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1 PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES PORTADORES DE SÍNDROME DE DOWN, PARALISIA CEREBRAL E RETARDO MENTAL ATENDIDOS NO PAOPE DA UNIVALE, NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2010 A SETEMBRO DE 2011 Bruna Dias Mendonça¹, Fernanda Geórgia Werneck Mariano¹, Laís de Jesus Vieira¹, Larissa Latif Lucchesi Souto¹, Vanessa Calazães Campos Lima¹, Nízia Araújo Vieira Almeida². RESUMO O acompanhamento nutricional de pacientes com Paralisia Cerebral (PC), Síndrome de Down (SD) e Retardo Mental (RM) é essencial desde os primeiros dias de vida por apresentarem dificuldades motoras, dentre elas, dificuldades relacionadas à alimentação. Muitas vezes, a falta de orientação acaba gerando uma alimentação inadequada, prejudicando o desenvolvimento da criança. Este estudo teve por objetivo investigar o perfil nutricional dos pacientes com PC, SD e RM atendidos no PAOPE, pela equipe da nutrição no período de agosto de 2010 a setembro de 2011. Realizou-se um estudo transversal, a partir da avaliação de prontuários de crianças, adolescentes e adultos atendidos no PAOPE, da Universidade Vale do Rio Doce da cidade de Governador Valadares - MG. Foram verificados as seguintes variáveis: tipo de patologia e sexo; consistência da dieta; alimentos mais consumidos; peso, altura e idade. Do total de pacientes atendidos no PAOPE (n=168), 23 foram atendidos pela nutrição. Destacou-se o baixo peso entre os pacientes com PC (85,7%), sobrepeso e obesidade em SD (100%). Em relação à consistência da dieta verificou-se que o tipo de dieta mais freqüente para portadores de PC foi semi-pastosa e pastosa, sólida para SD e RM. Os alimentos mais consumidos relatados pelos grupos foram cereais, carnes/leguminosas e leite e derivados, para PC, SD e RM. Conhecer o estado nutricional dos pacientes é um valioso instrumento para a determinação terapêutico clínica e dietética a ser empregada. A reeducação alimentar deve ser gradual e contínua, portanto o acompanhamento de um nutricionista durante o processo de incorporação de bons hábitos alimentares é essencial à melhoria da saúde desses pacientes. Palavras chaves: Pacientes especiais. Estado nutricional. Paralisia Cerebral. Síndrome de Down. Retardo Mental. ¹ Acadêmicas do Curso de Nutrição, da Universidade vale do Rio Doce. Email: [email protected] ² Orientadora Professora Mestre do Curso de Nutrição, da Universidade Vale do Rio Doce. Email: [email protected]

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PERFIL NUTRICIONAL DE PACIENTES PORTADORES DE

SÍNDROME DE DOWN, PARALISIA CEREBRAL E RETARDO MENTAL

ATENDIDOS NO PAOPE DA UNIVALE, NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2010

A SETEMBRO DE 2011

Bruna Dias Mendonça¹,

Fernanda Geórgia Werneck Mariano¹,

Laís de Jesus Vieira¹,

Larissa Latif Lucchesi Souto¹,

Vanessa Calazães Campos Lima¹,

Nízia Araújo Vieira Almeida².

RESUMO

O acompanhamento nutricional de pacientes com Paralisia Cerebral (PC), Síndrome de

Down (SD) e Retardo Mental (RM) é essencial desde os primeiros dias de vida por

apresentarem dificuldades motoras, dentre elas, dificuldades relacionadas à alimentação.

Muitas vezes, a falta de orientação acaba gerando uma alimentação inadequada,

prejudicando o desenvolvimento da criança. Este estudo teve por objetivo investigar o

perfil nutricional dos pacientes com PC, SD e RM atendidos no PAOPE, pela equipe da

nutrição no período de agosto de 2010 a setembro de 2011. Realizou-se um estudo

transversal, a partir da avaliação de prontuários de crianças, adolescentes e adultos

atendidos no PAOPE, da Universidade Vale do Rio Doce da cidade de Governador

Valadares - MG. Foram verificados as seguintes variáveis: tipo de patologia e sexo;

consistência da dieta; alimentos mais consumidos; peso, altura e idade. Do total de

pacientes atendidos no PAOPE (n=168), 23 foram atendidos pela nutrição. Destacou-se

o baixo peso entre os pacientes com PC (85,7%), sobrepeso e obesidade em SD (100%).

Em relação à consistência da dieta verificou-se que o tipo de dieta mais freqüente para

portadores de PC foi semi-pastosa e pastosa, sólida para SD e RM. Os alimentos mais

consumidos relatados pelos grupos foram cereais, carnes/leguminosas e leite e

derivados, para PC, SD e RM. Conhecer o estado nutricional dos pacientes é um valioso

instrumento para a determinação terapêutico clínica e dietética a ser empregada. A

reeducação alimentar deve ser gradual e contínua, portanto o acompanhamento de um

nutricionista durante o processo de incorporação de bons hábitos alimentares é essencial

à melhoria da saúde desses pacientes.

Palavras chaves: Pacientes especiais. Estado nutricional. Paralisia Cerebral. Síndrome

de Down. Retardo Mental.

¹ Acadêmicas do Curso de Nutrição, da Universidade vale do Rio Doce.

Email: [email protected]

² Orientadora Professora Mestre do Curso de Nutrição, da Universidade Vale do Rio Doce.

Email: [email protected]

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INTRODUÇÃO

Pacientes com necessidades

especiais estão cada vez mais presentes

na prática diária do profissional da

saúde, exigindo maior qualificação

deste profissional além de adequação

ergonômica dos locais de atendimento.

A equipe de saúde trabalha de

forma integrada, empregando várias

técnicas de abordagem e estratégias

clínicas e ambulatoriais com vistas aos

pacientes especiais, que são assistidos,

juntamente com seus familiares, em

suas relações psicossociais, econômicas

e culturais, buscando minimizar as

inúmeras dificuldades apresentadas por

estes clientes.

A Universidade Vale do Rio

Doce (UNIVALE) possui um setor

destinado ao atendimento de indivíduos

com necessidades especiais do

município de Governador Valadares e

sua região, o PAOPE (Pólo Integrado de

Assistência Odontológica ao Paciente

Especial) possui uma equipe

multiprofissional em que integram

odontólogos, enfermeira,

fonoaudióloga, médico, nutricionista,

psicólogo, assistente social, terapeuta

ocupacional, fisioterapeuta e

acadêmicos dos cursos de saúde

(odontologia, enfermagem, nutrição e

psicologia) que assistem pacientes

portadores de deficiência mental “pura”

ou associada a outras patologias, sendo

as de maiores prevalências os casos com

Síndrome de Down (SD), Paralisia

Cerebral (PC) e Retardo Mental (RM).

Descoberta em 1959, a SD foi

identificada pela primeira vez por John

Langdon Haydon Down e em 1866, foi

nomeada Síndrome de Down,

caracterizando-a não como uma doença,

mas sim um acidente genético que

ocorre por ocasião na formação do bebê

no início da gravidez (SIMÕES, 2010

apud MOREIRA E GUSMÃO, 2002).

A SD apresenta um erro na distribuição

dos cromossomos, ao invés de ocorrer

46 cromossomos em cada célula (23 da

mãe e 23 do pai, que formam 23 pares),

o indivíduo apresenta 47 cromossomos.

O elemento extra fica unido ao par

número 21, por isso o nome trissomia

21, sendo a incidência da SD de 1 a

cada 700 a 800 nascimentos (SIMÕES,

2010 apud, NASCIMENTO, 2004).

Os indivíduos que apresentam

SD possuem características peculiares

no desenvolvimento físico e intelectual

como baixa estatura, retardo mental,

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fenda inclinada dos olhos, dobras

epicantais, pequena cavidade oral, ponta

nasal achatadas, mãos curtas e largas,

dedos e pés curtos, largos e grossos,

hiperextensibilidade ou

hiperflexibilidade das articulações e

hipotonia (KRAUSE, 2010).

A Paralisia Cerebral (PC) se

caracteriza como uma desordem do

tônus, do movimento e da postura de

caráter não progressivo devido a uma

lesão que afeta o cérebro, durante a

maturação do Sistema Nervoso Central

(SNC). Esta lesão provoca uma

debilitação na coordenação da ação

muscular com resultante incapacidade

da criança em manter posturas e realizar

movimentos normais (VIVONE et. al.

2007 apud BARBOSA, 2003).

A incidência da PC varia em

diferentes estudos, mas a taxa mais

comumente encontrada é de 2 a 3 a cada

1000 nascidos vivos. Qualquer agente

capaz de lesar o encéfalo da concepção

à primeira infância é considerado como

causa da PC. Podem ser citados os

fatores Pré-Natais (infecções,

toxoplasmose, desnutrição materna),

perinatais (anóxia, hemorragia

intracraniais) e Pós-Natais (traumas

cerebrais e meningites) (KRAUSE,

2010).

A PC pode ser de diversos tipos,

sendo classificadas de acordo com os

sinais neurológicos ligados ao tônus

muscular e com os padrões e posturas

motoras anormais: tetraparético,

diparético, hemiparético, atetóide e

misto (CARAM, 2010).

A deficiência intelectual ou

mental, ou ainda Retardo Mental (RM)

é conhecida por problemas com origem

no cérebro e que causam baixa

produção de conhecimento, dificuldade

de aprendizagem e um baixo nível

intelectual. Entre as causas mais

comuns deste transtorno estão os fatores

de ordem genética, as complicações

ocorridas ao longo da gestação ou

durante o parto e os pós-natais. O

grande enigma que se coloca diante dos

pesquisadores é como detectar ainda na

vida intra uterina estas características

(SANTANA, 2009).

O diagnóstico de RM é definido

com base em três critérios: início do

quadro clínico antes de 18 anos de

idade; função intelectual

significativamente abaixo da média,

demonstrada por um quociente de

inteligência (QI) igual ou menor que 70;

e deficiência nas habilidades adaptativas

em pelo menos duas das seguintes

áreas: comunicação, auto cuidados,

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habilidades sociais/interpessoais, auto-

orientação, rendimento escolar,

trabalho, lazer, saúde e segurança. Sua

incidência afeta 2,5 a 3% da população

(VASCONCELOS, 2004).

Embora seja possível identificar

a maior parte dos casos de deficiência

mental na infância, infelizmente este

distúrbio só é percebido em muitas

crianças quando elas começam a

frequentar a escola. Isso acontece

porque esta patologia é encontrada em

vários graus, desde os mais leves,

passando pelos moderados, até os mais

graves (VASCONCELOS, 2004).

O acompanhamento nutricional

de pacientes com SD, PC e RM é

essencial desde os primeiros dias de

vida por apresentarem dificuldades

motoras, dentre elas, dificuldades

relacionadas à alimentação. Muitas

vezes pela falta de orientação, as mães

e/ou cuidadores acabam proporcionando

uma alimentação inadequada

prejudicando o desenvolvimento da

criança (MOURA et. al. 2009).

Desta forma, percebendo a

importância da nutrição para estes

pacientes, o presente estudo propôs

investigar o perfil nutricional dos

pacientes com PC, SD e RM atendidos

no PAOPE, pela equipe da nutrição no

período de agosto de 2010 a setembro

de 2011, visando um maior

conhecimento da clientela atendida para

proposição de intervenções mais

adequadas.

METODOLOGIA

O presente trabalho de

delineamento transversal avaliou

prontuários de crianças, adolescentes e

adultos atendidos no PAOPE, da

Universidade Vale do Rio Doce da

cidade de Governador Valadares - MG,

no período de agosto de 2010 a

setembro de 2011.

A primeira ação dos

pesquisadores foi à elaboração de uma

carta solicitando a coordenadora do

setor autorização para a realização das

avaliações dos prontuários (ANEXO 1).

Verificou-se nos prontuários

selecionados as seguintes variáveis: tipo

de patologia (PC, SD e RM); sexo;

consistência da dieta (líquida, pastosa,

semi-sólida e sólida); alimentos mais

consumidos; peso, altura, idade (em

meses) e data da consulta para

classificação do estado nutricional.

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Na avaliação do estado

nutricional dos portadores de SD,

utilizou-se as curvas propostas por

Cronk et al, e recomendada pelo Center

for Disease Control and Prevention

(CDC). Estas curvas foram elaboradas a

partir de dados da população americana

para avaliação dos portadores de

Síndrome de Down quanto a peso e

comprimento/ estatura de crianças e

adolescentes de 1 mês a 18 anos

(CRONK et. al., 1988).

Na avaliação de portadores de

PC e RM utilizou-se referencial

antropométrico publicado pela

Organização Mundial da Saúde (WHO,

2007), pelos índices antropométricos

IMC/I (Índice de Massa Corporal por

Idade) A/I (Altura por Idade. Para os

adultos, foi considerado o IMC e os

pontos de corte propostos pela OMS

(Organização Mundial de Saúde), a

saber: < 18,5: Baixo peso; 18,5 – 24,9:

Adequado; 24,9 – 29.9: Sobrepeso, 30 –

34,9: Obesidade Grau I; 35 – 39,9:

Obesidade Grau II; > 40: Obesidade

Grau III (WHO, 1995).

Na avaliação dietética, a

freqüência alimentar referida pelo

responsável do paciente foi avaliada em

função dos grupos de alimentos, de

acordo com o Guia Alimentar para a

População Brasileira (BRASIL, 2005).

Para a avaliação dietética, foi

considerado o consumo diário ou mais

de três vezes por semana.

RESULTADOS

No período de agosto de 2010 a

setembro de 2011, foram atendidos pelo

PAOPE 168 pacientes portadores de

diversas patologias: 53 (31,55%) com

PC, 21 (12,5%) com SD, 35 (20,83%)

com RM e 59 (35,12%) com outras

patologias.

Dos pacientes com PC (n=53),

26,42% (n=14) foram atendidos pela

equipe de nutrição, sendo 8 do sexo

masculino e 6 do sexo feminino.

Verificou-se que todos do sexo

masculino apresentaram baixo peso

(BP) e no sexo feminino, quatro com

baixo peso (BP), um com eutrofia (E) e

um com sobrepeso (SO) (TABELA 1).

Dos pacientes com SD, quatro

tiveram atendimento nutricional: 3 do

sexo masculino e 1 feminino. Todos do

sexo masculino apresentaram obesidade

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(O) e a paciente sobrepeso (SO)

(TABELA 1).

Dos pacientes portadores de

RM, cinco foram atendidos pela equipe

de nutrição: um do sexo masculino e

quatro femininos. O paciente apresentou

sobrepeso (SO) e as do sexo feminino

duas apresentaram baixo peso (BP),

uma eutrofia e uma classificada como

obesa (O) (TABELA 1).

PC SD RM

SEXO F SEXO M SEXO F SEXO M SEXO F SEXO M

BP 04 08 - - 02 -

E 01 - - - 01 -

SO 01 - 01 - - 01

O - - - 03 01 -

TOTAL 06 08 01 03 04 01

TABELA 1 – Estado Nutricional dos pacientes portadores de PC, SD e RM atendidos pela equipe de

nutrição no PAOPE, no período se agosto de 2010 a setembro de 2011.

Fontes: Dados da pesquisa

Do total de pacientes que foram

avaliados pela nutrição, verificou-se que

91,3% apresentaram alguma alteração

nutricional: déficit ou excesso de peso.

Em relação à consistência da

dieta, verificou-se que os pacientes

portadores de PC 35,71% (n=5)

consumiam dieta do tipo semi-pastosa,

42,86% (n=6) do tipo pastosa e 21,43%

(n=3) sólida. Já os pacientes portadores

de SD 100% (n=4) consumiam dieta do

tipo sólida. Os portadores de RM, 20%

(n=1) consumiam dieta do tipo pastosa e

80% (n=4) do tipo sólida (GRÁFICO

1).

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Gráfico 1 – Consistência da dieta consumida pelos portadores de PC, SD e RM.

Fonte: Dados da pesquisa.

Na avaliação dietética, conforme

informações da mãe e/ou responsável

pelo paciente verificou-se que os

alimentos mais consumidos pelos

portadores de PC foram: cereais,

carnes/leguminosas, leite e derivados;

os com SD foram cereais,

carnes/leguminosas e leite/derivados, e

os portadores de RM: os cereais,

carnes/leguminosas, leite e derivados.

Gráfico 2 – Frequência alimentar diária ou mais de três vezes por semana, dos portadores de PC, SD e

RM.

Fonte: Dados da pesquisa

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Líquida Semi-Pastosa Pastosa Sólida

PC

SD

RM

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

PC

SD

RM

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8

A idade dos pacientes atendidos

pela equipe de nutrição oscilou entre 04

e 16 anos (PC); 08 e 24 anos (SD) e 10

a 15 anos (RM).

DISCUSSÃO

O resultado, apresentado na

Tabela – 1 mostrou que os pacientes

portadores de PC apresentaram um alto

índice de baixo peso.

A dificuldade em alimentar

pacientes com problemas neurológicos é

comum. A gastrostomia pode ser

indicada quando a via oral é

inadequada, a criança apresenta baixo

peso ou quando é frequente a aspiração

e o estresse durante a alimentação

(CARAN, 2006).

Em estudo de STEVENSON

(1995), foi observado que 19% das

crianças tinham peso/altura abaixo do

percentil 50 para a idade. O autor

ressaltou que crianças com PC

normalmente têm deficiência no

crescimento, sendo importante seu

acompanhamento. Além disso, relatou

que crianças com PC desenvolvem

problemas nutricionais frequentes

necessitando de intervenção nutricional,

como inclusão de alimentos calóricos,

utilização de suplementos e o uso de

sondas.

Para os pacientes com SD foi

observado um maior índice de

obesidade. Portadores desta síndrome

apresentam maior probabilidade da

disfunção da tireóide, o hipotireoidismo,

que pode ser a causa de obesidade e

sobrepeso e também pela deficiência de

zinco mineral que participa como

cofator da deiodinase II, uma das

enzimas que regula a conversão de

tiroxina (T4) a triiodotironina (T3).

Ainda em consequência da taxa

metabólica basal ser mais lenta, é

presente a compulsão alimentar, a

dificuldade na mastigação e a hipotonia

geral dos músculos, incluindo aqueles

envolvidos na digestão que podem

contribuir para excesso de peso

(MARQUES et al, 2006 apud

MARREIRO, 2004). Por serem flácidos

tais músculos, a sensação de saciedade é

reduzida após uma refeição e os

portadores desta síndrome, tendem a

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comer de forma compulsiva (MOURA

et al, 2009 apud FSDOWN, 2009).

Os estudos têm mostrado

elevada prevalência de obesidade nessa

população em relação à desnutrição

(MOURA et al, 2009 apud, MOREIRA,

2007). O excesso de peso em pacientes

portadores de SD contribui para o

agravamento de problemas cardíacos e

dificulta o desenvolvimento motor

(andar, correr, saltar), (MOURA et al,

2009 apud FSDOWN, 2009).

Pacientes com RM apresentaram

diversidade quanto à classificação do

estado nutricional. Os pacientes dessa

patologia apresentam baixo peso que

pode ser devido a dificuldades na

aceitação dos alimentos, em função da

introdução inadequada. Alguns

pacientes apresentaram sobrepeso e

obesidade por terem um distúrbio

alimentar compulsivo (ANTUNES et. al

2010).

Considerando o elevado

percentual de pacientes com alterações

nutricionais encontrados no presente

estudo (91,3%), verifica-se a

necessidade de uma participação mais

efetiva da equipe de Nutrição, para a

avaliação e acompanhamento

nutricional de um maior número de

pacientes atendidos pelo PAOPE.

Atualmente, a carga horária para o

atendimento nutricional é pequena,

mostrando-se insuficiente para a

demanda. É importante ressaltar que o

percentual encontrado pode estar

superestimado, em função de ser uma

clientela encaminhada por outros

profissionais da equipe, que

provavelmente verificaram alguma

alteração nutricional. Há necessidade,

portanto, de um estudo mais abrangente,

incluindo toda a clientela atendida.

Em relação à consistência da

dieta consumida pelos portadores de

PC, SD e RM, mostradas no Gráfico 1,

observou-se que a dificuldade motora

básica das crianças com PC pode afetar

a função motora oral, influenciando no

desempenho das funções alimentares de

sucção, mastigação e deglutição,

desenvolvendo também alterações

articulatórias e respiratórias, entendida

como os aspectos motores e sensoriais

das estruturas da cavidade oral e da

faringe até a entrada do esôfago

(VIVONE et.al, 2007 apud CESA et.al

2004).

Os sintomas usualmente

observados nesses casos são

regurgitação, dificuldade de deglutir a

própria saliva, tosse no momento da

alimentação e instabilidade respiratória

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ou apneia, dentre outros, que podem

gerar aversão para comer determinados

alimentos, levando a um maior tempo

despendido com a alimentação e a

necessidade de dieta especial, diferente

da utilizada pelo restante da família.

Estes sintomas acabam gerando uma

situação de tensão e ansiedade dos pais,

o que torna o ato de comer difícil,

cansativo e de pouco prazer (AURÉLIO

et. al. 2002). Tais situações justificam a

preferência dos pais e/ou cuidadores em

oferecer uma alimentação semi-pastosa

ou pastosa para os portadores de PC.

Para os pacientes portadores de

SD, Gráfico 1 verificou-se que todos se

alimentam por dietas sólidas. A

alimentação de portadores da Síndrome

de Down segue os princípios da

alimentação saudável. A dieta deve ser

fracionada ao longo do dia para que

sejam evitados os excessos em cada

refeição. Os pais devem proporcionar

um ambiente calmo e a criança deve

mastigar bem os alimentos e comer

devagar (VIEIRA et. al, 2009).

As refeições devem ser

equilibradas e planejadas de acordo com

as características específicas como peso,

estatura e após análise de exames

laboratoriais. Em geral, os pratos devem

ser atrativos e coloridos e deve-se

incentivar o consumo de frutas,

hortaliças e restringir a quantidade de

massas, doces e refrigerantes.

A dieta rica em fibras é indicada

não somente para controle da

quantidade ingerida (já que promove

saciedade) como também para auxiliar

no trânsito intestinal. Deve ser

acompanhada de líquidos,

especialmente água e sucos naturais

(VIEIRA et. al, 2009).

Verificou-se nos pacientes com

RM apresentam boa freqüência na

ingestão alimentar sendo parecida com

SD, ou seja, apresentaram uma

alimentação normal.

Problemas comuns encontrados

estão relacionados ao padrão alimentar,

como: mastigação inadequada e rápida,

nausear, comer compulsivamente,

cuspir e grande seletividade alimentar,

nesse caso, o desinteresse pelo

alimento, recusa em comer, pouco

apetite ou excesso de apetite

(BANDINI, 2009).

Em outros casos, como na

deficiência mental, sabe-se que parte

das crianças tem grandes chances de

desenvolver algum distúrbio de

deglutição, podendo evoluir para

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desnutrição, desidratação, aspiração e

pneumonia (BANDINI, 2009).

De acordo com o Gráfico 2, os

portadores de PC apresentam consumo

alimentar frequente dos diversos grupos

de alimentos.

Não foi verificado na literatura

pesquisada, relatos de preferência dos

pais e/ou cuidadores de pacientes

portadores de PC por grupos específicos

de alimentos. Percebeu-se que seus

familiares preferem oferecer alimentos à

base de: cereais, leite/derivados,

seguidos de carne/leguminosas e

hortaliças.

Pacientes portadores de SD

apresentaram variabilidade em relação

aos grupos alimentares. Segundo a

percepção de grande parte das mães, a

compulsão alimentar caracterizada pela

ingestão de grande quantidade de

alimento por um curto período de tempo

está presente no cotidiano de seus

filhos. Fato importante a ser

considerado, pois a compulsão

alimentar é tida como um fator

etiológico da obesidade no período da

adolescência e vida adulta e por isso

merece a atenção dos estudiosos no

assunto (THEODORO et.al. 2009).

Em relação ao tipo de alimento,

os portadores de SD preferem massa,

seguida de carnes, salgadinhos,

refrigerante e legumes, com indicações

de chocolates por último frutas

(THEODORO et.al. 2009). No entanto

não foi possível afirmar a preferência

por doce/gordura nos pacientes

estudados, uma vez que essas

informações não foram relatadas pelos

pais e/ou cuidadores.

Verificou-se nos pacientes com

RM que os mesmos apresentaram boa

frequência alimentar em todos os

grupos de alimentos. No entanto, de

acordo com BANDINI (2009),

geralmente o paciente com RM desde a

infância é bastante restritivo a variedade

de alimentos, o próprio cuidador acaba

deixando de estimular o consumo das

variedades, excluindo, às vezes, grupos

de alimentos do consumo diário,

comprometendo seu estado nutricional.

Outra observação relevante é sobre o

consumo excessivo dos alimentos

industrializados, como salgadinhos de

pacote e biscoitos recheados.

Aparentemente, o sabor desses

alimentos agrada muito os pacientes

com RM e seus cuidadores acabam

oferecendo freqüentemente.

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O pequeno número de pacientes

atendidos pela nutrição se dá pelo curto

tempo de permanência da equipe no

setor, estando presentes 4 horas

semanais. Uma outra questão é a equipe

de nutrição atender somente pacientes

encaminhados por outros profissionais.

No entanto, perceber-se a

necessidade de um tempo maior de

permanência da equipe de nutrição para

alcançar um maior número de pacientes

atendidos, visto que a maioria dos

pacientes avaliados possui alterações

nutricionais.

CONCLUSÃO

Conhecer o estado nutricional

dos pacientes é um valioso instrumento

para a determinação terapêutico clínica

e dietética a ser empregada para a

correção do déficit observado.

Todo trabalho deve ser voltado a

atender as necessidades dos pacientes

com PC, SD e RM, ajustando à sua

realidade, sempre com o envolvimento e

comprometimento dos familiares ou

cuidadores. A rotina diária nem sempre

é fácil e mudar hábitos, como reduzir

quantidades, incorporar novos alimentos

ou preparações, alterar texturas e

sabores, geralmente demanda paciência

e dedicação, habilidades que devem ser

trabalhadas para o bem-estar e

manutenção do estado nutricional deles.

Uma nutrição adequada

proporcionará melhores condições de

saúde e evitará problemas futuros. A

incorporação de bons hábitos

alimentares deve ser gradual e contínua,

portanto a orientação de um

nutricionista é essencial durante o

processo de reeducação alimentar.

Para uma melhor intervenção

nutricional dos pacientes atendidos no

PAOPE é necessário maior tempo de

permanência da equipe de nutrição no

setor, incluindo todos os pacientes em

uma triagem nutricional, priorizando

aqueles com algum comprometimento

do estado nutricional. Dessa forma, os

cuidadores terão orientações

nutricionais adequadas e oportunas, de

forma à obtenção de uma alimentação

saudável, o que possibilitará uma maior

qualidade de vida para os pacientes

especiais.

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NUTRITIONAL PROFILE OF PATIENTS WITH DOWN SYNDROME,

CEREBRAL PALSY AND MENTAL RETARDATION SERVED IN THE

PAOPE UNIVALE, DURING AUGUST 2010 TO SEPTEMBER 2011

ABSTRACT

The nutritional monitoring of patients with Cerebral Palsy (CP), Down Syndrome (DS)

and Mental Disorder (MD) is essential since the earliest days of life because they have

mobility problems, among them, problems related to food. Often the lack of orientation,

ends up contributing with an inadequate diet, damaging a child’s development. This

study claims to investigate the nutritional status of patients with CP, DS and MD seen at

PAOPE, the team of nutrition in the period from August 2010 to September 2011. It

was characterized by a cross-sectional study, based on the evaluation of medical records

of children, adolescents and adults treated at PAOPE, University of Vale do Rio Doce

of the city of Governador Valadares – MG. Verified: the type of pathology sex,

consistency of diet, foods consumed, weight, height and age. Of all patients treated at

PAOPE (n=168), 23 were treated by nutrition. Stood out among the low weight patients

with CP (85,7%), overweight and obesity in DS (100%). Regarding the consistency of

the diet was found that the most frequent type of diet for patients with CP was semi-

pasty and pasty, solid for DS and MD. The foods consumed were reported food to group

CP, to group DS were cereals, eat/vegetables and dairy products, group MD were

cereals. Meat/ vegetables and dairy products. Knowing the nutritional status of patients

is a valuable tool for determining clinical and therapeutic diet to be used. The dietary re-

education should be gradual and continuous, so tracking a nutritionist during the process

of incorporating good eating habits is essential to improving the health of these patients.

Keywords: Special patients. Nutritional status. Cerebral Palsy. Down Syndrome.

Mental Disorder.

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ANEXOS

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