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1 Perfil-País MALÁSIA 2010

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P e r f i l - P a í s

M A L Á S I A

2 0 1 0

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2

Apex-Brasil

Alessandro G. Teixeira

PRESIDENTE

Maurício Borges

DIRETOR DE NEGÓCIOS

Ricardo Schaefer

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Marcos Tadeu Caputi Lélis

COORDENADOR DA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA COMERCIAL E COMPETITIVA (UICC)

Carla Ramos de Carvalho

Patrícia Steffen

AUTORAS DO ESTUDO

Guilherme Pedretti Cangussu de Lima

Roberta Peixoto Ataides

COLABORADORES DO ESTUDO

Simonny Valéria Soares

REVISORA

SEDE

Setor Bancário Norte, Quadra 02, Lote 11,

CEP 70.040-020

Brasília – DF

Tel. 55 (61) 3426.0202

Fax. 55 (61) 3426.0263

E-mail: [email protected]

© 2010 Apex-Brasil

Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

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3

Este estudo traça um perfil da Malásia através da apresentação dos panoramas econômico, político e

comercial daquele país. A ênfase maior é dada às relações comerciais malaias, mais detalhadamente, àquelas

estabelecidas com o Brasil.

Além de analisar os principais dados do comércio entre Brasil e Malásia, o trabalho também traz

indicadores que estão envolvidos nas trocas comerciais entre esses dois países e as oportunidades de negócio

para os exportadores brasileiros que desejam atuar no mercado malaio.

Abaixo, são listadas as informações encontradas em cada uma das seis partes do estudo.

Parte 1 Introdução

Localização População Principais cidades

Pag.8 Pag.8 Pag.10

Parte 2 Panorama Econômico Desempenho Econômico Pag.13

Parte 3 Panorama Político

Política Interna Política Externa

Relações Bilaterais Brasil-Malásia

Pag.22 Pag.22 Pag.23

Parte 4 Panorama Comercial Política Comercial

Acordos Comerciais

Pag.25

Características do Mercado

Ambiente de Negócios

Infraestrutura e Logística

Pag.26 Pag.29

Intercâmbio Comercial

Evolução do Comércio Exterior da Malásia

Destino das Exportações Malaias

Principais produtos da pauta de exportações da Malásia

Origem das Importações Malaias

Principais produtos da pauta de importações da Malásia

Pag.31

Pag.33

Pag.34

Pag.35

Pag.35

APRESENTAÇÃO

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4

Intercâmbio Comercial Brasil – Malásia

Corrente de Comércio

Saldo Comercial

Principais produtos exportados pelo Brasil para a Malásia

Principais rodutos importados pelo Brasil da Malásia

Pag.36

Pag.38

Pag.39

Pag.40

Indicadores de Comércio

Índice de Complementaridade de Comércio

Índice de Intensidade de Comércio

Índice de Diversificação/Concentração das Exportações (HH)

Índice de Comércio Intrassetor Industrial

Índice de Especialização Exportadora

Índice de Preços e Índice de Quantum

Pag.42

Pag.43

Pag.44

Pag.46

Pag.47

Pag.49

Pag.51

Parte 5

Oportunidades

Comerciais para o

Brasil na Malásia

Apresentação da Metodologia de Identificação das Oportunidades Comerciais

Agronegócios, alimentos e bebidas

Máquinas e Equipamentos

Casa e Construção

Moda

Multissetorial

Pag.54

Pag.56

Pag.60

Pag.65

Pag.69

Pag.73

Parte 6 Anexos

Anexo 1: Descrição da Metodologia de Identificação de Oportunidades Comerciais

Anexo 2: SH6 referentes às exportações expressivas

Pag.79

Pag.84

A Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva responsável pelo desenvolvimento deste estudo

gostaria de saber sua opinião sobre ele. Se você tem comentários ou sugestões a fazer, por favor, envie email

para: [email protected]

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Localizada no sudeste asiático, a Malásia compõe-se dois territórios: a Malásia Peninsular e a Malásia

Oriental, ao norte da Ilha de Bornéu. Seu território – 329,9 milhares de km2 – é o 66º maior do mundo e abriga o

14º maior contingente populacional da região1. A Divisão de População das Nações Unidas estima que, em 2010,

tal contingente chegue a 27,9 milhões de pessoas, dos quais 27,8% irão se situar na zona rural (Gráfico 1). Em

2015, esta proporção será um pouco menor: de 24,3%.

Quando se trata da magnitude da economia malaia, seu Produto Interno Bruto (PIB), medido pelo valor

corrente da moeda nacional convertida em dólares estadunidenses, chegou a US$ 221,6 bilhões no ano de 2008,

posicionando-a na 39ª colocação no ranking mundial. No entanto, se o conceito utilizado for o de PIB por

paridade de poder de compra (PPC), mais apropriado para a análise do padrão de vida das populações, o país

sobe nove degraus, assumindo o 30º lugar. Do ponto de vista da estrutura produtiva da economia malaia, em

2008, a agricultura respondia por 7,5% do produto; a indústria, por 37,2%; e os serviços, por 50,3%.

De 2003 a 2008, o desempenho econômico da Malásia impressionou: o crescimento médio do PIB no

período chegou a 5,7%. Para tanto, contribuíram o consumo privado aquecido e recuperação do investimento

privado, que contrabalançaram o baixo gasto do governo. Em fins de 2008, entretanto, o cenário interno

promissor começou a ruir, pois a Malásia mais uma vez sofria as conseqüências da sua dependência do setor

externo e da instabilidade por que passava a economia mundial. Houve queda de 21,1% do valor total exportado

em 2009 em relação a 2008 e a contração do PIB em 3,5 pontos percentuais. Para fazer a economia voltar a

crescer em 2010 e estabilizar o mercado de ações, o governou lançou dois planos econômicos, cujos valores totais

chegaram a 10% do PIB. Em 2010 o PIB deve se recuperar e chegar a e 1,3%.

A Malásia se tornou independente da Grã-Bretanha em 1957. Desde então, seu regime político é de

monarquia constitucional. O partido do atual primeiro ministro Najib Razak, Organização Nacional dos Malaios

Unidos (UMNO, em inglês), mantinha-se à frente do poder na Malásia desde a independência do país, com

grande maioria no parlamento. Entretanto, nas últimas eleições parlamentares, em 2008, a coalizão Frente

Nacional (Barisan Nasional – NB), que é composta majoritariamente por membros da UMNO, conquistou

somente 63% das cadeiras. Com apenas uma pequena maioria no parlamento, o primeiro ministro não consegue

viabilizar emendas constitucionais, cuja sanção prevê a aprovação de dois terços daquela Casa. A disputa entre o

primeiro ministro Najib Razak e o líder da oposição Anwar Ibrahim tem gerado instabilidade política na Malásia.

Quanto ao comércio exterior malaio, entre 2003 e 2008, tanto exportações quanto importações

cresceram em torno de 13%, ao ano, em média. Contudo, como resultado da crise, em 2009, ambas cederam

22,6% e 20,3%, nessa ordem. Já em 2010, o fluxo comercial malaio deve retornar retorne a patamares muito

1 Em um total de 46 países na base de dados Euromonitor.

SUMÁRIO EXECUTIVO

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próximos aos de 2008. Em 2008, o saldo comercial foi 45,9% maior do que o de 2007 e alcançou o maior valor do

período em análise: US$42,6 bilhões. Um superávit de tal monta só foi possível graças às vultosas exportações de

commodities, que resultaram dos altos preços do óleo de dendê e dos minerais no primeiro semestre de 2008. As

exportações de commodities de baixo conteúdo importado contribuíram em 73,6% para o valor exportado em

2008. Em 2009, o movimento do saldo comercial acompanhou a queda exportações e importações e reduziu-se

em 15,7%. Debelados os piores meses da crise, acredita-se que o saldo chegará a US$ 36,6 bilhões em 2010.

Historicamente a pauta exportadora da Malásia tem se amparado fortemente em eletrônicos, petróleo

e gás. Em 2008, maquinários e equipamentos para transportes representaram 47,2% dos US$210 bilhões

exportados pelo país. Cingapura, Estados Unidos e União Européia são os principais destinos das exportações

malaias e receberam, respectivamente, 14,7%, 12,5% e 11,6% das exportações de bens em 2008. Por outro lado,

a Malásia necessita importar maquinário e equipamentos, químicos e manufatura básica para sustentar seu setor

manufatureiro. Em 2008, os principais fornecedores desses e outros produtos para o país foram China, Japão e

Cingapura, com participação de mercado conjunta de 36,3%.

Em 2008, a corrente comercial brasileira totalizou US$370,9 bilhões, batendo, assim, seu recorde

histórico. Daquela quantia, US$ 2,5 bilhões resultaram da parceria comercial com a Malásia, o que se traduz em

uma representatividade pouco significativa, de apenas 0,007%. No que se refere às exportações brasileiras, o

cenário pouco se altera: em 2008, o Brasil direcionou apenas 0,44% de suas exportações à Malásia, sem que

tenha havido mudanças consideráveis nos dez anos anteriores. Entre 1998 e 2008, esse percentual variou entre

0,24% e 0,47%, tendo atingido o seu valor máximo em 2002 e 2006, de 0,47%, para retornar aos 0,44% de 2008.

Pela ótica das importações brasileiras, a Malásia tem representatividade duas vezes maior: de 0,99%, segundo os

dados de 2008. Entre 1998 e 2008, a representatividade média foi de 0,84%, tendo alcançado um pico isolado de

1,06% em 2007. Assim sendo, em termos relativos, os dados constantes desse parágrafo sugerem, portanto, que

a Malásia assume um papel discreto nas trocas comerciais com o Brasil, principalmente no que diz respeito às

exportações brasileiras.

A Malásia possui acordos comerciais tanto bilaterais como de alcance regional. Membro fundador da

Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), o país também participa da Cooperação Econômica Ásia-

Pacífico (APEC) e do Arranjo Preferencial de Tarifas do Grupo de Oito Países em Desenvolvimento. Estados

Unidos, Japão e Paquistão são alguns dos países com os quais a Malásia já possui ou está negociando acordos de

comércio bilateral

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PARTE 1

INTRODUÇÃO

LOCALIZAÇÃO / POPULAÇÃO

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Localizada no sudeste asiático, a Malásia compõe-se dois territórios: a Malásia Peninsular e a Malásia

Oriental, ao norte da Ilha de Bornéu. A área peninsular abriga a maior parte da população, sedia 11 dos 13

estados do país e faz fronteira com a Tailândia. Na porção insular, localizam-se os estados de Sabah e Sarawak, de

vasta cobertura florestal e que têm como fronteiras Indonésia, Brunei e o Mar da China Meridional. Kuala Lumpur

é a capital do país.

Mapa 1 – Localização geográfica da Malásia

Fonte: CIA,“The World Factbook”.

Seu território – 329,9 milhares de km2 – é o 66º maior do mundo e abriga o 14º maior contingente

populacional da região2. A Divisão de População das Nações Unidas estima que, em 2010, tal contingente chegue

a 27,9 milhões de pessoas, dos quais 27,8% irão se situar na zona rural (Gráfico 1). Em 2015, esta proporção será

um pouco menor: de 24,3%.

Gráfico 1- População da Malásia (em milhares de pessoas)

2 Em um total de 46 países na base de dados Euromonitor.

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14.42417.345

20.15022.760

8.849

8.308

7.770

7.287

2000 2005 2010* 2015*

População urbana População rural*Previsão

23.274

25.65327.920

30.047

Fonte: UN Population Division. Elaboração: UICC Apex-Brasil.

O perfil etário e de gênero dos malaios, entre 1980 e 2020, é ilustrado no Gráfico 2. No início da década

de 80 houve uma explosão demográfica que persiste até hoje e irá, possivelmente, ultrapassar 2020. Nesses 40

anos, a população irá mais do que dobrar. Em números, trata-se de um incremento de quase 19 milhões de

pessoas. Nas duas últimas décadas, contudo, o ritmo de crescimento populacional será mais brando: 1,67% ao

ano, contra 2,67% das duas décadas anteriores.

Em 1980, jovens de até 19 anos representavam a maioria da população (51,3%); indivíduos entre 20 e

59 anos, 43,2%; e, com mais de 60 anos, 5,5%. Entre 1980 e 2000, a faixa de maior crescimento (95,1%) foi a de

20 a 59 anos, o que alterou as proporções das faixas etárias na população total. Desse modo, em 2000, 49,8% da

população já se enquadravam no grupo com idade intermediária. Esse movimento se faz notar na pirâmide

ilustrativa do ano 2000, com o alargamento das linhas na cor vermelha. Importa notar ainda que, de 1980 a 2020,

a força de trabalho em potencial, definida pela participação de pessoas entre 15 e 65 anos, irá saltar de 7,8

milhões para 21,4 milhões.

Outra tendência que se faz notar ao longo dos 40 anos é o envelhecimento paulatino da população. Nos

anos 80, o número de idosos com mais de 60 anos não ultrapassava 5%; em 2020, porém, esse percentual deverá

atingir 10%. Na pirâmide elaborada para 2020, o topo, em verde, mostra-se bem mais alargado do que nas figuras

anteriores.

Por fim, entre crianças e jovens, o número de meninos supera o de meninas. No entanto, à medida que

a população envelhece, essa diferença diminui, invertendo-se a partir dos 40 anos. Quanto mais avançada a

idade, maior torna-se o descompasso entre o número de homens e mulheres. Em 2020, para os idosos com mais

de 80 anos, haverá 1,55 mulher para cada homem.

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Gráfico 2 – Pirâmides etárias na Malásia – 1980, 2000, 2010 e 2020, da esquerda para direita – em milhões de

habitantes

Fonte: Divisão de População das Nações Unidas. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

Em relação aos grandes conglomerados urbanos da Malásia, conceituados como aqueles onde se

superou a marca dos 750 mil habitantes, prevê-se que, em 2010, 14,0% da população malaia residirá em uma das

três maiores cidades do país: Kuala Lumpur, Johore Bharu e Klang. Em valores absolutos, esse percentual

corresponde a 4,2 milhões de moradores, dos quais 1,7 milhão irá se estabelecer na capital, Kuala Lumpur.

Embora o percentual de malaios estabelecidos na capital esteja praticamente estável, oscilando não

mais que 0,1 ponto a cada cinco anos, nas outras duas regiões metropolitanas, ocorre concentração populacional.

Em 2000, 5,4% dos malaios residiam em Johore Bharu e Klang; em 2015, possivelmente serão 8,4% (Gráfico 3).

PRINCIPAIS CIDADES

2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0

0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80

Milhões

1980 Homens Mulheres

2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0

0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80

Milhões

Homens Mulheres2000

2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0

0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80

Milhões

Homens Mulheres2010

2,0 1,5 1,0 0,5 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0

0-45-910-1415-1920-2425-2930-3435-3940-4445-4950-5455-5960-6465-6970-7475-79> 80

Milhões

Homens Mulheres2020

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Gráfico 3 – População residindo em cada aglomeração urbana com 750 mil habitantes ou mais em

2007 (em %)

0,0%

1,0%

2,0%

3,0%

4,0%

5,0%

6,0%

2000 2005 2010* 2015**

Kuala Lumpur Johore Bharu Klang

*Estimativa

**Previsão

Fonte: Divisão de População das Nações Unidas. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

No caso da vizinha Indonésia, a Divisão de População das Nações Unidas (DPNU) prevê que, em 2015,

12% dos então 251,6 milhões de habitantes residirão em cidades com mais de 750 mil moradores. Desse

percentual, 4,3% irão se estabelecer na capital, Jacarta. Já para o Brasil os números diferem bastante: em 2015,

41,6% dos brasileiros deverão morar em grandes áreas metropolitanas.

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PARTE 2

PANORAMA ECONÔMICO

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Quando se trata da magnitude da economia malaia, seu Produto Interno Bruto (PIB), medido pelo valor

corrente da moeda nacional convertida em dólares estadunidenses, chegou a US$ 221,6 bilhões no ano de 2008,

posicionando-a na 39ª colocação no ranking mundial. No entanto, se o conceito utilizado for o de PIB por

paridade de poder de compra (PPC), mais apropriado para a análise do padrão de vida das populações, o país

sobe nove degraus, assumindo o 30º lugar (Tabela 1). Para efeito de comparação, na Ásia em desenvolvimento3, o

PIB (PPC) malaio é o sexto maior, inferior aos da China, Índia, Indonésia, Tailândia e Paquistão. Por outro lado, o

PIB (PPC) per capita de US$ 14.081,00 – 60º maior do mundo e típico de um país de médio desenvolvimento – é

alcançado a partir da relativização do tamanho da economia pelo número de habitantes. O Índice de

Desenvolvimento Humano (IDH) corrobora tal entendimento: a Malásia é a 66ª nação mais desenvolvida, com

expectativa de vida de 74,6 anos e taxa de analfabetismo de 7,2%. A má distribuição de renda entre distintos

grupos étnicos e o desequilíbrio regional estão entre os maiores problemas sociais do país. O índice de Gini4 da

renda familiar é igual a 0,502, o que caracteriza a Malásia como a 12º nação mais desigual do mundo5.

Do ponto de vista da estrutura produtiva da economia malaia; em 2008, a agricultura respondia por

7,5% do PIB; a indústria, por 37,2%; e os serviços, por 50,3%. Entre os principais produtos do setor agrícola, inclui-

se o óleo de dendê. A esse respeito, o governo tem incentivado a unificação das plantações de dendezeiros, de

modo a deixá-las sob o gerenciamento de uma única organização, potencialmente a maior do mundo, com a

possibilidade de controle de 600 mil hectares de plantações do produto6. A indústria emprega 20% da força de

trabalho malaia, e é dominada pela produção para o mercado externo, em especial de eletroeletrônicos. Com a

queda recente da demanda internacional desses produtos, causada pela crise econômica, a indústria apresentou

desempenho positivo em 2008 (1,3%) devido ao crescimento da procura interna. Entre 2007 e 2008, o setor de

serviços chegou a crescer 7,3%, impulsionado pelo comércio, turismo e finanças. Em 2009, o setor ficou à beira da

paralisação, com vários bancos em dificuldades.

3 Classificação utilizada pelo FMI, que inclui 26 países.

4 O Índice de Gini foi criado pelo matemático italiano Conrado Gini em 1912. É um dos indicadores adotado pelo Programa

das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na mensuração do grau de desigualdade existente na distribuição de

indivíduos segundo a renda domiciliar per capita. Seu valor varia de 0, quando não há desigualdade (a renda de todos os

indivíduos tem o mesmo valor), a 1, quando a desigualdade é máxima (apenas um um indivíduo detém toda a renda da

sociedade e a renda de todos os outros indivíduos é nula).

5 De acordo com o Euromonitor, que possui o dado para 84 países.

6 Country Profile Malaysia – Euromonitor.

DESEMPENHO ECONÔMICO

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Pela ótica da demanda agregada7, em 2008, o consumo privado correspondeu a 45,2% do PIB; o

consumo público, a 12,5%; a variação dos investimentos, a 0,5%; a formação bruta de capital fixo, a 19,6% e as

exportações de bens e serviços, a 103,6%. Já pelo lado da oferta agregada8, as importações de bens e serviços

representaram 80,5% do PIB. Com efeito, o tamanho do superávit externo, considerando o comércio exterior de

bens e serviços, alcançou 23,1% do PIB.

Tabela 1- Indicadores socioeconômicos da Malásia

Descrição 2008 Ranking

1. Economia

Crescimento do PIB (%)¹ 4,63 -

PIB 2008 PPP (I$ bilhões)¹ 384,39 30

PIB per capita - PPP ¹ 14.081 60

PIB PPP share ¹ (%) 0,56 -

Taxa de Inflação (%)¹ 5,40 -

FBCF/PIB² 19,64 66

IDE/PIB (%)² 3,33 44

IDE - Estoque de entrada de investimento direto (US$ milhões)³ 73262,12 38

2.População

IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) em 2007⁴ 0,829 66

População em 2009 (milhões de habitantes)⁵ 28,098 44

População economicamente ativa (mil)⁵ 11.297 40

Taxa de desemprego (%)⁵ 3,30 112

3. Tecnologia, Competitividade e Instituições

Network Readiness Index (Tecnologia de Informação), 2008-2009⁶ 4,76 28

Gastos em Pesquisa e Desenvolvimento, média 2000-2005 (% do PIB)⁷ 0,59 45

Exportações de Bens de Alta Tecnologia, 2005 (%do total manufaturado)⁸ 54,61 3

Exportações de Bens de Alta Tecnologia, 2006 (%do total manufaturado)⁸ 53,78 4

Índice de Competitividade Global 2009-2010⁶ 4,87 24

Indicadores selecionados da Malásia

Fontes: World Development Indicators 2009; World Economic Forum Competitiveness Report 2009; Human Development Report 2008 e

2009; International Trade Statistics, 2008; World Investiment Report , 2008; Global Information Technology Report, 2008; Euromonitor;

World Economic Outlook Database, October 2009. (1) FMI. O Fundo considera 211 países para este ranking. (2) The Economist. A fonte considera 82 países para este ranking. (3) UNCTAD (4) PNUD. A ONU considera 179 países em seu ranking. O IDH é elaborado com base na renda, escolaridade e expectativa de vida (5) Euromonitor. A fonte considera 207 países para o ranking de população; 173 para população economicamente ativa e 137 para taxa de desemprego.

7 Demanda agregada é a quantidade de bens ou serviços que a totalidade dos consumidores deseja e está disposta a adquirir

em determinado período de tempo e por determinado preço. É a soma das despesas das famílias, do governo e os

investimentos das empresas, consistindo na medida da demanda total de bens e serviços numa economia." (SANDRONI,

Paulo. Dicionário de Economia do Século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2005, p.231.

8 Oferta agregada é a quantidade de bens ou serviços que o conjunto dos ofertantes produz e oferece no mercado, em

determinado período de tempo e por determinado preço. É determinada somando-se as ofertas individuais a cada nível de

preço." (id, 2005.p.601).

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(6) World Economic Forum WEF. Indicador que procura capturar várias dimensões do processo de inovação tecnológica. O ranking inclui 127 países. (7) UNESCO. Índice que captura múltiplas dimensões da capacidade competitiva das nações. O ranking considera 134 países.

(8) Banco Mundial. O Banco considera 157 países para este ranking.

Após a crise financeira asiática de 1998, quando o PIB malaio recuou 7,4%, a economia do país voltou a

crescer em 1999 e 2000 (6,2% e 8,7%), até sofrer novo revés em 2001. A demanda mundial por produtos

manufaturados, particularmente de tecnologia de informação e comunicação, despencou naquele ano,

consolidando um lento e sincronizado desaquecimento da economia global. A Malásia, dependente do setor

externo, sentiu a queda da demanda por seus produtos. Em meio à crise, os preços de algumas das principais

commodities exportadas pelo país, incluindo o petróleo, se retraíram. O resultado foi um minguado crescimento

do PIB, de 0,52%, em 2001. Já no primeiro semestre de 2002, a economia malaia mostrou sinais de recuperação,

estimulada pelo crescimento do consumo e do investimento público e pela elevação da demanda externa. De

2003 a 2008, o desempenho econômico da Malásia impressionou: o crescimento médio do PIB no período chegou

a 5,7%. Contribuíram o consumo privado aquecido e a recuperação do investimento privado, que

contrabalançaram o baixo gasto do governo.

Em fins de 2008, entretanto, o cenário interno promissor começou a ruir, pois a Malásia mais uma vez

sofria as consequências da sua vulnerabilidade frente às mudanças na economia mundial. A demanda externa –

em especial de eletrônicos, petróleo e gasolina – tem sido o maior vetor de dinamismo da economia malaia.

Prova disto é a contribuição de 94,4% das exportações para o PIB em 2008. Em 2009, já sob efeito da crise, a

demanda externa arrefeceu, e não raras foram as atitudes protecionistas tomadas por diversos países. Para

agravar a situação, soma-se o fato de os Estados Unidos – justamente o epicentro da crise – terem sido o 2º

principal destino das exportações malaias em 2008. Esse conjunto de acontecimentos teve como resultados a

queda de 21,1% do valor total exportado pela Malásia em 2009 em relação a 2008 e a contração de 3,5% do PIB.

Para fazer a economia voltar a crescer em 2010 e estabilizar o mercado de ações, o governou lançou

dois planos econômicos, cujos valores totais chegaram a 10% do PIB. O primeiro, anunciado ainda em 2008,

priorizou projetos de infraestrutura e treinamento. O segundo, de março de 2009, foi o maior lançado no país, e

traçou vários objetivos: socorro às firmas com escassez de crédito, estímulo ao consumo, apoio ao lançamento de

ações em bolsa e financiamento de projetos sem previsão orçamentária. Com tais medidas, o governo pretende

criar mais de 160 mil empregos. O empenho governamental em socorrer a economia malaia custará aos cofres

públicos M$67 bilhões, ou cerca de US$ 20,5 bilhões, e implicará um déficit de mais de 7,0% do PIB. Além do

lançamento dos planos, os gestores públicos tomam medidas de estímulo à demanda interna com a finalidade de

tornar o país menos dependente das exportações. Em 2010 o PIB deve se recuperar e chegar a e 1,3%.

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16

Passando-se à retrospectiva do comportamento inflacionário da economia malaia, também ilustrada no

Gráfico 4, entre 2003 e 2007, o país apresentava taxas de inflação, medidas pelo índice de preços ao consumidor,

de 2,1% em média. De 2003 a 2006, a tendência do indicador foi de alta. Em 2007, sobreveio queda para 2,0% e,

em 2008, ocorreu um salto para 5,4%. O banco central da Malásia, Bank Negara Malaysia, atribuiu a escalada

inflacionária dos três primeiros meses de 2008 ao aumento acentuado dos preços dos combustíveis e dos

alimentos. Em 2009, a taxa de inflação recuou para 0,9%, devido à queda nos preços internacionais destes

mesmos produtos. Para 2010, o FMI prevê 2,5% de inflação.

Com respeito à política cambial9, em 2005, o país trocou o sistema de câmbio fixo pela flutuação suja10

do ringgit (denominação da moeda malaia). De acordo com o banco central, o monitoramento da moeda não

ocorre para manter a taxa de câmbio em determinado patamar, mas para minimizar sua volatilidade. Uma cesta

de moedas, cuja composição exata a entidade não divulga, serve de base para esse acompanhamento. Analistas

da empresa de análise econômica e política Economist acreditam que essa cesta inclua moedas de importantes

parceiros comerciais como o iuan (China), iene (Japão) e os dólares dos Estados Unidos e de Cingapura. Ademais,

com o objetivo de auxiliar a Malásia a controlar sua moeda e protegê-la de ataques especulativos, foi proibido o

envio de divisas a paraísos fiscais.

Em meados de abril de 2008, o ringgit alcançou sua menor cotação contra o dólar em dez anos:

M$3,1/US$1 em função de um grande superávit comercial e entrada de fluxos de capital de curto prazo. Ao final

daquele mês, a fuga de capitais originada no contexto de crise global causou a inversão dessa tendência de

valorização da moeda malaia. Como resultado, o ringgit desvalorizou-se em relação ao dólar. A média da cotação

em 2009 foi de M$3,5/US$1 contra M$3,3/US$1 no ano anterior.

Apesar de a economia ainda estar se recuperando da crise, o governo decidiu enfrentar os

desequilíbrios fiscais e cortar gastos em 2010. Em 2008, o déficit orçamentário já havia chegado a 4,8% do PIB em

consequência das políticas de subsídios. A expectativa das autoridades é que esse percentual chegue a 7,4% em

2009, devido às medidas adicionais de estímulo à economia. A redução dos gastos deve se pautar na eficiência

econômica e na diminuição dos subsídios. Mediante o sucesso das ações, o governo espera uma redução do

déficit para 5,6% do PIB em 2010.

9 Economist Intelligence Unit, Country Commerce Malaysia.

10 Na flutuação suja, o câmbio varia de acordo com o mercado, mas o Governo intervém caso a taxa oscile exageradamente.

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17

Gráfico 4 - Crescimento do PIB e taxa de inflação da Malásia

5,8%

6,8%

5,3%5,8%

6,3% 4,6%

-3,5%

1,3%1,1%

1,4%

3,0%3,6%

2,0%

5,4%

0,9%

2,5%

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010*

Crescimento do PIB Taxa de Inflação * Previsão

Fonte: FMI. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

No que concerne aos aspectos sociais, a diminuição da desigualdade de renda, do desequilíbrio regional

e da disparidade étnica são desafios centrais para o país. O índice de Gini do país está entre os maiores da Ásia.

Além disso, regiões diferentes alcançaram graus de desenvolvimento humano diversificados. Sabah, a região mais

empobrecida do país, tinha uma taxa de pobreza de 16% em 2007. Já no estado mais desenvolvido, o índice de

pobreza não ultrapassa 0,7%. Grupos étnicos distintos também têm níveis de qualidade de vida diferentes. A

maioria da população, que é malaia, é mais pobre do que a minoria chinesa. Enquanto a taxa de pobreza entre os

malaios era de 5,1% 2007, esse mesmo indicador era de 0,6% para os chineses e de 2,5 para os indianos. O temor

de que a má distribuição de renda gerasse tensões sociais, levou o governo malaio a implementar ações

afirmativas, como a que obriga empregadores a contratar ao menos 30% de sua mão de obra entre malaios e

indígenas. Tais ações têm sido bem-sucedidas, embora fortaleçam um ambiente econômico com menos

liberdade.

Ainda em respeito à distribuição de renda na Malásia, o Gráfico 5 especifica a participação dos lares por

faixa de renda anual entre 2003 e 2008. Em 2008, 58,7% dos lares malaios recebiam até US$ 15 mil anuais (41,3%

ganhavam acima). No caso da economia brasileira, para o mesmo ano, esse percentual localizava-se na faixa de

68,5%, de maneira que 31,5% dos lares brasileiros ganhavam acima do patamar de renda indicado.

Entre 2003 e 2008, há uma tendência de alteração na composição percentual das faixas de renda por

lares definidas no Gráfico 5. Os dados evidenciam um aumento relativo do número de lares que ganham entre

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18

US$15.000 e US$65.000, de US$65.000 a US$150.000 e acima de US$150.000 anuais. Simultaneamente, há uma

diminuição relativa nos lares que recebem renda anual de US$2.500 a US$15.000 e abaixo de US$2.500. Essa

dinâmica de melhora da distribuição de renda das famílias malaias pode estar relacionada tanto às ações

afirmativas expostas acima como ao desempenho econômico do país, tendo em vista que o PIB da Malásia

cresceu em média 5,7% ao ano, entre 2003 e 2008. Outro componente que ajudou em parte na melhora do

padrão de renda da Malásia, embora de forma artificial, foi a evolução da taxa de câmbio nominal da moeda

malaia frente ao dólar estadunidense, uma vez que, as faixas de rendas são fixadas em US$. Nos cinco anos em

foco, essa taxa diminuiu 13% no acumulado, alterando-se de RM$3,8/US$ para RM$3,3/US$ no fim do período, o

que tornou os produtos importados relativamente mais baratos, aumentando o poder aquisitivo da população.

No Brasil, a contribuição do câmbio para o aumento da renda das famílias foi ainda maior, uma vez que o real

valorizou-se 38,9% neste mesmo quinquênio.

Gráfico 5 - Participação dos lares por faixa de renda anual em 2003 e 2008

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

20032008

9,8%

4,9%

68,9%

53,8%

19,7%

37,4%

1,0%2,8%

0,5% 1,0%

acima de US$150.000

de US$65.000 a US$150.000

de US$15.000 a US$65.000

de US$2.500 a US$15.000

até US$2.500

Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

A Malásia procura atrair investimentos, com algumas ressalvas. São bem-vindas iniciativas que

promovam o desenvolvimento da economia, transfiram expertise técnica e gerencial, qualifiquem trabalhadores e

abram postos de trabalho que os absorvam. Segundo fontes oficiais, a mera compra de ações para aquisição

integral ou parcial de empresas é desestimulada. O governo exerce considerável influência na aprovação de

projetos individuais e utilizou-se disto para restringir ações especulativas e conseguir acordos de joint venture e

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19

transferência de tecnologia. Após a crise de 1998 e o abalo de 2001, restrições ao capital estrangeiro e requisitos

de exportação foram relaxados para aumentar a atração de investimentos11.

Investimentos estrangeiros em manufaturas para exportação e indústrias intensivas em capital e de alta

tecnologia são prioridade para a Malásia. Entre os setores que mais os receberam constam: equipamentos

elétricos e eletrônicos; petróleo e gás; biotecnologia; metalurgia e químicos. Ainda que, de modo geral, o governo

malaio não apoie investimentos em indústrias de pouco valor agregado ou intensivas em trabalho, nas partes

mais pobres do país, esse tipo de investimento pode ser bem-vindo.

Nos anos 2000, os fluxos de investimentos estrangeiros diretos (IED) ganharam importância para a

Malásia. Tome-se como exemplo o fluxo de entrada, medido como porcentagem da formação bruta de capital

fixo (FBCF), que passou de 17,6%, na média de 1990 a 2000, para 18,4%, em 2008. Em valores absolutos, trata-se

de US$ 8,1 bilhões, em 2008. A tendência de intensificação dos fluxos de IED entre 1997 e 2010 é mostrada no

Gráfico 6. As quedas mais expressivas, de 1998 e 2001, ocorreram justamente nos momentos de turbulência da

economia mundial.

Na Malásia, o fluxo de entrada de IED como razão da FBCF em 2008, de 18,4%, fica acima do patamar do

sudeste asiático (15,8%) e das economias em desenvolvimento (12,5%). No caso brasileiro, ainda que o montante

de IED recebido em 2008 (US$ 45,1 bilhões) tenha sido sensivelmente maior do que na Malásia, como proporção

do PIB, é menor: 15,1%. Na vizinha Indonésia, no mesmo ano, esse indicador não superou 5,6%.

11

Economist Intelligence Unit, Country Commerce Malaysia.

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20

Gráfico 6- Malásia – fluxo de investimentos, 1997-2008 (US$ bilhões)

6,3

2,7

3,9 3,8

0,6

3,2

2,5

4,6

4,1

6,1

8,4 8,1

1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Fonte: UNCTAD. Elaboração: UICC - Apex-Brasil.

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21

PARTE 3

PANORAMA POLÍTICO

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22

Política Interna12

A Malásia se tornou independente da Grã-Bretanha em 1957. Desde então seu regime político é de

monarquia constitucional. O partido do atual primeiro ministro Najib Razak, Organização Nacional dos Malaios

Unidos (UMNO, em inglês), mantinha-se à frente do poder na Malásia desde a independência do país, com

grande maioria no parlamento13. Entretanto, nas últimas eleições parlamentares, em 2008, a coalizão Frente

Nacional (Barisan Nasional – NB), que é composta majoritariamente por membros da UMNO, conquistou

somente 63% das cadeiras14. Nessas mesmas eleições, a NB também perdeu representatividade nas assembléias

estaduais.

Essa perda de cadeiras no parlamento se deve ao aumento das tensões étnicas e da inflação conjugado

à aparente incapacidade de se combater a corrupção15. Com apenas uma pequena maioria no parlamento, o

primeiro ministro não consegue fazer emendas constitucionais, já que para isso é necessária a aprovação de dois

terços dos membros daquela Casa. Razak, que está no poder desde 3 de abril de 2009, tem atualmente o desafio

de aumentar a popularidade do seu partido. Para isso, o primeiro ministro adotou a estratégia de diversificar a

velha política executada na Malásia, que beneficia somente os bumiputera, malaios étnicos e outros povos

indígenas que representam cerca de 60% da população. Os outros 40% são formados majoritariamente pelos

chamados chineses malaios. Atualmente disputas entre o primeiro ministro, Najib Razak, e o líder da oposição,

Anwar Ibrahim, têm gerado instabilidade política no país.

Política Externa16

Após a sua independência em 1957, a Malásia adotou uma postura fortemente anticomunista e pró-

ocidente e concentrou seus esforços em manter sua independência.

Entre 1970 e 1976, como membro da Organização da Conferência Islâmica (OCI), o país passou a se

identificar como uma nação muçulmana. Ainda nos anos 70, a Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN)

12

Country Commerce and Country report Malaysia, Economist Intelligence Unit.

13 Nas eleições de 2004 a coalizão Frente Nacional (Barisan Nasional – NB), a qual é composta majoritariamente por membro

do partido UMNO, conquistou 90% das cadeiras do parlamento.

14 Country Commerce Malásia, Economist Intelligence Unit.

15 Country Commerce Malásia, Economist Intelligence Unit.

16 Fontes: Country Profile Malásia – Euromonitor e Ministério das Relações Exteriores da Malásia, disponível em:

http://www.kln.gov.my/web/guest/evolution

POLÍTICA INTERNA8

POLÍTICA EXTERNA12

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23

passou a ser uma das prioridades da política externa da Malásia. Foi nesse período também que o país fortaleceu

a sua política de não-alinhamento e equidistância das grandes potências.

Já nos anos 80, a política externa do país tomou rumos mais econômicos. Também nesse período, a

Malásia passou a defender fortemente os direitos e aspirações dos países em desenvolvimento e advogar pelo

incremento do intercâmbio técnico e comercial entre os países em desenvolvimento. A partir disso, o país

estreitou suas relações com países da África, América Latina e Leste Europeu, principalmente por meio do

comércio e da transferência de tecnologia no âmbito da cooperação Sul-Sul.

A partir de 2003, o país concentrou esforços, principalmente, em ter um papel de liderança influente na

OCI, na ASEAN e no Movimento dos Não-Alinhados (MNA). A Malásia também prioriza a disseminação da imagem

de uma nação islâmica tolerante e progressista.

Atualmente, o país tem algumas desavenças no cenário internacional. Recentemente, a Malásia

endureceu o tratamento aos trabalhadores ilegais em seu território. Como a maioria deles é proveniente da

Indonésia, essa atitude acabou aumentando o mal-estar entre os dois países. Mal-estar, esse, causado por uma

disputa territorial: a Malásia pressiona a Indonésia para que esta lhe devolva duas ilhas, Sipadan e Ligitan. A

Malásia também tem problemas territoriais com as Filipinas e com a China. As Filipinas reivindicam o território de

Sabah, mas o governo da Malásia rejeita essa reivindicação. Já no contencioso com a China, a Malásia é um dos

diversos países que disputam a posse das ilhas Spratly, no Mar da China Meridional.

RELAÇÕES BILATERAIS BRASIL-MALÁSIA

As relações diplomáticas entre Brasil e Malásia iniciaram-se em 1959. Desde então, a relação entre os

dois países é basicamente comercial e não muito estreita. O principal acordo comercial em vigor entre Brasil e

Malásia foi assinado em 1996 e prevê “o desenvolvimento e fortalecimento das relações comerciais e econômicas

entre os dois países” 17.

Também em 1996, Malásia e Brasil assinaram um acordo de cooperação técnica no setor de ciência e

tecnologia. Esse ajuste se propõe a beneficiar as seguintes áreas: “pesquisa industrial, microeletrônica,

biotecnologia, padronização dos serviços eletrônicos e de teste, meio ambiente, gerenciamento da vida selvagem

e recursos marinhos, sensoriamento remoto, informação científica e tecnológica, treinamento e gerenciamento

em ciência e tecnologia, meteorologia e quaisquer outras áreas mutuamente acordadas.18”

17

Brasil Trade Net. Disponível em:

<http://www.braziltradenet.gov.br/ARQUIVOS/Publicacoes/ComoExportar/CEXMalasia.pdf> Acesso em 15 abr 2010.

18 Acordo entre a República Federativa do Brasil e o Governo da Malásia sobre Cooperação Científica e Tecnológica.

Disponível em: < http://www2.mre.gov.br/dai/b_mala_04_3109.pdf> Acesso em: 15 abr 2010.

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PARTE 4

PANORAMA COMERCIAL

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25

ACORDOS COMERCIAIS

A Malásia possui acordos comerciais tanto bilaterais como de alcance regional. Membro fundador da

Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), o país também participa da Cooperação Econômica Ásia-

Pacífico (APEC) e do Arranjo Preferencial de Tarifas do Grupo de Oito Países em Desenvolvimento. Estados

Unidos, Japão e Paquistão são alguns dos países com os quais a Malásia já possui ou está negociando acordos de

comércio bilateral.

Malásia e Paquistão implementaram um acordo de livre comércio em janeiro de 2008. Esse ajuste prevê

a liberalização de bens, produtos, serviços e investimentos, assim como cooperação técnica bilateral. Até 2012, a

Malásia eliminará 74,5% das suas tarifas de importação e o Paquistão, 43,2%.

Com o Japão, o país mantém um acordo que prevê eliminação das tarifas em 97% dos produtos que

comercializam entre si até 2015. Esse acordo não contempla alguns produtos agrícolas, como o arroz, e garante

aos produtos japoneses acesso ao mercado malaio de veículos, que é bem protegido. O Japão representa o

quarto maior parceiro comercial da Malásia.

Com os Estados Unidos, a Malásia está em processo de negociação de um acordo comercial, porém não

há data prevista para a assinatura. O motivo principal para a demora é consequência do programa de ação

afirmativa do governo da Malásia, que favorece as empresas nacionais. Apesar de alguns contratos com o

governo permitirem que empresas estrangeiras prestem serviços, os Estados Unidos exigem que o processo de

licitação seja mais transparente. Outros pontos de divergência são: a proteção da indústria de veículos da

Malásia; a proibição da participação majoritária estrangeira em bancos locais; a falta de proteção dos direitos de

propriedade intelectual, do meio ambiente e dos direitos trabalhistas. Em 2008, os Estados Unidos eram o

segundo maior parceiro comercial da Malásia, mas em 2009 foram ultrapassados pela China e agora ocupam a

terceira posição.

A ASEAN assinou acordos comerciais com a Nova Zelândia e com a Austrália, que cobrem bens,

investimentos e serviços, serviços financeiros, telecomunicações, comércio eletrônico e propriedade intelectual.

Já com a Índia, as negociações já foram concluídas, mas o acordo ainda não foi assinado. Quando entrar em vigor,

reduzirá tarifas até 2012. As negociações para um acordo entre a ASEAN e a União Européia (UE) começaram em

2007, mas estão paralisadas porque a UE impôs sanções a Mianmar, membro do bloco, em virtude do seu regime

de governo.

POLÍTICA COMERCIAL

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26

O Arranjo Preferencial de Tarifas do Grupo de Oito Países em Desenvolvimento é um acordo assinado

em 2006 entre a Malásia, Bangladesh, Egito, Indonésia, Irã, Nigéria, Paquistão e Turquia. O documento prevê

concessões tarifárias de bens selecionados entre os países partícipes.

AMBIENTE DE NEGÓCIOS

De acordo com a publicação do Banco Mundial, Doing Business 201019, a Malásia ocupa a 23ª posição no

ranking dos países segundo sua facilidade para fazer negócios, em um universo de 183 avaliações realizadas pelo

organismo. Para classificar os países, são levadas em conta a facilidade ou a dificuldade relacionada à abertura de

empresas, obtenção de alvarás, contratação de empregados, registro de propriedades, obtenção de crédito,

proteção de investidores, pagamento de impostos, comércio exterior, cumprimento de contratos e fechamento

de empresas.

Quanto menor a posição no ranking, melhor o ambiente de negócios. No Gráfico 7, a Malásia é o melhor

lugar, dentre os países analisados, para se realizar um negócio, seguida pela Indonésia na 25ª posição. Dentre os

países em análise, o Brasil apresenta-se na última posição do ranking, com a 129ª colocação.

19

Doing Business fornece medidas objetivas das regulamentações aplicáveis às empresas e seu cumprimento em 183

economias e cidades selecionadas no nível subnacional e regional.

Fonte: Doing Business, Banco Mundial. Elaboração: UICC, Apex-Brasil.

Gráfico 7 - Doing Business 2010: Facilidade de fazer

negócios – posição no ranking

0

20

40

60

80

100

120

140

Indonésia Malásia Vietnã China Brasil

25 23

93 89

129

CARACTERÍSTICAS DO MERCADO

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27

Tabela 2– Critérios para o índice “Facilidade de fazer negócios” - Mudanças entre 2009 e 2010

Com auxílio da Tabela 2, percebe-se que, no geral, o desempenho da Malásia foi pouco alterado entre

2009 e 2010, uma vez que caiu duas posições neste ínterim, ao passar da 23ª para a 21ª colocação. Os critérios

“abertura de empresas” e “contratação de empregados” contribuíram para o declínio no ranking, pois o país

perdeu, nesses indicadores, doze e sete posições, respectivamente. No item “cumprimento de contratos”, a

Malásia apresentou melhor desempenho em relação ao ano anterior, subindo uma posição.

A seguir, dois critérios que compõem o índice do Banco Mundial, de maior relevância para o exportador,

“comércio exterior” e “cumprimento de contratos”, a partir de uma perspectiva comparada entre os países

Indonésia, Vietnã, Malásia, China e Brasil são analisados. As médias regionais também são utilizadas como

parâmetros.

Fonte: Doing Business, Banco Mundial. Elaboração: UICC, Apex-Brasil.

Gráfico 8 - Doing Business 2010 – Cumprimento de

contratos

Número de procedimentos

Duração (dias) Custo (% da dívida)

39

570

122,7

34

295

28,530

585

27,534

406

11,145

616

16,5

Indonésia Vietnã Malásia China Brasil

Fonte: Doing Business, Banco Mundial. Elaboração: UICC, Apex-Brasil.

ItemRanking

de 2010

Ranking

de 2009

Mudanças

no

Ranking

Facilidade de fazer negócios 23 21 -2

Abertura de empresas 88 76 -12

Obtenção de alvarás 109 105 -4

Contratação de empregados 61 54 -7

Registro de propriedades 86 81 -5

Obtenção de crédito 57 57 0

Proteção de investidores 4 4 0

Pagamento de impostos 24 21 -3

Comércio exterior 35 31 -4

Cumprimento de contratos 59 60 1

Fechamento de empresas 57 57 0

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O “cumprimento de contratos” busca medir a eficiência dos tribunais locais na resolução de disputas

relacionadas a operações de venda. São avaliados o tempo, custo e número de processos envolvidos desde o

momento do registro da ação até a efetivação do pagamento requerido por uma das partes (Gráfico 8). Na

Malásia, o número de procedimentos (30) é o menor dentre os países analisados. Em compensação, os custos

processuais como percentagem da dívida (27,5%) da Malásia são maiores que os verificados na China e no Brasil.

A partir do Gráfico 8, resta evidente que o Brasil possui problemas com a burocracia, uma vez que, no quesito

“duração de dias”, seus índices são mais preocupantes.” Nesse aspecto, a Malásia possui uma duração de 585

dias para cumprimento de contrato, período considerado alto quando comparado aos dados do Vietnã e China.

Na composição do item “comércio exterior”, o Banco Mundial analisa os procedimentos, custo e tempo

implicados na importação e exportação de um contêiner padrão; desde a assinatura do contrato final entre as

partes envolvidas até a efetiva entrega dos bens. Nesse indicador, a Malásia apresenta um bom desempenho nos

quesitos envolvendo documentos para exportar, tempo para exportar documentos para importar e tempo para

importar, nessa ordem. Em relação ao custo para exportar e importar, a Malásia classifica-se em primeiro lugar,

conforme mostra o Gráfico 9.

Gráfico 9 - Doing Business – Comércio exterior

Documentos para exportar

(número)

Tempo para exportar (dias)

Custo para exportar (US$ por contêiner)

Documentos para importar

(número)

Tempo para importar (dias)

Custo para importar (US$ por contêiner)

5 21

704

6 27

660

6 22

756

8 21

940

7 18

450

7 14

450

7 21

500

5 24

545

8 12

1.540

7 16

1.440

Indonésia Vietnã Malásia China Brasil

Fonte: Doing Business, Banco Mundial. Elaboração: UICC, Apex-Brasil.

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29

INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA

A Malásia é o segundo país do sudeste asiático com melhor infraestrutura de transporte, somente atrás

de Cingapura. A maior parte da sua população concentra-se na área peninsular que faz fronteira com Tailândia e,

por isso, abriga a maior parte dos portos, aeroportos e malha rodoviária do país. O cômputo geral, entretanto,

aponta a existência de, aproximadamente, 122.000 km de rodovias (70% estão pavimentadas); 2000 km de malha

ferroviária; 25 portos marítimos e 39 aeroportos20.

O governo conta com um plano de investimento para converter o país em uma economia desenvolvida

até 2020. O plano inclui pavimentação de rodovias, melhorias no sistema ferroviário e aumento das linhas de

transporte urbano. O governo também está empenhado na integração das diferentes modalidades e na

modernização das instalações aeroportuárias e marítimas de acordo com as necessidades.

Além do investimento do governo, muitas empresas estrangeiras estão vendo a Malásia como um

centro de negócios na região. Isso pode significar uma boa oportunidade para empresas brasileiras. Empresas

malaias muitas vezes não possuem tecnologia e, por isso, contratam empresas estrangeiras para os serviços em

que não possuem conhecimento.

Portos

A Malásia é uma das zonas com maior trânsito naval da região e possui 25 portos distribuídos entre a

costa peninsular e os estados de Sabah e Sarawak. O Ministério dos Transportes é a autoridade máxima, seguido

das autoridades estatais. O controle dos portos está compartilhado com as corporações estatais e empresas de

caráter privado, sendo que as empresas privadas mantêm a maioria da propriedade. O Departamento Naval da

Malásia é o organismo regulador do setor, que controla tarifas, licenças e seguros. O governo prevê a criação de

um Conselho Nacional Portuário para cuidar da coordenação da gestão de portos nacionais.

Os principais portos e terminais são Porto de Klang, George Town (Penang), Tanjung Pelepas, Bintulu,

Johor, Labuan, Lahad Datu, Lumut e Miri. Os principais portos para logística internacional são o Porto de Klang

(região central), Porto de Penang (região norte e Pasir Gudang) e o Porto de Tanjung Pelelepas (região sul). O

Porto de Klang é o centro de embarque e entreposto mais movimentado e uma de suas funções é abastecer o

vale do Klang, a região mais populosa e desenvolvida da Malásia. O Porto de Klang tem investido em técnicas e

fez modificações para facilitar o desembarque de mercadorias de maior valor agregado, além de agilizar a

liberação da documentação necessária ao desembaraço alfandegário. O porto cobre uma área de 806 hectares e

conta com Northpoint, Southpoint e Westport, que são os operadores desse grande porto malaio. Devido ao

grande volume de mercadorias que administra, o Klang é o 13º porto mais transitado do mundo.

20

Estudo de Mercado- Infraestruturas de Transporte na Malásia, ICEX

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30

Tanjung Pelepas é o segundo porto mais importante da Malásia e concentra os serviços de gestão de

contêineres e de carga a granel. O porto foi criado para competir com o porto de Cingapura e hoje é uma das

rotas mais importantes entre Ásia-Europa e Ásia-Oriente Médio. Aproximadamente 70% do porto pertencem à

MMC Corporation Berhad, companhia de investimentos em ativos de infra-estrutura de transporte; enquanto os

30% restantes são de propriedade da gigante dinamarquesa Maersk Sealand.

Mapa 2 – Localização dos Portos na Malásia

Elaboração: UICC - Apex-Brasil.

Aeroportos

A Malásia possui 39 aeroportos, dos quais cinco são internacionais: Kuala Lumpur International Airport,

Langkawi, Pulau Pinang, Kota Kinabalu e Kuching. Essencial para o desenvolvimento do setor turístico, a rede de

aeroportos também é objeto de diversos projetos voltados para sua melhoria e modernização. No que tange à

utilização aeroportuária para fins de atividade logística e transporte de mercadorias, destacam-se as instalações

de Kuala Lumpur e Penang.

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31

Estradas

A rede de rodovias da Malásia é essencial para o desenvolvimento da atividade econômica, sendo que

as estradas representam 94,8% das atividades de transporte de passageiros e mercadorias. Recentemente, no

nono plano do governo, as verbas alocadas para a melhoria de estradas e construção de novas rodovias

consistiram de 2,1 milhões de euros.

A Malásia possui 98.721 Km de estradas, sendo que 80,280Km estão pavimentas e 18,441 Km não estão

pavimentadas. A rodovia Norte-Sul (The North South Expressway) funciona como uma rede de interligação com

as outras rodovias. Existem atalhos que contornam o trânsito em cidades como Kuala Lumpur, Johor Bharu que

facilitam o transporte de frete. Oportuno ressaltar as boas condições das rodovias no interior e nas fronteiras

com a Tailândia. Além disso, existem diversos projetos para melhorar as estradas de todo o país.

Ferrovias

A malha ferroviária da Malásia, conhecida como KTM, representa uma das formas mais econômicas de

viajar e de transportar mercadorias no país. A KTM foi privatizada em 1992 e hoje possui 1.668 km de extensão,

cortando o país de norte a sul e oferecendo serviços de passageiros e de carga. Entretanto, o sistema ferroviário

ainda é de mão única e não é eletrificado, representando somente 0,5% do volume de transporte doméstico de

carga. Inconsistências no horário e a falta de locomotivas na fronteira com a Tailândia acabam não permitindo o

desenvolvimento do transporte ferroviário como ferramenta para o incremento do comércio naquela região.

Com relação ao comércio com o Brasil em 2009, 98,4 % das exportações brasileiras para a Malásia foram

feitas por via marítima; 1,5%, por via aérea e 0,008%, por outros meios. Nesse mesmo ano, 51,6% das

importações brasileiras provenientes da Malásia foram realizadas por via marítima; 48%, por via aérea e 0,22%,

por outros meios de transporte.

EVOLUÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR DA MALÁSIA

O desempenho do comércio exterior malaio entre 1995 e 2010 pode ser traçado a partir da evolução de

suas exportações, importações e balança comercial, ilustradas no Gráfico 10. Em 15 anos, houve expansão do

valor exportado de US$74,0 bilhões, em 1995, para previstos US$172,2 bilhões, em 2010, o que se traduz em um

aumento percentual acumulado de 132,7%. De 1995 a 1997, o crescimento médio anual das vendas malaias foi

discreto, de apenas 3,2%, pois os efeitos da crise asiática já se faziam sentir em fins de 1997. Um grande revés,

INTERCÂMBIO COMERCIAL

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32

porém, ocorreu em 1998, quando o valor exportado decresceu 7,0%. A retomada iniciou-se já em 1999, até nova

inversão da tendência em 2001, por ocasião de nova adversidade econômica mundial.

Quanto às importações, chama atenção a queda de 26,2% no valor importado em 1998. Tal fato

decorreu da própria queda das exportações - parcialmente constituídas por matérias-primas importadas - e do

desaquecimento da economia interna. Bens de capital e intermediários foram os principais responsáveis pelo

tombo. Em 1999 e 2000, o valor das importações voltou a subir, mas caiu novamente (-10,2%) em 2001, devido à

eclosão de nova crise e subsequente queda das exportações.

Entre 2003 e 2008, tanto exportações quanto importações apresentaram um crescimento médio anual

de, aproximadamente, 13%. Em 2009, porém, após o impacto da crise, essas atividades cederam 22,6% e 20,3%,

nesta ordem. Já em 2010, o fluxo comercial malaio deve retornar a patamares muito próximos aos de 2008.

Excetuados os três primeiros anos da série, a balança comercial malaia foi positiva. Em 2008, o saldo foi

45,9% maior que em 2007 e alcançou o maior valor do período em análise: US$ 42,6 bilhões. Um superávit de tal

monta só foi possível graças às vultosas exportações de commodities, fortalecidas pelos altos preços do óleo de

dendê e dos minerais no primeiro semestre de 2008. As exportações de commodities de baixo conteúdo

importado contribuíram com 73,6% do valor exportado em 2008. Em 2009, o movimento do saldo comercial

acompanhou a queda exportações e importações e reduziu-se em 15,7%. Debelados os priores meses da crise, o

saldo deverá chegar a US$ 36,6 bilhões em 2010.

Gráfico 10 – Evolução do comércio exterior da Malásia (1995-2010)

146,8

36,6

172,2

-50

0

50

100

150

200

250

1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008e 2009p 2010p

Exportações (US$ bilhões) Importações (US$ bilhões) Balança comercial (US$ bilhões)

Fonte: Deutsche Bank Research. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

(e) (p): Estimativa e projeções do Deutsche Bank..

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33

DESTINO DAS EXPORTAÇÕES DA MALÁSIA

Cingapura, Estados Unidos e o Japão são os principais destinos das exportações malaias e receberam,

respectivamente, 14,7%, 12,5% e 11,6% das exportações de bens em 2008. Em referência ao cenário de 2003,

houve alterações nas posições do ranking dos cinco maiores destinos (Gráfico 11). Os Estados Unidos perderam a

liderança para Cingapura, e a Tailândia assumiu a quinta colocação, antes ocupada por Hong Kong.

Cerca de 56% do total exportado pela Malásia teve como destino os países asiáticos. Dentre esses, os

que mais se destacaram foram Cingapura, Japão, China, Tailândia, Hong Kong, Coreia do Sul e Índia. Embora

mantenha um acordo de livre comércio com o Japão, a Malásia não registrou aumento das exportações para esse

país no período analisado. Já o ajuste firmado com a Coreia do Sul viabilizou o salto de 2% (2003) para 4% (2008)

na participação das exportações malaias naquele mercado. As exportações da Malásia para os Estados Unidos

caíram de 24% para 17,5% em 2008. A Malásia ainda está em negociação de um acordo de livre comércio com os

Estados Unidos que, se firmado, pode melhorar a participação das exportações malaias para esse país.

Gráfico 11 – Principais destinos das exportações da Malásia (2003 – 2008)

0,0%

22,4%

24,1%

14,9%

8,7%

6,2%

8,3%4,0%

3,4%

3,4% 4,6%

20030,0%

20,6%

17,5%

15,1%

13,4%

6,7%

6,0%

5,5%

5,2%

5,2% 4,9%

2008

Outros Cingapura Estados Unidos Japão

China Tailândia Hong Kong Coréia do Sul

Índia Austrália Holanda

Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

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34

PRINCIPAIS PRODUTOS DA PAUTA DE EXPORTAÇÕES DA MALÁSIA

As exportações da Malásia são concentradas e intensivas em mão de obra, como mostra a tabela dos

principais produtos, que representam cerca de 70% do total exportado. Os dados da tabela abaixo indicam que a

pauta exportadora da Malásia tem se amparado fortemente em produtos eletrônicos, petróleo e gás. As

exportações de petróleo e gás aumentaram de 7,7% (2003) para 12,7% (2008). Em compensação, a fabricação de

material eletrônico básico caiu de 22,9% (2003) para 14,9% (2008). Outros produtos que aumentaram a

participação em 2008 foram: produção de óleos e gorduras vegetais e animais; fabricação de serviços de borracha

e metalurgia de metais não ferrosos.

Tabela 3 – Setores Econômicos mais exportados pela Malásia por setor CNAE21 três dígitos – 2003 - 2008

CNAE 03 DescriçãoValor exportado em

2003 (US$)Participação

em 2003CNAE 03 Descrição

Valor exportado em 2008 (US$)

Participação em 2008

321Fabricação de material eletrônico

básico22.961.907.639 22,9% 321

Fabricação de material eletrônico

básico29.863.756.589 14,9%

302

Fabricação de máquinas e

equipamentos de sistemas

eletrônicos para processamento de

dados

13.892.316.647 13,9% 302

Fabricação de máquinas e

equipamentos de sistemas

eletrônicos para processamento de

dados

25.893.079.199 13,0%

111 Extração de petróleo e gás natural 7.671.793.164 7,7% 111 Extração de petróleo e gás natural 25.432.623.917 12,7%

323

Fabricação de aparelhos

receptores de rádio e televisão e

de reprodução, gravação ou

amplificação de som e vídeo

7.067.194.362 7,1% 153Produção de óleos e gorduras

vegetais e animais16.497.478.121 8,3%

153Produção de óleos e gorduras

vegetais e animais6.066.832.614 6,1% 232

Fabricação de produtos derivados

do petróleo10.691.595.400 5,4%

322

Fabricação de aparelhos e

equipamentos de telefonia e

radiotelefonia e de transmissores

de televisão e rádio

3.330.558.331 3,3% 323

Fabricação de aparelhos

receptores de rádio e televisão e

de reprodução, gravação ou

amplificação de som e vídeo

9.059.626.535 4,5%

232Fabricação de produtos derivados

do petróleo2.845.972.024 2,8% 322

Fabricação de aparelhos e

equipamentos de telefonia e

radiotelefonia e de transmissores

de televisão e rádio

5.085.779.943 2,5%

242Fabricação de produtos químicos

orgânicos2.339.466.273 2,3% 242

Fabricação de produtos químicos

orgânicos4.866.151.399 2,4%

202

Fabricação de produtos de

madeira, cortiça e material

trançado - exceto móveis

1.751.421.396 1,7% 274 Metalurgia de metais não-ferrosos 4.202.750.060 2,1%

361Fabricação de artigos do

mobiliário1.610.643.055 1,6% 251 Fabricação de artigos de borracha 3.457.132.402 1,7%

Outros 30.574.571.024 30,5% Outros 64.708.698.926 32,4%

Total 100.112.676.508 100,0% Total 199.758.672.483 100,0%

Fonte: GTIS. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

21

Na elaboração dessa tabela (desse estudo, deste capítulo) foi utilizada a Classificação Nacional de Atividades Econômicas

(CNAE), na versão 1.0, com detalhamento em 3 dígitos. A CNAE foi elaborada nos anos 90 pelo IBGE em conjunto com os

órgãos de registro administrativo, com o objetivo de alcançar uma padronização das informações econômicas do Brasil. A

construção da CNAE tomou como referência a classificação padrão elaborada pela Divisão de Estatísticas das Nações Unidas,

a International Standard Industrial Classification of All Economic Activities (ISIC). Essa classificação associa produtos (NCMs)

aos setores da economia, com enfoque na cadeia produtiva a que pertencem. Para maiores informações, consultar

http://www.ibge.gov.br/concla/default.php.

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35

ORIGEM DAS IMPORTAÇÕES DA MALÁSIA

Em 2008, os principais fornecedores para o país foram China, Japão e Cingapura, com participação de

mercado conjunta de 36,3%. Vale notar que, entre 2003 e 2008, a China ganhou cinco pontos percentuais de

participação de mercado, o que lhe valeu a liderança de mercado. Por outro lado, Japão, Estados Unidos e Coreia

do Sul perderam espaço na preferência do consumidor malaio. Em 2008, o Brasil foi o 27º fornecedor para a

Malásia.

Gráfico 12 – Principais fornecedores das importações da Malásia (2003 – 2008)

8,4%

17,3%

12,0%

15,2%4,6%4,9%

5,3%

3,6%

4,8%

2,6%

21,1%

2003

12,8%

12,5%

11,0%

10,8%5,6%4,8%

4,6%

4,6%

4,3%

2,6%

26,2%

2008

China Japão Cingapura Estados Unidos

Tailândia Taiwan Coréia do Sul Indonésia

Alemanha Hong Kong Outros

Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

PRINCIPAIS PRODUTOS DA PAUTA DE IMPORTAÇÕES DA MALÁSIA

As importações malaias totais praticamente dobraram de 2003 para 2008. Não são muito concentradas,

já que os dez principais produtos representam apenas cerca de 40% da pauta de importação em ambos os anos.

A Malásia necessita importar maquinário e equipamentos, químicos e manufatura básica para sustentar

seu setor manufatureiro. Os principais produtos importados são: fabricação de material eletrônico básico;

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36

fabricação de máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados e metalurgia de

metais não-ferrosos.

Tabela 4 – Setores Econômicos mais importados pela Malásia por setor CNAE três dígitos – 2003 - 2008

CNAE 03 DescriçãoValor importado em

2003 (US$)Participação

em 2003CNAE 03 Descrição

Valor impotado em 2008 (US$)

Participação em 2008

321Fabricação de material eletrônico

básico26,421,313,089 7.6% 321

Fabricação de material eletrônico

básico34,547,953,665 6.7%

302

Fabricação de máquinas e

equipamentos de sistemas

eletrônicos para processamento de

dados

5,221,501,291 5.7% 302

Fabricação de máquinas e

equipamentos de sistemas

eletrônicos para processamento de

dados

9,433,822,709 6.1%

232Fabricação de produtos derivados

do petróleo2,583,467,653 4.3% 274 Metalurgia de metais não-ferrosos 8,593,773,131 5.4%

274 Metalurgia de metais não-ferrosos 2,472,724,676 4.2% 232Fabricação de produtos derivados

do petróleo8,186,833,710 5.3%

323

Fabricação de aparelhos

receptores de rádio e televisão e

de reprodução, gravação ou

amplificação de som e vídeo

2,132,448,440 4.1% 111 Extração de petróleo e gás natural 7,128,185,189 5.3%

272 Siderurgia 2,008,239,685 3.5% 272 Siderurgia 6,808,079,978 3.0%

296Fabricação de outras máquinas e

equipamentos de uso específico1,759,400,288 2.7% 323

Fabricação de aparelhos

receptores de rádio e televisão e

de reprodução, gravação ou

amplificação de som e vídeo

3,765,490,145 2.6%

111 Extração de petróleo e gás natural 1,729,729,542 2.4% 243Fabricação de resinas e

elastômeros3,548,673,591 1.9%

243Fabricação de resinas e

elastômeros1,495,421,522 2.0% 241

Fabricação de produtos químicos

inorgânicos3,130,166,055 1.8%

242Fabricação de produtos químicos

orgânicos1,475,060,654 1.8% 242

Fabricação de produtos químicos

orgânicos2,929,379,332 1.4%

Outros 32,793,283,610 61.7% Outros 69,013,162,729 60.6%

Total 80,092,590,450 100.0% Total 157,085,520,226 100.0%

Fonte: GTIS. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

CORRENTE DE COMÉRCIO

Em 2008, a corrente comercial brasileira totalizou US$ 370,9 bilhões, batendo, assim, seu recorde

histórico. Dessa quantia, US$ 2,5 bilhões resultaram da parceria comercial com a Malásia, o que se traduz em

uma representatividade pouco significativa, de apenas 0,007%. No que se refere às exportações brasileiras, o

cenário pouco se altera: em 2008, o Brasil direcionou apenas 0,44% de suas exportações à Malásia, sem que

tenha havido mudanças consideráveis nos dez anos anteriores. Entre 1998 e 2008, esse percentual variou entre

0,24% e 0,47%, tendo atingido o seu valor máximo em 2002 e 2006, de 0,47%, para retornar aos 0,44% de 2008.

Pela ótica das importações brasileiras, a Malásia tem representatividade duas vezes maior: de 0,99%, segundo os

dados de 2008. Entre 1998 e 2008, a representatividade média foi de 0,84%, tendo alcançado um pico isolado de

1,06% em 2007. Assim sendo, em termos relativos, infere-se que a Malásia assume um papel discreto nas trocas

comerciais com o Brasil, principalmente no que diz respeito às exportações brasileiras.

INTERCÂMBIO COMERCIAL BRASIL - MALÁSIA

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37

Passando-se à análise da evolução do valor total comerciado entre Brasil e Malásia, resta evidente que,

entre 1998 e 2008, houve um aumento de 296,2% no resultado acumulado, o que significou um salto de

US$634,6 milhões no primeiro ano da série para US$2,5 bilhões ao fim do período. Considerada a taxa de variação

média anual, o incremento foi de 14,8%. A guinada na corrente comercial ocorreu a partir de 2002 e, em boa

parte, foi impulsionada pelas importações brasileiras, que se aceleraram principalmente a partir de 2002, como

revela a inflexão mais acentuada da linha vermelha do Gráfico 13. Importa reforçar que, entre 1998 e 2001, as

importações apresentaram uma variação média anual de -7,6%. Já entre 2002 e 2008, essa mesma taxa elevou-se

para 28,9%, de modo que o valor importado chegou a US$1,6 bilhão ao fim do período. Em consequência da crise,

em 2009, observa-se nova inflexão no gráfico, resultante de uma diminuição de 25,1% nas compras brasileiras em

relação aos valores de 2008.

Se por um lado as importações cresceram interruptamente entre 2002 e 2008, o mesmo não ocorreu

com as exportações brasileiras: taxas positivas e mesmo negativas de grande amplitude sucederam-se ano a ano,

de maneira que a tendência expressa no Gráfico 13 mostra-se mais irregular. Tal irregularidade não impediu,

contudo, que nos onze anos em questão houvesse um crescimento acumulado de 349% do valor exportado. Este

saiu de 195,4 milhões, em 1998, para chegar a US$877,3 milhões em 2008. No período, a taxa de variação média

anual foi de 16,2%. Em 2009, as exportações brasileiras para o país caíram 7,6%.

Gráfico 13 – Corrente de comércio Brasil-Malásia

195,4 176,0 131,1 167,6281,7 225,7 283,1

406,1

647,4 679,8

877,3810,6

439,2 307,8476,6 346,9

357,4 444,1 515,5

637,1

901,2

1.280,1

1.636,8

1.225,6

634,6

483,8607,8

514,5639,1 669,8

798,5

1.043,2

1.548,7

1.959,8

2.514,1

2.036,2

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Exp. Brasileiras - US$ milhões FOB Imp. Brasileiras - US$ milhões FOB Corrente Comercial - US$ milhões

Fonte: MDIC. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

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38

SALDO COMERCIAL

Outro aspecto que chama a atenção é o fato de o saldo comercial ter sido favorável à Malásia durante

todo o período analisado (Gráfico 14). Em 2004, esse indicador chegou a medir -33%, o que significa que, do valor

da corrente de comércio entre o Brasil e a Malásia, 33% resultavam de déficit comercial brasileiro. Entre 2005 e

2007, a tendência foi de queda do déficit comercial. Em 2008, este voltou a crescer e, em 2009, fixou-se em -30%.

Gráfico 14 - Saldo comercial relativo – Brasil-Malásia

-12%

-33%

-29%

-22%

-16%

-31% -30%

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Fonte: MDIC. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

Um fator que, em algumas situações, colabora para a variação do saldo comercial relativo de um país frente a

outro é a dinâmica do câmbio real entre eles. Importa, portanto, investigar se esse seria um dos motivos da

diminuição do déficit relativo do Brasil frente à Malásia entre 2005 e 2007. O Gráfico 15 ilustra a evolução do

câmbio real das moedas da Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Brasil frente ao dólar estadunidense.

O câmbio real do ringgit valorizou-se com maior intensidade a partir de 2005, quando o banco central malaio deu

fim ao sistema de câmbio fixo e iniciou a flutuação suja22. A valorização continuou até abril de 2008, na esteira de

vultosos superávits comerciais e entrada de fluxos de investimentos de portfólio. A tendência de valorização

inverteu-se a partir de maio, pois no cenário de crise, os investidores estrangeiros necessitaram resgatar capitais

investidos para cobrir posições em outros mercados. Como resultado, durante todo o período, a moeda malaia se

valorizou 8,9% em termos reais frente ao dólar estadunidense. No caso da moeda brasileira, a valorização foi de

38,9% em termos reais. Tendo em vista que o real se valorizou em um patamar superior ao do ringgit, inclusive

entre 2005 e 2007, período em que o déficit comercial diminuiu, a consequência deveria ter sido o aumento do

déficit no período e não o contrário. Logo, não é possível afirmar que as variações do déficit relativo brasileiro

frente ao malaio tenham sido provocadas pelo câmbio.

22

Vide Desempenho Econômico, p.15.

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39

Gráfico 15 – Evolução do câmbio real frente ao dólar estadunidense (Base: média 2003=100)

91,1

84,7

102,1

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

100,0

110,0

120,0

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Indonésia Malásia Filipinas Tailândia Vietnã Brasil

100

82,7

61,1

104,4

Fonte: Euromonitor. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS PELO BRASIL PARA A MALÁSIA

No que diz respeito à composição da pauta de exportações brasileiras para a Malásia por classificação

CNAE – 3 dígitos, em 2008, produtos relacionados à “extração de minério de ferro” (30%) e à “fabricação e refino

de açúcar” (20%) responderam juntos pela metade do valor exportado, como revela a Tabela 5. Em valores

absolutos, trata-se de um total de US$439,7 milhões. No que tange às alterações na composição da pauta entre

2003 e 2008, vale citar o aumento de quase dez vezes do valor do minério de ferro exportado, o que pode ser

explicado, em parte, pela escalada dos preços das commodities em 2008. Destaque para a entrada na pauta de

produtos relativos à “fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e construção”, com

US$ 17,8 milhões exportados pelo Brasil, devido à instalação da Vale, mineradora brasileira, no país. Esse fato é

positivo, pois esse CNAE possui maior valor agregado do que a grande maioria daqueles listados na Tabela 5.

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40

Tabela 5 - Principais produtos exportados pelo Brasil para a Malásia – por setor CNAE três dígitos – 2003 - 2008

Setor

CNAEDescrição

Valor

exportado em

2003 (em US$)

Participação

nas

exportações

totais em

2003

Setor

CNAEDescrição

Valor

exportado em

2008 (em US$)

Participação

nas

exportações

totais em

2008

131 Extração de minério de ferro 27.901.799 12% 131 Extração de minério de ferro 261.930.445 30%

272 Siderurgia 27.012.627 12% 156 Fabricação e refino de açúcar 177.757.606 20%

153Produção de óleos e gorduras vegetais e

animais 26.812.211 12% 211

Fabricação de celulose e outras pastas

para a fabricação de papel 58.346.772 7%

271 Produção de ferro-gusa e de ferroligas 16.567.219 7% 11 Produção de lavouras temporárias 55.632.898 6%

232Fabricação de produtos derivados do

petróleo 14.501.485 6% 153

Produção de óleos e gorduras vegetais e

animais 42.183.699 5%

191Curtimento e outras preparações de

couro 13.617.755 6% 271 Produção de ferro-gusa e de ferroligas 33.000.128 4%

11 Produção de lavouras temporárias 13.284.646 6% 132Extração de minerais metálicos não-

ferrosos 30.114.398 3%

156 Fabricação e refino de açúcar 12.059.277 5% 342 Fabricação de caminhões e ônibus 28.763.804 3%

295Fabricação de máquinas e equipamentos

de uso na extração mineral e construção 9.648.283 4% 272 Siderurgia 24.433.370 3%

342 Fabricação de caminhões e ônibus 9.259.287 4% 295Fabricação de máquinas e equipamentos

de uso na extração mineral e construção 17.776.569 2%

Outros 55.071.738 24% Outros 147.321.642 17%

Total 225.736.327 100% Total 877.261.331 100% Fontes: Aliceweb. Elaboração: UICC - Apex-Brasil.

PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS PELO BRASIL DA MALÁSIA

Por outro lado, em 2008, 60% das importações brasileiras de origem malaia foram de produtos eletro-

eletrônicos, incluídos nos seguintes setores CNAE: “fabricação de material eletrônico básico”; “fabricação de

aparelhos e equipamentos de telefonia e radiotelefonia e de transmissores de televisão e rádio” e “fabricação de

máquinas e equipamentos de sistemas eletrônicos para processamento de dados”. Em termos absolutos, tal

percentual significou US$ 976,6 milhões. Entre 2003 e 2008, a participação de material eletrônico básico na pauta

caiu de 44% para 36%. Apesar disso, o valor exportado quase triplicou em cinco anos. Já a representatividade do

setor de “fabricação de aparelhos e equipamentos de telefonia e radiotelefonia e de transmissores de televisão e

rádio” cresceu 9% no período. O valor exportado referente a esse CNAE cresceu de US$15,8 milhões em 2003

para US$207,2 milhões em 2008.

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41

Tabela 6 - Principais produtos importados da Malásia pelo Brasil – por setor CNAE três dígitos – 2003 - 2008

Setor

CNAEDescrição

Valor

importado em

2003 (em US$)

Participação

nas

importações

totais em

2003

Setor

CNAEDescrição

Valor

importado em

2008 (em US$)

Participação

nas

importações

totais em

2008

321 Fabricação de material eletrônico básico 194.380.753 44% 321 Fabricação de material eletrônico básico 582.965.611 36%

323

Fabricação de aparelhos receptores de

rádio e televisão e de reprodução,

gravação ou amplificação de som e vídeo

59.227.685 13% 322

Fabricação de aparelhos e equipamentos

de telefonia e radiotelefonia e de

transmissores de televisão e rádio

207.159.713 13%

302

Fabricação de máquinas e equipamentos

de sistemas eletrônicos para

processamento de dados

36.100.350 8% 302

Fabricação de máquinas e equipamentos

de sistemas eletrônicos para

processamento de dados

186.511.578 11%

13 Produção de lavouras permanentes 33.178.723 7% 13 Produção de lavouras permanentes 125.144.366 8%

251 Fabricação de artigos de borracha 28.427.164 6% 251 Fabricação de artigos de borracha 109.060.751 7%

322

Fabricação de aparelhos e equipamentos

de telefonia e radiotelefonia e de

transmissores de televisão e rádio

15.799.726 4% 153Produção de óleos e gorduras vegetais e

animais 88.424.527 5%

242Fabricação de produtos químicos

orgânicos 15.110.299 3% 323

Fabricação de aparelhos receptores de

rádio e televisão e de reprodução,

gravação ou amplificação de som e vídeo

49.852.399 3%

153Produção de óleos e gorduras vegetais e

animais 11.763.099 3% 242

Fabricação de produtos químicos

orgânicos 37.423.560 2%

261Fabricação de vidro e de produtos do

vidro 9.346.535 2% 246 Fabricação de defensivos agrícolas 21.597.491 1%

21Silvicultura, exploração florestal e

serviços relacionados 5.276.834 1% 244

Fabricação de fibras, fios, cabos e

filamentos contínuos artificiais e

sintéticos

18.351.746 1%

Outros 35.477.634 8% Outros 210.305.097 13%

Total 444.088.802 100% Total 1.636.796.839 100%

Fontes: Aliceweb. Elaboração: UICC - Apex-Brasil.

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42

Esta seção apresentará um conjunto de indicadores que estão envolvidos nas trocas comerciais

internacionais e que também afetam o comércio existente entre Brasil e Malásia. Sua análise é importante para

que melhor se entenda a estrutura das relações comerciais entre esses dois países.

Na abordagem dos indicadores, frequentemente é utilizado o conceito de “Medida de Intensidade

Tecnológica”, empregado para classificar os setores econômicos envolvidos nas trocas comerciais entre dois

países. Este estudo adota a seguinte classificação para mensurar a intensidade tecnológica dos produtos

comercializados entre Brasil e Malásia:

Quadro 1 – Taxonomia da intensidade tecnológica e respectivos setores da economia

Intensidade Tecnológica Setores da Economia

Produtos Primários Agrícolas, Minerais e Energéticos

Indústria Intensiva em Recursos Naturais Indústria Agroalimentar, Indústria Intensiva em Outros

Recursos Agrícolas, Indústria Intensiva em Recursos Minerais e Indústria Intensiva em Recursos Energéticos.

Indústria Intensiva em Trabalho ou Tradicional

Bens industriais de consumo não-duráveis mais tradicionais: Têxteis, Confecções, Couro e Calçado, Cerâmico, Produtos Básicos de Metais, entre outros.

Indústria Intensiva em Escala Ind. Automóveis, Ind. Siderúrgica e Bens Eletrônicos de

Consumo23

Fornecedores Especializados Bens de Capital sob Encomenda e Equipamentos de Engenharia.

Indústria Intensiva em P&D Setores de Química Fina (produtos farmacêuticos, entre

outros), Componentes Eletrônicos, Telecomunicação e Indústria Aeroespacial.

Fonte: Holland e Xavier (2004).24

A análise das exportações brasileiras para a Malásia em 2008, considerando-se a intensidade

tecnológica dos produtos vendidos, mostra uma participação expressiva de bens primários (43,1%) e intensivos

em recursos naturais (35,8%), conforme o Gráfico 16. Tal configuração não é favorável ao Brasil, uma vez que o

país é mero tomador de preços das commodities, definidos em bolsas de valores.

Entre 2003 e 2008, as exportações concentraram-se em produtos primários, cuja representatividade na

pauta exportadora brasileira subiu de 24,2% para 43,1%. Em 2003, 51% das exportações era de produtos ligados à

“extração de minério de ferro” e 24,4% à “produção de lavouras temporárias”, com exportações conjuntas

23

Os bens eletrônicos de consumo são especificados em três linhas básicas: (a) Vídeo – televisores, videocassete e câmera de vídeo; (b)

Áudio – rádio, auto-rádio, cd player, toca disco, sistema de som, etc; (c) Outros Produtos – forno de microondas, calculadoras, aparelhos

telefônicos, geladeiras, instrumentos musicais, entre outros.

24 Dinâmica e competitividade setorial das exportações brasileiras: uma análise de painel para o período recente, Anais do XXXII Encontro

Nacional de Economia.

INDICADORES DE COMÉRCIO BRASIL - MALÁSIA

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43

valoradas em US$ 41,2 milhões. Cinco anos depois, esses mesmos setores respondiam por 69,3% e 14,7% das

exportações de produtos primários, nessa ordem, correspondendo conjuntamente a US$ 317,6 milhões.

Em contrapartida, às exportações brasileiras de manufaturados intensivos em economias de escala

atribui-se a maior queda de participação em cinco anos: 15,7 pontos percentuais. Em 2003, os principais produtos

exportados, com 67,1% de representatividade no total dessa categoria, relacionavam-se com “siderurgia” e

“produção de ferro-gusa e de ferroligas”, com valor exportado total de US$ 43,6 milhões. Decorridos cinco anos,

os setores mais relevantes passaram a ser aqueles relativos à “produção de ferro-gusa e de ferroligas” e à

“fabricação de caminhões e ônibus”, com exportação de US$ 61,8 milhões ou 53,6% do nível tecnológico.

Por fim, importa esclarecer que, no âmbito da produção intensiva em recursos naturais, em 2003,

sobressaia-se o setor associado à “produção de óleos e gorduras vegetais e animais”, com US$ 26,8 milhões

exportados pelo Brasil e representatividade de 35,0%. Em 2008, “fabricação e refino de açúcar” passou a ser o

setor mais exportado, com participação de 56,6%, e exportações valoradas em US$ 177,8 milhões

Gráfico 16 – Exportações brasileiras para a Malásia por intensidade tecnológica – 2003 e 2008

33,9%

28,8%

24,2%

7,7%

2,9%

2,4%

0,0%

2003

43,1%

35,8%

13,1%

4,3%

3,1%0,5% 0,1%

2008

Produtos Primários Produtos Intensivos em Recursos Naturais

Manufaturados Intensivos em Economias de Escala Manufaturados Intensivos em Trabalho

Manufaturados Produzidos por Fornecedores Especializados Manufaturados Intensivos em P&D

Não-Classificados

Fonte: MDIC. Elaboração: UICC, Apex-Brasil.

ÍNDICE DE COMPLEMENTARIDADE DE COMÉRCIO (ICC)

O Índice de Complementaridade de Comércio (ICC) fornece informações sobre as perspectivas de

integração comercial entre dois países. O ICC entre o Brasil e a Malásia é obtido comparando-se a pauta de

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44

exportações brasileira com a pauta de importações malaias. Por meio dessa comparação, é possível verificar em

que medida os produtos exportados pelo Brasil coincidem com os produtos importados pela Malásia25.

Um índice igual a zero significa que não há complementaridade entre as importações e as exportações

dos países analisados. Em contrapartida, se esse índice for igual a 100, então as pautas são perfeitamente

complementares, ou seja, um país exporta exatamente o que o outro deseja importar. Isso não significa,

entretanto, que essas trocas comerciais irão ocorrer exclusivamente entre ambos. O índice indica uma

possibilidade de integração comercial. Um índice superior a 50 aponta para uma alta complementaridade relativa.

O valor médio de complementaridade de comércio entre Brasil e Malásia é de 44. O maior valor

alcançado, entre 2003 e 2008, foi de 46,37 no último ano do período. Observa-se, ainda, que a

complementaridade cresceu ininterruptamente no período em foco. A Malásia sobressaiu-se dentre os países do

Gráfico 17 por apresentar aumento contínuo do ICC.

Gráfico 17 – Índice de Complementaridade de Comércio entre Brasil-Malásia e Brasil-Países selecionados

39,87

42,4943,65

44,9846,31 46,37

32

37

42

47

52

57

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Malásia Tailândia Filipinas Vietnã Indonésia

Fonte: Comtrade/ONU. Elaboração: UICC, Apex-Brasil.

ÍNDICE DE INTENSIDADE DE COMÉRCIO (IIC)

Esse índice determina em que medida o valor das exportações de um país para outro é maior ou menor

que o esperado. O cálculo do Índice de Intensidade de Comércio (IIC) entre Brasil e Malásia é obtido pela razão

25

Neste estudo, o índice é calculado em nível setorial, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas

(CNAE), versão 1.0, detalhada em três dígitos. Para saber mais sobre a Classificação, vide nota de rodapé 24, p. 42.

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45

entre a participação das exportações brasileiras para a Malásia e a participação das exportações brasileiras para

resto o mundo. Um valor superior a 1 indica que as exportações do Brasil para o mercado malaio são maiores que

a média mundial.

Na série do IIC do Brasil com a Malásia, entre 2003 e 2008, encontram-se valores entre 0,3 e 0,5. Infere-

se, portanto, que a intensidade de comércio Brasil – Malásia chegou a, no máximo, metade da média mundial em

todo o período, em patamares inferiores aos da Indonésia e Tailândia (Gráfico 18).

Gráfico 18 – Índice de Intensidade de Comércio – Brasil-Malásia e Brasil-Países selecionados

0,88

0,68

0,57

0,77

0,78

0,74

0,79

0,76

0,71

0,66

0,87

1,01

0,50

0,52

0,44

0,38

0,30

0,28

0,44

0,52

0,39

0,42

0,54

0,39

0,34

0,30

0,28

0,17

0,13

0,13

0,00 0,20 0,40 0,60 0,80 1,00 1,20

2008

2007

2006

2005

2004

2003

Vietnã Filipinas Malásia Indonésia Tailândia

Fonte: Comtrade/ONU. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

Adicionalmente, o Gráfico 18 revela uma tendência de aumento da intensidade de comércio no período

(de 0,28 em 2003, para 0,50 em 2008). Tal movimento pode ser imputado às alterações do perfil tecnológico dos

produtos importados pela Malásia comparativamente aos exportados pelo Brasil entre 2003 e 2008. Em 2003,

20% das importações da Malásia concentravam-se em produtos primários e intensivos em recursos naturais. Em

2008, a representatividade desses dois setores aumentou para 31%. Por outro lado, a contribuição desses

mesmos setores para o total das exportações brasileiras alterou-se significativamente entre 2003 e 2008, tendo

saltado de 53% para 64%. À medida que o Brasil passa a exportar relativamente mais produtos primários e

intensivos em recursos naturais e o país importador – neste caso, a Malásia – aumenta seu patamar relativo de

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46

compra desses mesmos produtos, há aumento tanto da intensidade de comércio como da complementaridade,

como demonstrado no Gráfico 17.

INDICADOR DE DIVERSIFICAÇÃO/CONCENTRAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES – ÍNDICE DE HERFINDHAL-HIRSCHMAN

(HHI)

O Índice de Herfindahl-Hirschman (HHI) indica se o valor das exportações de um país está concentrado

em poucos produtos26. Países com HHI menor que 1000 são considerados mercados com baixa concentração, ou

seja, o valor de suas exportações não está concentrado em alguns produtos. Países com HHI entre 1000 e 1800

são considerados de concentração moderada, e países com HHI superior a 1800 são considerados concentrados.

Os países em desenvolvimento possuem, frequentemente, um índice de concentração de exportações

bastante elevado. Ainda que suas pautas exportadoras possam ter alguma diversificação, o valor de suas

exportações está concentrado em poucos produtos primários – em geral, commodities cujos preços tendem a

oscilar fortemente em horizontes temporais longos, o que deixa as economias desses países muito expostas às

mudanças que ocorrem no cenário internacional. Quanto maior for o valor do índice de concentração das

exportações de um país, maior também será sua dependência em relação aos diferentes contextos mundiais.

A análise do HHI, ilustrada no Gráfico 19, revela a alta concentração da pauta de exportações brasileiras

para a Malásia, com o valor médio para o indicador situando-se próximo a 2000 pontos para os seis anos da série.

Em 2008, esse resultado torna-se ainda mais evidente pelo fato de apenas dois setores, classificados por CNAE

três dígitos, responderem por 50% das exportações: “extração de minério de ferro” (30%) e “fabricação e refino

de açúcar” (20%). Pela Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), maior nível de detalhamento das estatísticas

de exportação brasileiras, os produtos campeões foram: “minérios de ferro aglomerados e seus concentrados”

(29%) e “açúcar de cana, em bruto” (20%). Das economias asiáticas incluídas no gráfico, a Malásia apresenta nível

de concentração intermediário em 2008.

Quanto à variação do índice no período em análise, percebe-se uma tendência de concentração para a

Malásia. Essa constatação condiz com a composição da pauta das exportações brasileiras para aquele país em

2003 e 2008, conforme a Tabela 5, já analisada anteriormente. Vale reforçar que, em 2003, os cinco principais

produtos importados por classificação CNAE três dígitos representavam 50% das exportações brasileiras para a

Malásia. Passados cinco anos, os cinco principais setores CNAE respondiam por 68% das exportações. Em 2006,

26

O indicador é calculado a partir do setor CNAE 2 dígitos.

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47

onde se vê o pico de 3.277 no indicador, os cinco setores de maior contribuição somavam 74% das exportações.

Desses, 43% foram do código NCM “açúcar de cana, em bruto”.

Gráfico 19 - Índice de Concentração das Exportações (Índice Herfindhal-Hirschman) – Brasil-Malásia e Brasil-Países selecionados

1.322 1.244

1.627

3.277

2.189 2.058

1.000

1.500

2.000

2.500

3.000

3.500

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Malásia Tailândia Filipinas Vietnã Indonésia

Fonte: Comtrade/ONU. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

ÍNDICE DE COMÉRCIO INTRASSETOR INDUSTRIAL

Esse índice mostra a dinâmica do comércio exterior entre países que têm em comum um mesmo setor

produtivo. Esse tipo de comércio é realizado não de forma concorrencial, mas sim a partir de uma dinâmica de

cooperação. Dessa forma, mesmo que as economias de duas regiões não sejam complementares, podem existir

trocas comerciais elevadas, haja vista o comércio intrassetor industrial.

O valor do índice de comércio intrassetorial varia entre 0 e 1, sendo considerado relevante quando

superior a 0,5. Nos casos em que todo o comércio ocorre dentro do mesmo setor industrial, o índice se iguala a 1.

É a ocorrência do comércio intrassetorial que explica, por exemplo, porque o valor das trocas comerciais

entre países desenvolvidos, que possuem estruturas econômicas similares, centradas em produtos com maior

conteúdo tecnológico, seja mais alto que o comércio entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento, os

quais em geral exportam produtos primários ou intensivos em trabalho (como têxteis e calçados).

Para a construção da Tabela 7, foram selecionados os setores, por classificação CNAE dois dígitos, cujo

indicador ficou acima de 0,5 em 2008. Em seguida, buscaram-se os setores, por classificação CNAE três dígitos,

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48

que obedeceram à igual critério. Em algumas situações, pode haver comércio intrassetor se levada em conta a

classificação por CNAE dois dígitos, sem que o mesmo seja válido para a de três dígitos. Isso acontece porque o

comércio intrassetor pode ocorrer na mesma categoria por CNAEs dois dígitos, mas em categorias CNAEs de três

dígitos distintas. Seria o caso, por exemplo, de haver comércio intrassetor para “produtos químicos” (CNAE 24),

mas em que as exportações de A para B se concentrassem em “produtos químicos orgânicos” (CNAE 242),

enquanto as importações de B originárias de A se compusessem de “produtos químicos inorgânicos” (CNAE 241).

Para esses casos, foram apresentadas todas as subdivisões mais detalhadas, ainda que seus indicadores possam

ficar bem abaixo de 0,5.

Com o auxílio da Tabela 7, verifica-se que o comércio intrassetor perpassa indústrias de vários níveis de

intensidade tecnológica: desde a produção de produtos primários até manufaturados produzidos por

fornecedores especializados. Entretanto, se os diversos setores listados na Tabela 7 forem ponderados por sua

participação no total exportado pelo Brasil para a Malásia em 2008, no âmbito do comércio intrassetorial, o

resultado será o predomínio das indústrias de produtos primários (44%) e intensivos em recursos naturais (33%).

Para o setor CNAE “fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de transmissão”, em

que o índice chega a 0,99, o comércio limita-se ao intrassetorial. Já no caso da “fabricação de produtos de metal -

exclusive máquinas e equipamentos”, o índice fica em torno de 0,7, mas é praticamente nulo para suas

subdivisões. Isso ocorre porque as exportações brasileiras para a Malásia concentram-se em produtos

relacionados à “fabricação de tanques, caldeiras e reservatórios metálicos” (67%) e “fabricação de artigos de

cutelaria, de serralheria e ferramentas manuais” (29%), enquanto as importações brasileiras restringem-se a itens

relativos à “fabricação de produtos diversos de metal” (88%).

Vale comentar, por fim, que apenas 15% das exportações brasileiras para a Malásia (US$ 133,2 milhões)

são de caráter intrassetor.

A seguir, a Tabela 7 para verificação do que foi até aqui exposto:

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49

Tabela 7 - Comércio Intrassetor Industrial – Brasil-Malásia

CNAE Descrição 2003 2004 2005 2006 2007 2008

01 Agricultura, pecuária e serviços relacionados 0,62 0,62 0,09 0,08 0,29 0,67

011 Produção de lavouras temporárias 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

012 Horticultura e produtos de viveiro 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

013 Produção de lavouras permanentes 0,09 0,11 0,09 0,08 0,08 0,11

014 Pecuária 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

15 Fabricação de produtos alimentícios e bebidas 0,40 0,36 0,37 0,15 0,38 0,56

152Processamento, preservação e produção de conservas de frutas,

legumes e outros vegetais0,55 0,75 0,91 0,98 0,85 0,61

153 Produção de óleos e gorduras vegetais e animais 0,61 0,67 0,88 0,36 0,66 0,65

28Fabricação de produtos de metal - exclusive máquinas e

equipamentos0,72 0,57 0,75 0,64 0,83 0,71

281 Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 0,00 0,00 0,00 0,00 0,45 0,00

282 Fabricação de tanques, caldeiras e reservatórios metálicos 0,00 0,17 0,00 0,02 0,02 0,00

283Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de

metais0,58 0,04 0,41 0,03 0,03 0,00

284Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas

manuais0,10 0,10 0,90 0,69 0,43 0,21

289 Fabricação de produtos diversos de metal 0,16 0,58 0,49 0,25 0,08 0,09

29 Fabricação de máquinas e equipamentos 0,52 0,60 0,53 0,77 0,72 0,85

291Fabricação de motores, bombas, compressores e equipamentos de

transmissão0,67 0,77 0,97 0,73 0,58 0,99

296 Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 0,66 0,69 0,64 0,97 0,77 0,71 Fonte: MDIC. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

ÍNDICE DE ESPECIALIZAÇÃO EXPORTADORA/COMPLEMENTARIDADE (IEE)

Na relação comercial entre dois países, este indicador aponta se o país A é mais especialista na

exportação de determinado produto que o país B. A idéia é que, se um país é mais especialista que o outro, existe

oportunidade de comércio entre eles, com o país A exportando para o país B. Entretanto, esse indicador só faz

sentido se analisado junto ao índice de complementaridade entre os dois países. Isto porque a especialização

exportadora aumenta o potencial de venda do país A para o país B, mas é necessário, sobretudo, que o país B

necessite adquirir o produto exportado pelo país A.

Neste estudo, o índice de especialização exportadora compara a participação das exportações de

determinados setores brasileiros para o mundo com a participação das exportações malaias dos mesmos setores

para o mundo. Um valor de IEE superior a 1 sugere que, no setor analisado, o Brasil tem vantagem de

especialização exportadora em relação à Malásia.

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Em geral, os setores identificados com especialização exportadora do Brasil para Malásia são produtores

ou processadores de commodities, mas há setores intensivos em mão de obra e P&D.

Tabela 8 – Índice de Especialização Exportadora /Complementaridade

Setor/CNAE Descrição IEE 2008 ICC 2008

share do setor

nas imp. da

Malásia

share do Brasil

nas importações

malaias do setor

2008

Principal

Fornecedor

Participação do

Principal Fornecedor

nas importações

malaias do setor

131 Extração de minério de ferro 775.1 99.8 0.36% 67.51% Chile 21%

155

Moagem, fabricação de produtos

amiláceos e de rações balanceadas

para animais

3.5 66.4 0.90% 0.07% Tailândia 41%

156 Fabricação e refino de açúcar 66.1 67.5 0.27% 35.66% Austrália 38%

157 Torrefação e moagem de café 4.4 58.9 0.03% 15.72% Indonésia 24%

201 Desdobramento de madeira 1.2 75.9 0.15% 4.38% Tailândia 27%

211Fabricação de celulose e outras

pastas para a fabricação de papel355.6 64.7 0.10% 54.95% Estados Unidos 25%

212Fabricação de papel, papelão liso,

cartolina e cartão5.9 51.1 0.91% 0.23% Indonésia 19%

245Fabricação de produtos

farmacêuticos5.8 56.5 0.77% 0.18% China 18%

246 Fabricação de defensivos agrícolas 2.7 99.7 0.03% . China 26%

273Fabricação de tubos - exceto em

siderúrgicas1.1 54.6 0.91% 0.07% Japão 40%

275 Fundição 1.2 76.5 0.01% . China 39%

282Fabricação de tanques, caldeiras e

reservatórios metálicos1.1 70.4 0.09% 1.20% China 28%

283

Forjaria, estamparia, metalurgia do

pó e serviços de tratamento de

metais

1.5 97.0 0.13% . Japão 33%

291

Fabricação de motores, bombas,

compressores e equipamentos de

transmissão

2.2 55.5 1.81% 0.39% Japão 17%

316Fabricação de material elétrico para

veículos - exceto baterias1.6 75.3 0.17% 0.06% Japão 21%

341Fabricação de automóveis,

caminhonetas e utilitários24.6 84.8 1.15% 0.02% Japão 46%

342 Fabricação de caminhões e ônibus 59.9 56.1 0.45% 1.85% Japão 59%

344Fabricação de peças e acessórios

para veículos automotores8.3 75.4 1.11% 0.59% Tailândia 35%

Fonte: COMTRADE. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

O Brasil possui alto índice de especialização e complementaridade em “extração de minério de ferro”;

“fabricação e refino de açúcar”; “fabricação de celulose e outras pastas para fabricação de papel”; “fabricações de

automóveis, caminhonetas e utilitários”; “fabricações de caminhões e ônibus” e “construção, montagem e

reparação de veículos ferroviários”. O país também é o principal fornecedor dos setores de “extração de minério

de ferro” e “fabricação de máquinas, aparelhos e equipamentos de sistemas eletrônicos dedicados à automação

industrial e controle do processo produtivo”. No setor de “fabricação e refino de açúcar”, o IEE do Brasil, em

2008, aumentou em torno de 50% em relação a 2003. O share do Brasil nesse setor foi de 36%, sendo que o

principal fornecedor foi a Austrália. A participação do Brasil é apenas 2% menor que a desse importante

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fornecedor. Outro setor em que o Brasil está quase atingindo o nível do seu concorrente é “torrefação e moagem

de café”. O IEE desse setor para o Brasil é de 4%, ou seja, 4 vezes mais que o do próprio país. O share do Brasil nas

importações da Malásia é de 16%, enquanto a Indonésia participa com 24%.

Outros setores de destaque na tabela são: “fabricação de motores, bombas, compressores e

equipamentos de transmissão”; “fabricação de tanques, caldeiras e reservatórios metálicos”; “fabricação de

caminhões e ônibus” e “fabricação de peças e acessórios para veículos automotores”. Em relação à “fabricação

de motores, bombas e compressores”, a participação do setor no total importado pela Malásia é de 0,02%. Nesse

segmento, o Brasil participa com menos de 1% das importações totais da Malásia e o Japão é o principal

fornecedor. No setor “fabricação de ônibus e caminhões”, o Brasil participa com 2% do mercado, apesar de

possuir um alto índice de especialização e complementaridade. O Japão é o principal fornecedor, com

participação de 59% do mercado.

Nota-se na tabela 8 que os principais fornecedores para a Malásia são países asiáticos como a China,

Japão, Tailândia e Indonésia, que mantêm robustas relações comerciais entre si.

ÍNDICE DE PREÇOS E ÍNDICE DE QUANTUM

Neste estudo, os cálculos dos Índices de Preços (Fischer) e Quantum (quantidade)27 medem,

respectivamente, quanto o preço e a quantidade dos produtos exportados influenciam na variação do valor das

exportações brasileiras para o mercado malaio.

A análise do passado recente revela que, em 2004, a taxa de crescimento do valor exportado para a

Malásia foi de 25%. Desse percentual, 10% decorreram de um aumento da quantidade exportada (quantum) e

14%, da variação de preços dos produtos. Em 2007, após aumentos sucessivos, o Índice de Preços das

exportações brasileiras recuou 1% e a quantidade cresceu, ainda que em patamar bastante inferior àqueles de

27

“O índice de preços adotado é o Índice de Fischer, que consiste na média geométrica dos índices de Laspeyres e de Paasche. O Índice de

Fischer mede a variação dos preços e, quanto maior seu valor, maior a variação de preços verificada nas exportações brasileiras para o país

em foco.

O Índice de Quantum, por sua vez, é obtido pela divisão do índice de variação do valor exportado pelo Índice de Fischer (índice de preços) e

mede o crescimento do volume exportado. Nessa análise, a medida de quantidade utilizada é o peso (em quilogramas) dos produtos,

disponível nos dados de exportação divulgados pelo MDIC/Aliceweb. Para o cálculo do índice de preços foram excluídas, por produto, as

taxas de crescimento do valor exportado, consideradas casos extremos da amostra, partindo da observação do gráfico Box-Plot de cada

ano.

O índice de Laspeyres pondera preços de insumos em duas épocas, inicial e atual,

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52

2005 e 2006. Em 2009, já como resultado da crise econômica que atingiu a economia mundial, o Índice de Preços

caiu 8%, enquanto a quantidade exportada praticamente estagnou-se (aumento de 1% apenas).

Esse movimento dos preços acompanha a tendência mundial para as commodities, excetuados os

combustíveis, em função da alta concentração das exportações brasileiras de tais produtos para a Malásia. Nesse

sentido, o Gráfico 20 mostra uma desaceleração do aumento do nível de preços a partir de 2006, seguido de uma

explosão em 2008 (28%) e uma taxa negativa em 2009 (-8%). Mundialmente, os preços de commodities, exceto

combustíveis, cresceram 23,2% entre 2005 e 2006; 7,4%, no biênio seguinte; alcançaram 14% entre 2007 e 2008,

e caíram 18,7% entre 2008 e 2009.

Gráfico 20 – Crescimento de valor, Índice de Preços e Índice de Quantum das exportações brasileiras à Malásia

25%

43%

59%

5%

29%

-8%

14%

18% 16%

-1%

28%

-8%

10%

22%

37%

6%

1% 1%

2004 2005 2006 2007 2008 2009

Crescimento de valor Índice de preços (Fischer) Índice de quantum

Fonte: Comtrade/ONU. Elaboração: UICC – Apex-Brasil.

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53

PARTE 5

OPORTUNIDADES COMERCIAIS PARA O BRASIL NA

MALÁSIA

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54

As oportunidades para os exportadores brasileiros no mercado malaio foram identificadas por meio de

uma metodologia desenvolvida pela Apex-Brasil que pode ser encontrada no Anexo 1.

Em termos gerais, a metodologia faz o cruzamento das importações malaias com as exportações

brasileiras para a Malásia, apontando as melhores chances para subgrupos de produtos28 brasileiros.

O trabalho se inicia com o levantamento dos produtos que a Malásia importou de todo o mundo entre

2003 e 2008. Esses produtos foram separados da seguinte maneira 29:

Produtos com Exportações Incipientes – são aqueles cuja participação brasileira nas importações

malaias é muito baixa, ou seja, o Brasil vende relativamente pouco para a Malásia. Também são considerados

como exportações incipientes aqueles produtos, cuja exportação brasileira para a Malásia não é contínua30. Outra

característica dos produtos incipientes é que o Brasil é especialista em sua exportação31. Além disso, o mercado

malaio apresenta bom nível de dinamismo32 em relação a esses produtos. A conjunção desses dois últimos fatores

indica que há chances para as exportações brasileiras, mas elas precisam ser trabalhadas, numa estratégia de

abertura do mercado malaio. Daí porque os subgrupos formados pelos produtos com exportações incipientes são

denominados “a desenvolver”.

Produtos com Exportações Expressivas – são aqueles cuja participação brasileira nas importações

malaias é maior do que 1%, ou seja, o Brasil tem um volume significativo de vendas para a Malásia. Além disso, a

exportação brasileira desses produtos para a Malásia é contínua. Os subgrupos de produtos com exportações

expressivas são classificados em cinco categorias:

28

Os produtos analisados no estudo são reunidos em grupos e subgrupos de acordo com critérios definidos pela Secretaria de Comércio

Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os grupos, que são amplos, dividem-se em subgrupos. Normalmente, a denominação dos grupos é abrangente e genérica enquanto a dos subgrupos é mais específica, permitindo que se identifiquem com maior clareza os produtos neles incluídos. 29

Os critérios utilizados para classificar as exportações como incipientes e expressivas são apresentadas na metodologia, no Anexo 1. 30

Exportações contínuas são aquelas que, a partir da primeira venda efetuada, não são interrompidas em nenhum ano posterior. Em um

período de quatro anos, se determinado produto foi vendido apenas nos dois primeiros anos, suas exportações são ditas descontínuas. Se, no entanto, as vendas do produto se iniciaram no terceiro ano e se repetiram no quarto, as exportações são consideradas contínuas. 31

O Brasil é especialista na exportação de um produto quando, na pauta de exportações brasileiras, este produto é mais importante do

que na pauta de exportações do mundo. Explicações mais detalhadas são fornecidas na metodologia encontrada no Anexo 1. 32 Constata-se que alguns grupos de produtos malaios são mais dinâmicos que outros, ou seja, suas importações crescem em um ritmo

mais acelerado que as importações mundiais. Efetivamente, quanto mais dinâmico é um grupo de produtos, maior é o crescimento de suas importações e mais atraente ele se torna para os exportadores brasileiros. Foram então selecionados os subgrupos de produtos malaios considerados muito dinâmicos, dinâmicos e de dinamismo intermediário. As faixas de dinamismo utilizadas no estudo estão descritas na metodologia, no Anexo 1.

OPORTUNIDADES COMERCIAIS PARA O BRASIL NA MALÁSIA

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- Consolidados33 – é o caso dos subgrupos de produtos brasileiros que já estão bem posicionados no

mercado malaio (sua participação é igual ou superior a 30%) e gozam de uma situação confortável em relação aos

seus principais concorrentes. A estratégia de atuação para esses grupos de produtos é de manutenção do espaço

já conquistado. Aqui estão boas oportunidades para as exportações brasileiras;

- Em risco34 – é o caso dos subgrupos de produtos brasileiros que já estiveram consolidados no mercado

malaio e, hoje, ainda têm uma participação significativa, mas vêm perdendo, ano após ano, espaço para os

concorrentes. O esforço dos exportadores brasileiros deve ser para retomar o espaço perdido ou, ao menos,

reduzir a rapidez com que o Brasil perde participação para seus concorrentes;

- Em declínio35 – é o caso dos subgrupos de produtos brasileiros que nunca estiveram consolidados na

Malásia e que vêm perdendo participação naquele mercado. Aqui, as oportunidades para os exportadores

brasileiros são menos interessantes;

- A consolidar36 – é o caso dos subgrupos de produtos brasileiros que ainda não são consolidados na

Malásia, mas que estão crescendo naquele mercado em um ritmo próximo ou superior ao dos concorrentes. Aqui

estão as melhores oportunidades para os exportadores brasileiros.

Nas vendas do Brasil para a Malásia há muito mais produtos com exportações expressivas (90,55%) que

incipientes (9,45%) e, por conseqüência, o valor das exportações expressivas (US$ 942,06 milhões) é bastante

superior ao das incipientes (US$ 181,2 milhões), como mostra a Tabela 9.

Tabela 9 - Classificação de produtos importados pela Malásia

Nº de SH6 Nº de SH6 (%)Importações totais

da Malásia em 2008 (US$)

Importações totais da

Malásia em 2008 (%)

Exportações brasileiras para a

Malásia – 2008 (US$)

Exportações brasileiras para

a Malásia - 2008 (%)

Expressivo 106 1,97 4.228.298.407 2,69 942.062.609 90,55

Incipiente 5283 98,03 152.857.221.827 97,31 98.281.735 9,45

Total 5.389 100,00 157.085.520.234 100,00 1.040.344.344 100,00

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

33

O Brasil tem uma participação mínima de 30% nas importações malaias e o crescimento médio das exportações brasileiras para a

Malásia é superior ao do concorrente, ou inferior em até 25% ao crescimento das exportações do concorrente no período analisado. 34

A participação brasileira nas importações malaias é igual ou superior a 30%, mas o crescimento médio das exportações dos concorrentes

supera em mais de 25% o do Brasil no período analisado. 35

A participação brasileira nas importações malaias é inferior a 30% e o crescimento médio das exportações brasileiras é negativo, ou

inferior a 15%, desde que o crescimento médio das exportações dos concorrentes seja superior em 25% ao crescimento das exportações

do Brasil. 36

A participação brasileira nas importações malaias é inferior a 30%, mas o crescimento médio das exportações brasileiras é superior a

15% ao ano e, caso seja inferior a 15%, é superior a três quartos do valor do crescimento dos concorrentes no período analisado.

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Para apresentar as oportunidades de exportação para o mercado malaio, os subgrupos de produtos

brasileiros foram organizados nos seguintes complexos: AGRONEGÓCIO, ALIMENTOS E BEBIDAS; MÁQUINAS E

EQUIPAMENTOS; CASA E CONSTRUÇÃO e MODA. Há produtos que permeiam mais de um complexo ou não se

encaixam em nenhum deles. Por isso, são classificados no complexo MULTISSETORIAL E OUTROS.

Para cada um desses complexos, são apresentados os subgrupos com exportações incipientes e

expressivas.

AGRONEGÓCIO, ALIMENTOS E BEBIDAS

O setor de agricultura representa 9,4% do PIB da Malásia e tem maior importância para o consumo

interno. Em 2007, o gasto per capita dos malaios com alimentos foi em torno de US$ 400 dólares 37, enquanto

gastos com comida nos países CLIFE38 foram de US$ 1.405 dólares. O gasto total com alimentos na Malásia

aumentou 17,3%, enquanto o gasto com bebidas não alcoólicas cresceu 592% entre 1995 e 2007.

Os itens mais comuns no almoço e na janta são arroz, carnes, peixes, legumes, frutas e vegetais. A

preferência por carne depende da etnia da população. Por exemplo, a carne suína é preferida pelos chineses,

porém não é consumida pelos mulçumanos. A carne bovina é uma das carnes preferidas pelos malaios, contudo

seu consumo é proibido no hinduísmo. Recentemente, o aumento da renda possibilitou que os malaios

aumentassem seu consumo de carnes, peixes e frutos do mar. O aumento de gasto com esses produtos foi de,

aproximadamente, 47,7%, enquanto o gasto com pão e cereais caiu 29,4% no período de 1995-2007.

Os malaios compram alimentos em feiras perto de suas casas não só pelo preço, mas também porque

procuram por produtos mais frescos. Porém, em grandes centros urbanos, a compra de alimentos acontece em

grandes redes de supermercados como, por exemplo, Giant, Tesco e Jusco. Nesses supermercados, a procura por

alimentos embalados é frequente. A previsão é que a dieta dos malaios mude nos próximos anos e fique cada vez

mais parecida com a dieta dos países asiáticos mais desenvolvidos como Japão e Taiwan.

A seguir são destacadas as principais oportunidades para agronegócio, alimentos e bebidas no mercado

malaio. O volume que a Malásia importou desses produtos, em 2008, chegou a US$ 3,3 bilhões, sendo que a

participação brasileira nesse total foi de US$ 255,4 milhões.

EXPORTAÇÕES INCIPIENTES

37

Segundo o Euromonitor

38 CLIFE- lista de países por expectativa de vida –Nações Unidas

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_life_expectancy

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A tabela 10 apresenta os cinco subgrupos de produtos brasileiros que têm oportunidade para abertura

do mercado malaio. Ao todo, o volume de importação desses produtos chegou a US$ 4,75 bilhões, em 2008,

estando a maior parte (43%) concentrada no subgrupo “adubos e fertilizantes”.

Tabela 10 – Subgrupos de produtos de exportações incipientes “A DESENVOLVER”

Grupos Subgrupos Nº de SH6Importações da

Malásia em 2008 (US$)

Dinamismo VCR do Brasil

Adubos e fertilizantes 26 2.065.813.861 41,51 Dinâmico 0,74

Cereais em grão e esmagados 44 1.811.680.354 30,03 Muito dinâmico 1,28

Chá, mate e especiarias 28 174.763.606 20,71 Muito dinâmico 2,02

Farinhas para animais 23 313.976.924 15,23 Intermediário 0,70

Farelo de soja 1 393.691.770 29,17 Dinâmico 18,74

Soja mesmo triturada 1 307.230.736 12,51 Intermediário 25,49

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

O principal produto importado no subgrupo “adubos e fertilizantes” foi o SH6 310420 “cloreto de

potássio para uso como fertilizante” que representou 44% do total do subgrupo em 2008. Canadá e Rússia foram

os principais fornecedores desse produto, representando 32% (US$ 651,9 milhões) das importações malaias. O

Brasil não exportou esse produto para a Malásia e suas exportações mundiais foram somente de US$ 11,8

milhões. Vale ressaltar que “cereais em grãos esmagados” foram o segundo produto mais importado. Nesse

subgrupo, o principal produto importado foi o SH6 100630 “arroz semibranqueado ou branqueado, mesmo polido

ou brunido (glaceado)” e o valor importado foi de US$663,7 milhões. Nos subgurpos de “chá, mate e especiarias”,

o chá preto foi o principal produto importado (US$17,7 milhões). As importações de mate foram de US$53,9 mil.

EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS

• Subgrupos A CONSOLIDAR

As importações malaias dos subgrupos “a consolidar” alcançaram US$ 408,6 milhões, sendo que “carne

de boi in natura” concentrava 56,6% das importações desse subgrupo em 2008 e o principal fornecedor para a

Malásia foi a Índia que teve participação de 79,72%.

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Tabela 11 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “A CONSOLIDAR”

Grupos Subgrupos Nº de SH6

Importações da Malásia em 2008

(US$)

Exportações brasileiras para

a Malásia em 2008 (US$)

Crescimento médio dos

concorrentes entre 2003-

2008 (%)

Crescimento médio do Brasil

entre 20003-2008 (%)

Participação brasileira em

2008 (%)

Principal concorrente em

2008

Participação do principal

concorrente em 2008 (%)

Café cru 1 97.360.404 2.312.818 46,29 31,17 2,38 Vietnã 47,70Demais produtos de café

2 34.284.507 6.599.423 13,68 16,71 19,25 Indonésia 25,47

Carne bovinaCarne de boi "in natura"

1 231.513.777 8.452.566 17,46 44,35 3,65 Índia 79,72

Chocolates, balas e confeitos

Chocolate e suas preparações

2 36.830.648 6.981.859 5,94 62,32 18,96 China 12,86

Massas alimentícias e preparações alimentícias

Massas alimentícias e preparações alimentícias

1 7.114.944 546.286 14,39 21,57 7,68 Estados Unidos 75,35

Carne suínaCarnes salgadas suínas

2 473.635 90.216 12,77 ,00 19,05 China 28,30

Cereais em grão e esmagados

Cereais em grão e esmagados

1 394.424.409 29.173.158 17,85 0,00 7,40 Índia 50,56

Sucos Demais sucos 2 1.584.011 50.531 41,16 42,12 3,19 Espanha 70,49

Café

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

O grupo café foi o segundo mais importado, sendo que o subgrupo “café cru” foi o mais representativo

dentro da categoria. A participação do Brasil foi de somente 2,38% e o crescimento médio dos concorrentes foi de

46,29%, comparado ao crescimento médio do Brasil de 31,17% no período de 2003-2008.

Gráfico 21 – Participação dos principais fornecedores do subgrupo “café cru” (%) – 2003 a 2008

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Vietnã 38,7 36,6 36,7 49,4 51,9 47,7

Indonésia 45,1 47,1 45,4 29,8 30,1 34,1

Guatemala 0,1 0,0 0,0 0,0 5,8 12,0

Brasil 4,0 6,1 5,2 3,0 2,2 2,4

Papua e Nova Guiné 1,2 4,8 9,0 3,4 1,3 1,7

Outros 10,9 5,3 3,8 14,4 8,8 2,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

De acordo com o Gráfico 21, nota-se que os principais fornecedores foram Vietnã (47,7%) e Indonésia

(34,1%). No período analisado, Vietnã cresceu, enquanto Indonésia perdeu mercado. Dentre os outros países

fornecedores de “café cru” para a Malásia, nota-se que Guatemala ganhou participação, chegando a 12% no

mercado enquanto outros fornecedores perderam durante o período analisado.

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59

Na categoria “demais produtos de café”, dois SH6 tiveram destaque: extratos, essências e concentrados

de café e preparações à base de extratos, essências e concentrados de café.

Os subgrupos “carnes salgadas” e “cereais em grão esmagados” (milho para semeadura) não

apresentaram crescimento e o crescimento médio dos concorrentes foi maior do que o brasileiro, 12,77% e

17,85%, respectivamente. Nesses subgrupos, o Brasil precisa aumentar suas exportações para não perder

mercado. O principal concorrente para “carne salgada” foi a China, que obteve 28,30% do mercado; e o principal

concorrente no subgrupo de “cereais em grãos esmagados” foi a Índia, com 50,56% do mercado.

No grupo “chocolates e suas preparações”, o Brasil obteve um ótimo crescimento médio de 62,32% em

relação aos seus concorrentes, que ficaram em 5,94%. O subgrupo é composto por dois SH6: “chocolate e outras

preparações alimentícias com cacau, recheadas, em tabletes, barras e paus” e “outros chocolates e preparações

alimentícias contendo cacau”. O principal concorrente nesse subgrupo foi a China, que obteve participação de

12,86%.

A participação brasileira de massas alimentícias nas importações da Malásia foi pequena (7,68% em

2008); porém, o Brasil apresentou um crescimento médio de 21,57% em relação aos seus concorrentes

(crescimento médio de 14,3%) no período analisado. Nesse subgrupo, os Estados Unidos representam um forte

concorrente, com participação de 75,35% do mercado malaio.

As importações malaias de sucos foram de US$ 1,5 milhão em 2008, sendo que a participação brasileira

foi de 3,19%. Nesse subgrupo, a Espanha representa um forte concorrente, já que possui 70,49% do mercado.

• Subgrupos CONSOLIDADOS, EM DECLÍNIO e EM RISCO

Tabela 12 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “CONSOLIDADOS”, “EM DECLÍNIO” e “EM RISCO”

Grupos Subgrupos Nº de SH6Importações da

Malásia em 2008 (US$)

Importações da Malásia

provenientes do Brasil em 2008

(US$)

Crescimento médio dos

concorrentes entre 2003 -2008

(%)

Crescimento médio do Brasil entre 2003 - 2008

(%)

Participação brasileira em

2008 (%)

Principal concorrente

em 2009

Participação do principal concorrente em 2008 (%)

Classificação

Açúcar e álcool Açúcar em bruto 1 412.122.424 147.828.025 3,95 50,68 35,87 Austrália 38,52 Consolidado

Carne bovinaCarnes salgadas bovinas

1 238.114 94.768 9,78 0,00 39,80 Índia 31,39 Em risco

Chá, mate e especiariasChá, mate e especiarias

1 2.207.838 150.710 0,56 -9,56 6,83 Indonésia 45,14 Em declínio

Gorduras e óleos animais e vegetais

Gorduras e óleos animais e vegetais

3 5.553.989 3.543.905 31,37 251,57 63,81 China 19,18 Consolidado

Produtos hortícolas e plantas vivas

Produtos hortícolas e plantas vivas

1 25.929.148 17.344.535 31,31 0,00 66,89 Índia 17,76 Em risco

Soja (grãos, óleos e farelo)

Óleo de soja em bruto

1 75.526.404 38.921.234 13,43 29,15 51,53 Argentina 48,20 Consolidado

Suco de laranja não congelado

1 828.180 117.831 1,79 -6,84 14,23 Cingapura 28,21 Em declínio

Suco de laranja congelado

1 5.790.807 2.436.170 10,85 53,03 42,07 Holanda 12,71 ConsolidadoSucos

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

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60

Na Tabela 12, verifica-se que quase metade dos produtos estão consolidados e representam 54% do

total (US$ 498,9 milhões) analisado na tabela. Os produtos em declínio representam 43%, com um valor

equivalente a (US$ 397,9 milhões).

Os produtos em declínio apresentaram crescimento médio negativo no mercado malaio. “Chá, mate e

especiarias” apresentaram um crescimento negativo de -9,56%, sendo que a participação brasileira foi de 6,83%.

O principal concorrente desse produto é a Indonésia, que possui 45,14% do mercado. “Suco de laranja não

congelado” também apresentou crescimento negativo de -6,84%. A participação brasileira foi de 14,23% e o

principal concorrente foi Cingapura com 28% de participação.

Dentre os subgrupos analisados, “açúcar em bruto” foi o produto com maior valor nas importações

malaias. A participação brasileira foi de 35,87% e o crescimento médio foi de 50,68% em comparação ao

crescimento dos concorrentes, de 3,95%. É muito provável que as exportações brasileiras ultrapassem às do

principal concorrente, Austrália, que possui uma participação de 38,52% - somente 2,65% a mais que o Brasil.

O Brasil é o principal fornecedor de gorduras e óleos e animais vegetais, óleo de soja em bruto e sucos

de laranja para a Malásia e possui uma posição consolidada, ou seja, com mais de 30% de participação naquele

mercado. Dentre os subgrupos já mencionados, a Argentina é o segundo maior fornecedor de “óleo de soja em

bruto”, respondendo por 48,20% do mercado, em comparação a 51,53% fornecidos pelo Brasil. No subgrupo

“gordura, óleos animais e vegetais”, o crescimento médio brasileiro foi de 251,57% em relação aos seus

concorrentes, cujo crescimento foi de 31,37%. Nesse subgrupo, o principal concorrente brasileiro é a China, que

possui uma participação de mercado de 19,18%. Em relação ao subgrupo, “suco de laranja”, é interessante notar

que a Holanda aparece como o principal concorrente do Brasil devido à reexportação.

Carne bovina salgada e produtos hortícolas foram os produtos classificados “em risco”, já que as

exportações brasileiras para aquele país estagnaram e houve crescimento médio dos concorrentes. No caso de

carne bovina salgada, os concorrentes tiveram, em média, um crescimento de 9,78%. A Índia, entretanto, obteve

uma participação de mercado de 31,39%, percentual bem próximo ao do Brasil (39,80%), que lhe tem como seu

principal concorrente. Em relação aos “produtos hortícolas”, o Brasil possui uma grande vantagem, já que sua

participação no mercado é de 66,89%, bem acima dos 17,76% da Índia, seu principal contendor nesse segmento.

Máquinas e Equipamentos

A indústria representa 40,9% do PIB da Malásia e o país pretende se tornar um hub de manufaturas e

distribuição na região. O país importa, principalmente, máquinas e equipamentos no setor de geração de energia,

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61

máquinas para indústrias específicas e máquinas para transformação de metais para partes e peças em geral.

Seus principais fornecedores são: Japão, Estados Unidos, Taiwan, Cingapura e Alemanha.

A Malásia possui uma indústria bem desenvolvida nos setores elétricoeletrônico e de energia solar. No

setor eletrônico, várias multinacionais estão instaladas no país como Intel, Freescale, Agilent, Hitachi, Infineon,

Texas Instrument, National Semiconductor, Silterra and X-Fab. A presença dessas fábricas contribui para maior

especialização da mão de obra local; o que, por seu turno, garante um incremento na produção, com preços finais

mais competitivos e melhor distribuição regional. Além desses setores, o país conta com uma indústria

desenvolvida para plásticos e máquinas de embalagens para alimentos e bebidas. Entretanto, a produção

nacional ainda não é suficiente, razão pela qual o governo incentiva a instalação de fábricas em vários setores.

De acordo com a Autoridade de Desenvolvimento Industrial da Malásia (MIDA), existem oportunidades

para instalação de fábricas de máquinas e equipamentos que se encontram nos seguintes setores: petróleo e gás

natural; alimentos; bebidas; madeiras; papel e celulose; agricultura; indústria automotiva; biotecnologia;

processamento; petroquímicos; biotecnologia; farmacêutica; impressoras; semi-condutores; construção;

transformação de metais; geração de energia; e partes e componentes.

No setor de petróleo e gás natural, várias empresas já se instalaram para fabricar equipamentos de

exploração de petróleo em águas profundas. Devido ao crescimento desse tipo de atividade no sul da China e na

costa noroeste da Austrália, a procura e o desenvolvimento de equipamentos de alta tecnologia deve crescer na

região.

EXPORTAÇÕES INCIPIENTES

A Tabela 13 apresenta os 9 subgrupos de produtos brasileiros que têm oportunidade para abertura do

mercado malaio. Ao todo, o volume de importação desses produtos chegou a US$ 5,9 bilhões em 2008, estando a

maior parte (53,44%) concentrada no subgrupo “aviões, autopeças e compressores e bombas”.

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62

Tabela 13 – Subgrupos de produtos de exportações incipientes “A DESENVOLVER”

Grupos Subgrupos Nº de SH6

Importações da

Malásia em 2008

(US$)

Crescimento médio anual das imp. da

Malásia 2003 - 2008 (%)Dinamismo VCR do Brasil

Aviões Aviões 3 965.767.878 126,21 Muito dinâmico 2,92

Borracha e suas obrasPneumáticos e câmara de ar

22 286.431.857 29,07 Muito dinâmico 1,74

Compressores e bombas

20 905.907.322 13,04 Intermediário 1,21

Máquinas e aparelhos de terraplanagem, perfuração

16 447.725.885 15,50 Dinâmico 1,65

Máquinas e aparelhos p/trabalhar pedra e minério

7 171.998.420 19,81 Intermediário 1,25

Motores para veículos automóveis

5 233.202.239 5,07 Muito dinâmico 1,52

Partes de motores para veículos automóveis

2 319.108.160 31,71 Muito dinâmico 2,30

Refrigeradores e congeladores

11 214.844.379 22,77 Muito dinâmico 1,05

Rolamentos e engrenagens

15 607.996.220 16,34 Intermediário 0,91

Autopeças 17 1.300.936.196 28,25 Muito dinâmico 0,87

Veículos de carga 7 483.127.099 11,12 Muito dinâmico 1,42

Máquinas e motores

Veículos automotores e suas partes

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

O subgrupo com maior valor importado foi “autopeças” (US$1,3 milhão), composto por 17 produtos,

dentre os quais se destacam: “outras partes e acessórios, para veículos automóveis das posições 8701 a 8705”

(US$955,5 milhões); “caixas de marchas (velocidade) para veículos automóveis das posições 8701 a 8705” (US$

275,2 milhões); “eixos de transmissão com diferencial, para veículos automóveis das posições 8701 a 8705” (US$

236,6 milhões) e “rodas, suas partes e acessórios, para veículos automóveis das posições 8701 a 8705” (US$ 62,9

milhões). As importações de autopeças cresceram 28,25% em 2008 e os principais fornecedores foram Tailândia,

Indonésia, China, Alemanha. O Brasil aparece como 27º fornecedor de autopeças para a Malásia.

Os principais produtos importados no subgrupo “aviões” foram o SH6 “aviões e outros veículos aéreos,

de peso; 15.000kg, vazios” e “aviões e outros veículos aéreos, de peso &; 2.000kg e =&lt; 15.000kg, vazios”, sendo

que os principais fornecedores foram, respectivamente, França e África do Sul. O crescimento médio anual das

importações de aviões foi alto (126%), e as importações foram classificadas como muito dinâmicas, com

Vantagem Comparativa Relativa (VCR) de 2,92. O VCR indica a especialização do Brasil na exportação de produtos

daquele grupo em relação à especialização exportadora do principal concorrente. Se o VCR for maior que 1, o

Brasil possui vantagem em relação ao concorrente.

As importações de máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração somaram (US$447,7 milhões).

Os principais produtos importados dentro dos subgrupos foram: “máquinas escavadoras, com capacidade de

efetuar uma rotação de 360 graus, autopropulsores” (US$262 milhões); “outras máquinas de sondagem ou

perfuração” (US$ 71,43 milhões); “outras pás mecânicas, escavadores e carregadoras, autopropulsores” (US$65,2

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63

milhões); “carregadoras e pás carregadoras, de carregamento frontal, autopropulsores” (US$62,2 milhões) e

“bulldozers e "angledozers", de lagartas, autopropulsores” (US$56,8 milhões). O aumento do crescimento médio

anual foi de 15,5% e foi considerado um setor dinâmico, além da vantagem comparativa do Brasil- VCR que foi de

1,65. Os principais fornecedores foram Japão, Estados Unidos, Tailândia, Indonésia e Coreia do Sul. O Brasil foi o

8º maior fornecedor desses equipamentos para a Malásia.

Compressores e bombas somaram US$905,9 milhões nas importações malaias e o crescimento médio

foi de 13,04%, apresentando um dinamismo intermediário. Os principais produtos importados foram: “outras

bombas de ar, coifas aspirantes para extração ou reciclagem” (US$ 262 milhões); “outras partes de compressores

de ar ou de outros gases” (US$122 milhões); “outras bombas para líquidos” (US$71,4 milhões) e “outras bombas

centrífugas” (US$65,2 milhões). Nesse subgrupo, os principais fornecedores foram Japão, Estados Unidos, China,

Indonésia e Reino Unido. O Brasil apareceu como 25º maior fornecedor desses produtos para a Malásia.

EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS

• Subgrupos A CONSOLIDAR

As importações malaias dos subgrupos “a consolidar” alcançaram US$225,8 milhões e o subgrupo que

“veículos automotores e suas partes” representou 11% das importações malaias em 2008.

Tabela 14 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “A CONSOLIDAR”

Grupos Subgrupos Nº de SH6Importações do

país em 2008 (US$)

Exportações brasileiras para o

país em 2008 (US$)

Crescimento médio dos

concorrentes entre 20003-

2008 (%)

Crescimento médio do

Brasil entre 20003-2008

(%)

Participação brasileira

em 2008 (%)

Principal concorrente em

2008

Participação do principal

concorrente em 2008 (%)

Turbinas hidráulicas e rodas hidráulicas

1 26.580.425 2.700.016 384,01 - 10,16 Coréia do Sul 32,19

Aparelhos mecan.p/projetar/pulverizar líquidos/pós

1 14.934.237 1.620.547 10,59 157,50 10,85 China 47,08

Materiais elétricos e eletro-eletrônicos

Laminadores de metais 1 30.468.697 3.188.183 17,61 77,43 10,46 China 21,43

Apars. eletr. de iluminação/sinalização p/automóveis

1 279.312 38.662 -2,04 ,00 13,84 China 24,13

Plásticos e suas obras Plásticos e suas obras 1 5.097.743 1.423.802 -7,32 19,09 27,93 Tailândia 45,48

Veículos automotores e suas partes

Tratores 2 175.045.213 26.587.795 28,26 35,99 15,19 Japão 25,10

Máquinas e motores

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

As importações de tratores da Malásia somaram US$175 milhões em 2008 e os dois principais SH6(s)

foram “tratores rodoviários para semi-reboques” (US$97,5 milhões) e “outros tratores” (US$77,5 milhões). Em

2008, o Brasil foi o segundo maior fornecedor deste SH6 e o principal fornecedor daquele. Entre 2003-2008, o

crescimento médio brasileiro foi de 35,99%, superior ao do concorrente (28,6%) e com perspectivas de aumento

de participação nesse mercado.

Apesar de o Brasil ter uma participação em torno de 10% nas importações de “laminadores de metais,

aparelhos elétricos de iluminação/sinalização para automóveis” e “aparelhos mecânicos para projetar, pulverizar

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líquidos/pós”, seu crescimento médio no período analisado foi de 77,43% e 157,50% respectivamente. Tal

desempenho indica um aumento na participação das exportações desses produtos. O gráfico abaixo mostra os

principais fornecedores de laminadores de metais.

Gráfico 22 – Participação dos principais fornecedores do subgrupo “laminadores de metais” (%) – 2003 a 2008

2003 2004 2005 2006 2007 2008

China 8,2 32,2 13,8 14,8 26,8 21,4

Brasil 0,0 0,0 2,1 3,3 7,0 10,5

Coréia do Sul 1,5 3,9 12,2 1,9 8,2 9,8

Tailândia 6,2 8,9 3,1 3,8 3,1 9,5

Estados Unidos 7,7 6,6 6,8 6,0 7,4 7,7

Outros 76,7 48,6 62,3 70,1 47,6 41,2

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

80,0

90,0

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

Da análise do Gráfico 22 infere-se que, de modo geral, as importações desse subgrupo concentraram-se

em alguns poucos países. Outros fornecedores, que representavam 76,7% em 2003, caíram para 41,2% em 2008.

A China se manteve como principal fornecedor no período em análise. Por entrar nesse mercado somente em

2005, o Brasil obteve um crescimento significativo de 10,5%, seguido pela Coreia do Sul, Tailândia e Estados

Unidos. A vantagem do Brasil está no crescimento médio de 77,43% no período, o que indica possibilidade de

aumento da sua participação naquele mercado.

Em 2008, o Brasil começou a exportar “turbinas e rodas hidráulicas” e ficou em 4º lugar nas exportações

desse produto. A Coreia do Sul foi o principal concorrente, com 32,19% de participação do mercado - o percentual

brasileiro para esse indicador não passou de 10,16%. Outros fornecedores para esse produto foram Alemanha

(2º) e França (3º).

• Subgrupos CONSOLIDADOS e EM DECLÍNIO

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Tabela 15 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “CONSOLIDADOS” e “EM DECLÍNIO”

Grupos Subgrupos Nº de SH6Importações da Malásia em 2008

(US$)

Importações da Malásia provenientes do Brasil

em 2008 (US$)

Crescimento médio dos

concorrentes entre 2003 -

2008 (%)

Crescimento médio do Brasil

entre 2003 - 2008 (%)

Participação brasileira em

2008 (%)

Principal concorrente

em 2009

Participação do principal concorrente em 2008 (%)

Classificação

Compressores e bombas 1 18.677.031 118.090 14,62 -10,10 ,63 Japão 48,17 Em declínio

Máquinas e aparelhos de terraplanagem, perfuração

1 7.801.250 414.102 36,51 2,43 5,31 China 29,42 Em declínio

Materiais elétricos e eletro-eletrônicos

Demais materiais elétricos e eletrônicos

1 1.589.728 427.037 -5,66 -12,34 26,86 Japão 42,25 Em declínio

Veículos automotores e suas partes

Chassis e carroçarias para veículos automóveis

1 58.047.621 361.669 31,66 -37,84 ,62 Japão 59,60 Em declínio

Máquinas e motores Ferramentas manuais, pneumáticas ou hidráulicas

1 20.834.449 6.273.826 17,47 34,29 30,11 China 20,31 Consolidado

Máquinas e motores

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

Observa-se, na Tabela 15, que 84,40% dos produtos exportados foram classificados como “em declínio”,

com apenas um subgrupo “consolidado”. O subgrupo “chassis e carroçarias para veículos automóveis”

representou 43,47% do total importado e é o mais preocupante, pois apresenta um crescimento negativo de -

37,84%, enquanto o Japão - principal concorrente - apresenta um crescimento de 31,66%. As exportações

brasileiras foram de somente US$361 mil em 2008 e precisam crescer para que o Brasil aumente a sua

participação.

Outros subgrupos “em declínio”, com crescimento negativo, foram “compressores e bombas”, “demais

materiais elétricos e eletrônicos” e “chassis e carroçarias para veículos automóveis”.

Do subgrupo “máquinas e aparelhos de terraplanagem, perfuração”, o único SH6 classificado como “em

declínio” foi “niveladores”, cujas importações somaram (US$7,8 milhões). O principal fornecedor foi a China, que

obteve 29,42% do mercado. O Brasil foi o 4º maior fornecedor (US$2,2 milhões) em 2008 e vem perdendo

mercado no período analisado. Em 2004 e 2005, o Brasil foi o principal fornecedor desses produtos para a

Malásia, enquanto a China praticamente não exportou. O crescimento médio do Brasil foi de 2,43%, enquanto o

crescimento médio dos concorrentes foi de 36,51%. Outros países fornecedores para esses produtos foram Japão,

Indonésia e Estados Unidos. O Brasil precisa melhorar sua competitividade para reconquistar sua participação

nesse mercado.

O único subgrupo classificado como “consolidado” foi “ferramentas manuais, pneumáticas ou

hidráulicas”, sendo que a participação brasileira do mercado foi de 30,11% e o crescimento médio foi de 34,29%.

A China foi o principal concorrente e obteve 20,31% do mercado.

Casa e Construção

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O setor de construção é extremamente competitivo na Malásia, sendo que grande partes das empresas

de construção estão no Vale do Klang. Apesar da indústria ter atingido um nível de maturidade, o setor de

construção civil ainda sofre com obstáculos como burocracia, baixa produtividade, fragmentação e transparência

em licitações. O governo tende a dar preferência por firmas locais de construção e engenharia e firmas

estrangeiras são convidadas a participar de projetos que requerem alguma especialidade que as firmas locais não

conseguem atender. Isso ocorreu no projeto das famosas torres de Petrona, em que firmas estrangeiras foram

contratadas para gerenciar o empreendimento.

As oportunidades na Malásia para esse setor estão ligadas diretamente à demanda de infraestrutura e

construção de casas. A participação de empresas privadas no setor de infraestrutura deve incentivar o número de

obras nesse setor. No setor de construção de casas, a previsão em 2020 é de que o problema de falta de moradia

se agrave, já que a população será de 28 milhões de pessoas. O setor público e o privado estão estudando novas

formas e tecnologias para que a construção seja rápida e ofereça qualidade. Está previsto no Nono Plano da

Malásia (2006-2010), um programa para a construção de 709.400 casas populares, com o orçamento de US$ 130

milhões pelo programa Rumah Rakyat Mesra. O Departamento Nacional de Casas supervisiona o trabalho para

que as casas sejam construídas em locais adequados e dentro dos padrões de qualidade estabelecidos.

A base das construções na Malásia é o concreto e as construções residenciais são planas, seguindo o

padrão de 20 casas alinhadas. Um projeto típico consiste de 30% de casas populares, 40% de casas de médio

custo e 30% de casas de alto custo. Dentre os desafios para o setor, sobressaem-se o alto custo do cimento e aço

utilizado na construção, além dos custos de combustível e mão de obra qualificada. Construções modulares e

casas pré-fabricadas diminuem alguns custos, especialmente de cimento e combustível. As casas pré-fabricadas

também reduzem os custos de acabamento e são mais econômicas.

O ambiente competitivo exige das empresas conhecimento especializado. Empresas locais conseguem

suporte do governo e assistência de instituições de educação superior, que ajudam no aprendizado de novas

tecnologias, priorizando o emprego de materiais desenvolvidos localmente. Entretanto, há espaço para empresas

estrangeiras nas áreas em que faltam conhecimento e serviços especializados, como na construção de túneis,

plantas nucleares e grandes incineradores. Uma das formas de acesso ao mercado é por meio de joint ventures ou

empresas de consultoria para direcionamento e aconselhamento. É comum empresas locais assumirem o

gerenciamento de projetos e contratarem empresas estrangeiras para fornecer algum tipo de tecnologia não

existente no país.

EXPORTAÇÕES INCIPIENTES

O subgrupo “cerâmicos” possui 29 SH6(s), dentre os quais se destacam “outras obras de cerâmica”

(US$35,1 milhões); “tijolos e peças cerâmicas semelhantes, refratários, contendo & gt; 50% em peso de

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magnesianos ou de óxido de cromo” (US$20,1 milhões); “outros produtos cerâmicos refratários” (US$17 milhões)

e “outros ladrilhos e artigos semelhantes, de cerâmica, não vidrados nem esmaltados” (US$ 17 milhões). Os

principais fornecedores foram Estados Unidos, França e Alemanha. Em relação ao grupo, o Brasil foi considerado

muito dinâmico e é especialista nesse setor, já que o VCR >1.

Dentre os subgrupos classificados, “demais produtos minerais” concentrou o maior valor. Nesse

subgrupo, os principais produtos importados foram: “fosfatos de cálcio naturais, fosfatos aluminocálcicos

naturais, cré-fosfatado, moídos” (US$114, 4 milhões); “cimentos não pulverizados - clinkers" (US$78,6 milhões);

“sal (incluídos o sal de mesa e o sal desnaturado) e cloreto de sódio puro, mesmo em solução aquosa ou

adicionados de agentes antiaglomerantes” (US$41,7 milhões); “kieserita, epsomita - sulfatos de magnésio

naturais” (US$ 30,1 milhões) e “gipsita; anidrita” (US$ 26,9 milhões).

Tabela 20 – Subgrupos de produtos de exportações incipientes “A DESENVOLVER”

Grupos Subgrupos Nº de SH6

Importações da

Malásia em 2008

(US$)

Crescimento médio anual das imp. da Malásia 2003 -

2008 (%)Dinamismo VCR do Brasil

Produtos cerâmicos Produtos cerâmicos 29 200.869.432 10,74 Muito dinâmico 1,31

Produtos mineraisDemais produtos minerais

74 509.449.503 20,78 Dinâmico 1,68

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS

• Subgrupos A CONSOLIDAR

As importações malaias dos subgrupos “a consolidar” alcançaram US$ 322,6 milhões e os subgrupos

“madeira serrada” e “tubos de ferro fundido, ferro ou aço” representaram 74% do total importado em 2008.

Tabela 21 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “A CONSOLIDAR”

Grupos Subgrupos Nº de SH6Importações do país em 2008 (US$)

Exportações brasileiras para o país em 2008

(US$)

Crescimento médio dos

concorrentes entre 20003-

2008 (%)

Crescimento médio do Brasil

entre 20003-2008 (%)

Participação brasileira em

2008 (%)

Principal concorrente em

2008

Participação do principal concorrente em 2008 (%)

Ferramentas, talheres e outras obras de metais

Ferramentas e talheres

2 65.085.410 2.898.493 9,15 18,49 4,45 Estados Unidos 52,01

Madeira laminada

1 13.868.644 966.039 14,46 23,93 6,97 China 43,72

Madeira serrada 4 110.996.460 3.405.999 10,54 64,91 3,07 Tailândia 44,31

Obras de pedras e semelhantes

1 2.049.699 177.301 23,32 46,16 8,65 Japão 35,50

Tubos de ferro fundido,ferro ou aço

3 130.623.457 4.309.176 94,44 185,52 3,30 China 41,19

Madeiras, cortiças e obras de trançaria

Obras de pedra e semelhantes

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

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O subgrupo de maior valor importado foi “tubos de ferro fundido, ferro ou aço” (US$ 130,6 milhões),

sendo que os principais produtos importados dentro desse subgrupo foram: “outros tubos ocos ferro/aço/ para

oleoduto/gasotuduto” (US$ 117,9 milhões); “outros tubos de ferro ou de aços não ligados, sem costura, de seção

circular” (US$ 9,4 milhões). Os principais fornecedores desses produtos foram: China, Japão, Argentina, Inglaterra

e Brasil. Esse subgrupo, além de ter o maior valor, obteve o maior crescimento médio do Brasil (185,62%) em

relação a seus concorrentes (94,44%), que também apresentaram ótimo desempenho. Isso indica que a

construção está aquecida no país e que o Brasil pode aumentar a sua participação.

Dentro do subgrupo “madeira serrada”, o SH6 “outras madeiras, serradas, cortadas em folhas ou

desenroladas, de espessura & gt; 6mm” representou 73% do total importado. Os principais fornecedores desses

produtos foram Tailândia, Indonésia, Austrália, Estados Unidos, Filipinas e Brasil. O crescimento médio do Brasil

foi de 64,91% em comparação ao do concorrente e as expectativas são que o país aumente a sua participação de

mercado.

Em produtos para o lar, o Brasil se destacou no subgrupo “ferramentas e talheres”, apresentando o dobro

de crescimento em relação de seus concorrentes. “navalhas e aparelhos de barbear de metais comuns” foi o

produto mais importado (US$64,5 milhões). O principal fornecedor desse subgrupo foi os Estados Unidos, que

garantiu 76,5% do total importado pela Malásia. O SH6 “outras facas de lâmina fixa, de metais comuns” foi o

segundo produto mais importado (US$554 mil) e teve, como mostra o gráfico abaixo, Suíça, China, Alemanha,

Brasil e Japão como principais fornecedores. Os dados do Gráfico 24 indicam que a China perdeu

aproximadamente a metade da sua participação no mercado durante o período analisado.

Gráfico 24 – Participação dos Principais Fornecedores do Subgrupo outras facas de lâmina fixa, – 2003 a 2008

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Suíça 19,2 22,7 16,9 8,9 16,7 26,7

China 56,2 39,9 52,3 30,0 33,9 25,6

Alemanha 0,0 9,7 4,0 8,2 9,2 17,2

Brasil 5,0 3,6 0,5 2,1 1,1 9,0

Japão 5,3 7,4 1,7 7,9 15,9 6,3

Outros 14,3 16,7 24,7 42,8 23,2 15,3

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

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Em termos de crescimento, fortes concorrentes do Brasil são a Alemanha e a Suíça. Observa-se que o

crescimento do Brasil é grande em relação a 2007, quando o Brasil obteve somente 1,1% do mercado.

• Subgrupos CONSOLIDADOS e EM DECLÍNIO

O grupo “madeiras, cortiças e obras de trançaria” surge, novamente, como oportunidade; porém dessa

vez, o subgrupo “madeira compensada ou contraplacada” é classificado como “em declínio”. O Brasil apresentou

um crescimento médio negativo de -2,11%, sendo que o principal concorrente foi a China, que participou com

54,54% do mercado. Vale ressaltar que o crescimento médio dos concorrentes foi de 99,10%.

Tabela 22 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “CONSOLIDADOS” e “EM DECLÍNIO”

Grupos SubgruposNº de

SH6

Importações

da Malásia

em 2008

(US$)

Importações

da Malásia

provenientes

do Brasil em

2008 (US$)

Crescimento

médio dos

concorrentes

entre 2003 -2008

(%)

Crescimento

médio do

Brasil entre

2003 - 2008 (%)

Participação

brasileira em

2008 (%)

Principal

concorrente em

2009

Participação

do principal

concorrente

em 2008 (%)

Classificação

Madeiras, cortiças e obras de trançaria

Madeira compensada ou contraplacada

2 7.455.978 468.549 99,10 -2,11 6,28 China 54,54 Em declínio

Produtos minerais Demais produtos minerais

2 3.287.144 1.483.698 -13,56 2,39 45,14 Canadá 43,21 Consolidado

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

O subgrupo “produtos minerais” foi classificado como “consolidado”, já que a participação brasileira ficou

acima dos 30%. Os principais produtos importados nesse subgrupo foram: “amianto - asbesto” (US$ 1,5 milhão) e

“outras formas de amianto - asbesto” (US$ 1,7 milhão). O principal fornecedor de amianto foi o Brasil e o

principal fornecedor de “demais produtos” foi o Canadá, seguido do Brasil. O Brasil possui pouca vantagem em

relação ao seu principal concorrente, haja vista que suas participações foram, respectivamente, de 45,14% e

43,21%.

Moda

Os malaios compram roupa e calçados em épocas festivas ou quando precisam de novas roupas para

uma ocasião especial. Em comparação aos consumidores de outros países, os malaios não se preocupam tanto

com roupas no dia a dia e compram-nas em períodos festivos como Hari Raya Aidilfitri39, o Ano Novo Chinês,

Deepvali40 e Natal. Os malaios de origem chinesa têm por tradição vestir roupas novas durante o Ano Novo e os

shopping centers locais oferecem promoções durante esse período. As promoções conhecidas como “Mega

39

Hari Raya Aidilfitri é a festa dos mulçumanos que celebram o fim do Ramadan

40 Deepvali é o festival de luzes do hindus. Nesse festival os hindus agradecem os deuses a alegria, conhecimento, paz e o que

receberam no ano.

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Sales”, que ocorrem algumas vezes ao ano, são eventos em que os consumidores compram a maior parte das

suas roupas e calçados.

Devido ao clima tropical, a preferência dos malaios é por roupas confortáveis - modas sazonais não têm

grande influência no consumo. Muitos malaios, especialmente mulheres malaias e indianas, ainda vestem Baju

Kurung e Sari. Por outro lado, os jovens procuram roupas com design de países como o Japão, Estados Unidos e

Coreia do Sul.

Entre 1995 e 2007, o gasto com roupas e sapatos cresceu 68,6% na Malásia, devido ao aumento da

renda disponível, baixa nos preços e abertura de novas lojas. O total gasto com roupas prontas para vestir foi

significativo, passando de RM 3,6 bilhões (US$ 1,16 bilhão) em 1995 para RM 6,3 bilhões (US$ 2,03 bilhões) em

2007, representando um aumento de mais de 75%. Segundo dados do Euromonitor, devido à crise que começou

em 2008, a previsão em 2009 era de que os gastos com roupas caíssem 2% e chegassem a RM13 bilhões (US$ 4,2

bilhões).

Em relação aos gastos com sapatos, o crescimento no período relativo de 1995-2007 foi RM 804 milhões

(US$259,52 milhões) para RM1,3 bilhão (US$ 420 milhões), o que representou um aumento de 68,6%. Além disso,

jóias passaram a ser um item de consumo na Malásia devido ao aumento da renda disponível. Os malaios estão

ávidos para comprar itens de luxo e, por isso, as vendas de jóias, relógios, artigos de prata aumentaram de RM 1,3

bilhão (US$ 420 milhões) em 1995 para RM 2,6 bilhões (US$ 660 milhões) em 2007, o que representou um

aumento de 92%. A compra de jóias é feita especialmente em lojas especializadas e lojas de departamentos. O

design aumentou a demanda por acessórios, jóias e pedras preciosas e semipreciosas, além de pérolas, cristal,

zircônia e pedras associadas ao mês de aniversário (birthstones).

Apesar da crise em 2009, novos shopping centers foram abertos como o “Square One Mall” em Batu

Pahat e “Tropicana City Mall” em Petaling Jaya. Além disso, o “Bintang Mega Mall” em Miri foi reformado para

receber mais lojas. No total, 223 novas lojas de roupas e sapatos foram abertas, oferecendo maior variedade de

produtos e lojas aos consumidores.

EXPORTAÇÕES INCIPIENTES

Dentro do grupo metais e pedras preciosas, o único subgrupo classificado foi “ouro em formas

semimanufaturadas” que representou US$ 2,4 milhões e apresentou um crescimento de 27,17%. A vantagem

comparativa revelada foi de 3,73, ou seja, a especialização do Brasil na exportação desses produtos é alta VCR>1;

porém, o país ainda não exporta esse produto para a Malásia. Os principais fornecedores desses produtos foram

Emirados Árabes Unidos, Japão, Cingapura, Suíça e Hong Kong.

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Tabela 16 – Subgrupos de produtos de exportações incipientes “A DESENVOLVER”

Grupos Subgrupos Nº de SH6Importações da

Malásia em 2008

(US$)

Crescimento médio anual das imp. Da Malásia 2003 - 2008 (%)

Dinamismo VCR do Brasil

Metais e pedras preciosas

Ouro em formas semimanufaturadas

1 2.427.205.826 27,17 Dinâmico 3,73

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS

• Subgrupos A CONSOLIDAR

As importações malaias dos subgrupos “a consolidar” alcançaram US$ 122,8 milhões, com participação

de 62% do subgrupo “demais produtos têxteis” em 2008.

Tabela 17 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “A CONSOLIDAR”

Grupos Subgrupos Nº de SH6Importações do país em 2008 (US$)

Exportações brasileiras para o país

em 2008 (US$)

Crescimento médio dos

concorrentes entre 20003-

2008 (%)

Crescimento médio do Brasil

entre 20003-2008 (%)

Participação brasileira em

2008 (%)

Principal concorrente em

2008

Participação do principal

concorrente em 2008 (%)

Calçados 1 36.257.186 1.870.569 44,68 163,38 5,16 Vietnã 38,87Partes de calçados 1 3.544.956 373.954 34,06 26,51 10,55 China 52,22

Metais e pedras preciosas

Pedras preciosas e semipreciosas

1 6.196.074 413.592 63,71 15,14 6,68 Vietnã 42,76

Têxteis Demais produtos têxteis 2 76.407.111 2.155.656 6,09 59,93 2,82 Índia 21,81

Calçados e suas partes

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

Dentro do subgrupo “demais produtos têxteis”, o SH6 de destaque foi “algodão, não cardado nem

penteado” (US$74 milhões). “Outros fios têxteis, lâminas e formas semelhantes, revestidos ou recobertos de

borracha ou plástico” contribuíram com US$ 2,3 milhões das importações. O crescimento médio brasileiro para

têxteis foi de 59,93%, enquanto o crescimento médio dos concorrentes ficou em 6,09%. A Índia foi o principal

concorrente e participou com 21,81% do mercado, enquanto o Brasil limitou-se a escassos 2,82%.

“Calçados e suas partes” foi o segundo grupo mais importado dos grupos classificados “a consolidar”.

Apesar do Vietnã possuir uma participação de 38,87%, o crescimento médio do Brasil no período 2003-2008, foi

de 163,38%, bem superior à média dos concorrentes, que foi de 44,68%. Esse crescimento mostra que o Brasil

pode ganhar participação de mercado e aumentar suas exportações. Em relação ao setor de calçados, além da

forte presença da China, o crescimento médio das exportações brasileiras foi inferior ao dos concorrentes. O

gráfico abaixo mostra os principais fornecedores de calçados para a Malásia:

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Gráfico 23 – Participação dos principais fornecedores do subgrupo “calçados” (%) – 2003 a 2008

2003 2004 2005 2006 2007 2008

Vietnã 4,5 14,4 22,6 22,2 24,3 38,8

Inglaterra 2,2 1,9 3,5 25,9 12,9 18,0

China 59,1 57,8 30,4 16,4 25,1 12,7

Indonésia 8,8 5,8 9,8 4,6 3,8 5,4

Brasil 0,3 2,0 4,3 3,7 5,3 5,2

Outros 25,1 18,0 29,4 27,1 28,6 20,0

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

A análise do Gráfico 23 demonstra que houve uma desconcentração do mercado, já que a participação da

China caiu de 59,1% em 2003 para 12,7% em 2008. Durante o período analisado, a Inglaterra chegou a ter 25,9%

do mercado em 2006; esse indicador, porém, caiu para 18% em 2008. O Brasil teve um pequeno aumento na

participação, que chegou a 5,2%, enquanto o Vietnã expandiu sua participação para 38,8%, tornando-se o

principal fornecedor.

As importações de pedras preciosas e semipreciosas somaram de US$ 6,19 milhões, garantindo ao Brasil

uma participação de somente 6,68%. O Vietnã foi o principal concorrente e sua participação naquele mercado foi

de 42,76%. Devido à superioridade do crescimento médio de seus concorrentes, é possível que o Brasil perca

mercado caso não melhore as exportações para a Malásia.

• Subgrupos EM DECLÍNIO

Nessa classificação, apenas os subgrupos “em declínio” foram classificados no complexo de moda. As

importações da Tabela 18 somaram US$ 111,6 milhões.

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Tabela 18 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “EM DECLÍNIO”

Grupos SubgruposNº de SH6

Importações da Malásia em 2008

(US$)

Importações da Malásia

provenientes do Brasil em

2008 (US$)

Crescimento médio dos

concorrentes entre 2003 -2008

(%)

Crescimento médio do

Brasil entre 2003 - 2008

(%)

Participação brasileira em

2008 (%)

Principal concorrente

em 2009

Participação do principal concorrente em 2008 (%)

Classificação

Higiene pessoal e cosméticos

Higiene pessoal e cosméticos

1 136.833 11.833 1,26 -16,87 8,65 Estados Unidos 48,90 Em declínio

Peles, peleteria e couros e seus artefatos (exceto calçados e suas partes)

Couro 7 105.354.899 5.215.118 11,57 -25,14 4,95 Índia 37,28 Em declínio

Têxteis Confecções 3 6.116.073 407.100 43,42 ,00 6,66 China 48,23 Em declínio Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

O principal subgrupo importado foi “couro”, que representou 94,3% do total importado dos grupos

classificados na tabela. Seus dois principais SH6(s) foram: “outros couros e peles curtidos, de bovinos ou de

eqüídeos, depilados, no estado seco ("crust")” (US$ 54,2 milhões) e

“couros e peles curtidos, de bovinos ou de eqüídeos, depilados, no estado seco ("crust"), plena flor; não divididos;

divididos, com a flor” (US$ 27,9 milhões). Esses dois produtos representaram 78% do subgrupo “couro”. O

principal concorrente do Brasil nesse subgrupo foi a Índia, que obteve 37,28% do mercado. A posição do Brasil é

preocupante, já que seu crescimento médio foi negativo (-25,14%) e o crescimento dos concorrentes foi de

11,57%, o que indica uma possível perda de mercado.

No subgrupo “confecções”, os principais SH6(s) que se destacaram foram “cintas e cintas-calças” (US$2,8

milhões); “modeladores de torso inteiro (cintas "soutiens")” (US$2,3 milhões) e “luvas, mitenes e semelhantes,

de malha, impregnadas, revestidas ou recobertas, de plástico ou de borracha” (US$ 896 mil).

Higiene pessoal e cosméticos foi o grupo menos importado dentre os classificados como “em declínio”,

composto por um único produto “óleo essencial de laranja”. A participação do Brasil foi de somente 8,65% e os

Estados Unidos foram seu principal concorrente, com 48,90% do mercado. Apesar do crescimento médio

brasileiro ser de -16,85%, o de seus concorrentes foi de somente 1,26%.

MULTISSETORIAL

Nesta seção são analisados os subgrupos que ou estão em mais de um complexo ou não pertencem a nenhum dos quatro complexos já analisados.

EXPORTAÇÕES INCIPIENTES

As oportunidades multissetoriais somaram US$25,9 milhões e vários tipos de produtos apareceram como

oportunidades “a desenvolver”. O produto com o maior valor importado foi “petróleo e derivados de petróleo”,

com 43 produtos.

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Tabela 23 – Subgrupos de produtos de exportações incipientes “A DESENVOLVER”

Grupos SubgruposNº de SH6

Importações da

Malásia em 2008

(US$)

Crescimento

médio anual das

imp. Da Malásia

2003 - 2008 (%)

DinamismoVCR do Brasil

Barras, perfis, fios,

chapas e tiras, de

alumínio

14 916.086.875 26,32 Muito dinâmico 0,91

Catodos de cobre 1 1.287.687.689 40,70 Dinâmico 0,82

Ligas de alumínio 1 400.815.894 23,03 Muito dinâmico 1,87

Papel e

celulosePapel e suas obras 112 1.702.237.937 12,64 Muito dinâmico 0,83

Petróleo e

derivados de

petróleo

Petróleo e derivados

de petróleo43 17.027.566.604 29,86 Intermediário 0,83

Fio - máquinas e

barras de ferro ou

aço

27 578.041.632 29,10 Intermediário 1,54

Produtos laminados

planos de ferro ou

aço

76 2.897.760.110 23,56 Dinâmico 1,08

Produtos

químicos

Produtos químicos

inorgânicos184 1.114.151.705 17,09 Intermediário 1,78

Metais não-

ferrosos

Produtos

metálurgicos

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

Dentre as oportunidades para o Brasil, o subgrupo “papel e suas obras foi classificado como “muito

dinâmico” e apresentou um crescimento anual de 12,64%. As importações somaram US$1,7 bilhão, porém, há

uma desconcentração, já que as oportunidades estão dispersas em 112 produtos. Os principais produtos

importados foram: “papéis jornais, em rolos ou em folhas outros papéis e cartões de camadas múltiplas,

revestidos de caulim, em rolos ou em folhas” (US$ 109 milhões); “papéis contendo &lt; = 10% de fibras obtidas

por processo mecânico” (US$102,1 milhões); “absorventes e tampões higiênicos, fraldas para bebês e artigos

higiênicos semelhantes, de papel” (US$89,9 milhões) e “outros papéis, cartões, pasta de celulose e mantas de

fibras de celulose, em rolos ou folhas” (US$ 86,80 milhões).

EXPORTAÇÕES EXPRESSIVAS

• Subgrupos A CONSOLIDAR

No complexo multissetorial, apenas três grupos foram classificados como “a desenvolver”. O grupo de

maior peso nas importações desses produtos foi “produtos laminados planos de ferro ou aço”. Esse resultado

evidencia um momento de alta no setor de construções da Malásia, já que o subgrupo também apareceu como

oportunidades em outras análises.

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75

Tabela 24 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “A CONSOLIDAR”

Grupos Subgrupos Nº de SH6

Importações da Malásia em 2008

(US$)

Exportações brasileiras para o país

em 2008 (US$)

Crescimento médio dos

concorrentes entre 20003-

2008 (%)

Crescimento médio do Brasil

entre 20003-2008 (%)

Participação brasileira em

2008 (%)

Principal concorrente

em 2008

Participação do principal

concorrente em 2008 (%)

Borracha e suas obras

Demais produtos de borracha e suas obras

2 21.122.231 2.084.050 33,02 45,44 9,87 Japão 36,30

Demais produtos metalúrgicos

3 96.455.107 7.137.244 27,88 137,30 7,40 Chile 33,15

Produtos laminados planos de ferro ou aço

5 620.811.330 22.278.456 48,46 27,21 3,59 Coréia do Sul 13,78

Produtos mineraisDemais minérios metalúrgicos

1 87.372.031 7.029.441 9,61 650,08 8,05 África do Sul 24,46

Produtos metálurgicos

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

Apenas cinco produtos foram classificados como oportunidades “a consolidar” dentro do subgrupo de

“produtos laminados planos de ferro ou aço”. O SH6 mais importado do subgrupo foi “produtos laminados

planos, de ferro ou aços não ligados, de largura =&gt; 600mm, não enrolados” (US$ 289,5 milhões) e os outros

quatro SH6(s) foram ”produtos laminados planos, de aços inoxidáveis, laminados a quente, de largura =&gt;

600mm, em rolos, de várias espessuras” (US$331,2 milhões). O crescimento do Brasil ficou abaixo da média de

seus concorrentes e o principal fornecedor foi a Coreia do Sul, com 13,78% de participação.

O segundo subgrupo mais importado, “demais produtos metalúrgicos”, apresentou somente três

produtos: “produtos ferrosos obtidos por redução direta dos minérios de ferro” (US$37,5 milhões); “fios de ferro

ou aços não ligados, não revestidos, mesmo polidos” (US$8,6 milhões) e “recipientes para gases comprimidos ou

liqüefeitos, de ferro fundido, ferro ou aço” (US$ 50,2 milhões). Nesse mercado, o Brasil ainda tem muito a

ganhar, já que seu crescimento médio foi de 137,30%, bem superior ao do seu concorrente (27,88%).

O subgrupo que apresentou maior crescimento (650%) foi “demais minérios metalúrgicos” e o único

produto classificado foi “minérios de estanho e seus concentrados”. As importações somaram US$ 87,3 milhões e

o principal fornecedor para esse mercado foi a África do Sul em 2008 (Gráfico 15). Nota-se, no gráfico abaixo, que

houve uma desconcentração de fornecedores. A Indonésia, que era o principal fornecedor, com 50% do mercado

em 2003, perdeu participação em 2008, ficando com 11,6%.

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Gráfico 25 – Participação dos principais fornecedores do subgrupo “minérios de estanho e seus concentrados” - 2003 a 2008

2003 2004 2005 2006 2007 2008

África do Sul 7,4 15,2 23,6 26,5 32,8 26,2

Congo 0,0 0,0 0,0 0,0 8,1 16,9

Austrália 10,1 6,3 18,4 10,1 13,4 14,2

Indonésia 49,9 23,5 19,6 4,7 10,7 11,6

Ruanda 0,4 9,5 7,4 0,5 3,9 9,1

Brazil 0,0 0,0 0,0 0,2 2,7 7,4

Outros 32,3 45,4 31,1 58,0 28,6 14,5

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

Os países africanos apresentaram um bom desempenho no fornecimento desse produto. O Congo entrou

como principal fornecedor em 2007 e dobrou sua participação em 2008, saltando para 16,9%. Apesar da Ruanda

apresentar variação em sua participação durante o período analisado, teve melhor desempenho que o Brasil em

2008. A participação da África do Sul mais que triplicou entre 2003 e 2008.

• Subgrupos CONSOLIDADOS e EM DECLÍNIO

O grupo “madeiras, cortiças e obras de trançaria” aparece novamente como oportunidade; porém, desta

vez, o subgrupo “madeira compensada ou contraplacada” é classificado como “em declínio”. O Brasil apresentou

um crescimento médio negativo de -2,11%, sendo que seu principal concorrente foi a China, que participou com

54,54% do mercado. Vale ressaltar que o crescimento médio dos concorrentes foi de 99,10%.

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Tabela 25 – Subgrupos de produtos de exportações expressivas “CONSOLIDADOS” e “EM DECLÍNIO”

Grupos Subgrupos Nº de SH6

Importações da

Malásia em

2008 (US$)

Importações da

Malásia

provenientes

do Brasil em

2008 (US$)

Crescimento

médio dos

concorrentes

entre 2003 -

2008 (%)

Crescimento

médio do Brasil

entre 2003 -

2008 (%)

Participação

brasileira em

2008 (%)

Principal

concorrente

em 2009

Participação

do principal

concorrente

em 2008 (%)

Classificação

Metais não-ferrososDemais produtos de metais não-ferrosos

2 5.799.103 105.032 14,94 -27,43 1,81 Alemanha 44,57 Em declínio

Papel e suas obras

1 15.034.030 45.698 15,42 -25,44 ,30 Japão 26,09 Em declínio

Celulose 3 99.995.543 86.978.727 2,07 580,45 86,98 Canadá 6,30 Consolidado

Ferro fundido bruto e ferro "spiegel" (ferro gusa)

3 149.737.472 49.165.128 40,56 7,54 32,83 Austrália 11,96 Em risco

Produtos semimanufaturados de ferro ou aço

1 23.273.840 11.873.217 1,90 -,17 51,02 Japão 28,00 Em risco

Ferro-ligas 1 4.239.531 3.492.589 61,88 135,49 82,38 Alemanha 8,92 Consolidado

Produtos minerais Minérios de ferro 2 560.214.811 378.004.059 23,49 63,80 67,47 Chile 20,32 Consolidado

Produtos para fotografia

Produtos para fotografia

1 1.810.778 526.672 3,45 ,00 29,09 Alemanha 40,60 Em declínio

Papel e celulose

Produtos metalúrgicos

Fonte: UICC, Apex-Brasil, a partir de dados do GTIS.

O grupo “produtos minerais” foi classificado como “consolidado”, já que a participação brasileira ficou

acima dos 30%. Os principais produtos importados nesse subgrupo foram “minérios de ferro não aglomerados ou

aglomerados e seus concentrados”, sendo que o Brasil foi o principal fornecedor.

Selecionando por critério de valor importado, “ferro fundido bruto e ferro "spiegel" (ferro gusa)” foi o

segundo produto mais importado, registrando US$ 149,7 milhões. Os principais fornecedores desses produtos

foram Japão, China, África do Sul, Coreia do Sul e Indonésia. O Brasil foi o 13º maior fornecedor desse produto

para a Malásia.

No grupo “papel e celulose”, o subgrupo “celulose” apresentou maior valor nas importações que “papel e

suas obras”. No subgrupo “celulose”, “pasta química de madeira de não conífera, à soda ou sulfato,

semibranqueada ou branqueada” representou US$ 91,1 milhões. Os principais fornecedores desse produto foram

Brasil, Canadá e Tailândia. No subgrupo “papel e suas obras”, os principais fornecedores foram Japão, Estados

Unidos e Alemanha.

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PARTE 6

ANEXOS

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Anexo 1

Metodologia de identificação de oportunidades para as exportações brasileiras em

determinado mercado-alvo

O trabalho de identificação de oportunidades para as exportações brasileiras se inicia com o

levantamento de todos os produtos (SH6) que o mercado-alvo importou do mundo nos últimos seis anos. Esses

produtos são separados em dois grupos: produtos com exportações expressivas e produtos com exportações

incipientes. Para identificar quais produtos têm exportações expressivas, são realizados 3 passos, na ordem

estabelecida abaixo :

1º - Identificam-se os produtos, cuja participação média das exportações brasileiras em relação à média

do total importado pelo mercado-alvo tenha sido superior a 1% nos últimos seis anos;

2º - Desconsidera-se o primeiro quartil formado pelos produtos identificados no passo 1. Consideram-

se, assim, apenas os produtos que estão entre os 75% com maior participação nas exportações brasileiras para o

mercado-alvo;

3º - Verifica-se, então, se as exportações dos produtos identificados ao final do passo 2 são contínuas.

Exportações contínuas são aquelas que, a partir da primeira venda efetuada, não são interrompidas em nenhum

ano posterior. Analisando-se, por exemplo, um período de quatro anos, se determinado produto foi vendido

apenas nos dois primeiros anos, suas exportações são descontínuas. Se, no entanto, as vendas do produto se

iniciaram no terceiro ano e se repetiram no quarto, suas exportações são consideradas contínuas.

Os produtos com exportações incipientes são aqueles excluídos de um dos três passos acima descritos.

Dessa maneira, assegura-se que todos os produtos importados pelo mercado-alvo, mesmo os que não são

exportados pelo Brasil, tenham participado da análise de oportunidade. Uma vez separados os produtos que têm

exportações expressivas dos que têm exportações incipientes, ambos são agregados em grupos. A partir de

então, os grupos de produtos com exportações expressivas e incipientes são analisados separadamente por meio

de diferentes critérios metodológicos.

Análise de oportunidades para grupos de produtos com exportações expressivas

Para se identificar, no conjunto de exportações expressivas, os grupos de produtos que têm maior

destaque no mercado-alvo são analisados, num período de seis anos, dois indicadores:

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80

1 – A contribuição de cada grupo de produtos para o crescimento das importações totais do mercado-

alvo ou das exportações brasileiras para esse mercado;

2 – O crescimento médio das importações totais do mercado ou das exportações brasileiras do grupo de

produtos.

Aplica-se uma média geométrica simples nesses dois valores, chegando a dois índices para cada grupo

de produtos: um considerando as importações totais do mercado e, outro, as exportações brasileiras nesse

mercado. Os grupos que alcançarem um desempenho superior à média geral em ao menos um dos índices são

avaliados mais detalhadamente.

A inclusão da contribuição para o crescimento na construção desse índice busca minimizar o chamado

“efeito base” sobre a taxa de crescimento dos grupos de produtos. Esse efeito ocorre porque os grupos de

produtos com menor valor exportado tendem a indicar taxas de crescimento superiores àquelas atingidas pelos

grupos de produtos com maior valor exportado. A taxa de contribuição para o crescimento aponta para um

movimento contrário, em que os grupos de produtos com maior participação na pauta de exportação ou

importação, em princípio, apresentarão uma taxa mais elevada que os grupos de produtos com menor

participação. A média geométrica dessas duas taxas visa suavizar os grupos com baixo valor exportado e forte

taxa de crescimento, tornando a análise mais eficiente. Já o cruzamento entre as importações totais do mercado

e as exportações brasileiras destinadas ao mercado-alvo busca avaliar os grupos de produtos, tendo em conta

tanto a demanda do mercado (importações totais) como a oferta brasileira para o mercado (exportações

brasileiras).

Os grupos de produtos com exportações expressivas são classificados em cinco categorias:

“consolidados”, “em risco”, “em declínio”, “desvio de comércio” e “a consolidar”. A classificação é feita,

considerando-se:

• O posicionamento do Brasil em relação a seus concorrentes em cada grupo de produtos. Isso é

verificado por meio da análise da participação brasileira e do principal concorrente nas importações do mercado-

alvo no último ano do período considerado e do crescimento médio das exportações brasileiras em relação ao

crescimento médio das exportações dos concorrentes.

• A especialização do Brasil na exportação de produtos daquele grupo em relação à especialização

exportadora do principal concorrente, definida a partir do cálculo da Vantagem Comparativa Revelada (VCR) de

cada país41.

41

A VCR é calculada pela participação do grupo de produtos nas exportações totais brasileiras para o mundo em relação à participação do mesmo grupo nas

exportações mundiais totais.

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Um grupo de produtos é considerado “consolidado” quando o Brasil já tem, no mínimo, 30% de

participação no mercado-alvo e o crescimento médio das exportações brasileiras é igual ou superior ao

crescimento médio das exportações dos concorrentes no período considerado. A característica principal desses

grupos de produtos é que eles já gozam de uma situação confortável no mercado-alvo, o que demanda apenas

esforços para sua manutenção.

Os grupos de produtos considerados “em risco” são aqueles em que o Brasil tem uma participação de

mercado igual ou superior a 30%, mas o crescimento médio das exportações dos concorrentes supera em mais de

50% o crescimento médio das exportações brasileiras, o que significa que a posição do Brasil encontra-se

ameaçada.

Grupos de produtos com “desvio de comércio” são aqueles cujo crescimento médio das exportações

brasileiras é inferior ao das exportações dos concorrentes, apesar do Brasil apresentar vantagens na exportação

do grupo de produtos observado ( >1), ao contrário de seu principal concorrente ( ). Isso

indica que há algum elemento não determinado pela simples observação dos fluxos comerciais globais

favorecendo o principal concorrente do Brasil no mercado-alvo. Pode ser a existência de acordos comerciais, a

proximidade geográfica, entre outros. Para se contornar o desvio de comércio são necessários esforços que

normalmente vão além da promoção comercial.

Um grupo de produto está “em declínio” se não há diferença de especialização na exportação entre o

Brasil e o principal concorrente (VCRBR>1 e VCRConc.>1 ou VCRBR<1 e VCRConc.<1) e a variação média das exportações

brasileiras é negativa. A situação de declínio também acontece quando, ao mesmo tempo, o crescimento das

exportações do Brasil é positivo, porém inferior a 15%42 e a taxa de crescimento dos concorrentes é o dobro da

taxa de crescimento brasileira.

Nos grupos de produtos classificados como “a consolidar”, a participação do Brasil no mercado-alvo é

inferior a 30%, mas as exportações brasileiras acompanham o ritmo dos concorrentes ou são mais aceleradas.

Esses são os grupos de produtos onde estão as melhores oportunidades para o aumento das exportações

brasileiras. Por isso, eles são investigados mais profundamente. Para tanto, os grupos de produtos “a consolidar”

são abertos em subgrupos. O objetivo é encontrar os segmentos mais significativos para o desempenho do grupo

como um todo. Os subgrupos recebem classificação semelhante às dos grupos “consolidado”, “em risco”, “em

declínio” e “a consolidar”. Apenas a categoria de desvio de comércio não é utilizada para subgrupos, porque

neste ponto não se considera o principal concorrente do Brasil. Nos casos em que a participação brasileira no

42

A taxa média anual de crescimento abaixo de 15% foi definida como valor máximo para um grupo caracterizar-se como “em declínio” porque, acumulada

em um período de seis anos, representa um crescimento total de aproximadamente 100% no valor exportado pelo Brasil. Assim, ainda que a taxa de

crescimento das exportações brasileiras seja menos da metade da taxa dos concorrentes, considera-se que a variação total das vendas do Brasil para o

mercado foram significativas, e o grupo de produtos não poderia ser caracterizado como “em declínio”.

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mercado-alvo for inferior a 30% e o crescimento das exportações nacionais for menor que o dos concorrentes, o

grupo de produtos poderá estar “em declínio” ou “a consolidar”.

Da mesma forma que os grupos de produtos, os subgrupos “a consolidar” são considerados como as

principais oportunidades para as exportações brasileiras. Neste caso, são levantados os produtos, representados

por códigos SH6, mais significativos. Para isso, utilizam-se duas variáveis:

1 - Contribuição de cada produto para o crescimento total das exportações brasileiras do subgrupo;

2 - Tendência de crescimento de cada produto. Essa tendência é calculada comparando-se o valor

exportado pelo Brasil no último ano do período analisado com a média do valor exportado nos últimos três anos.

Produtos que contribuíram mais que a média para o crescimento do seu subgrupo e que foram mais exportados

no último ano que na média dos últimos três anos são considerados mais determinantes para o desempenho

positivo do subgrupo.

Análise de oportunidades para grupos de produtos com exportações incipientes

No caso das exportações incipientes, as variáveis adotadas para seleção dos principais grupos e

subgrupos de produtos levam em conta apenas a demanda do mercado-alvo (dados de importações), já que o

Brasil ainda não se estabeleceu no país com esse conjunto de produtos.

Em primeiro lugar, determina-se o dinamismo do grupo de produtos. O dinamismo relaciona o

desempenho das importações do mercado-alvo com as importações mundiais. Calcula-se a média entre as taxas

de crescimento do primeiro e do último biênio do período em análise, tanto para as importações do mercado de

um determinado grupo de produtos quanto para as importações mundiais totais. Essa média é calculada para

minimizar os efeitos de grandes variações de valores ao longo do período, que podem ser causadas não por um

aumento de quantidades importadas, mas por um aumento anormal de preços ou pela inflação, por exemplo. O

dinamismo do grupo de produtos no mercado será determinado pela comparação de sua média com a média das

importações mundiais totais.

Em relação ao dinamismo, um grupo de produtos pode estar “em decadência”, apresentar “baixo

dinamismo”, “dinamismo intermediário”, ser “dinâmico” ou “muito dinâmico”. Apenas os grupos dinâmicos e

muito dinâmicos prosseguem na análise. Para eles, é calculada a vantagem comparativa do Brasil, com o objetivo

de avaliar se a economia brasileira tem oferta exportável para entrar no mercado-alvo com aquele grupo de

produtos.

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Os grupos de produtos em que o Brasil tem VCR acima de 0,7 são classificados como “a desenvolver”, ou

seja, aqueles em que o Brasil apresenta maiores chances de abertura de mercado. Esses grupos, assim como os “a

consolidar”, do conjunto de exportações expressivas, são abertos em subgrupos. Para os subgrupos “a

desenvolver”, o Brasil também deverá apresentar VCR mínima de 0,7 e os subgrupos deverão ser

“intermediários”, “dinâmicos” “muito dinâmicos”. Mas, nesse caso, o dinamismo será avaliado tendo-se em conta

não a média das importações mundiais totais, mas a média das importações do mercado para o grupo de

produtos no qual o subgrupo se insere. Os subgrupos “a desenvolver” são aqueles que impulsionam o

desempenho do grupo e, portanto, representam as principais oportunidades do conjunto de exportações

incipientes, sendo analisados com mais profundidade.

Os principais produtos dentro de cada subgrupo são determinados a partir da VCR do Brasil nas

exportações daquele produto para o mundo e da tendência de crescimento das importações daquele produto.

Produtos para os quais a VCR do Brasil seja maior que 0,7 e que tenham sido mais importados pelo mercado-alvo

no último ano de análise que na média dos últimos três anos são considerados como os mais determinantes para

o desempenho positivo do subgrupo.

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Anexo 2

020230 152110 240110 291539 400259 440795 611610 720310 731100 851210

021011 170111 240120 291811 400591 440799 621220 720711 740620 854610

021019 180631 240130 291814 410411 440810 621230 720851 750712 870120

021020 180690 252400 292229 410419 441232 640399 720852 821192 870190

071332 200911 252490 292242 410441 441299 640699 721710 821210 870600

090111 200919 260111 292320 410449 470200 680430 721912 841013 902121

090700 200931 260112 300230 410711 470329 710310 721913 841311 970190

100510 200969 260900 300320 410719 470500 720110 721914 842481

150710 210111 290944 330112 410799 480591 720120 730419 842920

151221 210112 291413 370400 440791 520100 720150 730439 845530

151229 210610 291440 391220 440792 560490 720293 730459 846781

SHs referentes às exportações EXPRESSIVAS