estaduais, adotando metodologia padronizada.
Cabe ainda ressaltar que o Brasil possui uma rede de disseminação de infor-mações sobre resíduos, operacionalizada pelo IBAMA – REBRAMAR (v. Capítulo 5), a qual parte de uma outra rede de contexto mais amplo para a América Latina – REPRAMAR. Encontra-se no Congresso Nacional um Projeto de Lei sobre a Política Nacional de Resíduos.
Para mais informações: http://www.basel.int
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 228 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 229
Tabela 9.2 Participação em Atos Internacionais (cont.)
3. Convenção de Estocolmo
Ponto Focal:
Divisão de Política Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Ministério das Relações Exte-
riores (MRE);
Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos do Ministério do Meio Am-
biente (SQA/MMA).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Ministério da Saúde (MS); Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA); Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ); Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), Ministé-
rio dos Transportes (MT).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Encaminhamento do processo de ratificação da Convenção; elaboração da etapa inicial do
Plano Nacional de Implementação da Convenção; levantamento de informações e elaboração
de diagnóstico da situação nacional relacionada aos poluentes orgânicos persistentes; aplicação
da legislação já existente cobrindo alguns poluentes orgânicos persistentes.
4. Convenção para a Proibição de Armas Químicas (CPAQ)
Ponto Focal:
Departamento de Assuntos Nucleares e Bens Sensíveis do Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério da Defesa (MD); Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(MDIC); Ministério da Fazenda (MF); Ministério das Relações Exteriores (MRE); Ministério da
Justiça (MJ).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Aplicação da Convenção por meio da Comissão Interministerial para Aplicação da CPAQ.
Quadro 9.5 Convenção de Estocolmo
Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes - POPEstocolmo, Suécia, maio de 2001
A Convenção de Estocolmo foi originada na Resolução n° 19/13C do Conselho de Administração do PNUMA, de 1997, onde é sugerida a criação de Comitê Intergovernamental Negociador (CIN) para elaborar o texto de um instrumento legal mandatário para reduzir e eliminar emissões de poluentes orgânicos per-sistentes – POP. Esta Convenção foi elaborada ao longo de três anos de nego-ciação e concluída em dezembro de 2000. Em reunião diplomática realizada em maio de 2001, 92 países aderiram à Convenção, dentre eles o Brasil. Os principais procedimentos referentes à implementação da Convenção de Estocolmo envol-
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 228 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 229
vem desde ações relacionadas à redução de riscos de substâncias POP, como, ao mesmo tempo, a promoção da eliminação ou minimização do uso.
Os poluentes orgânicos persistentes são produtos organoclorados que foram intensamente produzidos a partir da década dos 40, sendo considerados os pro-dutos sintetizados pelo homem que maior impacto causam no meio ambiente, devido basicamente a sua alta persistência no ambiente, resistência à degrada-ção, capacidade de transporte a longas distâncias, pela atmosfera e correntes marinhas, e potencial de bioacumulação e biomagnificação. Os organoclorados possuem elevadas solubilidades em lipídios e esta característica determina sua capacidade de biomagnificação, atingindo o topo da cadeia alimentar, o homem. Foram identificados inicialmente 12 poluentes orgânicos persistentes – aldrin, dialdrin, diclorodifeniltricloroetano (DDT), endrin, mirex, toxafeno, heptacloro e clordano, dois produtos industriais, hexaclorobenzeno (HCB) e policlorobifenilos (PCB), e duas outras classes de substâncias, geradas pela combustão de matéria orgânica, dioxinas e furanos – sobre os quais a comunidade internacional adotará ações para a eliminação, ou imposição de restrições de uso, nos casos em que a eliminação não seja factível a curto prazo.
A Convenção tramita no Congresso Nacional para ratificação. Para mais informações: http://www.pops.int/
Quadro 9.6 Convenção de Roterdã
Convenção de Roterdã sobreProcedimento Prévio de Informação de Conformidade - PICRoterdã, Holanda, setembro de 1999
A Convenção de Roterdã (PIC), originada do Código de Conduta da FAO, de 1985, relacionado à distribuição e uso de agrotóxicos, e das Diretrizes de Lon-dres, de 1987, sobre o Intercâmbio de Informações no Comércio Internacional de Substâncias Químicas, visa estabelecer mecanismos de controle de movimentos transfronteiriços de produtos químicos perigosos, baseado no princípio do con-sentimento prévio do país importador e na responsabilidade compartilhada no comércio internacional desses produtos. O Brasil assinou a Convenção em 11 de novembro de 1998 e vem, desde então, realizando várias atividades visando sua implementação.
A Convenção tem por objetivo assegurar a proteção da população e do meio ambiente de possíveis perigos resultantes do comércio internacional de substân-cias químicas selecionadas, por meio do acesso dos países a informações deta-lhadas sobre agrotóxicos e outras substâncias perigosas da lista PIC. Atualmente fazem parte dessa lista 31 substâncias, sendo 7 de uso industrial e 24 de uso agrícola. As informações sobre as substâncias da lista PIC se encontram individu-almente reunidas no documento intitulado Documento Orientador de Decisão, atualizado semestralmente pelo Secretariado da Convenção.
Também faz parte das estratégias de implementação a participação em en-contros internacionais oficiais relacionados à negociação da Convenção de Ro-terdã, como o Comitê Intergovernamental de Negociação (CIN), que já realizou 7 sessões, e o Comitê Interino de Revisão Química (CIRQ), que já realizou 2 ses-sões. Nesses foros são discutidas, e definidas, as principais questões operacio-
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 230 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 231
nais e políticas relacionadas à Convenção, sendo as decisões ou recomendações comunicadas aos países signatários.
Após sua ratificação, o processo de implementação da Convenção prevê a necessidade de capacitação e instrumentalização do IBAMA para operar o pro-cedimento PIC, apoiado por ministérios afins.
Para mais informações: http://www.pic.int/
Tabela 9.2 Participação em Atos Internacionais (cont.)
5. Convenção OIT 170 sobre Segurança no Uso de Substâncias Químicas no Trabalho
Ponto Focal:
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Implementação da Convenção por meio de regulamentação específica.
6. Convenção OIT 174 para a Prevenção de Acidentes Industriais Maiores
Ponto Focal:
Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e
Medicina do Trabalho –(FUNDACENTRO).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério da Saúde (MS); Secretaria da Defesa Civil do Ministério da Integração Regional (MI);
Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Regulamentação da questão.
7. Convenção Internacional para Prevenção da Poluição Marinha – MARPOL
Ponto Focal:
Comissão Coordenadora de Assuntos da IMO – Marinha (Ministério da Defesa – MD).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério de Relações Exteriores (MRE), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (IBAMA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Ministério
do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (ANTAQ), Agência
Nacional do Petróleo (ANP).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Aplicação da Marpol por meio de legislação específica e ações de gerenciamento e capacitação
portuária.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 230 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 231
Tabela 9.2 Participação em Atos Internacionais (cont.)
8. Protocolo de Kyoto – Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima
Ponto Focal:
Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério dos Transportes (MT), Minis-
tério das Minas e Energia (MME), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Foi instituída Comissão Interministerial de Mudanças Climáticas, em que estão sendo definidas
estratégias e ações para a aplicação dos mecanismos e procedimentos definidos pelo Protocolo
de Qyoto. Estão sendo desenvolvidos projetos visando a aplicação do mecanismo de desenvol-
vimento limpo e está sendo estabelecido o Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
9. Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio e Protocolo de Montreal
Ponto Focal:
Ministério das Relações Exteriores (MRE); Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ministério das Relações
Exteriores (MRE), Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério da Fazenda (MF), Ministé-
rio da Saúde (MS) e o Ministério da Agricultura e do Abastecimento (MAPA).
Atividades Nacionais Relacionadas:
O Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e do Consumo das Substâncias que Des-
troem a Camada de Ozônio (PBCO), iniciado em 1994, tem resultado na adoção de medidas
reguladoras, que definem prazo para a eliminação da produção e consumo de Substâncias
Destruidoras de Ozônio (SDO), e na implementação de projetos de conversão industrial, ini-
cialmente direcionados a grandes e médias empresas, na maioria do setor de refrigeração. A
próxima etapa do Programa está direcionada à conversão industrial e à capacitação de micro e
pequenas empresas. Em relação a fontes móveis, o Programa de Controle de Poluição do Ar por
Veículos Automotores – PROCONVE –, criado em 1986, determina limites máximos de emissão
de poluentes por tipo de veículo, e já resultou em redução de até 98% dos índices de emissão
de monóxido de carbono (CO), hidrocarbonetos (HC) óxidos de nitrogênio (NOx), e de aldeídos
(CHO) por veículos leves. Em 2002, novas metas para o PROCONVE foram estabelecidas visan-
do dar continuidade às reduções de emissões do setor automotivo mediante novos investimen-
tos tecnológicos e combustíveis mais limpos.
10. Convenção Internacional sobre Controle de Sistemas Antiincrustantes Nocivos em Navios
Ponto Focal:
Comissão Coordenadora de Assuntos da IMO – Marinha (Ministério da Defesa – MD).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos:
Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Bra-
sileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (ANTAQ).
Atividades Nacionais Relacionadas:
Adesão à Convenção e preparação para sua internalização.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 232 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 233
Quadro 9.7 Convenção de Viena e Protocolo de Montreal
Convenção de Viena e Protocolo de Montreal sobre a Proteção da Camada de OzônioA Organização das Nações Unidas – ONU adotou a Convenção de Viena para a Proteção da Camada de Ozônio março de 1985. Na seqüência, estabeleceu-se um programa de ação internacional, denominado Protocolo de Montreal Sobre Substâncias que Destroem a Camada de Ozônio (Montreal, 14 a 16 de setembro de 1987). Por este Protocolo, as nações signatárias comprometeram-se a instituir medidas para eliminar a produção e o consumo das substâncias que destroem a camada de ozônio – SDO – discriminadas neste instrumento.
No Brasil, a disposição efetiva de inverter o problema teve início no ano de 1988, quando foi proibido o uso de clorofluorcarbonos – CFC, como agente propelente em aerossóis, excetuados os de uso na indústria farmacêutica. Fato ocorrido antes mesmo que o país se tornasse parte da Convenção de Viena e do Protocolo de Mon-treal, o que se deu em 1990 (Decreto no 99.280). O Brasil foi produtor e exportador das SDO até 1999 e atualmente é importador dessas substâncias. O consumo em 1996 foi de 10.682 toneladas em termos de Potencial de Destruição da Camada de Ozônio – PDO. Esse total representa um consumo per capita aproximado de 70 g/ano, considerando uma população de 155 milhões de habitantes. Com um consumo per capita menor que 300 g/ano, o Brasil é classificado como um país em desenvol-vimento e se programou para eliminar o seu consumo até 2007, portanto, chegando ao prazo estabelecido pelo Protocolo – 2010 – com consumo zero das SDO.
Para mais informações:Trabalhos desenvolvidos no Brasil: www.mma.gov.br (Qualidade Ambiental
nos Assentamentos Humanos – Camada de Ozônio)Relatórios das Reuniões: www.unep.org/ozone
Tabela 9.2 Participação em Atos Internacionais (cont.)
11. Convenção Internacional Relativa à Intervenção em Alto Mar nos Casos de Acidentes com Poluição do Mar por Óleo (1969) e Protocolo Relativo à Intervenção em Alto Mar nos Casos de Poluição por Outras Substâncias Além de Óleo (1973)
Ponto Focal: Comissão Coordenadora de Assuntos da IMO – Marinha (Ministério da Defesa – MD).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos: MRE, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (AN-TAQ), Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Atividades Nacionais Relacionadas:Encaminhamento de processo de adesão do Brasil à Convenção.
12. Convenção Internacional sobre Preparo, Resposta e Cooperação em Caso de Poluição por Óleo (1990) e Protocolo sobre Substâncias Nocivas e Perigosas (2000)
Ponto Focal: Comissão Coordenadora de Assuntos da IMO – Marinha (Ministério da Defesa – MD).
Outros Ministérios e Agências Envolvidos: MRE, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional dos Transportes Aquaviários (AN-TAQ), Agência Nacional do Petróleo (ANP), IBAMA.
Atividades Nacionais Relacionadas:Internalização da Convenção e Protocolo por meio de legislação federal específica.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 232 Capítulo 9 • O Brasil no Contexto Internacional de Segurança Química 233
Tabela 9.3 Participação como Receptor em Projeto Relevante de Assistência Técnica
Nome do Projeto:
Programa Brasileiro de Eliminação da Produção e do Consumo de Substâncias que destroem a
Camada de Ozônio (PBCO).
Agência Doadora Envolvida:
Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal.
Ponto Focal:
Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Objetivos e Atividades do Projeto:
Implementação de projetos de conversão industrial – Eliminação de 5.800 t./ano de potencial de
Destruição da Camada de Ozônio (PDO); Treinamento.
Duração do Projeto:
De 1993 até atualmente.
Experiência Relevante Adquirida:
Até dezembro de 2002, 196 projetos brasileiros foram aprovados pelo Comitê Executivo do
Fundo do Protocolo de Montreal, totalizando investimentos da ordem de US$ 53,5 milhões de
dólares americanos para 218 empresas brasileiras. Considerando uma média de tempo de três
anos necessários para a conclusão de projetos de investimento. Até a data supracitada, houve
um total de 65 projetos formalmente concluídos, totalizando um quantitativo de 6.500 toneladas
de SDO já eliminadas do consumo nacional.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 234
Tabela 9.3 Participação como Receptor em Projeto Relevante de Assistência Técnica (cont.)
Nome do Projeto: Estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde ( VIGISUS).
Agência Doadora Envolvida: Banco Mundial (50% dos recursos).
Ponto Focal: Fundação Nacional de Saúde (FUNASA).
Objetivos e Atividades do Projeto: Projeto criado como estratégia para fomentar a estrutura e implementação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde de forma descentralizada, visando capacitar e operacionalizar as estrutu-ras responsáveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo uma comunicação permanente com a comunidade e profissionais de saúde e subsidiando os processos de tomada de decisão de gestores. Objetivos específicos, no que se refere à vigilância ambiental em saúde: a) apoiar ações voltadas ao desenvolvimento da Política Nacional de Saúde Ambiental para o SUS; b) fortalecer os subsistemas nacionais de vigilância ambiental em saúde relacionados à qualidade da água, à quali-dade do ar; aos acidentes com produtos perigosos e às áreas com solos contaminados; c) estruturar os subsistemas nacionais relacionados às substâncias químicas, aos fatores biológicos, aos desastres naturais e aos fatores físicos (radiações); d) estruturar a Rede Nacional de Laboratórios de Vigilância Ambiental; e) aumentar a capacidade do Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde, na área de desenvolvimento científico e tecnológico para aperfeiçoamento das atividades finais.
Duração do Projeto: 1ª Fase (de 1999 a 2003), 2ª Fase (de 2004 a 2006), 3ª Fase (2007).Experiência Relevante Adquirida: O aporte de recursos do Projeto está contribuindo para a es-truturação dos sistemas de vigilância ambiental em saúde nos estados e municípios. Na 1ª fase do Projeto Vigisus, foram aprovadas 60.
Nome do Projeto: Defesa da Saúde, Segurança e do Meio Ambiente no Local de Trabalho.Agência Doadora Envolvida: tem como parceiras centrais sindicais e organizações não-governa-mentais européias e o apoio financeiro da União Européia.Ponto Focal: Instituto Nacional de Saúde no Trabalho, Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Objetivos e Atividades do Projeto: a) melhorias nas condições de trabalho e fortalecimento das organizações nos locais de traba-lho; b) formação em saúde, segurança no trabalho e meio ambiente; c) divulgação de manuais e publicações específicas sobre problemas e condições de trabalho nos diversos ramos de produção; d) Rede Norte-Sul de Cooperação Internacional em Saúde, Trabalho e Meio Ambien-te; e) campanhas nacionais em defesa da melhoria dos ambientes de trabalho (banimento do amianto, Direito de Recusa ao Trabalho em condições de risco grave à saúde).
Duração do Projeto: 1998 – 2002.
Experiência Relevante Adquirida: N° de cursos realizados: 82, n° de participantes: 1.947; n.° de Seminários realizados: 49, n.° de participantes 1.720; n° de publicações: 23; Sistema Integrado de Informação e Comunicação sobre Saúde e Segurança no Trabalho e Meio Ambiente.
C A P Í T U L O10
10.1 Informações aos Trabalhadores
A Organização Internacional do Trabalho – OIT reconhece, em textos de convenções inter-nacionais, que os trabalhadores não apenas têm necessidade, mas o direito de ser infor-mados, de receber formação, de ser consultados e de participar na preparação e na apli-cação de medidas de segurança e saúde relativas aos perigos e aos riscos a que estão expostos.
A Convenção 170 da OIT, ratificada pelo Brasil por meio do Decreto no 2.657, de 3 de julho de 1998, estabelece procedimentos de segurança na utilização de produtos quími-cos, definindo as informações que devem constar nos rótulos e a obrigatoriedade do for-necimento pelos fabricantes da chamada ficha de segurança, com dados detalhados das características das substâncias e recomendações em situações de emergência.
Um dos principais fatores de risco na utilização das substâncias químicas é a rotulagem inadequada desses produtos, que pode colocar em perigo a saúde e a segurança de trabalhadores e usuários. A importância dos rótulos e das fichas de segurança, contendo as informações necessárias, está relacionada não apenas à prevenção, mas também ao atendimento médico adequado em caso de acidentes. A veiculação de informações é fundamental para a saúde do trabalhador, para o gerenciamento ambiental e para o aten-dimento à emergência. A rapidez na identificação da causa de um acidente pode evitar até a morte do acidentado.
Uma das principais ações relacionadas à segurança química foi a elaboração, pela As-sociação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, em 2001, da Norma 14.725 que detalha o conteúdo da Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico – FISPQ. Esta ficha contém informações sobre vários aspectos de substâncias ou preparados quanto à segu-rança e à saúde das pessoas e ao meio ambiente e fornece informações básicas sobre os produtos químicos, recomendações sobre medidas de proteção e ações em situação de emergência.
Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 236 Capítulo 10 • Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público 237
Algumas das principais instituições que têm gerado trabalhos com a finalidade de identificar riscos, ou conscientizar os trabalhadores sobre os riscos decorrentes das subs-tâncias químicas, são: • FUNDACENTRO, do Ministério do Trabalho e Emprego; • Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo; • Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana, da FIOCRUZ; • Núcleo de Saúde Coletiva do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (CPqAM),
FIOCRUZ; • Coordenação de Saúde do Trabalhador, do Ministério da Saúde; • Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em Saúde, do Centro Nacional de Epide-
miologia, da FUNASA; • Instituto Nacional de Saúde do Trabalhador, Central Única dos Trabalhadores – CUT; e • Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS.
Foram identificados os seguintes programas da FUNDACENTRO que enfocam a rela-ção entre substância química e ambiente de trabalho: • Programa Nacional de Educação em Segurança e Saúde do Trabalhador (PROEDUC),
que desenvolve ações educativas, estimula a produção literária, promove a sociali-zação dos conhecimentos e experiências em segurança e saúde do trabalhador. São contempladas áreas como ergonomia, proteção respiratória, grandes acidentes indus-triais, educação transformadora e agrotóxicos; e
• Programa de Agricultura, que aborda questões relacionadas à saúde ocupacional na agricultura, sendo que as principais ações desenvolvidas na área rural estão voltadas para a prevenção dos riscos representados pelo uso de agrotóxicos e pelas máquinas e pelos equipamentos agrícolas e florestais. Este programa é a base para a publicação de artigos e trabalhos técnicos sobre agrotóxicos, medidas de proteção individual, segurança na exploração florestal, condições de trabalho e riscos na cultura da cana-de-açúcar, panorama de acidentes de trabalho rurais no Brasil, entre outros.
Podem também ser citadas outras iniciativas que visam a estudar a questão das subs-tâncias químicas no ambiente de trabalho, como o projeto de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno, do Núcleo de Saúde Coletiva do CPqAM/FIOCRUZ, e o Curso de Capacitação Profissional em Agricultura Sustentável, da Fundação Gaia.
No contexto empresarial brasileiro, as organizações estão subordinadas a algumas ações de intervenção governamental, como, por exemplo, a definição e a aplicação de padrões ambientais e de multas. O maior avanço para a cobrança das responsabilidades das empresas junto à sociedade pelos danos causados foi a Lei de Crimes Ambientais (1998), na qual estão previstas altas multas, possibilidade de interdição da fábrica e pro-cessos judiciais contra dirigentes.
A principal iniciativa voluntária, no âmbito da indústria química, é o Programa Atuação Responsável (ver Capítulo 6), que inclui princípios diretivos, códigos de práticas gerenciais, avaliação de progresso e desempenho e sua divulgação, assim como a formação de con-selhos comunitários consultivos, destinados a acompanhar as atividades de progresso da gestão ambiental das empresas na comunidade. A ABIQUIM cita que a interação entre a indústria e seu público reflete o grau de engajamento social da empresa e pode ser vista como indicativo do interesse em manter transparente a sua atuação, no que se refere à saúde, à segurança e ao meio ambiente.
A adoção da ISO 14001 é outra ação voluntária, relacionada à implementação de Sis-tema de Gestão Ambiental – SGA, o qual constitui programa que mede o desempenho ambiental da organização e visa reduzir custos, diminuir o impacto ambiental associado às atividades da empresa, reduzir as possibilidades de acidentes e melhorar a comunicação com as partes interessadas.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 236 Capítulo 10 • Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público 237
Para os trabalhadores, os princípios para a gestão das substâncias químicas são aqueles apresentados pela Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres – CIOSL à Comissão de Desenvolvimento Sustentável – CDS das Nações Unidas. De forma sumária, eles são: o direito de saber; a proteção da criança e do meio ambiente; a prevenção da poluição; a classificação adequada das substâncias químicas; o uso de melhores práticas; e a participação de todos (FREITAS, 2001).
10.2 Informações ao Público
Segundo MINAYO (2002), a visão e a conceituação de desenvolvimento sustentável têm evoluído, mas pouco se avançou em ações que o tornem possível ou desejável para gran-de número de pessoas. Continuam a ser subestimados os impactos das ocupações huma-nas e a correlação entre o uso indevido dos recursos naturais e os modelos produtivos e políticos desenvolvidos.
O Ministério do Meio Ambiente – MMA realizou, juntamente com o Instituto de Estu-dos da Religião – ISER, em 2001, pesquisa sobre o que o brasileiro pensa do meio ambien-te sustentável (CRESPO, 2002). O ISER já havia realizado pesquisa semelhante nos anos de 1992 e 1997. No ano de 2001, os principais problemas ambientais globais citados foram o desmatamento e a poluição das águas e do ar. Em nível local (bairros), os principais pro-blemas citados referiam-se à questão do saneamento ambiental: coleta de lixo, limpeza das ruas e saneamento básico. A despeito desse resultado, a pesquisa concluiu que, para o brasileiro, meio ambiente ainda continua sendo sinônimo de fauna e flora.
A pesquisa incluiu uma pergunta sobre o que o brasileiro mais está disposto a fazer pelo meio ambiente. Tanto na pesquisa de 1997 quanto na de 2001, os itens citados foram: separação de recicláveis, eliminação de desperdícios de água e de energia (luz e gás). Em 2001, apesar de não existir campanha pública dirigida para alertar sobre matérias perigo-sas, 59% dos entrevistados citaram a preocupação com o lixo tóxico.
Este resultado mostra mudança no grau de conscientização do público em geral, ape-sar de a legislação brasileira ser vaga ao se referir ao direito de saber da população e não determinar a obrigatoriedade legal de o poder público e as empresas privadas informa-rem à população sobre, por exemplo, emissões de poluentes, existência de áreas conta-minadas ou potenciais perigos das atividades industriais.
Alguns jornalistas e algumas organizações ambientalistas não-governamentais têm assumido a missão de divulgar informações sobre os perigos das substâncias químicas, utilizando a imprensa escrita (jornais e revistas) e eletrônica. Destaca-se, nesse âmbito, a Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental – RBJA, que começou a funcionar em dezembro de 1998, na Internet, por iniciativa de duas ONGs gaúchas – a Pangea e o Núcleo de Eco-jornalistas do Rio Grande do Sul – e conta atualmente com mais de 180 jornalistas cadas-trados. A Rede está promovendo a integração de comunicadores de todas as regiões do país, possibilitando o intercâmbio de pautas, fontes, informações e experiências.
Alguns jornais e revistas, como os apresentados nas Tabelas 11.1 e 11.2, propõem-se discutir temas ambientais diversos, saúde pública, gestão ambiental e resgate da cidada-nia, abordando questões como a utilização racional dos recursos naturais, desmatamento, conservação, educação e conscientização, certificação ambiental, reciclagem, energia, água, saneamento, tecnologias limpas, etc. Mas, de modo geral, as informações sobre riscos à saúde, segurança e meio ambiente, assim como medidas de proteção para expo-sição crônica ou aguda, ainda merecem maior divulgação.
Iniciativas de certificação de produtos industriais e de valorização de produtos naturais têm-se ampliado e alcançado número cada vez maior de consumidores. O selo verde, conceito que reforça essa tendência ao embutir a consciência do uso racional dos recursos
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 238 Capítulo 10 • Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público 239
naturais, é resultado de trabalho desenvolvido no âmbito da implementação da série ISO 14000 pelo subcomitê que trata do processo de rotulagem ambiental.
As ações que procuram defender o direito dos consumidores fortaleceram-se muito no país, principalmente nos últimos 10 anos. O Fórum Nacional das Entidades Civis de Defesa do Consumidor – FNECDC, que promove a articulação das entidades civis do setor, e é atualmente presidido pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – IDEC, lançou, em 2002, a Plataforma dos Consumidores, em que proclama, entre outras coisas, o direito a alimentos seguros, citando a necessidade de que seja implementado o controle de subs-tâncias químicas utilizadas na produção ou na industrialização de alimentos. Também aler-ta para a necessidade de se implementar rigoroso controle na importação de alimentos, assegurando que não sejam oferecidos ao consumidor alimentos contendo substâncias proibidas ou que ofereçam menor segurança para os consumidores brasileiros.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA instituiu, em 2001, em cooperação com Vigilâncias Sanitárias de diversos estados, o Programa Nacional de Análise de Resí-duos de Agrotóxicos em Alimentos – PARA, que iniciou o monitoramento sistemático de resíduos de agrotóxicos em alimentos. Atualmente, o programa tem, na sua Coordenação Técnica, o Instituto de Controle da Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz – INCQS/FIOCRUZ e, na Coordenação de Amostragem, a Vigilância Sanitária do Paraná. No primeiro ano de atuação do programa, foram coletadas 1.295 amostras em supermercados de Belo Horizonte, Curitiba, São Paulo e Recife, devendo, na próxima etapa, ser incorpora-dos os estados de Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio Grande do Sul e Rio de Ja-neiro. Os relatórios das investigações são publicados e suas informações disponibilizadas para o público; o programa constitui, assim, etapa importante no processo de prevenção e controle dos riscos à saúde provocados pelo consumo de alimentos contaminados.
Mesmo sem a ênfase necessária, existem vários programas e projetos que envolvem a comunidade e tratam do perigo e do risco das substâncias químicas. Alguns programas e projetos descritos a seguir demonstram, em parte, as iniciativas que mais se aproximam desta questão: • Gerenciamento do lixo Compromisso Empresarial para Reciclagem – CEMPRE O Compromisso Empresarial para Reciclagem – CEMPRE é associação sem fins lu-
crativos dedicada à promoção da reciclagem de resíduos sólidos dentro de visão de gerenciamento integrado destes materiais.
• Fórum Nacional Lixo e Cidadania UNICEF – Brasil Criado em 1998 e hoje composto por mais de 56 instituições, colocou em discussão a
questão social associada à gestão de resíduos sólidos e, graças à campanha Criança no Lixo Nunca Mais, mais de 46 mil crianças já deixaram de trabalhar com lixo.
• Programa Brasil Joga Limpo Ministério do Meio Ambiente Tem, como objetivo geral, promover a melhoria da qualidade ambiental nos assenta-
mentos humanos e incrementar a capacidade de gestão ambiental integrada no meio urbano e rural. Na gestão ambiental urbana, busca reduzir a geração de resíduos, sua reciclagem, o gerenciamento integrado e a disposição final adequada, por meio da implementação de Plano de Gerenciamento integrado de Resíduos Sólidos Urbanos. Na gestão ambiental rural, pretende-se implementar sistema de identificação, valida-ção e transferência de instrumentos tecnológicos e metodológicos de gestão ambien-tal rural e de conservação de recursos naturais.
• Programa Brasileiro de Proteção da Camada de Ozônio – PBCO Ministério do Meio Ambiente Criado em 1994, O PBCO contempla um conjunto de ações de cunho normativo,
científico, tecnológico e econômico, centrado nos projetos de conversão industrial e
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 238 Capítulo 10 • Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público 239
de diagnóstico de todos os segmentos produtores e usuários, definindo estratégias para a eliminação da produção e do consumo das SDO. A implementação e a revisão do PBCO são coordenadas pelo Comitê Executivo Interministerial para a Proteção da Camada de Ozônio – PROZON, criado em 1997.
• Acordo do Benzeno Ministério do Trabalho e Emprego Resumo: é o compromisso formal tripartite, contendo um conjunto de ações, atribui-
ções e procedimentos para a prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visan-do à proteção da saúde do trabalhador. A implementação do acordo é acompanhada pela Comissão Nacional Permanente do Benzeno – CNPBz, criada em 1995. A CNPBz é o fórum tripartite responsável pela discussão, pela negociação e pelo acompanha-mento das ações para a prevenção da exposição ocupacional ao benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador.
10.3 Conscientização e Educação para Participação Pública Ativa
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, “ações sociais são aquelas não-obrigatórias realizadas para atender a comunidades em geral, em áreas como assis-tência social, alimentação, saúde e educação, entre outras. Essas ações abrangem desde atividades eventuais a grandes projetos mais estruturados, podendo estender-se, ou não, aos empregados das empresas e seus familiares.”.
Entre 1999 e 2001, o IPEA realizou a “Pesquisa Ação Social nas Empresas” e, segundo os resultados encontrados, no Brasil 59% das empresas com um ou mais empregados de-claram realizar, em caráter voluntário, algum tipo de ação social para a comunidade.
Os resultados encontrados confirmam que a educação não é o foco prioritário do inves-timento social privado: no Sudeste, das 300 mil empresas que realizam ações sociais para a comunidade, 57% voltam-se para ações assistenciais; no Nordeste, 50%; e no Sul, 66%.
Poucas empresas declaram utilizar algum meio de comunicação para trazer a público informações sobre sua atuação social e, quando o fazem, geralmente é para dirigir-se ao público interno. No Sudeste, o percentual dos que não divulgam é de 91%, seguido por 86% no Nordeste e 93% no Sul. Entre as razões apontadas para a não-divulgação estão o custo elevado e o receio de ampliar as demandas das comunidades por mais recursos (IPEA, 2002).
As principais razões que levam as organizações empresariais a desenvolver programas de cunho socioambiental são: a pressão da sociedade, as solicitações da legislação e a preocupação com a imagem.
Atualmente, observa-se maior interesse tanto na geração de dados e informações sobre as substâncias químicas, como na conscientização da população com relação aos riscos advindos destas substâncias. Estas iniciativas configuram-se, principalmente, por meio de apoio financeiro para a execução de projetos e para a implementação de ações denominadas sustentáveis.
Entre estas iniciativas, pode ser destacada a atuação do Fundo Nacional do Meio Am-biente – FNMA, do Ministério do Meio Ambiente, que, entre as suas linhas temáticas para financiamento de projetos, inclui uma relacionada à educação ambiental e possui outra voltada para substâncias químicas, denominada “Qualidade Ambiental”. A linha relacio-nada à educação ambiental inclui a construção de agendas ambientais institucionais e comunitárias e a educação ambiental para o desenvolvimento sustentável. A linha voltada para as substâncias químicas inclui os resíduos industriais, as substâncias químicas, a certi-ficação ambiental e a poluição do ar.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 240 Capítulo 10 • Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público 241
Entre as abordagens que podem ser feitas nos projetos a serem financiados, incluem-se o desenvolvimento de tecnologias ambientalmente saudáveis de produção para re-dução de resíduos industriais e o desenvolvimento e a implantação de tecnologias para recuperação de áreas contaminadas e degradadas.
Em 1999, foi publicada a Lei no 9.795, que instituiu a Política Nacional de Educação Ambiental, dispondo sobre a educação ambiental tanto no espaço de atuação da escola quanto na comunidade. Educação ambiental – definida como o processo que consiste em propiciar às pessoas compreensão crítica e global do meio ambiente – é componente es-sencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo em caráter formal e não-formal.
Também em 1999 o Ministério do Meio Ambiente instituiu o Programa Nacional de Educação Ambiental – PNEA, com o objetivo de proporcionar o acesso à informação, bem como incentivar e promover a produção, a construção e a aquisição de conhecimentos e habilidades e o desenvolvimento de atitudes e comportamentos ambientalmente com-prometidos. Hoje este programa fomenta várias ações relacionadas ao tema, mas não se encontram referências a programas que envolvam substâncias químicas. Resíduos urba-nos (lixo) constituem o tema mais recorrente. Um dos principais problemas verificados na gestão dos resíduos sólidos no país é o fato de a população não ter acesso à informação ambiental e sobre saúde pública que a permita interferir em prol de adequada gestão desses resíduos.
Visando divulgar o conhecimento técnico-científico e propiciar condições de acesso à informação na área de meio ambiente, o IBAMA criou a Edições IBAMA. Esta editora tem, como propósito maior, mostrar à sociedade que o IBAMA contribui não só com as ações de fiscalização ambiental, mas também com a produção e a divulgação do conhecimento científico e tecnológico. Atualmente a editora já tem mais de 175 títulos lançados, sendo considerada a maior editora especializada do país.
No âmbito do Ministério da Saúde, foi constituído, em outubro de 2002, um Grupo de Trabalho junto à Comissão Permanente de Saúde Ambiental – COPESA designado “Aten-ção Primária Ambiental – APA e Agenda 21 no SUS”. A APA é uma estratégia de ação ambiental, basicamente preventiva e participativa em nível local, que reconhece o direito do ser humano de viver em ambiente saudável e adequado e o de ser informado sobre os riscos do ambiente em relação à saúde, ao bem-estar e à sobrevivência, ao mesmo tempo em que define suas responsabilidades e deveres em relação à proteção, à conservação e à recuperação do ambiente e da saúde. O GT tem, como linhas de ação, a identificação de experiências relacionadas à APA e à Agenda 21 Local; a realização e a promoção de es-tudos, debates e divulgação de propostas; a promoção da organização e da mobilização social para construção de ambientes saudáveis; o desenvolvimento e o apoio de Projetos-Piloto de Implementação da APA e da Agenda 21 no SUS; o desenvolvimento de interfaces com os sistemas de informação existentes; e a elaboração de propostas de capacitação de recursos humanos. O objetivo principal é conservar e melhorar a qualidade do ambiente por meio do desenvolvimento humano sustentável e das ações em nível local, de modo a promover melhor saúde e qualidade de vida.
Entre as organizações não-governamentais, o Greenpeace é o que disponibiliza o maior número de publicações relacionadas com substâncias químicas, principalmente sobre resíduos tóxicos (poluentes orgânicos persistentes). Essas publicações visam ao registro de problemas ambientais considerados graves.
As ações acima apresentadas têm despertado, mas ainda não na amplitude necessária, a sociedade brasileira para as questões ambientais. Destacam-se o esforço governamental realizado nesse setor e a ação dos meios de comunicação e dos formuladores de opinião. Também tem sido observado o aumento da percepção sobre prejuízos, riscos e descon-
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 240 Capítulo 10 • Conscientização e Entendimento dos Trabalhadores e do Público 241
fortos da degradação ambiental da população, alimentados pela pressão internacional sobre o controle de atividades que geram impactos e que potencialmente possam vir a contribuir para a perda da qualidade ambiental global.
A Tabela 10.1 apresenta algumas publicações identificadas por possuírem vínculo com a questão. Esta relação é apenas demonstrativa e não pretende ser, de modo algum, exaustiva. A Tabela 10.2 foi construída como referencial inicial de endereços eletrônicos sobre informação.
Tabela 10.1. Material didático destinado ao público e ao trabalhadorTabela 10.2. Informação eletrônica
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Associação Brasi-
leira dos Expos-
tos ao Amianto
(ABREA)
Amianto ou Asbesto: o inimigo
mortal que ronda nossas vidas
Folheto ABREA Amianto Publicação visa informar sobre os
perigos do amianto, com informa-
ções dadas por meio de pergun-
tas e respostas.
Público em
geral
São Paulo,
2002
Albertinho B. de
Carvalho
Benzeno Livro FUNDACENTRO/
FUNDUNESP
Benzeno Apresenta resumo histórico, técni-
co e médico sobre o benzeno.
Técnicos São Paulo,
1995
Arline Sydneia
Abel Arcuri
Substâncias peroxidáveis Livro FUNDACENTRO Peróxidos Apresenta as formas como a
peroxidação pode ocorrer, os
cuidados para evitá-la, lista de
substâncias peroxidáveis, assim
como proposta de controle da
formação de peróxidos, nestas
substâncias.
Técnicos que
lidam com as
substâncias
São Paulo,
1999
Associação Na-
cional de Defesa
Vegetal (ANDEF)
Manual do uso correto e seguro
de produtos fitossanitários/
agrotóxicos
Manual ANDEF Agrotóxicos Visa dar orientações básicas aos
profissionais que trabalham na
agricultura sobre todas as etapas
no uso correto e seguro dos
agrotóxicos.
Profissionais da
área e público
em geral
São Paulo
Associação Na-
cional de Defesa
Vegetal (ANDEF)
Destinação final de embalagens
vazias de agrotóxicos
Manual ANDEF Agrotóxicos Apresenta a regulamentação
sobre as embalagens, legislação,
responsabilidades, canais de
distribuição etc.
Profissionais da
área e público
em geral
São Paulo
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador (cont.)
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Associação Na-
cional de Defesa
Vegetal (ANDEF)
Manual de armazenamento de
produtos fitossanitários
Manual ANDEF Agrotóxicos Orienta tecnicamente os dis-
tribuidores e os revendedores
sobre como construir, organizar e
gerenciar armazéns com capaci-
dade de estocagem superior a 10
toneladas.
Profissionais da
área
São Paulo
Associação Na-
cional de Defesa
Vegetal (ANDEF)
Manual de transporte de produ-
tos fitossanitários
Manual ANDEF Agrotóxicos Oferece os requisitos mínimos
para o transporte seguro e ade-
quado de produtos fitossanitários.
Profissionais da
área
São Paulo
Associação Na-
cional de Defesa
Vegetal (ANDEF)
Tríplice lavagem Folheto
Educativo
ANDEF Agrotóxicos Oferece orientações para a trípli-
ce lavagem de embalagens de
agrotóxicos.
Profissionais da
área
São Paulo
Associação Na-
cional de Defesa
Vegetal (ANDEF)
Uso correto e seguro de produ-
tos fitossanitários
Folheto
Educativo
ANDEF Agrotóxicos Oferece orientações para uso de
agrotóxicos.
Profissionais da
área
São Paulo
Centro de Recur-
sos Ambientais da
Bahia (CRA)
Cadernos de Referência Am-
biental (vários autores)
Livros CRA Substâncias quí-
micas perigosas
São 13 volumes de referência
abordando: metais, legislação
ambiental, indicadores ambien-
tais, licenciamento, avaliação de
risco do petróleo e poluentes
orgânicos persistentes.
Profissionais do
setor ambien-
tal, gestores,
estudantes e
público em
geral
Salvador,
2001 a
2002
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador (cont.)
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Editor: Silvestre
Gorgulho
Folha do Meio Ambiente Jornal FMA Diversos Discute temas ambientais diversos. Estudantes,
professores,
gestores e
profissionais do
setor público e
privado
Brasília,
desde
1989
Eduardo Garcia Segurança e saúde no trabalho
rural: a questão dos agrotóxicos
Livro FUNDACENTRO Agrotóxicos Analisa as limitações da proposi-
ção exclusiva de medidas de pro-
teção individual para o controle
de riscos. Mostra que estas teriam
de ser propostas como comple-
mento às medidas de proteção
coletiva.
Técnicos São Paulo,
2001
Fundação Na-
cional de Saúde
(FUNASA)
Manual Técnico de Análise de
Água para Consumo Humano
Manual FUNASA Água É manual de apoio técnico para
controle de qualidade. Apresenta
procedimentos básicos de labo-
ratório de controle de qualidade
de água.
Técnicos Brasília,
1999
Fundação Na-
cional de Saúde
(FUNASA)
Textos de Epidemiologia para
Vigilância Ambiental em Saúde
Livro FUNASA Epidemiologia É documento para capacitação
de profissionais das áreas de
vigilância ambiental de estados,
municípios e Distrito Federal.
Inclui tópico sobre toxicologia
ambiental.
Profissionais do
setor de saúde
ambiental
Brasília,
2002
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador (cont.)
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Fundação Na-
cional de Saúde
(FUNASA)
Controle de Vetores – Manual
do Supervisor de Campo
Manual FUNASA Controle de
vetores
Manual de apoio técnico para con-
trole de vetores. É consolidação de
informações para proteção da saú-
de do trabalhador. Inclui informa-
ções sobre tipos de controle, uso
de agrotóxicos em saúde pública,
características de grupos químicos,
equipamento de proteção, cuida-
dos no transporte, armazenamento,
descarte etc.
Trabalhadores,
técnicos da
área e público
interessado,
incluindo estu-
dantes
Brasília,
2001
Fundação Na-
cional de Saúde
(FUNASA)
Controle de Vetores – Procedi-
mentos de Segurança
Livro FUNASA Substâncias
químicas
É manual de apoio para garantir
condições de trabalho que não
incorram em riscos para a saúde
dos trabalhadores. Inclui infor-
mações sobre grupos químicos,
toxicidade, vias de absorção,
tipos de tratamento, transporte
de produtos, manutenção de
equipamento de pulverização etc.
Trabalhadores,
técnicos da
área e público
interessado,
incluindo estu-
dantes
Brasília,
2001
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador (cont.)
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
FUNDACENTRO Acordo e legislação sobre
benzeno
Livro FUDACENTRO Benzeno É íntegra do acordo coletivo
do benzeno, regulamentações
resultantes para prevenção da ex-
posição ocupacional e legislação
relacionada.
Técnicos em
geral e traba-
lhadores que
lidam com a
substância
São Paulo,
2000
FUNDACENTRO Convenção OIT 174 Reco-
mendação 181. Prevenção de
Acidentes Industriais Maiores
Livro FUNDACENTRO Acidentes
Maiores
Apresenta tradução da Conven-
ção 174 e da Recomendação 181.
Técnicos São Paulo,
2002
FUNDACENTRO Revista Brasileira de Saúde
Ocupacional
Revista FUNDACENTRO Saúde Ocupa-
cional
Divulga trabalhos originais, notas
prévias, relatórios, artigos de
revisão e registro de casos sobre
segurança, higiene e medicina do
trabalho.
Público em
geral
São Paulo
FUNDACENTRO Segurança e Saúde no Trabalho Fascículos FUNDACENTRO Saúde ocupa-
cional
(no 3 é sobre
agrotóxicos)
É publicação periódica. Visa à
elaboração, à atualização e à
implementação de normas que
visam melhorar as condições e
o meio ambiente de trabalho e,
também, a qualidade de vida do
trabalhador.
Trabalhadores
e público em
geral
São Paulo
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador (cont.)
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
FUNDACENTRO Recomendação Técnica de
Procedimentos (RTP)
Fascículos FUNDACENTRO Saúde Ocupa-
cional
Visa fornecer embasamento e
procedimentos técnicos, subsi-
diando empresas, profissionais,
governo e trabalhadores no
cumprimento da Norma Regula-
mentadora 18.
Trabalhadores
e público em
geral
São Paulo
IBAMA Geo Brasil 2002 Livro IBAMA Diversas É documento sobre as perspecti-
vas do meio ambiente no Brasil.
Público em
geral
Brasília,
2002
José Prado Alves
Filho et al.
Cartilha do trabalhador: pre-
venção de acidentes no uso de
agrotóxicos
Livro FUNDACENTRO Agrotóxicos Divulga informações sobre pre-
venção de acidentes no uso de
agrotóxicos, utilizando linguagem
simples e desenhos ilustrati-
vos. Visa à redução dos riscos
do produto no campo. Aborda
intoxicações, recomendação de
segurança etc.
Trabalhadores São Paulo,
1999
Margarete Braz
de Oliveira
A problemática do descarte de
baterias usadas no lixo urbano
Livro FUNDACENTRO Baterias Apresenta estudos sobre os tipos
de baterias mais comuns, seu
funcionamento e sua natureza
química e os programas de co-
leta e descarte do material, bem
como a legislação.
Técnicos e
governo
São Paulo,
2001
Perfil Nacio
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador (cont.)
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Ministério da
Agricultura, Pecu-
ária e Abasteci-
mento (MAPA)
AGROFIT CD-ROM MAPA Agrotóxicos Contém informações detalhadas
sobre os agrotóxicos registrados
no país. Programa distribuído gra-
tuitamente com atualização pela
página WEB do Ministério.
Profissionais do
setor, usuários
e interessados
Brasília,
2002
Orlando Zancana-
ro Jr.
Procedimentos de Segurança
Química
Jornal Téc-
nico
Associação Nacio-
nal de Biossegu-
rança
Substâncias
Químicas Peri-
gosas
Orienta sobre procedimentos de
segurança química em instituições
de ensino e pesquisa.
Comunidade
acadêmica,
de pesquisa e
público interes-
sado
Rio de
Janeiro,
2001
Professores da
Faculdade de
Ciências Farma-
cêuticas da USP
Manual de Biossegurança Livro Editora Manole Biossegurança e
segurança quí-
mica em institui-
ções de Ensino
e pesquisa
Apresenta aspectos de segurança
química e biológica em laborató-
rios de ensino, pesquisa e saúde.
Professores,
técnicos e
estudantes da
área
São Paulo,
2001
PRÓ-QUÍMICA Manual para Atendimento a
emergências com produtos
perigosos
Manual ABIQUIM Produtos peri-
gosos
Reúne informação para auxílio na
atuação em situações de emer-
gência.
Profissionais do
setor químico
São Paulo,
1999
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador (cont.)
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Revista Meio Am-
biente Industrial
Revista Meio Ambiente Indus-
trial
Revista Revista Meio Am-
biente Industrial
Indústria Visa ser canal de comunicação
nas áreas de meio ambiente e de
segurança no trabalho. Objeti-
va informar e auxiliar a cultura
da conservação ambiental e da
prevenção e minimização dos
acidentes no trabalho.
Trabalhadores
e profissionais
do setor
São Paulo
Revista Meio Am-
biente Industrial
Indústria e Meio Ambiente Cartilha Revista Meio Am-
biente Industrial
(campanha indús-
trial para o meio
ambiente – CNI/
SESI/SENAI/IEL)
Poluição das
Águas
Aborda temas como a preser-
vação da fauna e a poluição das
águas.
Público em
geral
São Paulo
Secretaria de
Defesa Civil
Manual para Decretação de
Situação de Emergência ou de
Estado de Calamidade Pública
Manual Ministério da Inte-
gração Nacional
Desastres,
emergências,
avaliação de
danos
É manual para decretação de si-
tuações de emergências e anexos
com instruções complementares.
Sistema Nacio-
nal de Defesa
Civil
Brasília,
1999
Secretaria de
Defesa Civil
Política Nacional de Defesa Civil Livro Ministério da Inte-
gração Nacional
Desastres,
riscos etc.
Apresenta política e anexos com
classificação e codificação de
desastres, ameaças e riscos.
Sistema Nacio-
nal de Defesa
Civil e público
interessado
Brasília,
2000
Perfil Nacio
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Tabela 10.1 Material Didático Pestinado ao Público e ao Trabalhador (cont.)
Autor Título Material Editora Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Secretaria Na-
cional de Defesa
Civil
Glossário de Defesa Civil.
Estudos de riscos e medicina de
desastres
Livro Ministério da Inte-
gração Nacional
Desastres,
riscos etc.
É glossário para fins de padroni-
zação da nomenclatura relaciona-
da com a Defesa Civil.
Sistema Nacio-
nal de Defesa
Civil, profissio-
nais da área e
instituições de
ensino
Brasília,
2002
Sherwin-Williams
(tintas)
O Planeta Agradece Cartilha Sherwin-Williams Desmatamen-
to, Poluição
e Camada de
Ozônio
Visa estimular o conceito ambien-
talista, com atividades e jogos
relacionados ao meio ambiente e
sua preservação.
Publico em
geral
São Paulo
Perfil Nacio
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Tabela 10.2 Informação Eletrônica
Coordenação Título Endereço Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (ANVISA)
Toxicologia www.anvisa.gor.br Substâncias
químicas
Dá informações sobre
agroecologia, legislação,
agrotóxicos, centros de
informações toxicológi-
cas etc.
Público em geral Brasília
Associação Nacional de Defesa
Vegetal (ANDEF)
Agrotóxicos vwww.andef.com.br Associação
Nacional de
Defesa Vegetal
Dá informações sobre
aspectos comerciais e
técnicos relacionados aos
agrotóxicos.
Público em geral São Paulo
CETESB CETESB www.cetesb.sp.gov.br Meio ambiente Além de informações
sobre a atuação da
instituição, disponibiliza
informações sobre todos
os aspectos da gestão
ambiental.
Público em geral São Paulo
FAPESP/BIREMA/OPAS/OMS/CNPq Scielo www.scielo.org Substâncias
químicas em
geral
É biblioteca eletrônica de
revistas científicas.
Profissionais em
geral
São Paulo, 1997
Faculdade de Ciências Farmacêuti-
cas da USP
Procedimentos de
segurança quími-
ca – Descarte de
resíduos químicos
www.fcf.usp.br Substâncias
químicas em
geral e resí-
duos
Trata de segurança
química e resíduos em
laboratórios de ensino e
pesquisa.
Profissionais e
estudantes da
área de ensino e
pesquisa
São Paulo, 1999
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252C
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do
s Trabalhad
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lico253
Tabela 10.2 Informação Eletrônica (cont.)
Coordenação Título Endereço Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Governo do Estado do Paraná – Se-
cretaria de Agricultura e Abasteci-
mento
Agrotóxicos no
Paraná
www.pr.gov.br/agrotoxico/ Agrotóxicos Oferece informações atu-
alizadas sobre questões
agronômicas, de saúde e
de meio ambiente, além
de cuidados necessários
para a prevenção de
acidentes na utilização
de agrotóxicos. Possui
interessante acesso a pes-
quisas sobre agrotóxicos
proibidos no estado.
Público em geral Paraná
Greenpeace Tóxicos www.greenpeace.org.br Substâncias
tóxicas
Apresenta informações
sobre substâncias tóxicas
e campanhas da organi-
zação.
Público em geral São Paulo
Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor (IDEC)
IDEC www.idec.org.br Defesa do
consumidor
Disponibiliza informação
sobre consumo susten-
tável.
Público em geral São Paulo
Ministério da Agricultura – Secretaria
de Defesa Agropecuária
Agrotóxicos www.agricultura.gov.br/sda Agrotóxicos Dá informações sobre
agrotóxicos em geral.
Público, gesto-
res e técnicos
em geral
Brasília
Perfil Nacio
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252C
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onscientização
e Entend
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do
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o Púb
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Tabela 10.2 Informação Eletrônica (cont.)
Coordenação Título Endereço Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Ministério da Saúde (MS)/
Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS)
Portal de Assis-
tência Farmacêu-
tica
www.opas.org.br/
medicamentos
Medicamentos Contém sala de leitura,
links relacionados, legis-
lação, informação sobre
grupos de trabalho, canal
de comunicação com
o usuário, informações so-
bre eventos e notícias.
Profissionais de
saúde, gestores,
estudantes, usu-
ários do sistema
de saúde
Brasília, 2002
Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS)
Centro Pan-Ame-
ricano de Enge-
nharia Sanitária
e Ciências do
Ambiente
www.cepis.ops-oms.org/
indexpor.html
www.cepis.ops-oms.org/
tutorial/enlaces/textos.html
Substâncias
químicas,
acidentes, toxi-
cologia, riscos
químicos etc.
Apresenta biblioteca ele-
trônica, base de dados,
textos eletrônicos, revis-
tas, material educativo,
cursos auto-instrutivos,
casos etc.
Público em geral
interessado nos
temas
Organização Pan-Americana da
Saúde (OPAS)
Biblioteca Virtual
em Saúde
www.bireme.br Saúde e meio
ambiente
É biblioteca eletrônica. Profissionais em
geral
São Paulo
SIRETOX SIRETOX www.intertox.com.br Toxicologia BD – Compilação de
informações sobre Riscos
de Exposição Química.
Público em geral São Paulo
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imento
do
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o Púb
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Tabela 10.2 Informação Eletrônica (cont.)
Coordenação Título Endereço Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Central Única dos Trabalhadores
(CUT)
Caderno de Saú-
de do Trabalhador
e Publicações
www.instcut.org.br/ Saúde e meio
ambiente
Trata de saúde do traba-
lhador, risco ambiental,
seguro acidente, condi-
ções de trabalho, riscos
devido a substância
químicas.
Profissionais em
geral
São Paulo
Ministério da Saúde (MS) Diversos www.saude.gov.br/sps/
areastecnicas/trabalhador/
conteudo/publicacoes.htm
Saúde do
trabalhador
Apresenta documentos
completos sobre doenças
relacionadas ao trabalho,
legislação pertinente
e links de interesse em
saúde do trabalhador.
Público em geral Brasília
Perfil Nacio
nal da G
estão d
e Substâncias Q
uímicas
254C
apítu
lo 10 • C
onscientização
e Entend
imento
do
s Trabalhad
ores e d
o Púb
lico255
Tabela 10.2 Informação Eletrônica (cont.)
Coordenação Título Endereço Assunto Resumo Público-Alvo Local, Ano
Ministério da Saúde (MS) Biblioteca Virtual
em Saúde
www.saude.gov.br/bvs/#
www.saudepublica.bvs.br
Biblioteca
eletrônica
É resultado da parceria
do MS com o Centro
Latino-Americano e do
Caribe de Informação em
Saúde com o objetivo de
cooperar na coleta, na
organização e na dissemi-
nação de informações do
Setor Saúde.
Gestores,
pesquisadores,
estudantes,
profissionais em
saúde e socieda-
de em geral
Brasília
Fundação Nacional em Saúde (FU-
NASA)
Diversos www.funasa.gov.br/pub/
pub00.htm#
Vigilância
Ambiental,
Saneamento,
Educação em
saúde, outros
Apresenta publicações
completas sobre os as-
suntos relacionados.
Público em geral Brasília
Referências
Capítulo 1
[CNA] CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL. Disponível em <http://www.cna.org.br. Acesso em 15 ago. 2002.
[IBGE] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Anuário Estatístico do Brasil 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2001.
[IBGE] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Brasil em Números 2001. Rio de Janeiro: IBGE, 2002.
Capítulo 2
[ABICLOR] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE ÁLCALIS E CLORO DERIVA-DOS. Anuário Estatístico 2001. Disponível em <http://www.clorosur.com.br/anuario_expli.html>. Acesso em 17 set. 2002.
[ABIQUIM] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. A Indústria Química. Disponível em <http://www.abiquim.org.br>. Acesso em 18 set. 2002.
[ABIQUIM] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. Relatório de Estatísticas de Comércio Exterior – RECE. São Paulo, Ano 5, n. 2, p. 23, 2002.
[ABIQUIM] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. Relatório de Acompa-nhamento Conjuntural – RAC. São Paulo, Ano 11, p. 26, set. 2002.
[ABIQUIM] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. Relatório Anual 2001. Março de 2002. Disponível em <http://www.abiquim.org.br/2002/rel2001.pdf>. Acesso em 16 out. 2002.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 258 Referências 259
[ABIQUIM] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA QUÍMICA. Identificação dos Gar-galos Tecnológicos Determinantes da Importação de Produtos Químicos. Projeto conjunto da ABIQUIM e da Escola de Química – UFRJ – Sistema Brasileiro de In-formações sobre a Indústria Química. Apoio PADCT – Plataforma Tecnológica. São Paulo: ABIQUIM. 2000. 152p.
[CNI] CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA. Dados Econômicos. Disponível em <http://www.cni.org.br/brasil/industri.htm>. Acesso em 16 out. 2002.
SILVA, C.S.; PEDROZO, M.F.M. Ecotoxicologia do Cromo e seus Compostos. V. 5. 1. ed. Salvador: CRA, 2001. 100p.
CARDOSO, L.M.N.; CHASIN, A.A.M. Ecotoxicologia do Cádmio e seus Compostos. V. 6. 1. ed. Salvador: CRA, 2001. 121p.
NASCIMENTO, E.S.; CHASIN, A.A.M. Ecotoxicologia do Mercúrio e seus Compostos. V. 1. 1. ed. Salvador: CRA, 2001. 176p.
[DNPM] DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. Anuário Mineral Brasi-leiro Edição 2000. Disponível em <http://www.dnpm.gov.br/dnpm_eco.html> Aces-so em 16 out. 2002.
[DNPM] DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. Anuário Mineral Bra-sileiro Edição 2001. Disponível em <http://www.dnpm.gov.br/ dnpm_eco.html> Acesso em 16 out. 2002.
[DNPM] DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. Sumário Mineral Bra-sileiro – Chumbo. Disponível em <http://www.dnpm.gov.br/suma2001/CHUMBO_Revisado.doc> Acesso em 16 out. 2002.
[DNPM] DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUÇÃO MINERAL. Sumário Mineral Bra-sileiro – Cromo. Disponível em <http://www.dnpm.gov.br/suma2001/cromo.doc> Acesso em 16 out. 2002.
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Capítulo 3
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Capítulo 4
DIAS, H.P. Direitos e Obrigações em Saúde. Brasília: ANVISA, 2002. 387 p.
Capítulos 5, 7 e 9
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Capítulo 6
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[ONIP] ORGANIZAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO. Disponível em <http://www.onip.org.br> Acesso em 23 set. 2002.
[SBPC] SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA. Disponível em <http://www.sbpcnet.org.br> Acesso em 4 out. 2002.
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Capítulo 10
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Anexo IRelação de Contatos
1 Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT
Endereço SCS Quadra 4 Bloco A – Edifício Vera Cruz – 1o andar – CEP 70304-913
Brasília – DF
Telefone (61) 321 6924
Fax (61) 321 5613
E-mail [email protected]
Home page www.antt.gov.br
Contato Roberto Dias David
2 Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA
Endereço SEPN 515 Bloco B – Edifício Omega – CEP 70770-502 – Brasília – DF
Telefone (61) 448 1082
Fax (61) 448 1076
E-mail [email protected]
Home page www.anvisa.gov.br
Contato Luiz Cláudio Meirelles
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 266 Anexo I • Relação de Contatos 267
3 Amigos da Terra/Brasil – AT/BR
Endereço Rua Carlos Trein Filho, 13 – Bairro Auxiliadora – CEP 90450 120
Porto Alegre – RS
Telefone (51) 3332 8884
Fax (51) 3332 8884
E-mail [email protected]
Home page www.agirazul.com/nat
Contato Kathia Vasconcellos – tCoordenadora Executiva
4 Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados ABICLOR
Endereço Rua Sabará, 566 Conjunto 71/73 – CEP 01239-010 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3258 0497/(11) 3258 9527
Fax (11) 3231 5993
E-mail [email protected]
Home page www.clorosur.org
Contato Martim Afonso Penna – Diretor Executivo
5 Associação Brasileira da Indústria Química – ABIQUIM
Endereço Rua Santo Antonio, 184 – 17o e 18o andar – CEP 01314 900 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3242 1144
Fax (11) 3242 0919
E-mail [email protected]
Home page www.abiquim.org.br
Contato Marcelo Kós Silveira – Gerente de Assuntos Técnicos
6 Associação Brasileira de Embalagem – ABRE
Endereço Rua Oscar Freire, 379 – 15o Andar – Conjunto 152 – CEP 01426-001
São Paulo – SP
Telefone (11) 3082 9722
Fax (11) 3081 9201
E-mail [email protected]
Home page www.abre.org.br
Contato Luciana Pellegrino – Diretora Executiva
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 266 Anexo I • Relação de Contatos 267
7 Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT
Endereço Avenida Paulista, 726 – 10o Andar – Edifício 5a Avenida – CEP 01310-910
São Paulo – SP
Telefone (11) 3016 7070
Fax (11) 3016 7069
E-mail [email protected]
Home page www.abnt.org.br
Contato
8 Associação Brasileira de Química – ABQ
Endereço Av. Presidente Vargas, 633 – Conjunto 2208 – CEP 20071-004
Rio de janeiro – RJ
Telefone (21) 2224 4480
Fax (21) 2224 6881
E-mail [email protected]
Home page www.abq.org.br
Contato Prof. Airton Marques da Silva – Presidente
9 Associação Brasileira do Alumínio – ABAL
Endereço Rua Humberto I, 120 – 4o Andar – Vila Mariana – CEP 04018-030
São Paulo – SP
Telefone (11) 5084 1544
Fax (11) 5549 3159
E-mail [email protected]
Home page www.abal.org.br
Contato Eduardo Rappel – Diretor Geral
10 Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto – ABREA
Endereço Avenida Santo Antônio, 683 – Jardim Alvorada – CEP 06086-070 – Osasco – SP
Telefone (11) 3681 2710
Fax (11) 3681 2710
E-mail [email protected]
Home page www.abrea.com.br
Contato Elieser João de Souza – Presidente
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 268 Anexo I • Relação de Contatos 269
11 Associação de Combate aos POPs – ACPO
Endereço Rua Júlio de Mesquita, 148 – Conjunto 203 – Vila Mathias – CEP 11075-220
Santos – SP
Telefone (13) 3234 6679
Fax (13) 3234 6679
E-mail [email protected]
Home page www.acpo.org.br
Contato Jeffer Castelo Branco – Diretor-Presidente
12 Associação Nacional de Defesa Vegetal – ANDEF
Endereço Rua Capitão Antonio Rosa, 376 – 13o Andar – CEP 01443-010 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3081 5033
Fax (11) 3081 5033
E-mail [email protected]
Home page www.andef.com.br
Contato Cristiano Simon – Presidente Executivo
13 Associação Nacional do Transporte de Cargas – NTC
Endereço Rua da Gávea, 1390 – Vila Maria – CEP 02121-020 – São Paulo – SP
Telefone (11) 6632 1500
Fax (11) 6954 1127
E-mail [email protected]
Home page www.ntc.org.br
Contato Dimas – Gerente Executivo
14 Associação Nacional para Difusão de Adubos – ANDA
Endereço Praça Don José Gaspar, 30 – 9o Andar – CEP 01047-901 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3255 9277
Fax (11) 3214 2831
E-mail [email protected]
Home page www.anda.org.br
Contato Mario Alves Neto – Presidente
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 268 Anexo I • Relação de Contatos 269
15 Centro Nacional de Tecnologias Limpas – CNTL
Endereço Avenida Assis Brasil, 8450 – CEP 91140-000 – Porto Alegre – RS
Telefone (51) 3347 8400/(51) 3347 8410
Fax (51) 3347 8405
E-mail [email protected]
Home page www.rs.senai.br/cntl
Contato Hugo Springer – Diretor
16 Compromisso Empresarial para Reciclagem – CEMPRE
Endereço Rua Bento de Andrade, 126 – Jardim Paulista – CEP 04503-000 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3889 7806/(11) 3889 8564
Fax (11) 3889 8721
E-mail [email protected]
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Contato Cleide
17 Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA
Endereço SBN Quadra 01 Bloco F – 3o, 4o e 5o Andar – Edifício Palácio da Agricultura
CEP 70040–908 – Brasília – DF
Telefone (61) 424 1400
Fax (61) 424 1490
E-mail [email protected]
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Contato Antônio Ernesto de Salvo – Presidente
18 Confederação Nacional da Indústria – CNI
Endereço Rua Mariz e Barros, 678 – 2o Andar – Maracanã – CEP 20270-002
Rio de Janeiro – RJ
Telefone (21) 2204 9513/(21) 2204 9514
Fax (21) 2204 9522
E-mail [email protected]
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Contato
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 270 Anexo I • Relação de Contatos 271
19 Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP
Endereço Avenida Paulista, 1313 – Cerqueira César – CEP 01311-923 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3549 4499
Fax (11) 3549 4499
E-mail [email protected]
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Contato Horacio Piva – Presidente
20 Fórum Intergovernamental de Segurança Química – IFCS
Endereço Presidência Brasil – SHIS QI 9 – Bloco H – Sala 209 – Ed.Ipanema
CEP 71625-009 – Brasília – DF
Telefone (61) 364 2246
Fax (61) 248 6935
E-mail [email protected]
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Contato Henrique Brandão Cavalcanti
21 Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO
Endereço Rua Capote Valente, 710 – CEP 05409-002 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3066 6196
Fax (11) 3066 6342
E-mail [email protected]
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Contato Sônia Maria José Bombardi e Fernando Vieira Sobrinho
22 Fundação Nacional de Saúde – FUNASA
Endereço Setor de Autarquia Sul – Quadra 4 – Bloco N – CEP 70.058-902 – Brasília – DF
Telefone (61) 314 6404
Fax (61) 314 6403
E-mail [email protected]
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Contato Guilherme Franco Netto
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 270 Anexo I • Relação de Contatos 271
23 Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
Endereço Avenida Brasil, 4365 – Manguinhos – CEP 21045-900 – Rio de Janeiro – RJ
Telefone (21) 2598 2842
Fax (21) 2270 3219
E-mail [email protected]
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Contato Josino Costa Moreira
24 Greenpeace Brasil
Endereço Rua dos Pinheiros, 240 – Conjunto 21 – Pinheiros – CEP 05422-000
São Paulo – SP
Telefone (11) 3066 1165
Fax (11) 3082 5500
E-mail [email protected]
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Contato Marcelo Furtado – Coordenador de Campanha
25 Instituto Brasil Pnuma – Brasil/Pnuma
Endereço Avenida Nilo Peçanha, 50 – Sala 1708 – Centro – CEP 20044-900
Rio de Janeiro – RJ
Telefone (21) 3084 1020
Fax (21) 3084 4233
E-mail [email protected]
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Contato Ricardo Daher – Secretário Executivo
26 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA
Endereço SAIN AV. L4 – Ed. Sede do Ibama – CEP 70.800-200 – Brasília – DF
Telefone (61) 316 1347
Fax (61) 225 0564
E-mail [email protected]
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Contato Gaetan Serge Jean Duböis e João Bosco Costa Dias
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 272 Anexo I • Relação de Contatos 273
27 Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social
Endereço Rua Francisco Leitão, 469 – CEP 05414-020 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3897 2400
Fax (11) 3897 2424
E-mail [email protected]
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Contato Paulo Itacarambi – Coordenador Geral
28 Instituto Nacional de Saúde no Trabalho da Central Única dos Trabalhadores – INSTCUT
Endereço Rua Caetano Pinto, 575 – CEP 03041-000 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3272 9411
Fax (11) 3272 9610
E-mail [email protected]
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Contato Remígio Todeschini – Presidente
29 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco D – CEP 70043-000 – Brasília – DF
Telefone PABX: 218 2000/(61) 218 2445
Central de Atendimento ao Agricultor: DDG: 0800 611995
Fax (61) 225 5341
E-mail [email protected] [email protected]
Home page www.agricultura.gov.br
Contato Marcos de Barros Valadão e Júlio Sérgio de Britto
30 Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT
Endereço Esplanada Dos Ministérios – Bloco E – CEP 70067-900 – Brasília – DF
Telefone PABX: 317 7500
Fax (61) 411 5612
E-mail [email protected]
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Contato Clovis de Godoy Ilha
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 272 Anexo I • Relação de Contatos 273
31 Ministério da Educação – MEC
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco L – Ed. Sede e Anexos – CEP 70.047-900
Brasília – DF
Telefone Fone: (61) 410 8484
Fax
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Contato
32 Ministério da Fazenda – MF
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco P – CEP 70048-900 – Brasília – DF
Telefone PABX: (61) 412 2000/3000
Fax (61)226 9084
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Contato
33 Ministério da Integração Nacional – MI
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco E – CEP 70.062-900 – Brasília – DF
Telefone (61) 414 5805
Fax (61) 414 5842
E-mail [email protected]
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Contato Neusvaldo Ferreira Lima
34 Ministério da Justiça – MJ
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco T – CEP 70064-900 – Brasília – DF
Telefone PABX: (61) 429 3000
Fax
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Contato
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 274 Anexo I • Relação de Contatos 275
35 Ministério das Relações Exteriores – MRE
Endereço Esplanada dos Ministérios – Anexo I – CEP 70170-900 Brasília – DF
Telefone (61) 411 6194
Fax (61) 224 2667
E-mail [email protected]
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Contato Ministro Everton Vieira Vargas e Secretário Flávio Melo
36 Ministério de Minas e Energia – MME
Endereço Esplanada dos Ministério – Bloco U – CEP 70065-900 – Brasília – DF
Telefone (61) 319 5131
Fax (61) 224 8857
E-mail [email protected]
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Contato João José de Nora Souto
37 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio – MDIC
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco J – CEP 70053-900 – Brasília – DF
Telefone PABX (61) 329 7000/(61) 329 7620
Fax (61) 329 7385
E-mail [email protected]
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Contato Júlio César Baena e Daniel do Valle Corgozinho
38 Ministério do Meio Ambiente – MMA
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco B – 8o andar – CEP 70.068-900 – Brasília – DF
Telefone (61) 317 1373
Fax (61) 226 8050
E-mail [email protected]
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Contato Marisa Zerbetto – Gerência do Projeto de Redução de Riscos Ambientais PRO-
RISC
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 274 Anexo I • Relação de Contatos 275
39 Ministério do Trabalho e Emprego – MTE
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco F – CEP 70059-900 – Brasília – DF
Telefone (61) 317 6543/(51) 3228 6544
Fax (51) 3226 8730
E-mail [email protected]
Home page www.mte.gov.br
Contato Roque Luis Mion Puiatti
40 Ministério dos Transportes – MT
Endereço Esplanada dos Ministérios – Bloco R – CEP 70.044-900 – Brasília – DF
Telefone (61) 311 7619
Fax
E-mail [email protected]
Home page www.transportes.gov.br/
Contato Ieda Rizzo
41 Organização Nacional da Indústria do Petróleo – ONIP
Endereço Avenida Graça Aranha, 1 – 5o Andar – Centro – CEP 20030-002
Rio de Janeiro – RJ
Telefone (21) 2563 4615
Fax (21) 2563 4616
E-mail [email protected]
Home page www.onip.org.br
Contato Eduardo Rappel – Diretor Geral
42 Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde – OPAS/OMS
Endereço Representação Brasil – Setor de Embaixadas Norte Lote 19 – CEP 70800-400
Brasília – DF
Telefone (61) 426 9500
Fax (61) 321 1922
E-mail [email protected] [email protected] oms.org.br
Home page www.oms.org.br
Contato Jacobo Finkelman e Jacira Azevedo Câncio
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 276 Anexo I • Relação de Contatos 277
43 Sociedade Brasileira de Química – SBQ
Endereço Instituto de Química da USP – Caixa Postal 26037 – CEP 05513-970
São Paulo – SP
Telefone (11) 3032 2299
Fax (11) 3814 3602
E-mail [email protected]
Home page www.sbq.org.br
Contato Dirce Campos – Diretora Executiva
44 Sociedade Brasileira de Toxicologia – SBTox
Endereço Rua Pamplona, 788 – Sala 32 – 3o Andar – CEP 01405-001 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3284 9568
Fax (11) 3253 2848
E-mail [email protected]
Home page www.sbtox.org.br
Contato Flavia Thiesen – Presidente
45 Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC
Endereço Rua Maria Antonia, 294 – 4o Andar – CEP 01222-010 – São Paulo – SP
Telefone (11) 3259 2766
Fax (11) 3106 1002
E-mail [email protected]
Home page www.sbpcnet.org.br
Contato Glaci Zancan – Presidente
46 Universidade de Brasília – UnB
Endereço Campus Universitário – Instituto de Química – CEP 70919-900 – Brasília – DF
Telefone (61) 307 2150
Fax (61) 273 2147
E-mail [email protected]
Home page www.unb.br
Contato Taís Augusto Pitta Cotta
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 276 Anexo I • Relação de Contatos 277
47 Universidade de São Paulo – USP
Endereço Conjunto das Químicas – Bloco 16 – Cidade Universitária – CEP 05586-000
São Paulo – SP
Telefone (11) 3091 3671
Fax (11) 3031 8986
E-mail [email protected]
Home page www.usp.br
Contato Orlando Zancanaro – Professor
Anexo IIMemória Técnica
A memória técnica do Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas é composta de material bibliográfico e material resultante de consulta junto a outras instituições, conforme relação abaixo. Esse material está disponível para
consulta no Ministério do Meio Ambiente, junto ao Projeto de Redução de Riscos Ambien-tais (PRORISC) da Secretaria de Qualidade Amiental.
Cabe ressaltar dois aspectos desse trabalho que contribuíram para o reduzido volume de consultas em material impresso: • grande parte das pesquisas foi realizada pela Internet, sendo que as consultas cons-
tam do Anexo II – Referências Bibliográficas; e • muitas informações foram prestadas por meio de consulta pessoal.
Referências Bibliográficas
[ABIQUIM] Relatório Anual 2001. São Paulo, março de 2002.[IBGE] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Anuário Estatístico do
Brasil 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2001.[IBGE] INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Brasil em Números 2001.
Rio de Janeiro: IBGE, 2002.[IBAMA] INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS. GEO Brasil 2002 – Perspectivas do Meio Ambiente no Brasil. 1. ed. Brasília: IBAMA, 2002.
[IBAMA] INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Relatório de Consumo de Ingredientes Ativos de Agrotóxicos e Afins no Brasil. Uso Restrito. Brasília, 2000.
[UNEP] UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME. International Activities Related to Chemicals. Genebra, 2001.
Perfil Nacional da Gestão de Substâncias Químicas 280
Material de Consultas Externas
• Resultados de consulta efetuada pela Secretaria de Defesa Civil do Ministério da Inte-gração Nacional, junto às unidades estaduais da Defesa Civil, relativa ao “Capítulo 3 – Problemas Prioritários Relacionados à Gestão de Substâncias Químicas”;
• Resultados de consulta efetuada pela ABEMA junto aos órgãos estaduais de meio ambiente, relativa aos vários capítulos do PNGSQ;
• Resultados de consulta efetuada pela FUNASA junto às Secretarias Estaduais de Saú-de, relativa a áreas contaminadas com risco para a saúde humana; e
• Resultados de consulta efetuada pela Secretaria Executiva da COPASQ junto aos membros da COPASQ.
Outros materiais
• Arquivo contendo as Leis e os Decretos mencionados no Capítulo 4; • Relação de membros da Comissão Nacional Permanente do Benzeno – CNPBz; • Critérios de credenciamento de laboratórios pelo Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento (MAPA) e da Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (FEAM);
• Relação de laboratórios credenciados pelo Inmetro prestadores de serviços em ecoto-xicologia;
• Relação de laboratórios credenciados pelo MAPA; e • Texto das Convenções Internacionais mencionadas no “Capítulo 10 – Conscientização
e Entendimento dos Trabalhadores e do Público”.